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confeccionista ANO VIII - Nº 46 - MAI/JUN 2018

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MERCADO

editora

• A torcida pelo crescimento • Como fazer frente aos importados EMPRESA DE DESTAQUE

MALHARIA COTECE DENIM MEETING

INTEGRA CADEIA PRODUTIVA DO DENIM

SPFW O PODER TRANSFORMADOR DA ENERGIA CRIATIVA PRODUÇÃO

Como eliminar gargalos

TENDÊNCIA

Princípios da Moda Sustentável

MINAS TREND

CONTEÚDO AUTORAL E NEGÓCIOS O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

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CARTA AO LEITOR

O Brasil nosso de cada dia Ser um empreendedor no Brasil sempre foi para os fortes. Um país com tantas riquezas, um povo trabalhador e alegre, com um clima e paisagens deslumbrantes, não consegue, porém, fazer com que sua economia distribua renda e dê chances aos que moram, vivem e trabalham aqui. Será que somos tão incompetentes ao ponto de sermos enganados nos últimos 50 anos com governos neoliberais, populistas, militares, governos de centro, esquerda, direita, será que ninguém consegue dar ao povo o que ele precisa? E o que ele precisa? De trabalho. Como diz a música, um homem sem trabalho não tem honra, não consegue sustentar sua família, se sente um fraco e impotente. Nesses últimos cinco anos, vi muitos empresários extremamente empreendedores, derrotados pela desesperança e pelo fracasso. Não foram poucos, foram muitos. Não sou de lamentar o passado, mas parece que existem forças ocultas que impedem que o Brasil seja grande, precisamos descobrir quem são, precisamos por na cadeia aqueles que não olham o bem comum, aqueles que quando percebem que as coisas vão melhorar, dão um jeito de criar boatos, greves, espalhar mentiras, criar fatos negativos que truncam o andamento da economia e impedem o Brasil de ser grande. Estamos em uma fase de depuração de políticos e empresários que sempre visam o próprio benefício e precisamos acabar com isso, criando leis para identificarmos e punirmos exemplarmente esses maus brasileiros. Todos nós estamos cansados de sermos penalizados por desmandos e falcatruas, chegou a hora de darmos um basta nisso. O Brasil precisa de você nessa hora, você que é empresário e já pagou muito caro por tudo isso. Ninguém faz conosco aquilo que não deixamos. Tenha uma boa leitura e faça bons negócios. Um abraço

Júlio César Mello

Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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confeccionista

SUMÁRIO

ANO VIII - Nº 46 - MAI/JU N 2018

-2018

MERCADO

editora

EMPRESA DE DESTAQUE

MALHARIA COTECE DENIM MEETING

INTEGRA CADEIA PRODUTIVA DO DENIM

SPFW

16 A passos lentos 22 Foco no negócio

O PODER TRANSFORMADOR DA ENERGIA CRIATIVA

TENDÊNCIA

Princípios da Moda Sustentável

MINAS TREND

PRODUÇÃO

EMPRESA DE DESTAQUE

Como eliminar gargalos

30 Cotece Malhas

CONTEÚDO AUTORAL E NEGÓCIOS

capa 46.indd 2

CAPA - DESFILE SALINAS/FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE

- ANO VIII - Nº 46 - MAI/JUN

Ano VIII – Número 46 – maio/junho 2018

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• A torcida pelo crescimento • Como fazer frente aos importados O CONFECCIONISTA

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MERCADO

5/29/18 5:12 PM

MUNDO TÊXTIL

PASSARELA SPFW N45

34 Explosão Criativa 40 Novos Horizontes para a SPFW COPA DO MUNDO

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Alfaiataria Sofisticada

SEÇÕES 8 EM DIA

Princípios da Moda Sustentável

PASSARELA MINAS TREND

50 Nosso lugar somos nós 52 Verão à Vontade 56 Retomada dos Negócios

confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Vera Campos (reportagem e edição) editora@oconfeccionista.com.br; Allan Garcia, Antonio Ary Martorelli, Marcia

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60 Tecnologia, consumo e ética 62 Matérias-primas e processos 64 O futuro do denim

O Brasil na Rússia 2018

SUSTENTABILIDADE

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Denim Meeting

O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

DICAS DO ESPECIALISTA

24 Produção - Como identificar e eliminar gargalos na confecção

48 Gestão - Quatro erros fatais 58 Maquinário - Renovar é preciso, mas... 66 SENAI CETiQT - Inovações em Nanoestrutura Pedro e Karina S.G.Pessoa (dicas do especialista)Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Gráfica Rotativa Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos

empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão Editora e Publicidade Ltda Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: 11 4127 3435

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EM DIA

Moda Infantil em alta

O segmento de Moda Infantil e Bebê deve movimentar R$ 40 bilhões no varejo brasileiro em 2018, um crescimento de 6,6% em valores nominais (sem considerar a inflação) e de 3,7% em volumes de peças, segundo projeções do IEMI Inteligência de Mercado. De acordo com o IEMI, vale a pena oferecer uma gama mais ampla de opções, composta por um mix diversificado de produtos, recheado de novidades e ofertas com uma larga amplitude de preços, de forma a garantir aos consumidores itens diferenciados e atraentes, naturalmente mais caros, mas que estimulem o consumo. Isso sem deixar de contar com uma linha robusta de básicos e casuais, a preços acessíveis, já que a demanda reprimida atual, se estende por toda a cesta de produtos do segmento.

CRÉDITO PARA CAPITAL DE GIRO A Caixa Econômica Federal reduziu em 38% a taxa de juros do capital de giro para médias e grandes empresas. A nova taxa, de 0,85% ao mês, já está em vigor. A nova taxa de juros da Caixa deve beneficiar mais de 23 mil empresas com faturamento superior a R$ 30 milhões. “Estamos promovendo uma redução de juros de forma sustentável nas linhas que beneficiam as médias e grandes empresas e que movimentam grande parte do PIB brasileiro”, afirmou o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza. Com a medida, a Caixa pretende atrair novos clientes para a carteira de pessoa jurídica.

O Inspiramais 2019 II acontece em 17 e 18 de julho, no Centro de Eventos Pró-Magno, em São Paulo. Sob o tema Alquimia. fabricantes de moda e design do Brasil, Europa e América Latina se reunirão com estilistas, grifes, indústrias e designers de vários países para conhecer referências inspiradoras de componentes e materiais das próximas coleções e construções de 2019 para a moda brasileira. A entrada é gratuita para profissionais do setor e as inscrições podem ser feitas pelo site. 8

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FOTOS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO

Inspiramais 2019 II em julho


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EM DIA

Denim Meeting pelo Brasil

Sob o tema tema "Consciência na Moda", o Concurso Novos Talentos SENAI-SP está com inscrições abertas. Diante de novas tecnologias, processos e matérias-primas, os estudantes são convidados a refletir sobre como uma coleção de moda pode impactar o estilo de vida do seu público-alvo. Os novos talentos devem se posicionar como criadores conscientes em relação ao consumidor, à sociedade e ao meio ambiente. Os participantes são desafiados a desenvolver uma minicoleção de moda, inspirada no tema do concurso, desde a pesquisa, desenhos/croquis, fichas técnicas, seleção de cores, tecidos e aviamentos, modelagem e confecção dos looks, até a apresentação do produto final, por meio de uma vitrine e de um desfile. Nesta edição, o concurso está aberto para alunos regularmente matriculados em cursos da área de moda do SENAI-SP e do SESI-SP, além de instituições de ensino superior convidadas: Centro Universitário Belas Artes de São Paulo; Complexo Educacional FMU / FIAM-FAAM; EACHUSP - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP; FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado; Faculdades Anhanguera; FASM - Faculdades Santa Marcelina; IED São Paulo - Instituto Europeu de Design; SENAC São Paulo; e Universidade Anhembi Morumbi. O regulamento e o formulário para a pré-inscrição no Concurso, que vai até dia 20 de julho de 2018, estão disponíveis no site: www.sp.senai.br/textil. O candidato deverá entregar os trabalhos para avaliação entre os dias 23 e 27 de julho. Os finalistas serão conhecidos no dia 08 de agosto e deverão apresentar suas minicoleções de moda no evento de encerramento previsto para dia 08 de novembro.

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INDÚSTRIA CONTRATOU MAIS EM MARÇO Em março, o número de empregos gerados pela indústria têxtil e de confecção cresceu mais de 200% na comparação com março de 2017. Foram contratados 1,8 mil novos trabalhadores, segundo o Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Para o presidente da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, o resultado mostra a resiliência do setor, apesar dos sinais contraditórios enviados pela economia no início deste ano. O executivo, no entanto, pede cautela, em um cenário onde o crescimento ainda é moderado e os importados tem ocupado uma parcela de mercado cada vez maior.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Concurso Novos Talentos

Após sucesso em São Paulo, Denim Meeting 2018 segue para outros estados. O encontro reúne os principais players brasileiros da cadeia do denim e aborda o conceito “Conexões com Propósito - Do fio da meada ao produto final”. O objetivo é fortalecer o grau de eficiência do setor na região, por meio de discussões que propõem ferramentas e novas tecnologias para o aumento da produtividade com qualidade na produção do jeans. Anote: 22 de maio em Maringá (SEBRAE); 12 de Junho em Goiânia (Mega Moda Shopping); 23 de Agosto em Blumenau (SENAI); 14 de Setembro em Caruaru (Armazém).


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EM DIA

Febratex em Blumenau

Blumenau (SC) receberá em agosto a Febratex – Feira Brasileira para a Indústria Têxtil, que traz as principais inovações nos segmentos de máquinas de corte e costura, bordado, estamparia digital, teares, fiação, máquinas e insumos para tinturaria e setor de lavanderia, equipamentos para enfesto, corte automático, texturização, retorção e enrolamento e matérias-primas, entre outras. Mais de 2.400 marcas nacionais e internacionais estarão presentes, de empresas não só do Brasil, como também da Alemanha, Argentina, China, Estados Unidos, Índia, Itália, Peru, Portugal, Suíça e Turquia, entre outros. Em paralelo, acontecerá o Fórum Febratex de Informação, com palestras diárias. De 21 a 24 de agosto no Parque Vila Germânica.

Circuito de Impressão Digital Têxtil

Uma boa oportunidade de conhecer todas as etapas de um processo fabril digital têxtil, desde o planejamento até o produto final, é visitando a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, feira direcionada aos profissionais que atuam em impressão digital, serigrafia, sublimação, envelopamento, estamparias, produtos promocionais, sinalização, que acontece de 25 a 28 de julho, no Expo Center Norte, em São Paulo. Durante o evento, ocorre a 2º edição do Circuito de Impressão Digital Têxtil, que apresentará os sete pilares mais importantes do processo fabril digital têxtil: pesquisa e mercado, tendência e foco da empresa, criação de produto e imagem, teste, pré-tratamento, impressão e póstratamento. Cada área será apresentada por um especialista do mercado, mostrando detalhes tanto na teoria quanto na prática. O Circuito funcionará com visitas guiadas a cada uma hora, durante os quatro dias da feira.

CONCURSO REINVENTE Vão até 15 de junho as inscrições para o Concurso Reinvente. A iniciativa vai avaliar projetos que proponham soluções inovadoras e sustentáveis para o varejo de moda segundo o conceito de economia circular, que é regenerativa e pretende manter constantemente produtos e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor. Realizado pela Quattro Projetos e patrocinado pela Lojas Renner,o concurso tem abrangência nacional e

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se destina a estudantes, profissionais e demais pessoas de qualquer área de atuação, desde que estejam locadas no território brasileiro e tenham interesse e/ ou experiência no tema. O vencedor de cada uma das quatro categorias receberá um prêmio de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) em cartão pré-pago do Banco do Brasil, acompanhado de certificado de participação e troféu. Maiores informações pelo site www.concursoreinvente.com.br.


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MERCADO

Varejo enfraquecido e aumento das importações no início do ano prejudicam desempenho do setor têxtil e de vestuário Por Vera Campos 16

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FOTOS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO

A passos lentos


A

recuperação do setor têxtil e de confecção brasileiro de sua pior crise não deve ocorrer este ano, apesar do desempenho positivo em 2017. No ano passado, a conjuntura econômica favorável, com redução da inflação e dos juros básicos da economia, injeção de recursos das contas inativas do FGTS realizada no 1º semestre, estímulos para a expansão do crédito aos consumidores e o início da recuperação dos empregos e do investimento, inverteu a tendência de queda dos últimos anos e alavancou o desempenho do setor. A produção de vestuário cresceu 3,5% e a de têxteis 5,7% em relação a 2016. Em vista disso, no final de 2017, a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) havia previsto, para este ano, crescimento de 2,5% para a produção de vestuário e de 4% na área têxtil, mas, em abril, reconsiderou as projeções para 1,4% e 3,6%, respectivamente, tendo em vista o conjunto de fatores no atual cenário. Após registrar aumento de 9,20% em janeiro, a produção industrial de artigos têxteis e de confecção perdeu força nos três primeiros meses de 2018, crescendo apenas 2,40%, em março, na comparação com os mesmos meses de 2017. É o que indica pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A Abit vê o resultado do período como a combinação de um varejo com ritmo lento e agravamento significativo das importações de vestuário. No entanto, a entidade projeta que se as vendas relativas ao Dia das Mães tiverem boa performance e o inverno for mais rigoroso, a desaceleração será revertida, bem como mantidas as estimativas perto do que haviam sido feitas para este ano. “O consumo no nosso setor está morno. O consumidor está fazendo escolhas e, como não há bolso para tudo, a performance de toda a cadeia têxtil e de confecção está tímida”, avalia Fernando Pimentel, presidente da Abit. As confecções do Estado de São Paulo

O consumo no nosso setor está morno. O consumidor está fazendo escolhas e, como não há bolso para tudo, a performance de toda a cadeia têxtil e de confecção está tímida” Fernando Pimentel também apresentaram queda na produção em fevereiro e março, depois de um janeiro bom. Na avaliação do presidente do Sindivestuário/SP, Ronald Masijah, as vendas caíram por conta do aumento progressivo das importações e porque o varejo estava estocado. “O consumidor deixou de comprar e de gastar e ficou observando os rumos do cenário econômico e político”, analisa. “Mas a tendência é a de manter um leve crescimento, porém sustentável, até o final do ano”. Ele ressalta, no entanto, que a confirmação dessa projeção está atrelada à manutenção da desoneração da folha de pagamentos. E O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

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MERCADO destaca que “o aumento das importações preocupa, assim como o trabalho informal”. Segundo Masijah, os valores elevados do dólar em 2015 e 2016 favoreceram as exportações e ajudaram as confecções a superar o custo Brasil. “Dólar a R$ 3,60 ou mais estimula as exportações.”, observa.

Importações dispararam

De acordo com a Abit, durante os primeiros quatro meses do ano o valor em dólares das exportações de têxteis e confeccionados aumentou 7,95% e o das importações 29,05%, na comparação com o mesmo período de 2017. O déficit da balança comercial cresceu 34,19% no quadrimestre, quando comparado com 2017. Ainda de acordo com a entidade, os dados da balança comercial setorial corroboram o que já havia sido apontado no início do ano, porém em um ritmo mais intenso do que o esperado, principalmente em confecção. Segundo Pimentel, tal cenário não deverá ser impactado com as recentes mudanças cambiais, pois o aumento das importações não se deve apenas ao dólar mais caro, mas, sobretudo, aos problemas internos que afetam a competitividade do setor, como juros e impostos muito elevados. “O Brasil é o campeão em juros altos, tributação, burocracia e esses fatores impactam negativamente a capacidade da indústria ser mais agressiva no mercado interno”, afirma o presidente da Abit. “Mas precisamos ter uma posição mais fortalecida para enfrentar a concorrência das importações, que nos primeiros três meses do ano aumentaram a um ritmo veloz, até oito vezes

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“O consumidor deixou de comprar e de gastar e ficou observando os rumos do cenário econômicmos e político” Ronald Masijah mais rápido que o crescimento do consumo, o que é extremamente preocupante.” De acordo com Pimentel, o descompasso entre exportação e importação tem provocado um aumento na participação do produto importado no consumo aparente nacional. “Analisando os números atuais, em 2018 temos uma expectativa de importar têxteis e confeccionados em torno de 6 bilhões de dólares e exportar entre 1,1 bilhão”, prevê. Em março deste ano, os confeccionados importados atingiram a marca de 90 mil peças (ou 18 mil toneladas), apenas um pouco abaixo do recorde de 2015, segundo a Abit. Vale lembrar que, além do grande varejo, a grande indústria brasileira de vestuário também traz confeccionados do exterior.


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MERCADO Medidas Protetivas?

O superintendente de Políticas Industriais e da área internacional da Abit, Renato Jardim, diz que a entidade está bastante atenta ao avanço das importações e que outras medidas além das já adotadas no dia a dia da Associação poderão ser tomadas, caso necessário. Segundo ele, a Abit monitora de forma permanente o desempenho das importações brasileiras e, com base nisso, identifica casos em que esse tipo de comércio possa estar prejudicando a indústria nacional, e passa essas informações aos órgãos governamentais competentes, assim como sugestões de ações para coibi-las. Mantém ainda, com a Receita Federal, um convênio de cooperação técnica de combate às fraudes no comércio exterior, e tem contato regular com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. E discute permanentemente, com os associados, medidas necessárias para o desenvolvimento da cadeia produtiva e as relacionadas às importações. “Estamos bastante atentos. Há uma preocupação grande em relação a isso,” assegura. Mesmo não sendo favorável à adoção de impostos para coibir as importações, Marcelo Prado, diretor do IEMI Inteligência de Mercado, que realiza pesquisas e estudos sobre o setor têxtil e de confecção, concorda em que há momentos em que o câmbio valorizado afeta bastante a indústria nacional e pode ser uma ameaça aos empregos. Mas reconhece que não há como impor ao consumidor comprar produtos brasileiros mais caros e de qualidade inferior aos importados. “A indústria nacional deve buscar o equilíbrio, uma forma de continuar sendo competitiva sem onerar o consumidor”, diz.

Na torcida pelo clima

Um fator em especial pode ser decisivo para o bom ou mau desempenho do setor: o clima. “Vamos torcer para que o inverno seja bem caracterizado, assim como a pri-

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Vamos torcer para que o inverno seja bem caracterizado, assim como a primavera e o verão, para que, dessa forma, as coleções possam ser bem definidas.” Renato Jardim

mavera e o verão, para que, dessa forma, as coleções possam ser bem definidas. E que as datas festivas tenham boas vendas, o que resulta em efeitos positivos para toda a cadeia de produção”, completa Renato Jardim. O diretor do IEMI recorda que, em 2017, o varejo começou a sair da crise no dia das Mães. “O inverno, porém, é sempre uma incógnita”. Ele afirma, no entanto, que, neste ano, as compras do varejo para o inverno devem ser superiores às de 2017, devido à falta de estoques do varejo. “Se fizer frio, pode ser que o ano seja positivo e tire o varejo da crise”, avalia.


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MERCADO

Foco no negócio Como as confecções podem reagir às adversidades do mercado: à concorrência dos importados, às elevadas tributações e à falta de crédito para investimentos?

FOTOS: DIVULGAÇÃO

A 22

escalada dos importados no varejo de vestuário em março acendeu o sinal amarelo para a recuperação das vendas das confecções de vestuário em 2018. “As empresas de confecção têm de ter foco no seu negócio, aumentar a eficiência em sua atividade, ganhando assim em produtividade”, avalia Renato Jardim, superintendente de Políticas Industriais e da área internacional da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. A recomendação é que os confeccionistas aprimorem a gestão e produção, participem dos diversos programas disponíveis no mercado que dão apoio às empresas no desenvolvimento de gestão inter-

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na, em como produzir inovação ou como utilizar a tecnologia, desenvolver produtos, coleções. “É importante também que as confecções estejam atentas ao novo consumidor, ao mercado, às tendências, ao consumo. Que procurem entender de que forma as compras têm ocorrido, como funcionam os canais de distribuição, a influência da sazonalidade, tudo, enfim, que afeta direta ou indiretamente o seu negócio. E também as tendências de produção”, enumera o superintendente da Abit. “As confecções brasileiras são muito inventivas, são geradoras de moda e é por aí que temos de combater as mercadorias estrangeiras”, avalia Ronald Masijah, ➤ presidente do Sindivestuario-SP.


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MERCADO Transformação: indústria 4.0

Em relação à produção, não há dúvida que o setor industrial passa por mais uma transformação, no mundo e no Brasil. “Estamos no início de uma nova era que vai permear a vida das empresas: a da Indústria 4.0 de manufatura avançadas, com total integração entre os elos da cadeia produtiva, com automação, inteligência e gestão de dados, entre outros fatores”, destaca o superintendente da Abit. “Mesmo que as confecções não tenham condições de dar um passo único em direção à indústria 4.0, devem dar um passo por dia em direção ao ponto final. E com isso estarão mais preparadas, mais adequadas ao novo mercado, ás exigências dos varejistas. E mais lucrativas também, ganhando mais, com melhores resultados para ela e seus colaboradores”.

Diferenciação agrega valor

De outro lado, caso a grande indústria faça sua parte, que é trabalhar com eficiência, tecnologia e com bons produtos, é preciso que haja um entendimento em relação a preços com o grande varejo, destaca o Existe um gap na questão diretor do IEMI Inteligência de Mercado Marcelo preço entre o grande varejo Prado. “Existe um gap na questão preço entre o grande varejo e a grande indústria. É preciso que se entene a grande indústria. dam, caso contrário o varejo vai comprar do pequeno, Marcelo Prado que cede em preços, mas oferece um produto com base em menor grau de eficiência, de inovação”. Para que a indústria PARCERIA EM PROL DA CADEIA PRODUTIVA possa melhor se posicionar no mercado, A ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil, entidade que Prado recomenda que representa as principais redes de varejo de moda do País, e o Centro de as confecções procurem Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai Cetiqt, tido como um conhecer sua vocação, dos maiores centros latino-americanos de produção de conhecimento busquem um nicho de aplicado à cadeia produtiva de confecção, firmaram parceria em atuação e tenham foco março,. O acordo viabiliza a promoção de programas de consultoria nesse nicho e na diferene capacitação para o desenvolvimento das empresas do setor de ciação, a fim de não se liconfecção no atendimento dos requisitos do Programa ABVTEX, além mitar a oferecer mais do de consultorias técnicas que visam o aumento de produtividade, mesmo e vender preço. qualidade do produto, sustentabilidade ambiental, redução de custos e “Essa estratégia agrecom a possibilidade de criação de novas iniciativas. "Podemos, juntos ga valor aos produtos e com a ABVTEX e as empresas, criar alternativas para o aumento da faz com que eles se diprodutividade da indústria de confecção brasileira", ressalta o gerente ferenciem no mercado, do Instituto de Tecnologia do SENAI CETIQT, Fabian Diniz. contribuindo assim para ABVTEX e SENAI CETIQT não revelaram como os programas de criar um novo patamar capacitação e consultoria serão viabilizados na prática. de preço,” coloca.

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DICA DO ESPECIALISTA PRODUÇÃO

Como identificar e eliminar os gargalos na indústria do vestuário MARCIA PEDRO Administradora de Empresas com Ênfase em Gestão de Negócios de Negócios, Especialista em Administração e Lean Manufacturing, MBA em Gestão Industrial. Especialista Técnica do Instituto SENAI de Tecnologia

KARINA DOS SANTOS GALEGO PESSOA Engenheira Têxtil com Especialização em Administração Industrial e Mestre em Têxtil e Moda. Especialista em Tecnologia do Instituto SENAI de Tecnologia

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Um dos maiores vilões na indústria do vestuário é o “gargalo de produção”, obstáculo que interfere no andamento do processo produtivo e que pode ser identificado como um dos ‘Oito desperdícios do Lean Manufacturing’ O gargalo de produção é fruto do ex- amente e resolver problemas de maneira sistemáticesso de volume nas etapas de produção, ca. Isso implica repensar a maneira como se lidera, o que compromete a qualidade e produ- gerencia e desenvolve pessoas. Se tratados em suas tividade e afeta a lucratividade da em- “causas raiz”, esses desperdícios poderão ser elimipresa. Um dos desafios da organização nados e, sem eles, os resultados de ganhos serão saé agregar valor ao cliente, isto é, acres- tisfatórios para a organização. centar inovações, valores, diferenciar-se daquilo que é colocado no mercado, de modo a satisfazer seu cliente. Todos Capital Espera os processos que se desviarem Intelectual Toda vez que Não aproveitar existe "não desse pensamento podem a capacidade trabalho"espera levar à falta de produtiviintelectual do por ferramentas, dade, o que gera redução colaborador na suprimentos, oportunidade de peças, etc. nos lucros e comproTransporte melhoria mete a competitiviMovendo materiais ou produtos dade. Defeito acabados dentro Na Indústria do Conserto ou ou fora do retrabalho Vestuário, melhorias armazenamento, ou entre processos podem ser obtidas se os gestores se propuDESPERDÍICIOS Super Produção serem a combater os Produzir mais do Processos ‘“Oito desperdícios no que é necessário Realizando mais antes que seja tarefas do que o processo produtivo’, a necessário necessário que se refere a filosofia Lean Manufacturing. Inventário Trata-se de uma filosoManter excesso Movimentação fia de gestão inspirada de matériasQualquer movimento primas, partes em práticas e resultados desperdiçado para em processo, ou pegar peças ou do Sistema Toyota, cuja produtos acabados empilhar peças essência é a capacidade de eliminar desperdícios continu➤

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DICA DO ESPECIALISTA PRODUÇÃO Como eliminar os Oitos Desperdícios na Indústria do Vestuário É importante ressaltar que, para se alcançar o sucesso na implantação dos planos de ação, o processo de mudança deve ser disseminado entre os colaboradores. Um dos grandes alicerces para excelência na implantação de qualquer atividade é a valorização do capital intelectual da organização. Para eliminar os ‘Oito desperdícios’ são necessárias mudanças culturais. A resistência a essas mudanças pode resultar em perda de produtividade e competitividade, como também elevar os custos fabris

DESPERDÍCIO

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da empresa e ao insucesso na eliminação dos gargalos de produção. Tais mudanças podem ser feitas a baixos custos para as empresas e o resultado vem na forma de aumento dos índices de produtividade, redução de custos fabris e de peças defeituosas e também pela obtenção de lead-time adequado à demanda da empresa. Ao se adotar os planos de ações, os resultados de produtividade e competitividade virão de forma crescente. Desde que haja o comprometimento de gestores e colaboradores.

CAUSA

PLANO DE AÇÃO

Capital Intelectual

1. Operador (a) vivencia problemas e “finge de morto”

1. Estimular os (as) operadores (as) com programas de Melhorias Contínuas (Kaizen)

Espera

2. Operador (a) parado (a) por quebra de máquinas; 3. Operador (a) parado (a) por falta de abastecimento.

2. Implantação Manutenção Preventiva, Troca rápida de máquinas (máquinas reservas); 3. Atuação do PPCP (Planejamento. Programação e Controle de Produção).

Defeitos

1. Altos índices de Consertos

1. Tabulação dos tipos de defeitos; 2. Atuação na causa raiz; 3. Treinamento dos colaboradores (as); 4. Auto Inspeção.

Super Produção

1. Gargalos de Produção por falta de balanceamento.

1. Aplicação de cronoanálise; 2. Balanceamento fabril; 3. Adequação de Leiaute; 4. Polivalência de mão de obra; 5. Planejamento de Produção;

Inventário

1. Volumes superiores à demanda 2. Baixo nível de controle de produtividade

1. Equalizar volumes de acordo com a demanda. 2. Redução de tamanhos de lotes de produção. 3. Redução Lead-time

Movimentação

1. Colaboradores (as) com movimentação desnecessária nos processos, desperdício de tempo de produção.

1. Determinar sequência operacional dos produtos; 2, Padronização de métodos de trabalho; 3. Balanceamento fabril ou célula de produção; 4. Adequação de Leiaute.

Processos

1. Equipamentos não adequados aos processos; 2. Etapas desnecessárias no processo produtivo.

1. Atuação da Engenharia de produto e PPCP (Planejamento. Programação e Controle de Produção) 2. Analisar as etapas que não agregam valor ao produto; 3. Aplicação da cronoanálise; 4. Padronização de processos.

Transporte

1. Movimento de produto ou de informações, resultando em aumento no tempo de produção, esforço e custos fabris; 2. Movimentação elevada das peças.

1. Determinar sequência operacional dos produtos; 2. Balanceamento fabril;

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EMPRESA DE DESTAQUE COTECE

Tecnologia e Criatividade FOTOS: DIVULGAÇÃO

Malharia Cearense se posiciona entre as maiores e melhores no País

N

ão existe fórmula mágica de sucesso, mas sim um conjunto de competências que, nas últimas décadas, elevaram a cearense Cotece à posição de uma das melhores e maiores malharias do País. Visão estratégica pioneira, comprometimento e sinergia da equipe, trabalho intenso na busca do sucesso, pautado nos pilares de inovação, qualidade, tecnologia e otimização em todos setores estiveram sempre na linha de frente da Administração da empresa. A fábrica localiza-se no distrito industrial no município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza. Focada na excelência

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em produção de malhas, hoje, num parque fabril moderno, em área de 20 mil m2, fabrica desde malhas básicas às diferenciadas, num total de mais de 300 itens nas bases de viscose, poliéster e algodão que, de acordo com a demanda, podem somar 800 toneladas mensais. “A Cotece já nasceu grande e com uma estrutura arrojada”, recorda Jerônimo Freire, diretor Industrial. A malharia passou por mudanças e investimentos ao longo de sua história. “Com os investimentos iniciais na nova fábrica, a Companhia intensificou a produção de Malhas ampliando seu portfólio e sua atuação em novos segmentos do mercado têxtil”, acrescenta. ➤


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Sintonia com a moda

Alinhada às tendências do mercado global, a empresa investe em pesquisa e design e une tecnologia e criatividade para oferecer diversas opções em malhas, do básico ao diferenciado, por meio de diversas combinações de construções, misturas de fibras e cores, que resultam em coleções que primam pela qualidade e que estão em sintonia com a moda internacional.

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Os produtos são direcionados ao confeccionista, a grandes magazines e distribuidores, nos segmentos casual, fashion, surfwear, lingerie, underwear e moda noite, atendendo tanto o público feminino quanto o masculino, do recém-nascido à melhor idade. As vendas são realizadas por meio de representantes que atendem todo o Brasil. A Cotece possui parque fabril dotado de moderno maquinário italiano e alemão, automatizado, dedicado à excelência do produto final. Tudo isso para atender as mais exigentes marcas do mercado. Há cerca de 10 anos, a empresa ampliou consideravelmente a capacidade produtiva. Foram feitos investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação do pessoal. O objetivo: tornar-se referência em malharia para os diversos segmentos de moda. “A Cotece acredita no aquecimento do setor têxtil para os próximos anos e, dia a dia, se prepara e se posiciona para atender as futuras demandas do mercado com um crescimento virtuoso de sua produção para 2018”, finaliza o diretor Industrial.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

EMPRESA DE DESTAQUE COTECE


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PASSARELA SPFW 45

Explosão criativa SPFWN45 celebrou o impacto e a liberdade próprios da criação Fotos: Agência Fotosite

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A

inspiração da 45ª edição do SPFW veio do pensamento do estilista Conrado Segreto, reconhecido por seu talento e irreverência. Conrado Segreto nasceu em São Paulo em 1960 e morreu precocemente em 1992, com 32 anos, vítima de AIDS. Sua carreira meteórica de 8 anos refletia uma explosão de cores e, ao mesmo tempo, suntuosidade. Nos desfiles, algumas marcas optaram mostrar o Verão 19 e outras o Inverno 18. O evento aconteceu de 21 a 26 de abril no Parque do Ibirapuera. Confira os destaques.


UMA

Destaque para as saias longas esportivas, maxi camisas, tops e cardigans assimétricos; vestidos transpassados, tiras exageradas, tricot diferenciado, casacos com botões contrastantes, jaquetas acolchoadas, cardigans em patchwork mais alongados, maxi bolsos em calças esportivas utilitárias, blusões esportivos exagerados

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Foco no desenvolvimento de matérias-primas e processos eco-friendly, design autoral e inovação. As matérias-primas vão da malha PET, seda orgânica e algodão reciclado ao nylon glass e neoprene. Cartela de cores: cru, verde militar, areia, rouge, telha, tabaco, preto, vermelho, rosa, cinza mescla, amarelo látex e verde.

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PASSARELA SPFW 45

FABIANA MILAZZO

Verão 2019 inspirado em uma comunidade peruana, de trajes típicos coloridos e rico artesanato. Looks mostram um ‘tricê’, peças com texturas e superfícies encontradas nas ilhas flutuantes do Titicaca. Bordados em linhas e pedrarias inspirados nos avessos dos tapetes fabricados na região.

ÁGUA DE COCO

Coleção Brasil com Z traz cores, formas, sensualidade e tropicalidade. O Rio de Janeiro surge em prints com elementos da Baía de Guanabara, coqueiral do Parque Laje e palmeiras imperiais do Jardim Botânico. Aposta em alfaiataria, babados e referências vintage.

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PASSARELA SPFW 45

LINO VILAVENTURA

Nos 40 anos da marca, Lino resgata e reinventa sua história com a moda. A coleção entrega memórias afetivas da trajetória do criador com suas criações, e também insere novos elementos, como as linhas perpassadas que surgem nos tecidos. Babados, transparência, movimento e volume.

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A inspiração vem dos clubes e hotéis brasileiros. Biquínis esportivos, camisões e golas remetem às camisetas de tênis. O toque final fica por conta das flats da Melissa e das toalhas na cabeça, que saem da sala de banho e invadem o mundo dos acessórios.

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PASSARELA SPFW 45

Novos horizontes para a SPFW IMM se associa à INBRANDS no São Paulo Fashion Week

A

IMM Esporte e Entretenimento é agora a sócia majoritária da Inbrands no São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda da América Latina. A operação foi anunciada em abril, na abertura da edição 45 da semana de moda, e prevê a cogestão do negócio. Para a IMM, o objetivo da aquisição é diversificar ainda mais o portfólio, passando a dispor também de uma poderosa marca do universo da moda. “A chegada do SPFW torna nosso portfólio completo e robusto, com opções de produtos de esporte e entretenimento que vão permitir que as marcas dos nossos parceiros criem experiências, relacionamento e proximi- Paulo Borges, Alan Adler e Nelson Alvarenga comemoram aquisição dade com seus públicos. Não existe outro evento de moda no Brasil que possa ser comparado ao SPFW do ponto de vista de impacto e relevância para o mercado” afirmou Alan árabe de investimento e desenvolvimento Mudabala Adler, presidente da IMM. Investment Company. Atua nas áreas de entretenimenA expectativa é que a associação com a IMM amplie to, esporte e venda de ingressos. Em Entretenimento, horizontes para a plataforma de moda. “Vamos con- mantém sociedade com a Rock World S.A, detentora tinuar trabalhando pelo futuro da moda. Com essa da marca Rock in Rio e promove turnês do Cirque Du associação, o SPFW ganha mais estrutura e expertise Soleil no Brasil. Na área de Family Entertainment, tem para levar adiante os planos iniciais de um projeto foco em grandes musicais da Broadway, como o My Fair de longo prazo,” afirmou Paulo Borges, até então o Lady, Cantando na Chuva e Pequena Sereia. É promotoCEO da Luminosidade. Principal responsável pelo ra também do evento gastronômico Taste São Paulo. A sucesso do SPFW, Borges permanecerá à frente do Inbrands é proprietária das marcas Ellus, Richards, VR, negócio como diretor criativo e de operações. Seu pa- Salinas, Bobstore, Tommy Hilfiger e Herchcovitch Alepel é considerado fundamental pelos sócios. A IMM xandre e, em 2008, tornou-se sócia da Luminosidade, foi criada em 2011 e adquirida em 2015 pela empresa realizadora do São Paulo Fashion Week. 40

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COPA DO MUNDO

O Brasil na Rússia 2018

O

legado de habilidade, técnica e ousadia eternizado pela Seleção Brasileira nos títulos mundiais de 1958 (Suécia) e 1970 (México) está sendo homenageado na nova linha de uniformes, camisas de treino e pré-jogo e linha casual que serão usados na Rússia 2018 pelos jogadores brasileiros. “Desde as camisas de jogo, às peças de treino e aos produtos casuais, a criação da linha foi inspirada na energia e ritmo do Brasil e acreditamos que os jogadores e fãs vão adorar”, afirmou o diretor sênior de Marketing da Nike do Brasil, Daniel Paz. Na Amarelinha, o primeiro uniforme da Seleção, o tom da cor que mais representa o sucesso nos gramados foi batizado de Ouro Samba (Samba Gold). É o mais vibrante das 42

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últimas duas décadas. Essa nuance vem dos meados de 1970, época do Tricampeonato Mundial. Na parte de trás da nuca, uma faixa vertical na gola traz, depois de 50 anos, o azul de volta à camisa principal. A camisa tem tecnologia antiaderente, que garante firmeza, ventilação e sequência dos movimentos. A textura costurada à trama reduz o peso e assegura a circulação de ar por toda a peça. Uma linha fina espaçada na parte interna aumenta o conforto e proporciona maior liberdade aos jogadores. Os fios trilobais na parte externa das mangas refletem a luz e revelam a inovação da tecnologia Nike Fast Fit Vaporknit, que deixa o uniforme ainda mais leve. Segundo a Nike, o modelo tem mais praticidade e muito menos fios do que os anteriores. Os shorts azuis Vapor Match não têm costuras externas e foram produzidos com 55% a mais de tecido stretch, um convite à flexibilidade dos atletas.

FOTOS: DIVULGAÇÃO NIKE

Linha de uniformes, camisas de treino e pré-jogo e linha casual, lançada pela CBF e Nike, prioriza a tecnologia na construção de fios, tecidos e peças para obter vestimentas mais confortáveis, leves, antiaderentes e de secagem rápida


Com esse avanço, a Nike retirou a corda de ajuste à cintura, reduzindo o peso total. Já as meias brancas Superlock somam um visual moderno a um design clássico: listras verdes e amarelas na altura da panturrilha. O meião foi adequado para duas partes diferentes do corpo em que ele atua: uma estrutura para a região acima do tornozelo e outra para o pé. A parte superior se ajusta perfeitamente à perna. A peça afasta o suor e facilita a evaporação. Seca, a peça é 9% mais leve e, quando úmida´, pesa menos de 40% das usadas anteriormente.

Azul Celestial: o segundo uniforme

A camisa azul da Seleção Brasileira recebeu o título de Azul Celestial (Soar Blue) e tem marca d’água, em estampa de mosaico, formada por estrelas que partem do escudo. Relembra dois importantes fatos marcados na história do nosso futebol: o Mundial da Suécia (1958), primeira vez em que o azul foi adotado, oficialmente, como a segunda cor da Seleção; e a primeira estrela a ser fincada no peito, uma honra oferecida apenas aos campeões do mundo. Os números, como na época da competição, voltam a ter a cor amarela. Calção branco e meias azuis completam o uniforme.

Você é a Seleção

Os dois uniformes da nova coleção trazem, por dentro, o globo da bandeira do Brasil rodeado por linhas radiais. A frase “Você é a Seleção” agiganta o visual. O escudo é aplicado pelo Crest Flight, novo sistema criado pela Nike, e o peso é 64% menor do que os anteriores. A tipologia criada sob medida foi inspirada nas letras que estampavam as camisas de treino da Seleção Brasileira nos anos 1950 e 60. Os nomes e números dos jogadores serão fixados às camisas e aos shorts com tecnologia Aero Graphic. Os designers da Nike partiram das letras B, R e S daquelas peças para desenvolver a nova linha.

COLEÇÃO SELEÇÃO BRASILEIRA 2018 COMPLETA CAMISA PRÉ-JOGO: Modelo Nike Vaporknit Navy tem a mesma estampa de raios usada na parte interna dos uniformes de jogo, traduzida em um grafismo que tem o escudo da Seleção no centro. JAQUETA DE HINO: É usada durante a execução do Hino Nacional Brasileiro. Reforça o Ouro Samba do primeiro uniforme e atualiza a versão tradicional com um corte moderno e visual único. TREINO: O uniforme de treino levam as mais modernas inovações da Nike a um novo patamar. Os designs Armory Navy e Volt surgiram a partir de uma pesquisa realizada com mais de 100 atletas de elite, que contribuíram com ideias e informações preciosas. CAMISA NIKE VAPORKNIT STRIKE: Tem a mesma tecnologia antiaderente dos uniformes, com estrutura 12% mais ventilada, superleve (23% do peso reduzido) e caimento perfeito. CAMISA NIKE VAPORKNIT STRIKE DRILL: O tecido e o novo corte alinhado fazem a peça de 2018 ser 42% mais ventilada e 34% mais leve do que modelos anteriores. SHORTS VAPORKNIT REPEL STRIKE: Mesma estrutura de peça única e sem costuras aplicada aos shorts dos uniformes. São 5% mais leves do que os de 2016. CALÇA VAPORKNIT STRIKE: Os grandes avanços nas peças de treino também são vistos nessa calça. A estrutura levíssima, com tecido altamente flexível, oferece muita liberdade de movimentos. Calça Vaporknit Strike em números: 160,9% mais flexível, redução de 50% na quantidade de costuras, peso 23% mais baixo e absorção de suor 10% mais rápida.

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COPA DO MUNDO

Alfaiataria sofisticada

Conheça os detalhes dos looks feitos sob medida pelo estilista Ricardo Almeida para a comissão técnica e jogadores da Seleção Brasileira

C

onhecido pelos ternos feitos com material e acabamento impecáveis, o estilista Ricardo Almeida foi o profissional escolhido pela CBF para produzir uma alfaiataria exclusiva e sob medida para a delegação brasileira de futebol durante o evento esportivo de 2018. O projeto especial contempla a criação de um costume (blazer e calça) com cores e detalhes especiais para o momento, que tem como objetivo de resgatar uma tradição da apresentação da seleção brasileira com uma alfaiataria sofisticada. Cada integrante da delegação brasileira vestirá um costume produzido pelo estilista para o dia do embarque da Granja Comary (RJ) a Londres e a chegada oficial a Sochi, na Rússia. O ponto de partida do projeto foi a modelagem, que ganhou atenção especial do estilista. “Quis desenvolver uma modelagem para valorizar o corpo atlético, evidenciando o shape que cada jogador tem de melhor”, explica Ricardo Almeida. No caso, por exemplo, a calça e o blazer respeitam o shape do jogador sem perder a estética da assinatura do estilista e valorizam o corpo atlético de cada um deles. “Os jogadores não perderão a própria personalidade e a essência do universo esportivo ao usar uma alfaia44

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taria. Quisemos desde o início respeitar essa premissa, uma vez que eu sempre valorizo, no meu dia a dia, a identidade e estilo de vida do cliente”, explica.

O charme do azul

Os jogadores vestirão traje monocromático, composto por costume, camisa e gravata azul de seda super slim (4 cm); já a equipe técnica usará costume azul com camisa branca e gravata azul de seda de largura 6 cm, um pouco mais próxima do estilo clássico do acessório. Um outro detalhe a ser contado é a camisa dos jogadores que traz um colarinho estreito, diferente das tradicionais camisas sociais. O costume sob medida foi produzido em 100% lã fria, composta por fios com duas cores diferentes uma combinação de azul royal e preto -, que revela um novo tom de azul marinho com efeito changeant (muda sutilmente a cor conforme a incidência de luz). “Foi uma forma de levar um toque diferenciado e moderno para a alfaiataria que, mesmo com uma cor clássica como o azul marinho, ganha um resultado inovador aos olhos de quem vê. Não é só um azul marinho. É um azul marinho particular e pensado para esse momento tão especial”, sinaliza Ricardo. O destaque em cada traje fica para o forro do blazer, com padronagem de jacquard inspirada no construtivismo russo - uma estética que sintetiza as imagens em formas geométricas simples, buscando passar uma mensagem de forma rápida. Assim, quem observa o forro consegue ver as taças e os anos em que a seleção brasileira foi campeã ao longo da história dos campeonatos mundiais de futebol. Essa foi a forma que o estilista escolheu para homenagear todas as conquistas da seleção.


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SUSTENTABILIDADE

Princípios da Moda Sustentável

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Conheça as ações que devem estar nos planos de curto e longo prazo das empresas envolvidas com moda

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movimento consciente no mundo da moda ganha corpo, como forma de combater a degradação do meio ambiente e o consumo de matéria prima não renovável. A indústria têxtil está entre os quatro tipos de indústrias que mais consomem recursos naturais e que mais poluem no planeta, de acordo com a Environmental Protection Agency – agência de proteção ambiental dos Estados Unidos, e se vale de relações de trabalho muitas vezes degradantes, a fim de manter o baixo custo da produção. Para lançar luz sobre essa situação, entidades, marcas e varejo têm se mobilizado e participado de debates no Brasil e mundo afora. O Fórum Sustentável Global Fashion Agenda (GPA) divulgou em março um relatório com sete medidas que devem estar nos planos de curto e longo prazo das empresas envolvidas com moda. O lançamento antecedeu o principal evento mundial sobre sustentabilidade no mundo da moda, o Copenhagen Fashion Summit, que acontece em 15 e 16 de maio na Dinamarca. Conheça-os: 1. Transparência na cadeia de fornecimento A recomendação é que marcas criem listas de fornecedores para que acionistas e consumidores possam saber que matériasprimas são usadas nas peças que compram e suas procedências. 2. Uso eficiente de água, energia e produtos químicos Implementação de programas eficientes de uso de água, energia e produtos químicos. O objetivo deve ser usar o mínimo possível de recursos naturais e evitar emissão de poluentes ao meio ambiente. 3. Ambientes de trabalho respeitosos e seguros Empresas devem adotar e reforçar políticas de trabalho que estejam em

harmonia com os princípios do direito humano universal e evitar abusos. 4. Variedade de matérias-primas É preciso reduzir os efeitos negativos da produção das matérias-primas usadas nos produtos de moda e desenvolver materiais mais sustentáveis e novas tecnologias. 5. Criação de um ciclo sustentável O Relatório estima que mais de 70% de toda a roupa produzida acaba em lixões. E incentiva a indústria de moda a produzir peças inovadoras que possam ser recicladas ou reutilizadas a longo prazo para evitar descarte. 6. Promover melhorias nos sistemas salariais É fundamental a promoção de debates sobre como implementar um sistema salarial mais justo, já que a indústria da moda emprega cerca de 60 milhões de pessoas, de acordo com levantamento do GFA. 7. A 4ª Revolução Industrial Numa projeção bem pessimista, o estudo aponta que 90% dos funcionários da produção téxtil podem perder seus empregos com o avanço da automatização. O processo de digitalização dos negócios e da produção, no entanto, não é complexo. A recomendação é que empresas projetem antes o impacto de novas tecnologias sobre sua força de trabalho antes de aplicá-las. O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

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DICA DO ESPECIALISTA GESTÃO

Quatro erros fatais Alguns erros podem dificultar muito a vida do empresário da moda, seja ele confeccionista, atacadista ou varejista. Vamos direto ao ponto? ALLAN GARCIA é consultor empresarial especialista em gestão e fundador e sócio-diretor da Result Place Consultoria. Também atua como palestrante e facilitador em indústrias brasileiras

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Escrevi este artigo com uma série de perguntas e com a intenção de incomodar. Mas peço muita atenção à última, pois é a mais importante, tudo bem? Vamos comigo? 1) Você sabe com precisão qual é o valor mínimo que sua empresa necessita vender para não ter o tão temido prejuízo? Aquele valor que se você vender a menos estará pagando para trabalhar? 2) Você administra com atenção o seu estoque, evita comprar mais produto do que a sua capacidade de venda para não acabar “estocando dinheiro” ? Dimensiona o seu “giro de vendas por grupo de produto” ( já que esta é a única maneira – fora as prejudiciais liquidações - de não deixar a mercadoria ficar velha e desvalorizada na prateleira da sua loja)? 3) Você divulga a sua marca com fotos de qualidade e para um grande número de pessoas, a fim de atrair a maior quantidade de clientes possível? 4) Você investe na fidelização de clientes? Espere um pouco, deixe eu adivinhar: a resposta é “não”? Então, agora, eu faço a última e mais importante pergunta: Como é que você ainda espera ter sucesso na sua loja/confecção? Veja bem, tudo que foi perguntado nada mais é do que o mínimo necessá-

rio que um empresário precisa fazer em seu negócio para buscar a lucratividade. Não fazer nada disso é errado e pode ser fatal para o seu negócio. E, meu amigo ou minha amiga, se você não faz nada disso na sua empresa e ainda está conseguindo ter sucesso em vendas e lucratividade, vou dar uma sugestão: “Sustenta na oração porque está dando certo!”

Erro número 1 A primeira pergunta que diz respeito ao ponto de equilíbrio que, resumidamente, trata do valor mínimo que sua empresa deve vender para cobrir todas as despesas. Como um empresário pode não ter uma informação tão importante para a saúde e longevidade do seu negócio? E você sabia que esse valor é muito fácil de calcular? Mesmo assim, uma proporção gigantesca de empresários (de qualquer segmento) não tem ciência da importância dessa prermissa, e muitos empreendedores iniciam seus negócios sem nem mesmo saber do que se trata.

Erro número 2

A segunda pergunta se relaciona ao estoque. Estoque é recurso, gente! É dinheiro! Dinheiro que se desvaloriza com o passar da moda. Gerir bem não é só fazer balanço. Muitas liquidações traduzem uma má gestão do estoque. Muitos empresários compram ou produzem baseados em achismos do setor comercial. Eles costumam se auto enganar neste pilar. Quando lançam uma coleção, têm a falsa impressão de que ela bombou por que algumas referências acabaram muito rápido. Mas a verdade não é bem essa, pois esquecem de focar nas referências que não venderam tão bem. E, depois, querem resolver o problema com liquidações. Só que, fazendo isso, você está


arranjando vários outros problemas, como a falta de lucratividade e a cultura da liquidação, e criando uma carteira de clientes que só procuram você quando existe desconto.

Erro número 3

A terceira pergunta remete à divulgação do seu negócio. Talvez o que eu diga seja um pouco técnico, mas tentarei ser simples. Veja este exemplo: você sabia que posso divulgar uma foto de um vestido para vinte mil mulheres entre 22 e 34 anos, que moram em um raio de 8 km da minha loja, que se interessam por moda, que são compradoras envolvidas e que, além de tudo, possuem melhores amigas que faram aniversário em um prazo de 30 dias? E tudo isso gastando em média uns 50 reais? Incrível, não acha? Pois é. Isso com anúncios no Facebook e no Instagram. Mas, há dois fatores a se considerar: primeiro, a quem impulsionar com os anúncios (público ou audiência)? E,segundo, o que impulsionar? Nessa hora, não vale aquela foto de uma roupa vestida em um manequim de plástico! Procure saber mais a respeito de mídias sociais!

Erro número 4

A quarta questão diz respeito à fidelização do cliente. Até que é fácil encontrar lojas e confecções investindo em publicidade (fotos, modelos, blogueiras, catálogos, outdoors e revistas). Mas

são raras as empresas que reservam uma parte dessa verba em benefício do seu próprio cliente. Invista em ações sinceras e personalizadas para mimar seu cliente, tratá-lo de forma diferenciada; invista em treinamento da equipe para dar um atendimento que surpreenda esse cliente. Gosto muito de uma frase que diz: “eu não amo o meu produto. Eu amo o meu cliente! O meu produto é só mais uma forma de demonstrar todo o meu carinho por ele”. Existem dois tipos de empresários: aquele que depende do fluxo da loja e aquele que sabe trabalhar a carteira de clientes. O que depende do movimento da própria loja, seja ela em shopping ou uma loja de rua, fica à mercê do mercado. Se o mercado estiver aquecido e o fluxo estiver bom, ele vende bem. Caso contrário, as vendas não acontecem. Já o empresário que sabe trabalhar a carteira de clientes está voltado à ação. Ele é focado no cliente, cria eventos, cultiva a cultura da fidelização, executa um atendimento diferenciado e pós-venda, conhece o perfil, quem são seus melhores e mais fieis clientes, e fortalece isso cada vez mais. Esse tipo de empresário não se apoia em reclamações ou culpados e nem espera a crise passar. Bem, amigos, espero ter alcançado meu objetivo e incomodado vocês o suficiente para fazê-los agir. Pois, como costumamos dizer na Result Place: o sucesso vem para quem age! Forte abraço!

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PASSARELA MINAS TREND

“Nosso Lugar Somos Nós”

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Relação afetiva dos mineiros com a natureza e sua importância na indústria da moda do estado: referência estética da edição PrimaveraVerão/2019 Fotos: Agência Fotosite

A

s riquezas históricas, culturais e geográficas de Minas Gerais serviram de referência para a concepção criativa da Primavera-Verão/2019 do Minas Trend. Iniciativa da FIEMG (Federação das Indústrias de Minas Gerais), o evento aconteceu entre 17 e 20 de abril, em Belo Horizonte, sob o tema “Nosso Lugar Somos Nós” e propôs uma abordagem sobre a tradição, cultura e valores locais e suas influências na produção de moda mineira, na busca por novos mercados por meio de processos mais elaborados e produtos mais genuínos. A importância da sustentabilidade, de forma a garantir a sobrevivência das gerações futuras também foi referência importante. O sertão mineiro, localizado nas regiões norte/noroeste do estado, com sua paisagem “linda e áspera, mas com uma riqueza humana imensurável”, foi o ponto de partida para “a manifestação do presente como perspectiva para o futuro”, segundo Pedro Lázaro, diretor criativo do evento. “A postura da sustentabilidade, tão em evidência nos dias de hoje, sempre foi aplicada no cotidiano dos habitantes dessa região, que dependem dos recursos naturais para sua subsistência”, completa. Ao som da Orquestra de Câmara e com intervenções da Cia de Dança Sesi Minas, o desfile de abertura levou para a passarela looks montados com peças das marcas participantes da semana de moda, tendo como inspiração o "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. O styling foi de Paulo Martinez e primou pelos tons terrosos, crus, rosas secos, verdes, cáquis, vermelhos e composições que remetem ao clássico da literatura brasileira. O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

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PASSARELA MINAS TREND

Verão

à vontade

Looks soltos, leves, coloridos, longos, assimétricos, transparência e estampas geométricas foram a tônica dos desfiles Primavera/ Verão 2019 das marcas mineiras. Confira aqui alguns destaques Fotos: Agência Fotosite

PLURAL Cores fortes, estampas geométricas e leveza. Destaque para a modelagem harmônica 52

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PASSARELA MINAS TREND

NATALIA PESSOA Liberdade de movimento, modelagem assimétrica, estampas, animal print

ANNE EST FOLLE Bordados e galões, macramês, seda pura, linho, estamparia manual e digital 54

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SKAZI Shapes fluidos, transparência, geometria nas estampas, cores frias e neutras, alfaiataria descontraída

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PASSARELA MINAS TREND

Retomada dos Negócios Mais de 200 marcas da cadeia produtiva da indústria da moda mineira apresentaram lançamentos para a temporada

R

eferência nacional nos segmentos de vestuário, bolsas, sapatos, joias, bijuterias e acessórios, mais de 200 marcas da cadeia produtiva da indústria da moda mineira apresentaram lançamentos para a temporada na 22ª edição do Minas Trend, em abril. Para os presidentes dos sindicatos empresariais dos setores participantes do evento, os negócios realizados atenderam de forma satisfatória as expectativas. Em Vestuário, houve incremento de 10% na venda dos espaços e um total de 112 expositores. “Esse fato que evidencia a confiança do produtor em uma recuperação gradual, porém constante, dos negócios do setor”, analisou Luciano Araújo, presidente do Sindivest/MG. Segundo o empresário, os expositores mostraram-se satisfeitos com o movimento e resultado de vendas. “Nossa expectativa é positiva, pois acompanhamos a tendência da retomada do poder econômico e de consumo e nosso setor é um dos primeiros a sentir o impacto”. “Vários lojistas e fabricantes consideraram que esta temporada está melhor em termos de vendas. O fato de aumentarmos o número de expositores, 56

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que ocuparam a totalidade da nossa área, demonstra maior confiança das empresas com o futuro da economia”, afirmou Manoel Bernardes, presidente do Sindijoias/MG. “Desde a edição passada já percebemos um ânimo maior por parte dos expositores e, nesta temporada, confirmamos essa percepção com o propósito de participantes que já querem fechar contrato para a próxima edição, fato que não acontecia há muito tempo”, revelou Jânio Gomes, presidente do Sindicalçados/MG. O Minas Trend é realizado em parceria com o Governo de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sebrae Minas, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

INDÚSTRIA DE MODA - MINAS GERAIS • 130.039 postos de trabalho • 8.944 empresas* • 23,5% total das empresas em atuação na indústria de transformação do Estado * representam 5% do PIB mineiro, com cerca de R$ 7,29 bilhões


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DICA DO ESPECIALISTA MAQUINÁRIO

Renovar é preciso, mas... A atualização de máquinas e equipamentos de confecções é importante para alavancar produção e qualidade, mas esbarra nos juros ainda altos e nas dificuldades de obter crédito para financiar equipamentos Por Antonio Ary Martorelli * Existem milhares de confecções no Brasil e dos mais diversos portes. Fala-se que a produtividade é baixa, o que reduz a competitividade dessas empresas. Independentemente da crise econômica e da retração na produção e vendas que o setor vem enfrentando, a atenção à renovação de máquinas/equipamentos de costura é um fator importante. A renovação do parque de máquinas é importante não só em função do aumento da produtividade (incluem-se aí pouquíssimas paradas por problemas técnicos), mas também pela qualidade nos produtos produzidos nessas máquinas. As empresas de médio para grande porte têm produtividade superior à das menores, seja pela quantidade de postos de trabalho oferecidos quanto pelo número de máquinas e equipamentos utilizados nas linhas de produção. E vêm investindo há anos em maquinário de ponta, formação profissional, engenharia de produção e logística, entre outras ações. O tempo de depreciação das máquinas de costura, adotado inclusive para efeitos fiscais, é baseado na vida útil estimada para as máquinas: dez anos. Mas, na prática, esse prazo depende muito da qualidade da máquina e da forma como é utilizada e, principalmente de como é realizada sua manutenção. Máquinas com manutenção periódica têm seu período de vida útil estendido. Encontramos máquinas rodando com vinte, trinta e bem mais anos em funcionamento. Claro que equipamentos antigos, não produzem na mesma velocidade que os modernos, bem como gastam bem mais energia do que os atuais. A inovação tecnológica em máquinas de costura se acelerou nos últimos anos. Os modelos básicos - costura reta, overloque e galoneira - já possuem motor acoplado, chamado de “direct drive”, que proporciona economia de energia de até 70%, baixo nível de ruído e aumento de produção. Passando para os outros modelos, temos máquinas com muita tecnologia embarcada, com dispositivos e comandos eletrônicos e pneumáticos. Existem também as unidades automáticas que realizam operações com um simples toque no painel de comando, como, por exemplo, costurar um bolso em uma camisa ou calça e por aí vai. Na maioria das vezes o momento da troca está muito ligado à necessidade da empresa e se dá, principalmente quando é

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preciso tornar a produção mais eficiente e competitiva. É certo que os empresários deveriam fazer um planejamento para substituir as máquinas que chegam ao topo de vida útil, mas, devido às inconstâncias políticas e econômicas em nosso País e à falta de mais linhas de financiamento com juros adequados para investimentos em bens de capital, acabam por trocar suas máquinas bem depois do tempo em que poderiam ter sido renovadas. Apesar dos juros estarem num viés de baixa no Brasil, ainda são elevados se compararmos com países que estimulam os investimentos nas linhas de produção, comércio, etc.. Mesmo assim, os empresários contam com as linhas do BNDES, com destaque ao Cartão BNDES, com juros bem mais baixos, o que vem permitindo investir em equipamentos para suas fábricas. Vale destacar que no segmento de máquinas para a indústria de confecção e vestuário a ABRAMACO – Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para Confecção teve um papel importante nas negociações com o BNDES, obtendo aprovação do banco para financiar no Cartão as máquinas para as empresas, e continua atuando junto ao banco de desenvolvimento, intermediando os contatos das empresas e emitindo os Atestados de Não Similaridade Nacional que são necessários para a liberação desta linha de financiamento. Os governantes, de todas as esferas, deveriam há muito tempo dar mais importância ao nosso setor, que é o segundo maior empregador de mão de obra no País. Tivemos algumas conquistas, mas a exemplo dos países que fomentam suas indústrias, poderíamos ter uma carga tributária mais adequada, bem como encargos sociais menos onerosos, sem contar com a burocracia que emperra e encarece os custos das empresas. Enfim, o governo deve deixar os empresários trabalhar, gerar mais empregos e, consequentemente, fazer a economia girar. ANTONIO ARY MARTORELLI é consultor de empresas da Hopen – Consultoria e Assessoria Empresarial


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GROUP O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2018

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MUNDO TÊXTIL DENIM MEETING

Tecnologia, consumo e ética Denim Meeting se consolida como o grande encontro da integração da indústria têxtil brasileira do denim em prol do desenvolvimento do setor

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uarto maior produtor de denim no mundo, o Brasil confecciona com o tecido, ao ano, 350 milhões de peças, a quase totalidade absorvida pelo mercado interno. Por sua escala relevante e consumo significativo, a indústria do denim se posiciona entre os três setores mais promissores no País. Não à toa, o setor mais que merece um evento à altura de sua importância. Assim, nasceu o Denim Meeting, idealizado Iolanda Wutzl e Marlene Fernandes, CEOs do Guia JeansWear by StyleWF, com a missão de unir e fortalecer o setor, e que hoje, dois anos após a primeira edição, já se tornou o divisor de águas da indústria do denim no Brasil. “O Denim Meeting cresceu e se consolida como o grande encontro da integração da indústria têxtil brasileira do denim em prol do desenvolvimento do setor”, destacou Iolanda Wutzl. “Conhecer é o primeiro passo para integrar pessoas e estreitar vínculos produtivos. Através do reconhecimento do processo contextualizado de cada atividade que compõe o produto final, é possível alcançar maior nível de cooperação gerando um ambiente competitivo e ao mesmo tempo propício à inovação e ao trabalho em equipe”, afirma. Sob o tema Conexões com Propósito - "Do fio da meada ao produto final", a primeira das edições previstas para este ano aconteceu em março, em São 60

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Paulo, e atraiu mais de 700 visitantes, ao reunir a nata dos fabricantes de denim no Brasil, fornecedores e especialistas. O evento abordou toda a cadeia, desde o fio da meada até o produto final, ilustrando também pela primeira vez, por meio de desfiles, a apresentação dos produtos diferenciados das tecelagens na Ilha do Denim – espaço para exposição de produtos das empresas parceiras. “Acreditamos que, por meio das experiências dos profissionais e especialistas participantes, muitas inovações serão apresentadas em relação a produtos e serviços sustentáveis com tecnologia agregada para toda a cadeia do denim. Pretendemos mostrar a potência do denim brasileiro para outros países que buscam parceria em criatividade e inovações e assim fomentar a exportação desse produto”, explicou Iolanda.

De olho no futuro

Futuro do denim, tecnologia, consumo e ética, propósito, inovação, lavanderia e empreendedorismo foram os tópicos debatidos no ciclo de palestras e painéis apresentados nos dois dias de evento. Entre os palestrantes e participantes de fóruns de discussão estavam o ex-presidente da Santista Têxtil e consultor da Schmid Consulting Herbert Schmid, a consultora de moda especializada em jeans Bia Aidar, o presidente da Abrapa Arlindo Moura e o fundador da marca Ahlma André Carvalhal. No segundo dia


ut molorerciis dolor min cus, volorent. Olore, volut labo. Et dolumeni ipid ut omniet,

Tecelagens e fornecedores de componentes marcaram presença na Ilha do Denim

do evento aconteceu o Denim Meeting Trends, com palestras de tendências, soluções e inovações para o segmento ministradas por profissionais patrocinados pelas empresas expositoras da Ilha do Denim como Abrapa, Canatiba, Capricórnio, Covolan, Ecotag, Grupo GB, Haco, Invista, Santanense, Santana Têxtil,Tecnoblu entre outras. Renomados fabricantes de denim e alguns fornecedores mostraram seus lançamentos na Ilha do Denim com foco em conforto, elasticidade, sustentabilidade e novos tingimentos. A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), por sua vez, levou ao Denim Meeting a campanha “Sou de algodão”, desenvolvida junto ao IBA (Instituto Brasileiro de Algodão), com o propósito de conquistar mais adeptos. “A indústria têxtil do denim está se reestruturando e se adaptando às inovações demandadas pelo mercado, pelos padrões de consumo para conseguir fidelizar clientes. Nesta fase, o consumidor busca valor agregado e diferenciação, não visa tanto o preço nem ter inúmeras peças, mas poucas e boas”, analisa Iolanda

TRAJETÓRIA DE SUCESSO A trajetória de sucesso do evento, fruto da carência da cadeia de produção e transformação do denim por encontros e discussões para a troca de informações, já ficou patente na primeira edição, quando o Denim Meeting reuniu 350 participantes no auditório principal da Escola Senai "Francisco Matarazzo", em São Paulo. Em 2017, parceria com a FCEM| Febratex Group, levou o Denim Meeting ao Auditório Ellis Regina, no Anhembi, em paralelo às feiras Febratêxtil, Tecnotêxtil Brasil e FINTT 2017. De lá, com apoio da FCEM, o evento se regionalizou, indo a Caruaru (PE), ainda em 2017 e, em seguida, no Ceará, durante a Febratex, sob a forma de uma feira de negócios compacta, a Ilha do Denim.

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MUNDO TÊXTIL DENIM MEETING

Matéria-prima e processos Desenvolvimento de novas fibras de algodão e de elestano é estratégico para o crescimento do jeanswear

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o que depender do algodão brasileiro, os fabricantes de denim não vão ter problemas de falta matéria-prima. O Brasil é o país que registra a maior produtividade, com 1745 kg produzidos por hectare. O País é o quinto maior produtor no mundo e o 4º. maior exportador, devendo ocupar a 3ª posição em 2019, de acordo com Arlindo Moura, presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). O Brasil é também o maior produtor de algodão sustentável do mundo, com 30% da produção mundial. Os maiores estados produtores são Mato Grosso e Bahia. O jeanswear, por sua vez, retoma a escalada ascendente em vendas na América do Sul, com projeções de crescimento de 12% em volume até 2022, segundo Robson Ferreira, gerente de Negócios de Tecidos Planos da Invista no continente.

Conforto e movimento

Pesquisas da Invista apontam o que o consumidor mais preza no jeans, pela ordem: conforto, aparência e ajuste. “E o consumidor brasileiro é o mais exigente em termos de conforto”, destaca Ferreira. “O superstretch

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hoje não é mais tendência, é uma realidade, pois está atrelado ao desejo de liberdade de movimento”, afirma. Além do conforto e movimento, outro atributo importante em jeans é a recuperação do tecido após o uso. O elastano, fundamental nesse processo, vem sendo aprimorado, a fim de suportar melhor os processos da lavanderia. A tecnologia mais recente utiliza algodão sobre as fibras de elastano, protegendo-as e aumentando sua durabilidade.

Lavanderia menos poluidora

A Lavanderia também é estratégica para o sucesso do jeanswear. Hoje, no Brasil, estima-se que haja 400 lavanderias, com capacidade de processar 40 milhões de peças ao mês. “Hoje a quase totalidade delas têm sistemas de tratamento de efluentes”, relata Vinicius Azevedo, designer do Grupo GB Customização. O setor vem se profissionalizando e conta com cerca de 300 pessoas atuando como designers de lavanderias. “ Esse profissional hoje é essencial para o desenvolvimento de produtos”, afirma Oliveira. Entre as tecnologias de ponta nas lavanderias destacam-se o uso do laser e do ozônio, que requerem menos água nos processos mais tradicionais de acabamento.


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MUNDO TÊXTIL DENIM MEETING

O futuro do denim Menos poluidor, menos uso de água e olho no consumidor

O

mundo, o consumidor, o varejo e as formas de produzir estão mudando rapidamente. Confira as previsões do consultor Herbert Schmid, da Schmid Consulting, apresentadas durante o Denim Meeting, em São Paulo, para o mercado e produção de denim: O Varejo tem o desafio de atender os consumidores da geração Millenium, que têm uma nova forma de comprar, valendo-se muito do e-commerce. Isso vai mudar a forma de o Varejo se comunicar. A comunicação com o consumidor deverá ser muito precisa, qualitativa, inteligente, diferente da do passado. O consumidor dará menos valor ao consumo e mais ao lazer. Sustentabilidade será um fator chave, sobretudo em relação á água. É preciso desenvolver processos e tecnologias que gastem menos água. A reciclagem do jeans também será valoriada.

Os tecidos técnicos vão ter maior desenvolvimento e invadirão todos os vestuários, especialmente os de inverno. Fibras e tecidos - O algodão ainda se manterá em destaque, mas os tecidos sintéticos, artificiais adquirem maior importância, em função de sua leveza. Elasticidade – O superstretch continuará em alta Fiação – Sistemas de fiar continuarão Cores e acabamentos – Tendência a serem variados, com acabamentos mais complexos. Lavanderia – Será muito importante na Indústria 4.0 Tingimento – Já está disponível no mercado o sistema Rooter Spray, que injeta o corante sobre os fios. Essa tecnologia possibilita redução no consumo de água e de energia. Produção – Lotes menores Participantes do primeiro dia da programação, com Marlene Fernandes, do Guia JeansWear ao centro

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SENAI CETIQT

Inovação em

nanoestrutura

Nova fibra de poliacrilonitrila (PAN) oxidada é desenvolvida de forma pioneira e revolucionária no Brasil

O

Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos (ISI) aprova projeto de inovação para produção nacional de materiais têxteis resistentes a 1000°C. Por meio do Edital de Inovação, novos materiais que resistem a altas temperaturas poderão agora ser produzidos pela indústria nacional. A nova fibra de poliacrilonitrila (PAN) oxidada é um desenvolvimento revolucionário e pioneiro no Brasil, graças à tecnologia agregada à nanoestrutura da fibra. Com ela, o efeito termorresistente é perene e seu uso limitado apenas ao desgaste natural do tecido. A nova tecnologia atende diversos setores, mas principalmente as indústrias aeroespacial e automobilística. O desenvolvimento do projeto será realizado em parceria com a empresa Multivácuo Aeroespacial. A próxima etapa do desenvolvimento será ajustar as características da nova fibra a fim de adequar suas aplicações aos processos têxteis de fiação e tecelagem. 66

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“O Brasil figura como o principal produtor e consumidor de têxteis técnicos na América Latina. O desenvolvimento desta tecnologia a partir da PAN-oxidada permitirá conduzir este setor, caracterizado como tradicional, para o patamar das indústrias de alta tecnologia”, disse Ricardo Cecci, coordenador de Inovação em Fibras do ISI em Biossintéticos do SENAI CETIQT.

O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa que valoriza a inovação, por financiar o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores. Empresas de qualquer porte podem participar do Edital. No total, R$ 53,6 milhões em aportes serão disponibilizados por meio da parceria entre o SEBRAE, o SENAI e o SESI.

O ISI EM BIOSSINTÉTICOS Instalado no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI CETIQT), no Rio de Janeiro, o ISI oferece soluções em bioquímica e química para produção e processos sustentáveis. Atua em segmentos estratégicos como indústrias de especialidade e bases químicas, biocombustíveis, agroquímica, indústria de bens de consumo, home & personal care, papel e celulose, óleo e gás. Com um conceito de alta integração entre a indústria e a academia, a equipe do ISI em Biossintéticos do SENAI CETIQT é formada por especialistas reconhecidos nas áreas de biotecnologia, transformações químicas, engenharia de processos e fibras. Em 2017, o SENAI CETIQT inaugurou a planta de Fibras Químicas a fim de apoiar as indústrias no desenvolvimento de pesquisas para a fabricação de fios com funcionalidades (Veja mais sobre a planta de Fibras Químicas).


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