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confeccionista
ANO VII - Nº 41 - MAI/JUN 2016
FEVEST
bate recorde de público e negócios
WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR impressão
editora
PROJEÇÃO IEMI Produção nacional de vestuário deve avançar 3,2% em 2016
O CONFECCIONISTA - ANO VII - Nº 41 - MAI/JUN-2016
DE BABY BOOMERS A GERAÇÃO ALPHA Sebrae divulga estudo com perfil das faixas etárias
Congresso Internacional Abit
FUTURO DA INDÚSTRIA TÊXTIL É A TECNOLOGIA
MINAS TREND
Expressivo número de compradores em meio à crise
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O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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CARTA AO LEITOR
Tudo vai melhorar! Segundo dados da FGV, o Brasil não está mais em recessão econômica. Isso não quer dizer que já estamos crescendo. Porém lembro-me que, no começo do ano, as previsões eram de uma queda do PIB de 4%. Acredito que, depois de tudo que aconteceu, a queda será de 1,5% em 2016. Claro que ainda é um resultado muito ruim, entretanto a boa notícia é que até o final desse ano teremos invertido a curva do gráfico, modificando a recessão para o crescimento. Isso significa que voltaremos a trabalhar com a perspectiva de que as coisas voltarão a ser como antes, quando podíamos planejar, contratar, investir, lucrar e pensar em novos produtos. Veremos também nossos clientes e fornecedores se reerguendo, com brilho nos olhos e faca nos dentes, tendo a certeza que seus trabalhos terão resultados positivos em um curto espaço de tempo. Não acredito em crise de mercado e sim em crise política, logo após o impeachment muito dinheiro voltará para o Brasil. Não tenho dúvidas que os empresários irão deixar de tentar sobreviver e voltarão a empreender, recolocando no mercado esse mar de pessoas desempregadas, pois precisamos deles para fazer nosso mercado cada vez mais forte. Todos os empresários com quem tenho conversado estão muito otimistas e esperançosos de que tudo vai melhorar. Eu também penso assim. Temos de confiar no futuro! Uma boa leitura e faça ótimos negócios. Um abraço.
Júlio César Mello
Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br
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EDITORIAL
Oportunidades não faltam
Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399
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confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora - Evelise Jagmin (Mtb: 66.701) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Sonia Duarte e Junior Andrade
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Crises nos levam a repensar valores, apostas, situações e colocam em cheque antigas avaliações sobre as empresas, que passaram a ter uma margem mais apertada ou chegaram até a ficar no vermelho. Apresentamos sempre nas nossas páginas uma visão do mercado, possíveis soluções a adotar e formas de buscar oportunidades e saídas em um mercado um tanto estreito. De toda forma, os momentos menos favoráveis trazem uma necessidade de reflexão criteriosa sobre o que temos feito até então. Pensando nisso, A Dica do Especialista de Junior Andrade questiona se sua empresa é Vinil, Cd ou Digital com o objetivo de levar a uma reflexão sobre a atuação das empresas e os tipos diferentes de gerações que estamos nos direcionando. Uma análise de mercado pode ajudar a redirecionar os investimentos corretamente. Recentemente o Sebrae divulgou um estudo das gerações com informações úteis que auxiliam a entender melhor o seu público-alvo, desde os baby boomers até a mais nova geração alpha. A análise destes perfis possibilita um entendimento mais aprofundado sobre a linguagem de cada faixa etária e como atingi-los. Espero que estas reflexões auxiliem em seus negócios e tragam novas ideias inteligentes e inovadoras ao nosso setor confeccionista. Para entender melhor como o setor têxtil tem se posicionado frente à crise e em que pontos podemos melhorar ou desenvolver, divulgamos o estudo do IEMI sobre o mercado atual, que indica que a produção nacional de vestuário deve avançar 3,2% ainda neste ano.
Evelise Jagmin
Editora editora@oconfeccionista.com.br
Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Grafilar Tiragem - 12.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.
É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão Editora e Publicidade Ltda Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399
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SUMÁRIO
confeccionista Ano VII - Número 41 - mai/jun 2016
confeccionista o
EXPORTAÇÃO
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Oportunidade para empresas brasileiras
ANO VII - Nº 41 - MAI/J UN 2016
MERCADO
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IEMI - Produção de vestuário deve avançar 3,2%
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Sebrae divulga estudo com perfil das gerações Importação de vestuário tem queda histórica
PERSONALIDADES EM DESTAQUE
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Luiz Henrique Ferreira
EMPRESAS EM DESTAQUE
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Senai Cetiqt
MUNDO TÊXTIL
Produção nacional de vestuário deve avança r 3,2% em 2016
DE BABY BOOMERS A GERAÇÃO ALPHA Sebrae divulga estudo com perfil das faixas etárias
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editora
PROJEÇÃO IEMI
- ANO VII - Nº 41 - MAI/J
Futuro da indústria têxtil é a tecnologia
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bate recorde de público e negócios
Congresso Internacional Abit
FUTURO DA INDÚSTRIA TÊXTIL É A TECNOLOGIA
FOTO: SHUTTERSTOCK 7/29/16 6:54 PM
46 Salão inspiramais
SEÇÕES
52 Minas Trend
EM DIA
NEGÓCIOS
64 Andrade Máquinas firma
parceira com Herchcovitch
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Metalnox e Fraga no SPFW 41
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Expressivo número de compradores em meio à crise
capa 41.indd 1
42 Fevest
58 Salão Moda Brasil
MINAS TREND
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Notícias do mercado
DICA DO ESPECIALISTA
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Varejo
62 Modelagem com Sonia Duarte
2 SULPHLUR GHQLP UHSHOHQWH GH LQVHWRV LQFOXLQGR R $HGHV $HJ\SWL 9LVLWH H VDLED PDLV ZZZ VDQWLVWDMHDQVZHDU FRP EU UHSHOOHU
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VDQWLVWDMHDQVZHDU O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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EM DIA
Cursos & Eventos Ciclo gratuito de palestras aborda "Cultura de Negócios com o Oriente Médio" De junho a dezembro de 2016, o SEBRAE-SP - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas apresenta um ciclo de palestras, focado em apresentar aos empreendedores brasileiros informações sobre a cultura e oportunidades de negócios em sete países do Oriente Médio: Irã, Omã, Armênia, Egito, Líbano, Iraque e Argélia. Apesar de recebermos a influência na língua, na gastronomia e na forma de negociar, pouco se sabe sobre esses países, que ganharão reforço com apresentações de especialistas sobre cultura, economia, comércio exterior e a realidade geopolítica da região. A iniciativa dos eventos é da consultoria de negócios internacionais Mercator Business Intelligentisa, em parceria com a Assis Diplomacia Empresarial e com o apoio do SEBRAE-SP e do setor de diplomático destes países. No dia 26 de julho, o evento abordou as relações culturais que aproximam os omanianos e os brasileiros. Franquias de alimentação, vestuário e calçados, cosméticos, agribusiness, setor automotivo, tecnologias da informação, indústria farmacêutica, setor de plásticos, construção civil e decoração são setores-chave para as empresas do Brasil que querem atuar no mercado omaniano.
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Ronaldo fraga lança novo curso online O estilista abriu cadernos de croquis históricos e revelou segredos e técnicas próprias e inspiradoras para fazer criações artesanais com o que você tem em casa. Ele revelou, do seu próprio ateliê, como é o seu processo para criação de croquis que já inspiraram algumas das coleções mais emblemáticas da moda brasileira. Ronaldo convida a uma viagem pelos seus próprios cadernos de croquis, passando por histórias inusitadas, segredos e curiosidades das coleções Noel Rosa, Re-existência, Descosturando Nilza, Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará, entre outras. Durante o curso, você poderá conhecer da própria mesa de criação do estilista a essência de seus traços característicos e o seu processo criativo, passando pela inspiração e suas referências, os materiais, a ilustração criativa das estampas até o resultado final, que vai para as costureiras. “Neste curso eu retrato, de forma prática e simples, como é possível criar um croqui com o uso de materiais que você mesmo pode ter em casa. Tudo a partir do meu próprio estilo de criar”, afirma Ronaldo Fraga. Com o curso Fashion Illustration, o estilista também quer instigar, sobretudo, o resgate ao desenho à mão. “O advento digital facilitou a vida do estilista, é claro, mas também afastou a prática da ilustração à mão, do bordado “à lápis”, algo que permite exercitar a criação da própria identidade com o desenvolvimento de um traço bem característico, reafirma.
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EM DIA
Gordinhas na passarela Verão 2017 Fashion Weekend Plus Size - moda, negócios e informação
Salão de Negócios O Salão de Negócios do FWPS contou com a participação de todas as marcas que desfilaram e também com outras empresas como a My Store Brasil, companhia especializada em manequins, que apresenta no evento sua linha especial Plus Size. A ideia foi mostrar aos lojistas do segmento que uma loja especializada em moda GG pode ser um espaço moderno e com visual fashion, com manequins cheios de atitude e personalidade.
Palestras Uma programação de Palestras foi oferecida direcionadas aos lojistas. Os temas apresentados foram “Transforme a crise do varejo em oportunidades de crescimento”, com Wilsa Sette Moraes Figueiredo, 12
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coordenadora nacional do segmento Varejo de Moda pelo SEBRAE Nacional; “Como usar as redes sociais para reforçar a sua marca e alavancar seu negócio” por Paula Bastos, jornalista formada pela UNESP, fez diversos cursos livres de moda e comunicação digital. “Tendências verão 2017 – conheça os objetos de desejo das suas consumidoras na próxima temporada” por Patrícia Souza, diretora de pesquisa do Grupo UseFashion, empresa que realiza análises em profundidade de mercados globais e locais.
Exposição inédita da nova coleção do Ilustrador Edull O FWPS verão 2017 contou também com a exposição inédita da nova coleção do ilustrador Edull com o tema “Super-heróis” com desenhos de mulheres gordinhas como super-heroínas. Foi a primeira vez que Edull lançou sua coleção anual presencialmente. As coleções anteriores eram lançadas na internet. No FWPS serão exibidos 10 desenhos do ilustrador que é conhecido no Brasil e no mundo por seus desenhos de mulheres Plus Size dentro de temas específicos. O sucesso de Edull começou primeiro internacionalmente via Instagram e no Brasil tornou-se mais conhecido em 2014 com a coleção inspirada em princesas.
FOTOS: ADRIANA LÍBINI
No dia 24 de julho, foi realizada a edição verão 2017 do FWPS - Fashion Weekend Plus Size, no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista, O evento de moda GG destaca nesta edição a inclusão de palestras focadas em temas de interesse dos lojistas, além dos desfiles e do Salão de Negócios, facilitando a troca de informações, o conhecimento das coleções e a realização de pedidos pelos lojistas.
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EXPORTAÇÃO
Oportunidade para
empresas brasileiras
e
Exportação de vestuário é uma oportunidade também para pequenas empresas brasileiras. A desvalorização do real perante o dólar está abrindo oportunidades para os produtos nacionais ficarem mais atrativos ao mercado externo. Um exemplo está no setor do vestuário: segundo pesquisa recente da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o volume de itens expor-
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tados deve crescer 1,5% neste ano. Este é o cenário que o relatório de Vestuário do SIS - Sistema de Inteligência Setorial analisa, elencando dicas para pequenos empresários do setor aproveitar o câmbio positivo para vender a outros países. Em 2015, mesmo com a desvalorização do real, o setor de vestuário perdeu competitividade em função da crise econô- ➤
IMAGENS: FREEPIK
Santa Catarina é o estado que mais exportou peças de vestuário em 2015, responsável por 33,4% do total de vendas para outros países
SUA EMPRESA COM TECNOLOGIA LECTRA SIM, É POSSÍVEL !
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EXPORTAÇÃO
mica no Brasil. Tanto a produção interna quanto as exportações brasileiras neste segmento apresentaram uma retração de 10%. O principal mercado comprador foi o Paraguai, responsável por 20,9% das compras internacionais, seguido pelos Estados Unidos (15%), Uruguai (11,7%), Bolívia (8,2%) e Chile (5,2%). Santa Catarina foi o estado brasileiro que mais exportou peças de vestuário em 2015, sendo responsável por 33,4% do total de vendas para outros países, à frente de São Paulo (31%) e do Rio de Janeiro (12,3%). O estado também foi o que apresentou a menor queda de produção entre os principais exportadores - o recuo da indústria catarinense foi de 2,46% entre maio de 2015 e abril de 2016, enquanto a média desses estados foi de 17%. As camisetas básicas (t-shirts) foram o item mais vendido da pauta de exportação, representando um total de US$ 5,8 milhões em negócios (14% do total). Outros destaques são as camisetas de algodão, camisas e blusas femininas, além de peças de malha e algodão para bebês - oportunidades para pequenos empreendedores do setor que querem ampliar as vendas neste ano. A Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos desenvolveu uma ferramenta para divulgar as melhores oportunidades comerciais para cada segmento. Para a confecção, destacam-se Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Cuba como países em consolidação, onde há as melhores oportunidades para os exportadores brasileiros. Países como Argentina e Angola são definidos como países em recuperação, mercados onde o Brasil vem perdendo espaço ou crescendo sua participação em um ritmo inferior ao de seus concorrentes, ou seja, mercados a serem reconquistados. A marca mineira Cândida Mariá iniciou sua primeira tentativa de internacionalização mandando amostras de produtos para o México e a Europa em 2011. Por falta de conhecimento do mercado local, o projeto 16
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não deu certo, mas dois anos depois a proprietária Cândida Bomfin de Almeida fez contato com uma empresa representante de moda brasileira localizada na Califórnia e a marca passou, no mesmo ano, a exportar 5% de sua produção para os EUA. A catarinense Elian, da cidade de Jaraguá do Sul, exporta roupas infantis para 11 países, com destaque para a Bolívia e o Paraguai. Mas também começou a dedicar estratégias para o mercado do Oriente Médio, e passou a colocar etiquetas em árabe para vender para países como Arábia Saudita e Palestina.
Para os empresários interessados em exportar seus produtos, confira as dicas sugeridas pelo SIS do Sebrae: • Viaje e conheça o destino que sua empresa deseja exportar e adapte seu produto ao mercado. As diferenças culturais podem ser muito grandes (dependendo do destino do produto) então é imprescindível entender as necessidades e preferências locais; • Procure por empresas semelhantes à sua que já exportam para obter informações sobre boas práticas e adequações importantes para exportar. O Sebrae oferece um artigo com quatro estudos de caso de empresas que se internacionalizaram; • O Sebrae disponibiliza capacitação a distância gratuita para aprender a exportar. Acesse no site da instituição Planejamento para Exportar, Condições de venda para o mercado externo e Exportação: pequenas empresas também podem; • Conheça também o site Aprendendo a exportar, que disponibiliza materiais para as empresas que desejam iniciar o processo de internacionalização, além de um simulador de preços para exportação.
➤ O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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FOTO: RICARDO K.
MERCADO
Futuro da indústria têxtil é a
tecnologia
Evento reúne empresários para discutir novidades que abrangem toda a cadeia têxtil
O
O primeiro Congresso Internacional Abit 2016, que ocorreu no WTC Events Center / Sheraton São Paulo, nos dias 1 e 2 de junho, reuniu cerca de 400 empresários em discussões estratégicas para o setor e como os olhares do cenário global estão voltados para inovação, sustentabilidade, internacionalização, macrotendências, além das novas tecnologias, modelos de negócios e perfil do consumidor.
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O evento reuniu os principais nomes de todos os elos da cadeia produtiva do setor têxtil em âmbito global (da matéria-prima ao varejo), abordando temas estratégicos para o setor, como o panorama e as perspectivas da macroeconomia do Brasil e do mundo, para onde caminha o varejo, tecnologia e inovação, além dos novos modelos de negócio, como as startups. À frente do painel “Inovação em proces- ➤
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sos: os novos paradigmas da produção” esteve Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, acompanhando palestras sobre Tecnologia de RFD (técnica de cadastramento de produtos) como fator de competitividade, Manufatura avançada 4.0 e Estamparia digital. “A crise vai passar em algum momento. Temos que continuar a olhar para frente e absorver as novas tendências de produtos e de gestão. Será um debate muito interessante que irá quebrar alguns paradigmas e nos inspirar a enxergar diferente o nosso negócio”, diz Alfredo Bonduki. Mesmo com o cenário brasileiro incerto, para o presidente da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Rafael Cervone, não há crise que dure para sempre, esse momento deve ser visto como oportunidade. Exemplo disso é o fato de que com o custo elevado, as pessoas deixam de adquirir eletrônicos e passam a comprar roupas. “Para um setor tão criativo, nenhuma ideia é perdida. Agora ao lado de cada um de vocês, tem alguém que está se preparando, pensando em como inovar, para este novo Brasil que virá”, afirma. Um dos destaques do evento foi a apresentação de uma visão positiva, por parte da entidade sobre a indústria têxtil, que segue buscando fomentar o comércio exterior, que mesmo enfrentando há tempos a concorrência estrangeira tem expandido suas ações para além das fronteiras. O otimismo com as exportações foi ratificado pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni. “Apenas de janeiro a maio deste ano, a indústria têxtil já exportou cerca de R$ 650 milhões”, lembrou o executivo. Com temas divididos em seis painéis, os palestrantes abordaram a importância do investimento em novas tecnologias que integrem os processos e minimizem os
“Não há crise que dure para sempre, esse momento deve ser visto como oportunidade”
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FOTO: RICARDO K.
MERCADO
Rafael Cervone, presidente da Abit
impactos ambientais, pois o futuro da indústria está diretamente atrelado as novas gerações, no qual o consumidor definirá o que será produzido, priorizando o que é customizado e politicamente correto. A internet influenciará todas essas mudanças, interligando as informações, de forma a beneficiar não só o cliente final, mas toda a cadeia têxtil.
LANÇAMENTO DE LIVRO
Após quase dois anos de reuniões, pesquisas e levantamentos em campo, no Brasil e em vários países, foi lançado, na abertura do segundo dia do Congresso Internacional da Abit, no dia 2 de junho, o livro A Quarta Revolução Industrial do Setor Têxtil e de Confecção: a visão de futuro para 2030. A obra foi organizada por Flavio da Silveira Bruno, com a intenção de aproximar o Brasil da revolução industrial que já acontece em outros países. O livro une história e tecnologia por meio de imagens e vídeos disponíveis em QR Code, diferencial que facilita a compreensão dos leitores. O evento foi realizado pela Abit, em parceria com a Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, por meio do Texbrasil - Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira.
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MERCADO
Projeç ão
IEMI
Prod uç de v ão naci estu ona avan ário dev l çar e nest 3,2% e an o
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“Em 2016, as expectativas são de que os artigos importados alcancem uma participação de 8,5% sobre o consumo aparente em volume de peças, e as exportações representem 0,5% da produção nacional, quando considerados todos os grupos de vestuário produzidos e consumidos no País”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.
Canais de distribuição e consumo de vestuário
Os diferentes formatos do varejo compõem o principal canal de escoamento dos artigos de vestuário consumidos no país. Para a indústria, o varejo responde diretamente por 74,8% da distribuição de toda a produção nacional de vestuário. O comércio atacadista soma 13,6%, a exportação representa apenas 0,4%, e as lojas de fábrica, institucional e os demais canais (institucional e internet) somam 11,1%.
IMAGEM: FREEPIK
A
A indústria de vestuário mundial, assim como outros setores produtores de bens de consumo, vem se desenvolvendo significativamente nos últimos anos. No Brasil, porém, a indústria de vestuário apresentou queda de 5,6% na produção, em 2015, acompanhando a queda de 2,2% no número de unidades produtivas e queda de 3,4% no pessoal ocupado. Em termos nominais, o valor da produção em geral teve alta de 4,3%. Estes números fazem parte do estudo “Mercado Potencial de Vestuário, Meias e Acessórios 2016” recém-lançado, elaborado pelo IEMI – Inteligência de Mercado. Dados como a evolução do consumo aparente e da participação dos importados no suprimento do mercado interno também foram analisados, tendo como base a evolução histórica dos principais indicadores da indústria de vestuário no Brasil (produção, investimentos, capacidade instalada, contratação de mão de obra etc.) e do próprio comércio externo brasileiro de vestuário.
5.985.989
Perfil da Demanda
Em termos de consumo, a maior demanda potencial provém do grupo de consumidores da classe B, com 38,2% do valor gasto com vestuário no país em 2015. A classe C aparece em seguida com 32,1%, as classes D/E participando com 16,8% e por último a classe A com 12,9% do consumo. (Critério de classificação ABEP/CCEB). Entre os estados, São Paulo é o maior produtor de artigos de vestuário e também o maior consumidor, em seguida aparecem Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Unidades produtoras
De 2011 a 2015, a quantidade de unidades atuantes no setor teve uma queda de 0,56%, com a saída de 136 unidades. Em relação ao ano de 2014, ocorreu leve queda de 2,13%, quando 528 unidades produtivas encerraram suas atividades dentro do setor. As microempresas, de 5 a 19 empregados, representam 71,1% do universo empresarial e 27,7% do pessoal ocupado e são responsáveis por 14,1% da produção. As pequenas, de 20 a 99 empregados, são 26,0% do universo e 41,3% do pessoal ocupado e participam com 20,6% da produção. As médias empresas, de 100 a 499 empregados, são apenas 2,7% do universo, respondem por 19,9% dos empregos e 32,5% da produção, e as grandes, acima de 500 empregados, somam apenas 0,2% das empresas, 11,1% do pessoal ocupado e 32,8% da produção total de vestuário, meias e acessórios de 2015. As unidades produtoras estão localizadas principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram 77% do total, ficando a região Nordeste com 15% e as regiões Centro-Oeste e Norte, juntas, com 8% do total de unidades em atividade.
3,2%
Ocupação de pessoal
O setor de vestuário, incluindo meias e acessórios, empregou em 2015 cerca de 1,12 milhão de trabalhadores. Esse número corresponde a uma queda de 3,4% em relação ao volume de empregos em 2014 e de 4,9% em relação ao volume em 2011. A região Sudeste é a maior empregadora do setor, e é sede do maior universo de unidades produtivas. Em todo o período analisado a região Sudeste foi a líder no número de pessoal ocupado e participa hoje com 47% do contingente de empregos ofertados pela indústria de vestuário no Brasil em 2015. A região Sul ocupa a segunda posição, com 28%, seguida da região Nordeste, com 19%. As regiões Norte e Centro-Oeste, juntas, detêm 6% dos empregos da indústria brasileira de vestuário.
MAIORES ESTADOS CONSUMIDORES DE VESTUÁRIO (EM % SOBRE R$) – 2015 São Paulo - 25.60% Minas Gerais - 10.00% Rio de Janeiro - 7.70% Rio Grande do Sul - 7.30% Paraná - 6.50% Bahia - 4.80% Pernambuco - 4.70% Santa Catarina - 4.50% Pará - 3.40% Goiás - 3.10% Outros - 22.50% O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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MERCADO
DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES PRODUTORAS POR REGIÃO (%) Região
2011
2012
2013
2014
2015
0,9%
0,9%
0,9% 15,3%
Norte
0,8%
0,9%
Nordeste
14,7%
14,7%
15,1%
15,0%
Sudeste
51,1%
50,8%
49,8%
49,4% 48,9%
Sul
27,1%
27,0%
27,1%
27,7%
27,9%
Centro-Oeste
6,4%
6,6%
7,1%
7,1%
7,0%
100,0%
100,0%
100,0%
Total
100,0% 100,0%
Fontes: IEMI/RAIS
Produção mundial
A produção mundial de vestuário foi estimada em aproximadamente 48,3 milhões de toneladas para o ano de 2014, considerando-se apenas os artigos fabricados dentro de padrões industriais de produção, ou seja, sem considerar os artigos de feitio doméstico ou sob medida (ocupação de costureiras, alfaiates, etc.). “O potencial de crescimento futuro é maior se considerarmos que a grande maioria da população mundial ainda sobrevive com baixo poder aquisitivo. Nos
próximos anos, o crescimento da produção e do consumo deverá ocorrer à medida que as nações menos desenvolvidas consigam uma melhor distribuição de renda”, afirma Prado. Em 2014 o Brasil ocupava a 5ª posição no ranking de produção mundial, com participação de 2,5%, ficando atrás, somente, da China, Índia, Paquistão e Turquia. Todavia, a força chinesa no setor de vestuário é incomparável. Afinal, o país, sozinho, detém 56,4% da produção.
RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO SETOR DE VESTUÁRIO NO BRASIL GRANDES NÚMEROS DO SETOR
Indicadores 2014 Número de unidades produtivas
25.056 empresas
Pessoal ocupado (direto e indireto)
1,12 milhões de funcionários
Produção
5,8 bilhões de peças
Exportações
US$ 127,6 milhões
Importações
US$ 2,4 bilhões
Saldo da balança comercial Fonte: IEMI
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Setor de vestuário no Brasil
O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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Estudo das gerações auxilia a entender público-alvo Dos baby boomers até a geração alpha, relatório do Sebrae destaca o perfil das diversas faixas etárias
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Qual a relação entre as diferentes gerações e a moda? O perfil de comportamento, os hábitos sociais e culturais ajudam a definir gostos e padrões de consumo da população - e este entendimento é fundamental na hora de definir para que público será direcionado determinado produto. Dos Baby Boomers (nascidos a partir de meados dos anos 1940) até a Geração Alpha (quem nasceu depois de 2010), o perfil de praticamente todas faixas etárias de consumidores e as dicas para entender cada uma delas são o destaque do boletim "Gerações na Moda", produzido pelo Sebrae. Na moda, é possível traçar perfis de consumo e direcionar o desenvolvimento de coleções. As diferentes épocas vividas por cada uma delas, caracteriza a essência do seu comportamento e consumo. • Os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) representarão cerca de 20% da população em 2030 e costumam ser mais racionais e conservadores que as gerações que a seguiram. • Os consumidores da Geração X (1964-1980) cresceram em uma época em que a TV era a principal fonte ditadora de tendências de moda. Por este grupo de consumidores passaram várias tendências (punk, new wave, grunge, metal entre outros) que são saudosistas com os "velhos tempos". • A Geração Y (nascidos entre 1981 e 2000), por sua vez, é extremamente conectada: valorizam muito marcas que trocam experiências com os clientes, aquelas que criam vínculo. • Já a Geração Z, dos jovens nascidos entre 2001
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e 2010, é formada pelos chamados nativos digitais, que cresceram utilizando os smartphones e são afeitos à tendência da moda sem gênero, talvez seja uma forte tendência para os próximos anos. • Por fim, as crianças e bebês da Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) são mais comunicativas, interativas e estão amplamente inteiradas com as possibilidades que o mundo digital oferece. Com amplo e fácil acesso às informações, serão clientes de tecnologia em peças de roupa e grandes compradores de experiências (nanotecnologia, por exemplo). Para conquistar novos clientes, fique atento a algumas tendências que são aliadas dos consumidores mais conectados e que buscam muito além de uma marca descolada:
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Em lojas físicas, o marketing sensorial é uma boa opção. Utilize um aroma suave e tenha uma playlist própria da loja. Atendimento de qualidade é a chave, para negócios on-line e off-line. Treine seus colaboradores para que o serviço seja de excelência. Estabeleça parcerias com outras lojas e até mesmo com estilistas locais. Participe, apoie ou faça eventos para divulgar ainda mais sua loja. Com a geração Y, investir em personalidades digitais também é uma boa opção. Seja proativo: sugira looks, combine acessórios e inspire o cliente a compor um visual com as diferentes opções do seu negócio.
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FOTO: SHUTTERSTOCK
MERCADO
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MERCADO
Importação de vestuário
tem queda histórica Produtos chineses são responsáveis por 50% do total
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De acordo com o balanço da ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, houve queda de 60%, em toneladas, nas importações de vestuário em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Essa foi a maior queda registrada desde janeiro de 2000. Os produtos chineses foram responsáveis por 50% do total. Já nas exportações, o índice continua negativo, porém alguns setores já mostram forte aumento no volume exportado, como é o caso de cama, mesa e banho (aumento de 43 %), vestuário (11%), tecidos (29,5%), filamentos (12,8%) e fios (137%). Ainda sob influência da desvalorização cambial, mas já evidenciando a queda nas importações, a balança comercial teve melhora no déficit, saindo de U$ 2,1 bilhões negativos para US$ 1 bilhão de janeiro a abril de 2016 contra mesmo período do ano anterior.
PRODUÇÃO FÍSICA
A produção física, que ainda não inclui o mês de abril, mostra que o segmento têxtil caiu 15,9% e o de confecção retro-
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cedeu 11,4% no acumulado de janeiro a março de 2016 em comparação a janeiro a março de 2015. Somente no mês de março, o segmento têxtil e o de vestuário apresentaram queda de 15,7% e 8,6%, respectivamente.
VAREJO
No acumulado do trimestre, o volume de vendas caiu 12,9% e a receita nominal recuou 7,6%. Apenas no mês de março, a queda foi de 14,1% em volume de vendas e de 8,6% na receita nominal.
EMPREGO
O Setor Têxtil e de Confecção reduziu significativamente o número de demissões em abril de 2016 em comparação a abril de 2015, reduzindo de 5.149 postos fechados para somente 633 demissões. Na pesquisa conjuntural mensal da Abit, 72% dos empresários irão manter o número de funcionários nos próximos meses e 7% irão começar a contratar em junho.
FONTE: ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
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DICA DO ESPECIALISTA VAREJO
Sua empresa é Vinil, CD ou Digital? Será que as empresas vêm sentindo a retração que o varejo vem passando por causa do mercado ou porque elas não evoluíram para atender as gerações Y ou Z? JUNIOR ANDRADE é Diretor da rede CTX, franquia voltada para o segmento de moda masculina
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Nas últimas semanas, notícias tristes para o varejo vieram à tona: em 2015 foram fechadas quase 100 mil lojas no País e grandes grupos varejistas entraram em recuperação judicial. Mas o que aconteceu com esses grandes grupos? Desaprenderam? Claro que não! O aumento da carga tributária e custos de mão de obra, e a retração da economia, impuseram um círculo aos varejistas, que muitos entram e não conseguem escapar. A inflação coloca mais pressão sobre os custos. Por isso, é preciso ficar atento ao que pressiona cada varejista internamente, e enxugar custos sem comprometer qualidade de produto, entrega e serviço. Entender melhor cada detalhe dos custos facilita o corte. Com a queda nas vendas são obrigados a cair na onda das promoções baixando a rentabilidade do negócio. Mas como sobreviver sem cair na tentação das promoções? Como crescer sem investir tanto no negócio? 2016 está sendo o ano da peneira e o que você está fazendo para sobreviver? A meu ver, não existe outra forma de passar por momentos de retração como esse, sem inovar. O que deu certo há 20 anos não dá certo hoje, assim como o que deu certo há 5 anos não é mais certo que dê hoje. As promoções não atraem mais o consumidor como antigamente. As coisas mudam e tomam outra forma rapidamente e precisamos estar atentos a essas mudanças. É nesse momento que surge a importância de planos de negócios bem estruturados. Devemos vislumbrar oportunidades ao invés de focar somente na crise. No ano passado, pela primeira vez, a venda de música de forma digital superou a de CDs no Reino Unido. Fazendo um paralelo, muitas empresas querem sobreviver sendo vinil, quando até o CD já ficou velho. Quem nunca ouviu a famosa expressão “Isso é coisa de velho”? Se a sua empresa tem
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cara de velha como vai atender as gerações Y ou Millennials e Z que nasceram entre 1980 e 2000 e hoje são uma realidade para o varejo? A mobilidade é essencial. 86% deste público usa o smartphone em suas compras e isso não tira a importância e a experiência da loja física, mas demonstra que tem que haver uma integração entre os canais de venda. Um estudo do Google mostrou que nos últimos anos o fluxo de clientes nas lojas nos EUA caiu 52% mas a venda aumentou 15%. O cliente pesquisa digitalmente e vai determinado à loja. A batalha então se ampliou: temos que ir em busca do cliente digital. Segundo a Delloite, as mídias sociais são fundamentais, sendo uma ferramenta muito forte e muito bem vista no cotidiano das pessoas. 47% desses consumidores são influenciados nas suas compras pelas redes sociais, principalmente o Instagram. Investir de maneira certa, com conteúdo de qualidade, relevante, planejando estrategicamente as publicações, vai te trazer destaque na rede. Para não errar vale seguir algumas dicas simples. Não ofereça apenas propaganda para o seu futuro cliente. Ele precisa de conteúdo em sintonia com o seu mercado, respostas rápidas e dicas de moda, por exemplo. Imagens reais, espontâneas, sem muito photoshop e que mostrem a rotina de pessoas de verdade chamam a atenção. Explorar as hashtags é mais uma maneira de alcançar o seu público específico. Mas use-a com moderação. Vale colocar alguém exclusivo para cuidar desse novo canal de vendas, pois uma falha pode reverter a imagem positiva da sua empresa já que as redes são imediatas. Atualize-se, deixe o Vinil e o CD para qualquer onda retrô ou sessão nostalgia. Para passar pela peneira sem sofrer as consequências da crise tem que reinventar. E o digital pode ser uma alternativa inteligente.
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PERSONALIDADES em destaque Luiz Henrique Ferreira
Não desista do Brasil Acredite que em breve a confiança estará retomada e os empregos restabelecidos. Logo estaremos todos vibrando novamente com os resultados positivos de nossas empresas e de nossa economia Luiz Henrique Ferreira é diretor da Galileu Tecnologia, nascido em Blumenau, formado em administração de empresas pela FURB - Universidade Regional de Blumenau, e pós-graduado em Organização e Sistemas e Marketing pela FURB/UFSC. Começou no ramo têxtil em 1984, quando atuou na Cia Hering. Ingressou no ramo de tecnologia têxtil em 1991 na Cotex como diretor de Marketing e, em 2005, fundou a empresa Galileu Tecnologia, como distribuidora das marcas Gerber e Barudan. Depois foram agregadas as marcas Anajet, InkCups, Automatisa e recentemente a Mimaki. O novo governo projeta um crescimento para o ano que vem, você acredita nisso?
Acredito que chegamos ao fundo do poço no que se trata de economia, rombos no orçamento, índices de recessão, desemprego e corrupção. Agora é a hora de recuperar a economia e com ela a autoestima do brasileiro que está em baixa e a imagem do nosso país lá fora, que é degradante. Se quisermos
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atrair investidores internos e externos, teremos que recuperar tudo isto. Então temos que acreditar, faz parte de nossa natureza não desistir. Mas não adianta só projetar, o governo precisa cortar gastos e reduzir despesas, um choque de realidade, algo que por enquanto só atingiu o setor privado e os trabalhadores. ➤
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PERSONALIDADES em destaque Muitas lojas ficaram sem estoque nesse inverno devido às baixas temperaturas, principalmente no sul e sudeste. Você acredita numa produção maior para o próximo verão?
O inverno é sempre um determinante para a indústria do vestuário. Ano passado o inverno foi fraco e as vendas também. O fato de ficarem sem estoque este ano deu-se pelo fato de não terem apostado tudo neste inverno e pelas baixas temperaturas. Isto é muito bom e deixa o lojista capitalizado para investir no verão e também no próximo inverno. Eu sempre digo “um bom inverno garante 12 meses de bons frutos! ”. Se a tendência dos outros anos se confirmar é bem provável que haja um aumento de produção nesta coleção de verão.
Um grande problema que as empresas estão enfrentando é a inadimplência e restrições no cadastro. O que fazer para contornar essa barreira?
Essa tendência sempre se acentua quando a economia vai mal e o emprego desaparece. É hora de renegociar e manter o cliente, sabemos que é passageiro. Achar um meio termo para ambos é um bom começo. A confecção não quer matar o lojista e nem o lojista ficar sem o seu importante parceiro e fornecedor. É preciso ter calma e estudar caso a caso, separar os bons clientes dos oportunistas e seguir em frente com um acordo que mantenha todos vivos!
Na sua opinião, o dólar a R$ 3,50 mais ajuda ou atrapalha?
Dólar alto nunca atrapalhou. O que atrapalha é a variação, quando não existe uma consistência, como essa flutuação louca que ocorre no Brasil. Para as indústrias, num primeiro momento, isto implica no aumento do custo dos investimentos, em equipamentos por exemplo, que são os primeiros a sofrer em alta escala. Também traz inflação, é verdade, mas é pontual, e a história já mostrou várias vezes que há
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uma acomodação e que o resultado depois é satisfatório. O dólar mais alto torna as empresas mais competitivas internamente. Já o dólar muito baixo transfere o nosso potencial produtivo para fora do país, o que não é bom. O que precisamos é estabilidade e este é o grande desafio deste governo. Muitas empresas estão reticentes em aumentar a produção, pois não sabem o que vai acontecer em um futuro próximo. Na sua opinião, elas estão certas?
Creio que é hora de agir com cautela mesmo. Não enfrentamos apenas uma crise econômica. Mais que isso, enfrentamos uma crise política muito grave e isto deixa qualquer investidor cheio de incertezas. É hora de rever o planejamento estratégico, apertar algumas torneiras e abrir outras, analisar o seu mercado no cenário atual, até porque eles mudam de acordo com o setor. Para muitos o momento está perfeito e para outros, não. Acho que o setor de confecção terá ótimos momentos num curto prazo, mas não é hora de arriscar muito, exceto se tiver muita certeza. Certeza amparada por números, por estatística e por dados. Só certeza não adianta.
Você acredita que a economia agora está no caminho certo?
Eu acredito que demos uma virada. Se foi para o lado certo, o tempo dirá. O governo Temer perdeu a chance de recuperar a confiança dos brasileiros. Deu
A confecção não quer matar o lojista e nem o lojista ficar sem o seu importante parceiro e fornecedor. É preciso ter calma e estudar caso a caso, separar os bons clientes dos oportunistas e seguir em frente com um acordo que mantenha todos vivos!” ➤
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PERSONALIDADES em destaque um passo para frente ao nomear pessoas competentes para a Economia e o Banco Central, mas deu três passos para trás ao nomear ministros envolvidos na Lava-Jato. A impressão é a de que ainda não entenderam a mensagem das ruas. Esses erros são mortais e atingem diretamente a credibilidade e a retomada da economia. O brasileiro havia aprendido a pagar impostos, foi o maior legado do governo FHC. Com o que se viu de corrupção, terá que começar tudo de novo. Acredito que haverá uma retomada, o Brasil é forte e já mostrou no passado. Se tivesse que dar um conselho ao novo presidente, qual seria?
Reduza os gastos do seu governo, dê o exemplo, escolha assessores comprometidos e de ficha limpa, coloque profissionais de carreira nos cargos públicos. Faça isso rápido!
O senhor acredita que a confecção brasileira é competitiva fora do país?
Tecnologicamente sempre foi. Temos empresas excelentes e modernas no Brasil, como qualquer uma dos EUA ou da Europa, da Ásia. Quando o dólar está alto ela é competitiva, quando está baixo, não é! O momento atual é bom para as exportações. O difícil é convencer aquele seu cliente americano que você abandonou há 10 anos de desistir do fornecedor da Indonésia e comprar de você, sendo que daqui a alguns meses você poderá abandoná-lo novamente porque o câmbio não compensa mais. Recuperar o mercado externo leva tempo e passa pela estabilidade e confiança no país. O Brasil só será competitivo quando reduzir os encargos e a carga tributária das empresas. O Brasil é um país que cobra como se fosse o melhor do mundo e entrega como se fosse o pior.
Você acha que aumentou a confiança do mercado e que esse final de ano será bem melhor que 2015?
Acredito que aumentou sim e deverá ser melhor em 2016. Mas a incerteza é muito grande, por isso o governo precisa tomar cuidado nas decisões. O brasileiro está implorando por notícias boas, só quer poder trabalhar!
O que falta para que o mercado volte a deslanchar?
Medidas que mostrem ao empresário que ele deve continuar a investir e acreditar no país. Como redução nos gastos públicos e investimentos em infraestrutura de segurança, mobilidade e redução na carga tributária. Se o governo sinalizar para esta direção, não tenho dúvidas de que o Brasil se recupera em poucos anos.
Você acredita mais na mídia impressa ou digital?
Particularmente gosto muito da mídia impressa. Mas é notório que a mídia digital cresce muito, está cada vez mais forte, e irá encampar certas mídias impressas. Temos que olhar a nova geração, que está plugada 24 horas nas redes sociais, blogs, sites etc. Essa geração não para mais num consultório médico e pega uma revista para ler. Será um dos desafios do setor, como migrar para esta nova mídia e manter o seu cliente.
Qual mensagem gostaria de mandar aos nossos leitores?
Não desista do Brasil. Este país é dos brasileiros de bem, não daqueles que ousaram agredi-lo de todas as formas. Acredite que em breve a confiança estará retomada e os empregos restabelecidos. Logo estaremos todos vibrando novamente com os resultados positivos de nossas empresas e de nossa economia. Mas não esqueça do que a história nos ensina. Guarde esse momento atual para quando precisar ir às urnas novamente!
Dólar alto nunca atrapalhou. O que atrapalha é a variação, quando não existe uma consistência, como essa flutuação louca que ocorre no Brasil.” 36
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EMPRESAS EM DESTAQUE
SENAI CETIQT Centro de Tecnologia Têxtil e de Confecção
Unidade Riachuelo
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Criado em 1949, o Senai Cetiqt é focado em Tecnologia, Inovação e Educação para a Indústria Têxtil, de Confecção e Química. É um dos maiores centros latino-americanos de produção de conhecimento aplicado a essas cadeias produtivas. Em sua estrutura, dividida em duas unidades no Rio de Janeiro – Barra da Tijuca e Riachuelo - comporta a Escola Técnica, a Faculdade Senai Cetiqt, o Instituto Senai de Tecnologia Têxtil (IST) e de Confecção e o Instituto Senai de Inovação (ISI) em Biossintéticos.
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FOTO: PAULO LINHARES
Uma unidade do departamento nacional do SENAI
A conectividade dinâmica formada pela inter-relação das áreas de Educação, Tecnologia, Inovação e Pesquisa Aplicada permite que o Senai Cetiqt ofereça à cadeia têxtil e de confecção e química os amplos serviços tecnológicos, laboratoriais, formação de recursos humanos, consultoria e projetos de inovação. O alto padrão de desempenho e a transversalidade dessas linhas de atuação agregam valor umas às outras, potencializando tanto a geração quanto a oferta de serviços direcionados ao aumento da competitividade da indústria brasileira. ➤
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1976 O CONFECCIONISTA Desde MAI/JUN 2016
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EMPRESAS EM DESTAQUE
Educação
O Senai Cetiqt oferece cursos de formação inicial e continuada, técnicos, de graduação, extensão e pós-graduação nas modalidades presencial e e-learning (a distância) nas áreas de moda, modelagem/vestuário, têxtil, química, entre outras, com atendimento nacional em Rede, por meio dos Departamentos Regionais do Senai em cada Estado, além dos programas especialmente formulados e direcionados às necessidades da indústria em todo o país.
Instituto SENAI de Tecnologia (IST) Têxtil e de Confecção
O IST Têxtil e de Confecção Senai Cetiqt possui larga experiência e atuação em programas de aumento da produtividade da indústria têxtil e de confecção, e atuação nacional em Rede, por meio dos Senai regionais. O serviço de consultoria trabalha com diagnóstico e assessoria técnica, voltados para implantação, otimização e melhoria de processos e produtos realizados de forma personalizada para a indústria. São diversas opções de serviços tecnológicos e inovação, tais como: consultorias em processos produtivos de confecção, projetos de design, projetos industriais para empresas têxteis, de confecção e moda, consultorias em produtos e processos têxteis, serviços metrológicos e pesquisa aplicada e inovação. Atualmente, possui o único laboratório da Amé-
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Laboratório de Ensaio Químico (acima) e Laboratório de Ensaio Físico - teste de resistência (à direita)
rica Latina credenciado pelo Ministério de Trabalho para a realização do teste de fogo repentino em vestimentas de proteção contra calor e chama, para obtenção do Certificado de Aprovação.
ISI em Biossintéticos
O Instituto Senai de Inovação (ISI) em Biossintéticos tem como objetivo promover a competitividade da indústria química brasileira, oferecendo serviços de pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação nas áreas de biotecnologia, química de renováveis, química e petroquímica. Os serviços oferecidos pelo ISI se concentram nas seguintes áreas prioritárias: prova de conceito em biologia sintética e desenvolvimento de novos processos químicos e bioquímicos derivados de óleos e matérias–primas renováveis, química analítica e catálise. O foco principal é a excelência operacional. O ISI em Biossintéticos visa ser referência em serviços de inovação, contribuindo com os objetivos estratégicos indicados pela indústria brasileira, sempre buscando a redução do déficit da balança comercial pelo aumento do valor agregado de novos produtos e processos. Além disso, faz parte da Rede nacional de Institutos de Inovação do Senai, podendo atuar em conjunto com os demais 26 que compõem a referida Rede.
FOTOS: PAULO LINHARES
Com estratégias educacionais flexíveis e infraestrutura tecnológica de ponta, o Senai Cetiqt possui ambientes e laboratórios completos, com finalidades didáticas e de serviços. Suas plantas-piloto reproduzem o ambiente produtivo industrial, possibilitando desenvolver projetos de inovação em processo e produto, além de promover o desenvolvimento de projetos educacionais integrados. Sempre monitorados por um corpo docente altamente especializado, formou muitos profissionais requisitados e respeitados do mercado. Por trás de cada atividade bem-sucedida há uma série de estudos prospectivos e pesquisas que dão suporte não apenas às empresas da cadeia produtiva, mas também a seus próprios produtos em Educação, Serviços Tecnológicos e Inovação.
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MUNDO TÊXTIL
bate recorde de público em nova edição
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Sindvest apostou em um novo formato e o balanço foi positivo nos cinco dias de evento
A 26ª edição da Fevest - Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima, realizada em Nova Friburgo, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, entre os dias 06 e 10 de julho, excedeu as expectativas dos organizadores ultrapassando um público de 23 mil visitantes. Segundo balanço do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo, Sindvest, realizador da feira, a estimativa é alcançar R$ 54 milhões de negócios a partir do evento, que reuniu 120 expositores confeccionistas e fornecedores do setor. A feira recebeu 10 mil visitantes nos três primeiros dias, período exclusivo para compradores do setor. Já no fim de semana, dias 09 e 10 de julho, mais
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de 13 mil pessoas circularam na feira, que inovou com venda direta das novidades aos consumidores. Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina representam alguns dos principais estados de origem dos visitantes brasileiros. Compradores de todos os continentes também prestigiaram e fizeram negócios na feira, entre os quais, Paraguai, Angola, China, Bolívia, Itália, Austrália e Estados Unidos. Segundo a diretoria do Sindvest, a estimativa de negócios gerados para as empresas do Polo de Moda Íntima, a partir da 26ª edição da Fevest, foram bem superiores aos R$ 48 milhões do ano passado. Para se ter uma ideia, no fim de semana, as confecções
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MUNDO TÊXTIL
Desfiles de moda íntima, praia e fitness durante a 26ª edição da FEVEST
venderam cerca de 50 mil peças diretamente aos consumidores. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), a região Centro-Norte Fluminense, onde está situado o Polo de Nova Friburgo, exportou 32% a mais de moda íntima em 2015, em comparação a 2014. O valor subiu de US$ 762 mil para US$ 1 milhão. No segmento de moda, o Polo de Nova Friburgo é responsável por mais de 25% da produção do mercado brasileiro, gerando 20 mil postos de trabalhos, sendo 8 mil diretos e 12 mil indiretos. De acordo com pesquisa da FIRJAN, o setor de moda do estado do Rio possui 26.667 estabelecimentos formais, que empregam 195.797 trabalhadores com carteira assinada. E segundo os organizadores da 26ª edição da Fevest, a feira gerou aproximadamente 3 mil empregos diretos e indiretos.
SEBRAE
A Fevest contou com o SEBRAE, que levou à Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima uma exposição de outros segmentos econômicos, como é o caso da truticultura, chocolates, cafés regionais, cervejas especiais, cachaças artesanais, além de equipamentos do setor metal-mecânico e das potencialidades turísticas da região. A iniciativa de dividir os holofotes da Moda com os demais setores partiu do Escritório Regional Serrana I do Sebrae/RJ, que montou seu estande com o tema ‘Vocações Regionais’, com o objetivo de divulgar o que a região tem de melhor e oferecer aos visitantes uma experiência diferente da que eles estão acostumados.
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Ações sociais
O projeto ‘Casca de Cebola’, ação que consiste em sensibilizar homens, mulheres e crianças a doarem seus cabelos ao invés de os descartarem no lixo após o corte, utilizam os fios na confecção de perucas para doação à pacientes com câncer. No último dia da Fevest (10), o projeto arrecadou 50 mechas de cabelos dos visitantes, onde foi realizado cortes de cabelo gratuitos. A iniciativa é uma forma de melhorar a autoestima de pacientes que estão passando por um tratamento contra o câncer. Com a abertura do evento ao público nos dois últimos dias, o Sindvest convidou a Apae -Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Nova Friburgo- para ficar responsável pela bilheteria e toda a renda revertida à instituição, cobrando a entrada no valor de R$2,00, e o público pagante foi de aproximadamente quatro mil pessoas.
Fevest 2017
Nova Friburgo já anuncia a 27ª edição para o período de 05 a 09 de julho de 2017, no mesmo formato. A FEVEST é uma realização do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região (Sindvest), promovida pelo Sistema FIRJAN e Sebrae.
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SALÃO INSPIRAMAIS
Antecipação de pesquisas, referências e matérias-primas Com saldo positivo em negócios e visitação, Inspiramais apresentou os lançamentos que irão compor os produtos das vitrines de Inverno 2017 e Verão 2018 46
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Cinco mil visitantes estiveram na 14ª edição do Inspiramais – Salão de Design e Inovação – que aconteceu nos dias 27 e 28 de junho, em São Paulo. O público – profissionais de toda a cadeia ligada à produção de moda brasileira, como calçadista, de acessórios, couros, têxtil, joalheria, móveis, artefatos, entre outros – puderam conhecer os mais de 600 lançamentos de matérias-primas que irão compor os produtos das vitrines de Inverno 2017 e Verão 2018, atribuindo ao Inspiramais a missão do evento de antecipar pesquisas, referências e matérias-primas para fabricantes. Visitantes de todo o Brasil e de diversas partes do mundo puderam conferir em primeira mão todos os lançamentos em materiais para calçados, bolsas, vestuário, acessórios e móveis para o Inverno 2017, contando também com um preview do Verão 2018 por meio dos projetos Preview do Couro, Referências Brasileiras e +Estampa. Mentor criativo e intelectual do Salão, o estilista e coordenador do Núcleo de Moda da Assintecal, Walter Rodrigues foi o responsável por apresentar todo o estudo Inverno 2017 aplicado em diferentes projetos: Fórum de Inspirações, Mix by Brasil, Saberes Manuais e Eco Design – este último, desenvolvido também pela estilista Isabela Capeto. Leonardo Crus, Coordenador de P&D da Tecnoblue, foi um dos visitantes do Inspiramais e declarou sua admiração pelo Salão. “Hoje é aqui que conse- ➤
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MUNDO TÊXTIL
FOTO: DIVULGAÇÃO
Coletiva de imprensa durante o Inspiramais
guimos nos atualizar e levar informações para empresa. No Inspiramais tem tudo de melhor do mercado. O melhor é que abrange todas as áreas e faz uma conexão com todos os segmentos de moda e da confecção. O Inspiramais fala de moda e independente de qual a cadeia”. O presidente da Assintecal Milton Killing declarou: “estabelecemos um diálogo com as empresas para que elas entendam a ideia de um projeto com início, meio e fim, para que compreendam que a inovação é essencial a cada nova coleção e que essa inovação não é apenas uma vitrine e, sim, a prova da evolução do pensamento, do conhecimento de mercado da empresa e da tecnologia”. José Fernando Bello, presidente executivo do CICB, destaca que a cada edição o Inspiramais reforça seu caráter de compartilhamento de informações e ideias para o setor. "O evento é uma importante plataforma de negócios aliada à preparação das empresas para seu crescimento e aprimoramento de produtos para diferentes mercados", avalia o gestor.
Rodadas de negócios no Projeto Comprador
O cenário positivo para quem investe em design e inovação foi visto também durante as Rodadas de Negócios. O Footwear Components by Brasil realizou o Projeto Comprador e as rodadas de negócios contaram com 10 compradores internacionais do México, Peru, Equador e Colômbia.
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Foram 500 rodadas que geraram US$ 500 mil em negócios imediatos e previsão de alcançar US$ 2 milhões a longo prazo. “Abrimos mercado com várias empresas que, se não tivéssemos aqui, nunca conseguiríamos essa exposição junto a eles. Também estreitamos relação com mercados da Colômbia o que nos permite pensar em novas possibilidades de negócio”, contou Adriana Feitosa, representante comercial da Vitrine Etiquetas, expositora do Inspiramais. Só neste ano, por meio do Projeto Footwear Components by Brasil (parceria entre Apex-Brasil e Assintecal, realizadora do Inspiramais), o Setor de Componentes e Materiais para Moda exportou US$84,9 milhões até abril de 2016, o que representa aumento de 44,7% em relação ao mesmo período de 2015. “O Inspiramais marca o período de retomada para o mercado. Mostra todo o entusiasmo e ânimo para o segundo semestre”, conta André Rodrigues, diretor de produto da Twiltex, um dos patrocinadores do Salão.
Inovação
Durante coletiva de imprensa realizada na abertura do Inspiramais, o presidente da entidade, Milton Killing, declarou: “Crise? Nunca inovamos tanto!”, referindo-se à busca por novos mercados, parcerias, inspirações em design, sustentabilidade e tecnologia que foram case de todo o Inspiramais. Uma das novidades, sem dúvidas, é a realização do Inspiramais em um novo local, o Centro de Eventos Pró-Magno, em São Paulo. “Foi necessário expandir o espaço para receber novos projetos e visitantes”, declarou. O Sebrae Nacional, outro parceiro do Inspiramais, é também grande entusiasta das iniciativas geradas a partir do Salão, que posteriormente, durante todo o ano, percorrerá o Brasil por meio de diferentes projetos de fortalecimento, reciclagem e informação para
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MUNDO TÊXTIL
Walter Rodrigues: Coordenador do Núcleo de design da Assintecal
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Lançamento de tendências do couro no Inspiramais
os profissionais e empresários da cadeia produtiva. “Certificamos já 83 empresas do Setor de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos com nosso Selo de Sustentabilidade e isso demonstra o quanto nosso empresário está empenhado por inovar e buscar novas alternativas que beneficiam o mercado, sua empresa e a sociedade”, declarou a superintendente da Assintecal, Ilse Guimarães.
Parceira e tecnologia
Na abertura do evento o IBB – Instituto by Brasil e o Sindicato de Birigui firmaram parceria que envolve tecnologia a favor do desenvolvimento produto: a partir de agora o IBB, parceiro da Assintecal, irá disponibilizar para indústria o serviço de prototipagem em 3D. “Este é o primeiro passo que damos em um polo brasileiro para incentivar e disponibilizar a utilização desta tecnologia, que já é uma realidade dos principais polos industriais do mundo”, conta Evandro Wolfman, presidente do IBB.
Moda
À frente de todas as pesquisas de moda está o Núcleo de Design da Assintecal, capitaneado pelo estilista Walter Rodrigues. “No Inverno 2017, apontamos a força do coletivo, indicamos uma inspiração forte para sentimentos que estão à flor da pele, independentemente de qual seja sua cor. Elegemos tonalidades vibrantes para encantar e dar vida aos produtos e festejamos a ideia da moda como um aglutinador de forças
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Milton Killing: Presidente da Assintecal
para uma indústria mais forte, mais atuante – capaz de entender sua posição na estrutura da cadeia produtiva da moda e de se orgulhar disso”, conta Walter.
Sobre o evento
A realização desse evento é da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Footwear Components by Brasil, Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Brazilian Leather. “Realizamos o Inspiramais há 14 edições e isso significa para a Assintecal, a consolidação do Salão e a aceitação por parte do público ligado ao setor de moda”, avalia o presidente da Assintecal, Milton Killing. “Essa longevidade é um termômetro de que estamos indo na direção certa e de que nossos projetos estão realmente auxiliando a cadeia produtiva”, sublinha. A próxima edição do Inspiramais acontecerá dias 16 e 17 de janeiro de 2017 no Centro de Eventos Pró-Magno, em São Paulo, antecipando verão e inverno 2018 para toda a Cadeia Produtiva de Moda.
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Minas trend potencial de compra e venda
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
e variedade de produtos
Mediante cenário econômico instável, fabricantes e compradores apostam na Semana de Moda Mineira para maximizar investimentos e ganhar competitividade. ➤
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MUNDO TÊXTIL VERÃO 2017 No período de 4 a 7 de abril, lojistas, compradores profissionais e formadores de opinião do varejo de moda se encontraram no Minas Trend, um dos principais eventos de negócios de moda do país, que promoveu os lançamentos para o verão 2017 em vestuário, calçados, bolsas, acessórios, bijuterias e joias de 220 fabricantes de vários estados brasileiros. Em sua 18ª edição, a semana de moda mineira teve um expressivo número de compradores. Segundo Henrique Câmara, superintendente da FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, promotora do evento, o formato adotado pelo Minas Trend, com foco na efetiva realização de negócios, foi o principal responsável pela fidelização dos compradores. “Atualmente, devido à retração econômica, os lojistas privilegiam eventos que oferecem todos os segmentos de moda, desde o vestuário até a bijuteria, além de produtos com alto valor agregado em termos de design e tendências de moda”. Para o executivo, “o Minas Trend conseguiu reunir, em um único local, as principais grifes brasileiras de moda e acessórios, proporcionando ao comprador, além da composição de todas as suas necessidades de estoque e agilidade nos contatos, a aquisição de artigos que possam atender as demandas de um consumidor globalizado que busca, mais do que moda, itens que possam refletir atitude e estilo de vida”. Todas essas características atraíram à Belo Horizonte compradores de todo o território brasileiro, que chegaram em busca de um ambiente de negócios com foco nos lançamentos e em artigos de moda mais competitivos.
Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), realizadora do Minas Trend, a Codemig fomentará o salão de negócios da edição verão/2017. O alvo da Codemig nessa ação é promover a integração regional do estado, bem como o acesso e a participação dos 17 territórios de desenvolvimento definidos pelo governo de Minas Gerais. O apoio ao Minas Trend integra as ações do Minas de Todas as Artes - Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa. Segundo a entidade, ao fomentar o turismo de negócios e promover a integração de profissionais, o encontro movimenta a economia do estado, com valores superiores a R$30 milhões por edição, e projeta Minas Gerais nos circuitos nacional e internacional do mercado da moda.
ESSÊNCIA
Em tempos de “enxergar o presente e organizar o futuro”, esta edição do Minas Trend elegeu o tema “Essência” como referência da temporada Verão/2017. O tema sintetiza a busca pelo essencial dentro da indústria de moda, de forma a reforçar a importância da identidade das marcas como diferencial e fator competitivo junto aos consumidores. Na temporada, a “essên- ➤ Os corredores do evento ficaram lotados
O desenvolvimento ganha destaque nas passarelas do Minas Trend, o principal evento de moda do Estado e um dos maiores do país, com o novo apoio do Governo do Estado de Minas
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FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE
CODEMIG: GOVERNO DO ESTADO APOIA A INDÚSTRIA DE MODA MINEIRA
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MUNDO TÊXTIL VERÃO 2017 cia”, ou seja, o DNA criativo das grifes, chega como valor intrínseco das coleções que procuram atender a atual demanda por uma moda autoral, diferenciada e, ao mesmo tempo, com forte apelo comercial. Para exprimir este conceito, a edição Verão/2017 do Minas Trend traz referências da obra de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas”, e a incessante busca da personagem por seguir caminhos e descobrir novos horizontes. NesExposições durante o Minas Trend foram destaque ta abordagem, Alice, sinônimo de coragem e poesia, simboliza as características reconhecida pelo seu trabalho pioneiro de reaproveido “essencialista” típico, aberto às novas experiências, tamento de rejeitos da indústria têxtil. Neste espaço positivista mesmo mediante as adversidades e dispos- lírico, e ao mesmo tempo lúdico, Bárbara apresenta to a compartilhar esta vitalidade para o bem comum. peças criadas a partir de retalhos de jeans, brim e Para Henrique Câmara Azevedo, Superintendente tule, com estampas feitas à mão e bordados artesanais da Fiemg, esta busca pelo essencial, dentro do concei- exclusivos, estes desenvolvidos pela comunidade mito desta edição, revela-se como “como uma forma de neira de Bom Jardim, além do tingimento natural em adequação ao cenário desafiador em que estamos in- todas as peças. Ambientada sobre um jardim de marseridos no momento. Nosso objetivo é provocar uma garidas, a exposição traz peças com elementos da narreflexão em relação à busca por soluções mais práti- rativa “Alice no País das Maravilhas”, como o relógio e cas, objetivas e realistas para superar as dificuldades e as cartas de baralho, propondo um rompimento com incrementar os negócios”. as convenções dos modismos vigentes e a materialização das emoções e sonhos das personagens. EXPOSIÇÕES A exposição fotográfica “Essência da Moda” revela a Para reforçar o tema condutor desta edição – Essên- visão do conceituado fotógrafo Weber de Pádua sobre cia -, o Minas Trend apresenta ao público três expo- o que é essencial na moda, através de uma seleção de sições que resumem a inspiração da temporada, res- seus trabalhos ao longo da carreira que procura reflegatando o “essencial” como o DNA criativo que torna tir a força das criações desenvolvidas no Estado. Com cada marca única e desejada. imagens emblemáticas que serão expostas em moniA exposição “Minas Trend em Essência”, que reúne tores de alta definição, muitas vezes sem relação direas marcas mineiras de moda e acessórios participantes ta com a moda, mas que trazem conceitos e atitudes do evento, conta com curadoria do stylist Davi Leite e que inspiram o universo fashion, a exposição também lança mão do icônico tabuleiro de xadrez do clássico traça um paralelo entre a urbanidade e a tecnologia. literário, e de elementos como as famosas xícaras da incansável Alice, para criar um diálogo entre o tema LINE UP e as peças que mais representam a identidade e perfil A programação de desfiles ganha a adesão de três criativo de cada marca. novas marcas que irão apresentar suas propostas para Já a exposição “Saias para Alice” reúne moda, cul- a próxima temporada Verão/2017. Nesta edição, as gritura e sustentabilidade ao apresentar 12 modelos da fes Sonia Pinto, Confraria e Viva por Vivaz, juntam-se maior referência fashion da menina Alice, ou seja, a Fabiana Milazzo, Plural, Lucas Magalhães, Faven e suas saias, desenvolvidos por Bárbara Vanusa, estilista Lino Villaventura para compor os desfiles da estação. 56
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Salão Moda Brasil 2016
Visitação qualificada e bons negócios
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Movimentação de compradores nacionais e internacionais nos estandes, traduz clima otimista do evento
O SMB 2016 - Salão Moda Brasil 2016 - evento de lingerie, praia e moda fitness, realizado entre os dias 19 e 21 de junho, aconteceu em São Paulo, no São Paulo Expor, antigo centro de exposições imigrantes, que foi recentemente reformado e modernizado. O evento foi promovido pela New Stage Produções e Eventos e apresentou os lançamentos primavera/verão 16-17 de algumas das principais marcas de todo o país, como Any Any, Brazil Del Mar, Calvin Klein Underwear, Del Rio, 2 Rios, Feriado Nacional, Hope, La Belle Rouge, Liebe, Marcyn, OuseUse, Plié, Rio Man, Triumph e Valisére, entre outras. O evento contou com visitação qualificada de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Chile, Uruguai e Rússia, entre outros. Ao todo, mais de 100 marcas expositoras apresentaram suas coleções primavera-verão para lojistas do varejo especializado, buti-
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FOTOS: DORIVAL ZUCATTO
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ques, multimarcas e grandes magazines que movimentaram os stands e geraram bons negócios. O resultado foi positivo mesmo com o atual cenário econômico, de acordo com as sócias da empresa organizadora. Ana Flôres declarou: “Ficamos contentes com o resultado desta edição do Salão, pois sempre acreditamos que poderíamos realizar um evento de sucesso mesmo diante de um cenário econômico adverso. Para isso, focamos em atrair uma visitação qualificada, e conseguimos!”. Indhira Pêra reforçou: “O Salão Moda Brasil 2016 superou as expectativas e foi um local de geração de negócios, contribuindo para aumentar o otimismo da indústria e dos lojistas”. Os patrocinadores do evento comentaram o resultado. O Salão contou com o Patrocínio Gold da Amni Rhodia – Solvay Group; e Patrocínio Silver da Berlan, da Rosset e da Delfa. O Apoio foi do Sinditêxtil SP, Texbrasil, ➤
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ABIT e da Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. "O Salão foi muito bom, superou as nossas expectativas. A visitação foi qualificada, atendemos clientes de todo o país e novos clientes, incluindo visitantes internacionais do Peru, Uruguai e Rússia. O novo pavilhão tem padrão de primeiro mundo e o horário Vista geral do Salão Moda Brasil da feira funcionou muito bem. O mercado estava receoso, por causa do cenário econômico, mas nós sabemos que nos na capital paulista foi um fator decisivo para o sucesmomentos de crise é que a empresa deve investir, no so de nossa presença no evento". desenvolvimento de produtos e no marketing, incluinA Rhodia, empresa do Grupo Solvay considerou imdo a participação em feiras importantes. Nós nos pre- portante sua participação neste evento. Mayra Montel, paramos e viemos para o Salão: apresentamos muitos coordenadora de marketing da área de Fibras disse: lançamentos, preparamos um espaço confortável e “A empresa tem em vista a necessidade de fortalecer funcional e trouxemos uma equipe preparada para for- o relacionamento com os clientes diretos, as marcas necer todas as informações e soluções que os visitantes e demais integrantes da cadeia produtiva têxtil. Nesprecisavam", comentou Helena Schargel, gerente de ta edição, a empresa teve oportunidade de apresentar desenvolvimento da Berlan. seus fios têxteis inteligentes, dotados de tecnologia Para Diana Loureiro Murinelly, gerente comercial patenteada, Amni® Soul Eco, Amni® Sustainable Whie de marketing da Delfa Bojos, o Salão foi muito po- te, Amni® Colors e Emana®, que estão ampliando sua sitivo. “Recebemos uma visitação qualificada de todo participação no mercado têxtil. Esses produtos, que já o Brasil e de países como Argentina, Chile e Peru. O fazem parte das coleções de marcas no mercado têxtil espaço ficou excelente e o horário da feira foi muito dos segmentos de lingerie, fitness, moda praia, jeansweoportuno. De nossa parte, investimos em ações dife- ar e fashion, podem ser adquiridos em milhares de ponrenciadas - como o lançamento da Revista Guia de tos comerciais espalhados pelo mundo. A conquista de Bojos, palestras diárias sobre as "Consumidoras bra- novos clientes e mercados para essas inovações têxteis sileiras de moda íntima" e o kit de modelagem "Ins- é resultado do alinhamento dos produtos às grandes pire-se e crie", ação da Delfa em parceria com algu- tendências mundiais de vestuário, que demanda artimas empresas. Nossa participação em feiras é quase gos inovadores, funcionais e sustentáveis, para atender sempre institucional, mas nesta edição do Salão tira- aos consumidores que querem uma roupa que, além da mos diversos pedidos, especialmente em função de proteção do corpo e o conforto, ofereça a possibilidadois fatores: o lançamento de novos produtos - como de de expressar seu estilo de vida, com visual atraente, a tecnologia fast dry, para fitness e moda praia, e o atributos tecnológicos de funcionalidade, que seja fácil bojo Mergulho Profundo, um produto de moda que de usar e cuidar e amiga do meio ambiente”. Mayra acaba de ser lançado e a Delfa, por ser verticalizada, Montel, coordenadora de marketing da área de Fibras desenvolveu em tempo recorde. Outro motivo para da Rhodia, do Grupo Solvay. nossa movimentação de pedidos foi a forte presenFernanda Penteado, gerente de marketing da Rosset/ ça de confeccionistas de São Paulo, que é uma das Doutex comentou que “O ‘Salão Moda Brasil’ foi muinossas principais metas mercadológicas, incluindo to bom. Nosso stand ficou movimentado todos os dias. o trabalho de um Consultor exclusivo para a região. Apresentamos lançamentos, nossos clientes prestigiaNossa visitação registrou cerca de 70% de profissio- ram e já solicitaram pilotagem. Recebemos visitação nais paulistas e, neste sentido, a realização do Salão nacional e internacional”. 60
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FOTO: DORIVAL ZUCATTO
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modelagem
com Sonia Duarte
Zíper Uma análise que qualifica as peças do vestuário
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Qual o tamanho padrão da abertura de forma funcional para a colocação do zíper? Qual é a margem de costura correta para cada tipo de zíper? É necessário algum aparelho ou pé calcador acoplado à máquina para aperfeiçoar a colocação do zíper? Como escolher o zíper certo? Essas e muitas outras dúvidas atormentam os iniciantes na área e a todos que não conhecem a enorme gama de zíperes disponíveis no mercado. A criação de um modelo deve ser definida assim que o estilista passar para o desenhista as informações e os procedimentos de um modelo de roupa. Essa etapa é o desenho técnico. Isso deve ser feito de forma clara, quanto às medidas, e em relação a todos os tipos de acabamentos, aviamentos e beneficiamentos compatíveis com o tecido e o modelo. A próxima etapa é a do modelista, o verdadeiro engenheiro do corpo. O profissional mais importante na estrutura de uma peça do vestuário. Qualquer que seja a modelagem, ela deve ser ergonomicamente correta a fim de se tornar confortável e adequada aos movimentos do corpo. A modelagem - o conjunto de moldes, é encaminhada para o cortador, profissional apto e preparado para entender de tecidos, entrelaçamentos e leitura de moldes. O penúltimo profissional é o pilotista, um bom entendedor de máquinas de costura e acabamentos e por fim, a peça vai para a passadoria.
Profª. de Pós Graduação em modelagem. Atua preparando e posicionando no mercado professores e interessados na área de modelagem, corte e costura.
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O acabamento é uma forma de finalizar determinadas partes de uma roupa ou a forma de como será aplicado algum aviamento. O detalhe é a aplicação de algum tecido, aviamento, bordado, viés, apliques etc, que podem funcionar também como acabamento. Tendo como referência a calça abaixo, a abertura necessária para a colocação do zíper pode ser baseada em 20cm abaixo da cintura do corpo. Nos modelos com cinturas deslocadas para baixo ou para cima, a medida do fecho deve ser diminuída ou aumentada na mesma proporção. Essa precisão irá facilitar o vestir e o despir da roupa.
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GROUP O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2016
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NEGÓCIOS
Andrade Máquinas firma parceria com
Alexandre Herchcovitch
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No dia 7 de julho foi lançada, durante um café da manhã para a imprensa, no Treviolo Café, em São Paulo, a parceria da Andrade Máquinas com o estilista Alexandre Herchcovitch. A empresa, que atua há mais de 55 anos no mercado de máquinas para confecção, firmou parceria em junho com o estilista, que deu um selo de aprovação para a linha SA-M de máquinas da Sansei, marca própria da Andrade, que engloba modelos como reta, galoneira, overlock, travete, caseadeira, botonei-
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Alexandre Herchcovitch ao lado de máquina Sansei
ra, entre outras, eletrônicas e convencionais, com motor Direct Drive. O estilista Alexandre Herchcovitch comentou que antes da parceria utilizava os equipamentos da marca: “Já utilizava as máquinas da Andrade antes da parceria, mas agora tenho a possibilidade de testar todas, vendo os diferenciais de cada uma, incorporando as tecnologias nas minhas coleções e aprovando e atestando com meu selo as facilidades e a qualidade que elas trazem para a minha pro-
FOTO: DIVULGAÇÃO
Estilista dá selo de aprovação para linha de máquinas da Sansei e afirma que utiliza os produtos antes da parceria
dução, e consequentemente para todos que adquirirem a linha Sansei”. Alexandre Herchcovitch é, hoje, um dos estilistas brasileiros de maior destaque no mercado nacional e internacional. Realizou desfiles em Londres, Paris, e Nova York, e faz parte das maiores semanas de moda do Brasil. Em fevereiro deixou a direção criativa da marca que levava seu nome, e em abril fez sua reestreia no estilo da À La Garçonne. A linha possui aproximadamente 50 máquinas com o selo e cada modelo terá um valor específico. As máquinas estarão disponíveis tanto para as revendas quanto para o consumidor direto, que poderá adquiri-las com seu revendedor de confiança ou na loja da Andrade Máquinas e Sansei, no Bom Retiro, São Paulo. O diretor presidente da Andrade Máquinas, Mauro Andrada comemorou a parceria “A Andrade sempre se preocupou com seus produtos, principalmente em atender às severas
normas exigidas pela lei trabalhista, sendo a primeira empresa a ser certificada em NR12 e, além disso, procura ouvir seus consumidores para não cometer nenhum deslize, já que valoriza o investimento que estes fazem. Mas estava faltando alguma coisa, precisávamos da opinião de um cliente especial que fosse um consumidor de nossos produtos e, ao mesmo tempo, alguém de forte relevância e credibilidade no mercado confeccionista, para que proporcionasse aos nossos clientes uma melhor experiência de consumo. Então surgiu a oportunidade da parceria com o Alexandre Herchcovitch, com o qual mantínhamos contato há mais de 10 anos. Ficamos felizes por poder contar com ele para desenvolvermos juntos esse trabalho!”. A Andrade Máquinas é importadora e distribuidora de máquinas industriais e domésticas de costura e bordado, máquinas de corte à laser, passadoria, enfesto, etc., e representa marcas reconhecidas.
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NEGÓCIOS
Metalnox e Fraga no
SPFW 41
Empresa e estilista apresentam a coleção Re-Existência na semana da moda
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E o que a moda tem a ver com isso? Fraga responde: “A moda tem diferentes faces e formas para se registrar uma história e a que desde sempre me seduz é a face político-cultural desse fascinante vetor de comunicação e consumo criado pelo homem. Com o zoom, o ocre desaparece revelando flores e grafismo multicoloridos impressos em vestidos, calças e camisas. De perto todo sujeito é uma história particular. Aqui a roupa é casa, é abrigo, é memória, é país. Aqui a roupa é a única herança de sua terra e elemento da identidade cultural que o mantém de pé. Aqui a roupa é também uma arma de re-existência”. 66
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Impressora Evox MTX 8
FOTOS: AGENCIA FOTOSITE/DIVULGAÇÃO
Desfile durante SPFW N41
Ronaldo Fraga e a empresa Metalnox Digital fecharam uma parceria com o objetivo de inovar no mercado da moda. O estilista apresentou nas passarelas do São Paulo Fashion Week edição N41 a coleção Re-existência, que contou com peças que foram desenvolvidas através do processo de impressão direta em tecido e também com a impressora digital para sublimação. Surpreendendo mais uma vez nas passarelas, Ronaldo Fraga trouxe para o SPFW N41 muito mais que um desfile. Trouxe uma das únicas esperanças de mostrar o melhor dos refugiados: A história, a cultura de um país que não pode mais ser chamado de “seu”. Fraga criou a coleção Re-existência depois de passar dois meses na África em 2015. Outra influência muito importante foi a literatura do moçambicano Mia Couto e do Angolano Valer Hugo mãe que colocam em seus textos elementos muito fortes como a memória, a língua, a morte e solidão. As peças foram confeccionadas em tecidos naturais como linho, linho amassado, organza, tule, gaze, paetê e seda. Inspiradas na cultura africana e seus elementos possuem cores em tons nudes, beges e terrosos mais forte passando pelo azul cinza e rosa. Algumas de suas estampas foram feitas pela máquina de impressão direta no tecido Evox MTX 8 da Metalnox Digital. Ela imprime em tecidos naturais com pelo menos 50% de algodão. A impressão pode ser feita sobre superfícies irregulares como babados, bolsos, zíperes, botões.
Acessรณrios e Insumos:
Mรกquinas:
ICN - B100 DISTRIBUIDOR AUTORIZADO:
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