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confeccionista ANO VII - Nº 38 - SET/OUT 2015
Alagoas TrendHouse mostra o melhor de seu handmade
Verão 17 Novidades em denim
INVERNO
WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR impressão
editora
Gestão
Projeto ajuda confecções a crescer de forma sustentável e a exportar
Palavra do Presidente
Marcelo Prado, do IEMI, analisa perspectivas para o setor
2016
Passarelas do Minas Trend e do SPFW exibem looks para a temporada
Camila Queiroz para Fabiana Milazzo Minas Trend
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O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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CARTA AO LEITOR
Crescer ou sobreviver? Acredito que todos nós sabíamos que este ano seria difícil, pois o Governo Federal teria de arrumar a casa de um jeito ou de outro - e estamos vendo agora que a recessão será muito maior do que o esperado. O que realmente me preocupa é que o Brasil tem mercado para reagir e fazer com que todos os setores voltem a vislumbrar um futuro melhor. Porém, se nada for feito, a maioria das empresas terá como perspectiva tentar sobreviver. Não há como programar investimentos, novos produtos, abrir novos mercados, e sim sobreviver. Pelo que tenho visto, as empresas já enxugaram o que podiam e estão buscando alternativas. Mas todos os setores da economia estão com dificuldades. Isso remete àquele professor que dá uma prova e todos os alunos vão mal: fica claro que a culpa não é dos alunos e sim do professor, que não soube ensinar. O mesmo vale para o mercado. Será que todas as empresas não souberam administrar seus negócios? Prever a crise? Avaliar o mercado? Em toda a minha vida eu nunca vi o Brasil perder mais de 3% de seu PIB, não há economia que aguente. Como sou um otimista nato (dizem que os otimistas vivem mais e melhor), acredito que com a alta do dólar as confecções brasileiras serão beneficiadas pois os produtos importados dobraram de preço; se o nosso governo tiver ( e eu sei que vai ter) um pouco de bom senso, vai começar a liberar novamente o crédito e ativar a economia, mesmo que não muito, o que poderá dar um alento a à indústria e ao comércio para crescer - e não sobreviver. A grande verdade é que estamos todos no mesmo barco e precisamos fazer nosso Brasil sair dessa situação. Vamos trabalhar! Tenha uma boa leitura e faça bons negócios. Um abraço
Júlio César Mello
Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br
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EDITORIAL
O lado bom do dólar caro A alta do dólar está fazendo muitos importadores de tecidos e roupas repensarem sua estratégia de venda, reduzindo compras no mercado externo. Os números estão aí para confirmar isso. Em outubro, as importações de vestuário recuaram 25,55% em valor e 24,89% em volume, têxteis caíram 38,53% em valor e 41% em volume. De outro lado, as vendas externas de vestuário cresceram 10,66% em volume -- ou 17,90% , se levados em conta artigos de cama, mesa e banho. Caso o dolar se mantenha ao redor de R$ 4, o grande varejo e algumas marcas devem continuar reduzindo as importações e se voltar para a produção local. Das cerca de 900 milhões de peças de vestuário importadas em 2014 e em 2015, quase a metade – 400 milhões de peças – pode vir a ser produzida no Brasil a partir de 2016, de acordo com Marcelo Prado, diretor do IEMI – Inteligência de Mercado, entrevistado nesta edição. Ainda que esse volume represente ao redor de 6% do total produzido, pode ajudar a melhorar os resultados das confecções. Mas atenção! “Para que a nacionalização seja compensadora, teremos que nos concentrar na oferta de produtos mais elaborados e de produção mais difícil”, explica Prado. Para ele, nacionalizar significa ter volume, preço, eficiência, qualidade, bons materiais – o que demandará maior qualificação das confecções. Isso significa também investir em equipamentos com maior tecnologia e qualificar melhor mão de obra envolvida no processo. Não é para todos, mas pode ser uma nova porta a se abrir para alguns.
Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399
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confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Alfredo Bonduki e Allan Pires (Dica do Especialista).
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Boa leitura!
Vera Campos
Editora editora@oconfeccionista.com.br
Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Gráfica Ideal Tiragem - 12.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos
empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão editora e publicidade Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399
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O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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SUMÁRIO
confeccionista Ano VII - Número 38 - set/out 2015
confeccionista o
Seções 10 EM DIA
- SET/OUT 2015
Alagoas TrendHouse mostra o melhor de seu handmade
O CONFECCIONI
DICA DO ESPECIALISTA 32 Mercado 52 Planejamento
ANO VII - Nº 38
WWW.OCONF ECCIONISTA.COM .BR impressão
editora
Gestão
Projeto ajuda confecções a crescer de forma sustentável e a exportar
Verão 17
STA - ANO VII
Novidades em denim
- Nº 38 - SET/ OUT -2015
INVERNO
2016
Passarelas do Minas Trend e do SPFW exibe looks para am temporada
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18 22 34 NEGÓCIOS
58 Gotex Show 62 Maquintex, Femicc e Signs Nordeste 66 Ceará Moda Contemporânea CAPA: CAMILA QUEIROZ PARA FABIANA MILAZZO/MINAS TREND FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE
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O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
Palavra do Presidente
Marcelo Prado do IEMI, anali , sa perspectivas para o setor
Camila Queiroz para Fabiana Milazzo Minas Trend
CAPA ALAGOAS TREND HOUSE Perfeita Harmonia
INVERNO 16 SPFW 20 anos Muito além da moda Minas Trend A força de quem faz
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PALAVRA DO PRESIDENTE
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GESTÃO Crescer de forma sustentável e exportar
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MUNDO TÊXTIL
Marcelo Villin Prado, do IEMI
Denim Verão 17 As apostas da Cedro e da Canatiba
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Academia licenciada
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EM DIA
Padronização do Vestuário Feminino
Em fase de finalização, a Norma de Padronização de Vestuário Feminino entra em consulta pública pelo site da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas em janeiro de 2016. A Norma está sendo criada por iniciativa do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17) e tem como objetivo que as roupas sejam produzidas de acordo com as medidas das brasileiras, a fim de minimizar o problema de desacordo de tamanhos. As medidas estabelecidas não serão impostas às confecções, mas sua adoção deve agradar ao cliente e agilizar o processo de compra. A Norma se apoia nos resultados obtidos com o projeto SizeBR – Estudo Antropométrico Brasileiro, realizado há pelo menos cinco anos pelo SENAI CETIQT e deve incluir medidas de referência para tamanhos popularmente chamados de Plus Size (GG, EG, XG e XGG). Ao longo de anos, o SizeBR percorreu todas as regiões brasileiras para realizar as medições corporais de mulheres por meio da tecnologia de escaneamento de corpos em 3D. A expectativa é obter um padrão de medidas a serem utilizadas para o desenvolvimento de um sistema de tamanho apropriado para cada tipo de corpo e região do Brasil.
Convenção da IAF no Brasil
O Brasil sediará, em 2017, a convenção da International Apparel Federation (IAF) – a Federação Internacional do Vestuário, apontada como o maior evento mundial dirigido à indústria de confecção. O anúncio foi feito na convenção deste ano, que aconteceu entre 13 e 15 de outubro em Istambul, na Turquia e reuniu um público proveniente de mais de 25 países dos continentes norte e sulamericanos, Europa e Ásia. O diretor superintendente da Abit e um dos membros do Conselho da IAF Fernando Pimentel avalia que essa será uma ótima oportunidade para os brasileiros que nunca foram a uma convenção da IAF. “Nesse encontro, ficamos sabendo de performances de várias marcas através de seus executivos, presidentes, números que não teríamos acesso, além de estratégias e cases que estão dando certo. Além disso, são abordadas questões comuns a todos os países, como mão de obra, resíduos, sustentabilidade, comércio internacional,” explica. 10
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PRODUÇÃO DO SETOR CONTINUA EM QUEDA
De janeiro a setembro de 2015, a produção brasileira de confeccionados caiu 10,3% em relação a igual período de 2014 e a de têxteis 12,8%. Em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2014, o volume da produção da confecção foi 13,6% menor e a têxtil recuou 22,5%. Considerados os últimos 12 meses até setembro, o recuo dos confeccionados foi de 8,8% e o de têxteis 11,6%. Os dados são do IBGE. “Os números evidenciam que a falta de rumo na política econômica, aliada a uma grave crise política, com juros altos, restrição do crédito e, ainda por cima, com aumento da carga tributária, está surtindo o efeito previsível, ou seja, aumento da recessão”, salienta Rafael Cervone, presidente da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Para ele, “a solução concreta para a retomada do crescimento exige mudança séria e profunda da cultura governamental, reduzindo o tamanho do Estado, melhorando a eficiência dos gastos públicos e construindo uma agenda concreta de longo prazo, possibilitando e estimulando a retomada da economia e dos investimentos.
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EM DIA
Exportações começam a reagir
INSPIRAMAIS em janeiro
O INSPIRAMAIS chega à 13ª edição. Nos dias 11 e 12 de janeiro, visitantes de todo o Brasil e de diversas partes do mundo poderão conferir em primeira mão, em São Paulo, todos os lançamentos em materiais para os segmentos calçadista, têxtil, vestuário e moveleiro. A edição apresentará o Verão 2017 com antecipação também do Inverno 2017 por meio do projeto Preview do Couro, Referências Brasileiras e + Estampa. Único Salão de Design e Inovação de Materiais da América Latina que abastece o setor de matérias primas para moda, o INSPIRAMAIS será realizado no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569, São Paulo/SP) e traz 15 projetos que colaboram não apenas para o desenvolvimento do conceito de uma moda genuinamente brasileira, como também para os negócios do setor, tanto no mercado interno como externo. Fórum de Inspirações, Projeto Comprador, Mix by Brasil, Inovamais, Missões Empresariais, Saberes Manuais, Ecodesign e Oficina de Criação são algumas dessas ações. 14
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O volume de exportação de tecidos de algodão aumentou 34,19% em outubro. As vendas externas de vestuário também cresceram – 10,66% em volume, ou 17,90% se levados em conta artigos de cama, mesa e banho. Em valores, ainda não há reação, pois o preço médio caiu devido ao câmbio mais competitivo. Já as importações de têxteis caíram 38,53% em valor e 41% em volume. Quanto ao vestuário, o recuo foi de 25,55% em valor e 24,89% em volume. O volume de tecidos de algodão importado também caiu: 68,33% em valor e 72,43% em volume.
AGRESTE TEX em março
A terceira edição da “Agreste TEX – Feira de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil” será realizada entre os dias 08 e 11 de março de 2016, no Polo Caruaru, em Caruaru (PE). O objetivo do evento é levar o que há de mais moderno no segmento têxtil em tecnologia, serviços e informação ao polo de confecção do Agreste de Pernambuco. A Agreste TEX é promovida e organizada pela FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos em parceria com a ACIC – Associação Comercial e Empresarial de Caruaru. Realizada a cada dois anos, em 2014 a Agreste TEX gerou negócios da ordem de R$ 218 milhões. Os 11.100 visitantes puderam conferir lançamentos e tecnologias de 250 marcas, entre elas os principais fabricantes de máquinas de corte a laser, denim, acessórios, softwares, enfestadeiras, máquinas de costura, equipamentos para lavanderias e tintas.
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EM DIA Nelson Leirner
Moda e Arte no MASP
Exposição “Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia” traz 78 peças de vestuário doadas ao museu paulistano nos anos 1970 Pela primeira vez, o MASP – Museu de Arte de São Paulo apresenta ao público, de uma só vez, as 78 peças da coleção MASP Rhodia, produzidas nos anos 1960. A exposição “Arte na moda: Coleção MASP Rhodia” fica em cartaz até 14 de fevereiro de 2016. Recebida em doação em 1972 da francesa Hércules Barsotti
Rhodia, que utilizava desfiles e coleções de moda como forma de divulgação de seus fios sintéticos no Brasil, a coleção é única e reúne a riqueza de um momento histórico marcado pela ascensão do prêt-à-porter e pela crescente industrialização do país, destaca Patrícia Carta, uma das curadoras da Mostra. Estão representadas nas peças as principais tendências estéticas e programas artísticos do período, na intenção da moda dialogar com a arte contemporânea daquele momento. A abstração concreta se faz presente nas peças com estampas de Hércules Barsotti, Willys de Castro e Antonio Maluf. Já a abstração informal aparece nos vestidos com estampas de Manabu Mabe e Antonio Bandeira. As referências ao pop podem ser conferidas nas estampas de Carlos Vergara e Nelson Leirner. Na esteira da exposição, está sendo vendido um catálogo inédito com reprodução das 78 peças. Estão contemplados na publicação e na exposição os artistas Aldemir Martins, Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Antonio Maluf, Carlos Vergara, Carmélio Cruz, Carybé, Danilo Di Prete, Fernando Lemos, Fernando Martins, Francisco Brennand, Genaro de Carvalho, Gilvan Samico, Glauco Rodrigues,
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Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Isabel Pons, Ivan Serpa, João Suzuki, José Carlos Marques, Kenishi Kaneko, Licínio de Almeida, Lívio Abramo, Luigi Zanotto, Lula Cardoso Ayres, Manabu Mabe, Manezinho Araújo, Moacyr Rocha, Nelson Leirner, Tikashi Fukushima, Tomoshigue Kusuno, Waldemar Cordeiro e Willys de Castro. A expografia desenvolvida para a exposição é uma combinação monocromática de dois elementos: bases horizontais elevadas do chão para os manequins e cortinas que criam planos verticais de fundo para as peças. Distribuídos pelo espaço expositivo do segundo subsolo, criam um percurso de
visitação: se vistos de cima, uma composição gráfica de curvas e retas. A opção pela predominância da cor preta nos elementos expográficos possibilita destacar as cores vibrantes das peças e, ao mesmo tempo, controlar melhor a intensidade da iluminação, para preservar as peças têxteis, bastante sensíveis.
Lula Cardoso Ayres
Genaro de Carvalho
Aldemir Martins
SERVIÇO Arte na moda: Coleção MASP Rhodia Data: 23 de outubro de 2015 a 14 de fevereiro de 2016 Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP Horários: terça a domingo: das 10h às 18h; quintafeira: das 10h às 20h O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo, e às quintas-feiras, a partir das 17h. O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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VERÃO 2015/16 PASSARELA VERÃO 2015/16
Perfeita
harmonia Apresentada no formato “mobile editon”, semana de moda alagoana teve com desfiles itinerantes. Cada estilista escolheu um local da cidade que mais se adequava ao conceito de sua coleção. Confira alguns deles: Gustavo Boroni, fotógrafo que transforma seus registros em estampas de moda, escolheu o Cais do Porto para reforçar sua ligação com as raízes culturais da cidade, que são tema de sua coleção “FéFotoAmorRaizCor”. Sandra Cavalcante desfilou suas criações às margens do Oceano Atlântico, no Coreto de Jaraguá, construído em 1927. Inspirada nas artesãs alagoanas, a coleção “Entre Tramas e Mar”, é composta de 12 looks e faz referência ao litoral alagoano, em clima beach wear. Um mix de texturas de rendas, crochê, filé e tricô com pedrarias bordadas. Fernando Perdigão levou
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suas rendas e cores para a histórica Praça Deodoro, no centro da cidade, onde também se encontra o Teatro Deodoro, de arquitetura neoclássica e barroca, construído nos primeiros anos do século XX. O estilista Marcus Telles apresentou a coleção “Renda-se” nos jardins do Jatiúca Hotéis e Resort, com a proposta de experimentar novos materiais na produção de vestidos de festa e casamento. Pela primeira vez, o estilista utilizou rendas confeccionadas com a fibra de côco, investindo em peças que podem ser utilizadas em outras ocasiões. A estilista Paula Cox encontrou na Galeria Gama a conexão entre as novas tecnologias e a comunicação universal da arte, e lá apresentou a coleção “Egito Pop”, que apostou em elementos da terra do Nilo para criar estampas mega coloridas e modelagem em clima setentista, com uma pitada cigana nos bodies e maiôs.
FOTO: WOUTHAMBERG RODRIGUES
Alagoas Trend House: estilistas apresentam coleção para o próximo verão e homenageiam os 200 anos de Maceió
FOTOS: HUGO TAQUES
Sandra Cavalcanti
Marcus Telles
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PASSARELA VERテグ 2015/16
Fernando Perdigテ」o
Nidas
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As arquitetas/designers Ana Maia e Rosa Piatti com os convidados especiais da TrendHouse, o ator Joテ」o Cテエrtes e a atriz Ingra Liberato
FOTOS: HUGO TAQUES
Gustavo Boroni
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VERÃO 2015/16 PASSARELA SPFW 20 ANOS
Muito além da
Criado em 1996, o São Paulo Fashion Week tornou-se o mais importante evento de moda do hemisfério Sul. Em 20 anos, recebeu mais de 3 milhões de pessoas e atingiu cerca de 1 bilhão de expectadores de mais de 100 países pela TV e Internet. Mas sua atuação vai muito além. Confira 22
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Sob o tema "Do princípio ao início", o São Paulo Fashion Week comemorou seus 20 anos em outubro com um legado de momentos icônicos que se eternizam em memórias. Com o SPFW, a cidade de São Paulo, nas últimas duas décadas, se projetou como fonte de talento, criatividade e influência internacional e conquistou posição de destaque no universo de moda não só na América Latina como em todo o hemisfério sul. "Do princípio ao início pressupõe um ciclo. Cada edição é sempre uma nova etapa que se inicia", explica Paulo Borges, o criador do evento e CEO da Luminosidade Marketing e Produções, que organiza o SPFW e outros acontecimentos de moda. "Ao longo destes 20 anos sempre trabalhamos com a ideia de compromisso, planejamento e longo prazo. Sempre apontando para o futuro, que é o papel inovador da moda. Nada se constrói sem essas premissas e é nesta perspectiva de tempo e perseverança que as coisas acontecem”, afirmou.
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
moda
Imagens, roupas e maquetes de cenários assinadas por José Marton contaram um pouco dos 20 anos da SPFW, que teve a visita do prefeito de S.Paulo Fernando Haddad e esposa (na foto menor ao lado de Paulo Borges)
Borges encara o SPFW como uma tela em branco onde é possível cometer ousadias. “Nosso papel é e continuará sendo instigar e provocar esta liberdade de criação com foco em mercado e inovação", complementa. Segundo ele, o papel das semanas de moda é fomentar o desejo a partir de imagens memoráveis, transportando para a realidade mundos de sonho e fantasia. Nesta edição – a 40a– a arquitetura marcante de Oscar Niemeyer no prédio da Fundação Bienal marcou presença na cenografia idealizada por Paulo Borges, com realização da Fresh Design. Imagens, roupas e maquetes de cenários assinadas por José Marton contam um pouco desses 20 anos em uma grande passarela de momentos emblemáticos. Outro destaque foi a exposição "Fazendo Cabeça", uma mostra do trabalho do designer e stylist
Davi Ramos, com chapéus, casquetes e fascinators, que criaram imagens fortes de moda ao longos dos 20 anos. Ao transcender o mundo da moda, o SPFW cumpre um papel articulador e provocador, que lhe rendeu o reconhecimento internacional como uma das mais eficientes plataformas de comunicação do Brasil e um dos maiores eventos do gênero no mundo. Ponto de convergência de diversas redes criativas, firmou-se como espaço relevante de design, negócios e inovação, reunindo as principais marcas e grupos do setor e atuando como importante agente de transformação para toda a cadeia de moda no Brasil. São 20 anos de realizações e parcerias que abrem espaço para o surgimento de novos movimentos, processos e produtos, sempre a partir de uma visão de futuro que integra e consolida espaços e territórios criativos na construção e consolidação de uma cultura de moda no país. A 41ª edição do evento deverá acontecer entre os dias 25 e 29 de abril de 2016, no Parque do Ibirapuera - Pavilhão da Fundação Bienal, para lançamento das coleções de Verão 2017. O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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Do artesanal ao tecnológico
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
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A maior semana de moda brasileira, o São Paulo Fashion Week, celebrou 20 anos com desfiles tendência para o Inverno 2016. Um clima meio nômade e místico e a forte presença do artesanal, do feito à mão, foram a tônica dos desfiles. Entre as principais apostas das grifes e estilistas brasileiros estão as tramas vazadas, a transparência, ombros à mostras, vestidos longos, renda, couro e um toque de sensualidade. Destaque também para o tricô, para penas, plumas e rendas. O preto, a mistura de preto com branco e outras cores em menor escala permearam muitas coleções.
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Alexandre Herchcovitch
lanรงamentos
denim
calรงa june
ele: calรงa katz | ela: calรงa caen
Stella
KLEE
Stella
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Juliana Jabour
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Iodice 28
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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Lina Villaventura
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Ronaldo Fraga O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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DICA DO ESPECIALISTA MERCADO
O inútil sacrifício das empresas e empregos ALFREDO BONDUKI, engenheiro formado pela Poli-USP e pós-graduado pela FGV, é presidente do Sinditêxtil-SP
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Aumento de impostos e taxas para quem já vem pagando a conta há tanto tempo apenas aprofunda o desalento e a desesperança O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's comprovou estar equivocada a estratégia do governo de buscar o equilíbrio fiscal por meio do aumento de tributos. A agência de riscos, a rigor, apenas corroborou o que os brasileiros já sabiam: medidas como a lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff que reonerou a folha de pagamento das empresas em mais de 50 setores, com ônus de 150%, não são suficientes para reparar o déficit orçamentário do setor público. Além disso, impostos e taxas mais altos, como a volta da CPMF, aprofundam a crise econômica e pressionam a inflação, ao agravar o custo dos setores produtivos. Mantendo despesas incompatíveis com o PIB brasileiro, o governo insiste em cobrir seu déficit com a captação de mais dinheiro de quem produz e trabalha. E faz isso com o suporte legislativo de uma fisiológica base de apoio no Congresso Nacional, à revelia do diálogo com os representantes de atividades geradoras de mão de obra intensiva, como a combalida indústria têxtil e de confecção. Este setor, cuja inclusão dentre os que receberiam aumento de “apenas” 50% foi vetada pela presidente na sanção da lei de reoneração da folha de pagamentos, desempregará mais de 100 mil trabalhadores este ano. Porém, o governo do Partido dos Trabalhadores parece estar mais preocupado em manter dispendiosas e anacrônicas regalias de um Estado ineficiente. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, talvez já consciente dos limites de cortes nas entranhas políticas e burocráticas do insaciável monstro estatal, insiste no discurso do aumento tributário, praticando uma tática de terra arrasada: tenta promover o ajuste em cima da indústria de transformação. Esta, porém, já foi muito sacrificada nos últimos anos pela desastrada e populista política de câmbio valoriza-
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do e juros altos. Perdeu competitividade e não tem como pagar mais imposto. Relançando a CPMF e ameaçando aumentar o Imposto de Renda, Levy sucumbe à insana realidade brasiliense, sem apontar qualquer saída para a crise econômica e uma política industrial a ser executada após o ajuste fiscal. O ministro parece convencido de que a luz no fim do túnel seja, na verdade, o farol de uma locomotiva em rota de colisão com a economia, prenunciando um desastre. Isso ainda poderia ser evitado, por meio de um projeto de desenvolvimento baseado em inovação, aumento de produtividade e desoneração dos custos das empresas. Tal avanço, contudo, esbarra no fisiologismo, nas retaliações políticas, como tem feito o presidente da Câmara dos Deputados, mais preocupado com as delações da Lava Jato, e nas posições dogmáticas e inabilidade política da presidente Dilma. Caso os obscuros acordos continuem gerando decisões pouco democráticas e persistam os problemas econômicos e políticos, teremos mais um tema no bordão do “nunca antes neste país”: números recordes de fechamento de empresas e perda de empregos, tornando inútil o sacrifício da sociedade para prover um ajuste fiscal feito de modo equivocado. É preciso que os poderes Executivo e Legislativo assumam a responsabilidade por seus atos e decisões. Por isso, soa como desrespeito à inteligência dos brasileiros a frase de Joaquim Levy em entrevista na noite que se seguiu ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil: “Se a gente precisar pagar impostos, eu tenho certeza de que a população estará preparada para fazer isso”. Não, ministro, não estará! Aumento de impostos e taxas para quem já vem pagando a conta há tanto tempo apenas aprofunda o desalento e a desesperança.
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opção, a IBG mantem a mais de uma década de trabalho, total integração com as tendências europeias relacionadas à tecnologia e fabricação de botões poliéster, importando maquinário de fabricação italiana e oferecendo o que ha de melhor e mais moderno no mercado.
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Minas Trend
“A força de quem faz”
FOTOS: ADRIANA LIBINI
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O Minas Trend (MW) chegou à 17ª edição ressaltando mais uma vez a criatividade marcas mineiras e o esmero no desenvolvimento das coleções. Nos quatro dias do evento realizado no início de outubro em Belo Horizonte, no Expominas, e promovido pela FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, o Salão de Negócios recebeu mais de quatro mil visitantes que puderam conferir a coleção Outono/ Inverno 2016 de 260 marcas, das quais 128 de confecção de vestuário. O tema escolhido para a edição permeou a ambientação dos pavilhões do Expominas e serviu como fio condutor das atividades paralelas ao Salão de Negócios, como exposições, oficinas e instalações. Tudo para ressaltar a importância dos profissionais da indústria da moda e destacar a criatividade, inovação e empreendedorismo como diferenciais que incorporam valor em todas as fases da produção.
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“A Força de Quem Faz”, tema escolhido para a edição, reafirmou o trabalho artesanal como principal atrativo da moda mineira e se configurou em uma homenagem a todos os que participam do oficio criativo e podem contribuir para uma indústria mais moderna e competitiva. Com mais de nove mil empresas do setor têxtil e de confecção, Minas Gerais é um dos maiores polos produtores do País “Sem dúvida, o potencial humano é um dos principais pilares que mantém a nossa indústria de moda e, como representantes do setor, temos que cada vez mais valorizar e estimular a qualificação e participação desses profissionais no dia a dia das empresas.”, declarou o presidente da Fiemg Olavo Machado Junior. “O tema ‘A Força de Quem Faz’ reflete, sobremaneira, o perfil criativo da moda mineira, que carrega em seu DNA o espírito dos nossos mais genuínos artesãos”, completou.
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Tema da edição Outono/Inverno 2016 da Semana de Moda Mineira enfatizou o poder da criatividade e da força do trabalho no processo produtivo
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Requinte e
criatividade Marcas mineiras apostam nos bordados, tricôs e em estampas e assimetrias
Explorou o universo de fadas, ninfas, guerreiras e princesas, cada qual com características próprias, como os "shapes" amplos e lânguidos em georgette de seda da coleção Fadas, com detalhes delicados como mininervuras, aplicações de rendas, babados e golas, e os da coleção Amazonas/Guerreiras, que fazem alusão aos coletes e armaduras.
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VIVAZ
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FAVEN
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Tricô e jacquard em peças esportivas e para a noite cheias de recortes, pontas e nervuras de impecável acabamento. Cartela de cores com tom de laranja forte e combinações de cores com os tons de marinho, musgos, bordôs e os pretos.
FABIANA MILAZZO
Vestidos de festa são a marca registrada da marca, que trouxe desta vez a alfaiataria e o jeans bordado com cristais e pedras ou cortados em tiras e montados em tules transparentes e em blusões, blasers e vestidos longos. Materiais nobres como tule de seda e zibeline italianos complementam a coleção.
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O estilista mostrou seu lado mais prêt-à-porter - mas nem por isso menos conceitual – ao estrear sua segunda marca, a Lino Villa. Na coleção, destaque para nervuras, bordados, rendas e para a aplicação discreta dos cristais checos Preciosa® .
ANNE EST FOLLE
Variedade de estampas e materiais enriquecedora, assimetrias e sobreposições, fendas, tricôs pretos, florais artsy bordados e estampados. Nas estampas, geometrias coloridas e arquitetura em perspectiva. Silhuetas longilíneas.
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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
LINO VILLAVENTURA
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A PALAVRA DO PRESIDENTE
Marcelo Villin Prado
Sócio-diretor do IEMI – Inteligência de Mercado
Atenção e ação redobradas "Apesar da turbulência, não é o momento das indústrias se acomodarem e sim corrigir rotas e sair da zona do conforto para não serem engolidas pela crise"
Economista, especialista em Marketing, Marcelo Villin Prado acompanha o setor têxtil e de confecção há pelo menos 25 anos. À frente do IEMI – Inteligência de Mercado, empresa especializada em pesquisas e análises de mercado, fundada por seu pai em 1985, Prado assistiu ao processo de transformação pelo qual a indústria têxtil passou no Brasil a partir de 1994. Nesta entrevista, o executivo faz um apanhado das principais mudanças observadas no setor, comenta aspectos relevantes contidos no “Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira - Brasil Têxtil 2015” (o 15º da série iniciada em 2001), recém-lançado pelo IEMI com o apoio da Abit e da Apex-Brasil, comenta o momento atual e fala de perspectivas para as indústrias têxteis e de confecção no Brasil. 42
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Em termos de indicadores, o que chama mais a atenção nesses 15 anos de Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira?
No segmento têxtil, o que pudemos constatar foi a redução pela metade do número de estabelecimentos produtivos. A produção, no entanto, dobrou. A produtividade média por funcionário ao ano quadruplicou no período. Isso não foi uma coisa planejada, programada, com recursos para financiar a modernização da indústria com a construção de um ambiente favorável de investimento. Foi uma corrida para a sobrevivência, que começou com a abertura das importações em 1990 e a paridade entre o dólar e o real em 1994, que obrigou as empresas a se reinventarem, pois os produtos exportados perderam competitividade lá fora.
De exportadoras as indústrias têxteis passaram a focar o mercado interno, e de fornecedoras de atacado se viram forçadas a abastecer as pequenas e médias indústrias da confecção. Nem todos conseguiram permanecer no mercado. Porém, os que conseguiram resistir atingiram nível de competitividade muito superior, equivalente à dos grandes produtores mundiais. E em relação às confecções, o que tem a comentar?
As confecções, com exceção das maiores, não tiveram esse ganho efetivo de competitividade nos últimos 15 anos. Elas também nunca foram grandes exportadoras. Porém, a instituição do Simples Nacional (regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) em meados de 2000 estimulou as pequenas e microempresas a se formalizarem, se estruturarem, o que ajudou a ampliar o número de confecções formais no País, além de estimular o processo de terceirização e de pulverização da produção. Um efeito danoso do movimento de terceirização e pulverização da produção foi o de impedir ganhos relevantes de produtividade, pois a escala industrial diminuiu muito. A qualidade e a diversidade de produtos e de mix também avançou de maneira expressiva, o mercado se tornou muito mais segmentado, estratificado em um número cada vez maior de nichos, além dos produtos nacionais terem melhorado bastante em qualidade. Porém, ainda assim, apesar de toda a criatividade de muitas marcas brasileiras, a grande maioria ainda se contenta em apenas imitar os concorrentes, limitando-se a competir em custos.
Agora, com o dólar ao redor de 4 reais, as indústrias têxteis e de confecção devem se voltar para o mercado externo?
O dólar nesse patamar contribui para melhorar a nossa posição de competitividade lá fora, mas nem tanto, uma vez que outras moedas também desvalorizaram – a dos países latinos vizinhos, a dos países asiáticos e do leste europeu. A importação de vestuário este ano deve chegar a 920 milhões de peças, praticamente o mesmo volume de 2014 ou um pouco inferior. A expectativa é de que em 2016 a queda nas importações seja mais intensa e venha daí o maior benefício à indústria têxtil e de confecção nacional.
Há a expectativa de que uma fatia desses 900 milhões de peças até então importadas seja transferida para produtores locais?
Sim, e com impacto bem positivo para a indústria de vestuário e seus fornecedores. Parte dos tecidos, inclusive, deve deixar de ser importada. Cerca de 400 milhões de peças poderão ser nacionalizadas já a partir de 2016, grande parte proveniente das compras do grande varejo. Esse volume representa cerca de 6% da produção nacional, suficiente para empurrar a retomada da indústria brasildeira, mesmo com o enfraquecimento atual do consumo interno.
Como as fabricantes nacionais devem se posicionar diante da perspectiva de aumento da nacionalização de peças de vestuário?
Esse não é um processo que acontecerá do dia para a noite. Nacionalizar significa ter volume, preço, eficiência, qualidade, bons materiais – o que exigirá que as indústrias se qualifiquem em patamares mais altos. E este salto não será para todos. O processo será seletivo. Não só o grande varejo, mas também as grandes marcas brasileiras estão desafiando seus fornecedores locais a desenvolverem produtos que possam substituir os importados. Mas, para que a nacionalização seja compensadora, teremos que nos concentrar na oferta de produtos mais elaborados e de produção mais difícil. Para muitos, será preciso investir em equipamentos com maior tecnologia e qualificar melhor mão de obra envolvida no processo. Até então, a demanda dos grandes compradores de varejo, junto aos fabricantes brasileiros, estava mais focada nos artigos básicos e isso tende a mudar.
Com o real desvalorizado, as confecções devem voltar a apostar nas vendas ao mercado externo?
A substituição das importações tende a ocorrer de forma mais rápida, porque se vale de uma base produtiva que já está instalada. Já a retomada do mercado externo é mais lenta. Esse mercado é muito amplo mais o acesso a ele mais difícil e restrito. A confecção tem de fazer suas contas, mas se puder participar do mercado externo de alguma forma, pode ser uma ação de grande valia para o seu desenvolvimento futuro. Exportar não é uma aventura de momento, pressupõe um aprendizado grande e é uma ação que deve ser pensada para o longo prazo. Para trilhar esse caminho as confecções meno- ➤ O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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res têm de se associar, pensar em ações de promoção coletiva das exportações. O Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira) da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) é a melhor alternativa para quem é pequeno ou que ainda está começando a exportar, pois já faz há anos um grande trabalho de apoio às exportações, em parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Uma das saídas para as indústrias ampliarem mercados seria por meio de acordos comerciais com outros blocos e países?
Mas isso não vem ocorrendo. Em contrapartida, 12 países do Pacífico (Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã), que representam 40% do PIB mundial, estão fechando um acordo de livre comércio. Isso significa que os produtos brasileiros vão chegar lá pagando imposto de importação e os deles não. Isso tira uns 20%, 30% da nossa competitividade. E também estimula grandes empresas que poderiam exportar a partir de bases produtivas no Brasil a criarem bases produtivas em outros países. Ou seja, agrava o risco de emigração de plantas do Brasil para países que fazem parte desse bloco.
No acumulado de 2015, até setembro, a produção de têxteis recuou 12,8% e a de confeccionados 10,3%, segundo o IBGE. Onde isso vai parar?
Certamente causará o fechamento de algumas empresas, o desemprego em alguns pólos produtores, entre outros efeitos comuns em crises como essas. Isso é inevitável, toda a vez que há turbulência, ela atinge alguém, geralmente empresas que estejam numa situação mais vulnerável, já anterior à própria crise. Mas as que irão ficar terão plenas condições de suprir o mercado. Não é hora das indústrias se acomodarem; com a turbulência atual, é preciso corrigir rotas, sair da zona do conforto para não ser engolido pela crise. Mesmo para aqueles que não têm como característica
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O problema econômico do Brasil, tecnicamente falando, não é tão grande; grande é o problema político. E se o Governo não conseguir implementar as medidas que sejam necessárias, fazer as correções de rota, vai acabar agravando o problema econômico" serem inovadores devem ao menos se esforçar para criar diferenciais próprios, para se manterem atrativos no mercado. A crise atual tem algo de diferente?
Esta crise tem características bem ambíguas: primeiro, nunca houve uma freada tão brusca em nossa economia, como a que sentimos a partir de março de 2015. Nesse aspecto, acho que ela é umas das piores que já vivemos desde os anos 80, ao menos em termos de desempenho dos indicadores macro-econômicos. Por outro lado, a situação financeira do país, que conta com uma boa reserva em moeda estrangeira, e o nível de renda do mercado de consumo, juntamente com o sistema de proteção social que foi implantado nos últimos 20 anos, nos coloca em uma situação muito mais favorável para superar a crise. Por isso mesmo creio que o problema econômico do Brasil não é tão grave, neste exato momento. Muito mais preocupante é a crise política atual. E se o Governo não conseguir implementar as medidas para fazer as correções de rota necessárias, o problema econômico poderá se agravar muito. O que mais nos preocupa hoje é a incapacidade política do governo em agir. A falta de força política, para enfrentar o problema econômico.
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Qual a postura correta de um País que precisa combater uma crise?
Todos nós sabemos que para se enfrentar uma situação de crise como a atual, qualquer empresa, governo ou mesmo em nossas casas, precisamos tomar medidas para reduzir as despesas e trabalhar duro para aumentar as receitas. Se isso tivesse sido feito em 2009, logo após a crise internacional, teria sido uma pequena correção de rota na política econômica do governo Lula, mas o medo de ser impopular e não eleger a sucessora era grande. Naquele ano, o Brasil optou por reduzir as receitas, com a redução de impostos, e aumentar as despesas, com investimentos e gastos correntes. Não é de estranhar que estejamos enfrentando uma situação ruim agora. Estamos pagando uma conta que vem sendo protelada destes então, com juros e correção monetária.
O Governo deveria dar um apoio, reduzir impostos nesse momento, fazer a reforma tributária?
Esperar que o governo reduza impostos agora é perda de tempo. Um esforço extremamente sadio e compensador seria a simplificação do processo de contabilização e de recolhimento, unificando todos os tributos num único DARF, em um só imposto, com uma forma de cálculo só, para, inclusive, as empresas poderem enxergar melhor o que devem, de que forma devem pagar e quanto. É uma forma também das empresas se organizarem melhor, seja as que já estão operando aqui, como as que vêm de fora. Temos um caos tributário, uma colcha de retalhos que distorce completamente e torna nosso processo de tributação algo para lá de exótico. E isso gera um custo muito grande. O governo poderia tirar essa pedra do caminho, simplificar – e ninguém iria perder com isso. Quanto mais simples for, mais fácil para o governo monitorar o quanto as empresas devem pagar – e cobrá-las – e muito mais fácil, barato e eficiente para as empresas calcularem quanto têm a pagar e declarar corretamente. A forma atual é por demais confusa, criando um ambiente de produção complexo, desestimulante e desfavorável ao investimento.
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Com o dólar próximo a $4, cerca de 400 milhões de peças até então importadas poderão voltar a ser produzidas no País já em 2016” Que projeções pode fazer em relação aos próximos 15 anos do setor têxtil e de confecção no Brasil?
Nos próximos 15 anos o Brasil deve atingir a maturidade demográfica. A população tende a envelhecer consideravelmente e a crescer apenas com base na imigração e não com nascimentos. O impacto dos elevados investimentos em educação, tende a migrar cada vez mais para os gastos com a previdência e com a saúde. De outro lado, mais positivo, a população economicamente ativa será muito maior que a de hoje e a renda per capita será a maior que já tivemos – e isso vai se transformar em consumo. E esse consumo vai beneficiar vários setores, inclusive a indústria da moda brasileira.
De que forma a indústria têxtil e de confecção pode se beneficiar ante a essa perspectiva?
Há um conjunto de variáveis de difícil previsão: a variação do câmbio, acesso a mercados privilegiados lá fora, acesso matérias primas, água e energia, a questão tributária e trabalhista, enfim, há uma série de coisas que temos condições de melhorar muito em nosso ambiente de produção. E dar para a indústria têxtil e de transformação brasileiras condições muito melhores de crescer e de ser a grande alavanca do enriquecimento do nosso país e da nossa população. Oportunidades não nos faltam. O problema é que não enxergamos um governo, ou mesmo, legisladores com essa visão, o que compromete o futuro de nossos filhos. Quanto mais populistas os governos são, mais em risco colocam o futuro das nossas famílias. Os números estão aí para demonstrar o resultado, não só no Brasil, mas também nos diferentes em diversos países aqui da América do Sul. Infelizmente, e como não poderia deixar de ser, estamos apenas colhendo o que foi plantado.
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GESTÃO
Crescer e exportar com segurança
Para crescer de forma sustentável – e até exportar – a confeccção paranaense Mon’dress contou com os serviços gratuitos do PEIEx - Projeto Extensão Industrial Exportadora, por meio do Núcleo Operacional de Maringá
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Sediada na cidade de Sarandi (região metropolitana de Maringá), no Paraná, a Mon’dress é uma empresa familiar de pequeno porte, fruto da atitude empreendedora de seus proprietários, sr. Adilson de Assis e esposa, Ivone de Assis. No início da década de 90, quando foi fundada, produzia apenas lingerie básica. Algum tempo depois, passou a fabricar também a linha de Estética, que hoje responde por 60% da produção em volume e é a mais rentável. Produzindo aproximadamente 20 mil peças/mês, a Mon’dress tem hoje 52 funcionários e 24 representantes comerciais em 13 estados brasileiros e também tem um canal de vendas para consumidores finais pela internet. Há cerca de três anos começou a exportar e hoje mantém vendas regulares para o Paraguai e prospecta outros países compradores. Mas nem sempre foi assim. Alguns anos atrás, os proprietários perceberam que para continuar crescendo de forma sustentável e não serem engolidos pelo mercado tão competitivo era preciso organizar melhor a confecção e profissionalizar a gestão. “Somos uma empresa familiar que
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cresceu sozinha, mas que chegou num ponto em que começou a patinar”, recorda a estilista Mônica Assis, filha dos fundadores e agora gestora da empresa, com formação em Moda em Londrina (PR) e especialização em Londres, no Reino Unido. A “ajuda” veio por meio do PEIEx - Projeto Extensão Industrial Exportadora. Criado em 2009 pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o projeto oferece gratuitamente soluções para problemas técnico-gerenciais e tecnológicos das micro, pequenas e médias empresas por meio de capacitações, a fim de que elas se tornem mais competitivas, desenvolvam seu potencial de exportação e ampliem mercados. O PEIEx está presente em 14 estados brasileiros, em 38 núcleos operacionais. No ano pas-
Os proprietários Ivone e Adilson de Assis e a filha Mônica
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GESTÃO sado, 3.400 empresas foram atendidas pelo programa. No Estado do Paraná, o PEIEx atua nas regiões de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá, em parceria com a Fundação Araucária. De 2009 até agora, cerca de 2.400 indústrias no Estado receberam atendimento dos técnicos do projeto, entre eles as de vestuário. “Participar do PEIEx foi uma oportunidade que vimos para organizar a empresa e começar a exportar”, conta Mônica. E por que exportar? “A exportação traz status, passa a imagem de empresa organizada, que oferece produtos de qualidade, e funciona também como um cartão de visitas para os clientes nacionais”, explica. “No início, não planejávamos exportar mas, diante do preparo oferecido pelo PEIEx, decidimos enveredar por esse caminho”, explica. Um dos pontos a favor do projeto é a gratuidade dos serviços: toda a orientação aos empresários é feita de graça e in loco. Investimentos foram feitos sim, mas no próprio negócio: na gestão da empresa, na organização por departamentos, na estrutura da produção, sem o que a Mon’dress não teria condições de continuar crescendo no mercado interno – e muito menos expandir sua atuação ao mercado externo. “Profissionalizar a gestão foi fundamental. Afinal, hoje concorremos com ‘gigantes’ e é fácil ser engolido pelo mercado”.
O PEIEx nas empresas A técnica extensionista do Núcleo Operacional Maringá, Cristiana de Carvalho Almeida, nos relatou este case de sucesso e sintetiza abaixo os tópicos de ação do Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEx). Ela explica que o trabalho é extensionista, pois objetiva estender o conhecimento para dentro das empresas, visando a transformação delas. “O objetivo do PEIEX é estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em Comércio Exterior” , explica. As ações do PEIEX desenvolvem-se em localidades onde haja concentração empresarial e vão desde a implantação de soluções gerenciais, que dependem apenas do próprio empresário e dos seus recursos 50
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Arrumando a casa
A Mon’dress se inscreveu no PEIEx em 2010. Diagnóstico realizado na ocasião pelo técnico extensionista detectou como aspectos a serem trabalhados: o desenvolvimento da ficha técnica dos produtos; a apuração de custos e formação do preço de venda para o mercado interno; pesquisa de clima organizacional. Era preciso aumentar a produtividade, as vendas internas, contratar funcionários e melhorar a gestão. Foram contratados um Gerente Comercial e um Auxiliar Financeiro. A empresa foi se envolvendo no projeto e fortalecendo a gestão interna, tornando-se assim mais preparada para as ações que o PEIEx proporcionava para o mercado externo. A partir de 2011, a Mon’dress deu os primeiros passos em direção à apuração de custos e formação de preço de venda para o mercado externo e ao desenvolvimento de website em três idiomas. Surgiu então a primeira oportunidade da empresa de participar de um evento em comércio exterior: uma rodada de negócios com tradings, que abriu caminho para a primeira exportação da empresa, em 2012, para o Paraguai.
Resultados positivos
Os resultados da reorganização da empresa logo foram percebidos: no primeiro ano em que contou com o apoio do PEIEx, as vendas cresceram 20% em relação ao ano
disponíveis, até ações relativas à informação e ao acesso a mercados, que são processos externos. diagnóstico gratuito com o objetivo de, posteriormente, no desenvolvimento do trabalho, apresentar soluções a fim de impactar sobre seu desempenho competitivo 1) Diagnóstico gratuito da situação da empresa 2) Apresentação de aspectos técnico-gerenciais que necessitam ser trabalhados visando o melhor desempenho e aumento da competitividade 3) Estabelecimento de metas 4) Monitoramento das metas 5) Tempo de atendimento pode variar de 6 meses a três anos 6) Ações paralelas como palestras, missões e rodadas de negócios
anterior; em 2012, o aumento foi de 15%; em 2013, 10%. 2014 e 2015 são anos considerados mais difíceis em vista da conjuntura econômica, mas por estar bem organizada a empresa atravessa o período sem maiores problemas. “Se não tivéssemos passado por todo esse processo, estaríamos em situação pior. Certamente haverá uma seleção natural do mercado e muitas empresas acabarão quebrando”, diz Mõnica. A estratégia para 2014 foi focada em produtos. A linha foi enxugada, mantendo-se os segmentos mais fortes. A linha infantil, na qual a empresa atuava há algum tempo, foi descontinuada. Gastos também foram cortados e foram feitas ações para ampliar o mercado interno, como a contratação de mais representantes. As vendas, antes concentradas no Paraná , Minas Gerais e Santa Catarina, foram expandidas para o Rio Grande do Sul e regiões Norte e Nordeste. A participação da Mon’dress no PEIEx
terminou em 2014. Desde o início deste ano, caminha com as próprias pernas, mantendo em prática o que aprendeu com as orientações oferecidas pelos extensionistas do projeto. Para 2015, a previsão é crescer 2% sobre 2014, “ e o resultado está sendo obtido a custa de um grande exercício”, reconhece Mônica. Ela destaca, porém, a eficiência do trabalho do PEIEx. “Os técnicos são muito eficientes, durante todo o período em que participamos do projeto eles trabalham com a gente dentro da empresa, recomendo”.
Resultados Observados na Mon’dress 1) Aumento de vendas 2) Aumento da participação de mercado com a introdução de nova linha de produtos 3) Desenvolvimento de estratégia para o mercado externo, com a negociação com tradings 4) Realização da primeira exportação.
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DICA DO ESPECIALISTA PLANEJAMENTO
2016: como sair da zona de
conforto e crescer dois dígitos ALLAN PIRES é CEO da multinacional dinamarquesa Targit e consultor da PA Latinoamericana
Partindo do princípio que o planejamento orçamentário do seu negócio deveria estar baseado em um modelo otimista de crescimento, é importante focar na geração de valor em cada elemento de sua cadeia Fazer um planejamento orçamentário com o clima econômico incerto pode ser difícil, mas não é impossível. A crise é uma oportunidade de as empresas se desacomodarem e buscarem novas alternativas de crescer no mercado, tendo em vista as suas capacidades competitivas. A partir desse pensamento, quais estratégias podem garantir um percentual de crescimento líquido de pelo menos dois dígitos? A crise deverá se agravar nos próximos meses e também em 2016, com a probabilidade de termos uma maior retração do Produto Interno Bruto. A oscilação do mercado e a alta do dólar, além do aumento do preço nas contas rotineiras do brasileiro como água, telefone e energia, pressionaram a inflação e restringiram o poder de compra do consumidor. Em contrapartida, as empresas que desejam crescer não podem ser influenciadas por esse tipo de pessimismo macroeconômico. Ainda que estejamos em um ambiente instável, o planejamento orçamentário precisa partir da premissa do copo meio cheio, que significa aproveitar um mercado inóspito e faturar mais neste mesmo mercado. Planejamento baseado em pessimismo macroeconômico reduz custo e resultado. Existem oportunidades internas e externas, aliás, a crise tem demonstrado ser uma ótima aliada no corte de "gorduras" empresariais e aprimoramento de processos, além de tornar a companhia mais produtiva ao retirar o empresário da zona de conforto. Sair da zona de conforto significa ser melhor, significa aproveitar um mercado que não se está aproveitando e faturar mais neste mesmo mercado, onde o principal indicador se demonstra negativo (lembre-se do lado escuro de um indicador). Para isso, o planejamento precisa partir do que a empresa faz (ou poderia fazer), quais são as atividades principais de geração de valor e fator crítico para se sair bem sucedida.
Geração de valor
Partindo do princípio que o seu planejamento deveria estar baseado em um modelo otimista de cres-
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cimento, é importante focar na geração de valor em cada elemento de sua cadeia. O modelo de Michael Porter, que categoriza cada processo da empresa em gerador de valor ou de suporte, facilita a avaliação de que é realmente vital e do que pode colaborar mais com a visão de futuro por meio de ligações de setores distintos, identificação de gargalos e quais tem potencial de gerar mais valor em toda a cadeia. Como consultor, posso afirmar que cerca de 90% da nossa carteira de clientes crescerão dois dígitos reais em faturamento e EBITDA em 2015, com expectativa de manter o crescimento para 2016 - mesmo com a estagnação financeira. E como essas empresas fazem isso? Elas sabem analisar as atividades que geram valor em sua cadeia ao se apoiarem numa metodologia que gera resultados em cada componente do conceito de Michael Porter. Propomos que empresa crie e avalie os indicadores de valor de cada elo da cadeia de valor e utilize recursos de Inteligência de Negócios (Business Intelligence) para, de maneira efetiva (eficiência + eficácia) saber onde há oportunidades de melhorias, onde reduzir ineficiências inerentes de cada elo, onde aumentar a produtividade interna e onde explorar novas oportunidades de geração de valor. A chamada Inteligência de Negócios (BI), que não é um tema da área de TI e sim de negócios, oferece subsídios para um melhor processo de gestão e tomada de decisão. Com o BI, é possível analisar comportamentos, incidentes, pontos cegos e o lado escuro dos indicadores (quando um indicador se apresenta positivo e há escondido na massa de informações que formaram este indicador ineficiências ou não positividade que prejudicarão o futuro). As dicas podem ser aplicadas em qualquer modelo de negócio e as tecnologias podem ser encontradas com valores acessíveis ou até gratuitos. Ao investir nesses recursos, não deixe de acompanhar todos os processos, desde a coleta de dados, análise, gestão até a aplicação final no ambiente de trabalho.
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MUNDO TEXTIL DENIM VERÃO 2017
Mais Premium que nunca
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Cedro Têxtil adota logomarca “Jeanswear Just Premium” para a divisão Jeanswear e apresenta a coleção verão 17
Para destacar seu posicionamento de fabricante de jeans de qualidade e de alta tecnologia e valor agregado, a Cedro passa a adotar a logomarca “Jeanswear Just Premium” para a divisão Jeanswear. O objetivo é reforçar as características dos produtos que possibilitam, também, a confecção de peças com aparências mais sofisticadas, passíveis de receber inúmeras intervenções, seja no beneficiamento ou em lavagens. “A versatilidade da coleção propicia aos confeccionistas e estilistas maior liberdade criativa e novas possibilidades em termos de design, modelagens e visuais inovadores que diferenciam e aumentam a competitividade das
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coleções”, afirma Oto Arantes, gerente comercial de moda da Cedro Têxtil. Esse posicionamento começou há 8 anos e hoje o denim com maior valor agregado já representa 60% no mix de produtos denim da companhia. A partir desta estação, clientes e profissionais de moda que trabalham com o segmento jeanswear passam a contar também com um site especifico e direcionado para a linha Jeanswear da Cedro (http://jeanswear.cedro.com.br), com amplo conteúdo sobre lançamentos e novidades, informações sobre beneficiamentos e lavanderias, além de dicas sobre tendências e inspirações de moda.
Lançamentos
Para suprir as necessidades criativas do mercado de jeanswear para o Verão 2017, a Cedro aposta em quatro linhas de produtos, cada qual com características e adequação ao tipo de peça a ser confeccionada: “Super Elastic”, de tecidos com potencial de stretch entre 35% e 70%; "Elastic”, de artigos com power entre 20% e 42%; a “Fix”, composta de tecidos rígidos, e a “Flow”, que se caracteriza por tecidos leves. Outra novidade é a ampliação da família de produtos Duo, de artigos resultantes da união do algodão, poliéster e elastano com o fio T400 da Lycra, que proporciona elevado poder de retorno do tecido na peça pronta, baixo percentual de laceamento e minimização dos “joelhos, além de maior sensação de conforto e toque. São eles: Duo Elastic, Duo Elastic Colours e Duo Dark.
Plus size
Ciente da importância do segmento plus size no mercado, a Cedro reservou espaço para esse público em seu editorial de moda, em que aponta as principais tendências, formas e lavagens para a temporada. Por meio da modelo mineira Silvia Neves, Miss Brasil Plus Size 2014, a empresa apresentou peças confeccionadas segundo as ultimas tendências mundiais para o jeanswear, aliadas às características de toque, maciez e alta flexibilidade que o consumidor plus size procura. “Os tecidos super elastizados da Cedro são perfeitos para esse público, permitindo a confecção de peças que prezam pelo conforto, valorizam o corpo feminino e seguem as principais apostas da indústria de moda”, afirma Eduardo Paixão, da equipe de estilo da empresa.
CONFIRA OS LANÇAMENTOS DA CEDRO Super Elastic
Duo Dark - Tingimento Blue Black Sky - Tingimento Indibrily Viggo - Tingimento Pacific Blue Lanai II - Tingimento Azul Acastanhado Athos - Tingimento Ultra Blue Klee - Tingimento Ultra Blue - Trama Preta Charlotte - Tingimento Blue Black - Trama Branca Dominic - Tingimento Blue Black - Trama Preta Pietra - Tingimento Blue Black Seven - Tingimento Ultra Blue Morelli - Tingimento Azul Acinzentado Stella - Tingimento Max Blue Duo Elastic Colors
Elastic
New Asti - Tingimento 24 DIPS Nery - Tingimento Blue Black Belucci Stretch
Fix
Montana - Tingimento Azul Acinzentado Halle II - Tingimento Blue Black Viktor - Tingimento Blue Black Belucci
Flow
Bellini - Tingimento Blue Black e Ultrablue Bellagio - Tingimento Blue Black e Ultrablue
Cristais
A fim de ampliar o leque de opções para seus clientes, a Cedro estabeleceu parceria com o Grupo Preciosa, fabricante de cristais originária da República Checa. No editorial de moda, calças, shorts, tops e casacos receberam aplicações de algumas das 450 mil diferentes tipos de pedras produzidas pela Preciosa. O resultado é um jeans sofisticado, porém de aparência contemporânea, que une a informalidade e descontração do brim com a nobreza e refinamento dos cristais. Durante toda a temporada de lançamentos, a coleção Cedro/Preciosa será apresentada para os confeccionistas e profissionais de moda dos principais polos produtores de moda do País. Além do Grupo Preciosa, a Cedro teve o apoio da Eberle Fashion e NSA Etiquetas e Tags para o desenvolvimento da coleção Verão/2017. O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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MUNDO TEXTIL DENIM VERÃO 2017
DuoCore: superelástico
Hiperflex também para camisaria
Hi Comfort: maciez
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Preview Canatiba Hiperflex, Hi Comfort e DuoCore são as apostas para a temporada
No preview da coleção Verão 2017, a Canatiba apresentou mais de 150 variações dos produtos. Com 98% de algodão e 2% de elastano, o Hiperflex se destaca pela sua elasticidade e é muito indicado para a confecção de shorts e bermudas. Possibilita diversos tipos de lavagens detonadas e efeitos puídos e é indicado para um verão urbano e funcional. Os tecidos de menor gramatura também chegam com força para os cortes de alfaiataria como camisas, coletes e jaquetas, acompanhando as tendências internacionais que apontam para a versatilidade do denim, como protagonista da cena fashion. Com construções em 100% algodão e misturas com fibras de Tencel® e Modal®, oriundas de madeira renovável, em processos de baixo impacto ambiental, 56
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o Hi Comfort também está entre os destaques do verão 2017, e alia resistência com maciez e suavidade.
Tags para linha Duo Core
Fiel a seu compromisso de disseminar a cultura denim, a Canatiba disponibilizará para os seus clientes, a cada 1,30 m de denim Duo Core, uma tag que informa o consumidor sobre as características do tecido com fios Lycra® e Lasting Fit T400®. A aposta no mercado externo, também continua com a previsão de participação em oito eventos internacionais no próximo ano, consolidando a Canatiba Denim Industry, como referência nesse que é um dos segmentos mais competitivos da cadeia têxtil mundial.
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NEGÓCIOS
Visitantes encontraram na feira representantes de 11 países
Plataforma de negócios Internacionalização e intercâmbio na cadeia têxtil marcaram a 3ª edição da GOTEX SHOW
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Realizada de 29 de setembro a 01 de outubro de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, a 3ª edição da GOTEX SHOW - Feira Internacional de Produtos Têxteis reuniu cerca de 100 expositores de 11 países (Brasil, Itália, EUA, México, Peru, Hong Kong, Índia, Taiwan, Cingapura, Bangladesh e China), que apresentaram seu mix de produtos nos segmentos de tecidos, aviamentos, vestuário e produtos para o lar. “A GOTEX SHOW está se tornando, cada vez mais, uma plataforma internacional de negócios, marketing e mídia”, afirmou Pan Faming, diretor-executivo do Comitê Organizador do evento que já tem a próxima edição confirmada para 20 a 22 de setembro de 2016, no Expo Center Norte. Exposição de produtos, lançamentos, palestras e o concurso Novos Designers Brasil (NDB) integram a programação, com a proposta de fortalecer negócios, criar novas parcerias e a cooperação em toda a cadeia têxtil. “O Novos Designers Brasil tem o objetivo de fomentar a parceria destes futuros profissionais com a indústria têxtil internacional, promovendo o intercâmbio com grandes tecelagens e confecções do mundo todo. É um projeto para jovens designers em formação, que pode abrir muitas portas no mercado nacional e internacional”, completou o executivo.
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Expectativas e novos negócios
Quarto maior exportador da América Latina e 15º no ranking mundial, o México participou do evento com o intuito de desenvolver maior colaboração na cadeia têxtil brasileira. “Viemos promover nossos produtos, mas também desenvolver novas parcerias”, declarou José Estévez, conselheiro comercial do México em São Paulo (ProMéxico), para quem o setor têxtil e de confecção é muito importante para seu país. Expositora do evento, a Confecções Finu Fill não só apresentou seus produtos - alças soldadas para sutiã e moda íntima feminina com modelos sem costura, cortadas a laser, como também encontrou um potencial fornecedor de tecidos para substituir o antigo, que havia fechado as portas, conta Antônio Alberto Peres, gerente comercial da empresa Também em busca de novas oportunidades a Maxxibrands, trading company voltada ao varejo de exportações, levou à feira as marcas CajuBrasil, Marcyn, Long Island, Mar Rio e Remo Fenut Camiseiro. Segundo Lucas Bonfim, do departamento de exportação, entre os itens mais procurados pelos visitantes estavam moda praia e fitness, produtos que trazem o design nacional como valor agregado. Os expositores apostaram em novos produtos para ampliar seus mercados. A Ascentex, empresa de Cin- ➤
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Feira de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil
08 a 11 de março das 16 às 22h
Polo CARUARU - PE
FCEM PORTO ALEGRE: (51) 3382.0700 fcem@fcem.com.br FCEM SÃO PAULO: (11) 5589.2880 saopaulo@fcem.com.br FCEM FORTALEZA: (85) 3111.0595 fortaleza@fcem.com.br
Apoio:
Informações:
www.agrestetex.com.br
Empresa Associada:
Realização:
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O MERCADO AO SEU ALCANCE
OPENING NEW BUSINESS OPPORTUNITIES
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NEGÓCIOS
Destaque para o algodão, fibras químicas, tecidos funcionais, mistos,lãs, o linho e o denim
gapura especializada em fios e filamentos, apresentou na feira um lançamento voltado para as linhas praia e moda fitness. “Hoje, nas vendas de viscose e poliéster texturizado, nosso maior mercado concentra-se no Sul e em São Paulo”, destacou Thais Correa, gerente de desenvolvimento de negócios.
Novidades de mais de 100 expositores
Produtos diferenciados, com design e custos competitivos foram o ponto alto do mix apresentado nos estandes da feira. Nos tecidos, destaque para as rendas, o algodão, as fibras químicas, os tecidos funcionais, as lãs, o linho e o denim, além dos materiais trabalhados em bordados, os tecidos mistos e as impressões. Para o segmento cama, mesa e banho, fornecedores de grandes varejistas como Wal-Mart, Target, JC Penney, Kmart, Disney e Babies ”R” Us, entre outros, agradaram o público com cobertores, mantas, tapetes, capachos, roupas de cama, tecidos para mobília, edredons e papéis de parede. A feira também apresentou coleções de moda masculina, feminina, surfwear, moda praia e fitness, infantil e lingerie, além de fios, fibras, aviamentos e acessórios.
Consultoria especializada
Na unidade Sebrae Móvel, o consultor de comércio exterior do Sebrae-SP, Mauricio Golfette, realizou mais de 100 atendimentos, tirando dúvidas de empresários relacionadas às questões de como ingressar no comércio internacional. “Para exportar a empresa tem que se planejar, escolher parceiros, adequar produtos e preços. Esse processo leva no mínimo seis meses,” ressalta. Segundo ele, os principais mercados para o Brasil, nos segmentos têxtil e de vestuário, são os EUA e a Europa, com destaque para moda praia e fitness. Durante as negociações na feira, empresários, lojistas e confeccionistas contaram com o suporte para as questões relacionadas à assessoria em comércio exterior e logística. “Tivemos diversos contatos com pessoas que querem comprar produtos, mas não têm conhecimento em logística, legislação e etc. Pudemos prestar essa consultoria na hora, aqui na feira, para que o empresário pudesse tomar a decisão de imediato, se valia a pena levar aquela negociação à diante”, conta Alexandre Pires, da BR Trade, um dos parceiros do evento.
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Concurso Novos Designers Brasil
Sob o tema “Piratininga: a São Paulo de etnias tão misturadas, a final da 2ª edição do concurso Novos Designers Brasil (NDB) foi disputada por 40 looks. Foram avaliados os quesitos de criatividade, originalidade, conceito, adequação ao tema e à estação (inverno 2016). Cada finalista apresentou uma coleção adulta, composta por quatro looks, além da reprodução de uma de suas criações para a Susi ou o Beto, da Brinquedos Estrela. O vencedor, Francesco Bogarin, 20 anos, aluno do Centro Universitário Anhanguera, se inspirou em “Lavoura das Fronteiras” e levou como prêmio uma viagem de pesquisa de moda para a China. Outro destaque da noite foi a apresentação da designer convidada Jessica Jin, que conquistou a 1ª edição do NDB, inspirada nos índios Karajás e nas fadas dos contos coreanos.
Atualização profissional
A GOTEX SHOW 2015 promoveu uma grade de palestras gratuitas com foco no comércio eletrônico de vestuário, o panorama do e-commerce de moda no Brasil e o impacto do fashion blogging na comunicação das marcas. Entre os palestrantes estavam Jairo Lobo Migues, do Sebrae-SP e Carol Garcia, do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Equipamentos e Tecnologia para o Desenvolvimento, Aquisição e Produção de Produtos para Costura
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NEGÓCIOS
De olho no cliente Fabricantes de máquinas e equipamentos reunidos no Ceará na Maquintex, Femicc e Signs Nordeste apostam na diferenciação, na produtividade e em produtos acessíveis a todos os bolsos
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As feiras “Maquintex - Feiras de Máquinas, Equipamentos, Serviços e Química para a Indústria Têxtil”; “Femicc– Feira de Máquinas para a Indústria Coureiro Calçadista”; e “Signs Nordeste – Feira de Equipamentos e Serviços para Impressão Digital, Sinalização e Serigrafia”, organizadas e promovidas pela FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos e realizadas simultaneamente entre os dias 18 e 21 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, termi-
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naram com visitação de 20 mil profissionais e a realização de bons negócios, mostrando otimismo para o segundo semestre de 2015. A próxima edição já tem data marcada: de 03 a 06 de outubro de 2017. As 800 marcas participantes apresentaram lançamentos com inovação tecnológica para os segmentos têxtil, coureiro-calçadista e de impressão digital, comprovando a importância cada dia maior de inovar em produtos e serviços. Confira alguns deles:
Alpha Sistema Especializada no desenvolvimento de software para confecções, a empresa cearense participou pela segunda vez da Maquintex. Seu carro-chefe é o sistema de gestão empresarial, dirigido à indústria e ao varejo, que pode ser adquirido em módulos ou completo. O atendimento é sua marca registrada: disponibilidade para esclarecer dúvidas dos usuários e auxiliar na solução de problemas.
Audaces Apresentou uma nova versão do Audaces Vestuário, dotando o sistema de funcionalidades como a configuração de variantes dos moldes, que reduz o número de arquivos salvos, já que um mesmo modelo poderá ser guardado com diferentes propriedades de encaixe, tecidos e peças. Divulgou também o Audades Idea, que tem como um dos principais diferenciais a automatização de fichas técnicas, e o Audaces Neocut, máquina de corte automático que atende as normas NR12.
FOTOS ESTANDES: VERA CAMPOS
Barudan Apresentou a linha completa da série X, de máquinas de bordar mais produtivas, de maior velocidade (até 1.200 pontos por minuto) e sem riscos de rupturas de linhas, entre outras inovações, o que possibilita produzir mais com menos funcionários e menos gasto de energia. Há opções que dispensam o uso da entretela, proporcionando toque mais agradável e custo menor, além de dispensar o manuseio por parte de um funcionário. O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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NEGÓCIOS Botões Guaíra Fabricante de botões e miçangas, entre outros produtos, a Botões Guaíra apresentou botões feitos de Corozo, semente originária do Equador, além de outros com matéria-prima natural (cuja utilização está em alta) como coco e madeira. Lançou ainda uma linha de botões baseada em tendências europeias (Espanha e Itália, sobretudo) com sofisticação e personalização nacional. Todos com acabamento a laser, que proporciona características singulares aos produtos. Participando pela primeira vez da Maquintex, a empresa sediada no interior paulista classificou como bom o movimento da feira, apesar do momento recessivo da economia.
J-TEck
Etical Apresentou uma linha de etiquetas produzidas e desenvolvidas a partir de uma nova técnica: um ligamento mescla os fios (fio Lurex) e resulta numa etiqueta mais macia e brilhante – e de menor custo. Por serem produzidas em vários formatos, são indicadas para uso em qualquer tipo de roupa, sobretudo underwear. A empresa trouxe ainda a coleção de etiquetas para o Inverno 16, composta de 32 produtos. 64
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Representante no Brasil da J-Teck Group, fabricante italiana de tintas para sublimação em máquinas de impressão digital, apresentou na feira a tinta J-Cube, econômica por seu elevado desempenho e própria para cabeças de impressão Ricoh e Kyocera; expôs a impressora digital D-GEN G5, de alta produtividade e preços acessível, e as tintas Fluo, para artigos que necessitam de cores diferenciadas.
SOCIO TEC Empresa 100% nacional, a Sociotec apresentou uma tecnologia capaz de costurar bolsos e filigranas com duas agulhas na mesma máquina, alternadamente, proporcionando mais liberdade de criação aos estilistas, que podem colocar mais cor na coleção de calças, bermudas, shorts e saias jeans. Outro equipamento destacado na feira foi a máquina de passar bolso e com formas reguláveis, que oferece maior versatilidade, pois possibilita fazer vários gabaritos de bolso sem a necessidade do operador trocar de máquina.
Oki Data O destaque da empresa foi a impressora C711WT, que pode ser utilizada de forma simples e com custos acessíveis. O modelo possibilita a impressão colorida, além do branco, em vários tipos de mídias, como transfers, papéis coloridos e transparentes, em formato A4 e gramaturas de até 250 gramas. O equipamento é ideal para o segmento serigráfico. Além desse modelo, exibiu em seu estande diversas máquinas dentre seus mais de 30 modelos.
Tajima do Brasil Atuante na área de bordados, a empresa trouxe para a feira a máquina da série TMARK-KC, de maior tecnologia, mais produtiva, de menor manutenção e que proporciona aos usuários opções extra de bordados. Outro destaque foi a máquina TWMXCI501, com laser conjugado e dotada de uma cabeça, ideal para bordados personalizados.
FOTOS ESTANDES: VERA CAMPOS
Silmaq Representante no Brasil de várias marcas internacionais - Siruba (Taiwan), Juki (Japão), M&R (USA), SWF e SunStar (Coréia), Kornit (Israel) e Bullmer (Alemanha), a Silmaq destacou na feira a Linha ECO da marca Siruba, composta de máquinas de costura (overloque, interloque e reta, entre outras) de preço mais acessível, destinadas a quem está ingressando no mercado. Outros produtos expostos foram a máquina de corte automático da Bullmer, o Sistema de CAD da Polytropon e Máquinas de Costura de diversos modelos das marcas Juki, Siruba e SunStar. A empresa elogiou o nível dos visitantes da feira, cada vez mais qualificados. O CONFECCIONISTA SET/OUT 2015
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NEGÓCIOS
Ceará
Os representantes de entidades da cadeia têxtil no evento de lançamento do salão
Moda Contemporânea Maior polo de moda íntima e o quinto maior polo têxtil do Brasil, o estado terá, em abril, o seu Salão Internacional de Moda e Negócios
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Está prevista para 27 a 29 de abril de 2016, no Centro de Eventos do Ceará, a realização da primeira edição do “Salão Internacional de Moda e Negócios: Ceará Moda Contemporânea”, com a participação de indústrias cearenses dos segmentos de moda feminina, masculina, infantil, moda íntima, praia, fitness, acessórios, têxtil e aviamentos. O objetivo é promover e consolidar o Ceará como um dos grandes polos confeccionistas do Brasil, criar visibilidade para as marcas expositoras, estimular vendas a pedido, além de disponibilizar informações e serviços dos expositores para lojistas do Brasil e do exterior. O público-alvo do “Salão Ceará Moda Contemporânea” são os grandes magazines, lojas especializadas, redes atacadistas, formadores de opinião e jornalistas especializados. O evento não será aberto ao consumidor final. No lançamento do evento, em agosto, os cerca de 120 convidados foram saudados pelo presidente da Fiec - Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Beto Studart, que destacou a importância da união dos três Sindicatos representantes da cadeia produtiva têxtil do Ceará (Sindroupas, Sindconfecções e SindiIndhira Pera, Adriano Costa e Ana Flores
têxtil) nessa ação. Studart destacou que a longevidade e representatividade da indústria têxtil cearense - que emprega 70 mil pessoas e representa 7% do PIB estadual - se deve, em grande parte, às novas ideias e propostas das entidades e dos empresários do setor, a exemplo do Salão de Moda e Negócios, lançado em um momento de conjuntura difícil.
Impulso para o mercado
O “Salão Internacional de Moda e Negócios: Ceará Moda Contemporânea” é uma realização da Câmara Setorial do Vestuário, liderada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, através da Adece - Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará , que, a partir de um planejamento estratégico para a cadeia produtiva da moda, identificou a necessidade das confecções terem maior acesso ao mercado. Ou seja, o Salão representa uma ação planejada para impulsionar o mercado e gerar novos negócios tanto no mercado interno como externo. "Nosso produto já é reconhecido mundialmente e o papel da Câmara Setorial do Vestuário é criar uma ambiência apropriada para tornar ainda mais conhecida a nossa produção de alta qualidade", declarou Adriano Costa Lima, presidente da Câmara Setorial do Vestuário. O Planejamento e a Organização do evento está sob o comando da New Stage Produções e Eventos. Nessa primeira edição, o Salão deverá reunir cerca de 100 expositores. Os estandes terão unidade visual e serão valorizados com projetos de paisagismo e cenografia e Espaço Gourmet. O evento terá ainda com Concurso e uma forte estratégia de atração de negócios.
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FOTOS: CHICO GADELHA
Planejamento e Organização
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