Edição 222

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RUI PALMEIRA ENFRENTA PROBLEMAS NA CÂMARA POR DAR APOIO A DEPUTADOS FEDERAIS E DESPREZAR VEREADORES ALIADOS

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ESPECIAL

Estudante de Engenharia cria o “plástico do bem” para reduzir agressão ao meio ambiente 12

Alagoas l 28 de maio a 3 de junho I ano 04 I nº 0222 l 2017

redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br

Cacá Santiago

SEM INFRAESTRUTURA, cidade tem vários pontos de alagamentos, inundações e deslizamentos de barreiras

MACEIÓ DEBAIXO D’ÁGUA


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EXPRESSÃO

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

Cidade de papel M

ais uma semana inteira de chuva na intensidade da precipitação pluviométrico ocorrida nos últimos dias e Maceió será “arrastada pelas águas”. Como se fosse de papel, a cidade se desmancha toda recebe muita água. A responsabilidade pelas inundações é sempre de quem descarta lixo na rua. O cidadão que atira um copo pela janela do carro é o culpado. Muito embora, o poder público diz que há varrição

rotineira e coleta de lixo regular durante toda a semana. Isso enseja as perguntas: As galerias estão entupidas? Não há galerias para esse escoamento? A falta de infraestrutura da cidade fica clara sempre que chove mais do que o esperado. Certamente, não é qualquer “chuvica” que expõe os problemas da cidade. Mas, eles [os problemas] sempre vêm à tona. Nesta época do ano, é natural que as chuvas caiam em grande intensidade. Os

temporais são previstos. Neste período, ano que vem, haverá chuvas fortes chuvas novamente. Ou seja, Maceió será inundada mais uma vez. Isso se nada for feito de prevenção a incidentes – ou tragédias – provocadas pelas chuvas. Este ano, a única prevenção a inundações na parte baixa de Maceió, a Prefeitura fez no escuro. Mirou no que viu a acertou no que não viu: retirou cerca de duas mil toneladas de lixo do leito do Riacho Salgadinho. O carregado pelas águas escoou pelo leito do riacho e se

alojou nas margens das Praias da Avenida e do Sobral. Centenas de toneladas de descarte sólido da mais variada espécie foram parar na areia da praia. Outro grave problema para o qual a Prefeitura de Maceió não se preparou foi para os riscos de deslizamentos de barreiras. Até a última sexta-feira, havia mais de vinte pontos de iminente deslizamento. Em alguns locais, em cima do problema, o órgão responsável por essa prevenção no município cobriu com uma lona preta as

barreiras que ameaçavam cair. Seria o mesmo que mandar uma criança segurar um touro bravo. Felizmente, o serviço de retirada de famílias de áreas de risco feito há alguns anos reduziu a população que morava pendurada nas barreiras. Mas, as pessoas estão voltando e, como a chuva tarda, mas não falha, o poder público deve se antecipar ao problemas e tomar medidas que evitar tragédias com local, data e hora marcada para acontecer.

A organização gerencial do ensino superior: o público imitando o privado? Fabiano Santana dos Santos – Doutor em Serviço Social pela UERJ e Professor Adjunto do curso de Administração da UFAL.

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proposta governamental de expansão e reestruturação das universidades federais iniciado no governo Lula é um marco para o setor. Sua dimensão quantitativa é expressiva, levando as universidades federais à regiões outrora sem qualquer perspectiva de beneficiamento dessa modalidade de ensino, historicamente excluídas dos principais investimentos públicos. Dados do MEC sinalizam que a instalação de campus em localidades remotas proporcionou alterações positivas nas dinâmicas regionais, ampliando as chances de acesso das camadas menos favorecidas. Em Alagoas, tal mudança pôde ser claramente identificada com a expansão e interiorização da UFAL, iniciada em 2006 com a criação do campus Arapiraca.

Todavia, o formato de expansão adotado pelo governo, pautado essencialmente em parcos recursos e elevadas metas quantitativas controladas por mecanismos usualmente utilizados na iniciativa privada, desvirtuaram o propósito central da universidade, criando uma falsa democratização do acesso ao ensino superior que tem resultado em inúmeros e constantes contratempos para a sociedade. A expectativa neoliberal era que um governo eficiente deveria ser capaz de proporcionar segurança ao mercado, tranquilizando os investidores. Assim, as mudanças desencadeadas no serviço público no início do século XX tornam a administração pública brasileira mais autônoma e flexível. Dessa forma, como resultado de diversas reformas administrativas, a partir da década

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

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de 1980, um novo modelo de gestão emerge, introduzindo no serviço público um regime competitivo fundamentado na busca por resultados e no alcance de metas. Sustentada nos pilares da eficiência, eficácia e economia, essa nova forma de gerenciamento do setor público, diferente do modelo burocrático, prioriza o capital, buscando soluções em mecanismos de mercado com foco nos resultados, assemelhando o Estado a uma organização privada regida por regras de concorrência e submetida às exigências do mercado. Com isso, os objetivos iniciais da universidade, relacionados a formação humanística e busca pelo conhecimento, vão sendo desvirtuados, dando lugar a um modelo de educação voltado para objetivos práticos e quantificáveis.

EXPEDIENTE ODiaAlagoas

O que se tem observado é que as novas ferramentas utilizadas na educação superior – contrato de gestão, sistemas de apoio à tomada de decisão, avaliações de desempenho pautadas em dados quantitativos, dentre outras –, com o intuído de suprir as exigências do mercado, têm alterando sobremaneira as relações entre universidade e sociedade. Instituições financeiras, como o Banco Mundial e o FMI, vêm ditando as “regras do jogo” nas nações subdesenvolvidas (ou em desenvolvimento), imponto suas metas em contrapartida aos recursos disponibilizados. Na tentativa de alcançar as metas preestabelecidas, as funções das universidades públicas acabam sendo reduzidas ao gerenciamento de receitas e despesas, deslocando a sua atividade-fim para segundo plano. Com isso,

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Deraldo Francisco Editor-Geral

Conselho Editorial

Aldo Ivo

no intuito de tornar a esfera pública mais eficiente e rentável, essas novas ferramentas impostas pelo Estado não tem contribuído para a melhoria da qualidade do ensino superior. Pelo contrário, no afã de cumprir os alvos estabelecidos pelas políticas públicas, muitas universidades concentraram seus esforços na ampliação das matrículas, elevação da relação aluno-professor e aligeiramento da formação, comprometendo a sua essência. É preciso repensar o formato de universidade que a sociedade necessita. Diante de tantos conflitos éticos vivenciados no país nos últimos anos, o ensino superior deve ser um dos principais responsáveis pela formação humana e científica, capacitando cidadãos não somente para o mercado de trabalho, mas para a vida em sociedade.

Jorge Vieira

José Alberto Costa

Rua Pedro Oliveira Rocha, 424 B - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092


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PODER

DA REDAÇÃO redacao@odia-al.com.br

Recuou

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epois de amargar uma sucessiva queda na popularidade nos últimos meses, o prefeito Rui Palmeira recuou na manutenção da Zona Azul. O desgaste crescente e a falta de amparo legal na medida – que cobrava valores acima do mercado – fizeram com que o tucano recuasse. Além do que, estava ficando cada vez mais complicado explicar a contratação da empresa que controlava o sistema (em papel ou eletrônico) de arrecadação, como mostrou o próprio Ministério Público de Contas.

Tábua de pirulito O secretário Municipal de Infraestrutra, Ib Brêda, não escondeu, na semana que passou, a insatisfação que ficou com o trabalho do antecessor dele. Isso porque o asfalto da cidade simplesmente esfarelou em obras feitas há menos de um ano (período que inclusive coincidiu com o pré-eleitoral) trazendo constrangimento e problemas.

VEREADORES SE QUEIXAM do apoio que prefeito dá a deputados federais

Rui despreza a Câmara para atender “Brasília” Da Redação

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antecipação do palanque montado pelo prefeito Rui Palmeira rumo ao Palácio República dos Palmares gerou-lhe um desgaste gigantesco na Câmara Municipal. Rui já afirmou que “2018 só será pensado em 2018”, mas os vereadores entendem diferente. Para eles, o prefeito está se articulando para a campanha. Há poucos dias, a Câmara aprovou, a pedido de Rui Palmeira, um Projeto de Lei do Executivo, que suprimiu o

Parágrafo Único do Artigo 82 da Lei Orgânica do Município que limitava em 50% o número de cargos comissionados na Prefeitura, comparando-se ao número de servidores efetivos. Desta forma, a Câmara deixou o prefeito à vontade para inchar a máquina administrativa. Havia a expectativa de os vereadores também serem contemplados com estes cargos, mas, pelo andar da carruagem, as intenções do prefeito seriam outras. O entendimento dos vereadores é o de que Rui está prestigiando deputados federais,

em detrimento do apoio aos seus aliados na campanha para prefeito, como forma de garantir aliados para a disputa em 2018. O fato de decidir “governar por decreto” também não agrada à base aliada. “O prefeito precisa entender que, em primeiro lugar, os vereadores da sua base aliada também tiveram dificuldades na campanha por conta de definir de qual lado ficar. No caso, no lado dele. Já que herdamos o ônus, nada mais justo que tenhamos direito ao bônus”, comentou um vereador que pediu para não ser identificado. Pei Fon/Arquivo Secom

Em alta

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O governador Renan Filho cumpriu dentro do prazo prometido a chegada de novos militares na tropa – que tiveram formatura na semana que passou. Com isso, ganhou mais força dentro da corporação, que no último mês comemorou um número recorde de apreensões de arma de fogo e a queda no número de homicídios.

Em baixa O prefeito Rui Palmeira mesmo com o esforço do coronel Ivon Berto não tem conseguido estabelecer uma boa relação com a Guarda Municipal. O tucano já informou que não há previsão em curto prazo para um novo concurso. Fora isso, é grande a reclamação pela falta de equipamentos de segurança.

Liderança Chamou atenção a forma altiva com a qual o prefeito Cláudio Filho conduziu a cheia que desabrigou mais de uma centena de famílias em Marechal Deodoro. Cacau tomou a frente, levou chuva e conversou com as pessoas buscando amenizar a dor das perdas,

Coragem Os sindicalistas alagoanos que foram até Brasília para o protesto do Fora Temer estavam na linha de frente durante o confronto com a Polícia Militar. A bandeira de Alagoas, inclusive, tremulava nas imagens vistas em todo o país. Dirigentes dos Urbanitários, da Fetag, da Unidade Popular e do MST estavam entre os mais inflamados.

Sintonia Renan Filho tem feito um trabalho de boa parceria com os setores produtivos. Isso explica sua presença confirmada no evento que marca a passagem do Dia da Indústria nesta segunda pela manhã na Fiea. Na semana que passou, ele esteve em outro evento com o presidente da Associação Comercial, Kennedy Calheiros, avaliando o avanço na competitividade da economia alagoana.

Engajamento O deputado federal JHC tirou a semana para disparar ataques contra o presidente Michel Temer (inclusive dando entrada a um pedido de impeachment) e ao prefeito Rui Palmeira, especialmente pela suspensão da Zona Azul. O que chama muita atenção é o alto número de curtidas que o jovem parlamentar recebe.

Na abertura dos trabalhos da Câmara, Rui foi agradecer o apoio dos aliados; hoje, a conversa é diferente com eles

“Loteamento” das secretarias está incomodando O vereador disse ainda que, da forma como Rui Palmeira rateou as secretarias para deputados federais e seus novos aliados, não restou espaço para eles. O “espaço” a que o vereador ouvido em “off” pela reportagem se refere à abertura de cargos para pessoas ligadas aos vereadores eleitos que apoiaram Rui Palmeira na campanha eleitoral passada. Conforme o vereador, o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) está com as Secretarias do Trabalho e Abastecimento e de Esportes. Thomaz Nonô (DEM) ficou com a Secretaria Municipal de Saúde. “O Nonô não abre espaço para nenhum vereador. A não ser que seja aliado dele, já que ele vai disputar um cargo eletivo no próximo ano”, comentou o vereador. A Secretaria de Infraestrutura e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estariam na cota do deputado federal Maurício Quintella (PR), no exercício do cargo de ministro dos Transportes. Dois gestores destas pastas sairiam candidatos a deputado estadual dessas

pastas. Uma delas seria Ib Brêda, vereador eleito mas que está no exercício do cargo de secretário municipal de Infraestrutura. O vice-prefeito Marcelo Palmeira – que pode ir para a disputa a deputado estadual, dependendo da decisão de Rui Palmeira para o Governo – não larga a Secretaria Municipal de Esportes. “Sobrou a Secretaria de Educação, mas, a maioria do pessoal é concursado e não há como um vereador entrar ali”, disse a fonte. Sobre as outras secretarias, o vereador disse que não há interesse. “Se os deputados federais não querem, a gente também não quer”, comentou. Nessa preferência pelos deputados federais e novos “aliados fortes”, Rui Palmeira estaria deixando de fora antigos parceiros na Câmara. “Se isso está acontecendo com os vereadores antigos, o que será dos novos?”, questionou o vereador. ZONA AZUL: O NÓ Na semana passada, os vereadores reclamaram do fato

de Rui Palmeira querer governar por decreto, sem ouvi-los. O nó da questão foi a Zona Azul que ele instalou no Stella Maris. Os vereadores receberam centenas de reclamações e pressionaram o prefeito a ouvi-los, antes de tomar este tipo de atitude. Por recomendação do Ministério Público de Contas (MPC), a Prefeitura desistiu – por enquanto – da Zona Azul naquela região. Após ouvir os seus “articuladores políticos”, Rui enviou à Câmara para apreciação, o Projeto de Lei que institui o “Domingo é Meia”. Essa foi uma das principais bandeiras da campanha política que lhe rendeu o segundo mandato. A perspectiva é de que esse projeto passe mais tempo do que o habitual para ser aprovado na Câmara. Isso é essencial para que a Prefeitura de Maceió encontre uma forma de custear essa meia passagem. Dois lados já disseram que não podem fazer isso: os empresários do setor de transportes urbanos por ônibus e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).


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COTIDIANO

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TEMPO RUIM EXPÔS a falta de infraestrutura da cidade e de ações preventivas capazes de evitar inundações nos bairros

Da Redação

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astou menos de uma semana de chuvas para Maceió revelar suas fragilidades diante das precipitações pluviométricas. Apesar de ser a capital e de alardear obras de saneamento utilizando montantes vindos do governo federal com contrapartidas ínfimas da municipalidade, a cidade não possui um sistema de drenagem eficiente. Benedito Bentes, Dubeaux Leão, Santos Dumont, Bebedouro, Fernão Velho, vários trechos do Tabuleiro do Martins, Farol, Cambona, Serraria, Jatiúca e Pajuçara ficaram intransitáveis. Herança maldita das gestões passadas? Até poderia alegar o poder público, não fossem dois pontos críticos terem sido alvo de obras recentes da administração Rui Palmeira: os bairros da Santa Lúcia e de Jacarecica. No segundo semestre de 2016, a principal via da Santa Lúcia, a Avenida Manoel Afonso de Melo, foi inaugurada às pressas, antes da campanha eleitoral, sem estar totalmente concluída. A Prefeitura teria feito os ajustes ditos necessários depois mas, na prática, bastou ter a primeira quadra chuvosa para ficar bem claro que a obra de drenagem não garantiu o escoamento da água das chuvas como deveria acontecer. “Pense no desespero. A gente pensa que vai ficar tudo tranquilo, já que a prefeitura fez essa obra aqui, mas teve foi mais transtorno (sic). Foi muita água entrando nas casas, água empossada na rua, não tive nem como sair de casa, meus meninos não puderam nem ir para a escola”, reclama a dona de casa Maria Antônia Lima. A comerciária Camila Aquino mora no Sítio São Jorge e trabalha em Jacarecica e para se deslocar para o trabalho costuma fazer o trajeto de bicicleta, mas teve buscar que outra alternativa. “Estes dias foram de sufoco. Tive que ir trabalhar de ônibus, porque a Avenida Pierre Chalita teve deslizamentos de barreiras e está lama pura, não tem como passar de bicicleta. Tanto tempo e a Prefeitura não fez absolutamente nada ali. Teve requalificação da orla, obra pra todo lado, mas a contenção

na Pierre Chalita nada. É um absurdo”, assinala. O tráfego pela Avenida Pierre Chalita estava prejudicado desde o final de semana, mas ficou intransitável na tarde da terça-feira (24), quando uma barreira deslizou e a lama tomou conta da via, que liga a Serraria à Jacarecica. A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) foi procurada pela reportagem de O DIA Alagoas, mas disse que a atribuição de desobstrução de galerias e limpeza das vias em função das chuvas da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra). Em nota, via Assessoria de Comunicação, a Seminfra informou que o serviço de desobstrução de galerias é uma rotina no órgão, independentemente do tempo. “Com as chuvas, o material sólido e o lixo descartado nas ruas obstruem as galerias, impedindo o escoamento da água e provocando alagamentos em diversos pontos da cidade. Desde o último domingo [dia 21], as equipes do órgão intensificaram os trabalhos pela capital realizando desobstrução em diversos pontos. Entre os locais trabalhados estão a Praça Lions e Praça Manoel Duarte, na Pajuçara, a Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros, a antiga Amélia Rosa e pontos no Benedito Bentes”, pontua a nota. Sobre a Pierre Chalita, a Seminfra informa que os problemas decorrem de falhas na execução da obra, inaugurada em junho de 2012. A Seminfra esclarece ainda que “todos os problemas detectados na Pierre Chalita foram encaminhados ao Ministério Público”. “A Seminfra tem feito manutenções periódicas na região e estuda a elaboração de um projeto para a avenida”, diz a nota. “Já na Rua Manoel Afonso de Melo, no bairro de Santa Lúcia, a coordenação de drenagem da Seminfra vai enviar uma equipe até o local para avaliar e tomar as providências cabíveis”, continua a nota. Ou seja, a Prefeitura admite que nenhum representante esteve na localidade para verificar o problema, mesmo depois de uma semana de chuvas intensas e de centenas reclamações nas emissoras de rádio, televisão e redes sociais.

Fotos: Cacá Santiago

Uma semana de chuvas e transtornos em Maceió

No Farol, a Avenida Comendador Palmeira ficou mais uma vez intransitável; chuvas inundaram ainda áreas do Cepa

Em Maceió, ocorreram 27 quedas de árvores Além da fragilidade no sistema de escoamento de água, também ficou evidente que Maceió não tem um trabalho preventivo diante das chuvas. Prova disto é a quantidade de árvores que caíram somente na semana passada: 27. “Uma árvore saudável raramente cai em função de uma chuva. Geralmente, isso acontece com árvores que estão doente, com raízes e troncos comprometidos, o que dá para detectar com uma análise simples. Trabalho preventivo evita grandes prejuízos”, garante o biólogo Alessandro Silva. Dos 27 casos, três chamaram a atenção por causa do porte das árvores. Uma árvore de grande porte caiu

na Rua Ladislau Neto, Centro de Maceió, na madrugada do domingo, dia 21, ficando atravessada na via e impossibilitando a passagem de veículos. Os galhos atingiram o muro e o portão de um estacionamento, que ficou parcialmente destruído. Edvard Ataíde, dono do estacionamento, diz que já havia pedido ajuda à Defesa Civil, uma vez que já era visível a fragilidade da árvore. “As árvores já estavam rachando o chão, são muito antigas. Tive um baita prejuízo, só não foi maior porque aconteceu no domingo, dia em que o comércio é fechado”, destaca. Na segunda-feira, dia 22, outra árvore de grande porte caiu sobre o carro do policial militar José Leite, um Voyage

prata, e uma barraca na Praça da Cadeia, derrubando um poste e ferindo uma comerciante, identificada como Edna. A queda da árvore acontece enquanto o policial saiu do veículo para pagar uma conta na casa lotérica. A mesma sorte não teve a vendedora, que teve ferimentos no braço e acabou socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Trapiche da Barra. Na terça-feira, dia 24, uma árvore caiu sobre um Renault Sandero branco, com placa de Salvador (BA), que estava estacionado na Rua Antônio Magalhães, Stella Maris, ao lado do Corredor Vera Arruda. Felizmente não havia ninguém no interior do veículo.

Na Avenida Senador Rui Palmeira, o Dique-Estrada, o córrego transbordou; região foi tomada pelas águas sujas


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MERCADO

Notícias de Valor

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Serivaldo Araújo mercado@odia-al.com.br

Janot quer ouvir Temer, Aécio e Loures

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procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar o depoimento do presidente Michel Temer, do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), também afastado do mandato. As diligências foram solicitadas nos inquéritos a que os acusados respondem na Corte, a partir das delações da empresa JBS. Na manifestação,

enviada ao ministro Edson Fachin, relator do processo, o procurador também defendeu a validade das gravações entregues pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, que gravou conversas com Temer, Aécio e Loures. No caso do presidente, cuja defesa contestou a validade dos áudios, a PGR sustenta que Temer não negou o encontro com o empresário, no Palácio do Jaburu. Janot citou os pronunciamentos feitos por Temer. Janot também afirmou

Petrobras reduz preços de combustíveis A Petrobras anunciou na quinta-feira passada, dia 25, a redução dos preços nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel. Em comunicado, a estatal explicou que a concorrência com combustíveis importados motivou a redução dos preços. Segundo a estatal, a importação de gasolina por terceiros para o mercado interno cresceu de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril. O aumento é de 74,6%. Na nota, a Petrobras ressalta que há “previsão de manutenção em torno deste nível em maio”. Já a importação de diesel saiu de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril, alta de 43,8%. Conforme a empresa, a previsão é que o volume de diesel importado passe de 1 milhão de metros cúbicos em maio. Nos cálculos da estatal, se o reajuste for inteiramente repassado ao varejo, o diesel poderá ficar 2,2%, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média, mais barato para o consumidor final. Já o preço da gasolina nas bombas dos postos poderá cair 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média. O reajuste anterior de preços tinha sido anunciado pela Petrobras em 20 de abril. Naquela ocasião, os preços do diesel e da gasolina nas refinarias subiram 4,3% e 2,2%, respectivamente.

Itaú revê previsão para a Selic O Itaú Unibanco alterou sua projeção para a taxa Selic de corte de 1,25 para 1,00 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que acontece nesta semana. A instituição também modificou a expectativa para o nível dos juros no fim deste ano de 7,50% para 8,0%. Em relatório, o economista-chefe Mário Mesquita cita que por causa do expressivo aumento da incerteza quanto à aprovação das reformas espera declínio dos juros para 10,25% neste encontro, a despeito do ambiente favorável para inflação. O banco estima que as projeções para inflação do Banco Central para 2017 e 2018 poderão sofrer um leve recuo em 2017 e 2018. Na percepção do Itaú, o aumento de incerteza decorrente dos eventos políticos recentes representa um choque com efeito potencialmente recessivo e também inflacionário para a economia brasileira.

Mulher de Joesley Batista é afastada da TV Ticiana Villas Boas, mulher do empresário Joesley Batista, não vai mais apresentar a terceira temporada do reality show Bake Off Brasil, que o SBT exibirá no segundo semestre deste ano. Ela será substituída pela chef em confeitaria Carol Fiorentino, que foi jurada do programa nas duas primeiras temporadas. A decisão de afastar Ticiana da competição de confeiteiros partiu do SBT, mas teve o aval da jornalista. Temia-se que ela pudesse ser hostilizada por telespectadores ou rejeitada por anunciantes. Ticiana e a família estão fora do país.

Presidente do BNDES renuncia

A economista Maria Silvia Bastos Marques renunciou na sexta-feira, 26, à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ela alegou razões pessoais para entregar o cargo. A renúncia da executiva acontece após o BNDES virar um dos alvos de investigação da Polícia Federal. A operação Bullish investiga irregularidades no repasse de 8 bilhões de reais do BNDES para a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. No início de maio, o site da revista Época havia apontado em nota da coluna Expresso, sem citar fontes, que Temer teria dado prazo de três meses para Moreira Franco substituir Maria Silvia. A presidente do BNDES estaria sendo alvo de reclamações ostensivas de empresários que a acusam de fechar o caixa do banco estatal, segundo a revista. Em conversa gravada, o empresário Joesley Batista se queixou da atuação de Maria Silvia ao presidente Michel Temer. “Está bem travado. Com quem que a Maria Silvia está falando”, disse ele. Ela também era criticada por funcionários do BNDES por não ter feito uma defesa mais efetiva dos colaboradores da instituição em relação às investigações da PF. Na avaliação de Adeodatto Volpi Neto, estrategista-chefe da Eleven Financial Research, o pedido de demissão de Maria Sílvia Bastos Marques da presidência do BNDES já era esperado. A saída da economista mostra claramente o enfraquecimento do governo de Michel Temer.

que Temer fez uma “confissão espontânea” durante os pronunciamentos públicos realizados após o escândalo vir à tona, ao admitir o encontro, à noite, com Joesley no Palácio do Jaburu, o diálogo sobre possível corrupção de juízes, diálogo sobre a relação de Joesley com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e o fato de Temer ter indicado o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures para tratar de temas com o empresário.

Renan: “Temer não tem para onde ir” O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considera difícil a situação do presidente Michel Temer no governo. “Diziam que a [ex-presidente] Dilma [Rousseff] não tinha para onde ir, e o [presidente Michel] Temer não tem para onde ir”, disse Renan a aliados, segundo parlamentares que participaram do jantar da bancada na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em Brasília. No encontro, alguns senadores teriam reclamado da pressão feita pelo Palácio do Planalto pela aprovação da reforma da Previdência. A avaliação é de que a cúpula do governo, o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) por não “depender” do voto popular, não “entende” a situação dos congressistas. “É terrível o que querem impor ao Congresso. O povo não quer [as reformas] e os congressistas vivem de voto. Estão propondo suicídio político”, avaliou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Uso da Força pelo poder A decisão do presidente Michel Temer de convocar o uso das Forças Armadas em Brasília por um período de sete dias é uma medida exagerada e movida por uma estratégia política para se manter no poder, de acordo com a opinião de analistas políticos e advogados constitucionalistas.

JBS elegeu 1/3 do Congresso O dinheiro da JBS ajudou a eleger 1 em cada 3 dos integrantes da Câmara e do Senado. O grupo foi o principal financiador privado de candidatos na eleição de 2014. Entre os documentos que os delatores da JBS entregaram à PGR, consta uma lista com 166 nomes dos beneficiados.

Aliados dizem a Temer que não dá p’ra ele ficar Liderados pelo PSDB, partidos aliados ao PMDB na sustentação do governo de Michel Temer consideram que o presidente perdeu as condições de ficar no cargo, e já fizeram chegar a ele essa avaliação de forma reservada.

Risco de Temer cair é de 70% A consultoria norte-americana de risco político Eurasia estima uma probabilidade de 70% de o presidente Michel Temer cair, acima dos 20% estimados desde dezembro do ano passado. O cenário mais provável é que a saída do peemedebista do governo ocorra “rapidamente”, de acordo com relatório divulgado pela consultoria.


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MERCADO

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FUNDO ALAGOANO DE PARCERIAS foi discutido durante a primeira edição do Fórum Alagoano pela Competitividade

Fazenda quer destravar PPPs Felipe Miranda Secom

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secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, participou do primeiro Fórum Alagoano pela Competitividade. Promovido pelo Movimento

Alagoas Competitiva (MAC), o encontro teve como principal objetivo o debate sobre ações de negócio e gestão que possibilitem o crescimento econômico de Alagoas. Na ocasião, Santoro apresentou o Fundo Alagoano de Parcerias (FAP), iniciativa que pretende destravar as Parcerias Público-Priva-

das (PPPs) em Alagoas. Resultado de estudos realizados desde o início da atual gestão, o FAP já se encontra em tramitação no Congresso Nacional. “O projeto que enviamos para a assembleia vai alavancar as PPPs no Estado e, também, as concessões públicas. Vai permitir que o Estado

forneça garantias para esses projetos, dando segurança jurídica para que os empresários participem mais dos projetos”, explica Santoro. As PPPs são contratações ou parcerias de longo prazo feitas pelo Poder Público com algum ente particular capaz de fornecer infraestrutura e dispo-

nibilizar serviços para aumentar a qualidade das prestações de serviços públicos. O Fundo Alagoano de Parcerias terá autonomia administrativa e financeira para a gestão dos próprios recursos. A empresa Alagoas Ativos S/A será a responsável pela gestão do negócio.


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ARAPIRACA

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DAS 36 LICITAÇÕES feitas no final da gestão passada, apenas metade saiu do papel; quatro escolas sequer puderam iniciar as aulas

Teófilo herda caos na Educação em Arapiraca R

achaduras, infiltrações nas paredes, água e energia cortadas, fossas entupidas e estruturas prestes a desabar. Essa foi a realidade encontrada pela atual gestão em várias escolas da rede municipal de Arapiraca. Se por um lado a grande mídia destacava Arapiraca como uma das cidades que mais se desenvolviam no Brasil, a Educação municipal caminhava a passos lentos e na contramão desse suposto desenvolvimento. Somente nos primeiros meses deste ano, quatro escolas não puderam, sequer, iniciar o ano letivo e tiveram que ser interditadas devido ao comprometimento estrutural. Em quatro delas (Pontes de Miranda, Tibúrcio Valeriano, Ana Rita e Creche Deusdeth Barbosa) os laudos exigiam a interdição e evacuação

imediata sob o risco de desabamento iminente. O fato curioso é que no final da gestão passada foi realizada uma licitação para a reforma de 36 unidades escolares, mas, desse total, apenas dezoito passaram por reforma e dez delas continuam apresentando problemas sérios na estrutura, alguns deles evidenciados nas últimas chuvas, onde essas unidades ficaram inundadas por conta de defeitos na estrutura do telhado. De acordo com Mônica Leônia Pessoa, secretária de Educação de Arapiraca, o Município está em processo de distrato contratual com as empresas responsáveis pelas reformas. “Iremos fazer uma nova licitação e contratarmos empresas que possam realizar um trabalho de qualidade, assim como corrigir as falhas”, frisou. Após a interdição das

escolas, a Prefeitura alugou dois prédios para acomodar os alunos. O contrato foi fechado, a mudança feita e aí que surge outro problema: a água e a energia estavam cortadas. Coincidentemente, o antigo inquilino era a própria Prefeitura que, no final do ano passado, entregou os prédios e não pagou os débitos com Casal e Eletrobrás. Resultado: a conta sobrou para a atual gestão. MERENDA O fornecimento da merenda escolar também vem sendo outro obstáculo enfrentado pela atual gestão, que no primeiro dia de janeiro já devia R$ 203.216,57 junto aos fornecedores, débito deixado pela gestão passada. De acordo com Mônica, parte da dívida já foi paga e a Secretaria Municipal de Educação busca estabelecer a descen-

tralização da merenda escolar que, até o mês de maio vinha sendo fornecida com o saldo da gestão anterior. A nova licitação já foi realizada e a merenda está garantida para 2017. ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL A secretária Mônica Pessoa lamenta ainda que as escolas de tempo integral não funcionavam como deveriam e que o período integral existia apenas na nomenclatura. Segundo ela, como as escolas não comportavam o número de alunos matriculados, as aulas aconteciam normalmente no período da manhã e as turmas se revezavam em dias alternados no período da tarde. “De fora tínhamos a Educação em Arapiraca era bem estruturada e organizada, assim como era amplamente divulgada na mídia. Hoje, infelizmente, nos deparamos com uma grande farsa, uma propa-

ganda enganosa”’, lamentou a secretária. Na leitura do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), nas séries iniciais o segundo maior município de Alagoas ficou em 15ª posição no Estado, empatado com municípios bem menores, a exemplo de Batalha e Boca da Mata. Já nas séries finais, Arapiraca ficou posicionada em 12° lugar, empatada com Ouro Branco e Taquarana. “Não queremos fazer uma administração olhando para o retrovisor, mas é necessário relembrar que os problemas herdados são muitos e vêm atrasando todo o nosso planejamento. Vamos vencer cada um dos obstáculos e com o apoio e empenho de toda a equipe lutarmos por um ensino de qualidade, com melhorias na estrutura e a valorização do servidor”, finalizou.


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SAÚDE

PODERGrisalho Francisco Silvestre silvestreanjos@bol.com.br

Culpa de quem?

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urpresos pela pouca quantidade de pessoas que tomaram a vacina de combate à gripe, não alcançando uma taxa preliminar favorável ao estipulado pelo Governo, no intuito de evitar uma epidemia no próximo inverno, técnicos e demais responsáveis da saúde pública da campanha de vacinação, entram em pânico à procura de determinar de quem é a culpa pelo fracasso. O fato não acontece pela primeira vez e não me lembro de uma campanha preventiva de combate à gripe que tenha sido alvo de uma onda de repulsa. Desde 1999, ano em que houve o lançamento da campanha, na ocasião exclusiva só para idosos, que há resistência. Só que nos governos passados, Municipal, Estadual e Federal, os olhares foram mais atentos e responsáveis, no quesito motivação, conscientização e comprometimento social.

Vem de longe

O nosso povo detém uma referência histórica quando o assunto é prevenção vacinal e a sua saúde. Em 1904 houve a Revolta da Vacina com o povo do Rio de janeiro saindo às ruas para conflitar e não tomar a vacina imposta pelo Governo Federal no combate à varíola. E no decorrer dos tempos os determinantes culturais das baixas taxas de analfabetismo aliado aos jeitinhos dos chás caseiros e a da automedicação vem protagonizando embates imaginários. Além disso, mesmo entre os profissionais de saúde, quando se fala em vacinação, habitualmente se pensa na população infantil, porque culturalmente “vacinação é coisa de criança”. Portanto, orientar vacinação para adultos em geral não faz parte da abordagem rotineira da assistência à saúde nessa faixa etária e para não ser infantilizada, a maioria dos idosos não possui caderneta de vacinação.

Expectativa

Com um registro pouco inferior a 55% (taxa aferida no dia 24 de maio) do público alvo a ser vacinado em todo Maceió e com encerramento da campanha previsto para o dia 26, data da redação desta nota, espera-se que a Secretaria Municipal de Saúde decrete a prorrogação da campanha. Isso seria uma atitude governamental no mínimo respeitável e reparadora da falta de comprometimento municipal. Uma vez que as reclamações por falta de vacinas nos postos de saúde foram constantes e efetivas. A falta de propaganda com chamadas convocatórias para o grupo de risco tomar vacina se contrapõe ao número de publicidades veiculadas em jornais e TV das obras e serviços da Prefeitura de Maceió.

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

EM ARAPIRACA, fisioterapeuta e psicóloga promovem reuniões multitemáticas

Projeto faz resgate da autoestima das mães Anne Caroline Bomfim Especial para O DIA

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gestação é um período importante na vida de qualquer mulher e promove mudanças corporais e psicológicas que abarcam o seu cotidiano. Neste mês das mães, duas profissionais de Arapiraca realizam encontros semanais para possibilitar um ambiente de acolhimento e fala para elas. “Cuidando de Quem Cuida” é um projeto inovador que objetiva fazer com que a mãe retome para si papéis importantes para a sua felicidade que foram deixados de lado por conta da maternidade. Os assuntos discutidos estão relacionados à gestação e debatem a importância de olhar para mãe sob uma perspectiva diferente, afinal, para auxiliá-la em sua plenitude precisamos entender as suas necessidades, sem julgamentos ou críticas. Além disso, o objetivo também é proporcionar reflexão sobre a importância do

corpo e da mente, que precisam estar em equilíbrio. Entretanto, se sentir plena não é ter o corpo perfeito, mas é estar bem emocionalmente. A primeira edição “piloto” do projeto ocorreu em abril com pacientes mães que fizeram tratamentos estéticos com a fisioterapeuta dermatofuncional Michele Araújo e produziu resultados surpreendentes. Os encontros da próxima turma acontecerão neste mês de maio, a partir do dia 30. Para tanto, serão realizadas quatro sessões – uma por semanacom duração aproximada de duas horas. O público-alvo são mães da cidade de Arapiraca. Além de Michele, a equipe também é composta por Karen Nicoli, psicóloga. Em conjunto, elas formataram módulos de tratamento. O 1º encontro (“Maternidade”) discute temas como expectativas, desejos, alegrias e medos relacionados a maternidade. A 2ª reunião (“Mulher”) visa discutir a relação da mãe com o seu corpo, autoestima e relações afetivas. Já o “Espe-

lho, Espelho Meu: quem é essa mulher que não parece ser eu?” trabalha corpo e bem-estar com o objetivo de ajudar as participantes a buscar uma silhueta saudável, que não necessariamente é o corpo perfeito. O último encontro, intitulado “Quem olha para o passado vive com saudade. Quem olha pro futuro vive com ansiedade. Quem olha pro presente vive” encerra o projeto com dinâmicas em grupo, avaliações sobre as atividades realizadas e traz à tona as reflexões feitas ao longo dos encontros. PARTICIPAÇÃO O programa é oferecido sem custo para a mãe que iniciar qualquer tratamento com a fisioterapeuta no mês de maio. Ela é especialista em tratamentos corporais, gordura localizada, flacidez, estria, celulite e diástase abdominal. Michele Araújo é a única profissional de Alagoas e uma das duas únicas do Nordeste capacitada através do método Hipopressivo.

Inverno e outros cuidados

Todos nós sabemos que a vacina é primordial para passarmos uma estação como o inverno, tranquilo e favorável à nossa qualidade de vida. Na edição anterior deste semanário, nesta mesma coluna, nós disponibilizamos alguns e importantes cuidados que devemos ter, como: atividades físicas, nutrição, vestimentas, hipotermia, controle de bebidas e exposição ao frio. Nesta edição trouxemos mais alguns. E um dos mais importantes são o cuidado e higienização das mãos. Porque elas podem ser uma das principais vias de transmissão de gripes e resfriados. O uso das mãos vai desde pegar num trinco de porta, na boca ao tossir, até assuar o nariz. A automedicação também é outro agravo. Segundo alguns especialistas, a automedicação pode mascarar doenças mais graves e dificultar um diagnóstico preciso pelo médico, caso tenha persistência de sintomas.

NINGUÉM LIGA

Poucas pessoas ficam alerta e se preocupam em uma mudança doméstica dos móveis antes do inverno por precaução de mofo e com a lavagem das roupas tradicionais que estão em desuso, e que serão utilizadas na estação friorenta. Fora do modismo os casacos de frio e lenções especiais de aquecimento passam uma boa temporada guardada e podem acumular diversos e variados agentes. Com também a chuva predomina e as sempre estão alagadas é bom está sempre de bota ou botinas e não calçados rasteiros. Se por acaso molhar os pés, urgentemente, enxugá-los e aquecê-los, principalmente as pessoas de idades avançadas que tenham ou não diabetes. Saber onde pisa ou evitar passar em laminas d’águas, por mais que sejam transparentes, é uma ótima prevenção.

Gripe e resferiado

Algumas pessoas não conhecem as diferenças entre as infecções respiratórias e acabam fazendo uso da automedicação, ou mesmo fazendo uso dos chás populares e piorando ainda mais sinais e sintomas acometendo em problemas sérios que precisem de cuidados médicos. O ponto comum é que ambas as infecções respiratórias são causadas unicamente por vírus que circulam nesta época. O resfriado dura mais ou menos quatro dias e tem como principal sinal a coriza. Também pode haver queixa de obstrução nasal, tosse, espirros, dor de cabeça, dor de garanta e febre baixa. Já a gripe costuma durar mais de uma semana. Além dos sintomas do resfriado, causa febre alta, dores pelo corpo todo e fadiga.

CNA E EMBRAPA REALIZAM WORKSHOP DE CAPACITAÇÃO DO PROJETO “FORRAGEIRAS PARA O SEMIARIDO”, COM A PARTICIPAÇÃO DE ALAGOAS

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizaram no período de 23a25/05, em Campo Grande (MS), um workshop de preparação de técnicos e supervisores do projeto “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”. A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto CNA (ICNA) em parceria com a Embrapa Caprinos e Ovinos, prevê uma série de ações que irão permitir o desenvolvimento, por meio de pesquisas de campo, de forrageiras resistentes à seca e sua implantação no Nordeste e no Norte de Minas Gerais. Foram capacitados os profissionais que atuarão nas 12 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) do projeto nestas regiões. A programação terá palestras, apresentações institucionais e visita técnica a uma URT da Embrapa Gado de Corte, referência em trabalhos de pesquisa voltados para espécies forrageiras adaptadas para alimentação do rebanho bovino. Em Alagoas, o projeto serácoordenado pela Federação da Agricultura/AL, no Parque de Exposições Mair Amaral, no município de Batalha, numa área cedida pelo governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura, e será conduzido pelo técnico Alexis Wanderley (zootecnista) e supervisionado pela técnica do SENAR/AL Luana Torres (agrônoma), que participaram do workshop de capacitação. “Esse projeto é de grande importância para Alagoas, principalmente para a região semiárida, visto que o seu objetivo é desenvolver forrageiras que resistam à estiagem. Nesses dois anos, tudo faremos para que o projeto alcance o sucesso desejado, ou seja, que num futuro bem próximo atendaàs necessidades dos produtores que convivem com a seca”, disse Álvaro Almeida, presidente da Federação da Agricultura/AL.

Programa de Incentivo à Produção de Grãos em Alagoas - 2017

No dia 22 de maio, foi realizada na sede da Faeal,a 6ª reunião do Programa de Incentivo à Produção de Grãos de Alagoas - 2017. Na oportunidade, foram discutidos vários assuntos referentes ao programa. O coordenador da comissão, Hibernon Cavalcante, superintendente da Seagri/AL, ressaltou que é um compromisso do governador Renan Filho e do secretário de agricultura, Álvaro Vasconcelos, que esta oportunidade de diversificação de culturas seja implantada com todas as condições necessárias ao crescimento da agricultura alagoana. Na reunião, foram finalizados os preparativos da implantação das áreas experimentais e demonstrativas, com estas culturas,nos municípios de Porto Calvo, Atalaia, Campo Alegre, Junqueiro e Arapiraca. Os interessados em produzir grãos em Alagoas, poderão participar das reuniões, que acontecem às segundas-feiras, a partir das 14h, na sede da Faeal.

CURSOS DA SEMANA (28/05 A 3/06/2017)

SENAR/PREFEITURAS: Informática Básica, em Major Izidoro. SENAR/SEBRAE: Programa Sertão Empreendedor (Módulo Alfabetização de Jovens e Adultos), em Poço das Trincheiras. SENAR/SEPREV: Irrigação Agrícola, em São Miguel dos Campos. SENAR/SINDICATOS: Eletricista Rural, em Porto Calvo e São Miguel dos Campos; Informática Básica, em Teotônio Vilela e Piaçabuçu; Informática Básica (móvel), em Viçosa; Alfabetização de Jovens e Adultos, em Arapiraca, Porto Calvo, Jundiá, São Luís do Quitunde, Santana do Ipanema, Estrela de Alagoas, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Mata Grande e Igreja Nova; Plantas Medicinais, em Palmeira dos Índios; Programa Especial Saúde da Mulher e Programa Especial Saúde do Homem, em Viçosa; Programa de Inclusão Digital Rural, em Palmeira dos Índios. SENAR/USINAS: Administração Rural (JAA), Segurança no Trabalho, Educação Ambiental e Mecanização Agrícola (JAA), na Usina Seresta (em Teotônio Vilela).


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ESPORTES

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FEDERAÇÃO ALAGOANA DE FUTEBOL tem a chance de subir no ranking da CBF e se aproximar dos gigantes da bola

Alagoas de chuteiras: serão 100 dias em campo Marcelo Alves Repórter

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lagoas deverá entrar em campo em mais de 100 partidas de campeonatos de futebol promovidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Vestido com a camisa do CRB, o estado disputará 38 jogos pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Já pela Série C, muda de uniforme. Na Terceirona nacional, usará os materiais esportivos do CSA, em alguns duelos, e o do ASA em outros. Pela Série D também serão dois “ternos”: do Coruripe e do Murici. Ainda tem tempo para mudar de vestimenta e usar a camisa da UDA, que está no Brasileirão de Futebol Feminino da A2. Com a camisa do CRB, o estado alagoano tem 38 partidas para disputar na Segunda

Montagem de mosaico com as fotografias dos times alagoanos que estão atuando nas séries B, C e D e A2-Feminino

Divisão Nacional com o objetivo de entrar na elite do futebol do país. O time regatiano

já disputou três jogos. Está invicto. Ganhou dois (1 a 0 sobre o Ceará e com o mesmo

JOGODuro

placar contra o Santa Cruz) e empatou um duelo (1 a 1 contra a Luverdense). As vitó-

rias foram conquistadas dentro de casa e o empate foi fora de seus domínios. Representado pelo CSA e pelo ASA, Alagoas tem 36 compromissos confirmados, sendo 18 para ambos os clubes. Esse número pode passar dos 40, caso os dois times passem para as outras fases e só se enfrentem na Final. Enquanto que pela Série D, o estado vai também jogar por dois clubes. Com as camisas do Coruripe e do Murici, Alagoas vai para o jogo em 12 partidas, sendo 6 para cada equipe. Caso os dois cheguem à Final, esse número de jogos sobe para 16 ou até 28 se os alviverdes não se cruzarem antes da Final. O estado ainda terá fôlego para fazer mais nove partidas sendo que no ritmo do futebol feminino. Com a camisa da UDA, serão sete pela fase classificatória e duas partidas da Semifinal e da Final.

Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com

Esse começo não poderia ser melhor

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campanha que faz o CSA na Série C do Campeonato Brasileiro está acima da expectativa de todos em relação ao primeiro lugar que ocupa, hoje, depois de duas rodadas realizadas. E mais do que isso, o time fez cinco gols e não tomou nenhum, o que mostra um equilíbrio muito bom, para quem jogou muito pouco na competição estadual, sem mostrar reação em campo e um futebol que justificasse ter começado primeiro a trabalhar do que os outros times. O CSA disputou um campeonato meio que aos “trancos e barrancos”, por isso perdeu mais um título.

O mais impressionante de tudo isso é que pouca mudança foi feita em relação ao time titular, mesmo que o CSA tenha dispensado 10 jogadores e tenha contratado 15 reforços para a Série C. Como uma jogada estratégica e de inteligência, o novo treinador Ney da Mata manteve a base do estadual, mudou a forma do time jogar e vem colhendo os frutos desejados. Na verdade, está provado que, quando a maioria dos conselheiros pedia a dispensa do antigo treinador Oliveira Canindé, sabia o que estava fazendo.

Todo cuidado é pouco Se isso vale alguma coisa ou se o recado vai chegar a tempo, chamo a atenção do comando da Polícia Militar da Paraíba quanto a presença das torcidas organizadas de Botafogo e CSA, no jogo de, hoje, em João Pessoa. Esses ditos torcedores passaram os últimos três dias marcando encontro pela internet (redes sociais) para uma briga antes, durante e depois da partida. É bom lembrar que muita gente boa, famílias e amigos vão assistir a esse jogo e não podem sem tratados como marginais. Nessa hora é bom saber separar o joio do trigo.

O ASA em Arapiraca Depois da vitória contra o Remo por 1 a 0 e sair da lanterna do grupo A da Série C, o time do ASA vai ter a oportunidade de jogar, novamente, em Arapiraca. O adversário dessa vez é o Sampaio Correia, que vem de uma derrota para ao CSA. Com o resultado, o ambiente no clube voltou a normalidade e o treinador Maurílio Silva acha que encontrou a forma certa do time jogar, com dois jogadores de ligação no meio-campo. A bronca maior era da torcida que ainda não tinha esquecido a eliminação para a fase final do Campeonato Alagoano e a derrota para o mesmo CSA na abertura da Série C.

Superação é o objetivo Não pode ser outra a atitude de Murici e Coruripe nos jogos desse final de semana pela Série D, do Brasileiro. Na estréia, os dois times foram derrotados para América e Juazeirense, respectivamente. Agora, o Murici recebe o Jacobina/BA, enquanto o Coruripe vai até Caruaru enfrentar o

Neste domingo, contra o Botafogo, em João Pessoa, o time não vai passar por muitas mudanças, até, porque, em time que vence não se mexe. Esse ditado popular é unanimidade entre os torcedores, mesmo que o CSA tenha contratado jogadores de qualidade. Vencendo, o time deverá lotar o estádio Rei Pelé no encontro com sua torcida no próximo final de semana diante do Moto Clube/MA. Hoje, a torcida já promete invadir João Pessoa, onde em torno de duas mil pessoas prometem comparecer ao estádio Almeidão.

Central. Vencendo, os dois times entram na briga por uma classificação. Perdendo, começa a ficar difícil a situação deles em suas chaves. No Coruripe, Jaelson Marcelino está de volta ao comando técnico e Carlinhos Marechal volta a ser assistente. Jaelson e Bilu (Murici) estão conscientes das dificuldades e pediram uma maior entrega dos jogadores em campo.

Muito bem, obrigado Quem vem fazendo uma grande campanha nesse início de Série B, é o time do CRB. Até o fechamento dessa coluna, era o líder isolado da competição. Aos poucos, sem muito alarde e bem equilibrado em suas declarações, o treinador Léo Condé vem encontrando uma forma inteligente do time jogar. Lembra a excelente campanha feita na primeira fase do ano passado, mesmo que o grupo ainda esteja precisando de mais alguns reforços, o que já vem sendo prometido pela diretoria. Palmas para o Condé e os jogadores.

Arbitragem Nota 10 Quem pulou uma grande fogueira nessa proximidade com os festejos juninos e foi rapidinho do Inferno para o Céu, foi o árbitro Francisco Carlos do Nascimento. Ele calou todo mundo de Bahia e Sport que questionava a sua escalação para dirigir o jogo da decisão entre os dois times, em Salvador. Chicão foi coerente em suas atitudes e marcações; teve atitude na aplicação dos cartões vermelhos e amarelos; e, ainda, mostrou um condicionamento físico excelente. Quem complicou um pouco nas marcações foram os dois árbitros assistentes, também alagoanos, com, pelo menos, quatro marcações erradas de impedimentos.

ALFINETADAS... l Dizem que a escala do Chicão para apitar Bahia e Sport foi do vice-presidente da CBF no Nordeste, Gustavo Feijó, que também estava no estádio e entregou as medalhas ao time campeão; l Segundo as mesmas fontes, foi um teste para saber se o árbitro estava mesmo preparado para voltar ao cenário nacional apitando outros jogos. Chicão, depois que perdeu o escudo FIFA, ficou um bom tempo na geladeira; l O presidente do CRB, Marcos Barbosa, e o atacante Zé Carlos esqueceram as “turras”do ano passado e fizeram as pazes. Barbosa esqueceu rápido a briga do jogador com seu filho Jerônimo, um adolescente; l Os dois - dirigente e jogador até iniciaram uma conversação para uma volta ao clube, mas sem acordo fechado pela pedida financeira inicial. O CRB chegava até a 30 mil, mas o jogador pediu o dobro, ou seja, 60 mil reais.


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ESPECIAL

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

BIODEGRADÁVEL, polímero desenvolvido por estudantes do Instituto Federal de Alagoas decompõe 200 vezes mais rápido do que a sacola feita de petróleo

Copos descartáveis são novo alvo de pesquisa do grupo

O PLÁSTICO DO BEM Iracema Ferro Repórter

P

raticamente todo mundo tem em casa uma sacola plástica de supermercado, drogaria, loja de conveniência cheia de outras sacolas dentro. Esse item tão comum usado para acondicionar os produtos que milhões de consumidores adquirem diariamente, colabora com o Aquecimento Global, o Efeito Estufa e uma série de outros danos ambientais. As sacolas são objeto de muita discussão nos últimos tempos, mas ainda são largamente utilizadas pelo comércio como uma forma de publicidade barata, distribuída gratuitamente e apreciada por grande parte da sociedade desde a década de 1970 por sua praticidade, baixo custo e pelo fato de poder ser reutilizada para outros fins, como para o descarte de lixo. O historiador Marcos Santos destaca que antes da década de 1970 era comum ver pelas ruas os consumidores irem às comprar com seus carrinhos de feira, sacolas de tecido ou naylon (material que à época era novidade),

o d s o n u l A

cestos de vime. “Era costume das mercearias e boticas entregar as comprar maiores em caixas de papelão e caixotes. Compras menores vinham em sacolas de papel Kraft nas lojas mais sofisticadas ou embrulhadas em papel pardo com barbante nas mais simples, costume este que perdurou em algumas padarias do interior até a década de 1990, quando se popularizou de vez o uso das sacolas plásticas”, conta. DO HÁBITO AO PROBLEMA AMBIENTAL O engenheiro ambiental Eduardo Araújo explica que ao utilizar a sacola plástica para acondicionar os rejeitos, o tempo de decomposição do lixo que estiver em seu interior é aumentado. “O plástico tem essa capacidade de conservar por mais tempo os produtos que são envolvidos por ele. As sacolas plásticas levam de 100 até 400 anos para decompor, dependendo do tipo de material utilizado e o meio onde foi descartado”, assinala o especialista. Segundo Araújo, o processo de decomposiç ã o

é caracterizado pela transformação da matéria orgânica em mineral e depende de inúmeros fatores ambientais, tais como: umidade, temperatura, disponibilidade de oxigênio e luminosidade. Esta é a etapa responsável por fechar e reiniciar os ciclos biogeoquímicos responsáveis pelo equilíbrio dos ecossistemas. “A decomposição de um material é muito complexa e pode demorar muitos anos para ser concluída. O papel, por exemplo, leva pelo menos três meses para se decompor, enquanto as latas de alumínio demoram entre 100 e 500 anos”, compara. Sacos e sacolas plásticas levam um período oitocentas vezes maior que o necessário para pôr fim em materiais como papel ou papelão. Ao contrário do que acontece com o lixo orgânico, que leva entre dois meses e um ano para ‘sumir’, sendo decomposto por minhocas, fungos e bactérias, a natureza simples-

mente não sabe como se livrar dos plásticos, que são relativamente novos no universo. Segundo os cientistas, ainda não existe um microorganismo capaz de decompor à curto prazo as sacolinhas de polietileno, dono de cadeias de moléculas quase inquebráveis. Mesmo sendo muito prática, a embalagem feita com este polímero obtido a partir de combustível fóssil, não é um bom negócio para a natureza. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), cerca de 12 bilhões de sacolas são distribuídas anualmente no Brasil. Cada brasileiro consome, em média, 800 sacolas plásticas por ano. Como nem todas essas sacolas vão parar em locais adequados, como os aterros

se a b à o r u g e s e e t n te s i s e r l a i er t a m m e lv o v en s e Ifal d

A professora de Química do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) Campus Maceió, Vânia Tenório, há muito que se incomodava com o destino que era dado às sacolas plásticas e o impacto ambiental que elas causavam. “Calcula-se que cerca de 90% dos sacos de plástico acabam a sua vida em lixeiras, como resíduos ou como contentores de desperdícios. Na verdade estes objetos ocupam apenas cerca de 0,3% do volume acumulado nas lixeiras. Como são extrema leves, se não forem bem acon-

dicionados, os sacos de plástico têm a tendência de voar e espalhar-se pelo meio ambiente”, pontua a professora. “Quase todas as sacolas plásticas não acondicionadas em lixeiras acabam, mais cedo ou mais tarde, por chegar aos rios e aos oceanos. Os ambientalistas chamam a atenção para este problema e citam o fato de milhares de baleias, golfinhos, tartarugas-marinhas e aves marinhas morrerem asfixiadas por sacos de plástico”, completa, citando casos emblemáticos, como o caso ocorrido em 2002, quando uma baleia anã morreu na costa da Normandia com cerca de 800 kg de sacos de plástico encravados no estômago. A preocupação da profes-

sora deu lugar a uma pesquisa para o desenvolvimento de um polímero biodegradável, ou seja, um plástico ecológico desenvolvido pelos alunos João Isidoro, Gláucia Dhayse Alves da Silva e Maria Grazielly Costa Santos, do curso de Química. Depois de diversas tentativas, que começaram em 2013, a equipe conseguiu obter um plástico de excelente qualidade à base de amido, o Plástico Biodegradável. “Os alunos usaram amido de batata inglesa, de milho, aproveitando os vegetais que já não estavam bom para o consumo, com uma parte escurecida, ácidos derivados de limão e laranja, farinha de trigo, vinagre e açúcar e conseguiram criar uma fórmula que está sendo patenteada. Esse polímero tem resistência, não absorve água e também não passa micro-organismos para os alimentos, ou seja, é seguro”, comemora

o d i m de a

Vânia Tenório. “Se depois da patente aparecer alguma empresa interessada, podemos vender a fórmula para que o produto seja colocado no mercado”, esclarece a professora. Maria Grazielly conta sobre a oportunidade de participar dos experimentos. “É muito bom poder lidar com a ciência, ver como as substâncias interagem, porque nunca sabemos como vai reagir. Esta sacola que desenvolvemos demora dois anos para se decompor. Há bactérias na natureza que conseguem quebrar suas moléculas, como é com o lixo orgânico”, avalia. Gláucia Dhayse revela que fazer parte do projeto ajudou a despertar sua consciência ambiental. “Projetos como este nos conscientiza, usamos tantas embalagens diariamente, aceitamos tantas sacolas no dia a dia. Hoje repenso meu consumo. Em um único dia de ação ambiental que participamos com o IMA [Instituto do Meio Ambiente] na Praia da Avenida foram recolhidas cinco toneladas de sacolas”, lembra.

sanitários, elas viraram um grave problema ambiental. Em todo o país, pipocaram tentativas de coibir o uso de sacolas plásticas de polietilenos, polipropilenos e ou similares, substituindo-as por material reutilizável, sob a responsabilidade dos próprios estabelecimentos comerciais; em outros estados convencionou-se cobrar por cada sacola, para assim desestimular o seu uso. Alguns supermercados da cidade de São Paulo, por exemplo, aderiram à

utilização das sacolas de plástico feitas com materiais renováveis — que levam, em média, dois anos para decompor, mas ainda assim possuem partículas que vão podem poluir os lençóis freáticos. O custo para produzir essas sacolas, entretanto, é mais elevado do que as sacolas convencionais. Por isso, o consumidor precisa pagar por elas ou optar por levar sacolas ecológicas e reutilizáveis, feitas de tecido ou plástico mais resistente.

Professora Vânia (ao centro) com as alunas Emillly, Grazielly e Gláucia (esq. para dir.)

Jo ão Isid oro

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Mas se engana quem pensa que os pesquisadores do Departamento de Química do Ifal pararam por aí no quesito polímero biodegradável. Com a saída do aluno João Isidoro, que agora foi para o curso superior, a aluna Emillly dos Santos Lima, passou a integrar a equipe e é responsável pelo desenvolvimento de uma nova pesquisa: a criação de um copo biodegradável. Os estudos para a composição da fórmula já estão em andamento e a máquina para a moldagem dos copos será feita pelos alunos do 3º ano do curso de Mecânica vespertino. “O consumo de copos descartáveis é um problema pior do que as sacolas plásticas. Os sacos pelo menos são utilizados, na maioria das vezes, tanto para conduzir produtos quanto para o lixo. Já os copos descartáveis são utilizados uma vez e lançados fora. Sem esquecer que as pessoas não usam apenas um por dia, principalmente no ambiente de trabalho”, destaca Emillly. A expectativa é desenvolver um copo feito de um polímero que decomponha em no máximo dois anos e que seu material não tenha impacto sobre o meio ambiente. Outras pesquisas utilizando outros tipos de materiais para a criação de polímeros para a produção de sacolas plásticas estão em andamento. “Já temos uma excelente fórmula, mas isso não impede que possamos criar e patentear outra. Não existe fórmula perfeita e definitiva. Temos muitas mentes pensantes, jovens pesquisadores criativos, que querem criar, aprender, desenvolver a ciência. Nosso papel é só orientar esses vôos e deixar que eles façam os experimentos. Eles são o futuro e estão mostrando que temos um grande futuro”, sentencia Vânia Tenório.

Plástico biodegradável depois de pronto

Como são feitas as sacolas plásticas tradicionais Os sacos plásticos podem ser feitos de polietileno de baixa densidade, polietileno linear, polietileno de alta densidade ou de polipropileno, polímeros de plástico não biodegradável, com espessura variável entre 18 e 30 micrômetros. “Os sacos de plástico são obtidos pelo processo de produção de polímeros denominado extrusão e inflação. É extrudido um tubo oco de paredes finas, que é então inflado com pressão de ar; forma-se um fluxo contínuo que obtém uma película de filme plástico que, quando arrefecida, pode ser enrolada e depois impressa e termo soldada. O saco mais corrente, denominado “bretelle”, tem um custo aproximado de um centavo. polietileno faz-se a partir de combustíveis fósseis e acarreta a emissão de gases poluentes”, ensina o engenheiro químico Carlos André Mendes. Mais sacos do que peixes Estudos feitos pela consultoria McKinsey e pela fundação da navegadora Ellen MacArthur apresentados no Fórum Econômico Mundial de Davos no ano passado projetam que, se não for contido o descarte desenfreado das sacolas plásticas não biodegradáveis no ambiente e o uso maciço de plástico, em 2050 os oceanos abrigarão mais detritos do material do que peixes. “O sistema atual de produção, utilização e descarte de plásticos tem efeitos negativos importantes: de 80 a 120 bilhões de dólares de embalagens plásticas são perdidos anualmente. E além do custo financeiro, sem nada em troca, os oceanos terão mais plástico do que peixes (em peso) até 2050”, informa um comunicado. De acordo com o documento, a proporção de toneladas de plástico por toneladas de peixes era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e vai ultrapassar uma para uma em 2050. A projeção deixou clara a necessidade da busca de alternativas de material de base para a produção das embalagens e dos plásticos em geral, lembrando que, por ano, são empregados entre 80 e 120 bilhões de dólares somente para a extração de petróleo para a produção de sacos plásticos, que são usados uma única ou no máximo duas vezes. “Os modelos de produção e consumo lineares são cada vez mais questionados e isso é especialmente verdadeiro para os setores onde existem grandes volumes de baixo valor como as embalagens de plástico”, apontou em declaração a navegadora Ellen MacArthur, também solicitando a criação de uma economia circular, reutilizando os materiais.

Versão colorida do plástico ecológico


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ESTADO

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A DEPENDÊNCIA QUÍMICA do outro desequilibra diretamente as famílias e prejudica a recuperação do usuário

Codependência também precisa de tratamento Giselle Vasconcelos Ascom

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A dona de casa Isabel Cristina encontrou forças para lidar com os seus desafios junto ao grupo da Rede Acolhe

Encontros com familiares dos dependentes químicos do Grupo de Multiajuda acontece todas as terças-feiras, na sede da Rede

u a n d o alguém abusa do uso de drogas e se torna um dependente químico, vai perdendo, gradativamente, o controle da vida. Neste momento, a família pode começar a assumir as funções e as responsabilidades que vão sendo deixadas de lado pelo dependente químico. Foi assim que aconteceu com a dona de casa, Isabel Cristina, que, ao descobrir que o seu único filho, de 19 anos, era usuário de drogas. “Pensava que a culpa era minha por meu filho ter entrado no mundo das drogas. Apenas me perguntava: onde foi que errei?”, lembra ela. “Ele é meu único filho. Além de ter sido usuário de drogas, foi preso. Tive que pagar tudo, desde o valor do advogado até a dívida com os traficantes. Carreguei todo o peso da responsabilidade. Até o ponto que não aguentei”, relatou a mãe Isabel. Que a dependência química é uma doença crônica, muitos sabem, o que ainda está oculto são mães, pais, filhos e amigos dos adictos que também estão doentes do mal chamado codependência. Para a psicóloga Fabiana Leite, carregar a culpa, viver em função da vida do dependente e assumir as responsabilidades do outro, causam transtornos psicológicos e físicos. “O codependente é dependente do dependente químico. Um familiar ou pessoa do convívio que deixa de pensar no bem-

-estar comum para viver em função da vida do usuário, precisa de tratamento”, afirmou Fabiana. O Grupo de Multiajuda da Família Rede Acolhe, criado pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), promove palestras, dinâmicas e acompanhamento psicológicos aos parentes de dependentes químicos, seja em recuperação na comunidade acolhedora ou que ainda não buscou o tratamento. De acordo com a coordenadora do Grupo Multiajuda da Família Rede Acolhe, Gilvanete da Silva, mais de 200 famílias passaram por tratamento. “É preciso recuperar o dependente e a família. O grupo é um apoio psicológico para todo o sofrimento que o familiar está sentido. Muitas vezes não sabem lidar com o assunto. Pressiona o dependente ou se sentem pressionados”, disse. Foi frequentando o grupo da família que Isabel Cristina conseguiu o tratamento da codependência. “Hoje não me sinto culpada. Tudo tem limites. Meu filho tem que seguir as ordens da minha casa. Mas só passei agir assim depois de frequentar há mais de um ano o grupo na Rede Acolhe”, concluiu aliviada. Os encontros do grupo das famílias são realizados todas as terças-feiras, às 14h, na sede da Rede Acolhe. As famílias interessadas em realizar o tratamento da codependência pode procurar o Centro de Acolhimento para Pessoas com Dependência Química ou ligar no número 0800.280.9390.


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ZUADAdaMÍDIA Quebra de sigilo

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), através de nota, manifestaram insatisfação com a divulgação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, no âmbito da investigação relativa à delação da JBS. De acordo com as entidades, a “inclusão das transcrições em processo público ocorre no momento em que Reinaldo Azevedo tece críticas à atuação da PGR, sugerindo a possibilidade de se tratar de uma forma de retaliação ao seu trabalho”. Já a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) disse que “vê com preocupação a violação do sigilo de fonte protagonizada pela Procuradoria Geral da República” e manifestou “profunda preocupação com o comportamento da PGR”. A entidade afirma que o episódio é ainda mais grave já que o conteúdo do diálogo “não tem nenhuma conexão com a investigação protagonizada pela PGR”. “Os áudios, portanto, jamais poderiam ser anexados ao inquérito e divulgados publicamente”, diz a nota.

Amigos leitores, vandalismo é o que a imprensa sem compromisso faz com a sociedade brasileira todos os dias. Manipula informações, conspira com governos, esconde maracutaias de corruptos e participa de esquemas. Vandalismo é fazer você acreditar que a quebra de vidraças é um grande problema para nós” Márcio Anastácio Colunista

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Márcio Anastácio - redacao@odia-al.com.br

Mambo sambando Grande é o movimento no mercado de comunicação e marketing em Alagoas. Quatro agências se juntaram para formar uma grande empresa do setor. Segundo o site Agenda A, após os investimentos dos irmãos, Rodrigo e GG Sampaio, a Mambo, criada pelo empresário Henrique Silva, juntou as agências In Mídia (mídias sociais, conteúdo, motion design), Kuka Estratégia (mídias sociais), Em Contexto (conteúdo digital, assessoria e mídias sociais) e Zeropixel (websites e campanhas de marketing digital) adquirindo a suas carteiras de clientes.

Um grupão desses, bicho... Com as aquisições, a Mambo contará em sua equipe com os profissionais Tayana e Arthur Moura (In Mídia), Laíse Moreira e Flávio Holanda (Kuka), Carlyson Oliveira e Mac Giovanni (Zeropixel), Anthony Campos e Laís Falcão (Em Contexto) – além da contratação de outros profissionais como Gustavo Accioly, especialista em Marketing.

Gilka blogueirinha

Quem era acostumado com a imagem séria da jornalista Gilka Mafra, na época da TV Gazeta, quebrou essa impressão quase que totalmente após a virada que a apresentadora deu na carreira indo para o Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCom). Por lá, até blogueirinha a apresentadora virou. Faz sucesso no TNH1 com o “Blog da Gilka”, onde é dona das primeiras posições no ranking de acessos do portal. Em uma modesta apresentação, o TNH1 descreve a Gilka Mafra como “a mais experiente apresentadora de telejornal da TV alagoana”, “Dona de um enorme carisma”, “tornou-se uma das principais personalidades da internet”. Só esqueceram de dizer que Gilka também é dona de uma enorme modéstia. Uma pessoa bem simplesinha... como eu (risos).


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HISTÓRIA POLÍTICA MONARQUISMO HISTÓRIA POLÍTICA MONARQUISMO HISTÓRIA POLÍTICA

CAMPUS

CAMPUS

Alagoas l 28 de maio a 3 de junho I ano 04 I nº 0222 l 2017

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MONARQUISTAS EM ALAGOAS - I

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Dois dedos de prosa

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Brasão do Movimento Monárquico Barão de Penedo

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Quando se diz que o povo exerce o poder por meio de um representante, na prática o eleito exerce domínio sobre o povo e se faz legitimado por meio da exploração, obtenção e até mesmo usurpação de votos manipulados. A alegação que o povo exerce o poder porque escolhe seu representante é uma fraude. O povo não escolhe; meramente opta por um líder, o qual recebe o poder para o exercer a despeito da vontade do povo, pois já foi eleito e seu poder está garantido. Este sistema é a permissividade das mentiras de campanha, a aceitação sistemática de promessas e lisonjas em troca de votos a qualquer custo. E após vitória em maioria de votos, usa-se a nomeação pseudodemocrática como salvo-conduto para os mais diversos tipos de corrupção, tirania, favorecimento ideológico e partidário. Especialmente nesse sistema em que o Chefe de Estado é também o Chefe de Governo: a república presidencialista brasileira.

ampus/O Dia traz um texto de Isaac Vasconcelos Barros, um dos integrantes do Movimento Monárquico Barão de Penedo. É nossa obrigação dar voz a todo e qualquer movimento que opere em Alagoas. São poucos os temas para os quais Campus não abre espaço; posta-se ferrenhamente contra a droga, apologia ao crime e violência, sendo contra, também, a qualquer defesa de ditadura. Jamais publicaremos apologia à droga, violência, crime em geral e à ditadura, embora, é bem verdade, reconhecemos que elas acontecem e a função de Campus é a de documentar e formar um painel sobre Alagoas. Vai ficar faltando este viés. Campus agradece ao Professor Alexandre Toledo e a Isaac Vasconcelos Barros. Vamos ler. Um abraço Sávio Almeida


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Quem é quem?

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saac Vasconcelos Barros. Nascido em 24 de julho de 1984, em Maceió, Alagoas. Médico graduado pela Universidade Federal de Alagoas em 2009, especialista em anestesiologia pelo Hospital Universitário Professor Alberto Antunes em 2013. Escritor, tendo publicado romances, contos e artigos. Monarquista atuante desde 2014. Co-fundador do Movimento Monárquico Barão de Penedo. Exerce atividades comunitárias como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, tendo sido missionário desta igreja nos anos de 2004 a 2006.

SIGNIFICADO DOS ITENS DA BANDEIRA

I - Uma homenagem ao Professor Cardoso Luiz Sávio de Almeida

O

Movimento existe e não há qualquer razão para deixarmos de ouvi-lo. Pelo contrário: deve ganhar espaço público para dizer o que pensa, para ficar documentado e não acontecer o que se deu à época do patrionovismo sobre o qual, nada ou pouco, é sabido na vida de Alagoas. Aliás, ao escrever, o Movimento dá uma lição a diversos outros; Campus procurou, por exemplo, todos os principais partidos políticos, pedindo textos;

a resposta é que não tinham quem escrevesse. Pelas barbas do Profeta! Ao escrever estes artigos, através do Isaac, o Movimento demonstra como pensa: trata-se de mais um de seus depoimentos públicos. Corria os idos de 1968 ou 1967, coisa por aí. Eu era amigo do Sebastião Vilas Boas, já falecido. Ele me disse, vamos ali comigo, na casa do Professor Cardoso, ele é monarquista e, como eu nunca havia conhecido um, fui lá. Era uma casa pobre, ali na Praça da Faculdade; um

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

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homem simpático, educadíssimo e com seus oitenta anos, por aí. Conversamos uma manhã toda. No princípio da conversa, ele estava reticente e tímido. Depois se justificou: era ditadura e ele pregava a quebra da República. Jamais esqueci quando, com sua forma mansa de falar, foi contundente: “Sem Império, inexiste a unidade nacional!”. Jamais esqueci aquela frase, dita com uma honestidade de dar água na boca. Passa tempo e, na época d o p l e b i s c i t o e u e s t a va

EXPEDIENTE ODiaAlagoas

pesquisando no Instituto Histórico. Levanto a cabeça e vejo duas pessoas bem assim na minha frente. Eu pensei: “Estes caras são médicos ou trabalham numa padaria!”. Baixei a cabeça e continuei e foi quando perguntaram se eu era eu e eu disse que eu era eu. Eram pessoa do Cunha Bueno e começaram o papo. Então eu disse; “O deputado que tem tanto poder, podia arranjar um dinheirinho para fazer uma casinha para a viúva do Professor Cardoso. Ele passou a vida

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Conselho Editorial

toda, pensando na unidade nacional sob a guarda do Império!”. Professor Cardoso, fica aqui o meu grande abraço. Sei que o tempo o separa dos que são Monarquistas hoje; é o mesmo Imperator, mas o tempo é diverso. Acredite professor Cardoso, que ao oferecer o espaço ao Alexandre Toledo, estava pensando no senhor, na sua honestidade. Ainda hoje é bonito recordá-lo e vê-lo a defender suas convicções políticas.

Deraldo Francisco Editor-Geral Jorge Vieira

José Alberto Costa

Rua Jovino Lopes Silva, 964 - Pinheiro - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092


3 redação 82 3023.2092

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e-mail redacao@odia-al.com.br A Bandeira do Império do Brasil

Dom Luiz de Orleans e Bragança, nosso Imperador de jure

II - Democracia e Monarquia Isaac Vasconcelos Barros

I

mportante compreendermos o significado verdadeiro de democracia. De modo bem resumido: é o nome que deram ao sistema na Grécia antiga em que TODA a população se reunia para elaborar suas próprias leis e escolhiam entre os mais aptos para desempenharem cargos públicos: eram escolhidos entre a multidão alguns para se submeterem a um sorteio para determinado cargo, com tempo de posse determinado. E todas as medidas institucionais com poder de lei não eram tomadas sem que a assembleia aprovasse. Isso era democracia. No sistema republicano no Brasil hoje, a população diz se aceita ou não candidatos de partidos. Caso todos recusem, anulando o voto ou se abstendo de votar, basta uma pessoa aceitar um candidato para que ele seja empossado. Este candidato, agora um político de carreira, fica no cargo com uma carta branca para fazer quais leis quiser. Caso a população discorde da lei, não há mecanismo para a bloquear. Multidões podem fazer protestos, mas sem garantia de que serão atendidos. A isto chamam de democracia também. Se aquilo da Grécia antiga recebia o nome de democracia, este sistema de hoje deve receber o mesmo? Os mais sensatos preferem chamar o sistema de escolha de candidatos dos partidos para os cargos públicos de: GOVERNO REPRESENTATIVO. Ao invés de perverter o uso da palavra democracia. No governo representativo é apresentado para a população um candidato de um partido. E outros de outros partidos. “Partido” vem de partir, fragmentar. Indicando que a população se dividiu em grupos que pensam de modos diferentes em ideologia e aspirações ou anseios. Às vezes há partidos que buscam sistematicamente a hegemonia e eliminação de

outros partidos e pensamentos destoantes dos seus. Esta atitude é ensinada como se fosse unificadora e de construção social, para uma sociedade “justa e igualitária”. Mas o método é a sequência: supressão (maioria de votos), negação (doutrinação tendenciosa), anulação (desconstrução legislativa), opressão e repressão. Outros partidos coexistem com seus oponentes, numa forma de manutenção da diversidade de pensamentos. Mas mesmo estes não são fomentadores da união social intrinsecamente, ainda que busquem a coexistência pacífica. Por sempre estarem por buscar votos e maioria, partidos sempre provocam agitação social. Os candidatos desses partidos são apresentados para serem os “representantes”. Porém, eles já chegam com uma agenda, com um estatuto do partido, com ideias e ideais pré-formados. Ou seja, são um vaso pronto: com forma, tamanho e conteúdo já determinados. A população não escolhe um representante: não fabrica o vaso nem coloca seu conteúdo. Ela olha para o candidato do partido e decide se aceita ou não aquele. Olha para todos os escolhidos dos partidos e decide quais são os vasos “suportáveis”. No final, a população em cada indivíduo se molda para adaptar-se ao que cada candidato já é. Quando não é possível, vai suportando até a próxima eleição, quando esperará um “candidato perfeito”. E novamente são oferecidos uns tais que lhe resta optar pelo menos pior. O indivíduo sai em busca, como numa pescaria, daquele que pensa (legisla ou governa) com o pensamento mais aproximado do seu, e finalmente, quando a adaptação se completa, o votante diz: “este me representa!”. Pensamento fruto de um conformismo alienador que o fez se moldar para se sentir representado por um candidato da fôrma de um partido. Enfim, o indivíduo já

não pensa por si, mas pela coletividade de um partido. Aquele que o pescou. Quando se vê enganado, resta-lhe aguardar novas eleições, em que encontrará um líder “forte”. Quando se diz que o povo exerce o poder por meio de um representante, na prática o eleito exerce domínio sobre o povo e se faz legitimado por meio da exploração, obtenção e até mesmo usurpação de votos manipulados. A alegação que o povo exerce o poder porque escolhe seu representante é uma fraude. O povo não escolhe; meramente opta por um líder, o qual recebe o poder para o exercer a despeito da vontade do povo, pois já foi eleito e seu poder está garantido. Este sistema é a permissividade das mentiras de campanha, a aceitação sistemática de promessas e lisonjas em troca de votos a qualquer custo. E após vitória em maioria de votos, usa-se a nomeação pseudodemocrática como salvo-conduto para os mais diversos tipos de corrupção, tirania, favorecimento ideológico e partidário. Especialmente nesse sistema em que o Chefe de Estado é também o Chefe de Governo: a república presidencialista brasileira. Na monarquia parlamentar, de modo geral, existe o governo representativo, através de votos em parlamentares. Estes parlamentares são pertencentes a diversos partidos e fazem as leis. Além disso, eles elegem um primeiro-ministro para ser o Chefe de Governo. Este Chefe de Governo possui automaticamente a maioria do apoio do parlamento e poderá governar sem transtornos, enquanto mantiver os interesses de seus pares e dos seus eleitores. Mas se ele apenas favorecer seus partidários, o que pode acontecer, ele pode ser destituído. Se ele governar para seus próprios interesses ou de uma minoria, não terá apoio do parlamento e terminará tendo por necessidade a renúncia.

Ou se ele não governar a favor do Povo, o Povo pressionará o parlamento para que o destitua. E se o parlamento não atender o Povo, se todo o Governo se corromper? Existe outro poder, o poder moderador, suprapartidário, que só existe porque o Povo o reconhece. Não através de votos, não porque uma maioria dos votos válidos dos votantes daquele ano o deu vitória. É um personagem que os antepassados reconheceram, foi preparado desde criança para este papel, e sua descendência está ligada e este mesmo vínculo com as gerações que virão: o monarca. Ele não tem partido, não tem preocupações com votos, não tem preocupação em agradar uma bancada ou mesmo o parlamento inteiro. Ele tem poder para dissolver um parlamento corrupto que o Povo, apesar de ter votado no ano passado, já não aceita. Ele tem o poder moderador. Este monarca é completamente diferente do Monarca Absoluto. O Monarca Absoluto tinha o poder ativo, governava, reinava, outorgava leis, ditava a constituição, julgava, etc., e não era derrubado senão com sangue. O monarca no sistema parlamentar age quando solicitado pelo Povo; sua legitimidade é o reconhecimento do Povo pela sua dinastia e por exercer ao longo de sua vida o poder com sabedoria. Por seu pai ter sido um bom monarca, e por esperarem que seu filho também o seja. Uma constituição o impede de exercer poder acima disto, mantendo limitações claras ao seu exercício, cuja quebra porá fim ao seu reinado, à toda dinastia, ou mesmo, ao sistema monárquico constitucional parlamentar. Ainda assim, em caso de corrupção do monarca, ou de doença limitadora, o parlamento pode afastá-lo e nomear um regente. Mas o que acontece é que para manter a legitimidade, vemos na história que nesses casos, os próprios monarcas abdicam.

A monarquia parlamentar foi um sistema criado por pessoas inspiradas que entendiam a necessidade de um poder tão contínuo quanto o território da pátria, quanto as gerações dos seus cidadãos, acima de vontades passageiras, de partidos de ideologia duvidosa, de votos de uma população iludida por lisonjas e propagandas; os criadores desse sistema também perceberam que o povo precisa de instrumentos, instituições e mecanismos para limitar e se proteger de um eventual “mau monarca”. Pessoas que perceberam a importância da representatividade política direta pelo Povo, e que todo poder terreno emana do Povo, mas que para manter este Povo coeso, é fundamental uma convergência, tradições, símbolos legítimos. Os revolucionários guilhotinadores romperam todas essas convergências e se batem por forjar do vácuo o aço temperado da nacionalidade e do sentimento de pátria; faltar-lhes-á para sempre a autenticidade atemporal. É um sistema criado por patriotas que amavam a história do próprio país e, ao invés de romper com tudo que foi construído, constrói sobre seus alicerces. O rei, praticamente já não é rei, neste sistema (não aquele rei onipotente dos contos-de-fadas). Não tem poder algum sobre o Povo senão o que o Povo quer e permite que exerça. É antes disso, uma instituição cuja presença influencia e inspira a fidelidade por um país e pelos cidadãos uns pelos outros. Mas seria uma arrogância chamar de Moderador, aquela pessoa que voluntariamente aceitou jurar à constituição e abdicou de todos os poderes que outrora possuía. “Rei” permaneceu mais como um título de honra, que pela antiga função da coisa. Os criadores desse sistema incluíram afinal, os próprios reis, ao invés de bani-los ou os fuzilar (com toda sua família junto, de preferência).

A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.


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Com efeito, há em nossos dias, mesmo hoje e em todos os continentes da Terra, presidentes de república com mais poder que os antigos reis. Há reis com maior aceitação que muitos presidentes diretamente eleitos. Há repúblicas cujo poder é exercido sobre o Povo com tirania. E monarquias em que o Povo é soberano. Sonháramos com um tempo que já não haveria reis exercendo poder sobre o povo. Eliminaram este nome “rei”, e no lugar deste nome assustador puseram presidente, ministro, cônsul, secretário... tiraram coroas e puseram faixas, medalhas, cartas... Como disse Julieta a Romeu: “A flor que chamamos de rosa se outro nome tivesse inda teria o mesmo perfume”. Só que esta flor, nada tem de flor, e seu olor a nada bom recende. “Espero que jamais esses monarcas me representem.” Eis o sinal e sintoma. Frase perfeita para nos denunciar a confusão gerada pela manipulação das consciências feita pela república nesses 127 anos. “Espero que jamais a monarquia parlamentar vença um plebiscito”, como se a monarquia fosse um partido. O cérebro já adaptou suas sinapses a pensarem assim: partidos. Os partidos derrotados transformam seus eleitores em votos vencidos. Um segmento da sociedade marginalizado. Resta a estes revoltar-se, boicotar, sabotar, aguardar. Estão em suspense até que ganhem os votos novamente. E a construção do Brasil, pausada. Nada que os “representantes” dos outros partidos que o venceram é frutuoso. Porque “não me representa!”. E assim, cada sucessor destrói o que seu antecessor construiu. Afinal, o vencedor é o esperado “candidato perfeito”. O desconhecimento, a doutrinação, a revolta, a frustração. Uma sociedade partida. Não infrequente pessoas com alguma reserva financeira desabafam num desespero: “Vou sair do Brasil!” O que se passa nesses

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corações? “Já não há nada para mim aqui.” Entendem que o candidato de outro partido que não o que se agradam não os representa. E se o governo de tão poderoso desfigura o resto de identificação com a brasilidade, impede de prosperar, não garante paz, então, o que fazer aqui? Nesse ambiente, de fato, é mais fácil partir para fora e vestir-se doutra pátria. Provavelmente até uma nação monárquica... É mais provável a pessoa pensar em mudar de país que pensar em mudar seu sistema de governo. O Imperador já nos representa, e sempre representará. Este é o dever do monarca. Isto é o que lhe imbui de legitimidade. Esta é a verdadeira fonte de sua majestade. Isto é o que confere aos nossos príncipes a alteza. É majestoso, é alto, é nobre, desfazer-se dos interesses mesquinhos e sacrificar a si por seu povo. Seu povo é quem impera. Este povo cerca um, o “MONO” e este, em se dignificar na representação legítima deste povo, é possuído por ele como seu Imperador, e recebe deste povo a “ARQUIA”, o poder de imperar. Sua autenticidade imperial é dependente desta relação. Uma das vantagens da monarquia parlamentar é justamente esta: que o Imperador não tem partidos para agradar, não tem votos para colher, não tem eleições que desviem a sua atenção do seu real dever. Como Dom Luiz de Orleans e Bragança declarou: “O Chefe do Estado não precisa cortejar o voto do proletário, nem pedir o auxílio dos ricos para as campanhas eleitorais.” Impera por todos e para todos, por causa de todos. Mesmo os que não o reconhecem. Como expressou o mesmo Dom Luiz. “A monarquia precisa recompensar nos filhos os méritos dos pais a quem a morte levou sem o devido galardão, e, como ela virá para cuidar do futuro e não para tomar conta ao passado, não terá culpados que punir, antes terá bene-

O Movimento Monárquico (I)

mendáveis promotores de suas candidaturas.” (Luiz de Bragança 1903). O Imperador, por outro lado, tem nos ombros o compromisso com a honra do passado, o bem-estar do presente, e a construção do futuro. Uma linha de tempo sem interrupção. Livre das amarras dos partidos e de um cronograma que o obriga a alcançar algum milagre em curto tempo, ele “não é civil, nem militar, mas ambas as coisas, sem preferência por nenhuma delas. É o Imperador ou Rei encarnação viva de toda as inspirações do povo. Um soberano não é conservador, nem liberal nem socialista. Será uma coisa ou outra, no exercício de seu poder moderador, segundo o exigirem as circunstâncias e o bem do país.” (Luiz de Bragança, 1903). Assim, ele está (e só é legítimo se sempre estiver) pronto para representar TODO o povo. Esta obrigação deve estar acima inclusive de si e sua dinastia. Dom Luiz reconheceu: “Se a República, apesar do vício original, conseguisse mostrar-se mais benéfica do que o Império, nunca recusaria, nem deixaria de reconhecer a melhoria. Se me for dado, indo ao Brasil, verificar a harmonia de sentimento nacional, com o dos seus atuais pseudo-mandatários, eu me resignaria ao silêncio e mesmo, se fosse necessário, ao ostracismo, para não perturbar a ordem interna do país que tanto amo.” Afinal, foi justamente esta obrigação, o juramento a este dever, que lhe deu a coroa. O símbolo do peso da união sobre sua cabeça; o poder dado pelo povo do qual a Deus prestará contas. Pois, disse Dom Luiz: “O que nos importa não é a vitória de tal ou tal grupo, mas a formação de um Brasil grande, forte e próspero, de um Brasil onde tornem a desabrochar a honestidade o desinteresse pessoal, a justiça e a imparcialidade, onde se consorciem a ordem com a liberdade, o capital com

o trabalho, as classes armadas com o elemento civil, o progresso com a probidade, o respeito ao Governo, com a inviolabilidade de todos os direitos garantidos pela Constituição. Assim, a monarquia jamais será um partido. Justamente porque é a união das partes. É uma aspiração nacional. Este entendimento, quando alcançado, deixa-nos sem motivos para querer outra pátria. No dia 15 de novembro de 2016 monarquistas de Alagoas foram à rua com suas bandeiras do Império do Brasil. Impressionante a reação das pessoas: “Que bandeira é essa?” “Mas que bandeira bonita! De onde é?” “Posso tirar uma foto com ela?” Há no Brasil um Príncipe, e príncipes e princesas. O monarquismo no Brasil está no momento mais intenso desde o golpe do 15 de novembro de 1889, impulsionado não apenas pela ruína inequívoca da república, como também pelas evidências estatísticas pelo mundo a favor do moderno sistema de monarquia constitucional parlamentar. Em Alagoas foi formado no ano de 2016 o Movimento Monárquico Barão de Penedo, com o objetivo de explicar o ideal monárquico a todas as pessoas em nosso estado. É difícil para o brasileiro dizer que a república deu certo. Mas é comum torcer o nariz à menção de “monarquia”. Contudo, após uma conversa sensata, é frequente se descobrir um novo monarquista. Por ser algo que se tentou esconder por mais de cem anos, alguns veem como uma ideia bizarra que apareceu do nada num tempo de crise. Mas monarquistas antigos e novos tem se unido nesta Causa por todo o Brasil, e igualmente em Alagoas. O Movimento Monárquico Barão de Penedo é uma entidade recente num solo que nasceu monárquico. Convidamos todos a virem. A tomarmos juntos nosso Brasil de volta. É hora de os brasileiros formarem uma união mais excelente.

Movimento do dia 15/11/2016, em Maceió

FICHA TÉCNICA COORDENADORIAS SETORIAIS

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méritos que premiar, ainda dentre os que, escutando simplesmente a voz do patriotismo deram seus auxílios à República e prestaram relevantes serviços à Nação.” Enquanto energias são despendidas num racha interminável, Dom Bertrand em suas palestras fala sempre que “nação é uma grande família com um destino comum a realizar”. Este é o pensamento que nos une. Mesmo em pensamentos e movimentos contrários à monarquia em si o Imperador deve respeitar o seu povo. Por isso quando no golpe de Estado de 1889, o imperador Dom Pedro II e sua Casa não permitiram derramar uma gota de sangue no golpe da república. E seu neto declarou vinte e quatro anos depois: “Se aquela (a república), apesar do vício original, entregue a si mesma, sem cooperação suspeita, nem o menor entrave dos adversários naturais, conseguisse mostrar-se mais benéfica, não haveria, a começar pela família imperial, um só obstinado que recusasse e deixasse de agradecer a melhoria.” A manutenção de cargos públicos por meio deste sistema, o presidencialismo republicano, deixa o povo como um poço de votos de onde tiram uma lama da qual se besuntam de uma legitimidade pretensa. Nesta situação, o povo não existe. “E não existe porque não tem instrução, porque não sabe ler nem escrever e consequentemente não enxerga, não pensa e não vota.” (Luiz de Bragança, 1903). Disto poderia se culpar os políticos, e não o sistema republicano presidencialista. Mas todos são brasileiros. Talvez alguns presidentes, senadores, governadores provavelmente têm boa vontade. Entretanto, são “levados ao poder supremo, não pela vontade do povo – cuja livre manifestação se torna cada dia mais difícil – mas pelas facções políticas dominantes, eles sempre foram e hão de ser os escravos dos poucos reco-

Alessandra Marchioni Direito e cidade

L. Sávio de Almeida Coordenador de Campus Carlos Lima Movimentos sociais

Melissa Mota Coordenador Editorial

Cícero Albuquerque Semiárido

Cícero Rodrigues Ilustração Eduardo Bastos Artes Plásticas

Jobson Pedrosa Diagramação Félix Baigon Música Popular

Iracema Ferro Edição e Revisão Amaro Hélio da Silva Índios


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