Edição 226

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FUTEBOL: TJD QUER ANULAR JOGO DE 17 A 0 E REMARCAR PARTIDA ENTRE SETE DE SETEMBRO X FLAMENGO, NO SUB-20 ALAGOANO 11 RIA ÍNDIOS ETNO-HISTÓ COTIDIANO

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CAMPUS

Edição especial traz homenagem ao professor Sávio Almeida e ao grupo de pesquisa Índios de Alagoas

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redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br

CATEGORIA PEDE AO PREFEITO REPOSIÇÃO DE PERDAS; nomeação de assessor com R$ 10 mil de reajuste gera revolta

RUI RETALIA SERVIDORES

“O servidor que aderir à greve decretada pelo sindicato poderá ter o ponto cortado”.

O recado é do prefeito Rui Palmeira e foi direcionado a todos os servidores públicos

municipais que paralisarem suas atividades. A categoria quer a reposição das perdas

salariais, mas o prefeito diz que não tem dinheiro. No entanto, um assessor de Rui

foi beneficiado com mudança de cargo e um aumento de R$ 10 mil no salário. 3

Cacá Santiago

RECUO ESTRATÉGICO

O

preço do litro da gasolina comum nos postos de combustíveis de Maceió sofreram uma redução considerável na semana que passou. O recuo estratégico coincide com o avanço dos

trabalhos na Comissão Especial de Investigação (CEI) da Câmara dos Vereadores e na vigilância de pertinho feita pelo Ministério Público Estadual. Do nada, o preço caiu até dez centavos. Na Via

Expressa, a média de preço é de R$ 3,77, quando, na semana anterior, era cobrada a média de R$ 3,85 pelo litro da gasolina comum. MP e Câmara investigam se há uma cartelização. 7

MORADIAS

IMPROBIDADE NA OAB/AL

SERRA DA BARRIGA

Governo faz a entrega de 96 casas no Reginaldo

Denúncia contra Marinela

O mais novo patrimônio cultural do Mercosul

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A advogada Fabiana Maria Freire Gaia ingressou com uma Representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) contra a presidente da OAB Seccional

Alagoas, Fernanda Marinela. A acusação é de Improbidade Administrativa que teria sido materializada na utilização de advogados da Comissão de Prerrogativas da OAB/AL na

defesa de ações do interesse de Marinela. A advogada disse que a denúncia não prosperaria em Alagoas porque a Comissão responsável pela apuração seria manipulada. 6

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EXPRESSÃO

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

Soltem o Brasil Livre! S

e a classe média já se sentia apertada com a política econômica do Governo Dilma, que se prepare para o pior. Não há como tirar mais do pobre. É dessa parte da pirâmide [da classe média] que o Governo Interino Temeroso vai tirar dinheiro. Quanto mais, melhor. Será a válvula de escape para o governo tornar o pobre cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico. Nunca foi diferente neste modelo de governo. Nem será agora. Cortar de onde? Buscar

mais dinheiro aonde? O pobre não tem mais de onde tirar. Nem no empréstimo consignado o aposentado ou pensionista – principal fonte de renda de milhões de famílias – tem mais. Cortando o Bolsa Família vai gerar uma economia pífia de dois por cento. O bravo povo brasileiro está entrincheirado em ações contra essas manobras do Governo Interino Temeroso. Mas precisa do apoio “verde e amarelo”. Do Brasil Livre, atuante em prol da moralização da política e por um País

livre da roubalheira. Que o Brasil Livre saia dessa prisão de consciência. O movimento é forte. Venha protestar. Nada está resolvido. Os defensores do estado democrático de direito e também da presidenta afastada Dilma Rousseff estão diariamente nas ruas – e, mais recente, em prédios dos órgãos de Cultura – em protesto contra o corte em serviços públicos e às ameaças a direitos consagrados, como trabalhistas e previdenciários. Normal o “povo de vermelho” fazer barulho. O que

causa espanto é o silêncio verde e amarelo, do pessoal das camisas da CBF [Confederação Brasileira de Futebol], que estavam soltando fogos na praia na semana passada, mas se calou ainda nas primeiras decisões de Temer. Por quê? Não deveriam estar felizes? Não conseguiram acabar a corrupção e resgatar a “’união social” do Brasil? Ou seria a dor de perceber o “eu avisei” em uníssono nas ruas e nas redes sociais? Talvez estejam confusos ao ver tantos veículos de comunicação e instituições estrangeiras

também chamando o Impeachment de golpe. O silêncio verde e amarelo permanece; o Brasil Livre está preso em casa, olhando para as notícias sem saber se fica assustado, como “o povo da esquerda”, ou se era isso mesmo que queriam. Afinal, eles bateram panelas, encheram avenidas, fizeram ondas verde e amarela nas praias. Onde está esse Brasil Livre comemorando sua vitória pelas ruas? Será que está no “cantinho da reflexão”, remédio das mães para os filhos mimados?

Compre uma carroça e pague duas WelderPhelipe Silva Tiriba – É aluno do Bacharelado em Administração da UFAL, campus Arapiraca. Fabiano Santana dos Santos – Doutor em Serviço Social e Professor Adjunto no Bacharelado em Administração da UFAL, campus Arapiraca.

Q

uase todo ser humano (em especial os homens) em algum ponto da vida sente a necessidade de adquirir um veículo para suprir suas necessidades de locomoção.Muitos sonham com seu carro zero km, mas os preços dos veículos estão se afastando cada vez mais do bolso do brasileiro, que arca com impostos altíssimos, independente do produto. Assim, o sonho do carro “zero” voa das mãos das pessoas. Durante boa partedo século XX, o carro era um artigo de luxo e apenas a nata da sociedade podia arcar com um carro novo. Com a inflação nasalturas, as montadoras cobravam preços inalcançáveis para a maioria da população, que quando conseguia comprar umveículo, era geralmente um carro popular com mais de 10 anos de uso, financiado à perder de vista.

Com o passar dos anos, houve várias tentativas de incentivos por parte do Estado para colocar um carro novo na garagem do brasileiro. Algumas montadoras “depenavam” seus veículos para cortar ao máximo os custos.Por exemplo, a Volkswagen com o Fusca “Pé-de-boi”, a Willys com o “Teimoso”, a Simca com o “Profissional”, entre outros. Todos esses carros perdiam basicamente tudo julgado como “dispensável”, como frisos cromados, marcador de nível de combustivel, tampa dos porta-luvas e até luzes de seta e retrovisores. Com a inflação voltando a subir e a economia apresentando uma grave recessão, os preços estão cada vez mais altos, e o governo continua a aumentar os impostos sobre os veículos, dificultando mais ainda que o brasileiro possa adquirir seu carro novo.Um

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

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veículo que deveria custar R$ 25mil sai, em média,R$ 45mil devido aos impostos abusivos.O cidadão acaba comprando um carro para si e “outro para o governo”. Com impostos cada vez mais abusos, podemos questionar:onde isso tudo vai parar? A resposta é pouco animadora e quase sempre está relacionada a uma elite corrupta que vem patrocinando uma crise sem precedentes no país.E, pra piorar, o cidadão é quem arca com o prejuízo, pagando preços estratosféricos em produtos que não valem tanto.Os veículos nacionais, em comparação com osproduzidos fora do país, são mais fracos, com acabamento inferior, menossguros e, mesmo assim,terminamos pagando um valor elevado por eles. Não é a toa que o mercado de semi-novos encontra-se em alta, pois, com o valor que o cida-

EXPEDIENTE ODiaAlagoas

dão compraria um popular com poucos opcionais, como ar-condicionado, vidros elétricos (só na parte da frente, por conta de “cortes de custos”), direção hidráulica e alguns poucos itens de série, ele acaba comprando um carro de melhor qualidade (geralmente importado), com alguns anos de uso ediversos opcionais. Como já disse certo ex-presidente: “Carros brasileiros são carroças”. Como o 3º maior mercado automobilístico do mundo, nós merecemos coisas melhores a preço justo! Para citar um exemplo, o Ford Ecosport é consideradoum carro de padrão elevado em nosso país, custando a bagatela de R$68.700,00 em sua versão de entrada.Esse veículo foi importado para países como Estados Unidos e Reino Unido e sofreu várias críticas em relação à seu projeto, pois o público norte-americano

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Deraldo Francisco Editor-Geral

Conselho Editorial

Jorge Vieira

e europeu está acostumado com carros de qualidade e, ao verem nosso carro tupiniquim, com acabamento, motor e estabilidade de baixa qualidade, se negaram a comprar e obrigaram a Ford a adaptar o mesmode acordo com suas demandas. Esse caso ocorreu também com o Volkswagen Fox, que foi importado para servir como um substituto para o Lupo, mas não tinha a mesma qualidade e os órfãos do Lupo renegaram o tal substituto. Osbrasileiros tem que abrir os olhos e não aceitar essas “carroças” que nos oferecem apenas por se tratar de um carro zero.É preciso aumentar nossas exigências, pois o atual lider de mercado, o Chevrolet Onix, levou a nota 0 em segurança no Latin Ncap e continua vendendo como água. Se não mudarmos tal realidade continuaremos a comprar um carro e levar pra casa uma carroça.

José Alberto Costa

Rua Pedro Oliveira Rocha, 424 B - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092


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PODER

DA REDAÇÃO redacao@odia-al.com.br

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PREFEITO DE MACEIÓ diz que vair cortar o ponto dos servidores em greve

Rui promete retaliação Da Redação

Pode cair?

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arcialmente destruído pela maresia, o prédio que pertencia ao Tribunal de Contas da União e localizado na Praia da Avenida é algo que ninguém mais quer. Os vizinhos do local reclamam quanto ao perigo de desabamento e a Superintendência de Patrimônio da União não consegue leiloar a mega estrutura – avaliada em mais de R$ 15 milhões. Por lá, tudo fechado e apenas a empresa de segurança. A situação pode repetir o episódio que terminou no saque do antigo prédio do IBGE e do INSS, no Centro, que foi completamente saqueado.

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prefeito Rui Palmeira vai cortar o ponto de servidores que aderirem à greve por tempo indeterminado. Pelo menos, a ameaça de retaliação foi feita pelo próprio prefeito, durante evento com sua comitiva. A decisão pela paralisação foi do sindicato da categoria em assembleia geral e o motivo: a negativa do prefeito de reposição das perdas salariais relativa ao período de um ano, na ordem de 6,29%. O sindicato reforçou que não se trata de aumento, mas apenas de repor as perdas com a inflação entre 2016 e 2017. Para justificar a reposição das perdas salariais dos servidores públicos, o prefeito Rui Palmeira disse que “é mais

prudente, em ano como esse, que se pague o salário em dia”. Para o sindicato, ficou clara a chantagem do prefeito, mascarada sob o argumento de que o reajuste seria uma decisão meramente política e irresponsável do ponto de vista financeiro. Contrastando com o não que deu aos servidores municipais, o prefeito Rui Palmeira, de uma só canetada, reajustou em quase 150% o salário de um servidor comissionado, cujas exoneração do antigo cargo e nomeação para o novo foram publicadas na mesma edição do Diário Oficial do Município, no último dia 19 de junho. Sobre a posição dos líderes dos servidores públicos municipal, o prefeito Rui Palmeira disse que faltou “bom senso”. Talvez, o mesmo critério que faltou ao nomear um amigo

para um cargo comissionado com salário fora da realidade em Maceió. O beneficiado foi Marcello de Oliveira Bentes- que seria padrinho de casamento do prefeito - que deixou o cargo de ”assessor especial”, com o salário de R$ 7.770 e passou para R$ 17.000, agora com o cargo de “coordenador-executivo”. O cargo até existe e os recursos para ele estão previstos no orçamento aprovado. No entanto, os servidores se revoltaram com a falta de coerência do prefeito que alegou falta de recursos diante da crise para repor as perdas salariais dos trabalhadores do município e, no mesmo momento, conceder um reajuste de R$ 10 mil para um único servidor comissionado.

Pegou ar Rui Palmeira foi muito criticado por ter subido o tom e ameaçado cortar o ponto de servidores que entrassem em greve. O prefeito não reajustou os salários alegando que Maceió está sem caixa e foi para o ataque, dizendo que a paralisação – que foi suspensa pela Justiça – tinha fins políticos, o que irritou ainda mais os sindicalistas.

Para boi dormir O PT, inclusive, já questionou a alegação de Rui Palmeira que os sindicalistas ligados ao partido estariam querendo atrapalhar a gestão. Os petistas lembraram que estão fora do governo estadual e mesmo assim conseguiram garantir um pequeno reajuste na negociação com Renan Filho.

Batendo cabeça O clima na Prefeitura de Maceió está muito estranho. Secretários municipais trocando acusações e tentando minimizar a atuação dos colegas. Tucanos mais próximos ao prefeito Rui Palmeira aproveitaram para pedir com urgência uma Reforma Administrativa para afastar quem já não trabalha mais na mesma linha. Dizem que o clima eleitoral já chegou por lá...

Ácido O deputado Antonio Albuquerque foi bem claro ao dizer que o deputado Rodrigo Cunha estava querendo promoção pessoal em cima dos demais parlamentares ao propor um projeto de redução do recesso na Assembleia Legislativa. Albuquerque lembrou que precisa do tempo livre para visitar as bases do interior, alfinetando o tucano.

Mudança Depois de amargar cinco derrotas consecutivas, o deputado Marcos Barbosa chegou a se reunir com outros conselheiros do CRB na tentativa de recuar com a contratação de Zé Carlos – o que teria dividido o elenco. O encontro refletiu nos jogadores que mudaram o clima e passaram a apoiar o atleta.

Por aqui Marechal Deodoro e Pilar estão recebendo atenção especial do governador Renan Filho. Ele tem recebido com frequência os prefeitos Cacau e Renatinho, respectivamente. Além de participar de eventos nas duas cidades que formam os principais colégios eleitorais da região metropolitana ao lado de Rio Largo, ao qual o prefeito Gilberto Gonçalves faz questão de se manter no barco da oposição.

Vou ali O lançamento da pré-candidatura de Fabiana Pessoa a uma vaga na Assembleia Legislativa mexeu com os ânimos em Arapiraca. A vice-prefeita tem demonstrado vontade de mudar os rumos de sua vida política, expondo certa fragilidade na composição que elegeu Rogério Teófilo na Prefeitura. A gestão anda sendo muito criticada.

Rui nega reajuste a servidores e reajusta salário de amigo

Sidney Lopes: “Rui Palmeira usou o nosso dinheiro”

“Não foi uma boa ideia dar zero de reajuste” O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sidney Lopes reagiu a este posicionamento do prefeito Rui Palmeira. “Infelizmente, quando se trata de cargo comissionado, o prefeito faz o que quer. Mas, pagar um salário desses enquanto se recusa a aumentar de outros é complicado. A categoria não tem como entender isso”, disse o líder dos servidores públicos. O sindicalista disse que, desde o dia 14 de junho que a categoria decidiu paralisar as atividades e, neste período, vem tentando diálogo com a Prefeitura. “A força de vontade que o prefeito teve foi apresentar zero por cento de aumento, o que os servidores não consideraram como uma boa ideia”, comentou Sidney Lopes. “Com reajuste zero é difícil de dialogar com o prefeito. Em relação à Responsabilidade Fiscal, Maceió está dentro do exigido.

Mas, o prefeito diz que gastou o dinheiro. Se ele gastou o dinheiro é problema dele. Não temos nada a ver com isso. Com base nas contas apresentadas aos sindicalistas, há possibilidade de a Prefeitura conceder um aumento de 6,29%, correspondente à inflação de 2016 e 2017”, explicou o líder dos servidores públicos. Sidney Lopes disse que o sindicato segue aguardando a contraproposta do município solicitando aumento de 16,09%. Destaca-se que o reajuste concedido aos servidores será retroativo a janeiro, obedecendo a Lei 5.898/2010, referente à data base do servidor. “O município de Maceió teve crescimento de 8,2% nos repasses e a Prefeitura diz que não tem recursos para reajustar o salário dos servidores. Não podemos concordar”, afirmou. PREFEITURA EMITE NOTA Segundo a Secretaria de Gestão de Maceió (Semge),

diante da crise, o Município está trabalhando em medidas econômicas que possibilitem uma folga nas contas públicas necessária para concessão de um reajuste salarial responsável e que garanta o pagamento da folha de pessoal em dia que é uma prioridade para a Prefeitura. A Semge ressalta ainda que tem discutido permanentemente com os sindicados, apresentado os números e solicitou mais um prazo de 90 dias, período em que se espera uma melhora nos indicadores financeiros. A Prefeitura destaca ainda que, além dos salários, também tem mantido as progressões de carreira em dia, garantindo o direito dos servidores e buscando evitar perdas salariais dos funcionários públicos do município.


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MERCADO

Notícias de Valor

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Serivaldo Araújo mercado@odia-al.com.br

Ruralistas exigem perdão de passivo do Funrural

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nquanto o governo nos empurra “goela abaixo” uma reforma de Previdência, cujo principal intuito é surrupiar direitos de milhares de miseráveis incapacitados para o trabalho e que têm como fonte única de sustento seu e de suas famílias benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, a bancada ruralista no Congresso Nacional negocia com esse mesmo governo o afrouxamento das regras de renegociação do passivo do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Os ruralistas fazem pelo menos duas exigências ao governo. A primeira é o perdão total das multas e juros relativos a dividas anteriores do Funrural.

O governo federal propunha dar desconto de 100% apenas dos juros. Para multas e emolumentos, propôs conceder um desconto de 25%. Os ruralistas também querem que o governo reduza a entrada exigida de produtores e indústrias para que renegociem as dívidas. A equipe econômica já tinha concordado em exigir uma entrada de 5% para que ruralistas possam parcelar suas dívidas em 240 meses, a partir do próximo ano. Além da falta de respeito à população por parte dos parlamentares que integram a bancada ruralista no Congresso,empresas e outras organizações vinculadas a alguns deputados federais e senadores, juntas, devem R$ 372

Sobre o ensino superior em Alagoas

A limitação dos gastos públicos imposta pela chamada PEC do Teto, mais que uma simples redução dos investimentos do governo representou um duríssimo golpe nas políticas públicas voltadas para setores vitais como saúde, educação e segurança, entre outros. No caso específico da educação, este setor, de há muito, tem sido alvo de sucessivas iniciativas do poder público no sentido de cortar cada vez mais as verbas a ele destinadas, com o Orçamento da União contemplando-o com volumes cada vez mais insignificantes de recursos. Tem sido assim desde o advento da Reforma Universitária (Lei nº 5.540/68), que eliminou a exigência de gasto mínimo com educação. Cada vez mais ausente, o Estado abriu, então, espaço para a iniciativa privada que, aos poucos foi suprindo a omissão do poder público no setor. No passado, protagonista, o governo é, hoje, coadjuvante, se não mero figurante. Em meio à essa política, as instituições de ensino superior (IES) particulares se espalharam e cresceram pelo país inteiro. Atingiram um patamar de expansão tamanho, que a abundante oferta acabou transformando o setor num mercado extremamente competitivo a ponto de lhes impor a necessidade de buscar cada vez mais a excelência, tornando-se esta um diferencial assecuratório de sobrevivência. Neste cenário, Alagoas – respeitadas as limitações da nossa economia – pode se dizer uma referência. No IGC (Índice Geral de Cursos) divulgado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, o ranking das IES particulares nos mostra o salto de qualidade dessas instituições no âmbito estadual. Numa lista com as 14 maiores pontuações em Alagoas, a Fits lidera com IGC 2,87, seguida pela FAL (2,35), Pitágoras (2,32), FicUNIFAL (2,31) e CESMAC (2,7). Do 6º ao 14º lugar estão SEUNE, FAA, FAT, UNINASSAU, IBESA, FACIMA, IESA , FRM e FAMA, respectivamente.

Sob Temer, Cultura perde o 3º ministro

O ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, pediu demissão. Andrade foi o terceiro ministro da Cultura a deixar o cargo no governo Temer. Ele assumiu a pasta com a saída de Roberto Freire, que abandonou o posto após a divulgação do áudio e da delação de Joesley Batista, da JBS. Na carta de demissão enviada ao presidente Michel Temer (PMDB), Andrade afirmou não ter interesse em continuar na pasta. O ex-ministro afirmou o corte de 43% no orçamento do Ministério da Cultura e polêmicas envolvendo a nomeação do presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema) foram as motivações para a demissão. “Era um ministério que já estava deficiente. O Fundo Nacional de Cultura, que já teve R$ 500 milhões na época áurea, hoje tem zero de recurso. É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais”, afirmou. As informações são da Folha de S. Paulo.

Paulinho da Força sem direitos políticos

A desembargadora do Tribunal Regional da 3ª Região Consuelo Yoshida determinou a suspensão dos direitos políticos do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Paulinho da Força Sindical, por improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o parlamentar, como presidente da central sindical, contratou a Fundação João Donini sem licitação, para ministrar cursos profissionalizantes para desempregados e pessoas de baixa renda utilizando recursos do FAT. As informações são da Procuradoria da República da 3ª Região.

milhões ao INSS. Segundo levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), 73 deputados e 13 senadores – 1 em cada 7 congressistas – estão ligados a grupos devedores da Previdência. Entre os devedores, 4 senadores e 11 deputados têm empresas que somam dívidas superiores a R$ 1 milhão. As empresas presentes no levantamento da PGFN têm parlamentares como sócios, presidentes, fundadores ou administradores. Casos em que os CNPJs estão vinculados aos CPFs dos congressistas. Entre elas, há redes de televisão e rádio, hotéis, frigoríficos, companhias siderúrgicas e até diretórios de partidos políticos.

Faculdade de Gilmar Mendes recebeu R$ 2,1 mi da JBS

O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que tem como sócio o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, recebeu nos últimos dois anos R$ 2,1 milhões em patrocínios de eventos por parte do grupo J&F, controlador da JBS. Um dos eventos patrocinados ocorreu em Portugal em abril deste ano, dias depois de executivos da JBS firmarem acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Além de magistrados, o congresso teve a participação de ministros do governo Temer. O IDP informou ter devolvido R$ 650 mil do montante no dia 29 de maio, depois da revelação do acordo de delação premiada de executivos da empresa. Já a JBS diz ter repassado R$ 1,45 milhão desde 2015, sem mencionar a devolução de R$ 650 mil.

Fachin também “ganhou” da JBS

Mesmo antes de a revista Veja garantir em reportagem que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) havia descoberto que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin usou aviões da JBS nos dias que antecederam sua sabatina no Senado, em meados de 2015, o jornalista Jorge Bastos Moreno, morto na quarta-feira (14), já havia publicado, no dia 25 do mês passado, em O GLOBO, que o jurista Edson Fachin teria admitido que pediu ajuda “ao pessoal da JBS” para ser nomeado ministro da Corte.

Economistas contestam Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, publicou no Twitter que a taxa de desemprego parou de crescer em abril e deve começar a cair em agosto.Os números da PNAD mostram que o desemprego caiu ligeiramente em abril, mas com alta no balanço do trimestre. Para Cosmo Donato, economista da LCA Consultores, estes números positivos são mais um ajuste sazonal do que uma reviravolta do emprego.A taxa de desemprego está em 13,6%, mais de 7 pontos percentuais acima da taxa de 6,2% observada em dezembro de 2013.Segundo Donato, a taxa pode chegar a 14,8% e só deve começar a cair no primeiro trimestre de 2018.Cerca de 14 milhões de brasileiros estão desempregados, com 2,9 milhões em busca de trabalho há mais de dois anos e 1,8 milhão à procura de uma vaga havia menos de um mês, também segundo a PNAD.Fernando Barbosa, pesquisador em economia aplicada do Ibre FGV, lembra que a economia brasileira caminhava para consolidar uma recuperação, mas viu esse processo ser interrompido com o início da crise política que eclodiu com as delações da JBS.


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MERCADO

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MONTANTE se refere às solicitações realizadas da segunda quinzena de maio até a primeira deste mês; procedimentos são online

Sefaz paga mais de R$ 220 mil da Nota Fiscal Cidadã Tatyane Barbosa e Maynara Rocha Repórteres

A

Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL) realizou o pagamento de mais um repasse dos créditos da Nota Fiscal Cidadã. Nesta fase foram pagos R$ 229.219,15 aos consumidores que efetuaram os requerimentos até este mês. No total foram contabilizados 1.527 solicitantes. Esta é a quarta liberação do ano. De fevereiro até junho foram pagos R$ 740.725,45. O valor já está disponível nas contas cadastradas na campanha. E se não forem solicitados em até um ano ficam indisponíveis ao consumidor. O procedimento é simples. É realizada a apuração dos créditos a que os consumidores têm direito, depois de efetuar o Registro Eletrônico de Documentos Fiscais (REDF) no prazo estipulado na IN 36/2008. O consumidor pode utilizar os créditos no prazo de um ano, a contar da

De fevereiro à junho, R$ 740.725,45 foram liberados para pagamento na Nota Fiscal Cidadã; valor fica disponivel por um ano

data de sua disponibilização. A solicitação pode ser feita em qualquer data, mas a transferência dos créditos para a conta cadastrada será executada no dia 20 de cada mês subsequente àquele no qual foi feito o pedido. As exclusões dos valores acontecem uma vez por ano.

Para solicitar o recebimento dos valores repassados pela campanha basta acessar nfcidada.sefaz.al.gov.br, selecionar as opções ‘Acesso ao Sistema’ e, depois, ‘Consumidor’. Em seguida basta informar se é pessoa física ou jurídica e entrar no sistema. Após esta etapa deve ser soli-

citada a transferência do valor disponibilizado para a conta cadastrada no perfil. A Secretaria de Estado da Fazenda ressalta que se a conta informada na transação estiver incorreta a quantia da transferência será estornada, porém, com desconto do custo operacional (R$ 1,50

para Caixa Econômica Federal e R$ 3,50 para outros bancos). Conforme orientações do Banco do Brasil, o correntista deve colocar código de operação zero para as transações bancárias. O programa da NFC devolve aos participantes até 10% do ICMS recolhido pelo estabelecimento. Para tanto, o consumidor deve solicitar o documento fiscal e informar o seu CPF no ato da compra. Além disso, é necessário estar cadastrado no sistema para solicitar a transferência dos valores para a conta cadastrada. A cada dez notas fiscais é gerado um cupom para sorteio. Se compartilhar com uma instituição social, dobra a quantidade. O prêmio de menor valor equivale a R$ 100,00 e o de maior R$ 30.000,00. Caso seja necessária a alteração de senha, pode ser realizada no site, nas Chefias Regionais ou em uma das Centrais Já!. Outras informações podem ser obtidas pelos números (82) 3315-7828/7825.


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ESPECIAL

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REPRESENTAÇÃO acusa presidente da OAB em Alagoas de usar membros da Ordem para trabalhar em causas particulares

Advogada faz denúncia à PGR contra Marinela A

Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu Representação contra a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Alagoas, Fernanda Marinela. Ela é acusada de improbidade administrativa por usar membros das comissões da entidade para trabalhar em causas particulares. De acordo com a representa-

ção, Marinela que é sócia juntamente com seu esposo, Paulo Nicholas de Freitas Nunes, em um escritório de advocacia, responde civil e criminalmente por ações que tramitam no judiciário alagoano. Entre elas, de que a advogada foi contratada ilegalmente durante a gestão do ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida (2005 a 2012), para ministrar aulas em um curso promovido pela Procuradoria

Geral do Município, à época comandada pelo esposo. Com o esquema, o curso da candidata da situação à presidência da OAB Alagoas teria faturado cerca de R$ 700 mil, segundo o processo PGM 4.165/05. De acordo com especialistas, o então procurador Paulo Nicholas infringiu os parâmetros da moralidade ao contratar a própria esposa. Esta ação estaria sendo defendida pelos advogados

Silvio Márcio Leão RegoArruda e Paulo Faria de Almeida Neto, membros efetivos da Comissão de Defesa das Prerrogativas; e por Fernando Ítalo Câmara de Castro, presidente da Comissão de Tecnologia e Informática. “Nestas condições, os membros da Comissão de Prerrogativas dos Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Alagoas, estão impedidos de patrocinar em qualquer esfera Adminis-

trativa e/ou Judicial, a defesa de interesses particulars da presidente contra os Advogados inscritos nesta Seccional”, traz a ação assinada pela advogada Fabiana Maria Freire Gaia. “É vedado aos membros da OAB/AL, utilizar o serviço público da entidade para defender interesses particulares e propor ações contra advogados inscritos na OAB, nesta ótica há utilização os bens da entidade”, traz a ação.

Segundo o processo, os atos praticados por Marinela violam o principal constitucional da Legalidade A advogada Fabiana Gaia ainda ressalta que eles não estão somente violando a Constituição Federal, mas o Estatuto da OAB e o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. “Tais condutas demonstram de forma cristalina que Fernanda Marinela, na qualidade de ocupante do cargo de presidente da Seccional OAB/AL está utilizando a entidade em seu proveito próprio e alheio, do seu esposo, Dr. Paulo Nicholas Freitas Nunes, sócio da presidente”, diz. De acordo com a representação, os atos praticados por Marinela violam o principal constitucional da Legalidade, Impessoalidade e Moralidade da função de serviço público da OAB, porque põe em cheque, a imparcialidade e total impedimento Comissão de Defesa das Prerrogativas de atuar a favor dos advogados processados, já que o próprio da Comissão participa ativamente como advogado dos Representados. “Evidente que os demais membros ficam impedidos de atuarem contra ato de seu próprio presidente, senão, ao menos, todos eles e os demais que vierem a substituí-los se

Arquivo: Eduardo Leite

ÉTICA: Presidente é acusada de violar Estatuto da OAB

Conforme a representação, Marinela estaria usando cargo de presidente da OAB/AL para interesses particulares

tornarão também suspeito, uma vez que não irão de encontro à vontade mor da sua presidente”, expôs Fabiana. A representação ainda explica que ao perpetrar tais ações como gestora de um órgão federal de classe como a OAB, Fernanda Marinela, se escusa do pagamento de verba honorária por estar representada pelo presidente de uma das comissões mais importante em face do corpo de juristas que nela exercem suas funções. “Atrai para si e seu esposo todo o escopo hígido da OAB, com a dolosa intenção de penetrar com grande facilidade e influencia em qualquer gabinete da administração pública estadual, inclusive, do

Poder Judiciário, uma vez que não está ali a advogada Dra. Fernanda Marinela, mas, sim, a Presidente da OAB”, traz o texto. A representação afirma que a Comissão de Defesa das Prerrogativas ao praticar ato de advocacia, o chamado múnus público, em defesa da Presidente, retirou do órgão a sua imparcialidade, ficando, assim, impedida a Comissão, de atuar enquanto a Marinela estiver na presidência. “Deixa cristalino que tais figuras estão dissociadas da efetiva atividade constitucional da OAB, uma vez que estão a utilizar a entidade em proveito próprio e de forma associativa”. “Só após assumir a presi-

dência da entidade Seccional no Estado de Alagoas, é que a mesma iniciou um desdobramento de inúmeras ações Catilinárias e Sedutoras contra dezenas de advogados inscritos na OAB/AL, inclusive, de forma seletiva e utilizando a instituição de âmbito federal a seu favor e de seu esposo”. E na representação, Fabiana Gaia, fala diretamente ao Procurador: “Convém salientar, Senhor Procurador Geral, que os seus atos na qualidade de Presidente da OAB/AL vêm lhe trazendo vários benefícios não só no âmbito político e de promoção do seu escritório jurídico, mas, também, no âmbito econômico financeiro ao fazer uso de uma das prin-

cipais Comissões de Juristas para lhe defender em Juízo, eximindo-se do pagamento de qualquer verba honorária, além, evidentemente, de aproveitar a influência que o cargo de Presidente lhe traz na OAB/ AL e amplo destaque público”. Por ser presidente da OAB, a ação afirma que manobras poderão ser feitas para dificultar a produção de prova, já que Marinela controla toda a documentação da OAB/AL, secretaria, comissões que preside e representa judicialmente no Estado de Alagoas a OAB/AL. A advogada pede a abertura de investigação por ato de improbidade administrativa e crime tipificado pelo uso da máquina de uma entidade de âmbito federal e que goza de subvenção pública federal, imunidade tributária, com o afastamento de Marinela e dos membros citados da Comissão de Defesa das Prerrogativas. OUTRO LADO A reportagem de O DIA ALAGOAS tentou contato com Fernanda Marinela, através da Assessoria de Comunicação da OAB/AL mas não conseguiu. A pessoa que atendeu às ligações da reportagem foi informada da necessidade de ouvir a Ascom sobre o assunto e, mesmo assim, o pessoa não foi encontrado.


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COTIDIANO

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ENQUANTO NÃO é possível provar formação de cartel, empresários seguem manipulando preços; promotor chama população à luta

Da Redação

P

arece coincidência: após o Ministério Público Estadual (MPE) anunciar a abertura de uma investigação sobre abuso no aumento dos preços de combustíveis em Maceió, na terça-feira (20), a gasolina baixou nas bombas em menos de dois dias. Outro fato fortuito foi a presença do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL), James Thorp Neto, na Câmara de Vereadores de Maceió na noite da quinta (22), para apresentar explicações sobre preços à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a presença de um suposto cartel dos postos da capital. O presidente havia cancelado a primeira data da reunião – 7 de junho – porque estaria em viagem. Até o começo da última semana, não havia data de nova reunião na Câmara. Viagens terminam e compromissos são retomados, mas a coincidência de ser justamente quando o MPE aumenta a pressão é algo notável. A CEI, sozinha, pareceu não intimidar os donos dos postos, então foram trazidos o Procon e o MPE à comissão para investigar o porquê do combustível – em especial, a gasolina – ser tão mais caro em Maceió em relação a outros municípios alagoanos e às demais capitais do Nordeste. A Portaria nº 0030/2017, expedida pelo promotor Max Martins, que lida com a proteção dos Direitos do Consumidor na Capital, foi bastante clara: considerando a coleta de dados em 115 postos de Maceió, conduzida pela CEI, que apontou preços beirando os R$ 4, é preciso apurar “eventual abusividade no aumento do combustível na cidade de Maceió”. Para isso, nada mais de levantamento de dados, o promotor exigiu coleta de documentos, certidões,

perícias, inspeções e “demais diligências para melhor instruir o presente procedimento”. “Já tivemos duas diminuições de preços nas refinarias por parte da ANP [Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível] este ano e por que não tivemos algum desconto ou diminuição nos preços, já que a grande desculpa dos donos de postos para os aumentos é a ANP? Cada vez que o preço sobe na refinaria, esse aumento é repassado imediatamente para o consumidor, na bomba. Ora, por que o mesmo não acontece quando a ANP abaixa o preço?”, provocou Max Martins à reportagem de O DIA. Para o promotor, não se justifica o preço cobrado em Maceió diante de capitais vizinhas, como Recife e Aracaju. “Ou nem isso, basta ir à Arapiraca que se encontra gasolina a R$ 3,40, e é o mesmo estado”, apontou, questionando outra desculpa comum dos donos de postos, que é a carga tributária estadual. Ele também lembra que este não é um pleito isolado dos donos de veículos, pois o combustível é um insumo essencial em qualquer cadeia produtiva. “Quando aumenta a gasolina, isso gera um efeito em todos os custos de produção, no orçamento da família. Não é um fator isolado, por isso é importante que além das instituições – o MP, o Procon, a Câmara de Vereadores, a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] com sua Comissão de Direito do Consumidor – é importante também o engajamento da sociedade civil organizada, que já estamos vendo, mas precisa continuar”, incentivou Max Martins. O promotor aplaudiu a iniciativa de grupos de motoristas que registram os preços em postos e criaram redes de divulgação através de redes sociais. “É preciso, a indignação com o alto custo. Toda sociedade precisa se mobilizar, abastecer no posto mais barato e forçar a estabilização desse cenário”, convocou.

Fotos: Cacá Santiago

Postos de combustível na mira do MP - de novo

Depois da abertura da CEI, postos já começaram a reduzir preço da gasolina

Neste posto a redução já foi um pouco mais modesta, mas ainda assim caiu

Posto Antares passou a comercializar o litro da gasolina comum por R$ 3,77

Investigações já mostram coincidência em preços da gasolina As investigações do Ministério Público estão voltadas à “abusividade do aumento de combustível na cidade de Maceió”. Não se fala em cartel. A legislação brasileira define cartel como um acordo de cooperação entre empresas que buscam controlar um mercado, determinando os preços e limitando a concorrência. Cartel é um crime contra a ordem econômica (art. 4º da Lei 8137/90) e uma prática passível de punição administrativa diante da Lei nº 12.529/11, que trata da estrutura do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Entre as várias coincidências que ocorreram na última semana, uma se destaca: os preços da gasolina. Antes do MP intervir, as bombas em Maceió variavam de R$ 3,82 a R$ 3,87, em geral. Após a portaria do promotor Max Martins, em pouco mais de 24 horas (alguns postos mudaram o preço na noite de quarta-feira), o custo da gasolina, por litro, passou a variar entre R$ 3,72 a R$ 3,77. Exatamente dez centavos. Em praticamente todos os postos. Apesar da grande coincidência de preços e práticas, o Ministério Público não pode, à luz da boa prática legal, iniciar um processo investigativo por formação de cartel nos postos de combustível em Maceió sem provas deste tipo de crime. “A questão da cartelização é uma questão de Justiça Criminal. Não basta estar com preços todos iguais, para punir é preciso que a Justiça comprove o acordo. Precisa de provas disso, que podem vir de interceptação telefônica, troca de mensagens, acordo escrito, filmagem. É preciso provar isso”, explicou o promotor Max Martins.


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CAFÉ&NEGÓCIOS

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br THÁCIA SIMONE - thaciasimone@gmail.com

Feriado

Blog Eu tenho um cantinho que compartilho mais conteúdo sobre empreendedorismo. Visita o meu blog: thaciasimone.blogspot.com.br Sugestões de pautas pelo thaciasimone@gmail.com

É importante pensar em vários cenários, estudar bastante e dominar assuntos que interessam para o seu negócio. Empreender é técnica que se pode aprender” Bruno Gagliasso, 35 anos, mais conhecido pela sua carreira de ator, mas ele tem empresas em diversos segmentos. Tem sociedade em restaurantes, como o orgânico Le Manjue, a lanchonete Burger Joint e o Forneria Família Gagliasso, especializado em culinária italiana; no mercado fitness, com a academia de crossfit CFP9; nas artes marciais miastas, com o evento de lutas Fight2 Night; no setor hoteleiro, com a Maria Bonita Noronha, uma pousada localizada em Fernando de Noronha; no mercado de beleza, com o Espaço Gioh, um salão montado com a esposa, Giovanna Ewbank; na produção de conteúdo, com o Gioh, um portal também gerenciado em parceria com Giovanna; e no mercado de startups, com a Brave, uma plataforma que cria aplicativos de transporte e mobilidade, e a CredPago, que intermedia o contato entre locatários e pessoas que desejam alugar um imóvel.

Este final de semana será prolongado, em virtude do feriado do Comerciário que foi antecipado para a próxima segunda-feira (26). Na quinta-feira (29), que é o dia exato, o comércio vai funcionar normalmente.

Agronegócios

E para quem tem ideias inovadoras e sustentáveis no agronegócios tem lançamento de edital pra startups e empreendedores na área de grãos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até dia 16/07 pelo: www.sebrae.com.br/ desafioagrotech

No Facebook

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Maragogi no verão e no inverno também

Curtir o inverno no Norte alagoano ficou mais atrativo, graças a piscina aquecida da Pousada dos Jangadeiros, em Maragogi. O período reconhecidamente chuvoso, por vezes, impede o visitante de aproveitar as belíssimas praias do segundo pólo turístico do estado. E para não perder a viagem, a água morna e confortável da pousada assegura uma tarde-noite de bom papo e curtição, mesmo no friozinho junino de nosso Nordeste. Maragogi oferece deleites que poucos lugares no planeta podem listar.As águas termais do planalto central brasileiro brotam nas praias branquinhas e macias de praias como Burgalhau, Xaréu, Ponta de Mangue e da famosinha Antunes, que insiste em confundir-nos com o mar deslumbrante do Caribe e adjacências. Para quem tá com a grana curta, em tempos de crise, um passeio a pé pela praia urbana de Maragogi serve também para organizar as ideias e admirar o que Deus deixou para nós. A Pousada dos Jangadeiros está localizada no final da orla da cidade e oferece ao seu hóspede-visitante para oportunidade de vivenciar Maragogi cada vez intensamente. Além de ser a única que dispõe de elevador panorâmico, seu corpo de colaboradores é atencioso e acolhedor. A aconchegante pousada dispõe de duas piscinas fantásticas. A do térreo é aquecida e bem frequentada nas tardes e noites, por permitir um happy hour bem legal, dentro da água morninha. Já a piscina da cobertura, ela por si só dispensa comentários pela vista que o seu frequentador ganha. Estive na Pousada jangadeiros em 2007, na época era bem menor, feliz em acompanhar a evolução do empreendimento administrado pelos jornalistas Carlos Eduardo e Heverlane Carlos. Veja mais em @pousadadosjangadeirosmaragogi, 82 9 98188-5500.

CNA LEVA AO SENADO PROPOSTAS PARA APRIMORAR RESOLUÇÃO QUE AUTORIZA PRODUTOR A RENEGOCIAR DÍVIDAS Norma vale para os municípios localizados na área de atuação da Sudene que decretaram, em 2016, situação de emergência ou estado de calamidade pública Os vice-presidentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Mário Borba e Flávio Saboya se reuniram com o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, na última quarta (14), para discutir a questão do endividamento rural na região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). No encontro, Borba e Saboya, que presidem respectivamente as Federações da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA) e do Ceará (FAEC), defenderam algumas mudanças para aprimorar a Resolução nº 4.568/2017 do Banco Central, que autoriza o produtor a renegociar as dívidas de operações de crédito rural, vencidas em 2016, no início de 2017 e as que vencerão até o final do ano. “Essa norma atende o nosso pedido, mas algumas questões não condizem com nossa realidade. Ela determina que quem prorrogar a dívida fica impedido de contratar novo crédito. Mas o produtor não terá condições de quitar esse débito se não tiver acesso a novos recursos para começar as atividades”, afirmou Mário Borba. Os representantes da CNA entregaram um ofício ao senador pedindo alteração de alguns pontos da resolução, que impedem o produtor rural de renegociar as dívidas. Uma das propostas é o fim do laudo técnico para comprovar as perdas da produção. “A resolução exige que o produtor apresente um laudo técnico para comprovar as perdas da produção, mas se o município decreta estado de emergência, qual a necessidade de ter um laudo?”, questionou Flávio Saboya. A resolução nº 4.568 vale para os municípios localizados na área de atuação da Sudene que decretaram, em 2016, situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência da seca dos últimos anos. O presidente da Federação da Agricultura/AL, Álvaro Almeida, preocupado com essas exigências, além de incentivar as Federações do Nordestea solicitar a reunião com o senador Eunício Oliveira,enviou ao senador Renan Calheiros o OF./ FAEAL Nº 072/201,no sentidodeintervir para que esses entraves fossem retirados (ou alterados) do texto, como por exemplo, que o município tenha sido declarado em situação de emergência ou estado de calamidade pública, com reconhecimento pelo Ministério da Integração Nacional, a partir de 1º/01/2016, lembrando que, em Alagoas, nem todos os prefeitos solicitaram que o seu município fosse enquadrado nessa situação. Outra exigência que Álvaro Almeida considera absurda é que, ao negociar seus débitos através da resolução, os produtores ficam impedidos de contratar novos financiamentos até que tenham amortizado, no mínimo, duas parcelas subsequentes. Para ele, isso significa “mostrar o caminho e fechar a cancela”.

CURSOS DA SEMANA (25/06 A 1º/07/2017)

thaciasimone@gmail.com você pode contar sua história de sucesso, compartilhar o nome do seu livro preferido e sugerir pautas para esta coluna.

SENAR/PREFEITURAS: Informática Básica, em Major Izidoro SENAR/SEPREV: Mecanização Agrícola, em União dos Palmares. SENAR/SEBRAE: Programa Negócio Certo Rural, em Arapiraca, Igreja Nova e Mar Vermelho. SENAR/SINDICATOS: Eletricista Rural, em Arapiraca; Informática Básica e Olericultura Orgânica, em Junqueiro; Plantas Medicinais e Programa de Inclusão Digital Rural, em Palmeira dos Índios; Olericultura Orgânica, em Porto Calvo; Informática Básica e Informática Básica (móvel), em São Miguel dos Campos. SENAR/USINAS: Relações Interpessoais, na Usina Santo Antônio (em São Luís do Quitunde).


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ESTADO

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CASA PRÓPRIA Na oportunidade, moradores tiveram treinamento sobre uso do gás realizado pelo Corpo de Bombeiros

Estado entrega mais de 90 moradias no Reginaldo Keila Oliveira Ascom

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Governo de Alagoas entregou, na quinta-feira da semana passada, dia 22, as chaves dos 96 apartamentos da Área 2 do Vale do Reginaldo, em Maceió. A solenidade, realizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), contou com treinamento promovido pelo Corpo de Bombeiros, para orientar moradores sobre a correta utilização do gás e os cuidados rotineiros nas residências. O empreendimento faz parte do Programa de Urbanização Integrada do Vale do Reginaldo, destinado a pessoas que viviam em áreas de risco ou em locais que possuem intervenções da Prefeitura ou do Estado para a realização das obras. Para a construção da Área 2, foram investidos R$ 3 milhões, provenientes do Ministério das Cidades e do Governo de Alagoas. SONHO DA CASA PRÓPRIA De acordo com a secretária de Estado da Infraestrutura, Aparecida Machado, a entrega dos imóveis reafirma o compromisso da pasta com a realização do sonho da casa própria para milhares de alagoanos. “Desde o início, nossa prioridade foi oferecer aos moradores um empreendimento que atendesse aos requisitos de segurança e qualidade. Por isso, acompanhamos de perto todo o processo para a entrega desses apartamentos. Poder ver a alegria no rosto de cada

beneficiário é muito gratificante”, ressaltou. Para Glória Santos, uma das beneficiárias, a entrega dos apartamentos é a realização de um sonho antigo. “Estava muito ansiosa por esse momento. Sair do aluguel é um alívio para mim e, hoje, realizar esse sonho é motivo de muita alegria”, afirmou. DIGNIDADE A superintendente estadual de Projetos Sociais, Vanessa Martins, destacou a importância do empreendimento para as 96 famílias beneficiadas. “Estamos levando dignidade para essas famílias, que viviam de aluguel social ou estavam em casa de familiares. Hoje, elas podem dizer que têm o seu próprio apartamento. E o mais importante: com boas condições de habitabilidade”, pontuou. Após a entrega das chaves, os moradores fizeram a vistoria dos apartamentos. Dona Quitéria Josina esbanjava felicidade ao entrar na casa nova. “Um das melhores coisas da vida é poder conquistar o próprio imóvel! Quem é que não quer ter um lugar para chamar de seu? Não tenho como explicar o que estou sentindo; é muita emoção”, destacou Quitéria. No Vale do Reginaldo, o Governo do Estado de Alagoas, por meio da Seinfra, é responsável pelas ações de desapropriação, aluguel social, construção de habitações, realização de melhorias habitacionais, regularização fundiária, contenção de encostas e construção de equipamentos comunitários.

Moradores do Vale do Reginaldo felizes em poder receber as chaves da nova moradia: apartamento próprio


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SAÚDE

PODERGrisalho Francisco Silvestre silvestreanjos@bol.com.br

Desafios juninos

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mês de junho tem uma simbólica e tríplice característica, que é anunciada pelo início da estação inverno friorenta, pela fé religiosa e pelos aflorados costumes folclóricos. O frio, o forrobodó e a fé que tomam conta das pessoas nesse mês, tornam-as ainda mais festivas, ferventes e fortalecidas religiosamente. Para as pessoas de idades avançadas, além dessas singularidades, é mais uma etapa para testar suas habilidades vitais; digamos que seja uma etapa superior a ser cumprida. Porque, filosoficamente e analogicamente, para o idoso cada ano que ele enfrenta nesta fase é um curso vital, comparando que cada estação é um período com disciplinas específicas e desafiantes. Aspectos sociais que, ultimamente, as estações tenham se transformado muito, ou especificamente, que o homem cotidianamente agride o meio ambiente e com isso, a estação tenha adquirido novas formas climáticas.

Invernou! Comemore... Agora não tem mais volta. O inverno já começou e quem tá dentro tem se molhar. Ou melhor, tem que se cuidar e comemorar o êxito gerontólogico. É isso mesmo. Empolgação, gabação e “brindação”, só vão fazer bem. Afinal das contas e dos contos você merece. Só quem vai ter um inverno pela frente para curtir é porque já atravessou a primavera, o verão e outono passado, numa, ou de boa. Agora é só atentar para as dicas de como cuidar-se durante o inverno que aconselhamos nas colunas das nossas edições anteriores, e, como este inverno promete muita chuva e muito frio, um último conselho é beber muita água e abusar dos cremes para hidratar o corpo e a pele.

As idades Apesar do homem só valorizar a idade cronológica, ou seja, a idade social, as ciências especializadas em envelhecimento e velhice ainda cultivam a idade biológica, a idade cultural, a idade psicológica e a novata idade espiritual. Cada uma dessas idades tem suas caraterísticas especificas e, raras são as pessoas que dão importâncias para engajá-las no processo biopsicossocial do seu envelhecimento. Raras pessoas por desconhecimentos e outros restantes por descuidos.

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PREVENIR ainda é o melhor remédio; especialistas dão dicas preciosas

Fraturas em idosos faz 600 mil vítimas por ano Iracema Ferro Repórter

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s avanços da medicina estão fazendo com que as pessoas se tornem mais longevas e, com isto, cresce a preocupação com problemas típicos das pessoas com mais idade. No último sábado, dia 24, foi celebrado o Dia Mundial de Prevenção de Quedas, que tem como objetivo alertar especialmente idosos, seus familiares e cuidadores sobre o risco deste tipo de acidente, que representa um grave problema de saúde. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que anualmente 1 milhão de idosos sofrem fratura de fêmur em todo o mundo, sendo que 600 mil destes casos são registrados somente no Brasil. Destes, 90% são causa-

dos por quedas. O ortopedista Diego Mada, lembra que esses números são alarmantes, mas que alguns cuidados podem ser adotados para que este tipo de acidente possa ser evitado. “Acender as luzes nos ambientes onde o idoso vai transitar à noite, já que muitas quedas acontecem porque o idoso fica andando em casa à noite no escuro tateando e acaba não vendo algum obstáculo e cai. Outra prevenção importante é ter o mínimo de batentes e degraus na casa, bem como evitar qualquer tipo de obstáculo, como tapetinhos, objetos no chão, e principalmente piso molhado. Se o idoso já tem dificuldade para se locomover, a família deve providenciar uma bengala, muleta ou andador, de acordo com a necessidade”, assinala. Mas, e se a queda já tiver acontece, como proceder? O

especialista diz que é essencial chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levar o idoso para o hospital, a fim de fazer uma avaliação. “Muitas vezes o idoso teima que não quer ir, mas há várias complicações pela ausência de diagnóstico, por isso, é melhor procurar um hospital e afastar este risco. Como o índice de fratura em idosos é muito alto, principalmente decorrente de queda, não é bom descuidar. Nestes casos, além das fraturas de fêmur, as fraturas de ombro, quadril e pulso são as mais frequentes”, alerta. Diego Mada frisa que, com exceção somente dos idosos que possuem alguma complicação grave de saúde, a conduta para fratura de fêmur é cirúrgica em qualquer fase da vida, não somente na terceira idade.

A idade social A idade social ganhou estatutos a partir do século XVIII com a revolução industrial, quando também surgiu a estratificação do homem produtivo e do improdutivo, e ficou super estrelada, por cinco simbolísticas estrelas,desde o final do século XX, a partir do culto ao corpo feminino e da valorização midiática para os padrões de beleza estética, associada às ideias de saúde o medo de ficar velho. A idade social diz respeito à avaliação do grau de adequação de um indivíduo ao desempenho dos papéis e dos comportamentos esperados para as pessoas de sua idade, num dado momento da história de cada sociedade. O envelhecimento social é o processo de mudança de papéis e comportamentos que é típico dos anos mais tardios da vida adulta e diz respeito à adequação dos papéis e dos comportamentos dos adultos mais velhos ao que é normalmente esperado para as pessoas nessa faixa etária.

A idade biológica

Tapetes, independente do tamanho, são verdadeiras armadilhas para os idosos e devem ser retirados de casa

Um saudável e promissor investimento é tomar conta da sua idade biológica. Ela tem a ver com o estado de funcionalidade e conservação de seu organismo. Portanto a idade biológica que também está relacionada ao envelhecimento natural, provoca muitas mudanças a partir dos 28 anos de idade, com perdas funcionais que são próprias do desgaste celular, influenciadas diretamente por seus hábitos e estilos de vida, de quanto e como é seu sono, da prática ou não de exercícios físicos regulares, de como você administra seu equilíbrio emocional, do que você come/bebe, do seu trabalho, do seu lazer e do seu nível de estresse. Daí a importância de uma avaliação médica diferenciada complementada por avaliação laboratorial, utilizando-se dos indicadores de risco, buscando identificar desarranjos ou disfuncionalidades orgânicas que estejam afetando a qualidade de sua saúde.

Pequenas adaptações tornam o lar mais seguro

A idade psicológica O processo de envelhecimento psicológico determina sua idade psicológica que está ligada diretamente ao seu processo de amadurecimento. Processo que vai desde a socialização induzida nos primeiros anos de vida, até o contínuo processo da idade avançada para determinar a capacidade e qualidade de findar. Assim sendo, são elas que estão também associadas à diminuição e alteração de faculdades psíquicas que podem resultar em dificuldade ou simplicidade de adaptação a novos papéis, em falta de motivação e dificuldade de planear o futuro, em perdas orgânicas, afetivas e sociais, em baixa auto-imagem e auto-estima e em dificuldade de adaptação a mudanças rápidas, no entanto, sempre que trabalhadas, a inteligência e a capacidade de aprendizagem podem continuar a progredir para superação dos conflitos.

Algumas adaptações na casa onde o idoso mora podem ser adotadas para que o ambiente se torne mais seguro, evitando as quedas. “Instalar barras de segurança e piso antiderrapante no banheiro, providenciar cadeira de banho para idosos que já não tem muita mobilidade, corrimão nos dois lados da escada, retirar os tapetes da casa, mesmo os grandes, porque os idosos sentem mais dificuldade na caminhada, que fica lenta e arrastada, então, os tapetes viram armadilhas”, ensina o tecnólogo de segurança do trabalho Raphael Ferro. Ele lembra que a ordem é deixar as áreas de circulação o mais desimpedidas possíveis, uma vez que quanto mais livre

estiver o caminho, menores são as chances de queda. “As mesas de centro, cômodas e estantes são móveis que comumente estão fora do campo visual - e por isso uma pessoa pode facilmente esbarrar ou tropeçar neles. Esse fator é mais acentuado em pessoas com idade avançada. A atenção e consciência corporal do idoso são prejudicadas, por isso é interessante evitar móveis, vasos, objetos em geral em ambientes de alta circulação”, diz. Outro fator que as pessoas tendem a ignorar e o especialista em segurança destaca é que a altura da cama deve estar de acordo com a altura do idoso. “Se não for acessível para a família comprar uma cama proporcional, ela pode fazer

adaptações, como diminuir ou aumentar os pés da cama. Caso o móvel esteja muito alto ou baixo demais, haverá dificuldade para o idoso se deitar e levantar, facilitando quedas”, esclarece. Ele destaca que cuidados semelhantes devem ser seguidos com as poltronas e cadeiras. Elas devem ter braços para dar mais conforto, além de design que garanta boa fixação no chão “Ter um apoio para se levantar ou sentar evita o desequilíbrio, e o idoso se locomove com mais segurança. É importante optar por cadeiras que tenham boa fixação no chão. Móveis muito leves que tem pernas de plástico ou rodinhas na base, por exemplo, podem favorecer acidentes”, pontua.


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ESPORTES

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TJD/AL discute entendimento para cancelar o jogo do Sete e o Flamengo e evitar suposto desgaste envolvendo cartola da FAF

Goleada de 17 a 0 deverá ser anulada e partida remarcada Átila Vieira

Marcelo Alves Repórter

A

partida que resultou na goleada do Sete de Setembro por 17 a 0 contra o Flamengo-AL em partida válida pelo Campeonato Alagoano Sub-20 deverá ser anulada e remarcada. Essa é a informação que circula nos bastidores do Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas (TJD/AL). A medida seria uma forma de evitar uma punição severa para as duas equipes e até para cartolas. Informações dão conta que tanto o Sete quanto o FLA pertencem ao João Batista que ocupa o cargo de vice-presidente de Patrimônio e Registro da Federação Alagoana de Futebol (FAF). Na última quinta-feira, dia 22, três integrantes do time do Flamengo estavam

Goleiro Gabriel, do Fla, foi denunciado por ter feito suposto “corpo mole” nos 17 a 0

no banco dos réus do TJD/ AL denunciados por suposta prática de “corpo mole” na goleada. Do time rubro negro alagoano, o goleiro Gabriel, o presidente-executivo José Cícero Melo dos Santos, o Nem Melo; o técnico David Jonathas da Silva Ferreira, foram denunciados em arti-

gos que do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que dão conta de eles atuaram de certa forma que acabou prejudicando a equipe que defendem. Mas durante o julgamento do caso, o auditor relator do processo referente à goleada, Leandro Almeida Jesus, pediu vistas do caso.

JOGODuro

De acordo com informações repassadas à reportagem, Leandro Almeida pediu vistas do caso, alegando que o julagmento é complexo. O pedido foi acatado pelo auditor presidente em exercício da Terceira Comissão Disciplinar do TJD/AL, Antônio Carlos. Com o pedido de vistas, o caso deverá entrar na pauta de julgamento por estes dias desta semana. Enquanto este imbróglio jurídico não é resolvido, o Campeonato Alagoano da categoria Sub-20 continua suspenso. O goleiro Gabriel, o presidente Nem Melo e o técnico David Jonathas foram denunciados por Felipe Medeiros Nobre nos artigos 243, 243-A e 243-E do CBJD que se referem: atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende, bem como atuar, de forma contrária à

ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente. A decisão de Felipe Nobre foi baseada nos vídeos enviados pelo presidente do Jaciobá, Jorge Gonzaga, que denunciou a denuncia a existência de suposta manipulação de resultado na partida entre Sete de Setembro e Flamengo, válida pela última rodada da primeira fase do Campeonato Alagoano Sub-20. ANULAÇÃO DA PARTIDA A partida que resultou na goleada do Sete e garantiu a classificação do time do Tabuleiro dos Martins na próxima fase da competição amadora deverá mesmo ser anulada. Segundo informações obtidas pela reportagem, haverá um entendimento no TJD/AL para que o duelo entre o Sete de Setembro e Fla seja refeito.

Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com

A esperança voltou

A

simples mudança no comando técnico do CRB fez o time interromper uma sequência negativa de cinco jogos na Série B do Campeonato Brasileiro. Depois das sucessivas derrotas, o time venceu, em Natal, o ABC, com um placar convincente: 3 a 1. A pergunta que não pode deixar de ser feita: Foi o dedo do novo treinador? Claro que não. Nem tempo ele teve para conhecer o grupo, já que foi apresentado no hotel, comandou um treinamento e colocou o time em campo. Mas de uma coisa a torcida tem razão: Dado Cavalcante tem estrela.

Na verdade, a presença de Dado Cavalcante levou motivação ao grupo que estava mais perdido que cego em tiroteio. Por mais que o Léo Condé tentasse arrumar a casa, mas o time decepcionava, perdendo jogos sem mostrar nenhum poder de reação. Mesmo com a vitória, o CRB permanece no Z-4, (zona de rebaixamento), isso sem contar com a rodada da sexta-feira (23), quando o time enfrentou o Paissandu, e a coluna já tinha sido finalizada. Como o jogo foi em Maceió, fica sempre a esperança de mais uma vitória.

Agora, Dado Cavalcante começa a mostrar seu trabalho para valer, inclusive com a promessa da diretoria em contratar mais alguns jogadores. Pelo menos contra o ABC, o treinador mexeu no time titular, contou com a orientação do assistente técnico, Jean Carlos, colocando em campo um time mais ofensivo e que deu certo. Essa é a esperança do torcedor regatiano daqui para frente: um time vencedor e que possa dar mais alegrias. Espero que a torcida tenha comparecido ao estádio e feito a festa que os jogadores precisam.

ALFINETADAS...

Jogo da liderança

Precisa melhorar

Com os jogos realizados até agora pela Série C, é possível que o CSA tenha perdido a posição confortável na competição. Mas, só depende dele para voltar ao primeiro lugar do grupo, bastando, para isso, uma vitória, segunda-feira, 26, contra o Fortaleza, jogando em Maceió. Essa situação foi criada depois do empate na rodada anterior diante do Confiança. Pensando nas dificuldades da competição é que o técnico Ney da Mata pretende colocar um time ofensivo para voltar a vencer.

Quem está precisando melhorar muito o seu futebol para ficar mais ou menos na Série C é o ASA. O time está beirando a zona de rebaixamento e só uma vitória, neste sábado (24), em Cuiabá, contra o time da casa, para sair do sufoco. O técnico Marcelo Villar continua pedindo reforços, mas a diretoria ainda não se posicionou sobre esses jogadores. Rayro, que já passou pelo ASA e foi dispensado pelo CSA, a exemplo de Tiago Potiguar, podem ser chamados para uma conversa.

l O problema nesse caso do placar “arrumado” é que o mandatário dos dois clubes, também é dirigente da FAF, o que deixa o presidente da entidade numa situação desconfortável;

Dispensados

Só resta 1

Com um número bem acima da meta inicial, a diretoria do CSA começou a dispensar alguns jogadores. Nesse primeiro momento foram desligados do clube o lateral Rayro, e os atacantes Luiz Soares e Tiago Potiguar. Por sinal, o Potiguar saiu detonando a diretoria e o treinador Ney da Mata. Em nome do grupo, o jogador Daniel Costa falou da surpresa desses afastamentos e achou que o momento não foi ideal, especialmente pela campanha do time. Mesmo assim, ele disse que isso é coisa de diretoria, que deve saber o que está fazendo.

Na Série D só resta o Murici como esperança de uma classificação para a próxima etapa da competição. O Coruripe, com a derrota para o Central, vai cumprir tabela contra o Juazeirense, na Bahia. Para o Murici é preciso uma vitória contra o América/RN, já classificado, em Murici, e uma derrota do Jacobina para o Sergipe, time já eliminado para a próxima fase. Independente de qualquer resultado do Murici, o difícil mesmo é o Sergipe ganhar seu jogo.

l Desconfortável, também, é a situação do vice-presidente da CBF no Nordeste, Gustavo Feijó. O detalhe dessa história toda é que, enquanto as pessoas acham que ele está preocupado, Gustavo desfila todo sorridente, dizendo que não deve absolutamente nada a ninguém;

Silêncio sepulcral Mais do que isso. Ninguém fala mais nada em relação à história do time do Sete de Setembro ter vencido seu jogo por 17 a 0, no Campeonato Sub 20 da FAF, diante do Flamengo, times dirigidos pelas mesmas pessoas. O detalhe é que a diretoria da entidade encaminhou o caso para o TJD analisar e julgar, mas não faz nenhuma cobrança para que o processo seja resolvido com mais rapidez. É como quem diz: quanto mais a gente esquecer esse assunto, melhor para todos.

l Esse escândalo do futebol está parado na CPI do futebol, porque os políticos estão mais preocupados com as delações da JBS e da Petrobras do que qualquer outra coisa. A quem garanta que logo, logo, tudo vai voltar à tona.


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CULTURA

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DIPLOMAÇÃO acontecerá em novembro deste ano, como parte das comemorações da cultura afrodescendente

Mercosul declara Serra da Barriga patrimônio cultural Marina Ferro Ascom

C

omo principal representante da cultura afrodescendente em Alagoas, a Serra da Barriga,localizada na cidade de União dos

Palmares, é o mais novo patrimônio cultural do Mercosul. Na quinta-feira da semana passada, dia 22, a diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro (DPA), da Fundação Cultural Palmares, Carolina Nascimento, esteve na Secretaria

de Estado da Comunicação (Secom) para ajustar detalhes da solenidade de diplomação da serra. De acordo com a diretora, o evento acontecerá em novembro, mês de comemorações da cultura afrodescendente.

“Vamos unir o Dia da Consciência Negra – celebrado em 20 de novembro - a esse grande evento. Precisamos sensibilizar os alagoanos para quem reconheçam o importante patrimônio que existe aqui nomnosso Estado”, colocou Carolina Nascimento.

A iniciativa de tornar a Serra da Barriga patrimônio cultural do Mercosul foi articulada pelo Governo do Estado junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fortalecendo a cultura e o turismo locais.

Reconhecimento da Serra da Barriga como patrimônio cultural do Mercosul fortalece a cultura e o turismo na região

Cenarte abre vagas para cursos gratuitos Daniel Borges Ascom Estão abertas as inscrições para preenchimento de mais de 200 vagas em cursos gratuitos oferecidos pelo Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), para o segundo semestre de 2017. As matrículas começam na segunda-feira (26) e seguem até o dia 30 de junho, das 9h às 16h, na secretaria da escola. Há vagas para os cursos de História da Arte Pré-Colombiana, Teoria Musical, Musicalização Infantil e Flauta, Violão Popular, Capoeira e Instrumentos de sopro (sax/flauta trans-

versal/trompete/ trombone). Para a matrícula é preciso levar uma foto 3x4, carteira de identidade (RG), CPF e comprovante de residência. Os alunos menores de idade devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis e munidos de cópia da certidão de nascimento e dos documentos de identificação dos adultos. Criado há 35 anos, o Cenarte visa à promoção do acesso aos bens artístico-culturais e a prestação de serviços em artes, dança, música e teatro. Ele está localizado na rua Pedro Monteiro, 108, Centro. Mais informações pelo telefone: 33157871 e site http://www.cultura. al.gov.br/agenda-secult/2017.


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ZUADAdaMÍDIA A polêmica da semana No último domingo (18), Maisa e Dudu participaram de um quadro do programa de Sílvio Santos. O apresentador colocou os dois em uma saia justa ao tentar fazer com que eles formassem um casal. Sem achar graça da brincadeira, a atriz e apresentadora de 15 anos disse que não estava lá para arrumar um namorado e criticou Dudu. Maisa, rainha. Dudu, nadinha A participação dos dois virou assunto nas redes sociais e Maisa pediu desculpas pela sinceridade. Depois de muito ouvir, ela desabafou e tentou colocar um ponto final na história e foi apoiada por muitas mulheres pelo posicionamento firme frente às declarações machista de Sílvio Santos e Dudu Camargo. A popularidade da atriz e apresentadora parece ter aumentado.

Heterosexuaaaal Um suposto ex-namorado acusou Dudu de relacionamento abusivo e de abuso sexual. Ele, porém, afirmou ser hétero e registrou um boletim de ocorrência contra o rapaz. Através das mídias sociais, o rapaz publicou um vídeo onde o apresentador do SBT o beija na boca. Fotos dos dois também foram veiculadas e logo estamparam as manchetes dos portais de notícias.

Passou dos limites Na última quinta-feira (22), Dudu soltou nova declaração polêmica e, mais uma vez, Maísa mostrou maturidade ao se posicionar sobre a situação provocada por Sílvio Santos. Depois de compartilhar o vídeo com a nova polêmica de Dudu, onde o apresentador diz ter convidado a atriz para dormir come ele, Maísa agradeceu o carinho dos fãs e evitou mais polêmicas.

Horóscopo Os editores do portal O Dia Mais agora querem dar uma de João Bidu. Isso mesmo, quem acessa diariamente o site já percebeu que agora, o que dizem os signos tem espaço todos os dias entre as notícias do veículo. Eu mesmo adoro, tô indo lá sempre conferir. Só não concordo quando dizem que escorpianos são venenosos às vezes. Vai lá e confere o que diz o teu signo no www.odiamais.com.br .

A maior parte dos brasileiros se sente tão pequena diante do lamaçal em que nos encontramos que acaba sendo melhor optar pela infantilização. Os governantes e a elite que mandam no país estão adorando constatar que esta tenha sido a opção do povo brasileiro. Já que é assim, bem-vindos, Dudu Camargo, Larissa Manoela e brothers. Amigo leitor, aceita que dói menos” Escreveu o jornalista e editor-geral do portal SRzd, Sidney Rezende

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Márcio Anastácio - redacao@odia-al.com.br

Especialização de assessoria de imprensa na UFAL A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai ofertar uma opção de qualificação gratuita, em nível de pós-graduação, para a classe profissional de jornalistas. Em reunião no dia 5 de junho, o Conselho Universitário (Consuni) da Ufal aprovou a criação do curso de especialização em Assessoria de Imprensa, vinculado ao Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca). A grade curricular já está montada, com carga horária de 387h, e os nomes dos docentes confirmados. No total, são 15 professores com experiências no ambiente acadêmico e no mercado de trabalho, sendo oito doutores, quatro mestres e três especialistas. O curso lato sensu será na modalidade presencial. De acordo com a proposta de criação, o objetivo é propiciar a qualificação de jornalistas para a atuação em assessorias de imprensa, de empresas públicas e privadas, além de instituições do terceiro setor.

Café e Negócios A coluna Café e Negócios da jornalista e empresária Thácia Simone está entre as mais lidas pelos empreendedores alagoanos. Há menos de um ano sendo publicada pelo jornal O Dia Alagoas, o espaço já caiu no gosto dos leitores interessados na movimentação da economia alagoana. Segundo a colunista, o espaço existe para incentivar bons negócios e tornar públicas ideias criativas.

Ana Patrícia Era para eu ter comentando na última coluna, mas esqueci. Pois então comento hoje. No prêmio Octávio Brandão de Jornalismo ambiental a mais badalada da noite foi a Ana Patrícia. Mais conhecida como Patrícia Barros, a jornalista tem colecionado prêmios na direção de jornalismo da TV Mar. A brincadeira feita no palco por amigos e nos bastidores do prêmio deixou claro o carinho e a intimidade que muitos personagens da imprensa alagoana tem com a Ana Patrícia Barros Premiada de Melo.


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COTIDIANO ETNO-HISTÓRIA ÍNDIOS COTIDIANO ETNO-HISTÓRIA ÍNDIOS COTIDIANO ETNO-HISTÓRIA

CAMPUS

Alagoas l 25 de junho a 1º de julho I ano 05 I nº 0226 l 2017

CAMPUS

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Arquivo do autor

HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOCIAL EM ALAGOAS: ÍNDIOS

Uma vez perdida, o Professor usa gravata!

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Dois dedos de prosa

E

sta breve anotação constituirá capítulo de livro por nós em elaboração, que tem como objetivo contar a história do coletivo Grupo de Estudos e Pesquisa Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história. Escrevo em homenagem ao seu fundador e coordenador, professor Luiz Sávio de Almeida. O professor Sávio dispensa apresentação, seria redundante falar das suas qualidades acadêmicas e intelectuais, pela grande notoriedade alcançada no meio intelectual, cultural e político de Alagoas. Portanto, gostaria de ressaltar outras qualidades pouco conhecidas do público em geral, mas muito apreciadas pelos amigos e pessoas mais íntimas. Mesmo sabendo que este espaço é insuficiente para tal propósito, não poderia deixar de destacar a sua sensibilidade humana, aliada ao rigor científico dos seus trabalhos e ao companheirismo com seus amigos, parceiros de trabalho e de luta. O professor Sávio nunca se prendeu aos cânones acadêmicos. Sua vida foi pautada pelo compromisso com o ser humano, sobretudo com os excluídos. Por isso, sempre nos ensinou que estes não podem ser tratados como coisas ou objetos de pesquisa, pois todo sujeito é capaz de pensar, sentir e fazer a sua própria história. Foi assim que ele optou por andar ao lado dos índios, negros, Sem Terra e pobres em geral. Mas a tarefa para quem pretende segui-lo não é tão simples quanto parece, é preciso aprender a olhar os lírios dos campos, como ele próprio destaca, para enxergar a singeleza presente na complexidade da vida, para aprender a ouvir o outro. Ou seja, é preciso ter sensibilidade para compreender a vida e coragem para assumir o compromisso político com os marginalizados. Desse modo, o professor Sávio senta no seu banco de pelar porco e assume sua posição na escrita da história e atua na luta política pela transformação do sistema. Foi assim que nasceu o Grupo de Estudos Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história, que vamos começar a tratar aqui. Amaro Hélio Leite da Silva


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Quem é quem?

A

maro Hélio Leite da Silva é professor do Instituto Federal de Alagoas, mestre em sociologia pela UFAL, doutor em História pela UFPE e membro do coletivo Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história.

Memória e História das Ciências Sociais em Alagoas; Grupo de Estudos e Pesquisa Índios de Alagoas: Cotidiano e Etno-história Amaro Hélio Leite da Silva Arquivo do autor

O

I Encontro de Etno-história Indígena do Nordeste, realizado em Penedo em 1999, foi um marco na renovação dos estudos sobre os povos indígenas de Alagoas. Foi justamente nesse contexto de renovação de estudos acadêmicos que o professor Sávio de Almeida resolveu criar o grupo de estudos e pesquisa Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história. Sob a sua liderança, o grupo construiu uma trajetória emblemática para aqueles que estudam e fazem pesquisa sobre os índios do Nordeste, especialmente, os de Alagoas. Essa trajetória foi montada em cima de três pilares: formação acadêmica, compromisso com a causa indígena e produção acadêmica. Havia uma lacuna criada pelos clássicos da historiografia alagoana, que esvaziava a questão indígena. Eles só concebiam o índio como objeto de estudo arqueológico, encoberto pelas “ruínas das aldeias” (extintas oficialmente pelo decreto de 1872); ou igaçabado nas guerras de conquistas dos “homens bons” (do poder local). A retomada da questão indígena pode ser enquadrada em três momentos distintos. O primeiro caracteriza-se pela ausência de rigor acadêmico, sem tomar o índio como sujeito político, até o surgimento do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que “teve um papel fundamental no movimento indigenista em Alagoas”. O segundo caracteriza-se pela fase acadêmica, intermediária, com os trabalhos de Clóvis Antunes e Vera Calheiros da Mota. Antunes destaca a importância da ação política dos índios na construção da sua própria história.

Sávio e Juarez, Cacique Karapotó, assuntando o tempo de uma árvore

Calheiros enfatiza a importância do estudo acadêmico da história indígena, através da sua tese sobre os Kariri-Xocó. A terceira fase é marcada pela formação de grupos de estudos e pesquisa sobre os índios de Alagoas na Universidade Federal de Alagoas. Nessa fase, a professora Sílvia Martins dá uma contribuição importante, ao criar o primeiro grupo de pesquisa, formado, basicamente, por alunos de Ciências Sociais com bolsa PIBIC de iniciação científica. Depois de alguns anos de pesquisa, Sílvia sai para fazer o doutorado na Universidade de Manitoba (Canadá), deixando a semente do seu trabalho. Nesse mesmo período, o professor Sávio de Almeida resolve dar continuidade a essas pesquisas acadêmicas; mas, agora, com um novo propósito: não bastava apenas estudar os índios, era preciso

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

l

formar os estudantes para subsidiar a causa indígena. Ou seja, o grupo Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história só teria sentido se alimentasse, através de seus estudos e pesquisas, o movimento indígena. O grupo entendia que era preciso conhecer a realidade dos nossos índios; mas era preciso também reconhecer sua luta política: em defesa dos seus territórios tradicionais e de suas etnias. Isto significava a necessária articulação entre pesquisa acadêmica e compromisso político com a causa indígena. Como o próprio Sávio salienta a respeito do grupo: “ele não era só um conjunto de ações acadêmicas, ele era um conjunto de ações que pertenciam a um universo chamado movimento indígena” . A GRANDE VIRADA O grupo deu início a uma grande virada nos estudos

EXPEDIENTE ODiaAlagoas

sobre os índios de Alagoas, chamando atenção para o problema da economia indígena, particularmente da terra e da consequente proletarização causada pela falta de regularização fundiária das terras indígenas. Diferente de outros grupos de pesquisas, que enfatizavam a realidade cultural desses povos, o foco agora era o problema da relação índio-capital. O grupo cresceu paralelo à universidade. Além das pesquisas do PIBIC nas áreas indígenas – Karapotó, Kariri-Xocó e Xucuru-Kariri – o grupo criou, através do seu coordenador, a disciplina Índios de Alagoas, no Departamento de Ciências Sociais da UFAL; a Coleção Índios do Nordeste: temas e problemas, que já chegou a 16 livros publicados, desde 1999 – entre artigos, dissertações, teses e memórias –, inclusive

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Deraldo Francisco Editor-Geral

Conselho Editorial

Jorge Vieira

com trabalhos produzidos pelos próprios índios; além de realizar inúmeros encontros, palestras, seminários e cursos de formação sobre a realidade alagoana e indígena. Tudo rigorosamente tratado teórica e metodologicamente pelo professor Sávio. Através desses estudos e pesquisas, muitos estudantes foram encaminhados não só ao TCC, mas também à pós-graduação, formando mestres e doutores. Outro exemplo desse crescimento pode ser dado também pelas diversas parcerias construídas ao longo da trajetória do grupo de estudos Índios de Alagoas, a qual se destaca a parceria com o Grupo de Estudos Saúde em População Marginal e Baixa Renda, coordenado pela Dra. Rosana Quintela Brandão Vilela (medicina da UFAL), que vamos tratar aqui. Neste número de Campus, vamos ver a forma como essa parceria foi construída: suas técnicas de pesquisa, objetivos, sua equipe multidisciplinar e seus resultados, que deram origem a diversos trabalhos de TCC, trabalhos de extensão e pós-graduação, além de prêmios nacionais. Organizado pelos professores Edson Silva, Marcos Galindo e Luiz Sávio de Almeida, nele estiveram presentes alguns dos maiores especialistas da área, como João Pacheco de Oliveira, Maria Sylvia Porto Alegre, Betty Mindlin, entre outros. Ver ALMEIDA, Luiz Sávio de; GALINDO, Marcos; SILVA, Edson. Índios do Nordeste: temas e problemas. Maceió: EDUFAL, 1999. ALMEIDA, Luiz Sávio de [ et. al.]. Índios de alagoas: História e sociedade. Maceió: EDUFAL, 2014, p. 217. Entrevista concedida a Amaro Hélio leite da Silva. Acervo do Grupo de Estudos e Pesquisa Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história. Maceió, 03 de setembro de 2016.

José Alberto Costa

Rua Jovino Lopes Silva, 964 - Pinheiro - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092


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CAMPUS

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A parceria entre o Grupo de Estudos e Pesquisa Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história e o Grupo de Estudos Saúde em População Marginal e Baixa Renda Rosana Quintela Brandão Vilela Professora Dra.

N

O CONTATO

A PESQUISA Inicialmente, a proposta era trabalhar com os índios Xocó, na ilha entre Sergipe e Alagoas. Fomos o grupo todo para Pão de Açúcar, nos hospedamos e fomos conver-

sar com eles para apresentar a proposta, pra ver se eles aceitavam que a pesquisa fosse feita lá com os Xocó. E fomos nós, o Sávio, o grupo de professores e alguns alunos de iniciação científica que estavam previstos para participarem do projeto. Esse Pajé pegou o grupo todo e já foi desmistificando toda história: vocês tinham na imaginação outro pajé e estou eu aqui, um negro. Aí ele contou toda história, que eles tinham sido expulsos da ilha. Não faz muito tempo que eles voltaram e conseguiram a posse da ilha. Foi muito interessante. Só que o Comitê de Ética da UFAL exigia que os índios assinassem um termo de concordância com a pesquisa. Eles disseram que não assinariam documento nenhum. Eles disseram que já tiveram muitas perdas por assinar documento. A gente tá dando a palavra da gente; pra gente isso é o bastante. Mas, infelizmente, não foi o bastante para o comitê de ética. Nós estivemos lá diversas vezes tentando convencer de que era outra maneira de se dá esse acordo, mas na época não houve acordo. Resultado: tivemos que buscar outro povo. Aí fomos para o Xucuru-Kariri, da Fazenda Canto. Eles concordaram em assinar e a pesquisa ocorreu na Fazenda Canto. A gente teve todas as sessões de preparação com o mestre Sávio. Era muito interessante, porque íamos nós e os alunos. Tinha o grupo dele, mas o grupo dele já estava acostumado, porque

já fazia em outras áreas. Para o nosso grupo, era a primeira vez. A proposta era para ficar na aldeia. Um grupo grande, cerca de dez professores e dez alunos. O Sávio fez toda uma preparação antes. Eu nunca me esqueço de uma vez, que a gente estava com os alunos e ele disse: não esperem encontrar índios de tanga, cocar na cabeça, não é assim: vocês vão encontrar pessoas... Mandava os textos pra ler, pra discutir antes de chegar na aldeia. Na última reunião, na véspera de ir a aldeia ele fez as recomendações: meninas, nada de sapato alto, botem tênis porque lá é muito íngreme e vocês não vão aguentar, porque tinha que fazer um levantamento e tinha que bater de porta em porta. E por último: se der vontade de ir ao banheiro e tiver distante da sede – que era onde a gente ia ficar – vocês vão ter que ir ao mato. Lá fomos nós, na primeira ida, fomos à sede, onde cada um levou seu colchonete, dormimos e fizemos um grande acampamento na sede dos Kariri-Xocó. Nesse primeiro momento, éramos todos nós fazendo o levantamento das famílias, que era um questionário que a gente trabalhou com o Sávio pra tomar todos esses dados. Em seguida, as viagens já não eram com o grupo todo de uma vez. Aí ia um grupo só de coleta de sangue. Eram grupos menores. A gente conseguiu um hotelzinho, uma pousada que ficava em Palmeira. Porque quando a gente ficava lá na aldeia mexia muito com o cotidiano deles, porque eles

usavam aquele espaço que a gente ficava (a sede). A sede era uma casa grande. Na verdade, era uma grande sala, um banheiro e outro quartinho de banda, não tinha grande coisa, mas era o espaço deles fazerem reuniões. Enquanto a gente estava ali, a gente estava ocupando essas coisas. Nessa história, nós ficamos quase dois anos, indo e voltando, diversas épocas do ano; nos atolamos muitas vezes, tinha que ir o trator para puxar e levar. Têm muitas odisseias, tem um álbum só de fotos de lá. A pesquisa constava o meu nome e o do Francisco Passos à frente. O Sávio era o coordenador. Era engraçado porque o meu nome e do Francisco estava anotado e se a gente demorasse a entregar os exames eles reclamavam. Eles tinham uma dinâmica que a gente não estava acostumada. É a dinâmica do retorno, eles querem uma devolutiva da história, que, pra mim, foi uma surpresa; por que, normalmente, por exemplo, na questão da falciforme, só o fato da gente ir lá colher o sangue era como se aquilo fosse suficiente pra eles. Eles não cobravam o resultado ou o que é que vocês vão fazer com isso? O índio não. Se a gente colheu o sangue, eles queriam o resultado disso. E se deu alguma coisa, o que é que a gente ia fazer com aquilo também, as providências daquilo. Então, foi muito gratificante. Eu me lembro bem, tinha uma aluna minha, agora está na Bahia, e sempre que eu a encontro ela pergunta pelo Sávio. Fotos: Arquivo do autor

osso contato com o professor Sávio, que coordenava o grupo de estudos Índios de Alagoas: cotidiano e etno-história, ocorreu por uma necessidade do nosso grupo fazer uma abordagem social. Então, o convidamos para nos orientar em alguns estudos. A ideia era que nos ajudasse a interpretar algumas pesquisas feitas com famílias dos pacientes falciformes, que traz toda uma questão da população negra permeando. A partir dessa aproximação, ele começou a dar toda orientação a essa abordagem. Aí, ele deu um ultimato: participaria, desde que a gente também ajudasse na saúde do grupo de índios. Assim começou essa parceria, ele ajudando no grupo falciforme e nós ajudando a pensar uma proposta para saúde indígena. O Grupo de Estudos Saúde em População Marginal e Baixa Renda era um grupo onde o tema principal era a doença falciforme, e como está ligada ao povo negro, daí a ideia de “população marginalizada”; também tínhamos vários estudos sobre anemia ferropriva,ou seja, anemias, carências que eram doenças hematológicas que era a minha especialidade voltada para essa população marginalizada. Mas era um grupo que abordava muito o aspecto biológico. Com a chegada do Sávio a gente passou a dar outra conotação a essa pesquisa. Quando fomos pensar a

proposta de pesquisa na área de saúde para os povos indígenas, nós tivemos que ampliar o grupo; o grupo da hematologia não era suficiente para uma proposta tão ampla. Então, nós convidamos um grupo da pediatria, um grupo da cardiologia... Nós conversamos com vários profissionais, porque nós precisávamos definir o que era essa pesquisa, qual seria o eixo. Então a gente teve adesão do ´pessoal da nutrição, da pediatria, da cardiologia. Éramos esses... O pessoal da parasitologia, que era o professor Gilberto e a professora Eliana que era do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), que também aderiu. Então, nós iniciamos com esse grupo uma roda de discussão e ficou decidido que o eixo da pesquisa seria nutrição, para vincular com a questão da terra. Todo norte da pesquisa era voltada para a questão nutricional. Aí, por exemplo, nós da hematologia pesquisamos anemia ferropriva porque tinha haver com isso; a pediatria via a questão do crescimento e do desenvolvimento porque tinha haver com a questão nutricional; a cardiologia via os aspectos junto da nutrição, que era o colesterol, triglicerídeos, a questão da obesidade... E foi assim que nós começamos.

Atividade do grupo

Sávio e Zana: irmãos siasséculos, mais do que siameses

A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.


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CAMPUS

A gente ia nos pequenos grupos: Sávio, Francisco e eu. Teve um dia, a gente voltando, essa aluna disse: professora eu estou com uma dor de cabeça... oh minha filha, você quer um comprimido? Ela disse: não, não é dor de cabeça de comprimido não, é de pensar, porque o professor Sávio bota a gente pra pensar tanto com as perguntas que ele faz que a minha cabeça tá dolorida. Ela tinha vindo a viagem todinha com o Sávio de lado. Quando vinha no carro ainda vinha questionando o “por quê” das coisas. Mas foi uma experiência muito interessante. Depois que eu participei do grupo Índios de Alagoas, eu passei a ter outra postura, sem dúvida. Acho que quem viveu uma experiência junto ao grupo... A gente que vem da Medicina, vem de conduta na pesquisa muito diferente. Muito positivista, muito quantitativa nas coisas. Então, pra mim, foi a primeira vez que eu pude me aproximar da questão qualitativa: de prestar atenção nas falas, nos gestos; todo o ritual para permissão e, também, a devolução dos resultados; porque a gente devolvia antes, mas não era a mesma coisa. Então, hoje, nos grupos que a gente faz parte a gente tá sempre mostrando a importância de voltar lá, de mostrar o que aconteceu e o que eles podem fazer com isso. Como é que pode instrumentalizá-los; pelo menos pra mim, isso foi uma grande lição. Como é que esse resultado deixa de servir só a academia e passa a ser um instrumento de luta pra eles, um instrumento político. O LIVRO COMO RESULTADO DA PESQUISA E COMO INSTRUMENTO DE LUTA Um dos compromissos que nós tínhamos assumido

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Fotos: Arquivo do autor

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Um grupo de pesquisa

com eles era de fazer um livro, que foi o Xucuru-Kariri: saúde na Fazenda Canto, e com esse livro – a partir dos resultados que estão postos no livro – eles pudessem reforçar os pleitos deles junto a FUNAI e outros órgãos governamentais. O livro é da Coleção Índios do Nordeste: temas e problemas, mas é um volume só sobre essa pesquisa. Ele traz a parte sobre a demografia, que é esse levantamento que todos participaram, tanto os professores e alunos do grupo Índios de Alagoas como todos os nossos da faculdade de Medicina. Todos participaram dessa primeira pesquisa, que foi esse levantamento demográfico. Depois, vem uma que fala sobre crescimento, estado nutricional, consumo de alimentos de risco e como essa alimentação poderia colocá-los mais ou não vulneráveis em relação às doenças cardiovasculares. Depois, tem um capítulo

sobre anemia ferropriva, que foi eu e a professora Denise que coordenamos isso aqui; e os condicionantes, porque tudo que a gente fez, a demografia e tudo mais, a gente já foi pontuando que condicionantes haviam para ter a anemia ferropriva ali. Tem o perfil das enteroparasitoses e das esquistossomoses, que foi capitaneado pelo professor Gilberto. Foi feito também exames de fezes da população, mas não só isso; também foi olhado o espaço pra ver essa vulnerabilidade. Fatores de risco em adultos, risco cardiovascular; a parte de cardiopatia em crianças também foi feita. E asma brônquica em criança e adolescentes indígenas. Esses foram os capítulos. Foi feito também um jornal, onde foi traduzido isso aqui para um jornal, de leitura fácil, tirando esses termos técnicos todos, e a gente traduziu esses resultados. E levamos também pra tribo. Então eram esses os

O conforto da viagem

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA Foi uma das experiências mais gratificantes da minha vida. Foi um crescimento, um divisor de águas, enquanto pesquisadora; antes e depois dessa pesquisa. Conseguir fazer da pesquisa uma leitura enquanto instrumento político; foi um grande aprendizado. Venho tentando trazer esse aprendizado para outras áreas. Acho que quem se aproxima do professor Sávio é impossível não mudar as atitudes, a maneira de pensar. A gente brigava muito, até hoje, mas eram brigas saudáveis. Muitas vezes ele tinha razão, outras vezes não. Mas é uma pessoa ímpar, que consegue mobilizar o que você tem de melhor. Acho que essa é uma característica dele. Se você souber se aproximar dele, ele vai mobilizar o que tem de melhor em você e você vai enxergar isso. Ele consegue fazer você enxergar melhor. Ele diz: “olhe, você pode fazer diferente, de um jeito melhor, você tem capacidade para fazer isso”. Esse é um grande dom do Sávio, e que, até hoje, por onde eu andei, encontrei gente boa e tudo mais, mas ele é o meu guru.

Será que chega?

FICHA TÉCNICA COORDENADORIAS SETORIAIS

CAMPUS

produtos que nós tínhamos nos compromissados. Esse livro foi premiado, foi material de mestrado; de iniciação científica, acho que uns seis ou sete. Eu até fiz esse levantamento para o Sávio de quantos trabalhos tinham sido gerados em função dessa pesquisa. Desde que eu tenho me voltado mais para a área da educação, eu tenho tido pouco tempo. Não deixei de lado, de jeito nenhum. A gente está até submetendo ao edital da FAPEAL sobre itinerários terapêuticos na doença falciforme pra dar uma reativada no grupo. Mas ele ficou um pouco parado depois que eu passei a me dedicar mais à área da educação. Ou seja, nos últimos dez anos eu dei uma parada no outro grupo, mas foi uma contribuição imensa, em todos os aspectos na produção do grupo e no crescimento pessoal de cada membro do grupo. Todos tem uma história a contar dessa

experiência com os índios. A gente fez outras antes dessa daqui, que éramos eu e o professor Dimas (eu acho) e era uma pesquisa menor, junto com o Sávio, é claro. Era vendo o HIV e o HTLV em comunidades indígenas. A gente fez com os Karapotó, os Xucuru. Em Porto Real do Colégio, os Kariri-Xocó. Mas eram pesquisas mais isoladas, não teve o envolvimento que essa teve. Mas, na verdade, essas mais isoladas foram o nosso primeiro contato com os índios.

Alessandra Marchioni Direito e cidade

L. Sávio de Almeida Coordenador de Campus Carlos Lima Movimentos sociais

Melissa Mota Coordenador Editorial

Cícero Albuquerque Semiárido

Cícero Rodrigues Ilustração Eduardo Bastos Artes Plásticas

Jobson Pedrosa Diagramação Félix Baigon Música Popular

Iracema Ferro Edição e Revisão Amaro Hélio da Silva Índios


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