O pinguim está chegando
LANÇAMENTOS junho 2010
Poemas escolhidos Gregório de Matos Organização de José Miguel Wisnik Coletânea de Gregório de Matos, considerado nosso primeiro grande poeta e o maior nome da poesia barroca nas Américas portuguesa e espanhola, ganha nova edição revista pelo organizador, José Miguel Wisnik Gregório de Matos é, historicamente, o primeiro grande poeta do Brasil. Sua obra, talvez a mais importante produzida pelo Barroco poético nas Américas portuguesa e espanhola, conserva ainda hoje grande parte de seu interesse, por força, sobretudo, da agudeza e do vigor com que o poeta soube fixar satiricamente, numa linguagem vivaz que já deixa transparecer o gênio local na exploração de sonoridades africanas e tupis e que, na sua mordacidade feroz, não recua nem diante da pornografia, a dissolução de costumes da Bahia do século xviii. SONETO Neste mundo é mais rico o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua língua, ao nobre o vil decepa: O velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa: Mais isento se mostra o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa, E mais não digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Nesta já clássica coletânea preparada por José Miguel Wisnik nos anos 1970, e agora revista pelo organizador, o leitor encontrará uma seleção dos melhores poemas de Gregório de Matos nas diversas modalidades que cultivou — a satírica, a encomiástica, a lírica amorosa e a religiosa —, de par com numerosas notas de esclarecimento do texto, um pequeno perfil biográfico do poeta e uma análise crítica de sua obra.
À CIDADE DA SONETO
BAHIA
nte quão dessemelha Triste Bahia! ó tado! nosso antigo es Estás e estou do nhado, ti, tu a mi empe Pobre te vejo a nte. tu a mi abunda Rica te vi eu já, nte, máquina merca A ti trocou-te a ado, tr en a barra tem Que em tua larg ocado, tr m te ocando, e A mim foi-me tr . te an ci tanto nego Tanto negócio e lente nto açúcar exce Deste em dar ta eis, que abelhuda Pelas drogas inút te. do sagaz Bricho Simples aceitas nte eus, que de repe Oh se quisera D a ud sis ceras tão Um dia amanhe ! dão o teu capote go al Que fora de
Poesia Capa: Jeff Fisher 356 pp. (estimadas) 16 3 23 cm Tiragem: 5000 ex. R$ 39,50 Previsão de lançamento: 24/06/10 ISBN e código de barras: 978-85-359-1675-1
DESCREVE O QUE ERA NAQUELE TEMPO A CIDADE DA BAHIA SONETO A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para o levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos sob os pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia.
o acidenTe Ismail Kadaré O que acontece quando o amor bate de frente com a guerra? Intriga amorosa e intriga política se misturam no novo romance de Ismail Kadaré, formando um mosaico estilhaçado pela turbulenta história recente dos Bálcãs Um simples acidente deflagra a trama: um táxi sai da pista que segue para o aeroporto de Viena e cai num barranco. O casal de passageiros morre na hora. O motorista conta que se distraiu ao ver pelo retrovisor que eles “tentavam” se beijar. Os dois mortos eram albaneses. Seria um casal comum, não fosse ele um colaborador do Conselho da Europa, especialista em assuntos balcânicos. Isso bastou para que os serviços secretos da Sérvia e da Albânia decidissem investigar o caso. Depois da decomposição da antiga Iugoslávia, nada mais parecia tão simples naquele caldeirão explosivo: trocar um beijo poderia ser tão difícil quanto viver em paz. Com grande habilidade narrativa, Kadaré compõe seu romance a partir de in-
dícios recolhidos pelo inquérito policial. O dossiê se completa com o testemunho de amigos das vítimas, cartas pessoais e o diário da jovem e bela Rovena, a amante do analista político. Aos poucos, o leitor vai percebendo como uma relação amorosa cada vez mais perversa espelha e absorve os impasses políticos que envolviam a Albânia, a Sérvia e a província de Kosovo, em pleno turbilhão da Guerra dos Bálcãs. Ismail Kadaré nasceu em 1936, em Gjirokastra, na Albânia. Estudou na Faculdade de Letras de Tirana e no Instituto Górki, de Moscou. Perseguido pelo regime comunista, obteve asilo político na França em 1990. Dele, a Companhia das Letras publicou, entre outros, Concerto no fim do inverno e Abril despedaçado.
Romance Tradução do albanês: Bernardo joffily capa: Fabio uehara 232 pp. 14 3 21 cm Tiragem: 2000 ex. R$ 47,00 Previsão de lançamento: 18/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1677-5
alFRed e emily Doris Lessing Neste livro corajoso, a autora imagina a vida que os pais poderiam ter levado caso a Primeira Guerra não os tivesse afetado de forma trágica, para depois revelar como foram suas existências reais numa colônia inglesa no sul da África
Romance Tradução: Beth Vieira e heloisa jahn capa: warrakloureiro 272 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 49,00 Previsão de lançamento: 21/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1678-2 LANÇAMENTOS junho 2010
Valendo-se de um expediente ousado, Doris Lessing explora a vida de seus pais e tenta compreender não somente quem eles foram, mas que influência tiveram na sua formação. O livro é dividido em duas partes. Na primeira, a autora imagina como poderia ter sido a existência de Alfred e Emily caso não tivessem vivido a Primeira Guerra. Lessing passa longe da tentação de proporcionar aos pais a felicidade desejada e a realização dos sonhos: a jovem Emily recusa-se a entrar para a universidade e decide ser enfermeira num hospital londrino. Alfred evita a burocracia dos bancos para dedicar-se ao trabalho rural e às partidas de críquete. Na segunda parte, Lessing expõe suas memórias da vida familiar numa colônia inglesa na Rodésia do Sul (atual Zimbá-
bue). Aqui a vida real de seus pais revela-se em dolorosos detalhes — a luta de uma enfermeira e de um ex-soldado aleijado contra a lembrança massacrante dos hospitais e das trincheiras. Da tensão entre as duas partes do livro resulta uma potente investigação sobre os traumas da guerra e o efeito das emoções dos pais na vida dos filhos. Doris Lessing nasceu na Pérsia (atual Irã), em 1919. Viveu na Rodésia do Sul (hoje Zimbábue) e mudou-se para Londres em 1949, onde mora até hoje. Dela, a Companhia das Letras publicou Amor, de novo; O sonho mais doce e As avós, além dos volumes de sua autobiografia: Debaixo da minha pele e Andando na sombra. Em 2007, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. 2
o PaVilhão douRado Yukio Mishima Neste livro brilhante, narrado de forma densa e original, Yukio Mishima mostra que a beleza absoluta pode ser tão opressiva e enlouquecedora quanto qualquer imperfeição
Romance Tradução do japonês: shintaro hayashi capa: luciana Facchini 288 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 48,00 Previsão de lançamento: 28/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1681-2
Durante a Segunda Guerra, em Quioto, um jovem assistente de sacerdote frequenta o templo do Pavilhão Dourado, ambiente antes cultuado por seu pai como o lugar mais belo do mundo. Ali, Mizoguchi, adolescente inseguro, introspectivo, que sofre de gagueira e é incapaz de estabelecer verdadeiras amizades, encontra refúgio para suas aflições. Quando conhece Kashiwagi, deficiente físico muito mais experiente no mundo e no sexo, Mizoguchi desperta para o que chama de mal absoluto. O conhecimento do mal, associado à ideia de perfeita beleza, princípio básico do Pavilhão Dourado, faz com que o jovem alimente sonhos de destruição e autodestruição, estranhas conjecturas sexuais e reflexões sobre o significado dos valores universais, numa
tortura mental que revela que o mal e a beleza não estão tão distantes quanto parecem. Yukio Mishima (pseudônimo de Hiraoka Kimitake [1925-70]) é um dos principais escritores japoneses de todos os tempos. Além de romances, escreveu poemas, ensaios e peças teatrais. Crítico da degradação do Japão moderno, lutou pela retomada dos valores clássicos de seu país, até cometer o suicídio. Sua morte é emblemática de como, para ele, arte e vida não se separavam: depois de rasgar o próprio ventre com um sabre, foi decapitado por um de seus discípulos, de acordo com a tradição samurai. Dele, a Companhia das Letras publicou Cores proibidas, Confissões de uma máscara e Mar inquieto.
a cosTa oesTe Paula Fox Os Estados Unidos, às vésperas de sua entrada na Segunda Guerra Mundial, são o pano de fundo da história da jovem e inexperiente Annie. O romance traz muitas referências autobiográficas desta que é uma das mais importantes escritoras norte-americanas contemporâneas A Costa Oeste, originalmente publicado em 1972, expõe os dramas de seus personagens contra um cenário social e político marcado pelo fim da Grande Depressão e pela tensa antevéspera da Segunda Guerra Mundial. Apesar disso, a protagonista da história, a jovem e inexperiente Annie Gianfala, vive na mais completa alienação numa Califórnia intoxicada de vaidades. Cabe a outros personagens a tarefa de iniciá-la nas engrenagens do mundo e nas armadilhas da sexualidade e do amor. Os romances de Fox são notoriamente marcados por suas vivências pessoais, e A Costa Oeste é considerada a mais autobiográfica de suas obras. Como Annie, Paula também viveu sua juventude enfrentando o abandono da família. Seu 3
pai, um escritor e roteirista alcoólatra de Hollywood que vivia vagando pelos Estados Unidos sem dar muitas notícias, é um claro modelo do pai de Annie. A arte literária de Paula Fox se baseia no preceito de que tudo no texto e na estrutura narrativa tem importância capital, e cada palavra, cada frase perfeitamente modulada, contém uma energia afetiva capaz de despertar a mente e o coração do leitor. Paula Fox nasceu em Nova York em 1923 e trabalhou nas atividades mais diversas até começar a escrever, aos 43 anos. Publicou seis livros para adultos e mais de uma dezena de aclamados livros infantis que lhe valeram prêmios como o Hans Christian Andersen. Dela, a Companhia das Letras publicou Desesperados.
Romance Tradução: sonia moreira capa: Rita da costa aguiar 504 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 59,00 Previsão de lançamento: 25/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1679-9 LANÇAMENTOS junho 2010
as ViúVas de easTwick John Updike Sequência de as bruxas de eastwick, este livro narra a volta de Alexandra, Jane e Sukie, mais de trinta anos depois, à cidade que haviam abalado com seus feitiços. Para enfrentar a velhice e corrigir erros do passado, elas invocam poderes, com resultados inesperados Em As bruxas de Eastwick (1984), um dos mais conhecidos romances de John Updike, três mulheres divorciadas — Alexandra, Jane e Sukie — descobrem, no final dos anos 1960, que têm poderes mágicos. Incitadas por um amante em comum, o diabólico Darryl Van Horne, elas usam suas habilidades como feiticeiras para criar escândalo na pequena cidade onde vivem e arranjar os novos maridos com que sempre sonharam. Neste As viúvas de Eastwick, Updike volta a retratar o trio de protagonistas mais de trinta anos depois. Após os acontecimentos do primeiro livro, elas foram viver em cidades diferentes, e agora, viúvas septuagenárias, reatam a amizade e viajam pelo mundo procurando combater a solidão da velhice. Updike nos mergulha na vida de Alexandra, a encarnação da força natural feminina, afastada da família e perdendo a vontade de viver; de Jane, a violoncelista esnobe e sarcástica, que convive com uma sogra aparentemente imortal; e de Sukie, a autora de
literatura amorosa, que procura sublimar na ficção o furor carnal que resiste com o passar dos anos. As três decidem voltar a Eastwick para passar o verão e alugam a antiga mansão de Darryl Van Horne, o catalisador de suas peripécias anteriores. Ao encontrar uma cidade provinciana que pouco mudou, ainda habitada pelos ex-amantes, as inimigas rancorosas e as vítimas de seus feitiços, as três mulheres decidem invocar mais uma vez a Grande Deusa, na tentativa de ajudar os necessitados e corrigir os erros do passado. Mas nem tudo corre como o esperado. Nessa envolvente mistura de fantasia, sátira social e crônica realista dos costumes americanos, John Updike volta a fazer um retrato apurado da psicologia e do comportamento de mulheres, divididas entre a liberação da década de 1970 e os valores mais estereotípicos do papel social feminino. Com uma prosa refinada, ele se reafirma como um dos maiores nomes da literatura norte-americana do século xx.
Romance Tradução: Fernanda abreu capa: joão Baptista da costa aguiar 360 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 54,00 Previsão de lançamento: 29/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1687-4
as BRuXas de easTwick John Updike Best-seller de John Updike e adaptado para o cinema em 1987, com Cher, Susan Sarandon, Michelle Pfeiffer e Jack Nicholson no elenco, As bruxas de Eastwick ganha nova tradução e edição econômica. Publicada em 1984, a obra é uma sátira à bruxaria, que, transplantada do cenário sombrio da Nova Inglaterra do século xvii, ressurge numa ensolarada cidade contemporânea e serve de ponto de partida para tratar de temas como o desespero pela chegada da meia-idade, a atmosfera asfixiante das cidadezinhas provincianas e os costumes da classe média americana.
Romance Tradução: Fernanda abreu capa: jeff Fisher 360 pp. 12,5 3 18 cm Tiragem: 5000 ex. R$ 26,00 Previsão de lançamento: 22/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1683-6
John Updike (1932-2009) nasceu na Pensilvânia. Trabalhou na revista New Yorker e publicou ensaios literários, poesia e ficção, com destaque para os romances da tetralogia do Coelho, lançados, entre outros livros, pela Companhia das Letras. Recebeu inúmeros prêmios, como o Pulitzer e o National Book Award. LANÇAMENTOS junho 2010
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ninguém se meXe Denis Johnson Um dos nomes mais badalados da nova literatura americana investe no gênero policial, para ao mesmo tempo homenageá-lo e reinventá-lo. Do autor do premiado romance Árvore de fumaça
Romance Tradução: alexandre Barbosa de souza capa: kiko Farkas e mateus Valadares/ máquina estúdio 176 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 39,00 Previsão de lançamento: 15/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1663-8
Com numerosas referências aos clássicos de Dashiel Hammet, Raymond Chandler e outros mestres do gênero, Ninguém se mexe tem como protagonista Jimmy Luntz, um jogador inveterado, fumante compulsivo e integrante de um grupo coral. Saindo de uma apresentação, Jimmy é interceptado por Gambol, capanga de Juarez, um bandido a quem deve dinheiro. Em fuga por pequenas cidades da Califórnia, Jimmy cruza com Anita Desilvera, uma mulher ardente e alcoólatra, descendente de índios, que acaba de se divorciar do marido que a envolveu em um trambique de US$ 2,3 milhões. Assim é dada a largada para uma trama veloz e violenta que Johnson narra com estilo desabusado e econômico, em parágrafos curtos e diálogos repletos de
tiradas espertinhas, enfileirando tiros, mortes, traições, sexo e encontros acidentais. Escrito originalmente em quatro partes para a edição norte-americana da revista Playboy, Ninguém se mexe transcende o pastiche ao atualizar um gênero consagrado com um humor afiado e muito particular, com uma verve que remete aos filmes de Tarantino e a Reviravolta, de Oliver Stone, e com uma linguagem seca e concisa que, quando menos se espera, oferece imagens inspiradas. Denis Johnson nasceu em 1949 em Munique, na Alemanha. Publicou o romance Árvore de fumaça, finalista do prêmio Pulitzer e vencedor do National Book Award, lançado no Brasil pela Companhia das Letras. É também autor de vários livros de poesia e peças de teatro.
na linha de FRenTe Lawrence Block O desaparecimento da estudante Paula Hoeldtke desencadeia uma série de acontecimentos aparentemente desconexos, que vão levar o detetive Matthew Scudder às raias da loucura “Um mestre, Lawrence Block consegue fazer do personagem de Matthew Scudder um dos detetives mais fiéis e convincentes do gênero policial nos dias de hoje.” — Chicago Tribune Matthew Scudder, detetive aposentado e alcoólatra em recuperação, trabalha em casos informais na chamada Cozinha do Inferno, uma das regiões mais violentas de Nova York. Ao ser contratado pela família da estudante Paula Hoeldtke para investigar seu desaparecimento, Matt se envolve com Willa, a síndica de um prédio assombrado por estranhas mortes. Angustiado pela falta de pistas e prestes a desistir do caso, Matt encontra um elo entre a estudante e o monstruoso Mickey Ballou, conhecido como o Açougueiro. Mas ainda haverá muitas reviravoltas até que ele consiga desvendar os verdadeiros culpados, num desfecho surpreendente. 5
Mesclando violência crua e impasses sinistros — as marcas originais de Na linha de frente —, Lawrence Block conduz o leitor através das armadilhas da razão e o prende numa trama apenas aparentemente óbvia. Lawrence Block nasceu em Buffalo, nos Estados Unidos, em 1938, e é um dos maiores nomes do romance policial no mundo. Escreveu mais de quarenta obras, que lhe valeram o título de Grande Mestre dos Escritores de Mistério da América. Foi agraciado com vários prêmios nessa modalidade de ficção, entre os quais três Edgar Allan Poe e um Nero Wolfe.
Policial Tradução: julia Romeu capa: elisa v. Randow 264 pp. 13 3 21 cm Tiragem: 4000 ex. R$ 39,50 Previsão de lançamento: 08/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1662-1 LANÇAMENTOS junho 2010
o sul mais disTanTe
os estados unidos, o Brasil e o tráfico de escravos africanos Gerald Horne O historiador Gerald Horne descortina as profundas relações políticas e econômicas dos dois grandes impérios escravistas do século xIx
história Tradução: Berilo Vargas capa: Rita da costa aguiar 496 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 57,00 Previsão de lançamento: a definir isBn e código de barras: 978-85-359-1680-5
Em meados do século xix, os Estados Unidos da América e o Império do Brasil estavam profundamente atados pelo envolvimento com a escravidão negra e o tráfico transatlântico de escravos. Então os maiores produtores mundiais de algodão e de café, os senhores de escravos de ambas as nações enfrentavam a hostilidade crescente dos militantes abolicionistas da Grã-Bretanha e das unidades federativas do Norte dos Estados Unidos. Baseado em uma vasta pesquisa realizada em arquivos de diversos países, Gerald Horne explora as percepções que os ideólogos da escravidão no Sul dos Estados Unidos tinham do Brasil (o “Sul mais distante”), os projetos que delinearam a partir delas, seu papel nas polêmicas seccionais que conduziram, em 1861, à eclosão da
Guerra Civil e o impacto do conflito norte-americano sobre os destinos da escravidão brasileira. A partir do exame dos planos para a ocupação da Amazônia com o emprego de mão de obra negra e de capitais sulistas, a reabertura do tráfico transatlântico negreiro após sua proibição definitiva em 1850 e o estabelecimento de uma aliança internacional pró-escravista entre os Estados do Sul e o Império do Brasil, o autor oferece um livro profundamente original e perturbador, que muito ilumina as trajetórias históricas dos dois países. Gerald Horne é professor da Universidade de Houston, Texas. Autor de mais de duas dezenas de livros, publicou recentemente uma biografia de W.E.B. Du Bois (Greenwood Press, 2009).
isRael em aBRil Erico Verissimo Posfácio de Bernardo Kuckinski Num livro de notável atualidade, Erico Verissimo se indaga sobre as raízes, a história e o destino dos judeus e do judaísmo. Para ele, a fundação do Estado de Israel teria sido o início de uma era de paz para a humanidade No último dos quatro livros de viagem que escreveu, publicado em 1969 — os outros foram Gato preto em campo de neve, de 1941, sobre os Estados Unidos, A volta do gato preto, de 1946, também sobre os Estados Unidos, e México, de 1957 —, Erico mantém o procedimento literário dos anteriores e escreve um saboroso diário de bordo enriquecido com entrevistas e informações históricas. O roteiro da viagem, na companhia da esposa Mafalda, inclui visitas a diversas cidades e vilarejos, kibbutzim, personalidades, amigos, universidades e museus. Refletindo constantemente sobre o que vê, Verissimo antecipa uma das questões centrais do semitismo pós-Israel: será que agora o judaísmo deixará de ser uma cultura para virar uma civilização — destinada, como toda civiLANÇAMENTOS junho 2010
lização, a um “período do inverno, da velhice e da morte”? Será que uma eventual “decadência da civilização do novo Estado sionista [...] vai matar a cultura judaica”? Erico aposta que não, convencido de que a diáspora judaica nunca deixará de existir. Erico Verissimo nasceu em 17 de dezembro de 1905 em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Trabalhou como bancário, balconista de armazém e farmacêutico até se mudar, aos 25 anos, para Porto Alegre. Estreou como escritor com o conto “Ladrões de gado”. Ganhou diversos prêmios por sua obra literária, como o Jabuti (1966), o Juca Pato (1967), o do pen Clube (1972) e o da Fundação Moinho Santista (1973). Morreu em 1975, antes de concluir o segundo volume de suas memórias, Solo de clarineta.
Relato de viagem capa: warrakloureiro 280 pp. (estimadas) + 16 pp. (cad. de fotos) 14 3 21 cm Tiragem: 2000 ex. R$ 53,00 Previsão de lançamento: 21/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1686-7 6
o casTelo nos PiRineus Jostein Gaarder Em seu novo romance filosófico, o castelo nos Pirineus, Jostein Gaarder — o autor do best-seller o mundo de sofia — conta uma história de amor para discutir, mais uma vez com delicadeza, e sobretudo de forma clara e acessível, o embate entre a razão e a espiritualidade Por cinco anos intensos na década de 1970, Steinn e Solrunn foram felizes. Então tomaram rumos diversos, por razões desconhecidas a ambos. No verão de 2007, depois de trinta anos distantes, eles se encontram por acaso no terraço de um velho hotel de madeira às margens de um fiorde no oeste da Noruega, um lugar intimamente relacionado à separação no passado. Mas terá sido esse encontro, em lugar tão significativo, um mero acaso? Buscando respostas a essa pergunta, e para entender como um relacionamento que prometia ser duradouro pôde acabar subitamente, o ex-casal começa uma frenética troca de e-mails — a matéria e a forma deste novo romance filosófico de Jostein Gaarder, que desta vez conta uma história de amor para discutir o embate entre o racionalismo e a espiritualidade. Na linguagem dessas missivas apressadas que inundam nossa vida cotidiana, os dois esboçam visões de mundo antagônicas e explicações contraditórias para o fim do romance. De um lado, o climatologis-
ta Steinn apenas crê no que pode ser provado pela ciência e pela razão. De outro, Solrunn, uma mulher religiosa, acredita na transcendência, em um espírito além do corpo e de nossa existência terrena. Disso resulta que as experiências compartilhadas pelos dois no hotel no litoral (a de trinta antes e a do verão corrente) serão entendidas de modo muito distinto por cada um. Apesar de se respeitarem, eles não podem concordar com a concepção do outro — até que suas certezas sejam postas à prova. Jostein Gaarder nasceu em 1952, na Noruega. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos autores de maior destaque em seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O mundo de Sofia (ed. bras. Companhia das Letras, 1995), já traduzido para 42 línguas. De sua autoria, a Companhia das Letras publicou também Vita Brevis (2009), A garota das laranjas (2005), O vendedor de histórias (2004) e Através do espelho (1998), entre outros.
Romance Tradução: luiz a. de araújo 180 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 8000 ex. R$ 34,00 Previsão de lançamento: 29/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1682-9
“Cá estou eu, Steinn. Foi um milagre revê-lo. E justamente lá! Você ficou tão pasmo que quase tropeçou. Não foi — não pode ter sido — um encontro casual. Havia forças operando naquele lugar, forças! Conseguimos roubar quatro horas para nós. Mas o que é roubar quatro horas? Niels Petter não achou a menor graça. Só em Førde dignou-se a me dirigir a palavra. Nós simplesmente subimos o morro a partir do vale. Meia hora depois, estávamos diante do bosquezinho de bétulas. Outra vez... Não dissemos uma palavra no caminho. Sobre aquilo, digo. Falamos de tudo, mas daquilo não. Tal como antigamente. Não fomos capazes de nos posicionar quanto ao acontecido. E assim nós fomos para o brejo, talvez não você enquanto você, nem eu enquanto eu, mas nós dois enquanto nós dois. Não conseguimos nem mesmo trocar um boa-noite. Lembro que passei a última noite no sofá. E me lembro do cheiro do cigarro que você fumava sentado no outro cômodo. [...] E lá se vão mais de trinta anos. Não dá para entender.” 7
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a Vida secReTa da gueRRa Peter Beaumont No próximo volume da Coleção Jornalismo Literário, o correspondente internacional Peter Beaumont investiga o cotidiano da guerra contemporânea. Posfácio de Sérgio D’Ávila
jornalismo Tradução: josé Viegas capa: joão Baptista da costa aguiar 180 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. Preço a definir Previsão de lançamento: a definir isBn e código de barras: 978-85-359-1690-4
No passado, era simples escrever sobre guerras. Estados e ideologias colidiam; batalhas eram travadas entre exércitos nacionais ou milícias. Mas a guerra mudou. Neste relato pouco usual da guerra contemporânea, Peter Beaumont, jornalista e correspondente internacional do Observer, mostra que a privatização dos conflitos bélicos por pequenos grupos armados e a fragmentação de Estados nacionais instáveis transformaram a guerra em um modo de vida, o que representa um desafio quase intransponível para exércitos “tradicionais”. Para retratar essas sociedades em que a guerra é endêmica, Beaumont, em vez de focar sua análise nas grandes instâncias decisórias ou de comando, leva o leitor às engrenagens cotidianas do conflito: o sofrimento dos civis e combatentes, o
dia a dia dos embates, as aspirações dos envolvidos. No processo, o autor descreve encontros aterrorizantes, situações-limite e descobertas que só alguém que penetrou a fundo o território “inimigo” poderia realizar, como um plano secreto da Al Qaeda de ataque a Londres ou o refúgio bombardeado do mulá Omar. Vida secreta da guerra é resultado de um dos mais corajosos trabalhos de jornalismo investigativo dos últimos anos, que levou o autor a viajar muitas vezes sozinho e sem guarda-costas para os lugares mais perigosos do mundo e permitiu uma rara proximidade e intimidade com os entrevistados. Peter Beaumont é editor e correspondente internacional do jornal The Observer. Recebeu o prêmio George Orwell por suas reportagens sobre a segunda guerra do Iraque.
diPlomacia suja Craig Murray Neste contundente relato, o ex-embaixador britânico no Uzbequistão revela as engrenagens sujas do mundo da diplomacia e suas aventuras como protagonista involuntário — e insubordinável — na Guerra contra o Terror Quando chegou ao Uzbequistão, Craig Murray era um diplomata em ascensão, e assumia um posto estratégico. A missão do embaixador era clara: fortalecer as relações comerciais entre aquela ex-república soviética e a Grã-Bretanha e, se possível, dar uma mãozinha aos americanos na Guerra contra o Terror. Deparou-se, contudo, com espinhosas surpresas. Após presenciar um julgamento fraudulento de dissidentes, Murray recebe fotos estarrecedoras, nas quais um opositor do regime aparece, literalmente, fervido até a morte. Ao retransmitir a informação pelos canais do serviço britânico, a resposta foi ainda mais escandalosa, e a mensagem, apesar de encoberta pelo jargão político, era clara: o governo uzbeque é nosso aliado na guerra contra o terror, não interfira. Apreciador de um bom copo (ou LANÇAMENTOS junho 2010
três) e mulherengo contumaz, Murray era pouco afeito ao empolado código de conduta diplomático, e estava longe de ser um modelo de comportamento. No entanto, logo se viu no papel de herói involuntário e foi a público revelar fatos constrangedores que seus colegas e chefes teimavam em ignorar. Em meio a perseguição política e muita diplomacia suja, Murray fala também de sua conturbada vida pessoal e da paixão por uma stripper de Tashkent, improvável aliada deste ativista acidental que jogou fora uma carreira brilhante para dedicar-se a uma causa que ninguém ousara defender. Craig Murray (1958) foi embaixador britânico no Uzbequistão de 2002 a 2005, e hoje vive na Escócia, onde é reitor da Universidade de Dundee.
autobiografia Tradução: Berilo Vargas 472 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 58,00 Previsão de lançamento: 28/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1685-0 8
o adolescenTe Fiódor Dostoiévski Tradução e adaptação de Diego Rodrigues Ilustrações de Renato Alarcão
Nesta adaptação de o adolescente, de Dostoiévski, um jovem narra suas incursões pelo mundo adulto enquanto tenta colocar em prática um plano mirabolante para impressionar sua família. Ambientado no século xIx, o romance é também um panorama da cultura e da sociedade russas antes da revolução Um jovem idealista chega em São Petersburgo para uma temporada na casa dos pais. Entusiasmado com a chance de conhecer melhor a figura paterna e disposto a colocar em prática um modo de vida pouco comum, Arkádi começa a frequentar as rodas sociais da família. Porém, à medida que se aproxima dessas pessoas, sua vida toma um rumo inesperado. Ao especular sobre o passado do pai, Arkádi se envolve em um emaranhado de histórias suspeitas em que cada um parece contar apenas o que lhe é conveniente. Enquanto isso, o rapaz recebe um convite: um emprego para trabalhar com o príncipe Sokólski, um senhor rico de saúde frágil. A proposta gera um conflito moral, já que seu trabalho é ficar à toa, servindo de companhia para o príncipe. E, para piorar, com dinheiro na mão, seus valores começam a ruir.
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Narrado em primeira pessoa, O adolescente é um relato apaixonado e caótico das incursões de um jovem pelo mundo adulto e das escolhas que ele deverá fazer a partir de suas crenças e das incontingências dessa nova fase da vida. O livro vem com um texto introdutório, um mapa de época, uma explicação sobre a composição dos nomes russos e uma lista com todos os personagens do romance. Renato Alarcão é designer gráfico com mestrado em ilustração pela School of Visual Art de Nova York. É ilustrador de livro infantil e ministra cursos em seu ateliê-escola Estúdio Marimbondo. Diego Salerno Rodrigues é editor, escritor e tradutor. Atua em projetos editoriais do Estúdio Sabiá e da Carochinha Editorial e é coordenador da edição brasileira do Guinness World Records (Ediouro) desde 2004.
Romance capa: Paula astiz 320 pp. (estimadas) 13,5 3 21 cm Tiragem: 4000 ex. Preço a definir Previsão de lançamento: a definir isBn e código de barras: 978-85-359-1671-3
“Viver sozinho é uma condição essencial para meu objetivo, por um motivo simples: nunca soube me relacionar com as pessoas —, elas me perturbam e me distraem. Eu me atropelo diante dos outros, não consigo ser quem realmente sou, me afobo. Isso me tira a tranquilidade. Sempre vi no isolamento a solução. Morar num albergue que oferecesse pão e água seria uma boa opção ao chegar a São Petersburgo, ao menos para não passar a noite na rua em dias de frio intenso.”
LANÇAMENTOS junho 2010
lançamenTos
ReimPRessões
Poemas escolhidos Gregório de Matos
Ficções Jorge Luis Borges
o acidenTe Ismail Kadaré
caPiTães da aReia Jorge Amado
alFRed e emily Doris Lessing o PaVilhão douRado Yukio Mishima a cosTa oesTe Paula Fox as ViúVas de easTwick John Updike as BRuXas de easTwick (Bolso) John Updike
conTos FanTÁsTicos do século XiX Vários Autores (org. Italo Calvino) o esPeTÁculo das Raças Lilia Moritz Schwarcz FoRmação econômica do BRasil Celso Furtado PaRaísos aRTiFiciais Paulo Henriques Britto ResTos moRTais Patricia Cornwell
o mundo assomBRado Pelos demônios (Bolso) Carl Sagan o PRocesso (Bolso) Franz Kafka o Queijo e os VeRmes (Bolso) Carlo Ginzburg a aRca de noé Vinicius de Moraes
ninguém se meXe Denis Johnson
como conTaR cRocodilos Margaret Mayo
na linha de FRenTe Lawrence Block
os diReiTos das cRianças segundo RuTh Rocha Ruth Rocha
o sul mais disTanTe Gerald Horne
hisTóRias À BRasileiRa – Vol. 2 Ana Maria Machado
isRael em aBRil Erico Verissimo o casTelo nos PiRineus Jostein Gaarder a Vida secReTa da gueRRa Peter Beaumont diPlomacia suja Craig Murray o adolescenTe Fiódor Dostoiévski a PRé-hisTóRia Passo a Passo Colette Swinnen uma casa PaRa o sR. Biswas (Bolso) V. S. Naipaul cicaTRiz Ilan Brenman ynaRi, a menina das cinco TRanças Ondjaki Quem é esse joão? Quem é essa maRia? Lalau loBinho, o deTeTiVe da FloResTa Ian Whybrow Às maRgens do amazonas Laurence Quentin memóRia de eleFanTe Caeto
LANÇAMENTOS junho 2010
o gaTo malhado e a andoRinha sinhÁ Jorge Amado a ReVolução dos Bichos George Orwell o Xangô de BakeR sTReeT Jô Soares gueRRa e Paz Liev Tolstói a gaRoTa das laRanjas Jostein Gaarder o menino do Pijama lisTRado John Boyne
uma leTRa PuXa a ouTRa José Paulo Paes
o caValeiRo ineXisTenTe Italo Calvino
o liVRo dos medos Vários autores
Editora Schwarcz Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 32 04532-002 — São Paulo — sp Telefone: (11) 3707-3500 Fax: (11) 3707-3501 www.companhiadasletras.com.br
acompanhe-nos em /cialetras
menTiRas... e menTiRas Tatiana Belinky ouTRa Vez os TRês PoRQuinhos Erico Verissimo PeTeR Pan e wendy J. M. Barrie a Reunião dos PlaneTas Marcelo R. L. Oliveira se eu Fosse Você Richard Hamilton
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a PRé-hisTóRia Passo a Passo Colette Swinnen Ilustrações de Loïc Méhée De onde veio a espécie humana? Quem foi Neanderthal? Quando viveu o homo habilis? Desde a aparição do primeiro homem na Terra até o surgimento do homo sapiens, passaram-se milhões de anos. Este guia apresenta, de maneira simples e completa, esse vasto e rico período da História e as ciências que o estudam O período chamado pré-história é espantosamente longo. Vai desde o aparecimento do homem até, tradicionalmente, a invenção da escrita, que ocorreu na Mesopotâmia (atual Iraque) por volta de 3500 a.C. Na Europa, a pré-história termina quando se inicia a idade dos metais, em cerca de 2300 a.C. Seu estudo se situa entre as ciências humanas e as ciências naturais e abarca assuntos variadíssimos. Neste guia prático e ao mesmo tempo detalhado, as crianças aprendem sobre a história remota da Terra e do homem, e sobre um sem-número de termos e questões como arqueologia, geologia, estratigrafia, paleontologia, etnologia, glaciações, fósseis, darwinismo, a ocupação do planeta pelo Homo sapiens e o domínio
do fogo, o homem de Neanderthal, os utensílios de pedra, o desenvolvimento da linguagem, o uso da caverna e as habitações, o mamute, a vida de nômade, a caça, a pesca, a coleta e a culinária, as vestimentas, as pinturas rupestres, a morte na pré-história... e, finalmente, sobre o movimento que encerrou esse período da nossa história. Ilustrações divertidas e um teste com respostas de múltipla escolha completam esse passo a passo, uma excelente introdução a um dos temas mais fundamentais da história e da ciência. Colette Swinnen é especialista em pré-história e vive com a família em Amiens en Picardie, uma região da França rica em vestígios arqueológicos.
Tradução: hildegard Feist 16 3 23 cm 80 pp. (estimadas) Tiragem: 3000 ex. R$ 29,00 Previsão de lançamento: 17/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1688-1
uma casa PaRa o sR. Biswas V. S. Naipaul Inspirado na infância e adolescência do autor, este romance de grande poder cômico, concebido com compaixão mas sem sentimentalismos, conta as aventuras e desventuras de um indiano na busca por uma casa própria em Trinidad “entre todos os meus livros, é deste que me sinto mais próximo. é o mais pessoal; foi criado a partir do que vi e senti quando criança. além disso, nele estão contidas, creio eu, algumas das passagens mais engraçadas que já escrevi.” — V. s. naipaul Romance Tradução: Paulo henriques Britto capa: jeff Fisher 664 pp. (estimadas) 12,5 3 18 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 36,00 Previsão de lançamento: 21/06/10 isBn e código de barras: 978-85-359-1684-3
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Só o fato de Uma casa para o sr. Biswas ser, entre as próprias obras de V. S. Naipaul, a sua preferida, a mais engraçada e uma das mais populares, talvez já diga tudo. Como se não bastasse, a crítica consagrou-a como verdadeira obra-prima, um romance magnífico em que Naipaul, com muito humor, faz a mais sutil e abrangente análise da situação colonial já elaborada em literatura de ficção. Uma casa para o sr. Biswas é inspirado na infância e adolescência do autor, e a maior ambição de seu protagonista é ter sua própria casa. A história desse personagem irremediavelmente deslocado é recheada de divertidas peripécias, sempre girando em torno da eterna busca de um lar e de uma ocupação satisfatória. Em suas aventuras, está sempre às voltas com parentes, vizinhos e amigos intrometidos, que ora o atrapalham ora o ajudam em sua cruzada. V. S. Naipaul nasceu em Trinidad em 1932. Desde 1950 vive na Inglaterra. Durante quatro anos estudou no University College, em Oxford, e em 1954, em Londres, começou a escrever. Tem mais de vinte obras publicadas, tanto de ficção como de não ficção. LANÇAMENTOS junho 2010
cicaTRiz Ilan Brenman/ Ilustrações de Ionit Zilberman Conversando com os pais, Silvinha descobre que seu queixo machucado vai ganhar uma cicatriz para a vida inteira. A novidade deixa a menina tão empolgada que ela resolve investigar as cicatrizes de toda a família
32 pp. 20,5 3 20,5 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 29,50 Previsão de lançamento: 28/06/10 isBn e código de barras: 978-85-7406-433-8
Silvinha caiu da cama no meio da noite e tomou um sustão ao saber que precisaria ir ao hospital para que um médico costurasse seu queixo. Mas como assim? O que será que iria acontecer com ela? Conversando com os pais, Silvinha descobre que o que vai ganhar é uma cicatriz — e, o mais impressionante, que ela ficará para sempre no queixo dela. A novidade deixa a menina tão empolgada que ela resolve investigar as cicatrizes de todos os parentes. E assim, a partir de seu machucado, Silvinha se põe a pensar sobre a passagem do tempo, sobre as marcas dos acontecimentos na vida das pessoas, e vai conhecer histórias interessantíssimas dos avós, tios, primos e primas.
Ilan Brenman nasceu em Israel em 1973, mas mora no Brasil desde 1979. Psicólogo formado pela puc de São Paulo, hoje dá cursos e palestras sobre temas como formação de leitores e literatura infantil. Nos últimos dez anos, ficou conhecido também como contador de histórias. Faz doutorado na Faculdade de Educação da usp e já publicou os livros Até as princesas soltam pum (Brinque-Book) e A dobradura do samurai (Companhia das Letrinhas), entre outros. Ionit Zilberman também nasceu em Israel, em 1972, e aos seis anos veio com os pais para São Paulo, onde mora até hoje. A vontade de fazer livros começou enquanto ela cursava a faculdade de artes plásticas e, até agora, já ilustrou mais de vinte títulos para crianças.
ynaRi, a menina das cinco TRanças Ondjaki/ Ilustrações de Joana Lira O que faz uma menina que guarda as palavras no coração quando conhece a guerra? ynari, nari, a menina das cinco tranças trata de um tema terrível com muita poesia e sabedoria
40 pp. (estimadas) 20,5 3 27,5 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 32,00 Previsão de lançamento: 28/06/10 isBn e código de barras: 978-85-7406-435-2
LANÇAMENTOS junho 2010
Ynari é uma menina com cinco tranças e muita vontade de conhecer as palavras do mundo. Certa manhã, passeando perto do rio, Ynari encontra um homem pequenino, de uma aldeia distante da sua, onde vivem muitos seres pequenos por fora e grandes por dentro, cada um com um dom mágico. Lá existe o velho muito velho que inventa as palavras e a velha muito velha que destrói as palavras. Nessa sua jornada, Ynari também acaba descobrindo que a guerra faz parte do mundo: cinco aldeias da região estão lutando, cada qual por não ter algo que as outras aldeias possuem. Com a ajuda de suas cinco tranças, a menina vai dar aos povos as palavras que enfim lhes faltavam, mostrando que as crianças, com muita magia e ternura, podem mudar as
aldeias e as ideias e acabar com todas as guerras. Mas Ynari também tem muito a aprender com essa aventura, como um novo sentido, cheio de magia, para uma palavra antiga: “amizade”. Em Ynari, a menina das cinco tranças, Ondjaki usa seu talento de poeta e a oralidade do português angolano para falar às crianças sobre as duras marcas que os quase trinta anos de guerra civil deixaram em seu país. Alguns termos típicos da cultura africana são esclarecidos em um glossário ao final do livro. Ondjaki nasceu em Luanda, Angola, em 1977. Prosador e poeta, foi duas vezes finalista do prêmio Portugal Telecom, em 2007 e 2008. Dele, a Companhia das Letras já publicou o romance juvenil AvóDezanove e o segredo do soviético. 12
Que joão é esse? Que maRia é essa? Lalau/ Ilustrações de Laurabeatriz No novo livro da dupla autora de zum-zum-zum e outras poesias, Quem é quem e Futebol!, entre muitos outros, as crianças conhecem vários Joões e Marias presentes no nosso vocabulário, através de poemas
40 pp. 20,5 3 20,5 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 29,50 Previsão de lançamento: 08/06/10 isBn e código de barras: 978-85-7406-432-1
João-deitado e Maria-mole, João-teimoso e Maria-fumaça, João-teneném e Maria-faceira... Vixe, Maria! É João e Maria que não acaba mais. Pensando nessa presença constante das duas palavras entre os nomes que damos aos bichos, plantas, bonecos e até penteados de cabelo, a dupla Lalau e Laurabeatriz criou e
ilustrou doze poemas, cada um com uma dupla de personagens. O resultado é um livro que não só ensina poesia para as crianças pequenas como apresenta curiosidades da cultura brasileira, pois, ao final do volume, um glossário explica o que é e de onde vem cada expressão que aparece nos poemas.
loBinho, o deTeTiVe da FloResTa Ian Whybrow/ Ilustrações de Tony Ross Depois de lobinho na escola de enganação, diário das façanhas do lobinho e o terror domesticado, chega às livrarias o quarto volume das aventuras do Lobinho que não é tão mau assim
Tradução: heloisa jahn 112 pp. 13 3 19,5 cm Tiragem: 3000 ex. R$ 29,00 Previsão de lançamento: 02/06/10 isBn e código de barras: 978-85-7406-431-4
Acompanhado pela Gralha Guimba, responsável pelo Esquadrão Voador da Agência de Detetives da Floresta dos Olhos Amarelos (adfoa), pelo amigão e primo Lobo Uivo Ruivo e pelo urso Enormando, o intrépido detetive Lobinho Binho precisa descobrir onde foram parar os animais que desapareceram de seus lares, enchendo as famílias de angústia.
Todas as testemunhas falam que eles sumiram depois de ver uma luzinha em forma de rato... O mistério é total, a situação é assustadora: que perigos espreitam os detetives da adfoa no desempenho de sua missão? Quem narra todas essas travessuras — opa, quer dizer, aventuras! — é o próprio Binho, que anota neste seu diário tudo o que faz.
Às maRgens do amazonas Laurence Quentin/ Ilustrações de Catherine Reisser Três povos amazônicos, sua história e a região onde vivem. Atividades, fotos e um tabuleiro de jogo acompanham as informações
Tradução: Rosa Freire d’aguiar 152 pp. 20,7 3 20,7 cm Tiragem: 4000 ex. R$ 39,50 Previsão de lançamento: 17/06/10 isBn e código de barras: 978-85-7406-430-7
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A floresta amazônica ocupa metade do território da América Latina e possui tantos bichos, plantas e rios quanto alcança a nossa imaginação. Mas a diversidade da região também está presente entre os povos que a ocupam — apesar de pouco povoada, é uma floresta tão extensa que abriga as mais diversas etnias. Em Às margens do Amazonas, as crian-
ças são convidadas a conhecer a história, a vida, os costumes e o habitat de três povos amazônicos, de países diferentes: no Brasil, os caboclos; entre o Brasil e a Venezuela, os ianomâmis; e no Equador, os otavalos. Textos explicativos são acompanhados de narrativas ficcionais, sugestões de jogos e atividades culinárias, e ilustrados com desenhos, fotos e mapas da região. LANÇAMENTOS junho 2010
memóRia de eleFanTe Caeto
Seguindo a trilha aberta por autores de romances gráficos autobiográficos como Art Spiegelman e David B., em memória de elefante o quadrinista Caeto transforma sua vida em matéria-prima para uma epopeia de dissabores sucessivos, empregos miseráveis, lares inabitáveis e porres monumentais Romance gráfico capa: elisa v. Randow 220 pp. (estimadas) 21 3 27,5 cm Tiragem: 4000 ex. R$ 37,50 Previsão de lançamento: a definir isBn e código de barras: 978-85-359-1689-8
LANÇAMENTOS junho 2010
Autor e editor de histórias em quadrinhos, vocalista de uma banda de punk rock independente, artista plástico prestes a deixar de vender seus quadros nas ruas de São Paulo para ganhar uma exposição individual em uma galeria. À primeira vista, a carreira artística de Caeto poderia parecer uma caminhada promissora e cercada de um certo glamour. Porém, um
a um, seus projetos caem por terra antes que possam alçar voos mais altos: suas hqs não chegam ao grande público, sua música não é comercial o suficiente para fazer sucesso e seus quadros são vendidos a conta-gotas. Logo no início da vida adulta, o artista é obrigado a lidar com a crônica falta de dinheiro e as perspectivas profissionais limitadas, além dos fracassos na vida amorosa e as armadilhas da depressão e do alcoolismo. Seu pai é um livreiro semifalido, um homossexual assumido que vive uma relação amorosa com o sócio. Já sua mãe, após o fim tumultuado e traumático do casamento, muda-se para o interior do estado. Quando seu pai decide fechar a livraria e fazer o mesmo, tudo o que deixa para o filho recém-saído da adolescência são três caixas de livros e um relógio cuco. Na reconstrução prodigiosa de sua memória, nada pode ficar de fora: a agitada vida noturna paulistana, as aventuras sexuais, o cachorro problemático, o calvário familiar, a passividade da mãe, a agonia do pai, vítima do vírus hiv, e a contribuição fundamental de cada uma das pessoas que o acompanharam em sua jornada desesperada rumo à redenção. Caeto nasceu em Assis, interior de São Paulo, em 1979. No mercado editorial desde 2000, já ilustrou obras de autores como Fernando Bonassi e Heloisa Prieto. Foi editor dos fanzines Sociedade radioativa e Glamour popular, em que publicou suas hqs. Memória de elefante é seu primeiro romance gráfico. 14