Destaques de Janeiro da Cia das Letras 2011

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Viagens de Gulliver, a obra-prima de Jonathan Swift, em janeiro nos cinemas, em versão

LANÇAMENTOS janeiro 2011

3D, estrelada por Jack Black

O TERCEIRO REICH Roberto Bolaño

Em O Terceiro Reich, romance póstumo do autor de 2666 e Os detetives selvagens, um escritor fracassado e campeão de jogos de estratégia volta ao pequeno balneário em que passava as férias na infância e acaba submerso num sombrio drama psicológico “O mais influente e admirado romancista de língua espanhola da sua geração.” — Susan Sontag “Um dos maiores escritores contemporâneos.” — The New York Times Udo Berger tem a sensação de estar na etapa mais feliz de sua vida. Ele é campeão da Alemanha em jogos de guerra, tem uma namorada adorável e um bom emprego. As férias em um vilarejo próximo a Barcelona, em companhia de sua Ingeborg, prometem ser uma pausa para fruir o momento e escrever um artigo que promete consagrá-lo nos congressos internacionais sobre os jogos de estratégia. Ao chegar ao Del Mar, mesmo hotel em que costumava se hospedar com a família dez anos antes, ele dá início a um diário. Com isso, quer praticar a escrita e aperfeiçoar novas estratégias em seu jogo predileto, o Terceiro Reich, que reúne aficionados não apenas na Alemanha, mas mundo afora. Udo, porém, não consegue se concentrar, seduzido pelo exterior: a agitação dos turistas, a beleza de Frau Else (dona do hotel), as noitadas com o casal de amigos Charly e Hanna, o magnetismo sinistro do Queimado (que aluga pedalinhos para os turistas) e a companhia insistente do Lobo e do Cordeiro (dois espanhóis que vagabundeiam pelos bares). Acontecimentos inesperados vêm di­fi­cultar ainda mais o seu projeto, lançan-

do o jovem alemão em uma tormenta psicológica. Além disso, as investidas no Terceiro Reich, no qual ele joga com as forças nazistas, pouco avançam. Até que Udo descobre um parceiro imprevisto. Nesta combinação de narrativa policial e thriller psicológico, cada movimento desencadeia novos avanços — e o desfecho, como na História, está perigosamente em aberto. Escrito em 1989, este romance publicado postumamente já apresenta, em ebulição, as características literárias e as obsessões que fariam do autor um fenômeno de crítica e público com obras seminais como Detetives selvagens e 2666. Roberto Bolaño nasceu em 1953, no Chile, e é considerado um dos grandes nomes da literatura latino-americana con­temporânea. Passou a adolescência no México e voltou ao seu país pouco antes do golpe que depôs Salvador Allende. Conseguiu se exilar e começou a publicar na Espanha, quando já tinha quarenta anos. Morreu de insuficiência hepática em Barcelona, em 2003. De sua autoria, a Companhia das Letras lançou 2666, Amuleto, Os detetives selvagens, Estrela distante, Noturno do Chile, A pista de gelo e Putas assassinas.

Romance Tradução: Eduardo Brandão Capa: warrakloureiro 344 pp. 14 3 21 cm Tiragem: 5000 ex. R$ 45,00 Previsão de lançamento: 19/01/2011 ISBN e código de barras: 978-85-359-1785-7

“Estes dias de férias também serão dias de trabalho. Vou pedir a Frau Else uma mesa maior, ou duas mesas pequenas, para montar os tabuleiros. Só de pensar nas possibilidades que minha nova abertura proporciona e nos diferentes desenvolvimentos alternativos que podem se seguir me dá vontade de montar o jogo agora mesmo e tratar de verificá-los. Mas não vou fazer isso. Só tenho corda para escrever mais um pouco; a viagem foi longa e ontem mal dormi, em parte porque era a primeira vez que Ingeborg e eu passaríamos férias juntos e em parte porque eu voltaria a pisar no Del Mar depois de dez anos de ausência”.


o TriUnFo Da MÚSiCa

a ascensão dos compositores, dos músicos e de sua arte Tim Blanning Transitando livremente entre fronteiras estéticas, geográficas e temporais, o especialista em história cultural Tim Blanning analisa os fatores históricos que tornaram a música a mais bem-sucedida e influente forma artística da atualidade Abalando as concepções até então vigentes sobre virtuosismo musical, Franz Liszt (1811-86) deixava multidões de admiradoras por onde passava, numa prefiguração da meteórica carreira de ídolos populares do século seguinte, como Elvis Presley e os Beatles. Após ser banido da Alemanha por atividades subversivas, Richard Wagner (1813-83), inventor da revolucionária “obra de arte total”, tornou-se objeto da veneração e dos favores de reis, ditadores e magnatas. Com o advento da reprodução mecânica — e, em seguida, eletrônica — do som, a música conquistaria espaços jamais sonhados por compositores e instrumentistas. Esses profissionais, apenas dois séculos antes, eram em geral tratados como serviçais subalternos e, atualmente — basta citar Bono Vox, do U2 —, tornaram-se ca-

pazes de até mesmo influenciar os debates sobre a crise econômica e a paz mundial. Percorrendo os desenvolvimentos políticos e sociais da música ao longo da história, Tim Blanning explica como a submissão dos músicos à tirania de patrões representantes do clero e da nobreza deu lugar ao prestígio e à fortuna atualmente desfrutados pelas estrelas do rock – e também da música clássica, como alguns maestros e cantores. Tim Blanning nasceu no Reino Unido, em 1942. Foi professor de história moderna na Universidade de Cambridge até 2009, quando se aposentou. Atualmente é professor convidado do Sidney Sussex College. Publicou diversos livros sobre história política e cultural, com foco nos séculos xviii e xix.

Música/ história Tradução: ivo Kotytovski Capa: Mariana newlands 424 pp. (estimadas) 16 3 23 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 56,00 Previsão de lançamento: 26/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1784-0

aMÉriCo

o homem que deu seu nome ao continente Felipe Fernández-Armesto Felipe Fernández-Armesto, um dos mais destacados especialistas na história dos grandes descobrimentos, investiga, em américo, a misteriosa e controversa vida do cosmógrafo e navegador que batizou o Novo Mundo

História/ biografia Tradução: Luciano Vieira Machado Capa: Mariana newlands 312 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 49,00 Previsão de lançamento: 21/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1789-5 LANÇAMENTOS janeiro 2011

Américo Vespúcio (1454-1512), protagonista dos descobrimentos dos séculos xv e xvi, é também um dos mais complexos e enigmáticos personagens dessa história. A despeito da magnitude de suas realizações como cosmógrafo e navegador — exagerada, segundo alguns, por um sagaz instinto de autopromoção —, os documentos de sua trajetória são surpreendentemente escassos. Abundam versões apócrifas de cartas e manuscritos, fato que tem contribuído para a mitologia criada em torno do florentino. Américo, de Felipe Fernández-Armesto, autor de Desbravadores, é a primeira biografia abrangente do navegador — realizada com base em uma pesquisa quase enciclopédica sobre Vespúcio —, e se propõe a questionar as falácias dos anti-

gos relatos exageradamente laudatórios ou deletérios sobre o cosmógrafo. Com grande fluência literária e boas doses de humor (proporcionadas pelas peripécias desse homem que foi um “mago na juventude e um cafetão na maturidade”), Américo explica como o domínio dos preceitos retóricos dos mestres da Antiguidade, um interesse profundo pela magia e um notável senso de oportunidade contribuíram para que Vespúcio superasse entre seus contemporâneos a fama do rival pioneiro, o genovês Cristóvão Colombo, e entrasse para a posteridade como o topônimo do Novo Mundo. Felipe Fernández-Armesto (Londres, 1950) foi professor de história nas universidades de Londres e Oxford e leciona desde 2005 na Universidade Tufts. 2


eM riSCo Patricia Cornwell Neste livro, a genial criadora de Kay Scarpetta nos apresenta a um novo detetive, Win Garano. Ele é designado por sua chefe, a promotora pública Monique Lamont, para uma tarefa quase impossível

Policial Tradução: rafael Mantovani Capa: elisa v. randow 152 pp. (estimadas) 13 x 21 cm Tiragem: 6000 ex. r$ 33,00 Previsão de lançamento: 19/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1790-1

A iniciativa Em Risco, coordenada pela promotora pública Monique Lamont, pretende reabrir e resolver casos arquivados usando novas tecnologias de investigação. Brilhante e fria, Lamont chama seu melhor detetive, Win Garano, para enfrentar o primeiro e emblemático teste do programa — encontrar o assassino de uma senhora, Vivian Finlay, morta vinte anos antes. A tarefa logo se revela mais difícil do que parece. Pistas falsas apontam para uma trama de interesses que envolvem bandidos e policiais. Com a ajuda da agente Sykes, uma de suas várias admiradoras, e amparado por visões premonitórias de uma avó cartomante, Garano precisa lidar com a delicada situação pessoal de sua chefe, que também parece conhecer e esconder fatos essenciais à investigação.

Para compor esse conjunto, a autora lança mão de uma rica gama de detalhes físicos, técnicos e psicológicos na evocação tanto de cenas de ação quanto de sutilezas das relações humanas. Como na melhor narrativa policial, o aparente distanciamento da prosa potencializa o horror evidente ou sugerido de algumas passagens, como se adjetivos não fossem necessários para descrever os piores atos e impulsos. Patricia Cornwell nasceu em Miami, em 1956, e é uma das escritoras de maior sucesso nos Estados Unidos. Sua personagem Kay Scarpetta foi premiada em 1999 com o Sherlock Award de melhor detetive criado por um autor americano. Os livros dessa série e o best-seller Retrato de um assassino — Jack, o Estripador: caso encerrado são publicados pela Companhia das Letras.

MeU TiPo De GaroTa Buddhadeva Bose

Obrigados a passar uma noite de inverno na sala de espera de uma estação, quatro homens matam o tempo contando histórias de amor que viveram ou testemunharam. Por meio desses relatos, o bengali Buddhadeva Bose esboça com sutileza um painel da sociedade indiana na primeira metade do século XX Quatro passageiros que não se conhecem dividem a desconfortável sala de espera da estação de Tundla, na Índia, enquanto esperam a ferrovia voltar ao funcionamento depois de um descarrilamento de trens. O grupo inclui um empreiteiro, um alto funcionário militar do governo, um médico de grande clientela e um escritor melancólico. Inspirado pela aparição de um jovem casal de namorados, um deles sugere que os quatro passem o tempo contando histórias de amor que tenham acontecido a eles próprios ou a pessoas conhecidas. Por meio dessas histórias, que podem ser lidas quase como contos autônomos, o escritor bengali Buddhadeva Bose revela de modo sutil as relações culturais, raciais e religiosas na Índia da 3

primeira metade do século XX. Poucos autores conseguem entrelaçar de modo tão fluente e aparentemente espontâneo a observação das emoções humanas e a descrição da vida social. Publicado originalmente em 1951, Meu tipo de garota é um dos livros mais importantes do poeta, romancista e tradutor Bose, considerado um dos grandes escritores bengali do século passado. Nascido em Comilla, Bengala, Bud­ dhadeva Bose (1908-74) foi um dos maiores escritores bengali do século xx. Figura central do movimento modernista de Bengala, escreveu livros de poesia, romances, coletâneas de contos, peças de teatro e ensaios. Foi também editor e tradutor de autores como Baudelaire, Hölderlin e Rilke.

romance Tradução: isa Mara Lando Capa: Mariana newlands 144 pp. (estimadas) 14 x 21 cm Tiragem: 3000 ex. Preço a definir Previsão de lançamento: 26/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1791-8

LANÇAMENTOS janeiro 2011


SUor Jorge Amado/ Posfácio de Luiz Gustavo Freitas Rossi O terceiro romance de Jorge Amado demonstra a maturidade precoce do escritor baiano ao narrar o microcosmo de um cortiço no Pelourinho no começo dos anos 1930 Um casarão do Pelourinho transformado em cortiço, com suas dezenas de moradores pobres e marginalizados, é o ambiente de Suor, publicado em 1934, quando Jorge Amado tinha 22 anos. De modo cru, mas com sua característica prosa envolvente e calorosa — sempre atenta à musicalidade da fala popular —, Jorge narra um cotidiano de miséria, falta de higiene e ausência de perspectivas. Nos quartos precários do cortiço, homens e mulheres convivem com ratos e baratas e dão vazão às pulsões mais básicas. Os diversos personagens ganham em algum momento o primeiro plano do relato. Há o mascate judeu que percorreu o mundo e fala oito línguas, o homem sem braços que faz propaganda de lojas, a velha prostituta que não consegue mais arranjar freguês, o operário anarquista

que vive com um gato, a costureira que sonha com um casamento para a afilhada virgem, entre outras figuras sofridas. Jorge Amado cria ao mesmo tempo um painel social e um estudo sutil dos sentimentos humanos que florescem nas situações mais adversas. Apesar da dureza do dia a dia, o humor e a solidariedade encontram frestas para se manifestar, e uma crescente consciência política se espalha entre alguns moradores do cortiço. Jorge Amado (1912-2001) foi um dos grandes nomes da literatura brasileira do século xx. Eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro em 1946 e membro da Academia Brasileira de Letras, teve seus livros traduzidos para dezenas de idiomas. Entre os mais conhecidos estão Capitães da Areia, Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos e Tieta do Agreste.

romance Capa: Kiko Farkas e Mateus Valadares/ Máquina estúdio 152 pp. (estimadas) + 8 pp. (cad. de fotos) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 38,00 Previsão de lançamento: 28/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1792-5

CrÔniCa De UMa naMoraDa Zélia Gattai Em seu único romance, Zélia Gattai revive a passagem da infância para a adolescência ao narrar o processo de amadurecimento de uma menina na São Paulo da década de 1950

romance Capa: rita da Costa aguiar 272 pp. (estimadas) 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 44,00 Previsão de lançamento: 27/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1793-2 LANÇAMENTOS janeiro 2011

O romance de Zélia Gattai acompanha as dores e descobertas da menina Geane, que precisa a enfrentar a morte da mãe e conviver com uma madrasta ao mesmo tempo que experimenta transformações físicas e o despertar da sexualidade. São temas simples que, nas mãos de Zélia, se transformam num relato de formação minucioso. Sem moldes e sem fórmulas, a menina se faz a cada pequeno golpe que a realidade lhe aplica. As paixões súbitas que atordoam suas relações com os meninos; a força das palavras, que pode estar nas linhas precárias de um telegrama; as lembranças infantis das férias, do Natal, das conversas com os mais velhos, que ajudam a temperar a agitação das mudanças. É nas pequenas alegrias — bailes de adolescentes, programas de calouros e o

convívio com personagens fascinantes como Ricardina, a menina pobre que deseja se transformar em cantora — que a protagonista reúne forças para enfrentar as dificuldades e se redesenhar. Tendo como pano de fundo o início dos anos 1950 na cidade de São Paulo, Zélia não se deixa levar nem pela tentação sociológica nem por apelos da psicologia. Ela não escreve para explicar ou para interpretar, mas para contar uma boa história. Zélia Gattai (1916-2008) nasceu em São Paulo. Filha de imigrantes italianos, que chegaram ao Brasil no fim do século xix, casou-se com Jorge Amado em 1945. Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras. É autora de livros de memórias, três infantojuvenis e um romance. 4


eM DeFeSa De DeUS

o que a religião realmente significa Karen Armstrong Numa prosa ao mesmo tempo erudita e fluente, em defesa de Deus resgata e explica os fundamentos históricos e filosóficos do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. Mais que uma vindicação da fé, Armstrong convida o leitor a uma contemplação da fragilidade do humano diante da eternidade

religião Tradução: Hildegard Feist Capa: Marcos Kotlar 400 pp. (estimadas) 16 3 23 cm Tiragem: 4000 ex. r$ 52,00 Previsão de lançamento: 28/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1794-9

A trajetória de Karen Armstrong é pautada pelo rigor acadêmico e pelas marcantes experiências de vida. Freira convertida, seu caminho existencial pode ser visto como um retrato das agonias da pós-modernidade. Tocada simultaneamente pelo chamado da fé e pela lucidez da ciência, a autora aborda, em quase todos os seus livros, a crescente dicotomia entre religião e filosofia, numa tentativa de reconstituir historicamente os fragmentos dispersos dos nomes de Deus. Seu método ecoa o de Gianbattista Vico, para quem imaginação e intuição são as forças motrizes do movimento das épocas. Em seu último livro, Em defesa de Deus,

Armstrong promove um vigoroso diálogo entre religião e filosofia. A autora ressalta o fato de que cisão entre fé e razão é recente, e que é possível, por meio de uma reformulação de conceitos, entender a religiosidade como parte fundamental da solução dos problemas da atualidade. Misto de história e filosofia da religião, o livro cobre o período de 30 000 a.C. ao século xxi, dialogando com os principais pensadores do sagrado. Dos pré-socráticos, Platão e São Tomás de Aquino a Newton, Darwin e Freud, Em defesa de Deus investiga os alicerces da fé e da ciência, discutindo as repercussões, nas estruturas sociais, das crenças religiosas e do ateísmo.

jerUSaLÉM

Uma cidade, três religiões Karen Armstrong

religião Tradução: Hildegard Feist Capa: jeff Fisher 632 pp. (estimadas) 12,5 3 18 cm Tiragem: 5000 ex. r$ 34,00 Previsão de lançamento: 28/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1795-6

Como que saída da pena de Borges ou de Calvino, Jerusalém guarda muito de fantástico e imaginário em seus muros milenares. Mas a cidade toma contornos e significados próprios aos olhos de cada uma das três principais religiões do Ocidente: o islamismo, o judaísmo e o cristianismo. E é sob o prisma dessa “geografia sagrada” refletida de volta no mundo secular que os estudiosos tentam compreender seu sentido mais profundo. Num livro que abarca desde os primeiros vestígios de povoamento na região até os nossos dias, Karen Armstrong narra toda a história de ocupações e intolerância — mas muitas vezes também de convivência pacífica — que forjou o destino da Cidade Santa, e mostra como a aura mítica que Jerusalém adquire para judeus, cristãos e muçulmanos desafia a busca de uma solução meramente racional para os conflitos que até hoje marcam a região.

Karen Armstrong nasceu na Inglaterra e foi freira durante sete anos. Ao deixar sua ordem, em 1969, bacharelou-se em literatura em Oxford. Lecionou literatura moderna na Universidade de Londres e, atualmente, além de escritora, é destacada consultora e conferencista na área de religião comparada. Dela, a Companhia das Letras publicou Em nome de Deus, Maomé, A escada espiral, Breve história do mito, Uma história de Deus e A grande transformação. 5

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LançaMenToS

reiMPreSSõeS

o TerCeiro reiCH Roberto Bolaño

1984

o TriUnFo Da MÚSiCa Tim Blanning

George Orwell 50 ConToS De MaCHaDo De aSSiS Machado de Assis

aMÉriCo Felipe Fernández-Armesto eM riSCo Patricia Cornwell MeU TiPo De GaroTa Buddhadeva Bose SUor Jorge Amado

BenjaMiM Chico Buarque einSTein

Eric Hobsbawm

CrÔniCa De UMa naMoraDa Zélia Gattai

SCoTT PiLGriM ConTra o MUnDo VoL. 2 Bryan Lee O’Malley

jerUSaLÉM (BoLSo) Karen Armstrong

Coração DaS TreVaS (BoLSo) Joseph Conrad

o CaMPo e a CiDaDe (BoLSo) Raymond Williams

GeLo noS TrÓPiCoS CárcamO o MaiS SenSaCionaL GUia inTerGaLÁCTiCo Do eSPaço Por iDeiaS-BriLHanTeS Carole Stott jUCa e oS anõeS aMareLoS Jostein Gaarder PiPiSTreLo DaS MiL CoreS Zélia Gattai PaPÉiS aVULSoS Machado de Assis

Editora Schwarcz Ltda. Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 32 04532-002 — São Paulo — sp Telefone: (11) 3707-3500 Fax: (11) 3707-3501 www.companhiadasletras.com.br

De rePenTe naS ProFUnDeZaS Do BoSqUe Amós Oz SCoTT PiLGriM ConTra o MUnDo VoL. 1 Bryan Lee O’Malley

eM DeFeSa De DeUS Karen Armstrong

MUiTo BarULHo Por naDa Andrew Matthews

aTraVÉS Do eSPeLHo Jostein Gaarder

Walter Isaacson era DoS exTreMoS

DeZ MaiS HiSTÓriaS De FanTaSMaS Michael Cox

aLBerT einSTein e SeU UniVerSo inFLÁVeL Dr. Mike Goldsmith

o erro De DeSCarTeS António R. Damásio ForMação eConÔMiCa Do BraSiL

o eVanGeLHo SeGUnDo jeSUS CriSTo (BoLSo) José Saramago HiSTÓriaS exTraorDinÁriaS (BoLSo) Edgar Allan Poe

Celso Furtado HiTLer Ian Kershaw oriGenS Do ToTaLiTariSMo Hannah Arendt o PoDer Da arTe Simon Schama reCorDaçõeS Do eSCriVão a rainHa Do CaSTeLo De ar

iSaíaS CaMinHa

Stieg Larsson

Lima Barreto

TenDa DoS MiLaGreS

a BoLa e o GoLeiro

Jorge Amado

Jorge Amado ei! TeM aLGUÉM aí? Jostein Gaarder MeU PriMeiro LiVro De ConToS De FaDaS

acompanhe-nos em

Mary Hoffman

/cialetras

www.blogdacia.com.br

ViaGeM PeLo BraSiL eM 52 HiSTÓriaS Silvana Salerno

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o CaMPo e a CiDaDe na história e na literatura Raymond Williams

Examinando os reflexos do modo de vida rural e urbano na literatura inglesa do século Xvi até o fim do século passado — e contrastando-os com as mudanças que efetivamente ocorreram na sociedade —, o campo e a cidade é considerado a obra-prima de Raymond Williams, um dos mais finos e respeitados críticos literários ingleses do século XX

Crítica literária/ história Tradução: Paulo Henriques Britto Capa: jeff Fisher 536 pp. (estimadas) 12,5 3 18 cm Tiragem: 5000 ex. r$ 29,50 Previsão de lançamento:

28/01/2011

iSBn e código de barras: 978-85-359-1796-3

O campo e a cidade, do célebre crítico marxista Raymond Williams, é uma análise das respostas que a literatura e o pensamento social deram, através do tempos, a esses dois tipos de comunidade humana frequentemente contrastados. O caso inglês é exemplar nessa discussão, pois lá a Revolução Industrial operou muito cedo uma grande alteração nas relações entre campo e cidade, com um capitalismo agrário altamente desenvolvido substituindo o campesinato tradicional. Para isso, o autor oferece leituras detalhadas de poemas bucólicos e antibucólicos, comparando-os com o desenvolvimento efetivo da sociedade rural inglesa, e examina as reações aos centros urbanos a partir dos séculos xvi e xvii, as mudanças decisivas ocorridas na Londres do século xviii e a nova literatura urbana dos séculos xix e xx, ou seja, as respostas seminais de Blake e Wordsworth no romantismo e as formas do romance de Dickens à ficção científica, passando por uma análise incontornável de James Joyce. Raymond Williams (1921-88) foi crítico literário, ensaísta, romancista e professor de literatura nas universidades de Oxford, Cambridge e Stanford.

DeZ MaiS HiSTÓriaS De FanTaSMaS Michael Cox/ Ilustrações: Michael Tickner Dez histórias de arrepiar, acompanhadas de informações e curiosidades sobre os fantasmas e tudo o que lhes diz respeito, ilustradas com tiras descontraídas. Da mesma coleção de Dez mais horripilantes contos de fadas, Dez mais lendas do rei artur e Dez mais histórias de terror As pessoas vêm discutindo e especulando sobre a existência dos fantasmas desde tempos imemoriais. Com o passar dos anos, todos os tipos de especialistas e investigadores conduziram inúmeras pesquisas e testes científicos a fim de tentar descobrir a verdade sobre essas assombrações misteriosas, mas até hoje não encontraram um só indício que comprove ou refute a sua existência com 100% de certeza. É isso que torna a leitura ou a narração das histórias de fantasmas tão divertida: você fica o tempo todo pensando que aquilo bem que poderia ter acontecido — especialmente quando as páginas do seu livro começarem a virar sozinhas... É também por isso que os autores de grandes histórias de fantasmas se divertem tanto ao criá-las: provavelmente gos7

tam de sentir eles mesmos pavor da incerteza. Neste livro, há dez das melhores histórias de abantesmas e espectros, algumas engraçadas, outras tristes e muitas realmente assustadoras, como “O escritor-fantasma”, de Arthur Conan Doyle, e “O Horla”, de Guy de Maupassant. Entre cada narrativa, seções de fatos interessantes explicam, por exemplo, por que algumas pessoas acabam virando fantasmas e outras não; dão dicas de como caçar fantasmas; mostram a diferença entre gremlins e espíritos malignos; e apresentam detalhes sobre as fantasmagóricas reuniões conhecidas como sessões espíritas. Ao final, aqueles que se sentirem aterrorizantemente criativos são convidados a escrever a sua própria história de fantasmas.

Tradução: ricardo Gouveia 224 pp. (estimadas) 13 3 20 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 29,50 Previsão de lançamento: 28/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-359-1783-3 LANÇAMENTOS janeiro 2011


MUiTo BarULHo Por naDa

Coleção Histórias de Shakespeare Andrew Matthews/ Ilustrações: Tony Ross Cheia de reviravoltas, reveses e truques, esta comédia mostra como é fácil nos levar a acreditar que uma mentira é verdade e uma verdade é mentira

Tradução: Érico assis 72 pp. 14 3 21 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 18,00 Previsão de lançamento: 21/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-7406-464-2

Nesta adaptação em prosa de uma das mais famosas comédias de Shakespeare, dois casais estão às voltas com as confusões em que seus corações lhes metem: Cláudio ama Hero mas desiste de se casar com a moça por acreditar, erroneamente, que ela é infiel; Benedito e Beatriz precisam ser vítimas de uma complicada tramoia para perceber que estão perdidamente apaixonados um

pelo outro. Felizmente, no final tudo fica bem. Esta edição ainda inclui um prefácio de Ernani Ssó e dois posfácios: um sobre a origem da história e como Shakespeare se apropriou dela; e outro que trata das dúvidas em torno da identidade do grande dramaturgo inglês. Na mesma coleção, de adaptações juvenis das peças de Shakespeare, foi publicado Romeu e Julieta.

GeLo noS TrÓPiCoS CárcamO Artista premiado, CárcamO conta, apenas com o traço, a história de três bichos que vivem numa ilha e um dia recebem a visita de um quarto, que veio do frio para bagunçar o coreto

Livro-imagem 48 pp. 19 3 27 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 36,00 Previsão de lançamento: a definir iSBn e código de barras: 978-85-7406-460-4

A dinâmica entre as crianças nem sempre é permeada de sentimentos fraternos. Brigas quase sempre fazem parte das brincadeiras, e a competição, então, nem se fala. Conquistar uma nova amizade também pode ser motivo para despertar a mais impiedosa das emoções, o ciúme. O medo de perder a atenção dos amigos, e até mesmo a sua amizade, é capaz de transformar gentileza em hostilidade, brincadeira em disputa.

Os personagens deste livro, que conta uma história somente com imagens, também não escapam disso. Um pinguim boia em um pedaço de gelo e, contra a própria vontade, acaba chegando a uma ilha tropical, onde vivem um jacaré, uma capivara e um tamanduá. Competindo pela atenção do forasteiro e também pelo pedaço de gelo, os três companheiros acabam tendo uma lição sobre o valor da amizade.

o MaiS SenSaCionaL GUia inTerGaLÁCTiCo Do eSPaço Por iDeiaS-BriLHanTeS Carole Stott/ Ilustrações: Ralph Lazar e Lisa Swerling Com este livro você vai voar a mil pelo sistema solar, experimentar a vida numa estação espacial, descobrir que é feito de matéria estelar, e muito mais. Não perca um átomo dessa história!

Tradução: augusto Pacheco Calil 64 pp. 25,2 3 30 cm Tiragem: 5000 ex. r$ 42,00 Previsão de lançamento: 26/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-7406-441-3

LANÇAMENTOS janeiro 2011

Tudo começou com uma explosão, a mais dramática de todos os tempos. A partir desse extraordinário momento, que chamamos de big bang, nosso Universo foi criado, e a imensidão vazia do espaço foi povoada por bilhões de galáxias, trilhões de estrelas e sabe-se lá quantos planetas. Neste livro, além de conhecer um pouco mais sobre essa história, o leitor irá descobrir outros mistérios do Universo — de

que são feitos as estrelas e os planetas, os requisitos para se tornar um astronauta, os veículos de exploração do espaço... E, para acompanhá-lo nessa instrutiva viagem, os Ideias-Brilhantes, pessoas pequenininhas de grandes ideias, passeiam pelas páginas ensinando e fazendo comentários curiosos. Da mesma coleção de O mais sensacional atlas do mundo todo e Como funciona o incrível corpo humano. 8


jUCa e oS anõeS aMareLoS Jostein Gaarder/ Ilustrações: Jean-Claude R. Alphen Ao voltar da escola, Juca descobre que está completamente só: não há ninguém em casa, nem na rua, em lugar nenhum. Há apenas um anão amarelo que lança sem parar um dado, repete frases estranhas e está por trás de um plano para ocupar o nosso planeta. E o menino é o único que pode salvar a humanidade do “perigo amarelo”

Tradução: Luiz antônio de araújo 48 pp. 23 3 23 cm Tiragem: 5000 ex. r$ 29,00 Previsão de lançamento: 17/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-7406-461-1

“Cuidado com o perigo amarelo!” Foi o que Juca encontrou escrito no lado de dentro da casca de uma banana que ele pegara fechada e intacta na gôndola de frutas no supermercado. E mais um detalhe: não havia ninguém lá, nem na rua, nem na casa dele. Tudo estava muito esquisito. E fica ainda mais inusitado quando o menino encontra um anão amarelo que joga um dado sem parar, só tira seis e fica repetindo: “Mas que droga! Então eles não vão fugir. Então nós não podemos deixá-los ir embora”. Nada daquilo faz sentido no primeiro momento, até Juca descobrir que, por trás daquelas criaturinhas, há um plano perigoso: apaixonados por nossas bananas, seres extraterrestres

pretendem ocupar a Terra, mandando os homens para o seu planeta. Juca ficou para trás, e, por isso, a segurança da humanidade está em suas mãos. Uma história cheia de mistérios e surpresas contada pelo consagrado autor norueguês e ilustrada pelo franco-brasileiro Jean-Claude R. Alphen. Jostein Gaarder nasceu em 1952, na Noruega. Estudou filosofia, teologia e literatura, e foi professor durante dez anos. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos autores de maior destaque em seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O mundo de Sofia, já traduzido para 42 línguas. Mora em Oslo, com a mulher e dois filhos.

PiPiSTreLo DaS MiL CoreS Zélia Gattai/ Ilustrações: Pedro Rafael

Terceiro livro infantil de Zélia Gattai lançado pela Companhia das Letrinhas, Pipistrelo das mil cores é uma fábula em versos sobre uma criatura de asas coloridas, mais brasileiro do que muito mico-leão-dourado

64 pp. 15,5 3 22,5 cm Tiragem: 3000 ex. r$ 34,00 Previsão de lançamento: a definir iSBn e código de barras: 978-85-7406-419-2

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Pipistrelo é um bicho muito curioso que foi achado no meio do mato, nos confins do Pantanal, nadando em uma lagoa azul. Infelizmente, eram três os caçadores ali à espreita e eles não perderam a chance de capturá-lo e levá-lo para a cidade, onde organizaram um leilão para tirar o melhor proveito possível de sua caça mais preciosa. Parecido com um dragão dos contos de fadas, Pipistrelo tinha asas de seda que mudavam de cor. E como não tinha voz, expressava seus sentimentos ao mudar a cor de suas asas. Os malvados caçadores

acabam na prisão, e o coitado do Pipistrelo vai parar em um zoológico do Rio de Janeiro — afinal ele era um espécime único, e precisava ser estudado. Com as asas roxas de tristeza, Pipistrelo não quer mais comer. Até que um grupo de crianças, todas da mesma classe, vai fazer um passeio no zoológico e consegue se aproximar do dragão. E os nossos heróis conseguem mais: eles convencem Pipistrelo a comer e se arriscam para conseguir soltá-lo. Pipistrelo vai embora voando, exibindo em suas asas as cores da bandeira do Brasil. LANÇAMENTOS janeiro 2011


PaPÉiS aVULSoS Machado de Assis Com Papéis avulsos, o selo Penguin-Companhia das Letras revisita alguns dos momentos mais significativos dos contos de Machado de Assis. Prefácio de John Gledson e notas de Hélio Guimarães Papéis avulsos, primeiro livro de contos publicado por Machado de Assis (1839-1908) após o lançamento de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), é integralmente composto por momentos antológicos da ficção curta brasileira. De “O alienista”, um dos mais famosos contos do autor, a “O espelho”, cujo enredo psicológico tem fascinado sucessivas gerações de leitores e escritores (inclusive Guimarães Rosa, que escreveu um conto homônimo como “resposta”), este livro concentra alguns dos melhores personagens e situações do criador de Dom Casmurro. Com introdução de John Gledson e notas de Hélio Guimarães, esta edição dispõe os contos de acordo com a data original de publicação, indicada por Ma-

chado na primeira edição do livro (1882). Segundo Gledson, embora a unidade das histórias não seja à primeira vista evidente, com textos tão dissimilares como “A chinela turca” e “A sereníssima república”, as histórias se entrelaçam do ponto de vista histórico, em que o Rio de Janeiro escravista e semibucólico de meados do século xix é observado por um de seus cronistas mais ferinos e perspicazes. Considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839. É autor de Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas, entre outros romances. Escreveu contos e crônicas e foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Morreu em 1909.

“D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconselhar à mulher um regime alimentício especial. A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência, — explicável, mas inqualificável, — devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.” Trecho de “O alienista”

Contos Capa: raul Loureiro, Claudia Warrak Prefácio: john Gledson notas: Hélio Guimarães 268 pp. (estimadas) 13 3 20 cm Tiragem: 5000 ex. r$ 25,00 Previsão de lançamento: 28/01/2011 iSBn e código de barras: 978-85-63560-14-8

Caixa Penguin-Companhia Recordações do escrivão Isaías Caminha — Lima Barreto Essencial Jorge Amado — Org. Alberto da Costa e Silva Essencial Joaquim Nabuco — Org. Evaldo Cabral de Mello O Brasil holandês — Evaldo Cabral de Mello

Outros lançamentos da Penguin-Companhia das Letras

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