95 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147
SENAI de Itu: a inclusão da competência O impacto da mobilidade digital
Desafios e soluções
na usinagem de próteses
edição 95
Índice
10/2013
AB Sandvik Coromant
12 Educação e Tecnologia
18 Negócios da Indústria I
4 Soluções de Usinagem
Porta-ferramenta e pastilha CoroTurn 107 em máquina com cabeçote móvel AB Sandvik Coromant
26 Conhecendo Um Pouco Mais 4
24 Produtividade
Soluções de Usinagem O impacto das exigências do setor médico-odontológico na manufatura
12 Educação e Tecnologia No caminho da inclusão 18 Negócios da Indústria I Mobilidade digital: revolução tecnológica e comportamental 24 Produtividade Lições para uma Indústria Sustentável 26 Conhecendo um Pouco Mais I Pegada Hídrica, cada um deixa a sua Acompanhe a Revista O Mundo da Usinagem digital em: www.omundodausinagem.com.br
32 Negócios da Indústria II Um novo momento da Makino 34 Conhecendo um Pouco Mais II Co-branding, a aliança da sinergia
Contato da Revista OMU Você pode enviar suas sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para o e-mail da revista O Mundo da Usinagem: faleconosco@omundodausinagem.com.br ou ligue para: 0800 777 7500
36 Nossa Parcela de Responsabilidade O Futuro no Presente EXPEDIENTE: O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. As fotos sem menção de créditos foram captadas na Internet sob licença do GNU Free Documentation Licence e/ou Creative Commons Attribution-Share Alike Generic License. Editor-chefe: Fernando Oliveira; Co-editora: Vera Natale; Coordenação editorial, redação e revisão: Teorema Imagem e Texto (Fernando Sacco, João M. S. B. Meneses, Thais Kuperman); Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP; Projeto gráfico e Editoração Eletrônica: Débora Nascimento; Impressão: Promograf
soluções dede usinagem soluções usinagem
O impacto das exigências do setor
médicoA fabricação de componentes para a área médica é uma das mais exigentes da indústria
A extrema exigência ocorre não apenas pela natureza de seus componentes, normalmente de perfil complexo e com requisitos de qualidade e precisão rigorosos, como também pelos materiais utilizados:
AB Sandvik Coromant
maioria de materiais nobres, em ge-
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o mundo da usinagem
ral difíceis de usinar, devido às suas propriedades químicas e à alta resistência. Essas especificidades, por sua vez, exigem ferramentas próprias, processos otimizados e outubro.2013/95
-odontológico
na manufatura máquinas dedicadas que atendam
mentas, máquinas e processos de
que as peças são pequenas,
às limitações dimensionais e de for-
fabricação, tenha um crescente de-
mas as diferenças em grau
mato dos componentes e possibili-
senvolvimento, a fim de contribuir
de utilização são grandes.
tem a fabricação com excelência.
com as inovações e soluções desse
Diferença essa, em grande
Aliado a isso, os implantes mé-
segmento, no sentido de redução
medida, determinada pela aplica-
dicos têm passado por rápidas
de custos de processo e aumento da
ção de ferramentas e métodos.
mudanças,
“pres-
produtividade e competitividade”.
são” na produção dos respecti-
E ainda ressalta que “felizmente, o
vos componentes. Mesmo alguns
Brasil figura entre os dez maiores
componentes mais básicos, como
no ranking de produtores de insu-
parafusos, envolvem exigências
mos e componentes para a área mé-
quanto ao formato, desenho, qua-
dica e a expectativa é de que passe
lidade e prazos de entrega que re-
para o quarto lugar nos próximos
fletem em toda a cadeia de forne-
cinco anos”.
ocasionando
cimento para o setor.
Assim sendo, as máquinas, os
Sidney Harb, gerente regional
métodos e as ferramentas têm se
de vendas da Sandvik Coromant e
desenvolvido no mesmo ritmo pa-
driver da área médica para o mer-
ra atender ao crescimento dessa in-
cado brasileiro, declara oportuna-
dústria caracterizada, em geral, pe-
mente que “a crescente demanda
la produção seriada com máquinas
por equipamentos médicos e odon-
de cabeçote móvel equipadas com
tológicos de alta qualidade e con-
alimentadores de barras e que pro-
fiabilidade tem exigido que toda a
piciam uma base vantajosa para
cadeia produtiva, incluindo ferra-
uma usinagem mais eficiente – em
outubro.2013/95
o mundo da usinagem
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soluções de usinagem
Características da produção médico-odontológica A usinagem de peças pequenas
mental priorizar não apenas o pro-
abrange a produção de componentes
cesso de usinagem, tendo em men-
médicos os quais, com frequência, re-
te quanto tempo leva a usinagem,
querem particular atenção por par-
quantas operações precisam ser en-
te do operador, dadas as especifici-
volvidas e quanto tempo leva a tro-
dades. Em geral, os lotes são meno-
ca das ferramentas, mas também o
res, os prazos de entrega mais cur-
que não faz parte da usinagem no
tempo de troca entre as ferramentas
tos e os desenhos e os materiais são
tempo de ciclo, a fim de maximizar
fatores de grande influência na eco-
mais complexos. As ferramentas e
o rendimento durante o tempo de
nomia de usinagem. As ferramentas
os métodos precisam ser bem ade-
produção disponível.
de troca rápida fazem uma enorme
quados às funções para que resulta-
A produção de alguns compo-
diferença na duração das paradas -
dos satisfatórios sejam alcançados.
nentes médicos que são fabricados
especialmente para a usinagem de
Os parafusos longos e delgados em
em máquinas com cabeçote mó-
volumes pequenos a médios.
titânio são um exemplo. Soluções
vel – como parafusos odontológi-
A seguir, temos a descrição de
completas, com ferramentas certas
cos, para ossos e coluna – pode ser
três componentes médicos típicos,
e bom conhecimento do processo
otimizada, atingindo novos pata-
produzidos em máquinas com ca-
são necessários, incluindo medidas
mares de eficiência. Os lotes pare-
beçote móvel, com exemplos de
que vão desde a aresta de corte até
cem apresentar uma variação mui-
operações e modernas soluções
a maneira como as ferramentas são
to significativa nessa área, de cer-
que otimizam a usinagem e fazem
fixadas e trocadas.
ca de trinta componentes para mil
uma diferença significativa na pro-
ou mais – o que torna os set ups e o
dutividade.
Essas soluções são especialmente críticas para alcançar alta eficiência das máquinas multifuncionais com cabeçote móvel. Aqui, é funda-
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o mundo da usinagem
AB Sandvik Coromant
Na usinagem de componentes médicos, os lotes são em geral menores, os prazos de entrega mais curtos e os desenhos e os materiais são mais difíceis. A máquina com cabeçote móvel é vantajosa, eficiente e flexível para essa área outubro.2013/95
Desafios e soluções de usinagem na área médico-odontológica Parafusos odontológicos Não importa se o diâmetro é uni-
no torneamento de titânio
forme ou cônico, ou em titânio, use
precisa de foco para obten-
uma placa do subspindle dedicada
ção de uma ação de corte que não
para algumas operações, como tor-
apresente problema e o escoamento
neamento externo, torneamento de
dos cavacos seja feito para fora da
roscas, fresamento, cortes, furação
zona de usinagem .
Em destaque, parafuso odontológico e sua respectiva inserção em um maxilar
Uma pastilha menor, com forma-
externo é uma das primeiras opera-
to básico positivo para operações de
ções de semiacabamento e precisa
torneamento médio é a escolha ideal
ser altamente eficiente, seguro e con-
para minimizar a tendência às vibra-
sistente, precisa superar qualquer
ções ao longo do corpo do parafuso.
problema com a vida útil mais curta
A geometria da pastilha tipo UM é
ou o risco de quebra da ferramenta.
a primeira escolha em uma aplica-
Os desafios envolvidos no tor-
ção como essa, pois tem uma ampla
neamento externo dos parafusos de
área de quebra de cavacos para di-
sam ter uma fina cobertura de PVD,
titânio incluem o desenvolvimento
ferentes tipos de materiais, incluin-
em um substrato duro de finos
do desgaste contínuo e controlável
do o titânio. A aresta de corte de
grãos. A dureza a quente, com boa
da ferramenta. Para isso, é necessá-
uma pastilha com formato D afas-
resistência à deformação plástica
rio manter a aresta de corte de for-
tará os cavacos para longe do com-
da aresta, é uma qualidade primor-
ma a obter acabamento superficial
ponente que está sendo torneado e,
dial. A classe GC1105, especialmen-
de qualidade e precisão consisten-
com uma profundidade de corte de
te desenvolvida para demandas em
te, bem como garantir a ausência de
0,3 mm aproximadamente, irá ge-
superligas, titânio e aços inoxidá-
rebarbas. A faixa de avanço certa,
rar um componente preparado pa-
veis, propiciará alto desempenho
juntamente com o raio de ponta, são
ra o torneamento de roscas na má-
para arestas vivas e pode ser aplica-
fatores importantes para minimizar
quina com cabeçote móvel.
da tipicamente com velocidades de
AB Sandvik Coromant
e mandrilamento. O torneamento
os desvios da superfície: o avanço
Para alcançar um bom nível de
80 m/min para parafusos odonto-
muito baixo pode resultar em um
produtividade é necessário alcan-
lógicos em titânio. Uma pastilha
acabamento superficial inaceitável
çar uma velocidade de corte sufi-
específica sem cobertura, em uma
e, se for muito alto, formam-se pon-
cientemente alta para o torneamen-
classe como a H13A, com o equilí-
tas. A geometria Wiper pode gerar
to de titânio. Portanto, a escolha
brio certo entre resistência ao des-
forças de corte mais altas no para-
da classe da pastilha é importante
gaste abrasivo e tenacidade para ti-
fuso, sendo críticos para o desem-
e precisa ser específica para a área
tânio, é frequentemente uma esco-
penho: o raio de ponta, o formato
dos materiais dos componentes.
lha vantajosa para usinar implantes
da pastilha e a geometria corretos.
Nesse caso, as pastilhas positivas
dentários graças à aresta de corte
Além disso, o controle de cavacos
de arestas vivas envolvidas preci-
viva que pode ser mantida.
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AB Sandvik Coromant
AB Sandvik Coromant
soluções de usinagem
Fresa CoroMill 325
A alta qualidade dos parafusos para ossos em titânio, longos e delgados, requer usinagem de roscas eficiente e segura. O turbilhonamento de roscas é ideal por ser processo produtivo e confiável,que evita a deflexão e a tendência às vibrações Raio X localizando parafusos aplicados aos ossos tíbia e perônio
Parafusos para ossos Os parafusos para ossos também
mento e turbilhonamento de roscas.
cavacos mais curtos são outra van-
são componentes de titânio longos
O turbilhonamento de roscas é
tagem (geralmente um problema
e delgados, feitos de maneiras di-
um processo produtivo e confiável
nos passes de torneamento de ros-
ferentes, tendo a fixação crítica no
que gera roscas de alta qualidade.
cas mais longas), pois apenas um
subspindle para um desempenho sa-
O processo evita a deflexão e a ten-
passe é necessário se comparado
tisfatório. Produzida em lotes variá-
dência às vibrações. A escolha cor-
aos vários usados no torneamento
veis, a rosca do parafuso é uma ca-
reta das ferramentas, dos dados de
de roscas. A estabilidade dos com-
racterística importante para a otimi-
corte, da programação e do ajuste
ponentes mais longos é incorpora-
zação da usinagem. O processo de
do processo é importante para al-
da ao conceito de turbilhonamento
produção da rosca precisa ser segu-
cançar resultados otimizados, com
de roscas com a ferramenta próxi-
ro para gerar roscas com bom aca-
produtividade superior. Diversas
ma ao local em que o componente é
bamento superficial e dimensões
são as vantagens de se usar uma
apoiado no fuso da máquina. Atual-
precisas. O bom controle de cavacos
fresa multiarestas, como no turbi-
mente, o turbilhonamento de roscas
é essencial para o sucesso da opera-
lhonamento de roscas, na usinagem
pode ser ajustado mais facilmente
ção. Uma moderna máquina com ca-
das crescentes quantidades desses
para se tornar mais confiável, ex-
beçote móvel equipada com unida-
componentes na indústria médica.
tremamente produtivo e gerar bons
de para turbilhonamento, placa do
O turbilhonamento é tangencial,
resultados em materiais difíceis. O
subspindle dedicada e refrigeração de
a usinagem multiarestas e, como tal,
conceito de turbilhonamento de ros-
alta pressão é ideal para esses com-
envolve arestas de corte robustas e
cas CoroMill 325 é uma solução mo-
ponentes, pois permite a realização
seguras que estão sujeitas ao calor
derna para otimizar esse processo
de operações de torneamento, fresa-
e cargas mecânicas moderadas. Os
em máquinas com cabeçote móvel.
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o mundo da usinagem
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soluções de usinagem
Esse é um componente ideal pa-
uma classe que é bem adequada
ra modernas máquinas com cabe-
ao titânio, como as classes GC1620
çote móvel, produzido a partir de
e GC1640 de uso geral, que são as
um material em barra, por meio de
melhores soluções para operações
torneamento, fresamento e furação.
mais exigentes, como usinagem em
Um dos maiores desafios, além de se
condições instáveis.
As cabeças em forma de tulipa conectam os parafusos a uma haste e são parte dos componentes para cirurgia de coluna, são geralmente feitos de titânio, requerendo diversas operações. O fresamento é um método de usinagem predominante para obter-se a configuração da cabeça e necessita de otimização cuidadosa
realizar uma usinagem competitiva,
O canal pode ser perfeitamente
é evitar rebarbas. O fresamento é um
fresado em três passes, sendo que a
método de usinagem predominante
última parte do canal é gerada pe-
para obter a configuração da cabeça
lo mergulho da fresa até o centro
e necessita de otimização cuidadosa.
do componente, com rebarbação na
O canal da haste para furos pas-
retirada. As faces laterais da cabeça
santes deve ser fresado e é caracte-
em formato de tulipa são feitas por
rizado pela profundidade de corte
fresamento de disco, com contato ra-
não uniforme, tendência à defle-
dial da fresa para formar o raio do
xão da ferramenta e potencial pa-
componente. Os rasgos de chaveta
ra formação de rebarbas no interior
são fresados usando a classe GC1640
da rosca do parafuso. A combina-
para segurança otimizada. O pro-
ra um componente como esse, que
ção da fresa e do percurso da fer-
grama CoroCut XS fornece soluções
inclui o parafuso longo conectado à
ramenta é decisiva para a eficiência
para operações como torneamento,
cabeça, os recursos de uma máquina
e a segurança. Uma fresa CoroMill
torneamento de roscas e usinagem
com cabeçote móvel podem ter um
Plura inteiriça de metal duro e com
de canais, necessárias na usinagem
uso muito vantajoso, resultando em
raio de canto é a escolha óbvia em
da cabeça em formato de tulipa. Pa-
boa economia de fabricação.
AB Sandvik Coromant
Torneamento de titânio
10
A tecnologia de olhal fixo do CoroTurn HP garante o posicionamento correto da refrigeração na aresta de corte conferindo maior precisão para a formação dos cavacos o que, por sua vez, torna a usinagem do titânio mais segura o mundo da usinagem
Esse é um componente ideal pa-
resultados dos jatos de refrigeração
ra operação de torneamento de titâ-
corretamente direcionados são bené-
nio, que apresenta um grande desa-
ficos. O conceito do CoroTurn HP pa-
fio quanto ao controle de cavacos. Os
ra torneamento externo e interno tem
cavacos longos e contínuos, por vezes
tecnologia de olhal fixo que fornece
difíceis de quebrar, podem ser um ris-
jatos de refrigeração laminares pa-
co para a segurança da operação na
ralelos com alta velocidade, precisa-
máquina com cabeçote móvel. O uso
mente direcionados aos pontos certos
de refrigeração de alta pressão, apli-
na pastilha da ferramenta. A precisão
cada através da tecnologia avançada
e as propriedades dos jatos afetam a
de olhais, comprovou ser eficiente
forma como o cavaco é gerado, atra-
para quebrar e direcionar os cavacos.
vés do ajuste de jatos fixos e otimiza-
Mesmo com pressões mais baixas, os
dos direcionados para a ferramenta. outubro.2013/95
AB Sandvik Coromant
Cabeças em forma de tulipa
Troca rápida de ferramentas A troca rápida de ferramen-
AB Sandvik Coromant
tas minimiza o tempo de má-
O conceito troca rápida é uma parte vital para maximizar a utilização das máquinasferramenta, otimizando os atuais tempos de corte, o que faz uma enorme diferença no desempenho e resultados de fabricação
posicionamento seguro na torre de ferramentas.
quinas paradas e é um elemen-
A posição da aresta de corte é
to essencial para usar cada mi-
precisa quando o porta-ferramen-
nuto em que a máquina com
ta curto é ajustado contra o limi-
cabeçote móvel estiver em pro-
tador. As cunhas acionadas por
dução. O sistema de fixação QS
mola fixam o suporte para facili-
propicia set up e troca rápida
tar o manuseio das ferramentas.
e fácil das ferramentas de cor-
O tempo de indexação da pas-
te. As ferramentas podem ser
tilha é reduzido a 1/3 do tempo
deslizadas para dentro e para
levado na maneira convencional
fora rapidamente, ficando au-
de fixar ferramentas na máquina
tomaticamente travadas no lu-
com cabeçote móvel. O sistema
gar devido, na linha de centro,
de fixação QS também pode ser
melhorando assim a repetibili-
combinado com a refrigeração de
dade e a precisão por meio do
alta pressão para torneamento.
Futuro em perspectiva É importante observar que
que necessário para competi-
essas são apenas algumas das
tividade dos negócios mas, so-
várias soluções disponíveis
bretudo e cada vez mais, ino-
para próteses médico-odonto-
var oferecendo soluções para
lógicas e respectivos compo-
melhorar a qualidade de vida
nentes. Certamente mais ainda
de pessoas que sofreram aci-
está por vir, pois parece que
dentes ou sofrem de doenças
nesse ramo em especial a or-
degenerativas ou são portado-
dem natural das coisas não é
ras de deficiências físicas e po-
apenas evoluir, algo mais do
dem precisar de próteses.
Christer Richt Editor técnico, Sandvik Coromant Suécia Adaptado para essa edição por Sidney Harb, gerente regional de vendas da Sandvik Coromant no Brasil e Vera Natale, co-editora da revista O Mundo da Usinagem.
Para mais informações, visite www.sandvik.coromant.com/medical outubro.2013/95
o mundo da usinagem
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educação e tecnologia
No caminho Conheça a escola SENAI Ítalo Bologna,
rodas”, explica André Luis Pereira, instrutor de formação profissional
em Itu-SP, um dos principais polos
da escola SENAI Ítalo Bologna.
formadores de mão de obra de pessoas
ra automática da porta, além da
Outros detalhes são a abertuabertura e fechamento pneumático
com deficiência para a indústria
da placa de fixação das peças. Já o keyboard do equipamento possibili-
relação às máquinas convencionais.
ta a troca de interface para utiliza-
palhados por uma oficina dos cur-
“A principal adaptação deste
ção com diversos comandos. A má-
sos de Mecânica e Mecânica de Usi-
equipamento é o teclado, que subs-
quina pode ainda ser operada tan-
nagem, duas máquinas chamam a
titui o painel de comando dos CNCs
to pelo keyboard quanto pelo com-
atenção: um centro de usinagem e
tradicionais. Também houve um
putador acoplado a ela. Com isso,
um torno CNC especialmente adap-
ajuste na altura, que proporcionou
mesmo que o operador não tenha o
tados para o uso de cadeirantes.
melhor manipulação e desenvol-
movimento das pernas, é possível
Ambos vieram da Áustria em 2006
vimento das programações e ope-
e possuem algumas diferenças em
rações para usuários de cadeira de
Everton Amaro/Fiesp
André Luis Pereira, instrutor de formação profissional da escola SENAI Ítalo Bologna, presta orientação no manuseio de torno CNC: adaptações não comprometem a produtividade
12
o mundo da usinagem
Everton Amaro/Fiesp
Em meio a dezenas de tornos es-
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da inclusão controlar as funções e procedimen-
cadeirantes acontece desde 2007 e
com algum tipo de síndrome po-
tos da máquina sem comprometer
já atendeu alunos com deficiência
dem ingressar no mercado de tra-
o rendimento e a produtividade.
motora, deficiência auditiva e usuá-
balho, reforçando a mão de obra
“Os equipamentos fazem parte
rios de prótese. Todavia, as capaci-
das empresas, por meio dos cursos
do curso de Programador e Opera-
tações para pessoas com deficiência
inclusivos desenvolvidos no local.
dor de Torno CNC, cuja carga ho-
na escola SENAI Ítalo Bologna co-
Para isso, a escola trabalha em du-
rária é de 160 horas e pode ser fei-
meçaram há mais tempo.
as frentes: capacitação e desenvol-
to nos períodos da manhã, tarde
Desde 1996, deficientes físicos,
ou noite”, conta André Luis Perei-
visuais, intelectuais, auditivos, ou
vimento de novas tecnologias.
ra. O curso que ensina operações do ambiente metalmecânico para
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educação e tecnologia
Everton Amaro/Fiesp
Oficina dos cursos de Mecânica e Mecânica de Usinagem da escola SENAI Ítalo Bologna: cursos inclusivos.
Universo de possibilidades para a indústria Além da formação na área me-
das principais dificuldades enfren-
para o uso e o trabalho desses pro-
talmecânica, a escola oferece os cur-
tadas pelos deficientes visuais no
fissionais. Outro destaque é o pa-
sos de eletrônica, gestão de proces-
momento da profissionalização é
químetro sonoro para cegos. Após a
sos industriais, costura industrial,
a oferta de material didático apro-
medição, o equipamento informa o
informática, lapidação e cerâmica,
priado. Pensando nisso, uma série
resultado por meio de um aviso de
com duração entre 160 e 1.600 ho-
de ações vêm sendo desenvolvidas.
voz, totalmente computadorizado.
ras, todos adaptados para deficien-
A unidade conta com impresso-
Deficientes auditivos também
tes. “Em nosso quadro de funcioná-
ras Braille e uma equipe especializa-
contam com equipamentos adapta-
rios contamos com 59 professores,
da na transcrição de textos através
dos, como o Aro Magnético, utiliza-
entre eles especialistas em lingua-
de um software que traduz o texto
do nas salas de aula para ampliação
gem de sinais e pós-graduados, que
tradicional para o formato Braille.
do som para os deficientes audi-
supervisionam cursos de Braille
Com isso, manuais, catálogos, den-
tivos e usuários de prótese auditi-
e Libras – Língua Brasileira de Si-
tre outros materiais para capacita-
va com sistemas analógicos. Para o
nais”, explica Helvécio Siqueira de
ção e treinamentos estão disponíveis
curso de costura industrial foi cria-
Oliveira, diretor da Escola SENAI Ítalo Bologna desde 1996. E assim como os tornos, outros equipamentos da escola passaram por adaptações. O curso de inforconta com um software especial que faz a leitura da tela e, por meio de comandos e sinais sonoros, indica ao usuário os detalhes de cada ação ou movimento, dispensando o recurso da visão. Entretanto, apesar dos equipamentos adaptados, uma 14
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Professores fluentes em linguagem de sinais em oficina de costura industrial
Everton Amaro/Fiesp
mática para cegos, por exemplo,
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Everton Amaro/Fiesp
Produção de material didático em braille: equipe especializada
da uma bancada totalmente adaptada para o uso de cadeirantes. No lugar da alavanca para os pés, a ação antebraço do usuário. A mesa também possui regulagem de altura. “Com exceção dos tornos, que foram importados, todas as tecnologias foram desenvolvidas aqui
Paquímetro sonoro para uso de profissionais cegos: materiais produzidos pela instituição estão disponíveis para consulta e produção
Everton Amaro/Fiesp
da máquina acontece por meio do
na instituição”, explica Helvécio Siqueira de Oliveira.
Everton Amaro/Fiesp
Bancada adaptada utilizada no curso de costura industrial: regulagem de altura e alavanca de acionamento adaptada
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educação e tecnologia
Everton Amaro/Fiesp
Transferência dos materiais e tecnologias A boa notícia é que todos os
e qualificação para que as empre-
equipamentos adaptados podem
sas recebam os profissionais defi-
ser transportados e instalados para
cientes da maneira correta, e assim
atendimento em empresas, institui-
atendam às demandas do Ministé-
ções e entidades. Além disso, todo
rio do Trabalho”.
material produzido pela institui-
Mais do que isso, o trabalho re-
ção, bem como o esquema dos me-
alizado na escola prova que a pes-
canismos adaptados, estão disponí-
soa com deficiência é tão ou mais
veis para consulta e produção.
produtiva do que qualquer outro
“Nosso trabalho extrapola a ca-
trabalhador. Ao quebrar esses pa-
pacitação”, aponta o diretor Helvé-
radigmas, estamos não apenas evo-
cio Siqueira de Oliveira, comple-
luindo como trabalhadores, mas co-
mentando: “Prestamos assessoria
mo pessoas e sociedade. Fernando Sacco Jornalista
Amparo legal Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 10% da população mundial têm algum tipo de deficiência. A partir dessa realidade o Governo Federal instituiu a chamada Lei de Cotas (Lei Nº 8.213/91), que estipula uma reserva de vagas para pessoas com deficiência em empresas públicas e privadas. A lei, que acaba de completar 22 anos, prevê que empresas privadas reservem uma porcentagem de suas vagas para profissionais com algum tipo de deficiência de acordo com o número de funcionários: Até 100 funcionários
a
Não há percentual estipulado
De 101 a 200 funcionários
a
2% das vagas
De 201 a 500 funcionários
a
3% das vagas
De 501 a 1000 funcionários a
4% das vagas
Acima de 1000 funcionários a
5% das vagas
Já o serviço público destina entre 5% e 20% de suas vagas para deficientes, dependendo do edital do concurso. Trata-se de uma prática comum na maioria dos países. Em Portugal, por exemplo, a cota para pessoas com deficiência varia de 2% (iniciativa privada) a 5% (administração pública). Percentuais semelhantes se aplicam em nações como França, Itália, Alemanha, Argentina, Áustria e Holanda. A Espanha foi mais adiante, pois além do percentual mínimo de vagas, o governo concede uma gama de incentivos fiscais, com a redução de 50% das cotas patronais da seguridade social. Existem ainda casos cujo percentual de vagas é fixado pelo Poder Judiciário, como no Reino Unido e nos Estados Unidos. O trabalho em torno da inclusão tem sido generalizado e o Brasil foi um dos pioneiros ao instituir a lei em 1991. Trata-se não só de um esforço da indústria, mas de toda a sociedade, que apesar de caminhar a passos lentos, tem mostrado resultados expressivos. 16
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negócios da indústria I
Mobilidade digital: revolução tecnológica e comportamental
A Internet surgiu, basicamente, para armazenar informações militares em meio à Guerra Fria. De lá para cá, revolucionou o mundo e carrega a característica da reinvenção constante. Passou por momentos de euforia – época da bolha especulativa da década de 1990, que viria a estourar no começo dos anos 2000, causando o fechamento de muitas empresas “ponto.com”, como eram chamadas na época. Mas no ano de 2004, momento conhecido como o despertar da segunda geração de comunidades e serviços, iniciou-se uma nova era. 18
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Mobilidade digital Quase uma década depois, o termo em voga é mobi-
Enviar emails e consultar redes so-
lidade digital, essencialmente ligado ao conceito web 2.0,
ciais pelo celular, realizar uma ligação
que indica a segunda geração da Internet e se funda na
gratuita pelo Skype, ler o jornal pelo tablet envolveram
web como plataforma, envolvendo aplicativos baseados
e conquistaram a todos, de crianças a idosos, para es-
em redes sociais e tecnologia da informação. Tudo isso
tudo, trabalho ou divertimento. São atividades distin-
mudou a forma como ela é encarada por usuários e de-
tas, mas com um aspecto similar: a utilização da Inter-
senvolvedores. Na prática, pode-se dizer que o período
net sem recorrer à rede aberta.
caracteriza-se pela possibilidade de as pessoas comparti-
E é isso que atrai a atenção das grandes empresas do
lharem informações, imagens, vídeos e arquivos de áudio
setor. Prova disso foi a declaração de Mark Zuckerberg,
e o que mais quiserem em seus blogs ou nas redes sociais.
CEO do Facebook, na Conferência TechCrunch Disrupt,
O hoje considerado fenômeno trouxe nova face ao
no ano de 2012, em São Francisco - EUA: “O Facebook
mundo dos negócios e influencia drasticamente a manei-
é agora uma empresa móvel”. Prioridade também do
ra como as pessoas interagem socialmente. Mais do que
Yahoo, que acredita que “o futuro está nos dispositivos
isso, tirou a exclusividade de se realizarem certas ativida-
móveis e na personalização de serviços”, como afirmou
des apenas por meio do desktop - o computador conven-
a CEO da companhia, Marissa Mayer, em julho de 2012,
cional -, abrindo espaço para novas possibilidades de co-
em sua primeira entrevista à televisão americana após
municação nessa imensidão de oceano chamado Internet.
assumir o cargo na empresa.
Do mar às nuvens
Âmbito tecnológico
Outra importante aliada dessa
Tudo isso vem gerando o que o mercado chama de solu-
tecnologia é a plataforma conhecida
ções móveis, que usufruem da proliferação dos smartphones
como “nuvem”. Os serviços e apli-
e tablets, combinação que abre possibilidades para a oferta
cativos da cloud computing, ou com-
de novos serviços.
putação nas nuvens, são apontadas
Segundo Marco Tahara, gerente Sandvik Coromant da
como passo para tornar definiti-
Área de Serviços no mercado das Américas, vivemos um
vamente obsoletos os computado-
momento de quebra de paradigmas. “Estamos mais dis-
res como os conhecemos hoje. Isso
poníveis, podemos economizar tempo e estarmos visíveis
porque toda a informação poderá ser ar-
ao mundo”, diz o especialista, que acredita que a rápida
mazenada virtualmente. Assim, os com-
evolução desse fenômeno se explica pelo fato de que a
putadores do futuro seriam apenas chips
sociedade como um todo buscava e busca estar mais co-
conectados à Internet, pois na grande nu-
nectada. “E é claro, com uma grande participação da vi-
vem estariam, inclusive, os diversos pro-
são de Steve Jobs (cofundador da Apple), que habilmente
gramas que utilizamos. Esses computa-
aliou desejo, necessidade e tecnologia de ponta”, lembra.
dores ficariam muito mais ágeis e também muito
Essa tecnologia hoje se materializa nas pontas dos dedos
mais baratos, solucionando, portanto, outro pro-
que manipulam diversos aplicativos: os já populares softwa-
blema: a inclusão das camadas mais pobres da po-
res que rodam em dispositivos móveis como smartphones,
pulação no mundo digital.
tablets e kindles (leitores de livros).
outubro.2013/95
o mundo da usinagem
19
negócios da indústria I
Reflexo no consumo A mobilidade já alcançou todos os tipos de negócio e está modificando os hábitos de consumo e entretenimento, além da interação entre colaboradores de uma mesma companhia. Novos aplicativos são desenvolvidos todos os dias e proporcionam a seus usuários o acesso, à hora que quiserem e onde estiverem, a tudo o que necessitam naquele momento: de livros digitais a conta bancária, jogos virtuais a cursos à distância.
Carteira eletrônica
A diversidade de serviços é vasta,
No âmbito comercial, a conta só melhora. O comércio digital
abrangendo turismo, comércio, saúde.
se populariza à medida em que os smartphones se tornam cada vez
Temos a possibilidade de agendamento
mais acessíveis financeiramente e com aplicativos de fácil utiliza-
de consultas médicas ou ajuda para se-
ção. Comodidade e segurança são palavras que passaram a ser cru-
guir dietas, acompanhando diariamente
ciais nesse tipo de negócio. Cria-se, então, o fenômeno da carteira
a alimentação e a prática de exercícios
eletrônica, já em plena utilização no Japão, Europa Central e Amé-
do paciente. Para o transporte público
rica do Norte.
existem mapas, horários e linhas de ôni-
E o Brasil caminha na mesma direção. Pesquisa inédita realiza-
bus mais próximas ao local em que nos
da pelo Google, em parceria com o instituto Ipsos, em 40 países, re-
encontramos.
velou que a parcela de brasileiros que usa aparelhos celulares para
Munidos de recursos como siste-
comprar supera a alemã e a francesa. Sob o título “Our Mobile Pla-
ma de localização por satélite, câmera e
net”, o estudo de 2012 constata que, apesar do número de usuários
acesso à rede sem fio, o uso de compu-
de smartphones no país ainda ser baixo (14%), a atividade é alta se
tação móvel passou a ser sinônimo de li-
comparada mundialmente.
berdade, sendo possível explorar diver-
O espectro geral permite enxergar a dimensão dessa plata-
sos sistemas a partir de qualquer lugar.
forma. Conforme a revista Harvard Business Review, a China ultrapassou os Estados Unidos e lidera o mercado de smartphones com mais de um bilhão de usuários de aparelhos celulares; desses, pouco mais de 400 milhões utilizam a web mobile. A previsão é de que, em 2014, sejam realizados mais de 76 bilhões de downloads de aplicativos mobile.
20
o mundo da usinagem
outubro.2013/95
negócios da indústria I
Aliado na indústria
Capa amarela virtual
Disponibilidade e velocidade são
Pioneira na utilização dessa tecnologia no setor metalmecâni-
palavras que fazem a diferença tan-
co, a Sandvik Coromant conta hoje com dez aplicativos (veja qua-
to na vida das pessoas quanto nos
dro) oferecidos em nove idiomas, tanto para iPhone e Ipad (IOS)
processos produtivos. Nesse
quanto para equipamentos com o sistema operacional Android.
contexto, poder tomar deci-
E há intenção de disponibilizá-los em outras línguas, conforme as
sões rápidas e estar alinhado
necessidades do mercado.
com pessoas de uma mesma
Na busca de elementos que possam levar agilidade a seus
equipe em diferentes locais ao
clientes, a Sandvik Coromant aproveita essa nova oportuni-
mesmo tempo trazem ganhos con-
dade, por meio de uma equipe especializada que transforma
sistentes em produtividade. “Ne-
necessidades do setor de usinagem em aplicativos que pos-
gócios são feitos de maneira mais
sam colaborar com os atuais processos e suas tendências.
eficiente hoje, independentes até
O serviço funciona como uma “Capa Amarela virtual”.
de fronteiras ou distâncias”, afir-
“Nossos aplicativos proporcionam uma disponibilidade de in-
ma Tahara.
formações técnicas e específicas, tornando, desta forma, os nos-
A tecnologia móvel passou a
sos clientes mais produtivos”, explica Tahara. “Todos os dias
ser um eficiente auxiliar na
estamos comprometidos em buscar maneiras de reduzir os custos
gestão. Segundo o especia-
envolvidos no setor produtivo e eliminar seus problemas. Para tan-
lista, ajuda também a redu-
to, estamos sempre atentos em escutar o que as empresas possam
zir erros, fator que contri-
nos dizer. Ter a mobilidade como nosso aliado nos dá uma tran-
bui para a queda dos custos
quilidade e agilidade imensurável diante desses desafios”, conclui.
na relação entre cliente e fornecedor. Tahara nos leva a considerar “quanto tempo as pessoas gastam hoje para atender e en-
O florescer das novas revoluções
tender seus fornecedores? Esse
Muito além do ambiente dos negócios, outro tipo de revo-
tempo cai drasticamente quan-
lução se mostrou possível por conta dos avanços tecnológicos.
do se pensa em trabalhar em sis-
É a mobilização em massa. Equipados com telefones celulares
temas de parceria e confiança com
e computadores, jovens de vários países vêm se organizando
fornecedores sérios”. Ele acrescen-
para manifestarem-se politicamente. Os eventos são transmi-
ta ainda que “toda a burocracia de
tidos pela rede, permitindo que o mundo acompanhe direta-
um mundo de cotações, pedidos,
mente os acontecimentos, sem o crivo ou interpretação da mí-
negociações e devoluções – por er-
dia tradicional. Agora, milhares de pessoas contribuem com a
ros de processamentos – caem de
distribuição de informações – pessoas que já são denominadas
maneira vertiginosa, pois uma vez
“jornalistas cidadãos”.
negociada uma rotina confiável de negócio, basta acompanhar os relatórios de resultado – que podem chegar automaticamente em nossos equipamentos móveis”. 22
o mundo da usinagem
Guilherme Baroli Jornalista outubro.2013/95
Sandvik Coromant na dianteira: Aplicativos da Sandvik Coromant. Idiomas disponibilizados: Inglês (padrão), Português, Chinês, Francês, Alemão, Italiano, Japonês, Russo e Espanhol. Para baixar, acesse sandvik.coromant.com
Machining Calculator
O Machining Calculator (Calculadora de Usinagem) da Sandvik Coromant foi desenvolvido para ajudar engenheiros e operadores a otimizar o desempenho de suas aplicações de torneamento, fresamento e furação, calculando as configurações ideais de corte com base nos parâmetros do trabalho.
Start Values
O Start Values (Valores Iniciais) dará a você os dados de corte recomendados (velocidade, avanço e profundidade de corte) para suas operações de usinagem. Leia o código de barras na embalagem das pastilhas ou busque o código de pedido do produto para obter recomendações para diferentes materiais. Alterne entre os códigos de pedido métricos ou ANSI na página de informações.
Insert Identifier
Este app, Insert Identifier (Identificador de Pastilhas), ajuda a descobrir qual solução da Sandvik Coromant é compatível com a pastilha que você está usando. Guiará você quando estiver com dúvidas quanto a quais classes e geometrias Sandvik Coromant
estão disponíveis. Os resultados apresentados são baseados na equivalência direta à classe/geometria que você inserir. A otimização do seu processo de usinagem pode lhe proporcionar diversas alternativas.
Turning Multi Materials
O app Turning Multi Materials (Torneamento de Materiais Diversos) inclui uma gama de pastilhas para torneamento desenvolvidas para proporcionar vida útil da ferramenta longa nas mais diversas condições. Você pode manter a mesma pastilha ao mudar de uma peça para outra. Este app vai ajudá-lo a testar seu próprio mix de materiais e condições e a obter uma seleção personalizada de pastilhas para torneamento.
Drilling & Tapping Calculator
O Drilling Calculator (Calculadora para Furação) da Sandvik Coromant foi desenvolvido para dar suporte a engenheiros, programadores e operadores nos trabalhos com ferramentas de furação e rosqueamento com macho. Isso inclui cálculos de usinagem, de custos, tamanho do furo para rosqueamento com macho e tolerâncias ISO para furo/eixo.
Mais aplicativos:
Corokey
App da Sandvik Coromant para iPad.
outubro.2013/95
Manufacturing Economics Calculator
Entenda o impacto que o aumento da produtividade causa na lucratividade das empresas.
Metalworking World
Versão digital da revista Metalworking World e que nos traz casos de histórias de sucesso dentro do universo da usinagem.
Novidades!
Apresenta as mais recentes tecnologias e informações relativas às soluções de usinagem e ferramentas de corte da Sandvik Coromant.
Publicações
Aplicativo “biblioteca” para os catálogos complementares da Sandvik Coromant.
o mundo da usinagem
23
produtividade
Lições para uma Indústria Sustentável A preocupação global com o desenvolvimento sustentável se consolida cada vez mais nos governos, empresas e sociedade. Para a indústria da mobilidade, esse fato se traduz em uma pressão ainda maior sobre sua parcela de responsabilidade na redução dos impactos ambientais e sociais do crescimento econômico. Daí decorre o desafio para o setor no desenvolvimento de produtos, serviços e processos produtivos que atendam aos três pilares da sustentabilidade: o econômico, o ambiental e o social. No pilar econômico, cabe à indústria automobilística assegurar sua competitividade pelo desenvolvimento de produtos avançados, adequados ao mercado e de baixo custo, gerando assim lucro, impostos e empregos. No pilar ambiental, avançar continuamente na redução de impactos ambientais de produtos e proces-
Arquivo Cia de Imp
rensa
sos ao longo de seu ciclo de vida, tendo em vista a
Guilherme Heinz Gerente do Laboratório de Materiais e Gestão Ambiental da Mercedes-Benz Diretor do Comitê de Sustentabilidade do Congresso SAE BRASIL 24
o mundo da usinagem
outubro.2013/95
saúde do ar, da água e do solo das cidades onde ope-
Poluição do Ar por Veículos Automotores), que hoje
ra, bem como a preservação de recursos naturais e de
emitem 28 vezes menos poluentes que em 1980, entre
energia. No pilar social, combater o trabalho infantil
outros tantos avanços.
e o trabalho forçado em toda a da cadeia de valor, ga-
Neste tempo em que a consciência da importân-
rantindo condições de trabalho com integridade, di-
cia do desenvolvimento sustentável se dissemina, há
versidade, mobilidade e segurança nas empresas.
muito mais que fazer. Atenção, foco e prioridade pa-
E a engenharia brasileira se coloca no centro das
ra as questões da sustentabilidade devem permear
questões da sustentabilidade, pois reconhece seu pa-
a nova postura dos engenheiros e as estratégias de
pel na geração da inovação tecnológica revolucioná-
quem quer ser competitivo tanto quanto os aspectos
ria que criará soluções para a consecução dos novos
econômicos.
padrões de produção, e dos produtos requisitados
Dentro dessa visão, um desafio adicional se apre-
pela mobilidade sustentável. Mais do que dispostos,
senta — a necessidade de profissionais capacitados
estamos prontos para fazer a mobilidade andar no
para o desenvolvimento de projetos com foco susten-
ritmo sustentável de que a sociedade precisa nestes
tável, que sejam capazes de identificar, priorizar e so-
dias de saturação.
lucionar as demandas ambientais e sociais.
Pertencemos a um setor industrial que faz pro-
Uma tarefa que hoje poderia ser considerada ur-
dutos de alta complexidade para consumidores exi-
gente para as escolas de engenharia. Cuidar da capa-
gentes e bem informados. Não por acaso, a cada dia
citação de futuros engenheiros para um mundo no-
nos especializamos mais em respostas rápidas e efi-
vo, adicionando sustentabilidade como conhecimen-
cientes para as necessidades deles, e fazemos isso há
to transversal às grades curriculares tradicionais, a
muito tempo. Que o digam o biocombustível etanol
exemplo do que já é praticado por algumas escolas de
(1979), hoje usado em aeronaves, como o avião agrí-
administração e negócios.
cola Ipanema da Embraer; os veículos flex (2003) que
Todos esses aspectos estarão na pauta de discus-
perfazem hoje 40% do total da frota nacional, e so-
sões do painel “Os desafios do setor da mobilidade na
luções tecnológicas aplicadas aos veículos em aten-
inovação para a sustentabilidade”, que será realizado
dimento ao PROCONVE (Programa de Controle de
no Congresso SAE BRASIL 2013, em outubro.
outubro.2013/95
o mundo da usinagem
25
conhecendo um pouco mais I
26
o mundo da usinagem
Há quase meio século, grande
for ma direta e indireta da água,
parte das nações do mundo vem
tanto do consumidor quanto do
de batendo fervorosamente todos
produtor, a Pegada Hídrica de uma
os temas que envolvem o meio am-
nação, comunidade, empresa ou in-
biente e o desenvolvimento econô-
divíduo é definida como o volume
mico, na tentativa de compreender
total de água doce que é utilizado
as inter-relações e interdependên-
para produzir os bens e serviços
cias entre esses dois temas. Desde
consumidos pela nação, comuni-
1992 na Rio92 (Conferência das Na-
dade, empresa ou indivíduo. Desse
ções Unidas sobre o Meio Ambien-
conhecimento deve brotar a consci-
te e Desenvolvimento), quando o
ência e os mecanismos para o con-
tema “Desenvolvimento Sustentá-
trole do uso da água.
vel” foi cunhado, até os dias de ho-
O maior estudo feito em escala
je, em que tivemos recentemente
global sobre Pegada Hídrica, combi-
a Rio+20 (Conferência das Nações
nando esforço dos Estados Unidos,
Unidas sobre o Desenvolvimento
do Reino Unido e dos Países Baixos,
Suntentâvel - CNUDS), foram cria-
gerou, em fevereiro de 2012, um rela-
dos e são usados muitos instrumen-
tório científico que analisa o consumo
tos de diagnóstico ambiental.
de água em 405 bacias hidrográficas
É o caso da Pegada Hídrica, que
em todo o mundo e descobre que a
vem se mostrando um eficiente in-
escassez de água afeta no mínimo 2,7
dicador. Considerando o uso de
bilhões de pessoas pelo menos um outubro.2013/95
mês a cada ano. Este é o primeiro es-
estratégias empresariais demons-
do Water Footprint Network e seus
tudo global que analisa a escassez de
tram que a aplicação do cálculo de
parceiros, tendo já recebido apoio
água em uma base mensal. Ele com-
Pegada Hídrica traz benefícios fi-
internacional de grandes empresas,
para a pegada de água doce mensal
nanceiros palpáveis às corporações,
ONGs, cientistas e de parte da co-
com a disponibilidade de água do-
pois gera informações para a redu-
munidade política.
ce para todas as bacias hidrográficas
ção de consumo de água e, conse-
mais importantes do mundo e calcula
quentemente, de custos.
os fluxos necessários para manter as
O quadro é bastante complexo, pois a Pegada Hídrica de um país,
No site do Water Footprint, po-
por exemplo, compreende a parte
de-se calcular a Pegada Hídrica e
interna, que é o consumo de água
O criador do conceito de Pegada
entender melhor quais são os fato-
do próprio país, e a externa, que o
Hídrica foi um professor de Gestão
res relevantes aos cálculos para a
país, ao importar bens ou terceiri-
de Recursos Hídricos da Universi-
formatação de uma Pegada Hídrica
zar sua produção em outros países,
dade de Twente, na Holanda, Arjen
de um bem ou serviço.
está consumindo deles. O Brasil,
funções ecológicas críticas.
Y. Hoekstra, também diretor científi-
Para auxiliar nesse esforço foi
por exemplo, tem apenas 9% de sua
co da Water Footprint Network. Sua
lançado, em 2011, o Manual de
Pegada Hídrica externa. Já os Esta-
grande preocupação com a apro-
Avaliação da Pegada Hídrica, de-
dos Unidos têm 60% de Pegada Hí-
priação das fontes de água doce pe-
senvolvido pelo esforço conjunto
drica externa.
lo homem o faz crer que a consciência da quantidade de água utilizada para produção e manutenção de todas as necessidades da vida huma-
A “Pegada Hídrica Azul” é calculada como o volume de água de superfície e subterrânea consumida para a produção de um bem ou serviço. O consumo se refere à quantia de água doce usada e então evaporada ou incorporada em um produto. A “Pegada Hídrica Azul” também inclui as águas de superfície ou subterrâneas captadas em uma represa ou bacia e devolvidas em outra bacia ou no mar. Refere-se à quantidade de água de superfície ou subterrânea que não retorna à bacia hidrográfica da qual foi retirada.
A “Pegada Hídrica Verde” é calculada com o volume de água das chuvas consumida durante um processo produtivo. Ela é particularmente relevante para os produtos florestais e agropecuários (produtos à base de plantas ou madeiras), pois se refere à água da chuva evaporada pela transpiração das plantações, somada à quantidade incorporada ao produto colhido.
A “Pegada Hídrica Cinza” de um produto é um indicador da poluição da água doce que pode ser associada à produção de um item ao longo de sua cadeia produtiva. É definida como o volume de água doce necessária para diluir os poluentes de modo que a qualidade da água se mantenha sempre acima dos padrões vigentes.
na é o único caminho para a redução do consumo desse bem finível. De fato, como não pararmos para pensar quando somos informados que a produção de um quilograma de carne bovina consome 16 mil litros de água? Em entrevista para o Instituto Ressoar, da Rede Record de Comunicações, Hoekstra explicou a existência de diferentes pegadas hídricas. Também é necessário compreender quais são os fatores motivacionais para usar a Pegada Hídrica como instrumento mensurador. Além da visibilidade e dos interesses corporativos, em termos de melhoria de imagem e fortalecimento de sua marca no mercado, há razões muito mais substanciais a serem levadas em consideração. O alinhamento de outubro.2013/95
o mundo da usinagem
27
conhecendo um pouco mais I
A pegada hídrica total da humanidade no período de 19962005. Os dados são apresentados em milímetros por ano.
Fonte: Hoekstra e Mekonnen (2012)
De maneira geral, está em jogo todo o sistema social do mundo moderno,
2400
onde uma calça jeans custa, em moeda corrente, muitíssimo menos que os 10
1 hambúrguer
200
1 copo de leite
135 1 ovo
70 40
1 maçã
mil litros de água usados em sua produção representam para o futuro da
Litros de água necessários para produzir alguns alimentos
humanidade. Cálculos atuais apontam que o brasileiro consome 2.027 m³ de água por ano, contra a Pegada Hídrica mundial de 1.385 m³ por ano. Os Estados Unidos lideram o consumo, com 2.842 m³, e a média dos países europeus é de 2.300 m³, contra apenas 1.089 m³ da Índia, por exemplo. O consumo de carne, efetivamen-
1 fatia de pão
te, é um dos grandes consumidores de água no planeta. A própria cam-
25
panha da organização Water Foort-
1 batata
print usa a imagem de um hambúrguer (2.440 litros de água) e a da bataFonte FAO - Organização das Nações Unidadas para a Alimentação e Agricultura (2009)
28
o mundo da usinagem
ta (apenas 40 litros). outubro.2013/95
conhecendo um pouco mais I
Veja a quantidade de água potável necessária para produzir itens do seu cotidiano
Ao se difundir a consciência que
litros
a produção de alimentos é responsável por 92% da Pegada Hídrica
5,5
mundial, a alteração de padrões ali-
cerveja 1L
mentares estará sem dúvida no ho-
litros
litros
rizonte do planeta sustentável. De fato, estudos apontam que vegeta-
712,5
rianos possuem Pegada Hídrica até
leite kg
2.500
58% menor que a de não vegetarianos. Porém, mais do que padrões
arroz 1kg
litros
alimentares simplesmente, a gran-
18.000
de mudança que a sociedade deverá enfrentar é a do desperdício.
manteiga 1kg
Ao deixar estragar um simples copo de leite, você estará desperdi-
5.280
litros
litros
çando 200 litros de água gastos na
17.100 carne de boi 1kg
queijo 1kg
litros
tantos doutores da economia está ao dos individuais.
132,5
litros
litros
banana 1kg
los de custo x benefício que ocupam alcance de nossos pequenos cuida-
João Manoel S. Bezerra de Meneses Gestor Ambiental/Jornalista
batata 1kg
499
sua produção. Os complexos cálcu-
Para saber mais:
3.700
http://www.pegadahidrica.org Jacobi, P.R. e Empinotti, V. Pegada Hídrica: inovação, co-responsabilização e os desafios de sua aplicação, Anna Blume Ed., São Paulo, 2013
carne de frango 1kg
Fonte: Sabesp
30
o mundo da usinagem
outubro.2013/95
negócios da indústria II
Arquivo Makino
Um novo momento da Makino
O engenheiro Carlos Eduardo Ibrahim projeta o novo momento da Makino na América Latina
32
o mundo da usinagem
Nomeado diretor geral da Maki-
Com uma vasta experiência na
no para a América Latina no dia 1º
comercialização de máquinas de
de agosto, o engenheiro Carlos Edu-
alta tecnologia, especialmente cen-
ardo Ibrahim tem à frente o desafio
tros de usinagem, Ibrahim sabe do
de fortalecer a marca no mercado na-
que fala: atua neste segmento há 24
cional de centros de usinagem e má-
anos, metade dos quais na Heller e
quinas EDM de alta tecnologia e alta
metade na Okuma. Ele irá coman-
performance, um nicho disputado por
dar a operação na América do Sul
grandes fabricantes mundiais. A seu
a partir das instalações do Grupo
favor, o executivo conta com a lide-
Bener, em Vinhedo (SP), represen-
rança mundial da Makino nesse tipo
tante oficial da Makino no Brasil há
avançado de tecnologia CNC.
dois anos, onde manterá a sua base.
Ibrahim pretende reforçar o cor-
Segundo Ibrahim, o Grupo Bener
po-a-corpo com os clientes e dar
possui uma estrutura muito forte,
visibilidade às vantagens competi-
com presença em quase todos os es-
tivas dos equipamentos da compa-
tados brasileiros: “Vamos criar uma
nhia de origem japonesa, com base
política de preços competitivos, es-
nos Estados Unidos, participando
truturar o departamento de peças e
em eventos direcionados aos seg-
assistência técnica e, principalmen-
mentos preferenciais da Makino no
te, treinar a equipe de vendas, para
Brasil. “A Makino possui um portfó-
que nossos clientes tenham todo o
lio de máquinas muito grande, ca-
suporte necessário ao melhor rendi-
paz de atender quase todas as ne-
mento da máquina”, declara.
cessidades do mercado e dos fabri-
Nesta primeira entrevista no
cantes de peças e componentes. Va-
cargo, o novo diretor geral da Maki-
mos nos valer desta superioridade
no fala sobre os planos da empresa
tecnológica e numérica”, afirma.
para o Brasil e América do Sul, os outubro.2013/95
Empresa traz ao Brasil um novo portfólio de máquinas, inclusive as
Arquivo Makino
apresentadas na EMO 2013, em Hannover
Centro de Usinagem Horizontal A61NX
impactos do dólar sobre o setor e
nos preocupa sim, não temos como
mentos Makino, através de participa-
adianta lançamentos da marca.Em
negar. Entretanto, o problema não
ção em feiras, execução de workshops
relação ao mercado brasileiro de
é a quanto o dólar está ou vai che-
técnicos focados por setores da in-
manufatura, considera ele que “O
gar, o importante é a moeda se es-
dústria. O portfólio de máquinas
mercado vem sofrendo com a gran-
tabilizar e ficar no mesmo patamar
atende quase todas as necessidades
de retração que tivemos em 2012.
por muito tempo. Se isto ocorrer, as
do mercado fabricante de peças e
Todos esperavam que este ano fos-
empresas exportadoras poderão se
componentes, e precisamos explorar
se melhor, mas, na prática, isto ain-
reprogramar e se reestruturar pa-
esta vantagem competitiva”.
da não aconteceu. Existem muitos
ra voltarem a fornecer ao merca-
Já em função disso, somos infor-
projetos abertos dentro dos grandes
do mundial com preços e qualida-
mados que “A Makino apresentou
fornecedores de autopeças, gran-
de competitivos. Os exportadores
novas máquinas na EMO 2013, que
des usinadores, mas todos estão em
precisam ter processos de qualida-
aconteceu no mês passado, em Han-
compasso de espera. Existem mui-
de garantidos, o que só se consegue
nover. Nós já solicitamos algumas
tas ofertas girando, mas os clientes
utilizando equipamentos de quali-
delas para nosso showroom, uma vez
estão postergando suas decisões.”
dade superior, produtos Premium.
que a Bener vendeu todas as máqui-
Sobre o impacto da recente al-
Mas, para isso, precisam ter segu-
nas que tínhamos em exposição e
ta do dólar e uma possível volta da
rança quanto ao nível do câmbio
estamos aproveitando para renovar
inflação para os planos da Makino
para fazerem os investimentos”.
nosso estoque já com os novos lan-
no Brasil, Ibrahim não é alarmista:
A ampliação da participação da
çamentos mundiais da Makino. Pre-
“A Makino trabalha com projetos
Makino no mercado brasileiro virá,
cisamos estar sempre na mesma sin-
de médio e longo prazo. Possuímos
segundo seu diretor geral, da quali-
tonia com a nossa matriz no Japão e
uma linha de produtos muito com-
dade dos equipamentos comerciali-
nos Estados Unidos”.
petitiva tecnicamente, mas 100%
zados: “Precisamos divulgar o máxi-
importada, por isso a alta do dólar
mo possível os benefícios dos equipa-
outubro.2013/95
Ecco Press Comunicação o mundo da usinagem
33
conhecendo um pouco mais II
Co-branding, a aliança da sinergia Um dos mais recentes termos do mundo dos negócios, o co-branding tem agitado o universo do marketing empresarial
Trata-se da nomeação de atividades que unem de duas a quatro marcas – brands – associadas em torno de apenas um produto. O sistema se desenvolveu basicamente a partir das competições esportivas, com várias marcas associando-se à Ferrari, Renault e aos demais fabricantes e carros de corrida. A prática do co-branding tanto pode associar várias marcas para um objetivo comum quanto o produto pode ser dissolvido entre os vários participantes da iniciativa. Trata-se de uma estratégia pela qual um produto específico pode ser desenhado e produzido especialmente para ser difundido por meio do co-branding.
34
o mundo da usinagem
trar no mercado. Mas duas empre-
O objetivo do sistema é claro: as-
sas de igual força também podem se
sociar a força de várias marcas para
associar em busca do mercado glo-
impulsionar um produto específico,
bal. Não se trata apenas de associa-
sobretudo quando novo, e diminuir
ção de marcas: o co-branding pode
custos de marketing. Logotipos, es-
colocar juntos, efetivamente, mate-
quemas de cores, todos os demais
riais e até mesmo ingredientes dis-
identificadores de cada uma das
tintos. Os computadores Dell usam
marcas são combinados entre si, pa-
processadores Intel, por exemplo.
ra que nenhuma das empresas tenha
A Coca-Cola vem se apresentando
preponderância sobre as demais.
com design de estilistas famosos, co-
O sistema pode levar uma em-
mo Karl Lagerfeld, as montadoras
presa a associar-se a outra, de maior
de veículos usam pneumáticos de
popularidade, para melhor pene-
marcas específicas, etc. outubro.2013/95
Mas o co-branding de ingredien-
vos, e a francesa Michelin, da indús-
que cada marca já tem no mercado
tria da borracha—, ambas oferecen-
e, com isso, diminuir os custos de
do o que mais sabem fazer, sinteti-
investimento em marketing para o
zado em um único produto. Hotéis,
novo produto a ser lançado. No en-
por exemplo, se valem dos “papas”
tanto, nem tudo são vantagens nes-
da moda para suas ambientações e
sa estratégia. Ela pode falhar se as
o italiano Armani já fez co-branding
duas marcas envolvidas tiverem,
com muito deles. Valentino, já nos
por natureza, mercados diversos,
anos 1990, se associou à produção
sobretudo em termos de faixa etá-
de azulejos de luxo, com cores e de-
ria, um forte determinante nos dias
sign da Maison Valentino transpor-
de hoje. Igualmente, se os consumi-
tados para a cerâmica Piemme, tra-
dores fizerem uma associação nega-
dicional fábrica italiana.
tiva a uma das marcas, dificilmen-
Uma das mais populares formas
te a outra conseguirá superar a res-
de co-branding, hoje, é aquela entre
trição e a tendência do co-branding,
cartões de crédito e empresas que
nesse caso, é falhar.
não são do ramo bancário. As com-
O Coordenador do curso de En-
panhias aéreas são as que mais bus-
genharia de Produção do Centro
cam esse tipo de parceria, inclusive
Universitário da FEI, professor Ale-
acenando com benefícios de milha-
xandre Augusto Massote, ajuda a
gem decorrente do uso dos cartões
dirigir nossa atenção para um pa-
de crédito da bandeira à qual se as-
ralelo no mundo educacional, em
sociaram. O sistema chega, inclusi-
que é bastante comum as empresas
ve, a reunir até mesmo três compa-
associarem seus nomes a cursos de
nhias: a bancária, a aérea e a da ban-
formação, com igual vantagem pa-
deira do cartão.
ra ambas. Enquanto a escola econo-
tes também está se tornando po-
Os indivíduos, sobretudo atle-
miza na compra de maquinário pa-
pular, com biscoitos e bolos anun-
tas e personagens em evidência no
ra o treinamento de seus alunos, as
ciando que usam apenas chocola-
mundo televisivo, também prati-
vantagens são concentradas na for-
te da marca “X”, buscando dessa
cam co-branding, permitindo o uso
mação do futuro profissional, que se
maneira aumentar a confiança do
de sua imagem na comercialização
familiariza com máquinas, equipa-
consumidor na qualidade do pro-
de produtos esportivos que passam
mentos e empresas do ramo no qual
duto. A rede de lanchonetes Bob’s,
a levar seus nomes, como o Nike
pretende trabalhar quando formado.
por exemplo, vende seu milk-shake
Mike Jordan. Não se trata, assim,
Assim, quando o universo cor-
de chocolate anunciando que é fei-
de propaganda, mas de efetiva as-
porativo enxuga seus custos, a es-
to com Ovomaltine. Uma nova chu-
sociação para a produção de um
tratégia do co-branding pode ser in-
teira, a X Boot, foi lançada por dois
elemento novo e de impacto.
teressante solução a ser praticada.
gigantes corporativos —a britânica
Um dos objetivos do co-branding
Umbro, de equipamentos esporti-
é, logicamente, aproveitar o peso
outubro.2013/95
Teorema Imagem e Texto o mundo da usinagem
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nossa parcela de responsabilidade
Vivian Camargo
O Futuro no Presente Neste segundo semestre, a atenção de nossos engenheiros volta-se para a apresentação do pacote semestral de novos produtos da Sandvik Coromant - o CoroPak 13.2 - aos nossos clientes e ao mercado de usinagem em geral. O CoroPak responde às necessidades prementes do mercado de usinagem mundial e os lançamentos de hoje são fruto de vários anos de intenso trabalho de P&D, em que equipes de engenheiros e analistas de mercado pesquisaram, estudaram e avaliaram as demandas dos vários segmentos industriais - tanto os mais maduros quanto os emergentes - sobretudo no que diz respeito ao valor das novas tecnologias para aumentar produtividade, reduzir custos e agregar mais competitividade ao trabalho de manufatura.
“criar uma classe de metal duro que fosse mais durável do que qualquer outra”
É nessa atmosfera de inovação e alta tecnologia que um time de experts da Sandvik Coromant enfrentou o desafio de criar uma classe de metal duro que fosse mais durável do que qualquer outra já existente e que possuísse uma ampla gama de aplicação no torneamento de aços. O resultado não poderia ter sido melhor: estamos lançando agora a nova e surpreendente GC4325. 36
o mundo da usinagem
A GC4325 tem a capacidade de usinar com dados de corte mais altos, sendo a primeira escolha para a maioria de aplicações de torneamento de aços, do desbaste ao acabamento, em cortes contínuos e interrompidos, com ou sem refrigeração. Tudo isso foi possível graças aos seguintes desenvolvimentos: novo substrato de metal duro combinando alta resistência e tenacidade confiável; nova cobertura inovadora de CVD-alumina de alta resistência e com orientação da estrutura cristalina unidirecional (InveioTM). As faces de cristal mais robustas são direcionadas para a zona de corte, adicionando resistência ao desgaste significativamente maior. Novos processos de tratamento e pós-tratamento de arestas melhoraram sua confiabilidade e desempenho, proporcionando uma superfície lisa que evita aderência de cavacos durante a usinagem, além de aumentar a resistência em toda a aresta, principalmente em cortes intermitentes. Este grande lançamento do CoroPak 13.2 merece nosso destaque especial, porém garantimos poder concretizar e potencializar soluções para cada segmento da indústria, quebrando paradigmas se preciso for, a fim de resolver um problema crônico ou, simplesmente, aumentar a tão desejada produtividade. Para nós, o sucesso de nossos clientes continua sendo o principal foco de nossa responsabilidade. José Gamarra Gerente Técnico Sandvik Coromant outubro.2013/95
Anunciantes nesta edição O Mundo da Usinagem 95
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Distribuidores ARWI Tel: 54 3026-8888 Caxias do Sul - RS
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NEOPAQ Tel: 51 3527-1111 Novo Hamburgo - RS
COFAST Tel: 11 4997-1255 Santo André - SP
NIARTHEC Tel.: 92 3236-2057 Manáus - AM
COFECORT Tel: 16 3333-7700 Araraquara - SP
PÉRSICO Tel: 19 3421-2182 Piracicaba - SP
COMED Tel: 11 2442-7780 Guarulhos - SP
PRODUS Tel: 15 3225-3496 Sorocaba - SP
CONSULTEC Tel: 51 3321-6666 Porto Alegre - RS
PS Tel: 14 3312-3312 Bauru - SP
COROFERGS Tel: 51 3337-1515 Porto Alegre - RS
PS Tel: 44 3265-1600 Maringá - PR
CUTTING TOOLS Tel: 19 3243-0422 Campinas – SP
REPATRI Tel: 48 3433-4415 Criciúma - SC
DIRETHA Tel: 11 2063-0004 São Paulo - SP
SANDI Tel: 31 3295-5438 Belo Horizonte - MG
ESCÂNDIA Tel: 31 3295-7297 Belo Horizonte - MG
SINAFERRMAQ Tel: 71 3379-5653 Lauro de Freitas - BA
FERRAMETAL Tel: 85 3226-5400 Fortaleza - CE
TECNITOOLS Tel: 31 3295-2951 Belo Horizonte - MG
GALE Tel: 41 3339-2831 Curitiba - PR
THIJAN Tel: 47 3433-3939 Joinville - SC
GC Tel: 49 3522-0955 Joaçaba - SC
TOOLSET Tel: 21 2290-6397 Rio de Janeiro - RJ
HAILTOOLS Tel: 27 3320-6047 Vila Velha - ES
TRIGONAL Tel: 21 2270-4835 Rio de Janeiro - RJ
KAYMÃ Tel: 67 3321-3593 Campo Grande - MS
TUNGSFER Tel: 31 3825-3637 Ipatinga - MG
Blaser 37 Deb‘Maq 31 Ergomat 9 Mitutoyo 29 Okuma 2a capa Romi 39 Sandvik Coromant 4a capa Villares Metals 17 WM Tools 21
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