OMU 110

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110 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147

AB Sanndvik Coromant

Conheça o novo CoroTurn 300 com 8 arestas para sucesso garantido no torneamento

Conceito

inteligente negócios da indústria As duas feiras que prometem aquecer os negócios do setor

educação e tecnologia A pós-graduação na medida das novas demandas do mercado

entrevista Como a logística deve ser retrabalhada para o futuro da indústria


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sumário

4

edição 110 • abril/2016

10 produtividade 1 Um software que realiza a gestão de dados de ferramentas, facilita a vida de usuários e gera muitos benefícios

16 soluções de usinagem O CoroTurn 300 (CT 300), da Sandvik Coromant, é um novo conceito que melhora o desempenho das operações de torneamento

20

25

educação e tecnologia

As duas feiras que vão agitar o setor metalmecânico em maio

A pós-graduação em Inovação do Instituto Mauá para a indústria da manufatura

expediente:

negócios da indústria 1

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. As fotos sem menção de créditos foram captadas no banco de imagem Shutterstock. Fabio Ferracioli (Events Manager, Sandvik Coromant) é responsável pela publicação da revista “O Mundo da Usinagem” Edição: Anatricia Borges (S/A LLORENTE & CUENCA); e Vera Natale (Sandvik Coromant); revisão: Luiz Carlos Oliveira (S/A LLORENTE & CUENCA) Colaboraram nesta edição: Inês Pereira (coordenação editorial e reportagem); Samuel Cabral (edição de arte) Jornalista responsável: Anatricia Borges - MTB 21 955/RJ Tiragem: 7.000 exemplares; Impressão: Pigma Gráfica Editora Ltda.

abril.2016/110

Acompanhe a REVISTA O MUNDO DA USINAGEM digital em: www.omundodausinagem.com.br Contato da Revista OMU Você pode enviar suas sugestões de reportagens, críticas, reclamações ou dúvidas para o e-mail da revista O Mundo da Usinagem: faleconosco@ omundodausinagem.com.br ou ligue para: 0800 777 7500

entrevista O professor Manoel Reis, da FGV, fala sobre os desafios da logística no futuro

28

conhecendo um pouco mais

32

negócios da indústria 2

34

produtividade 2

36

nossa parcela de responsabilidade

As vantagens e os caminhos para investir na Lei de Incentivo ao Esporte

Especialista aponta a inovação como estratégia para vencer a crise

A necessidade de rever antigos modelos para a sobrevivência da indústria

A mensagem de Marcos Soto, Round Tools Manager da Sandvik Coromant para a América Latina o mundo da usinagem

3


soluções de usinagem

Novo conceito para Pastilha com oito arestas de corte garante melhor desempenho nas operações de torneamento longitudinal e faceamento Por Vera Natale, editora da revista O Mundo da Usinagem

N

o mundo metalmecânico em especial, sempre houve uma demanda muito expressiva

por novas tecnologias de ferramentas e processos de usinagem e por diversas razões – diminuição de custos, melhoria de processos, geração de menor impacto ambiental, melhoria de uso de recursos naturais e por aí vai. Essa necessidade move pesquisadores ao redor do mundo, levando a desenvolvimentos de toda ordem, sejam os totalmente inusitados, ou até mesmo a conceitos, já estabelecidos e padronizados, repensados, porém sob uma nova ótica. O conceito de torneamento a 80 graus foi recentemente revisitado por pesquisadores que nos brindaram com uma solução totalmente inédita, fora da norma ISO convencional, que traz consigo muitas vantagens.

4

o mundo da usinagem

abril.2016/110


torneamento AB Sanndvik Coromant

Pastilhas para torneamento com 8 arestas de corte e ângulo a 80º - uma alternativa inteligente às WNMG e CNMG.

A inteligência por trás das 8 arestas O CoroTurn 300 (CT 300), da Sandvik Coromant, é um novo conceito para torneamento longitudinal e faceamento com pastilhas com ângulo de posição de 80º, oito arestas de corte, fixação tangencial iLock, que garante um desempenho estável e previsível em termos de vida útil da ferramenta, controle e quebra de cavacos, sendo uma alternativa com maior número de arestas

abril.2016/110

para as tradicionais pastilhas

Aplicações do CoroTurn 300

WNMG e CNMG, amplamente

– operações de torneamento

usadas no mercado.

longitudinal e faceamento o mundo da usinagem

5


soluções de usinagem

Detalhe da geometria –M5 para torneamento médio

Cobertura inveio

Detalhe da geometria –L4 para torneamento de acabamento

Essa é uma opção eficiente,

nologias de ponta num mesmo

0,4 mm, 0,8 mm e 1,2 mm, que

que define um novo padrão para

produto, o que resulta em muitas

combinados com as novas geo-

a usinagem na área do tornea-

vantagens para o usuário. Veja

metrias de quebra-cavacos para

mento, principalmente devido

a seguir, o detalhe de cada uma

torneamento em acabamento e

ao maior número de arestas por

dessas tecnologias e o benefício

torneamento médio, -L4 e -M5,

pastilha, o que significa menor

que agregam ao conceito.

abrangem uma grande faixa de

número de pastilhas necessárias

aplicação nesta área.

nas operações de torneamento,

• Pastilhas CT 300 com Inveio™

o que se traduz em melhor con-

As classes de pastilhas Coro-

• Geometrias de quebra-cavacos

trole de estoque. Outro ponto de

Turn 300 para usinagem de aços,

Com base em diversos estudos,

destaque é o desenho da pastilha

GC4325 e GC4315, são produ-

as novas geometrias –L4 e –M5 fo-

com oito arestas que utiliza me-

zidas com tecnologia Inveio™,

ram especialmente desenvolvidas

nos matéria prima, no caso o me-

orientação unilateral atômica dos

para o torneamento de aços. Con-

tal duro, diminuindo o impacto

cristais da cobertura, que aumen-

sistem basicamente numa melhor

ambiental referente ao descarte e

ta a resistência contra crateriza-

combinação entre os ângulos de

reciclagem das pastilhas usadas.

ções e desgaste de flanco, man-

superfície de saída (A ) e os pla-

têm a aresta viva por mais tempo,

nos de referência da ferramenta, o

resultando em maior vida útil da

que ajusta o avanço e a profundi-

Esse novo conceito, CoroTurn

ferramenta. As classes estão dis-

dade de corte para melhor eficiên-

300, reúne na verdade muitas tec-

poníveis com raios de ponta de

cia da quebra de cavacos.

Diferenciais técnicos

6

o mundo da usinagem

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• Fixação iLock™ O segredo para conseguir um

Fixação rígida

acabamento superficial de alta

iLock™

qualidade é evitar que as forças de corte causem micromovimentos da pastilha. O sistema iLock™, interface entre o suporte e a pastilha, foi projetado para

numa fixação fácil, porém rígi-

superar esse desafio. Essa solu-

da, da pastilha que se autotra-

ção de fixação da pastilha com

va, ficando firmemente fixada, o

uma alavanca e cunha combina-

que garante repetibilidade de in-

da ao assento da pastilha resulta

dexação e tolerâncias apertadas.

Resultados de teste Comparativos de testes do novo CoroTurn 300 e ferramentas concorrentes M5 VS. CONCORRENTE 1 • Resultados

• Caso de Cliente Segmento da Indústria Operação Tempo de corte Peça Material

Automotivo (MC-scooter) Axial externo e faceamento 0,45 min/peça Virabrequim Forjado/laminado/ laminado a frio, MC P2.5.Z.HT 250 HB (40Cr)

• Dados de corte vc m/min

260

fn mm/rot.

0,38

ap mm

1,0

L4 VS. CONCORRENTE 2 • Caso de Cliente Segmento da Indústria Operação

Automotivo Axial Externa

Tempo de corte

3,83 min/peça

Peça

Eixo primário

Material

Forjado/laminado a frio, MC P2.5.Z.HT, 297 HB (AFNOR42CD4TS)

• Dados de corte

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Pastilha ISO (ANSI)

vc m/min

170

fn mm/rot.

0,4

ap mm

3,0

Classe Vida útil da ferr., pçs Motivo p/ mudança de ferr.

3-80-101108-8-L4

WNMG080408

GC4325 89

41

Formação de rebarbas

Formação de rebarbas

• Vida útil da ferramenta, pçs

100

Geometria -M5 aumentou 100% a vida útil da ferramenta comparada à do concorrente.

60

80

40 20 0

Concorrente 1

CoroTurn 300, -M5

• Resultados Pastilha ISO (ANSI) Classe Vida útil da ferr., pçs Motivo p/ mudança de ferr.

3-80-101108-8-L4

CNMG120408 (CNMG 432)-MN

GC4325 8

5

Nº prédeterminado de pçs

Risco de quebra da pastilha

• Vida útil da ferramenta, pçs

100

A geometria-L4 aumentou 60% a vida útil da ferramenta comparada à pastilha do concorrente.

60

80

40 20 0

Concorrente 1

CoroTurn 300, -L4

o mundo da usinagem

7


soluções de usinagem

Resumo dos benefícios • Pastilhas com 8 arestas desenvolvidas exclusivamente para torneamento a 80º. • Mais arestas significam

• Interface A interface Coromant Capto® ou as hastes QS™ permitem troca rápida da ferramenta e fácil conexão de refrigeração de alta precisão, o que maximiza o tempo de produção. Estão disponíveis as interfaces Coromant Capto tamanhos

menos pastilhas

C4, C5 e C6 ou o sistema QS com

necessárias, o que consiste

hastes quadradas de 2020 e 2525.

em melhor controle de estoque.

• Refrigeração de precisão

• Novas geometrias -M5

O CoroTurn 300 possui refri-

e -L4 para torneamento

geração superior e inferior. Cada

médio e acabamento

uma tem um papel específico.

para excelente quebra de cavacos. • Classes de alta resistência ao desgaste com tecnologia Inveio, GC 4315 e 4325, para alta resistência ao desgaste e vida útil mais longa da ferramenta.

A refrigeração de alta precisão superior controla a quebra

Interfaces

de cavacos, para uma usinagem

Coromant

segura. Já a refrigeração inferior,

Capto e QS

controla a temperatura para vida útil mais longa e previsível. A refrigeração também tem efeito positivo no acabamento superficial.

O valor desse conceito inovador é sem dúvida inquestionável

• Fixação rígida da

e nos faz refletir sobre a impor-

pastilha com sistema

tância dos trabalhos de P&D que

iLock™, o que possibilita

muitas vezes nos parecem estar

autotravamento da

tão distantes do dia a dia do chão

mesma, além das

de fábrica. “ O CoroTurn 300 pro-

tolerâncias estreitas que

vou sua eficiência, revelando ser

asseguram alta precisão

a ferramenta perfeita para aplica-

e repetibilidade de

ções de torneamento externo de

indexação em ±0,05 mm.

aços com alto volume de produ-

• Calço posicionado de

ção em que a vida útil da ferra-

forma a proteger o

menta e a segurança do processo

porta-ferramentas contra

são prioridades”, declara Okis

quebras.

Bigelli, especialista de Produto.

• A interface entre o suporte e a pastilha permite trocas fáceis da pastilha.

8

Palavras finais

o mundo da usinagem

Refrigeração de alta precisão

Assista ao CoroTurn 300 em ação no canal da Sandvik Coromant no YouTube.

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produtividade 1

Conexão total O Gerenciamento do Ciclo de Vida de Ferramentas (Tool Lifecycle Management) apoia a implantação da indústria 4.0 Por Vera Natale e Inês Pereira. Colaborou Equipe TDM Systems

N

a indústria 4.0, a produção

Propósito e funcionamento

ticas únicas no software: o gera-

se funde à mais moderna

A gestão de dados de ferra-

dor de dados e gráficos de fer-

tecnologia da informação

mentas foi principalmente con-

ramentas em 2D e 3D em apenas

e comunicação. A força propulsora

cebida para dar suporte, apoiar

três passos, que é uma grande

desse processo é a crescente digita-

e integrar atividades dos depar-

vantagem para a programação

lização da economia e da sociedade

tamentos técnicos e administra-

NC com CAM e simulação com

que já tem mudado o mundo da

tivos, que até então trabalhavam

sistemas CAV; e a versatilidade,

manufatura de maneira irreversí-

muitas vezes isoladamente e com

já que é o sistema com o maior

vel. O conceito da Internet das Coi-

base em estruturas diversas. As-

número de interfaces no merca-

sas (IoT), ou em poucas palavras

sim torna-se possível integrar as

do com sistemas CAM, armários

um “ecossistema de eletrônicos”

informações comuns e pertinen-

verticais, máquinas de presetting,

capazes de se comunicar entre si

tes, o que resulta em melhor uso

vending machines e sistemas ERP.

e transmitir informações digital-

do tempo operativo e redução de

Grosso modo, o sistema visa

mente, está no cerne de softwares de

custos desnecessários no processo

o compartilhamento de informa-

Gerenciamento de Dados de Fer-

como um todo que culminam em

ções via conexão em rede. “O de-

ramentas (Tool Data Management),

melhor eficiência operacional.

safio é preparar esse patrimônio

como o desenvolvido pela alemã

Na prática, isso significa in-

de informações, chamado Big

TDM Systems com base no conceito

tegração, interligação e digitali-

Data, para que o usuário final

do TLM (Tool Lifecycle Management

zação dos dados de ferramentas,

possa fazer algo útil com tudo

- Gerenciamento do Ciclo de Vida

posicionando os produtos na in-

isso”, acrescenta Peter Schneck.

de Ferramentas). O software realiza

terface decisiva, entre a área de

Dessa forma, os dados obtidos

a gestão de dados de ferramentas,

produção chegando até a comer-

podem contribuir na fase de

considerando todo o seu ciclo de

cial. “Começa na concepção da

concepção, por exemplo, para a

vida, e permite que sejam armaze-

peça, passa pelo planejamento e

geração de modelos CAD fabri-

nados em rede e acessados pelas

simulação NC, até a preparação

cáveis, ou programas NC com

diversas unidades fabris de uma

do pedido e a organização física

velocidades de avanço e corte,

empresa, permitindo assim, esta-

do ciclo da ferramenta no âmbito

garantindo um processo segu-

rem conectadas entre si no mundo

do chão de fábrica”, resume Pe-

ro. Schneck explica que o TDM

inteiro. Isso facilita a vida de usuá-

ter Schneck, presidente da TDM

disponibiliza os parâmetros ne-

rios e gera muitos benefícios.

Systems. Há outras caracterís-

cessários por interfaces com os

10

o mundo da usinagem

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sistemas, chamados conectores:

Dados de ferramentas e gráficos

cação central em todas as fábri-

“As informações tecnológicas

ficam armazenados em um ser-

cas”, avalia Schneck. Na nuvem,

da máquina são recebidas pelo

vidor corporativo central ou na

totalmente em consonância com

TDM via conexões das máqui-

nuvem do servidor de um pro-

um software como um aplicativo

nas correspondentes e Manufac-

vedor de serviços.

de serviço (SaaS).

turing Execution Systems (MES)”.

É fundamental que todos os

É possível pesquisar uma

dados, mesmo aqueles 3D com-

ferramenta e os resultados são

plexos, estejam disponíveis no

mostrados rapidamente e classi-

O TDM Global Line permite

mundo inteiro a um clique do

ficados por componentes, mon-

dar um passo decisivo. “Exis-

mouse, e isto é possível graças

tagens completas ou listas de

tem benefícios, principalmente

à nova arquitetura de software e

ferramenta. Os usuários podem

para empresas com plantas pro-

aos dados de alta compressão em

configurar individualmente sua

dutivas em diferentes partes do

cada local de produção. “Nossos

tela. Podendo os direitos do usu-

mundo”, explica o presidente.

clientes podem estender sua apli-

ário e dos clientes serem geren-

Funcionalidades do TDM

abril.2016/110

o mundo da usinagem

11


produtividade 1 ciados centralmente. Ao inserir

a produtividade das operações”,

dados, sua validação simultânea

aconselha Pablo Castro, diretor

também detecta entradas incor-

executivo e de vendas da Adept-

retas e campos obrigatórios em

mec, parceira comercial de longa

branco. A solução móvel para ta-

data da TDM Systems e especia-

blet TDM Global Line Flex Crib é

lista em Gerenciamento de Ferra-

um Add-on comandado pelo bro-

mentas, cujas ofertas são adapta-

wser e possibilita a visualização

das à indústria metalmecânica.

dos componentes de ferramen-

Para ele, o que distingue o sof-

ta, montagens (dados originais

tware é, principalmente, a flexibi-

de gráficos 2D/3D) e execução

lidade: “Ela é necessária para al-

de instruções de pedidos. Conta

cançar os resultados ideais para

também com a funcionalidade

empresas de qualquer tamanho e

de scanner.

com diversas exigências. O banco

Funções de reposição podem

de dados único tem se mostrado

ser registradas centralmente com

uma tendência nos mais diversos

esta nova solução com base no

segmentos”.

consumo de ferramentas nas di-

Com base em depoimentos

ferentes plantas que estiverem

de clientes no Brasil, o diretor

conectadas. Peter Schneck está

da Adeptmec menciona resulta-

convencido de que o TDM Glo-

dos já atingidos com a implanta-

bal Line irá acelerar bastante a

ção do software: redução de 90%

transferência de dados nas em-

no valor do estoque; redução de

presas industriais internacionais.

98% em horas de máquina para-

“Um software de última geração

da por falta de ferramentas; re-

torna isso possível — um passo

dução de 20% na quantidade de

importante rumo ao futuro”.

códigos de insertos devido à padronização; redução de 55% no

Benefícios concretos

custo de ferramentas por peça

Principais vantagens O diretor executivo e de vendas da Adeptmec listou os principais benefícios trazidos pelo software • Redução de custos com ferramentas • Padronização do ferramental • Redução do tempo de geração de processos de usinagem • Gerenciamento do estoque de forma transparente e organizada, possibilitando reduções expressivas • Redução da quantidade de fornecedores • Aumento da disponibilidade de ferramentas • Aumento da utilização das ferramentas • Gestão eficiente de reposição e compra • Redução de parada de máquinas devido à falta

O TDM tem a capacidade de

usinada. “Vários segmentos da

resolver os problemas de uma

indústria podem se beneficiar,

empresa pequena e familiar, por

como aeroespacial, automotivo,

exemplo, até de empresas mul-

máquinas, energia, usinagem

EUA e Japão a idade do parque

tinacionais com plantas em dife-

em geral e fabricantes de ferra-

de máquinas orbita entre cinco

rentes partes do mundo. “Quan-

mentas”, enumera. (Veja box)

e oito anos, no Brasil essa idade

to antes a empresa começar a utilizar o sistema, melhor. Assim,

de ferramentas

chega a 17 anos. Portanto, a inE o Brasil?

dústria nacional necessita de um

ela crescerá de forma organizada,

No Brasil, a Indústria 4.0 ain-

choque tecnológico para se mo-

sem ter que se preocupar com os

da parece um sonho. “O parque

dernizar, substituir os seus equi-

problemas comuns associados

de máquinas no país é muito

pamentos obsoletos e promover

à má gestão de ferramentas que

velho. Enquanto nos países in-

um aumento de sua eficiência e

aumentam os custos e reduzem

dustrializados como Alemanha,

melhoria da qualidade”, desta-

12

o mundo da usinagem

abril.2016/110


A FEIRA DE MÁQUINAS AGORA É NO SÃO PAULO EXPO (Antigo Imigrantes)


produtividade 1 www.mittelstandcafe.de

cou em entrevista à revista OMU

melhora a qualidade dos proces-

o engenheiro mecânico Alfredo

sos e aumenta a produtividade,

Ferrari, vice-presidente da Câ-

pode tornar a indústria brasileira

mara Setorial de Máquinas-Fer-

mais competitiva como os países

ramenta e Sistemas Integrados

mais avançados. “Uma redução

de Manufatura da Associação

nos custos de produção é possí-

brasileira da Indústria de Máqui-

vel somente por meio de novas

nas e Equipamentos (Abimaq).

tecnologias capazes de aumentar

No entanto, ainda que o pro-

a produtividade”, reforça José

cesso de renovação do parque

Velloso Dias Cardoso, presidente

ocorra mais lentamente em fun-

executivo da Associação Brasi-

Peter Schneck: “Existem

ção da atual crise que o país

leira da Indústria de Máquinas e

benefícios, especialmente

vive, a realidade pode mudar.

Equipamentos (Abimaq).

os do TDM Global Line, para

A implantação de softwares de

Somada às novas tecnologias,

as empresas com locais de

Gerenciamento de Dados de

Pablo Castro, diretor da Adept-

produção globais”

Ferramentas como o TDM, que

mec, destaca também a necessidade da mentalidade aberta

C

para as novas formas de se tra-

M

balhar, inerentes a essas tecnolo-

Y

gias de ponta. “As empresas no Brasil devem investir na rede e

CM

MY

CY

na digitalização para não perderem mais tempo e dinheiro. Caso contrário, ficarão cada vez mais para trás no mercado internacional”. Só assim a Indústria 4.0 vai deixar de ser coisa de ficção científica.

TDM Global Line: Os dados e serviços chegam por meio da internet, e os usuários podem configurar sua tela individualmente

14

o mundo da usinagem

abril.2016/110

CMY

K


31ª Feira Internacional da Mecânica


entrevista

Em busca da

logística perfeita O expert da Fundação Getúlio Vargas aponta as necessidades e os desafios da logística para os gestores no país Por Inês Pereira

P

Divulgação

Por meio do conteúdo dos cursos que coordena na FGV, o professor Manoel Reis busca capacitar profissionais para enfrentar os desafios da indústria 4.0

16

o mundo da usinagem

ensar a arquitetura de

no mercado brasileiro uma baixa

cursos voltados para pro-

disponibilidade de profissionais

fissionais que buscam as

com especialização em logística

soluções para os problemas de

e supply chain management (ges-

suas corporações e os incessan-

tão da cadeia de suprimentos),

tes desafios em logística é uma

setores que têm assumido um

parte importante das atribuições

importante papel para a compe-

do Professor Manoel Reis. Do-

titividade das empresas”. Razão

cente na área de logística e supply

pela qual ganharam espaço nas

chain da Fundação Getúlio Var-

universidades e nos centros de

gas (FGV), Reis criou o Centro de

educação continuada. Nos cur-

Excelência em Logística e Supply

sos da FGV, o professor conta que

Chain na EAESP (Escola de Admi-

são diversos os aspectos aborda-

nistração e Economia) da institui-

dos para a formação do profissio-

ção e é o coordenador de projetos

nal que será capacitado a pensar

da FGV Projetos. Tem formação

a logística do futuro: finanças,

básica em Engenharia Naval da

métodos quantitativos, negocia-

Escola Politécnica da Universi-

ção, gestão de pessoas, operações

dade de São Paulo (Poli-USP).

e estratégia empresarial; além de

Nesse campo, fez mestrado e,

suprimentos, distribuição, trans-

no Massachusetts Institute of Te-

portes, armazenagem, previsão

chnology (MIT), obteve o PhD.

de demanda, gestão de esto-

Mas foi o universo da logística,

ques, gestão de projetos, susten-

considerada uma das áreas estra-

tabilidade e gestão de riscos. As

tégicas das operações atualmen-

questões cruciais da área desen-

te, que encantou Reis e onde ele

volvida no país e no mundo, ele

decidiu firmar a carreira. “Existe

discute a seguir. abril.2016/110


OMU: Quais as principais tendências do universo lo-

com benefícios para a cadeia como um todo. O pla-

gístico nos dias de hoje?

nejamento, implementação e controle da Logística

REIS: As principais tendências da logística passam

Reversa, que pode beneficiar empresas de qual-

pela racionalização dos processos, buscando o ba-

quer área, porte, produtos, serviços e localização

lanceamento adequado entre custos e nível de ser-

geográfica, tem um novo estímulo trazido pela Lei

viço oferecido de forma a aumentar a competitivi-

Nº 12.305 de 02/09/10, que institui a Política Na-

dade. Esses dois fatores se contrapõem, pois níveis

cional de Resíduos Sólidos e cria obrigações para

de serviço crescentes tendem a aumentar custos e

todas as organizações. A centralização de estoques

vice-versa. Além disso, há uma preocupação com

permite reduzi-los e, portanto, seus custos, mas é

a redução das emissões de carbono, especialmen-

necessário um planejamento coerente para que o

te nos transportes, através de veículos com menor

nível de serviço pretendido não seja prejudicado

emissão, melhor aproveitamento dos veículos via

pois centralizar estoques pode causar um afasta-

consolidação de cargas e, portanto, redução do nú-

mento dos mercados.

mero de viagens e dos quilômetros percorridos. Racionalização das redes logísticas compostas por

OMU: Qual a importância da logística bem planejada

fábricas, centros de distribuição e transportes, vi-

e eficiente nesse momento de crise que tanto impac-

sando a melhorar o nível de serviço e reduzir custos.

ta as empresas? REIS: No dia a dia, com ou sem crise, a logística

OMU: E as principais demandas e expectativas da

bem planejada e eficiente é estrategicamente impor-

cadeia de suprimentos? Redução de custos? Cen-

tante para as organizações porque permite reduzir

tralização de estoques? Logística reversa?

custos e agregar valor ao que se oferece ao mercado,

REIS: Melhoria dos processos de previsão de de-

dois temas que se caracterizam por serem instru-

manda, sendo hoje, cada vez mais frequente, o uso

mentos importantes para a diferenciação entre con-

do S&OP (Sales and Operations Planning), que per-

correntes. A logística agrega, especialmente, valor

mite um melhor balanceamento entre a oferta e a

intangível associado à disponibilização de bens e

demanda e melhor gestão dos estoques, reduzindo

serviços, tanto de insumos para a produção, quanto

seus custos, faltas e excessos. Outra demanda é o

de atendimento ao mercado.

melhor relacionamento da Cadeia de Suprimento, visando estabelecer um processo de colaboração

abril.2016/110

o mundo da usinagem

17


entrevista OMU: Como o senhor resumiria o estágio da logísti-

que dependem de iniciativas próprias; além de di-

ca praticada no Brasil atualmente?

ficuldades com a insuficiência de infraestrutura lo-

REIS: Existem no Brasil organizações que praticam

gística, burocracia, legislação, corrupção...

uma logística eficiente e eficaz, mas a grande maioria das organizações tem ainda dificuldades no entendi-

OMU: E em termos de capacitação de mão de obra

mento da importância da gestão logística adequada e

qualificada para esse setor? Os profissionais estão

dos conhecimentos necessários para isso. Além disso,

preparados para as demandas que se renovam todo

há uma falta crítica de profissionais capacitados/treina-

o tempo?

dos e a baixa qualidade/inexistência de infraestrutura

REIS: Há honrosas exceções, mas, também, a falta

logística (estradas, ferrovias, hidrovias, portos, arma-

de conhecimento e de empenho das organizações

zéns,...) adequada dificulta e encarece sobremaneira as

na formação dos profissionais causa sérias dificul-

operações logísticas. Outros fatores que dificultam são

dades para os profissionais adequarem seus conhe-

burocracia, legislação perversa, corrupção, etc.

cimentos e técnicas frente à crescente dinâmica dos mercados na atualidade.

OMU: Pode comparar a logística no Brasil com os OMU: O que difere uma empresa que investe na área

demais países do globo? REIS: A comparação com os demais países do globo

de logística de seus concorrentes?

seria complicado. No entanto, é possível dizer que com-

REIS: Reforço que é a capacidade de reduzir custos,

parada a logística de países desenvolvidos e emergen-

permitindo a prática de preços competitivos, e a capa-

tes, o Brasil, apesar de ser uma das maiores economias

cidade de agregar valor associado à disponibilização

do mundo, tem deficiências expressivas associadas a

— dois fatores de grande importância na diferencia-

uma insuficiência crônica de infraestrutura logística

ção da concorrência. Algumas organizações possuem

(ferrovias, portos, rodovias, sistemas de armazena-

processos logísticos avançados, o que certamente lhes

gem...), que nos coloca em desvantagem

confere um diferencial competitivo.

em termos de custos e tempos logístiOMU: Nesse momento de nasci-

cos. Há alguns outros aspectos que

mento da Indústria 4.0, em que

prejudicam os processos logísticos como burocracia, legislação perversa que possibilita uma guerra fiscal geradora de custos para o país, embora reduza custos para os envolvidos. OMU: Quais são os principais desafios para as empresas de modo

Há poucos profissionais especializados em logística e supply chain management, áreas importantes para a competitividade das empresas

geral e para o Brasil em especial? REIS: Os grandes desafios para as organizações brasileiras poderem praticar uma

todos os processos estarão conectados e as máquinas serão inteligentes e capazes de tomar decisões, como caminhará a logística no sentido de acompanhar as novas e crescentes necessidades? REIS: Deve, claramente, haver uma preocupação das organizações

e profissionais com a visualização das necessidades da logística e inovar, para poder

logística adequada giram, principalmente, em torno

acompanhar a evolução tecnológica e, mais uma

de o gestor não entender a importância desse setor

vez, aqueles que saírem na frente terão a vantagem

para o negócio, como já foi citado, e passam por

competitiva. Isso logicamente exige cada vez mais

falta de conhecimento/competência/treinamento,

conhecimento, curiosidade e criatividade.

18

o mundo da usinagem

abril.2016/110


OMU: Qual segmento da logística é hoje mais beneficiado pela alta tecnologia?

As abordagens da FGV

REIS: Os processos que ocorrem em centros de dis-

A FGV tem atualmente os seguintes cursos

tribuição (CDs) e no rastreamento de cargas são os

dedicados à logística e supply chain manage-

que mais se beneficiam do desenvolvimento tecno-

ment, coordenados pelo professor Reis:

lógico, incluindo o controle/alocação/recuperação

Empresarial do PEC - Programa 1. Logística de Educação Continuada, curso semestral,

de cargas em CDs, separação de pedidos de clientes, gestão de estoques e geração e envio/recebimento de documentos e informações. OMU: Que aspectos essenciais um projeto eficiente

com 60 horas, que busca dar uma visão abrangente do que é logística e supply chain management;

REIS: Um projeto logístico adequado deve buscar

em Logística e Supply Chain, com 2. Master 516 horas, cujo objetivo é proporcionar aos

o balanceamento entre o nível de serviço oferecido

participantes um conhecimento abran-

e os custos envolvidos, de forma a obter-se o me-

gente e estruturado sobre o conjunto dos

lhor desempenho em cada caso particular. O nível

temas necessários à atuação nessas áreas,

de serviço expressa a porcentagem da meta atingida

permitindo o desenvolvimento de capaci-

pelo sistema logístico. Por exemplo, a porcentagem

dades gerenciais e operacionais efetivas,

de pedidos entregues completos frente à quanti-

dentro do atual contexto de evolução do

dade total de pedidos ou a quantidade de pedidos

Brasil e dos mercados em geral.

de logística precisa contemplar?

entregues dentro do tempo previsto frente ao total de pedidos. De maneira geral, pode-se afirmar que quanto maior o nível de serviço, maior o custo. Assim, o balanceamento entre nível de serviço e custo está associado à viabilidade da operação em termos de competitividade. OMU: Que mensagem o senhor daria para os empre-

Profissional em Gestão, da 3. Mestrado Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). É novo e terá cinco linhas de pesquisa, sendo uma delas Gestão Estratégica de Supply Chain, com foco na competitividade.

sários brasileiros? REIS: A logística é um instrumento de grande importância para a diferenciação competitiva entre empresas que oferecem produtos similares no mercado, pois permite agregar valor intangível ao produto, através da disponibilidade e da racionalização de custos —dois fatores críticos para a competitividade. Investimentos racionais em logística tendem a melhorar a posição competitiva das organizações e para atingir este objetivo são necessários profissionais com formação adequada, planejamento cuidadoso dos aspectos logísticos da cadeia de

Com ou sem crise, a logística bem planejada e eficiente permite reduzir custos e agregar valor ao que se oferece ao mercado

abastecimento e investimento em sistemas físicos e informacionais muito bem concebidos. abril.2016/110

o mundo da usinagem

19


negócios da indústria 1

Vitrine metalmecânica Duas importantes feiras estão para acontecer e agitar o mercado com lançamentos e novos negócios Inês Pereira

té o fechamento desta

A

Está prevista a mobilização

prios números. Para isso, atra-

edição, o país segue no

dos empresários e gestores, enge-

ções especiais não faltarão para

compasso de espera. Os

nheiros, compradores, distribui-

conquistar visitantes e potenciais

rumos da política, por ora inde-

dores, pesquisadores, estudantes

compradores. A cereja do bolo

finidos, deixam reflexos em to-

e centros de formação em maio.

da Feira da Mecânica será a Área

dos os setores da economia. Mas,

Além das esperadas novidades

de Inovação, espaço de 4 mil m²

enquanto o cenário nacional se

tecnológicas, outra novidade é a

dentro da feira, que apresentará

movimenta em slow motion, as

chegada anunciada, desde abril

as mais recentes tecnologias e

promotoras

Exhibitions

do ano passado, da Feimec. A

produtos que estão revolucio-

Alcantara Machado e Informa

feira é estreante, porém já nasce

nando o sistema produtivo em

Exhibitions atuam com agilidade.

com lastro. “Há décadas, a Abi-

todo o mundo. A curadoria do

Cumprem cronogramas aperta-

maq (Associação Brasileira da In-

projeto é do empresário Ennio

dos para a finalização dos prepa-

dústria de Máquinas e Ferramen-

Crispino, ex-presidente e atual

rativos de suas respectivas feiras

tas) sonha em ter suas próprias

consultor de Inovação Industrial

—a 31ª Feira Internacional da Me-

feiras. Estamos conseguindo co-

da Associação Brasileira dos Im-

cânica 2016, que acontecerá entre

locar esse projeto de pé e fazendo

portadores de Máquinas e Equi-

17 e 21 de maio; e a primeira edi-

história”, celebrou Carlos Pasto-

pamentos Industriais (Abimei).

ção da Feimec 2016, Feira Interna-

riza, presidente do Conselho de

“Queremos que o visitante

cional de Máquinas e Equipamen-

Administração da entidade, du-

comprador encontre com faci-

tos, que acontecerá dias antes, de

rante o anúncio ao mercado.

lidade as novidades dentro do

Reed

3 a 7 de maio. Os players do setor metalmecânico certamente reser-

Pavilhão do Anhembi. DividireAtrações da Mecânica

mos a área em ilhas com as dife-

varam dias para visitar as feiras,

Os números que fecharam

rentes tecnologias selecionadas,

conhecer as novidades tecnológi-

o ano passado ainda ecoam na

como os centros de torneamento

cas, os lançamentos, trocar cartões

memória da indústria. À parte a

CNC, centros de usinagem, equi-

e fazer contatos, assistir às pales-

onda de cautela e algo pessimis-

pamentos de eletroerosão, corte

tras e participar de workshops. E,

ta, as feiras pretendem reverter

e conformação, máquinas de re-

claro, fazer negócios.

os ânimos produzindo seus pró-

tificação e afiação, prototipagem

20

o mundo da usinagem

abril.2016/110


São Paulo, principal capital de negócios do país, será sede dos eventos

rápida e impressão 3D”, explica

vidade, mais empresas e empreen-

do: “Tecnologia, conectividade e

Crispino. Ele ainda adianta que,

dedores possam encontrar as tec-

manufatura – uma nova revolu-

dentro da Área de Inovação, o

nologias que desejam para reduzir

ção industrial”; “Como a Indús-

público poderá participar de

custos e aumentar a produtivida-

tria 4.0 transformará o conceito de

workshops diários e gratuitos, com

de em suas companhias.”

produtividade na indústria e os

apresentações de 15 a 20 minutos

O tema Inovação não fica-

caminhos para a implementação

com especialistas das empresas

rá restrito às demonstrações. Os

no Brasil”; “Uma nova geração

selecionadas para o espaço.

visitantes da Mecânica poderão

de fábricas inteligentes e os no-

Para o vice-presidente da Reed

acompanhar o Fórum Mecânica

vos paradigmas dos processos e

Exhibitions Alcantara Machado,

Indústria 4.0, com o apoio da Har-

da eficiência” e “Como preparar a

Paulo Octávio Pereira de Almeida,

vard Business Review e conteúdo

sua empresa para a digitalização e

a iniciativa é inédita: “Esse novo

de parceiros como as consultorias

Indústria 4.0”.

projeto que trazemos para a Mecâ-

Boston Consulting Group, Roland

nica nasceu de uma pesquisa que

Berger e Ernst Young. O Fórum

fizemos com mais de 400 compra-

trará questões importantes à luz

Uma linha de produção in-

dores e formadores de opinião, e

da discussão e da reflexão. A cada

teligente será uma exclusivida-

esperamos que, a partir dessa no-

dia, um grande tema será debati-

de da Feimec. Durante os cinco

abril.2016/110

Novidades da Feimec

o mundo da usinagem

21


negócios da indústria 1 Divulgação

dias da feira, a fábrica inteligente produzirá cerca de 250 unidades customizadas de um acessório para escritório que une as funcionalidades de um porta-lápis e um porta-celular. Convidados, parceiros das empresas participantes, empresários, engenheiros, técnicos e outros visitantes da feira receberão um QR-Code via e-mail, que será lido a partir da tela do seu smartphone no iní-

Organizadores da Feimec conferem o novo espaço da feira

cio da linha de produção montada no pavilhão. Em seguida, o

desenvolvido pela Abimaq, en-

impacto direto no presente e

“cliente” seleciona suas preferên-

volveu mais de 20 empresas e en-

futuro da indústria de bens de

cias em relação às cores e à dispo-

tidades ligadas a diversos setores,

capital: Manufatura Avançada;

sição dos lápis no acessório. Ele

entre eles, automação e controle,

Eficiência Energética ISO 50001

não precisa informar o modelo

robótica, mecatrônica, comunica-

—Gestão de Energia; Óleo e Gás;

de seu smartphone para definir

ção e internet (internet das coi-

e Energia Eólica no Brasil. Além

a largura do suporte, pois o sis-

sas), virtualização (virtual twin/

disso, a feira abrigará a Arena

tema faz essa identificação au-

comissionamento virtual). Para

Técnica— um espaço para capa-

tomaticamente no momento da

viabilizar a Manufatura Avança-

citação e atualização profissio-

leitura do QR-Code.

da, a Abimaq firmou parcerias e

nal, em que os visitantes pode-

A fábrica inteligente vai ocu-

buscou o patrocínio do Banco Na-

rão conhecer de perto conceitos

par uma área de 300 metros

cional de Desenvolvimento Eco-

técnicos e práticos da indústria.

quadrados do pavilhão, onde os

nômico e Social (BNDES).

Entre os temas abordados, estão

visitantes poderão acompanhar

Já o conteúdo técnico da Fei-

automação, controle e medi-

ao vivo todos os detalhes do pro-

mec inclui quatro grandes se-

ção, tecnologias em máquinas-

cesso de produção. O projeto foi

minários sobre temas que têm

ferramenta, fundição e forjaria, movimentação e armazenagem,

Divulgação

entre outros. Para reforçar a chegada da nova feira, a Informa Exhibitions lançou no mercado o canal de conteúdo A Voz da Indústria — um espaço destinado aos profissionais do setor com conteúdo exclusivo, inédito e focado na indústria brasileira de máquinas e equipamentos. O visitante poderá não só acompanhar, mas tamApresentação do projeto da Feira da Mecânica aos expositores 22

o mundo da usinagem

bém fazer parte das reportagens, abril.2016/110



negócios da indústria 1 artigos, entrevistas e matérias

recebeu investimento de R$ 300

especiais em formato de e-books,

milhões para total remodelação

Um dos principais esforços

whitepapers, infográficos e artigos

do projeto, que inclui constru-

para movimentar a feira é a Ro-

técnicos de institutos parceiros,

ção de centro de convenções e

dada Internacional de Negócios

do Brasil e exterior. [http://fei-

pavilhão, reforma dos pavilhões

— evento em que fabricantes na-

mec.com.br/a-voz-da-industria]

existentes e mais de 5 mil vagas

cionais de máquinas e comprado-

de estacionamento.

res estrangeiros de equipamen-

Expectativa de negócios

América Latina.

Ao criar o projeto da feira, a

tos previamente selecionados se

A Feira da Mecânica 2016

Abimaq optou pela contratação

encontram. A iniciativa vem da

aposta na tradição de seus 57

da BTS Informa, integrante do

ApexBrasil, da Abimaq e do Pro-

anos de atuação neste mercado.

conhecido Informa Group com

grama Machinery Solutions Brasil

Na edição desse ano, contará

sede em Londres e 100 escritórios

(BMS), resultado de uma parceria

com a participação de mais de

em 40 países, e uma das mais im-

entre as duas entidades, desen-

2.100 marcas nacionais e interna-

portantes promotoras de feiras

volvido para promover as expor-

cionais. Os organizadores, Reed

de negócios no Brasil. Detentora

tações brasileiras e fortalecer a

Exhibitions Alcantara Machado,

de um portfólio diversificado, a

imagem do país para a indústria

preveem a presença de 100.000

BTS atua em variados setores da

do mundo. O evento reunirá com-

visitantes altamente qualificados.

economia, com marcas que são

pradores de vários continentes e

Eles circularão por uma área de

referência em seus mercados de

acontecerá nos dias 4 e 5 de maio.

85.000 m² de exposição, no Pavi-

atuação. É a principal promotora

Com duração de 30 minutos, os

lhão de Exposições do Anhembi.

de eventos para a cadeia produ-

encontros serão realizados em es-

Em sua última edição, em 2014,

tiva de alimentos e bebidas da

paço específico para essa ação.

a Mecânica atraiu representantes de quase 50 países ao redor do globo. Obteve 98% de satisfação de visitantes e expositores, com base em uma pesquisa aplicada durante a feira. No ano passado, as feiras da Reed no Brasil gera-

Serviço FEIRA INTERNACIONAL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - FEIMEC 2016

ram mais de R$ 3 bilhões em re-

• Data: 3 e 7 de maio de 2016

sultados de negócios para expo-

• Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (Rodovia

sitores e totalizaram mais de 1,2

dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo-SP)

milhão de visitantes.

• www.feimec.com.br

Na estreante Feimec, os participantes poderão interagir e

31ª FEIRA INTERNACIONAL DA MECÂNICA 2016

fazer negócios com um total de

• Data: 17 a 21 de maio de 2016

300 expositores, que represen-

• Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (Avenida Olavo

tam 500 marcas. O endereço da

Fontoura, 1209, São Paulo-SP)

feira também é novo: o São Paulo Expo Exhibition & Conven-

• www.mecanica.com.br

tion Center. O local, projetado para receber grandes eventos, 24

o mundo da usinagem

abril.2016/110


educação e tecnologia

Pós-graduação

inovadora

A demanda por profissionais capacitados a enfrentar os desafios do mercado global e da nova era industrial aponta para a academia Por Inês Pereira

s transformações do mer-

A

“Tecnologia e inovação estão

cado global, a necessida-

por todos os lados. Hoje em dia,

de constante de inovar

quem não se aprimora e não se

— ao mesmo tempo, cortar cus-

reinventa perde espaço no merca-

tos —, a busca por um modelo de

do de trabalho”, constata o profes-

negócios sustentável na acepção

sor Julio Lucchi, coordenador de

mais ampla da palavra, a urgên-

Pós-Graduação do Instituto Mauá

cia da capacitação de mão de

de Tecnologia. Opinião comparti-

obra que acompanhe a evolução

lhada com o especialista em Recur-

tecnológica. A lista de variáveis é

sos Humanos, Sílvio Celestino,

grande. Lidar com todas elas exi-

conselheiro da Associação Brasilei-

ge mudanças no perfil de quem

ra de Recursos Humanos (ABRH

está à frente da corporação. Este

– SP), onde coordena o grupo de

verdadeiro ‘super gestor’, com

estudos de Gestão de Cultura Or-

olhar sensível sobre os movi-

ganizacional: “Um profissional

mentos e as tendências do mun-

especializado em filmes fotográ-

do, e que domina as ferramen-

ficos na década de 1980 que não

tas de condução dos projetos de

tenha inovado em sua maneira de

inovação, é uma joia rara e cada

pensar a fotografia, hoje, provavel-

vez mais garimpada. Questão de

mente, está em outro mercado, ou

sobrevivência para as empresas.

passando por muitas dificuldades.

Para a academia, um desafio,

Portanto, inovar e adaptar-se não

afinal, das salas de aula deverão

são apenas uma alternativa, mas

sair os novos profissionais, com

a única maneira de desenvolver

todas as competências exigidas

suas habilidades profissionais e

pelo mercado.

sua carreira”, diz Celestino.

abril.2016/110

Divulgação

Divulgação

o mundo da usinagem

25


educação e tecnologia O termo inovação nunca foi tão perseguido pelo mundo corporativo. Inovar é, em última análise, um trunfo sobre a concorrência crescente e acirrada. “Um indivíduo que não se forçar a pensar sobre o futuro, sobre os avanços da ciência e como eles impactarão o mundo em que sua carreira se desenvolverá daqui a cinco, dez anos, ou mais, está fadado ao fracasso. Portanto, toda iniciativa que coloque o indivíduo para pensar em como ser permanentemente inovador é fundamental para criar os alicerces de sua prosperidade de maneira constante e consistente”, analisa Celestino. Ele enumera livros, cursos, professores, mentores e coaches como exemplos de recursos que todo profissional deveria ter em mente quando o assunto é pensar fora da caixa, inovar e adaptar-se ao mundo do futuro. “Afinal é lá que sua carreira e sua vida ocorrerão”, resume. vidades práticas, os alunos terão

ceitos de produtos, aptos a lidar

contato real com as diversas tec-

com as tecnologias que as em-

“Para dar essa base de inova-

nologias que estão no mercado,

presas trabalham e a dominar as

ção, resolvemos criar um curso

contemplando aspectos relevan-

práticas e os fundamentos dessas

para atender uma demanda que

tes para o desenvolvimento de

tecnologias”, afirma.

todas as áreas do mercado de

produtos inovadores, que incor-

trabalho exigem dos profissio-

poram novas tecnologias”.

Aprimoramento

A pós é destinada aos profissionais graduados em qualquer área,

nais”, explica o professor Lucchi,

Além da prática, o curso do

mas que atuam ou desejam atuar

do Instituto Mauá. Com início da

Instituto Mauá abordará também

com inovação desenvolvendo no-

primeira turma, marcado para

os aspectos teóricos dessas tec-

vos produtos. O conteúdo aborda

agosto, Novas Tecnologias para

nologias, para permitir futuros

tecnologias ligadas à internet, ele-

Inovação é uma pós-graduação

aprofundamentos. A estrutura

trônica, computação e mecânica,

feita sob medida para o mercado

é voltada para as atuais necessi-

consideradas fundamentais para

que vem sendo moldado pelas

dades do mercado. “Os alunos

o desenvolvimento de produtos

transformações. “Por meio de ati-

estarão engajados nos novos con-

e processos inovadores, que esta-

26

o mundo da usinagem

abril.2016/110


Inovação global Em um contexto mais amplo, o Brasil está longe de ter expressão como país inovador. Na lista das economias mais inovadoras do mundo do The Global Innovation Index 2015, que ranqueou 143 países, ele ocupa a 61ª posição, caindo para o 71º no cálculo de proporção de eficiência — as dez primeiras da lista são Suíça, Reino Unido, Suécia, Finlândia, Holanda, Estados Unidos, Cingapura, Dinamarca, Luxemburgo e Hong Kong. Entretanto, vale ressaltar que, apesar da crise atual, o Brasil tem boas perspectivas de desenvolvimento de projetos de inovação e chances de “subir alguns degraus” nessa colocação. Em janeiro, foi sancionada a lei 13.243, conhecida como Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, cujo objetivo é simplificar e estimular o desenvolvimento científico, a pesquisa, a

Ficha técnica • Curso: Novas Tecnologias para Inovação | Instituto Mauá de Tecnologia • Duração: 10 meses (224 horas) • Início: Agosto/2016 • Horário: das 19h às 22h30 • Local: Campus São Caetano do Sul • Mais informações: posgraduacao@maua.br

abril.2016/110

capacitação científica e tecnológica e a inovação no país. rão presentes no nosso dia a dia

Um dos aspectos mais impor-

por muito tempo. Destacam-se na

tantes da lei é reduzir a distância

grade curricular: visão computa-

entre a academia e o setor privado

cional, prototipagem (impressão

e incentivar o trabalho conjunto.

3D), internet das coisas, disposi-

Na prática, os professores em re-

tivos móveis, interfaces homem-

gime de dedicação integral podem

-máquina avançadas, realidade

desenvolver pesquisas dentro de

aumentada e virtual, veículos

empresas; ao mesmo tempo, la-

autônomos aéreos (drones) e inte-

boratórios universitários podem

ligência artificial. Para os organi-

ser usados pela indústria para o

zadores, essas tecnologias podem

desenvolvimento de novas tecno-

ser unidas e agregadas para criar

logias. Entre setores que estão no

novos produtos com potencial de

radar do Marco Legal estão biotec-

revolucionar um dado mercado,

nologia, energia limpa, fármacos,

ou mesmo a sociedade.

nanotecnologia e aeroespacial. o mundo da usinagem

27


conhecendo um pouco mais

Esporte

vencedor Todos lucram com a Lei de Incentivo: os projetos contemplados e as empresas, que ganham em imagem e vantagens fiscais Por Inês Pereira

O

esporte cresceu na agen-

uma cota de seus lucros à realiza-

áreas da empresa”, resume Sonia

da do país. Às vésperas

ção de projetos na área esportiva.

Fernandes, gerente Comercial da

da realização da Olimpí-

Nos mesmos moldes da Lei

Norte Marketing Esportivo, em

ada 2016, quando o Rio de Janei-

Rouanet, voltada para a Cultu-

São Paulo. “Para dar uma ideia,

ro receberá 10.500 atletas de 206

ra, a Lei de Incentivo ao Esporte

de 10 empresas patrocinadoras,

países, que disputarão 306 provas

(LIE) foi criada em 2006 e entrou

apenas uma utiliza a Lei. Ao con-

em 42 esportes, o tema é decanta-

em vigor em 2007. Os números

trário, de 10 patrocinadores, ape-

do na ótica de torcedores e apre-

mostram um volume razoável de

nas um não utiliza os recursos

ciadores, jornalistas e observado-

empresas voltadas ao patrocínio

fiscais”, acrescenta. Para conhecer

res, atletas e profissionais da área

de projetos esportivos (Veja box à

todas as possibilidades e fazer o

esportiva e da saúde, organizado-

pág. 31), mas se considerarmos o

melhor uso delas, é necessário

res, autoridades e inúmeras ativi-

potencial somente no Estado de

que as várias áreas da empresa

dades afins. Independentemente

São Paulo, sem falar nas outras

se envolvam no processo. Sonia

dos refletores sobre os jogos olím-

regiões, ainda há muito por fazer

enumera: “Não só Marketing e

picos, já há algum tempo, nossos

e desenvolver nessa área. Falta in-

Comunicação, mas também RH,

atletas e suas equipes estão no

formação. “Existe uma ausência

Financeiro, Jurídico e Fiscal de-

escopo de empresas que dedicam

de comunicação interna entre as

vem participar e saber que estar

28

o mundo da usinagem

abril.2016/110


presente no circuito esportivo dá

dá às indústrias uma oportuni-

seu IRPJ devido sujeito à alíquota

grande visibilidade às marcas.

dade ótima”, afirmou Mario Eu-

de 15%), a título de patrocínio ou

Sem falar que o budget de marke-

genio Frugiuele, coordenador do

doação, para projetos esportivos

ting está cada vez mais enxuto, o

Comitê da Cadeia Produtiva do

ou paradesportivos que tenham

que torna essa ação estratégica”.

Desporto (Code). Ele acrescentou:

sido previamente aprovados pelo

Nesse momento propício, em

“A lei fecha um ciclo. O dinheiro

Ministério do Esporte”, explica a

que a mídia alterna a crise do país

que iria para impostos, naquela

advogada Maria Angélica de Sou-

com o universo das pistas de atle-

via-crúcis orçamentária, retorna

za Dias Ribeiro, especialista em

tismo, das piscinas, de quadras

para a indústria. É uma situação

Direito Tributário do escritório

e campos, ringues e tablados, o

ganha-ganha, que precisa ser ex-

Porto Lauand Advogados. (Veja

tema Esporte chegou ao auditó-

plorada. A Copa do Mundo e a

box Como funciona, à pág. 30) “Não

rio da Federação das Indústrias

Olimpíada ligaram um alerta em

é um processo muito burocrático.

do estado de São Paulo (Fiesp) e

relação ao esporte e isso não pode

Mas é importante que haja uma

da Confederação das Indústrias

se perder. Queremos que se man-

análise prévia do projeto espor-

de São Paulo (Ciesp). As enti-

tenha e seja aprimorado.”

tivo a ser beneficiado com o pa-

dades fecharam o ano trazendo para uma plateia de gestores in-

trocínio ou a doação, e também Time de empresas

uma análise fiscal da situação da

formações sobre regras, benefí-

Todas as empresas que apu-

cios e experiências de empresas

ram o IRPJ pelo lucro real, poden-

para verificar a possibilidade e o

durante o workshop Investimentos

do ser pequenas, médias e gran-

valor a ser destinado” aconselha.

em Projetos Desportivos – Leis de

des, podem lançar mão da LIE.

A iniciativa, sem dúvida, é um

Incentivo ao Esporte. “A situação

“A empresa, ao invés de recolher

incentivo ao desenvolvimento do

do esporte, com a renúncia fiscal

o IRPJ aos cofres públicos, pode

esporte no país. “Além disso, a

de diferentes níveis de governo,

direcionar parte dele (até 1% do

lei permite ao contribuinte dire-

empresa

patrocinadora/doador

Por dentro da lei • Pela Lei de Incentivo ao Esporte, as empresas

tado. O Ministério do Esporte encaminha o reci-

podem investir parte do que pagariam de Impos-

bo à Receita Federal, que abate o valor repassado

to de Renda para financiar projetos nas manifes-

do Imposto de Renda da empresa. [Pessoa física

tações esportivas de participação, rendimento

pode investir até 6% do imposto devido]

ou educacional. Só são beneficiados os projetos

• A empresa ainda pode acumular os benefícios

aprovados pelo Ministério do Esporte. A lista

da Lei de Incentivo ao Esporte com os de outros

está publicada no Diário Oficial da União e no

dispositivos legais de renúncia fiscal do Estado.

site http://migre.me/tc9zY

• A LIE proíbe compra de publicidade, paga-

• Só podem patrocinar ou doar empresas que ti-

mento de salários a atletas profissionais, projetos

verem lucro real;

que beneficiem diretamente parentes do empre-

• A empresa poderá investir até 1% do imposto

sário, projetos que envolvam pagamento de taxa

devido diretamente na conta bloqueada do pro-

de participação ou que tenham apenas o nome

ponente, que emitirá um recibo do valor deposi-

do patrocinador.

abril.2016/110

o mundo da usinagem

29


conhecendo um pouco mais

Versões estaduais AP

RR

AM

CE

MA

MG

PB

PI

PE

AC

SÃO PAULO

AL

TO

RO

RN

SE

BA

MT

COMO FUNCIONA? GO

Abatimento de 100% do valor incentivado até o limite de 3% do ICMS devido pela pes-

MG

MS

ES

soa jurídica. Exemplo: Se uma empresa paga R$ 5 mi-

SP

lhões de ICMS por mês ao governo, poderá destinar R$ 150 mil mensais para

RJ

PR

patrocínio de projeto esportivo, obtendo SC

as contrapartidas de exposição de um patrocínio normal. RS

RIO GRANDE DO SUL COMO FUNCIONA? Abatimento de 100% do valor incentivado de acordo com tabela do ICMS devido. (alíquotas flutuam entre 3% e 20%). O patrocinador fica condicionado a realizar doação

RIO DE JANEIRO

dos 25% do valor incentivado ao fundo es-

COMO FUNCIONA?

tadual do Esporte.

Abatimento de 100% do valor incentivado até

Exemplo: Se uma empresa paga R$ 150 mil

o limite de 4% do ICMS a recolher pela pessoa

por mês de ICMS ao governo do Estado,

jurídica. Para se utilizar da lei, a empresa pre-

poderá destinar e apropriar até R$ 10 mil

cisa contribuir com 20% do valor pleiteado.

mensalmente no patrocínio de eventos.pa-

Exemplo: Para um projeto de R$ 270 mil,

trocínio de projeto esportivo, obtendo as

tem-se a renúncia fiscal de R$ 225 mil, sen-

contrapartidas de exposição de um patro-

do que R$ 45 mil (20%) deverão ser de re-

cínio normal.

cursos próprios.

Fonte: Norte Marketing Esportivo

30

o mundo da usinagem

abril.2016/110


cionar parte da sua arrecadação a

A Companhia Paulista de For-

Mazzilli. A Orcampi enviou três

ça e Luz (CPFL) já tinha experiên-

atletas para Londres e já tem cinco

Mário José Rodrigues Palma,

cia nos patrocínios com uso de leis

classificados para o Rio de Janeiro.

coordenador geral do Departa-

de incentivo e decidiu seguir ca-

“Além do desconto no IR, ainda há

mento de Incentivo Fiscal ao Es-

minho semelhante com o esporte.

o ICMS, que representa valor mui-

porte do Ministério do Esporte,

Parte dos recursos foi alocada para

to maior para a CPFL”.

reforçou em sua apresentação na

a categoria Rendimento e parte,

Ricardo Gomes dos Santos,

sede da Fiesp: “A iniciativa vai

para a Participação. “A ideia era

analista de Marketing Esportivo

muito além do apoio financeiro

criar uma forma de manter a ima-

da Vivo, concorda com o execu-

em si. As empresas tratam como

gem positiva da empresa”, conta

tivo da CPFL: “Vale a pena, sim,

joia rara o incentivo ao esporte,

Mario Mazzilli, diretor de Cultura

investir”, diz, informando que a

pois o patrocínio também repre-

da CPFL, que investe há 13 anos

empresa patrocina futebol e tê-

senta apoio a políticas sociais e

em projetos culturais e há cinco

nis; e usa ao máximo possível os

de responsabilidade social.”

em esporte usando leis de incenti-

recursos disponíveis de renúncia

São três categorias de proje-

vo. No esporte, a empresa já patro-

fiscal. Mesmo caso da Aché Labo-

tos: Educacional, Rendimento e

cinou a equipe olímpica de vela,

ratórios, cuja evolução dos apor-

Participação.

Educacional,

mas se encontrou no patrocínio

tes agora chega a cerca de R$ 3

pelo menos metade das crianças

de uma corrida de rua noturna em

milhões, por ano, nas leis estadual

e adolescentes participantes têm

Campinas, cidade onde fica a sede

e federal. “A Aché começou com

que ser alunos da Rede Pública.

da CPFL. “Hoje, concentramos es-

um projeto e agora escolhe vários.

A categoria Participação aceita

forços no atletismo, por meio da

Estamos ganhando traquejo para

projetos de prática esportiva sem

Orcampi — equipe de atletismo

diversificar”, conta Marcia Tedes-

a intenção de competir — dife-

da cidade, que recebe e forma atle-

co Dal Secco, gerente de Comuni-

rentemente da categoria de Ren-

tas de todo o país—, que também

cação e Responsabilidade Social.

dimento. “Corrida de rua é a mo-

mantém um trabalho social impor-

dalidade que mais capta, seguida

tante com crianças de baixa renda

pelo futebol.”

na iniciação esportiva”, informa

projetos que acredite.”

Na

Conteúdo extra no site www.omundodausinagem.com.br

O tamanho do investimento Em 2011, 1.503 empresas investiram em espor-

lhões), o dobro de 2009 (R$ 110,8 milhões) e 331%

te fazendo uso da LIE — mais que o dobro de 2009

a mais que o primeiro ano, 2007 (R$ 50,9 milhões).

(645). O número de entidades que apresentam

Em 2012, pela primeira vez, desde a vigência

projetos e conseguem captar os recursos disponi-

da LIE, o número de contribuições individuais

bilizados pela Lei de Incentivo duplicou nos últi-

superou o de pessoas jurídicas: 1.077 empresas

mos dois anos. Em 2011, foram 349; 172 em 2009; e

incentivaram projetos esportivos, enquanto 1.090

12 em 2007. Desde que entrou em vigor, em 2007, a

pessoas físicas usaram a lei para fazer doações.

Lei de Incentivo ao Esporte já destinou R$ 650 mi-

No total, R$ 4,3 milhões utilizados para financiar

lhões a 1.852 projetos. Só em 2011, foram R$ 219,5

projetos esportivos foram captados por meio de

milhões, 20% a mais que em 2010 (R$ 191,9 mi-

investimentos de pessoas físicas.

Fonte: Ministério do Esporte

abril.2016/110

o mundo da usinagem

31


negócios da indústria 2

Inovação para tempos de crise

Empresas que desejam sobreviver devem incluir os projetos inovadores na agenda estratégica da gestão Por Hugo Ferreira Braga Tadeu*

N

ão há dúvida de que o tema do momento é inovação. Diversos são os

especialistas

em

criatividade,

cultura, processos, novos produtos, tecnologia, big data entre tantos outros. Da mesma forma, o assunto está na moda, desde diversos anúncios de televisão, aos principais artigos de jornais utilizando esta palavra. No entanto, estudos do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC) sugerem que existe um claro distanciamento entre a inovação, a agenda dos presidentes de empresas, o retorno sobre o investimento e a relação com tempos de crise. 32

o mundo da usinagem

abril.2016/110


Enquanto, no Brasil, muito

ciclos de crescimento e o surgi-

ainda se discute sobre inovação e

mento de novos negócios têm se

seus avanços tecnológicos vincu-

acelerado consideravelmente.

lados às atividades de pesquisa

Recentemente, o economista

e desenvolvimento, já é possível

e professor emérito da Princeton

perceber diversos estudos em

University, nos Estados Unidos,

estágio avançado nas principais

José Alexandre Scheinkman, pu-

universidades americanas quanto

blicou um interessante livro. Seu

a inovar, riscos possíveis e retorno

título é “Speculation, Trading

financeiro. Destacam-se os proje-

and Bubles (2014)”, em que cor-

tos de pesquisa da Columbia Uni-

relações entre bolhas financeiras

versity, nos Estados Unidos, em

e grandes inovações são percebi-

que professores vêm desenvol-

das. Avançando um pouco mais

vendo técnicas avançadas de ges-

no livro e em outras pesquisas,

tão de riscos e projetos de inova-

as empresas que prosperaram

ção. A inovação é percebida como

foram aquelas que perceberam

um risco e, como tanto, o mesmo

os avanços tecnológicos e conse-

deve ser reduzido para garantir

guiram analisar adequadamente

sobrevivência empresarial.

o custo de capital, investimentos,

Nesse sentido, é preciso avan-

retorno e estratégias vencedoras.

çar nas práticas de inovação nas

Logo, associar a inovação à

empresas, rompendo a barreira

estratégia das empresas e aos

tradicional do pensamento vin-

modernos modelos financeiros

culado à pesquisa unicamente. É

pode se tornar uma importante

necessário relacioná-la às agendas

alavanca para os ciclos de cres-

dos presidentes das empresas, da

cimento e prosperidade dessas

mesma forma que conceitos como

empresas — desde que os presi-

geração de caixa, taxa de investi-

dentes tenham a clara percepção

mentos, risco percebido, captação

do presente e muito mais das

de recursos, estratégias de curto

oportunidades do futuro.

e longo prazo, gestão de pessoas,

Finalmente, dados do Banco

novos mercados, entre tantos ou-

Mundial indicam que o maior

tros, assim o são.

desafio para inovar é a cultura

As

empresas

normalmen-

das empresas e valores como

te dedicam grande parte do

autonomia e confiança. Seria

seu tempo a temas associados a

interessante a união destes pre-

gestão de curto prazo, com viés

ceitos, a visão de oportunidades,

para o controle, produtividade e

gestão em alto nível e retorno

custos. É vital pensar no futuro,

sobre o investimento para aque-

sendo a inovação muito relevan-

las empresas que, por ventura,

te, ainda mais em um momento

queiram se diferenciar e assegu-

da história econômica em que os

rar sua longevidade.

abril.2016/110

Mais que uma escola A Fundação Dom Cabral foi criada em Belo Horizonte em 1976, como instituição autônoma e sem fins lucrativos. Seu grande objetivo é ser referência em desenvolvimento de executivos e organizações. A FDC exerce suas atividades no Brasil e no exterior, muitas vezes em cooperação com instituições locais, por meio da sua rede de alianças internacionais. Seus cursos de pós-graduação, voltados para o desenvolvimento e capacitação de executivos, empresários e gestores, estão entre os mais respeitados do país. Além da programação de cursos, a fundação também se dedica a desenvolver soluções educacionais para o desenvolvimento

organizacio-

nal, por meio de parcerias com empresas. Divulgação FDC

*Hugo Ferreira Braga Tadeu é professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral o mundo da usinagem

33


produtividade 2

Hora de deixar os

paradigmas Rever processos, estratégias e modelos na indústria da manufatura é uma questão urgente daqui para frente Por Mauro Andreassa*

F

rederick Taylor é considerado o pai da administração científica. Buscou a efi-

ciência e eficácia operacional na administração industrial e não há engenheiro que não a estude nas aulas clássicas de Teoria Geral da Administração. Dentre suas crenças, destacaria a de que uma pessoa treinada pode produzir mais e com mais qualidade, e também a de que todas as fases do trabalho devem ser monitoradas a fim de que se saiba se as operações estão dentro das instruções programadas em um intenso micro gerenciamento. Taylor escreveu o clássico “The Principles of Scientific Management”, publicado em 1911, e desde então o livro se converteu de um clássico a uma bíblia. Todos nós da indústria temos uma pesada herança nos ombros como filhos que seguem os princípios do taylorismo com imenso

34

o mundo da usinagem

abril.2016/110


sucesso. Com eles, transforma-

a automação na unidade de equi-

de máquinas e equipamentos é

mos empresas e fábricas em má-

pamentos eletroeletrônicos da

17 anos, ante 7 anos nos Estados

quinas de desempenho.

Siemens, em Amberg, teve seu

Unidos e 5 na Alemanha.

A grande pressão competiti-

resultado, e levou a um baixíssi-

Seria este o momento de des-

va, no entanto, impele as empre-

mo índice de defeitos, registran-

construir o conhecimento taylo-

sas a inovarem em taxas superio-

do 15 peças com defeito a cada 1

rista? Seria o momento de desa-

res às costumeiras para ganhar o

milhão produzido.

prender a utilizar procedimentos

cliente. A questão que se coloca,

Falando do último pilar, es-

vigentes e construir outros co-

então, é se os processos atuais

tratégias e modelos de negócios

nhecimentos? Onde está o pro-

estão aptos para a chamada ino-

para a inovação, a americana

cedimento que ensinou a Tesla

vação desruptiva, aquela que in-

Tesla Motors, fabricante de car-

Motors a tornar público seu por-

terrompe o curso normal de um

ros elétricos e uma das empre-

tfólio de patentes? A indústria

processo em benefício do desen-

sas mais inovadoras do mundo,

brasileira tem um claro caminho

volvimento de um produto mais

abriu todas as 160 patentes para

global a seguir. Para segui-lo, no

atrativo e acessível a mais pesso-

quem se interessar. No anúncio

entanto, precisa abandonar para-

as. Bom exemplo disso é o dos

feito por Elon Musk, CEO da em-

digmas que perderam seu campo

smartphones.

presa, a parte que mais me inspi-

de validade.

Caminhamos a passos largos

rou foi: “A liderança tecnológica

Precisamos formar empreen-

para economia e consumo colabo-

não é definida por patentes (a

dedores nas nossas universida-

rativos em que se pode perguntar

história tem mostrado repetida-

des e cuidar deles quando che-

qual é o lugar da criatividade nas

mente oferecer pouca proteção

garem às nossas corporações.

normas e processos tayloristas.

de fato contra um concorrente

Esta mudança precisa ser rápida,

Discutindo-se o tema da com-

determinado), mas pela capa-

sob o risco da herança taylorista

petitividade nas manufaturas, o

cidade de uma empresa atrair e

se transformar em uma casa mal

setor produtivo mundial se assen-

motivar os engenheiros mais ta-

assombrada.

ta em três pilares bem robustos: o

lentosos do mundo. Acreditamos

progresso exponencial da capaci-

que a aplicação da filosofia open

dade dos computadores, a grande

source para nossas patentes vai

quantidade de informação e as

reforçar, em vez de diminuir, a

novas estratégias com modelos de

posição de Tesla a este respeito.”

negócio para a inovação.

Enquanto isso, por aqui a par-

Aos dois primeiros pilares, a

ticipação da indústria de transfor-

capacidade dos computadores

mação no PIB brasileiro continua

aliada à gama de informações

ladeira abaixo, de 27% em 1985

que podem ser trocadas entre

para menos de 13%. Não suficien-

trabalhadores, máquinas, pro-

te, essa desindustrialização vem

dutos e matérias-primas, con-

acompanhada

vencionou-se chamar de Indús-

tecnológica. Em 2013, o Brasil

tria 4.0. Segundo a consultoria

comprou menos de 1,3 mil robôs

Gartner, especialista em tecnolo-

industriais, enquanto a Coreia

gias para influenciar decisões de

do Sul adquiriu 21 mil e a China,

clientes a cada dia, nesse conceito

37 mil. No Brasil, a idade média

abril.2016/110

Divulgação

por

defasagem *Mauro Andreassa é membro do Comitê de Manufatura, Logística e Qualidade do Congresso SAE BRASIL 2016, South America STA Senior Manager Site da Ford, e professor no Instituto Mauá de Tecnologia o mundo da usinagem

35


nossa parcela de responsabilidade

Olhando acima das nuvens Por Marcos Soto*

U

ltimamente, temos vivido

trarmos algo de positivo para o

sido fundamentais para atender

tempos difíceis e o céu pa-

mundo, nesses tempos de tão

as demandas. Outro desafio é

rece estar todo nublado e

raras boas notícias e tão poucos

capacitar os profissionais da área

tomado de nuvens escuras, mas

motivos para nos orgulharmos

de usinagem para lidar com re-

isso não é totalmente verdade!

de nosso próprio país!

sultados diferentes dos que co-

Apesar de empresas como a

Do ponto de vista do desen-

Petrobras, antes motivo de orgu-

volvimento de tecnologias que

lho nacional, estarem em pleno

envolvem o segmento aeronáuti-

De qualquer forma, indepen-

descrédito, sobretudo em virtude

co, nossa visão tem sempre que

dentemente do momento econô-

das investigações por corrupção

ser de médio e longo prazos, já

mico que estamos vivendo, e de

bastante divulgadas na mídia,

que as tendências são desafia-

outras empresas brasileiras não

ainda podemos e devemos nos

doras — tanto para os materiais

estarem em seu melhor momen-

orgulhar de outra gigante brasi-

como para os processos de usina-

to, a Embraer é um exemplo de

leira, a Embraer!

gem das peças.

empresa que se reinventou e se-

nhecemos no dia a dia usinando materiais mais convencionais.

Posicionada entre as três mai-

Em curto e médio prazos, a

ores empresas fabricantes de avi-

tendência é a migração de opera-

Há, sim, algo acima das nu-

ões no mundo, a Embraer tem se

ções de usinagem com máquinas

vens e que nos enche de orgulho:

destacado pelos novos desenvol-

”convencionais” para o uso de

as aeronaves da Embraer!

vimentos e, mais recentemente,

robôs e máquinas CNC. Outro

por projetos inovadores como o

caminho sem volta é o aumen-

cargueiro KC 390 e a nova gera-

to de materiais compósitos em

ção de aviões de passageiros cha-

todos os componentes do avião.

mada geração E2.

Isso torna a usinagem uma tarefa

É gratificante quando temos a

mais difícil, tendo em vista não

oportunidade de viajar e embar-

só a variedade destes materiais,

car num equipamento de altíssi-

mas também a complexidade dos

ma tecnologia fabricado no Bra-

mesmos, as tolerâncias, os pré-

sil; dá vontade de dizer “olhem,

-requisitos de acabamento, etc.

este é feito no Brasil, e por bra-

Novos conhecimentos em ter-

sileiros!”. Quem sabe essa minha

mos de substrato, geometrias e

vontade não seja motivada tam-

coberturas das ferramentas para

bém pela necessidade de mos-

usinagem destes materiais têm

36

o mundo da usinagem

gue evoluindo e crescendo.

Renato Pizzutto

*Marcos Soto é Round Tools Manager – América Latina da Sandvik Coromant do Brasil abril.2016/110


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o mundo da usinagem

37


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o mundo da usinagem

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abril.2016/110


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