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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Gestão Empresarial Os segredos da recuperação dos rolos laminadores Chão de Fábrica Segurança individual ganha destaque nas indústrias

Máquinas Especiais

se credenciam para o futuro da usinagem



Andrea Fregnani

pAra começar...

Na vida tudo deve ser planejado, organizado, dirigido e controlado. E para isso existe uma série de sistemas e rotinas que garantem a melhoria contínua dos processos sob um desempenho ótimo e progressivo de cada funcionário. Assim, os objetivos industriais são alcançados. E eu que pensava que viemos à terra também para contemplá-la. Você acha!?

O Mundo da Usinagem


66 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 04 / 2010

03 para começar...

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Arquivo AB Sandvik Coromant

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 Machine Investments: Equipamentos sob medida proporcionam qualidade para projetos especiais 18 gestão empresarial: conheça as técnicas da recuperação de superfície dos cilindros de aço 28 c hão de fábrica: maior atenção à segurança operacional aumenta a competitividade da empresa

Divulgação ESAB

28

40 Nossa parcela de responsabilidade 42 anunciantes / distribuidores / fale com eles

Arquivo AB Sandvik Coromant

18

Divulgação Prot-Cap

36 de olho no setor: cimhsa contribui para aquecimento do mercado com novos investimentos no país

EXPEDIENTE

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: Equipe House Press Propaganda (Natália Carcavilla, Ronaldo Monfredo, Décio Colasanti, Rogério Morais e Tiago Marques). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Gráfica: Company


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Máquina transfer com carenagem da

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Conheça as máquinas para usinagens especiais Utilização de equipamentos sob medida para operações específicas garante alta produtividade e excelente qualidade do processo

A

ssim como determinadas usinagens, certos tipos de produção industrial não podem ser executados com máquinas convencionais. Para suprir a necessidade deste nicho de mercado surgiram as máquinas especiais, equipamentos que são projetados para atender características específicas de algum produto ou operação. Estes equipamentos específicos podem ser mandriladoras, fresadoras, retificadoras e tornos especiais ou ainda máquinas do tipo transfer O Mundo da Usinagem

rotativa ou linear, sendo que estas apresentam ainda mesas giratórias destinadas à execução de operações de furar, mandrilar e roscar (veja mais detalhes no quadro ‘Entenda o que é uma máquina transfer’). De acordo com Mauro Solferini Sobrinho, diretor de Vendas da D.R. Promaq – fabricante de dispositivos de fixação para usinagem e equipamentos especiais para a indústria –, o setor que mais utiliza máquinas especiais é o automotivo, pois produtos como blocos

de motor, virabrequins, cabeçotes, bielas, componentes de suspensão, freios, compressores, válvulas hidráulicas e conexões, entre outros, necessitam de usinagens específicas que só são possíveis com o auxílio de máquinas especiais.

Diversidade de aplicação No entanto, as máquinas sob medida também são aplicadas em outros segmentos e operações. A Prensas Schuler – fabricante de equipamentos para conformação de


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metais – trabalha com máquinas especiais no Brasil desde que o grupo alemão abriu sua fábrica no País, em Diadema (SP), no ano de 1974. “No início, trabalhávamos com máquinas manuais, mas a partir de 1991 começamos a utilizar equipamentos CNC e de grandes dimensões”, explica Fábio Machado Ávila, chefe do Departamento de Usinagem da Prensas Schuler. No caso da Schuler, a utilização de equipamentos especiais (como mandriladoras e tornos verticais especiais) é destinada à usinagem de peças e componentes para prensas. “As máquinas que possuímos apresentam dimensões muito maiores do que os equipamentos convencionais,

Divulgação D.R. Promaq

Equipamentos especiais proporcionam alta produtividade e elevados índices de qualidade durante o processo

Máquina transfer com mesa giratória flexível em fabricação na linha de produção da D.R. Promaq e sem elas não teríamos como executar as operações necessárias para a fabricação de nossos produtos”, comenta Ávila. O chefe do Departamento de Usinagem da Schuler acrescenta que a companhia também tem forte participação na usinagem de peças para o setor de hidrogeração, fabricando componentes que fazem parte de turbinas hidrelétricas. “Como estas peças geralmente alcançam dimensões expressivas (cerca de 10 metros de

comprimento e 4 metros de altura, pesando mais de 20 toneladas), é necessário contar com a capacidade e a eficiência das máquinas especiais”, observa Ávila. “Deste modo, além da fabricação de prensas, podemos diversificar nossa produção usinando componentes para outras empresas em mercados que estão se desenvolvendo rapidamente, como os setores de hidrogeração, construção civil e infraestrutura, por exemplo”, complementa.

Na medida certa

Divulgação Prensas Schuler

Por apresentarem características especificamente projetadas para atender determinadas operações, os equipamentos especiais conseguem proporcionar alta produtividade e elevados índices de qualidade

Prensas Schuler utiliza equipamentos especiais como a mandriladora Floor Type na usinagem de componentes para turbinas hidrelétricas O Mundo da Usinagem

Outra importante característica dos equipamentos especiais é a adequação das potências e torque, evitando desperdícios na operação



Machine Investments durante o processo. Outra importante característica destas máquinas é a adequação das potências e torque, evitando desperdícios na operação. “Podemos considerar estes equipamentos mais sustentáveis do que as máquinas convencionais, já que o projeto sob medida é pensado exclusivamente para atingir o máximo desempenho em um determinado processo”, comenta Solferini, diretor de Vendas da D.R. Promaq. De acordo com Harry Grassmann Pfeiffer, gerente da GROB – fabricante de máquinas e equipamentos para a indústria –, outra vantagem de se trabalhar com equipamentos especiais é que, muitas vezes, um projeto sob medida nasce da necessidade do emprego de uma ferramenta especial. Portanto, a preocupação com a definiTX611 C-4_202x133.pdf 1 31/3/2010 17:03:36

ção do ferramental que será utilizado em um equipamento realizado sob medida geralmente é menor do que

em máquinas convencionais, pois é possível adequar os parâmetros da máquina em função da ferramenta

Entenda o que é uma máquina transfer A denominação transfer refere-se à categoria de máquinas que “transferem” o produto de estação para estação, de modo a fazer com que todas as operações previstas no processo sejam realizadas. Devido a esta característica, são recomendadas para operações de usinagem que apresentam alta escala de produção. Existem dois tipos de máquinas transfer, as rotativas e as lineares. De acordo com Mauro Solferini Sobrinho, diretor de Vendas da D.R. Promaq, os equipamentos transfer rotativos geralmente transferem a peça e o dispositivo de fixação de uma estação para a outra. Já as máquinas transfer lineares transferem apenas o produto, com o auxílio de conjuntos denominados ‘barras de transporte’. “Outra característica destas máquinas é o tempo de ciclo, considerado pela operação mais demorada somada ao tempo de transferência, ao contrário de máquinas convencionais ou multitarefa, em que o tempo de ciclo é obtido com a soma de todas as operações executadas”, explica Solferini.



Machine Investments Com a popularização dos comandos CNC, tornouse possível variar as velocidades de avanço, rotação e percurso que será utilizada. “Em centros de usinagem convencionais que possuem capacidade limitada, é preciso tomar muito cuidado com a escolha do ferramental para não forçar a máquina a trabalhar no limite, situação que não acontece quando se utilizam equipamentos especiais”, explica Pfeiffer. Solferini, da D.R. Promaq, acrescenta que é importante desempenhar um trabalho em conjunto com todos os envolvidos no projeto (fabricante da máquina, fabricante da ferramenta e cliente final) para se definir o ferramental adequado à máquina elaborada sob medida, principalmente quando esta não é projetada para suportar uma ferramenta específica. “Os profissionais envolvidos devem escolher o ferramental e estabelecer em conjunto os limites da aplicação, para que somente sejam utilizadas ferramentas com rigidez e potência

adequadas ao processo”, aconselha o diretor de Vendas. Na Prensas Schuler, o trabalho de escolha de ferramentas para máquinas especiais é feito pelo Departamento de Engenharia Industrial, que determina todo o processo estratégico de funcionamento do equipamento. “Esta área indica de que forma a peça será presa na máquina, elabora a programação CNC para que a usinagem seja realizada de acordo com o desenho e as especificações da peça e define também as ferramentas mais adequadas para cada processo”, explica Ávila.

Evolução de projeto Assim como as máquinas convencionais, os equipamentos especiais estão se modernizando constantemente com a ajuda dos últimos avanços tecnológicos. Na opinião de Solferini, a possibilidade de flexibilização das estações de operação da máquina com a utilização de comandos CNC multicanais é uma das novidades tecnológicas hoje possíveis

de se encontrar em um equipamento feito sob medida. Solferini explica que com este avanço é possível reduzir o número necessário de estações e o set-up da máquina (troca de modelos e referramentação). “Aproveitamos a ociosidade das estações de ciclo mais curto do equipamento para que estas estações realizem mais de uma operação, obtendo assim uma economia considerável em todo o processo”, garante. Com a popularização dos comandos CNC, tornou-se possível variar as velocidades de avanço, rotação e percurso das ferramentas em cada estação da máquina. Assim, ficou mais fácil trabalhar com modelos de produtos diferentes em uma mesma linha, podendo agrupar várias ferramentas em uma só estação. “Deste modo podemos otimizar os investimentos, adequando a necessidade produtiva à multiplicidade de tarefas quando possível, sem afetar a qualidade final da usinagem”, observa Solferini.



Machine Investments Pfeiffer, da GROB, acredita que a tendência para os próximos anos é que haja uma substituição dos centros de usinagem por máquinas especiais, pois não existe espaço no mercado para uma diversidade tão grande de produtos com poucas diferenças entre si. “Os diversos níveis de potência, consumo e eficiência dos motores a combustão deverão convergir para poucas categorias, porque assim será possível disponibilizar maiores volumes de produção de um único produto a partir da alta eficiência e baixo custo de fabricação e manutenção”, acredita o gerente.

Cuidados essenciais Além da escolha do ferramental adequado, a preparação da máanuncio_usinagem_202x133.pdf 1 5/4/2010 13:32:45

quina é considerada outra etapa essencial para que se obtenha alta produtividade no campo dos equipamentos especiais. Solferini ressalta que é importante manter os componentes bem organizados e em local de fácil acesso do preparador, assim como cuidar para que estejam sempre em bom estado de limpeza para facilitar a preparação da máquina especial. “Manter os componentes trocáveis da máquina classificados por estação e com as ferramentas auxiliares à disposição do preparador é uma forma de garantir um set-up rápido e preciso”, destaca o diretor de Vendas. Solferini ainda lembra que é fundamental trabalhar apenas com operadores devidamente treinados na preparação de máquinas

especiais. Neste sentido, Ávila, da Prensas Schuler, acrescenta que em sua empresa os profissionais que operam equipamentos especiais passam antes por um período de treinamento intensivo, com o acompanhamento de operadores mais experientes; caso seja detectada alguma dificuldade por parte do novo operador, a empresa oferece ao profissional um treinamento específico para eliminar qualquer dúvida que possa existir em relação aos conhecimentos necessários para o trabalho com máquinas especiais. Fernanda Feres Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br





Gestão empresarial Divulgação ESAB

Nova chance para os cilindros Operações de soldagem e usinagem permitem recuperar superfícies de aço deformadas por fricção, abrasão ou impacto

Processo de soldagem mais adequado deve ser escolhido de acordo com o tipo de desgaste da peça

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igas para construção e chapas de aço utilizadas no setor automobilístico e naval são algumas das peças que, para serem fabricadas, passam por condições severas de produção. O primeiro fator adverso presente nas operações de laminação do aço são as altas temperaturas, que podem ultrapassar 250ºC. Esta condição é necessária para que a operação ocorra, pois o aço aquecido apresenta uma consistência menos endurecida, facilitando o processo de obtenção de sua forma final. Após serem submetidos a condições agressivas 18 O Mundo da Usinagem

de operação, os rolos laminadores utilizados na produção das chapas de aço geralmente passam a apresentar dimensões diferentes das originais, além de trincas e rachaduras. Em média, os rolos de laminação e lingotamento são capazes de processar um milhão de toneladas de aço antes de terem que passar pela primeira recuperação. No entanto, vale ressaltar que este número pode variar bastante, pois diversos fatores influem na vida destes componentes. Alguns deles são a qualidade de água utilizada para o resfriamento

dos rolos – mais ou menos corrosiva, dependendo das substâncias contidas nela –, a posição em que o rolo se encontra no equipamento ou as temperaturas sob as quais os processos são realizados. De maneira geral, entre os fatores que podem acelerar o desgaste da superfície dos rolos destacam-se a fricção, causada pelo contato constante dos rolos com o aço que integrará a chapa laminada/placa lingotada, e a abrasão, resultado do contato da carepa dos rolos com a peça. O desgaste dos rolos


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de laminação e de lingotamento contínuo pode inclusive ser motivo de descarte de peças em uma linha de produção, pois o rolo danificado pode acabar estampando marcas, linhas e ondulações indesejáveis nos produtos finais. Por isso, as empresas que utilizam esses processos de produção devem acompanhar por meio de um controle rigoroso a vida útil destes componentes, tanto dos rolos de laminação quanto dos rolos de lingotamento contínuo – componentes que, devido ao seu valor agregado, estão entre os mais recuperados do segmento siderúrgico. Após a restauração, feita por meio de processos de soldagem e usinagem, os rolos geralmente voltam a apresentar desempenho adequado, alcançando níveis de produtividade e qualidade similares aos dos componentes novos. O número de vezes que esta operação pode ser realizada é ilimitado. A única condição é o custo–benefício da recuperação: no caso de trincas e rachaduras excessivamente profundas, por exemplo, os custos da mão de obra e dos consumíveis para soldagem são geralmente mais elevados. Nestes casos, é mais vantajoso investir na aquisição de um novo cilindro. O princípio de recuperação de superfícies de cilindros de laminação de aço ou lingotamento por meio

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Arquivo AB Sandvik Coromant

Recuperação de superfícies de cilindros de aço pode ser feita por meio dos métodos de usinagem e soldagem

Na usinagem de rolos que apresentam muitas trincas e rachaduras deve-se utilizar pastilhas de cerâmica reforçada

do processo de soldagem se aplica também a outros tipos de materiais. Este método de restauração pode ser utilizado em todas as peças de aço que apresentam desgaste, como esteiras transportadoras de minérios, britadores de pedra, moendas de usinas de açúcar e até mesmo trilhos de cruzamentos ferroviários. No entanto, pode haver variação no melhor processo a ser aplicado. Este deverá ser escolhido a partir da avaliação do tipo de desgaste sofrido pela peça, que pode ter sido causado por impacto, abrasão ou fricção.

Qual processo adotar? Para que a soldagem seja executada com qualidade, é necessário evitar a presença de alguns gases atmosféricos na região soldada. Esta observação é feita por Bernardo Hermont Barcellos Gonçalves, consultor de Reparo e Manutenção da ESAB – fabricante de consumíveis e equipamentos para aplicações de soldagem e corte. “Se a região da solda entrar em contato com nitrogênio ou hidrogênio, irá apresentar pequenos poros em sua superfície, o que compromete a qualidade da solda”, explica.

Por este motivo, a região onde ocorre a soldagem deve contar sempre com uma atmosfera protegida. Esta proteção pode ser conferida com o uso de diversas substâncias: gases inertes (como o argônio) ou ativos (como o CO2), que são alimentados juntamente ao arame na soldagem; um pó protetor (fluxo) que envolve o arco e evita a entrada de gases atmosféricos; ou ainda pelo próprio arame que, ao ser consumido na soldagem, emite os gases necessários para a proteção. Dependendo do tipo de operação que a peça desgastada irá desempenhar após a recuperação, a escolha do consumível para a soldagem pode variar. Para os cilindros de laminação ou lingotamento, por exemplo, existem dois processos que são mais comumente utilizados.

Dependendo do tipo de operação que a peça desgastada irá desempenhar após a recuperação, a escolha do consumível para a soldagem pode variar



Gestão empresarial

Para operações delicadas Além dos processos de arco aberto e arco submerso, que são os mais utilizados para a recuperação de cilindros de laminação e lingotamento, há também os processos de recuperação de superfícies utilizando o eletrodo revestido. Parte destes consumíveis, assim como os arames autoprotegidos, também se consome e se transforma em gás de proteção para a área soldada. No entanto, neste caso a produtividade costuma ser significativamente mais baixa que a dos demais métodos e, como parte expressiva deste produto acaba se tornando gás, o custo da operação poderá ser maior. Por outro lado, o maior atrativo desta técnica é a pequena tocha que faz a soldagem, o que torna o método ideal para operações que devem ser feitas em pontos de difícil acesso. Assim, a soldagem pode chegar a regiões da peça que não se poderia alcançar em condições normais.

Um deles é o processo de arco aberto, executado em máquinas de soldagem MIG/MAG convencionais. Neste caso, são utilizados para a solda arames tubulares autoprotegidos que, ao serem consumidos, emitem os gases protetores necessários para a soldagem. Com isso, a empresa não tem custos com gases ou substâncias protetoras adicionais. Mais um diferencial é a versatilidade apresentada por estes materiais. No entanto, o processo mais utilizado atualmente nas indústrias siderúrgicas tem sido o arco submerso. Nestes casos, utiliza-se um pó, chamado de fluxo, para proteger a soldagem dos gases atmosféricos e adicionar elementos de liga à solda. Este processo é totalmente mecanizado e registra os níveis mais elevados de produtividade. Outra vantagem de sua utilização é a segurança – já que com o arco submerso o arco elétrico não fica visível e não emite gases que poderiam pôr em risco a saúde do operador.

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Segundo Bernardo, cada aplicação e cada condição de soldagem pode exigir um processo diferente. “Apesar de a maioria das soldagens serem feitas com o arco submerso, há casos em que não há possibilidade de se transportar o fluxo até o local da operação, como em ferrovias, soldas de tubulações em campo e em locais de difícil acesso”, ressalva. “Nestas condições, o melhor seria trabalhar com o processo com arames autoprotegidos, que não exige logística de outros materiais além dos arames”, pondera o consultor.

Acabamento apropriado

Após serem soldados, os cilindros de laminação ou lingotamento seguem para a usinagem para terem suas dimensões originais recuperadas. Estas operações são feitas em tornos de grande porte, já que os cilindros, em sua maioria, apresentam grandes proporções. Antes de iniciar a usinagem é importante observar as condições dos rolos, pois assim será



Gestão empresarial É fundamental avaliar os parâmetros de corte que as operações de usinagem dos rolos devem respeitar possível escolher o ferramental mais adequado para equipar os tornos em cada tipo de operação. Se o rolo apresentar trincas e/ou rachaduras, a usinagem deve ser feita com pastilhas de cerâmica reforçada. “Este material oferece alta dureza, mas também altos níveis de tenacidade, pois conta com uma tela de silício interna”, esclarece Domenico Landi, supervisor técnico de Produtos da Sandvik Coromant. Esse reforço de silício confere à pastilha resistência mecânica mais elevada, possibilitando a usinagem de superfícies com cortes interrompidos, um tipo de operação em que se trabalha com alto índice de impactos. Já no caso de rolos que não apresentam trincas profundas ou rachaduras, as ferramentas mais indicadas são as cerâmicas mistas, que apresentam dureza mais elevada que as pastilhas de cerâmica reforçada. Sem os impactos das rachaduras profundas, é possível realizar a usinagem de forma eficiente, com velocidade maior e sem risco de perder a ferramenta – o que poderia acontecer se essas pastilhas muito duras fossem atingidas por impactos muito fortes. Landi enfatiza que um detalhe fundamental para o sucesso da usinagem de recuperação de rolos é a

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utilização de chanfros de reforço nas arestas das pastilhas. As ferramentas empregadas devem apresentar acima de tudo duas características essenciais: resistência ao desgaste e à deformação plástica. “Para suportar estes tipos de desgastes, trabalhamos com pastilhas de uma classe de cerâmica dura e, para conferir tenacidade à ferramenta, utilizamos os chanfros de reforço, que podem chegar a até 2,0 mm de largura por 15 graus de inclinação”, explica. “Assim, é possível unir duas características opostas – dureza e tenacidade – em um único material”, comenta o supervisor. Para concluir, é fundamental também avaliar os parâmetros de corte que as operações de usinagem dos rolos devem respeitar. Se os rolos de laminação e lingotamento estiverem com trincas ou rachaduras, resultado da própria operação de laminação, a usinagem deve ser efetuada com velocidades entre 60 e 120 metros por minuto. Estas condições são as mais indicadas, já que as trincas ou rachaduras geram corte interrompido, causando impactos sobre a ferramenta durante a usinagem, o que exige o uso de velocidades de corte mais baixas. Para rolos que não apresentam trincas nem rachaduras, as velocidades de trabalho podem variar entre 70 e 150 metros por minuto, dependendo da dureza do rolo. Thaís Tüchumantel Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br


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chão de fábrica

Proteção individual também é prioridade Segurança no chão de fábrica exige trabalho constante e pode ser considerada um diferencial competitivo para a empresa

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aumento de produtividade nos processos fabris é uma meta prioritária para toda a indústria. No entanto, é crescente o número de empresas que têm percebido a importância de outros valores igualmente fundamentais para que a organização possa alcançar a excelência de suas operações em um mercado cada vez mais competitivo. Neste contexto, a segurança dos operadores no chão de fábrica recebe destaque ainda maior. É claro que a segurança das atividades industriais sempre foi uma questão de extrema importância para empresas que valorizam seus

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operários e reconhecem os perigos presentes no processo de produção. Entretanto, hoje a necessidade de se trabalhar com medidas preventivas vem sendo mais intensamente discutida pelas indústrias do que há 20 anos. Cláudio Nobre Castello, diretor de Operações e Qualidade da Prot-Cap – fabricante de equipamentos de proteção individual (EPIs) –, observa que nas últimas décadas houve uma significativa mudança na ordem de prioridades das indústrias. “Há alguns anos a principal preocupação era a produção em massa, e tanto os órgãos fiscalizadores quanto os empregado-

res, seja por falta de estrutura ou de conhecimento, valorizavam pouco a segurança operacional”, lembra o diretor da Prot-Cap. “Atualmente o cenário é outro, e a proteção dos trabalhadores já se coloca entre os fatores fundamentais do desenvolvimento sustentável de uma empresa”, indica Castello.

Perigo invisível De acordo com Osny Camargo, gerente de Higiene Industrial da 3M – também fabricante de EPIs –, os avanços conquistados pelas empresas na área de segurança permitiram reduzir significativamente os acidentes



chão de fábrica no chão de fábrica. Todavia, Camargo sinaliza que ainda há questões que exigem uma conscientização maior por parte de empresários e operadores. “Um dos pontos que devem ser mais trabalhados nas indústrias é a proteção contra os ‘riscos invisíveis’ – elementos presentes no ambiente de trabalho que podem causar doenças sérias após longos períodos de exposição”, alerta Camargo. Alguns dos riscos invisíveis apontados pelo gerente da 3M são os fumos metálicos, os ruídos e as altas temperaturas. Operadores que trabalham frequentemente sob estas condições podem vir a sofrer perda parcial da audição, lesões na pele e ainda irritação das vias aéreas após anos de trabalho. “Por não serem imediatamente percebidos, os riscos causados por estas condições presentes no ambiente fabril são frequentemente ignorados pelos colaboradores e, muitas vezes, por seus supervisores”, constata.

Trabalho continuado Para que a proteção e a segurança dos operários sejam implantadas de forma eficiente no chão de fábrica, não basta que as empresas providenciem

Usinando com cuidado Veja quais são os itens básicos de segurança para indústrias que trabalham com operações de usinagem e saiba quais são suas funções:  Óculos de segurança – protegem contra a projeção de cavacos  Protetores auriculares – protegem contra ruídos  Calçados com biqueiras de aço – protegem contra materiais que possam cair sobre os pés  Cremes protetivos – evitam o contato direto com fluidos que podem prejudicar a pele  Capacetes – protegem contra queda de peças içadas  Máscaras respiratórias – utilizadas nas indústrias que executam operações de tratamento térmico, pinturas e outras operações onde haja partículas em suspensão no ar  Protetores faciais – loções utilizadas contra calor radiante e borrifos de líquidos expelidos dos processos

os EPIs exigidos para cada tipo de operação. É necessário também encarar a segurança como um esforço constante. Carlos Mitsuo, gerente de Riscos da Sandvik do Brasil, ratifica a relevância de ações como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), realizada anual­ mente pelas empresas do setor metalmecânico e pela indústria em geral, mas também indica que há medidas alternativas que podem contribuir para a questão da segurança. “Na Sandvik, promovemos os ‘Diálogos de Segurança’ com

Com design moderno, equipamentos de proteção deixaram de ser vistos como materiais mal acabados e são produtos mais bem aceitos. Ao lado, máscara respiratória

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os operadores visando a prevenção de acidentes. Nestes momentos, existem debates com os operadores para saber como eles estão utilizando os equipamentos de segurança e se há dúvidas sobre sua aplicação”, relata Mitsuo. Durante os bate-papos periódicos, que duram cerca de cinco minutos, os colaboradores que trabalham há mais tempo na fábrica são convidados a relembrar aos mais novos qual é a forma correta de utilizar cada equipamento. Outra iniciativa da empresa foi a implementação de auditorias para a avaliação dos requisitos do sistema de gestão 5S. Como produto das auditorias, foi criado um ranking com a avaliação de todos os departamentos em relação ao cumprimento dos requisitos do sistema. Também conhecido como Housekeeping, que em inglês quer dizer “cuidar da casa”, o sistema compreende os seguintes requisitos: utilização proveitosa dos materiais,



chão de fábrica organização, limpeza, padronização e disciplina. “Também analisamos nas auditorias as medidas de segurança praticadas pelos operadores para elaborar o ranking e reconhecermos periodicamente o vencedor”, descreve. “Por meio de uma competição saudável conseguimos incentivar nossos colaboradores a se prevenir contra os eventuais riscos das operações em que trabalham”, revela Mitsuo.

Mais práticos e seguros Ao longo dos anos, os fabricantes nacionais de EPIs têm buscado desenvolver novos materiais e tecnologias para oferecer maior qualidade aos operadores. Segundo Camargo, da 3M, os principais avanços destes equipamentos foram feitos com foco no conforto e proteção dos usuários dos produtos. Quanto à segurança, os avanços são significativos. Isto porque as características exigidas para que os equipamentos sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho e recebam o Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção Individual estão cada vez mais rigorosas. Hoje, estas exigências se assemelham às normas internacionais de certificação, seguindo um padrão de qualidade bastante elevado. “Para a certificação de máscaras respiratórias, por exemplo, são seguidas as mesmas normas que regulamentam os testes feitos nos laboratórios dos Estados Unidos”, exemplifica o gerente. Um dos fatores que colaborou

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para o aumento do uso dos EPIs no chão de fábrica foi o conforto que os novos equipamentos proporcionam. Há alguns anos, itens como sapatos apertados, óculos muito grandes ou protetores auditivos pesados eram evitados pelos operadores por serem pouco cômodos. Hoje, o bem-estar do usuário é um fator decisivo na hora de projetar EPIs. A máscara respiratória é um exemplo de item de segurança que tem passado por muitas modificações. Anteriormente produzidas com filtros de feltro, as máscaras dificultavam a respiração. Hoje, estes equipamentos são compostos por materiais sintéticos que recebem tratamento eletrostático e contam com válvulas de exalação, componentes que facilitam a respiração do operador. A estética também teve papel importante para que o EPI se tornasse mais popular no chão de fábrica. Com design moderno, os equipamentos de proteção deixaram de ser vistos como materiais mal acabados e hoje são produtos mais bem aceitos por seus usuários. “Vemos que muitos operadores já não se incomodam por utilizar os equipamentos de proteção, pois eles deixaram de ser itens pouco atraentes e incômodos. Hoje, os EPIs estão incorporados no dia a dia destes trabalhadores”, conclui Camargo, gerente da 3M. Thaís Tüchumantel Jornalista





Divulgação CIMHSA

De olho no setor

Investimentos da CIMHSA contribuem para alavancar o setor Seguindo o bom desempenho da indústria no início de 2010, empresa abre filial e apresenta tecnologias para atender a demanda do mercado

U

m balanço sobre a performance da indústria de máquinas e equipamentos no primeiro bimestre de 2010 realizado pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) indica que o setor tem apresentado bons sinais de recuperação das atividades após a crise econômica mundial. Segundo estudo do Departamento de Economia e Estatística da entidade, apesar da recuperação lenta e do ano ter iniciado em queda, 36 O Mundo da Usinagem

o faturamento nominal do setor de máquinas atingiu um crescimento de 12,3% em relação a janeiro do ano passado, gerando R$ 5,29 bilhões em negócios. Em comparação com fevereiro de 2009, o faturamento nominal apresentou um crescimento de 23,5%, considerado ainda pequeno se comparado ao mesmo mês de 2008. Isto significa que os fabricantes e fornecedores de máquinas e equipamentos também estão investindo

Filial de Jundiaí oferecerá suporte aos clientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais mais no setor. É o caso da CIMHSA, empresa sediada em São José dos Pinhais (PR) que atua no ramo de importação e comercialização de máquinas operatrizes desde 1995, e que recentemente inaugurou uma filial em Jundiaí (SP).

Ponto estratégico Segundo Vinícius Cordeiro, gerente de Vendas da CIMHSA, a nova base da empresa, inaugurada no dia 10 de março de 2010, está localizada em um ponto estratégico do estado de São Paulo e servirá também como suporte para o atendimento dos clientes nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. “Com a nova filial, poderemos responder de forma mais abrangente aos clientes que atuam nestas regiões, e com isso esperamos alcançar crescimento entre 30 e 40% nos negócios em relação ao resultado do ano passado”, estima o gerente.


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De olho no setor Nova filial da CIMHSA conta com espaço para a exposição das linhas de máquinas das marcas Clever e Travis

Para oferecer atendimento diferenciado e equipamentos de qualidade ao mercado, a nova filial da CIMHSA conta com espaço reservado para a exposição das linhas de máquinas da marca Clever e Travis, comercializadas pela empresa. Neste local, os visitantes podem conhecer as características técnicas e construtivas de equipamentos utilizados em diversos setores do segmento metalmecânico, bem como acompanhar os processos de operação destes equipamentos. Entre as máquinas expostas no show-room encontram-se fresadoras, retificadoras, mandriladoras, guilhotinas, prensas mecânicas, furadeiras, centros de usinagem e tornos CNC. A nova filial também conta com uma equipe de assistência técnica própria e almoxarifado com peças de reposição. “Este investimento nos proporciona um ponto de apoio técnico e comer-

cial estratégicos”, avalia Cordeiro. “Acreditamos no forte potencial de crescimento das indústrias da Região Sudeste do Brasil”, revela.

Destaques A realização de várias feiras de negócios no âmbito do setor metalmecânico com participação de empresas renomadas deste segmento indica que a recuperação do mercado nacional de máquinas e equipamentos está bem encaminhada. Somente a CIMHSA já participou da FMU (Feira de Ferramentaria, Modelação e Usinagem) e da Techmei (Feira Internacional de Tecnologia em Máquinas e Equipamentos Industriais). Outras exposições de negócios como a Feira Internacional da Mecânica (maio), Mecshow (julho), Rio Industrial (agosto), Expomac (setembro), Mercopar (outubro) e Mecminas (novembro) também contarão com a presença da CIMHSA. Nestes eventos, a importadora de máquinas apresentará lançamentos e novas tecnologias. Da marca Travis, os destaques serão os centros de usinagem CNC modelos M-1000S e M-1500. Vol-

Centro de usinagem vertical Travis M-2000 apresenta

Divulgação CIMHSA

capacidade de carga sobre a mesa de 1.600 kg

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tados para serviços de usinagem em todo segmento metalmecânico, estes equipamentos incorporam alta tecnologia e possuem guias lineares nos eixos X, Y e Z. O modelo M-1000S apresenta cursos de 1.000 mm, 500 mm e 570 mm nos três eixos respectivamente, enquanto que o modelo M-1500 apresenta cursos de 1.500 mm, 680 mm e 670 mm. Com capacidade de carga sobre a mesa de 1.000 kg, rotação de 10.000 rpm, potência de 15 hp e avanços rápidos de 25 m/min, o centro de usinagem M-1000S também oferece trocador ramdom para 24 ferramentas. Já o modelo M-1500 possui trocador carrossel para 20 ferramentas, capacidade de carga sobre a mesa de 1.000 kg, rotação de 8.000 rpm, potência de 20 hp e avanços rápidos de 25 m/min. Outro equipamento que será apresentado nas feiras é o tradicional centro de usinagem vertical modelo M-2000, que apresenta fundição de alta qualidade, rolamentos de contato angular (P4) no eixo-árvore e capacidade de carga sobre a mesa de 1.600 kg. Da marca Clever, a fresadora modelo FHV-4 merece destaque por possuir avanços automáticos nos eixos X, Y, Z e T, potência do motor principal de 7,5 kW, cabeçote Huron ISO50 e velocidade de até 2.050 rpm. Outras novidades da empresa são as novas prensas mecânicas Clever tipo “C” – destinadas à estampagem de peças e aplicadas no segmento de corte e conformação. Fernanda Feres Jornalista



nossa parcela de responsabilidade

Um ciclo de

A

pós viver um momento de incertezas, hoje a indústria nacional está voltada para caminhos mais promissores – são muitas as previsões positivas na direção da retomada dos negócios. Diversas companhias brasileiras e internacionais passaram a investir novamente no segmento metalmecânico, abrindo novas fábricas, recontratando mão de obra e readequando seus processos produtivos para atender a demanda do mercado que voltou a se aquecer. De acordo com dados divulgados no início de abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ritmo de crescimento da indústria nacional acelerou em fevereiro deste ano e já retornou ao nível de atividade de maio de 2008. Segundo o instituto, o setor registrou expansão de 1,5% ante o mês anterior e de 18,4% em relação a fevereiro de 2009. Esta foi a maior variação para o mês registrada pelo IBGE desde o início da série histórica da pesquisa, que começou em 1991. Acompanhando a movimentação do mercado, percebemos que

40 O Mundo da Usinagem

os bons resultados atuais são fruto de um esforço contínuo, que teve início logo no começo da crise mundial, em outubro de 2008. No período de instabilidade e recessão, muitas empresas juntaram forças e procuraram buscar alternativas para se manterem com atuação inteligente e sadia. É claro que existiram segmentos que sofreram menos com a baixa do mercado, como o automobilístico leve; e aqueles que foram mais afetados, como o aeronáutico, o de máquinas agrícolas e o automobilístico pesado. Mas não foi só por meio de recursos financeiros que muitas companhias conseguiram se firmar ou se reerguer. Foi também por meio da melhor aplicação de processos produtivos, definição de metas e projetos com seus colaboradores e redefinição de estratégias de atuação da equipe de Vendas, entre outras soluções. Para aqueles que talvez não tenham ainda conseguido nivelar e ativar sua produção, ainda há tempo, pois o ciclo da retomada de negócios não está fechado. Muito pelo contrário, o mercado nunca

Fernando Favoretto

prosperidade esteve tão otimista. Contudo, é preciso agir com cautela e planejar adequadamente as ações antes de colocá-las em prática. Neste cenário, estamos abertos para auxiliar nossos clientes no quer for preciso. Nossa missão é trabalhar para desenvolver serviços e produtos que estejam alinhados com os interesses e necessidades de nossos clientes. E uma das formas de auxiliar nossos parceiros é ajudá-los a identificar o que pode ser melhorado em suas operações, seja por meio da escolha da pastilha ou da ferramenta mais adequada, seja oferecendo o trabalho dedicado dos profissionais de Machine Investments, especialistas de produtos ou técnicos de campo da Sandvik Coromant. Assim como no período de instabilidade, em que estivemos próximos de nossos clientes e parceiros, reafirmamos este nosso compromisso, que é permanente.

José Edson Bernini Gerente Nacional de Vendas da Sandvik Coromant do Brasil



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FALE COM ELES Bernardo Hermont Barcellos Gonçalves (ESAB): (31) 2191-4402 Carlos Mitsuo (Sandvik do Brasil): (11) 5696-5498 Cláudio Nobre Castello (Prot-Cap): (11) 2090-3300 Domenico Landi (Sandvik Coromant): (11) 5696-5583 Fábio Machado Ávila (Prensas Schuler): (11) 4075-8599

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Blaser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Bucci. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Deb´Maq. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16-17 Dormer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Febramec . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Haas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10/14 Machsystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Mazak. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Mecânica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Mitutoyo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Mori Seiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 OMU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Provecto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26-27 Sandvik. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa Selltis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa Tupy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34-35 Vitor & Buono. . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

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Harry Grassmann Pfeiffer (GROB): (11) 4367-9100 José Edson Bernini (Sandvik Coromant): (11) 5696-5581 Mauro Solferini Sobrinho (D.R. Promaq): (11) 4391-7068 O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: faleconosco@

Osny Camargo (3M): 0800 013 2333 Vinícius Cordeiro (CIMHSA): (41) 3596-4480

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