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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Metalurgia do pó Saiba como é feito o controle das pastilhas de metal duro Viver e Trabalhar Como encontrar o equilíbrio entre carreira e vida pessoal?

Compras técnicas

Engenharia e Compras devem trabalhar em conjunto


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Ehsan Namavar

pAra começar...

Dormir é despreocupar-se, render-se ao impulso natural da vida, é por-se em lugar nenhum onde tudo existe sem nada de fato haver, é flutuar nas asas do espírito sem culpa ou dever, é manter-se ativo sob um mundo inverso, um agitar imune de um corpo inerte que revisa a vida enquanto o sono verte.

O Mundo da Usinagem


68 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 06 / 2010

03 para começar...

06

Divulgação Emag do Brasil

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 Machine Investments: Torno vertical é escolha adequada para operações Pesadas 10 Suprimentos: Sua empresa tem êxito na compra de produtos técnicos? 16 G estão Empresarial: Saiba como é feito o controle da fabricação de pastilhas de metal duro

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Divulgação Ford

24 Mercado: IMIC credita à especialização o sucesso obtido nos negócios 30 Chão de Fábrica: projeto brasileiro se torna referência internacional 32 Ideias e Pensamentos: viver e trabalhar - sim, é possível! Basta equilibrar o seu cotidiano

40 Nossa parcela de responsabilidade

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Francisco Marcondes

42 anunciantes / distribuidores / fale com eles Acompanhe os conteúdos exclusivos da Revista O Mundo da Usinagem Digital em: www.omundodausinagem.com.br EXPEDIENTE

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: Equipe House Press Propaganda (Natália Carcavilla, Ronaldo Monfredo, Décio Colasanti, Rogério Morais e Tiago Marques). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Gráfica: Company



Divulgação Emag do Brasil

machine investments

Verticalizando operações de usinagem Com placa de fixação montada na base da máquina, torno vertical é a escolha adequada para operações com peças de grande diâmetro

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ara se obter o melhor aproveitamento das operações de usinagem é importante utilizar equipamentos adequados a cada aplicação, e que estejam devidamente alinhados com os diferentes tipos de peças que poderão ser usinadas. Levando isto em consideração e pensando nos desafios construtivos dos tornos horizontais convencionais para a usinagem de peças de diâmetro grande, foi desenvolvido há mais de 50 anos o conceito do torno verti O Mundo da Usinagem

cal. Neste modelo, a placa de fixação é montada de forma vertical na base da máquina, ao invés de ser fixada na lateral do equipamento, permitindo soluções mais estáveis e rígidas. De acordo com Hermes Lago, diretor de comercialização de máquinas da Romi – fabricante de máquinas-ferramenta –, os tornos verticais são apropriados para usinagens de peças que, além de grande diâmetro, também apresentam altura relativamente baixa. “São máquinas

robustas e preparadas para suportar peças maiores – como tampas, flanges e carcaças –, que são montadas em uma placa vertical, permitindo total apoio, com fixação e rigidez adequadas”, garante Lago. Estas máquinas são utilizadas principalmente pelas indústrias de válvulas e bombas, de equipamentos para a geração de energia, óleo e gás, pneumática, de motores e fabricantes de sistemas de transmissão de grande porte, entre outros.


Emag fabrica tornos verticais invertidos, ideais para a usinagem de peças menores que exigem alta precisão

Lago, alguns tornos verticais podem ser equipados com eixo C, ferramentas acionadas para operações de fresamento, furação e rosqueamento, além de trocador de ferramentas com magazine. Em relação à programação e operação, os tornos verticais seguem os mesmos princípios de um torno horizontal. “Assim como nos tornos convencionais, os operadores dos tornos verticais devem ser devidamente treinados para trabalhar com este tipo de máquina – considerando desde a preparação e os cuidados com fixação da peça até a escolha

de parâmetros de corte adequados”, explica o diretor da Romi. “As ferramentas de usinagem e as características do equipamento também devem ser observadas sempre com atenção”, completa.

Vantagens construtivas Embora utilizem ferramentas similares e trabalhem com processos de programação e operação semelhantes aos equipamentos convencionais, os tornos verticais possuem características específicas, que fazem deles a escolha ideal para operações com peças de grande diâmetro. Na opinião de Glauco Bremberger, gerente de Engenharia de Aplicações

Divulgação Romi

Apesar de serem ideais para operações pesadas, os tornos verticais também são utilizados pela indústria automobilística na usinagem de peças menores que exigem alta precisão, como discos e tambores de freio e cubos de roda. Neste caso, a máquina adequada para este tipo de operação é o torno vertical invertido, ou pick up. Segundo Volker Clauss, diretor da Emag no Brasil – fabricante de máquinas-ferramenta com dispositivo para remoção de cavaco e tornos verticais invertidos –, a placa de fixação neste tipo de torno fica posicionada na parte de cima do equipamento e a torre de ferramentas na base da máquina. Este modelo de equipamento é adequado para tornear peças com diâmetros entre 50 mm e 800 mm (veja quadro Para aplicações de alta precisão). Paulo Videira, especialista em processos de usinagem da Sandvik Coromant, conta que existem tornos verticais com placas de 300 mm até 15 metros. “Podem ser máquinas muito grandes; específicas para usinagens extremamente pesadas”, comenta Videira. No entanto, apesar das diferenças de tamanho e aplicações entre um torno horizontal e um vertical, estas máquinas utilizam basicamente as mesmas ferramentas e placas de fixação. De acordo com

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Diversidade vertical

Romi oferece ao mercado linha de tornos verticais com placas de 1.400 mm até 5.000 mm de diâmetro O Mundo da Usinagem


e Assistência Técnica da Okuma – empresa japonesa fabricante de máquinas-ferramenta –, nos tornos verticais a carga e a descarga da peça são facilitadas, já que, em função do conceito construtivo destas máquinas, a gravidade também ajuda na fixação da peça na placa. Além de ocupar menos espaço no chão de fábrica, outro diferencial dos tornos verticais é que o escoamento do cavaco também é facilitado. “São características muito importantes para a fabricação de peças médias e grandes”, aponta Bremberger. “Vale lembrar que geralmente estas máquinas são mais robustas e apresentam maior potência do que os tornos horizontais”, acrescenta. Bremberger ressalta ainda que novas tecnologias foram incorporadas aos tornos verticais ao longo dos anos, como a capacidade de utilizar ferramentas acionadas, funções multitarefa de até cinco eixos controlados para tornear, furar, fresar e roscar,

Divulgação Okuma

machine investments

Seguindo a tendência de máquinas maiores, Okuma conta com equipamentos que torneam peças de até 3,5 metros de diâmetro entre outros processos, e a adoção de dispositivos de bombeamento e líquido de refrigeração em alta pressão. “Estes desenvolvimentos fazem com que os processos de usinagem se tornem cada vez mais rápidos e também mais produtivos”, avalia.

Para aplicações de alta precisão Desenvolvido em 1992 pela Emag – fabricante de máquinasferramenta com dispositivo para remoção de cavaco –, o torno vertical invertido é ideal para a fabricação de peças de diâmetros entre 50 mm e 800 mm que exigem alta precisão. De acordo com Volker Clauss, diretor da Emag no Brasil, a máquina leva este nome porque, ao contrário dos tornos verticais tradicionais, sua placa de fixação é montada de forma vertical na base do equipamento. Por possuir carga e descarga automática e não precisar da utilização de um robô, este equipamento também é chamado de torno vertical pick up. Além de possuir alimentação automática de peças, este tipo de máquina facilita a remoção dos cavacos. “Nos tornos horizontais é comum ter acúmulo de cavacos nos cantos da máquina, mas nos tornos verticais invertidos, como a peça fica no topo do equipamento, o resíduo cai diretamente no transportador de cavacos”, explica Clauss. “Este tipo de máquina possui características adequadas para trabalhar sem refrigeração”, complementa.

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Tendências futuras Para Bremberger, nos próximos anos a fabricação de tornos verticais de maior porte ganhará ainda mais espaço no mercado. “Seguindo esta tendência, a Okuma ampliou sua linha de produtos, que antes contava somente com máquinas que torneavam até um metro de diâmetro. Agora temos máquinas com capacidade de tornear peças até 3,5 metros de diâmetro”, revela. Já para Clauss, da Emag do Brasil, a principal tendência para os próximos anos será o aprimoramento da multifuncionalidade. “Com a opção das ferramentas acionadas, entre outras características da multifuncionalidade, é possível realizar outros tipos de operações além do torneamento, permitindo até a realização de processos combinados em uma só máquina”, aponta. “Várias máquinas pick up podem formar uma linha de produção, usando o mesmo conceito, facilitando automatização, operação, programação e manutenção”, acrescenta o diretor. Fernanda Feres Jornalista


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Divulgação Ford

suprimentos

Integração garante o sucesso nas compras técnicas Ao adquirir itens de caráter técnico, área de Compras deve buscar equilíbrio entre especificações da Engenharia e estratégias comerciais

A

ntes de concluir uma compra técnica, vários fatores devem ser considerados: primeiro, as características dos produtos requeridos devem atender as necessidades de utilização da empresa e os interesses do cliente; depois, o preço do material deve estar de acordo com a previsão de gastos planejada; finalmente, novas propostas de fornecedores e condições de mercado também devem ser avaliadas. Consequentemente, diferentes departamentos da organização estarão envolvidos neste processo: Engenharia, Compras, 10 O Mundo da Usinagem

Produção, Financeiro e, em alguns casos, até mesmo a Diretoria. Tendo em vista as exigências desta atividade, de que forma é possível efetuar uma compra técnica seguindo as especificações de cada departamento da indústria e ainda alcançar um preço competitivo? “A integração entre os departamentos de Engenharia e de Compras é o segredo para a efetivação de boas negociações”, acredita Mino César Corrêa, gerente geral de Suprimentos da Voith Hydro – fornecedor de soluções completas para

usinas hidrelétricas. Lá, os produtos incluídos nas compras técnicas são tão variados como componentes para transmissão de energia, subestações, disjuntores, sistemas auxiliares elétricos (como sistema de barramento blindado) e mecânicos (como sistemas de refrigeração e ventilação), entre outros. Em sua maioria, estes itens envolvem características técnicas específicas comuns ao seu processo de fabricação. Deste modo, antes da efetivação da compra, os produtos apresentados pelos fornecedores


Divulgação Scania

devem ser aprovados pela Engenharia da Voith Hydro. Por sua vez, o departamento de Compras da empresa fica responsável por transmitir as informações comerciais de mercado para os engenheiros. “Indicamos as oportunidades competitivas no momento, os materiais ou sistemas inovadores que estão sendo mais utilizados no setor e em conjunto com as engenharias analisamos a possibilidade de aplicar estes componentes em nossa produção”, afirma Corrêa.

Dimensionamento, quantificação e tipo de operação em que o equipamento será utilizado são informações relevantes

Ferramentas de um comprador

Divulgação Tekbra

Chefe de Compras de Investimentos da Scania – fabricante de caminhões, ônibus, motores industriais e marítimos –, Marcos Polo Zampol aponta que a atualização constante dos compradores a respeito das novidades do mercado industrial é fundamental para garantir negociações de sucesso. “Além da formação técnica, estes profissionais devem ter conhecimento sobre as inovações em produtos e acompanhar periodicamente as condições comerciais do mercado, seja por meio de revistas especializadas ou

Caixas de redução que compõem os misturadores da Tekbra

pela participação em feiras e simpósios dos setores em que atuam”, ressalta Zampol. Para Marcio Manzione, diretor da Tekbra – subsidiária da Teka no Brasil, uma das empresas líderes no mercado de misturadores de concreto, vidro e cerâmica –, a participação em workshops promovidos pelos fornecedores pode ajudar a área de Suprimentos e os operadores (usuários finais) a terem mais informações técnicas sobre o material que adquiriram. “Nestas ocasiões, é possível também estreitar os laços com os profissionais da empresa fornecedora”, analisa. Manzione também sugere que, no caso de empresas que não possuam a área de Suprimentos em sua estrutura, sejam selecionadas ao menos três empresas fornecedoras que atendam as especificações técnicas da Engenharia, assim os compradores poderão negociar preços mais competitivos tendo a certeza de que irão adquirir um material com alto nível de excelência. Outro ponto a ser ponderado na escolha dos fornece-

dores é o atendimento pós-venda. No caso de falhas em equipamentos e sistemas, o fornecedor deve oferecer apoio técnico eficiente a seus clientes, para que a produção da empresa possa ser retomada o mais rapidamente possível após operações de manutenção corretiva. “Se o misturador de concreto tiver que ser reparado durante o período de operação, todo o processo produtivo desta máquina será interrompido”, exemplifica Manzione. “Por isso, consideramos a estrutura de pós-venda e a abrangência da atuação de cada fornecedor antes de adquirir seu produto”, completa o diretor da Tekbra. “Desta forma, saberemos se ele terá condições de atender situações de emergência, sem deixar que o prejuízo de uma falha produtiva seja transferido ao cliente”, acrescenta.

Equilíbrio ideal Em muitas indústrias, as reuniões de compras técnicas mais se parecem com uma brincadeira de cabo de guerra. Enquanto alguns deparO Mundo da Usinagem 11


Equipe de Suprimentos da Voith Hydro indica as oportunidades de compra mais competitivas e decidem em conjunto com a Engenharia tamentos tendem a valorizar o preço e as condições comerciais, outros consideram prioridade a qualidade do fornecedor e seu histórico de relacionamento com parceiros. Zampol, da Scania, conta como este contratempo foi resolvido na organização. “Passamos a trabalhar com planilhas específicas para que a escolha do produto seja feita objetivamente, deixando pouco espaço para discordâncias”, revela o chefe de Compras de Investimentos. A prática mais comum é a decisão ser feita de forma conjunta, em

Divulgação Voith Hydro

suprimentos

reuniões onde todos os aspectos dos produtos (técnicos e comerciais) são avaliados, principalmente quando se trata de compras de alto valor agregado. Marcelo Noce, supervisor de Compras da Ford – fabricante de automóveis, utilitários e veículos pesados –, conta que este é o procedimento adotado na empresa para a execução de compras técnicas, unindo os departamentos

Fornecedores à prova Para garantir a qualidade de sua base de fornecedores, a Voith Hydro – fornecedor de soluções completas para usinas hidrelétricas – desenvolveu o Programa de Monitoramento de Parceiros (PMP). Este projeto consiste na avaliação trimestral da base de fornecedores da empresa, que é feita com a ajuda de profissionais das áreas de Qualidade, Suprimentos, Engenharia, Gerenciamento de Projetos e outros colaboradores que atuam na instalação dos equipamentos. Ao final da avaliação de cada fornecedor, as notas são apresentadas ao parceiro. Estabelecidas por critérios previamente definidos, estas pontuações podem ser classificadas como “Excelente”, “Muito bom”, “Bom”, “Regular” ou “Insuficiente”. Mino César Corrêa, gerente geral de Suprimentos da Voith Hydro, detalha que o objetivo da avaliação não é a exclusão de parceiros que recebem notas baixas, mas sim a busca pelo aprimoramento dos serviços prestados por cada fornecedor. “Algumas vezes colocamos nossos engenheiros e profissionais da Qualidade à disposição da empresa para apontar as melhorias que podem ser feitas em seus produtos ou serviços”, relata Corrêa. “Deste modo, conseguimos construir uma base de fornecedores de qualidade na qual podemos confiar”, ressalta o gerente.

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de Engenharia e Compras. “Temos o suporte também das áreas de Finanças e Logística, para que possamos escolher a opção mais vantajosa para a empresa”, indica Noce. O supervisor destaca que a escolha de produtos técnicos deve ter como foco acima de tudo as necessidades do usuário. “Toda proposta apresentada à empresa deve ir além das especificações dos departamentos, e deve ser avaliada segundo as solicitações do cliente. Na Ford, a opção será sempre pelo produto que melhor atender as necessidades do requisitante”, informa o supervisor.

Na medida certa Os profissionais que lidam com compras técnicas também enfrentam uma série de desafios para responder positivamente aos interesses de seus clientes finais. Uma das dificuldades mais comuns é fazer a intermediação entre as solicitações dos usuários e a busca dos materiais mais adequados para a indústria junto aos seus fornecedores. “Temos que buscar soluções que estejam de acordo com as condições econômicas das empresas que atendemos e também que sigam o projeto inicial-



mente proposto por nós”, pondera Corrêa, da Voith Hydro. Corrêa observa ainda que é comum as empresas exigirem de seus parceiros soluções sofisticadas, enquanto muitas vezes soluções mais simples podem ser a opção ideal para a aplicação em questão. Nestes casos, cabe ao profissional de compras verificar com a Engenharia da organização se as exigências feitas pelo cliente são realmente necessárias. Após isto, o comprador estará bem mais preparado para conduzir uma negociação eficaz com o fornecedor. No caso da Rudloff – indústria de materiais mecânicos para a construção civil, com especialização em concreto protendido (tipo de concreto que tem aplicação prévia de tração para anular as tensões de tração que a peça poderá sofrer) –, que recebe solicitações de compras já especificadas por seus clientes e aprovadas pelo planejamento de produção da empresa, o desafio é encontrar os itens requeridos, que geralmente não são comuns no mercado. “Há certas solicitações de

Divulgação Rudloff

suprimentos

Clavete fabricado pela Rudloff é exemplo de peça que demanda detalhamento técnico de materiais para seu processo de fabricação bitolas de aço específicas para uma aplicação e, nestes casos, temos poucas chances de negociação, já que não existem muitas opções do produto no mercado”, explica João Gilberto de Luna, encarregado de Compras da Rudloff. Contudo, um aspecto é comum em todas as empresas que realizam compras técnicas: as especificações do produto devem ser muito bem definidas pelo departamento de Engenharia, para que não haja dúvidas na hora da compra. Além do dimensionamento e quantificação das peças, o tipo de operação em que o material ou equipamento será utilizado também é uma informação

relevante que deve ser repassada para os compradores. Os clavetes – peças utilizadas no setor de engenharia civil para fixar cordoalhas em pontes – fabricados na Rudloff são um exemplo de itens que demandam detalhamento técnico de materiais para seu processo de fabricação. “Se comprarmos aço com índice de dureza muito elevado, não conseguiremos executar as operações de rosqueamento, podendo até correr o risco de quebrar a ferramenta durante a usinagem”, justifica João. Thaís Tüchumantel e Natália Carcavilla Jornalistas



Fotos: Fernando Favoretto

gestão empresarial

Controle milesimal na produção de pastilhas Para que pastilhas de metal duro sejam fabricadas com qualidade, etapas do processo de produção devem ser rigorosamente controladas

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os catálogos das ferramentas de corte, as empresas podem encontrar todo tipo de informação sobre pastilhas de metal duro: constituição e referências sobre o grau de dureza e tenacidade. Baseando-se nestes dados, é possível escolher a ferramenta mais adequada para cada operação de usinagem. Estar atento a estas especificações na hora da compra é fundamental, pois o rendimento de uma usinagem é diretamente influenciado

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pelas propriedades das pastilhas de metal duro envolvidas neste processo. Uma pastilha (peça também conhecida por muitos como inserto, um neologismo da palavra em inglês insert) que apresenta dureza e tenacidade adequadas para uma determinada aplicação poderá usinar com mais precisão e segurança, alcançando maior vida útil. As características de tais pastilhas são definidas logo em seu respectivo processo de fabricação. Por isso, cada etapa deste processo

deve ser rigorosamente controlada. Na área de negócios Tooling Supply da Sandvik do Brasil, duas áreas são responsáveis por acompanhar a fabricação destas ferramentas, avaliando detalhadamente a qualidade das pastilhas durante todo o processo. O Laboratório de Metrologia analisa as propriedades externas das pastilhas, inspeção que também é chamada de controle dimensional. Já o Laboratório Metalográfico analisa as propriedades internas, em uma avaliação


denominada controle metalográfico. Nesta reportagem, veremos como os controles dimensional e metalográfico são aplicados em cada fase da fabricação das pastilhas de metal duro para garantir a eficiência e o bom desempenho destas ferramentas nas operações de corte.

O pó ganha forma Resultado da metalurgia do pó, os principais elementos utilizados na produção das pastilhas são os carbonetos de tungstênio, titânio, nióbio, tântalo e o cobalto. O pó que é produzido a partir desta composição segue então para a prensagem. Este processo ocorre da seguinte maneira: o pó de metal duro preenche o núcleo da matriz e é prensado pelos punções, ganhando o formato e a geometria final. O técnico instrumentista Sidney Galindo, de uma das áreas de negócios do Grupo Sandvik (Brasil), a Tooling Supply, ressalta que o controle dos equipamentos utilizados na prensagem deve ser extremamente rigoroso. “Para garantir que os equipamentos desempenhem suas funções com precisão, utilizamos máquinas tridimensionais para controlar a cavidade dos núcleos e também mensurar as dimensões externas dos machos (punções) e extratores que são utilizados na fabricação das pastilhas”, explica. De acordo com Galindo, estes cuidados são essenciais para que os componentes sejam fabricados conforme as tolerâncias específicas de sua classe. “Uma matriz com as medidas fora da especificação pode produzir resultados indesejáveis

Rendimento da usinagem é diretamente influenciado pelas propriedades das pastilhas de metal duro

quanto às tolerâncias previstas e, em alguns casos, resultando em perfis deslocados ou rebarbas impossíveis de serem removidas posteriormente”, observa. Outra medida que pode evitar erros dimensionais é identificar com uma etiqueta a data de validade da calibração de cada equipamento. Desta forma, é possível garantir que todo o conjunto estará de acordo com as especificações desejadas. Ainda nesta etapa de fabricação, as pastilhas são pesadas uma a uma por meio de computadores que registram os dados no sistema de controle. Caso algum valor esteja fora do previsto, ainda é possível corrigir as falhas que possam ter ocorrido durante a prensagem.

Para garantir que equipamentos desempenhem suas funções com precisão, são utilizadas máquinas tridimensionais

Um dos motivos que justifica os cuidados com a precisão da produção logo no processo de prensagem é que as tolerâncias definidas nesta fase estão diretamente relacionadas àquelas que serão obtidas na sinterização – próxima etapa da fabricação das pastilhas.

Preenchendo os espaços Na sinterização, as pastilhas de metal duro são levadas a um forno com ambiente a vácuo onde ficam expostas a temperaturas acima de 1.500ºC durante 12 horas. Sob estas condições, elas têm seu volume reduzido em 50%. Durante este processo, o cobalto preenche os poros formados nas pastilhas durante a prensagem. Este elemento confere a tenacidade. Ao final desta fase, as peças sinterizadas apresentarão valores médios de 1.500 Vickers. Depois de concluída mais esta etapa, chega o momento de fazer o controle de primeira fase, quando são realizadas a inspeção visual e dimensional dos componentes. Na análise visual, são selecionadas pastilhas por amostragem para representar cada lote e, com a ajuda de um microscópio, é feita uma avaliação

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gestão empresarial das arestas de corte para verificar se apresentam algum tipo de inconsistência. No controle dimensional, blocos prismáticos são utilizados para avaliar quesitos como círculo inscrito, espessura, diâmetro de furo, altura do fio de corte e ângulos diversos. Além desta análise externa, a inspeção feita após a sinterização também inclui a análise metalográfica para conferir se o material apresenta a dureza exigida para o lote em questão. “Nesta inspeção, avalia-se o tamanho dos grãos de metal duro para verificar se as características internas estão de acordo com as especificações de sua classe”, descreve Flávia Silva, supervisora do Laboratório Metalográfico da Tooling Supply da Sandvik do Brasil. “Para analisar se o metal duro será aprovado ou rejeitado, utilizamos um microscópio com capacidade de ampliar até 2.500 vezes”, explica.

Exatidão no controle Existem casos em que as tolerâncias exigidas para a fabricação de al-

Processo de sinterização das pastilhas

guns itens de aplicação específica são impossíveis de serem alcançadas somente com a precisão da prensagem e da sinterização. Os componentes que devem apresentar estas tolerâncias específicas passam também pelo processo de retificação. Algumas pastilhas que devem ser retificadas são as que apresentam faces de apoio muito planas, arestas de corte com cantos vivos ou perfis/faces de corte com tolerâncias milesimais. Nesta fase é aplicada a usinagem fina, utilizando rebolos de diamante, que podem alcançar tolerâncias de

Passo a passo Conheça as etapas envolvidas na fabricação das pastilhas de metal duro:  Composição: metalurgia do pó dá origem ao metal duro  Prensagem: pó ganha a forma de pastilha  Sinterização: pastilhas são aquecidas. O cobalto preenche os poros do material  Retificação: tolerâncias específicas podem ser alcançadas com usinagem fina  Roneamento: arestas de corte são arredondadas  Revestimento CVD: diferentes camadas ultrafinas são produzidas através de transformações do material por deposição química de vapores  Jateamento: etapa após o revestimento  Inspeção final: assegura a qualidade do produto por meio de análise visual ou computadorizada 18 O Mundo da Usinagem

maior precisão. Durante o procedimento, um software de Controle Estatístico do Processo (CEP) é utilizado para mensurar as dimensões das pastilhas que estão sendo usinadas. Depois de concluída a retificação, as tolerâncias são controladas com projetores de perfil, relógios comparadores milesimais, mesas de seno – equipamentos de precisão utilizados para dimensionar usinagem em peças de geometria angular – e dispositivos que simulam o assento do porta-ferramenta ou da fresa em que a pastilha será montada. Entretanto, Galindo indica que a inspeção das dimensões utilizando os dispositivos simuladores é um processo delicado. “Deve-se ter muito cuidado para que o impacto da medição não danifique a aresta de corte enquanto este equipamento faz a avaliação”, adverte o técnico. A etapa seguinte de fabricação é o roneamento, que consiste no arredondamento das arestas. Este processo é feito com um microjateamento que reforça as arestas de corte e evita problemas de fragilidade durante a usinagem. Além disso, o roneamento também melhora a adesão das camadas de revestimento que



Fernando Favoretto

gestão empresarial

Profissionais da Tooling Supply: Ricardo Cereto, Sidney Galindo, Rudolf Malaquias e Fábio Ladislau Coutinho (da esq. para a dir.) serão depositadas na pastilha durante o processo de revestimento – próxima fase da produção –, pois elimina as rebarbas provenientes da prensagem e minimiza as tensões nas arestas de corte. A medição do roneamento é feita por meio de um software CEP que avalia pontos determinados da aresta de corte, medindo a altura e a largura destes pontos. Ricardo Cereto, técnico de Engenharia de Produção sênior da Tooling Supply da Sandvik do Brasil, afirma que esta avaliação é essencial para garantir a qualidade. “A altura e a largura das arestas estão diretamente ligadas à classe da ferramenta e à aplicação em que será utilizada”, reforça Cereto. Por se tratar de componentes de pequenas dimensões, este processo também deve ser muito bem controlado. Para conter a pressão dos jatos, utilizam-se válvulas de diafragma que são acopladas a manômetros. Estes, por sua vez, são controlados por um programa PLC, também conhecido como Controlador Lógico Programável, recurso que 20 O Mundo da Usinagem

permite controlar os processos em ambientes industriais.

A reta final Depois de garantir que as pastilhas cheguem às suas dimensões ideais, chega a hora de aplicar o revestimento, chamado de revestimento CVD – Chemical Vapour Deposition que, em por tuguês, significa “deposição química de vapor”. Nesta fase, elas seguem para um forno com ambiente a vácuo, com temperaturas que variam entre 850ºC e 1.000ºC. Após alcançar as temperaturas necessárias, diferentes gases são inseridos no ambiente e reagem entre si, formando elementos que são depositados sobre as pastilhas. Após concluído o revestimento, elas passam mais uma vez pela inspeção do Laboratório Metalográfico. “Com um microscópio, avaliamos se as camadas estão de acordo com as características específicas de sua classe e verificamos se há falhas que poderão prejudicar sua performance durante a aplicação”,



gestão empresarial

Transpondo barreiras Sidney Galindo, técnico instrumentista da divisão Tooling Supply da Sandvik do Brasil, é um exemplo de superação. Aos nove meses de idade, ficou surdo em decorrência do sarampo. Apesar das dificuldades apresentadas pela deficiência, sua trajetória é marcada por muitas conquistas, tanto pessoais quanto profissionais. Galindo é a prova de que mesmo com limitações, uma pessoa é capaz de superar seus desafios e ser eficiente em tudo que quiser realizar, tanto é que ele foi o primeiro aluno surdo a se formar no SENAI e hoje é responsável pela área de metrologia no departamento de Controle de Qualidade da Sandvik do Brasil. Quando pequeno, estudou em uma escola para crianças surdas. Mais para frente, foi para uma escola comum, onde prosseguiu os estudos até a oitava série do Ensino Fundamental. Como ainda não existia a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), ele utilizava a leitura labial para compreender as aulas. Paralelamente, o técnico iniciou aulas de fonoaudiologia para desenvolver ainda mais sua comunicação. Depois do Ensino Fundamental, decidiu fazer o curso de Técnico em Mecânica de Precisão no SENAI Suíço Brasileiro. Nesta escola também se formou projetista. Antes de chegar à Sandvik, o técnico já havia estagiado em uma empresa na área de Engenharia. Hoje, as qualidades exigidas em sua área de trabalho na Sandvik são principalmente a concentração, o conhecimento de cálculos e a interpretação de desenhos. “A deficiência física não é impedimento para se viver bem. Apesar de os deficientes terem limitações para desempenhar algumas atividades, tudo é uma questão de superar os desafios de outras maneiras”, acredita o técnico instrumentista.

relata Flávia Silva. Por fim, depois de finalizada a fabricação, as pastilhas passam por uma inspeção visual, que irá detectar possíveis inconsistências do processo de produção. Esta análise pode ser feita por olho humano ou com câmeras de vídeo instaladas nos equipamentos. No caso das câmeras, um computador recebe as imagens das pastilhas para realizar uma comparação com as dimensões padronizadas em sua memória, verificando se não há nenhum tipo de irregularidade. Após comprovada sua qualidade 22 O Mundo da Usinagem

técnica, as pastilhas de metal duro passam pela gravação a laser do código da classe e são finalmente embaladas e etiquetadas, recebendo o número da ordem de produção e enviadas para os estoques, de onde serão distribuídas para as empresas-clientes. Thaís Tüchumantel Jornalista Colaboração: Aldeci Santos, supervisor de Marketing e Treinamento da Sandvik Coromant do Brasil



Divulgação IMIC

mErcado

IMIC - Indústria Mecânica Irmãos Corgozinho atende mineradoras, pedreiras, siderúrgicas e cimenteiras

Proporcionando

soluções diferenciadas para a mineração Especialista na elaboração de projetos e construção de equipamentos de todos os portes, Irmãos Corgozinho alia a economia dos processos à excelência da produção

F

undada em 1974, a IMIC – Indústria Mecânica Irmãos Corgozinho iniciou suas atividades realizando operações de usinagem para terceiros e especializou-se na produção de peças para a indústria de mineração. Aos poucos, a empresa foi ampliando sua atuação e abrangendo os mais diversos processos dentro deste segmento industrial. Adotou uma postura única, oferecendo soluções diferenciadas para cada cliente e foi conquistando credibilidade à medida que honrava 24 O Mundo da Usinagem

cada um de seus compromissos. Os investimentos constantes em tecnologia e serviços fizeram com que a empresa – durante seus 36 anos de presença no mercado – se transformasse em uma organização referência no segmento, graças à velocidade de execução, qualidade e criatividade de seus projetos. A IMIC estabeleceu parcerias importantes com organizações de diversos setores da área de transformação, o que ampliou sua flexibilidade e amplitude de oferta ao mercado.

Potenciais produtivos Especialista na elaboração de projetos, construção, montagem e instalações de equipamentos de todos os portes, com diferentes níveis de automação e alto desempenho operacional, a IMIC oferece ao mercado de mineração, pedreiras, siderúrgicas e cimenteiras, entre outras, soluções de padrão internacional com relação custo–benefício extremamente competitiva. Entre os equipamentos produzidos pela indústria estão alimentadores vibra-


Engenheiros da IMIC aperfeiçoam os processos produtivos continuamente buscando alcançar soluções eficazes e de maior rentabilidade

na mesma proporção em que são devidamente atendidas as solicitações feitas por seus clientes. “Utilizamos nossa competência tecnológica e industrial para entregar soluções e serviços que façam diferença significativa e sustentável ao usuário final”, ressalta o gerente. Visando a maximização dos potenciais produtivos, a IMIC apresenta estrutura flexível, que lhe permite oferecer soluções desde o projeto

até a montagem de equipamentos. Isso garante segurança e tranquilidade, principalmente para empresas que esperam mais do que apenas soluções parciais. Exemplo disso foram as participações da IMIC nas obras da MMX, Minas Ligas, Ical, VALE, LLX, CSN, Itaminas e TCL, entre outras renomadas empresas do setor.

Engenharia Divulgação IMIC

tórios, britadores, transportadores de correias, calhas vibratórias, grelhas, redutores, classificadores helicoidais e peneiras, entre outros. Em sua constante busca por melhoria, a empresa trabalha desde 2008 na nova matriz localizada na cidade de Sarzedo (MG), onde foram investidos R$ 8 milhões com recursos próprios. Construída com tecnologia de ponta, a sede oferece uma dinâmica de operações ágil e eficaz. São 60.000 metros quadrados de área total, com 20.000 m² de área construída. Isto permite a manutenção de uma empresa visionária que sabe que o êxito futuro depende dos investimentos feitos hoje. De acordo com Antônio César Chaves dos Santos, gerente Industrial da IMIC, a base de sustentação do sucesso da empresa se estabelece

Francisco Marcondes

Estrutura flexível permite oferecer soluções desde o projeto até a montagem de equipamentos

Entre os equipamentos IMIC encontram-se peneiras (foto), alimentadores vibratórios, britadores e transportadores de correias

Realizando constantemente pesquisas sobre o comportamento dos equipamentos no fluxo de operações da IMIC, os engenheiros da empresa buscam aperfeiçoar cada vez mais

Com a introdução da família CoroMill da Sandvik Coromant nas operações de fresamento, foi possível reduzir em até 30% os tempos de fabricação de algumas peças O Mundo da Usinagem 25


os processos da organização para alcançar soluções eficazes e de maior rentabilidade. Engenheiros e técnicos da indústria participam de programas de treinamento internos e externos para adquirir capacitação necessária para a manutenção do padrão de excelência da fabricação dos produtos oferecidos. Na produção de tais equipamentos, há uma atividade intensa de calderaria, onde se incluem as etapas de preparação, montagem e solda de componentes. O setor de mecânica cuida da montagem final e dos serviços de manutenção. Já a usinagem é uma das áreas fundamentais, representando algo em torno de 30% a 40% de todo o processo. Os serviços de usinagem, que atendem exclusivamente as necessidades da própria IMIC, variam de operações leves a pesadas e chegam a gerar de 250 a 350 toneladas de peças usinadas por mês. Para se ter ideia das dimensões do processo, a empresa fabrica equipamentos de até 120 toneladas. Para a entrega de um britador, que foi recuperado para uma empresa siderúrgica, por exemplo,

Fotos: Francisco Marcondes

mErcado

Da esq. para a dir.: Paulo Mauricio Martins Ribeiro (Ferramentas Escândia), Antonio César Chaves dos Santos (IMIC), Antonio Pedro da Silva (IMIC) e Claudio José Martins Ribeiro (Ferramentas Escândia) foram necessárias seis carretas para transportar todo o equipamento. A localização estratégica da IMIC ainda permite maior proximidade de seus principais clientes, com quem trabalha em estreita parceria, atendendo exigências específicas, seja de prazo ou de projeto – algo que para muitos de seus concorrentes seria impossível. Esta vantagem competitiva deve-se ao fato de a IMIC ter encontrado um nicho de mercado no qual se tornou uma especialista. Em alguns casos, a empresa assume inclusive a responsabilidade da parte civil de um projeto – a organização já construiu edifícios industriais de oito a nove andares com toda a instalação mecânica, entregando as fábricas prontas para funcionar.

Usinagem é uma das áreas fundamentais da empresa, representando algo em torno de 30% a 40% de todo o processo de fabricação dos equipamentos 26 O Mundo da Usinagem

Investindo na qualidade Com a crescente concentração de investimentos ocorridos na indústria de base do País, a IMIC vem dobrando seu capital ano a ano e, mesmo durante a retração do mercado, ocorrida entre 2008 e 2009, atuou ocupando cerca de 90% de sua capacidade produtiva. Antônio Sobral, gerente de Produção, relata que as exigências de algumas mineradoras fizeram com que a IMIC implementasse melhorias na qualidade total e segurança das operações. Hoje, toda a planta da IMIC é certificada para atender inclusive exigências ambientais, e todos os processos podem ser rastreados. Isto é particularmente interessante quando consideramos o fato de que 80% do que é produzido pela empresa é feito sob encomenda e somente 20% vem da produção seriada. O diretor Antônio Pedro da Silva conta que os equipamentos produzidos pela IMIC trabalham até 24 horas diárias em algumas mineradoras. Isso significa que, se a máquina parar, toda a operação será interrompida – por isso, todo o projeto é executado dentro da filosofia de zero parada. Deste modo, quando são realizados investimentos em ferramentas, a prioridade não é o preço, mas sim o



mErcado que o produto vai gerar em termos de resultado final para as operações. Neste caso, a empresa investe no que existe de melhor no mercado, pois precisa oferecer serviços de qualidade no menor prazo possível. Existem clientes no ramo da mineração que muitas vezes preferem descartar um equipamento que poderia ser recuperado e comprar um novo, pois a eficiência é mais importante do que a durabilidade. Nestes casos, a satisfação do cliente está na manutenção do fluxo contínuo e ininterrupto da planta produtiva.

Parceria significativa Em face deste cenário, a empresa encontrou no fornecedor Ferramentas Escândia o parceiro ideal para o fornecimento de so-

luções para o setor de usinagem. Trabalhando em conjunto com a engenharia de Produção da IMIC, o fornecedor é responsável pelo gerenciamento do ferramental, que inclui o acompanhamento do fluxo de ferramentas na fábrica, pressetting, elaboração das folhas de montagem, par ticipação na elaboração dos processos de usinagem, gestão do consumo e reposição do almoxarifado. Buscando sempre oferecer alternativas de alta tecnologia, a Ferramentas Escândia contribuiu para que os resultados da IMIC, em termos de produtividade e custos finais de fabricação, sejam os diferenciais competitivos da empresa. Claudio José Martins Ribeiro, consultor técnico de Vendas da Ferramentas Escândia, relata que,

com a introdução da família CoroMill nas operações de fresamento, foi possível reduzir em até 30% os tempos de fabricação de algumas peças. As economias proporcionaram 29,5% de retorno sobre o capital que a IMIC investiu na compra de ferramentas fornecidas pelo fornecedor. O aumento de produtividade foi tão expressivo que permitiu à IMIC reinternalizar muitas peças que eram fabricadas por terceiros. A economia proporcionada pôde ser redirecionada para o aumento da capacidade produtiva, consolidando um círculo virtuoso de competência e capacidade da organização. Francisco Marcondes Editor-chefe de O Mundo da Usinagem



chão de fábrica

Organização

Método 5S é aplicado com sucesso nas áreas produtivas e administrativas da Tooling Supply

N

a repor tagem “Proteção individual também é prioridade”, publicada na seção ‘Chão de Fábrica’ da edição 66 da Revista O Mundo da Usinagem, foi abordado o método de trabalho 5S – também conhecido como Housekeeping – implantado em 2006 na divisão Tooling Supply da Sandvik do Brasil. Desenvolvido no Japão após a Segunda Guerra Mundial, o método 5S busca promover a disciplina no trabalho por meio da consciência e responsabilidade de todos os profissionais envolvidos nos processos de uma indústria ou empresa. Por meio desta filosofia, é possível tornar o ambiente laboral mais agradável, seguro e produtivo, trazendo assim inúmeros benefícios para a organização. Focada em cinco conceitoschave orientadores, a técnica dos 5S compreende ideias simples e eficientes, e cada conceito é representado por uma palavra em japonês iniciada com a letra “S” (veja o quadro Cinco dicas úteis na prática). 30 O Mundo da Usinagem

Ilustração: Rogério Morais

valiosa Filosofia 5S possibilita alcançar melhorias nos processos produtivos do chão de fábrica, reduzindo riscos de acidentes

Maior produtividade Coordenado por Raquel Bidin e Renata Sena, respectivamente analista e assistente de Qualidade Assegurada de uma das áreas de negócios do Grupo Sandvik (Brasil), a Tooling Supply, o programa baseado na filosofia 5S melhorou aspectos de organização e limpeza da fábrica, reduzindo também os riscos de acidentes. Devido aos benefícios obtidos com este programa nas áreas produtiva e administrativa, e também em razão da boa gestão realizada pela empresa, Raquel Bidin foi convidada para implantar o mesmo projeto na filial da Tooling Supply Tools da Sandvik nos Estados Unidos.

Segundo Raquel, o sucesso do programa está diretamente relacionado ao comprometimento da direção, dos gestores e dos colaboradores da empresa com os princípios da filosofia; além do engajamento dos profissionais que realizam a fiscalização do cumprimento de cada uma das metas do programa por meio de auditorias internas. Veja em nossa próxima edição como o conceito 5S foi aplicado na Tooling Supply e por quais motivos o projeto se tornou referência para outras subsidiárias da organização no mundo. Fernanda Feres Jornalista

Cinco dicas úteis na prática 1. SEIRI (Senso de utilização): separar o que é utilizado para efetuar seu trabalho e descartar o que não é utilizado 2. SEITON (Senso de organização): manter o local de trabalho sempre organizado e definir um local de armazenagem para cada coisa 3. SEISO (Senso de limpeza): manter o local de trabalho sempre limpo 4. SEIKETSU (Senso de asseio): manter a higiene em todos os locais da empresa, quer sob o aspecto físico ou mental 5. SHITSUKE (Senso de autodisciplina): disciplina moral e ética


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Fotomontagem: Shutterstock / Rogério Morais

ideias e pensamentos

Trabalho e vida pessoal

em equilíbrio Não é preciso criar estratégias mirabolantes para manter a qualidade de vida. A solução pode ser mais simples do que se imagina

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e acordo com uma pesquisa realizada em 2005 pela International Stress Management Association – associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção –, os executivos brasileiros ocupam o segundo lugar do ranking dos profissionais mais estressados do mundo, perdendo apenas para os japoneses. Ao todo, 1.000 executivos de oito países foram selecionados para responder esta pesquisa. Entre os brasileiros entrevistados, constatou-se que cerca de 30% sofrem de burnout – nome dado ao estado de exaustão física e mental 32 O Mundo da Usinagem

de um indivíduo que pode levar a sérios problemas de saúde, como a depressão. O estresse pode ser resultado de uma rotina de trabalho desgastante e que compreenda carga horária extensa. Geralmente os profissionais que se encontram neste estado físico e psicológico trabalham em rotina de pressão, seja ela imposta pela empresa (que muitas vezes exige indíces de produtividade altamente rigorosos), ou pela própria pessoa – que traça para si metas de trabalho inalcançáveis em curto prazo. Diante destas condições, é quase impossível encontrar tempo e ener-

gia para se dedicar à vida pessoal e, com isso, muitos acabam deixando a família, os amigos e até mesmo a saúde em segundo plano.

Escolhas decisivas Em um primeiro momento, a dedicação exclusiva à carreira pode parecer algo positivo, pois normalmente os colaboradores que trabalham até muito tarde são considerados bons profissionais por seus colegas e reconhecidos por seus superiores. Por meio dos esforços destes trabalhadores, em grande parte das vezes os resultados propostos pela empresa são alcançados e as metas



ideias e pensamentos são cumpridas até mesmo antes dos prazos previstos. No entanto, Victor Mangabeira Cardoso dos Santos, terapeuta analítico-comportamental, adverte que as consequências negativas desta postura só se tornam evidentes depois de muito tempo. “Com o passar dos anos, a pessoa começa a ter dificuldades de se comunicar com a família, percebe que os filhos estão distantes e desconhece os acontecimentos que se passam em seu meio social”, assinala. A longo prazo, os profissionais ‘viciados’ em suas tarefas – conhecidos também como workaholics – também podem trazer prejuízos à organização. Trabalhando diariamente até altas horas, sua produtividade será menor, pois não terá as condições físicas e psicológicas necessárias para cumprir as atividades de forma eficiente no dia seguinte. Em casos mais extremos, problemas de saúde podem ainda afastar o

funcionário da empresa e, então, os custos que deverão ser dispendidos na reposição e capacitação de outro colaborador podem ser elevados.

Competências pessoais Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), aponta que uma das causas que fazem com que as pessoas sofram de estresse no ambiente profissional é o fato de trabalharem de forma “dura”, ou seja, elas não utilizam suas competências pessoais para a execução das tarefas profissionais. Algumas destas competências são: comunicação interpessoal, inteligência emocional, aptidão em negociações e habilidade para solucionar problemas e lidar com conflitos de forma equilibrada. “Hoje as empresas não procuram apenas um profissional que conheça tecnicamente o trabalho a ser desempenhado, mas também pessoas

Saúde em primeiro lugar Em função da extensa carga horária de trabalho que devem cumprir diariamente, muitas pessoas deixam de encarar a saúde como prioridade. E, com o passar do tempo, alguns sintomas resultantes desta falta de cuidado podem começar a aparecer. “O amadurecimento profissional geralmente acontece também em um período de maturidade pessoal, em que as responsabilidades do trabalho se somam às necessidades de segurança financeira e de garantir o sustento da família”, observa Aldo Lúcio Fuschini, gestor de Saúde e Segurança da Sandvik do Brasil. Problemas de saúde como riscos cardiovasculares, hipertensão arterial e quadros diabéticos são alguns dos riscos a que estas pessoas estão sujeitas. Além disso, o consumo de álcool e tabaco podem agravar este quadro. “As pessoas devem ter consciência de que pequenas práticas saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática constante de atividades físicas, podem reverter esta situação se forem incorporadas à rotina profissional”, alerta Fuschini.

34 O Mundo da Usinagem


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Falta de tempo pode ser sinal de desorganização. É preciso saber administrar este recurso para que ele seja mais bem aproveitado

que saibam se adaptar a qualquer função”, relata o presidente. “Alguém que não desenvolve as competências pessoais certamente terá dificuldades para se encaixar no mercado de trabalho e, muito provavelmente, sofrerá com o estresse da competição e com o medo de perder o emprego”, adverte Matta. O presidente da SBC acredita que a reinvenção da vida profissional tem desdobramentos na vida pessoal. Trabalhando de forma menos desgastante e mais equilibrada, o colaborador poderá dispor de tempo para se dedicar a si mesmo e àqueles com quem convive, além de manter a saúde física e mental – contribuindo também para a rentabilidade de suas tarefas profissionais. 


ideias e pensamentos Estresse pode ser resultado de uma rotina de trabalho desgastante com carga horária extensa

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O tempo é precioso

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É comum sentir que o tempo passa mais depressa naqueles dias em que a quantidade de trabalho é maior. Esta impressão parece ainda mais evidente ao final do expediente, quando se percebe que não houve tempo para concluir algumas tarefas impor tantes. Entretanto, há formas de fazer com que este recurso tão escasso seja mais bem aproveitado, tanto no ambiente de trabalho quanto no período dedicado à vida pessoal. Rogerio Martins, sócio-diretor da Persona Consultoria & Eventos – consultoria da área de recursos humanos –, indica algumas ferramentas simples, porém eficazes, que ajudam a gerenciar as atividades ao longo do dia. “O primeiro

passo é tirar as pendências, tarefas e compromissos da memória e transferir para o papel, seja em uma agenda ou em um bloco de anotações”, sugere Martins. Desta forma, não haverá risco de esquecer a realização de atividades importantes, o que é comum em um dia atarefado. Outra ação simples é priorizar as tarefas mais complexas e que exigem maior esforço e concentração, para que sejam concluídas logo no início do expediente. Assim, é possível retirar aquilo que é mais trabalhoso do caminho, deixando o dia livre para outras atividades. “Esta prática é fundamental, pois é no começo do dia que a pessoa demonstra forças renovadas e maior disposição”, justifica Martins. Ele lembra também que o principal desafio para o bom gerenciamento do tempo é estar disposto a cultivar estas estratégias diariamente: “É preciso enfrentar a resistência pessoal na hora de mudar os hábitos no trabalho; só assim os resultados serão percebidos”. 

Trabalhando de forma menos desgastante e mais equilibrada, o colaborador poderá dispor de tempo para se dedicar a si mesmo e àqueles com quem convive

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ideias e pensamentos

Ao contrário do que se pode imaginar, o lazer está ao alcance de todos, mesmo para aqueles que devem cumprir carga horária de trabalho mais extensa 

Momentos para o lazer Depois de colocar a vida profissional nos eixos, é hora de pensar no tempo que dedicamos a nós e ao convívio social, seja com a família ou com os amigos. Ao contrário do que se pode imaginar, o lazer está ao alcance de todos, mesmo para quem deve cumprir uma carga horária de trabalho mais extensa. “Muitas pessoas acreditam que para se ter qualidade de vida é preciso ter muito tempo disponível e fazer atividades extraordinárias, como passar horas na academia ou viajar todos os finais de semana”, avalia Martins. “Na verdade, atividades de curta duração, que sejam praticadas periodicamente, podem apresentar resultados melhores”, esclarece. Uma boa leitura, um passeio com os filhos durante a semana e a prática de esportes são ações que estão ao alcance de todos, e que, se feitas constantemente, podem tornar a rotina mais agradável e menos estressante. Aldo Lúcio Fuschini, gestor de Saúde e Segurança da Sandvik do

38 O Mundo da Usinagem

Brasil, também sugere que a prática de esportes seja inserida na rotina dos profissionais para contribuir para o seu bem-estar. “As atividades físicas devem ser escolhidas de acordo com o tempo e os recursos que a pessoa dispõe, podendo ser uma simples caminhada ou até mesmo uma modalidade esportiva mais sofisticada; é válida qualquer ação que estimule seu condicionamento físico e que lhe dê prazer”, indica Fuschini. O gestor acrescenta que pessoas que fazem parte de algum tipo de comunidade tendem a ter maior qualidade de vida, seja com amigos do clube, do bairro ou que praticam o mesmo hobby. Nestes ambientes as pessoas podem encontrar o espaço que precisam para desenvolver sua vida social. “É saudável ter este convívio, pois os vínculos fortalecem o indivíduo e proporcionam maior bem estar à sua vida”, conclui Fuschini. Thaís Tüchumantel Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



nossa parcela de responsabilidade

Não basta

A

pós 18 meses vivendo a maior das recessões em nossa economia – reflexo direto da crise do mercado imobiliário norte-americano –, o mercado brasileiro começou a se recuperar no decorrer de 2010. Muitas mudanças foram necessárias durante o período de recesso, principalmente para adequar o resultado financeiro das empresas, os quais foram drasticamente afetados pela redução das vendas. As empresas buscaram reduzir custos em todos os sentidos e um dos recursos encontrados foi a redução de pessoal. É muito difícil encontrar uma empresa do setor metalmecânico que não tenha dispensado colaboradores durante esta crise. Agora, passado o pior momento e com os bons sinais da retomada da economia, nos deparamos com outro desafio: recuperar ou ainda superar os níveis de eficiência operacional que possuíamos antes da crise. É imprescindível que as empresas façam as devidas reposições em suas estruturas, mas isto não é suficiente. Precisamos de algo mais em nossas organizações; algo que

40 O Mundo da Usinagem

vai além da simples necessidade e, por conseguinte, do simples ato de fazer. A grande mudança neste momento não será aquela que a empresa vai fazer, mas é aquela que podemos fazer em nós mesmos. Agora é a hora de criar motivação além da simples vontade de fazer. Isto quer dizer: é hora de superação. Muitas vezes esperamos que a empresa crie as condições para a nossa motivação e esquecemos que a motivação é um estado de espírito e, portanto, está dentro de nós e somente nós podemos potencializá-la. É preciso fazer de forma diferente, fazer com motivação além da vontade, e isto só conseguimos fazendo com o coração. É óbvio que somos influenciados pelo ambiente e por algumas circunstâncias, mas não podemos nos esquecer que a força da nossa motivação reside em nosso coração. Muitas vezes nos comparamos com outras pessoas dentro da organização e ao fazer isso acabamos por limitar nossas possibilidades, porque enxergamos somente com os olhos e não com o coração.

Fernando Favoretto

fazer... Controlamos os nossos atos e definimos o nosso comportamento. Desta forma, temos que balancear de que maneira e o quanto estamos sendo influenciados pelo ambiente ao nosso redor. Temos que criar nossos próprios desafios e definir nossos objetivos. Não importa onde já tenhamos chegado, mas sim para aonde queremos ir. Neste sentido, se você não sabe para aonde está indo, qualquer lugar há de servir e qualquer resultado estará bom. Não haverá superação e, portanto, não haverá crescimento. É preciso deixar de lado o egoísmo, o medo de assumir riscos e buscar a inovação em cada detalhe do que fazemos. Fazer diferente a cada dia, superar as nossas próprias expectativas. Superando-nos a cada dia, estaremos criando a motivação fundamental para impulsionar o crescimento de nossa empresa e, por consequência, o nosso crescimento.

Fernando Garcia de Oliveira Ger. de Marketing e Treinamento Sandvik Coromant do Brasil


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