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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Autocam Melhor preparada para a retomada, empresa cresce no mercado Biblioteca Brasiliana A contribuição de José Mindlin à cultura brasileira

Indústria automotiva

Realidade virtual e manufatura flexível viabilizam produção caótica


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Irum Shahid

pAra começar... Esperança, chama que não se estingue enquanto há fé. Luz de ânimo e sinal de vida no caminho do peregrino. Símbolo de crença dos que se curvam ante à própria pequenez em prol da elevação da alma. Busca que busca e a chama se acalma, fazendo ascender o coração do homem.

O Mundo da Usinagem


69 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 07 / 2010

03 para começar...

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Ercília Soares Araújo

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 Machine Investments: Manutenções e pequenos lotes sustentam mercado de Furadeiras Convencionais 10 Chão de Fábrica: Nova abordagem amplia escopo do método de trabalho 5 S 16 e stratégia: Autocam alcança maior competitividade

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Divulgação General Motors

com Revisão dos processos de usinagem 26 de olho no mercado: Indústria automoTIVA busca flexibilidade e estratégias inovadoras 32 IDeias e Pensamentos: DOAÇÃO DE ACERVO DE JOSÉ MINDLIN RESULTA NO PROJETO BRASILIANA USP 40 Nossa parcela de responsabilidade

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Fernando Favoretto

42 anunciantes / distribuidores / fale com eles

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: Equipe House Press Propaganda (Natália Carcavilla, Ronaldo Monfredo, Décio Colasanti, Rogério Morais e Tiago Marques). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Gráfica: Company



Ercília Soares Araújo

machine investments

Equipamentos tradicionais são referência em

processos de furação

Indispensáveis em indústrias e oficinas de todo o País, furadeiras convencionais recebem inovações tecnológicas

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esenvolvidas com base nos antigos tornos mecânicos, as furadeiras convencionais são utilizadas para realizar diversas operações de furação. Nas indústrias de manufatura, estes equipamentos são fundamentais para qualquer processo de usinagem, já que a maior parte das peças usinadas necessita de pelo menos um furo para receber encaixes e outros procedimentos. De acordo com Mauro Eduardo Trevisan, gerente de Marketing e Vendas Internacionais da DEB’MAQ,

O Mundo da Usinagem

fabricante de máquinas-ferramenta, as furadeiras estão presentes em praticamente todas as oficinas e indústrias do País pois, em sua maioria, são utilizadas como equipamentos de apoio. “Pensando na linha de máquinas-ferramenta, este tipo de equipamento é um dos mais populares do mercado”, analisa Trevisan. Segundo Thiago Henrique Santos Apipi, gerente Comercial da ATLASMAQ – fabricante de equipamentos para os mais variados segmentos da indústria –,

além de empresas de usinagem, mineradoras e estaleiros também são importantes usuários de furadeiras. Geralmente compostas por um cabeçote, denominado fuso, responsável por colocar uma ferramenta (broca) em rotação, as furadeiras podem apresentar diferentes tamanhos, modelos e serem destinadas a diversas aplicações, podendo realizar desde uma operação simples, como furos de pequeno diâmetro, até uma furação complexa, que exige alta precisão.


Diversidade de aplicação

Divulgação DEB'MAQ

Furadeira Radial FRN 100/3150, da DEB’MAQ, é capaz de realizar furos de até 100 mm

Furadeira de coluna é ideal para executar furos de até 45 mm

Divulgação DEB'MAQ

No setor industrial são utilizadas furadeiras de bancada, de coluna, fresadoras e radiais. De acordo com Apipi, as primeiras furadeiras de bancada apresentavam sistema de troca de velocidade por meio de correias e eram ideais para fazer furos de até 25 mm. Hoje, este equipamento ainda é utilizado para realizar pequenos furos; porém, com as recentes evoluções tecnológicas, as operações se tornaram mais rápidas e práticas. “Desenvolvemos uma furadeira de bancada totalmente engrenada e com troca rápida de velocidade, realizada por meio de uma manivela. Assim, o profissional não precisa parar a operação para modificar a velocidade ou rotação do equipamento”, ressalta o gerente da ATLASMAQ. Para operações de furação de peças maiores, as furadeiras de coluna são as mais adequadas, pois apresentam coluna maior do que as de bancada e capacidade de furação

este dispositivo encontrado em todos os nossos modelos de furadeiras e fresadoras”, analisa Apipi.

Sem erros

de até 45 mm. Neste equipamento, a evolução mais recente é o sistema ‘saca-broca’ – dispositivo que evita que o operador empurre a ferramenta para que ela se solte. “É um dispositivo simples e rápido, em que apenas girando um botão é possível soltar a broca ou encaixá-la em seu devido lugar, facilitando a operação”, explica. Outro equipamento bastante utilizado para executar furos de até 45 mm são as furadeiras fresadoras. “Estas máquinas possuem todas as funções de uma furadeira, contudo, também permitem realizar algumas operações típicas de uma fresadora”, aponta Trevisan, da DEB’MAQ. Com mesa coordenada de avanço automático, as furadeiras fresadoras são versáteis e alguns modelos possuem dispositivos de microavanço para furo. “Esta característica é importante porque toda furação necessita de precisão, e é possível alcançar um alto nível de confiabilidade com

Na opinião de Trevisan, apesar de existir furadeiras radiais de pequeno porte, estes equipamentos são destinados principalmente para a usinagem de furos de grande diâmetro, com elevada remoção de cavacos. “Temos uma furadeira radial, a FRN 100/3150, com capacidade para fazer furos de até 100 mm, um diferencial no mercado de furação, já que normalmente a capacidade das máquinas convencionais é de até 60 mm”, explica o gerente da DEB’MAQ. Para Apipi, quando se trata de peças de grande porte, é fundamental que o operador realize as atividades de furação com o máximo de precisão possível, para não haver risco de danificar as peças. Pensando nisto, a ATLASMAQ desenvolveu uma furadeira radial com tecnologia digital para facilitar o comando das coordenadas. “Conseguimos proporcionar redução relevante de desperdício de material com esta tecnologia, garantindo maior exatidão das operações”, comenta o gerente da ATLASMAQ. Assim como em diversos processos de usinagem, precisão é uma característica essencial para que as furadeiras alcançem excelentes desempenhos. Segundo Apipi, para oferecer alta precisão, o equipaO Mundo da Usinagem


machine investments

Robusta Versátil Montada com sistemas precisos Operada por profissionais qualificados mento deve ser robusto, versátil e permitir operações variadas de furação, tanto em diferentes tamanhos quanto em distintas posições. Trevisan ainda ressalta que a precisão de uma furadeira convencional, não computadorizada, depende dos ajustes mecânicos realizados, e por isso é imprescindível que a empresa fabricante tenha conhecimento e experiência neste mercado. “O que vai garantir a qualidade de uma furadeira é o fato de este produto ser fabricado

Divulgação ATLASMAQ

Furadeira fresadora FF-45PRAA da ATLASMAQ garante alta precisão

O Mundo da Usinagem

por meio de um processo adequado e confiável, com mão-de-obra especializada e sistemas de montagem precisos”, aponta.

Análise necessária Atualmente, também é possível realizar operações de furação em centros de usinagem ou em fresadoras CNC, entre outras máquinas. No entanto, é preciso analisar o custo–benefício da operação para executar a furação nestes equipamentos. De acordo com o gerente da DEB’MAQ, diversos fatores podem influenciar na escolha da máquina ideal para o processo de furação. “Um deles é a questão do custo, que em uma furadeira convencional será muito menor do que em um centro de usinagem”, avalia Trevisan. Segundo Apipi, dependendo da operação e da competitividade do produto que está sendo ofertado ao mercado, muitas vezes é inviável realizar o processo de furação em um centro de usinagem. “No caso de operações em pequena escala, o ideal é executar o processo em furadeiras tradicionais, pois o custo–benefício será mais vantajoso”, explica o gerente da ATLASMAQ. Trevisan assinala que a complexidade da peça que será usinada e o número de furos a ser realizado também são fatores importantes na hora desta decisão. “Se for preciso fazer diversos furos em uma só peça, a utilização de uma furadeira convencional não é a melhor opção, pois haverá perda de tempo e precisão, já que o operador terá que ajustar a máquina várias vezes”. Portanto, é preciso analisar as particularidades de cada processo para

Divulgação ATLASMAQ

Para garantir qualidade e precisão, uma furadeira deve ser...

Tecnologia digital incorporada à Furadeira Radial da ATLASMAQ facilita o comando de coordenadas. Na foto, Thiago Henrique Santos Apipi, gerente Comercial eleger o equipamento de furação mais adequado. No caso de peças seriadas com alta complexidade e que exigem alta precisão, a melhor escolha seria utilizar um centro de usinagem ou um centro de furação. Já se a operação for mais simples ou demandar pequenos lotes, ou no caso de pequenas oficinas de manutenção, onde a necessidade da execução de um furo qualquer pode surgir inesperadamente, o mais comum seria a utilização de furadeiras tradicionais. Para os gerentes da ATLASMAQ e da DEB’MAQ, a utilização de furadeiras manuais sempre terá sua importância nas indústrias e oficinas do País, por tratar-se de uma máquina básica para toda empresa que atua no mercado de usinagem. “Só deverão investir em centros de furação aquelas indústrias que realmente trabalham com processos complexos e com produção seriada”, esclarece Trevisan. Fernanda Feres Jornalista



Arquivo AB Sandvik Coromant

chão de fábrica

Como conscientizar boas práticas Focado no ambiente de trabalho, programa aplicado na Tooling Supply da Sandvik do Brasil se tornou referência na organização

P

ensando na manutenção da qualidade e no desenvolvimento de novos produtos, uma das áreas de negócio do Grupo Sandvik, a Sandvik Tooling Supply, trabalha no Brasil com o conceito de melhoria contínua, tanto nas áreas administrativas quanto no chão de fábrica. Foi seguindo esta filosofia que o setor de Qualidade Assegurada, no Brasil, decidiu implantar em 2006 o programa 5S – também conhecido como Housekeeping (expressão que em inglês significa ‘cuidar da casa’) –, aplicado às áreas 10 O Mundo da Usinagem

de pastilhas, ferramentas e centro de distribuição, se estendendo posteriormente ao departamento de Administração Corporativa da Tooling Supply. Implantado por Raquel Bidin e atualmente coordenado por Renata Sena, respectivamente analista e assistente de Qualidade Assegurada da Sandvik Tooling Supply no Brasil, este conceito – que havia sido implantado na empresa somente de forma introdutória, sem apresentar bons resultados – envolve hoje aproximadamente 190 profissionais.

“Atualmente, utilizamos recursos que ajudam a manter a eficiência do método de trabalho 5S e, periodicamente, procuramos inserir novidades para que todos os colaboradores participem ativamente do programa”, aponta Raquel. Desenvolvido no Japão após a Segunda Guerra Mundial, o 5S busca promover a disciplina de todos os profissionais envolvidos nos processos de uma empresa ou indústria por meio de cinco conceitos base, que ajudam a tornar o ambiente de trabalho mais agradável, seguro e produtivo.


Tendo como finalidade evitar a duplicidade de material e reduzir o tempo de procura de documentos e ferramentas, o conceito Seiri, adaptado na Tooling Supply como Senso de Utilização, consiste em separar o que é utilizado para a realização do trabalho e descartar o que não é utilizado, assim como identificar todos os objetos e materiais envolvidos nos processos. Desta forma, é possível obter maior espaço para armazenamento de materiais e melhor visualização do ambiente de trabalho. Seguindo a mesma linha do conceito anterior, a ideia do segundo ‘S’ – Seiton ou Senso de Organização – é manter os departamentos da empresa sempre organizados e definir um local de armazenamento para cada objeto. “Como trabalhamos com três turnos

Para manter a eficiência do 5S na Tooling Supply foi criado um método de manutenção, realizado por meio de auditorias internas na fábrica, este procedimento facilita a organização do ambiente e obtemos maior controle dos equipamentos e ferramentas utilizados”, explica Raquel. Já o conceito Seiso é voltado para a limpeza tanto dos departamentos envolvidos no programa quanto das áreas comuns da empresa, como banheiros, corredores e áreas de café.

Outro conceito relacionado à limpeza é o Seiketsu, ou Senso de Asseio. Este ‘S’ consiste em preservar a higiene em todos os locais de trabalho, quer sob o aspecto físico ou mental. Segurança também é um ponto importante e é por isso que neste ‘S’ são observadas questões como utilização correta de EPI’s, identificação e localização de objetos de segurança, como extintores de incêndio, e outros fatores indispensáveis para o bem-estar dos profissionais da organização. “Algumas áreas trabalham com produtos químicos e, portanto, é necessário disponibilizar a folha de dados para situação de emergência durante a utilização destes produtos”, ressalta Renata. Para verificar se os procedimentos do programa 5S estão sendo seguidos naturalmente pelos colaboradores da Tooling Supply, estabeleceu-se o quinto ‘S’ - Shitsuke, ou Senso de Autodisciplina, que abrange o comprometimento dos profissionais com o programa. “Podemos perceber a mudança cultural Fernando Favoretto

Simples e eficiente

Fernanda Feres

Com o objetivo de manter a organização e limpeza da fábrica, reduzir riscos de acidentes, evitar desperdícios e melhorar a produtividade das operações e a qualidade de vida dos profissionais, a filosofia 5S é um conceito que visa a melhoria do ambiente de trabalho, mas que, devido à sua simplicidade, pode ser aplicado também na vida pessoal do colaborador. O método recebeu este nome por causa das iniciais das palavras japonesas que sintetizam o programa. Entre os conceitos adotados e também adaptados pela Tooling Supply estão o Seiri (Senso de utilização), Seiton (Senso de organização), Seiso (Senso de limpeza), Seiketsu (Senso de asseio) e Shitsuke (Senso de autodisciplina).

Mudança cultural na Tooling Supply pode ser percebida por meio de diversas atitudes, como a realização adequada da coleta seletiva O Mundo da Usinagem 11


na empresa por meio de diversas atitudes, como a realização adequada da coleta seletiva”, comenta Renata.

Trajetória

De acordo com Raquel, a implantação e adaptação do programa 5S na Tooling Supply foram realizadas em três etapas. A área de pastilhas foi a primeira a receber a fase de treinamento, em que os profissionais que não conheciam o método 5S foram orientados sobre o conceito e os procedimentos da filosofia. Para os que já haviam participado do programa, foram realizadas reuniões que abordaram os principais desafios para a implantação e manutenção do novo método. Após a etapa de treinamento, foi realizado o ‘Dia D’, caracterizado por um trabalho em conjunto de todos os profissionais envolvidos no projeto para a aplicação dos três primeiros sensos, com o objetivo de eliminar desperdícios causados pela falta de organização e limpeza nos locais de trabalho. “Neste dia, dedicamos um

Fernanda Feres

chão de fábrica

período de aproximadamente cinco horas para demonstrar na prática a importância de adotar os sensos de utilização, organização e limpeza, contando também com a colaboração dos diretores e gerentes da empresa”, comenta Raquel.

Medidas inteligentes Para manter a eficiência do programa foi criado um método de manutenção do 5S, realizado especialmente por meio de auditorias internas. As auditorias são realizadas em dupla, por auditores voluntários e qualificados de diferentes áreas, onde a cada três meses ocorrem auditorias surpresa nas áreas. No dia em que são realizadas as auditorias, tudo o que está correto e incorreto

Ampliando o método 5S Nos últimos anos, três conceitos foram incorporados ao método japonês de trabalho 5S, que segue cinco procedimentos simples para melhorar o desempenho dos processos de empresas e indústrias e também o bemestar dos profissionais. São eles: Setsuyaku (Senso de economia): quando os demais sensos estiverem incorporados à rotina dos profissionais, a economia e o combate ao desperdício devem ser realizados por todos os colaboradores da empresa Shikari Yaro (Senso de determinação): a primeira fase de implantação do 5S deve ter o comprometimento integral da Direção da empresa com o programa Shido (Senso de treinamento): deve ser realizado logo após a primeira fase de comprometimento dos profissionais

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Departamento que alcança a maior pontuação em cada auditoria tem direito a café da manhã especial e de ficar com o troféu rotativo do 5S

em cada área é documentado pelos auditores, por meio de fotos e pelo preenchimento de um formulário padrão. Uma pontuação é dada pelo auditor para cada item analisado e caso a nota seja abaixo de 100%, é necessário apresentar uma justificativa, que servirá de base para a posterior ação corretiva. Finalizada esta etapa, são computados os dados e uma pontuação geral é disponibilizada para cada área. O departamento que receber a maior nota em cada auditoria tem o direito de ficar com o troféu 5S – que é rotativo – até o próximo ciclo de auditoria. Além do troféu, os profissionais do departamento vencedor ganham um café da manhã especial. É importante ressaltar que cada área possui uma nota mínima a ser atingida nas auditorias e, caso esta pontuação não seja alcançada, é necessário realizar um ‘Dia D’ complementar para que o departamento corrija o que for preciso, se alinhando assim ao que é praticado pelo restante da organização. Divulgado nos murais da fábrica, o ranking com a posição de cada departamento é enviado, junto aos resultados das auditorias, para os gestores e supervisores de cada área. Para que o método corretivo seja seguido adequadamente, é gerado também um plano de ação por conta



das não conformidades detectadas nas auditorias. “Este plano tem os prazos negociados com os gestores para a tomada de ação corretiva e, quinzenalmente, a Qualidade verifica se as ações foram concluídas e se a não conformidade foi eliminada”, aponta Raquel.

Conscientização Segundo Raquel, a principal ferramenta de conscientização do programa são as auditorias, pois os auditores passam a ser vistos como fiscais do programa 5S. “Existe uma alternância de auditores para que todos possam conhecer mais o método, garantindo a constante reciclagem de treinamento, já que é também responsabilidade do auditor orientar os profissionais que estão tendo uma atitude incorreta”, informa. Para a analista, o principal resultado obtido com a implantação do programa 5S foi a mudança de comportamento dos profissionais. “Percebemos que as pessoas realmente se preocupam com a organização e limpeza do ambiente de trabalho e isso nos trouxe inúmeros

Fernanda Feres

chão de fábrica

Renata Sena e Raquel Bidin, do setor de Qualidade Assegurada, são responsáveis pelo desenvolvimento do 5S na Tooling Supply da Sandvik do Brasil benefícios, como redução de riscos de acidentes e melhoria na qualidade do produto”, garante Raquel. “O sucesso do programa se deve principalmente à manutenção que é realizada por meio de auditorias internas e ao comprometimento da Direção e dos profissionais envolvidos”, enfatiza. De acordo com Renata, a Tooling Supply pretende incorporar mais três conceitos ao programa 5S (veja mais informações no quadro Ampliando o método 5S). Nesta nova estrutura, seriam implantados o Setsuyaku (Senso de Economia), Shikari Yaro (Senso de Determinação) – que na realidade já é praticado com o com-

prometimento da Direção da empresa – e Shido (Senso de Treinamento). Devido ao comprometimento da equipe que implantou o 5S, da Direção e dos colaboradores envolvidos, o método adotado e adaptado pela Tooling Supply da Sandvik do Brasil se tornou referência para outras subsidiárias da organização. “Fomos convidados a implantar o projeto e orientar os profissionais sobre os conceitos e manutenção do 5S na filial da Tooling Supply Tools da Sandvik dos Estados Unidos”, evidencia Raquel. Fernada Feres Jornalista



Fernando Favoretto

Estratégia

Otimização que garante

competitividade Durante o período de recessão econômica, Autocam investiu em melhorias nos processos do chão de fábrica e hoje colhe os bons frutos destas ações

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esde o início de 2010, o setor automotivo tem surpreendido positivamente a economia nacional devido ao seu rápido reaquecimento após o período turbulento instalado pela crise financeira mundial de 2008. Muitas montadoras de automóveis e veículos pesados tiveram que dobrar os turnos de trabalho em suas fábricas para atender o aumento da demanda. Também para suprir esta necessidade, empresas de todo o segmento realizaram investimentos significativos para ampliar

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a produtividade de suas unidades fabris. Em meio a este cenário, as empresas responsáveis por fornecer matéria-prima, componentes e sistemas para a indústria automotiva devem estar preparadas para entregar os produtos nos volumes e prazos solicitados. Trabalhando com esta premissa, a Autocam – empresa de origem norte-americana (EUA) que fabrica componentes para o segmento automotivo – é uma das organizaçôes que têm sentido os bons resultados do crescimento acelerado e contínuo desta área.

Novas oportunidades Aproveitando as boas perspectivas apresentadas pelo setor, a Autocam inaugurou em maio deste ano mais uma unidade fabril em São João da Boa Vista (SP), mesma cidade onde está localizada a Unidade I da empresa. Assim como a primeira planta, a nova fábrica apresenta sete mil metros quadrados de área construída, ocupando um terreno com área total de 20 mil m2, um significativo aumento em seu potencial produtivo, lembrando que a Autocam também possui uma terceira planta



Fotos: Fernando Favoretto

Estratégia

Da esq. para dir.: Okis Richard Bigelli, Odair Chiqueto, Nelson dos Santos (na fileira superior), Indalecio Amaral Neto e Jair Munarolo (na inferior) na cidade de Boituva, em São Paulo (acesse www.omundodausinagem. com.br e confira o quadro Explorando novos mercados). Além da expansão física da empresa, o quadro de funcionários também sofreu mudanças positivas por conta da ascensão do setor automotivo. “Atualmente, a Autocam mantém 600 funcionários e a previsão é de que possamos atingir um número de cola­boradores 25% maior do que o período que antecedeu a crise”, projeta José Roberto Chaparim, gerente da Unidade I de São João da Boa Vista. No entanto, Chaparim observa que esta expansão só pôde ser alcançada devido ao esforço da Autocam em se preparar adequadamente durante o período de recessão – a organização reestruturou suas operações produtivas e pôde sair à frente no mercado, conquistando novos clientes. “Não sabíamos como, nem quando a indústria automotiva normalizaria suas atividades, por isso, trabalhamos continuamente para estar prontos quando isto acontecesse”, reforça o gerente.

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Enquanto isso, no chão de fábrica... Uma das estratégias adotadas pela Autocam foi a reavaliação dos processos de produção, com o objetivo de otimizá-los. Odair Chiqueto, técnico de Ferramentas da Autocam, recorda que durante a crise uma das principais dificuldades no chão de fábrica era o gasto excessivo com ferramentas de cor te. Esta situação era

ainda mais evidente na linha de produção de componentes para direção hidráulica, que consiste basicamente em operações de torneamento. “Antes, os gastos que tínhamos com ferramentas neste processo estavam muito acima do previsto para este tipo de operação”, relata Chiqueto. Por este motivo, em outubro de 2009 a Autocam resolveu recorrer ao distribuidor de ferramentas Cutting Tools para ajudá-los a resolver este desafio. Foi então que Indalecio Amaral Neto, gerente de Vendas do distribuidor, junto aos especialistas da Sandvik Coromant, iniciou estudos para definir a melhor solução a ser aplicada na linha. Com a ajuda de especialistas de diferentes áreas da usinagem, a solução foi apresentada em apenas 20 dias. Eliseu Bueno Santana, supervisor geral de Produção da Autocam, conta que o projeto apresentado pela Sandvik Coromant/Cutting Tools conseguiu solucionar com eficiência o

Projetos de melhorias foram implantados em diversas linhas no chão de fábrica



Estratégia

desafio da linha de produção. “Da forma que era feita anteriormente, a usinagem dos componentes hidráulicos apresentava variação de medidas e um desgaste muito rápido das ferramentas”, lembra Santana. “Hoje, todas estas irregularidades foram corrigidas e temos maior confiabilidade no processo, garantindo alta precisão na fabricação dos componentes”, compara o supervisor. Os números alcançados sem dúvida confirmam estas melhorias. Outro benefício conquistado com o novo processo foi a redução do custo com a aquisição de ferramentas. Depois dos bons resultados decorrentes do primeiro trabalho, quatro outros processos da empresa foram otimizados. Em todos eles, a metodologia aplicada foi a do Programa de Incremento da Produtividade (PIP), desenvolvido pela Sandvik Coromant. Tal metodologia implica a revisão geral de todo o processo, reavaliando não só os parâmetros de corte, geometrias, quebra-cavacos e classes de metal duro das ferramentas, mas também o sequenciamento de operações, estratégias de fixação das peças e programação da máquina, entre outros.

20 O Mundo da Usinagem

Produtividade potencializada Na mesma linha de produção de componentes para direção hidráulica em que foi aplicada a primeira ação da Cutting Tools, alguns meses mais tarde outro gargalo foi detectado. Desta vez, o principal desafio foi aumentar o volume de produção da linha, que não atendia a demanda repassada à empresa. E, por meio do PIP, foi possível melhorar os resultados também nesta operação. Com o ferramental e fixação utilizados anteriormente, era possível usinar somente uma peça por vez. Depois da implantação do projeto sugerido pela Sandvik Coromant/ Cutting Tools, o novo processo permite que três peças sejam usinadas em uma única fixação. Okis Richard Bigelli, especialista em Cortes de Canais e Usinagem de Peças Pequenas da Sandvik Coromant, foi um dos Fernando Favoretto

Uma das estratégias adotadas pela Autocam foi a reavaliação dos processos produtivos, com o objetivo de otimizar a fabricação

José Roberto Chaparim, gerente industrial da Unidade I da Autocam de São João da Boa Vista



Fernando Favoretto

Estratégia

Linha de componentes para direção hidráulica teve produtividade ampliada com a aplicação do programa PIP. Na foto, o preparador e programador Adriel Dias ao lado da equipe da Sandvik Coromant/Cutting Tools profissionais que, ao lado da Cutting Tools, realizou estudos de otimização dos processos da linha em questão. “Inicialmente, testamos nestas operações uma classe de pastilha mais dura, a GC1125. No entanto, elas se quebravam com muita facilidade”, conta Bigelli. “A pastilha que nos forneceu melhores resultados é dotada de uma nova tecnologia de revestimento multicamadas, que nos permite operar com altas velocidades de corte e ainda apresenta vida útil superior em relação às ferramentas aplicadas anteriormente”, avalia Okis. Além da substituição do ferramental, foram incluídas operações de canais no processo de usinagem e a forma de fixação das peças no equipamento foi reestruturada.

Não pode parar Trabalhando em ritmo acelerado de produção, uma das dificuldades das empresas em encontrar solu-

22 O Mundo da Usinagem

ções para otimizar os processos produtivos são os tryouts feitos nas fábricas. Como se sabe, esta experiência exige parada de máquina e, consequentemente, parada momentânea da produção, que pode refletir em um menor volume de peças produzidas por hora. Por isso, a metodologia utilizada pelo Programa de Incremento de Produtividade é um método que pode facilitar o dia a dia do chão de fábrica. “Na primeira etapa do PIP estudamos o processo de usinagem atual e registramos todos os detalhes, como o percurso das ferramentas, tempos de corte e fixação da peça”, explica Nelson dos Santos, consultor de Projetos de Produtividade da Sandvik Coromant. Depois desta fase, os especialistas em ferramentas estudam qual o melhor processo e o ferramental ideal a ser aplicado. Após concluído, o estudo é apresentado à empresacliente, que poderá conferir as melhorias que poderão ser alcançadas



Estratégia variações para mais ou para menos do que os números previstos. Jair Munarolo, diretor da Cutting Tools, observa que os testes na Autocam têm apresentado ainda melhores resultados do que os previstos nos projetos do PIP. “Temos alcançado avanços surpreendentes

Fernando Favoretto

com a nova solução. “Por meio de gráficos comparativos e simulações, o cliente pode verificar de quanto será o aumento de produtividade, a redução com o custo de ferramentas e o tempo de amortização dos investimentos feitos”, indica Nelson. Só então, depois de aprovado pela empresa, o projeto é colocado em prática e as ferramentas selecionadas são fornecidas para o tryout da nova solução. Na prática, os resultados obtidos podem apresentar

Em boas mãos Ocupadas com a estruturação de novos processos, novas linhas de produção e em oferecer produtos diferenciados ao mercado, muitas empresas acabam deixando de se dedicar à otimização dos processos produtivos que já estão implantados no chão de fábrica. Segundo Jair Munarolo, diretor da Cutting Tools, atualmente esta é uma realidade comum nas fábricas brasileiras. “Seja pela falta de tempo ou pela estrutura enxuta, muitas empresas não dispõem de profissionais dedicados exclusivamente à identificação de melhorias nos processos do chão de fábrica”, aponta Munarolo. De acordo com o diretor, uma solução para estas organizações seria investir em parcerias com empresas especializadas na fabricação de cada componente do processo de usinagem. Por adquirir conhecimento aprofundado, os profissionais especializados podem se dedicar exclusivamente à otimização dos processos produtivos de cada componente, acompanhando a usinagem do início ao fim da fabricação das peças, detectando ainda as possíveis oportunidades de aprimoramento. “Profissionais especializados detêm melhores condições para avaliar qual alternativa é mais adequada para cada tipo de operação, pois estão por dentro das novidades e tecnologias disponíveis de seu mercado específico”, defende Munarolo.

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na Autocam, porcentagens de economia nos processos muito mais alevadas do que havíamos previsto com os estudos”, declara Munarolo.

Integração facilita o trabalho De acordo com Indalecio Amaral Neto, gerente de Vendas da Cutting Tools, um dos fatores essenciais para o sucesso obtido na Autocam é o bom relacionamento que o distribuidor de ferramentas mantém com a empresa. “Em muitas indústrias encontramos certa resistência à implementação de novos processos, mas a Autocam sempre está disposta a considerar nossas sugestões de melhorias”, descreve o gerente. Neto também aponta que o trabalho com outros departamentos da organização – como Compras, Diretoria e os responsáveis pelas operações no chão de fábrica – facilita a implantação de novas soluções. Alguns dos profissionais envolvidos na parceria Autocam–Cutting Tools foram Adriel Dias, preparador de máquinas da Autocam, Luiz Roberto dos Santos, afiador e responsável pelo almoxarife de ferramentas, Rubens de Sordi, supervisor de Engenharia, e Ana Flavia Faria, responsável pelo departamento de Compras. “Alinhando os objetivos com as áreas envolvidas, podemos buscar os resultados que apresentam o melhor custo–benefício e vantagens para a organização”, finaliza. Thaís Tüchumantel Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



Divulgação General Motors

DE olho no mercado

Manufatura automotiva busca soluções diferenciadas

Flexibilidade de produção e novas tecnologias para processos continuam sendo tendências nas indústrias do setor, que precisam se adaptar à demanda oscilante

S

egundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), em 2010 o número de veículos exportados entre os meses de janeiro e junho – considerandose automóveis, caminhões, ônibus e veículos comerciais leves – subiu 78% se comparado ao mesmo período de 2009. Já no mercado nacional, o número de unidades

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vendidas no atacado neste mesmo período subiu 10,79% em relação ao ano passado. Vale lembrar que este aumento significativo da demanda ocorreu após a crise econômica mundial, que eclodiu no final de 2008. Durante este período, as empresas do setor automotivo tiveram que trabalhar com estruturas enxutas de pessoal e com reduções nos gastos de produção.

A manufatura foi uma das áreas da indústria que precisou reajustar suas operações para assegurar a continuidade da produção, mantendo sempre a qualidade dos produtos. “O Brasil reagiu muito bem à crise e hoje a indústria automotiva nacional apresenta ótimos resultados”, observou Vagner Galeote, diretor de Manufatura da Ford Motor Company na América Latina – fabricante de automóveis,


José Eugênio Pinheiro, vicepresidente de Manufatura da General Motors na América do Sul, destacou que nos últimos anos uma das lições aprendidas pela indústria brasileira foi trabalhar de forma flexível. Esta estratégia permite que as empresas acompanhem o mercado em suas oscilações de demanda de forma mais equilibrada. Um exemplo desta lição já foi implantado na GM por meio dos global framers. Os framers são estruturas utilizadas para a montagem dos carros. Geralmente, cada estrutura é responsável pela montagem de um único modelo de veículo. A solução encontrada pela GM foi criar um equipamento que reúne seis tipos diferentes de framers em uma só estrutura, possibilitando a troca de um framer para outro em poucos segundos. “Com esta nova máquina temos maior flexibilidade dos processos fabris, pois podemos adaptar rapidamente a linha de produção ao modelo de carro que é mais

Número de veículos exportados entre os meses de janeiro e junho subiu 78% se comparado ao mesmo período de 2009 solicitado no momento”, declara o vice-presidente. Para que estratégias como esta possam ser colocadas em prática, Pinheiro indica que a área de Manufatura e o departamento de Engenharia de Produtos devem trabalhar de forma conjunta. Assim, ao conceber um novo modelo de carro, os engenheiros já podem pensar como a fabricação do veículo poderá se adaptar às condições de produção existentes na planta. Renata Barreto

utilitários e veículos pesados – durante o seminário A Reação da Manufatura Automotiva Pós-Crise, evento realizado pela SAE Brasil em junho deste ano. “A ordem agora é realinhar a cadeia de produção e buscar maior flexibilidade para que possamos reagir com rapidez às variações e oportunidades do mercado”, ressaltou o diretor. No seminário, alguns empresários do setor apontaram soluções que já estão sendo implantadas nas indústrias do segmento para otimizar produções e processos no chão de fábrica. Adotando estas estratégias, as empresas esperam garantir seu lugar no mercado reaquecido e obter maior estabilidade neste cenário.

Produção flexível e compacta

Divulgação Volkswagen

Durante a crise, a manufatura foi uma das áreas da indústria que precisou reajustar operações para assegurar a continuidade da produção

Trabalho conjunto de Engenharia de Produtos e área de Manufatura pode ser a chave para soluções de otimização

Simulando a produção Estar preparada para prever as operações que serão realizadas no chão de fábrica, desde as mais pontuais até o acompanhamento integral dos processos, é uma vantagem competitiva para qualquer empresa. Por isso, os projetos virtuais têm sido uma ferramenta muito adotada pelas indústrias do setor automotivo. Na Volkswagen, os projetos virtuais são feitos em um programa chamado Der Digitale Fabrik (DDF), expressão alemã que significa A

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DE olho no mercado

Divulgação Renault-Nissan

Programa digital pode melhorar as condições ergonômicas dos operadores da fábrica Por meio da estratégia monozukuri, colaboradores da Renault-Nissan procuram oportunidades de melhorias avaliando cada processo da montadora

Fábrica Digital. Marco Antonio Teixeira, diretor da fábrica Anchieta da Volkswagen – localizada em São Bernardo do Campo (SP) –, conta que a empresa obteve diversos benefícios a partir dos projetos executados pelo programa. “Com o DDF reduzimos o tempo de tryout nas linhas de produção e temos a possibilidade de testar antecipadamente todo o ferramental que será necessário para cada operação, mesmo que a linha de produção ainda não esteja ativada”, relata Teixeira. “Podemos utilizar este programa até mesmo para melhorar as condições ergonômicas dos operadores da fábrica, prevendo as dificuldades físicas que poderiam existir em algum procedimento específico”, complementa o diretor.

Exemplo do setor de aviação

dores que trabalham com a peça em questão possam seguir as orientações exatas do produto a ser fabricado”, descreve. Além da projeção virtual dos processos, a Embaer passou a automatizar um número maior de operações no chão de fábrica. Seguindo o exemplo da Embraer, indústrias do setor automotivo têm confiado muitas de suas operações aos robôs. Soares Neto enfatiza que a adoção destes equipamentos em algumas operações garante maior segurança na fabricação dos aviões. “Em média, em cada asa de um jato são feitos 60.000 furos. Antes, a furação era feita manualmente; no entanto, hoje as operações são realizadas com maior precisão e agilidade por meio da utilização de robôs”, ilustra. Ainda de acordo com o diretor, os robôs conseguiram eliminar muitas das não-conformidades que acabavam surgindo em alguns dos processos de fabricação das aeronaves.

Outra empresa que incorporou os projetos digitais em sua produção é a Embraer – Empresa Brasileira Aeronáutica, em São José dos Campos (SP). Por trabalhar com peças de alto valor agregado e projetos complexos, a possibilidade de prever as operações digitalmente representa uma vantagem importante para as atividades deste setor. De acordo com Francisco Luciano Soares Neto, diretor de Estratégia Industrial da Embraer, esta solução se estendeu também ao chão de fábrica da empresa. “Depois de prontos, os projetos digitais são disponibilizados em um tablet junto à linha de produção para que os opera-

Divulgação Volkswagen

Competitividade industrial

Volkswagen reduziu tempo de tryout nas linhas de produção prevendo operações em sua fábrica digital

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Em muitos casos, uma visão mais abrangente dos processos da empresa pode ajudar na solução dos desafios enfrentados pela área de manufatura. Esta foi a constatação da montadora Renault-Nissan, que encontrou uma forma para reduzir custos



DE olho no mercado operacionais por meio da estratégia monozukuri. O termo, do japonês, significa literalmente “processo de fabricação” (zukuri) de alguma “coisa” (mono), tendo sido usado pelos artesãos japoneses para se referirem à sua produção, indicando, em sentido mais amplo, “o espírito de fabricar produtos com excelência e a habilidade de melhorar constantemente um sistema ou processo”. No contexto industrial, o conceito foi aplicado pela primeira vez pela Toyota, que buscava oportunidades de melhoria em seus processos fabris. Desde 2008, a Renault-Nissan aplica o monozukuri em suas filiais por meio das “equipes transversais”, equipes compostas por profissionais da própria empresa que são selecionados para representar cada departamento.

Trabalhando meio-período de seu expediente para o monozukuri, os colaboradores destas equipes procuram identificar oportunidades de melhorias em todas as operações da montadora – avaliando como cada processo pode contribuir para o aprimoramento da empresa como um todo. Marcelo Mello, gerente executivo do Projeto Monozukuri para a América da Renault, conta que resultados positivos já foram alcançados desde a implantação desta estratégia na organização. “Em um dos trabalhos propusemos readequar as embalagens de determinados produtos, pois alguns recipientes eram copiados da matriz francesa em modelos que não eram os mais adequados à nossa realidade de produção”, relata Mello. “Depois da

implantação do projeto proposto pela equipe, passamos a utilizar materiais com menor custo para compor as embalagens, e conseguimos transportar um número maior de produtos em cada recipiente”, arremata o gerente. Assim, ferramentas tecnológicas e métodos de trabalho inovadores possibilitam que as empresas do setor automotivo aprimorem suas operações e otimizem procedimentos industriais, fazendo com que estejam melhor preparadas para aproveitar a prosperidade econômica tão esperada para o País nos próximos anos. Thaís Tüchumantel Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



Divulgação Projeto Brasiliana USP

ideias e pensamentos

Livre acesso à

literatura brasileira Projeto Brasiliana USP prevê criação de biblioteca pública, digitalização de todo o acervo da Família Mindlin e criação de centros de preservação e estudo dos livros

“U

m país se faz com homens e livros”, já dizia o famoso escritor Monteiro Lobato. Nada mais propício de se lembrar quando se fala de José Ephim Mindlin (1914–2010). Apaixonado por livros, o empresário do setor metalmecânico e bibliófilo, colecionava, entre outras, obrasprimas da literatura brasileira desde sua juventude. (veja mais detalhes sobre as contribuições de Mindlin no quadro Pioneirismo industrial para o Brasil crescer). E foi por 32 O Mundo da Usinagem

causa desta paixão que nasceu o projeto Brasiliana USP, resultado da doação do acervo particular da Família Mindlin à Universidade de São Paulo (USP) no ano de 2006, para a criação de uma biblioteca pública nacional. Considerada a mais importante coleção particular do gênero, o acervo que integrará a nova Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin recebeu este nome durante conversas de José Mindlin com o professor István Janscó (1938–2010), primeiro co-

ordenador do projeto. “O termo brasiliana diz respeito a uma coleção de estudos, livros ou publicações sobre o Brasil, e este nome foi o escolhido em razão de o acervo da Família Mindlin reunir estas características”, define Pedro Puntoni, atual coordenador geral do projeto Brasiliana USP. Esta importante coleção de livros e manuscritos soma 17.000 títulos ou um total de 40.000 exemplares, incluindo obras de literatura brasileira e portuguesa, relatos de viajantes, manuscritos históricos e literários, pe-



idEias e pensamentos

Precursora na produção de peças automotivas, a Metal Leve foi fundada em 1950. Sob a presidência do sócio fundador José Ephim Mindlin, a empresa fabricante de peças automotivas construiu sua trajetória de sucesso como uma das principais multinacionais de origem brasileira no setor metalmecânico. Na década de 80, a Metal Leve ultrapassou as fronteiras do País e implantou um Posto Avançado de Tecnologia em Michigan (EUA). Nos anos seguintes, a empresa manteve o ritmo de expansão e investiu em novas unidades nos Estados Unidos. A história de êxito desta empresa brasileira deve-se ao excelente sistema de gestão implantado na empresa desde o início de suas atividades, do qual José Mindlin foi um dos principais atuantes. Expandindo ainda mais seus mercados de atuação, em 1996, o grupo alemão Mahle – um dos principais fabricantes de peças automotivas do mundo – comprou o controle da fabricante, que posteriormente foi incorporada à empresa, sendo denominada Mahle Metal Leve. Fonte: Portal Ação e Reação

riódicos, livros científicos e didáticos, iconografias e livros de artistas. Devido à importância deste acervo para a história e cultura do País, o projeto acadêmico Brasiliana USP engloba quatro ações integradas: implantação da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin na Cidade Universitária da USP, em São Paulo; digitalização do acervo por meio da

Projeto arquitetônico da Biblioteca Brasiliana. Painéis de vidro serão instalados na cobertura lateral do edifício para que o acervo também possa ser apreciado do lado externo 34 O Mundo da Usinagem

Brasiliana Digital – disponibilizado na Internet de forma gratuita; criação do Centro Guita Mindlin: Centro de Conservação e Restauro do Livro e do Papel – um programa de preservação e conservação dos livros –, e do Centro de Estudos do Livro – dedicado à história e ao estudo da imprensa, dos livros e das práticas da leitura.

Arquitetura interativa O edifício da Biblioteca Brasiliana foi projetado pelos arquitetos Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb, tendo como base o que há de mais moderno em termos de interatividade e funcionalidade, como os projetos da Biblioteca Pública de Nova York e da Biblioteca do Congresso, além da Biblioteca Nacional de Paris (França). Com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2012, a biblioteca – que ocupará área de 20.000 metros quadrados – começou a ser construída em dezembro de 2006 e seu projeto arquitetônico tem como objetivo principal proporcionar maior visibilidade do interior do local. Para isso, grandes painéis de vidro serão instalados na cobertura lateral de todo o edifício, permitindo que o acervo também possa ser apreciado do lado externo. A Biblioteca Brasiliana será instalada entre os prédios da Reitoria e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, na Cidade Universitária da USP. Por esta localização Divulgação Projeto Brasiliana USP

Pioneirismo industrial para o Brasil crescer



idEias e pensamentos estratégica, outra forma de aproximar a biblioteca de seus futuros usuários será o vão presente no meio da edificação, que permitirá que os pedestres passem pela biblioteca e sigam seus destinos interagindo com a arquitetura do edifício. Sobre a infraestrutura, o projeto arquitetônico da biblioteca abrigará, além do Centro Guita Mindlin, que leva esse nome em homenagem à esposa do colecionador, e do Centro de Estudos do Livro, vários espaços como auditório, centro de exposições e uma cafeteria.

Literatura via web A Brasiliana Digital já permite que internautas tenham livre acesso e proximidade com os livros digitalizados, incluindo obras raras (acesse gratuitamente o conteúdo em www. brasiliana.usp.br). “Hoje, o portal da biblioteca mantém cerca de 3.000 volumes oferecidos online para todos os brasileiros”, explica Puntoni.

Mas, de que forma é possível digitalizar estas obras raras sem danificá-las? A resposta está nos avanços tecnológicos. Apelidado de Maria Bonita, o sistema robotizado utilizado para esta operação apresenta um avançado software de pós-processamento de imagem, que permite processar com velocidade o fluxo de imagens capturadas. Este sistema também compreende um editor automatizado para a publicação e formatação das imagens em arquivos PDF, em formato de livros digitais –denominados e-books. “Implantamos este método de digitalização em 2009”, informa Puntoni. “O projeto Brasiliana USP é o primeiro da América Latina a digitalizar um acervo raro por meio de um robô. Esta nova tecnologia permite que mais pessoas tenham acesso aos livros e também possibilita que as obras sejam melhor preservadas, já que podem ser consultadas pela Internet”, completa.

Raridades brasilianas A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin está repleta de obras raras e exclusivas. Veja abaixo alguns dos destaques que farão parte da Biblioteca Brasiliana e consulte muitos outros na Brasiliana Digital pelo site www.brasiliana.usp.br  Antologia Poética, de Vinícius de Moraes Segunda edição, revista e aumentada, da Antologia poética, originalmente publicada no ano de 1954  Revista de Antropofagia 1ª edição publicada em maio de 1928  Historia do Brazil (Volume 1), de Robert Southey Os quarenta e quatro capítulos deste livro compõem o que alguns estudiosos consideram como a primeira história geral do País  Crystaes partidos, de Gilka Machado Gilka Machado foi uma das primeiras escritoras do Brasil. Aos 13 anos, ganhou três prêmios concedidos pelo jornal A imprensa

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Divulgação Família Mindlin

Para José Mindlin (foto), as obras raras de seu arcervo eram um patrimônio público que ele tinha como missão preservar

Cuidando da história “A Biblioteca Brasiliana tem como função a preservação das obras”, ressalta Puntoni. Por isso, juntamente à digitalização dos livros, outras formas de preservação do acervo estão sendo implementadas, como a conservação preventiva, recuperação e restauro de obras danificadas ou em risco eminente, e a formulação de um plano de contingenciamento e de riscos. Estas ações farão par te do Centro Guita Mindlin: Centro de Conservação e Restauro do Livro e do Papel (CGM) que, além de ser responsável pela preservação do acervo da Biblioteca Brasiliana, também coordenará a implantação de um laboratório e realizará atividades de formação e capaci-

tação de profissionais da USP e de outras instituições para estas finalidades. Integrado às atividades do CGM, o Centro de Estudos do Livro terá como função agregar estudiosos e interessados em literatura brasileira para a realização de pesquisas, ampliando as discussões sobre as obras que compõem o acervo da biblioteca. “Nosso intuito é tornar a biblioteca uma instituição de referência dos estudos da literatura brasileira, garantindo acesso à cultura de nosso País a esta geração e a todas que estão por vir”, finaliza Puntoni. Sula Zaleski Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br




nossa parcela de responsabilidade

superando limites O Brasil é mesmo um País extraordinário! Mal acabamos de sair de uma das piores crises de nossa história e já estamos falando em recorde de produção e falta de infraestrutura para escoá-la. Pela primeira vez em nossa recente história, estamos prevendo um período relativamente longo de crescimento contínuo. É claro que tivemos outras fases de forte crescimento, porém, sempre acompanhadas de perto por períodos desfavoráveis. Os novos investimentos, a estabilidade econômica, as novas descobertas de reservas minerais e a realização da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos no Brasil são fatores que irão influenciar positivamente os nossos próximos sete ou oito anos. Uma fase que realmente promete muito desenvolvimento e prosperidade. No entanto, para explorar ao máximo estas oportunidades, teremos desafios decorrentes de algumas limitações tanto em âmbito governamental quanto industrial. No contexto governamental, já estamos enfrentando desafios nas importações e exportações, devido à falta de infraestrutura em portos, aeroportos, rodovias, energia, etc. Novos investimentos estão sendo fei40 O Mundo da Usinagem

tos, porém com tempo relativamente longo de execução e implementação, e sabemos que nossa necessidade é imediata. Além disso, este é um ano eleitoral, o que invariavelmente significa maior lentidão na tomada de decisões importantes. Pensando nos empresários e na indústria, também temos muito o que superar. Ultimamente fizemos menos investimentos do que o necessário, em função dos reveses da economia mundial e das incertezas que isto nos trouxe. Existe, assim, uma carência de máquinas e equipamentos para suprir as novas demandas, principalmente de nosso mercado interno, o qual independentemente de estar recebendo investimentos, enfrenta a questão dos longos prazos de entrega. O terceiro grande desafio que certamente iremos enfrentar é o do conhecimento para identificar e explorar as novas oportunidades com os recursos existentes. Mas como fazer isso se, com a redução incontestável de mão-de-obra especializada, em decorrência da última crise, tivemos perda de recursos humanos/intelectuais em grande parte de nossa indústria? Recursos estes indispensáveis para nosso desenvolvimento futuro e para a consolidação de nossa posição mundial.

Fernando Favoretto

Produtividade

Todavia, existem algumas alternativas. Primeiro, a melhor e mais segura das possibilidades de aproveitar ao máximo as novas oportunidades com os recursos de que dispomos é o aumento expressivo da produtividade. Ou seja, teremos que encontrar cada oportunidade destas e trabalhar no sentido de aumentar nossa velocidade de produção, o que certamente nos deixará mais competitivos. Deste modo, fazer mais com os recursos que temos. Além desta, existem outras saídas. Uma delas, por exemplo, é explorar o conhecimento e os recursos dos bons fornecedores especializados em sua área de atuação. Alguns destes fornecedores podem trabalhar em parceria com as empresas no sentido de encontrar tais oportunidades e desenvolver novos processos mais competitivos, explorando assim o máximo dos recursos existentes. Nós da Sandvik Coromant teremos o maior prazer em ajudar nossos clientes neste grande desafio. Estamos prontos para assumir nossa parte desta grande responsabilidade nacional.

Claudio Camacho Diretor da Sandvik Coromant do Brasil



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