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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Usinagem de Ultraprecisão Superfícies espelhadas livres de microfraturas Indústrias Romi 80 anos de contribuições para a indústria nacional

Programação CNC

Evolução tecnológica amplia produtividade em operações complexas


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Centros de Usinagem de Alta Performance com Excelente Relação Custo x Benefício

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A série XV foi criada em estado de arte com a mais alta tecnologia e características que produzem benefícios, por um valor acessível. As características da série XV ajudarão a diversificar as capacidades de usinagem e manter os custos de fabricação de sua empresa baixos. Será um dos mais valiosos investimentos já feitos pela sua empresa.

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Sistema de troca de ferramentas automático de alta velocidade / agilidade  Acesso randômico e magazine de ferramentas bidirecional  Guias lineares do tipo THK NRS  Servo motores diretamente acoplados aos fusoesféricos / maior rigidez  Pistola de ar e pistola de lavagem manuais  Jato de ar  Sistema de lubrificação central automático  Trocador de calor para cabines elétricas  Sistema de refrigeração de alta potência / maior durabilidade das ferramentas 

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Luiz Pinheiro

pAra começar...

A natureza é bela por si só, mas há certos personagens que encantam a beleza do que já é espontaneamente belo. A impressão é de que somente um pintor divinamente inspirado poderia encontrar tão rica combinação de matizes. Ao crítico mais severo, desde que justo, só resta mesmo contemplar.

O Mundo da Usinagem


70 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 08 / 2010

03 para começar...

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Divulgação SKA

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 chão de fábrica: Recursos avançados de programação de máquinas CNC ajudam a superar desafios complexos 12 De olho no setor: Romi comemora 80 anos de história na indústria metalmecânica 18 A rtigo Técnico: Saiba quais são as condições ideais para

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Divulgação Romi

a obtenção de superfícies espelhadas em materiais frágeis 26 suprimentos: investindo na Parceria cliente–fornecedor, Suporte Rei, Rei auto parts e Pérsico Ferramentas alcançam melhores resultados 38 curiosidades: Saiba como se relacionar profissionalmente de forma eficaz com a ‘Geração Y’ 40 Nossa parcela de responsabilidade

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Renato Lopes

42 anunciantes / distribuidores / fale com eles Acompanhe os conteúdos exclusivos da Revista O Mundo da Usinagem Digital em: www.omundodausinagem.com.br EXPEDIENTE

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: Equipe House Press Propaganda (Natália Carcavilla, Sula Zaleski, Thaís Tüchumantel, Ronaldo Monfredo e Décio Colasanti). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Gráfica: Company


Nova linha de centros de usinagem Bridgeport e tornos CNC Hardinge

Tecnologia em 1º lugar Tornear arte tornear ée uma fresar Centros de usinagem Bridgeport Horizontais e verticais Linhas standard e de alta precisão Curso longitudinal da mesa com variantes de 480 a 1600 mm Opções para 4° e 5° eixos Variantes com trocador de paletes Modelos para altas velocidades Estruturas de alta rigidez Ideais para produção, ferramentaria e modelação Comandos numéricos Fanuc, Siemens e Heidenhain

Tornos universais CNC Hardinge Linhas standard e de alta precisão Variantes com: 2 e 3 eixos (eixo Y), ferramentas acionadas, eixo C, contra-fuso, 2 revólveres (multitarefa) Usinagem com placas ou a partir de barras até 78 mm de diâmetro Comprimento de torneamento: variantes até 1050 mm Diâmetro de torneamento: variantes até 356 mm Comandos numéricos Fanuc e Siemens

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Divulgação Seacam

Chão de fábrica

Complexidade operacional é superada com evolução da tecnologia

CNC

Recursos avançados para a programação de máquinas-ferramenta CNC garantem alta produtividade dos processos de usinagem

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edução no tempo de programação de máquinas-ferramenta, garantia de maior precisão dimensional e geométrica da peça em operações complexas de usinagem e menor índice de erros são apenas alguns dos benefícios alcançados em função da constante evolução da tecnologia de Comando Numérico Computadorizado (CNC). Atualmente, a utilização do sistema CNC tem sido a melhor opção para os mais diversos desafios de usinagem, já que a maioria das

O Mundo da Usinagem

operações – que antes necessitavam de uma ferramenta especial para obter bons resultados – podem ser realizadas de forma mais simples e eficiente com esta tecnologia.

Um pouco de história... Baseados em transistores denominados Comandos Numéricos (CN), os primeiros CNs começaram a ser aplicados, comercialmente, em máquinas-ferramenta por volta dos anos 1960. Nesta época, a programação era executada manualmente, ou seja,

todas as coordenadas que indicavam a trajetória da ferramenta eram calculadas por um programador. “Além de possuir conhecimentos avançados de usinagem, o profissional deveria ter bons conhecimentos de geometria plana e trigonometria”, explica o engenheiro Aryoldo Machado, especialista em processos de fabricação e usinagem. De acordo com Machado, os comandos numéricos para máquinas CN não possuíam memória e, portanto, os dados da programação eram


obsoletas e a possibilidade de programar foi transferida da mesa do programador para a tela do sistema CNC”, comenta Machado.

Programação facilitada William Pereira, engenheiro de Vendas da Siemens – fabricante da linha de comandos numéricos Sinumerik –, explica que a tecnologia CNC é baseada em microcomputadores com chips eletrônicos desenvolvidos para controlar movimentos de uma máquina-ferramenta. De acordo com o engenheiro, sendo certificados pelas normas Americana (UL) e Europeia (CE), os CNC podem ser considerados o “cérebro” da máquina, pois interpretam as necessidades dos usuários por meio de programas de usinagem, coordenam o movimento de todos os eixos simultaneamente e controlam a posição destes eixos para que o que foi especificado no programa seja

Divulgação Seacam

introduzidos em fitas perfuradas com oito canais. “As máquinas CN apresentavam uma unidade leitora de fitas que executava o programa bloco a bloco”, complementa o especialista. Por volta de 1974, com o desenvolvimento da eletrônica e da informática, o computador passou a ser incorporado às máquinas CN. A partir deste período, a programação começou a ser executada de forma automática com o auxílio de softwares dedicados a determinados tipos de máquinas-ferramenta, e os comandos numéricos passaram a ser denominados Comandos Numéricos Computadorizados (CNC). Desta forma, o CNC adquiriu memória e recursos de programação, e os programas começaram a ser armazenados na própria máquinaferramenta ou nos computadores auxiliares. “Aliando duas funções, memória e recursos de programação, as fitas perfuradas se tornaram

Integração de sistemas CAD/CAM reduz tempo de programação e diminui possibilidade de colisão

Programação de máquinas CNC possui linguagem específica, conhecida como código G, que pode ser baseada nas normas ISO ou DIN executado da melhor forma possível. Isto quer dizer que todas as informações geométricas e tridimensionais de uma operação de usinagem podem ser entendidas e processadas pelas máquinas CNC, possibilitando a automação do processo. Pereira ainda acrescenta que a programação de uma máquina CNC possui linguagem específica, conhecida como código G, que pode ser baseada nas normas ISO ou DIN. É importante que o programador conheça muito bem os códigos desta linguagem para obter o resultado esperado em cada operação. “Para facilitar a programação, a Siemens fornece ferramentas interativas que trabalham por meio de uma interface gráfica, como o ProgramGuide e o ShopMill”, comenta Pereira. “Nestes casos, não é necessário que o programador conheça os códigos G”, complementa. Hoje, a programação de máquinas-ferramenta CNC pode ser realizada de diversas maneiras. Alfredo Ferrari, diretor de Vendas da Ergomat – fabricante de máquinasferramenta CNC –, aponta que vários fatores podem influenciar o modo como a programação de uma máquina pode ser executada, tal como a estrutura da empresa, a quantidade e o tipo de máquinas instaladas, os volumes dos lotes a serem produzi-

O Mundo da Usinagem


Diversos fatores podem influenciar o modo como a programação de uma máquina será executada

Divulgação Siemens

dos e a geometria, complexidade e variedade das peças. Uma das formas mais simples de programação CNC é a manual, com introdução dos dados diretamente no painel da máquina. “Este tipo de programação geralmente é realizada em tornos CNC de dois eixos ou centros de usinagem de três eixos, usinando peças de pequena e média complexidade”, analisa. Também é possível programar manualmente com o auxílio de um computador, inserindo os dados por meio de aparelhos de transferência ou conexão direta do computador via cabo ou redes de dados. Outra possibilidade para executar a programação – esta mais avançada e indicada para usinagens de peças complexas e em máquinas CNC com mais de três eixos – é com a

Tecnologia CNC é baseada em microcomputadores com chips eletrônicos O Mundo da Usinagem

ajuda de softwares aplicativos que utilizam técnicas gráficas computadorizadas, como as tecnologias CAD (Computer Aided Design) e CAM (Computer Aided Manufacturing). “A programação realizada desta forma é muito utilizada na fabricação de moldes para injeção de plástico em centros de usinagem de até cinco eixos, onde a ferramenta de corte executa trajetórias tridimensionais de alta complexidade”, exemplifica o diretor de Vendas da Ergomat.

Integração De acordo com Giorgio Leone Paiva Júnior, do departamento técnico da SKA – organização referência no fornecimento de tecnologia para empresas brasileiras de engenharia –, o sistema CAD é um software que tem como objetivo ilustrar projetos mecânicos, elétricos, civis ou qualquer outro tipo de operação. Já o sistema CAM é um software de manufatura que permite a programação de controles numéricos para comandar máquinas CNC. “Neste último é possível definir as trajetórias de usinagem e as ferramentas a serem utilizadas na operação”, explica Paiva. “Após esta etapa, podemos simular a operação na tela do computador, obtendo visualização do processo e, caso haja uma colisão entre peça e ferramenta, podemos corrigir o problema antes de enviar os dados da programação para a máquina”, destaca o técnico. Para Fernando Tachikawa, gerente Comercial da Seacam – empresa especializada no desenvolvi-

Divulgação SKA

Chão de fábrica

Softwares CAD e CAM facilitam a programação e preparação de máquinas CNC mento de soluções para a fabricação de produtos complexos –, o sistema CAM é composto pelas diversas estratégias que podem ser aplicadas na usinagem. “São diferentes formas de calcular a trajetória da ferramenta para obter uma usinagem mais eficiente”, ressalta. Também são características importantes dos sistemas CAM a possibilidade de sincronização dos movimentos e o fato de o software reconhecer as figuras a serem usinadas e escolher a melhor ferramenta e processo para a execução da operação. “Máquinas complexas, como tornos de cabeçote móvel, podem ter até 11 eixos em movimento, e o software CAM precisa sincronizar todos os eixos sem gerar colisões”, aponta Tachikawa. Paiva ainda acrescenta que os softwares CAD e CAM podem trabalhar de forma integrada. Durante a realização de um projeto, é necessário inserir no sistema CAD as informações para que o produto seja fabricado – como dimensões, forma e



Divulgação Ergomat

material, entre outras – e depois estes dados devem ser transmitidos para as máquinas CNC por meio do software CAM. “Caso não haja um sistema CAM, todas estas informações precisam ser analisadas por um programador para que sejam definidos planos e estratégias de usinagem”, explica. “Desta forma, o tempo de produção é reduzido com a integração CAD/CAM e a possibilidade de colisão é menor”, completa o técnico da SKA. Com a integração destes softwa­ res, foram abertas diversas possibilidades. Uma delas é a prototipagem rápida com impressoras 3D que, apesar de não ser uma tecnologia muito nova, começou a ganhar destaque nos últimos anos no mercado nacional. Na opinião de Tachikawa, a tendência é que estes softwares trabalhem com uma integração cada vez maior e que as empresas continuem investindo no desenvolvimento de novas estratégias de usinagem. “Para obter bons resultados, é im-

Painel de uma máquina com programação CNC manual 10 O Mundo da Usinagem

Divulgação SKA

Chão de fábrica

Com a integração dos softwares CAD/CAM, foram abertas diversas possibilidades, como a prototipagem rápida com impressoras 3D portante também estar atento às recentes tecnologias de hardware, que podem proporcionar um aumento de produtividade de até seis vezes se comparado a usuários que utilizam PC’s comuns”, acrescenta o gerente.

Inovação constante Para Ferrari, da Ergomat, a utilização de softwares avançados de programação CNC, como os sistemas CAD e CAM, é fundamental para facilitar a programação e preparação de máquinas CNC. “A dificuldade é maior quando se programa a usinagem de peças complexas e quando existem operações com múltiplas trajetórias ou ferramentas. E com os recursos dos sistemas CAD e CAM, estes processos são otimizados”, garante o diretor. Ferrari também alerta: para aumentar a produtividade e eficiência de máquinas CNC é essencial fazer um planejamento detalhado da operação e da utilização do programa CNC, bem como contar com o trabalho de colaboradores qualificados. “Geralmente, os fabricantes de máquinas-ferramenta

CNC oferecem cursos para programadores e preparadores”, acrescenta. De acordo com o diretor, os softwares de programação e arma­ zenamento de dados tendem a receber sempre novas tecnologias, com preços competitivos, melhorando significativamente a relação custo–benefício. Para Ferrari, a principal novidade na área de programação CNC são os comandos numéricos multifuncionais, que permitem a operação simultânea de diversas tecnologias de usinagem – como fresamento, torneamento, programação de superfícies complexas em centros de usinagem e programação gráfica assistida. Pereira, engenheiro de Vendas da Siemens, acrescenta que a tendência atual é o desenvolvimento de produtos cada vez mais compactos e que atendam aos requisitos de sustentabilidade. Fernanda Feres Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



Divulgação Romi

de olho no setor

80 anos de contribuições para a evolução industrial Indústrias Romi aliou inovação e excelência desde sua fundação para se tornar referência de qualidade na indústria metalmecânica

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undada em 1930, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), por Américo Emílio Romi, a Indústrias Romi é hoje referência nacional e internacional na fabricação de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plásticos. A empresa nasceu como uma oficina de reparo de automóveis e, atualmente, exporta equipamentos para todos os continentes, oferecendo produtos aplicados aos mais diversos setores industriais, incluindo, entre outros, fabricantes e fornecedores da cadeia 12 O Mundo da Usinagem

automotiva e aeroespacial, naval, de energia, de bens de consumo e bens de capital. No Brasil, a Romi disponibiliza suas soluções em mais de 30 pontos de venda, entre filiais e escritórios localizados nas principais capitais e polos industriais do País. Distribuídas em 11 plantas, localizadas no Brasil e na Itália, suas instalações fabris atendem três unidades de negócios: máquinas-ferramenta (tornos CNC, tornos convencionais, centros de torneamento e centros de usinagem);

máquinas para processamento de plástico (injetoras de plástico e sopradoras); e fundidos e usinados – peças de ferro fundido cinzento e nodular, destinadas aos setores automotivo, de energia, petróleo e gás e de bens de capital, entre outros.

Trajetória inspiradora Ao longo de sua história, a Romi sempre acompanhou as tendências do mercado industrial e buscou desenvolver equipamentos cada vez mais modernos e adequados à demanda.


Divulgação Romi CEDOC Fundação Romi

Indústrias Romi foi fundada em 1930 por Américo Emílio Romi

Na época em que o Brasil começou a se industrializar, a Romi já havia desenvolvido seu primeiro torno mecânico, o modelo TP-5

De acordo com Livaldo Aguiar dos Santos, diretor-presidente da Romi, quando a principal atividade econômica do Brasil ainda era a agricultura, a empresa já fabricava, desde 1934, máquinas agrícolas que colaboravam para aumentar significativamente a produtividade no campo. Na época em que o País começou a se industrializar, a Romi já havia desenvolvido seu primeiro torno mecânico. Lançado em 1941, o modelo TP-5 começou a ser exportado em

larga escala quatro anos depois, período em que a empresa iniciou as exportações de seus produtos, que hoje são comercializados em mais de 60 países por meio de uma rede de subsidiárias, localizadas na Europa e nos Estados Unidos, e por meio de distribuidores em todo o mundo. “Com o crescimento populacional, urbano e tecnológico do Brasil, surgiram novas demandas por produtos manufaturados, o que exigiu máquinas cada vez mais produtivas e precisas”, aponta.

Outro momento que marcou a trajetória da Romi na década de 1940 foi o lançamento em 1948 do trator TORO, primeiro trator fabricado no Brasil. A empresa também foi pioneira na indústria automotiva quando lançou, em 1956, o primeiro automóvel brasileiro, o histórico e curioso Romi-Isetta – inovador veículo com uma só porta. Já em 1966, a empresa iniciou a produção de máquinas-ferramentas com a marca Romi e, em 1973, lançava o primeiro torno CNC brasileiro. No ano seguinte, inovando mais uma vez, a Romi incluiu em suas operações a fabricação de máquinas injetoras de plástico.

CEDOC Fundação Romi

Evolução constante

Indústrias Romi nasceu como uma oficina de reparo de automóveis e atualmente exporta máquinas para mais de 60 países

Nos dias atuais, para manter sua competitividade no mercado e atender a crescente demanda por recursos inovadores, a Romi investe cerca de 4% de sua Receita Operacional Líquida em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Além de contar com uma equipe especializada de O Mundo da Usinagem 13


engenheiros, a empresa também mantém parcerias com importantes centros de ensino do País, como as faculdades de Engenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e da Universidade de São Paulo de São Carlos (SP), assim como instituições de ensino profissionalizante como o SENAI. De acordo com Aguiar dos Santos, o Brasil vive hoje um período de crescimento econômico, com destaque para os setores de infraestrutura e geração de energia – e a Romi está preparada para atender as necessidades destes mercados.

Divulgação Romi

de olho no setor

Empresa também foi pioneira na indústria automotiva quando lançou o Romi-Isetta, em 1956, o primeiro automóvel brasileiro “Desenvolvemos nos últimos anos uma linha de máquinas de grande porte adequadas às operações de

Comprometimento certificado Empenhada em assegurar a satisfação de seus clientes, desenvolvendo produtos e serviços com excelência, atender os requisitos aplicáveis de legislação e normas de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança ocupacional, a Romi alinhou seu Sistema de Gestão da Qualidade aos padrões ISO 9000. O sistema é certificado segundo as normas ISO 9002 desde 1994 e ISO 9001 versão 2008, esta última abrangendo projeto, desenvolvimento, produção, vendas e serviços associados a máquinasferramenta, máquinas injetoras para termoplásticos e produção e venda de ferro fundido, peças usinadas e serviços de usinagem.

usinagem destinadas aos processos produtivos destes setores”, explica o diretor-presidente. Entre os equipamentos lançados em 2010 pela Romi voltados para operações pesadas de usinagem estão a Mandrilhadora Romi Lazzati HBM 130T, desenvolvida a partir de parceria tecnológica com o fabricante italiano de máquinas-ferramentas Lazzati e destinada à usinagem de peças de grande porte, e os tornos CNC Centur 45 e Centur 50 – máquinas robustas, versáteis, de alta produtividade e destinadas principalmente à usinagem de peças e tubos de grande diâmetro. 



de olho no setor Para sustentar sua competitividade, Romi investe em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, além de manter parcerias com instituições de ensino

Promovendo educação e cultura Em 1957, Américo Emílio Romi e sua esposa Olímpia Gelli Romi criaram uma entidade filantrópica em Santa Bárbara d’Oeste (SP) com o objetivo de promover o desenvolvimento da educação e da cultura como elementos transformadores da sociedade. Tendo como mantenedora a Indústrias Romi, a Fundação Romi tem beneficiado, por meio de ações, programas e projetos, uma parcela significativa da população de Santa Bárbara d’Oeste. Para conhecer mais sobre os projetos da entidade acesse: www.fundacaoromi.org.br

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oportunidades de crescimento tanto no País quanto no exterior”, comenta. “Possuímos um método próprio de comercialização que nos permite oferecer assistência técnica de qualidade, com elevada capacidade produtiva e para o desenvolvimento de novos produtos”, acrescenta Aguiar dos Santos. Com estrutura organizada e um eficiente Sistema de Gestão da Qualidade (veja mais deta­ lhes no quadro ‘Comprometimento certificado’), entre outros aspectos,

Divulgação Romi

Os centros de torneamento Romi G 550 e GL 240 e o centro de usinagem vertical Romi D 1500 também estão entre os produtos desenvolvidos pela empresa para atender esta crescente demanda. Segundo o diretor-presidente, perceber as necessidades do mercado é fundamental para se destacar em um ambiente altamente competitivo. “Desde sua fundação, a Romi sempre esteve atenta e disposta a investir em novas tecnologias e em

Para atender a demanda dos setores de infraestrutura e geração de energia, empresa desenvolveu linha de máquinas de grande porte para usinagem pesada. Na foto, centro de torneamento GL 240 16 O Mundo da Usinagem

a Romi alcançou em junho deste ano a expressiva marca de 150 mil máquinas produzidas.

Expansão de bases Além da parceria tecnológica com a Lazzati, a Romi também formalizou em 2010 a parceria com a italiana PFG para o desenvolvimento de centros de usinagem dos tipos vertical e portal. Entretanto, em 2008, a Romi já havia iniciado a expansão de suas bases de produção e de mercados com a aquisição de um conjunto de ativos da Sandretto Industrie – fabricante italiano de injetoras de plástico. “Estamos sempre empenhados em contribuir para a inovação industrial”, garante Aguiar dos Santos. “Tanto é que hoje os processos da Romi geram 2.800 empregos diretos e defendemos sempre os interesses do setor, procurando inclusive facilitar o acesso de pequenos e médios empresários às novas tecnologias, para que, assim, todos sejam beneficiados”, finaliza o diretor-presidente da Romi. Fernanda Feres Jornalista



Divulgação André da Motta Gonçalves

ARTIGO TÉCNICO

Saiba como produzir superfícies espelhadas

em materiais frágeis

Determinação de parâmetros e condições de corte em usinagem de ultraprecisão evitam surgimento de microtrincas durante processo

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ste artigo apresenta o estudo da usinabilidade da liga metálica carboneto (ou carbeto) de tun­ gstênio em um torno de ultraprecisão usando ferramenta de ponta única de diamante. O objetivo foi determinar os parâmetros e condições de corte para que a usinagem fosse realizada em regime dúctil – por meio do qual é possível obter uma superfície com excelente qualidade óptica livre de microfraturas.

Para um processo sem danos A produção de superfícies especulares (espelhadas) em ma-

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teriais frágeis utilizando máquinaferramenta de ultraprecisão é uma tecnologia que tem sido frequentemente utilizada. No entanto, materiais frágeis como cerâmica, vidro e cristais (entre estes, o carboneto de tungstê­ nio) são difíceis de serem usinados por apresentarem baixa resistência a rompimentos e quebras. Acompanhe a seguir as características do carboneto de tungstênio, conheça as etapas deste estudo e saiba também quais são as condições ideais para a obtenção de uma superfície especular que não provoque danos a esta liga metálica.

Por que e para que? O carboneto de tungstênio (WC) é uma liga metálica de estrutura cristalina hexagonal compacta formada pelos elementos carbono e tungstênio. Suas principais características são elevada dureza, resistência ao desgaste, alta tenacidade, estabilidade dimensional e térmica e boa resistência à corrosão. Esta liga metálica tem sido muito utilizada pela indústria devido à excelente combinação de propriedades de resistência que apresenta à abrasão, ao impacto, à compressão, a choques térmicos e à corrosão. Por apresentar estas propriedades, o WC é utilizado


Na ocorrência de microdesgastes e/ou microlascamentos nas arestas da ferramenta de diamante o acabamento superficial é prejudicado

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14 13 12 11 10 9 8

na produção de ferramentas de corte, brocas, perfuratrizes, matrizes, abrasivos e esferas para moagem de alta energia, entre outras.

O método

Representação das 14 faixas de usinagem na amostra de carboneto de tungstênio que indicou a presença de 87,72% de tungstênio (W) e 8,39% de carbono (C) na amostra. Em seguida, o WC foi submetido ao método de classificação de dureza, que constatou que a amostra apresenta dureza na ordem de 4.000 Vickers. A partir destas verificações, a face da amostra foi dividida em 14 faixas e, então, foi realizado o torneamento de face a partir do

Divulgação André da Motta Gonçalves

Para a realização deste estudo foram utilizadas duas ferramentas de ponta única de diamante – com raio de ponta de 1.520 milímetros e ângulo de folga de 12° –, um torno de ultraprecisão e uma amostra de WC policristalino nas dimensões 14 mm de diâmetro por 8 mm de espessura. Primeiramente, foi realizada uma microscopia eletrônica de varredura,

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estado polido da liga metálica. A ferramenta com ângulo de saída de 0° foi utilizada para usinar as faixas de 1 a 7, e a ferramenta com ângulo de saída de -25° foi utilizada para usinar as faixas de 8 a 14. No momento do torneamento, foi utilizado um fluído de corte em spray especialmente fabricado para a aplicação em processos de usinagem de ultraprecisão (100 ml/h). Em seguida, o acabamento das superfícies usinadas foi registrado pelo perfilômetro óptico do Laboratório de Engenharia de Precisão da Escola de Engenharia de São Carlos, e pelo microscópio eletrônico de varredura do Instituto de Química, ambas instituições integradas à Universidade de São Paulo (USP).

Profundidade de corte

Processo de nivelamento da face melhora a uniformidade da profundidade de corte durante a usinagem

Uma das questões analisadas durante o estudo foi a influência da profundidade de corte (DOC, do inglês Depth Of Cut) na superfície acabada. Na Superfície 1, por exemplo, foi aplicada a profundidade de corte de 0,50 micrômetro (µm). As

O Mundo da Usinagem 19


ARTIGO TÉCNICO ranhuras equidistantes foram geradas pela ação da ponta da ferramenta durante o processo de usinagem e a rugosidade (Ra) obtida foi de 18,01 nanômetros (nm). Após este procedimento, foi possível notar a ausência de microtrincas ou fraturas na superfície usinada, o que significa que a usinagem foi realizada em regime dúctil. Em outra etapa da experiência, na Superfície 3, a profundidade de corte aumentou para 2,00 µm. Desta vez, foi possível observar o aumento na quantidade de pittings – em português, microtrincas – na superfície usinada. Sendo assim, devido à ocorrência de danos superficiais, o processo de usinagem realizado na Superfície 3 pode ser caracterizado como de regime frágil. Por outro lado, é possível observar que, apesar do surgimento de alguns danos superficiais, o valor de rugosidade foi de 13,73 nm – número compatível ao torneamento de ultraprecisão.

Influência do avanço na usinagem Nesta etapa da pesquisa, foi analisada a influência do avanço (f) na superfície acabada. Na usinagem

da Superfície 4, a condição de corte com profundidade de 0,50 µm e o avanço de 3 µm/revolução fez com que a rugosidade aumentasse consideravelmente quando comparada ao resultado obtido na primeira condição de corte (Superfície 1) – de 18,01 nm para 138,52 nm. Esta expressiva diferença de rugosidade pode ser atribuída ao aumento da taxa de avanço (f), já que esta foi a única variável alterada no experimento. Acompanhe o resumo da influência da profundidade de corte (ap) e do avanço (f) durante a usinagem da amostra de WC no quadro ‘Efeito dos parâmetros de corte na usinagem do WC’.

Análise dos cavacos Um fator impor tante que se deve levar em consideração para a caracterização do torneamento de materiais frágeis em regime dúctil é a geometria do cavaco produzido durante o processo. A formação de cavaco durante este tipo de usinagem pode ser descrita como o resultado do cisalhamento imposto pela ponta da ferramenta. O cavaco presente na imagem ‘Cavaco gerado em regime frágil’ exemplifica a ocorrência do proces-

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Cavaco gerado em regime frágil

Cavaco gerado pelo processo de usinagem com ferramenta γ = 0°. Ampliação 6. 800 x 20 O Mundo da Usinagem



ARTIGO TÉCNICO

Divulgação André da Motta Gonçalves

Cavaco gerado em regime dúctil

Superfície usinada usando ferramenta γ = -25° / Ampliação 2.000 x. Presença de cavaco em forma de fita so de usinagem em regime frágil. Este processo foi realizado por meio de uma ferramenta com ângulo de saída 0° e profundidade de corte e avanço superiores a 1,00 µm. Vale ressaltar que os cavacos identificados pela circunferência não mantiveram sua integridade e, por isso, aparecem em formatos indefinidos com aparência de pó. Já a imagem ‘Cavaco gerado em regime dúctil’ (ver acima) apresenta a superfície usinada com os cavacos gerados por meio de ferramenta com ângulo de saída de -25°. Neste processo, o avanço foi mantido em 1,00 µm/revolução e a profundidade de corte e avanço se mantiveram inferiores a 1µm, o que resultou na presença de cavacos em forma de fita.

Aresta das ferramentas Na ocorrência de microdesgastes e/ou microlascamentos nas arestas da ferramenta de diamante, o acabamento superficial é prejudicado, tornando as forças de corte e de atrito cada vez maiores. As duas ferramentas utilizadas neste estudo foram analisadas du-

22 O Mundo da Usinagem

rante o experimento de usinagem por meio de um microscópio óptico do Laboratório de Precisão; no término dos ensaios, as arestas destas ferramentas foram fotografadas pelo microscópio do Laboratório de Engenharia de Materiais, ambas entidades integrantes da USP. Aparentemente não se notou desgaste ou trincas nas ferramentas quando utilizados parâmetros igual ou menor à profundidade de corte (ap) de 2 µm e avanço (f) de 1µm. Para os parâmetros que ultrapassaram estes valores, observou-se o aparecimento de trincas na aresta das ferramentas, exemplificado na imagem Aresta de corte da ferra­ menta com ângulo de saída de 0°, na qual foi aplicada profundidade de corte (ap) de 2µm e avanço (f) de 3µm/revolução.

Conclusões Conforme análise do gráfico presente no quadro Efeito dos parâmetros de corte na usinagem do WC, conclui-se que nos avanços de 1µm/revolução, a profundidade de corte (ap) não influencia significativamente no resultado da rugosidade; porém, foram observa-



ARTIGO TÉCNICO torneadas mostrou que, para a obtenção de uma superfície de WC com alto grau de integridade superficial e com acabamentos da ordem de 10 nm, a profundidade e avanço não devem ser superiores a 2,00 µm e 1,00 µm/revolução, respectivamente,

Efeito dos parâmetros de corte na usinagem do WC

260,00

240,00 220,00 200,00 180,00 160,00 140,00 120,00

Rugosidade (Ra)

No gráfico abaixo é possível observar o efeito dos parâmetros de corte na usinagem do carboneto de tungstênio (WC). A linha com pontos triangulares (verde) representa os valores de rugosidade (Ra) das Superfícies 8, 9 e 10, obtidos com avanço fixo de 1µm/revolução, ângulo de saída (γ) de -25° e profundidade (ap) de 0,50; 1,0 e 2,0 µm, respectivamente. Nesta etapa do experimento não ocorreu alteração significativa da rugosidade, mesmo com o aumento da profundidade de corte. Os valores da rugosidade das Superfícies 8, 9 e 10 são semelhantes entre si se comparados à linha azul, a qual indica a usinagem por meio da ferramenta com ângulo de saída igual a 0° nas Superfícies 1, 2 e 3. Já nas Superfícies 4, 5 e 6 é possível observar um aumento significativo nos resultados de rugosidade. Na respectiva linha roxa, os valores de rugosidade obtidos com avanço fixo de 3µm/revolução e ângulo de saída (γ) igual a -25° foram de profundidade (ap) de 0,50; 1,0 e 2,0 µm, respectivamente. Este resultado é similar à linha vermelha, na qual a usinagem das faixas 11, 12 e 13 foi realizada com os mesmos parâmetros, porém com ferramenta com ângulo de saída (γ) igual a 0°. 244,27 âng. saída 0o / avanço = 1 âng. saída 0o / avanço = 3 âng. saída -25o / avanço = 1 âng. saída -25o / avanço = 3

145,50

136,01

138,52

112,85

100,00 80,00 60,00 40,00 20,00

64,23 40,40

29,49

18,01 16,46

6,67 0,00 0,00

usando uma ferramenta de diamante nova com ângulo de saída de 0° ou -25° e uma máquina-ferramenta de ultraprecisão. Já o torneamento do WC com ferramenta de diamante mostrou-se possível para a fabricação de superfícies com qualidade óptica, porém com condições limitadas para a produção em série de componentes em função da baixa taxa de remoção de material permitida. Além disso, é possível que a retificação com rebolo de diamante apresente taxas de remoção maiores, garantindo mesmo assim a qualidade superficial atingida pelo torneamento, ou ainda, a retificação possa ser usada como um processo no desbaste do carboneto de tungs­ tênio seguido do torneamento de ultraprecisão como uma opção viável à produção em série de peças. Divulgação André da Motta Gonçalves

das trincas na aresta de corte das ferramentas para profundidades de corte maiores que 2µm. Para avanços da ordem de 3µm/revolução, a profundidade de corte apresenta grande influência no resultado da rugosidade. A análise das amostras

13,73

1,00

Profundidade de corte

8,47

10,70

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

Artigo produzido por André da Motta Gonçalves, engenheiro de Processos da ZF Sistemas, com base na dissertação de mestrado intitulada “Usinabilidade do carbeto de tungstênio no torneamento com ferramenta de diamante” sob orien­ tação do professor doutor Jaime Gilberto Duduch. A dissertação foi realizada para a obtenção do título de Mestre em Engenha­ ria Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (USP), concluído em 2009.

7,00

Veja amais informações em:em: bibliografia do artigo www.omundodausinagem.com.br

24 O Mundo da Usinagem



Renato Lopes

Suprimentos

Interação cliente-fornecedor leva ao êxito nos negócios Suporte Rei, Rei Auto Parts e Pérsico Ferramentas demonstram que bom relacionamento contribui para a expansão de mercado

A

tualmente, a função do administrador de Compras ou gerenciador de Suprimentos não se limita apenas ao trabalho de gerir números e estoques. Este profissional pode ser considerado hoje um verdadeiro administrador de Relacionamentos e Parcerias. Entretanto, para recriar o perfil do profissional que desempenha esta função e agregar à sua atua­

26 O Mundo da Usinagem

ção práticas mais sustentáveis de relacionamento, é preciso uma mudança de conduta e alteração de alguns paradigmas já consolidados. Construindo este novo perfil, o administrador de Parcerias poderá gerar muitos benefícios à empresa em que trabalha. Este foi o modelo de parceria sustentável colocado em prática no relacionamento das empresas

Supor te Rei – fabricante de peças automotivas para veículos pesados e leves –, Rei Auto Parts – desenvolvedora de tecnologias em aço – e Pérsico Ferramentas – distribuidor de ferramentas e soluções para usinagem, localizado em Piracicaba (SP). Integrando o conglomerado de empresas Indústria Rei (veja quadro ‘Há 50 anos criando para


0T TFHNFOUPT EF &OFSHJB »MFP F (ÈT FOGSFOUBN HSBOEFT EFTBGJPT

1BSB FMFT B 3PNJ PGFSFDF HSBOEFT TPMVÎÜFT

5PSOPT $/$ $FOUVS F 5PSOPT 1FTBEPT $/$ -JOIB $FOUVS

$FOUSP EF 6TJOBHFN 7FSUJDBM 3PNJ %

$FOUSP EF 5PSOFBNFOUP 3PNJ (

5PSOPT 7FSUJDBJT $/$ -JOIB 3PNJ 75

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$FOUSP EF 6TJOBHFN )PSJ[POUBM 3PNJ 1)

.BOESJMIBEPSB 3PNJ -B[[BUJ )#. 5

0T TFUPSFT EF HFSBÎÍP EF FOFSHJB OP #SBTJM F OP FYUFSJPS UFN SFBMJ[BEP GPSUFT JOWFTUJNFOUPT DPN P PCKFUJWP EF BUFOEFS B DSFTDFOUF EFNBOEB " 3PNJ PGFSFDF VNB MJOIB EF NÈRVJOBT EF HSBOEF QPSUF QBSB B QSPEVÎÍP EF QFÎBT QBSB FTUFT TFHNFOUPT BHSFHBOEP UFDOPMPHJB EF QPOUB BMUB QSPEVUJWJEBEF F FGJDJÐODJB EF NBOVGBUVSB

$POTVMUF OPT QBSB PQÎÜFT EF 'JOBODJBNFOUP F BWBMJBÎÍP EF QSPKFUPT EF QSPEVÎÍP t XXX SPNJ DPN


a indústria automotiva’), a Suporte Rei e a Rei Auto Parts são atendidas pela Pérsico Ferramentas, praticando uma relação comercial de sucesso há mais de 18 anos. Para tanto, são adotados procedimentos de gestão que promovem a sinergia entre os departamentos de Compras das empresas-clientes e o departamento Comercial do distribuidor.

Renato Lopes

Suprimentos

Negociações em compras Com experiência de 50 anos no mercado, a Suporte Rei pôde notar durante estes anos que muitos administradores de Compras e Suprimentos costumam focar a questão ‘preço’ e ‘condições de pagamento’. Esta política, embora possa atender alguns interesses de

Profissionais da equipe Pérsico Ferramentas/Sandvik Coromant oferecem acompanhamento técnico para compra de novos equipamentos e estudo de novas peças à Indústria Rei



quem compra, por outro lado pode “enxugar” comercialmente as reservas de seus fornecedores, algumas vezes limitando o potencial destes quanto a investimentos em melhorias de processos e da qualidade, por exemplo. Há alguns profissionais que chegam até simular a existência de preços mais baixos no mercado em relação ao oferecido, transformando cada negociação em um exercício contínuo de pressão por preços cada vez menores. Segundo o artigo Evolução estra­ tégica do processo de compras ou suprimento de bens e serviços nas empresas, do autor Ataíde Braga, o que ocorre é que muitas vezes esta visão restrita pode resultar em prejuízos para ambas as partes, pois se por um lado a empresa compradora

Renato Lopes

Suprimentos

Profissionais da Suporte Rei, Rei Auto Parts e Pérsico Ferramentas buscam aprimorar a qualidade e a produtividade dos processos de acordo com cada produto

pode lucrar alguma coisa com preços menores, por outro vai minando o terreno de sua cadeia de fornecedores, que aos poucos vão perdendo o interesse por este tipo de cliente. Há contudo uma corrente que entende

que o profissional de Compras deve gerar negócios para a empresa sem exaurir as reservas de seus fornecedores. Assim, quando não há jogos ocultos de interesses todos ganham, inclusive o consumidor final. 



Renato Lopes

Suprimentos

Há 50 anos criando para a indústria automotiva A Indústria Rei começou com uma invenção inovadora, posteriormente denominada “suporte rei”, desenvolvida por Luiz Constâncio. Sua criação era uma peça automotiva que suportava a trepidação dos eixos de transmissão de ônibus e caminhões, que foi patenteada por Luiz Constâncio em 1960. Em Cajuru (SP), o inventor fundou a primeira fábrica da Indústria Rei, com 20 metros quadrados, e mantinha um operário para a fabricação das peças. Hoje, 50 anos depois, a Indústria Rei é um conglomerado de empresas de capital 100% nacional, composta pelas empresas Suporte Rei, Rei Auto Parts, Rubber King e Divisão Agrícola - Borracha Natural. A Suporte Rei está localizada na cidade de Cajuru (SP) e tem 84 mil m2. Já a Rei Auto Parts está localizada na cidade de Arceburgo (MG), onde também funciona a Divisão de Fundição da empresa. Próximo à unidade de Cajuru, a Indústria Rei possui uma propriedade com área total de 300 hectares coberta por uma plantação de 80 mil pés de seringueira. Destas árvores é retirado o látex necessário para a fabricação de borracha natural – matéria-prima de muitos produtos fabricados pela Suporte Rei, como buchas, pinos, coxins e diafragmas de freios, entre outros. Hoje, a Indústria Rei produz mensalmente 500 mil peças e, além de atender o segmento automotivo brasileiro, também exporta para mais de 75 países.

32 O Mundo da Usinagem



Relação duradoura Uma característica fundamental da cooperação entre a Suporte Rei, a Rei Auto Parts e o distribuidor Pérsico Ferramentas é o jogo aberto e a fidelidade. Em troca, as empresas-clientes recebem de seu fornecedor de ferramentas condições comerciais mutuamente atrativas para a aquisição de novas ferramentas, dispositivos e pastilhas. Este bom relacionamento permite também uma constante troca de informações estratégicas para o desenvolvimento de ações que aumentam o nível de competitividade de ambas as empresas. A Pérsico Ferramentas atualiza seus clientes com inovações do mercado, como novos lançamentos de ferramentas e também alerta as empresas para opotunidades de melhorias, incluindo até possíveis aumentos de preços ou alguma falta ocasional de produtos para abastecimento de seus estoques. Outro serviço oferecido pela Pérsico Ferramentas à Suporte Rei e à Rei Auto Parts é o acompanhamento técnico na compra de novos produtos e no estudo de execução de novas peças. Esta forma de atuar gera redução dos custos nas compras e do custo final das operações, além de aprimorar a qualidade e a produtividade dos processos. Hoje, as duas empresas também utilizam o estoque de ferramentas em consignação da Sandvik Tooling Supply no Brasil– uma das áreas de negócio do Grupo Sandvik – fornecido pelo distribuidor. Para utilizar este recurso, são elaborados contratos



onde se estima uma determinada produção e sua respectiva demanda por suprimentos. Após o uso das ferramentas estocadas, as peças são faturadas no final de cada mês, resultando na melhoria do fluxo de caixa das empresas envolvidas. Trabalhando com este tipo de controle, a Pérsico Ferramentas também pode programar suas compras de matéria-prima e gerenciar com mais facilidade o seu próprio estoque de segurança.

Sugestões são sempre bem-vindas Outro momento em que o distribuidor de ferramentas se faz muito presente é no planejamento de aquisições de máquinas para a Suporte Rei e para a Rei Auto Parts. A cada compra de novos tornos e equipamentos CNC, os

Linha de suportes para eixo cardan fabricados pela Suporte Rei para veículos pesados e leves 34 O Mundo da Usinagem

representantes técnicos e comerciais (colaboradores de Compras e Vendas) das empresas se reúnem com profissionais da equipe Pérsico Ferramentas/Sandvik Coromant para estudar o novo investimento. Nestas ocasiões são avaliadas a capacidade de cada equipamento CNC, a potência do motor, o torque, os movimentos rápidos e a velocidade na troca das ferramentas, entre outros fatores das máquinas. Com isto, em conjunto são buscados os melhores dispositivos e porta-ferramentas mais adequados. As pastilhas também são estudadas, levando em consideração a necessidade da operação, a característica de cada peça fabricada, incluindo a análise

Maurício Figueiredo Possati, técnico da Pérsico Ferramentas, Lessandro da Rocha Escarso (centro), gerente de Compras e Suprimentos da Suporte Rei e Rei Auto Parts, e Antônio Carlos da Silva, diretor da Pérsico Ferramentas do material de que é composta, a dificuldade produtiva, o acabamento de superfície (rugosidade) e a qualidade, entre outras características. Com estes encontros, os profissionais das três empresas trocam informações e conhecimentos procurando formas de reduzir os custos de produção e encontrar maneiras de aumentar a qualidade e a produtividade dos processos produtivos das duas empresas-clientes. As primeiras reuniões deste gênero com a equipe Pérsico Ferramentas/Sandvik Coromant ocorreram no início da década de 1990, quando a Suporte Rei e a Rei Auto Parts adquiriam seus primeiros equipamentos CNC, e continuam sendo realizadas até hoje.  Divulgação Suporte Rei

Renato Lopes

Suprimentos



Suprimentos 

Uma das provas do sucesso da parceria entre estas empresas ocorreu no primeiro e parte do segundo semestre de 2008. Durante este período, o mercado industrial teve um crescimento significativo. Com isso, houve um aumento considerável dos preços, pois a demanda superava a produção. Muitos produtos começaram a faltar em vários segmentos, principalmente as matérias-primas básicas, pois muitas empresas não estavam preparadas para um consumo tão alto. Mesmo em meio a este cenário, a Pérsico Ferramentas manteve os preços e as condições de pagamentos (prazos) para a compra de ferramentas da Suporte Rei e da Rei Auto Parts. Tudo isso devido ao relacionamento aberto e claro entre as empresas. O abastecimento de ferramentas continuou normalmente e, desta forma, as empresas-clientes puderam manter o pronto-atendimento aos seus consumidores finais, oferecendo o mesmo custo–benefício de seus produtos. Neste mesmo momento, é bem provável que muitas empresas que tinham costume de arriscar novas propostas no mercado de modo mais agressivo tenham passado por dificuldades de aquisição de matériaprima, por exemplo. Assim, podemos perceber a importância da qualidade no serviço de logística empresarial, que pode ser medido segundo a visão dos autores Donald Bowersox e David Closs, extraída do livro Lo­ gística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento, em termos de “(1) disponibilidade, (2) desempenho operacional e (3) confiabilidade de serviço”. Também

36 O Mundo da Usinagem

observamos que os princípios de gerenciamento de aliança são colocados em prática no relacionamento entre as empresas Suporte Rei, Rei Auto Parts e Pérsico Ferramentas. Trabalhando desta forma, a empresa Suporte Rei também pôde comprovar o sucesso da excelente cooperação com seu fornecedor ao receber o PSQT - Prêmio SESI Qualidade no Trabalho em 2008, em nível nacional na categoria média empresa, evidenciando suas relações transparentes que satisfazem todos os seus stakeholders – grupos de interesse da companhia, como diretoria, acionistas, clientes, colaboradores e fornecedores. Renato Lopes

Colhendo bons frutos

Artigo produzido por Lessandro da Rocha Escarso, gerente de Compras e Suprimentos da Suporte Rei e Rei Auto Parts, com base no trabalho de conclusão de curso realizado para a Faculdade de Administração de Em­ presa do Centro Universitário Claretiano.

Bibliografia  BOWERSOX, Donald J. e CLOSS, David J. Logística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.  BRAGA, Ataíde. Evolução estratégica do processo de compras ou suprimento de bens e serviços nas empresas. Disponível em: http://bit.ly/forumlog



Curiosidades

Novos paradigmas da

‘Geração Y’ Shutterstock

Entenda como se relacionar profissionalmente com esta geração, formada por pessoas mais suscetíveis a ações coletivas e conectadas aos ambientes virtuais

38 O Mundo da Usinagem

“U

m estudo recente da consultoria Great Place to Work – empresa especializada na gestão do ambiente de trabalho – ilumina nosso conhecimento sobre a geração que nasceu após o ano de 1980: homens e mulheres com menos de 30 anos, que representam a maioria dos nossos clientes, colegas, acionistas, subalternos e futuros chefes. Será melhor nos preparar para contratálos, motivá-los e retê-los, mas para isso será necessário repensar os modelos tradicionais de liderança. Definida com rápidas pinceladas, esta nova geração – denominada Geração Y – é mais suscetível a ações coletivas, está fortemente conectada aos ambientes virtuais, tem alta capacidade de interação e elevado grau de tenacidade. Em termos de motivação, estes jovens se preocupam com dinheiro, mas as recompensas materiais precisam ser acompanhadas do bom convívio social. Eles gostam de trabalhar em empresas engajadas em questões sociais e que estejam “fazendo a coisa certa”. Para recrutá-los com sucesso, é importante utilizar caminhos alternativos que partem das redes sociais.


Como buscar os talentos Quando uma organização precisa reforçar seu reservatório de talentos, o dilema é contratar profissionais de fora, que possuam as competências requeridas (o que pode ser mais rápido), ou desenvolver talentos internos (processo geralmente mais lento). Mas, quando a maioria dos profissionais na empresa pertence à Geração Y, essas duas alternativas podem representar uma real encruzilhada. A resposta é “depende”. Para o professor Benjamim

Campbell, da Wharton School, as empresas devem estruturar um Sistema de Gestão de Recursos Humanos que leve em consideração ambas as opções, considerando a crescente velocidade no ciclo de vida dos produtos, que na maioria dos casos está cada vez mais curto. Ou seja, para manter um reservató­ rio de talentos, as empresas devem saber calcular o custo de atrair, contratar e reter talentos, o custo de substituí-los e o custo de desenvolver e treiná-los, em contraposição ao valor que eles poderão agregar. Para cada profissional com talento, o desafio também se complicou. Existem cinco elos na cadeia de valor do próprio custo de cada talento e esses cinco devem ser conhecidos e considerados: 1 - pre­ visão do futuro: quem quiser vencer no mercado terá que prever e criar seu próprio futuro; 2 - articulação: contratá-lo poderá ser uma grande

ideia, mas se não for bem articulada, não será aceita; 3 - aceitação: cada um deverá certificar-se de que seu público irá aceitá-lo; 4 - ação: expor com rapidez as boas ideias e transformá-las em produtos; 5 potencialização: cada talento deve descobrir como potencializar seu próprio custo–benefício, gerando riqueza em um negócio muito maior. No entanto, vale ressaltar que as ideias podem morrer em qualquer ponto desta cadeia se não houver o comprometimento contínuo por parte da empresa, muitas vezes podendo até levar a uma demissão não planejada. Divulgação Marcelo Mariaca

Shutterstock

Mas, para motivá-los, a questão crucial é lembrar que eles demandam líderes capazes de inspirá-los, requerem comunicação clara, querem entender os objetivos da empresa e como eles se encaixam nela, e gostam de ambientes de trabalho que permitam conciliar seus diversos interesses, tanto pessoais quanto profissionais.

Jovens da nova geração demandam líderes capazes de inspirá-los, requerem comunicação clara, querem entender os objetivos da empresa e como se encaixam nela

Marcelo Mariaca Presidente do conselho da Mariaca, empresa especializada em gestão de capital humano, e professor da Brazilian Business School, que mantém unidades em São Paulo e em Luanda, Angola O Mundo da Usinagem 39


nossa parcela de responsabilidade

potencializar a motivação C ada vez mais os profissionais têm consciência de que os principais responsáveis por sua motivação no trabalho são eles próprios. A ideia vigente há alguns anos de que a empresa é totalmente responsável pela motivação de seus colaboradores já não é mais consenso. Podemos, inclusive, traçar um paralelo do significado da palavra “motivação” com o sentido da palavra “mobilização”, que quer dizer movimentar. Para haver motivação é necessário que o profissional seja proativo, quer dizer, saiba movimentar-se por conta própria, indo ao encontro de seus objetivos profissionais. No entanto, não basta somente ter a consciência de que a motivação está em nossas mãos, devemos também saber colocar este conceito em prática. O profissional motivado é aquele que busca constantemente novas soluções e informações para aprimorar seu trabalho, cumpre os prazos estabelecidos, demonstra

40 O Mundo da Usinagem

interesse por sua atividade e se compromete com suas tarefas. É a pessoa que sabe se autogerenciar. Apesar de o colaborador ser responsável por uma parcela significativa de sua própria motivação, a empresa também pode fortalecer este estímulo. Primeiramente, devemos considerar que em uma empresa estão reunidos colaboradores com diversos perfis profissionais e pessoais. Isto quer dizer que os fatores que incitam a motivação em cada pessoa podem ser muito diferentes – desafio, reconhecimento e aprendizado, entre outros. Por isso, o líder deve conhecer muito bem cada membro de sua equipe. Assim, poderá envolver o profissional em atividades que sejam realmente motivadoras para ele. Reiterando, um profissional motivado é também um profissional comprometido. Assim como a Sandvik, empresas que trabalham com o princípio da transparência podem inspirar maior confiança em

Fernando Favoretto

Estratégias para

seus colaboradores, que passarão a desempenhar sua função com mais comprometimento. O profissional que sabe estimular sua própria motivação consegue alcançar a realização em seu trabalho, e tem a sensação de missão cumprida. Trabalhando desta forma, é provável que também possa alcançar maior visibilidade dentro da empresa. Este colaborador pode se tornar um exemplo para outros integrantes da equipe e exercer com seu forte comprometimento uma influência positiva no ambiente de trabalho, podendo até beneficiar toda a cadeia departamental da organização. Deste modo, investir e valorizar ações motivacionais sempre são boas alternativas para conquistar melhores resultados e contribuir para a realização das pessoas.

Harumi Nomura Gerente de Recursos Humanos Sandvik Coromant do Brasil



SAN DVIK COROMA NT

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anunciantes nesta edição O Mundo da Usinagem 70

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PRODUS Tel: 15 3225-3496 Sorocaba - SP

COMED Tel: 11 2442-7780 Guarulhos - SP

PS Tel: 14 3312-3312 Bauru - SP

CONSULTEC Tel: 51 3343-6666 Porto Alegre - RS

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Deb´Maq. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa

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THIJAN Tel: 47 3433-3939 Joinville - SC

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Blaser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Bucci. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Cosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Haas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

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42 O Mundo da Usinagem

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