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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

gestão de ferramentas Software agiliza set up de máquina e reduz inventário Projeto de fábrica Veja o que considerar na hora de montar ou expandir

torno de cabeçote móvel

Ideal para a usinagem de peças pequenas e delgadas



sxc.hu

pAra começar...

Água e terra uniram-se em revolta. Reviraram seixos e rochas, que rolaram em cólera pelas encostas feridas, expandindo veios, abrindo sulcos e fendas, tombando cercas e arrebatando almas, até que a fúria acalmada gerasse a lama que, ao calor do sol, converteu-se em barro, na esperança de que o tempo, o artesão da vida, pudesse fazer do homem um vaso novo.

O Mundo da Usinagem


75 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 03 / 2011

03 para começar...

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Divulgação WM Tools

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 Chão de fábrica: conheça todas as etapas da montagem de uma nova fábrica 16 Machine investments: torno de cabeçote móvel proporciona diversas operações em uma só máquina 20 g estão empresarial: thomassen machining gerencia seu

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Divulgação Thomassen Machining

ferramental de forma integrada com software tdm 26 suprimentos: cláusulas específicas nos contratos de compra ajudam a evitar prejuízos 32 ideias e pensamentos: rotaract leva jovens voluntários ao desenvolvimento de projetos sociais 40Nossa parcela de responsabilidade

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Vinícius Severiano

42 anunciantes / distribuidores / fale com eles

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: Equipe House Press Propaganda (Thaís Tüchumantel, Ronaldo Monfredo e Décio Colasanti). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Gráfica: Company


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Chão de fábrica

de crescer Fernando Sacco

Quando é hora

Localização, oferta de mão de obra e recursos naturais disponíveis são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração no planejamento de uma nova fábrica

É

comum, principalmente no setor metalmecânico, encontrar empresas que iniciaram suas atividades produtivas em pequenos estabelecimentos comerciais, contando com apenas uma ou duas máquinas. Com o crescimento da carteira de clientes e o aumento das vendas, estas empresas acabam migrando para locais com maior infraestrutura e construindo unidades fabris próprias. A história é familiar para muitos empreendedores que hoje já ocupam

O Mundo da Usinagem

posição de destaque no mercado. Mas José Henrique Toledo Corrêa, diretor de Produtos, Serviços e Negócios do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) adverte que, para expandir ou iniciar com sucesso as operações em uma nova planta fabril é necessário fazer um planejamento detalhado antes que qualquer ação concreta seja colocada em prática. “O primeiro passo é determinar o nome da empresa, fazer o registro

deste nome e definir o projeto básico e executivo da nova planta”, orienta o diretor. “Com isto, já é possível fazer o licenciamento junto à prefeitura, ao Corpo de Bombeiros e aos órgãos ambientais federal, estadual ou municipal”, explica. Evidentemente, as condições de instalação de uma fábrica variam de acordo com o tipo do produto a ser fabricado pela empresa, o volume de produção e as características específicas dos processos que serão


executados na planta. No entanto, há algumas condições básicas que podem ser consideradas comuns para a implantação de fábricas de todos os segmentos.

de Qualquer Natureza (ISSQN). Outra facilidade oferecida pela Prefeitura de Sorocaba é o programa empres@facil, um sistema que faz o cruzamento e a análise de dados e que tem como objetivo simplificar as rotinas de abertura de empresas. Antes da implantação do programa, o prazo médio para o registro de uma empresa na região era feito entre 90 e 120 dias. Atualmente, com a utilização desta nova tecnologia, os registros podem ser feitos entre seis e dez dias, se o interessado estiver com todos os documentos em mãos.

A localização também foi um fator decisivo para a WM Tools, que escolheu o pólo metalmecânico de Caxias do Sul (RS) para instalar sua unidade fabril, destinada ao recondicionamento de ferramentas. Contudo, apesar da boa localização, Wilson D’Agostini, proprietário da WM Tools, comenta que encontrou dificuldade para compor o quadro de funcionários de sua fábrica. “Demoramos para encontrar operadores especializados que pudessem trabalhar nas máquinas de alta tecnologia que instalamos em nossa nova unidade”, explica o proprietário. Fernando Sacco

Fundações construídas em forma de bloco suportam o peso das máquinas de grande porte e reduzem a transmissão de vibrações para o solo

Mudando de endereço Um dos fatores decisivos para o sucesso de uma nova fábrica é a sua localização. Neste caso, algumas condições e características essenciais devem ser consideradas, como a proximidade de clientes e fornecedores; nível de exportação e importação da empresa; oferta de imóveis e terrenos na região; oferta de funcionários especializados; condições de infraestrutura básica (água, luz e esgoto); licenças ambientais necessárias; possibilidade de expansão e carga tributária vigente. Vale observar que alguns municípios oferecem benefícios para a instalação de fábricas, procurando incentivar empreendimentos produtivos e geradores de receita em sua região. Este é o caso da cidade de Sorocaba (SP), que concede a algumas empresas instaladas em seu perímetro descontos no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e no Imposto Sobre Serviços

Layout da planta deve considerar possíveis expansões, tanto na capacidade de produção quanto na demanda de vendas

O Mundo da Usinagem


Chão de fábrica

Ao planejar uma nova fábrica também se deve considerar os diferenciais de sustentabilidade que permitirão que a empresa atue de forma ambientalmente responsável na região na qual irá se instalar, otimizando os recursos que tem à sua disposição. Levando estes fatores em consideração, a Toyo Matic – empresa especializada em usinagem de alta precisão – construiu em Bragança Paulista (SP) uma nova fábrica que começou a operar em 2010. Um dos destaques da planta é a busca da eficiência energética. A iluminação da fábrica, por exemplo, foi projetada de forma a aproveitar a luz natural. Telhas translúcidas foram instaladas no teto e as janelas foram estrategicamente posicionadas, tanto nos ambientes de chão de fábrica quanto nas salas de reunião e escritórios. Com este recurso a produção também foi beneficiada, pois a boa claridade torna o acabamento das peças mais preciso e as medições podem ser feitas com maior exatidão. O piso na cor branca também ajuda a iluminar

Fernando Sacco

Fábricas sustentáveis

Edvaldo Rosa, da Toyo Matic: “É muito fácil perder-se em questões jurídicas ou administrativas ao planejar a construção de uma fábrica; por isso, é preciso investir em uma boa equipe” o ambiente e mantém o padrão de higiene, já que os resíduos podem ser facilmente detectados nele. A Toyo Matic também promove o reaproveitamento dos fluidos utilizados no chão de fábrica. Uma rede de galerias foi construída sob a planta, permitindo que os líquidos

refrigerantes fiquem livres de ataques biológicos e possam ser corretamente reaproveitados. “Há dois anos não descartamos praticamente nenhum fluido”, relata Edvaldo Rosa, diretor da empresa. A mesma solução foi adotada pela WM Tools, que construiu um



Chão de fábrica reservatório de 40 mil litros para reaproveitar a água da chuva nos banheiros, na irrigação dos jardins e na limpeza do local. Aberturas nas paredes e entradas de ar no teto da planta permitem a troca de ar com o ambiente externo. “Estas saídas deixam a temperatura da fábrica agradável; desta forma não precisamos recorrer ao ar-condicionado e economizamos energia”, explica o proprietário, Wilson D’Agostini. Outra etapa importante na instalação de uma fábrica é a impermeabilização do solo, que impede o escoamento dos fluidos que podem contaminar o meio ambiente. Com a construção de canaletas ou galerias, é possível encaminhar estes líquidos para o descarte apropriado e seguro.

Cuidados com o meio ambiente Especialmente no setor metalmecânico, o assentamento das máquinas pode representar um verdadeiro desafio na montagem de uma fábrica. Para isso, o mais recomendado são as fundações construídas em forma de bloco, que suportam o peso das máquinas de grande porte e não transmitem vibrações para o solo. “Nestes casos é fundamental conhecer tecnicamente as características do solo, avaliação que pode ser obtida por meio de uma sondagem direta”, aconselha José Henrique Toledo, do Ciesp. Júlio Tadeu de Alencar, consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, adverte que o mais

Pedindo Licença Alguns procedimentos básicos devem ser seguidos durante a instalação de uma nova fábrica. Acompanhe a seguir algumas dicas úteis:  Faça a avaliação de viabilidade de instalação da fábrica junto à prefeitura, verificando se o local escolhido permite a implantação da tipologia industrial prevista  Registre o contrato social da empresa na junta comercial do estado em questão  Obtenha o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com a Receita Federal  Faça a Inscrição Estadual na Secretaria da Fazenda e a Inscrição Municipal na Prefeitura  Consulte a Resolução n° 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que indica a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais, além de estabelecer as condições e padrões de lançamento de efluentes (www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf)  Adquira a licença para utilização de faixas, placas e letreiros  Verifique as exigências para o alvará de funcionamento (confira as regras junto à prefeitura do município em que a empresa vai se instalar)  Obtenha o Habite-se, certidão que atesta que a construção do imóvel foi aprovada junto à prefeitura, seguindo a legislação local  Verifique a lei de zoneamento da região em que a fábrica será instalada

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Chão de fábrica indicado é que as empresas recorram ao apoio profissional no momento de projetar uma fábrica, pois há muitos detalhes técnicos que devem ser considerados neste processo. “Com a ajuda de uma consultoria, por exemplo, é possível otimizar o layout interno da fábrica de acordo com as necessidades da empresa”,

explica Alencar. “Como muitas vezes os processos envolvem máquinas grandes e pesadas, não será possível movimentar estes equipamentos a cada vez que um profissional tiver uma nova ideia de arranjo físico”, justifica. O consultor ainda acrescenta que o layout da planta deve considerar possíveis expansões,

Check list - Como montar uma fábrica  Definir o nome da empresa e registrá-lo;  Analisar a localização considerando distância de fornecedores e clientes;  Definir o projeto básico da planta;  Considerar no projeto da planta questões de sustentabilidade ambiental (iluminação, reaproveitamento dos fluidos, impermeabilização do solo);  Fazer o licenciamento junto à prefeitura, ao Corpo de Bombeiros e aos órgãos ambientais federal, estadual ou municipal;  Planejar o assentamento das máquinas de forma a evitar a transmissão de202x133.pdf vibrações ao solo.10:11:13 prod_nacional 1 4/11/2010

tanto na capacidade de produção quanto na demanda de vendas.

Mãos à obra Para apoiar os profissionais que querem expandir seus negócios construindo uma fábrica, existem certos programas que podem oferecer boa orientação sobre as etapas que devem ser cumpridas. Uma destas iniciativas é o Programa de Orientação ao Candidato a Empresário, promovido pelo Sebrae. No curso, os empresários recebem orientação sobre como abrir seu negócio, aprendem a analisar o perfil da empresa e a considerar detalhes de estruturação e análise de viabilidade do projeto. O treinamento também envolve questões legais e burocráticas, que são extremamente



Divulgação WM Tools

Chão de fábrica

Na nova fábrica da WM Tools, reservatório de 40 mil litros permite o reaproveitamento da água da chuva em banheiros, jardins e na limpeza

anuncio_KA70_202x133.pdf 1 6/8/2010 11:40:14

importantes, já que a legislação e o número de licenças variam de acordo com a região. Cercar-se de bons profissionais – arquitetos, engenheiros, advogados, consultores e contadores – é outra maneira de assegurar que todas as etapas de montagem da fábrica serão seguidas corretamente. “Muitas pessoas pensam que dominar o processo produtivo basta para montar uma fábrica, mas isso não é verdade”, adverte Edvaldo Rosa, da Toyo Matic. “Perder-se em questões jurídicas ou administrativas é fácil; por isso, acredito que o melhor é investir também em uma boa equipe”, conclui. Fernando Sacco Jornalista



Machine Investments

Usinagem

dinâmica e ágil Divulgação Ergomat

Torno de cabeçote móvel otimiza tempo de produção e garante qualidade do produto final

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Uma máquina, várias funções Robi explica que a diferença básica entre o torno convencional e o torno de cabeçote móvel é que, no primeiro, as ferramentas avançam ao encontro

Divulgação Ergomat

T

ornos são equipamentos extremamente versáteis, podendo ser encontrados desde os modelos convencionais, que funcionam mecanicamente, até equipamentos de alta tecnologia, totalmente automatizados. Normalmente, as peças usinadas em tornos apresentam formato cilíndrico como eixos, polia, pinos e roscas. No entanto, estes equipamentos costumam enfrentar algumas dificuldades na fabricação de peças que apresentam comprimento maior que seu próprio diâmetro (cerca de três ou quatro vezes maior). Isto ocorre porque o excesso de material usinado torna a operação de torneamento instável. Para desempenhar operações deste tipo com precisão, estão disponíveis no mercado os tornos de cabeçote móvel, desenvolvidos para usinar peças com barras de até 38 mm de diâ­metro. “Geralmente, as máquinas de cabeçote móvel trabalham com a usinagem de peças delgadas, em operações que exigem precisão na usinagem ou que apresentam elevada complexidade, como operações de furação, fresamento e rosqueamento”, explica Alex Fernando Robi, gerente de vendas da Cosa (Commerce Outre-Mer Socieeté Anonyme) – empresa especializada na vendas de máquinas e equipamentos de medição.

Acoplando diversas ferramentas em seu magazine, torno de cabeçote móvel também pode executar operações de fresamento ou furação

do material usinado, enquanto no último a peça avança ao encontro da ferramenta. Uma das vantagens oferecida por estes tornos é a possibilidade de acoplar diversas ferramentas em seu magazine, o que permite que outras operações (como fresamento ou furação) sejam executadas neste mesmo equipamento. Usinando com diversas ferramentas simultaneamente, estes equipamentos podem gerar uma redução no tempo de usinagem dos produtos. Entre as principais ferramentas que podem equipar o torno de cabeçote móvel destacam-se brocas helicoidais, fresas de topo, machos, alargadores e ferramentas de tornea­ mento interno, entre outras. “De-

pendendo do conceito da peça e do número de eixos controlados, os tornos CNC de cabeçote móvel podem utilizar até 60 ferramentas de corte, que são montadas em diversas torres porta-ferramentas”, explica José Barbosa da Silva Filho, profissional da Ergomat – fabricante de tornos – e coordenador da linha de produtos da STAR – empresa japonesa fabricante de máquinas-ferramenta.

Aplicação versátil Internacionalmente conhecidos como tornos suíços, os tornos de cabeçote móvel surgiram no final do século XIX, na Suíça. O objetivo inicial era desenvolver um equipamento que pudesse otimizar a produção em série de eixos para a indústria relojoeira.

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Machine Investments Atualmente, os tornos de cabeçote móvel são mais comumente utilizados em indústrias de alta produção, mas também são ideais para a usinagem de pequenos lotes de peças que exigem extrema precisão e que apresentam geometria complexa. “Neste equipamento, as barras, geralmente de perfil redondo, estão muito próximas das buchas-guia, o que permite suprimir as vibrações na usinagem de eixos longos e delgados, proporcionando um melhor acabamento das peças”, explica Alex Fernando Robi. Por sua vez, Barbosa indica que estes equipamentos são es-

Ferramentas adequadas podem otimizar produção Para equipar os tornos de cabeçote móvel, a Sandvik Coromant oferece ao mercado o sistema de fixação QS (sigla para Quick Start, que em português quer dizer início rápido). Com este sistema é possível maximizar o tempo ativo da produção, permitindo alcançar maiores índices de produtividade. Isto é possível porque a fixação e a liberação da ferramenta é feita com um giro apenas do parafuso. Com isso, o tempo em que a máquina deve ficar parada para a troca de pastilha passa de uma média de 3 minutos para apenas 1 minuto, sem a necessidade de modificação da torre. Outra solução da Sandvik Coromant que será lançada em breve é o sistema de fixação QS de alta precisão. Este suporte possui refrigeração de alta pressão e os jatos podem ser direcionados para as arestas da pastilha, melhorando os resultados da quebra de cavacos e aumentando a vida útil da pastilha.

Divulgação Cosa

Tempo de set up dos tornos de cabeçote móvel é menor, se comparado ao das demais máquinas

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pecialmente recomendados para a fabricação de peças pequenas. “Como várias operações podem ser feitas em uma só máquina, o torno evita a movimentação de peças que poderiam ser danificadas se manipuladas ou fixadas em uma segunda operação”, justifica o coordenador. Por este motivo, os tornos de cabeçote móvel são muito utilizados na fabricação de peças destinadas a aplicações médicas (como componentes ortopédicos e implantes ósseos) e odontológicas, como implantes dentários. Outras aplicações possíveis estão na fabricação de peças para produtos eletroeletrônicos e de telecomunicação, além de autopeças e componentes para os setores aeroespacial e metalmecânico em geral.


Segundo Robi, da Cosa, o uso de tornos de cabeçote móvel pode aumentar consideravelmente a produtividade de uma indústria. “O tempo de set up deste equipamento é menor se comparado ao dos tornos convencionais”, garante. “Por isso, dependendo da peça que será usinada, algumas indústrias podem reduzir seu ciclo de usinagem em até 30%”, relata o gerente de Vendas. Barbosa comenta que a alta produtividade destes equipamentos se deve ao fato de serem equipados com comando numérico, terem componentes mecânicos e eletrônicos de última geração, que permitem operações de usinagem mais rápidas do que os tornos convencionais. “O torno de cabeçote móvel também representa uma vantagem competitiva para as empresas, pois pode otimizar as operações de usinagem”, completa o coordenador. Outra vantagem é a redução do espaço físico ocupado pelo equipamento, já que diversas operações de usinagem podem ser executadas em uma só máquina. Também por este motivo, é possível reduzir a movimentação das peças pela fábrica.

Divulgação Cosa

Economia garantida

Dependendo do conceito da peça e do número de eixos controlados, equipamento pode utilizar até 60 ferramentas de corte O coordenador da Ergomat acrescenta que os tornos de cabeçote móvel também podem contribuir para a redução do consumo de energia elétrica no chão de fábrica, pois estes equipamentos geralmente utilizam motores de alto rendimento. “Se

Vantagens do torno de cabeçote móvel Confira as principais vantagens do torno de cabeçote móvel:  Evita vibrações na usinagem, o que garante precisão e estabilidade no corte  Produz peças em uma etapa única (redução do lead time de produção)  Proporciona acabamento de alta qualidade  Permite o acoplamento de diversas ferramentas, que podem operar simultaneamente  Pode executar operações de torneamento, fresamento e furação

comparado a um torno convencional, o investimento inicial é maior, mas a amortização é rápida e os benefícios que este equipamento traz são vantajosos”, resume Barbosa. Graças a todos estes benefícios, o torno de cabeçote móvel tem ganhado espaço no mercado nos últimos anos. Na Cosa, por exemplo, a expectativa de vendas para este equipamento neste ano é 20% maior do que as realizadas em 2010. Thais Paiva Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br

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Divulgação Thomassen Machining

Gestão Empresarial

Gestão integrada das ferramentas otimiza produção Com auxílio do software TDM, fabricante holandesa Thomassen Machining conseguiu acelerar ciclo de produção e reduzir despesas com ferramental

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erenciar dados e recursos de maneira eficiente é requisito fundamental para o sucesso dos processos em uma indústria. Especialmente no setor metalmecânico, em que os processos envolvem diversas ferramentas com funções e características diferentes, esta organização é essencial.

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Na Thomassen Machining – fabricante de peças de grande porte situada na Holanda –, a usinagem de peças de grandes dimensões requer, aproximadamente, 5.600 montagens de ferramentas. Este número corresponde ao total de combinações que podem ser utilizadas pela empresa neste tipo de usinagem. Para isso,

a empresa conta com 5.800 itens em seu estoque. Para otimizar as etapas que antecedem o processo produtivo, a Thomassen procurou no mercado um sistema que pudesse gerenciar seu ferramental integrando as informações com os demais sistemas que possuía. A solução encontrada foi o TDM,


Software proporciona gerenciamento completo das ferramentas, desde a fase de projeto até a produção

Também nesta fase o software gera uma lista de ferramentas que devem ser removidas do magazine. Por sua vez, os itens retirados são encaminhados para outras operações. Depois desta etapa, o sistema fornece ao operador instruções para a correta montagem das ferramentas no magazine. “No passado, nós sempre tínhamos que verificar duas vezes quais ferramentas deveriam ser colocadas na máquina”, lembra Ton Heurnink, diretor de Projeto da Thomassen Machining. “Com o uso do TDM, evitamos atrasos desnecessários em função da falta de ferramentas ou falhas na montagem e no presetting”, afirma o diretor.

Processos automatizados O software TDM oferece à Thomassen o gerenciamento completo das ferramentas, desde a fase de projeto de um produto até o momento de sua produção. O sistema define exatamente a quantidade necessária de ferramentas para cada máquina e para cada processo. Esta avaliação é possível devido à interface existente entre o TDM e o sistema ERP ISAH, que é utilizado pela Thomassen para efetuar a leitura das ordens de produção. Com isto, é possível calcular a quantidade de ferramentas necessárias no processo levando em consideração as ferramentas que já estão acopladas à máquina.

Mais produtividade, maior precisão

Divulgação Thomassen Machining

software desenvolvido pela TDM Systems – empresa desenvolvedora de soluções corporativas para a área de Tecnologia da Informação. No Brasil, a TDM Systems é representada pela AdeptMec, empresa de consultoria e gerenciamento de ferramentas. Com esta tecnologia, as ferramentas necessárias para cada processo podem ser montadas e preparadas a tempo nos centros de usinagem da Thomassen. Depois de implantar esta solução, a empresa holandesa conse-

guiu reduzir o tempo de fabricação dos produtos, os tempos ociosos e os atrasos gerados com a espera de ferramentas.

Gerenciando melhor seu ferramental, a Thomassen obteve maior flexibilidade nos processos e conseguiu aumentar a disponibilidade de suas máquinas

Ao planejar uma operação de produção, os profissionais da indústria devem contar com o apoio de programas NC (comando numérico contínuo) eficientes e simulações calculadas com base em informações precisas sobre a usinagem que será executada. O sistema TDM oferece a base de dados de ferramental necessária para viabilizar operações seguras e assertivas, pois ele também se comunica com o software CAM Esprit (iCAM), que realiza a programação das operações na Thomassen. Por meio desta interface, os dados geométricos contidos no TDM podem ser enviados para o Esprit, disponibilizando a este sistema informações técnicas completas, necessárias para a realização da programação NC. Esta possibilidade de integração é ainda mais importante na Thomassen,

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Gestão Empresarial

Sistema gera uma lista com as ferramentas que serão utilizadas na operação e indica os itens a serem removidos da máquina pois a empresa chega a criar, a cada ano, cerca de 50 novos programas NC, sendo muitos deles de difícil programação. “O planejamento de nossos processos ficou mais rápido e, além disso, hoje temos mais confiança em nossa sequência de produção”, relata Heurnink. Integrando seus sistemas e gerenciando melhor seu ferramental, a Thomassen obteve maior flexibilidade nos processos produtivos e conseguiu aumentar a disponibilidade de suas máquinas. Segundo o diretor, estas melhorias se mostraram evidentes especialmente em produções sequenciais de itens muito diferentes entre si – como por exemplo uma carcaça de

Set up de máquina ficou mais rápido e tempo necessário para a preparação de ferramentas foi reduzido em 10% 22 O Mundo da Usinagem

compressor de ar e um componente de turbina. “Nestes casos, o set up de máquina ficou mais rápido e o tempo necessário para a preparação das ferramentas foi reduzido em 10%”, aponta o diretor.

Migrando sistemas O gerenciamento de ferramentas com o auxílio de um software não é novidade para a Thomassen. Em 1992, a empresa implantou uma solução própria com a mesma proposta,

mas utilizando os fundamentos do sistema operacional VAX/VMS – sistema de microcomputadores que já permitia o trabalho interativo. Contudo, esta solução ainda não atendia adequadamente as exigências da empresa. Após a conversão dos sistemas para PCs no início do ano 2000, a Thomassen procurou no mercado uma nova solução para a gestão de suas ferramentas e optou pelo AutoTAS, sistema de gerenciamento de ferramentas desenvolvido pela Sandvik Coromant. Com base neste software, foram desenvolvidas funções específicas para adaptar o programa à demanda da empresa. Dois anos depois, com o objetivo de replicar o sucesso deste projeto a outros clientes, a Sandvik lançou o desafio à TDM Systems – atual centro Divulgação Thomassen Machining

Divulgação Thomassen Machining

TDM trabalha de forma integrada com o software CAM Esprit e com o sistema ERP ISAH, que gerencia as ordens de produção



Divulgação Thomassen Machining

Gestão Empresarial de competência em Gerenciamento de Ferramentas para todo o grupo Sandvik – para que desenvolvesse um processo de migração do AutoTAS para o TDM. Mesmo considerando os custos extras que a nova solução demandaria, a Thomassen fez uma avaliação técnica e comercial do sistema TDM e aceitou a oferta de migração. Neste caso, todas as funcionalidades standard do TDM

Pronta para atender o crescente mercado Há mais de 100 anos, a Thomassen Machining tem fornecido à indústria petroquímica e ao segmento de energia compressores centrífugos de ar e turbinas. Mais de 80% dos clientes da empresa atuam no setor de energia. Neste mercado, a demanda por turbinas para aplicação offshore tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Em alguns casos, as peças fundidas da empresa chegam a pesar até 50 toneladas e são fabricadas em pequenos lotes, demandando várias horas em sua fabricação. Estas peças passam pelos principais processos de usinagem – operações de fresamento, furação e torneamento. Para produzir peças deste porte, a Thomassen mantém 40 funcionários, que trabalham em uma área de 5.500 metros quadrados. Entre os principais equipamentos estão cinco tornos verticais (de até 5.500 mm de barramento), cinco centros de usinagem (até 7.000 mm x 4.500 mm), um centro de furação, um equipamento de medição e uma máquina de presetting.

foram utilizadas sem a necessidade de customizações. Na implantação do novo sistema, os parâmetros existentes no AutoTAS foram mapeados e os dados foram convertidos à estrutura de dados técnicos existentes no TDM. Depois de finalizado o processo de adaptação, todo o inventário de estoque de ferramentas passou para o controle do TDM. Atualmente, os especialistas de produção da Thomassen Machining trabalham em seu próximo projeto de gerenciamento de ferramental: o TDM MPO, destinado à gestão de instrumentos de medição e calibração. As informações geradas nesta nova solução serão agregadas às listas de ferramentas utilizadas no TDM. Desta forma, a Thomassen poderá efetuar a gestão integrada de ferramental e instrumentos de medição em uma única base de dados. Adir Zonta Júnior Consultor da TDM Systems Com colaboração de Adilson Silveira diretor Executivo da AdeptMec



Divulgação Voith Hydro

SUPRIMENTOS

Atenção nos

contratos de compra Cláusulas contratuais devem atender exigências específicas de cada produto para evitar prejuízos às empresas compradoras

P

razos de entrega, diferentes formas de pagamento, garantias e requisitos de qualidade. São muitas as cláusulas e condições presentes em um contrato de compra de equipamentos ou matériaprima em uma empresa. Aquilo que poderia parecer um pequeno detalhe ou mesmo cautela excessiva, quando não é colocado em prática, pode gerar multas, perda de fornecedores

26 O Mundo da Usinagem

ou até mesmo resultar em ações judiciais. Por outro lado, exigências bem especificadas em um contrato de compra e bem planejadas podem reduzir custos na gestão dos estoques e melhorar a programação dos processos produtivos. Por isso, antes de efetivar o pedido de compra, alguns cuidados básicos precisam ser considerados.

“Primeiramente, a solidez e a saúde financeira do fornecedor devem ser analisadas para garantir que os compromissos contratuais estabelecidos possam ser honrados”, afirma Mino César Corrêa, gerente geral de Suprimentos da Voith Hydro – fabricante de turbinas e geradores de energia elétrica. Nesse trabalho preliminar ainda é possível avaliar a capacidade de fabricação de um determinado item



a partir de visitas à fábrica, análise da carga de trabalho e carteira de pedidos dos fornecedores.

Contratos simples e completos

Divulgação Siqueira Castro Advogados

Conhecer bem o fornecedor e o produto a ser adquirido também é um compromisso constante na GGD Metals. A empresa mantém uma equipe de vendedores e gerentes regionais especializada na análise crítica de pedidos. Todos estes profissionais utilizam como base para suas operações o chamado Protocolo TSP, sigla em inglês para Protocolo Técnico de Vendas. “Desenvolvemos este protocolo porque trabalhamos com uma quantidade muito grande de pedidos, e quando se trata de contratos de compra e venda é fundamental customizar uma série de normas internacionais”, explica André Dias, diretor geral da GGD Metals. Para ele, o uso de diferentes equipamentos de corte faz com que americanos e europeus trabalhem com normas distintas para materiais tecnicamente semelhantes. Por isso, é

Erasmo Heitor Cabral, da Siqueira Castro Advogados: “Evite utilizar linguagem complexa e letras miúdas” 28 O Mundo da Usinagem

importante que os contratos tenham uma padronização de medidas e tolerâncias, além de detalhes específicos sobre o material. O diretor ainda afirma que as condições contratuais devem estar sempre completas. Porém, não devem ser rígidas demais, a ponto de inviabilizar um negócio. Segundo Dias, as informações básicas do contrato são descrição detalhada do produto, prazos de entrega, formas de pagamento, requisitos de qualidade, tratamentos de produto e certificações que deverão acompanhar o material. “Evite utilizar linguagem complexa, letras miúdas e distribuição equivocada de assuntos em cláusulas ou capítulos que não tenham relação direta com o tema tratado” aconselha o advogado Erasmo Heitor Cabral, especialista em contratos e direito administrativo do escritório de advocacia Siqueira Castro.

Compras técnicas A inexperiência em trâmites comerciais faz com que muitas empresas utilizem o mesmo modelo de protocolo para diferentes materiais. “É inviável termos tratamentos iguais para produtos distintos, já que cada item possui suas características específicas” afirma o diretor geral da GGD Metals. Em transações recorrentes e em casos que não exigem condições especiais é possível criar documentos de condições gerais de contratação e minutas padronizadas. Entretanto, itens mais complexos ou de maior valor agregado devem sempre ser analisados individualmente e com muita atenção.

Divulgação Voith Hydro

SUPRIMENTOS

No caso de peças de alta complexidade, troca de fornecedores em meio à execução da obra pode resultar em prejuízos irrecuperáveis para a empresa

No caso de compras de máquinas e equipamentos, alguns contratos formalizam detalhes referentes à produtividade. “Se escolhemos um equipamento mais caro por conta de seu rendimento, velocidade ou garantia, vale a pena citar isso no contrato dentro das chamadas cláusulas técnicas”, afirma o gerente geral de Suprimentos da Voith Hydro. Para o advogado Erasmo Heitor Cabral, o maior inimigo do comprador é, paradoxalmente, sua própria experiência. “Confiar na vivência, nos conceitos, nas informações e nos conhecimentos que o próprio comprador tem dos padrões da empresa vendedora é um grande risco”, alerta o especialista. “Por isso, em todas as ocasiões de compra é



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preciso proceder uma conferência minuciosa de dados e cláusulas. Não devemos supor que a relação de amizade irá superar eventuais armadilhas contratuais”, adverte.

Contratos não cumpridos Definições de prazo de entrega estão entre as cláusulas mais comuns em contratos de compra e venda. Porém, quando se trabalha com peças de alta complexidade, como no caso de componentes para uma usina hidrelétrica, por exemplo, a troca de fornecedores em meio à execução da obra pode resultar em prejuízos irrecuperáveis em relação ao tempo perdido. Neste cenário, as penalidades por descumprimento de prazo costumam ser mais rigorosas e é inevitável transferir este ônus para fornecedores e contratados. Para evitar que questões como estas comprometam um projeto, existem cláusulas que permitem, durante a execução do contrato, acompanhar a produção de determinados produtos ou o andamento dos serviços. Este mecanismo também pode significar uma chance de melhoria no relacionamento entre as duas empresas. “Já houve casos em que tivemos que ir até o fornecedor que estava atrasando as entregas e procuramos entender qual era o gargalo que existia em sua cadeia produtiva”, lembra Corrêa. “Colocamos então nosso conhecimento e nossos profissionais à disposição em um esforço conjunto para alcançar os prazos antes de apelar para uma cláusula de multa”, completa. De acordo com Cabral, o mais importante é fazer uma análise minucio-

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Divulgação Voith Hydro

SUPRIMENTOS

30 O Mundo da Usinagem

Mino César Corrêa, da Voith Hydro: “Solidez e saúde financeira do fornecedor devem ser analisadas para garantir que os compromissos contratuais possam ser honrados”

sa antes de assumir um compromisso de negócios, já que muitos itens do contrato podem ser negociados antes que resultem em prejuízos. Porém, caso haja alguma exigência que não possa ser cumprida, o melhor é desistir do negócio para evitar problemas futuros com a empresa-cliente. Vale lembrar que as empresas compradoras também desempenham no mercado o papel de fornecedores. Por isso, nada melhor do que analisar seus próprios processos para corrigir eventuais defeitos e aprimorar aquilo que possa apresentar desafios nas relações de compra e venda. Se a qualidade exigida nos contratos se reflete internamente, a empresa continuará amadurecendo com a transparência e objetividade necessárias nas relações comerciais. Fernando Sacco Jornalista



ideias e pensamentos

Eles querem

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mudar o mundo

Rotaract reúne jovens de todo o mundo para promover projetos sociais com base nas necessidades locais

M

ais de 198 mil jovens de 162 países reunidos com um só propósito: dedicar parte de seu tempo ao apoio às pessoas que necessitam de ajuda. Este é o objetivo do clube Rotaract, organização mantida pelo Rotary International especialmente dedicada ao público jovem, que atualmente conta com mais de 19.200 membros só no Brasil. O nome do Rotaract surgiu a partir de uma junção das palavras rotary (rotatividade, em inglês) e action (ação).

32 O Mundo da Usinagem

Programas de alfabetização, ajuda aos desabrigados em desastres naturais, reciclagem de óleo para preservação do meio ambiente, doação de sangue e atividades recreativas para crianças são só alguns dos projetos que os integrantes do Rotaract promovem nas comunidades. “Procuramos sempre desenvolver atividades e ações que atendam as necessidades específicas da população que servimos e que respeitem a cultura local”, ressalta Ana Paula Rodrigues, membro da

organização há dois anos e atual presidente do clube Rotaract São Caetano do Sul Olímpico. Sob o lema “companheirismo através do serviço”, seus membros defendem que é somente por meio da ajuda e do esforço individuais que uma sociedade mais humanitária e justa será possível. “Nós, jovens do Rotaract, acreditamos que podemos fazer a diferença, interagindo com os outros para transformar a sociedade”, explica Ana Paula. “Saber que o pouco tempo


Vinícius Severiano

Jovens do clube Rotaract de São Caetano do Sul participam de festa junina organizada pelo clube Rotaract de Santo André em creche carente

que dedico do meu dia pode fazer muita diferença na vida de alguém é o que faz essa dedicação valer a pena”, completa.

Um dos projetos de sucesso do Rotaract foi o Amigos do Mar Limpo, realizado pelo Rotaract Santos Monte Serrat. Com o objetivo de conscientizar as populações litorâneas sobre os prejuízos causados pelo lixo jogado nas praias, voluntários da organização conseguiram retirar, em apenas um dia, cerca de duas toneladas de lixo encontradas na região. Outra ação que contou com o apoio do Rotaract é o Projeto Brincança, que uniu no último ano os clubes Rotaract Ribeirão Pires Estância e Rotaract Ribeirão Pires Centro para proporcionar a mais de cinco mil crianças de baixa renda um dia de lazer, com diversas atividades recreativas e educacionais. Por sua vez, o clube Rotaract de Ribeirão Preto (SP) mantém o projeto Odontoract – Sorria! Você está sendo escovado, em que os voluntários ensinam às crianças a importância da odontologia preventiva por meio de atividades educativas e dinâmicas. Além de ensinar conceitos básicos de higiene bucal, os

voluntários encaminham as crianças que necessitam de tratamento especializado para clínicas ou convênios odontológicos filiados à ação. Já o clube de São Caetano do Sul (SP) tem um projeto pioneiro na cidade, destinado à alfabetização de adultos. Vinícius Severiano, tesoureiro do clube Rotaract São Caetano do Sul Olímpico é o coordenador deste projeto há dois anos. “Atualmente temos cinco alunos e oito já matriculados,

mas desde que começamos com esta iniciativa já ajudamos na alfabetização de vários adultos”, conta Severiano. “Buscamos erradicar o analfabetismo na região para que nossos alunos tenham melhores oportunidades profissionais”, afirma.

Como tudo começou Foi com este ideal de serviço às comunidades que o Rotary International criou o primeiro Rotaract, no Shutterstock

Promovendo o bem-estar social

O Mundo da Usinagem 33


ano de 1968. Apesar de possuírem autonomia e diretrizes próprias, cada clube Rotaract possui seu clube Rotary “padrinho”, geralmente sediado na mesma região ou cidade. Este clube fica encarregado de orientar os jovens nos projetos e serviços desenvolvidos e também pode fornecer auxílio financeiro para a manutenção dos trabalhos. Décadas antes, o próprio Rotary havia surgido com um propósito parecido. Em 1905, o advogado americano Paul Harris fundava o que viria a ser a primeira organização de clubes prestadores de serviço no mundo. A proposta era estimular a prestação de serviços comunitários por meio das habilidades profissionais de cada um, procurando estabelecer a paz e a boa vontade no mundo. A ideia deu tão certo que hoje já existem mais de 33.000 clubes distribuídos pelo mundo, além dos diversos desdobramentos aos quais o Rotary acabou dando origem, entre eles o Rotaract. No final da década de 1960, a organização percebeu a necessidade de estender seus trabalhos

Vinícius Severiano

ideias e pensamentos

Voluntários visitam creche em Santos para distribuir presentes e promover atividades recreativas com as crianças a um público mais jovem, já que o Rotary admite somente participantes acima de 30 anos. Com a criação do Rotaract, jovens a partir de 18 anos também poderiam servir à comunidade por meio dos trabalhos sociais desenvolvidos pelo clube. Além de atender as populações necessitadas, o Rotaract também traz muito aprendizado pessoal e profissional a seus integrantes. Para Vinícius Severiano, o clube também é uma oportunidade de capacitação profissional para as pessoas, que

Rotary no Brasil O clube Rotary Rio de Janeiro foi o primeiro clube rotariano a se instalar no Brasil, em 1923, e também o primeiro clube da organização em que se falava o idioma português. Apenas um ano depois, em 1924, foi fundado o Rotary Club de São Paulo, exemplo que viria a ser repetido nos anos seguintes por diversas outras cidades brasileiras. Hoje existem mais de 2.300 unidades rotárias no País. Juntas, elas reúnem mais de 53.000 rotarianos. No panorama mundial, o Brasil encontra-se em terceiro lugar em número de clubes e em quinto no número de sócios. Além disso, o mais importante cargo do clube, o de Presidente do Rotary International, já foi ocupado três vezes por brasileiros: Armando de Arruda Pereira, Ernesto Imbassahy de Mello e Paulo Viriato Correa da Costa.

34 O Mundo da Usinagem

aprendem por meio das atividades a desenvolver habilidades como espírito de liderança, capacidade de comunicação escrita, oratória e organização pessoal. “Ensinamos nos clubes que a responsabilidade individual é a base para o envolvimento comunitário e o sucesso pessoal”, comenta o tesoureiro do clube de São Caetano do Sul. “Além disso, a oportunidade de conhecer diferentes culturas e fazer novas amizades recompensa qualquer esforço”, acrescenta Severiano.

Possibilidades para a juventude O Rotaract é apenas um dos vários programas pró-juventude oferecidos pelo Rotary. Além dele, há também o Interact, destinado a adolescentes de 12 a 18 anos. Outro programa é o Prêmio Rotário de Liderança Juvenil, um treinamento que busca incentivar conceitos como liderança e cidadania. Por fim, o Rotary também promove o Intercâmbio de Jovens, que oferece aos estudantes a oportunidade de passar um ano estudando



Caixas da ShelterBox contêm utensílios como barraca, fogão, kit escolar e sistema de purificação de água pico. Além disso, a organização conta sempre com o apoio dos demais Rotarys e Rotaracts do País. “A ShelterBox oferece auxílio às pessoas que perderam suas casas, provendo equipamentos essenciais para que elas consigam reconstruir suas vidas”, explica Orsatti.

Caixas de esperança Uma simples caixa de plástico impermeável, a ShelterBox, pode

Divulgação ShelterBox

em um país estrangeiro, morando na casa de uma família local filiada ao clube. E para o público mais jovem há ainda o Rotary Kids, destinado a crianças entre 6 e 12 anos. Uma iniciativa apoiada e incentivada pelo Rotaract que tem se destacado nos últimos anos é a ShelterBox, uma organização não-governamental que tem como finalidade atender vítimas de desastres naturais ou conflitos, provendo abrigo e dignidade às pessoas. A ONG foi idealizada por um rotariano e ex-mergulhador de busca e resgate da Marinha Britânica. Excepcionalmente na Alemanha, o projeto ShelterBox é inteiramente administradao pelo clube Rotaract. Já no Brasil, a ShelterBox é coordenada por Conrado Orsatti, representante da ShelterBox no Brasil e ex-presidente do clube Rotary São Caetano do Sul Olím-

Divulgação ShelterBox

ideias e pensamentos

Em 10 anos de história, a ShelterBox já ajudou aproximadamente 1 milhão de pessoas, com mais de 100.000 caixas enviadas 36 O Mundo da Usinagem

significar para as vítimas de desastres naturais a chance de um recomeço. Entre os principais itens que fazem parte da caixa estão barraca, fogão, panelas, pratos, talheres, mosquiteiro, um jogo de ferramentas, cobertores, forro para o chão, kit escolar e um sistema de purificação de água. Fundada em 2000, na Inglaterra, como um projeto do Rotary Club, a ShelterBox é uma organização sem fins lucrativos que é mantida exclusivamente por doações. Não há um limite mínimo de contribuição e toda quantia é bem-vinda, mas na doação de R$ 1.700 – preço total de uma caixa – o doador recebe um número referente à sua ShelterBox e poderá conferir no site da organização todo trajeto percorrido pela caixa doada até seu destino. Para evitar desvios, além deste sistema de rastreamento a organização também entrega diretamente as caixas às pessoas necessitadas. “A equipe de voluntários responsável por esta tarefa deve passar antes por um treinamento na Inglaterra que dura aproximadamente nove dias”, esclarece Orsatti. “Nesta ocasião os voluntários aprendem a sobreviver em situações extremas para que,



ideias e pensamentos estando bem preparados, possam entregar e ajudar a população na montagem das caixas” completa. Mas os esforços da organização se estendem também à previsão de acidentes naturais. Por meio de sistemas de monitoramento, a organização consegue acompanhar os sistemas climáticos em todo o mundo e, assim, prever prováveis furacões e ciclones. Além disso, um alerta de terremoto notifica qualquer atividade sísmica que poderia resultar em um desastre humanitário. Estes mecanismos permitem que a ShelterBox seja, muitas vezes, a primeira agência de socorro a chegar aos locais necessitados, distribuindo o abrigo necessário e ajuda de emergência à população.

Solidariedade pelo mundo Em 10 anos de história, a ShelterBox já ajudou aproximadamente 1 milhão de pessoas em diversos países, contabilizando mais de 100.000 caixas enviadas. Recentemente, voluntários da organização estiveram no Rio de Janeiro, ajudando as pessoas desabrigadas devido às fortes chuvas e conseqüentes desabamentos na região serrana do

Estado. A organização enviou cerca de mil caixas vindas diretamente de Londres e que serviram de abrigo para milhares de pessoas que perderam suas casas. Ainda no Brasil, a ajuda também foi significativa com o atendimento às vítimas das enchentes dos estados de Alagoas e Pernambuco, no Nordeste, com o envio de 1.059 caixas. Em 2010, cerca de 28.000 mil caixas foram entregues só no Haiti, ajudando aproximadamente 280.000 mil vítimas dos intensos terremotos que abalaram aquele país no ano passado. Outros países como Chile, México, Guatemala, Colômbia, Paquistão e Filipinas também já receberam ajuda da organização em ocasiões de desastres naturais. Os membros do Rotaract e do ShelterBox garantem que a expe­ riência de participar de projetos como este é extremamente gratificante. “A grande recompensa está em entender a importância de ajudar o outro e trabalhar em equipe, além de interagir com pessoas do mundo inteiro e conhecer diferentes pontos de vista”, conclui Ana Paula. Thais Paiva Jornalista

Entre em contato com os projetos Para obter mais informações sobre o Rotaract e outros projetos prójuventude do Rotary Club, acesse o site www.rotary.org e clique no link “Estudantes e jovens”. Para saber mais sobre o programa ShelterBox Brasil visite o site www.shelterbox.org.br, por meio do qual podem ser feitas doações para apoiar a organização.

38 O Mundo da Usinagem



nossa parcela de responsabilidade

por uma indústria mais

O

ano de 2011 começou como havíamos previsto: bastante aquecido e com boas perspectivas para um futuro próximo. Estamos a todo o momento nos deparando com notícias extremamente positivas de novas companhias chegando ao Brasil, novos investimentos de empresas que já estão instaladas no País, desenvolvimento de novos projetos, etc. São fatos importantes, que solidificam o desempenho e a projeção do Brasil no cenário mundial. Gostaria, no entanto, de dividir com o leitor uma análise sobre este momento, mas sob uma perspectiva diferente. O Brasil, sem qualquer dúvida, está atravessando um dos melhores momentos de sua história, porém extremamente dependente do desempenho extraordinário do mercado interno. Nossa exportação, apesar de se manter em um bom nível quantitativo, perdeu muito no nível qualitativo, ou seja, estamos exportando mais produtos que são considerados commodities do que produtos que agregam valor ou produtos industrializados. A expressiva valorização de nossa moeda no mercado global, somada ao já conhecido “custo Brasil” (carga tributária, custos sociais, burocracia instalada e o incontrolável aumento dos gastos públicos, entre outros fatores), torna a vida

40 O Mundo da Usinagem

das empresas extremamente difícil. Estas mesmas empresas que estão investindo fortemente em nosso País lutam incansavelmente para ser ainda mais competitivas, com objetivo de continuarem vivas e saudáveis. Mas o atual ambiente brasileiro apresenta-se totalmente contrário a esses objetivos, pois com a valorização da moeda e o custo Brasil, tornase extremamente atrativo importar mais produtos industrializados em detrimento dos produtos fabricados localmente. Isto provoca um movimento que, se não controlado rápida e eficazmente, pode levar o País a uma “desindustrialização” – movimento contrário aos nossos interesses. Sabemos que o maior peso da solução deste problema se encontra no âmbito governamental, restando assim pouco espaço para atuarmos nesta esfera, além de pressionar os meios competentes. Temos, no entanto, um potencial enorme de minimizar este efeito destruidor, por meio de ações que têm como objetivo o aumento de nossa produtividade e, por conseguinte, o aumento de nossa competitividade. E estas ações só dependem do empenho e da determinação dos executivos e colaboradores de nossas empresas. Se não atuarmos em todos os setores de nossas indústrias com o

Fernando Favoretto

competitiva objetivo de reduzir os nossos custos e aumentar a nossa produtividade, dificilmente poderemos competir com outras empresas localizadas em países mais desonerados que o nosso. Nesta nova onda da economia mundial na qual estamos inseridos, a transferência das atividades produtivas de um mercado para outro pode se dar de uma maneira muito rápida e simples, desde que o resultado final seja a redução de custos com a manutenção da qualidade e eficiência de produção e de logística. Existem casos onde a decisão de se transferir as atividades produtivas de um mercado para outro se dão por razões estratégicas ou políticas e, nestes casos, muito pouco ou quase nada pode ser feito. Nossa responsabilidade é a de lutar incessantemente no sentido de sermos cada dia mais produtivos e competitivos, tanto interna quanto externamente, para que possamos continuar celebrando novas ampliações, instalações e projetos.

Cláudio Camacho Diretor da Sandvik Coromant do Brasil


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