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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

RECRUTAMENTO Como selecionar colaboradores operacionais? CONFORMAÇÃO DE LATAS Fabricação demanda extensa cadeia produtiva

FERRAMENTAS CERÂMICAS

Eficientes para processos estáveis com alta velocidade


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Jenny Rollo

pAra começar...

Sem galera, sem agito, sem shopping center, sem cerveja, sem academia. Sem antena, sem internet, sem celular, sem barzinho, sem balada, sem carro, sem moto, sem metrô, sem clube, sem guitarra, sem energia, sem combustível, sem dinheiro, sem gente. Sem cinema, sem futebol, sem diversão, sem salão de beleza, sem teatro, sem jornal, sem rádio, sem televisão, sem faculdade, sem cigarro, sem paquera, sem café, sem whisky, sem cachaça, sem horário, sem reunião, sem trabalho, sem o macarrão da nona, sem trânsito, sem hotel, sem cama, sem computador, sem nada. Um retorno cósmico no tempo, apenas para entender de onde tudo vem. Só o encontro do ser consigo mesmo. Precisa o homem realmente de tudo isso?

O Mundo da Usinagem


84 Índice

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Edição 12/ 2011

03 para começar...

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Divulgação AB Sandvik Coromant

04 ÍNDICE / Expediente 0 6 MACHINE INVESTMENTS: ferramentas cerâmicas, alta performance em operações com alta velocidade 12 chão de fábrica: Saiba onde procurar, como recrutar e especializar os operadores de sua indústria 18 curiosidades: Fabricação de latas utiliza

ferramentas de metal duro na etapa de conformação

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28 TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES: Resíduos orgânicos transformados em biomassa geram energia 34 INTERESSANTE SABER: Prepare-se para a entrada da geração Z no mercado de trabalho 40 nossa parcela de responsabilidade

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42 anunciantes / distribuidores / fale com eles

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O Mundo da Usinagem

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truszco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, redação, edição de arte, produção gráfica e revisão: Equipe House Press Propaganda (Décio Colasanti, Sula Zaleski e Ronaldo Monfredo). Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: House Press Impressão: Gráfica Eskenazi



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Ferramenta cerâmica Uma alternativa para a usinagem

Dotada de elevada dureza e capaz de atingir altas velocidades, solução apresenta prós e contras em comparação ao metal duro

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ão é somente na construção civil, na decoração e nas artes plásticas que o material cerâmico tem sido aplicado com sucesso. Seu potencial também é aproveitado com finalidades industriais, como nos processos de usinagem. Mesmo com a preponderância da utilização de metal duro para a confecção das ferramentas do setor metalmecânico, os modelos cerâmicos têm conquistado espaço em operações específicas, destacando-se como uma solução eficiente e diferenciada.

De olho nas propriedades A cerâmica consiste em um material sólido, inorgânico e nãometálico que, por ser submetido a temperaturas elevadas durante seu processo produtivo, apresenta estrutura inteira ou parcialmente cristalizada. Entre as vantagens das ferramentas dedicadas à usinagem constituídas por esse material,

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Usinagem de material endurecido com ferramenta cerâmica


locidades de quatro a cinco vezes superiores em relação àquelas fabricadas com metal duro também é um ponto importante. “A aplicação das pastilhas de cerâmica é voltada às operações em que se deseja ampliar a produtividade por meio do aumento da velocidade de corte”, explica Carlos Ancelmo, especialista em usinagem da Sandvik Coromant.

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destacam-se a elevada resistência ao desgaste, a manutenção do grau elevado de dureza em altas temperaturas e a sua propriedade antioxidante. “Uma diferença, em relação ao metal duro, é o fato de, em geral, as ferramentas cerâmicas não apresentarem quebra-cavacos”, analisa Aldeci Santos, supervisor de treinamento técnico da Sandvik Coromant. “Essa característica pode interferir positivamente no desempenho da ferramenta, dependendo do tipo de metal usinado”. Sua capacidade de atingir ve-

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Na balança Por outro lado, fatores como a baixa tenacidade e a reduzida resistência a choques térmicos limitam a aplicação desse material, priorizando a utilização do metal duro. “Essa situa­ ção, porém, está se modificando”, destaca Ancelmo. “Recentemente as ferramentas cerâmicas passaram a ser desenvolvidas com tecnologias que garantem maior resistência ao impacto e capacidade de usinar com refrigeração, atingindo ciclos de vida maiores”. Paralelamente, as ferramentas de metal duro também têm avançado, acirrando ainda mais essa disputa. “As coberturas para pastilhas de metal duro têm apresentado inovações constantes”, observa o especialista em usinagem. “Essas mudanças têm melhorado tanto a dureza dessas ferramentas quanto a sua tenacidade, tornando-as mais versáteis e capazes de atender um campo maior de aplicações industriais”. Segundo Domenico Landi, supervisor técnico de produtos da Sandvik Coromant, a principal dife­

Família de pastilhas cerâmicas desenvolvidas pela Sandvik Coromant

rença entre a fabricação das ferramentas de cerâmica e de metal duro diz respeito ao tipo de prensagem do pó que dá origem a elas. “No caso da ferramenta cerâmica, a prensagem é isostática, com esforços em diferentes direções”, detalha o profissional. “Em contrapartida, no caso do metal duro a prensagem ocorre em uma única direção”, completa. O que vai definir a melhor escolha entre elas, entretanto, é o tipo de operação que se irá realizar. “Por serem mais frágeis, as pastilhas cerâmicas apresentam resultados melhores em condições estáveis, encontradas normalmente nos equipamentos dotados de Comando Numérico Computadorizado (CNC)”, orienta Aldeci. Para garantir essa estabilidade e assim otimizar o desempenho

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das ferramentas cerâmicas, é necessário adotar alguns cuidados, como garantir a rigidez da máquina e manter comprimentos mínimos de fixação da peça e da ferramenta. Dar preferência aos cortes contínuos, preparar as peças com chanfros (de modo a reduzir os impactos na entrada em corte) e avaliar a necessidade de utilizar

sistemas de refrigeração também são pontos relevantes.

Solução ideal Pastilhas cerâmicas são aplicadas principalmente na usinagem de ferro fundido, tanto no torneamento (operação em que mais se utiliza ferramentas cerâmicas)quanto no fresamento. Os principais componentes usinados por essas pastilhas são: discos de freio, embreagens, blocos e cabeçotes de motor. “Essa aplicação envolve também o acabamento fino de componentes endurecidos, substituindo as operações de retificação”, esclarece Ancelmo. “A utilização de pastilhas cerâmicas na usinagem de peças endurecidas devese ao desenvolvimento de classes

Conheça as principais soluções cerâmicas desenvolvidas pela Sandvik Coromant  CC 620: ferramenta cerâmica pura à base de óxido de alumínio (Al2O3) destinada à usinagem de ferros fundidos;  CC 650: ferramenta cerâmica mista à base de óxido de alumínio (Al2O3), com adição de nitreto de titânio (TiN), voltada à usinagem de ferros fundidos e de materiais endurecidos;  CC 6050: ferramenta cerâmica mista à base de óxido de alumínio (Al2O3), com adição de nitreto de titânio (TiN), dedicada à usinagem de materiais endurecidos;  CC 670: ferramenta cerâmica à base de óxido de alumínio (Al2O3) – reforçado com whiskers de carboneto de silício – para aplicação em materiais endurecidos e em ligas resistentes ao calor;  CC 6060 e CC 6065: ferramentas cerâmicas à base de Sialon (nitreto de silício e óxido de alumínio) destinadas à usinagem de ligas resistentes ao calor;  CC 6090: ferramenta cerâmica à base de nitreto de silício para usinagem de ferros fundidos;  CC 1690: ferramenta cerâmica à base de nitreto de silício com cobertura PDV dedicada à aplicação em ferros fundidos;  CC 6190: ferramenta cerâmica à base de nitreto de silício para usinagem de ferros fundidos.

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Pastilhas cerâmicas são destinadas às operações em que se deseja ampliar produtividade por meio do aumento da velocidade de corte

Ferramentas cerâmicas apresentam bons resultados no fresamento de inconel dedicadas a essa finalidade”, completa Domenico. No entanto, as pastilhas de CBN (Nitreto de Boro Cúbico) continuam sendo a opção mais eficaz para esse tipo de operação. Componentes de inconel – material à base de níquel e de outras ligas termorresistentes utilizado pela indústria aeroespacial – também podem ser usinados de maneira produtiva por meio das ferramentas cerâmicas dedicadas a esses materiais. Já para a usinagem de materiais que costumam gerar cavacos longos, como aço comum ou inoxidável, as ferramentas de cerâmica não são uma boa alternativa. Isso porque nesses casos elas apresentam uma performance baixa devido à sua geometria plana, caracterizada pela ausência de quebra-cavacos. “Algumas características do aço, como os altos módulos de elasticidade e de alongamento, prejudicam o desempenho das pastilhas cerâmicas, podendo ocasionar a sua quebra”, ressalta Domenico.



Machine Investments Ferramentas cerâmicas já são capazes de usinar peças com corte interrompido e podem alcançar profundidades de corte de até 5 milímetros Mercado em evolução Estabelecendo uma comparação entre as ferramentas cerâmicas atuais e as mais antigas, é possível verificar os avanços alcançados por essas soluções ao longo do tempo. Segundo Domenico, a evolução das classes cerâmicas pode ser observada principalmente na maior resistência a quebras e falhas que apresentam atualmente. “Além disso, hoje o mercado disponibiliza ferramentas cerâmicas

Entre a cerâmica e o metal Compósito cerâmico e metálico, o cermet também é utilizado na fabricação de ferramentas para usinagem. Segundo Domenico Landi, supervisor técnico de produtos da Sandvik Coromant, essa solução pode ser bastante produtiva para operações de acabamento em aço e ferros fundidos. Entretanto, algumas de suas propriedades tornam sua aplicação limitada. “Esses materiais não podem ser submetidos a cargas elevadas”, orienta o profissional. “Além disso, sua aplicação deve respeitar algumas regras de espessura máxima de cavacos, tornando-os inviáveis para determinadas aplicações”.

capazes de usinar peças com corte interrompido e também alcançar profundidades de corte de até cinco milímetros”, compara Domenico, “o que não era possível com os modelos fabricados no passado”. Segundo os especialistas, a tendência é que a modernização dessas ferramen-

tas avance ainda mais, ampliando principalmente sua aplicação na usinagem de ferro fundido cinzento e atendendo às crescentes demandas da indústria aeroespacial. Anna Ligia Machado Jornalista



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CHÃO DE FÁBRICA

Detectando

novos talentos Saiba como funciona o processo de seleção de colaboradores para atividades operacionais nas indústrias e veja quais requisitos os candidatos devem apresentar

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ontratar um colaborador nem sempre é tarefa fácil. Em meio a tantos profissionais que concorrem às vagas, detectar aquele que tem o perfil mais compatível com os valores e expectativas da empresa é uma missão que merece atenção e cautela. Afinal, um olhar superficial pode acabar mandando o candidato

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mais apto para casa e contratando alguém ainda despreparado para assumir o cargo. No chão de fábrica a situação não é diferente. Sempre que há demanda por novos operadores de máquinas, como fresadores, torneiros, retificadores e mandriladores, o departamento de Gestão de Pessoas

entra em cena a fim de recrutar mão de obra qualificada e oferecer aos supervisores o profissional com perfil adequado à sua necessidade.

Onde procurar Quando uma vaga é aberta, o gestor da área que necessita do novo colaborador deve definir seu


procedimento semelhante ao que se aplica a qualquer concorrente externo”, explica. Não havendo candidatos internos qualificados, a oportunidade é então divulgada por meio de sites para os demais interessados. Utilizar portais especializados em recrutamento de mão de obra é uma forma de garantir que apenas candidatos com perfil bastante próximo do esperado cheguem ao conhecimento dos RHs das empresas, otimizando o processo de contratação. Para vagas em usinagem, um dos portais que prestam esse serviço é o Usinagem Brasil. “Também é comum a contratação de ex-colaboradores para este tipo de ocupação”, conta Claudia. Como a experiência técnica nesta área é

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perfil com o apoio do departamento de Gestão de Pessoas, especificando todas as exigências requeridas para o cargo. Cada empresa adota um procedimento quando se trata de novas contratações. Na Sandvik Tooling Supply, área de negócio do Grupo Sandvik, a vaga é primeiramente divulgada internamente para o conhecimento dos atuais colaboradores da empresa que possam estar interessados em mudar de área. “Durante 10 dias, a vaga fica disponível apenas para inscrições internas”, relata Claudia Marcucci, gerente de Recursos Humanos da Sandvik Tooling Supply. “Assim, se houver interessados, eles passarão por testes, entrevistas e outras etapas de seleção, em um

Ter experiência é fundamental para conquistar uma vaga, já que a alta demanda de produção impede que se realizem longos treinamentos

fundamental, costuma-se readmitir funcionários demitidos em decorrência de reestruturações internas. “Em 2009, devido à forte crise financeira, infelizmente tivemos que dispensar alguns colaboradores”, explica. “Passada a fase mais crítica da crise, tivemos a oportunidade de readmitir alguns profissionais”. Segundo Claudia, a experiência costuma ser positiva, pois o colaborador já conhece os processos da empresa que, por sua vez, também já conhece a capacidade do colaborador.

Etapas seletivas De maneira geral, um processo seletivo é composto por análise do curriculum vitae (CV), seleção dos perfis, testes teóricos e práticos e entrevista final com a chefia imediata. Logo, o primeiro passo para impressionar os contratantes é apresentar um currículo bem redigido. “O CV é a carta de apresentação do candidato e, por isso, deve ser claro e objetivo”, aconselha Celso Bazzola, diretor da Bazz Estratégia e Operação de RH. “Deve-se evitar informações que não agreguem valor ao cargo oferecido, pois é importante manter o foco”. Após a seleção dos perfis que melhor atendem os requisitos da vaga, os candidatos precisam passar por avaliações teóricas e testes práticos. No caso de cargos operacionais, ter experiência é fundamental já que hoje, devido ao ritmo intenso do mercado, normalmente não há tempo para ensinar todo o trabalho aos recém-contratados. “O importante é que o novo colaborador tenhas as competências

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Arquivo pessoal

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Celso Bazzola, da Bazz: “Dificuldade não está em encontrar mão de obra, mas sim em achar profissionais com as qualificações necessárias"

sua função com habilidade é determinante”, acentua Claudia. Dedicado à capacitação profissional, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) trabalha em parceria com empresas e indústrias a fim de aumentar a oferta de operadores qualificados no mercado nacional. Nos últimos anos, a unidade de São Paulo, por exemplo, investiu em treinamento dedicado ao setor metalmecâni-

co, oferecendo cursos sobre as tecnologias mais modernas do mercado, como máquinas tridimensionais, máquinas CNC e centros de usinagem. “O parque industrial brasileiro tem em sua base uma forte polarização do segmento metalmecânico, por isso este setor sempre demanda a abertura de novos cursos”, conta Ricardo Terra, diretor do Senai no Estado de São Paulo. 

técnicas”, informa Claudia. “Em geral, as empresas contratantes costumam exigir um tempo mínimo de experiência na área”, lembra.

Apesar do alto número de inscritos, nem sempre a concorrência é acirrada, pois poucos candidatos contemplam todos os requisitos. “A principal dificuldade não é encontrar mão de obra ou vagas disponíveis, mas achar profissionais com a qualificação necessária para atender as exigências do cargo”, reflete Bazzola. Por isto, o conhecimento técnico obtido por meio de cursos é um diferencial importante para os candidatos que desejam trabalhar no chão de fábrica de uma empresa. Cursos e especializações ampliam o conhecimento, agregando qualidade e credibilidade ao profissional. “Quando o operador comete um equívoco, milhares de peças podem ser perdidas, por isso desempenhar

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Profissional especializado

Com que roupa eu vou? Candidatos a vagas operacionais podem dispensar a gravata e o terno. O vestuário padrão costuma ser camisa de manga comprida ou curta, calça social e sapatos fechados. Também é importante apresentar roupas e calçados limpos, além de cabelo bem cortado e barba feita.

O que deve constar no currículo Pessoal: nome completo, idade, endereço, telefones para contato, e-mail. Profissional: formação acadêmica, cursos de especialização, datas de conclusão dos cursos, objetivos profissionais, experiência em outras empresas, tarefas que realizava anteriormente.


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CHÃO DE FÁBRICA Articulação escola–empresa

ainda precisa passar por algumas entrevistas, para que se possa observar o perfil comportamental do candidato. “O modo com que o profissional se comporta durante a entrevista pode ser utilizado como critério para a tomada de decisão”, conta Bazzola. “Logo, boa postura, transparência e clareza nas informações, além de humildade ao falar da trajetória profissional são pontos bastante valorizados”, revela. Por outro lado, existem aspectos que podem desfavorecer o candidato. Chegar atrasado, falar muitas gírias, mentir sobre suas qualificações, falar mal do emprego anterior ou atual e demonstrar desequilíbrio emocional são alguns exemplos.

Para Terra, quanto melhor a qualificação, maiores as chances do candidato. “Os cursos do Senai são formulados para atender as necessidades de toda a indústria”, assinala o diretor. “Procuramos fazer uma articulação entre os setores produtivos e as instituições de ensino a fim de evitar um descompasso entre demanda e oferta de mão de obra”, revela. Esta sintonia é fundamental no caso das funções mais técnicas. “Se você forma um operador que fica seis meses sem trabalhar, ele perde sua habilidade prática.”, exemplifica. “Por isso, o ideal é capacitar o profissional e ter a opor tunidade de empregá-lo o quanto antes”, acrescenta.

Competências adicionais

Comportamento adequado

Arquivo pessoal

Mesmo quando a aptidão técnica do candidato é comprovada, ele

Além da formação técnica, é interessante que o candidato tenha realizado cursos que agreguem conhecimentos complementares como noção de trabalho em equipe, familiaridade com novos modelos de máquinas e habilidade para lidar com tecnologia de ponta. “Conhecer os programas de gestão mais modernos como o lean manufacturing, o 5S, o TPM e as normas internacionais de padronização (ISO) são pontos muito positivos”, indica Claudia. “Isso demonstra que o profissional está familiarizado com as

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Ricardo Terra, do Senai: “O ideal é capacitar o profissional e ter a oportunidade de empregá-lo o quanto antes” exigências de qualidade e com a eficiência na produtividade”, explica. Se o operador souber outro idioma, como o inglês, existe ainda a oportunidade de fazer viagens e especializar-se no exterior a convite da empresa. “Neste ano, a Sandvik Tooling Supply enviou profissionais ao Japão, aos Estados Unidos e à Suécia para conhecer máquinas e operações de usinagem praticadas nestes países”, conta Claudia. “Vale lembrar que a globalização abriu as portas para empresas multinacionais, e o manuseio de equipamentos importados muitas vezes exige o conhecimento de outras línguas”, completa Bazzola. Thais Paiva Jornalista

Conheça mais sobre o Senai Claudia Marcucci, da Sandvik Tooling: “Quanto mais qualificado for o candidato, mais próximo da contratação ele estará” 16 O Mundo da Usinagem

Contate o SENAI e obtenha mais informações sobre os programas de treinamento profissional. Entre no site www.senai.br e veja o telefone de contato da unidade de seu Estado, ou ligue para 0800-551000.



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curiosidades

Ciclo das latas

A cadeia produtiva por trás da solução Eficientes no envase de bebidas e alimentos, latas de alumínio passam por diversos processos de conformação antes de chegar às mãos dos consumidores

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eves e práticas, as latas de alumínio estão com tudo. Em 2010, o consumo brasileiro alcançou a marca de 17,3 bilhões de unidades, o que significa cerca de 90 latas por habitante. Ao analisar os últimos cinco anos, a perspectiva também é de crescimento, já que a evolução nas vendas chegou a 82%, de acordo com dados da Associação Brasileira

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dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). Entre os motivos do aquecimento desse mercado, destacam-se o aumento da renda da população e os benefícios da utilização destes artigos metálicos em detrimento de outros recipientes, como as garrafas de vidro e de plástico. Oferecendo proteção total à entrada de ar e de luz, as latas de alumínio

conservam com eficiência o sabor das bebidas, são mais fáceis de serem transportadas e proporcionam refrigeração mais rápida. Outro ponto que pesa a seu favor é a sustentabilidade, pois o alumínio pode ser reciclado infinitamente sem que haja perda de suas propriedades. Ao longo desse processo, são gerados empregos, renda e benefícios ambientais – como a economia de energia


elétrica e a redução do nível de poluentes emitidos na atmosfera (saiba mais no quadro da página 20). O que muitas pessoas não sabem a respeito das latas de alumínio é que há uma longa cadeia produtiva envolvida em sua conformação. Segundo Arnaldo Costa, presidente da Stolle Machinery no Brasil – fabricante de equipamentos para a conformação de latas de duas peças e de tampas, cuja história teve início em 1870, em Nova York, com a empresa Fuchs & Lang Mfg. Co., e a sede atual também localiza-se nos Estados Unidos –, a produção desses artigos metálicos envolve dois processos: a conformação do corpo das latas e a conformação das tampas.

O processo

Divulgação Sandvik Hard Materials

A conformação do corpo das latas de bebida convencionais tem início na

prensa de copos, a cupper. O equipamento é alimentado por chapas de alumínio, que, ao longo desta etapa, são cortadas em discos e transformadas em copos rasos. Em seguida, estes copos são encaminhados a uma máquina conhecida como bodymaker, na qual as paredes da lata passam por um estiramento, a fim de alcançar sua espessura final. É também nesta fase que o fundo da lata é conformado. O trimmer é o equipamento seguinte. Ele é o responsável por aparar a borda superior das latas, retirando suas irregularidades e deixando-as niveladas. Depois, para remover as partículas resultantes dos procedimentos anteriores, as latas passam por uma máquina lavadora e por um forno de secagem – procedimentos que tornam a lata mais brilhante e facilitam a etapa seguinte: a impressão dos rótulos. “A próxima fase fica por conta da

Ferramentas de metal duro da Sandvik Hard Materials utilizadas para conformação de latas são desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada cliente

Principal mudança na conformação de latas ao longo das últimas décadas foi o aumento da capacidade produtiva dos equipamentos envolvidos em sua fabricação decoradora”, explica Arnaldo, “máquina que, além de imprimir o rótulo da lata, também aplica verniz sobre ele, proporcionando melhor acabamento e evitando o descascamento da tinta”. Rotuladas, as latas são então direcionadas ao forno para que o verniz seja curado. A aplicação do verniz interno da lata na máquina conhecida como inside spray é o passo seguinte. Este composto evita os processos de oxidação e o comprometimento do sabor da bebida, pois cria uma camada de proteção sobre a superfície do alumínio. Concluída esta etapa, as latas passam pelo processo de secagem e curagem em um forno específico. Chega a vez da formação do pescoço das latas – procedimento realizado por um equipamento chamado necker, que diminui o diâmetro do bocal da lata para o posterior encaixe da tampa. Depois, os corpos de latas finalizados passam por máquinas de inspeção que detectam sujeiras, amassamentos e defeitos. O equipamento conhecido como light tester, que aplica testes de luz nas latas, é um exemplo. Máquinas paletizadoras encarregam-se então da organização das latas, que serão embaladas e transportadas ao local onde o enchimento será realizado.

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curiosidades

Desenvolvida pela Stolle Machinery, a Decoradora Concord imprime os rótulos em até 2.200 unidades por minuto

Em busca de diversificação Ferramentas de metal duro são componentes fundamentais em certos equipamentos empregados na conformação do corpo da lata – como a cupper, a bodymaker e o necker. “Geralmente é por meio da troca desse ferramental que a fabricação de latas de tamanhos diferentes se torna possível”, explica Fábio Plensack, gerente de Vendas para a América Latina da Sandvik Hard Materials. Fábio informa que cada uma dessas ferramentas é desenvolvida de forma customizada, levando em consideração as necessidades de cada cliente. “O ferramental de cada fabricante de latas é produzido sob desenho exclusivo, com tolerâncias dimensionais customizadas”, destaca. Para que as ferramentas alcancem um ciclo de vida longo e apresentem desempenho otimizado, segundo 20 O Mundo da Usinagem

o gerente de Vendas, é preciso observar o correto manuseio e instalação das ferramentas, fatores que reduzem as chances de desalinhamento e de quebra. “Manter as condições adequadas de lubrificação e optar por chapas de alumínio de alta qualidade são outros cuidados que também ajudam a evitar o desgaste prematuro das ferramentas”, orienta. Líder mundial no fornecimento de ferramentas para a fabricação de latas de duas peças (corpo e

tampa), a Sandvik Hard Materials desenvolve as soluções deste mercado em três polos industriais, localizados em Barcelona (Espanha), Mineápolis (Estados Unidos) e São Paulo.

Tampa nelas “A conformação das tampas começa em uma prensa shell press, que é alimentada por bobinas de alumínio já envernizadas”, detalha o presidente da Stolle Machinery do Brasil. Nesta máquina, o alumínio é cortado em discos e prensado por ferramentas de alta precisão para formar a “tampa básica”. Depois, ele é encaminhado a um

Solução ecológica De acordo com o International Aluminium Institute (IAI), o processo de fabricação de latas a partir do alumínio reciclado libera apenas 5% dos gases do efeito estufa emitidos no processo que utiliza o alumínio primário. Já a economia de energia elétrica justifica-se pelo fato de o reaproveitamento das latas dispensar o processo que transforma a alumina (substância derivada da bauxita) em alumínio – fator número um nos gastos energéticos da cadeia produtiva da lata. Ocupando o primeiro lugar no ranking dos países com maior índice de reaproveitamento de latas de alumínio, em 2010 o Brasil reciclou 239,1 mil toneladas das 245 mil toneladas originalmente comercializadas, o que representa 97,6%. Já em 2009 esse índice foi de 98,2%. A liderança do País nesse indicador, seguida por Japão, Argentina e Estados Unidos, é mantida desde 2001. Um dos fatores que explicam os altos porcentuais de reciclagem é o valor da sucata de alumínio – utilizada como matéria-prima para novas latas e também outros produtos. A reciclagem contribui para o aumento da renda de muitas famílias brasileiras. “Cada vez mais setores têm se interessado pela sucata de alumínio”, ressalta Renault Castro, diretor executivo da Abralatas. Como exemplos, ele cita a fabricação de ferro liga e a indústria automobilística. Na opinião de Castro, além dos benefícios ecológicos que proporciona, a reciclagem do alumínio também foi a responsável por desencadear uma busca crescente pelo reaproveitamento de materiais no Brasil. “O conceito nacional de reciclagem deve muito aos programas iniciados na década de 1990 pelas indústrias de latas de alumínio”, argumenta o diretor da associação.



curiosidades

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Alumínio pode ser reciclado infinitamente sem que haja perda de suas propriedades

aplicador de vedante e segue para um forno de secagem. Quando secas, as tampas seguem então para a prensa de conversão, na qual são realizados dois processos distintos. Uma parte da máquina fica responsável pela formação de um rebite estrutural (feito a partir do próprio metal da tampa, por meio dos processos de estiramento e conformação), enquanto outra vai receber as tiras de alumínio que serão perfuradas e conformadas em alta velocidade (até 750 golpes por minuto) para, após 14 passos sucessivos, formar o anel da lata. “Quando o anel está pronto, ele é encaixado na tampa por meio do rebite”, descreve Arnaldo. Já prontas, as tampas passam por equipamentos que realizam sua inspeção visual e depois são encaminhadas para a etapa de embalagem. Já nas empresas envasadoras as latas são lavadas, seguem para a máquina enchedora e são finalmente encaminhadas à recravadora, equipamento no qual as tampas são afixadas às latas. Sobre as particularidades do processo de conformação de latas em comparação ao de outras cadeias produtivas, Carlos Pires, diretor industrial da fabricante de latas Rexam, destaca a reciclagem total dos insumos utilizados e descarta-

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Quando prontas, as tampas seguem para os equipamentos que fazem sua inspeção; depois, são encaminhadas às empresas envasadoras, onde as tampas são afixadas dos em cada etapa como uma de suas principais características. Segundo o profissional, as altas velocidades envolvidas nessa fabricação exigem o controle rígido de cada uma de suas etapas para impedir a ocorrência de falhas ao longo do caminho. “Os defeitos são evitados por meio do treinamento intensivo dos colaboradores e pelas inspeções aplicadas aos processos e aos produtos, que têm 100% de suas características críticas analisadas”, comenta Pires.

Uma questão evolutiva Para Arnaldo, da Stolle Machinery, a principal mudança no processo de conformação de latas ao longo das últimas décadas diz respeito ao aumento da capacidade produtiva dos equipamentos. “Na década de 1990, as bodymakers fabricavam

cerca de 100 latas por minuto”, compara o profissional, “enquanto hoje é possível encontrar modelos capazes de conformar até 420 unidades por minuto”. Devido aos avanços da engenharia, as latas atuais também utilizam menos alumínio em sua composição do que os modelos mais antigos, mantendo a mesma resistência. Para se ter ideia, o metal empregado atualmente na fabricação do corpo da lata apresenta espessura de 0,0108 polegada, contra 0,0124 polegada do alumínio utilizado no passado. O mesmo pode ser observado no metal usado para a confecção dos anéis das latas, que tinha espessura de 0,0150 polegada e teve esse número reduzido para 0,01 ou 0,0092 polegada, dependendo das tecnologias empregadas por cada cliente. “Graças a essa mudança, o custo

Entre latas, latinhas e latões Para definir os diferentes tamanhos de latas, é comum a utilização de termos como oito onças (correspondente a 200 mililitros) e 12 onças (350 ml). A utilização da palavra onça é derivada de fluid ounce (fl. oz) – unidade de medida de volume utilizada nos Estados Unidos, que equivale a cerca de 29,5 ml.



curiosidades

Divulgação Sandvik Hard Materials

das latas foi reduzido, aumentando sua popularização”, observa Arnaldo (saiba mais sobre as inovações do mercado de latas no conteúdo online desta edição).

Mercado de lata Iniciado em 1989 pela Latasa (empresa adquirida pela Rexam em 2003), atualmente o mercado nacional de fabricação de latas para envasamento de bebidas é formado por quatro empresas, sendo três fabricantes globais e uma local. A nacional é a Companhia Metalic Nordeste, empresa adquirida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que se apresenta como a única produtora de latas de aço para bebidas no Brasil. Já as companhias Rexam, CrownCork e LataPack Ball

Produção das latas é dividida em dois processos: conformação do corpo e da tampa. Na foto, as etapas da fabricação de latas de alumínio compõem o quadro das fabricantes de latas que utilizam alumínio, totalizando 18 fábricas espalhadas pelo território nacional. De modo a atender a alta demanda pelas latas de alumínio, nos anos

de 2008 e 2009 as três fabricantes investiram aproximadamente 274 milhões de dólares na expansão de seus negócios no Brasil – segundo dados divulgados na edição 2011 da Revista da Lata, publicação anual



curiosidades Latas de alumínio conservam o sabor das bebidas, além de oferecerem facilidade no transporte e refrigeração mais rápida

da Abralatas. Já entre 2010 e 2011 os investimentos divulgados por elas devem superar 1,3 bilhão de reais, ampliando a capacidade produtiva nacional para mais de 27 bilhões de latas em 2012. Entre os planos de expansão das empresas destaca-se a descentralização de suas unidades, com a construção de fábricas de corpos de lata e de tampas em regiões mais distantes dos TX611 C-4_202x133.pdf 1 2/5/2011 15:21:22 principais polos industriais brasileiros,

porém mais próximas de uma maior parcela de clientes.

Avanço nacional Para acompanhar o crescimento da produção das latas de alumínio, especialistas ressaltam a importância de o Brasil investir na ampliação de sua produção de alumínio, evitando assim a necessidade da importação desse insumo. Porém, alguns entraves a esse crescimento são o peso excessivo dos impostos e o elevado custo da energia elétrica no País. “Vejo como saída o governo investir em uma política industrial forte”, destacou Adjarma Azevedo, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em entrevista à Revista da Lata. “De tal forma que se tenha energia competitiva para ins-

talarmos novas plantas de alumínio, agregando valor à matéria-prima e desenvolvendo as regiões onde as fábricas se instalam”. Segundo Renault Castro, diretor executivo da Abralatas, os incentivos do governo à produção de alumínio devem incluir reduções no custo da energia elétrica e na carga tributária. “Um país que está destinado a se tornar uma das cinco potências do planeta deve dar atenção a setores estratégicos para o desenvolvimento”, defende Castro. “É preciso afastar o risco da desindustrialização”. Anna Ligia Machado Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



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tendências e oportunidades

Wood pellets

Biomassa

Resíduos transformados em energia Por meio da utilização de fontes renováveis que seriam descartadas, é possível produzir energia térmica, mecânica e elétrica. Esta tem sido a estratégia econômica e ambiental adotada por algumas indústrias brasileiras

A

produção não para. Diariamente, atividades desempenhadas por indústrias, usinas e operações ligadas ao agronegócio geram diversos tipos de resíduos que, muitas vezes, encontram como destino final os aterros sanitários ou então as cooperativas de reciclagem. Mas o ciclo do lixo também pode ter outro fim: a geração de energia a partir

28 O Mundo da Usinagem

da produção da biomassa. Segundo o Atlas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizado para a produção de energia. Um exemplo é a lenha, recurso que serviu como fonte de calor desde o início da civilização.

Entretanto, o desenvolvimento de novas tecnologias e a busca por soluções sustentáveis fizeram com que a biomassa passasse a ser produzida com resíduos florestais, vegetais, industriais, animais ou sólidos urbanos. E já que o Brasil se destaca no cenário mundial como um dos principais produtores agrícolas e também abriga extensa área florestal, é grande o


digestão anaeróbica (decomposição orgânica). Existe ainda a possibilidade de a biomassa ser transformada por meio do processo de cogeração, ou seja, em mais de uma forma de energia útil. Para otimizar a geração de energia e aproveitar os resíduos de diversos setores da economia, foram criadas soluções como: wood chips (lascas de madeira), wood pellets (grãos de madeira compactada), wood briquettes (flocos de madeira compactada de maior dimensão), biopellets (flocos de resíduos compactados de menor dimensão), biobriquettes (flocos de resíduos compactados de maior dimensão), biomassa líquida (como o licor negro obtido por meio do cozimento

da madeira) e ainda biomassa em frações gasosas. Tanto os biopellets quanto os biobriquettes podem ser fabricados com diversos tipos de resíduos, como palha de arroz e de milho, sementes de açaí e bagaço de cana-de-açúcar (combustível sólido que apresenta maior eficiência energética). São muitos os resíduos que podem ser transformados em biomassa, revela Oliveira, que atualmente está prestando consultoria a um grupo de pequenos empresários do Estado do Maranhão que deseja implantar uma usina de biomassa produzida a partir de cascas do coco de babaçu, uma espécie de palmeira. Existe ainda a possibilidade de fabricar carvão vegetal a partir de Shutterstock

potencial de crescimento deste tipo de geração de energia no País. Contabilizando apenas os resíduos florestais, o País gera anualmente cerca de 158 milhões de metros cúbicos (m³) de biomassa, valor que, convertido para terajoule (TJ) – unidade de medição de energia –, seria suficiente para atender toda a demanda interna de energia térmica. É o que aponta Celso Marcelo de Oliveira, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável e diretor da consultoria Brasil Biomassa e Energia Renovável. O presidente da associação acrescenta que, se essa mesma quantidade de resíduos florestais substituísse recursos energéticos de fontes não renováveis, seria possível diminuir o consumo de carvão mineral em 57 milhões de m3, o que consequentemente evitaria a emissão de cerca de 190 milhões de toneladas de CO2. Quer saber mais sobre biomassa? A seguir, entenda de que forma estes resíduos podem ser aproveitados e quais indústrias estão adotando esse tipo de geração de energia em seus processos.

Poder calorífico

A biomassa pode ser transformada em energia térmica (vapor ou calor), mecânica (movimentação) e, consequentemente, elétrica por meio de seis processos: combustão (queima direta), gaseificação (aquecimento em presença oxidante), pirólise (aquecimento em ausência de oxidante), liquefação (produção de combustíveis líquidos por meio da reação da biomassa triturada), fermentação e

Resíduo de madeira é fonte renovável para a produção de biomassa

O Mundo da Usinagem 29


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Biomassa pode ser transformada em energia térmica, mecânica e elétrica por meio de seis processos distintos florestas plantadas, geralmente de eucalipto ou de pinheiros (pinus). Cada um dos tipos de biomassa apresenta densidade e poder calorífico distintos, de acordo com a matéria-prima utilizada em sua produção. A viabilidade da utilização de um tipo em detrimento de outro deve ser avaliada por especialistas a fim de garantir que a demanda de energia da unidade fabril seja atendida.

Ciclo do carbono Nem sempre é possível aliar economia a práticas sustentáveis. Entretanto, esse é mais um diferencial da geração de energia por meio da biomassa. A renovação da biomassa ocorre por meio do ciclo do carbono. A queima deste composto ou de seus derivados provoca a liberação de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera; no entanto, estes resíduos foram um dia plantas em crescimento que, por meio da fotossíntese, transformaram o CO2 absorvido em hidratos de carbono, liberando oxigênio. Apesar de os índices de CO2 serem em grande parte compensados, este tipo de geração também impacta o meio ambiente, já que a energia produzida por meio da biomassa exige a utilização de água para refrigeração e produção de vapor, o que inevitavelmente ocasiona a emissão de partículas na atmosfera.

30 O Mundo da Usinagem

Sobre as vantagens econômicas dessa fonte renovável, Oliveira mensura que uma indústria que modifica sua matriz energética, substituindo o carvão por biomassa, por exemplo, pode alcançar economia de até 60% nos gastos com energia e ainda comercializar créditos de carbono devido ao seu baixo índice de emissões de poluentes na atmosfera.

Matriz energética em transformação

Produzir energia a partir de subprodutos. Essa é uma das estratégias adotadas pela produtora mundial de celulose branqueada Fibria para obter uma matriz energética mais ecológica. Com capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas de celulose por ano, a companhia utiliza recursos renováveis (madeira e biomassa líquida) e combustíveis que emitem baixos índices de CO2 (gás natural) em suas quatro unidades instaladas no Brasil. Devido à adoção dessas práticas sustentáveis para a geração de energia, algumas unidades da Fibria geram excedentes e comercializam energia elétrica por meio do fornecimento à rede pública nacional. É o caso das Unidades Aracruz e Três Lagoas que, juntas, dispõem mensalmente de 30 megawatts (ou 8% da produção total da empresa) para fins comerciais, potência suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil habitantes. O setor siderúrgico também encontrou soluções mais ecológicas para alimentar os alto-fornos. A ArcelorMittal, siderúrgica produtora de aço, aços longos, laminados e trefilados, criou em 1957 a ArcelorMittal BioFlorestas,



tendências e oportunidades divisão do grupo responsável pela produção de carvão vegetal originário de florestas plantadas para abastecer parte das usinas da divisão Aços Longos, já que a companhia também utiliza coque (combustível fóssil) em suas operações. Segundo Elesier Lima Gonçalves, presidente da ArcelorMittal BioFlorestas, este é um recurso renovável que gera inúmeros benefícios ambientais, sociais e econômicos tanto para a empresa quanto para as comunidades do entorno do plantio. A iniciativa agrega ainda valor aos negócios da companhia por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de bolsas alternativas de negociação de créditos de carbono no mercado internacional. A fabricante de aços inoxidáveis Aperam South America também dispõe de uma área de negócios dedicada à gestão sustentável da energia utilizada pela companhia, a Aperam Bioenergia. Esta unidade da empresa está direcionada à produção de carvão vegetal para o abastecimento da usina sul-ameri-

Alternativa verde Não são somente as indústrias que têm buscado novas alternativas para a geração sustentável de energia elétrica. João Martin, diretor de Engenharia e Obras da CPFL Renováveis, conta que em 2008 a concessionária CPFL Energia iniciou o desenvolvimento de projetos para a implantação de suas usinas térmicas alimentadas por biomassa. No mesmo ano, a CPFL começou a construir sua primeira termelétrica, a UTE Baldin, localizada em Pirassununga (SP), que entrou em operação em 2010. Com o passar dos anos, os investimentos cresceram e, além da UTE Baldin, atualmente a CPFL Renováveis conta com mais duas termelétricas alimentadas por biomassa: UTE Bio Formosa (RN) e UTE Buriti (SP). Outras duas usinas estão sendo construídas no estado de São Paulo e serão inauguradas no primeiro semestre de 2012, a UTE Bio Ipê e a UTE Bio Pedra, todas estas alimentadas por biomassa produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. Em 2013 a CPFL Renováveis planeja inaugurar mais duas unidades, UTE Alvorada e UTE Coopcana, ambas no estado do Paraná. cana da companhia, localizada em Timóteo (MG). Para Roberto Manella, assessor da Diretoria Técnica da Aperam South America, a busca por uma matriz energética sustentável culminou em investimentos de longo prazo que foram aplicados na preparação de suas florestas e, com isso, foram criadas todas as condições necessárias para abastecer 100% de seus alto-fornos com carvão vegetal em substituição

ao coque. “Alcançamos este objetivo em setembro deste ano e, assim, conseguimos evitar a emissão de 700 mil toneladas de CO2, ou seja, 50% do total liberado todos os meses pela unidade em Timóteo”, comemora Manella. Sula Zaleski Jornalista Veja mais maisinformações informaçõesem: em: www.omundodausinagem.com.br



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interessante saber

A geração Z vem aí Um novo perfil de colaboradores já se prepara para ingressar no mercado de trabalho. Saiba quais são os principais desafios que as empresas deverão enfrentar para recebê-los

S

e você tem filhos nascidos depois de 1995, identificará o seguinte perfil: jovens multitarefa, ágeis, abertos ao diálogo, sempre conectados ao universo virtual e com um desejo excessivo de conquistar liberdade. Reconhece? Pois bem, você está diante da chamada geração Z. Essa descrição parece bastante similar àquela atribuída à geração Y – último grupo a ser definido até então, que abrange nascidos

34 O Mundo da Usinagem

entre 1980 e 1995. Isso porque este novo agrupamento apresenta uma série de traços comuns aos de seu antecessor, mas de forma mais intensa. “Se os integrantes da geração Y aprenderam desde pequenos a se conectar à internet, os pertencentes à Z já nasceram plenamente conectados”, explica Eduardo Shinyashiki, presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos e especialista em desenvolvimento de competências.

Para Eduardo, o contexto em que o mundo se encontra é decisivo para a moldagem de um grupo. “Acontecimentos de ordem social, econômica e cultural somados aos paradigmas das famílias são alguns dos aspectos que definem o perfil comportamental de pessoas ou de uma geração”, justifica. Por terem nascido em uma sociedade altamente globalizada e interconectada, os jovens da geração Z estão familiarizados com as mais recentes



interessante saber

Arquivo pessoal

inovações tecnológicas. Além disso, este grupo está se desenvolvendo em um momento em que cresce a preocupação com as questões ambientais, o que faz com que estes jovens geralmente adotem uma postura ecossustentável diante da utilização dos recursos do planeta. Por sua vez, atividades culturais e de lazer comuns a esta geração exigem alta velocidade de raciocínio. “A geração Z está acostumada ao mp3, aos jogos online, às mensagens instantâneas e, é claro, às redes sociais”, explica Ana Barbieri, sócia-fundadora da CRO consul-

Eduardo Shinyashiki, da Sociedade Cre Ser Treinamentos: “Eles chegarão ao mercado de trabalho esperando um mundo semelhante ao seu: conectado, aberto ao diálogo, global e veloz” 36 O Mundo da Usinagem

toria de marketing/pesquisa e professora da ESPM-SP. Sobre o acesso à internet, Ana complementa indicando que estes jovens foram beneficiados pelo chamado “mundo de graça”, já que, no conforto de suas casas, na escola ou em uma lan house, puderam ter acesso a uma infinidade de conteúdos.

Fator Z Assim, este é o perfil comportamental dos futuros profissionais que ingressarão em breve no mercado de trabalho. Deles as empresas poderão esperar, além da facilidade para lidar com a tecnologia, ousadia, confiança, entusiasmo e flexibilidade. “A geração Z sabe trabalhar muito bem em equipe, podendo se deslocar com facilidade de uma área para outra”, avalia Ana. “Além disso, esta geração apresenta uma maneira diferente de lidar com o trabalho, encarando-o de uma forma mais descontraída, o que também pode ser muito proveitoso”, acrescenta. Por outro lado, perseverança, apego profissional e construção de objetivos a longo prazo são valores que a Z deverá aprender com as gerações mais experientes. “Eles podem perder a motivação muito fácil, pois são imediatistas e sentem ansiedade por crescimento rápido”, analisa Barbieri. “Essa característica pode dificultar a criação de ‘raízes’ dentro da empresas, fazendo com que o profissional Z mude de emprego antes mesmo de aprender tudo o que poderia”. Outro desafio a ser superado é evitar que estes jovens se tornem profissionais dispersos ou superfi-

Arquivo pessoal

Empresas poderão esperar de seus futuros colaboradores da geração Z: facilidade para lidar com a tecnologia, ousadia, confiança, entusiasmo e flexibilidade

Ana Barbieri, da ESPM-SP: “Geração Z sabe trabalhar muito bem em equipe, podendo se deslocar com facilidade de uma área para outra” ciais. “Como foram criados em um mundo marcado pelo ritmo fragmentado, estes jovens conseguem executar simultaneamente muitas tarefas e com elevada rapidez”, relata Eduardo. “Entretanto, este aspecto pode ser negativo se culminar na ausência de um foco claro, ou seja, em dificuldade de concentração”, alerta.

Diversidade que agrega Para conseguir contratar e reter estes novos talentos, as empresas deverão estar dispostas a realizar mudanças e adaptações. “Eles chegarão ao mercado de trabalho esperando um mundo semelhante ao seu: conectado, aberto ao diálogo global e veloz”, aponta Eduardo. Assim, o grande desafio para as empresas será atualizar a forma de comunicação, liderança e motivação em sua estrutura organizacional. Se isso não ocorrer, corre-se o risco de acontecer um choque semelhante ao que vem se obser-



interessante saber

De qual geração você faz parte? Geração z Nascidos a partir de 1995 em um mundo amplamente globalizado, digitalizado e interconectado. Presenciaram a explosão das mídias sociais e de outras plataformas alternativas. Representante: Justin Bieber, primeiro Z a ser lançado como cantor mundial via mídias sociais Objeto: celular multitarefa Acontecimentos marcantes: atentados de 11 de setembro de 2001 Crise econômica de 2008/2009 Geração Y A Geração Y se refere aos nascidos entre 1980 e 1995. Essa é uma geração que adora feedback, é multitarefa, sonha em conciliar lazer e trabalho e é muito ligada em tecnologia e novas mídias. Seus integrantes alteraram completamente as formas de comunicação em casa, no trabalho e com os amigos. Eles são também conhecidos como a “geração do troféu”, já que se beneficiaram de um período economicamente favorecido e tiveram em casa a liberdade que nenhuma outra geração teve. Representante: Mark Zuckerberg, o primeiro Y a construir um negócio virtual multimilionário (Facebook) Objeto: computador pessoal Acontecimentos marcantes: Impeachment do presidente Fernando Collor de Mello Morte de Ayrton Senna Visão do trabalho: um dos aspectos da vida, mas não o único ou o mais importante vando entre a geração X e a Y, que já está praticamente incorporada ao ambiente de trabalho. “A geração X é totalmente dedicada ao trabalho”, conta Barbieri. “Por este motivo, foi um pouco complicado estabelecer comunicação entre esta e a Y, que não tem a mesma necessidade de estar vinculada ideologicamente aos propósitos da empresa”, explica.

38 O Mundo da Usinagem

Geração X Nascidos aproximadamente entre 1965 e 1981. Essa geração entrou em um novo mundo, fora das perspectivas utópicas, tendo que se conformar com um padrão de vida mais realista e consumista no período da Guerra Fria. Representante: Barack Obama, o primeiro X a comandar a Casa Branca Objeto: videocassete Acontecimentos marcantes: morte de Tancredo Neves movimento Diretas já Visão do trabalho: primeira geração a procurar um equilíbrio entre trabalho e vida Geração Baby Boomers Fazem parte desta geração as pessoas nascidas logo após a 2ª Guerra Mundial (1946-1964), quando o índice de natalidade cresceu vertiginosamente. Elas viveram na época da globalização, do capitalismo e do consumismo. Cultuaram o Rock and Roll, o movimento Hippie, a contestação política e social e os movimentos pela paz. Segundo Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, elas também presenciaram a guerra do Vietnã, a ideologia libertária e o feminismo, entre muitos outros movimentos que mudaram a sociedade ocidental e parte da oriental. Representante: Bill Clinton, o primeiro baby boomer a chegar à presidência dos EUA Objeto: televisão Acontecimentos marcantes: ida do homem à lua, ditadura militar no Brasil Visão do trabalho: a vida profissional é de extrema importância; possuem uma carreira estável e linear

O entrosamento entre as diferentes gerações é muito positivo para o ambiente corporativo. Esta multiplicidade geracional pode trazer ótimos frutos se as distintas competências forem captadas e aproveitadas em favor de um objetivo comum. “Uma equipe jovem pode agregar um novo olhar às tarefas antigas, ao mesmo tempo em que necessita contar

com a experiência dos colaboradores mais antigos para aprender mais detalhes sobre o funcionamento da empresa”, destaca Eduardo. “Diferentes ideias e pontos de vista permitem manter acesa a centelha da inspiração, evolução e inovação”, conclui. Thais Paiva Jornalista



nossa parcela de responsabilidade

Mudança,

A

cada ano, aumenta a certeza de que o futuro será cada vez mais dinâmico. Por isso, a necessidade de se adaptar a essa nova realidade é uma questão de sobrevivência. Estamos vivendo em uma sociedade que transita por grandes mudanças. Alguém poderia dizer que isso sempre aconteceu, desde que o mundo é mundo e, certamente, iremos concordar. O que difere, então, este ciclo dos anteriores? A velocidade das mudanças! Atualmente, as informações circulam com uma velocidade impressionante e, por vezes, entidades menos preparadas podem sucumbir do dia para a noite. Em alguns instantes, o fluxo financeiro pode mudar de direção, sem que muitos tenham tempo de reagir e corrigir os planos estratégicos previamente elaborados. Mas, qual a melhor forma de encarar esta nova realidade? Sermos ágeis e rápidos. Esta perspectiva social imediatista impõe que sejamos dinâmicos em todas as atividades que desempenhamos: desde o planejamento à execução, desde a informação à adaptação e correção de rumo. Certamente não estamos falando somente da velocidade, ignorando a qualidade e a assertividade de nossas ações, pois uma iniciativa

40 O Mundo da Usinagem

veloz e equivocada pode ser tão ou mais traumática do que uma ação lenta. Necessitamos de ações rápidas e assertivas! Entretanto, as informações que circulam a todo o momento e estão disponíveis para todos por meio de vários canais de comunicação podem causar danos a quem não souber absorvê-las. Obterá o sucesso desejado quem souber identificá-las e interpretá-las e, mais rapidamente, transformar as ameaças em oportunidades, em diferencial competitivo. No mundo da usinagem não é diferente. Estamos observando um aumento incrível na concorrência de produtos industrializados, concorrência essa que vem de qualquer lugar do mundo, ignorando as distâncias e as barreiras comerciais ainda existentes em vários territórios. Essa “nova regra” geral dos mercados também se aplica ao Brasil. Não podemos continuar discutindo e perdendo tempo com outro tema que não seja alcançar maior competitividade em custos, prazos, qualidade e produtividade, já que são estes os fatores que transformarão as ameaças em oportunidades. No segmento de usinagem, milhares de produtos novos são lançados anualmente, sempre com alguma vantagem competitiva, mas

Fernando Favoretto

a única certeza!

poucos são introduzidos imediatamente. Diversos novos processos mais competitivos são elaborados, mas poucos implementados com a velocidade necessária. Se quisermos fazer parte do grupo dos vencedores, temos que mudar esta realidade com urgência, afinal, outras empresas em outros lugares já o estão fazendo. Estamos finalizando um ano em que grandes mudanças aconteceram, e iremos iniciar outro em que grandes mudanças certamente acontecerão. Iremos aumentar a velocidade de nossas ações ou manteremos uma postura não condizente com a realidade? Fazer o mesmo implica geralmente no mesmo resultado! Caso a escolha recaia em fazer diferente, com mais velocidade e com foco no que realmente interessa, a Sandvik Coromant estará à sua disposição para trabalharmos juntos e sairmos mais fortes do que antes! Que o ano de 2012 seja de muita velocidade e assertividade para todos, com muita paz, saúde e harmonia! Claudio Camacho Diretor da Sandvik Coromant do Brasil



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42 O Mundo da Usinagem

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