98 Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147
Melhores técnicas para rosquear
com macho Método prático para cálculo de Tc
Sandvik Coromant Academy
edição 98
04/2014
AB Sandvik Coromant
Índice
10 Negócios da Indústria I
4
Soluções de Usinagem
14 Produtividade
32
Educação e Tecnologia II
AB Sandvik Coromant
4 Soluções de Usinagem Como escolher o macho correto para a rosca correta 10 Negócios da Indústria I O Brasil da CNI CoroTap 200
14 Produtividade Método prático para o cálculo do tempo de usinagem em um torno CNC usando a área do cavaco a ser removida 18 Educação e Tecnologia I Patentes brasileiras, essas desconhecidas 26 Negócios da Indústria II
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31 Conhecendo um Pouco Mais A (r)evolução das máquinas 32 Educação e Tecnologia II Sandvik Coromant Academy: compartilhando conhecimento 36 Nossa Parcela de Responsabilidade A responsabilidade da comunicação EXPEDIENTE: O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. As fotos sem menção de créditos foram captadas na Internet sob licença do GNU Free Documentation Licence e/ou Creative Commons Attribution-Share Alike Generic License. Editor-chefe: Fernando Oliveira; Coeditora: Vera Natale; Coordenação editorial, redação e revisão: Teorema Imagem e Texto (Fernando Sacco, João M. S. B. Meneses, Patrícia Cueva); Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP; Débora Nascimento; Impressão: Promograf
soluções dede usinagem soluções usinagem
Como escolher o macho correto para a rosca correta Em toda usinagem moderna, a seleção da ferramen-
mas seguindo um roteiro se chega à melhor opção.
ta de corte mais adequada para uma aplicação é o fator
A seleção determina o nível de desempenho - tem-
mais importante para alcançar soluções competitivas.
po necessário para realizar a operação de rosqueamen-
Nossa gama de machos para rosquear um furo é gran-
to com macho, vida útil do macho, a segurança da ope-
de e a escolha certa pode parecer difícil inicialmente,
ração e a qualidade da rosca resultante quanto às tole-
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o mundo da usinagem
AB Sandvik Coromant
Há uma ampla gama de machos no programa da Coromant Tecnologia abril.2014/98
A escolha correta do macho determina o sucesso ou não da operação de rosqueamento
Há vários fatores que determinam o que deve inos mais recentes desenvolvimentos em machos — seuma gama abrangente e acessível, de maneira a realmente otimizar o processo.
Tecnologia de do processo e produtividade são considerações iniciais vitais na usinagem atual. Produção e utilização da máquina são os pilares da manufatura competitiva motas e métodos, incluindo o rosqueamento com macho. Com muita frequência, o rosqueamento com machos é considerado um processo um pouco complexo, por cho é uma ferramenta relativamente sensível que usina
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-
Seleção para otimização – multiúso ou de aplicação específica
roscas fora do campo visual do operador, por trabalhar
Na manufatura, ao preparar a operação de rosquea-
-
mento de furos, além do material da peça existem al-
-
guns fatores fundamentais que determinam o tipo de
pendente do set-up dril, o que é especialmente importante em furos cegos.
macho mais adequado:
No entanto, os avanços tecnológicos transformaram os modernos machos e respectivos mandris em ferra-
O volume de furos a ser rosqueado deve ser o primeiro fator considerado. Isso irá orientar a escolha
longa vida útil. Uma vez corretamente selecionados e
para um macho multiúso (volume pequeno a médio
aplicados, não há motivo para temer paradas de máqui-
me de médio a grande). O macho multiúso proporcionará versatilidade — uma abordagem multiaplicação abrangerá a maioria
— Quais fatores poderiam comprometer a operação e
dos materiais, com uma gama de tipos mais fáceis de
que devem ser considerados aqui?
selecionar e uma racionalização do estoque. Um ma-
— Qual é o processo de seleção ideal? abril.2014/98
o mundo da usinagem
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soluções de usinagem
A escolha da geometria do canal é um dos fatores fundamentais na escolha do macho. A escolha é determinada pelo tipo de furo e material a ser usinado
do para otimizar totalmente a operação de uma
O tipo de furo – passante ou cego – é o se-
aplicação, torna a usinagem de lotes grandes
gundo fator que determina o tipo de macho. No rosqueamento de materiais de cavacos longos, o
parte de uma grande variedade de tipos que pro-
canal e o chanfro do macho têm uma função mui-
porcionam um rendimento otimizado por serem
to importante, e o macho precisa ter canais heli-
altamente adequados para a operação em ques-
coidais, ou ponta helicoidal, dependendo se esti-
tão. Esse conceito permite uma adaptação mais
ver sendo rosqueado um furo passante ou cego.
completa para o material e a aplicação. Para lotes de tamanho médio, a escolha pode
Para rosqueamento de materiais de cavacos curtos, os canais podem ser retos e o mesmo macho pode ser usado para furos passantes e cegos.
das considerações de materiais, produção, má-
Os cavacos curtos, como os do ferro fundido, são
quinas, estoque e economia de usinagem.
facilmente escoados, e o líquido refrigerante é,
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assim, uma das outras principais considerações.
Machos laminadores devem ser sempre considerados como uma escolha possível por serem solucionadores de problemas
Para machos laminadores, que não cortam a rosca, mas a conformam, os cavacos não são um problema de maneira alguma, e eles são adequados para furos cegos e passantes, não precisando de canais para escoamento do cavaco e, sim, ape-
Os machos laminadores, no entanto, só são adequados para materiais dúcteis. As roscas são laminadas por meio da deformação plástica do material, e esse método é muitas vezes usado para fazer roscas que necessitam de maior resistência. Esse método é tão bom que deve ser considerado sempre ao se iniciar o estudo de uma nova peça. Há uma ampla gama de materiais
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o mundo da usinagem
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possíveis de serem laminados, normalmente os
gico) e substratos de metal duro. A tecnologia
mais difíceis para os machos de corte.
de cobertura tem melhorado consideravelmente -
Os materiais da peça devem, então, ser o
lhor, com muito menos desgaste e desplacamenespecialmente quando se trata de machos dedi-
to. Menos atrito, superfícies mais suaves e geral-
cados. Um macho universal pode lidar com di-
mente melhor resistência ao desgaste também
versos materiais. Os machos dedicados são de-
-
senhados de acordo com o tipo de material que
tura proporcionam uma escolha para otimizar o
deve ser usinado e a aplicação. Quando volumes
desempenho e os resultados para materiais espe-
imbatível para otimizar uma operação. Os ma-
A geometria da aresta de corte e o material da
como P — aço, M — aço inoxidável, K — ferro
proporcionando um novo avanço tecnológico. A
fundido, N — não ferrosos e H — aços duros.
geometria avançada da aresta de corte e o tra-
Além do material da peça, que é o principal -
quanto o torque e melhoram a durabilidade da
ca exigido, a norma da haste e classe de tolerân-
aresta. Novos desenhos de canais helicoidais ga-
cia devem ser determinados para a seleção do macho. Em seguida, de acordo com o tipo de fu-
todo o comprimento de rosca cortante do ma-
ro (passante ou cego), o comprimento exigido da
cho. Corretamente balanceados, os chanfros tra-
rosca diminui ainda mais o campo de escolha.
seiros, especialmente aqueles usados em machos
Profundidades variam entre 1,5 e 3,5 vezes o diâ-
com ângulos de hélice acentuados, reduzem o
metro do macho, com a escolha dependendo da
torque e melhoram a ação de corte.
profundidade do furo e da geometria do macho.
O tipo de chanfro e a hélice do canal são dois outros pontos importantes: chanfro lon-
Modernas características do macho
go (tipo B que se estende por 3,5 a 5 roscas), mé-
O material dos machos evoluiu conside-
-
-
ralmente melhor para furos passantes; o médio
mos várias opções. No entanto, o aço rápido tem sido o material tradicional para machos por ter a tenacidade como propriedade dominante. Atualmente, os desenvolvimentos dos materiais de machos têm otimizado o equilíbrio entre tenaci-
O chanfro é fator importante e
dade e resistência ao desgaste de modo a aumenAB Sandvik Coromant
tar o seu desempenho. chos para atender tanto às exigências dos materiais das peças quanto às aplicações: no moabril.2014/98
o mundo da usinagem
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soluções de usinagem
(tipo C) é a escolha geral para furos cegos e os curtos
ralmente mais elevado para materiais de cavacos lon-
(tipo E) quando a folga for limitada no fundo do furo.
gos e furos mais profundos.
O torque sobre o macho varia com o tipo de chanfro,
Em machos modernos e dedicados, o desenho da
sendo maior para chanfros mais longos. O chanfro ti-
aresta é adaptado para cada material, tamanho e apli-
po médio (C) é mais comum, usado tanto em machos
cação. Os chanfros traseiros apropriados são parte dis-
com canais helicoidais como em canais retos ou mesmo laminadores.
tratamento de superfície recém-desenvolvido garante
O desenho do canal tem um grande papel no desem-
arestas com robustez necessária para um processo con-
qualidade das roscas. Quando se tratar de rosquear um furo passante, uma ponta helicoidal é empregada para
O líquido refrigerante é um ponto importante
que os cavacos formados possam ser empurrados para
no rosqueamento com machos, tanto para o escoamento de cavacos quanto para a qualidade da rosca que está
do canal pode então ser mais raso para uma melhor en-
sendo gerada e a vida útil da ferramenta, devido à dimi-
trada de líquido refrigerante, proporcionando uma seção transversal do macho relativamente robusta.
com emulsão é importante no rosqueamento, sendo em geral a primeira escolha. O tipo de refrigeração varia para furos cegos e passantes. Há opções de refrigeração in-
terna e externa e para furos cegos e o refrigerante tem aí
lhor equilíbrio quanto ao transporte de cavacos, fornecimento de refrigeração e resistência do macho e, na-
é boa, a refrigeração externa pode ser aceita, desde que
turalmente, considerando o tipo de material da peça, para que os cavacos tenham espaço pra sair. O ângulo da hélice situa-se normalmente entre 15 e 48 graus, ge-
interna é a melhor opção, pois proporciona bom escoamento de cavacos em furos mais profundos em mate-
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riais de cavacos longos. O desempenho varia de acordo com o tipo de refrigerante utilizado e de como ele é fornecido. Para obter um processo ideal, o fornecimento de refrigeração deve ser adaptado para cada operação es-
ou interna) faz parte da decisão inicial na escolha do macho
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o mundo da usinagem
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(porta-machos) são dois pontos que têm um efeito direto sobre o resultado do rosqueamento com macho. Essenciais para garantir um bom rosqueamento; qualo processo e a capacidade de produzir uma rosca satisfatória. Um mandril para rosqueamento sincronizado é sempre a melhor opção para se chegar a um processo seguro e boa qualidade da rosca. A precisão e a ação de um bom mandril possibilitam controle preciso da profundidade e minimizam os problemas de erros na usinagem da rosca. Para rosqueamento de grandes volumes e em máquinas CNC modernas, usar modernos machos com um suporte rígido com do. Em muitos casos, pode-se dobrar a vida útil do macho com o uso do porta-macho adequado.
Lista de verificação básica para um rosqueamento bem-sucedido :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: ::
Quantidade de furos Material da peça Macho de corte ou laminador Tipo de furo (passante ou cego) Gama de machos (família) Diâmetro Norma da haste Tolerância Relação entre comprimento e diâmetro da rosca Chanfro de entrada Substrato do macho Cobertura do macho Tipo de refrigeração (interna ou externa) Tipo de refrigerante Ângulo da hélice (quando aplicável) Macho versão direita ou esquerda Mandril porta-macho
Christer Richt, editor técnico da AB Sandvik Coromant Tradução Vera Natale Adaptado por Marcos Soto, gerente técnico de Ferramentas Rotativas Sandvik Coromant do Brasil
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Para saber mais: www.sandvikcoromant.com/br
O porta-macho CoroChuck 970 com compensação contribui para uma rosca mais precisa e aumenta a vida do macho abril.2014/98
o mundo da usinagem
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negócios da indústria I
O Brasil da CNI Confederação, que representa quase 200 mil indústrias, criou as bases para o desenvolvimento industrial do país A Confederação Nacional das
sua fundação, estão em fortalecer
Indústrias, ou CNI, nasceu em um
a competitividade da indústria na-
País com uma indústria ainda inci-
cional e ser a interlocutora da in-
piente e que iniciava o desenvolvi-
-
mento de suas bases comerciais e
mentando políticas públicas que
econômicas. Foi na década de 30,
atendam às demandas do setor. O combate à alta carga tributária; a revisão da política industrial, lança-
Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do
da pelo governo em 2004; a reforma da previdência, o desenvolvimento
10
o mundo da usinagem
para criação da CIB, Confederação
sustentável e o fomento à pesqui-
Industrial do Brasil, que cinco anos
sa e desenvolvimento são algumas
mais tarde se transformaria na CNI.
das bandeiras que a entidade vem
Atualmente a Confederação Na-
defendendo. Para colocar em práti-
cional das Indústrias reúne 27 Fe-
ca essas questões, a CNI integra di-
derações de Indústria e aproxima-
versos conselhos, comissões, comi-
damente 1.300 sindicatos patronais.
tês e grupos de trabalho ligados à
Isso representa tanto o equivalente
administração pública. A atuação
a 25% da economia nacional quanto
em diferentes esferas de poder fez
dos empregos com carteira assina-
com que a entidade se autodenomi-
da no país.
nasse “a voz da indústria”. -
A CNI é presidida atualmen-
rio daqueles impostos à época de
te por Robson Braga de Andrade, abril.2014/98
Arquivo CNI
engenheiro mecânico formado pe-
Além dos obstáculos domésti-
la UFMG e que foi por dois man-
cos, Andrade destaca que as expor-
datos presidente da Federação das
tadoras sofrem ainda mais por cau-
Indústrias do Estado de Minas Ge-
sa da expressiva concorrência exter-
rais (FIEMG). Para o dirigente, dois
na. Enquanto o horizonte não se al-
Arquivo CNI
tera, o setor debate com o governo
O engenheiro mecânico Robson Braga de Andrade, atual presidente da CNI abril.2014/98
barreiras que inibem o desenvolvi-
melhores condições para competiti-
mento industrial do país. “Temos
vidade e menos burocracia.
um problema muito complexo que
Expectativa que cresce num mo-
é a carga tributária, ela penaliza o
mento em que a economia pati-
investimento. Mas só vamos conse-
na, fruto do que os analistas expli-
guir reduzir a carga tributária com
cam ser o esgotamento do modelo
a redução dos gastos públicos”,
de crescimento calcado primordial-
-
mente no consumo, e que concede à
sentação da edição especial do In-
indústria novamente o papel de um dos principais indutores da expan-
dezembro de 2013.
são econômica. o mundo da usinagem
11
negócios da indústria I
Projeções A CNI é uma importante fonte de pesquisas macroeconômicas. Os números levantados pela entidade ba-
estão no Mapa Estratégico da In-
um documento elaborado a partir
dústria 2013-2022 e englobam edu-
de debates e contribuições de mais
cação, ambiente macroeconômico,
de 500 pessoas, entre empresários,
lizam decisões de investimento, es-
-
executivos, acadêmicos e presiden-
dica e burocracia, desenvolvimento
tes de associações nacionais seto-
tratégias de produção e políticas de
de mercados, relações de trabalho,
riais e federações de indústrias.
importação e exportação. A entidade
vidade, infraestrutura e tributação.
câmbio com média anual de R$ 2,35
-
Teorema Imagem e Texto
do Produto Interno Bruto (PIB) deve se manter em 2,1%, acompanhando o crescimento da indústria de 2%. “A indústria brasileira pode crescer de 4% a 5% ao ano, mas precisamos aumentar nossa competitividade. Estamos estudando os dez fatores-chave importantes para transformar o Brasil numa economia moderna e mais competitiva. Eles passam pelas questões tributárias, por inovação, educação, burocracia, entre outros”, aponta Andrade. fechar o ano em 5,7%, enquanto a deve permanecer acima dos 10% durante todo o ano de 2014. ção à meta, mas sem ter distorções nos preços administrados”.
Mapa estratégico neou fatores-chave para que o Brasil aumente os níveis de produtivi12
o mundo da usinagem
Arquivo CNI
A entidade se depara com gran-
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Educação Poucos anos após sua fundação, a CNI deu um passo
adequada. Pensando nisso, em 1946 surgiu o Serviço Social
importante para consolidar os alicerces industriais no
-
Brasil: a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em 1942. Desde então, foram formados
las espalhadas pelo Brasil. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) é outra iniciativa voltada à educação. Por meio desse instituto, a Confederação conduz programas de consultoria em gestão empresarial, capacita
Mas de nada adiantaria a formação de um sistema forte
vens talentos no mercado de trabalho.
Prêmios Economia estimula a pesquisa econômica sobre a indústria e temas relacionados que colaboram com o
-
Arquivo CNI
realizações do setor industrial.
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o mundo da usinagem
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produtividade
Tempo de Usinagem: método prático para o cálculo do tempo de usinagem em um torno CNC, usando a área do cavaco a ser removida Trabalhando em uma empresa que presta serviços
comprimento total a ser percorrido pela ferramenta,
de usinagem, em dado momento necessito fazer um
que é a soma de todos os comprimentos gerados em
orçamento para um de meus clientes e a primeira di-
cada passada. Para que possamos fazer uma comparação do mé-
uma forma rápida. Alguns softwares de Programação
todo tradicional com o método aqui proposto, vamos
-
analisar com um mesmo exemplo cada um deles, para
vel quando faço a programação, porém isso só acontenovo método que propomos. um orçamento aprovado pelo cliente. É apresentado a seguir um método simples e muito rápido para cálculo do tempo, que possibilita fazer um orçamento 5 minutos após uma conversa telefônica com o cliente. O méto-
Método I – tradicional
do proposto se baseia na área de cavaco a ser removida.
Analisemos o desenho que será usado nos dois mé-
O método tradicional de se calcular o tempo de cor-
todos.
te “Tc” em qualquer tipo de máquina operatriz consiste em dividir o comprimento total “Lt” percorrido pela ferramenta pelo avanço de trabalho “at” usado.
Tc = Lt / at
Tc = tempo de corte em minutos ø 20
ø 40
ø 60
at = avanço em mm/min
ø 100
Lt = comp. percorrido em mm
Quando calculamos o tempo para executar uma únino desbaste, temos sempre que executar várias passadas. Logo temos que calcular vários comprimentos de
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o mundo da usinagem
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O primeiro passo será calcular o comprimento percorrido pela ferramenta para desbastar cada diâmetro. Para
car o valor do avanço em mm/rot pela rotação, então chegaremos a um valor de
isso usaremos uma profundidade de corte de 2,5 mm. a) Para desbastar o diâmetro de 60 mm necessitaremos dar 8 passadas, pois:
f) O tempo percorrido com a ferramenta usinando será: Tu = Lt / at Tu= 1440 / 286,5 Tu = tempo de usinagem
g) Levando em consideração que para darmos uma no-
passadas, teremos:
va passada é necessário recuar a ferramenta de um va-
120 x 8 =
lor igual ao comprimento usinado, podemos considerar que o comprimento percorrido em rápido (Lr) pela fer-
b) Usando o mesmo raciocínio e com a mesma profundidade de corte para o diâmetro de 40 mm, serão ne-
ramenta é o mesmo daquele percorrido em trabalho (Lt). Tr = Lr / ar
cessárias 4 passadas, gerando assim um comprimento 320 mm, pois:
Tr – tempo da ferr. em mov.rápido (sem usinagem)
Tr = 1440 / 5000
80 x 4 =
Lr = Lt
ar – avanço rápido
c) Para o diâmetro de 20 mm teremos 160 mm, pois:
h)
40 x 4 =
para desbastar a peça (Tu) e o tempo que ela gasta em deslocamento rápido (Tr), somos tentados a acreditar que basta somar esses dois valores. Para completarmos
”b” e ”c”, teremos:
a usinagem de uma peça, é necessário dar uma passada
Lt = 960+320+160
de acabamento. Para achar esse tempo gasto no acabanado (Pu) pelo valor do avanço de trabalho (at
Usaremos em nosso exemplo um avanço de trabalho (at) = 0,3 mm/rot. Como a fórmula de cálculo do tempo -
Pu = 40 + 10 + 40 + 10 + 40 + 20 Pu = 160 mm
T acab = 160/286.5
at = 286,5 mm/min
presso em mm/min, necessitaremos fazer a transformação necessária: multiplicar o avanço expresso em mm/rot
Com esses dados, podemos então determinar o tempo
pela rotação a ser usada (rpm). Para executar essa trans-
total gasto para se usinar a peça em questão:
formação, necessitaremos de alguns dados adicionais:
T total = Tu + Tr + T acab.
Dados adicionais:
Consideração sobre o método I
Vel. de corte (Vc) = 180 m/min Avanço rápido (ar) = 5 m/min Diâmetro médio = 60 mm
total percorrido, pois o exemplo que foi usado é relati-
Os valores de avanço rápido variam de máquina para máquina.
vamente simples, pois em cada diâmetro desbastado os
d) Com a fórmula
chegaremos a
um valor de N = 955 rot/min. e) Para obtermos o avanço em mm/min, basta multipliabril.2014/98
“Lt”, pois os valores de cada passada não são iguais. o mundo da usinagem
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produtividade
Método II – Teorema usando a área do cavaco removido Mostro, a seguir, um método inovador, extrema-
do pelo método tradicional. Usando os mesmos parâ-
de usinagem em um torno CNC, baseado na área do ca-
metros do método tradicional, podemos concluir que o
vaco a ser removida, que permite oferecer para o clien-
tempo será o mesmo.
te o custo da usinagem de uma peça em um tempo bas-
Obs.: As considerações para os cálculos de Tu, Tr e T acab.
tante reduzido, sem uso de software.
são as mesmas.
Esse método consiste em: A grande vantagem desse método é: a)
L” que a -
ferramenta percorre;
vas áreas (triângulo, retângulo, arcos de círculos, etc.). mais difícil será o cálculo do somatório dos valores de No exemplo dado, teremos 3 retângulos:
“L” usando o método tradicional e mais conveniente o uso do método aqui proposto; -
b) Calculando as áreas, teremos: S1 = 120 x 20 onde S1
2
S2 = 80 x 10 onde S2
2
S3 = 40 x 10 onde S3
St = 3.600 mm2
2
c) Considerar que a ferramenta irá dar apenas uma passada para desbastar a peça toda. Isso irá gerar um retânLt), porém a altura é igual à profundidade de corte e a sua área é
Ao invés de se preocupar em calcular os setores (1/4 de círculo), basta lembrar que um arco compensa o outro. Basta calcular
No nosso exemplo, teremos: 2
prof= 2,5 mm
Em resumo, a grande vantagem desse método é calcular o comprimento de Lt de maneira rápida, pois sabemos que essa variável é a mais difícil de encontrar
Lt
d) Como a área de um retângulo é base x altura, sendo a altura = 2,5 mm e a área = 3600 mm2 podemos achar o valor da base que é Lt. 16
o mundo da usinagem
usando o método tradicional. Ezio Zerbone Professor do Curso Técnico de Mecânica CEFET-RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro
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educação e tecnologia I
Patentes brasileiras, essas desconhecidas Patentes visam garantir que um inventor divulgue sua descoberta em benefício da sociedade, e, ao mesmo tempo, impedir que outros lucrem, economicamente,
O início do patenteamento no Brasil Entre nós, com o alvará régio de
com o resultado do seu gênio. A palavra patente foi inspirada no latim patere
guindava o estado brasileiro à quar-
“abrir para conhecimento”. Foi
ta nação do mundo a ter legislação
na Itália, mais propriamente na maram, a partir de 1450, as pri-
de uso de invenção, uso e posse de algo criado.
meiras patentes, para proteger as técnicas de fabricação de vidro.
sua corte ao Brasil, em 1808, fugindo
A importância de tal procedi-
da invasão de Portugal por Napo-
mento logo se alastrou e foi bem
-
estruturada na Inglaterra, sobre-
volvimento Econômico”, que previa
tudo durante a Revolução Indus-
sistema de incentivos ao desenvolvimento da tecnologia através de pa-
18
o mundo da usinagem
no século XVIII, somou a noção
tentes. Isso visava, basicamente, tra-
de “direito à propriedade intelec-
zer indústrias europeias – sobretudo
tual” àquela da obtenção de privi-
inglesas – para o Brasil.
légio econômico. No mundo con-
Grande marca de modernidade,
temporâneo, ambas estão irreme-
a medida, contudo, sufocava a in-
diavelmente ligadas.
dústria brasileira e privilegiava, claabril.2014/98
venção cai em domínio público, ou
volvidas, principalmente as da granPercebe-se, portanto, que o inInglaterra, berço da Revolução In-
ventor deve ser, também, um em-
dustrial. A primeira patente no Braapenas patentear suas ideias: ele deve buscar como materializá-las antes -
que caiam em domínio público.
quina que descascava os grãos do ca-
A Organização Mundial de Pro-
fé sem quebrá-los, movida por tração
priedade Intelectual (OMPI), com
animal ou por intermédio de água.
“
Segundo a OMPI, cerca de 70% das tecnologias no mundo têm sua patentes, o que torna essa documentação uma rica fonte de informações tecnológicas
“
ramente, as indústrias mais desen-
-
A questão de marcas e patentes os esforços globais para o patenteaa promulgação de nosso primeiro
mento de novas tecnologias, sob a
Código de Propriedade Industrial,
égide da Organização das Nações
-
Unidas (ONU), reunindo 186 nações como seus membros.
Além de inventar, registrar
das tecnologias no mundo têm sua divulgação exclusiva em patentes, o que torna essa documentação uma rica fonte de informações tecnoló-
A patente é um título de pro-
gicas. Há um crescimento anual de
priedade temporária sobre uma in-
600 mil documentos de patentes
venção, outorgada pelo Governo
registradas no mundo inteiro, tan-
Federal a seus inventores. Por ela,
to à Comissão de Patentes e Marcas
protegido e registrado. A validade
dos Estados Unidos, que possui um
do título é de 20 anos a partir da da-
acervo de quase 10 milhões de pa-
ta de registro. Após esse prazo, a in-
tentes concedidas.
abril.2014/98
o mundo da usinagem
19
educação e tecnologia I
“
Os direitos de patente podem ser adquiridos no Brasil somente por meio do registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial
No Brasil, a Lei de Propriedade
mo é o caso do brasileiro inventor
-
da comunicação por ondas magné-
belece que “Os direitos de patente
ticas, o padre gaúcho Roberto Lan-
podem ser adquiridos no Brasil so-
dell de Moura. Experimentados
mente por meio do registro no Ins-
-
tituto Nacional da Propriedade In-
-
dustrial (INPI). Os direitos de pa-
“
patente obtidos nos Estados Unidos não são reconhecidos no Brasil
tente obtidos nos Estados Unidos
-
não são reconhecidos no Brasil”. Es-
-
sa é uma norma presente em todas
ram patenteados tanto nos Estados
as agências reguladoras em todo o
-
locais têm condições de proteger as licenças que ele próprio oferece,
seu telégrafo foram patenteados
não podendo garantir as licenças obtidas em países estrangeiros.
-
vações foram imediatamente aceitas pela sociedade sem que seu inventor tivesse recebido qualquer
tam número baixo de registros de patentes brasileiras, sobretudo em rela-
reconhecimento por seu gênio, co-
ção a gigantes de inventividade como
Memorial descritivo de pedido da patente do Transmissor por Ondas no Brasil e desenho patente obtida nos Estados Unidos, do invento do padre Landell de Moura 20
o mundo da usinagem
abril.2014/98
Ranking de patentes por área (2001-2010)
2000
1500
1000
500
computadores
equipamentos elétricos industriais
eletrônicos automotivos
a China: 130 mil pedidos brasileiros
aplicação elétrica doméstica
produtos farmacêuticos naturais
recebeu 415 pedidos de registro da
contra 3 milhões de pedidos chineses
0
tecnologia da informação - e a análise do percentual de pedidos por
no decênio 2001-2010. Por mais que
-
o índice brasileiro pareça baixo, ele
versidade Federal de Minas Gerais.
cresceu 64% nesse período, sendo que
Contudo, enquanto o prazo de aná-
-
lise e concessão nos Estados Uni-
clínio de 25% e 30% respectivamente, segundo o índice mundial de paten-
processamento de alimentos (exceto peixe, carne, panificação)
áreas nos dá um claro quadro da inovação no Brasil. vação é responsável pelos avanços da sociedade, são os inventores, ho-
ultrapassa quatro anos, no Brasil chega a dez anos, fazendo com que
suas patentes?
O levantamento no Brasil, fei-
o INPI tenha uma média de 150 mil
O caso de Landell de Moura é tí-
to pelo Instituto Nacional da Pro-
pedidos acumulados, aguardando
pico. Ao pedir para testar seu trans-
priedade Industrial (INPI), aponta
análise, pois depende da contrata-
-
a importância de universidades e
ção de mais analistas.
informar que no decênio 2001-2010 abril.2014/98
municação duas naves da Marinha
Atualmente, a área que mais re-
Brasileira, o pedido foi negado, por
cebe pedidos de registro é a de TI -
o mundo da usinagem
21
educação e tecnologia I
Selo comemorativo de 150 anos do nascimento de Landell de Moura, em 2011. À direita, sua Telephotorama
da formação em física o levou para
ser enquadrada nessa categoria e o
além da radiofonia: ele é considera-
-
do precursor da televisão, por suas
As agências de fomento à pes-
guido por várias nações.
descobertas no campo da bioeletro-
-
-
des empresas, além das universida-
lephotorama”, que fotografava o halo de energia, invisível a olho nu, em -
Além de registrar, produzir
nimados. Apenas três décadas de-
des, têm contribuído para não apenas incentivar a inovação como, também, discutir e lapidar a mentalidade de respeito à criação intelectual.
envolvendo na discussão, procu-
A inovação caminha de mãos
apresentaria máquina semelhante.
rando resguardar os direitos de
dadas com a produtividade, e am-
Apenas em 2000 Landell de Moura
propriedade intelectual, inclusi-
bas, praticadas com ética, criarão
ve com apoio governamental. A
espaços de mútuo respeito entre o
maioria das universidades dispo-
inventor e a sociedade. Estamos no
nibiliza manuais de propriedade
limiar de transformações sociais e
É necessário, contudo, distinguir
intelectual e, no setor de manufa-
ambientais que nos empurram cada
como o respeito devido às patentes
tura, a ABIMAQ oferece, em seu
vez mais para a tentativa de com-
convive com a quebra de patentes
Núcleo de Apoio ao Patenteamen-
preender a relação que o ser huma-
de fármacos, que o Brasil liderou, em
to, inclusive on-line, um Manual de
no tem com o que cria e consome.
2005, em defesa da distribuição gra-
Propriedade Industrial, com o bási-
A inovação respeita o ambiente, a
co de direitos e normas vigentes. O
sustentabilidade, os recursos energé-
quebra de patente não foi ilegal, pois
próprio INPI orienta a apresentação
ticos e o ser humano. Inovar é a única
o artigo 71 da Lei de Patentes prevê
dos pedidos de registro de patente,
estrada capaz de garantir um futuro
a licença compulsória de princípios
embora existam consultorias espe-
para a humanidade.
ativos de medicamentos em casos de
cializadas que auxiliam na monta-
emergência. Tratando-se de epidemia
gem do processo, desde o memorial
72 anos depois de sua morte, e o no-
descritivo até os desenhos que de22
o mundo da usinagem
João Manoel S. Bezerra de Meneses Gestor Ambiental/Jornalista abril.2014/98
educação e tecnologia I
Patentes de interesse para o setor metalmecânico Ferro fundido vermicular de alta usinabilidade Patente I0105987
Cabeçote do Motor Zetec Rocam Patente I0010639-9
Wilson Luiz Guesser (Tupy
Fernando Barata de Paula Pinto, diretor de planejamento e controle da Maxion International Motores, recebeu o prêmio Henry Ford de Tecnologia em outubro de
A Tupy Fundições (SC), especialista em
2000. Ele é o único brasileiro agraciado duas vezes com a premiação de caráter
ferro fundido e ligas de aço, venceu o
internacional e a mais importante concedida pela Ford. O prêmio foi conquistado
prêmio Finep 2004 na categoria
pelo projeto da equipe de manufatura da Fundição do conjunto industrial da Ford,
Processo - Região Sul, com um processo
para os motores Zetec Rocam que equipam os veículos Ka, Fiesta e Escort. Em
de produção e controle de blocos e
1982, Fernando Barata conquistou a premiação com o desenvolvimento dos
cabeçotes em ferro fundido vermicular.
motores a álcool.
Os blocos e cabeçotes em ferro fundido aumentam o desempenho do motor de silencioso e menos poluente. O domínio
MAPV – Motor a álcool pré-vaporizado Patente I8402740-1
do novo processo, que demandou nove
Romeu Corsini
anos de pesquisa, possibilitou à Tupy
O professor e cientista Romeu Corsini, 82 anos, um dos “papas” do álcool e um
assinar com a Ford Motor Company o
dos pais do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), iniciado no Brasil na
primeiro contrato mundial para
década de 70 em função da primeira grande crise do petróleo, deposita toda a
automóveis, tornando-o mais leve,
fornecimento desses produtos em grande escala.
álcool pré-vaporizado), que faz 16 quilômetros com 1 litro de álcool.
Processo de dessulfuração do ferro-gusa Patente I9600173-9
Aço colorido Patente I9703991 Uma nova técnica limpa e econômica
Novo processo de dessulfuração do ferro-gusa e
pode minimizar os danos ao meio
adaptações em equipamentos da linha de
ambiente causados pela produção industrial de aço inoxidável colorido. A
do aço. O sistema é resultado de pesquisas do
nova técnica é única no Brasil e foi
Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e
desenvolvida na Fundação Centro
Cerâmica da Universidade Federal de São Carlos e,
Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).
além de reduzir o consumo de energia, utiliza resíduos da fabricação de alumínio, transformando rejeitos tóxicos em inertes. Fonte: www.redetec.org.br/inventabrasil/indexn.htm
24
o mundo da usinagem
abril.2014/98
negócios negócios da indústria da indústria II II
Energia eólica no Brasil: A questão energética tem estado entre as principais
biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no
preocupações tanto da população quanto de especialistas em questões ambientais. O apagão que atingiu
por meio das fontes alternativas, maior segurança no abastecimento de energia elétrica no Brasil.
população e trouxe certa insegurança quanto à efetivi-
O PROINFA não teve continuidade, porém a partir
dade do serviço. Numa metrópole tão importante, tais falhas trazem inquietações e questionamentos, princi-
de fato alavancou as eólicas.
palmente no que diz respeito à viabilidade de investimentos para a melhoria do sistema.
Panorama no Brasil
O Brasil se encontra entre os quatro maiores emissores de gases do efeito estufa, sem relação com a
O uso de energia originada de fontes naturais, além
energia produzida ou consumida no país mas sim de-
da capacidade de regeneração das fontes, gera um im-
vido ao desmatamento da Amazônia, que gera três
pacto bem menor ao meio ambiente. Esse tipo de ener-
vezes mais poluentes que as atividades industriais,
gia é uma alternativa viável e uma forte aliada, princi-
comerciais e serviços realizados no território nacional. O Brasil tem um grande potencial energético, e a maior parte vem de fontes renováveis. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável pela regulação do setor elétrico, tem trabalhado na criação de incentivos para a difusão da energia eólica no Brasil. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), criado no âmbito do Ministério de Minas e Energia (MME) pela nº 10.762, de 11 de novembro de 2003, visou aumentar a participação da energia elétrica produzida por em-
Divulgação
Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e revisado pela Lei
preendimentos concebidos com base em fontes eólica, 26
o mundo da usinagem
abril.2014/98
Localização dos Parques Eólicos Contratos: 259,2 MW
RR
Operação: 18 MW Construção: 105,6 MW
AP
Operação: 588,8 MW Construção: 612,9 MW Contratado: 750,9 MW
AM
MA
PA
CE
PB
PI AC
PE
BA
MT
Operação: 69 MW Operação: 24,8 MW Construção: 79 MW
AL SE
TO
RO
RN
Operação: 727,2 MW Construção: 1211,1 MW Contratado: 1014 MW
Operação: 34,5 MW
Operação: 504 MW Construção: 796,6 MW Contratado: 351 MW
DF
GO MG ES
MS SP
RJ
PR Operação: 460,0 MW Construção: 622,8 MW Contratado: 344 MW
Operação: 28,1 MW
Operação: 2,5 MW
SC
Operação: 236,4 MW
RS
Fonte: ANNEL/ABEEólica
Tecnologia avançada
palmente diante das constantes muSolar 0%
planeta enfrenta. Além das hidrelétricas, da energia solar e dos parques eólicos, contamos ainda com outras
Total: Operação: 2693,2 MW Construção: 3427 MW Contratado: 2719,1 MW
Eólica 2%
Nuclear 1%
A energia eólica é utilizada há milhares de anos para a moagem de
fontes alternativas, como a biomas-
grãos, o bombeamento d’água e ou-
sa que faz uso do bagaço da cana-
tras aplicações mecânicas, inclusive
-de-açúcar, a sobra da produção do
-
álcool e o biodiesel feito a partir da produtos que crescem no Nordeste. A produção de energia eólica
res de turbinas eólicas em operação
Térmica 28% Hidráulica 69%
por todo o mundo, para gerar, também, eletricidade. Para essa aplicação, as turbinas são descritas normal-
cresceu 73% em um ano na matriz
mente como sistema de conversão de
energética brasileira, sendo que ho-
energia eólica ou aerogeradores.
pacidade de energia elétrica disponível no Brasil. abril.2014/98
Potência Instalada - Brasil (MW) 2013
Os aerogeradores captam a força dos ventos pelas pás, ou hélices, que são ligadas a uma turbina, que o mundo da usinagem
27
negócios da indústria II
1500-2000 KW
Diâmetro rotor: 30-100m
2000-2500 KW
Diâmetro rotor: 100-115m
2500-3000 KW
Diâmetro rotor: 115-130m
>3000 KW
Diâmetro rotor: >130m
Fonte Atlas Eólico da Bahia, 2013
Dimensões tipicas das turbinas eólicas disponíveis no mercado atual, comparadas às da aeronave Airbus A380. gira e aciona um gerador de eletri-
do mercado de geração de energia
cidade. A velocidade dos ventos, a
elétrica eólica provém também dos
densidade do ar e a dimensão das
acentuados avanços na tecnologia
instalações de energia eólica
pás são os fatores que determinam
dos geradores elétricos, cada vez
re (marítima), embora ainda não
a quantidade de energia transferida
na geração de energia renovável. É possível também construir -
exista, no Brasil, esse tipo de gera-
da turbina ao gerador.
-
ção. Há alguns anos, o estado do
A estimativa do potencial eólico
tem no mercado turbinas eólicas
-
consiste na determinação da produ-
com uma potência nominal de até
rar energia em alto-mar, por estar
tividade de uma turbina eólica insta-
-
próximo à linha do Equador, onde
lada em um determinado local a par-
bem-se as dimensões das turbinas
existem os ventos alísios, origina-
tir do uso da série de dados medidos
disponíveis no mercado mundial,
dos pelos deslocamentos das mas-
ou do uso dos dados representados
comparadas com as de um Airbus
sas de ar frio das zonas de alta (tró-
em uma forma compacta. Para um
A380 – maior avião de passageiros
picos) para as zonas de baixa pres-
mesmo local, a velocidade do vento
da atualidade.
são (Equador). Esse potencial é o
varia com a altura acima do nível do terreno pelo menos até os níveis de potência do vento depende da área
mesmo de outros estados brasileina Bahia, é o maior parque gerador de energia eólica da América Lati-
A capacidade dos parques eóli-
na. Possui 184 torres capazes de ge-
cos marítimos é, teoricamente, ili-
de captação, sendo que pequenas va-
mitada, pela menor turbulência,
riações do vento podem ocasionar
devida à ausência de barreiras, e à
grandes alterações na potência.
na matriz eólica do país. O com-
grande disponibilidade de grandes áreas ainda não exploradas. Assim,
ABEEólica, estima-se que para os
2012, nos municípios de Caetité,
pela ausência de relevo acidentado,
próximos seis anos o potencial eó-
Guanambi e Igaporã, no sudoeste
as turbinas não necessitam de altu-
lico do Brasil deva aumentar cer-
-
ras tão grandes quanto as terrestres.
ca de 300%. O intenso crescimento
va Energia, empresa especializada
Em contrapartida, essa tecnologia
28
o mundo da usinagem
abril.2014/98
tem custos de instalação e manutenção bem mais elevados, por sua
do nosso país para a geração eólica , mas essa é uma realidade ainda distante, pois se trata de um sistema oneroso, se comparado às instalações onshore (em terra). Os países que procuram essa geração são aqueles de pequena extensão territorial e/ou que não possuem espaço disponível, o que não é o caso do Brasil.
Principais Parques Eólicos no Brasil Complexo Eólico Alto Sertão I: localizado no semiárido baiano, é o maior parque gerador de energia eólica do Brasil e também da América Latina. As 184 torres geram 294 MW de energia (cerca de 30% de toda a energia eólica no Brasil). Inaugurado em junho de 2012, o complexo pertence à empresa Renova Energia e teve investimento de 1,2 bilhão de reais.
Parque Eólico de Osório: instalado no município gaúcho de Osório, é o segundo maior centro de geração de energia eólica no Brasil, com capacidade instalada de 150 MW em 2011.
Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: instalada na cidade de Camocim (Ceará). Possui a capacidade instalada de 104 MW.
Desafios e oportunidades mas do setor está no fator imprescindível da distribuição. No Nordeste brasileiro, região que concentra as condições ideais para a tos estão concluídos para a produção de energia, mas, para que ela chegue aos consumidores, depende-se das redes de transmissão,
Parque Eólico Alegria: instalado na cidade de Guamaré (Rio Grande do Norte). Possui a capacidade instalada de 51 MW.
Parque Eólico do Rio de Fogo: instalado na cidade de Rio do Fogo (Rio Grande do Norte). Possui capacidade instalada de 41 MW.
Parque Eólico Eco Energy: instalado na cidade de Beberibe (Ceará). Possui capacidade instalada de 25 MW.
que não são de responsabilidade das geradoras que mantêm os parcom a falta de linhas de transmissão, os parques geradores, entregues no prazo acordado, recebem do governo federal o devido pagamento contratual, mesmo sem gerar energia.
abril.2014/98
Divulgação
Praia Mansa, em Fortaleza, tem o parque eólico mais antigo do Ceará o mundo da usinagem
29
negócios da indústria II
A necessidade de construção das linhas de transmissão sincroni-
Atlas do Potencial Eólico Brasileiro
zada com a construção do parque é parte do debate do setor.
Impactos ambientais ambientais e territoriais que a energia eólica enfrenta. Por exemplo, os impactos sobre a fauna quanto à localização dos parques em regiões de migrações das aves, pois as pás das turbinas em movimento provocam grande mortandade, por serem invisíveis aos animais. É necessário, portanto, uma imensa atenção com a colocação das torres no parque, de modo a evitar colisão das aves. Isso é possível porque a altura do voo
Fonte: ANEEL
das aves é bastante constante e perfeitamente conhecida dos ornitólo-
ristas e, consequentemente, a gera-
rísticas naturais do território brasilei-
gos, biólogos que as estudam.
ção de emprego e renda.
ro, as fontes de energia mais atrativas, com maior potencial de crescimento e
variando segundo as percepções. consideração as sombras e/ou re-
Considerações finais
possibilidades de viabilidade econômica, são a solar, a biomassa e a eólica. A produção de energia renovável
-
Com os leilões realizados no últi-
mas, diante do positivo avanço tecno-
sidenciais. Além disso, devido ao
mo ano para a contratação de energia
lógico contra a degradação ambiental
-
alternativa, a eólica superou a meta de
e o consumo desordenado, torna-se
palmente pelas turbinas de grande
2 GW, com 4,7 GW de potência con-
imprescindível a discussão da amplia-
porte, foram regulamentadas nor-
tratada, sendo 2013 considerado um
ção desse mercado, que oferece pers-
mas para instalação nas proximi-
ano recorde. “Foi um ano em que a
pectiva de grandes oportunidades.
dades de áreas residenciais, embo-
eólica cresceu muito em contratação.
ra os avanços tecnológicos tenham mentos mais modernos.
pode contar”, comemora Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira
Em contrapartida, a paisagem
de Energia Eólica (ABEEólica). Nes-
dos parques eólicos pode atrair tu-
se contexto, de acordo com as caracte-
30
o mundo da usinagem
Eng. Rogério Vinícius Lelis Serviços ao cliente, Sandvik Coromant do Brasil Pós-graduando em Energias Renováveis, PECE/Escola Politécnica - USP abril.2014/98
conhecendo um pouco mais
A (r)evolução das máquinas Da Mesopotâmia à Revolução Industrial, a história das máquinas operatrizes é mais antiga do que parece Mecanizar processos manuais sempre foi um dese-
sem a presença das máquinas operatrizes. Mas, apesar de ser um ícone da nossa era, sua origem remonta às primeiras civilizações. Povos da Mesopotâ-
tempo, o metal foi ganhando cada vez mais importância
Universidade de Houston- EUA
-
Esquema da máquina a vapor de Watts
e novas técnicas e ferramentas foram surgindo. O primeiro mecanismo considerado uma máquina-ferramenta data do século XVI: uma mandriladora de
as principais máquinas operatrizes conhecidas (torno
canhões de bronze movida à água. O eixo giratório do
-
equipamento era feito de madeira, a partir de troncos de árvore, daí o nome eixo-árvore. Todavia, máquinas
utilizadas em larga escala. Elas possibilitaram um enor-
capazes de moldar metais pesados só começaram a sur-
tivamente os custos dos produtos, mudando drastica-
gir dois séculos depois, com a Revolução Industrial.
mente a dinâmica da economia e da sociedade. máquinas utilizando o mecanismo de um pistão para nho para a invenção das primeiras máquinas operatri-
Nas décadas seguintes uma nova revolução iria surgir
zes modernas. No caso do torno mecânico, as primeiras
com o advento da eletrônica. Essa é uma outra história
referências de sua criação remetem à “máquina de bro-
que contaremos em breve e que vale a pena conhecer.
Tratava-se de uma máquina que, apesar de sua simplicidade, fazia furos de qualidade superior em metal. abril.2014/98
Fernando Sacco Jornalista o mundo da usinagem
31
educação e tecnologia II
Sandvik Coromant Academy: compartilhando conhecimento A partir de uma aciaria em Sandviken, na Suécia, construiu-se uma tradicional fábrica de conhecimento.
Há mais de 150 anos, Göran Gö-
que tem acompanhado a cultura da empresa é o compartilhamento
pela primeira vez o método Bessemer para produzir aço em escala
empresa acredita que compartilhar conhecimento a fortalece, por obri-
das soluções para a indústria metal-
gá-la a estar cada vez mais bem pre-
mecânica, o relacionamento próxi-
parada.
mo ao cliente, as grandes conquis-
As fronteiras deixaram de ser
tas tecnológicas, sempre tiveram,
uma barreira e a sinergia entre as es-
na empresa, um ponto de partida e
pecialidades são compartilhadas en-
de apoio. Outro grande diferencial
tre instrutores, pesquisadores e especialistas de cada área no mundo todo. de dedicação à preparação de pro-
mercado, que está cada dia mais dinâmico e complexo. Nesta linha, o treinamento da equipe e dos clientes vai muito além das técnicas de aplicação de ferramentas e economia de custos, exigências básicas nos dias sólidas, com professores doutores da área de usinagem de renomadas universidades. Com isso, por mais AB Sandvik Coromant
de uma década, vem sendo unida a
32
experiência de campo dos especialistas Coromant ao conhecimento aca-
o mundo da usinagem
abril.2014/98
“
Com a evolução da estrutura global nessa área, a adoção, em 2006, do termo Academia, marcava com clareza a seriedade do empenho na capacitação técnica dos usuários das ferramentas Coromant.
a Sandvik Coromant Academy também oferece cursos sobre negócios, que ajudam de nossas equipes de maneira que podemos melhor entender
nar, que herdamos dos gregos clásdizado onde a discussão e o diálogo
nossos clientes
estão na base da gestão de novos conhecimentos.
John Jacobsen
“
A Academia é o conceito bimile-
romant para oferecer o Treinamento Certo, para as Pessoas Certas, no Tempo Certo e no Local Certo.
cientes das vantagens agregadas à
O Treinamento Certo é uma
nova tecnologia e à produtividade
combinação de treinamento técnico
que esses produtos oferecem. Nos
com treinamento para negócios. A
últimos anos, por exemplo, viu-se o crescimento do setor de energia eó-
a desenvolver a competência téc-
lica e de novos materiais compósi-
nica dos colaboradores, clientes e parceiros da Coromant, garantin-
tem se adaptado rapidamente a essas mudanças, providenciando ma-
com a maximização da produtivi-
terial de treinamento e cursos que
dade e valor agregados aos produ-
Equipe de treinamento do Centro de Produtividade em Santo Amaro-SP. Da esquerda para a direita: Rodrigo Andrade, Thayna Cunha, Aldeci Santos e Plínio Pires
tos e serviços disponibilizados pela Coromant.
As Pessoas Certas incluem todos os colaboradores, todos os clientes e parceiros da Coromant, bem como estudantes de cursos técnicos e de universidades. atualizados com a tecnologia, com as oportunidades de mercado e com as necessidades das pessoas. A res de novos produtos a cada ano e esforça-se para ter certeza de que seus colaboradores e clientes estão abril.2014/98
Arquivo Sandvik Coromant do Brasil
O Tempo Certo inclui estar
o mundo da usinagem
33
educação e tecnologia II
auxiliam clientes e colaboradores a
parceiros da Coromant possam ter a
aprenderem como acompanhar es-
oportunidade de extrair os melhores
entre alunos, professores e clientes.
sas novas oportunidades, não im-
resultados de seus processos de usi-
No âmbito de treinamento geral,
-
nagem, com a máxima redução de
incluindo a atuação também da re-
seus custos e consequente criação de
de de distribuidores autorizados, o
sua própria cultura técnica.
número médio de pessoas treinadas
as carreiras.
O Lugar Certo os treinamentos estão disponíveis
A estrutura de cada Centro de
quando as pessoas precisam apren-
Produtividade oferece demonstra-
der o que precisam aprender, ou
ções práticas, testes de ferramentas
quando querem aprender o que
em determinados processos, como
entidades, com participação da em-
querem aprender, tanto nos Cen-
a geração de engrenagem em má-
presa nas semanas de tecnologia,
tros de Produtividade como nas
quinas multitarefas, a busca de so-
da indústria, engenharia e demais
plantas dos clientes e nas escolas,
-
eventos do setor, em escolas técni-
colocando os alunos mais próximos
cessários aos clientes, testes de no-
cas e faculdades, são mais uma por-
da realidade da indústria.
vas ferramentas, estratégias de cor-
ta aberta para troca de experências
te, entre outros.
e conhecimento. Cursos e palestras
por ano chega a 7.000. Atividades nas regiões onde es-
No Brasil, o Centro de Produti-
técnicas são oferecidos de maneira
vidade conta com uma área cons-
presencial ou virtual, via Internet.
-
truída de 400m , com máquinas de
Eles não estão direcionados apenas
tada para atender essa demanda de
última geração e sala de aula para
a empresas, mas a qualquer entida-
formação em que o aperfeiçoamen-
35 pessoas. Além disso, outras salas
de, que de uma maneira ou de outra
to técnico é fruto da interação, com
na planta podem receber grupos de
27 Centros de Produtividade Co-
até 100 pessoas.
Na prática
2
romant ao redor do mundo, com a
Essa estrutura tem recebido
missão de tratar o conhecimento téc-
cerca de 2.000 visitantes por ano à
nico de tal maneira que clientes e
planta de fabricação de pastilhas
além de contemplar as necessidades mercado e do próprio pessoal interno, tem atuado também como uma ferramenta de apoio à área acadêmica. Os materiais de treinamento são disponibilizados aos professores e alunos, como referência adequada para as aulas: apresentações em ppt, vídeos de usinagem, materiais para produção de impressos como pôs-
Arquivo Sandvik Coromant do Brasil
teres didáticos e apostilas. Esse ma-
Centro de Produtividade Sandvik Coromant Santo Amaro-SP 34
o mundo da usinagem
abril.2014/98
E-learning - conhecimento sem fronteiras A mobilidade também é um fator que tem uma grande mos aprender na palma da mão. A Sandvik Coromant Academy lançou recentemente no mercado o que pode ser considerado um grande apoio para quem tem interesse em aperfeiçoar-se na área de via Internet (EAD), muito didático e totalmente gratuito. Trata-se do pacote de cursos on-line para o mercado mundial. Cursos que serão de grande utilidade para os mais exdas engenharias, para professores, alunos e todos que de alguma maneira interagem dentro dessa área. O treinamento e-learning da Sandvik Coromant Academy
:: Guia técnico completo com 360 páginas de teoria :: 9 capítulos :: 75 cursos :: 18 introduções e resumos com vídeos
AB Sandvik Coromant
:: 50 questões para comprovação de aproveitamento :: conclusão de todo o programa. Para isso basta acessar o site www.sandvik.coromant.com/br
terial, usado como ponto de partida
sileiras tenham a produtividade e a
didático, sugere e encadeia a busca
competitividade ideal para se man-
por maior aperfeiçoamento.
ter à frente no cenário mundial. -
O que norteia a Sandvik Coro-
-
mant Academy é a certeza que a me-
vik Coromant tem em compartilhar
lhor maneira de crescimento mútuo
seu conhecimento com o mercado,
é compartilhando conhecimento.
sob a luz da ética de que seu conhecimento, compartilhado, é o caminho para garantir que as empresas braabril.2014/98
John Jacobsen Gerente sênior Sandvik Coromant Academy, Área de Mercado Américas Aldeci Santos Supervisor de treinamento técnico e do Centro de Produtividade Sandvik Coromant do Brasil o mundo da usinagem
35
nossa parcela de responsabilidade
A responsabilidade da comunicação Comunicação fez a diferença desde os primórdios na nossa espécie, quem se comunicou melhor, evoluiu e sobreviveu. O século XX viu as mais aceleradas mudanças em termos de comunicações na história da humatumamos a um novo sistema, a
Vivian Camargo
-
“
“
A responsabilidade de sermos compreendidos é enorme e, claro, toda nossa.
geral, a sociedade vem acompanhando a mudança, com enorme aceleração do ritmo de decisões e concretizações. Nesse quadro, o inglês tornou-se a língua das comunicações e a globalização das empresas, com deslocamentos de funciomais a fazer dela a maior ferramenta de trabalho do mundo atual. Cursos de inglês proliferam em cidades grandes e pequenas, até mesmo para crianças que ainda não falam a língua-mãe. O inglês é exigido em seleções para colocações até mesmo modestas e empresas globais anunciam
um ponto positivo no desenrolar das atividades, enorme facilitador para leitura de catálogos, normas técnicas, procedimenve obscurecer a importância do aprendizado de outras línguas, sobretudo aquelas de nossa própria raiz cultural, chamadas neolatinas: o espanhol, o italiano e o francês. Pois para além do inglês técnico, a co36
o mundo da usinagem
municação entre as pessoas, no ambiente de trabalho global, tem importância indiscutível. Por outro lado sem querer exigir demais para uma área técnica como a metalmecânica, o alemão faria toda a diferença, tendo em vista que as normas técnicas mais usadas estão nesse idioma. A vivência da cultura do país onde se trabalhará provisoriamente é um dos enormes benefícios pessoais no atual sistema econômico. Limitar-se a falar inglês no ambiente de trabalho e depois sair pelas ruas da Espanha, sem falar o idioma, é outra cultura e de compreender os nacionais do país hospedeiro. Também devem ser levados em conta, ao decidir-se por aprender o castelhano, os negócios e os países que nos cercam. Podemos até achar graça do “portunhol”, mas se pararmos para pensar, veremos que o esforço requelíngua tão parecida com a nossa, não é assim tão grande. Embora existam uma economia de características globais, empresas globais e produtos globais, não existe um homem global. Apenas a capacidade de comunicar-se claramente enfatiza o que existe de bom e suaviza possíveis desentendimentos. Falar outros idiomas abre portas, encurta caminhos, além de dar muito prazer de entender e ser entendido. A responsabilidade de sermos compreendidos é enorme e, claro, toda nossa. Marcos Soto Gerente técnico de Ferramentas Rotativas Sandvik Coromant do Brasil abril.2014/98
98 Anunciantes nesta edição
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AM - Manaus NIARTHEC Tel.: 92 3236-2057
RJ - Rio de Janeiro MACHFER Tel: 21 3882-9600
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BA - Lauro de Freitas SINAFERRMAQ Tel: 71 3379-5653
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