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George Dayle/Guettyimages

EDITORIAL

Ah! Se me dessem o poder, ainda que por um dia... Se eu tivesse prestígio e me tornasse prioridade.. Decretaria o fim do desperdício.. A redenção do óbvio pela partilha tecnológica.... Eu que nem aprendiz sou... Pelo menos, se os orçamentos me contemplassem.. Eu seria um balão a sobrevoar o mundo... Minha vida? Seria um carnaval movido a smart machine...

O Mundo da Usinagem

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O MUNDO DA

USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

EDIÇÃO 3 / 2007

USINAGEM

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

Um questionamento sobre projeções lineares SENAI MÁRIO AMATO:

Aprendizes equacionam armazenamento de pastilhas

Capa Foto: Arquivo Sandvik Coromant AB

A ECONOMIA DO ÓBVIO

Redução de custos por meio de pequenas ações

Lu Fernandes/www.360graus.com.br

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO: REDUÇÃO DE CUSTOS POR MEIO DE PEQUENAS AÇÕES 14 INTERFACE: SENAI MÁRIO AMATO 18 PONTO DE VISTA 22 SUPRIMENTOS: SOFTWARE AUTOTAS 28 OTS: MIKRON 32 INTERESSANTE SABER 38 OTS: CROSS HUELLER 40 DESTAQUES 44 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 45 MOVIMENTO 46 DICAS ÚTEIS

Sandvik Coromant AB

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Izilda França

ÍNDICE

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O MUNDO DA

e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 11.700 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Nivaldo Coppini, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Aryoldo Machado, Anselmo Diniz, Sidney Harb, Fernando de Oliveira e Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Type Brasil

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O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

Racionalização de custos:

pensar econômico Na maioria das vezes os usuários finais das ferramentas de corte não têm idéia do seu valor de mercado ou supõem que tenham custo desprezível e, por essa razão, costumam não dar muita atenção para o seu total aproveitamento.

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O Mundo da Usinagem

comum encontrar no lixo pastilhas que não tiveram todas as suas arestas de corte devidamente utilizadas, o que contribui para o aumento dos custos com ferramentas e paradas de máquinas. Se uma determinada empresa tem um consumo mensal de 1.000 pastilhas de metal duro e, com uma melhoria de processo consegue aumentar o rendimento das mesmas em 10%, ela obtém uma significativa economia nos custos com ferramentas e usinagem. Em decorrência disto, mantendo-se o mesmo volume de produção, ao invés de 1000, esta empresa daria conta de todo o serviço com 900, economizando então 100 pastilhas ao mês. Supondo-se que o preço médio de uma pastilha seja US$ 5,00, a economia direta em consumo de pastilhas seria de US$ 500,00 por mês (100 X US$ 5,00 = US$ 500,00), mas haveria também uma importante economia indireta. Suponha que a pastilha em questão seja uma TNMG que possui seis arestas. Apesar de saber que nem sempre há um aproveitamen-

É

to de 100% de todas estas arestas (devido a possíveis avarias que podem ocorrer no percurso da usinagem) e eliminarmos alguma delas, para efeito de cálculo, podemos dizer que economizar 100 pastilhas é o mesmo que economizar 600 arestas (100 X 6 arestas). A menos que a máquina trabalhe com dois jogos de ferramentas e a substituição de arestas seja feita fora da máquina, sem interrupção do ciclo produtivo, a cada aresta corresponde normalmente uma parada de máquina ou no mínimo um tempo de set-up (montagem, ajuste e alinhamento) da nova aresta no porta-ferramentas. Sempre que se pára uma máquina para troca de ferramentas ou indexação da pastilha (giro da pastilha para utilização da aresta subsequente) consome-se um determinado tempo, que varia de acordo com a habilidade e o ânimo de cada operador, além da influência do grau de dificuldade de se desmontar e montar a nova pastilha ou aresta, em função do sistema de fixação da mesma e tam-


produtividade gere uma economia adicional de mais US$ 1.000,00 à já mencionada economia direta de US$ 500, 00. Ao longo de um ano essa economia poderia chegar a US$ 18.000,00, soma significativa em tempos de alta competitividade e grande necessidade de redução de custos. Em decorrência do acima mencionado, resta saber o quanto é possível se aumentar o rendimento de uma pastilha em 10%. É sa-

bido que uma simples alteração da classe, da geometria, do raio de ponta ou dos parâmetros de corte, podem promover melhorias bastante superiores a 10%, dependendo do quão otimizada está uma determinada operação. Há ainda um outro fator para o qual se deve chamar a atenção e que pode contribuir para melhorias de igual ou superior significância. Mesmo que a necessidade de ser mais competitivo teReprodução/2 Estúdio Gráfico

bém da fixação do porta-ferramentas na máquina. Quanto mais precisa e bem acabada se desejar a peça, o tempo para se retomar ao processo é mais demorado após a parada para a respectiva troca, pois costumase fazer ajustes mais finos depois da mencionada troca. Por esta razão, é possível que, em muitos casos, uma troca de ferramentas possa consumir até 10 minutos, embora, nesse estudo seja considerado o tempo médio de 2 minutos para tal serviço. Desta forma, uma economia de 600 arestas em um mês, significa uma economia de 600 paradas, que possivelmente totalizariam 1.200 minutos, ou seja, aproximadamente 20 horas de máquina parada por mês que deixariam de ocorrer (600 3 2 min = 1.200 min 4 60 = 20 horas). Se as máquinas pudessem trabalhar 20 horas a mais por mês, a produtividade e o custo-máquina seriam afetados, multiplicando-se o efeito benéfico do aumento do rendimento da ferramenta. É comum que um aumento de 10 % no rendimento da aresta proporcione uma redução ainda maior nos custos totais de usinagem, embora o efeito direto só será percebido em operações que constituam gargalos de produção. Embora não se tenha a intenção de fazer uma análise detalhada das reduções de custos proporcionada pelo aumento de 10% no rendimento de uma aresta de corte, considere que tal aumento de

O martelamento da aresta inferior pelo cavaco pode causar avarias

O Mundo da Usinagem

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Caio Caruso

Utilização racional das arestas de corte nha crescido com o aumento da concorrência devido à abertura e globalização do mercado e que isso tenha forçado muitas empresas a serem mais criteriosas e exigentes quanto ao máximo aproveitamento das ferramentas na produção, é muito comum encontrar pastilhas mal utilizadas ou ainda com arestas boas, sem uso, já descartadas para o lixo. É importante, portanto, ressaltar as conseqüências desse ato. Quando se atira ao lixo uma pastilha de 4 arestas com uma aresta boa, sem uso, joga-se fora no mínimo 25% do seu rendimento. 25%

Quando se descarta uma pastilha de 3 arestas com uma aresta sem uso, descarta-se junto com ela 33,33% do seu rendimento. Estes potenciais de rendimento são ilustrados na figura abaixo. Isso se considerarmos que daquelas arestas que foram utilizadas tirou-se o máximo proveito possível, pois caso contrário a perda será ainda maior. Ora, se 10% de aumento de rendimento de uma pastilha pode gerar economias tão importantes, a somatória do que poderia render 25 ou 33 % de suas capacidades 33%

Representatividade do potencial de rendimento em função do número de arestas da pastilha. 8

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Caio Caruso

não utilizadas podem gerar economias muito maiores. É razoável acreditar que boa parte da competitividade das empresas brasileiras de usinagem seja, ainda hoje, atirada ao lixo devido ao desperdício. Falta conscientização da mão-deobra direta e indireta das empresas de usinagem. É importante que todos os envolvidos direta ou indiretamente com as ferramentas estejam conscientes do seu custo e dos benefícios gerados pela maximização do seu aproveitamento. Estudos demonstraram que a concientização dos operadores, demonstrando a situação de sub-utilização das pastilhas de metal duro em sua área, faz com que estes sejam mais atenciosos, diminuindo assim o desperdício com pastilhas descartadas sem utilização. Além disso, as pastilhas gastas em operações de acabamento podem, posteriormente, ser utilizadas em operações de desbaste, pois nesses casos admitem-se desgastes maiores, uma vez que em desbas10 O Mundo da Usinagem

Utilização secundária das arestas de corte te a qualidade do acabamento não é determinante. Isto é recomendável principalmente quando for possível a variação do ângulo de posição para um ângulo mais favorável ao desbaste, e desde que a geometria de corte permita um bom controle do fluxo de cavacos na operação mais pesada também. Um exemplo desta situação ocorre quando a pastilha trabalhou em acabamento com ângulo de posição de 90o e depois pode ser montada a 75o para o desbaste. Muitas vezes as operações de acabamento gastam a região do raio da pastilha enquanto a região posterior ao raio está intacta e, portanto, poderia ser utilizada com um ângulo menor para operações de chanframentos ou desbastes. Há ainda mais um cuidado relativo ao aproveitamento das arestas, o armazenamento. Ocorre que muitas vezes os operadores retiram as pastilhas de suas embalagens, geralmente caixinhas de plástico com



alojamentos individuais, embalagens essas também excelentes para guardar anzóis, segundo pescadores, e as colocam em algum outro recipiente, como latas ou caixinhas de madeira, ou mesmo no fundo das gavetas dos armários das máquinas, deixando-as amontoadas. Quando operadores procedem dessa maneira, as pastilhas ficam amontoadas uma sobre as outras e a cada movimento de se sacudir a lata ou caixa de madeira, ou a cada abrir e fechar da gaveta do armário, as pastilhas se chocam umas contra as outras, causando avarias no fio de corte que por si só já prejudicam o rendimento máximo das mesmas. As pastilhas devem permacer em suas embalagens sempre que não estiverem em uso, pois as respectivas embalagens fo-

ram projetadas para protegê-las de chocarem-se umas contra as outras, assim livrando-as de avarias desnecessárias que poriam em risco o seu máximo rendimento. INDEXAÇÃO DAS ARESTAS É comum as arestas serem indexadas sem nenhum critério por parte de preparadores e operadores de máquina, contudo, a experiência tem mostrado que, ao se indexar uma pastilha (girar em torno de si mesma ou até trocar de face no caso de bifaciais) em busca de uma nova aresta, é importante verificar se a nova aresta não foi afetada pela ação dos cavacos na operação anterior. É comum que o cavaco que se está formando bata em alguma aresta livre e provoque

avarias antes mesmo que tal aresta seja posta em uso. Este tema, obviamente, não é novidade, para especialistas e empresas que primam pelo investimento em conscientização e treinamento do pessoal envolvido diretamente com troca de ferramentas. Contudo, existem ações muito simples que podem gerar grandes economias e, sendo assim, de tempos em tempos, não custa lembrar pois, afinal, se há veteranos no assunto, há também muitos iniciantes que podem lucrar se desde cedo entenderem a importância de pensar economicamente. Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento da Sandvik Coromant do Brasil



Izilda França

INTERFACE

Durante o curso, os alunos aprenderam também que um projeto sofre alterações para tornar-se mais competitivo.

Economia de espaço Estocar pastilhas de metal duro é uma necessidade que toda empresa que trabalha com usinagem tem. No caso de distribuidores de ferramentas chega a ocupar 60% do espaço disponível dos almoxarifados.

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ecentemente, no entanto, um projeto desenvolvido pelo Senai em parceria com um fornecedor de ferramentas possibilitou uma economia de até 40% do espaço necessário, graças ao design dos novos displays porta-caixa de pastilhas, que podem substituir com vantagem os de madeira que são usualmente aplicados neste tipo de armazenamento. Os novos displays são injetados em poliestireno de alto impacto (PSAI) com tecnologia de bico quente. O projeto consumiu cerca de 700 horas de trabalho e foi totalmente desenvolvido por um grupo de quatro alunos do curso de Ferramentaria de Moldes Plásticos, da Escola Senai Mário Amato, de São Bernardo do Campo-SP. Conforme Michel Simão de Car-

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valho, instrutor de ensino que orientou o grupo, o PSAI é um material comum, muito utilizado para produzir a parte externa de aparelhos de TV, microcomputadores, impressoras, revestimentos internos de geladeiras e outros. O material foi escolhido por apresentar leveza e resistência mecânica capaz de acondicionar as caixas de pastilhas num almoxarifado. Outro aspecto é o ecológico: o PSAI é totalmente reciclável e, ao substituir a madeira dos displays atualmente em uso, evita-se a derrubada de florestas para a sua produção. O novo display caracteriza-se pela funcionalidade: modular, com encaixes em todas as faces, exceto na frontal, pode ser empilhado e/ou encaixado lateralmente até o limite do espaço dos armários de


APRENDIZADO Para o desenvolvimento do projeto, a empresa interessada procurou a Escola Senai Mário Amato, no intuito de incentivar a formação de novos talentos. O desafio foi lançado em sala de aula para os alunos que iniciavam em 2006 o Curso de Ferramentaria de Moldes para Plásticos. O trabalho proporcionou uma experiência ímpar aos alunos. Para chegar ao produto, tiveram de utilizar as mais variadas ferramentas, como sistemas de CAM e CAD 2D e 3D, fazer lista de materiais, aprender técnicas de usinagem e a utilizar sistemas de prototipagem rápida – o protótipo funcional foi feito com a aplicação da técnica da estereolitografia. Durante o curso, os alunos aprenderam também que um projeto sofre alterações para tornar-se mais competitivo. Embora o cliente não tivesse imposto nenhuma limitação, era patente a necessidade de um produto simples, funcio-

Izilda França

um almoxarifado. É possível também encaixá-los pela parte posterior. Conta com uma rampa para facilitar a retirada das caixas de pastilhas, e também podem ser divididos de maneira que possam acomodar adequadamente variados tamanhos de caixas de pastilhas. A utilização das cores verde, amarelo e vermelho, agiliza o gerenciamento e facilita a identificação dos níveis de estoque, contribuindo para a adequação ótima das rotinas de suprimentos e a manutenção mais precisa da segurança de entrega. Além disso, as caixas injetadas têm um custo muito menor do que suas correspondentes em madeira.

O grupo provou que sabe o que é organização. A CoroBox serve para tornar o almoxarifado mais racional, simples e muito bem organizado. nal e econômico. Tudo isso foi conseguido, mas para isso foram centenas de horas de trabalho e correções de rota. Os croquis iniciais apontavam para necessidade de ferramental complexo ou para a confecção de vários moldes, encarecendo a produção. Assim, foi preciso simplificar ao máximo o projeto. Hoje, bastam dois conjuntos de matriz e macho para produzir uma dessas caixas, um para o corpo da peça e outro para a rampa e divisória. Além de utilizar as ferramentas, os alunos tiveram principalmente que aprender a conviver e a trabalhar em equipe, valorizando os talentos individuais para atingir um objetivo comum. “Na verdade, aprendemos a nos ajudar. Quem tivesse alguma dificuldade recebia o auxílio de outros para solucionar o problema”, conta Felipe Gustavo Perdão, de 18 anos, que adora eletrônica. Considerado “fera” em CAD, conquistou emprego num fabricante de porta-ferramentas, para atuar na área. “Trabalho com

sistema CAD. É claro que preciso me aperfeiçoar, mas o que aprendi participando do projeto foi muito importante”, conta. Felipe havia prestado o exame vestibular para ingressar na Fatec. “Estou otimista”, disse à época da entrevista para O Mundo da Usinagem. Hugo Fernando Araújo também tem a mesma idade. Apaixonado por desenho artístico, colaborou muito no design, mas seu olhar é um pouco diferente, até porque adora também a operação de máquinas-ferramenta. Fará o curso Técnico de Plástico. Seu sonho, desenvolver projetos, considerando os equipamentos disponíveis. Deseja estudar de dia e trabalhar à noite. Felipe Henrique Ribeiro também tem 18 anos. Trabalha há dois anos e está de emprego novo: será meio-oficial de ferramenteiro. Sua experiência profissional foi essencial para o bom andamento do projeto. “Quando começamos não tínhamos noção do que era fazer um molde. Queríamos fazer coisas muito sofisticadas”, recorda. “Aprendi O Mundo da Usinagem 15


Vai cursar engenharia de produção na FEI: “Agora quero encontrar um emprego para pagar a faculdade”. Todos membros do grupo, à exceção de André, se assumem como pouco organizados. Mas todos garantem que sabem o que é organização e são capazes de colocar ordem em qualquer ambiente, se necessário. Provaram que é verdade. O display que desenvolveram serve para tornar o almoxarifado mais racional, mais simples e muito bem organizado. De Fato Comunicações

Izilda França

muito”, garante. Pretende cursar uma faculdade, “Com o meu salário, será possível pagá-la”, afirma. André Tarcísio Capareli é o caçula do grupo. “Vou fazer 18 anos em uns dias”, disse. “Sempre quis fazer ferramentaria”, recordando que a grande dificuldade foi organizar as muitas idéias que surgiam. Sua grande qualidade é o senso de organização. Sua bancada de trabalho no Senai sempre foi a mais organizada. Esta qualidade foi fundamental para o desenvolvimento do projeto, sobretudo o estudo de sua viabilidade técnica e econômica.

A escola A Escola Senai Mário Amato, de São Bernardo do Campo-SP, oferece em seu Núcleo do Plástico, os cursos de Ferramentaria de Moldes Plásticos, como especialização da Aprendizagem Industrial, e o de Técnico em Plásticos. Para fazer o Curso de Ferramentaria – com 32 vagas disponíveis – é necessário que o candidato tenha concluído o Curso de Aprendizagem Industrial (CAI). Neste curso, com duração de um ano (800 horas), é adotada a metodologia de ensino canadense Dacum, que valoriza as competências individuais.A metodologia é utilizada desde 2000 com resultados altamente positivos, segun-

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do Fausto Carlos Machini, coordenador técnico do Núcleo do Plástico.“O aluno que escuta, esquece; o que vê, lembra; e o que faz,aprende e trabalhamos dentro desses três conceitos”, explica. A quase totalidade dos alunos que se forma em Ferramentaria sai empregada. Mais de 85% deles são absorvidos pelas empresas da região. A metodologia que valoriza as competências individuais incentiva o interesse e a criatividade do aluno, e tanto é verdade que há vários exemplos de projetos de alunos e ex-alunos que poderiam ser transformados em produtos industriais.



PONTODEVISTA

A nova realidade

do orçamento

anual das

empresas

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odo ano é a mesma história. Chega o início do ano e os executivos de comando se vêm obrigados a montar os orçamentos que irão balizar a atuação de suas áreas de negócios ao longo do ano. A tarefa, via de regra, segue roteiro pré-estabelecido. Ancorados na aposta de que a peça não passa de um produto de retórica dentro das empresas, muitos profissionais vão em busca dos arquivos do ano anterior, acrescentam um indicador de atualização, injetam um bocado de gordura em suas previsões, antecipando negociaciações e eventuais cortes, e pronto, o trabalho se dá por resolvido.

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PROCURANDO VISIBILIDADE PARA SEUS PRODUTOS?

Caio Caruso

Essa conduta, entretanto, no contexto de uma economia que não cresce e de um cenário de competição duríssimo para as empresas de todos os setores da economia, está com os dias contados. O orçamento anual está deixando de ser mais um daqueles documentos cheios de boas intenções, destinados a repousar no fundo das gavetas e dos arquivos, para se converter num instrumento decisivo no destino das empresas. Com boa parte do mundo corporativo aderindo a modelos de gestão da estratégia baseados em indicadores de performance, conselhos de administração, CEOs e acio-

nistas já não esperam que o budget seja confeccionado com olhos no retrovisor como ocorre comumente. Ao contrário, o alto comando vem cobrando uma visão orientada aos planos presentes e futuros das organizações. O orçamento tem que fazer sentido no conjunto da estratégia e, mais que isso, tem que surtir o efeito pretendido. Este novo contexto obriga os gestores a fugirem do lugar comum. Com cenários mudando a cada instante, as necessidades das organizações ganham uma nova dinâmica. Não há como justificar um orçamento heterodoxo, estático, baseado em séries e parâmetros históricos passados, num ambiente hostil e em constante mutação. Acabou aquela velha história de que se gastamos R$ 3 milhões com treinamento no ano passado, iremos gastar 10% mais com a mesma atividade neste ano. Esta velha briga contratada com os superiores – a de buscar expansão linear de recursos para alocação em atividades conhecidas, previsíveis, sem ligação clara com o mapa es-

A MELHOR VITRINE 0800 55 96 98 omundo.dausinagem@ sandvik.com


tratégico construído em consenso xíveis e devem ser revistas quando pela organização - simplesmente não se mostrarem satisfatórias panão cola mais. ra o atendimento da estratégia. Na situação presente, os exeCompreender esta nova dicutivos têm diante de si um novo nâmica diz tudo sobre o profisdilema. Para serem percebidos co- sional que está por trás da peça ormo estratégicos dentro do mix das çamentária. Aos olhos de quem competências pretendidas pelas comanda os negócios, um budget empresas, ao invés de se escon- burocrático, repetitivo, sem rederem atrás da rotina segura do lações de causa e efeito, revela orçamento previsível, eles têm um profissional sem compromisso com a nova que sair da zorealidade das emna de conforto presas. O sujeito e partirem para pensa que está faa modelagem de É preciso budgets que efezendo tudo certimostrar a coerência tivamente aprenho, como mansentem uma reda o figurino dos dos investimentos lação de causa e anos anteriores, e gastos pretendidos efeito na estratémas no fundo e ter a coragem gia das empresas. passa a ser visto Para fazerem como descomde assumir que as isso com compeprometido com a hipóteses apresentadas tência, os execunova ordem das tivos, antes de coisas. Não ensão flexíveis e devem mais nada, detender o novo paser revistas quando não vem saber exatapel do orçamento se mostrarem mente o que a é não entender o empresa busca, novo modelo de satisfatórias para qual o seu norgestão orientado o atendimento te, o que nem à estratégia que da estratégia. sempre está claro vem ganhando nas organizações. corpo nas princiO segundo passo pais organizações é saber que indiprivadas do muncadores irão nortear a avaliação de do e do Brasil. Ficar na mesmice desempenho das atividades por do orçamento do ano anterior é o eles gerenciadas. Sem métricas não primeiro passo para ser esquecido há como definir orçamento eficaz. no fundo das gavetas e dos arquiE, em terceiro lugar, é preciso ter vos, mesmo destino que era dado uma boa dose de argumentação às peças orçamentárias produzidas para justificar escolhas críticas e no passado. inovadoras de alocação de recursos. Jarbas Guimarães É preciso mostrar a coerência dos Diretor da Symnetics investimentos e gastos pretendi(Gestão da estratégia e dos e ter a coragem de assumir que projeto de inovação) as hipóteses apresentadas são fle20 O Mundo da Usinagem



SUPRIMENTOS

Ferramentas de Gestão: como competir sem elas?

Nascido na filosofia organizacional, o gerenciamento de ferramentas promove a redução de custos e o aumento da competitividade

22 O Mundo da Usinagem

tema gerenciamento de ferramentas nunca esteve tão em alta na indústria mundial como atualmente. O conceito, relativamente recente – surgiu na década de 1980, como uma filosofia organizacional – vem desde então conquistando adeptos em todo o mundo pelas vantagens que proporciona no que se refere à redução de custos e ao aumento da competitividade e da produtividade industrial. Com o objetivo de ampliar o valor agregado de seus produtos e serviços, fabricantes de ferramentas viram, no desenvolvimento de softwares gerenciadores, uma oportunidade para estabelecer um diferencial de competitividade sobre sua respectiva concorrência, pois tais softwares ampliavam as possibilidades de um relacionamento mais estreito com os clientes, uma vez que para a introdução

O

desta ferramenta de gestão, é necessário atuar junto aos departamentos responsáveis pela gerência da produção para obter-se dados e informações que permitam executar a alimentação dos bancos de dados do software. A Sandvik Coromant, por exemplo, desenvolveu vários deles. No princípio, investiu-se na criação do CoroTAS e o CoroPlan, que posteriormente viriam a servir de base para a criação do AutoTAS (Automatic Tool Administration System), um dos mais conhecidos do mercado atualmente. Apesar de extremamente útil, um software é apenas um software, ou seja, nada produz sem a presença de um especialista que possa programá-lo de modo preciso. É imprescindível que os responsáveis pela alimentação e programação do mesmo estejam suficientemente capacitados e cientes


de todo o fluxo de suprimentos, escolha e aplicação das ferramentas em todo o sistema produtivo. Por este motivo, cada fornecedor faz todo o possível para garantir a superioridade técnica do seu pessoal de campo pois, no final, ainda é a competência humana quem mais influencia na obtenção dos melhores resultados. Foi com esta combinação inteligente que um único fornecedor de ferramentas conseguiu arrebatar as contas de empresas como DaimlerChrysler, General Motors, Volkswagen, VetcoGray, Cummins, Alstom, Visteon, Mahle, Weir, para o gerenciamento de ferramentas. TENDÊNCIA DE MERCADO Já não existem mais dúvidas sobre as vantagens e benefícios trazidos pelo gerenciamento de ferramentas. Esse fato colocou o processo entre as principais tendências do mercado mundial e se espera crescimento constante no número de empresas que o adote como filosofia de trabalho. O motivo é simples: necessidade de reduzir custos, aumentar produtividade e conseqüentemente a competitividade. Sendo assim, o controle e conhecimento pleno sobre as ferramentas, tanto os dados técnicos, a localização como a disponibili-

Racionalização e Limpeza

dade das mesmas, torna-se realmente uma oportunidade para aumentar os lucros. Alguns números indicam claras vantagens de se ter tal controle sobre as ferramentas, o que sensibiliza os clientes. Em alguns casos, é possível atingir uma economia de até US$ 100 mil por máquina/ano, apenas com o controle de estoque e a redução de paradas de máquinas e de operador. Uma empresa da região Sul do Brasil, por exemplo, conseguiu reduzir as paradas de máquina em 90%, quatro meses após a implantação do gerenciamento de ferramentas. Já em uma outra empresa, o consumo de ferramentas foi reduzido em 54% em menos de 6 meses. A remoção de ferramentas obsoletas também é um benefício interessante não só porque ocupam espaço no estoque como por causarem dúvidas quanto à sua real necessidade. Um exemplo extremo foi encontrado na China, onde a aplicação do AutoTAS identificou que apenas duas pastilhas de um determinado tipo haviam sido utilizadas durante um ano, enquanto que no estoque havia 2 mil pastilhas: o suficiente para atender as necessidades daquela empresa pelo próximo milênio. Esses benefícios podem ser ob-

Otimização e Experiência

Controle

tidos por qualquer tipo de empresa, independente do porte, mas é claro que em cada caso há um potencial de melhoria distinto. A indústria automotiva foi a primeira a buscar esta solução no Brasil. Recentemente, outros setores o têm feito, como os de máquinas agrícolas, máquinas-ferramenta, moldes e matrizes, aeroespacial e até mesmo o siderúrgico. SERVIÇO AMPLIADO O gerenciamento de ferramentas vem ao encontro das necessidades atuais da indústria brasileira, sejam as empresas pequenas, médias ou grandes. Associando-se a outras iniciativas, com as vantagens do gerenciamento, a indústria brasileira será ainda mais competitiva, podendo então disputar fatias mais significativas do mercado internacional. Atualmente, alguns destes softwares gerenciadores deixaram de ser um produto comercial, passando a ser disponibilizados exclusivamente como parte de acordos de parceria entre fornecedores e usuários na busca por maior produtividade para o cliente em troca da fidelidade à marca do ferramental e, assim, o software é disponibilizado em regime de comodato (sem o custo de aquisição por par-

Plano de Melhoria da Produtividade

Etapas fundamentais da implantação do gerenciamento de ferramentas. O Mundo da Usinagem 23


Arquivo Sandvik Coromant

A

B

Situação do armário antes (A) e depois (B) da implantação do gerenciamento de ferramentas.

te do cliente). O foco principal do acordo é que o cliente, dentre outras melhorias, implante a filosofia do gerenciamento de ferramentas e utilize um sistema de controle, contando com o suporte técnico do fornecedor durante todo o processo. Dentro do acordo de parceria, são implantadas as etapas fundamentais do gerenciamento de ferramentas como mostra a figura acima.

Controle (AutoTAS) Nesta etapa é disponibilizado o AutoTAS, garantindo a manutenção e as melhorias obtidas nas etapas anteriores. Com o monitoramento detalhado do consumo de ferramentas no chão-de-fábrica (por célula/linha, máquina, peça, operação, turno, operador) torna-se fácil identificar os pontos onde os esforços na busca de melhorias deverão ser concentrados.

SEGUE UM EXEMPLO COM A APLICAÇÃO DO SOFTWARE AUTOTAS

Produtividade e Plano de Melhoria Faz parte deste acordo a definição conjunta do Plano de Melhoria da Produtividade, no qual o fornecedor de ferramentas assume o compromisso de gerar e apresentar savings (economias) anuais (somente reconhecidos pelo cliente). Para isso, utilizam-se relatórios padronizados , onde são registradas: • redução do custo de usinagem; • redução do custo de produção; • redução dos custos administrativos; • melhorias da utilização das máquinas; • aumento da produtividade.

Racionalização e Limpeza É a primeira ação a ser tomada. A limpeza e organização física do local onde as ferramentas estão armazenadas são imprescindíveis neste projeto para, em seguida, ser levantado o histórico de utilização e segregados os itens que já poderão ser considerados obsoletos. Otimização e Conhecimento Dando continuidade ao processo, procura-se padronizar o ferramental avaliando a sua aplicação e otimizando os processos de usinagem. 24 O Mundo da Usinagem


Arquivo Sandvik Coromant

Rotina de controle do ferramental utilizando o AutoTAS.

Para o sucesso do projeto é importante contar com a experiência de uma empresa especialista, como a Adept Systems, por exemplo, uma empresa de engenharia e de desenvolvimento de software, que há mais de 10 anos está envolvida em pesquisas e trabalhos nesta área, atuando no mercado desde 2001 em parceria com um dos melhores fornecedores de ferramentas do mercado. Ela conta com uma equipe de engenheiros dedicados integralmente às atividades de consultoria, implantação e suporte técnico aos usuários do AutoTAS na América do Sul e também comercializa o TDM (Tool Data Management), que é uma opção comercial caso o AutoTAS se torne inviável. FUTURO A globalização acirrou a concorrência mundial, que agora não se restringe mais somente entre as empresas e mercados concorrentes, mas expandiu-se entre filiais de um mesmo grupo. Há casos em que subsidiárias brasileiras se

tornam referência importante para o grupo e, hoje, participam ativamente das decisões estratégicas na matriz, juntamente com outras filiais que se destacam nesta área de negócios. A transparência deve estar presente em todos os momentos da parceria, incluindo na definição dos objetivos e metas, que precisam ser bem explicitados e profissionalmente colocados durante os trabalhos em conjunto. É fundamental que ambos os parceiros estejam satisfeitos nesta nova forma de relacionamento comercial, caso contrário será difícil lograr êxito. Hoje a comunicação é feita via e-mail, celular, palm tops, os desenhos são feitos em CAD, as máquinas comandadas por comando numérico, etc. Do mesmo modo deve-se atualizar os métodos de gestão de ferramentas, pois em muitas empresas nada mudou desde a década passada.

Equipe O Mundo da Usinagem O Mundo da Usinagem 25


Depoimentos de quem já experimentou Os Clientes são bastante explícitos ao apontar quais diferenças e quais vantagens viram na adoção dessa ferramenta, em termos não apenas de gerenciamento de estoques mas de muitos outros, de igual importância: “Em minha opinião, é um sis tema eficiente e seguro de armazenam ento e controle do estoque de nossas ferramentas, nosso estoque mantid o sempre enxuto, sem ferramentas “Este gerenciador vem nos desneauxiliando e cessárias ou obsoletas, enf muito, pois antes não tínham im, nós os um consabemos exatamente o que trole do que era solicitado temos ou entregue em estoque e nesse proces so o forpara a fábrica. O pre-set da fábrica ganecedor tem grande import nhou outra cara com os arm ância. ários para colocação das ferramentas, pois está tuPaulo Ricardo da Costa – do na mão, dada a fácil Técnico em Processos de localização e Usinagem acesso. O sistema de entre ga de ferramentas é bom porque po demos obter planilhas imediatas da entre ga/consumo de ferramental por máqu ina/operador entre dias, horas ou meses . O fornece“O Gerenciamento de ferram dor sempre se mostrou dig enno e confiátas, permite ações seguras vel mesmo nas horas de difi e um culdades e controle adequado de tod apostou sempre na nossa em o o presa, preprocesso produtivo. Estas açõ sente e atuante, levando es tecnologia e causam impacto no custo soluções para a fábrica”. final do produto pois, com o sup orte dir eto do fornecedor, a utilização Gilnei Basso – Técnico em Processos do ferramental é efetuada cor de Usinagem – Engenharia de Processos retamente, sem desperdício.” Jairo Luiz Corrêa – Machining Department

que clandess, acabou nosso esto ta en m rra fe de or iad do gerenc tas. “1. Com a aplicação e guardavam em gave ns ite m va ta isi qu re tino, onde todos entas e insertos. os estoques de ferram te en am tic as dr os ím 2. Diminu 3. Organização. s estoques. ro. 4. Centralização do /pastilhas de metal du tas en m ra fer as r ra nt co que fazê-los ma5. Facilidade em en tos, antes tínhamos en im ov m os os tod ostram los. 6. Relatórios que m horas para apresentáas uit m os m va stá ga nualmente, isso diminuímos icos. 7. Clareza nos gráf os itens faltantes, com te en m so os am pr m co as, 8. Geração de compr ”. nosso estoque al Engenharia Industri Luiz Braitenbach – Ilustração de Caio Caruso


es é uma exc ta n e m a rr fe dor de estoque e “O gerencia ontrole de c ra a p ta n estare lente ferram esar de não p a e l ta n e morram tencial (no o p gestão de fe u e s o o do tod : o estomos utilizan apareceram já s o d a lt u s o foi ramento), os re ; o consum u zi u d re a s re dos foi que da emp anco de da b o m ti ó geum nto com o u J cionalizado; . a c ti ís g tou a lo entas colocriado; facili r de ferram o d e c e rn fo os, que renciador, o vários técnic o ã iç s o p is ad o sistema”. cou à noss er e manter lv vo n e s e d ajudaram a onsável etti – Resp Daniel Zan mentas ca de ferra por Logísti

“Sobre o gerenciamento po deria citar inúmeras melhoria s, mas o que mais chamo u a atenção foi a facilidade pa ra efetuar e controlar as solicit ações de compra e, claro a ag ilidade e confiança que o leit or de códigos de barra trouxe, sobrando assim bastante tem po para efetuar outras tarefas que por vez ficavam pend entes.Tenho certeza que com esta nova ferramenta conseg uiremos organizar definitivame nte o nosso estoque evitan do desperdício e materiais inú teis ao dia-a-dia”. Gabriel Scotti

de se tas é um projeto on en m rra de ferramenfe de to en etal duro, suportes m “O gerenciam de as ilh st pa e nfiável e ações sobr rma organizada, co fo a um consegue ter inform de o st cu ojeto que, logística e . Utiliza-se este pr so es oc pr do tas, máquinas, esto ro nt para mantere se encontram de uma forma correta de real da situação qu es çõ lu so r ra nt fornecelar e enco quecer do papel do es de para avalizar, contro po se o nã e iabide”. Claro qu apoio técnico, conf er ec er of ve se a “competitivida de e qu ementação das r trás do projeto, e ilidade para a impl ib dor, o qual está po on sp di e , os ut to de prod lidade, conhecimen distintas etapas”. em – Coordenador de Evandro Tusset

Usinag

“O Gerenciamento é fundam ental para que a organização tenha informação coesa e correta sobre o seu ferramental.Tendo em mãos as informações fornec idas por um gerenciamento de ferramentas bem executado tor na-se fácil a tomada de decisão”. Têdi Luis Boeno Machining – Engineering Analyst

“O primeiro passo é sab er com quem se vai fazer a pa rceria, a partir desta definiçã o deve-se verificar as neces sidades reais da empresa e tira r o máximo proveito do sistem a. É um trabalho relativamen te novo e por isso requer mu ita atenção de ambas as parte s, não apenas na sua implanta ção, mas no gerenciame nto em conjunto Empresa-For necedor o que será igual a Sucesso Garantido”. Ilton Gardelin Depto. de Compras

Ou seja, o controle adequado do ferramental propicia controle adequado de todo o conjunto, de maneira organizada, confiável e real, assim facilitando a tomada de decisões, fator crucial na empresa moderna.

O Mundo da Usinagem 27


OTS

Módulos “Smart Machine” al como um piloto da fórmula 1, que nunca teria condições de tirar o máximo de seu carro de corrida sem a ajuda da eletrônica, um operador de um centro de usinagem também necessita da ajuda de sistemas eletrônicos para maximizar o potencial disponível em sua máquina de usinagem, principalmente nos processos de fresamento. Além de aperfeiçoar o desempenho da máquina, estes sistemas também aumentam expressivamente a vida útil de vários componentes de máquinas. A crescente necessidade de usinagens mais rápidas, “High Speed Machining”, em processos operando com vários eixos simultâneamente e as altas demandas por precisão e qualidade fazem, destes sistemas, características indispensáveis em uma moderna máquina para usinagem. Especializada no desenvolvimento de equipamentos para usinagens de formas complexas e em altas velocidades, a Mikron desenvolveu um conjunto de módulos

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28 O Mundo da Usinagem

denominado “Smart Machining”, o qual integra software e hardware, fazendo com que os processos de fresamento se tornem mais simples, efetivamente mais rápidos e mais fáceis de serem controlados. A seguir apresentamos os principais componentes deste sistema, bem como suas características. CONTROLE TÉRMICO PARA MÁQUINAS DE 5-EIXOS ITC-5X ITC-5X é um módulo adicional do “controle térmico inteligente” para máquinas com mesas de giro circular. Com o constante aumento do desempenho da máquina, não é mais possível prevenir efeitos térmicos unicamente através de medidas de desenho. Apesar da compensação exata entre a ferramenta e a peça de trabalho, a posição dos eixos de rotação, salvos no sistema de controle, pode mudar devido à variação térmica, algo particularmente evidente quando trabalhando em planos inclinados. Isto é onde o ITC – 5X entra em funcionamento.

ITC-5X FUNCIONAMENTO Usando um padrão (opcional), um simples ciclo de calibração automática mede a posição espacial da rotação. A medição pode ser feita sobre um pallet de referência (opcional) ou superfície de referência da mesa de trabalho ou da peça de trabalho. A posição medida é salva automaticamente. BENEFÍCIOS OF ITC-5X: • Maior precisão nas peças de trabalho em usinagem pivotante e ou rotativa (ciclo 19, funções de planos, M 128); • Compensação para influências externas através da recalibração; • Aumento na segurança do processo em usinagem com 5 eixos; • Reduz ao mínimo o tempo ocioso da máquina (não há medições manuais); • Recalibração automática durante operações sem a presença do operador.


Imagem cedida pela Mikron

SISTEMA DE PROTEÇÃO DO SPINDLE - SPS Condição – monitoramento orientado para a produção diária. A manutenção corretiva convencional é executada somente quando o dano já ocorreu. Isto leva a uma inesperada diminuição da capacidade da máquina e altos custos de manutenção. Um pré-requisito para a manutenção preventiva é, portanto, conhecimento total das condições da máquina e seus componentes. Monitoramento do spindle principal é o elemento-chave. Condição de monitoramento orientado possibilita um prognóstico das condições do spindle. O SPS possibilita inspeção em tempo real e contribui para um serviço efetivo e manutenção corretiva eficiente. O PRINCÍPIO OPERACIONAL DO SPS Desgaste, danos relacionados ao tempo de uso e sobrecarga são as principais razões das falhas no spindle. Insuficiente lubrificação do rolamento ou refrigeração de extrusão acelera estes sintomas de fadiga. O monitor de condição baseado no conhecimento compara, em tempo real, o estado atual com o funcionamento recomendável. Dependendo do caso, o SPS mostra um aviso de alerta ou uma mensagem de erro, provocando uma parada no funcionamento.

Componentes usinados com os benefícios dos módulos Smart Machine

OS BENEFÍCIOS DO SPS • Monitoramento automático das condições do spindle; • Manutenção constante do O Mundo da Usinagem 29


Imagem cedida pela Mikron

A foto mostra o sistema SIGMA de gerenciamento operando em uma célula de máquinas MIKRON. funcionamento do spindle, possibilitando identificar, com antecedência, falhas que nele ocorram. • Planejamento adequado do período de aplicação das medidas de manutenção corretiva, que podem evitar longos períodos de máquina parada, causados por um spindle defeituoso. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA CADEIA DE PROCESSO- SIGMA O sistema SIGMA cria e gerencia ordem, informações de componentes e de desenhos em um método integrado para as usinagens de fresamento e por descarga elétrica (EDM), sendo assim ideal para as necessidades da área de matrizaria. Além disso, este sistema gerencia peças de trabalho e informações em uma localização pré-determinada. Dados como programas NC e correções de peças de trabalho são processados pelo SIGMA para a usinagem, e podem ser disponibilizados para vários sistemas via rede. A inicialização e monitoramen30 O Mundo da Usinagem

to da usinagem é automática. Ao mesmo tempo os dados do processo são gravados e exibidos. O USO DO SIGMA AUMENTA À MEDIDA QUE AUMENTAM AS NECESSIDADES O sistema de gerenciamento SIGMA Cell permite o gerenciamento de várias máquinas. Com o sistema de gerenciamento SIGMA para matrizaria, é possível acrescentar um ou mais dispositivos de medição e tantos centros de usinagens quantos forem desejados. Toda a cadeia do processo pode ser controlada através deste Sistema de Gerenciamento Multi-Máquinas. Normalmente o sistema SIGMA é instalado sobre o controle da máquina ou no computador do dispositivo de medição. Contudo, é recomendado o uso de um terminal adicional se a carga de trabalho do dispositivo de medição é grande ou a distância entre a estação de usinagem e o dispositivo de medição é grande. Graças à arquitetura aberta do SIGMA todas as máquinas Agie Charmilles podem ser gerenciadas.


O SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DO SIGMA O sistema SIGMA pode trabalhar com identificação de pallet. Pallets podem ser fornecidos com chips ID que fornecem para cada um destes uma identidade armazenada, distinta e permanente. Assim que um pallet é identificado, todos os dados armazenados na base de dados para este pallet estarão disponíveis. Um sistema eletrônico ID assegura alta segurança no processo. • Sempre o programa de usinagem certo; • Sempre o valor de correção certo; • Sempre a posição certa do magazine; • Sempre a seqüência de usinagem correta.

OS BENEFÍCIOS DA SIGMA • Usinagem automática de um trabalho sem a presença do operador e mais controle dos dados do processo; • Aumento da produtividade; • Prioridade do trabalho: programação e reprogramação simples; • Adaptabilidade: Sigma se auto adapta às suas necessidades; • Operação concisa e display de dados do processo para várias máquinas; • Medição simples de peças de trabalho e pallets; • Controle de fabricação automática de eletrodo para máquinas de penetração EDM; • Aumento da segurança do processo.

Os módulos “Smart Machine” podem ser usados em todas máquinas Mikron com os atuais controles Heidenhain. Alguns dos módulos já fazem parte na configuração standard das máquinas. Outros estão disponíveis como opção. Cada módulo “smart machine” preenche uma função específica. Igual a um sistema modular, o usuário pode escolher os módulos que para ele são os mais adequados para o melhoramento do processo de fresagem. Uma lista de módulos disponíveis pode ser vista no Website da Mikron em Products, “smart machine” em www.mikron-ac.com. Alexandre Condrau Gerente de Produto HSM Mikron – Suíça; traducão de Irineu Rückert


INTERESSANTESABER

Quer tentar? Que tal elevar-se, doce e velozmente, nos ares e, do alto, contemplar paisagens urbanas e rurais, passar sobre rios, plantações e descer em um ponto de encontro determinado, com segurança e alegria? al esporte é o balonismo e apresenta duas versões bem diferentes entre si. A idéia dos chamados “balões em cachos” é muito simples: um feixe de balões cheios de gás hélio são firmemente presos a correias que se amarram, com conforto, no corpo do “piloto”. O processo

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32 O Mundo da Usinagem

de dirigi-lo se dá pelo descarte de pesos, ou lastros, – que o fazem subir – e pelo esvaziamento dos balões, que o fazem descer. Mas, se a idéia é simples, pilotar tal idéia não o é! É preciso dimensionar o relacionamento entre as mudanças de empuxo, com mais ou menos balões, maior ou menor

peso, em função de correntes de ar e, sobretudo, das diferentes densidades do ar, dependendo da altura em que se encontra. O direcionamento do vôo, bem como subidas e descidas, são obtidos pelo uso de bolsas de água presas ao lado do piloto. Ninguém levanta vôo sem carregar um rádio comunicador, um GPS e um altímetro. Dependendo dos ventos, o vôo pode ganhar velocidade e percorrer grandes extensões. Muito difundido nos EUA e Canadá, seu alto custo ainda vem espantanto os interessados entre nós. No Brasil, contudo, viceja outra modalidade, mais tranqüila e segura, a dos balões únicos, com cestos, que carregam de 12 a 18 pessoas, em vôos cuidadosamente monitorados e dirigidos por pilotos experientes que, além do


Gabriela Slavec/www.balonismonoar.com.br

curso teórico e prático, são examinados por um especialista do Departamento de Aviação Civil. Os equipamentos usados para inflar os balões são mantidos com rigor, contando com todas as normas de segurança. Desde 1987, a Associação Brasileira de Balonismo já realizou 19 encontros anuais nacionais, o último dos quais em Maringá – PR, em dezembro de 2006. Nessas ocasiões, centenas de balões se espalham por larga porção do céu, em espetáculo colorido, de grande impacto visual. Mas a prática individual do balonismo é bastante cara pois, além do investimento no curso – não se pode voar sem ele e sem o respectivo brevê – e no balão, é necessário caminhonete para transportar o equipamento e


Cortesia Clusterballoon.org

Balões em cachos.

acompanhantes em terra, para um possível resgate. Claro está que os balonistas mais experientes, que já participaram de muitos campeonatos, conseguem patrocínios e divulgam o nome de empresas em seus balões, mas tais balonistas são verdadeiros profissionais. Por esse motivo é mais difundido o balonismo turístico, sob responsabilidade de empresas idôneas e experientes, que providenciam translados, lanches e até o tradicional brinde de champagne

para receber o pouso dos aventureiros dos ares! Os vôos são planejados em função do tempo, das correntes de ar, do horário, da estação do ano, pois tudo influencia a trajetória do balão, de cerca de uma hora. As áreas escolhidas são sempre longe de rotas de aviões, planas e de fácil acesso para o encontro da descida. Saiba mais! ABB – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BALONISMO: www.abb.org.br info@balonismobrasil.com.br (São Paulo) www.brisapro.cjb.net (Minas Gerais) www.snapbalonismo.com.br (Paraná) www.airshow.com.br (Rio de Janeiro) Equipe O Mundo da Usinagem



O Brasil está decisivamente ligado à conquista dos ares. Todos se lembram de Santos Dumont mas a grande maioria se esquece de Bartolomeu de Gusmão, o padre jesuíta nascido em Santos em 1685, que fez alçar vôo o primeiro engenho humano. A 5 de agosto de 1709 seu balão de papel, propulsionado por uma chama, subiu cerca de 4 metros mas foi “apagado” por medo de incêndio. Três dias depois, diante do Rei D.João V e da Corte Portuguesa, em Lisboa, seu pequeno balão, chamado de Passarola, movido a ar quente, voou livremente até cair, extinta a chama, no Terreiro do Paço, diante de dezenas de testemunhas e do próprio Rei.

Caio Caruso

Brasil balonista

Concepção artística da Passarola, de um jornal da época

Pouco se sabe da continuidade das pesquisas do “Padre Voador”, mas seguramente ele nunca promoveu uma viagem com pessoas a bordo, algo iniciado pelos irmãos franceses Montgolfier,em 1783,com balão movido não mais a ar quente mas a hidrogênio.

O Brasil esperaria ainda mais de 100 anos para ver o primeiro vôo de balão em seu território quando, em 1885, Eduardo Heilt fez um rápido vôo no Rio de Janeiro. Já o balão Pax, pilotado por Augusto Severo, em 1902, voaria por cerca de 400m.



OTS

Rumo ao primeiro lugar

Imagem cedida pela Cross Hueller

O Grupo MAG Industrial Automation Systems – ao qual pertence a Cross Hueller – caminha para ser o maior fabricante de máquinas do mundo

38 O Mundo da Usinagem

m novembro de 2006, o Grupo MAG Industrial Automation Systems anunciou a assinatura do acordo para a compra da Boehringer, da Alemanha, fabricante de tornos horizontais e máquinas para a produção de virabrequins. A aquisição faz parte da estratégia do grupo norte-americano de tornar-se o maior fabricante mundial de máquinas-ferramenta.

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A estratégia foi lançada em março de 2005, quando o Grupo MAG adquiriu a Cincinnati, uma das mais tradicionais fabricantes de máquinas dos EUA. De lá para cá, o grupo montou um portfólio com 16 marcas mundiais do setor, incluindo as que pertenciam ao grupo ThyssenKrupp Metal Cutting. Entre elas estão: Cross Hüller, ExCell-O, Lamb, Fadal, Giddings &


Lewis, Hessapp, Hüller Hille, Turmatic Systems, Witzig & Frank. Com fábricas nos EUA, Alemanha, Inglaterra, França, China, Brasil, Coréia do Sul, Suíça e Canadá – ao todo são 22 unidades de produção –, o grupo emprega cerca de 4.500 funcionários e o faturamento no último exercício atingiu 1,2 bilhão de euros. “Somos uma empresa global, com presença em todos os continentes. A unidade brasileira é a representante do grupo para a América do Sul”, informa Roberto M. Schaefer, diretor-presidente da Cross Hueller do Brasil, frisando que o Grupo MAG tem a intenção de continuar adquirindo empresas, visando a formação de um programa completo de máquinas. O grupo também segue investindo na ampliação da capacidade instalada de suas plantas no mundo. A fábrica brasileira, instalada em Diadema (SP), concluiu em 2006 investimento significativo na implantação da linha de produção dos centros de usinagem NBH 5 e NBH 6. “Essas máquinas são produzidas apenas na Alemanha e no Brasil”, diz Schaefer, explicando que a planta européia atende Europa e Ásia, enquanto a brasileira atende todo o continente americano.

“Somos uma empresa global, com presença em todos os continentes. A unidade brasileira é a representante do grupo para a América do Sul”, informa Roberto M. Schaefer, diretor-presidente da Cross Hueller do Brasil.

Embora a desvalorização do dólar dificulte as exportações da filial brasileira, o diretor-presidente explica que os investimentos realizados tornaram a Cross Hueller do Brasil muito competitiva no mercado local. “Temos hoje uma fábrica ágil e produtiva e estamos em condições de entregar uma máquina por semana”, salienta. Schaefer se diz confiante na expansão do mercado brasileiro este ano, em particular pela disposição das empresas do setor automotivo de modernizar suas fábricas no Brasil. “Estamos participando de vários projetos e enxergamos em 2007 um ano bastante promissor”, avalia. Outra notícia positiva é que as unidades européias do grupo registraram crescimento expressivo em 2006, incluindo muitos negócios fechados na China e na Índia, e estão com as fábricas praticamente tomadas. O mesmo ocorre com a Cincinnati, nos EUA, que fechou vários contratos com a indústria aeronáutica. “Apesar do real valorizado, a filial brasileira está sendo considerada para fornecer máquinas e componentes para atender esses contratos”, diz Schaefer, que está buscando alternativas para minimizar a questão cambial. “Temos grandes empresas no Brasil. Poderíamos estar participando mais diretamente do atual crescimento dos negócios no mundo, mas a taxa cambial, os juros altos e nossos custos nos impedem de ir para a frente”.

De Fato Comunicações O Mundo da Usinagem 39


Sandvik Coromant AB

DESTAQUES

Pastilhas com trilho T garantem êxito no perfilamento

40 O Mundo da Usinagem

m novo conceito chega ao mercado para proporcionar benefícios de desempenho significativos na usinagem de perfis; o CoroTurn TR® oferece uma fixação mais estável e melhor segurança, devido a uma robusta interface de trilho tipo T entre a pastilha e o suporte. As operações de perfilamento colocam extremas pressões sobre a ferramenta e os modelos de fixação convencionais freqüentemente deixam a pastilha sujeita a movimentações durante a usinagem, o que reduz a qualidade da superfície usinada, promove o desgaste prematuro da ferramenta, além de influenciar a tolerância desejada. Para

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combater isso, o encaixe de trilho tipo T usa sulcos horizontais e verticais para proporcionar um apoio mais robusto para a pastilha no porta-ferramenta e reduzir a movimentação da mesma, levando à produção de maior qualidade e tolerâncias mais estreitas da peça. Maior estabilidade também pode ser obtida por meio de um parafuso de fixação mais longo que tem alcance mais profundo no suporte e fixa a pastilha de maneira mais firme.O desenho com duas arestas de corte utiliza geometrias otimizadas e facilita as exigências de bom escoamento de cavacos, necessário para uma usinagem mais contínua, sem interrupções.



Sandvik Coromant AB

DESTAQUES

Novas classes de metal duro flexibilizam operacões de usinagem

e, por um lado, a forte concorrência precipita o processo de obsolescência de classes e geometrias, por outro acelera a pesquisa e desenvolvimento de soluções mais competitivas. Seguem algumas novidades do fabricante Sandvik Coromant. De uso geral, altamente versátil, indicada para fresamento de aços com e sem liga, em usinagens leves e pesadas, já se encontra disponível no mercado uma nova classe, a GC 4230. Desenhada para

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42 O Mundo da Usinagem

atender às exigências da indústria moderna, é igualmente efetiva tanto com refrigeração quanto sem, e em velocidades de médias a altas. Com excelentes resultados nas operações de fresamento de cantos a 90 graus, a GC 4230 consolidase como primeira opção para fresamento geral por ostentar maior amplitude na gama de parâmetros de corte, o que, por sua vez, proporciona maior adequação a diversos campos de aplicação em usinagem. Na usinagem de aços, tanto ao

carbono quanto os inoxidáveis, a nova classe GC 4235 oferece maior segurança na linha da aresta, mesmo sob variações das profundidades de corte ao longo de um desbaste. É uma classe sem as tensões características de classes CVD standard, e, sendo assim, é indicada como solução para cortes intermitentes e operações de perfilamento, melhorando a confiabilidade em situações difíceis. A GC 4235 pode ser encontrada em grande parte das geometrias e formatos de pastilhas já em uso na indústria. A GC 4235, é outra novidade na área de torneamento, com uma cobertura e substrato diferenciados, sendo capaz de oferecer boa resistência à deformação e, ao mesmo tempo, proporcionar a segurança necessária para ganhos substanciais quando se estiver trabalhando em condições exigentes e instáveis, elevando a performance em qualquer direção.



O tempo pode definir o resultado ime is capital, nosso conhecido “tempo é dinheiro”, velho jargão, mas atual o bastante para encaixar-se em qualquer momento da história. Entretanto, bem mais que “tempo é dinheiro” pode significar que “tempo é vital”, o outro sentido do “capital”. Também muito se ouve dizer que profissionais da área financeira só vêem o cifrão, só pensam no dinheiro, mas isto é parte da visão administrativa do passado. O que temos hoje são profissionais das mais diversificadas áreas, trabalhando em prol da área de negócios. O profissional de recursos humanos, por exemplo, representava, no passado, a pessoa responsável por cuidar da seleção, treinamento, folha de pagamentos, entre outros. Hoje, temos um profissional totalmente envolvido e conhecedor dos números e indicadores-chave que representam o resultado da área de negócios, aquele que vai cuidar do desenvolvimento de competências necessárias para suportar e garantir o sucesso esperado. Não é diferente quando falamos do Controller, metaforicamente conhecido como “a pedra nos sapatos”. Além de suas funções ligadas às finanças, este profissional tem a forte responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam em tempo hábil, para que a linha do gráfico do eixo “Y” atinja sua plenitude antes que o eixo “X” se finde. Estamos no mês de março. Já se passaram as festas, férias e carnaval. Finalmente, está começando o ano. Engano!!! O ano começou no dia dois de Janeiro!!! Estamos sim, chegando no final do trimestre. Será que cumprimos um quarto de nossos objetivos e targets?? Afinal, isto é o que o calendário aponta, que concluímos um quarto do ano letivo. É este o ponto que temos trabalhado insistentemente com nosso pessoal. Pensar “o que temos a fazer, quais nossos objetivos, qual nossa estratégia para este ano ?” Nesta altura do campeonato, é puro engano, sinônimo de que muito provavel-

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mente teremos dificuldades de chegarmos ao sucesso no final. Vale lembrar que o jogador pode fazer o gol, mas somente antes que o juiz apite o final do jogo. Só assim é que valerá! É muito importante que toda a organização esteja sintonizada com esta idéia, conheça as estratégias, os planos, as ações direcionadoras.Um time aquecido e bem preparado, pronto para começar o jogo e aproveitar todo seu tempo, desde o início da contagem, tem maiores possibilidades de ser um time campeão!!! O tempo pode ser nosso aliado ou nossa preocupação, depende de quando começamos cada processo. Será nosso aliado quando o usarmos plenamente, quando dispostos a quebrar paradigmas, criar novas metáforas, olhar além do centro, pois novas idéias estão, normalmente, nos limites. Se o cenário econômico para 2007 não nos sinaliza grandes diferenças em relação a 2006, nos cabe encontrar as alternativas para nos mantermos na liderança. O tempo pode ser um diferencial: estejamos prontos para começar no real começo, ávidos por atingir uma velocidade que nos garanta a chegada, pois, Time is Capital ! Sandra Pascuti Controller da Sandvik Coromant do Brasil

Arquivo Sandvik Coromant

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE


MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2007 Mês

TBU

TBU

Noturno

Diurno

Abr

TFR

UMM

EAFT

09 e 10

Mai 18, 19, 20 e 21

Jul

23, 24, 25 e 26

OUF

TUCAS

25, 26, 27 e 28 02 e 03 03 e 04

Out

01 e 02

11, 12, e 13

16, 17 e 18

30 e 31

06, 07 e 08

Set

TGU

28, 29 e 30

Ago 10, 11, 12 e 13

20, 21, 22 e 23

24, 25 e 26

15 e 16

Nov Dez

OUT

23, 24 e 25 07 e 08

Jun

EAFF

22, 23 e 24 26, 27, 28 e 29

03 e 04

TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Rosqueamento com fresa de metal duro - (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21 horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)

05, 06 e 07


O MUNDO DA HGF Comunicação

DICASÚTEIS

USINAGEM

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