OMU_34

Page 1



Rosa Gauditano/Studio R

EDITORIAL

Para urbanitas organizacionais, o desafio do desenvolvimento e da sustentabilidade é enorme. Para outros, a solução paira no ar.

O Mundo da Usinagem

3


ÍNDICE

34

O MUNDO DA

O MUNDO DA

34

USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

EDIÇÃO 4 / 2007

USINAGEM

FEIRAS DE NEGÓCIOS

Valorize seu tempo montando um roteiro

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

FINANCIAMENTO

Alternativas para quem deseja comprar

Capa Foto: Arquivo AB Sandvik Coromant

TURN – KEY

Acelere o try-out e produza mais cedo

JM Fotografias / Acervo Alcântara Machado

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO EMPRESARIAL: FEIRAS 10 PONTO DE VISTA: SER OU NÃO SER ÉTICO? 14 INTERFACE: COMO CHEGAR AO COFRE DO FINAME 16 GESTÃO EMPRESARIAL: SOA, MAIS UMA SIGLA DE TI?! 21 SUPRIMENTOS: O QUE FAZER ANTES DE BATER O MARTELO DA COMPRA 25 SUPRIMENTOS: A AQUISIÇÃO DE UMA MÁQUINA-FERRAMENTA 29 OTS: MEGGATECH 36 INTERESSANTE SABER: MEMORIAL DO IMIGRANTE 42 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 44 MOVIMENTO 46 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 11.000 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Nivaldo Coppini, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Aryoldo Machado, Anselmo Diniz, Sidney Harb, Fernando de Oliveira e Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Type Brasil

4

O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

Visitando Feiras: atualize-se e valorize seu tempo “Ninguém experimenta a profundidade de um rio com os dois pés.” Provérbio Africano

6

O Mundo da Usinagem

uando uma empresa promove uma exibição pública de seus produtos ou serviços, tendo ou não o objetivo de venda, chamamos de Exposição.Os eventos realizados em períodos definidos, destinados à divulgação, promoção e comercialização de serviços e produtos, que reúnem compradores e vendedores, interessados em realizar negócios imediatos ou futuros, são chamados de Feiras, assunto deste texto. Sob o ponto de vista econômico, a realização de Feiras sempre traz dividendos para a sociedade: propicia movimentação financeira, transferência de tecnologia, difusão de conhecimento, ativa a rede de serviços, gerando renda para a comunidade e servindo de elo entre a cadeia produtiva e seus canais de distribuição e/ou consumidor final. O objetivo das empresas ao participarem de uma Feira é aumentar a visibilidade junto ao público externo; contribuir direta ou indiretamente para o aumento das vendas; gerar maior integração e envolvimento entre os membros do público interno; solidificar a imagem institucional; criar, manter ou

Q

ampliar a base de relacionamento com os diversos públicos-alvo. E O VISITANTE, QUE BENEFÍCIO ELE PODE OBTER VISITANDO UMA FEIRA? Visitar Feiras é uma excelente oportunidade para quem quer se manter a par das novidades existentes em um determinado segmento de mercado, já que nessas ocasiões, regra geral, se concentram os concorrentes mais signicativos do segmento o que garante ao visitante a oportunidade de fazer comparações imediatas. É uma grande chance de se avaliar novos mercados, ter contato com novas idéias, conhecer novas tecnologias, buscar parceiros para joint-ventures, bem como identificar fontes alternativas de suprimento. Abrindo aqui um parênteses, seria impossível falarmos de Feiras, sem nos referirmos à cidade de São Paulo, considerada hoje o centro de negócios da economia do Mercosul, segundo o SPCVB (São Paulo Convention & Visitors Bureau), por concentrar os maiores e mais importantes eventos nacionais e internacionais dos mais variados segmen-


• Localize os setores e as empresas de seu interesse: procure o centro de atendimento a visitantes on-

JM Fotografias / Acervo Alcântara Machado

tos da nossa economia – das 160 principais feiras que acontecem por ano no Brasil, 140 são realizadas na cidade. São Paulo tem 380 mil metros quadrados disponíveis para a realização de feiras, possui uma rede de hotéis e flats que soma 60 mil apartamentos, além da variada gastronomia e uma programação cultural bastante movimentada. Para tirar um melhor proveito da ocasião, antes de iniciar sua visita, faça um planejamento; estabeleça objetivos; acerte um roteiro, criando um equilíbrio entre as atividades profissionais, culturais e turísticas; como as Feiras levam um grande público às cidades onde são realizadas, faça suas reservas com antecedência, evitando qualquer tipo de desapontamento. Iniciando a visita, o primeiro passo é usar roupas e, principalmente, sapatos confortáveis, lembrando que normalmente os locais de realização das Feiras são muito extensos e nem sempre climatizados. Um bom café da manhã pode evitar as filas formadas nas praças de alimentação do local; seja qual for a sua opção, faça refeições leves que ofereçam um bom balanceamento calórico e protéico. Chegando ao local onde a Feira está sendo realizada, aproveite o seu tempo para visitar todo o pavilhão.

de poderá ser obtido um mapa de ocupação do local. • Defina suas intenções: faça um estudo geral do seu investimento, pesquise preço, analise o custo-benefício. • Não compre precipitadamente: cuidado com as “ofertas” que nem sempre preenchem as suas necessidades; trabalhe dentro do seu orçamento, de acordo com seu planejamento. • Aproveite a sua condição de ator principal: toda a temática da feira está focada no visitante, é para ele que esse evento está sendo realizado. Porém, você deve ter cuidado ao desfrutar desse momento; lembre-se que as empresas expositoras tentarão de todas as formas chamar atenção para o seu produto e, aquelas que identificá-lo como um comprador em potencial, tentarão de todas as maneiras evitar que vo-

cê visite os concorrentes, segurando-o o máximo de tempo possível em suas dependências, nem sempre tendo a ética como norma. • Cuidado com as bebidas alcoólicas: excesso de álcool, além de não fazer bem para sua imagem, pode distorcer a sua capacidade de análise. O nosso cérebro recebe as sensações captadas pelos nossos cinco sentidos, transformando-as em estímulos que podem ou não ser úteis para nós. Visão, audição, olfato, tato e paladar, funcionam o tempo todo como informantes do mundo exterior; utilize-os como aliados na depuração das informações recebidas. Apure seus cinco sentidos e tire proveito da ocasião. Heloisa Giraldes Coordenadora de Marketing da Sandvik Coromant do Brasil

O Mundo da Usinagem

7


José Rosael

Estando em São Paulo, é uma boa idéia parar um pouco e visitar alguns espaços merecedores de atenção. Confira nossas dicas: Centro Velho Centro Cultural do Banco do Brasil: prédio do início do século, com belos vitrais, antiga sede do BB, hoje com exposições e simpática cafeteria. Rua Álvares Penteado, 112, esquina com a rua da Quitanda. Prédio Banespa: com mirante público no último andar. Rua João Brícola. Teatro Municipal: Concertos do MeioDia, no hall e terraço.

Museu Paulista.

Praça Ramos de Azevedo. Catedral da Sé: cripta em estilo gótico, bela estatuária na fachada e dentro da igreja. Praça da Sé.

Museu de Arte Sacra: um dos mais antigos edifícios de São Paulo, data do século XVIII. Além dos objetos, vale a visita a este antigo Convento da Luz e seu maravilhoso jardim interno. Estação da Luz.

Luz

Ipiranga Museu Paulista, ou “do Ipiranga”: história nacional, jardins, exposição sobre Santos Dumont, infra-estrutura da cidade, objetos de uso doméstico como louças, porcelanas, vidros, vestimentas.

Região da Paulista Museu da Língua Portuguesa: pioneira apresentação da língua portuguesa em prosa e verso, com exposição interativa. Estação da Luz. Pinacoteca do Estado: belo edifício do século passado, reformado para abrigar as coleções de artes plásticas do Estado. Merece uma visita, bem como o famoso Jardim da Luz, primeiro jardim público de São Paulo. Entre a Pinacoteca e a Estação da Luz.

8

O Mundo da Usinagem

Museu de Arte São Paulo, o MASP: sobre o Belvedere de onde se vê o centro da cidade; coleções de pintores renascentistas italianos e de todas as importantes escolas artísticas da arte mundial. Bom restaurante e cafeteria. Casa das Rosas: na antiga casa que o arquiteto Ramos de Azevedo construiu para sua filha, temos hoje um espaço dedicado à poesia, com belo jardim de rosas no coração da Paulista.

Pinheiros/Jardins: Museu da Casa Brasileira: móveis antigos e modernos, lindo parque, bom restaurante. Museu de Arte Moderna, o MAM no Ibirapuera: exposição de arte moderna e contemporânea e ótimo restaurante. Para mais detalhes, acesse www.spcvb.com.br ou www.visitesaopaulo.com.br e boa visita!



PONTODEVISTA

crédito

Caio Caruso

Ser ou não ser ético? Eis a questão!

A questão ética, em seu aspecto teórico, é simples. Levando em conta valores e regras de comportamento, decidimos entre o certo e o errado, entre o bem e o mal e entre o que é bom e o que é mau. problema é a efetiva prática da conduta ética, especialmente em nossa sociedade atual, que sofre a influência dos seguintes fatores: o relativismo; a falsa noção de que aquilo que a maioria faz deve estar cer-

O

10 O Mundo da Usinagem

to; o fenômeno da “diluição da responsabilidade”. Quando alguém é questionado por agir ou pensar de maneira diversa ao senso comum, normalmente se justifica afirmando que age ou pensa da forma que

bem entende, pois tudo é relativo. Quando se critica uma obra reconhecida por sua beleza – os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, por exemplo – sob a argumentação de que “gosto não se discute”, percebe-se o quanto



o relativismo – doutrina filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade e valor absoluto – pode ser nocivo à sociedade. O relativismo, ao partir do pressuposto de que todo ponto de vista é válido, rejeita a tradição, os critérios acadêmicos, os ideais de verdade e racionalidade e os próprios valores e regras do comportamento ético. Além da nocividade dessa teoria que invadiu a sociedade, a falsa noção de que aquilo que a maioria faz deve estar certo vem perigosamente confundindo as pessoas no campo da ética. “Mas saber o que é certo ou errado nunca pode ser a mesma coisa que saber o que é mais usual... Se fosse demonstrado que o preconceito racial é muito difundido, isso não o tornaria eticamente aceitável. Embora outras pessoas fraudem o imposto de renda, isso não torna moralmente defensável que você o faça” (J. Gaarder, O livro das Religiões). Ora, a ética não se orienta pelo que a maioria diz, nem busca o que é. Em vez disso, a ética busca o que “deve ser” e se orienta por regras aceitas universalmente, tais como o mandamento do amor – “ama a teu próximo como a ti mesmo” – e o princípio da reciprocidade – “trata os outros como gostaria de ser tratado”. Note-se, também, que embora a base da ética seja o senso de responsabilidade, em virtude do fenômeno da “diluição da responsabilidade”, quase ninguém a assume realmente, seja no aspecto individual ou no aspecto coletivo, este identificado como a solidariedade. Ser ou não ser, eis a questão: se12 O Mundo da Usinagem

rá mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e setas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provações e em luta pôr-lhes fim? Morrer...dormir: não mais. O angustiante dilema do príncipe Hamlet – vingar ou não a morte de seu pai – retratado na célebre frase da peça teatral de mesmo nome, escrita por William Shakespeare, serve como pano de fundo e inspiração em qualquer lugar e momento onde ocorram conflitos de consciência, dilemas existenciais e reflexões éticas. Hoje, personificado de príncipe da Dinamarca – Hamlet –, e como ele também incomodado por fantasmas – o dele era o de seu pai assassinado, o meu é o da injustiça e desigualdade que flagelam, excluem e marginalizam – proponho algumas reflexões. Ser ou não ser ético? Agir ou não agir de maneira ética? Eis as questões que todos os membros de nossa sociedade, especialmente os poucos detentores das riquezas – patrimônio e conhecimento – devem responder. Fala-se muito e pouco se pratica a ética. E isto porque a atitude ética, ao priorizar o interesse coletivo ao individual, envolve a partilha das riquezas. Porém os políticos, empresários, profissionais e acadêmicos em vez de agir, protegem seus bolsos com discursos vazios, continuando a vitimar a população carente e vulnerável com suas omissões. Rodrigo Mendes Pereira Coordenador do Curso de Terceiro Setor da Escola Superior de Advocacia – ESA – da OAB/SP



INTERFACE

Como chegar ao cofre do Finame

O que os micro e pequenos empresários precisam fazer para ter acesso aos recursos oferecidos pela linha de financiamento a longo prazo para a compra de máquinas e equipamentos, concedida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

14 O Mundo da Usinagem

uitos micro e pequenos empresários que necessitam comprar um torno mecânico, por exemplo, ou mesmo estudantes do Senai ou do último ano do curso de engenharia que estão pensado em montar seu próprio negócio, certamente já ouviram do fabricante que aquela máquina em que estão interessados “tem o Finame”. Poucos sabem, porém, o que é e como funciona exatamente essa linha de financiamento a longo prazo para a compra de máquinas e equipamentos, concedida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o banco de fomento do governo federal, que tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Embora exista uma percepção arraigada entre os novos empreendedores de que o financiamento de máquinas e equipamentos é coisa para grandes companhias, no caso do Finame, a linha de crédito está disponível para empresas de todos os portes, sejam micro, pequenas, médias ou grandes corporações. O empréstimo não tem limite de valor e pode ser solicitado por meio de qualquer uma das instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, o que inclui praticamen-

M

te todos os grandes bancos comerciais, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, ABN-Amro Real, HSBC, entre outros, além de bancos de negócios e ligados a empresas. O BNDES financia apenas máquinas e equipamentos novos de fabricantes nacionais credenciados na página na internet (www. bndes.gov.br/linhas/finame.asp) há disponível a relação de máquinas e equipamentos cadastrados. Nas operações de aquisição de máquinas e equipamentos que apresentem índices de nacionalização, em valor, inferiores a 60%, o Finame será calculado pela multiplicação do índice de nacionalização da máquina ou equipamento pelo nível de participação vigente. Em casos excepcionais, mediante consulta prévia, a critério da diretoria do BNDES, poderá ser considerado o valor total do bem – e a operação, nesse caso, será realizada em moeda estrangeira. Os prazos e as taxas de juros, bem abaixo das praticadas pelo mercado, são as grandes vantagens dos empréstimos do Finame. O início da amortização é de 60 meses, incluindo um semestre de carência, e o período máximo para pagamento do empréstimo é de seis anos. A liberação dos recursos leva três meses, em média. A taxa uti-


lizada pelo BNDES é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), entre 1% a 3% de remuneração para o banco estatal, além da taxa do banco intermediário, negociada entre a instituição financeira credenciada e o cliente. O financiamento também pode contemplar o capital de giro associado à aquisição de uma máquina ou equipamento nos empréstimos para micro, pequenas e médias empresas, na linha de bens de capital. A parcela financiável de capital de giro associado, no entanto, é limitada a 50% do valor do equipamento, nas operações realizadas com microempresas, e a 30%, naquelas feitas com pequenas e médias empresas.

Na hora de requisitar o Finame, o pequeno ou médio empresário, no entanto, tem que cumprir uma série de exigências burocráticas e não deve com elas se assustar. A primeira delas é bater à porta de um dos bancos comerciais credenciados pelo BNDES. Obviamente, as chances de obter o empréstimo são maiores para quem tem conta corrente na instituição que vai intermediar a operação. Se usar produtos do banco, a possibilidade de ser bem-sucedido é ainda maior. Depois, é preciso ter toda a documentação em ordem e o recolhimento dos impostos estar em dia. A lista é extensa. É necessário apresentar várias certidões negativas de

Consulte informações especializadas Nos sites da Abimei – Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais – www.abimei.com.br, e da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – www.abimaq.com.br – você encontrará informações bem organizadas e extremamente úteis para orientar sua compra, elaboradas por profissionais capacitados a dar assistência a seus associados. Consulte-os.

contribuições, impostos (IR, INSS, FGTS e contribuições sindicais e assistenciais dos empregados), bem como ter cumprido as obrigações acessórias (RAIS, DIRF e outros informes), e qualquer outro tipo de obrigação com os governos estadual e municipal, além da declaração de imposto de renda dos sócios e da empresa. É preciso também comprovar que não há restrições cadastrais nem títulos protestados. Por fim, há a exigência de apresentação das garantias. No caso de compra de máquinas e equipamentos, normalmente o banco intermediário aceita o próprio objeto da aquisição como garantia, além do aval dos sócios. Vencidas todas essas etapas, você pode ter a máquina para iniciar ou ampliar seu negócio. O gerente do banco e o fornecedor, que muitas vezes depende das linhas do BNDES para vender, conhecem o caminho das pedras e podem ajudá-lo nessa empreitada. Intexto Comunicação Empresarial O Mundo da Usinagem 15


Caio Caruso

GESTÃO EMPRESARIAL

SOA, mais uma sigla de TI?! Intensas mudanças na atividade econômica, tecnologia e competição de mercado, estão obrigando as empresas a serem cada vez mais eficientes e enxutas.

16 O Mundo da Usinagem

o início dos anos 90, com a onda da reengenharia, as empresas redesenharam seus processos e estruturas buscando a eficiência. O impacto da reengenharia foi interno mas, atualmente, a abrangência ultrapassou os muros das empresas, estendendose aos clientes e fornecedores, criando uma interdependência. Juntar forças se tornou uma nova forma ou modelo de negócios, formando-se alianças estratégicas até mesmo entre competidores.

N


A tecnologia possibilita a integração e colaboração de processos entre empresas. Ela pode ser utilizada para estender os processos internos aos parceiros de negócios, possibilitando uma harmonização de processos internos e externos. A empresa de computadores DELL implementou o modelo Pull (puxado) pelo qual somente fabrica um PC a partir da colocação de um pedido do cliente via internet ou telefone. A necessidade de componentes é comunicada eletronicamente aos fornecedores que estão integrados nessa eficiente cadeia de fornecimento. Por meio da tecnologia, as empresas podem responder aos seus clientes rapidamente e aprender com essas interações, antecipando futuras necessidades ou exigências do mercado. A empresa e seus parceiros poderão compartilhar informações para o desen-

volvimento simultâneo de produtos, processos e cadeia de fornecimento, como se fosse uma única empresa estendida. Alguns sistemas de TI (Tecnologia da Informação) são inflexíveis e restringem a agilidade para responder a novos eventos no ambiente empresarial. A contrapartida de TI vem sendo a implementação da Arquitetura Orientada a Serviços ou simplesmente SOA (ServiceOriented Architecture), como é mais conhecida. A idéia é desenvolver aplicações na forma de “serviços” separados que podem ser usados de maneira independente ou agrupados em diferentes maneiras para criar novas funcionalidades. Dessa forma essas aplicações podem ser rearranjadas rapidamente de acordo com novos requisitos. Pode-se fazer uma analogia com o brinquedo LEGO, no qual programas (blocos) podem ser monO Mundo da Usinagem 17


tados e desmontados conforme as necessidades de negócios. As empresas que aderiram a essa nova idéia estão descobrindo os seguintes benefícios: • Aumento da agilidade; • Aumento da reutilização dos ativos tecnológicos (software e hardware); • Redução nos gastos de integração, desenvolvimento e manutenção. SOA não é uma tecnologia e sim uma estratégia de TI, um princípio de desenvolvimento de software. A abordagem SOA parece simples mas, na verdade, é desafiadora, pois tem como intuito proporcionar maior agilidade e alinhamento da área de TI com os objetivos estratégicos de negócios. Novas necessidades dos clientes, diminuição do tempo de lançamentos de produtos e serviços, fusões e aquisições, tudo isso requer um novo modo de atuação do time de TI. A SOA possibilita atender rapidamente a essas demandas com a disponibilização de aplicações adaptadas às novas realidades do mercado. O objetivo é fazer com que analistas de TI e de negócios possam construir e reutilizar serviços para desenvolver novas aplicações e compor novos processos, cumprindo também requisitos de qualidade e aderência a políticas de governança. Um exemplo simples seria o desenvolvimento de um sistema de rastreamento de pedidos dos clientes, que poderia ser montado utilizando-se serviços disponíveis internamente (consulta do status da ordem de produção ou expedição) e serviços externos, disponíveis por terceiros (ex. rastreamento de pa18 O Mundo da Usinagem

cotes dos Correios ou Fedex). Esse mesmo sistema poderia ser disponibilizado na forma de serviço e integrado aos sistemas dos clientes. Esses processos podem ser medidos e monitorados. Caso algum evento (ex. atraso na entrega) ocorra, podem ser disparados alarmes para as devidas ações. Essa integração pode ser efetivada por meio de padrões abertos, largamente adotados pelos maiores fornecedores de software. Através do XML (eXtensive Markup Language) – uma derivação da HTML (a linguagem utilizada pelos navegadores Web) e padrões de comunicação, esses serviços podem ser transformados em Web Services, que poderão ser acessados facilmente via internet por qualquer outro sistema. Esses padrões abertos também diminuem o custo e a complexidade da integração de sistemas. Através dessa facilidade e rápida configuração, as empresas podem aumentar sua capacidade de criar e melhorar processos, sem mudanças drásticas ou interrupções nas operações. É claro que a SOA não é uma panacéia, e sua adoção requer um pensamento “fora da caixa” e mudança de cultura para possibilitar às empresas introduzir novas práticas e processos mais rapidamente, a um menor custo, por meio da flexibilização dos sistemas. Em resumo, a SOA pode ajudar a transformar a TI, de um centro de custo a um agente de valor, contribuindo para a vantagem competitiva empresarial. Leonardo Susumu Ando Analista de Sistemas da Sandvik do Brasil




SUPRIMENTOS Colorblind/Getty Images

O que fazer antes de bater o martelo da compra A FEIMAFE já se consolidou como o maior evento do setor de máquinas-ferramenta da América Latina e por conta disso tornou-se um importante divisor de águas para quem pretende investir na ampliação do negócio ou na sua modernização. uitos empresários já chegam ao evento com a idéia clara do investimento que pretendem realizar. Outros começam a traçar um plano de aquisição a partir das novidades apresentadas na feira. Em qualquer um dos casos, porém, se a compra for condicionada à obtenção de uma linha de financiamento, nunca é demais dar atenção a detalhes que podem determinar a continuidade do bom fôlego financeiro da sua empresa a partir da tomada dessa decisão.

M

O Mundo da Usinagem 21


Tudo começa com a criação de um Plano de Negócios, que vai funcionar como o norte de toda a operação de compra e que pode ser concebido ora pelo profissional da área financeira, pelo próprio dono ou por uma consultoria terceirizada. A partir daí, é fundamental racionalidade e muito, muito planejamento, segundo alerta Rafael Paschoarelli, professor da área de Finanças da FIA e da FEA, ambas da Universidade de São Paulo e autor, entre outros, do livro A Regra do Jogo. Um Plano de Negócios bem elaborado pode definir, inclusive, a aprovação ou não do empréstimo por parte do banco. Não existe compra por impulso para a pessoa jurídica. É preciso avaliar se a companhia terá capital de giro para suportar a aquisição almejada e traçar cenários de possibilidades variadas de médio e longo prazos, afirma Paschoarelli, citando alguns exemplos. Se o projeto inclui a compra de uma máquina, é preciso avaliar que talvez seja este o momento

oportuno para a aquisição também de novos periféricos. Máquina e periféricos novos instalados podem exigir uma demanda maior de matéria-prima e, neste caso, diz o professor, é importante avaliar se a empresa terá fluxo de caixa para bancar essa compra extra e ainda arcar mensalmente com a dívida junto à instituição financeira onde o empréstimo foi contraído. Decisão de compra tomada, a atenção volta-se para onde e de que forma buscar a linha de financiamento. Para o professor da USP, a primeira opção para pesquisar condições de empréstimo deve recair sempre sobre o BNDES/Finame. De qualquer forma, quem visitar a 11ª FEIMAFE poderá conferir também spreads especiais que bancos parceiros da Abimaq deverão apresentar. Segundo Maristela S. Miranda, diretora de financiamento dessa entidade, o Bradesco e o Banco do Brasil participarão do evento. “Normalmente, os bancos participantes de nossas feiras operam com

Financiamentos e Recursos Financeiros No site da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – www.abimaq.com.br – você encontra informações organizadas, sobre as principais fontes de financiamentos para o setor de máquinas e equipamentos. Ali existe link, sob a chamada “Ca-

22 O Mundo da Usinagem

nais Abimaq”, que o leva desde os financiamentos do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, até aqueles, mais específicos, do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste, para investidores naquelas regiões. Há também links para outros financiamentos.


linhas de financiamento de longo prazo do BNDES para o mercado interno e externo e com linhas próprias, com boas condições de spread bancário e agilidade no atendimento no ambiente do evento”, afirma a executiva. Além disso, no estande da Abimaq, estarão disponíveis folders com informações necessárias para quem procura por linhas de financiamento, incluindo a lista de documentação exigida para dar entrada nesse processo. De acordo com Paschoarelli, obviamente as taxas de juros e os prazos de carências são os dois outros fatores que devem ser avaliados detalhadamente por uma companhia que busca linha de financiamento. Muitas vezes, explica o acadêmico, a melhor opção para uma determinada empresa não é a menor taxa de juro disponível no mercado, mas um prazo maior de carência para recuperar o fluxo de caixa. Seja qual for o perfil da empresa, o professor é taxativo com relação de que nada deve ser levado

adiante sem a concepção de um Plano de Negócios eficiente. “É a receita do bolo”, enfatiza. Com ele bem executado, será mais fácil para uma companhia colocar a cereja sobre ele. O plano de negócios também pode contemplar inovação radical, como empreender novos negócios a partir de oportunidades de financiamento. O BNDES, por exemplo, acaba de abrir um programa de Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval, com o objetivo de financiar projetos de implantação, expansão e modernização e a construção e reparo de navios. Trata-se de enorme incentivo às empresas nacionais do setor, que possibilitará tanto a encomenda de embarcações e equipamentos como também reparos. Nesse sentido, é útil estar sempre atento às novidades do setor de financiamentos. Margareth Boarini Jornalista

O BNDES financia a aquisição de máquinas e equipamentos importados No site da Abimei – Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais – www.abimei.com.br – você pode encontrar importantes informações sobre financiamentos, como esta que remete

a informação oficial do BNDES sobre importação de máquinas, com todos os procedimentos, documentos necessários e teto dos empréstimos. http://www.bndes.gov.br/produtos/faq/bloco1.asp#perg15

O Mundo da Usinagem 23



Colorblind/Getty Images

SUPRIMENTOS

A importância da Decisão sobre o Tipo de Negócio na aquisição de uma Máquina-Ferramenta crescente concorrência internacional no mercado de componentes usinados, causada principalmente pela globalização da economia e, ultimamente, potencializada pela expansão da economia asiática, tem assustado os empresários brasileiros, os quais têm visto muitos negócios sendo perdidos pelo nosso mercado. A solução para este problema se resume em uma única palavra: “Produtividade” e, para alcançá-la,

A

as empresas precisam investir em novos equipamentos e meios produtivos, bem como desenvolver novos processos, que juntos levem a uma otimização dos custos da produção. O principal componente destes investimentos, sem dúvida nenhuma é a máquina-ferramenta, o que pode ser comprovado pelo forte crescimento deste mercado nos últimos anos. Muitas são as decisões a serem tomadas por uma empresa ao investir em uma

máquina-ferramenta mas, com toda certeza, a mais importante delas, muitas vezes passa despercebida pelo investidor na opção do negócio, que é a “quão produtiva será a máquina adquirida”. Se considerarmos que, em média, em uma máquina-ferramenta, somente 24% do tempo é efetivamente usada para remoção de cavaco, agregar valor a este tempo, aumentando a velocidade de remoção, é o fator fundamental paO Mundo da Usinagem 25


ra a maximização da produtividade da máquina. COMO GARANTIR UM INVESTIMENTO COM MÁXIMA EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE? Existem três modelos de negócios utilizados nos processos de aquisição de máquinas-ferramenta: Sem Processo, Turn Key Indireto e Turn Key Direto. A compra de máquina sem processo é o mais comum e predomina em 95% das transações. Neste caso, o cliente adquire a máquina sem nenhum tipo de ferramental ou dispositivo. Diz-se que a máquina é vendida “pelada”. Toda a responsabilidade por ferramentar a máquina e definir o processo de usinagem fica por conta do cliente. Normalmente ocorre em negócios que envolvem máquinas simples, como máquinas convencionais, tornos CNC horizontais e pequenos Centros de Usinagem verticais. No turn key indireto o comprador da máquina, adquire o ferramental diretamente dos fornecedores, mas exige que a definição do processo e do ferramental seja feita pelo fabricante e/ou revendedor da máquina, ficando este com uma responsabilidade parcial sobre o funcionamento e eficiência do equipamento. Este modelo de negócio é utilizado em máquinas de médio valor agregado e que envolvam processos complexos, tais como, tornos CNC verticais, Centros de Usinagem horizontais, máquinas multi-tarefa e máquinas high speed. Por fim temos o modelo turn key direto, onde a máquina é fornecida com todo o ferramental e processo definido e garantido pe26 O Mundo da Usinagem

lo fabricante da máquina. O termo “turn key” neste contexto, significa “apertar o botão” e quer dizer que o cliente final recebe a máquina pronta para produzir, precisando somente ligá-la. Este é o modelo de negócio que gera a mais eficiente produtividade do investimento, se feito da forma correta. Embora o preço do equipamento seja relativamente maior neste modelo, o retorno sobre o capital empregado se dá de forma mais rápida e os resultados esperados são atingidos em um prazo menor, geralmente poucos dias. Este tipo de negócio ocorre geralmente em grandes investimentos, tais como linhas para usinagem ou equipamentos de alto valor agregado em processos de alta complexidade. Ao longo de muitos anos atuando no cenário mundial da usinagem, temos observado que o melhor modelo para a compra de uma máquina-ferramenta independe de ser Sem Processo, Turn key direto ou indireto, mas depende, isso sim, de como se dá o envolvimento das partes integrantes da cadeia de fornecimento no negócio. Queremos dizer que a definição do processo, bem como de ferramentas, dispositivos, sistemas CAM e outros deve ser feito através de uma análise conjunta dos fornecedores, com foco no componente usinado e na produtividade. Desta forma o processo se beneficia da experiência e know how das partes envolvidas: cliente final, fabricante de máquinas e fornecedor de ferramentas, entre outros. Fernando de Oliveira Gerente Regional de Vendas OTS da Sandvik Coromant do Brasil




OTS

A principal vantagem competitiva na utilização de máquinas multi-tarefas é a grande redução no tempo total do ciclo de fabricação de peças.

s máquinas multi-tarefas, amplamente aceitas em todo mundo, são máquinas-ferramenta indicadas para os fabricantes de peças e para empresas terceirizadas que usinam componentes de grande valor agregado, constituindo a mais avançada tecnologia para tornear e fresar peças complexas ao combinar o torneamento versátil através do eixo Y e o fresamento com eixo B. A principal vantagem competitiva na utilização de máquinas multi-tarefas é a grande redução no tempo total do ciclo de fabricação de peças. O benefício é crescente quanto maior ou mais complexa for a referida peça, seja por sua geometria, seja pelo número de operações normalmente envolvidas, pricipalmente se considerarmos tais peças sendo usinadas em diferentes equipamentos, cada qual com seu tempo de set-up, afora o tempo dispendido em transportes intermediários. As multi-tarefas reúnem funcionalidade de torneamento e fre-

Imagens cedidas pela Meggatech

Máquinas Multi-Tarefas: avançada tecnologia a custos de simples torneamento

A

Fresamento inclinado com eixo B

Magazine ATC de ferramentas com troca rápida samento completos e podem armazenar em seu magazine ATC de 40 estações até 80 ferramentas, sendo a troca rápida tool-to-tool que pode chegar ao tempo mínimo de 1,5 segundo, uma qualidaO Mundo da Usinagem 29


Imagens cedidas pela Meggatech

Eixo Y com deslocamento de + 80 / - 80 mm em relação à linha de centro do fuso principal

de e característica técnica mais atraente desse tipo de equipamento. Ferramentas de tornear também podem ser armazenadas no magazine ATC e podem atender ao mesmo fuso de fresar.

30 O Mundo da Usinagem

Importante ênfase é dada ao cabeçote do centro de torneamento multi-tarefas, uma vez que, posicionado em vários ângulos, seja para trabalho com o fuso principal ou o secundário, o cabeçote realiza operações com grande versatilidade, o que não é possível num centro de torneamento comum. Normalmente equipadas com CNC que possibilita programação conversacional, facilitando de forma interativa a criação e simulação dos programas CNC, as multi-tarefas permitem a usuários inexperientes a elaboração de programas através de instruções simples, assistidas graficamente, as quais vão guiando o programador durante todo o processo. A edição do programa CNC da peça permite flexibilidade em ta-

Versão completa com torre inferior e dois fusos de trabalho


Imagem cedida pela Meggatech

refas das mais simples, como apagar, copiar e colar partes do mesmo. Uma simulação detalhada auxilia na visualização de ciclos de usinagem mais complexos, além de uma fácil integração a sistemas CAD/CAM que o usuário já tenha. Monitoramento da carga da ferramenta para detecção de quebra e desgaste das ferramentas é também importante nos centros de torneamento multi-tarefas. Esses centros multi-tarefas são indicados para indústrias de instrumentação médica, aeronáutica, de petróleo, fabricantes de máquinas, por exemplo, produtoras de itens que exigem elevada precisão, repetitibilidade e acabamento superficial de qualidade. Ou seja, atendem a necessidade de indústrias na fabricação de peças complexas (com muitas opera-

Máquina com até 9 eixos programáveis pelo CNC Fanuc 18i-TB ções), sofisticadas, de grande precisão, reunindo várias operações num único equipamento, diminuindo drasticamente o tempo de set-up em diferentes máquinas e também o tempo de manuseio e

transporte entre várias máquinas que completam o ciclo produtivo. Ennio Crispino Gerente Comercial América Latina da Doosan Infracore


Doosan Infracore: a nova marca das máquinas CNC Daewoo A Daewoo Heavy Industries & Machinery Ltd. foi adquirida, no final de 2004, pelo Grupo Doosan, que adotou a denominação Doosan Infracore. A alteração no controle acionário, entretanto, não trouxe qualquer modificação operacional para os usuários brasileiros e mundiais de máquinas CNC da marca Daewoo. Em 2004, o governo sul-coreano – sócio majoritário da Daewoo – decidiu passar suas ações para a iniciativa privada, através de concorrência pública realizada em outubro daquele ano. O novo sócio majoritário, Grupo Doosan, um dos 10 maiores conglomerados sul-coreanos, com atuação em vários setores de atividades, de produtos alimentícios à construção civil, passando por têxteis e equipamentos industriais, foi oficialmente confirmado a partir de abril de 2005. “Como o Grupo Doosan já contava com uma Divisão fabricante de máquinas-ferramenta – a Doosan Mecatec – a estratégia adotada pelo Grupo determinou a incorporação recente desta unidade de negócio pela Doosan Infracore”, explica Ennio Crispino, Gerente de Vendas para a América do Sul da Doosan Infracore America. A aquisição fortalece a empresa que, assim, a partir de janeiro de 2007, ganhou suporte financeiro que permite manter investimentos

32 O Mundo da Usinagem

na fabricação de máquinas de primeira linha e, dessa forma, além da complementação da linha de produtos de tornos e centros de usinagem CNC com os produtos já fabricados por cada uma das Divisões, amplia imediatamente a capacidade de produção, já que se poderá contar com as modernas instalações então utilizadas pela Doosan Mecatec, além do corpo de engenheiros altamente especializados pertencentes à mesma. “A Doosan Infracore já estabeleceu metas arrojadas de atuação: estar, até 2015, entre os cinco maiores fornecedores mundiais de soluções completas de infraestrutura, envolvendo desde a construção civil, até maquinários para novas instalações industriais”, continua Ennio, “e até 2010, enquanto fabricante de máquinas CNC, a Doosan Infracore pretende alcançar a liderança mundial”. A linha de tornos e centros de usinagem CNC já ocupa lugar de destaque no ranking mundial, colocando a Doosan entre o 3º e 4º lugares no volume de máquinas produzidas, que chegou a 7 mil máquinas em 2006 e deve alcançar 10 mil máquinas em 2007. Para atingir suas novas metas de crescimento, a Doosan Infracore dá atenção especial às suas atividades nos países emergentes, entre estes: Brasil, Rússia, China e Índia, por exemplo.



Meggatech, suporte completo para as máquinas Doosan Infracore Unidade de negócios do Grupo Megga, instalada em 2200 m2, em Cabreúva (SP), onde mantém amplo estoque de peças de reposição, show room que absorve treinamentos técnicos, com possibilidade de estoque alfandegado tanto para máquinas, como para peças de reposição, a Meggatech tem presença destacada no fornecimento de máquinasferramenta de alta tecnologia para usinagem de metais, registrando crescimento anual de cerca de 20% ao representar marcas mundialmente reconhecidas como Doosan Infracore, Brother e Okamoto, e mais recentemente Zitai e Polygim. “As máquinas Doosan são comercializadas no Brasil desde 1994 e, a partir de 2000, são representadas com exclusividade pela Meggatech, somando um considerável parque instalado que recebe nossa total atenção técnica”, explica Eduardo Rodrigues, Diretor Comercial da Meggatech, que prevê crescimento de 30% para 2007 e já está trabalhando bastante para conquistar essa meta, incluindo nesses esforços a busca de novas parcerias e a intensificação de vendas, apoiado na participação em inúmeras feiras e exposições. “Na Feimafe estaremos apresentando o centro de torneamento Multitarefas da Doosan Infracore – Puma MX 2000ST”, informa.

34 O Mundo da Usinagem

Com um portfólio integrado por mais de 25 tipos de tornos e mais de 20 tipos de centros de usinagem vertical e horizontal, com destaque para as máquinas-ferramenta com construção tipo barramento, a Doosan Infracore “nos permite atender praticamente todas as necessidades de usinagem de diversos setores industriais, ferramentarias, somando mais de 500 máquinas já instaladas em todo território nacional”, completa. A Meggatech se destaca em sua atuação primeiro pelo suporte técnico e comercial que oferece, disponibilizando equipes em todas as regiões do país e, assim, consolidando-se como empresa comprometida com a qualidade, a tecnologia e as relações que estabelece com seus diferentes públicos. Em segundo, está a manutenção de estoque de peças para reposição, o que se traduz em atendimento imediato em todo território nacional, caso necessário, vantagens aliadas à sua engenharia de aplicação, apta a desenvolver desde as mais simples até as mais complexas soluções de processo. Além disso, o suporte da filial de São Leopoldo, estrategicamente localizada na Região Sul do país, permite atender esse significativo pólo industrial e suas amplas fronteiras.



Acervo Iconográfico Memorial do Imigrante

INTERESSANTESABER

A Hospedaria de todos nós...... O que há de tão especial naquele bonito prédio rosado, dentro de bem cuidado jardim, em um cantinho da Mooca?

36 O Mundo da Usinagem

mbora todos os habitantes que chegaram ao Brasil pudessem ser considerados “imigrantes”, o termo se refere aos europeus e, posteriormente, asiáticos, que chegaram a partir de meados do século XIX, trazidos por uma política de estado, no caso o brasileiro, interessado em povoar essas terras. Na categoria de “imigrantes”, portanto, não entram os contingentes africanos, aqui chegados nos séculos XVI-XVIII embora, paradoxalmente, tenham para aqui imigrado bem antes dos demais. E entre os demais, foram os

E

suíços os primeiros a chegarem, em 1848, seguidos por alemães, italianos e, por fim, japoneses. As demais nacionalidades também deram entrada como “imigrantes” mas raramente ocorreram acordos entre os estados, como nos casos anteriores. A imigração mais volumosa foi a italiana: quase dois milhões de pessoas entre 1875 e 1939. Um segundo momento foi no pós-guerra, de 1950 a 1956, mas o número não alcançou nem 1/10 do primeiro. São Paulo, pela necessidade de braços para a lavoura do café, e seguindo a política de “branquea-



mento” do governo imperial, que sonhava em ver “colonos louros” substituindo os escravos negros, foi o estado que mais recebeu imigrantes europeus. O Porto de Santos possuía uma Hospedaria para a triagem inicial desses imigrantes mas ela logo se tornou pequena, bem como a de São Paulo, no bairro do Bom Retiro. Assim, em março de 1885 a Assembléia Provincial autorizava a construção de uma nova Hospedaria, na região da linha férrea. Antônio Queiroz Telles, Barão de Parnaíba, no governo da Província de São Paulo, inicia, em 1886, a construção do prédio que hoje, na rua que leva seu nome, hospeda não mais imigrantes mas todos nós, deles descendentes, que ali vamos buscar rastros de nossa história. A grande Hospedaria dos Imigrantes, que funcionou até 1978, acolhendo migrantes internos, é hoje o Memorial do Imigrante, da Secretaria de Estado da Cultura. Está ali o grande jardim que reconhecemos nas fotos antigas, por onde as crianças corriam jogando bola, sob a enorme figueira. Ainda ali a pequena construção onde funcionava o escritório de empregos, que cadastrava os imigrantes e os selecionava para os trabalhos disponíveis. Ainda ali, em salas de exposição, as camas, berços, cadeira do dentista, armários do posto médico. Fotos, muitas fotos, olhares esperançosos em rostos tristes e apreensivos, o nosso próprio passado nos contempla e parece nos perguntar: valeu a pena nosso tão grande sacrifício? A viagem era extenuante e muitos não conseguiam completá-la, sobretudo as crianças. Os registros 38 O Mundo da Usinagem

Locomotiva inglesa do começo do século, na estação da Hospedaria, pronta para os passeios de sábados, domingos e feriados.

de embarque e desembarque dão conta dos mortos no trajeto, sempre dezenas deles em cada navio. Do porto de Santos vinham diretamente para a Hospedaria, na Maria Fumaça que está ainda ali, na pequena estação, parecendo pronta para partir e trazer-nos outra leva desses viajantes. A grande foto na estação nos faz participar daquela chegada, uma entre centenas mas, imortalizada naquela foto, é por onde todos nós chegamos. Na Hospedaria podiam ficar entre 8 e 10 dias. Barbeiro, dentista, médico, alimentação, afinal uma cama limpa depois da longa travessia. E logo a viagem para o interior, para aquele mundo desconhecido do cafezal. Mas muitos escolheram ficar na cidade e a fizeram crescer com as profissões urbanas que ela desco-


Acervo Iconográfico Memorial do Imigrante

nhecia: sapateiros, músicos, ferreiros, tipógrafos, padeiros, alfaiates, carpinteiros, escultores, operários, operários, operários..... E desse mundo do trabalho nos fala o grande salão das profissões, onde penetramos no mundo de ferramentas que nossos filhos não conhecem nem de ouvir falar, como os enormes linotipos que produziam o Fanfulla, jornal ítalo-paulista de circulação maior do que muitos na própria Itália! Hoje, ao percorrer a Hospedaria, podemos teclar o nome de nossa família em computadores e logo nos chega o resultado: quando chegaram, nome do navio, data, em companhia de quais membros da família, para onde foram em seu primeiro emprego. E um pequeno escritório do Memorial nos emite Certificados de Desembarque, mui-

to usados para as solicitações de cidadania, sobretudo a italiana. Tudo isso é fruto do enorme trabalho realizado no setor de documentação do Memorial, que preserva e estuda as listas de imigrantes chegados e saídos no estado, registro de todos aqueles que se alojaram na Hospedaria, fichas de registro dos imigrantes que chegaram como mão-de-obra “especializada”, no pós-guerra, e muito mais. Além desses documentos oficiais, administrativos, o Memorial preserva passaportes, carteiras de trabalho, fotografias, correspondência pessoal. O acervo fotográfico é particularmente bonito e tem gerado muitas exposições, sobre os mais diversos temas. Além disso, registros de história oral, com depoimentos de imigrantes, uma boa biblioteca, O Mundo da Usinagem 39


Fotos Vincenzo Dragone

Páginas dos computadores onde os visitantes fazem pesquisa sobre a chegada de suas famílias a São Paulo.

eventos e pequenos festivais de cada grupo imigrado e ei-lo ali: nosso ponto de encontro com nossas origens. Durante a semana, o local é frequentado sobretudo por escolares, que ali desenvolvem seus trabalhos de história da nossa formação social. Aos sábados e domingos, a clien-

tela muda: famílias inteiras aparecem para ver, relembrar, passear no trem – que funciona, com apito e tudo!!! – e até no Bonde, que sai da Hospedaria e vai até a Estação Bresser do metrô. Mais que uma visita ao passado, visitar o Memorial do Imigrante é refletir sobre a nossa responsabilidade com as esperanças e sonhos de nossos antepassados...... Visitação: De terça a domingo das 10:00 às 17:00 horas (inclusive feriados) Departamento de Pesquisa e Emissão de Certidão de Desembarque: De terça a sexta das 13:00 às 16:00 horas, e aos sábados, domingos e feriados das 10:00 às 17:00 horas

Equipe O Mundo da Usinagem



Necessária plurivalência oje em dia, atuar em uma empresa, seja de que segmento for, demanda grande empenho do profissional para que sua vida não se resuma às atividades profissionais. As reuniões de equipe, as conversas com fornecedores e clientes, as viagens de negócios devem dividir o tempo e atenção com a família, as brincadeiras com os filhos, viagens de férias com todos reunidos. Isso sem falar na importância da prática de uma atividade física para a busca ou manutenção de uma boa saúde, com uma corridinha no final da tarde ou uma caminhada mais acelerada. Estar atento às diversas necessidades do diaa-dia torna-se uma habilidade extremamente relevante para nós, pois o mundo globalizado pauta cada vez mais o profissional competente pela sua capacidade ou habilidade, entre outras, de plurivalência. Se pensarmos na área de vendas, por exemplo, percebemos com muita clareza que o ato de vender não está ligado apenas ao produto que colocamos no mercado como, também, às novas tecnologias de apoio e sobretudo à pessoa do profissional, suas habilidades em captar o que realmente é essencial para tornar o cliente que atende cada vez mais competitivo. Embora o cliente, hoje, possa ser atendido em tempos velozes, graças às tecnologias ligadas à informática, recebendo com facilidade informações precisas com fotos dos produtos, resultados de testes, preços, etc., não se pode pensar que ele deva trabalhar sozinho com toda esta informação. Um fornecedor deve perceber as necessidades do cliente e, a partir delas, apresentar soluções, mas não limitando-se a soluções genéricas, surgidas somente a partir da cotação dos produtos. É preciso ir além, ser criativo. Elas devem ser apresentadas tanto em função dos recursos de que o cliente dispõe, suas necessidades específicas, quanto um de nossos principais compromissos, que é justamente o tão desejado aumen-

H

42 O Mundo da Usinagem

to da produtividade que promove mais facilmente a redução dos custos de produção e, assim, a competitividade de ambas as partes, perpetuando empregos, negócios ou o futuro de todos. Planejar, executar, ter conhecimento técnico e de mercado são sem dúvida qualidades importantes para os profissionais do mundo global. Mas ser criativo, perceber o que de específico pode-se contribuir para o cliente é a diferença entre ser apenas eficiente ou ser verdadeiramente, parceiro. Portanto, plurivalência está no cerne do ser profissional, ser perceptivo e plural, sempre apto a fazer de cada negócio uma conquista diferente, “sob medida”, de nossos clientes e, por conseguinte, também nossa. Essa mesma plurivalência, que faz brotar alternativas de ação, é a mesma que nos anima no interior de nossas vidas pessoais. A tão almejada competitividade do mundo dos negócios decorre, justamente, do equilíbrio entre práticas saudáveis de informação, discussão e decisão, elementos igualmente válidos tanto na empresa como na vida particular. José Edson Bernini Gerente Nacional de Vendas, Sandvik Coromant do Brasil.

Adriana Elias

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2007 Mês

TBU

TBU

Noturno

Diurno

Mai

TFR

UMM

07 e 08

Jun

18, 19, 20 e 21

Jul

23, 24, 25 e 26

EAFT

OUT

OUF

TUCAS

25, 26, 27 e 28 02 e 03 03 e 04

Out

01 e 02

11, 12, e 13

16, 17 e 18

30 e 31

06, 07 e 08

Set

10, 11, 12 e 13

20, 21, 22 e 23

24, 25 e 26

15 e 16

Nov

22, 23 e 24 26, 27, 28 e 29

03 e 04

TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Rosqueamento com fresa de metal duro - (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21 horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)

TGU

28, 29 e 30

Ago

Dez

EAFF

05, 06 e 07



O MUNDO DA HGF Comunicação

DICASÚTEIS

USINAGEM

O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: omundodausinagem@sandvik.com

FALE COM ELES Fernando de Oliveira (11) 5696-5587 Heloisa Giraldes (11) 5696-5590 Leonardo Susumu Ando (11) 5696-5436 Meggatech (11) 5180-3563 Rodrigo Mendes Pereira romepe@terra.com.br CORRIGENDA Na revista O Mundo da Usinagem nº 33 a foto de Sandra Pascuti (página 44) é de autoria de Adriana Elias.

SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES ARWI Tel: 054 3026 8888 Caxias do Sul - RS ATALANTA TOOLS Tel: 011 3837 9106 São Paulo - SP COFAST Tel: 011 4997 1255 Santo André - SP COFECORT Tel: 016 3333 7700 Araraquara - SP COMED Tel: 011 6442 7780 Guarulhos - SP CONSULTEC Tel: 051 3343 6666 Porto Alegre - RS COROFERGS Tel: 051 2112 3333 Porto Alegre - RS CUTTING TOOLS Tel: 019 3243 0422 Campinas - SP DIRETHA Tel: 011 6163 0004 São Paulo - SP ESCÂNDIA Tel: 031 3295 7297 Belo Horizonte - MG FERRAMETAL Tel: 085 3287 4669 Fortaleza - CE GALE Tel: 041 3339 2831 Curitiba - PR CG Tel: 049 3522 0955 Joaçaba - SC HAILTOOLS Tel: 027 3320 6047 Vila Velha - ES JAFER Tel: 021 2270 4835 Rio de Janeiro - RJ KAIMÃ Tel: 067 3321 3593 Campo Grande - MS LOGTOOLS Tel: 047 3422 1393 Joinville - SC

MACHFER Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ MAXVALE Tel: 012 3941 2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 092 3613 2350 Manaus - AM NEOPAQ Tel: 051 3342 2463 Porto Alegre - RS PS Tel: 014 3312 3312 Bauru - SP PS Tel: 044 3265 1600 Maringá - PR PÉRSICO Tel: 019 3421 2182 Piracicaba - SP PRODUS Tel: 015 3225 3496 Sorocaba - SP RECIFE TOOLS Tel: 081 3268 1491 Recife - PE REPATRI Tel: 048 3433 4415 Criciúma - SC SANDI Tel: 031 3295 5438 Belo Horizonte - MG SINAFERRMAQ Tel: 071 3379 5653 Lauro de Freitas - BA TECNITOOLS Tel: 031 3295 2951 Belo Horizonte - MG THIJAN Tel: 047 3433 3939 Joinville - SC TOOLSET Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ TRIGON Tel: 021 2270 4566 Rio de Janeiro - RJ TUNGSFER Tel: 031 3825 3637 Ipatinga - MG

ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO

O Mundo da Usinagem 34 Abimei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Aços Roman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Agie-Charmilles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Arwi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Bener. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Cross Hueller . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 DMG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Feimafe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 HEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 IGM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Intertooling . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 KabelSchlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Meggatech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Okuma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Powermaq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Probe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Provecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 Sandvik Coromant . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 SKA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 SKF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 46 O Mundo da Usinagem



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.