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Fotos: Julio M.Landmann

EDITORIAL

Das sobras do outono ressurgirĂĄ a primavera, reciclagem contĂ­nua e sem ensaio, movendo-se pelas veias do tempo em progressĂŁo perene, entregando a todos uma chance de entender o verdadeiro sentido da vida

O Mundo da Usinagem

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ÍNDICE

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O MUNDO DA

O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS:

EDIÇÃO 5 / 2007

Fundamentais nas decisões estratégicas

USINAGEM

MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE

Alternativas para quem deseja comprar

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Capa Foto: Arquivo AB Sandvik Coromant

TRY OUT

Economize seu tempo

AB Sandvik Coromant

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 INTERFACE: VOCÊ PRECISA DE APOIO? 10 GESTÃO: TRY OUT 18 PONTO DE VISTA: EFEITO ESTUFA 23 INTERFACE: CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS PÚBLICAS 26 GESTÃO: USINAGEM INTERNA 34 SUPRIMENTOS: MÁQUINAS – FAÇA UMA ESCOLHA SEGURA 42 INTERESSANTE SABER: VAI UM CAFEZINHO? E OUTRAS NOTÍCIAS 61 OTS: MAZAK 66 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 68 MOVIMENTO 70 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 25.000 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Nivaldo Coppini, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Aryoldo Machado, Anselmo Diniz, Sidney Harb, Fernando de Oliveira e Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Type Brasil

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O Mundo da Usinagem



precisa de apoio? Por mais dinâmico, empreendedor e competente que sejam empresários e executivos, no mundo globalizado é impossível trabalhar sozinho.

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O Mundo da Usinagem

A

Martin Barraud/Gettyimages

INTERFACE

Você

ssim, muitas vezes, uma simples informação, um número de telefone, um nome, podem se constituir em pistas importantes para resolver situações, sugerir alternativas, abrir novos negócios. No segmento metal-mecânico, as máquinas, evidentemente, ocupam lugar especial na produção e não há quem não tenha uma história para se relembrar dos velhos tempos, quando uma dessas informações, justamente, foi a tábua de salvação em um momento complicado e o reconhecimento por quem as ofereceu perdura no tempo, criando a chamada network de relacionamentos, tão fundamental em qualquer profissão. Mas as máquinas não são tudo. Desde o financiamento, passando pelo transporte, pela melhor localização no chão-de-fábrica, compra de materiais, serviços de manutenção, recursos humanos, contabilidade, relações bancárias, orientações jurídicas.... O mundo do trabalho produtivo é extremamente complexo e toca a todos na cadeia produtiva, do proprietário, administrador, técnicos até os clientes e fornecedores, motivo de vir sendo, há muito, chamada de cadeia produtiva. Sustentando o funcionamento da cadeia formaram-se, de um lado, os sindicatos de trabalhadores e os sindicatos dos patronos, que dialogam em busca do funcionamento das relações de trabalho. Mas todo o resto das complexas ações de cadeia produtiva ou é enfrentado de maneira solitária – o que é cada vez mais raro – ou conta com o apoio das Associações, entidades fundadas com o explícito objetivo de compartilhar informações.


Por pensar assim e detectar a importância de compartilhar-se informações foi que, há exatos 200 anos, se formaram as primeiras associações para a defesa dos interesses de segmentos específicos de trabalho no Brasil. De fato, 2008 será o bi-centenário da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, liderados por D.João VI, fugindo da invasão de Napoleão. A chegada da Corte Portuguesa provocou enorme movimentação entre os trabalhadores na construção de residências, adequação daquelas existentes, fabrico de móveis, liteiras, vestimentas, etc. Principalmente, agitou-se a vida portuária, com o reparo das naves, chegada de outras, com mercadorias, etc., etc. As atividades produtivas no Brasil foram se organizando cada vez mais, a partir do “Alvará de Liberdade Industrial” de 1808, com os territórios de competência sendo limitados, a limitação levando a especializações, aprofundamentos de capacidades e realizações. Criar, inovar, produzir, distribuir, exportar... As “Associações” desse período inicial agremiavam os empreendedores e industriais que, entusiasmados com o “Alvará de Liberdade Industrial” que permitia o estabelecimento de tecelagens, manufatura de metais, etc., foram surpreendidos pela taxação de 16%, superior em 1% àquela das mercadorias inglesas e, assim, iniciam gestões para proteger a indústria nacional. O tempo foi vendo o acúmu-

lo de várias outras conquistas e nossa indústria conta hoje com enorme apoio de várias associações que, com perfis diversos, contribuem para a melhoria da produção e da produtividade no país. A maioria delas se beneficiou dos frutos da política do chamado Estado Novo, momento histórico de nosso país, nos anos 1930 e 1940, quando Getúlio Vargas investiu pesadamente em tudo o que era nacional, da educação à indústria. Foi sobre esse humus dessas realizações que se apoiou a idéia dos “50 anos em 5” do governo de Juscelino, em que as referidas associações tiveram importante papel na melhoria da mão de obra, treinamentos, defesa de interesses dos associados e da indústria nacional. Se não bastasse, o que vai pelo mundo exterior, e que o Brasil também deve aproveitar, é a tônica daqueles que, no momento em que se abriram as importações, a partir do Governo Collor, perceberam a necessidade de conjugação de esforços e se associam para trazer para o Brasil soluções da indústria internacional, apresentando grande maturidade de propósitos e de conteúdo. O elenco das associações é enorme e limitamo-nos aqui a lembrar apenas o nome das mais próximas às nossas atividades, como: ABCM – Ass. Bras. de Engenharia e Ciências Mecânicas; ABDIB – Ass. Bras.da InfraEstrutura e Indústrias de Base; ABEM – Ass. Bras. de Engenha-

ria Militar; ABEMI – Ass. Bras.de Engenharia Industrial; ABENGE – Ass. Bras. de Ensino de Engenharia; ABEPRO – Ass. Nac. de Engenharia de Produção; ABIMAQ – Ass. Bras.da Indústria de Máquinas e Equipamentos; ABMCE – Ass. Bras. de Métodos Computacionais em Engenharia; ABMM – Ass. Bras. de Metalurgia e Materiais; ABIMEI – Ass. Bras.de Importadores de Máquinas; AEA – Associação de Engenharia Automotiva; ANPEI – Ass. Nac. de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras. O profissional deve procurar aquela mais próxima a seu ramo de atividade e beneficiar-se de todas as oportunidades que elas oferecem, entre as quais: FEIRAS E EXPOSIÇÕES, CONGRESSOS, ENCONTROS Uma das principais linhas de apoio aos associados é a assistência e apoio dados àqueles que querem participar de feiras e exposições, organizar congressos e encontros e não possuem ainda suficiente experiência para fazê-lo sozinhos. As associações conseguem, para seus membros associados, descontos extremamente interessantes, da ordem de até 20% sobre o preço oficial, locação de espaço na área de exposição, centros de convenções, hotéis e demais suportes para encontros, etc. Esse desconto, muitas vezes, é o fator determinante para definir se uma empresa vai ou não ter recursos para participar do evento. O Mundo da Usinagem

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Ainda nessa linha de apoio, é possível obter, nas associações, orientação variada sobre contratação de profissionais e/ou empresas especializadas em todas as necessidades de apresentação em uma feira, dos construtores dos stands a banners, folhetos, catálogos, recepcionistas, etc. Quem já participou sabe as dificuldades que representam essas tarefas e como é providencial o auxílio de quem está familiarizado com o evento, sobretudo quando eles ocorrem no exterior. Quem nunca participou seguramente encontrará, nas duas associações, o apoio tão necessário. A convivência com profissionais do mesmo segmento, conhecer grandes figuras do mundo empresarial, poder discutir de perto com figuras inovadoras e positivas, tudo isso torna-se possível em eventos dessa natureza. COMPRAS E FINANCIAMENTOS A compra de bens de capital e a contratação de qualquer serviço não depende apenas e tão somente de disponibilidade de capital. Embora a maioria das associações ofereçam consistente orientação sobre bancos, linhas de crédito, documentação necessária para os financiamentos, seu apoio se concretiza também na resposta a questões formuladas por seus associados a respeito de características dos produtos. Elas oferecem oportunidades de contacto direto com os fabricantes nacionais e os importadores, melhor maneira de resol8

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verem-se dúvidas e bem orientarse para a tomada de decisões. UNIVERSO TRABALHISTA E JURÍDICO O intrincado mundo das leis trabalhistas e demais aspectos jurídicos que são parte do dia-a-dia da indústria brasileira, de contratações a importações/exportações, também merecem especial atenção de ambas as associações. Enquanto as grandes empresas possuem seus sólidos departamentos jurídicos, muitas vezes as médias e, quase sempre, as pequenas, são obrigadas a contratações de serviços específicos para diversas situações. A jurisprudência, os profissionais especializados, referências específicas, tudo isso o associado pode obter, o que representa, sem dúvida, enorme auxílio em momentos de dúvida. SETORES ESPECÍFICOS, ESTATÍSTICAS, MERCADO, OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS, ANÁLISES TÉCNICAS Esta é a chave para um mundo de descobertas, onde até mesmo o temível dragão conhecido como “mercado”, muitas vezes primeira pessoa em grandes momentos de sérias decisões, nas Associações é tratado com a simplicidade de quem realmente entende do riscado. E você entenderá a vantagem e prazer do diálogo com quem faz do seu interesse de interlocutor, uma pedra de toque para o relacionamento futuro. Equipe O Mundo da Usinagem



AB Sandvik Coromant

GESTÃO EMPRESARIAL

As vantagens de um

try out perfeito Cuidar de todos os preparativos antes de colocar uma máquina em operação ou de produzir a primeira peça traz inúmeros benefícios.

10 O Mundo da Usinagem

e origem inglesa, sem tradução para o português, try out é um termo bastante conhecido entre usuários de máquinas-ferramenta, com o significado usual de teste pré-operação ou quando pela primeira vez se vai produzir uma determinada peça. Para os leigos no assunto, try out pode ser entendido como um ensaio da produção daquilo para o qual a máquina foi comprada. Assim como uma orques-

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tra não toca uma nova sinfonia sem ensaiar primeiro, não se põe uma máquina para rodar sem que também se faça um ensaio antes, pois é no ensaio que se percebe quem ou o que está desafinando. Apesar de ser um termo bem conhecido, não são muitos os que praticam adequadamente o try out. Especialistas calculam que cerca de 70% deles são mal-planejados, embora as vantagens possíveis sejam interessantes. Entre os maio-


AB Sandvik Coromant

res benefícios de um try out bem feito estão as significativas reduções nos tempos de preparação de máquina e a garantia de uma produção rápida e sem interrupções. Para se fazer um try out perfeito é preciso que haja, primeiramente, um bom planejamento, reunindo todas as informações necessárias, a saber: que peças se pretende produzir, em quais materiais, exigências, tolerâncias, volume e tempos de produção desejados. Com esses dados em mãos, o fabricante da peça deve reunir os fabricantes da máquina, da ferramenta, do dispositivo de fixação e de algum outro periférico relevante ao bom andamento da produção para que estes em conjunto trabalhem para pôr a máquina em perfeito funcionamento, pois, é praticamente impossível que ele mesmo tenha todas as competências necessárias para tanto. “O ideal é que, desde o início, as partes envolvidas trabalhem em harmonia para que haja comprometimento de todos com o projeto. Assim, a responsabilidade é compartilhada, evitando-se que eventuais problemas sejam adiados por causa de um ou de outro”, afirma Ronaldo Ferreira, especialista em OTS – Original Tooling Services, Vendas e Produtividade da Sandvik Coromant do Brasil. É ideal, ainda, que já nesse início todos possam ter à mão o desenho das peças e, se possível, amostras destas acabadas e também brutas. A partir daí têm-se o início dos trabalhos de estudo de

Para se fazer um try out adequado é preciso que haja um bom planejamento e comprometimento entre as partes envolvidas.

tempo, lay outs de ferramentas, estudos de colisão, etc. “Um bom planejamento e uma boa preparação podem representar a diferença entre o início da operação em meia-hora, 15 dias ou até meses”. Para os especialistas, enquanto não se obtém a aprovação do cliente e usuário final, o try out não pode ser considerado concluído. O bom planejamento do try out é de fundamental importância, até porque permite que se otimize o que foi planejado anteriormente. As operações de usinagem poderão ser revisadas, possibilitando a seleção de parâmetros

de corte mais eficientes, pois não é incomum que a peça bruta, por exemplo, venha com menos sobremetal do que o previsto, podendo-se, assim, eliminar algumas passadas de ferramentas para maior economia nos tempos de execução da peça. É também verdade que, na hora de se colocar em prática o que foi planejado, pode-se chegar à conclusão que algo não está adequado. Porém, com a presença dos especialistas de todas as partes, fica mais fácil encontrar-se uma solução para os imprevistos que surgirem. Diante das vantagens apresentadas cresce a tendência de as empresas comprarem não uma máquina, mas um processo, incluindo o try out no pacote. O Mundo da Usinagem 11



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Uma boa fixação da peça e da ferramenta é fundamental para minimizar imprevistos durante o try out.

Muitas empresas já não procuram uma máquina que possa fazer determinada peça, mas sim o processo que com certeza irá produzir aquela peça, num determinado tempo e com determinado custo. Um pacote completo. “É a solução chamada turn key, ou chave-na-mão”, frisa Ronaldo Ferreira, ou seja, tudo é entregue absolutamente pronto, bastando ao cliente apenas virar a chave para que a produção se inicie. Esse serviço tem um custo, mas é menor do que seria desperdiçado com a máquina parada ou com a contratação de uma consultoria para o desenvolvimento do processo. Além disso, corre-se o risco de se ter gastos extras com ferramentas até que seja encontrada a solução mais adequada. A pior situação é a de utilizar uma ferramenta deficiente pois, enquanto não se encontra uma solução melhor, corre-se o risco de, na maio-

ria das vezes, transformar o que era provisório em definitivo. Trabalhando há mais de dez anos na área, Ronaldo Ferreira já vivenciou todo tipo de experiências. Um bom exemplo, em sua opinião, foi o desenvolvimento dos processos de uma fábrica inteira, composta de 84 máquinas e que em menos de um ano tudo funcionava a pleno vapor. Embora este tipo de serviços tenha sido criado para atender os fabricantes de máquinas, já é comum que isto também seja direcionado aos clientes usuários finais. EXPERIÊNCIA MULTINACIONAL Recentemente, em conjunto com dois fabricantes, um de máquinas e outro de dispositivo, desenvolveu-se um try out para uma montadora. Com um conjunto de 25 ferramentas (a maioria especiais), o try out estava previsto pa-

ra ter duas etapas: a primeira no Japão, na sede do fabricante da máquina, e a outra no chão-defábrica do usuário final. O cliente final impôs que somente compraria o processo se encontrasse uma solução global e eficaz para a usinagem de sua peça. Foram seis meses de planejamento. Todos os estudos de otimização foram realizados no Brasil, posteriormente, ferramentas e dispositivos foram enviados para o Japão e lá testados na presença do cliente final. Com o apoio dos colegas japoneses, o try out foi aprovado, uma vez que todas as exigências foram atendidas. Em seguida, a solução foi repatriada e implementada com todo o êxito. ATENÇÃO PARA OS DETALHES Um cliente recebeu encomenda para produzir uma peça em três versões de dimensão: pequeO Mundo da Usinagem 13




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na, média e grande. Encaminhou a média para um fabricante de máquinas, para que este lhe sugerisse qual máquina adquirir. Com a máquina já em sua fábrica, solicitou os serviços do fabricante de ferramentas para que este realizasse um estudo de tempo e o desenvolvimento do processo para usinar as três peças. O estudo identificou que ele não poderia produzir a peça maior naquela máquina, ou pelo menos não em condições ideais. Se tivesse feito um bom planejamento desde o início e reunido as partes envolvidas no processo, certamente não teria adquirido a máquina que mostrou-se inadequada. Resultado: a peça está sendo produzida de uma maneira que as movimentações e variações de temperatura podem comprometer as tolerâncias de forma e posição. Além disso, a troca de algumas ferramentas deve ser feita manualmente, o que aumenta o tempo de preparação de máquinas 16 O Mundo da Usinagem

Às vezes algumas otimizações não percebidas podem render altas economias e grandes melhorias de processo

além de acarretar riscos para o operador. Pode parecer que estes fatos sejam exceções, mas Ronaldo Ferreira conta que, recentemente, este caso foi relatado durante uma palestra e, dentre os participantes, um outro empresário pensou que era a sua experiência que estava sendo relatada. Portanto, é sempre melhor pecar pelo excesso de zêlo do que pela falta dele. Deste modo, não deixe de convocar os seus pares na hora de decidir sobre seus investimentos em máquinas. Às vezes algumas otimizações não percebidas podem render altas economias e grandes melhorias de processo. De Fato Comunicações e Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento da Sandvik Coromant do Brasil



PONTODEVISTA

A única saída para o

efeito estufa urante o Período Carbonífero, grandes florestas se desenvolveram na superfície do Planeta Terra, fato que permitiu a limpeza da atmosfera com a retirada dos gases tóxicos, principalmente o gás carbônico que embora não tóxico, provoca a asfixia quando satura o ambiente devido ao deslocamento e substituição do oxigênio no local. A energia solar, além da fixação do carbono nas estruturas vegetais, devolveu o oxigênio à atmosfera, elemento essencial e indispensável à vida animal. Foi essa “limpeza”, feita pela energia solar, através da fotossíntese, que permitiu a fixação do carbono, criando as gigantescas estruturas vegetais. O Período Carbonífero aconteceu aproximadamente entre 360 a 286 milhões de anos durante chamada Era Paleozóica ou Paleozóico. O Período Carbonífero

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18 O Mundo da Usinagem

proporcionou condições físicas, químicas e bioquímicas ideais para a formação de carvão, do xisto e do petróleo, pois eventos biológicos, geológicos e climáticos diversos caracterizaram este período. Um fato que muito nos interessa do ponto de vista geológico, foi a colisão da Laurásia (Europa, Ásia e América do Norte) e da Gondwana (África, Austrália, Antártida e América do Sul) produzindo os Apalaches, cadeia de montanhas da América do Norte e das montanhas hercinianas no Reino Unido. Houve uma colisão posterior da Sibéria e Europa criando os montes Urais. A colisão destas placas tectônicas continentais provocou um revolvimento da crosta terrestre e das profundezas oceânicas com o soterramento de grande parte das gigantescas florestas e da vida vegetal marinha.

Condições adequadas de pressão, ambientes físicos, químicos e bioquímicos, propiciaram a formação dos depósitos de carvão, de xisto e de petróleo que ficaram intocáveis até que o engenho humano os descobrissem como fonte de energia e lucro. A exploração destas fontes de energia está devolvendo à atmosfera, ao ar que respiramos, todo o excesso de carbono, sob forma de gás carbônico que, no período pré-Carbonífero impedia a vida animal. Estamos intoxicando a atmosfera e retornando àquelas condições inóspitas do pré-Carbonífero, com um sério agravante, pois as florestas, absorvedoras naturais do gás carbônico, estão sendo dizimadas. Acreditamos que a solução está na própria Natureza, na energia solar, na fotossíntese e no verde das florestas. Vamos voltar no tempo e reconstituir o


Flavio Florido/Folha imagem

período da “limpeza” da atmosfera, o Período Carbonífero: a) Os governos e a sociedade em geral criariam incentivos a um gigantesco reflorestamento plantando espécies vegetais de desenvolvimento imediato, de médio e de longo prazos. b) A engenharia genética e a botânica seriam de grande utilidade neste tipo de planejamento porque o tempo urge e, dependendo do vegetal, ele já poderia ser colhido em alguns meses após o plantio e funcionariam como rápidos e eficientes seqüestradores de carbono, inclusive as gramíneas. c) Todos e quaisquer resíduos, domésticos ou industriais, capazes de se decompor gerando gases, carbônico ou metano, seriam aproveitados como seqüestradores de carbono e teriam tratamento idêntico ao que será proposto a seguir para os produtos da biomassa.

d) Todo o material seria desidratado para redução de massa e de volume, utilizando-se para isso a energia solar, e enfardados. e) Estes fardos seriam depositados em bolsões, espaços vazios, resultantes da retirada do petróleo, do carvão ou da atividade mineradora, em falhas geológicas a grandes profundidades e a seguir aterrados e compactados sob alta pressão. f ) A matéria orgânica depositada a grandes profundidades, conseqüentemente, sob alta pressão, não correria o risco de desenvolver reações aeróbias ou anaeróbias, por isso, não geraria o gás carbônico e, muito menos gás metano e, com o passar do tempo, atingiriam um estado de grafitização, estabilizando-se. A grande vantagem seria o fato de que, nestes depósitos, só ficaria o carbono, deixando-se na atmosfera o oxigênio, tão neces-

sário à vida animal, fato que não aconteceria se o gás carbônico fosse capturado in natura. Imitaríamos o Período Carbonífero com sua reconstituição de forma lenta, gradual, definitiva e segura. Não haveria, em absoluto, risco de acidentes ambientais. O carbono, depositado a grandes profundidades, sob a forma de biomassa ou de resíduos diversos, como proposto, não teria condições de retornar à atmosfera a menos que fosse resgatado por mãos humanas. Reconhecemos que será um processo lento e bastante dispendioso, mas não acreditamos noutra saída para o tão grave problema ambiental que enfrentamos, o Efeito Estufa que aflige a humanidade. Antônio Germano Gomes Pinto Engenheiro Químico Ambientalista O Mundo da Usinagem 19





INTERFACE

Contribuições científicas públicas s esforços de especialização e capacitação de pessoal no mundo metal-mecânico continuam a acelerar-se e novos mestres e doutores oferecem a contribuição de suas pesquisas ao corpo de conhecimento público, já que as monografias de Mestrado e as teses de Doutorado são públicas. O Mundo da Usinagem pretende trazer essas informações a seus leitores, assim contribuindo para tornar conhecidos os cientistas e seus trabalhos.

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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Título original – Estudo da influência do sobremetal excedente de debaste na operação de acabamento aplicando usinagem com altas velocidades. Autor – Capla, Renato Lemes E-mail – renato.rapla@terra.com.br Data da Defesa – 5/12/2006 Unidade – Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) Área de concentração – Manufatura Orientador – Coelho, Reginaldo Teixeira Banca Examinadora – Coelho, Reginaldo Teixeira; Brandão, Lincoln Cardoso; Duduch, Jaime Gilberto Palavras-chave – Moldes e matrizes; Qualidade superficial; Rugosidade; Sobremetal excedente; Usinagem com altas velocidades; Volume não uniforme de material Resumo Original Atualmente, devido à globalização das empresas e de seus produtos, tem havido uma competição acirrada no mercado mundial entre as organizações. Estas empresas se vêem obrigadas a contemplar as expectativas do mercado quanto à alta tecnologia, a qualidade do produto, os baixos custos e a redução dos tempos de desenvolvimento do produto. Todo este mecanismo gera uma busca contínua de desenvolvimento da tecnologia dentro das empresas na área de fabricação, as quais estão intimamente relacionadas ao surgimento de novos materiais de difícil usinagem, assim como de novos revestimentos para ferramentas e de máquinas-ferramentas cada vez mais rápidas e eficientes. A utilização da tecnologia de usinagem com altas velocidades de corte – HSM (High Speed Machining) tem demonstrado grande eficiência para a fabricação de moldes e matrizes com formas complexas, propiciando uma vantagem competitiva para as organizações. Entretanto, o fresamento de formas complexas ainda apresenta vários gargalos na linha de produção. Após as operações de desbaste, além do sobremetal deixado para as operações de acabamento, um volume excedente de material indesejado permanece na geometria. Este volume está relacionado à estratégia de desbaste em 2 1/2 eixos, ao grau de curvatura da superfície e à geometria da ferramenta de desbaste. Por não ser uniforme esta quantidade excedente de material acaba prejudicando o processo, especialmente quando uma das exigências é uma extrema precisão dimensional. Este trabalho procura identificar as características mais relevantes para preservar a qualidade superficial em função da flexão da ferramenta, devido a esse excedente de sobremetal. Desta forma, as variáveis de influência consideradas foram o balanço e o diâmetro da ferramenta, sua trajetória e o volume não-uniforme de material a ser removido. Os piores valores de rugosidade ocorreram com o máximo balanço independentemente de sua inclinação. Também foi possível constatar que a estratégia de usinagem ascendente gerou uma melhor rugosidade comparada com a descendente. Contudo em superfícies com pouca inclinação horizontal e com variações bruscas de sobremetal a usinagem descendente obteve melhores resultados do que a ascendente. Título em Inglês – Study of the stock removal remaining influence of the roughing operations in the finishing operations applying the high speed milling Palavras-chave em Inglês – Die and moulds; High speed milling; Quality superficial Remaining stock removal; Roughness; ¤ Volume not material uniform

O Mundo da Usinagem 23


DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Título original – Estudo da rugosidade de superfícies planas usinadas por fresas de topo esférico. Autor – Batista, Marcelo Ferreira

E-mail – macferre@yahoo.com.br

Data da Defesa – 19/01/2007 Unidade – Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) Área de concentração – Manufatura Orientador – Coelho, Reginaldo Teixeira Banca Examinadora – Coelho, Reginaldo Teixeira; Jasinevicius, Renato Goulart; Souza, Adriano Fagali de Palavras-chave – Acabamento superficial; Ferramentas de topo esférico; Moldes e matrizes; Usinagem com altas velocidades Resumo Original Dentro da cadeia produtiva de moldes e matrizes, a usinagem tem o maior peso, considerando tanto os custos envolvidos, quanto o tempo de programação e execução. O emprego das tecnologias CAD/CAM/CNC e HSC atualmente é um atributo básico de competitividade. O que determinará a vantagem estratégica das empresas será o uso otimizado dessas tecnologias. Nos processos de usinagem, o acabamento é uma operação que demanda muito tempo, e muitas vezes não se atinge o resultado desejado, seja por falta de conhecimento dos fenômenos envolvidos na usinagem, seja pelo uso de estratégias de usinagem sem conhecimento detalhado do processo de fabricação. A otimização da etapa de acabamento terá um ganho enorme na repetibilidade da usinagem, uma economia de ferramentas e, principalmente a eliminação de uma etapa, considerando a usinagem do molde/matriz com o material já tratado termicamente com a dureza final de utilização. O objetivo deste trabalho é estudar a usinagem de acabamento de superfícies planas utilizando fresas de topo esférico, demonstrando que os valores teóricos de altura de crista fornecidos pelos softwares CAM não são valores reais. A determinação de fatores ligados à etapa de acabamento de superfícies planas, indicando a melhor alternativa na usinagem do aço ferramenta WNr 1.2367, mostra que os parâmetros de usinagem estudados tiveram grande influência na rugosidade, principalmente o sentido de corte. O conhecimento dos melhores parâmetros de usinagem e suas influências no resultado final, assim como outros fatores, tem o intuito de oferecer informações às empresas e aos seus programadores no sentido de agilizar o planejamento e execução de moldes e matrizes. Título em Inglês – Roughness study for flat surfaces milling by ball nose tools Palavras-chave em Inglês – Ball nose tools; Die and mould; High speed milling; Roughness

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24 O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

Usinagem interna:

cuidados e recomendações Quando a operação de torneamento for interna, ou seja, o resultado a ser obtido não é um eixo, mas sim um furo, existem algumas considerações a serem levadas em conta.

26 O Mundo da Usinagem

eralmente, em uma operação de torneamento interno, a haste das ferramentas tem formato arredondado para evitar colisões da mesma com a curvatura da parede do furo e, além disso, a necessidade de se trabalhar com um braço de alavanca maior aumenta a possibilidade de vibrações e o conseqüente mal acabamento. É possível que, justamente por serem redondos, tais porta-ferramentas costumam ser chamados de barras de mandrilar. Também, a necessidade de se avançar com a ferramenta furo adentro, impede a sua fixação em uma condição de máxima rigidez, pois o braço de alavanca

G

formado pela extremidade onde se encontra a aresta de corte e o primeiro ponto de sustentação e fixação do cabo da ferramenta é aumentado em função do comprimento do furo que se deseja executar. Assim, é necessário que se observem algumas recomendações gerais conforme segue: • Para usinagens internas, selecione o maior diâmetro de haste que for possível. • Selecione a barra que possa executar o furo no comprimento desejado mas que, ao mesmo tempo, possa ser fixada com o menor braço de alavanca (balanço) possível. No caso de se fazer opção por uma barra dotada


Caio Caruso

Barras sólidas

Barra antivibratória

d

/

d

3-4xd

O menor balanço possível

/

I máx = 4 to 7 x dmm

Recomendações sobre fixação da barra para usinagem interna.

de sistema antivibratório, é necessário seguir as recomendações do fornecedor para a fixação, pois nesses casos existem certas especificações que devem ser estritamente seguidas para a obtenção dos resultados desejados. • Ao usar barras com hastes reforçadas por metal mais pesado, como o metal duro, diminuise a possibilidade de se incorrer em ressonâncias e vibrações, principalmente quando a fixação for mais estável. • A fixação da barra tem influência decisiva no funcionamento de todo o sistema, especialmente na usinagem com grandes balanços da haste da ferramen-

ta. Quanto maior a solidez da fixação, tanto melhor será o resultado. Fixações por parafusos, acionadas diretamente sobre as barras, também conhecidas como porta-ferramentas internos, costumam oferecer condições precárias de estabilidade. Quando se usa parafusos, a superfície da barra pode ser danificada, resultando em falta de estabilidade. É importante, portanto, selecionar o método mais rígido possível de fixação da barra. Quanto mais envolvida esta barra for e quanto mais pontos de apoio e mais firme for a fixação, maior será a contribuição para se obter uma fixação adequada para uma usi-

nagem mais segura e de acabamento melhor. Existem, atualmente, vários métodos para se fixar barras para torneamento interno. Temos, abaixo, quatro exemplos dos mais utilizados pela indústria da usinagem, ordenados de acordo com a sua eficiência de fixação. FIXAÇÃO DE BARRAS DE MANDRILAR Quando se faz um torneamento interno, a boa evacuação dos cavacos se torna imprescindível, pois os mesmos se formam dentro do furo e têm apenas duas alternativas para a respectiva evacuação: sair pela O Mundo da Usinagem 27




Ilustrações: Caio Caruso

Hoje, vários métodos para fixar as barras são usados dentro das indústrias. Quatro exemplos são mostrados abaixo, variando do melhor ao menos eficaz

Exemplos de fixação da barra

1

2

Ótimo:

Solução standard:

Barra integral ou montagem da flange. São adaptadas às máquinas.

Um bloco com fenda ou suporte.

3

4

Adequado:

Não recomendado:

Assento em V com parafusos. (Apenas em último caso.)

Suporte cilíndrico com parafusos.

boca do furo usinado, no caso de furos “cegos” ou pelo fundo do furo, no caso de furos “passantes”. Contudo, dependendo da

velocidade de corte e avanço da ferramenta, esta evacuação pode ser insuficiente, podendo, portanto, provocar o entupimento

Baixa vibração

Alta vibração

75º

90º

r3 = 0,2 mm

r3 = 0,4 mm

+

r3 = 0,8-1,2 mm

-

ER

ER GC

das vias de saída dos cavacos e, com a interrupção desse fluxo, aumentam as possibilidades de avarias da ferramenta e acidentes que podem destruir a peça ou, no mínimo, prejudicar a qualidade do furo. Assim, é importante a utilização de refrigerantes sob pressão, ar comprimido ou algum outro meio que possa facilitar a saída de cavacos e proporcionar melhores condições de trabalho, principalmente no caso de furos profundos. RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES PARA A EFICÁCIA EM USINAGENS INTERNAS: • Para usinagens internas, quanto mais próximo de 90° graus,

VB

Fatores que influenciam a usinagem interna 30 O Mundo da Usinagem



Caio Caruso

Profundidade maior que o raio de ponta

90º Sentido de avanço da ferramenta

< 90º

Raio da Pastilha

Profundidade menor que o raio de ponta

maior a contribuição do ângulo de posição para que se diminua a possibilidade de ocorrerem vibrações. A priori, o ângulo de posição deveria ficar entre 90° e 75°como limite. Quanto menor o ângulo de posição, mais a ferramenta tende a fugir no sentido radial e, por trabalhar normalmente com maiores balanços, os ângulos menores têm grande possibilidade de promoverem oscilações na haste que contribuem para a ocorrência de vibrações e conseqüente mau acabamento. • Efeito semelhante ao do ângulo de posição agudo, é produzido por ocasião da utilização de profundidades de corte menores do que os valores do raio da pastilha. A prática recomenda que, nos casos onde haja folga no eixo árvore da máquina, a profundidade de corte, pelo menos, cubra o raio de ponta, pois pro32 O Mundo da Usinagem

fundidades de valores menores promovem vibrações por diminuirem significativamente o ângulo de posição, assim contribuindo para o deslocamento radial da barra devido às alterações de direção dos vetores resultantes das forças de corte. Uma vez que as condições de trabalho para o torneamento interno são bastante favoráveis a ocorrência de vibrações, quanto mais suave for o corte, ou seja, quanto menores forem as forças de corte promovidas pela ferramenta e sua respectiva geometria, melhor será esta ferramenta para usinagens internas. Por esta razão, as ferramentas com ângulos de saída mais positivos contribuem para o melhor desempenho da ferramenta em usinagens internas. • O mesmo efeito do raio de ponta pode ser ocasionado pelo

Alteração do ângulo de posição na relação raio de ponta versus profundidade de corte.

arredondamento da aresta ao longo do fio de corte e, por esse motivo, as pastilhas sem cobertura, ou seja, sem o revestimento de finas camadas de nitretos ou carbonetos metálicos, por possuírem arestas de corte mais vivas, facilitam o corte, promovendo menos desvios e menores forças de corte, sendo assim mais adequadas para tal operação. • Para a fixação de barras cilíndricas de pequenos diâmetros, a utilização de pinças expansivas e suportes que possibilitem maior estabilidade da ferramenta, podem ser a melhor opção. Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento da Sandvik Coromant do Brasil



SUPRIMENTOS

Máquinas Faça uma escolha segura

Espaço pequeno, infra-estrutura insuficiente, transporte inadequado. Mais do que ter condições financeiras para adquirir uma nova máquina, é preciso garantir que todas as etapas de transporte e instalação serão cumpridas com tranqüilidade 34 O Mundo da Usinagem

ocê está animado com a compra de uma máquina para iniciar um negócio ou ampliar as atividades da sua empresa. O extrato bancário mostra que o capital para o investimento agora é suficiente e, o que é melhor, dentro do prazo planejado. Com uma vantagem adicional: a escolha será facilitada, já que uma das mais importantes feiras de máquinas acontece nesse exato momento. No primeiro dia, você circula pelo pavilhão, conversa com expositores, observa as máquinas… Volta no dia seguinte e continua a peregrinação, até que… Lá está ela, a máquina dos seus sonhos, esperando por um comprador! Um momento! Antes que a

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empolgação tome conta do seu espírito, é hora de se perguntar: o local em que a máquina será instalada tem a infra-estrutura necessária para o funcionamento pleno? O espaço físico é suficiente para comportá-la? Por quem e como ela será transportada até a empresa? Parece simples responder tais questões, mas não é raro encontrar empresas que adquiriram uma máquina sem pensar nas implicações de transporte e do lay out do espaço. Diretor executivo da Help Transportes, especializada em transportar máquinas e equipamentos industriais, e vice-presidente da Especialidade de Transporte de Máquinas e Equipamentos Industriais do Setcesp


Alexandre Diniz

Caminhão com guindauto: braço de 26m e capacidade de levantar 18t

(Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Márcio Ivan da Silva conhece inúmeros casos assim. “Não é raro termos que tirar a máquina da embalagem ou até quebrar paredes, porque a carga não passa pela porta. Ou, ainda, carregar a máquina escada acima ou escada abaixo, porque a empresa não foi projetada para recebê-la”, conta. Há também compradores que só na hora da instalação descobrem que o espaço é pequeno para acomodar a mais nova aquisição. Quando isso acontece, há duas possibilidades: colocar a má-

quina provisoriamente em outro espaço ou… trocá-la. Também acontece de a máquina se encaixar direitinho, mas tão direitinho que nem sobra espaço para o técnico fazer a manutenção ou repor uma peça. Esse problema é freqüente quando se tratam de máquinas como as injetoras de plástico, que têm peças encaixadas dentro de outras, o que exige uma área maior para a manutenção. Pode ser preciso ter que retirar a máquina, fazer a manutenção e colocá-la de volta, esclarece o diretor da Help Transportes. Outros pontos de atenção referem-se ao escoamento de água e ao uso de corrente elétrica e de ar comprimido no local da instalação. O fabricante ou impor-

tador deve ser o principal aliado, prestando todas as informações necessárias e, de preferência, fazendo uma visita ao local, para avaliar seus prós e contras. Além do fornecedor, empresas de consultoria em layouts de processos produtivos podem ser importantes na avaliação e nas recomendações para o sucesso na aquisição da máquina. TRANSPORTE ADEQUADO O transporte merece grande consideração pois, na maioria das vezes, o fornecedor apenas dá o start up (instala e coloca em funcionamento). “São poucos os que fazem esse tipo de transporte. Quem faz tem nisso um diferencial de mercado”, lembra o O Mundo da Usinagem 35




Fotos: Alexandre Diniz

diretor da Help Transportes. Por isso, se não conhecer uma empresa especializada, peça ao fornecedor para indicá-la. Conforme a máquina, a transportadora precisará saber a largura das portas e portões e altura do pé-direito de galpão, para verificar se o caminhão com guindauto (guindaste acoplado no veículo) consegue entrar no local. O transportador deverá solicitar informações presentes em descritivos e manuais, enviar um técnico que avalia o lugar em que ela está e aquele onde será instalada, considerar como fazê-la chegar da maneira mais segura ao local escolhido. O caminhão com guindauto é o melhor recurso para movimentar certas máquinas, mas, devido às adversidades, nem sempre é a opção viável e há casos em que é preciso descarregá-las do lado de fora da empresa. As que pesam até 3 toneladas são levadas para o interior pelo método de “remoção”, em que são utilizados carrinhos com rodas de nylon. Chamados de “tartaruga”, eles são colocados 38 O Mundo da Usinagem

sob as extremidades da máquina, que é empurrada por três ou quatro funcionários. Acima desse peso, o melhor é usar uma empilhadeira pequena para fazer o reboque com cinta de nylon. Tecnologia bem mais sofisticada do que a “tartaruga” é o colchão de ar, que utiliza o princípio do hovercraft – veículo apoiado em colchão de ar, que se desloca sobre diversos tipos de pisos e, também, na água. De acordo com o peso e a dimensão da máquina, três ou mais colchões são colocados sob ela, conectados a uma ligação de ar comprimido que, ao ser acionada, cria um “filme de ar” entre a borracha e o piso, o que resolve os problemas de desníveis. Vale salientar que as “tartarugas” e os colchões de ar não danificam os pisos à base de resina de epóxi, bastante sensíveis e muito utilizados hoje pela indústria. Por outro lado, se o chão não foi feito para suportar muito peso – 6 toneladas, por exemplo –, a empilhadeira e as “tartarugas” podem, por assim dizer, “afundar”

A tecnologia dos colchões de ar e as “tartarugas”, que facilitam a movimentação

no chão. Para se precaver contra esse e outros problemas, na visita de avaliação a empresa transportadora deve verificar a resistência do piso e se no percurso até o local da instalação existem tubulações de água ou esgoto. Dependendo da avaliação, e tendo o céu como limite, há situações em que a melhor solução é desmontar o telhado para entrar com a máquina, o que é considerado mais simples, por exemplo, em galpões pré-fabricados. Trata-se da solução viável se quebrar a parede significa comprometer a construção ou se dutos de ar ou de eletricidade passam pela parede. A contratação da empresa especializada em desmontar e remontar o telhado é feita pelo cliente. No caso da Help Transportes, é comum que ela assuma a responsabilidade, em parceria com o cliente. A operação parece mais demorada, mas não é. Raramente, ela exige mais



Alexandre Diniz

“O sistema também permite ao cliente acompanhar a movimentação e se programar para receber a máquina”, elucida o diretor Márcio Ivan da Silva.

de um dia, embora requeira um estudo prévio minucioso, que deve ser feito por engenheiros, para evitar acidentes. Além de conhecimento técnico e equipamentos apropriados, é

necessário certificar-se que a transportadora oferece cobertura securitária. Além dela, a Help Transportes conta com um sistema de rastreamento de veículos, que dá ao cliente a possibilidade de acom-

panhar, pela internet, o trajeto da máquina em tempo real. “O principal motivo de adquirirmos o sistema foi a prevenção contra roubo, mas ele acabou se tornando um diferencial, por permitir ao cliente acompanhar a movimentação e se programar para receber a máquina”, elucida o diretor. Em suma: para comprar a máquina em uma feira de negócios quando não se tem prática e experiência, o melhor caminho é dar início às negociações no pavilhão e deixar para efetivar a aquisição depois que estiver claro que todas as etapas serão cumpridas sem desgastes, nem prejuízos. Thais Gebrim Jornalista



Eduardo Knapp/Folha imagem

INTERESSANTESABER

Vai um cafezinho? Símbolo inequívoco de cordialidade, amizade, boa vizinhança para milhões de pessoas, o café é um dos símbolos do Brasil.

42 O Mundo da Usinagem

mpossível passar sem. Símbolo inequívoco de cordialidade, amizade, boa vizinhança para milhões de pessoas, o café é um dos símbolos do Brasil e foi para facilitar seu cultivo que milhões de imigrantes entraram no país no século XIX e inícios do XX. Para nós, as variações não são muito grandes: forte, fraco, expresso, carioca, com leite, às vezes em bolos e sorvetes, quase sempre adoçado. Os que o tomam sem açúcar são logo tachados de “filho de fazendeiro”, já que quem entende mesmo de café, dizem, não adiciona açúcar a ele.

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Salgado? Nem pensar, evidentemente. Ou não? Em vários países existem receitas salgadas que levam café, embora esse hábito, no Brasil, ainda se pareça com o uso de sal no abacate: coisa de estrangeiro.... Embora seja possível tomar café em qualquer bar de esquina, em São Paulo, a capital do café, existem cafeterias das mais variadas tipologias, onde o café é a estrela ou a estrela é você, saboreando-o. Elas não se parecem em nada com as primeiras cafeterias, surgidas na cidade de Mecca, na


CAFÉ NEVADO

Luis Carlos Murauskas/Folha imagem

Arábia Saudita, com o nome de Kaveh Kanes. Cidade religiosa de uma cultura que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas. Não por nada se acredita que a palavra café derive do árabe qahwa, que significa vinho, porque o café entrou na Europa, no século XIV, como “o vinho da Arábia”. Nas Kaveh Kanes os homens se encontravam para discutir negócios, ouvir música e conversar, bebericando café. Sua suntuosidade passou-se para a Europa, onde cafés como o famoso Café Florian, na Praça São Marcos de Veneza, até hoje nos encanta. E o que dizer dos cafés pari-

sienses, onde várias gerações usaram suas mesas para escrever poesias, romances, filosofar e reformar o mundo?

PEQUENA HISTÓRIA DO CAFÉ Ingredientes Segundo a len• 4 xícaras de café bem forte, adoçado da mais aceita, a desa gosto. coberta do fator esti• 2 colherinhas de suco de limão mulante do café se • raspas de casca de limão deve a um pastor etío• 2 colheres de creme de leite ou de chantilly. pe, chamado Kaldi, que notou como seu Modo de preparo rebanho de cabras se • Colocar o café em uma forma de gelo e levar tornava mais resistenao freezer e deixar congelar. te nas caminhadas de• Retirar o café congelado do freezer e bater pois de comer as frualguns segundos no liquidificador, até virar uma tinhas vermelhas. O espécie de areia bem grossa. pastor teria comenta• colocar em um copo bem bonito, derramar do esse fato com um o suco de limão, cobrir com o creme de leite/ monge, que passou a chantilly e enfeitar com as raspas de limão. experimentar uma beveragem feita a partir da Nota: o limão pode ser substituído por laranja, fervura dos frutos, que maracujá ou uva. o ajudava a suportar as vigílias sem ter sono. O fa-

to é que o mais antigo cultivo do café de que temos hoje notícia, ocorreu em monastérios no Yemen, do outro lado do Mar Vermelho, bem na frente da Etiópia do pastor Kaldi, por volta do ano de 575. Os árabes guardavam a sete chaves os segredos do plantio do café e foi apenas no século XVII que viajantes holandeses conseguiram cultivar as primeiras mudas no Jardim Botânico de Amsterdam, de onde elas partiram em busca de terras propícias a seu cultivo, primeiro Java e depois Sumatra. A colonização européia levou consigo as mudas, primeiro para a América Central, depois as Guianas, de onde o café finalmente entrou no Brasil, no século XVIII, no ano de 1727, trazido pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, que fora ali enviado especialmente com essa missão. Daí, a tornar-se nossa prinO Mundo da Usinagem 43




BATATAS GRATINADAS COM CAFÉ Ingredientes • 1Kg de batatas pré-cozidas • 100 g de mozzarela cortada em cubinhos • 1 cebola pequena picada • 1 tomate bem maduro picado • 100 g de presunto cortado em cubinhos ou em tiras • 1 peito de frango cozido e cortado em cubinhos ou desfiado • 200mg de creme de leite • 20ml (1/3 xícara) de café forte e sem açúcar • 150 g de queijo ralado, sal, orégano, cheiro-verde a gosto • 50 g de azeitonas pretas Modo de preparo Misture a mozzarella, o frango, o presunto e os demais ingredientes e reserve; em outra vasilha misture o creme de leite, o café e o queijo ralado. Em uma vasilha refratária alterne camadas de batatas fatiadas e camadas do preparo cremoso. Termine polvilhando queijo ralado e leve ao forno para gratinar.

cipal cultura econômica, no século XIX, foi um passo. Do Maranhão à Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, nas primeiras décadas do século XIX atingiu São Paulo, pelo Vale do Paraíba, onde até hoje temos as mais antigas fazendas de café em nosso estado. A grande riqueza do café era escoada pelo Porto de Santos, onde a Bolsa do Café realizava o pregão de sua

venda que atraía a atenção de todo o mundo. Uma grande geada afetou a nossa cafeicultura no final do século XIX e grandes problemas a atingiram com a crise de 1929 e a queda da Bolsa de Nova Iorque. Mas até hoje somos o principal produtor mundial e o segundo maior consumidor da bebida. De São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais à Bahia, Nordeste e Rondônia, o café continua gerando riquezas e... muito gosto. Equipe O Mundo da Usinagem

Cafeterias em São Paulo na rota para a FEIMAFE

O certo é que, seja na Arábia, na histórica Veneza ou na boêmia Paris, o hábito do cafezinho é o mesmo: aproveite o de São Paulo! Café Santo Grão Endereço: Rua Oscar Freire, 413 Jardins - Zona Sul - 3082-9969 Café do Ponto Endereço: Shopping Ibirapuera Fone: (11) 5561-9886 Site: www.cafedoponto.com.br Coffee & Book Endereço: Saraiva Megastore Shopping Eldorado The Coffee Shop Endereço: Shopping Iguatemi Fone: (11) 3097-0034 Café Domaine Endereço: Av. Nações Unidas, 12551 Shopping D&D Bairro: Brooklin Novo Fone: (11) 3043-9894

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Café do Boulevard Endereço: Av. São Luís, 234, térreo (Hotel Eldorado Boulevard) Bairro: Centro Fone: (11) 214-1833 Café Girondino Endereço: Rua Boa Vista, 365 Bairro: Centro Fone: (11) 229-4574 Café Martinelli Midi Endereço: Rua Líbero Badaró, 508 Bairro: Centro Fone: (11) 3104-6825 Caffe Brazil Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, 115 Bairro: Centro Fone: (11) 3101-3449

Efigênia Café Bar Endereço: Largo de São Bento, s/nº (Boulevar São Bento) Bairro: Centro Fone: (11) 3311-8800 Evian Cafeterie Endereço: Largo do Café, 12 Bairro: Centro Fone: (11) 3112-8250

Café Antiqüe Endereço: Rua Haddock Lobo, 1416 Bairro: Jardim Paulista Fone: (11) 3062-0882 Bravo Café Endereço: Praça da Luz, 2 (Pinacoteca do Estado) Bairro: Luz Fone: (11) 229-2797

Kaldi Café Endereço: Av. São Luis, 171 Bairro: Centro Fone: (11) 3257-2923

Café Journal Endereço: Alameda dos Anapurus, 1121 Bairro: Moema Fone: (11) 5055-9454

Terra Madre Café Endereço: Alameda Franca, 1100 Bairro: Cerqueira César Fone: (11) 3081-6944

Café São Paulo Antigo Endereço: Lgo. Santa Cecília, 52 Bairro: Sta. Cecília Fone: (11) 3361-2596



INTERESSANTESABER

notícias

Lean Sigma Logistics Workshop ara contribuir com a incessante busca da melhoria contínua das empresas, será apresentado o “LEAN SIGMA LOGISTICS WORKSHOP”, evento organizado pela Nortegubisian Consultoria e Treinamento, que tem como objetivo explorar, de maneira conceitual e prática, a integração da filosofia Lean (“Pensamento Enxuto”) com o programa Seis Sigma, mais especificamente na área de Logística e Supply Chain. O LEAN SIGMA LOGISTICS pode ser definido como a eliminação de perdas por meio de esforços disciplinados para entender e reduzir a variabilidade dos processos e, ao mesmo tempo, aumentar a velocidade e melhorar o fluxo na cadeia de suprimentos. O Público Alvo são profissionais da área de Logística (inbound e outbound) e Supply Chain, profissionais relacionados com melhoria dos processos de armazenagem, estoques, movimentação, desenvolvimento de fornecedores, projeto de embalagens, dimensionamento de recursos e outros que têm interesse em agregar novos conhecimentos relacionados com o Lean.

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Data e Horário: 15 de junho de 2007, das 8:00 às 17:30 Local: Noumi Plaza Hotel Av. Júlio de Mesquita, 115 – Cambuí Campinas – SP

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INTERESSANTESABER

notícias ANPEI auxilia a entender a nova legislação de incentivos à inovação ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras – vem orientando, desde agosto de 2006, todos aqueles, associados ou não, a entender e fazer uso das oportunidades e os benefícios da nova legislação de incentivos à inovação e dos programas de apoio à P&D&I das agências de fomento. O serviço é gratuito para as associadas da ANPEI. Para as empresas não associadas há uma política diferenciada para a realização do workshop, sendo feita uma análise caso a caso. Já foram realizados seminários in company nas empresas Vallée, Dedini, Mahle Metal Leve, Ericsson, Datasul, Magnoflux, Klabin e Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Além desses, há mais três agendados, dois no dia 3 de maio, um na Fiat Automóveis e outro na Vallourec & Mannesmann; e um no dia 8, na Johnson Diversey. Sob demanda, a ANPEI pode também organizar seminários para um número amplo de participantes, oriundos de várias empresas, como os que foram realizados no ano passado em São Paulo, no dia 29 de agosto; São José dos Campos (06/10), Florianópolis (17/10), Rio de Janeiro (06/11) e Curitiba (07/11). As empresas – associadas ou não à ANPEI – interessadas no workshop Como utilizar a legislação de incentivo à inovação tecnológica devem entrar em contato com a Associação pelo telefone (11) 3842-3533 ou pelo e-mail anpei@anpei.org.br.

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notícias

Programa concederá bolsas para doutores trabalharem em empresas governo federal preparou um programa que irá financiar a fixação de jovens doutores em áreas estratégicas de pesquisa, relacionadas à Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE). A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) lançará editais com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) pelos quais grupos de pesquisa de todo país e empresas das áreas tecnológicas poderão encaminhar projetos de pesquisa que visem à absorção dos doutores. “Com esse programa vamos atingir outros três objetivos diferentes: grupos de pesquisa nacionais serão reforçados; haverá renovação de quadros; e apoio às empresas de base tecnológica com real aplicação da Lei de Inovação e da política industrial”, afirma o presidente da CAPES, Jorge Guimarães. O programa espera contar com a participação das Fundações de Amparo à Pesquisa (Faps), centros de pesquisa e organizações não-governamentais.

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COMO PARTICIPAR Os projetos deverão ser apresentados por instituições de ensino superior (IES), 52 O Mundo da Usinagem

centros de pesquisa, programas de pósgraduação e empresas da área tecnológica. Por meio desse mecanismo serão concedidas bolsas de pós-doutorado a candidatos titulados nos últimos cinco anos e que estejam vinculados ou aceitem se vincular aos projetos apresentados ao edital. Terão prioridade os projetos que envolvam a interação universidade e centro de pesquisa-empresa ou de formação de pósgraduandos. Cada bolsista receberá R$ 3.300,00 mensais e R$ 12.000,00 anuais destinados à aquisição de insumos e material de consumo. O projeto terá duração de cinco anos. Inicialmente, estão previstas 1.500 bolsas. O primeiro edital deve sair no início do segundo semestre deste ano. Ao mesmo tempo, o programa irá incentivar que as Faps, empresas, centros de pesquisas e organizações não-governamentais complementem o valor das bolsas oferecidas pelas agências federais. Adicionalmente, tais entidades poderão alocar como contrapartida ao projeto recursos para passagens e diárias, custeio, e capital para aquisição de máquinas e outros equipamentos.

Fonte www.anpei.org.br



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notícias Programa de apoio à pesquisa na pequena empresa ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras – vai participar da gestão do Programa de Apoio à Pesquisa na Pequena Empresa (PAPPE Subvenção) no Estado de São Paulo. A associação integra o consórcio liderado pela Fundação de Amparo à Pesquisa – SP (FAPESP), do qual também fazem parte a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e o SEBRAE-SP. O Consórcio, já aprovado pela FINEP, operará e repassará os recursos deste Programa. O que é certo é que a ANPEI defenderá os interesses das micro e pequenas empresas. “É muito importante que nesse consórcio tenha entidades que representem as empresas, como é a o caso da ANPEI e o SEBRAE-SP”, diz seu diretor executivo Olívio Ávila. “Entendemos que o papel da ANPEI será levar ao consórcio as necessidades das empresas, bem como ajudar na análise de projetos.” Os recursos do PAPPE para o desenvolvimento de novos produtos e processos são da ordem de R$ 45 milhões, válidos por três anos, provindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela FINEP. Em termos nacionais, o PAPPE será operado pela FINEP em parceria com 17 instituições estaduais credenciadas, como parte do Programa de Subvenção Econômica, previsto na nova legislação de fomento à inovação, que permitirá a aplicação de dinheiro público nãoreembolsável diretamente nas empresas. Do total de recursos do PAPPE para todo o país, a FINEP participa com R$ 150 milhões, mais outro tanto como contrapartida dos agentes e consórcios estaduais. Na região Sudeste, além do consórcio paulista, há outros projetos no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Para ver os detalhes dos recursos previstos para cada Estado, ver o site www.finep.gov.br

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Fonte: www.anpei.org.br 54 O Mundo da Usinagem




Luis Carlos Murauskas/Folha imagem

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notícias

Desperdício é a principal ameaça ao abastecimento de água no Brasil rasília – Nem as secas no Nordeste, nem a utilização desenfreada dos lençóis freáticos. As águas que se perdem nos encanamentos, evaporam durante as irrigações e não são tratadas depois de poluídas formam um conjunto que representa a maior ameaça ao abastecimento dos brasileiros. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), 40% da água retirada no país é desperdiçada. Os próprios números comprovam o tamanho

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do problema. De acordo com a ANA, são retirados dos rios e do subsolo no Brasil 840 mil litros de água a cada segundo. Ao dividir esse número pela população de 188,7 milhões de brasileiros, chega-se à conclusão de que cada habitante consumiria, em média, 384 litros por dia. Quando se leva em conta o consumo efetivo, no entanto, o valor é bem menor. Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2006, divulgado pelo

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o gasto médio diário do brasileiro cai para 185 litros. Parte da diferença (199 litros) foi utilizada na agricultura, na pecuária, na indústria, mas a maior parte, em torno de 150 litros, foi desperdiçada. O coordenador-geral de Assessorias da ANA, Antônio Félix Domingues, afirma que as perdas de água se concentram na produção de alimentos. “Somente na irrigação, o desperdício chega O Mundo da Usinagem 57


a 50%”, ressalta. Ele explica que o problema é provocado porque a maior parte dos produtores rurais utiliza a pulverização aérea, no qual boa parte da água é carregada pelo vento ou evapora, em vez de recorrer ao sistema de gotejamento, que despeja gotas diretamente na raiz nas plantas. Outra fonte de desperdício, segundo Félix, está nas cidades. Segundo ele, redes malconservadas são responsáveis por perdas de 40% na distribuição de água. “De cada cem litros que as companhias captam, somente 60, em média, chegam à casa das pessoas”, reclama. De acordo com o coordenador da ANA, o ideal seriam perdas em torno de 20%, padrão aceito internacionalmente. Em alguns casos, salienta Félix, o problema é ainda mais grave. “Existem cidades em que o desperdício chega a 80% porque as companhias desrespeitam as normas técnicas”, diz, evitando dar nomes. Coordenador do Programa Água para a Vida da organização não-governamental WWF–Brasil, o geógrafo Samuel Barreto alerta para outro perigo, o consumo invisível de água. “A água é um importante insumo para praticamente toda a produção econômica, principalmente para a agricultura”, ressalta. Os próprios dados da ANA confirmam que a agricultura é responsável pela maior parte do consumo de água. Dos 840 mil litros retirados dos mananciais brasileiros por segundo, 69% vão para a irrigação, contra 11% pa58 O Mundo da Usinagem

ra o consumo urbano, 11% para o consumo animal, 7% utilizados pelas indústrias e 2% pela população rural. Segundo o relatório do Pnud, são necessários 3,5 mil litros de água, em média, para produzir alimentos que forneçam um mínimo de 3 mil calorias. Isso equivale a 70 vezes a necessidade de uma família de quatro pessoas. Alguns alimentos exigem mais água que outros. De acordo com o estudo, uma tonelada de açúcar consome oito vezes mais água do que a produção de a mesma quantidade de trigo. “A produção de um simples hambúrguer consome cerca de 11 mil litros de água – mais ou menos a mesma quantidade disponível para cada 500 habitantes de bairros urbanos degradados que não possuem água canalizada em casa”, compara o texto. Félix afirma que a agência leva em conta o “consumo virtual” da água na hora de definir as políticas para os recursos hídricos. “Desde a queda que faz girar a turbina de uma usina hidrelétrica até a utilização de um rio para a navegação, todos os tipos de uso são importantes”, observa o coordenador da ANA. “A gente tem de administrar esses usos da água, sem deixar um superar o outro.” © É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída. Revista Digital Envolverde, Revista Digital de Educação, Ambiente e Cidadania, 30/04/2007..




OTS

Mazak aposta

na expansão de 10% Mazak Sulamericana começou o ano com vendas em alta. “Com base no desempenho do primeiro trimestre, podemos prever uma expansão nas vendas da ordem de 10% em 2007”, afirma Jonas José Gonçalves, gerente de vendas da companhia instalada em Santa

petitividade, para exportação, dos produtos manufaturados no país, resultado da taxa cambial desfavorável. A cotação do dólar norte-americano, como se sabe, continua a cair e as compras realizadas pelo Banco Central não surtem muito efeito. O novo ministro do Desenvolvimento, MiImagem cedida pela Mazak

A

Bárbara d’Oeste (SP). “De 2005 para 2006, o crescimento foi de 15%”, complementa. O executivo considera o desempenho de sua empresa bastante positivo no primeiro trimestre, mas lembra que o ano poderia ter começado bem melhor, não fosse a queda de com-

Vista das máquinas Mazak nas instalações da empresa em Santa Bárbara D'Oeste. O Mundo da Usinagem 61


Imagem cedida pela Mazak

A Open House realizada pela Mazak em março de 2007 na cidade de Santa Bárbara D'Oeste contou com a presença de 400 pessoas.

guel Jorge, já declarou que não há muito o que fazer para impedir a valorização do real. Em que pese a valorização do real, vários segmentos que demandam grande volume de máquinas-ferramenta se beneficiam do aumento de consumo no mercado interno e investem em suas unidades fabris. A indústria automobilística, cuja cadeia produtiva tradicionalmente é a maior consumidora de máquinas operatrizes, vem batendo recordes de produção. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que, em março, as montadoras brasileiras produziram 246,5 mil veículos volume 21,1% superior a fe62 O Mundo da Usinagem

vereiro e 7,4% maior do que aquele do mesmo mês do ano anterior. No primeiro trimestre de 2007, as montadoras produziram 655,2 mil unidades, 4% a mais que no mesmo período de 2006. Gonçalves informa que as vendas da Mazak para as empresas da cadeia automotiva refletem a pressão por aumento de produção: os fabricantes de caminhões e equipamentos agrícolas estão com as carteiras de pedidos lotadas e, mesmo criando novos turnos de trabalho, têm filas de espera de até seis meses para atender aos pedidos que se avolumam, dada a explosão na produção de cana-de-açúcar, alavancada pelo etanol, e pela melhora dos preços da soja.

O “boom” do agribusiness tem também beneficiado a Mazak, que prevê um aumento de 20% nas vendas de máquinas para as empresas do setor sucroalcooleiro que, na avaliação de Gonçalves, está bem mais aquecido que o automotivo. “As indústrias do setor de açúcar e álcool precisam de nossas máquinas para produzir sistemas para triturar, centrifugar, moer e transformar a cana-de-açúcar”, explica. “Essa mesma cadeia precisa também de motores, transformadores, geradores e outros produtos, aquecendo toda a cadeia metal-mecânica”, complementa. Balanço da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) relativos



ao desempenho setorial do primeiro bimestre de 2007 confirmam a tese do executivo da Mazak.O faturamento do setor foi 4% maior no primeiro bimestre de 2007, em comparação com o mesmo período de 2006, atingindo R$ 7,7 bilhões, ante os R$ 7,4 bilhões do mesmo período do ano passado. Os indicadores da Abimaq mostram, também, que o chamado consumo aparente – a produção mais a importação, descontada a exportação – registrou aumento de 7,1% no comparativo entre os dois primeiros meses do ano, passando de R$ 8,46 bilhões em 2006 para R$ 9 bilhões em 2007. O presidente da entidade, Newton de Mello, afirma que o aquecimento reflete a ampliação de investimentos realizados pela indústria já no início do ano. Os segmentos que impulsionaram o crescimento do setor foram o de maquinário agrícola, bombas e motobombas e válvulas industriais, com incremento produtivo de 38%, 23% e 20%, respectivamente. NOVIDADES A Mazak realizou uma Open House nos dias 7 e 8 de março, em suas instalações de Santa Bárbara d’Oeste, com a presença de 400 pessoas de mais de 100 empresas de todo o país. No evento, a empresa apresentou sete equipamentos, entre tornos, centros de usinagem horizontal e vertical, máquina multitarefa e máquina de corte a laser SGU 44. 64 O Mundo da Usinagem

Parte das máquinas expostas na Open House será apresentada no estande da empresa na Feimafe, de 21 a 26 de maio no Anhembi, em São Paulo (SP). Entre as máquinas que a empresa leva ao Anhembi estão a máquina de corte a laser, o centro de usinagem horizontal Nexus HCN 5000, o centro de usinagem vertical Nexus VCN 510 e a multi-tarefas Integrex 100-IV, todas, exceto a máquina a laser, equipadas com o recém-lançado comando Matrix. As máquinas (com exceção da laser) devem estar ferramentadas com produtos de parceiros estratégicos, que costumam trabalhar em parceria com a Mazak em todo o mundo no sentido de encontrar a melhor solução de usinagem para os usuários de máquinas-ferramenta. TENDÊNCIAS A Mazak aposta na geração de máquinas Nexus, que inclui tornos e centros de usinagem, para ampliar sua presença no mercado mundial. As máquinas da linha Nexus têm novo conceito construtivo, que proporciona otimização nos itens velocidade, deslocamento e aceleração. São ecologicamente amigáveis e operam com lubrificação a graxa e não a óleo lubrificante e, assim, não contaminam o líquido refrigerante. Tais máquinas custam em média 10% menos que os produtos de outras linhas da empresa. De Fato Comunicações



Transferência de conhecimento pós várias ondas vividas na economia global, como reengenharia e downsizing, hoje enfrentamos mundialmente uma carência de mão-de-obra especializada, fato bastante visível e preocupante na área metal-mecânica. As empresas, de forma geral, deixaram de investir em algumas de suas funções estratégicas, transferindo a responsabilidade de formação para os fornecedores, que nem sempre têm recursos para tal. No passado, todas as grandes empresas da área de engenharia de ferramentas tinham um departamento de ferramentas próprio e, sem exceção, de excelente nível técnico. Os fornecedores tinham o papel de divulgar seus produtos e trabalhar em conjunto com estes departamentos quando o assunto exigia especialização ou conhecimento mais específico em determinada área. Hoje a juventude prefere seguir outros caminhos, como informática, marketing, administração, etc. Todas de grande importância, sem dúvidas, mas o risco que corremos é o de um desequilíbrio entre oferta e procura de especialistas em certas áreas no futuro. Isso nos faz ver a importância do papel das indústrias neste contexto, pois devem se preocupar ainda mais com formação e treinamento de novos profissionais que possam atender esta demanda, em um futuro não tão longínquo assim. Muitas empresas já perceberam este fato e investem fortemente no treinamento. Porém, gostaria de lembrar outro ponto importante, o da responsabilidade dos profissionais mais experientes em transferir aos mais novos o conhecimento adquirido durante a vida profissional e pessoal. Por vezes, este não é um assunto fácil de ser abordado, por se tratar de tranferir conhecimento e investimento de toda uma vida profissional para alguém que pode, a qualquer momento, “substituir o profes-

A

66 O Mundo da Usinagem

sor”. Esse é um temor infundado, pois se alguém tiver que ser substituído, vai sê-lo cedo ou tarde, com ou sem substituto à altura pois, hoje em dia, os fornecedores têm capacidade maior de absorção de novos serviços. Neste contexto, temos excelente oportunidade disponível para intensificar esta transferência de tecnologia e conhecimento em nossa área de atuação: a FEIMAFE. Ela adquiriu, e não sem mérito, características de lugar de encontro de velhos conhecidos, que nem sempre têm a oportunidade de se encontrar e conversar no nosso dia-a-dia tão agitado. Mas devemos também usar este evento para a troca e transferência de conhecimento com os mais jovens, pois é nesta feira que se lançam muitos produtos novos, com tecnologia de ponta e com soluções arrojadas na área mecânica. Vamos nos encontrar e conversar sobre vários assuntos, mas não podemos deixar de aproveitar a FEIMAFE para fortalecermos o conceito da tranferência do conhecimento, principalmente àqueles que estão começando! Cláudio Camacho Diretor - Sandvik Coromant do Brasil

Arquivo Sandvik Coromant do Brasil

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2007 Mês

TBU

TBU

Noturno

Diurno

Jun

18, 19, 20 e 21

Jul

23, 24, 25 e 26

TFR

UMM

EAFT

EAFF

OUF

TUCAS

25, 26, 27 e 28 02 e 03

30 e 31

06, 07 e 08

Set

03 e 04

Out

01 e 02

10, 11, 12 e 13

20, 21, 22 e 23

24, 25 e 26

15 e 16

22, 23 e 24

Nov

26, 27, 28 e 29 03 e 04

TBU - D- Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N- Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Rosqueamento com fresa de metal duro (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21 horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)

TGU 11, 12, e 13

16, 17 e 18

Ago

Dez

OUT

05, 06 e 07



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MACHFER Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ MAXVALE Tel: 012 3941 2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 092 3613 2350 Manaus - AM NEOPAQ Tel: 051 3342 2463 Porto Alegre - RS PS Tel: 014 3312 3312 Bauru - SP PS Tel: 044 3265 1600 Maringá - PR PÉRSICO Tel: 019 3421 2182 Piracicaba - SP PRODUS Tel: 015 3225 3496 Sorocaba - SP RECIFE TOOLS Tel: 081 3268 1491 Recife - PE REPATRI Tel: 048 3433 4415 Criciúma - SC SANDI Tel: 031 3295 5438 Belo Horizonte - MG SINAFERRMAQ Tel: 071 3379 5653 Lauro de Freitas - BA TECNITOOLS Tel: 031 3295 2951 Belo Horizonte - MG THIJAN Tel: 047 3433 3939 Joinville - SC TOOLSET Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ TRIGON Tel: 021 2270 4566 Rio de Janeiro - RJ TUNGSFER Tel: 031 3825 3637 Ipatinga - MG

ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 35 Abimei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Aços Roman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Agie-Charmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Amphora Química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Bener . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 Cross Hueller . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 e 29 DMG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Esab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Fagor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Feimafe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 e 45 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 HEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 IGM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 e 21 Intertooling . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 KabelSchlepp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Mazak. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Meggatech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Mori Seiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 e 15 Powermaq. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 e 37 Probe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Provecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Sandvik Coromant. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 Siemens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 SKA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 SKF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 70 O Mundo da Usinagem



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