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Marco Antonio Tahara

EDITORIAL

Por mais que nos julguemos criadores e auto-suficientes, sempre haverá uma aliança ligando o céu e a terra, ainda que sirva apenas para colorir o firmamento. A imaginação de cada um é que dará o tom dessa possível harmonia.

O Mundo da Usinagem

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ÍNDICE

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O MUNDO DA

O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

PRE SETTING

EDIÇÃO 7 / 2007

Precisão de montagem evita desperdício

USINAGEM

SUPRIMENTOS

Armazenagem de ferramentas gera receita

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

INTERFACE

Capa Foto: Arquivo AB Sandvik Coromant

Normatizar para competir

Adriana Elias

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO: PRE SETTING 12 SUPRIMENTOS: ORGANIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS PODE AUMENTAR VENDAS 18 GESTÃO: REPOSIÇÃO DE FERRAMENTAS 75% MAIS RÁPIDA 25 OTS: RACIONALIZE A PROGRAMAÇÃO EM PEÇAS COMPLEXAS 30 INTERFACE: NORMATIZAR PARA QUE E COMO? 35/44 INTERESSANTE SABER: NOTÍCIAS 36 PONTO DE VISTA: AS RAZÕES CERTAS FAZEM A DIFERENÇA 38 INTERESSANTE SABER: UMA ÍNFIMA HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA 42 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 45 MOVIMENTO 46 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 13.500 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Nivaldo Coppini, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Aryoldo Machado, Anselmo Diniz, Sidney Harb, Fernando de Oliveira e Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Type Brasil

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O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

Pre setting: Otimizando a produção desde a montagem das ferramentas Para ser competitivo em usinagem é preciso pensar competitivo desde o pre setting de ferramentas.

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O Mundo da Usinagem

comum que empresários menos experientes tenham uma visão restrita sobre investimentos em usinagem. Concentram toda atenção na máquina e deixam em segundo plano o ferramental e os equipamentos necessários para que esta funcione a contento, rendendo o melhor possível. Equipamentos de pre setting, por exemplo, são fundamentais para que as ferramentas sejam montadas corretamente, com precisão, segurança e rapidez. Um bom equipamento de pre setting pode garantir o retorno do investimento feito na máquina em menos tempo. As exigências atuais do mercado, cada vez mais globalizado, têm praticamente obrigado as indústrias, notadamente aquelas que pretendem sobreviver e crescer em um ambiente competitivo, a investirem em processos e sistemas que diminuam as perdas de produtividade. Um bom

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exemplo são os sistemas de pre setting adotados nos centros de usinagem CNC. Utilizado para fazer a pré-ajustagem e a detecção de quebra de ferramentas, esse recurso já é bastante comum nos países desenvolvidos, mas ainda está longe de ser uma regra no Brasil. Na verdade, a importância do pre setting é muito maior do que pode parecer à primeira vista. Dentro das operações de usinagem, perde-se muito tempo no ajuste de ferramentas. Além disso, muitas vezes, o ajuste incorreto acarreta retrabalho ou perda da peça executada. Portanto, torna-se vital contar com um sistema rápido e racional que informe a posição exata da ponta da ferramenta e passe as suas medidas com precisão milesimal ao comando da máquina. Deste modo, os movimentos de usinagem serão precisos e manterão as tolerâncias da peça usinada sem pôr em


Izilda França

Pre setting de ferramenta a laser in process da Probe.

risco a integridade tanto da peça quanto da ferramenta. Se as vantagens do pre set parecem óbvias, por que, então, existe uma certa resistência para a sua adoção? A resposta é simples: investimento. “Como o pre set não é uma máquina de usinagem, as empresas precisam gastar dinheiro na sua adoção e aplicação, o que passa a ser considerado uma desvantagem”, explica o gerente da Bermat, representante da Zoller

Presetters no Brasil, Antonio Barbaric. “Entretanto, dependendo do número de máquinas que o centro de usinagem tenha em operação, em menos de um ano é possível pagar o que foi investido com o pre set.” Para Edson Truszko, gerente geral da Probe Systems Máquinas, outra empresa referência no setor, a decisão por adotar um sistema de pre setting está diretamente ligada à necessidade de redução de

tempos nos ciclos de produção, pois estudos revelam que 15% do tempo disponível de uma máquina são gastos com ajustes de ferramentas. “Já a decisão sobre o tipo de pre setting – interno ou externo à máquina– depende do volume de máquinas e do estudo do investimento necessário para cada equipamento. Ou seja, decidir por um ou outro sistema requer uma análise dos benefícios de cada um”, complementa o gerente geral da Probe. ENTENDENDO O PRE SETTING Os sistemas de pre setting e equipamentos disponíveis no mercado podem ser divididos da seguinte forma: pre setting in process, que executa a medição durante o processo; e post process, que mede a ferramenta fora do processo, principalmente para gerar bibliografia, ou seja, registros de O Mundo da Usinagem

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referência e padrões para os operadores das máquinas. Um exemplo de pre setting feito externamente é encontrado nos equipamentos oferecidos pela Zoller. De alta precisão, permite que todas as ferramentas sejam medidas fora da máquina, diminuindo tempo de parada e também possibilitando a montagem de ferramentas gêmeas (ferramenta igual à que está sendo utilizada na máquina, deixada pronta para a reposição quando necessário). Já o sistema da Probe, é acoplado ao comando numérico da máquina e permite a obtenção das coordenadas de referência da ferramenta em relação aos seus respectivos eixos de trabalho diretamente na

máquina. Em uma breve descrição, pode ser um sistema eletromecânico (apalpador) ou eletrônico (laser) que, instalado no centro de usinagem ou centro de torneamento, fornece as referências necessárias das ferramentas. De acordo com Antônio Barbaric, da Zoller, a principal evolução tecnológica dos equipamen-

Antonio Barbaric, da Bermat, representante da Zoller Presetters no Brasil: evolução tecnológica com a adoção do sistema de imagem para a medição das ferramentas, que permite precisão milesimal. Izilda França

Izilda França

Edson Truszko, da Probe: a decisão de adotar um sistema de pre setting está diretamente ligada à necessidade de redução de tempos nos ciclos de produção.

tos de pre setting foi a adoção, há cerca de dez anos, do sistema de imagem para a medição das ferramentas, que veio substituir o sistema de projetor. “A câmera CCD acoplada ao equipamento permite uma precisão milesimal que nenhum operador pode conseguir. Por causa das garantias que oferece, e por não estar sujeita a imprecisões, a medição por imagem já está popularizada”, explica. Como acontece nos mercados de alta tecnologia, os fornecedores de soluções em pre setting têm buscado a evolução contínua para atender às necessidades de seus clientes. “Há uma preocupação constante com o desenvolvimento de novos siste-

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Izilda França

Zoller Venturion 450: pre setting pós process. mas de pre setting, pelo simples fato de poder oferecer maior dinâmica a esta operação. Por outro lado, o surgimento de ferramentas mais delicadas e de alto valor também requerem maior atenção por parte do operador e, conseqüentemente, exigem e justificam mais cuidado ”, analisa Edson Truszko, da Probe. Outra tendência do mercado é a terceirização de todo o processo de pre setting, o que é encarado como algo normal pelo executivo da Zoller: “A terceirização foi adotada inicialmente para os serviços básicos, como limpeza, segurança e alimentação, mas foi sendo ampliada devido à diminuição do quadro de funcionários das empresas. Acho natural que ela chegue à área de montagem e preparação de ferramentas”. Tanto as medições em pro10 O Mundo da Usinagem

cesso quanto aquelas feitas antes das ferramentas chegarem à máquina, não podem ser pensadas à revelia dos processos produtivos e, por este motivo, devem fazer parte de toda uma estratégia de competitividade. Atualmente os fornecedores deste segmento investem na preparação técnica de seus profissionais de campo para que estes possam oferecer a devida assistência ao investidor que deseja montar um setor de usinagem de alta produtividade. Portanto, se você tiver alguma dúvida sobre este assunto, não deixe de conversar com um destes especialistas. Thais Gebrim Loraine Calza Jornalistas



SUPRIMENTOS

Organização das ferramentas pode aumentar suas vendas iretor-presidente da Sanches Blanes, Sérgio Coca diz já ter se deparado, durante visitas a clientes, com porta-ferramentas “guardados” ou jogados dentro de caixas metálicas, debaixo de bancadas. “Armazenar e transportar adequadamente as ferramentas de corte é zelar pelo patrimônio da

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Arquivo Sanches Blanes

Ferramentas de corte precisam ser armazenadas e transportadas adequadamente, sob risco de perda da precisão e desempenho.

Armário especial para armazenar produtos de qualidade 12 O Mundo da Usinagem

empresa e garantir a performance das ferramentas na produção”, afirma. Em sua opinião, desleixos como esse são fonte de prejuízos, pois podem afetar a concentricidade dos suportes, vindo a danificar o eixo-árvore de uma máquina, no valor de algumas dezenas de milhares de reais. Apesar das recomendações dos fabricantes, também não é incomum encontrar ferramentas de corte “depositadas” em prateleiras, expostas a impactos, intempéries, acidentes, etc., mesmo em grandes empresas. A conseqüência mais óbvia dessa prática é a perda da precisão e desempenho dessas ferramentas, gerando retrabalhos, refugos e altos custos mensais. Sérgio Coca lembra que “apesar da alta dureza e resistência ao desgaste, as ferramentas de metal duro e as diamantadas são frágeis, principalmente nas arestas de corte”.


Especializada na produção de porta-ferramentas e sistemas de armazenamento e transporte de ferramentas, a Sanches Blanes desenvolveu inclusive um programa de treinamento para seus vendedores e distribuidores sobre os cuidados que se deve ter no armazenamento e transporte de ferramentas. O objetivo é que esses profissionais levem ao chãode-fábrica de seus clientes essas orientações. “Infelizmente esse ainda é um assunto pouco considerado por grande parte das empresas brasileiras, mas estamos oferecendo essa conscientização às empresas”, informa. VANTAGENS Para o diretor-presidente, cuidar adequadamente das ferramentas traz inúmeras vantagens. A principal delas é a organização e a sensível redução de custos e desperdícios. Com armários apropriados para guardá-las, facilita-se o acesso quando delas se necessita, evitando a perda de tempo para encontrá-las pela fábrica. É

Arquivo Sanches Blanes

Armário com acesso controlado às gavetas

possível armazená-las em conjunto por operação. “Vai-se usinar o cabeçote do motor: basta ir a uma determinada gaveta, onde se irá encontrar todo o conjunto necessário para aquela operação, inclusive com as ferramentas já “pressetadas”, reduzindo até o set up da máquina”, explica. Sérgio Coca avalia que, com o emprego de um ou dois armários, já é possível alcançar melhorias substanciais em termos de organização, facilitando o controle patrimonial e logístico das ferramentas. Lembra ainda outro detalhe: hoje é comum o cliente querer conhecer as instalações do fornecedor. “Mostrar um sistema organizado de armazenamento é muito valorizado pelos clientes. Demonstra cuidados com a qualidade, controle de custos e menor risco de problemas que possam prejudicar a entrega de produtos”, frisa. O Mundo da Usinagem 13


ECONOMIA A Tool Services, empresa do grupo Sandvik que atua no segmento de gerenciamento e recondicionamento de ferramentas, oferece ao mercado dois modelos de vending solutions, o Supply Bay e o Smart Drawer. O primeiro, mais simples, permite apenas a retirada de ferramentas com controle de acesso. Já o Smart 14 O Mundo da Usinagem

Arquivo Tool Services

A Sanches Blanes fabrica ampla linha de modelos de armários padronizados, mas o grande diferencial – segundo o diretor-presidente – está nos especiais. A empresa produz armários configurados conforme a necessidade do cliente e dos itens a serem armazenados, como peças de difícil armazenamento, tais quais brocas, brocas-canhão longas, fresas caracol, rebolos, além daqueles específicos para linhas de montagem, metrologia e para a indústria farmacêutica. Também fabrica o Armário Inteligente, com controle de acesso por senhas e gerenciamento on line via internet ou intranet. Já a linha de carrinhos para transporte das ferramentas é composta de quatro modelos standard e mais de uma centena de especiais. Robustos e adequados às ferramentas que vão transportar, podem contar com berços ou suportes para o encaixe de itens como porta-ferramentas para altíssimas velocidades para evitar impactos e danos durante o transporte e perda da precisão.

Smart Drawer

Drawer possibilita tanto a retirada quanto o reestoque. Para Clayton Paulino, supervisor da Unidade de Serviços da Tool Services, além dos ganhos em termos de organização, as vending solutions proporcionam maior controle do consumo. “Após a instalação de uma vending solution num cliente nosso, o consumo caiu quase 70%”, comenta. Para o supervisor, como todas as transações são registradas, permitindo identificar-se quem, quando e onde retiram ferramentas, as máquinas exercem - até do ponto vista psicológico - papel de inibidor de consumo desnecessário, que dissolve o lucro até das empresas mais produtivas. “Esse cliente adquiriu sete vending solutions e está negociando outras três”, observa. Dinâmico e preciso, o sistema é eficiente também no controle de estoque. Cada ferramen-


Arquivo Tool Services

Vending Machine

O correto armazenamento e o transporte de ferramentas de corte, além de garantir o desempenho das mesmas, auxiliam desde o controle de estoque até a redução do tempo de set up da máquina, dada a facilidade de acesso à(s) ferramenta(s) necessária(s) à usinagem de uma peça.

ta retirada é imediatamente baixada no estoque, podendo-se inclusive programar a reposição automática. Se o usuário tem contrato com algum fornecedor, o sistema pode automaticamente disparar um novo pedido. Obviamente, em toda empresa onde se usinam peças, de algum modo, bem ou mal, encontraremos almoxarifados centrais, algumas vezes postos avançados de armazenamento colocando as ferramentas mais próximas de seus pontos de aplicação. Encontraremos também salas de pre setting, ou algo que cumpra o mesmo papel destas, para montar, desmontar, preparar conjuntos de ferramentas para determinados lotes de produção e também cuidar da manutenção do ferramental. Além disso, ferramentas são transportadas e disponibilizadas

ao pé da máquina para o operador, principalmente no caso de máquinas sem magazines automáticos de troca de ferramentas. O ponto crucial é: como é que isto vem sendo feito? Todos os dias surgem novidades em soluções que racionalizam este serviço de armazenamento, transporte e disponibilização de ferramentas. Não é raro, no entanto, encontrar novas soluções que economizem horas de tempo improdutivo ao longo de um mês de trabalho. Por este motivo, precisamos sempre avaliar e comparar soluções, para ver se nosso sistema atual de armazenamento já não se tornou obsoleto e um obstáculo a melhores índices de produtividade.

De Fato Comunicações O Mundo da Usinagem 15




GESTÃO EMPRESARIAL

Adriana Elias

Reposição de ferramentas 75% mais rápida A otimização não foi reflexo somente de uma política de investimentos, mas de uma mudança de posicionamento e conscientização de todos que fazem parte do processo produtivo.

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áquinas funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para a maioria das empresas este número é sinônimo de alta produtividade, reflexo da utilização máxima da capacidade instalada. Porém, “sempre existe a possibilidade de melhoria”, acredita Sidney Harb, fornecedor e consultor técnico, especialista em ferramentas de corte e usinagem. Em 2005 uma parceria entre a Mining & Construction e a

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Coromant, duas empresas do grupo Sandvik, mostrou como foi possível otimizar as etapas de um processo que já refletia o máximo de produtividade. Tudo começou com a visita de Sidney Harb à sede da SMC em São Paulo. “Eles vieram aqui, analisaram nosso processo e indicaram as várias oportunidades que podiam ser exploradas”, afirma Cláudio Inoue, gerente de produção da Mining & Construction. Por meio de estudos


Adriana Elias

detalhados das várias etapas de produção foi possível ter uma idéia de quais pontos poderiam ser melhorados. Todas as etapas de fabricação foram acompanhadas de perto pelas duas partes e, visando a melhoria, algumas medidas foram tomadas. A troca de ferramental é um exemplo disso: as antigas pastilhas GC 4025 foram substituídas pela nova classe de metal duro GC 4225, mais versátil e cujas arestas são robustas e resistentes ao desgaste, representando um ganho em eficiência e produtividade na usinagem das peças. Outra mudança importante na produção foi o corte da refrigeração durante o fresamento, gerando diminuição no número de fissuras causadas pela variação

Adriana Elias

Fachada da fábrica.

térmica durante a usinagem. “A cada 93 peças usinadas era necessário parar a máquina. Sem a necessidade da refrigeração alcançamos 275 peças por aresta. Esse é um aumento bastante significativo”, defende Sidney Harb. Um novo modelo de brocas também foi empregado no pro-

cesso de fabricação; as antigas brocas R415 deram lugar à nova R840, conferindo maior vida útil à aresta de corte. Porém, não se trata somente de substituir antigas ferramentas por novas, e sim entender qual a melhor solução para determinada operação. Dessa forma, a otimização não foi reflexo somente de uma política de investimentos, mas de uma mudança de posicionamento e conscienti-

Sidney Harb, vendedor técnico Sandvik Coromant, José Dirceu, diretor de produção, Renato P. de Souza, programador CNC e Cláudio Inoue, gerente de produção, todos da Sandvik Mining & Construction, acreditam que confiança não é apenas uma qualidade: é a premissa de bons resultados. O Mundo da Usinagem 19



O fresamento sem refrigeração foi uma das mudanças que otimizou os custos finais da fabricação dos bits para perfuração de rocha da SMC.

zação de todos que fazem parte do processo produtivo, incluindo mudanças na organização do trabalho, informação e estoque. “Cada um tem seu papel para melhorar o processo”, declara Cláudio Inoue. Os funcionários passaram por treinamento visando aprimorar a aplicação técnica dos produtos, gerando maior conscientização dos operadores quanto à utilização do ferramental. Tais mudanças puderam ser acompanhadas por meio de relatórios periódicos que comparavam antigos e novos processos, detalhando custos, lucratividade, ferramentas utilizadas e o lead time de cada uma das etapas. “Coisas que nós não dimensionávamos, por exemplo, quanto o

custo da ferramenta representa no valor do nosso produto, tudo foi relatado”, afirma o gerente de produção da Mining & Construction. SMART DRAWER Uma das implementações mais notáveis no processo produtivo foi a aplicação do sistema Smart Drawer. Renato Pereira de Souza, programador CNC na Sandvik Mining & Construction, detalha as mudanças ocorridas

Adriana Elias

Adriana Elias

com esse sistema: “Antigamente o operador precisava pegar a pastilha no estoque, no fundo da fábrica. Muitas vezes ele trazia consigo uma quantidade de pastilhas muito superior àquela necessária. Entretanto, o estoque dava baixa, mesmo havendo pastilhas sobressalentes e era um investimento a mais para poder carregar o estoque”, detalha Sidney Harb. Com a implementação de máquinas Smart Drawer, esse excesso foi eliminado. O equipamento funciona da seguinte maneira: o operador retira as ferramentas da própria máquina, através de um gaveteiro. Quando o sistema acusa uma quantidade mínima de peças, um aviso é enviado auto-

“Não se trata somente de substituir antigas ferramentas por novas, mas sim entender qual a melhor aplicação para determinada ferramenta”, comenta Cláudio Inoue. O Mundo da Usinagem 21



Bits acabados de brocas para perfuração de rochas usados por empresas como Camargo Corrêa, Odebrecht, Vale do Rio Doce, entre outras.

Adriana Elias

maticamente ao Departamento de Compras, que se encarrega da reposição. Com a implantação desta máquina, foi possível centralizar todas as pastilhas dentro da produção, evitando até o deslocamento do operador. Segundo Renato Pereira de Souza, “a velocidade de reposição da ferramenta na máquina chegava até 20 minutos. Hoje, o mesmo ciclo gira em torno de 5 minutos”, e acrescenta, “o treinamento também abordou essa questão logística, eliminando desperdícios, como as constantes paradas de máquina”. RESULTADOS A adoção de novas estratégias foi fundamental para que a empresa obtivesse bons resultados. Em 2006 houve um aumento de 20% na produção. Outro reflexo expressivo do aperfeiçoamento na cadeia produtiva foi a redução de 50% nos custos com ferramental. Entretanto, a parceria não se limita somente aos bons resultados. Segundo Sidney Harb “a

atualização é constante e acompanha a evolução de classes, ferramentas e também processos”. Cláudio Inoue reitera essa posição: “A partir desta iniciativa nós estamos em um patamar de excelência na utilização de ferramentas e isso gera muito mais confiança, porém, não significa que devemos nos acomodar”. Mais do que a consolidação de uma posição consistente e competitiva, a parceria entre Coromant e Mining & Construction é exemplo de responsabilidade, competência e profissionalismo. Mostrando que a confiança, mais do que uma simples qualidade, é a premissa de bons resultados. SMC A Sandvik Mining & Construction é uma das divisões do Grupo Sandvik, cujas atividades estão divididas em três áreas centrais: Ferramentas, Tecnologia de Materiais e Mineração e Construção. A empresa, antes chamada Rock Tools, iniciou suas ativi-

dades no Brasil na década de 60 e, em meados dos anos 80, solidificou sua estrutura organizacional com a criação de departamentos de vendas e assistência técnica, logística e controladoria. Hoje a empresa fornece soluções para todo o setor de mineração e construção, desde a parte logística até transporte e processamento das rochas. “Com exceção da área de explosivos, todo suporte é dado ao cliente”, declara Cláudio Inoue. O grupo trabalha com clientes de peso, tais como Odebrecht, Vale do Rio Doce, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, além de exportar seus produtos para os cinco continentes, em treze países. A participação da Coromant na divisão Mining & Construction abrange todas as aplicações de torneamento, fresamento e furação na fabricação de ferramentas para perfuracão de rochas. O grupo é certificado pelo ISO 9001 desde 1995 e, em 2004, recebeu certificação ISO 14001, demonstrando uma busca constante no processo de aperfeiçoamento. Fernando Sacco Jornalista O Mundo da Usinagem 23



OTS

Imagem cedida pela Unigraphics

Máquina de solda por fricção

Racionalize a programação em peças complexas O mercado para softwares de CAM – Computer Aided Manufacturing cresce com a necessidade de se programar máquinas com 3 eixos ou mais ara se ter idéia, em 2006, somente a Siemens UGS conquistou 750 novos usuários. Em termos de licenças comercializadas, faturamento e número de clientes, a empresa tem evoluído a taxas regulares entre 15 e 20% nos últimos anos, segundo Leonardo E. Wilinski, diretor comercial da subsidiária brasileira da Siemens UGS. Tal expansão sugere que as indústrias brasileiras – especialmente as ferramentarias e prestadores de serviços de usinagem – investem em máquinas-ferramenta CNC mais

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sofisticadas, que exigem a utilização de softwares de CAM para programá-las. A evolução nas vendas deste tipo de programa indica que as empresas utilizam cada vez mais máquinas CNC com mais de dois eixos – para programação de máquinas com dois eixos ainda encontra-se a programação na própria máquina. Segundo Wilinski, um ponto que chama a atenção é o que ele denomina “qualidade geográfica” da evolução do mercado. “O crescimento não ocorre apenas nos centros traO Mundo da Usinagem 25


dicionais”, observa, destacando que o desempenho do mercado no primeiro trimestre foi bastante positivo, com incremento superior a 28% em relação ao mesmo período de 2006. “Estamos verificando patamares similares de crescimento no segundo trimestre do ano”, complementa. Na opinião do executivo, o crescimento deve-se à forte redução nos prazos de entrega e à exigência de qualidade e preços competitivos. Wilinski acredita que a facilidade de implementação e utilização são importantes diferenciais dos produtos de sua empresa. NOVIDADE A Siemens UGS oferece, desde abril no mercado brasileiro, o conjunto de softwares UGS NX5, que inclui soluções de CAD/CAM/ CAE. Vale destacar que a solução é modular e pode ser adquirida separadamente. Ou seja, empresas que se dedicam apenas ao projeto podem adquirir apenas o CAD, que é específico para design. Da 26 O Mundo da Usinagem

Arquivo Unigraphics

Machiningstreamline toolpath – exemplo de estratégia de usinagem

mesma forma, indústrias que se dedicam apenas à manufatura podem prescindir do CAD e adquirir apenas o CAM na versão completa ou apenas os módulos que lhe forem convenientes, como aquele para eletroerosão a fio, torneamento, usinagem de dois eixos e meio a cinco eixos, módulo para criação de pós-processadores e simulação de máquinas - um recurso que permite a verificação virtual não só dos movimentos da ferramenta de corte, como da máquina-ferramenta toda. “O CAM não exige o CAD. Basta que o programa de CAM tenha um tradutor para ler os arquivos CAD, que ele vai poder ver a geometria na tela e programar o CNC sem problema algum”, afirma o gerente técnico da subsidiária brasileira da Siemens UGS, Vicente Mazinetti. “Porém, o usuário que dispõe do pacote de software completo, tem vantagens adicionais. Por exemplo, alterações de geometria (no CAD) são imediatamente reconhecidas e a programação


Arquivo Unigraphics

Machining-Z level – exemplo de estratégia de usinagem

CAM é feita automaticamente, sem nenhum trabalho”, observa. Na opinião de Mazinetti, o crescimento do mercado de CAM reflete a modernização do parque de máquinas. “Não faz sentido uma empresa adquirir uma máquina CNC de 5 eixos e não ter um CAM. É impossível programá-la manualmente”, afirma. Para ele, a partir de três eixos, a programação manual das máquinas é impraticável. NX CAM EXPRESS V5 Lançado em maio, o NX CAM Express V5 é uma solução destinada a atender as empresas de médio porte. Trata-se de um produto modular e integrado, de baixo custo e pré-configurado com as melhores práticas de mercado em processos de usinagem. Um dos grandes destaques deste CAM são as novas estratégias de usinagem, como o Free Flow, que possibilita acompanhar a topologia da peça a ser usinada;

e a Streamline finishing tool path, que identifica automaticamente o fluxo das curvas, tornando-se uma eficiente estratégia de usinagem. A EMPRESA A Siemens UGS é uma das importantes empresas mundiais de software e serviços PLM (gerenciamento do ciclo de vida do produto) com 4,4 milhões de licenças e 47 mil clientes em todo o mundo. No Brasil, concentra suas atividades no escritório de São Caetano do Sul (SP), que atua como sede das operações para toda a América Latina. A usinagem de peças complexas é uma estratégia para fugir da concorrência com fornecedores de peças simples que oferecem preços imbatíveis, mas para isso é preciso estar preparado para a complexidade, o que é praticamente impossível sem a adoção de um bom software. De Fato Comunicações O Mundo da Usinagem 27




INTERFACE

Normatizar para que e como?

Desde a Antiguidade os homens perceberam a necessidade de normatizar referências, sob risco do comércio internacional ser impossível e a comunicação humana ser precária.

m um mundo globalizado é fundamental que se possa intercambiar peças onde quer que elas se encontrem. A necessidade de exportar para sobreviver ou mesmo transferir processos de um site para outro exige que a escolha de ferramentas e a indicação de parâmetros de operação sejam padronizadas. As empressas brasileiras que buscaram, nas primeiras décadas do século XX, a padronização dos processos, se viram às voltas com ferramentas e insumos fora de norma que comprometiam sua competitividade tanto no exterior quanto no próprio país. Sem levar em conta as normas, um planejador de processos poderia escolher uma pastilha para usinagem de ferro fundido e aplicá-la na usinagem de aço e os resultados seriam precários. A normatização de ferramentas é fundamental em qualquer país industrializado e sério. Todo engenheiro recém-formado

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jamais deveria começar a elaborar um processo ou projeto sem ter em mente as normas respectivas a cada decisão que venha tomar. Trabalhar sem seguir normas é como pilotar sem controladores de vôo. No Brasil, o órgão máximo de normatização é a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – , criada em 1940, responsável pela base de desenvolvimento tecnológico no país. Tratase de entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normatização pela Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992 e compromissada com as diretrizes estratégicas do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO). O objetivo da ABNT é contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, protegendo o meio-ambiente e o consumidor, a ambos defendendo. Para tanto, o conhecimento


é organizado em documentos normativos que orientam a produção, a comercialização e o uso final de bens e serviços, de forma competitiva e sustentável, tanto em relação ao mercado externo quanto interno. Claro está que as diretrizes magnas, no país, dependem do Sistema Brasileiro de Normalização (SBN), inserido no Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO). A ABTN, no entanto, é o agente privado que apresenta, normatiza, orienta e segue as políticas públicas no setor. A ABTN acompanha todas as políticas governamentais de desenvolvimento, orientando seus associados na certificação de conformidade de produtos e serviços guiados por princípios técnicos de padrão internacional de aceitabilidade. Ela mantém um corpo técnico e de consultores capazes de atender às regras governamentais e às exigências do mercado, seja interno ou externo, tanto produtor quanto consumidor. Por esse motivo a certificação ABNT possibilita a melhoria dos padrões de concorrência em diversos setores da economia. OS COMITÊS BRASILEIROS E ORGANISMOS DE NORMATIZAÇÃO SETORIAL Na ABNT, chama-se habitualmente de “comitê técnico” às comissões de estudos, formadas por especialistas das áreas a que se referem, onde são desenvolvidas as normas brasileiras. Existem 57

Comitês Brasileiros e 4 organismos de Normatização Setorial. A ABNT conta, atualmente, com as áreas de Gestão de Qualidade, Gestão Ambiental, Responsabilidade Social, Saúde e Segurança Ocupacional, Segurança da Alimentação, Segurança da Informação, Certificação Florestal, Certificação de Produtos e Serviços e Programas Evolutivos. A participação nas comissões e comitês da ABTN é voluntária e as Normas Brasileiras são fruto do consenso desses estudos. Uma vez em primeira redação, a Norma é sujeita a um processo de consulta pública, no site da ABNT, para que todos os interessados possam participar de sua discussão e redação, antes que seja publicada como Norma Brasileira da ABNT (NBR). O procedimento, chamado “Edital de Consulta de Norma”, fica aberto à participação on line pelo período de um ano. Quando determinada por organismo nacional de normatização, como a ABNT, a norma, de caráter voluntário, aprovada pela sociedade, se chama Norma Nacional:NBR(Brasil), ANSI(EUA), IRAM(Argentina), DIN (Alemanha), JIS(Japão), etc. Elas podem, contudo, assumir caráter obrigatório, se explicitadas em Lei, decreto, portarias governamentais ou contratos comerciais. No Brasil, graças ao Código de Defesa do Consumidor, as normas são respeitadas em questões judiciais. Mas existem normas determiO Mundo da Usinagem 31


nadas pelo poder público, caso em que são obrigatórias, como a NR brasileira, Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho. BENEFÍCIOS AOS ASSOCIADOS Embora, no caso de classes e geometria de ferramentas, as normas ISO estejam de tal forma consolidadas entre os especialistas que são de uso corrente no país, não há porque não buscar entender e apoiar a ABNT. Tratando-se de entidade sem fins lucrativos, a ABNT funciona como qualquer outra associação, oferecendo, aos associados, serviços em função das contribuições associativas. Ela conta, hoje, com cerca de 1.200 associados, distribuídos entre cinco categorias, de “Coletivo Mantenedor” a Individual (Senior, Honorário, Estudante). Todos os associados têm acesso à identificação de Normas Internacionais e Estrangeiras; pesquisa de normas ABNT NBR; pesquisa de Projetos de Normas Internacionais e Nacionais sobre um determinado assunto, entre outros serviços. Os descontos (de 20 a 40%) em cursos, eventos, aquisição de sistemas e normas, os acesso a determinadas informações, participação em comitês, recepção mensal do Boletim da ABNT, direito a uso do logotipo, etc., dependem da categoria associativa. Na área de máquinas e ferramentas, o desenvolvimento e estabelecimento de normas têm levado a produção brasileira a um patamar de qualidade que a torna 32 O Mundo da Usinagem

competitiva internacionalmente, além, é claro, de possibilitar a boa alimentação do mercado interno. O Comitê Brasileiro ABNT/ CB-04 Máquinas e Equipamentos Mecânicos acompanha o desenvolvimento da indústria em suas áreas de atuação e contribui para sua melhoria constante.Seu âmbito de atuação engloba a normatização no campo de máquinas e equipamentos mecânicos, compreendendo máquinas-ferramenta; ferramentas e dispositivos; componentes mecânicos; transmissão de movimentos; sistemas de medidas e de controle da qualidade da mecânica; compressores; hidráulica e pneumática; refrigeração e ventilação industrial; válvulas e componentes; elevadores e equipamentos de transporte de materiais; termodinâmica; bombas e motobombas; ferramentas e modelações; máquinas para gráficas, madeiras, cerâmicas, plásticos, indústria alimentícia, couro e calçados; máquinas e equipamentos para indústria têxtil, saneamento básico e ambiental, e parque de diversão; máquinas e implementos agrícolas; máquinas e equipamentos pesados e normas básicas para projetos mecânicos; no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. Percorrendo o caminho da normatização, a sociedade tem mecanismos para controlar a excelência da produção da vida material. Equipe O Mundo da Usinagem



A ABNT e o público A ABNT é membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização), sendo sua representante exclusiva no Brasil. A ABNT também representa com exclusividade, entre nós, a IEC (International Electrotechnical Comission). O Centro de Informações Tecnológicas da ABNT (CIT) oferece informações especializadas a respeito de normas técnicas, do Brasil e do exterior, seja a estudantes, professo-

res, profissionais das diversas áreas e empresas. Em salas para consultas, os textos integrais das normas disponíveis para consulta (ABNT NBR e Mercosul) podem ser visualizados por meio de uma “Biblioteca Virtual”. LOCAIS DE CONSULTA: São Paulo – Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis Rio de Janeiro: Avenida 13 de Maio, 13, 27° andar – Centro Informações técnicas sobre normas: CIT (11) 3017-3645 / 3017-3646

COMO A SSOCIAR -SE À ABNT Para faz er parte do quad ro de assoc iados da A BNT é possív el comu nicar-se pelo e-m ail: associad os@abn t.org.br, pelo tele fone: (11 ) 3017-3 600 ou pelo site: http://w ww.abnt. org.br

Equipe O Mundo da Usinagem


INTERESSANTESABER

notícias m Obras de domínio público pela internet Divina Comédia em português? Shakespeare em português? Machado de Assis? Hinos brasileiros? Literatura infantil? Fotografias? Poesias de Fernando Pessoa? Vídeos, teses científicas defendidas em muitas universidades brasileiras? Música erudita? Saiba que existe um portal com tudo isso e.... grátis! Trata-se do “Portal Domínio Público”, lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), organizado e mantido pelo Ministério da Educação e que já recebeu, até hoje, 4.489.107 visitas. Ali é possível acessar, consultar e fazer o download e impressão de obras consideradas de domínio público ou que tiveram o acesso e cópia liberados por seus autores e/ou detentores dos direitos autorais. Acesse http://www.dominiopublico.gov.br e você terá uma grata surpresa!

m Braskem cria tecnologia para fabricar plásticos usando etanol A Braskem anunciou, a 21 de junho do corrente ano, uma nova tecnologia para fabricação de resinas plásticas a partir do etanol como matéria-prima. Uma usina-piloto para testar o método faz parte do investimento de 5 milhões de dólares no projeto, que agora entra na fase de detalhamento técnico e econômico. Basicamente, a tecnologia usa etanol da cana-de-açúcar para produzir eteno, a matéria-prima do polietileno. A usina-piloto, com capacidade de até 200.000 toneladas, deverá iniciar a produção em final de 2009. A Brasken em breve iniciará a distribuição de amostras do novo polietileno de etanol – que já recebeu um certificado de qualidade de um laboratório estrangeiro, o Beta Analytic – entre seus clientes. A Braskem é a maior fabricante de resinas termoplásticas da América Latina, com 18 unidades no Brasil e capacidade instalada para 10 milhões de toneladas de produtos químicos e petroquímicos por ano. Fonte: Revista Exame e site carbonobrasil.com

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PONTODEVISTA

As razões certas fazem a diferença O crescimento da economia brasileira, a entrada de capitais externos em volumes sem precedentes no país, a euforia das bolsas, a expansão da atividade industrial, todo esse conjunto de dados positivos vai aos poucos criando uma nova onda de oportunidades para quem planeja avançar na carreira.

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ão há dúvidas de que as empresas vão partir para contratações para dar conta do aumento de demanda atual. Engenheiros, técnicos qualificados, gestores experientes, gente capaz de abraçar desafios e oferecer soluções inteligentes para os negócios se tornaram artigo de luxo do dia para a noite. Neste cenário efervescente, as chances de você, leitor, receber uma proposta para mudar de emprego é bastante alta. A busca por profissionais qualificados continuará crescente nos próximos meses e, a não ser que algo de extraordinário aconteça no cenário internacional ou doméstico, mais dia menos dia você terá que decidir se deixa ou permanece em seu trabalho atual. Minha experiência como headhunter e conselheiro de presidentes de empresas e executivos muito bem posicionados no mundo corporativo me obriga a dizer que esta não será uma situação fácil de enfrentar. Mudar de empresa e avançar na carreira exige reflexão. E mesmo que você se sinta tentado, o salário não deve ser a única questão a

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ser levada em conta na hora de tomar a decisão. Um outro elemento me parece ser mais importante na hora de pesar uma proposta de trabalho. A escolha de mudar ou não deve estar baseada nas razões certas e encontrá-las é o grande desafio. Trabalhar apenas pelo dinheiro, pelo status ou pelo poder não traz impacto nem para a empresa nem para a própria satisfação pessoal. Um bom profissional precisa ter em mente que o seu papel é servir o cliente e servir ao mercado com genuíno interesse. Essa é uma razão que faz a diferença na vida executiva. Mas nem sempre isso acontece. Quando menos percebemos, somos atraídos a escolher caminhos novos ancorados em sentimentos como acomodação, egoísmo, poder, dinheiro, entre outros tantos que, ao final, nos levam a verdadeiras ciladas. Tudo porque ignoramos os verdadeiros valores que deveriam nortear a nossa trajetória. Tenho entrevistado centenas de executivos nos últimos anos para ocupar posições de destaque


e às vezes até mesmo contrariando suas melhores aptidões e aspirações, só para concretizar uma mudança momentânea, sem substância. Quando finalmente se sentam na nova cadeira, percebem que continuaram no mesmo lugar. É caso típico do executivo de multinacional que, cansado da pressão, resolve assumir o comando de uma ONG charmosa imaginando que vai levar uma vida mais mansa, ao invés de pautar sua transferência pela ambição de mudar a realidade com suas ações. Já vi este filme antes e o resultado é clássico: frustração. Tomar decisões e fazer escolhas é uma arte. O resultado deve trazer realização e felicidade. E para que isso aconteça, procure ser a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa e, principalmente, pela razão certa. Isso faz toda a diferença. Robert Wong Sócio diretor da P&L e Robert Wong Consultores Associados, autor de O Sucesso Está no Equilíbrio. Imagem cedida pelo autor

dentro de grandes companhias. Uma das perguntas que costumo fazer é: afinal, por que você está em busca de uma nova posição? Tenho ouvido com uma freqüência preocupante argumentos como “não estou contente no meu emprego”, “não estou sendo pago adequadamente” ou “não suporto mais o meu chefe”. São respostas admissíveis, sem dúvida alguma, mas calcadas em pressupostos equivocados. Quando se busca uma nova posição, quando se quer partir para uma nova fase na vida profissional, no mínimo a pessoa deveria se colocar na posição de quem está em busca de novos desafios e não à procura de uma solução dos problemas que o atormentam no presente. Essas perguntas são feitas não para avaliar seu descontentamento no emprego atual, mas sim para averiguar qual a contribuição que ele traria à nova empresa, que desafios estaria interessado em abraçar, que brilho novo poderia dar aos negócios de seu contratante, caso fosse o escolhido para a função. Muitos profissionais excelentes se colocam diante de headhunters, de presidentes de empresas, de diretores de recursos humanos para vender o seu peixe e construir uma nova oportunidade na carreira. Na hora de tomar posições, boa parte vai olhar apenas para os cifrões do contracheque, para os benefícios oferecidos, para o nome da corporação proponente, negligenciando

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INTERESSANTESABER

Arquivo M.A.Oliva

Uma ínfima história da fotografia Tente imaginar o nosso cotidiano, a vida, o mundo sem a fotografia. Casamentos, aniversários, festas de formatura, despedidas, viagens... todos esses eventos ficariam apenas na memória. As paisagens, culturas e eventos só seriam conhecidas in loco. ertamente a nossa percepção do mundo seria bem diferente, quase impossível imaginar... A fotografia é onipresente na vida cotidiana, dizendo-nos que nós somos nós desde pequeninos, fornecendo o suporte material para a construção de nossa memória e, portanto, de nossa identidade. A história da fotografia é recente e revela

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meteórica sucessão de experimentos técnicos bem-sucedidos, pautados pela busca da melhoria da qualidade e da permanência da imagem a um custo operacional o mais baixo possível. Em menos de 200 anos, a fotografia tornou-se banal, sem mistérios e ao alcance de todos, acoplada, na sua variação digital, aos telefones celulares.


Várias experimentações seguiram concomitantes até que se apresentasse ao público, em 1839, o daguerreótipo (o nome é uma homenagem ao seu inventor, o francês Daguerre) que consistia em uma placa de cobre com fina camada de prata sensível aos raios ultravioletas e que registrava os meios tons (cinzas) com extrema definição. Mas ele estava muito longe do que hoje entendemos por fotografia, pois tratava-se de um objeto único. A placa de cobre era, ao mesmo tempo, a matriz e a cópia, ou seja, disposta na máquina fotográfica para sensibilizar-se com a ação da luz. O negativo não havia ainda sido inventado. Mas mesmo sendo um objeto único, o daguerreótipo, e suas variações, o ambrótipo (placa de vidro) e ferrótipo (placa de ferro) alcançaram sucesso comercial em meados do século 19. A busca de uma matriz para a reprodução fotográfica resultou, em 1841, no calótipo, um negativo de papel desenvolvido pelo inglês Fox Talbot. O negativo de papel não garantia, ainda, a mesma nitidez alcançada pelo daguerreótipo, fomentando a pesquisa até se chegar na dupla negativo de vidro em colódio + positivo em papel albuminado. Esta dupla lançou as bases para a fotografia moderna, seu princípio – o sistema negativo/positivo –

garantiu sua rápida comercialização no mundo ocidental. Ao longo da segunda metade do século 19, a fotografia tornou-se um instrumento privilegiado de circulação de informações sobre arquitetura, paisagem e costumes de todas as partes do mundo, na forma de álbuns, exposições e finalmente no grande ícone do turismo – os cartões postais. Mas a produção fotográ-

fica ainda requeria um equipamento pesado e conhecimentos especializados. A prática fotográfica ao alcance de todos só se tornou realidade com a introdução dos negativos flexíveis (inclusive coloridos) e da máquina fotográfica amadora Kodak (1888). O slogan “aperte o botão, que nós fazemos o resto” marcou o início de uma fase da fotografia compartilhada também por amadores. Julio Chiatti, Álbum Casa Photos, São Paulo, 1914

Foto ainda com acabamento em platina, da família Vicente de Barros, 1905.

Propaganda de máquinas fotográficas de 1914. O Mundo da Usinagem 39


A fotografia diz que nós somos nós desde pequeninos. 1929 e 1947.

Fotos: Arquivo M.A.Oliva

Dos anos 1920 em diante, a fotografia explode nos meios de comunicação de massa e o fotojornalismo impõe uma linguagem particular, derivada em boa parte dos novos formatos de câmeras portáteis. O formato 35mm, introduzido com a câmera Leica, em 1925, revoluciona o mercado e, após a 1ª Guerra Mundial, surgem as grandes es-

trelas entre as câmeras fotográficas: a alemã Hasselblad, nos anos 40 e, na década seguinte, a preferida dos fotógrafos profissionais do fotojornalismo – as câmeras reflex (Asahi Pentax, 1957). A Nikon surge no mesmo ano. A década de 1960 marca a disseminação das máquinas totalmente automáticas, com a Agfa, em 1959.

A história da fotografia no Brasil reproduz em escala os grandes momentos da trajetória mundial da imagem fotográfica, e isso graças ao fato de por aqui terem aportado gerações de fotógrafos europeus que, por variadas razões, estabeleceram-se em terras tropicais. Da história recente da fotografia, merece destaque a produção fotográfica de Jean Manzon (1915-1990), Pierre Verger (1902-1996), Marcel Gautherot (1910-1996). Além de renovarem o panorama da fotografia profissional brasileira, estes fotógrafos guardam em comum o interesse pela nossa cultura em suas inúmeras manifestações. Solange Ferraz de Lima Museu Paulista da USP

No Brasil também se “inventou” a fotografia... A busca por reproduções de boa qualidade e custos baixos era uma meta perseguida por muitos profissionais das artes gráficas. Esta foi a motivação para que Hercule Florence, desenhista francês que chegou ao Brasil em 1824, iniciasse suas pesquisas pioneiras com a fotografia. Estabelecido na cidade de Campinas, Florence montou uma oficina impressora, onde experimentou processos de melhoria no sistema de reprodução para imprimir rótulos. A um desses processos deu o nome de Photographie, como consta em seu diário datado de 1832, sete anos antes, portanto, da divulgação pública do daguerreótipo. Florence foi adiante em seus experimentos e, em 1833, usou uma câmera escura para registrar uma imagem em chapa de vidro transferindo-a, por contato, para um papel também sensibilizado. Em sintonia com as pesquisas na Europa, Florence, no Brasil, também investia na geração de matrizes “fotográficas” ou, no par negativo/positivo. A família Florence manteve seus diários e muitas obras.

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Nossos Fotógrafos premiados Agnaldo Ramos, Alexandre Magno, Américo Vermelho, André Cypriano, André Dusek,Andrei Gurgel,Anna Mariani,Ana Regina Nogueira,Anibal Philot,Antonio Mari,Antonio Guerreiro,Antonio Saggese, Arakén Alcântara, Bel Pedrosa, Bina Fonyat, Bruno Veiga, Carlos Freire, Cassio Vasconcerlos, Claudia Jaguaribe, Claudia Andujar, Claudio Edinger, Cristiano Mascaro, Christian Cravo, Thomaz Farkas, Nair Benedicto, Sebastião Salgado, Zeka Araújo, Evandro Teixeira, Rosa Gauditano, Antonio Fontes, Ed Viggiani, Miguel Chikaoka, Pedro Martinelli, Rogério Reis, Cintia Brito, Milton Guran, Orlando Brito, Miguel Rio Branco, Milton Montenegro, Gal Oppido, Luiz Humberto, Vilma Slomp, Renato De Barros, Márcia Ramalho, Rosa De Luca, Marcelo Coelho, Gentil Bandeira, João Ripper, Eugenio Savio, Marcos Santilli, Maureen Bisilliat, José Medeiros, Juca Martins, Flavio Damm, Mario Cravo Neto, Pedro Vasquez, Lucia Guanaes, Monique Cabral, Luis Crispino, Walter Carvalho, David Zingg, Leonardo Costa, Delfin Martins, José Bassit, Elza Lima, Tiago Santana, Fernando Angulo, Vik Muniz, Mirian Fichtner, Ivan Lima, Mauricio Simonetti, Fernando Vivas, Guto Bertagnolli, Luiz Marigo, Luis Braga, Paulo Fridman, Marcelo Buainain, Domingos Peixoto, Lili Sverner, Boris Kossoy, J.R.Duran, Gil Prates, Lalo De Almeida, Marcelo Min, Vania Toledo, Joaquim Marques, Bob Wolfenson, Juvenal P. Meirelles Jr, Paula Simas, Orlando Azevedo.

Entre no site http://www.fotografosbrasileiros.blogspot.com e saiba mais sobre todos eles. E também sobre aqueles que porventura tenhamos deixado de nomear, o que prova que nosso plantel de grandes mestres da fotografia é mesmo bem maior do que estamos habituados a pensar.


Presença objetiva m um momento em que os modernos meios de comunicação reconfiguram a idéia de presença, pois a virtualidade atinge todos os setores da sociedade, como discuti-la fora do chão-de-fábrica, onde ela continua sendo, obviamente, indispensável? Se abandonar um torno girando sozinho é logo notado, o mesmo não ocorre com trabalhos administrativos, onde a presença pode ser ilusória. Mas a presença física continua sendo indispensável pois é ela que alimenta trabalhos que acontecem por meio do diálogo. Subsiste, porém, o velho peso do “ser visto” ou “ser encontrado”: pelo chefe, pelo colega, pelo cliente. Presença real, porém sem maiores objetivos a serem atingidos, ela é uma espécie de presença “documentada”, o corpo é a prova da presença, enquanto que a presença objetiva é aquilo que o funcionário realmente rende à empresa, não apenas em termos de tarefas cumpridas mas de interação e comprometimento com os objetivos da empresa. A facilidade do mundo virtual não dispensa a presença física, pois ela é vital como disponibilidade para para reuniões de improviso, para os clientes, para encontro entre colegas, parte de uma espécie de assembléia permanente em função dos objetivos do trabalho. Estar objetivamente presente depende não só da ética pessoal de cada funcionário como, também, da clareza dos objetivos da empresa e quão claros eles são aos funcionários. Ou seja, os funcionários acreditam nos objetivos da empresa? Devemos lembrar que esses objetivos, na maior parte das vezes, são representados e transmitidos pelos chefes, gerente, managers.

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42 O Mundo da Usinagem

Um ponto nodal para que a cadeia de crédito na empresa não se rompa, é respeitar as ordens emitidas em função dos objetivos. Ao se envolver o funcionário na busca e na solução do problema, criam-se vínculos de objetividade. Esse mecanismo – chamado de cultura da empresa – deve ser calibrado para produzir efeitos e devemos buscar medidas para compreendê-lo e para aprimorá-lo. Não se administra o que não se mede é uma das normas mais aceitas da gestão empresarial. Ora, como medir o “presenteismo” improdutivo que gera enganos, sobrecarga a colegas, desgastes e desperdícios? Estamos diante de um desafio muito instigante. Não se administra o que não é vivido com empenho e prazer é a norma que está se delineando com grande vigor e o caminho da cultura de cada empresa deve buscar a transformação da presença física em presença objetiva, única maneira de potenciar-se talento e criatividade, em benefício não só da empresa como, sobretudo, da própria pessoa. Sandra Pascuti Controller da Sandvik Coromant do Brasil

Adriana Elias

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



INTERESSANTESABER

notícias m Um site fundamental O site CarbonoBrasil foi criado para colaborar na conscientização de que a biodiversidade mundial só continuará a existir se houver desenvolvimento sustentável. Este termo, que está em voga, muitas vezes é usado sem que o seu real significado seja conhecido. Desenvolver sustentavelmente é permitir a sobrevivência das futuras gerações, define o Relatório Brundtland, apresentado em 1987 pela Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED). Para que isso seja alcançado é preciso que a degradação ambiental cesse e que sejam criadas políticas de preservação do meio ambiente. Um dos grandes problemas atuais é o aquecimento global que pode ser amenizado com a oficialização do Protocolo de Kyoto, ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2005. Assim, concretiza-se também o mercado de carbono, um dos mecanismos previstos no Protocolo para que os

países alcancem as metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Este será o carro chefe de informações do site CarbonoBrasil. Além disso, pretende-se esclarecer conceitos específicos da área para que todos estejam cientes das discussões relacionadas ao tema. O site também fará uma ponte entre o que acontece dentro de centro de pesquisas e na sociedade civil. Outro foco é ressaltar a importância do Estado, de entidades e de empresas, estatais e privadas, que agem com responsabilidade social e ambiental – pois estes são pré-requisitos do desenvolvimento sustentável. O site CarbonoBrasil espera, assim, colaborar com a conservação ambiental por meio da informação, principal ponto de partida para mudanças. http://www.carbonobrasil.com carbonobrasil@carbonobrasil.com.br

m Os melhores da Gestão Socioambiental Brasileira 2007 Estão abertas as inscrições para o 5º Benchmarking Ambiental Brasileiro, uma iniciativa que identifica e compartilha práticas de excelência da gestão socioambiental brasileira. O objetivo do programa é selecionar o que há de melhor em conhecimento socioambiental aplicado por empresas de diferentes segmentos de atuação, nas várias esferas e regiões do País. (Ver regulamento no hot site www.benchmarkingbrasil.com.br). Com uma metodologia única e inovadora, o programa em seus 4 anos de existência já selecionou e compartilhou 85 modelos gerenciais de excelência, de 70 instituições brasileiras localizadas em 12 diferentes estados do país. Para isto contou com 35 integrantes na comissão técnica validadora que é multidisciplinar e representante dos mais significativos e atuantes segmentos da sociedade. O Ranking Benchmarking 2007 será divulgado em evento fechado, dia 27 de setembro, em 44 O Mundo da Usinagem

São Paulo/SP, e os seus integrantes passam a integrar um seleto banco de dados digital, de acesso público, hoje composto por 85 cases vencedores nas seguintes áreas gerencias: Resíduos, Energia, Gases e Poluentes, Recursos Hídricos e Efluentes, Educação, Informação e Comunicação Ambiental, Ferramentas e Políticas de Gestão, Manejo e Reflorestamento, Pesquisas Científicas e Desenvolvimento de Novos Produtos, Proteção e Conservação e Arranjos Produtivos. O evento tem o apoio da AHK – Câmara Brasil Alemanha, Instituto Pnuma Brasil, Instituto Envolverde, Portal Ética Empresarial, Revista Meio Ambiente Industrial, entre outros, e é organizado pela Mais Projetos Gestão e Capacitação Socioambiental. Email: imprensa@maisprojetos.com.br Fones/Fax: (11) 3257-9660/ 3259-1846


MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2007 Mês Jul

TBU

TBU

Noturno

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23, 24, 25 e 26

02 e 03

TFR

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EAFF

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01 e 02

10, 11, 12 e 13

TGU

20, 21, 22 e 23

24, 25 e 26

15 e 16

22, 23 e 24

Nov

26, 27, 28 e 29 03 e 04

TBU - D- Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N- Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Rosqueamento com fresa de metal duro (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21 horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)

TUCAS 30 e 31

06, 07 e 08

Set

OUF

16, 17 e 18

Ago

Dez

OUT

05, 06 e 07


O MUNDO DA HGF Comunicação

DICASÚTEIS

USINAGEM

O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: omundodausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700

FALE COM ELES ABNT: (11) 3017-3600 Probe: (11) 4335-4210 Robert Wong: (11) 3896-6933 Sanches Blanes (11) 4824-2700 Sandvik Mining & Construction: (11) 5696-5500 Tool Services: (11) 4582-6638 Unigraphics: (11) 4224-7155 Zoeller: representante no Brasil: Bermat: (11) 6098-4222

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MACHFER Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ MAXVALE Tel: 012 3941 2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 092 3613 2350 Manaus - AM NEOPAQ Tel: 051 3527 1111 Novo Hamburgo - RS PS Tel: 014 3312 3312 Bauru - SP PS Tel: 044 3265 1600 Maringá - PR PÉRSICO Tel: 019 3421 2182 Piracicaba - SP PRODUS Tel: 015 3225 3496 Sorocaba - SP RECIFE TOOLS Tel: 081 3268 1491 Recife - PE REPATRI Tel: 048 3433 4415 Criciúma - SC SANDI Tel: 031 3295 5438 Belo Horizonte - MG SINAFERRMAQ Tel: 071 3379 5653 Lauro de Freitas - BA TECNITOOLS Tel: 031 3295 2951 Belo Horizonte - MG THIJAN Tel: 047 3433 3939 Joinville - SC TOOLSET Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ TRIGON Tel: 021 2270 4566 Rio de Janeiro - RJ TUNGSFER Tel: 031 3825 3637 Ipatinga - MG

ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 37 Agie-Charmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 e 17 Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 HEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 IDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 IGM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 e 29 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Intertooling . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Meggatech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Powermaq. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Sandvik Coromant . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 SKA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 46 O Mundo da Usinagem



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