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Marlene Bergamo/Folha Imagem

EDITORIAL

Celebrar é impulsionar a alegria desprendido de qualquer motivo contrário a ela. É dar-se o direito à festa, não só pelo que se fez ou se obteve, mas, acima disto, pela graça de ser, seja lá o que formos, pela consciência de estar vivo, pelo potencial de fé que temos no porvir, pela ressonância em cadeia que reverbera em entusiasmo. Saúde!!!

O Mundo da Usinagem

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ÍNDICE

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O MUNDO DA

EDIÇÃO 12 / 2007

USINAGEM

O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

USINAGEM PESADA

Um desafio à competência técnica CARGA PESADA

A complexidade do transporte de superpeças

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

ENERGIA

Capa Foto: Usinagem multitarefas Arquivo AB Sandvik Coromant

Possibilidades e perspectivas para a manufatura

Arquivo SeaCam

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO EMPRESARIAL: USINAGEM PESADA 12 OTS: NOVAS TECNOLOGIAS NA FABRICAÇÃO DE MOLDES 18 GESTÃO EMPRESARIAL: METALÚRGICA MONIZ 26 INTERFACE: ENERGIA DA INDÚSTRIA 28/41 INTERESSANTE SABER NOTÍCIAS 30 SUPRIMENTOS: RESPONSABILIDADE DE PESO 35 PONTO DE VISTA: COMPETÊNCIA NA GESTÃO DE PESSOAS 38 INTERESSANTE SABER: PROCURE O VERDADEIRO SABER 42 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 44 MOVIMENTO 46 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 22.000 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Nivaldo Coppini, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Aryoldo Machado, Anselmo Diniz, Sidney Harb, Fernando de Oliveira e Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Vera Natale - MTB 33847 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Fabracor

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O Mundo da Usinagem



Studio Amat

GESTÃO EMPRESARIAL

Fresamento com CoroMill 390 da concha do rotor Pelton, produzido pela Alstom, e que pesa 5,6 toneladas depois de usinado.

Trabalho

pesado

Tudo que envolve a usinagem pesada é de grandes proporções: peças, máquinas, ferramentas, equipamentos de transporte e o tempo necessário para realizar o processo 6

O Mundo da Usinagem

normes máquinas operatrizes equipadas com ferramentas superdimensionadas processando incessantemente, durante dias, peças de dezenas e até centenas de toneladas, que, para serem transportadas pelo galpão da fábrica, ou mesmo para serem posicionadas na máquina, necessitam de pontes rolantes de grande capacidade e exigem muitas horas de trabalho. Esse é o típico cenário de operações de usinagem pesada. A Alstom, uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos para os setores de gera-

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gundo o gerente de Engenharia Industrial da empresa, José Roberto Pires. As peças permanecem, em média, 80 horas nas máquinas, embora possam atingir 200 horas, ou 6 a 7 dias de usinagem, já que operações de setup exigem de 6 a 10 horas. Para o transporte das peças dentro da empresa, existem mais de 40 pontes rolantes, algumas para 150 toneladas, que são combinadas quando se requer maior capacidade. Ainda de acordo com Pires, “diferentemente do que se imagina, as profundidades de corte com a qual trabalhamos não passam de 10 mm”. No entanto, essa operação é demorada – a velocidade é de cerca de 150 metros por minuto, uma vez que a máquina trabalha a 6 rpm. São realizadas furações com broca de até 96 mm,

mandrilhamentos de 1.300 mm e rosqueamento com macho M90. As máquinas de usinagem pesada da Alstom são equipadas com CNCs, possuem mesa com capacidade para suportar peças de 400 toneladas e 16 metros de diâmetro. Os motores dos maiores tornos chegam a ter 200 kw de potência. Quanto às ferramentas, Pires afirma serem semelhantes às utilizadas em usinagens de menores dimensões, diferenciando-se, apenas, nas medidas das hastes de fixação – atingem até 50x50 mm. As pastilhas normalmente usadas são as de 25 mm. A Prensas Schuler, importante indústria do setor de equipamentos para conformação de metais, com sede em Diadema (SP), utiliza a usinagem pesada na faStudio Amat

ção de energia e transporte metro-ferroviário, utiliza intensivamente a usinagem pesada em sua unidade em Taubaté, interior de São Paulo. Entre as maiores peças já usinadas pela empresa estão componentes de rotores de turbinas fornecidos para as hidrelétricas de Tucuruí (PA), com 240 toneladas, e Itaipu (PR), com 300 toneladas. Para a usina chinesa de Três Gargantas, que será a maior hidrelétrica do mundo em termos de capacidade instalada, a empresa produziu 4 conjuntos de distribuidores, com peso total de 1,1 mil toneladas. Rotores de turbinas de hidrelétricas feitas de aço inoxidável fundido com peso médio de 80 toneladas e diâmetro entre 6 e 8 metros são as peças mais comumente fabricadas pela Alstom, se-

Fachada da Alstom em Taubaté, São Paulo. O Mundo da Usinagem

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Fotos: arquivo Prensas Schuler

Vista aérea da fábrica da Prensas Schuler em Diadema, São Paulo.

bricação e reforma de prensas e na produção de componentes para usinas eólicas. De acordo com Fábio Machado Ávila, chefe do departamento de usinagem, são produzidos cerca de 1200 chassis de usinas eólicas por ano. São peças com cerca de 11 toneladas, que recebem operações de mandrilhamento, fresamento de faces e furações e possuem dispositivos especialmente desenvolvidos para sua fixação, uma vez que são produzidas em escala seriada. Mas é no setor de prensas que a Schuler manuseia suas maiores peças. Uma coluna de prensa pesa a partir de 6 toneladas e uma mesa, mais de 100 toneladas. A empresa usina até 150 peças de grande porte que integram essas máquinas. Uma mesa de prensa com 175 toneladas encomendada pela DaimlerChrysler, da Alemanha, 8

O Mundo da Usinagem

foi a maior peça usinada pela Schuler. Para as operações de usinagem foram utilizadas ferramen-

Vista interna da fábrica da Prensas Schuler.

tas especiais, como cabeçotes de até 315 mm de diâmetro no fresamento. No mandrilhamento as furações atingiram diâmetros de até 400 mm. A mandriladora utilizada foi uma Skoda tipo floor type, com altura máxima do eixo Y de 5 metros, profundidade de 2 metros e barramento total de 22 metros. Foram necessárias 150 horas de usinagem. A operação exigiu cuidados especiais: “Imagine virar ou posicionar um conjunto de 175 toneladas. É preciso uma verdadeira logística interna”, afirma Ávila. Para isso, a Schuler associou pontes rolantes com capacidade para até 140 toneladas. Pronta, a entrega da peça exigiu outras complexas operações – da fábrica ao Porto de Santos e, posteriormente, até o destino final. “A Schuler toma conta de toda essa operação. O processo de usi-



Aldeci Santos

Alguns cavacos provenientes de operações de usinagem pesada.

nagem fica relativamente simples em comparação com essa logística”, afirma Ávila. Para Antônio José Giovanetti, assistente técnico de produto da Sandvik, usinagem pesada é aquela com elevada remoção de cavacos e que trabalha com peças volumosas, em torno de 8 a 10 toneladas. Como exemplos, cita eixos de motores e geradores, cilindros para laminação, moendas para engenhos de cana e carcaças de grandes motores. As máquinas que processam essas peças, segundo ainda Giovanetti, especialista em torneamento, têm em geral potências entre 100 cv e 200 cv, são equipadas com carros portaferramenta acionados por motores elétricos e possuem placas acima de 500 mm podendo chegar a 12 metros em tornos verticais. Giovanetti explica que no ca10 O Mundo da Usinagem

so de torneamento pesado, a excentricidade encontrada em grandes peças podem causar problemas durante a usinagem, como batimentos e o comprometimento da pastilha. Por isso, é preciso muitas vezes utilizar lunetas de apoio e contrapontos, além de pastilhas de alta tenacidade que resistam à operação sem lascar. Cerca de 90% dos clientes da Sandi Ferramentas, distribuidora em Belo Horizonte (MG) de produtos Sandvik e Dormer, realizam operações de usinagem pesada. São empresas do porte da Açominas, Vallourec & Mannesmann, às quais a Sandi fornece principalmente ferramentas e componentes para tornos. De acordo com o proprietário da empresa, Jânio Geraldo Ferreira, “trabalha-se muito com pastilhas de 19 mm a 25 mm de aresta de


corte e, também, pastilhas triangulares de 44 mm. Na área em que atua, segundo Ferreira, há máquinas que suportam peças de 50 toneladas e 1,5 metro de diâmetro, possuem velocidade de corte de 50 metros por minuto e trabalham a 10 rpm. Ferreira destaca ainda outra característica da usinagem pesada encontrada em sua área de atuação – o alto volume de material removido. “Trabalhando com a usinagem leve, temos cortes em torno de 3 a 4 mm de profundidade. Na pesada, vamos chegar a 25 mm. Em alguns casos, utilizando ferramentas especiais, atingimos até 60 mm de profundidade de corte, como ocorre na usinagem

de cilindros laminadores”, afirma. Apesar de as tolerâncias serem mais abertas se comparadas à das usinagens leves, o controle de precisão segue os mesmos padrões: “Se a usinagem leve usa micrômetros de 25 mm a 50 mm, na pesada nós vamos ter uma versão de até 1 metro e meio, mantendo as mesmas características de precisão do instrumento”, afirma. Devido às suas características especiais em dimensões e peso, além de uma demanda restrita (em geral pelas indústrias de base), a indústria pesada não é tão numerosa e é difícil encontrar profissionais experientes neste tipo de usinagem. Os produtos são de altíssimo valor agregado e a respon-

sabilidade e os riscos envolvidos são proporcionalmente altos e, assim, não é improvável que se encontre operadores neste tipo de indústria ganhando tão bem quanto muitos engenheiros de indústrias de produção mais leve. Usinagem pesada é mesmo um nicho e poucas empresas partilham deste mercado restrito mas, a julgar pelo volume de negócios em desenvolvimento no Brasil, podemos dizer que é uma área promissora, principalmente em um país como o nosso, ainda tão carente de investimentos pesados em infra-estrutura. Henrique Ostronoff Jornalista


OTS

O uso correto S

das novas tecnologias na fabricação de Moldes

ão muitas as tecnologias disponíveis para o projeto e fabricação de moldes e matrizes. Escolher o conjunto de soluções corretas e saber como aplicar estas tecnologias é fundamental para tornar os processos internos à ferramentaria mais eficazes, em busca da redução dos prazos e aumento da qualidade. A SEACAM se especializa no fornecimento de alta tecnologia para desenvolvimento e manufatura de produtos, e entende que mais do que fornecer software e equipamentos de última geração é preciso contribuir com o crescimento de seus clientes, trazendo informações e conhecimentos sobre como maximizar o aproveitamento de suas soluções. Neste sentido colocamos algumas considerações importantes para obter sucesso na implantação dessas inovações.

Arquivo SeaCam

AGILIDADE NO PROJETO Historicamente tem sido comum as empresas brasileiras desenvolverem o projeto básico em casa, terceirizar o detalhamento onde são gerados rios de papéis e transferir a responsabilidade do modelamento 3D dos fechamentos do

Molde Automotivo usinado em PowerMill. 12 O Mundo da Usinagem


Arquivo SeaCam

Molde de óculos usinado em 5 eixos.

molde para o departamento de programação. Se analisarmos mais profundamente esta metodologia, sem querer fazer qualquer julgamento sobre a viabilidade ou não de terceirizar os trabalhos, concluiremos que há muita redundância de trabalho, métodos com alta probabilidade de erros e retra-

balhos e, consequentemente, prazos mais longos. O mercado tem apontado o desenvolvimento dos projetos de molde ou ferramenta em 3D como solução para este problema. Não há dúvidas que projetar em 3D é cada vez mais necessário, pois permite que o projetista ve-

rifique o projeto com maior facilidade, melhorando a interpretação do mesmo, reduzindo a possibilidade de erros. Projetar em 3D também faz com que todos os componentes a serem manufaturados já estejam criados ao chegar a etapa de Programação CNC, permitindo que mais componentes sejam usinados com o sistema CAM, trazendo mais confiabilidade na manufatura. O projeto em 3D contudo, precisa ser ágil. Neste sentido, é preciso automatizar operações repetitivas, usando soluções CAD que possuam assistentes para estas operações. Algumas etapas que podem receber alto grau de automação são: Fechamentos Internos e Externos, Separação Macho/Matriz, Construção do Porta-Moldes, Criação de Mecanismos de Extração e Gavetas, além dos alojamentos dos componentes do molde nas placas. Ou seja, para conseguir expressivos resultados não basta partir simplesmente para o desenvolvimento do projetos em 3D aos moldes de trabalhos atuais, é necessário uma mudança de cultura organizacional e metodologia de trabalho. O Mundo da Usinagem 13


Arquivo SeaCam

Detalhe de gavetas 3D no PowerSHAPE.

Tal automatização não pode, contudo, tirar a liberdade e a criatividade do projetista que é fundamental para fazer com que projetos complexos funcionem bem. É preciso ter agilidade nas alterações de projeto, lidar muito bem com alterações de produtos, mesmo que estas alterações sejam feitas em regiões complexas, com fechamentos e gavetas, e mesmo que o produto tenha sido desenvolvido em outro software pelo cliente. Um bom exemplo de um sistema CAD que contém tais características é o PowerSHAPE, desenvolvido pela DELCAM. ELIMINANDO RETRABALHOS Mais do que produzir os desenhos de montagem e de detalhamento com precisão, é preciso considerar as etapas de manufatura, criando desenhos que facilitem o trabalho do operador que 14 O Mundo da Usinagem

vai manufaturar o componente. Desenhos com tabelas de furação, por exemplo, são muito mais simples de se interpretar do que um desenho de placa repleto de cotas. Desenhos otimizados reduzem a possibilidade de erros, eliminando retrabalhos e contribuindo para o cumprimento de prazos. Para produzir estes desenhos, o sistema CAD deve trazer ferramentas que automatizem este processo, facilitando a vida do projetista. A extração e documentação de eletrodos, também merecem muita atenção. Dependendo da peça, pode-se gastar dias na criação dos eletrodos, das folhas de usinagem e de erosão. Ter um assistente dentro do software para fazer a extração e criar as folhas de processo, não só agiliza esta etapa do desenvolvimento como também elimina as fontes de erro na determinação do posicionamento dos eletrodos.



Arquivo SeaCam

Projeto de Molde 3D executado em PowerSHAPE.

OBTENDO A MÁXIMA PRODUTIVIDADE DA MÁQUINA A maior parte do tempo da produção do molde é consumida na manufatura, por isso ganhar tempo de usinagem é crucial para a redução dos prazos. É preciso estar atento às novas tecnologias de usinagem HSM (High Speed Machining ou Usinagem de Alta Velocidade), ou uso de 5 eixos simultâneos, ou até mesmo aos novos processos de usinagem, utilizando-se de novas ferramentas e novas estratégias de corte. Ter um sistema CAM, alinhado às tendências tecnológicas, com grande variedade de estratégias, com alto poder de edição e extremamente rápido nos cálculos é fundamental para que o programador possa introduzir novos processos e comparar diferentes soluções de usinagem. 16 O Mundo da Usinagem

Muitos processos e conceitos como Usinagem de Alta Velocidade ou processos de Alta Produtividade podem ser aplicados, mesmo que não existam máquinas especiais ou dotadas de recursos HSM. Desenvolvido por uma empresa inglesa especializada em manufatura, que possui até hoje uma ferramentaria de altíssima tecnologia, o DELCAM PowerMILL oferece uma infinidade de estratégias, com processos diferenciados e patenteados, possibilitando reduções de tempos de usinagem da ordem de 30% ou mais. Tudo sem comprometer a segurança, permitindo que a máquina trabalhe 24 horas, sem a necessidade de supervisão constante.

Fernando Tachikawa Gerente de Canais - SEACAM



GESTÃO EMPRESARIAL

Metalúrgica Moniz: um proveitoso almoço de domingo A Metalúrgica Moniz foi concebida em um almoço familiar de domingo. Ou melhor, em dois. No primeiro, Ernesto Pacheco Moniz disse que desejava montar um negócio. No segundo, três semanas depois, o patriarca da família colocou sobre a mesa o dinheiro que obteve com a venda de um automóvel novo e disse: “É para vocês começarem o negócio.”

18 O Mundo da Usinagem

orria o ano de 1986 e começava sair do papel a Metalúrgica Moniz, atualmente com 107 funcionários e sede própria em Ribeirão Pires (SP), onde ocupa 24 mil m2, dos quais 3,3 mil m2 são construídos. A empresa, que só viria a ser fundada de fato em 1989, opera hoje em dois galpões com máquinas-ferramentas de geração tecnológica atual para dar conta dos pedidos mensais de 11 clientes habituais e de outros 20 esporádicos. Num terceiro galpão, tornos mais antigos ainda produzem peças mais simples. Em outra ala, funciona a forjaria. A principal fonte de renda da Metalúrgica Moniz é a prestação de serviços de usinagem, que representa 95% do faturamento. A empresa produz 930 itens diferentes, sendo que em média, 300 itens variados são fabricados todos os meses. Entre as peças de usinagem

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simples estão os espaçadores - uma espécie de arruela, que exige as operações de faceamento, furação e chanframento. Ao mês, são fabricados no mínimo 50 mil espaçadores. “Mas chegamos a fabricar 100 mil unidades mensais”, afirma Ernesto Moniz, o diretor comercial da empresa. Outro diretor é seu irmão, Alberto Moniz, que cuida da parte industrial. Entre as peças mais difíceis estão os corpos de válvula para a indústria sucroalcooleira. De ferro fundido, estas peças de geometria complexa e tolerâncias apertadas exigem a realização das operações de faceamento, fura-


Faceamento de suporte de motor de caminhão e ônibus com a fresa CoroMill 390 da Sandvik Coromant.

Fotos: Izilda França

ção, fresamento e rosqueamento, numa só fixação. “São peças cujas tolerâncias dimensionais admitidas são de centésimos de milímetros”, afirma o diretor

industrial, que cita, à guisa de exemplos, a planicidade e a perpendicularidade de 0,03 mm e o batimento de 0,08 mm. Quem a visita, não imagina

que a Metalúrgica Moniz entrou no ramo de usinagem quase que por acidente. A empresa foi uma bem-sucedida fabricante de pregos, no período de 1989 a 1992, chegando a fabricar 60t mensais. Vítima do Plano Collor, em 1990, a produção minguou e caiu para 8t mensais em 1992. “Quase falimos”, recorda o diretor industrial. Numa tentativa de salvar o empreendimento, a diretoria decidiu entrar no ramo de forjaria, atividade que contribui com 5% do faturamento. “Na verdade não foi exatamente um planejamento.

Ernesto Moniz, diretor comercial da empresa, Ronaldo Albino, vendedor técnico da Cofast e Willians Torres, coordenador de setor CNC.

O Mundo da Usinagem 19


Izilda França

Panorama da fábrica de usinagem da Moniz.

Para salvar a empresa, fazíamos qualquer coisa que não ferisse a ética”, afirma o empresário. E foi nessa busca de salvar a empresa, que a Metalúrgica Moniz fechou um péssimo negócio em 1993: a produção no regime de preço fechado de uma corrente soldada, de medidas específicas, para um grande fabricante de tratores. “O preço era tão baixo, que pagávamos para fazêla”, diz o empresário. O prejuízo era coberto por outras atividades, como a de retrofitting. 20 O Mundo da Usinagem

Na época, a empresa já tinha um cadastro junto à GM, que lhe permitia comprar máquinas usadas da montadora, que reformadas e atualizadas tecnologicamente, eram revendidas. Mas se o primeiro pedido deu prejuízo, também abriu as portas para que a empresa viesse a produzir mais 110 itens para a fabricante de tratores. Em 1995, veio o primeiro torno CNC. Em 1997, a Moniz conseguiu um contrato com a Caterpillar. Mas as máquinas que possuía (um



Fotos: Izilda França

Bujão de motor de tratores e colheitadeiras.

torno CNC e 10 tornos mecânicos) não lhe davam a competitividade necessária. Assim, na Feimafe do mesmo ano, comprou quatro tornos CNC, com seus proprietários apelando à venda de bens particulares para darem os necessários 20% de entrada, lembram-se agora. Em 2003, nova reviravolta. O mercado exigia a usinagem de peças assimétricas e para isso, era preciso investir num centro de usinagem. O primeiro foi instalado no mesmo ano, o segundo, em 2005. Hoje, a empresa conta com 19 tornos CNC e seis centros de usinagem de geração tecnológica recente e intenção de conti22 O Mundo da Usinagem

Torre de atuador de válvula de controle hidráulico - peça em bruto à esquerda e peça acabada à direita.



Izilda França

Fachada da Metalúrgica Moniz em Ribeirão Pires.

nuar aprimorando o maquinário. A Metalúrgica Moniz cresceu 15% de 2005 para 2006. Neste ano, o crescimento será menor. Alguns de seus clientes perderam espaço para concorrência externa, reflexo da apreciação excessiva do real frente ao dólar. Para fazer frente à concorrência internacional, a Metalúrgica Moniz investe na melhoria de processos. Uma das frentes é a modernização do parque de máquinas. Outra é a busca de parceiros que os ajudem a tirar o máximo das modernas máquinas. Assim, em parceria com o fornecedor Cofast, desenvolve vários trabalhos dentro do escopo do Programa de Incremento de Produtividade (PIP), onde se busca ganhos de produtividade da ordem de 45%. 24 O Mundo da Usinagem

Também no processo de fabricação de uma peça para tratores, a intervenção do parceiro Cofast foi fundamental: a empresa sugeriu a substituição de duas ferramentas de corte por ferramentas de última geração em torneamento na classe GC 4225. Os resultados no caso, já são visíveis: houve ganhos de 10% na produtividade e 30% na vida útil das ferramentas. No processo de produção, para se tornar menos dependente dos humores do mercado internacional que afeta seus clientes – e por tabela o prestador de serviços de usinagem – a Metalúrgica Moniz planeja lançar em breve um produto de marca própria, o que consolidará consistentemente a empresa. De Fato Comunicações



Pedro Dêgelo

INTERFACE

Energia da indústria Altos investimentos e alternativas serão necessários para garantir a oferta de energia e prover o crescimento industrial do País

oferta interna de energia no Brasil atingiu 226,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), em 2006, sendo que o setor industrial consumiu 37,8% desse total – o que representa um acréscimo de 4,5% em relação a 2005. O setor foi o maior responsável pelo aumento no consumo final de energia, já que em 1970 consumia apenas 27,7%. Apenas os chamados

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energo-intensivos – indústria de papel e celulose, cimento, metalurgia e química – representaram no ano passado cerca de 20% do total de energia consumida no País. Entre 1970 e 2006, o consumo total de energia cresceu 230% e, na indústria, 350%. As matrizes energéticas utilizadas pelas atividades industriais vem se modificando. Em 1970 o setor re-


presentava 24,1% do consumo total de petróleo e derivados, e 13,5% em 2006; de energia elétrica, foi de 49,2% para 47%. No entanto, em relação ao gás natural, sua participação aumentou quase 16 vezes, passando de 3,8% em 1970 para 51,6% em 2006, embora entre 2005 com 2006, a produção desse combustível tenha permanecido estável. O setor industrial utilizou em 2006, como principais fontes de energia, a eletricidade e o bagaço de cana, cada uma com participação de cerca de 20%, seguidas do gás natural, com cerca de 10%. Esses dados foram divulgados no Balanço Energético Nacional (BEN), produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Não há, no entanto, como calcular o consumo de energia pela indústria que utiliza a usinagem na produção, uma vez que esse processo está presente em diversas áreas de atividades, como a indústria automobilística, de autopeças, máquinas, componentes para usinas hidrelétricas e tubulações, entre muitos outros. Além disso, os órgãos que contabilizam o consumo de energia não possuem estatísticas específicas. A conjuntura energética, porém, é a mesma para todos os setores. O Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, realiza-

do pela EPE, estima que até 2015 será preciso aumentar a oferta de energia elétrica em 4,8% ao ano. Para o setor industrial, prevê que o consumo médio anual cresça 4,4% nesse período. Para isso, seriam necessários investimentos de R$ 60 bilhões em usinas hidrelétricas e R$ 15 bilhões em unidades térmicas. A rede de transmissão deveria passar dos 82 mil km existentes em 2005 para 123 mil km, com o custo de R$ 26,7 bilhões em linhas de transmissão e de R$ 12,7 bilhões em subestações e transformadores. Diante de uma situação de incertezas na área, que poderia colocar em risco o crescimento das empresas, a indústria busca alternativas. Setores industriais eletrointensivos, aqueles que ne-

cessitam de grandes quantidades de energia elétrica, procuram se garantir com a construção de usinas para seu abastecimento. Em 2006, 10,7% de toda energia elétrica pertencia à categoria de autoprodução – em 1994, era apenas 5,4%. Os setores sucroalcooleiro, de papel e celulose, de alumínio, ferro-ligas, nãoferrosos e de ferro-gusa e aço são os que mais produzem energia para seu próprio uso. O destaque fica por conta da utilização de fontes renováveis, já que a maior parte dessa energia é produzida por hidrelétricas e biomassa – com destaque para o bagaço de cana.

Henrique Ostronoff Jornalista

Economia dentro da fábrica Pequenos desajustes de máquinas podem causar desperdício de energia. A SKF, empresa presente em 100 países, desenvolveu uma ferramenta de alinhamento de eixos a laser que diminui perdas de energia de equipamentos elétricos. Segundo a empresa, um motor de 50 hp alimentado com 380 volts que esteja desalinhado pode consumir 2 amperes a mais, ou 1,25 kw/hora adicional. Em

um mês, operando sem parar, serão 900 kw e em um ano, 10.800 kw a mais de consumo. Outro recurso utilizado para diminuir o consumo de energia, segundo a SKF, é o monitoramento termográfico. A empresa fabrica uma ferramenta que aponta falhas de isolamento de calor em sistemas de geração de energia, como válvulas, painéis eletrônicos e elétricos e outros componentes.

O Mundo da Usinagem 27


INTERESSANTESABER

notícias Parceria Brasil–China criará a maior usina de etanol do país ma parceria entre a empresa estatal chinesa BBCA Bioquímica e a pernambucana Grupo Farias vai abrir duas usinas de álcool no Brasil previstas para estarem entre as maiores do País. As duas usinas deverão ser construídas no Maranhão e devem entrar em funcionamento entre 2009 e 2010. A produção inicial será de 800 milhões de litros de etanol por safra, podendo chegar a 1 bilhão de litros por safra. O custo das usinas será de aproximadamente US$ 200 milhões (R$ 390 milhões). A produção será totalmente dedicada à exportação para a China. Cada usina terá capacidade de processamento de 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com produção de 400 a 500 milhões de litro de etanol por safra. Esses números colocam as duas unidades como as segundas maiores do Brasil. Atualmente a maior é a San Martin, que está localizada na região de Ribeirão Preto,

U

28 O Mundo da Usinagem

interior de São Paulo, e tem capacidade para processar 7,3 milhões de toneladas de cana por ano. O Grupo Farias ainda avalia a melhor estratégia para conseguir uma redução nas taxas de importação sobre etanol na China. “O imposto atual (entre 30 e 40%) reflete a taxação sobre bebidas alcoólicas. Estamos empenhados em um esforço para demonstrar ao governo que vale a pena cortar as taxas para incentivar a importação de etanol, que é um combustível verde”, explicou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang. O aumento no preço do grão, que serve como base de ração para animais, contribuiu para a inflação dos preços da carne de porco, principal fonte de proteína na dieta dos chineses. O grupo Farias é uma empresa familiar com sede em Pernambuco, que atua no setor sucroalcooleiro há mais de quarenta anos. Fonte www.ccibc.com



SUPRIMENTOS

Responsabilidade

de peso

Caminhões transitando pelas estradas e cidades do país tornaram-se uma cena cotidiana para o cidadão comum

uma atividade fundamental para empresas que dependem da entrega de produtos, equipamentos, máquinas ou suprimentos para dar andamento aos negócios. Mas se a mercadoria pesa algumas toneladas, a paisagem perde esse ar corriqueiro e ganha aspecto, por assim dizer, de uma estratégia de guerra. Transportar reatores, turbinas, transformadores, geradores, rotores ou tanques, cujo peso pode variar de 15 a 400 toneladas ou mais, implica na responsa-

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Arquivo Transpesa della Volpe

bilidade de manter a integridade das vias, rodovias, pontes, viadutos, túneis e passarelas. Por isso, esse tipo de transporte baseia-se em princípios da engenharia mecânica (análise de ação e reação, distribuição de carga ao longo de uma viga e coeficiente de atrito, entre outros) e é normatizado pela Resolução N° 11 – Normas para Transporte de Cargas Indivisíveis e Excedentes em Peso e/ou Dimensões e para o Trânsito de Veículos Especiais em Rodovias Federais do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes. A Resolução contém nada menos que 72 artigos e determina, por exemplo, que, nos gran-

des centros, a preferência de livre acesso é para os veículos leves; portanto, durante o dia, fica proibido o transporte de cargas especiais. Em cidades de tráfego intenso nos finais de semana e feriados, a CET ou a Unit (unidade do DNIT) local também pode restringir o horário, para evitar transtornos à população. Outra determinação é a obrigatoriedade da AET (Autorização Especial de Trânsito), concedida pela autoridade de trânsito competente, na qual constam dados como peso da carga, potência dos cavalos mecânicos, configuração do conjunto transportador, itinerário, horário do transporte e registro dos responsáveis. Isso sem falar das normas municipais e das exigências específicas das concessionárias de rodovias. Por essas e outras, existem empresas especializadas em transporte de peças pesadas, como a Transpesa Della Volpe que, recentemente, levou, do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, até Paulínia, no interior do Estado, um reator de peso e dimensões nada modestos: 282 toneladas, 21,63m de comprimento, 4,97m de largura e 5,76 m de altura. A complexidade de uma

operação como essa é tanta que o conjunto transportador é acompanhado por viaturas da CET e equipes semafóricas, de trólebus (ônibus elétricos), elétrica e telefônica, para evitar problemas com fiação, semáforos e trânsito das cidades. TRAJETO SEGURO O quesito “segurança” é crucial. Para garanti-lo, o engenheiro mecânico José Luiz Cardozo, gerente técnico da Transpesa, diz que é preciso, em primeiro lugar, conhecer a origem e o destino da peça, suas dimensões e peso. A partir dessas informações e com base no histórico de itinerários, é determinada a rota, checando os gabaritos horizontal e vertical (vão-livre para passagem abaixo de viadutos), estrutura das pontes, raios de curvatura, condições de resistência do solo e localização de pontos de amarração nas peças para fixar a carga no conjunto transportador. Para fugir de obstáculos, como um túnel cujas dimensões não “combinam” com o tamanho da carga e do veículo, antes de iniciar o transporte, profissionais do Departamento Operacional e Técnico da empresa percorrem

Transportar cargas especiais, que pesam de 15 a 400 toneladas implica na responsabilidade de manter a integridade das vias, rodovias, pontes, viadutos, túneis e passarelas. O Mundo da Usinagem 31


Para fugir de obstáculos, como um túnel, antes de iniciar o transporte, profissionais da empresa percorrem o caminho para saber da necessidade de um desvio ou mesmo mudança de rota.

o caminho para saber da necessidade de um desvio ou mesmo mudança de rota. Caso exista um obstáculo e nenhuma dessas alternativas seja possível, a empresa pede ao cliente para estudar a possibilidade do corte da peça. Vale lembrar que transportadoras especializadas em cargas especiais executam laudos de viabilização geométrica e podem ser contratadas preventivamente: antes de iniciar a fabricação da peça, o cliente faz uma consulta para saber se será possível levá-la por terra até o seu destino. Na Transpesa, uma equipe especializada em restrições analisa o trajeto. No laudo, são anexadas fotos com o passo-a-passo do transporte e, onde surgir restrição, é apresentada uma alternativa. Se houver impossibilidade de fazer todo o trajeto por terra, ele poderá ser feito numa combinação do transporte terrestre com o marítimo. De qualquer forma, mesmo com o laudo em mãos, se a peça tiver de ser transportada pelo mesmo itinerário um certo tempo depois, a checagem do percurso deverá ser refeita porque, nesse intervalo, uma obra de recapeamento, por exemplo, po32 O Mundo da Usinagem

de reduzir a altura de um túnel em alguns milímetros, comprometendo a passagem do conjunto transportador. PARCEIROS RESPONSÁVEIS Para garantir o sucesso da operação, a escolha da transportadora deve ser criteriosa, assim como o cliente também tem a responsabilidade de munir o fornecedor com todos os documentos e informações precisas sobre a peça, de forma que o transporte seja realizado conforme as exigências legais e com segurança. Isso porque, se a fiscalização identificar que o veículo está irregular, assim como se houver algum equívoco sobre peso e dimensões


Arquivo Transpesa della Volpe

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da peça nas informações passadas pelo cliente, será necessário substituir o conjunto transportador e providenciar novamente a documentação, correções que podem durar semanas. Para não falar da responsabilidade civil e criminal, caso o conjunto transportador cause queda de ponte ou viaduto, com vítimas. Por falar em segurança, além do Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C), a transportadora pode lançar mão de um seguro particular, com maior valor de cobertura. Na Transpesa, conforme a região de carregamento e descarga, é cobrado um porcentual sobre o valor da carga de-

clarado na nota fiscal. Por exemplo: se a distância for de São Paulo a Minas Gerais, o porcentual será de 0,2% do valor da peça, já se o destino for o Pará, sobe para 1%. O leitor deve estar se perguntando o que tudo isso representa em cifras no preço final do transporte. A variação é enorme. Tudo vai depender do que, de onde e para onde se efetua o transporte. Este ano, o menor valor cobrado pela Transpesa no transporte de uma superpeça foi de R$ 5,5 mil e o maior, R$ 450 mil. Mas, como se sabe, o combinado não sai caro. Thais Gebrim Jornalista O Mundo da Usinagem 33

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A competência na Gestão de Pessoas: a maior vantagem competitiva. Você a possui? ma vez que a competição acirrada entre as empresas no mercado força a quebra do acordo implícito de emprego, como estas podem reter as pessoas de que precisam? Já vimos que passar de um mercado fechado e protegido para um cenário competitivo acaba com a sensação de estabilidade no emprego. Entendemos que as pessoas não dão o máximo de si em seus empregos se viverem achando que irão perdê-los. Os gestores têm o papel de substituir essa abalada sensação de segurança por algo que redefina o compromisso da empresa com os funcionários e o compromisso deles com a empresa. Caso contrário, o medo e sua conseqüência, a paralisia, preencherão esse espaço vazio. Ao perceber que o emprego vitalício não é mais provável atualmente, a empresa tem o papel de estabelecer um novo pacto com seus subordinados. Nesse pacto, esta se compromete a empenhar-se em oferecer às pessoas o estímulo e as oportunidades para elas crescerem e se desenvolverem, mantendo seu valor no mercado dentro e fora da empresa e os funcionários, por sua vez, em garantir comprometimento com a empresa e seus objetivos. Complementando a filosofia de desenvolvimento e os sistemas para apoiar o pacto, as empresas devem assegurar que seus funcionários estejam posicionados para compreender o futuro da em-

Hiroshi Yagi/Getty Images

U

O Mundo da Usinagem 35


presa e para construir seus papéis individualmente nesse futuro. É exatamente nesse ponto que se faz necessário que os gestores realmente tenham desenvolvido ao longo de suas carreiras a competência de gestão de pessoas, pois esta tem importância fundamental para construir o seu papel. Gestão de pessoas há muito deixou de ser definir/controlar e mais e mais vem se transformando em delegar/comprometer/motivar. Esta competência é uma das mais complexas que temos, pois ela é muito mais abrangente do que parece em um primeiro momento e acaba englobando várias outras competências, como: habilidade política, capacidade de desenvolver relacionamentos complexos, liderança, “coaching”, dentre outras. Quando falamos em pessoas, estamos lidando com o principal e o mais valioso capital de uma organização, o capital humano, aquele que gera o resultado financeiro no final do mês. Pelo fato do ser humano por natureza ser mui-

to complexo, saber lidar com cada colaborador de uma equipe requer que os gestores conheçam substancialmente cada indivíduo, respeitando suas capacidades e buscando desenvolver suas limitações. Assim, a ação do feedback ocasional, mas eficaz, vem se juntar às avaliações de performance anuais ou semestrais. O feedback tem a força motriz de incentivar melhorias, corrigir possíveis desvios e recompensar sucessos, constantemente. Eis aqui algumas questões para que o executivo possa refletir e avaliar se está em dia com esta competência: Meus colaboradores possuem informações e ferramentas necessárias para o desenvolvimento de suas atividades? Delego tarefas interessantes para meus colaboradores? Deixoos contribuir com idéias e os envolvo em decisões importantes? Costumo dar “feedback” com regularidade? Consigo passar o compromisso da empresa em reter os talentos? Tenho um canal de comunicação aberto com eles?

Sei das necessidades pessoais de cada um e dos pontos que o motivam? Elogio pessoalmente quando fazem um trabalho de qualidade superior? Faço mensagens escritas para elogiar seu desempenho e reconheço publicamente um trabalho bem feito? Promovo reuniões para comemorar resultados do grupo? Muitos executivos já perceberam a importância de desenvolver essa competência e os benefícios que isso fará em suas carreiras. Outros percebem que podem desenvolvê-la com a prática diária, ou mesmo com a ajuda de consultorias especializadas. Em termos fundamentais, são esses executivos, com competência na gestão de pessoas, que as empresas irão valorizar no mercado para criar a imagem de empresa nas quais pessoas talentosas desejam permanecer.

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Procure o verdadeiro saber Inspirado na centenária sabedoria Sufi e na adaptação do conto “Perfume e Realidade” de B. Naqshband, vem-nos à mente possibilidades para as pessoas que tenham o desejo de edificar-se: compreendendo-se mais, criando caminhos para ficar em paz e manter um diálogo honesto consigo mesmas, harmonizando-se com seu ambiente. 38 O Mundo da Usinagem

s pessoas julgam segundo as aparências. São atraídas por discursos inflamados, sermões retumbantes, rumores, e por tudo o quanto as excita, assim como as abelhas são atraídas pelo perfume das flores. Então, como as pessoas devem aproximar-se do saber, ou as abelhas das flores? O ser humano aproxima-se do saber através dos rumores, dos discursos ressonantes, dos sermões bem encadeados, encontrados em livros, jornais, cinemas, teatro, rádio, tv e demais mídias que lhe chamem a atenção. E na maioria das vezes chegam a este ponto em estado de excitação. E sob este estado, alimentam-se da-

“A


quilo que os excita e não daquilo que o saber pode conceder. É o perfume que guia a abelha até as flores, mas quando ela chega à fonte que o exala não se contenta com ele e nem por ele pede mais, pois o que realmente se dispõem a recolher é o pólen. O que a abelha elabora a partir deste pólen é equivalente ao que alguém poderia processar na busca pelo saber, onde rumores, discursos, textos, roteiros e programas nos levam a imaginações que perfazem papel equivalente ao perfume. A humanidade conta somente com um pequeno número de ‘verdadeiras abelhas’, enquanto que todas as abelhas são abelhas em função de sua aptidão de recolher o néctar, a maior parte dos seres humanos não são ainda seres ‘humanos’ por assim dizer, ou seja, seres que exercem a percepção daquilo que foram criados para perceber” Nesse caminho, sabendo-se que ninguém é 100% capaz em tudo, descobre-se que mesmo nas áreas onde se tem maior competência há sempre alguma oportunidade para o que já está bom tornar-se ainda melhor. Assim, ao se identificar um pensamento, comportamento ou atitude limitante , e identificando sua origem, pode-se investir energia positiva para que tais limites possam ser ampliados ou simplesmente eliminados. Pode se tratar de uma

pequena fragilidade, falta de disciplina, negligência, um padrão de pensamento ou algum credo dentro de si mesmo. O fato é que existe sempre o lado positivo com o qual se pode apoiar o esforço pessoal no sentido de superar qualquer barreira que se imponha ao progresso de qualquer um de nós. Você não pode abandonar a si mesmo, pois efetivamente você tem o poder de mudar certos termos de referência, padrões de pensamento e certos comportamentos que orientam o desenrolar de sua vida. Este caminho de mudanças para melhor começa na concentração de atenção e esforços no lado positivo daquilo que podemos ser. A ênfase no positivo irá aos poucos minando a influência de todo o viez contrário ao desenvolvimento ótimo. Isso nos remete à idéia de intenção: a todo momento, antes de tomar qualquer decisão ou iniciar qualquer tarefa, toda pessoa deveria antes consolidar em si mesma uma intenção positiva e equilibrada em relação ao seu entorno. Entorno este que envolve tanto natureza, quanto pessoas. Se a intenção for equilibrada e balanceada por princípio, haverá sempre uma reserva de energia canalizada para o sucesso. Com intenção correta, a situação se desenvolverá com maior probabilidade de êxito. O Mundo da Usinagem 39


Talvez não se desenvolva da maneira como a pessoa imagina, ou na mesma escala de tempo ou espaço, mas certamente se desenvolverá em direção ao que for mais positivo. A experiência de vida tem mostrado que atitudes positivas atraem realizações igualmente positivas. Assim, ainda que haja em uma pessoa algum aspecto a melhorar, a tendência é que a sua intenção positiva a leve a realizar um volume superior de acertos que tenderá a puxar seus aspectos menos favorecidos à harmonia com padrões superiores de desenvolvimento. Afinal, harmonizar-se consigo mesmo também significa edificar-se, conduzir-se a posições mais elevadas do saber. É importante lembrar que elevar-se não é apenas algo agradável e prazeroso, depende também de disciplina, uma disciplina que você impõe a si mesmo para alcançar algo maior que o fará se sentir muito bem em futuro próximo. Talvez isso se oponha a certos aspectos do próprio caráter, pois algumas vezes podemos ser negligentes ou preguiçosos em algumas áreas e por essa razão não nos esforçamos de fa-

to. É comum que as pessoas se contentem com sua zona de conforto, pois exige menos esforço, impondo-se deste modo uma tendência de apenas seguir o curso da vida assim como tem sido. Mas isso não é bom o bastante. Se compreendermos que pensamento positivo motiva êxito, e se este estiver suficientemente claro em nossas mentes, deveríamos ser capazes de focar toda a nossa energia neste sentido e assim realizarmos muito mais. O processo para harmonizar-se com o entorno é lento, mas possível, elevado mas atingível, um desafio, um caminho a se aprender, e qual é o maior obstáculo a este aprendizado? Ninguém vai encontrar harmonia sem a busca do saber. Francisco Marcondes Gerente de marketing e treinamento da Sandvik Coromant Para saber mais, consulte http://www.sertaodoperi.com.br/ poesiasufi/estorias/pilulas.htm ou http://www.orion.med.br/sufis.htm

A tradição de sabedoria Sufi, ou Sufismo, data do século XIV, quando o Mullá Khawajah Nasr Al-Din, mais conhecido como Nasr Udin (ou simplesmente Nasrudin) escreveu contos baseados na antiga sabedoria de vida persa, que pregam equilíbrio, atenção, sabedoria e visão positiva dos fatos da vida, dos mais corriqueiros aos mais complexos. Os contos se passaram a várias outras culturas e continuam recebendo adições de contos modernos, escritos na tradição sufi.

40 O Mundo da Usinagem


INTERESSANTESABER

notícias Projeto Pibamar: Projeto Iberoamericano de Automação nos processos de Usinagem Espanha, Brasil, México, Cuba, Colômbia, Portugal, Venezuela e Costa Rica buscando alcançar benefícios de impacto industrial e social e formação de recursos humanos, entre outros o Brasil, indústrias como Tupy Fundições, EMBRACO, Schulz Componentes e 30 indústrias de moldes e matrizes já se associaram ao projeto que conta com dezenas de congêneres nos países filiados. Também tomam parte do projeto muitos institutos de formação, destacando-se a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade Tecnológica Nacional da Argentina, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Instituto de Automação Industrial, da Espanha, o Centro Tecnológico IDEKO, da Espanha, a Faculdade de Ciên-

N

cias e Engenharia, do Peru, a Fundação TEKNIKER, da Espanha, entre outros. Com respeito à produção mundial de máquinas ferramentas, Espanha e Brasil se situam em 10º e 12º lugar, respectivamente, enquanto que Portugal ocupa o impressionante 7º posto mundial referente a moldes de injeção, exportando anualmente cerca de US$ 250 milhões. O interesse principal do projeto é unir esforços dos setores de moldes e matrizes, usinagem de materiais aeronáuticos e automobilísticos. Consulte o site do Projeto: http://www.pibamar.org

Novas entidades É possível cadastrar novas entidades para participar do Projeto PIBAMAR. Coordenador: Prof. Marcelo Teixeira dos Santos, Dr. Eng. Mec. E-mail: mteixeira@brasilmatics.com.br Endereço para correspondência: Brasil Automatics Automação e Tecnologia Ltda. Rua Arno Waldemar Döhler, 957 - Sala B9. CEP: 89219-510 - Joinville, SC - BRASIL.

O Mundo da Usinagem 41


Comemorar cada passo urante todo o ano, falamos nesta seção, sobre nossa parcela de responsabilidade em várias áreas. Responsabilidade na área industrial, social e pessoal, que estruturam várias outras. Agora gostaria de falar um pouco sobre nossa responsabilidade em comemorar. Várias pesquisas internacionais apontamnos, os brasileiros, como um dos povos mais trabalhadores do mundo. Estas pesquisas trazem à tona uma realidade que sempre vivenciamos, tanto no tempo em que nos dedicamos ao nosso trabalho, como na seriedade e comprometimento com que encaramos e realizamos nossas tarefas. O fato por si só já demonstra o poder e o potencial que temos, porém se acrescentarmos a estes dados os resultados que o país vem atingindo em várias áreas, tanto na pesquisa como no desenvolvimento e eficiência, iremos concluir que sim, temos tudo para dar certo, como aliás, já está acontecendo. Por vários anos atravessamos momentos de extrema dificuldade, quando tivemos que trabalhar fortemente para conseguirmos nos adaptar às novas realidades, característica extremamente positiva nos brasileiros. Particularmente nos últimos três anos, experimentamos uma fase de certa estabilidade em nossa economia, o que nos dá a tranquilidade de poder fazer um melhor planejamento e, por consequência, melhor execução de nossas atividades. Novamente, os resultados estão aí para qualquer um conferir! É hora assim de liberarmos novamente uma outra característica muito forte no povo brasileiro: A Alegria! Muitas vezes deixamos de comemorar um bom resultado sobre um trabalho executado porque estavamos imediatamente pensando na próxima tarefa. Quantas vezes evitamos vibrar por um bom

D

42 O Mundo da Usinagem

resultado atingido, com receio de que esta vibração possa ser mal interpretada, gerando um sentimento de “baixar as guardas”. É claro que não estamos falando aqui de festas e comemorações irresponsáveis, mas sim daquela comemoração que traz ainda mais energia para as organizações, daquela que traz ainda mais vontade de lutar por um novo resultado positivo. Por vezes, esperamos um grande resultado para comemorarmos com os colegas, amigos ou familiares, mas os vários pequenos sucessos que temos durante nossa jornada constituemse na estrutura do caminho consistente que devemos celebrar sempre que se faça presente. O ano de 2007 chega ao fim e temos, sem sombra de dúvidas, motivos de sobra para comemorarmos. Crescemos como país, como pessoas, como povo e como indústria. Reconhecidamente. Tratemos, portanto, de comemorar os sucessos alcançados, pois certamente estaremos acumulando energia positiva para lutar por outros tantos nos anos que estão à nossa frente. Um feliz Natal e um ótimo Ano Novo, cheio de sucessos e comemorações. Cláudio Camacho Diretor - Sandvik Coromant do Brasil

Adriana Elias

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008 Mês Fev

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Noturno

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25, 26, 27 e 28

18 e 19

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10, 11 e 12

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16, 17 e 18 14, 15 e 16

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29, 30 e 01/10 13, 14, 15 e 16

15 e 16 27, 28 e 29 03, 04, 05 e 06

Nov Dez

30/06, 01, 02, e 03

01 e 02

TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro - (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias) DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) - CURSO NOVO

Para mais informações, acesse www.cimm.com.br (Treinamento Sandvik)

10, 11 e 12


200 Pedro DĂŞgelo


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ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 42 Abimei. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Agie-Charmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Blaser Swisslube. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Diadur . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 HEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 IGM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Kabelschlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 MarktEvents . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Meggatech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Sandvik Coromant . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 SKA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 46 O Mundo da Usinagem



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