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O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

INVENÇÃO

Motor a ar 100% ecológico NEGÓCIOS VIA INTERNET

9,5 milhões de compradores incluindo cadeia produtiva

AUTOMAÇÃO

Uma alternativa indispensável



Monika Bender/GettyImages

EDITORIAL

Janeiro, verão, excelência em cor e alma. Descanso da vista, prazer do corpo, alegria do espírito. Inspiração, começo, iniciativa. É hora de pegar o leme da vida, apoderar-se do brilho que mais adiante nos trará flores, perfumes, frutos e novas sementes e, com esperança, trilhar o ano que apenas se inicia. Por turbulento que seja o porvir, que a serenidade seja o nosso norte. Força e fé em 2008!

O Mundo da Usinagem

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ÍNDICE

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O MUNDO DA

EDIÇÃO 01 / 2008

USINAGEM

O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

INVENÇÃO

Motor a ar 100% ecológico NEGÓCIOS VIA INTERNET

9,5 milhões de compradores incluindo cadeia produtiva

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

AUTOMAÇÃO

Capa Foto: CoroCut 2 arestas Arquivo AB Sandvik Coromant

Uma alternativa indispensável

Arquivo Siemens

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO EMPRESARIAL: NO CAMINHO DA AUTOMAÇÃO 12 OTS: INVESTINDO EM SOLUÇÕES 18 GESTÃO EMPRESARIAL: VULCO/WEIR – SUCESSO NA CADEIA PRODUTIVA CHILENA 24 SUPRIMENTOS: AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PASSA PELOS PORTAIS DE COMPRAS 29 INTERFACE: AUTOMAÇÃO NA SALA DE AULA 35 PONTO DE VISTA: POR QUE AS EMPRESAS PRECISAM INOVAR NO BRASIL? 38 INTERESSANTE SABER: MECÂNICO INVENTA MOTOR MOVIDO A AR COMPRIMIDO! E OUTRAS NOTÍCIAS 46 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 48 MOVIMENTO 50 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 23.000 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira, Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Vera Natale - MTB 33847 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Fabracor

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O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

No caminho da automação Produtos, tecnologias e processos evoluindo constantemente. Saiba porque a automação deve ser levada tão a sério

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O Mundo da Usinagem

ntende-se por automação todo e qualquer sistema automático de atuação ou controle que dispensa, completamente ou quase por completo, a intervenção humana, podendo ser aplicado em distintos níveis de atividade, tais como industrial, comercial, médico, entre outros. A automação industrial caminha paralelamente às transformações dos processos de produção. Henry Ford e Frederick Taylor, na primeira metade do século XX, foram alguns dos expoentes modernos desta atividade, com a implantação de conceitos e técnicas da atividade industrial contemporânea. Entretanto, o início dos processos de automação remete à Revolução Industrial européia, ancorada na modernização da atividade produtiva, em especial as tecelagens. Já no Brasil, o processo da moderna automação industrial ocorreu após a internacionalização da economia brasileira, na segunda metade do séc. XX.

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Neste período o país recebeu inúmeras empresas estrangeiras, acirrando a concorrência e, conseqüentemente, obrigando produtores a otimizar cada vez mais seus processos. Hoje, com tecnologias cada vez mais agregadas aos processos de automação, as ações industriais tornaram-se mais complexas, envolvendo softwares, redes, CNCs, e a quantidade de novos produtos e aplicações é cada vez maior. Em decorrência deste avanço, algumas empresas se especializaram na implantação de técnicas de automação, com foco no aprimoramento da performance e da produtividade do cliente. A Fanuc Robotics é um exemplo disso: a empresa é líder mundial em fornecimento de robôs industriais voltados às mais diversas aplicações, tais como solda, paletização, encaixotamento, além de fornecer assistência técnica e treinamento especializado. Segundo Francisco Cardoso, gerente regional da empresa, “o


Arquivo Fanuc

mercado hoje exige custo baixo com alta qualidade, e isso pode ser fornecido através da automação, não só através de robôs, mas em qualquer automação”. No entanto, o país ainda tem um longo caminho a percorrer. “A Fanuc EUA vende aproximadamente 8 mil robôs por ano só para a América do Norte. No Brasil, se levarmos em conta as duas décadas de robotização e todos os fornecedores, a base instalada está por volta de 6 mil unidades”, explica Cardoso. Este dado revela um crescente mercado a ser explorado e, porque não, compartilhado.

O Projeto Ibero-Americano de Automação dos Processos de Usinagem de Alto Rendimento (PIBAMAR) propôs justamente isto: colaboração e intercâmbio de conhecimento entre empresas do setor metal-mecânico e universidades, gerando conhecimento em temáticas relacionadas à automação. Segundo Marcelo Teixeira, coordenador do projeto, “a idéia foi transformar ciência em tecnologia e, dessa forma, gerar receita para as indústrias”. O projeto compartilhou experiências entre dezenas de empresas e universidades da América do Sul e Europa. “Foram realiza-

“O mercado hoje exige custo baixo com alta qualidade”.

dos workshops, simpósios, intercâmbios científicos, além da integração de centros de P&D de diferentes países”, afirma Teixeira. Para se ter idéia de como o mercado de automação é amplo, basta tomar como exemplo o Grupo ABB. A multinacional oferece produtos e serviços nas áreas de tecnologia de potência e automação. “No Brasil, a ABB iniciou O Mundo da Usinagem

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Arquivo Festo

“O aumento da segurança no trabalho também é uma conquista da automação”.

suas atividades em 1912, fornecendo o equipamento elétrico para o primeiro bondinho do Pão de Açúcar. Hoje conta com 4 mil funcionários divididos em 8 unidades situadas em Osasco, Guarulhos e Santos (SP), Blumenau (SC), Camaçari (BA), Betim (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM), além de escritórios regionais pelo país”, afirma Billy Amaral, Coordenador de Vendas do Grupo. Atualmente, a empresa opera em cerca de 100 países, empregando mais de 110 mil funcionários. Entre os mercados atendidos pelo Grupo ABB destacam-se os setores Automotivo, Petroquímico, Farmacêutico,

Geração de Energia, Metais e Fundição, entre outros. QUEM DEVE AUTOMATIZAR? Empresas que trabalham com processos seriados, grandes volumes e trabalhos repetitivos são grandes candidatas à automação industrial. “Aumentar eficiência e a produtividade, diminuir os custos e aumentar a qualidade, é isso que o empresariado precisa, e nem sempre significa redução de pessoal”, explica o gerente regional da Fanuc. Waldomiro Modena Filho, presidente da Festo Automação, complementa: “O aumento da segurança no trabalho também é uma conquista da automação,

que deslocou trabalhadores de atividades repetitivas e conhecidas causadoras de doenças como a LER (lesão por esforço repetitivo). Atividades perigosas e desumanas que eram regularmente encontradas nos trabalhos da linha de produção, como por exemplo, no trabalho em fornos nas metalúrgicas, com perigos tóxicos e de queimaduras, também foram substituídas em grande parte por sistemas automatizados”. A empresa, que há quatro décadas atua no país, fornece mais de 20 mil itens relacionados ao segmento pneumático, tais como cilindros; redes de comunicação, comando e monitoramento; softwares; senO Mundo da Usinagem

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Arquivo Siemens

“A redução de custos é uma conseqüência, basta realizar a aplicação correta”.

sores; elementos de segurança; entre outros. “Vale ressaltar que os sistemas automatizados são feitos por seres humanos e não acabam com a necessidade de termos sempre pessoas envolvidas desde o projeto até a manutenção dos equipamentos”, destaca Billy Amaral do Grupo ABB. Os custos referentes à automatização variam de acordo com o número de processos a serem otimizados. “Pode-se aplicar de 60 mil a 5 milhões de reais, tudo depende da aplicação que se tem em vista. A redução de custos é uma conseqüência, basta realizar a aplicação correta. Existem equipamentos que se pagam em seis meses”, pondera Cardoso. “Tudo vai depender do tipo de indústria, do porte e da complexidade dos processos. Quem faz a implementação deve ter em mente não só o investimento 10 O Mundo da Usinagem

imediato, mas, principalmente, o retorno a médio e longo prazo”, analisa Jomar Misseno, Gerente de Produtos para Factory Automation da Siemens. METAS AMBICIOSAS Empresa referência na área de automação, a Siemens concretizou metas ambiciosas no que se refere ao aumento de produção em decorrência da automatização da cadeia produtiva, segundo conta Oswaldo Prats, Gerente Geral da Siemens para Sistemas de Automação para Máquinasferramenta: “Fomos procurados pela Honda para solucionar um gargalo envolvendo o potencial produtivo da empresa. A meta era duplicar a quantidade de veículos produzidos anualmente, passando de 50 mil para 100 mil unidades/ano. O objetivo foi conquistado após a automação no processo de montagem das

carrocerias, que antes envolviam processos semimanuais”. A Siemens, que investe 6% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, mostra que é possível atingir objetivos ousados com parcerias sólidas e experientes. “Atingimos 15% de crescimento em 2007 e as previsões para este ano são igualmente animadoras”, ressalta Prats. Trata-se, de fato, de um mercado crescente. Algumas indústrias como a automotiva há algum tempo trabalham diretamente com processos automatizados. Outros setores, como o agronegócio, ainda se mostram carentes, porém, cada vez mais aquecidos. “O empresariado brasileiro não esqueceu o período de inflação galopante e ainda tem receio de investir a longo prazo”, destaca o gerente regional da Fanuc. É necessário aproveitar as oportunidades e procurar atingir metas cada vez mais agressivas. O momento é bom e certamente, se forem aliados planejamento, tecnologia e visão de negócios, os resultados serão positivos. Fernando Sacco Jornalista


MONITORmatics: aplicação de sucesso Buscar soluções que agregam valor aos processos produtivos de seus clientes, potencializando a competitividade e a rentabilidade. Com esta filosofia a BRASILMATICS cresce e se consolida no mercado nacional. A jovem empresa, fundada em 2006, atua nas áreas de Engenharia Industrial, Automação Industrial e Tecnologia da Informação e já é responsável por cases de sucesso na área de usinagem: A BRASILMATICS implantou na área de Usinagem da Tupy Fundições Ltda um dos mais sofisticados sistemas para monitoramento de processos industriais de fabricação, o MONITORmatics. Um sistema numa fase piloto foi incorporado a um centro de usinagem da empresa TUPY e estará reportando o comportamento dos processos de usinagem ali realizados. O sistema estabelece em tempo real o estado da ferramenta de corte e previne as quebras. A prevenção da quebra de ferramentas durante o processo de usinagem evita que danos maiores ocorram durante o processo, como por exemplo, o excesso de torque sobre o eixo árvore da máquina pela aplicação da ferramenta quebrada sobre a peça. Espera-se que, com este sistema, os tempos de parada de máquina para manutenção sejam reduzidos a um mínimo. Este sistema é o resultado de duas importantes teses de doutorado defendidas na Escola Politécnica da USP pelo lado brasileiro e na Escola Politécnica de Madrid pelo lado espanhol. As teses baseavam-se em dados tecnológicos do processo e no processamento de sinais obtidos por meio de sensores conectados ao sistema produtivo. A integração das informações era realizada por meio de algoritmos de inteligência artificial. A BRASILMATICS conseguiu tornar o sistema ainda mais eficiente e extremamente robusto para que fosse implantado no meio industrial. Além da própria equipe da TUPY, participam como parceiros nesse projeto a National Instruments e a GE-Fanuc como fornecedores das plataformas. Num futuro próximo o mesmo sistema incorporará módulos para a gestão da manutenção e interfaces gráficas que permitirão o acompanhamento do meio produtivo de maneira pontual. Tudo em tempo real.

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OTS

Fotos: AB Sandvik Coromant

Investindo em Soluções

O ano de 2008 será aquecido na área de investimentos. Da aquisição de novas máquinas à produção, é fundamental ter em mente o planejamento. 12 O Mundo da Usinagem


fundamental, portanto, como primeiro passo, que o fator “pressa” seja eliminado do processo da compra, para que o investimento responda, com acerto, às necessidades do comprador. A sigla OTS (Original Tooling Services), na sua essência, é o serviço prestado no primeiro ferramental de um projeto, levando em conta desde sua idealização até a entrega final. “No princípio, este tipo de serviço era prestado somente aos fabricantes e distribuidores de máquinas-ferramentas. Hoje em dia, o mesmo suporte é fornecido aos clientes finais, ou seja, quem está comprando máquinas tem condições de analisar os processos que se têm em vista antes mesmo de iniciar a produção”, afirma Ronaldo Ferreira, supervisor de OTS da Sandvik Coromant do Brasil. O serviço de OTS inclui a execução do layout do projeto, estudos de tempo e cálculo de custos da usinagem da peça, estudos e pré-projetos de dispositivos para fixação, orçamento e definição do ferramental, análise de retorno do investimento e suporte. Tudo isso respeitando os limites da máquina, o perfil do operador e a peça que será usinada. Com isso é possí-

Fotos: AB Sandvik Coromant

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vel eliminar no try-out possíveis problemas que possam acontecer na linha de produção, principalmente quando se trata de processos não muito utilizados. “Se ocorre um bom planejamento, eliminamos quase todos os possíveis imprevistos”, destaca Ronaldo Ferreira. “Existem casos de empresas que compram máquinas para depois perceberem que a peça poderia ser feita de uma maneira mais produtiva. E é nessa fase que se percebe a importância desse tipo de serviço, já que podemos ficar mais próximos do cliente final”, complementa. O supervisor de OTS ressalta o caso de uma empresa que adquiriu uma máquina para produzir mordentes de britadeira. As peças deveriam ser produzidas em três tamanhos diferentes porém, na hora de escolher a máquina, levou-se em consideração somente a produção da peça média. As peças maiores poderiam ser usinadas, porém de maneira improdutiva e, além disso, as tolerâncias relativas à forma e posição dessas peças poderiam ficar comprometidas no futuro, devido aos desgastes naturais, folgas e problemas de temperatura causados ao longo dos anos de produção contínua. A falta de planejamento envolvendo a aquisição da máquina trouxe prejuízos financeiros à empresa, além da falta de segurança para o operador. O Mundo da Usinagem 13


Fotos: AB Sandvik Coromant

“Se ocorre um bom planejamento, eliminamos quase todos os possíveis imprevistos”

Outro projeto, realizado em empresa do setor automotivo, envolveu uma família de peças similares, sendo 7 modelos de suportes da suspensão de veículos pesados. “Nós iniciamos o planejamento em equipe, envolvendo os responsáveis pelas áreas de ferramentas, dispositivos, máquinas e peças. Foram feitos layouts de todas as ferramentas para definir onde cada uma delas iria atuar na peça. Através disto nós detectamos que haveria uma colisão entre a ferramenta e o dispositivo. Diagnosticado o problema, foi possível alterar a geometria do dispositivo para não haver esta colisão. O imprevisto foi eliminado antes do try-out, não 14 O Mundo da Usinagem

havendo necessidade de realizar paradas de máquina e, conseqüentemente, prejuízos e queda na produtividade. Caso não houvesse um planejamento, os erros iriam ser consertados somente no Japão, onde este projeto seria submetido à aprovação do cliente”, destaca Ronaldo Ferreira. Isso mostra que o trabalho da OTS, realizado de maneira profissional e em parceria, além de gerar economia de tempo e aumento de produtividade, também garante a segurança no processo. Em outro caso, houve a participação de OTS na montagem da planta de uma empresa envolvendo 84 máquinas, sendo 22 tornos e 62 centros de usinagem.

“Começamos o planejamento desde o início, contando com comprometimento de todas as partes. Para se ter uma idéia, o produto sofreu diversas modificações durante a realização do projeto, porém, todos os envolvidos estavam cientes e tinham condições de fazer as alterações que se fizessem necessárias antes de finalizarmos o projeto em questão. O responsável pelo produto estava junto e comprometido com os demais, então ele pôde acompanhar o desenvolvimento em todas as suas etapas” finaliza Ronaldo Ferreira. De fato, planejamento e comprometimento são os conceitoschave para o investimento corresponder às expectativas e, além



Fotos: AB Sandvik Coromant

De fato, planejamento e comprometimento são os conceitos-chave para o investimento corresponder às expectativas

do mais, deixar as equipes afinadas com os processos. SOFTWARES ESPECÍFICOS Estabelecer um trabalho de parceria com o pessoal que presta serviços de OTS também possibilita trabalhar ao lado de fabricantes de dispositivos de fixação da peça, sistemas de fixação das ferramentas, distribuidores de softwares e contar com profissionais qualificados que podem produzir programas CNCs específicos para determinadas aplicações. Tais serviços contam ainda com o recurso de um software chamado TINA (Tool Investment Analyzer) voltado às atividades da área. O programa ge16 O Mundo da Usinagem

ra montagem de ferramentas, estudos de tempo e orçamentos específicos para as aplicações da área da usinagem com ferramentas de corte. Outro recurso é o site OTS que disponibiliza um espaço exclusivo para o mercado, em que é possível conhecer serviços e novos produtos, bem como fabricantes e distribuidores de máquinas e outros periféricos. Basta entrar no endereço www.sandvik.com. br/ots. Na seção “Pesquisa de Projeto” o interessado poderá entrar em contato com especialistas em OTS da empresa. Fernando Sacco Jornalista



GESTÃO EMPRESARIAL

Vulco/Weir Minerals Group:

sucesso na cadeia produtiva chilena Empresa líder no segmento da mineração mostrou à revista O Mundo da Usinagem, em 2007, como tem gerenciado seus negócios, mantendo-se competitiva pela aplicação do sistema de produção enxuta, implementado em todas as fábricas do grupo.

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competitividade é foco constante do centenário Grupo Weir. A revista O Mundo da Usinagem já assinalava, na 3ª edição de 2005, que o grupo Weir implementara, em 2002, o programa Global Purchasing em todas as suas fábricas, visando desenvolver fornecedores mundiais para determinados insumos. Em 2005, a Weir Minerals na Vila Guilherme, São Paulo/Brasil, por intermédio de um acordo de cooperação com um de seus fornecedores, obteve ótimos resultados em economia de custos e organização do ferramental de corte com a introdução do sistema gerenciador de ferramentas AutoTAS.

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Fotos: Jorge Loyola

Usinagem na Vulco/Weir Minerals com CBN em material endurecido 650-700 HB.

A unidade fabril do Chile, chamada de Vulco/Weir Minerals, optou pelo mesmo caminho e vem obtendo resultados tão expressivos quanto os do Brasil. A planta de usinagem dessa unidade realiza, sobretudo, operações de torneamento pesado em desbaste e acabamento, furação e mandrilamento de 200 t/mês dos mais variados tipos de aços fundidos com dureza Brinell entre 650 a 700, produzindo bombas para mineração. Para tanto, utilizam uma grande gama de pastilhas de CBN, tanto inteiriças quanto com arestas múltiplas, na faixa de diâmetro de 09 até 25 mm para fabricação de partes e peças de bomO Mundo da Usinagem 19


Fotos: Jorge Loyola

Interior do chão de fábrica da área de usinagem.

bas centrífugas usadas principalmente nos trabalhos de mineração. Desde 2003 a planta chilena assistiu a grandes mudanças em toda sua maneira de trabalhar, otimizando processos, sobretudo na área de usinagem, onde o trabalho em conjunto com seu principal fornecedor de ferramentas tem resultado em maior produtividade sob custos bastante competitivos. Walter Stalder, gerente da Sandvik Coromant Chile há 8 anos, enfatiza que a grande contribuição da companhia sueca, presente no país desde 1967, foi oferecer a solução ganha-ganha (win-win). Ele comenta que “duDa esquerda para a direita: José Barrera (Operador de torno vertical CNC), Nelson Riveros (Chefe de Produção em Usinagem), Joaquín Jara (Especialista Técnico Sandvik Coromant), Walter Stalder (Gerente Sandvik Coromant) 20 O Mundo da Usinagem

rante os últimos anos, a aquisição de novas máquinas cresceu consistentemente, aumentando a demanda por tecnologia e knowhow, confirmando a filosofia da Coromant, de estar sempre junto ao cliente para a eficácia de uma parceria de real produtividade, auxiliando-os a ser competitivos, hoje e no futuro”.

Joaquín Jara, especialista em ferramentas de corte, que atende a Vulco/Weir Minerals há cinco anos, tem sempre portas abertas para a realização de testes e aplicação de novos produtos, não encontrando resistência por parte da Weir, que se revela sempre interessada em melhorias. “A Weir sabe a importância de se investir em produtos de ponta, para fabricar os produtos deles que também devem estar na linha de frente em termos de tecnologia, qualidade e durabilidade. A Weir conhece o real significado do termo custo-benefício”, declara o técnico. Essa ânsia de melhoria contínua incitou Nelson Riveros, supervisor de produção, a solicitar em 2005 um estudo para a implantação do sistema de gerenciamento de ferramentas AutoTAS, efetivado no final daquele ano. Implementaram-se os módulos de configuração geral, administração do estoque, sala de ferramentas e estatística, que até hoje geram mui-



Fotos: Jorge Loyola

Roberto Lagos, responsável pela sala de ferramentas.

tos benefícios, como redução do estoque; melhor manuseio e controle do ferramental usado, em virtude de 40% de redução no tempo de controle de estoque de ferramentas; melhor visão dos custos em cada operação de usinagem; 10% de redução do tempo de máquinas paradas e identificação mais rápida de gargalos nas operações. Ricardo Mufdi, gerente de produção da Vulco/Weir Minerals aponta que a Weir está bem preparada para enfrentar o atual cenário empresarial – “Nossos concorrentes em geral não têm o mesmo nível de instalações que temos, nem sempre cumprem com as leis trabalhistas, não valorizam o tempo gasto em treinamento. Temos ainda a pressão dos fabri22 O Mundo da Usinagem

cantes asiáticos, especialmente China e Índia, em que o preço do fundido ou do kw/hora é menor do que custa no Chile, Estados Unidos e México. Assim, gastar três ou quatro horas menos na fabricação de uma peça pode influir positivamente em toda a cadeia produtiva, e justamente isso, esse trabalho de redução de custos, é que vai nos tornar diferentes e aptos para continuar sendo competitivos e uma referência de mercado”. Torna-se, assim, muito clara a idéia de que toda ação de melhoria em uma cadeia pro-

dutiva acaba por influir não apenas na gestão e lucros de uma empresa em particular, mas em todos os outros negócios a ela relacionados direta ou indiretamente. A Vulco/Weir Minerals Chile é exemplo prático e fidedigno da valia do lema – pensar globalmente, agir localmente – tão difundido nos dias de hoje. A empresa certamente contribui para a economia chilena, considerada a economia mais próspera da América Latina e maior exportadora mundial de cobre, metal cuja exportação é responsável por cerca de 60% do PIB daquele país, e que é processado pelas bombas Vulco/Weir usadas principalmente durante o transporte das partículas trituradas do metal. Vera Natale Editora da Revista O Mundo da Usinagem

Outra vista do interior do chão de fábrica da área de usinagem.


Fotos: Jorge Loyola

Da esquerda para a direita: Joaquín Jara (Especialista técnico Sandvik Coromant), Nelson Riveros (Chefe de Produção em Usinagem), Roberto Mufdi (Gerente de Produção), Victor Sepúlveda (Chefe de Produção em Fundição) e Walter Stalder (Gerente Sandvik Coromant).

União de sucesso A Vulco S.A, de origem chilena, líder na fabricação, armazenamento, distribuição e comercialização de Equipamentos e Peças de reposição para a área da mineração e indústria em geral, foi fundada em 1933. Concentrou suas atividades primeiramente na fabricação de componentes de borracha, ampliando-as em 1958 para o ramo de pinturas industriais, adesivos e pavimento para pisos. Em 1960 iniciou a fabricação de produtos para a área de mineração e em 1984 uniu-se ao grupo Envirotech Puma Systems, adquirido pelo grupo Weir em 1994. Desde então é parte da divisão Weir Minerals que tem fábricas e escritórios no mundo todo, além do Chile – Peru, Brasil,

Venezuela, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, França, África do Sul, Austrália, Índia, China para citar alguns. A Weir foi fundada em 1817, com sede em Glasgow, Escócia, contando com 5 divisões: Minerals, Clear Liquid, Valves & Controls, Services & Techna. A divisão Weir Minerals é líder mundial em projetos e manufatura de bombas, hidrociclones e componentes de borracha para as indústrias de mineração e processamento de minerais. A planta no Chile,certificada IS0 9000/14000, tem cerca de 285 colaboradores e três grandes áreas de fabricação – fundição, usinagem e borracha. A fábrica de fundição tem a meta de aumentar o volume de produção mensal em 50t a mais,

passando para 250 t/mês a fim de suprir as demandas da área de usinagem pela qual passam aproximadamente 90% dos fundidos ali produzidos. A fábrica de borracha produz 150 toneladas de peças moldadas/mês. Exportam uma grande parte do volume produzido. A área de usinagem conta ainda com um departamento inteiro dedicado a projetos abrangendo desde o desenho técnico, fabricação do protótipo até a fase de testes e óbvia e principalmente os custos de produção e horas/ mão-de-obra. O fato de serem competitivos em um ambiente de benchmarking no próprio grupo WEIR, recentemente lhes garantiu desenvolver um grande projeto para o mercado australiano.

O Mundo da Usinagem 23


SUPRIMENTOS

Automação comercial

passa pelos

portais de compra Junto com oportunidades para expansão das vendas, a internet tem propiciado, a qualquer fabricante, novos caminhos para interagir com fornecedores, clientes e distribuidores rede mundial de computadores abriu os mercados para uma nova competição, redefinindo as expectativas do cliente e desencadeando uma onda de novos meios que comprometem para sempre os modos tradicionais de fazer negócio. No Natal de 2007, as compras on-line atrapalharam as lojas de Londres. Na internet, as empresas venderam 22% a mais do que no balcão, tudo por conta da facilidade e dos descontos. No Brasil, segundo a E-bit, empresa especializada em informações sobre o comércio eletrônico, cerca de 9,5 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma experiência em compra pela Internet no ano de 2007. Nas grandes redes de comércio eletrônico os números foram expressivos e mostraram a força do e-commerce.

24 O Mundo da Usinagem

Rodrigo Gamarra

A


Combinando o site e as lojas virtuais, o Magazine Luiza deve fechar 2007 com faturamento de R$ 350 milhões, o que representa cerca de 13% do faturamento total da rede varejista. “A internet é cada vez mais poderosa como canal de compras”, afirma o diretor de vendas e marketing do Magazine Luiza, Frederico Rodrigues, que projeta para 2008 bater nos R$ 500 milhões de faturamento via e-commerce. No final do ano passado, a empresa

apostou em um novo canal para melhorar a experiência de compra dos internautas: lançou uma estratégia de comunicação pelo You Tube. Características e funcionalidades dos produtos que o Magazine comercializa foram disponibilizados em filmes de três minutos. A aposta da companhia é que em 2008 sejam produzidos cerca de 500 filmes. A tendência é tão forte que as compras on-line não ficam restritas somente ao varejo, mas também estão presentes em toda a cadeia produtiva. A G.D. do Brasil é líder no segmento de máquinas para o empacotamento de produtos de higiene e limpeza, cosméticos, farmacêutico e alimentos. “Costumamos adquirir pastilhas e outras ferramentas pelo canal de compras on-line e, quase 50% dos itens que precisamos são adquiridos de uma única fornecedora por esta comodidade”, relata José Roberto Saito, engenheiro de aplicação. O analista de planejamento da Arvin Meritor, Carlos César Nalim, também prefere utilizar a ferramenta on-line. “Faço a programação da reposição das ferramentas tudo automaticamente e, com isso, ganhamos tempo e agilidade”, garante. O supervisor comercial da Sandvik Coromant do Brasil, Ricardo Chagas, afirma que 45% das vendas da empresa são feitas através do ShopOnline. O canal permite que clientes cadastrados se informem quanto ao estoque,

preços e posição de entrega. “O processo todo é automatizado, permitindo que os pedidos entrem no sistema e já sigam faturados”, conta Chagas. SOFTWARE GARANTE A SATISFAÇÃO DO CLIENTE Para Romero Rodrigues, presidente do Buscapé - maior site de pesquisa de preços da América Latina - uma boa experiência de compra é fator determinante para que o cliente volte a comprar sempre. “O usuário de internet não começa comprando uma geladeira, por exemplo. Ele compra um cd, um livro e se estiver satisfeito com preço, produto e prazo de entrega, passa a se utilizar dessa ferramenta por mais vezes”, analisa. O gerente comercial do Mercado Livre, Marcos Bueno, concorda e acrescenta que gerenciar estoque e o processo de logística são dois dos maiores desafios de quem vende pela internet. O executivo acredita que quem disponibiliza seus produtos na rede deve se certificar que haja uma comunicação eficaz entre o estoque e a demanda. Em outras palavras, seja qual for a quantidade de pedidos, o cliente nunca pode ficar na mão. Criado pela Sandvik há mais de dez anos, o AutoTAS é um software gerenciador de estoque que trabalha com diferentes módulos voltados para o máximo controle do uso das ferramentas. Através do sistema é possível obter maior organização de todo o fluxo desO Mundo da Usinagem 25


AB Sandvik Coromant

Na internet, as empresas venderam 22% a mais do que no balcão, tudo por conta da facilidade e dos descontos.

sas ferramentas no ambiente de produção, almoxarifado e também na emissão de relatórios periódicos, além de outras funções específicas. O programa, que já passou por várias versões e atualizações, tem a capacidade de fazer a ponte entre o estoque do cliente e o sistema principal da Sandvik Coromant. “À medida que os itens forem sendo consumidos e chegando o momento de se efetuar uma compra ou a reposição, ele automaticamente emite um sinal para o nosso sistema ERP via Shop on-line. Imediatamente o pedido é processado eletronicamente e o cliente 26 O Mundo da Usinagem

mesmo sediado em outro estado – pode acompanhar on-line esse processo”, explica Marco Tahara, técnico de produto da Sandvik Coromant do Brasil. Com licenças em vários países o software é usado hoje por 25 fábricas só no Brasil. Para implantá-lo, lembra o técnico Tahara, é necessário uma mudança de cultura e também nos parâmetros de trabalho. “Com o AutoTAS muda-se o modo de lidar com ferramentas e a produtividade aumenta, resultando em significativo aumento de lucratividade”. Rosaura Martins de Moraes, compradora da Dormer Tools


diz que o Shop on-line facilita sua vida, mas a meta é implantar também o AutoTAS. “Conheço o software e é muito bom. Pensamos implantá-lo aqui na Dormer e

sei que vamos ter ótimos resultados na otimização de processos”. Luís Fernando Guidi Jornalista

10 dicas de segurança para realizar suas compras pela internet O cartão de crédito é a moeda oficial de quem adquire produtos pela internet. Prático e aceito por todos os portais, ele pode esconder riscos caso o consumidor não tenha alguns cuidados que possam evitar golpes, roubo de informações e senhas, espionagem de atividades em contas de e-mail ou até mesmo no computador do usuário. Portanto, especialistas em segurança de conteúdo recomendam algumas dicas para que as compras possam ser feitas com mais tranqüilidade e segurança. 1. Evite comprar em sites desconhecidos; 2. Certifique-se que o ambiente é seguro, observando se o site possui um cadeado de segurança no rodapé; 3. Escolha uma senha segura; 4. Verifique as políticas da loja quanto a entrega, formas de pagamento, garantia do produto e condições de troca; 5. Mantenha registro de toda a troca de e-mails da compra; 6. Verifique se a loja possui políticas de devolução ou troca de produtos. Caso não tenha é bom ficar desconfiado; 7. Tenha cuidado ao abrir anexos ou clicar em links de e-mails recebidos. Eles podem esconder vírus ou programas que visam capturar informações; 8. Leia as opiniões sobre a empresa e os produtos vendidos nela; 9. Confira se o campo em que você está digitando sua senha do cartão é mesmo destinado à ela; 10.Mantenha um software de segurança de conteúdo sempre atualizado, assim como o sistema operacional. FONTE: Trend Micro segurança de Conteúdo

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Pedro Dêgelo

INTERFACE

Automação na sala de aula Com a constante evolução dos processos produtivos, o ensino da automação ganha cada vez mais espaço nos currículos acadêmicos.

utomatizar é preciso. Diminuir as distâncias, modernizar a cadeia produtiva, minimizar os custos, aumentar a competitividade. Conceitos de otimização tornaram-se a peça-chave nos processos industriais. Pensando nisso, universidades e instituições de ensino dedicam cada vez mais espaço ao ensino da automação, seja qual for a especialização ou foco do aluno. O SENAI oferece especialização latu sensu em Automação, Controle e Robótica, além de diversos cursos de formação continuada, tais como Automação

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O Mundo da Usinagem 29


30 O Mundo da Usinagem

Laboratório de Automação e Controle, capaz de desenvolver tecnologias específicas para a área. Também é possível achar laboratórios semelhantes na UFSC, PUC-SP e UNB. A Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) oferece o curso de graduação em Engenharia

Pedro Dêgelo

da Produção, Automação Hidráulica, Automação Industrial por CLP (Controlador Lógico Programável), entre outros. No CEFET-SP é possível encontrar o curso de Engenharia de Controle e Automação, específico para quem deseja se especializar na área. A disciplina também é largamente discutida nos demais cursos de engenharia. Algumas graduações, como mecatrônica, abordam mais profundamente o tema, porém, “cada curso propõe um foco específico. Na Escola Politécnica da USP, o tema é tratado na maioria dos cursos. Na Engenharia Elétrica, por exemplo, o curso de Energia e Automação Elétricas volta-se para Sistemas de Potência, enquanto o de Automação e Controle foca no modelamento e projeto de sistemas de controle. Na PUC-SP, o curso de Engenharia Elétrica concentrase em sistemas de controle, robótica, programação de CLPs e gestão da Automação, enquanto o de Produção focaliza os sistemas de produção e a gestão da automação. O aluno pode facilmente migrar para outras áreas”, afirma o professor de Automação e Robótica da PUCSP, e docente da Poli-USP, Dr. Lourenço Matakas Jr. Em todos os casos, a teoria e a prática andam juntas. Na Poli-USP é possível encontrar o

Metalúrgica e de Materiais, onde é possível aplicar conceitos de automação diretamente relacionados à prática da usinagem. Planejamento, execução e controle da produção são alguns dos temas discutidos no curso. Além

disso, estuda-se toda a parte de transformação e caracterização de materiais cerâmicos, poliméricos e compósitos. Dessa forma, o aluno é capaz de otimizar etapas diretamente relacionadas à usinagem. A prática da automação, porém, pode ser realizada em diferentes tipos de laboratórios com ênfase em mecânica, redes, usinagem, entre outros. Não se trata de um processo específico e sim de um conceito a ser aplicado nas mais diversas áreas. Vale ressaltar que entidades como Abimei, SBA (Sociedade Brasileira de Automática) e Abimaq contribuem com o ensino da automação ao promoverem e apoiarem oficinas, simpósios, cursos e feiras. A FEEAI 2008 – 3ª Feira Eletro-Eletrônica e Automação Industrial –, por exemplo, é uma oportunidade para profissionais e estudantes reciclarem conhecimentos na área de automação, além de conhecerem as novas tecnologias e aplicações do setor. O Congresso Brasileiro de Automática é outra opção que deve ser acompanhada com atenção pelos interessados. Outra associação, a AINST (Associação Brasileira dos Profissionais de Instrumentação, Controle e Automação), lida diretamente com a prática da automação. Localizada em Salvador, a Associação reúne informações, divulga e promove even-



tos e intercâmbio com entidades de ensino. TRABALHO EM EQUIPE A empresa que deseja automatizar processos de produção, comunicação, estoque ou suprimentos dificilmente vai centralizar esta mudança em um único profissional. A concepção e a execução dependem de uma série de especialidades como finanças e gestão de custos, projetos, sistemas, etc. É importante dimensionar o tamanho desta mudança e saber agregar conhecimentos em uma equipe multidisciplinar. Segundo o professor Matakas “não adianta formar profissionais com excelentes conhecimentos técnicos e teóricos se eles não conseguem aplicá-los e se não sabem trabalhar em equipe. O professor enfatiza os méritos do “emprego de estratégias de aprendizagem baseadas em Projetos e em Problemas, am-

plamente utilizadas na PUC-SP desde o 1º ano, na formação de um engenheiro capaz de aprender, aplicar os conhecimentos adquiridos e trabalhar em grupos heterogêneos. O sucesso do projeto vai depender do bom entendimento de todos os profissionais envolvidos”. Cabe, portanto, ao aluno, entender a diversidade e o universo dos processos que abarcam a cadeia produtiva, levando em conta o universo de possibilidades de ampliação do conhecimento através de novas tecnologias, intercâmbios e cursos independentes. As universidades e instituições de ensino, por sua vez, devem fornecer conhecimentos sólidos que auxiliem o desenvolvimento intelectual e profissional dos futuros tomadores de decisão. Fernando Sacco Jornalista

Para saber mais • Automação Industrial: Controle do Movimento e Processos Contínuos - ALEXANDRE CAPELLI • Microcontroladores e FPGAs: Aplicações em Automação EDWARD DAVID MORENO ORDONEZ, CESAR GIACOMINI PENTEADO, ALEXANDRE CESAR RODRIGUES DA SILVA • Automação Industrial - FERDINANDO NATALE • Engenharia de Automação Industrial - PLÍNIO CASTRUCCI, CÍCERO COUTO DE MORAES • Modelling and Analysis of Hybrid Supervisory Systems - A Petri Net Approach - VILLANI, E., MIYAGI, P.E. (et al.)

32 O Mundo da Usinagem




PONTODEVISTA esde a década de 1980 vem se construindo internacionalmente um consenso sobre a importância da inovação para o desempenho econômico dos países. A partir de trabalhos enfocando os Sistemas Nacionais de Inovação, e especialmente a partir dos exemplos do Japão e dos chamados tigres asiáticos, como Coréia e Taiwan, consolidou-se a percepção de que o sucesso econômico desses países estava intimamente associado à sua capacidade de articular empresas, governos e instituições de pesquisa no esforço conjunto de inovar. O papel-chave das empresas sempre foi destacado ao longo do processo. Entre os diversos agentes do sistema de inovação, cabe a elas a responsabilidade fundamental de introduzir e difundir no mercado os novos produtos ou novos métodos de produção. As empresas desde sempre souberam que inovar permite a obtenção de ganhos extraordinários, de vantagem sobre os competidores e taxas de crescimento superiores. No Brasil, as vantagens das empresas inovadoras também são claras. Trabalhos recentes, como o de De Negri, Salerno e Castro, Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras, IPEA, 2005, têm mostrado que as empresas que inovam e diferenciam produtos são mais produtivas, detêm maiores parcelas de mercado e oferecem melhores salários e condições de trabalho a seus empregados. No entanto, uma característica marcante de nosso sistema de inovação é o baixo engajamento das empresas no esforço tecnológico. Dados de pesquisas de ino-

ges etty Ima Kerama/G

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Por que as empresas precisam inovar no Brasil?

O Mundo da Usinagem 35


36 O Mundo da Usinagem

mercado interno e protegia as empresas aqui instaladas da concorrência internacional. Ocorre que, a partir da liberalização comercial dos anos 90, esse quadro mudou drasticamente, com a competição cada vez

r esse a c i l p x e Como to das n e m i v l o v baixo en com P&D? s empresa

mais acirrada e um número crescente de empresas passando a incorporar os temas da atualização e da inovação tecnológica em suas estratégias corporativas. Em uma fase inicial, mais defensiva, que caracterizou os primeiros anos de abertura ao mercado internacional, as empresas buscaram se modernizar, adquirindo máquinas e equipamentos, investindo em treinamento e também adotando novas formas de gestão. Parece ter chegado o momento de passar a uma fase mais ofensiva, de ampliação do gasto interno em P&D e de criação de uma rede externa de colaboração com universidades e institutos de pesquisa. Existem indicadores de que esse processo está em curso. Na verdade, os dados sobre a par-

cimônia do gasto privado em P&D refletem em certa medida as condições passadas. As próprias pesquisas de inovação revelam uma evolução, ainda que lenta, entre 2000 e 2005. Casos conhecidos de empresas que ampliam seus esforços de P&D, interno e externo, em setores como o automobilístico, farmacêutico, cosméticos, alimentos, entre outros, reforçam essa percepção. O grande desafio está em acelerar esse engajamento das empresas no esforço tecnológico. Se, por um lado, o consenso sobre a necessidade de inovar é cada vez mais evidente no Brasil, tanto no governo como na comunidade empresarial, por outro, não há muita clareza sobre COMO promover a inovação. Mas isso já é assunto para outra conversa. Sérgio Queiroz Depto de Política Científica e Tecnológica – Instituto de Geociências – UNICAMP Imagem cedida pelo autor

vação realizadas recentemente, como a PINTEC (IBGE), revelam que apenas 16% das empresas inovadoras do setor industrial realizaram dispêndio nas atividades internas de P&D em 2005 (5,5% do total de empresas industriais da PINTEC). Ou, observando de uma perspectiva mais agregada, o gasto empresarial em P&D como percentual do PIB, abaixo de 0,5% no Brasil, contrasta fortemente com o que se observa nos países desenvolvidos, em que esse número frequentemente está acima dos 2%. Como explicar esse baixo envolvimento das empresas com P&D? Será que diante desse quadro caberia concluir que as empresas NÃO precisam inovar no Brasil? Efetivamente existem boas razões para os dados observados, começando por aquelas de cunho estrutural. O fato de que os setores de alta e média-alta intensidade tecnológica tenham uma pequena participação na matriz industrial brasileira tende a puxar para baixo a média do gasto empresarial em P&D na comparação com países desenvolvidos ou mesmo com os de industrialização recente que lograram um rápido avanço no complexo eletrônico a partir da década de 80. Outra razão, talvez a mais importante, reside na própria história de nossa indústria, cujo modelo de crescimento, por meio da substituição de importações, privilegiava o



Um motor que dispensa todos os combustíveis até hoje conhecidos, dispensa eletricidade e se auto-reabastece?

Rodrigo Gamarra

INTERESSANTESABER

Mecânico inventa motor movido a ar comprimido! P

O primeiro protótipo levou cinco anos para ficar pronto. 38 O Mundo da Usinagem

ois existe, funciona, já foi a feiras de demonstração pública, não polui e.... é brasileiro! Não é por nada que seu inventor, o mecânico Antônio Pedro Dariva, é conhecido como “Professor Pardal”, apelido que não o ofende. A revolucionária invenção levou bem 25 anos maturando: “o motor a combustão funciona por causa do aumento de pressão. Então eu pensei que se usasse outro produto para provocar essa mudança de pressão, seria possível fazer o mecanismo funcionar, sem jogar mais poluição no ar e sem depender do petróleo”, explica Antônio Dariva. O primeiro protótipo levou cinco anos para ficar pronto e Dariva não se esquece dos amigos que acreditaram nele naquele período. Em 1994, portanto há quase 14 anos, ele obteve a primeira patente de sua invenção, PI 0103594. Foi a oficina mecânica da família, em Vila Velha (Vitória-ES), a principal fonte financiadora do projeto. Dariva é um clássico e brilhante caso de autodidata, sem nenhum estudo específico formalizado em mecânica. Mas estudou com afinco, por conta própria, o comportamento dos gases, pois o que alimenta o motor por ele inventado é o ar atmosférico comprimido. Como funciona esse motor? Uma certa quantidade de ar é colocada dentro de um cilindro muito semelhante aos usados por mergulhadores. Esse ar comprimido do cilindro serve para dar a partida no motor, que consegue devolver ao cilindro até 75% do ar consumido. “Até aqui, che-


gamos a uma eficiência de 70, 75%. Isso significa que o motor repõe o ar comprimido enquanto funciona, aumentando a autonomia. No futuro, com a utilização de materiais e tecnologias mais avançadas, acredito que vamos poder aumentar isso”, explica Dariva. Para funcionar, não há nenhuma complicação. Aciona-se o motor e este, uma vez em funcionamento, suga o ar do ambiente e o comprime em uma câmera, onde a temperatura pode chegar até a 400°C. É quando o ar se expande, liberando energia que move os pistões e faz funcionar o motor. O processo faz com que o ar se resfrie rapidamente e seja expelido a uma temperatura de 10 graus negativos. “Como o ar expelido é mais frio que o ambiente, ele pode ser utilizado como refrigeração do carro e até no ar condicionado. Isso ajuda a proteger a camada de ozônio. Além disso, o motor capta ar quente e poluído e devolve ar frio e filtrado para a atmosfera”, afirma o inventor. Por outro lado, como o óleo lubrificante não é contaminado por resíduos de combustão, ele pode durar até 4 anos.

PROTÓTIPOS Na Feira Internacional de Econegócios e Tecnologias Limpas, realizada em agosto de 2007, no município de Serra-ES, Dariva apresentou dois protótipos do motor, em pleno funcionamento, sendo um de 2 cilindros, potência de 30HP a 3.000 RPM, e o outro com 10 cilindros, potência de 70HP a 4.000 RPM. A previsão do inventor é que um cilindro de 24m2 poderá manter um veículo em movimento por até 350km. O motor deve passar por aperfeiçoamentos e ajustes até atingir 100% de eficiência. Dariva é autor do projeto e seu realizador, já que desde a idealização até a fundição e usinagem das peças desse motor, todas as tarefas foram executadas por ele, “com ajuda dos amigos, sem eles eu não chegaria até aqui. Teve muita gente trabalhando de graça, de noite, para me ajudar nisso”, relembra com reconhecimento. Não está longe o momento da abertura a investimentos que tornem em realidade quotidiana, para benefício de todos, o sonho do inventor Antônio Pedro Dariva. Fonte: Terra

Sites onde a invenção de Antônio Dariva está sendo divulgada: http://www.vrcarros.com.br/noticia.php?nid=144 www.inova.unicamp.br/inventabrasil/ymecani.htm http://www.clubepaliotuning.com.br http://www.noticiasautomotivas.com.br/mecanico-brasileiro-inventa-motor-ar-comprimido/ http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/748922.html http://www.plenarinho.gov.br/noticias/agencia_plenarinho www.motorevista.com.br

O Mundo da Usinagem 39


INTERESSANTESABER

notícias Nações produtoras usam mais energia, cortando exportações de petróleo economia da maioria das nações produtoras de petróleo está crescendo tão rapidamente que a necessidade de energia dentro de suas fronteiras está reduzindo o que elas podem exportar, adicionando novos problemas ao mercado internacional do petróleo. Segundo especialistas, se esse crescimento pronunciado continuar, muitas delas deverão começar a importar petróleo, no giro de uma década, para alimentar os novos carros, casas e negócios que elas estão implementando com os recursos da venda do petróleo. Na Indonésia já ocorreu tal mudança e o mesmo provavelmente sucederá com o México dentro de 5 anos, que é a segunda maior fonte de petróleo para os Estados Unidos (a primeira é o Irã) e o 4º maior exportador mundial. Uma questão interessante, nesse processo, é o fato dos governos produto-

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40 O Mundo da Usinagem

res subsidiarem a gasolina para seus cidadãos, tornando-a tão barata que acaba incentivando hábitos de desperdício. Segundo especialistas consultados, a demanda interna causará aumento de 40% na produção de petróleo saudita até 2010. As necessidades internas dos países membros da OPEP tirarão do mercado até 2.5 milhões de barris por dia até o fim da presente década, o que constitui 3% da demanda mundial. O quadro é sério mas não negro, podendo implicar em aumento de preços mas não em falta. Espera-se abertura de novas áreas, sobretudo Iraque, Irã e Venezuela e a produção, em 10 anos, poderá ser 20% maior do que hoje, embora a distribuição e preço dependam, como sempre, de fatores geopolíticos. FONTE: The New York Times, 09-12-2007.



INTERESSANTESABER

notícias

Programe-se para

2008

s empresas que participam de feiras e eventos do setor ganham muitos benefícios. Afinal, é uma ótima oportunidade de divulgar a sua marca, fazer contato direto com seus clientes e outras empresas, e principalmente, ter mais projeção no mercado. Pensando nisso, o portal CIMM reuniu as mais importantes feiras nacionais do setor metal mecânico que ocorrerão em 2008 e a OMU disponibiliza as informações para seus leitores.

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MARÇO

ABRIL

MAIO

FMU - FEIRA FERRAMENTARIA + MODELAÇÃO + USINAGEM

FEEAI2008 - 3ª FEIRA ELETRO-ELETRÔNICA + AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

PLASTSHOW 2008 SOLUÇÕES PARA INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS

01a 04/04/2008

06 a 08/05/2008

SERVIÇO

SERVIÇO

Local: Joinville - SC Promotor: MarktEvents Fone: 47 3028-0002

Local: São Paulo - SP Promotor: Aranda Eventos Fone: 11 3824-5300

www.marktevents.com.br

www.arandanet.com.br/ plastshow2008/feira.html

11 a 14/03/2008 SERVIÇO

Local: Megacentro Wittich Freitag Rua XV de Novembro, 430 Bairro: Glória Joinville - SC Promotor: Markt Events Fone: 47 3028-0002

www.marktevents.com.br

MECÂNICA 2008 13 a 17/05/2008 SERVIÇO

Local: Anhembi - SP

www.mecanica.com.br 42 O Mundo da Usinagem



JUNHO AUTOPAR 2008 4ª FEIRA SUL BRASILEIRA DE FORNECEDORES AUTOMOTIVOS 04 a 07/06/2008

Promotor: Messe Brasil Fone: 47 3451 3000 / 3451 3001

www.messebrasil.com.br

SETEMBRO

Local: Curitiba - PR Promotor: Diretriz Fone: 41 3075-1100

FENASUCRO & AGROCANA 2008 - XV FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA

www.diretriz.com.br

02 a 05/09/2008

SERVIÇO

SUL METAL & MINERAÇÃO FEIRA DA INDÚSTRIA METALMECÂNICA E MINERAÇÃO

SERVIÇO

10 a 13/06/2008

Local: Centro de Eventos Zanini Sertãozinho - SP Promotor: Multiplus Produções e Empreendimentos Ltda. Fone: 16 2132-8936

SERVIÇO

www.fenasucro.com.br

Local: Criciúma - SC Promotor: Criciúma Feiras Fone: 48 3443-9193

www.criciumafeiras.com.br

METALURGIA 2008 FEIRA E CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA 09 a 12/09/2008

AGOSTO FEBRAMEC 2008 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS & AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

SERVIÇO

Local: Joinville - SC Promotor: Messe Brasil Fone: 55 47 3451 3000/3451 3001

www.messebrasil.com.br

12 a 16/08/2008 Local: Caxias do Sul - RS Promotor: EFEP Fone: 51 3357-3131

EXPOMAC 2008 17ª FEIRA SUL BRASILEIRA DA IND. METAL MECÂNICA

www.febramec.com.br

24 a 27/09/2008

SERVIÇO

INTERPLAST 2008 - FEIRA E CONGRESSO DE PLÁSTICO

SERVIÇO

25 a 28/08/2008

Local: Pinhais - PR Promotor: Diretriz Fone: 41 3075-1100

SERVIÇO

www.diretriz.com.br

Local: Joinville - SC

44 O Mundo da Usinagem


OUTUBRO USINAGEM 2008 FEIRA E CONGRESSO DE USINAGEM DE METAIS 06 a 08/10/2008 SERVIÇO

Local: São Paulo - SP Promotor: Aranda Eventos Fone: 11 3824 5300

www.arandanet.com.br

Fone: 41 3075-1100

Fone: 08007014692

www.diretriz.com.br

www.feiramercopar.com.br

TECHMEI 2008 - FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS 14 a 18/10/2008

08 a 11/10/2008 SERVIÇO

Local: Porto Alegre - RS Promotor: SINCOPEÇAS-RS e SINDIREPA

FEINOX 2008 FEIRA DE TECNOLOGIA DE TRANSFORMAÇÃO DO AÇO INOX

SERVIÇO

12 a 14/11/2008

Local: Centro de Exposição Imigrantes - São Paulo - SP

SERVIÇO

www.techmei2008.com.br/

AUTOPARTS 2008 FEIRA DE AUTOPEÇAS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

NOVEMBRO

MERCOPAR - FEIRA DE SUBCONTRATAÇÃO E INOVAÇÃO INDUSTRIAL

Local: São Paulo - SP Promotor: Nucleo Inox e Grupo CIPA Fone: (11) 3037-7288

www.feinox.com.br

SERVIÇO

MEC MINAS 2008 FEIRA DA INDÚSTRIA MECÂNICA DE MINAS GERAIS

Local: Caxias do Sul - RS Promotor: Hannover Messe e Sebrae

Data a confirmar. Fonte: www.cimm.com.br

28/10/2008 a 31/10/2008


Confiança como meta ais um ano começa! Mais uma ano de sucesso que termina! Nem os mais otimistas poderiam prever que 2007 seria um ano tão positivo quanto o foi. Estamos realmente atravessando uma fase extremamente promissora, pois há muito não se via no Brasil três anos consecutivos de crescimento e estabilidade. Mesmo com tantos problemas. Mesmo com tantos desmandos. Mesmo com tanto descontrole. O Brasil está em rota de crescimento, aproveitando a boa fase mundial e também a boa fase de nossa economia. Bom para nós. Bom para o mundo! Os sinais positivos, no entanto, nos trazem uma responsabilidade maior em relação ao nosso futuro e exigem de todos um esforço ainda maior para que possamos manter a rota, ao mesmo tempo em que temos que aumentar a velocidade de nosso crescimento. Há muito se fala do famoso bloco BRIC, ou seja, dos países em desenvolvimento com maior potencial de crescimento: Brasil, Rússia, Índia e China. Uma porção enorme dos investimentos mundiais são direcionados para este bloco, devido ao alto potencial de retorno que ele apresenta. São países onde investidores apostam em ganhar mais! A luz amarela que se acende para o Brasil é o fato de que o B do BRIC já não é uma unanimidade na esfera mundial. Muitos analistas já falam do direcionamento dos investimentos ao RIC, tirando o Brasil do centro das atenções. Vários fatores influenciam esta decisão, a começar pelo entrave que estamos vivendo nos setores de infra-estrutura, como energia, portos, aeroportos, estradas, etc., fundamentais para o desenvolvimento de um país.

M

46 O Mundo da Usinagem

Os demais países do BRIC estão prevendo crescimento médio anual de dois dígitos, enquanto no Brasil estamos falando de 4 a 5% em média para os próximos anos, limitados em grande parte pelas razões acima expostas. Nossa responsabilidade é trazermos de volta a confiança dos investidores, fazendo, através de nossas atitudes, com que o Brasil volte a aparecer como unanimidade entre os países mais cotados para receber novos investimentos. Os bons investimentos! Os investimentos produtivos! Por vezes parecemos estar impotentes diante da grandeza das dificuldades que nos são apresentadas, mas só com uma enorme firmeza de propósito e atitude poderemos corrigir o rumo e fortalecer os pontos fortes que temos. O ano de 2008 que se inicia é um ano decisivo para isso, e nossa responsabilidade é ainda maior, pois temos que aproveitar os bons ventos que ainda sopram a nosso favor. Temos um trabalho árduo à nossa frente. O trabalho de fortalecer o B de Brasil! Muito sucesso a todos neste novo ano. Cláudio Camacho Diretor - Sandvik Coromant do Brasil

Adriana Elias

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008 Mês Fev

TBU

TBU

Noturno

Diurno

25, 26, 27 e 28

18 e 19

TFR

UMM

Mar

EAFT

EAFF

OUT

OUF

TUCAS

TGU

DPUC

10, 11 e 12

Abr

07 e 08

28 e 29

14, 15 e 16

Mai Jun

9, 10, 11 e 12

Ago

02, 03 e 04 21 e 22

Jul

16, 17 e 18 14, 15 e 16

11, 12, 13 e 14

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Set

01 e 02

Out

20 e 21

22 e 23

28 e 29 18, 19, 20 e 21

29, 30 e 01/10 13, 14, 15 e 16

15 e 16 27, 28 e 29 03, 04, 05 e 06

Nov Dez

30/06, 01, 02, e 03

01 e 02

TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro - (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias) DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) - CURSO NOVO

Para mais informações, acesse www.cimm.com.br (Treinamento Sandvik)

10, 11 e 12



O MUNDO DA HGF Comunicação

DICASÚTEIS

USINAGEM

O leitor de O Mundo da Usinagem pode entrar em contato com os editores pelo e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700

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SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES ARWI Tel: 054 3026 8888 Caxias do Sul - RS ATALANTA TOOLS Tel: 011 3837 9106 São Paulo - SP COFAST Tel: 011 4997 1255 Santo André - SP COFECORT Tel: 016 3333 7700 Araraquara - SP COMED Tel: 011 6442 7780 Guarulhos - SP CONSULTEC Tel: 051 3343 6666 Porto Alegre - RS COROFERGS Tel: 051 3337 1515 Porto Alegre - RS CUTTING TOOLS Tel: 019 3243 0422 Campinas - SP DIRETHA Tel: 011 6163 0004 São Paulo - SP ESCÂNDIA Tel: 031 3295 7297 Belo Horizonte - MG FERRAMETAL Tel: 085 3287 4669 Fortaleza - CE GALE Tel: 041 3339 2831 Curitiba - PR GC Tel: 049 3522 0955 Joaçaba - SC HAILTOOLS Tel: 027 3320 6047 Vila Velha - ES JAFER Tel: 021 2270 4835 Rio de Janeiro - RJ KAIMÃ Tel: 067 3321 3593 Campo Grande - MS MACHFER Tel: 021 2560 0577 Rio de Janeiro - RJ

MAXVALE Tel: 012 3941 2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 092 3613 2350 Manaus - AM NEOPAQ Tel: 051 3527 1111 Novo Hamburgo - RS PS Tel: 014 3312 3312 Bauru - SP PS Tel: 044 3265 1600 Maringá - PR PÉRSICO Tel: 019 3421 2182 Piracicaba - SP PRODUS Tel: 015 3225 3496 Sorocaba - SP RECIFE TOOLS Tel: 081 3268 1491 Recife - PE REPATRI Tel: 048 3433 4415 Criciúma - SC SANDI Tel: 031 3295 5438 Belo Horizonte - MG SINAFERRMAQ Tel: 071 3379 5653 Lauro de Freitas - BA TECNITOOLS Tel: 031 3295 2951 Belo Horizonte - MG THIJAN Tel: 047 3433 3939 Joinville - SC TOOLSET Tel: 021 3884 0606 Rio de Janeiro - RJ TRIGON Tel: 021 2270 4566 Rio de Janeiro - RJ TUNGSFER Tel: 031 3825 3637 Ipatinga - MG

Buscapé: www.buscapé.com.br Dormer Tools: (11) 5660-3000 E-bit: www.ebit.com.br Fanuc Robotics: (11) 3619-0599 Festo Automação: 0800 171400 Magazine Luiza – Assessoria: (16) 2111-7200 Marco Antônio Tahara: (11) 5696-5593 Mercado Livre: www.mercadolivre.com.br Prof. Lourenço Matakas Jr: www.pucsp.br/cce/ Prof. Sérgio Queiroz: squeiroz@ige.unicamp.br Projeto Pibamar: (47) 3028-0700 Ricardo Chagas: (11) 5696-5604 Ronaldo da Silva Ferreira: (11) 5696-5592 Siemens: (11) 3908-2211 Weir Minerals: www.weirminerals.com

ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 43 Abimei. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Agie-Charmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Alcântara Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Blaser Swisslube. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Cross Hueller. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Diadur . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 IGM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Kabelschlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 MarktEvents . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Sandvik Coromant. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 e 52 Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Villares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 50 O Mundo da Usinagem



Designer de classes. Imagine que você precise melhorar uma tecnologia que já é a melhor do mercado. Uma tarefa sem dúvida desafiadora. Mas é exatamente essa a tarefa dos designers no mundo todo: melhorar aquilo que já é ótimo. Podem ser carros, aviões, tocadores de mp3 ou...classes de pastilhas (veja à direita). No nosso caso, o desafio foi melhorar ainda mais o desempenho das nossas pastilhas, já líderes de mercado.

A nova geração de pastilhas devia ser mais rápida, mais segura e mais previsível. Além de mais durável. Aí está ela à direita. Olhe agora à sua esquerda e conheça uma das pessoas que conseguiu melhorar ainda mais essa tecnologia.

Para mais informações sobre a nova geração de pastilhas, visite www.coromant.sandvik.com/br


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