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O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

MÁQUINAS OPERATRIZES

mercado em alta aquece revenda CARNAVAL

uma indústria que gera alegria e emprego

RETROFITTING

Conheça as vantagens dessa alternativa



Rodrigo Gamarra

EDITORIAL

Rasgue suas certezas e expanda o seu universo. A globalização sufoca a todos os que se embebem dos próprios temores. Um homem nunca será maior que suas próprias convicções. Quem teme, não conhece suficientemente a ordem das coisas e só o saber pode remediar o que parece não ter solução. Os resultados são proporcionais ao equilíbrio entre a vontade e o saber. Que encontre aqui o leitor inspiração para tanto. O Mundo da Usinagem

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ÍNDICE

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O MUNDO DA

EDIÇÃO 02 / 2008

USINAGEM

O MUNDO DA

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USINAGEM

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG BN 217-147

MÁQUINAS OPERATRIZES

mercado em alta aquece revenda CARNAVAL

uma indústria que gera alegria e emprego

Publicação da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

RETROFITTING Capa Foto: Fresa CoroMill 490 em operação de faceamento Arquivo AB Sandvik Coromant

Conheça as vantagens dessa alternativa

AB Sandvik Coromant

Cia de Foto/SambaPhoto

03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO EMPRESARIAL: RETROFITTING PODE SER BOM NEGÓCIO? 12 SUPRIMENTOS: EFEITO CASCATA NO MERCADO DE MÁQUINAS 17 INTERFACE: GERENCIAR BEM É DECIDIR CERTO 20 INTERESSANTE SABER: O METAL DURO PASSADO A LIMPO 25 PONTO DE VISTA: IDEAIS E OBJETIVOS: O PODER DA VONTADE 30 INTERESSANTE SABER: A INDÚSTRIA DO CARNAVAL E OUTRAS NOTÍCIAS 38 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 40 MOVIMENTO 42 DICAS ÚTEIS e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação mensal da Divisão Coromant da Sandvik do Brasil S.A. com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 22.300 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira, Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Assistente de Edição: Michel Sorci Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Vera Natale - MTB 33847 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Fabracor

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O Mundo da Usinagem



GESTÃO EMPRESARIAL

Retrofitting pode ser bom negócio? As atividades de retrofitting, manutenção e reforma são distintas e bem caracterizadas, embora possam, em algumas situações, ser desenvolvidas dentro de um mesmo período de intervenção.

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termo inglês retrofitting significa voltar a adaptar, atualizar ou modernizar. Desta forma, fazer o retrofitting de um equipamento significa modernizá-lo, com a aplicação de um novo controle numérico computadorizado (CNC) e/ou comando lógico programável (CLP ou PLC), de tal modo que permita controlar o posicionamento de eixos lineares ou rotativos, de forma individual ou simultânea, além de controlar conjuntos auxiliares. Dependendo do nível de modernização que se queira executar, pode-se optar pela simples troca do CNC ou também dos seus servoacionamentos ou, ainda, a substituição do acionamento do eixo principal. A modernização pode também envolver trocas ou aplicações de conjuntos mecânicos como fusos, redutores, sistemas

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de lubrificação e outros. Porém, em princípio, não há conexão com a reforma mecânica do equipamento, desde que esteja em condições adequadas. Caso contrário, a operação é tratada de forma independente, embora possa ser efetuada de forma simultânea. Já a reforma significa reparar, restaurar, consertar, fazer um equipamento voltar às condições originais de uma forma global; ou seja, normalizar um equipamento que já apresenta defeitos e desgastes generalizados em seus conjuntos, como rolamentos, guias de deslizamento, fusos de esferas, componentes eletroeletrônicos, etc. Isso acarreta folgas, ruídos, imprecisões, descontinuidades no seu funcionamento. Quando isso ocorre, é necessário reformar o equipamento, para que retorne às suas condições originais de funcionamento.


Arquivo Fagor

A Fagor calcula que 80% do valor de um retrofitting sejam pagos em até 60 dias. A manutenção, por sua vez é o ato de manter, conservar. Ou seja, refere-se a cuidar do equipamento para manter as características funcionais originais, com intervenções corretivas ou preventivas. A manutenção preventiva pode ser efetuada de forma diária, semanal, mensal e anual. Basicamente consiste em: a) Inspeções utilizando nossos sentidos e instrumentos como medidor de vibrações, termômetros, registradores, etc. b) Verificação e/ou substituições de óleos. c) Limpezas que eventualmente podem ser efetuadas em conjunto com operador já treinado. d) Substituição de peças que possuam tempo de vida útil definida seja por indicação dos fabricantes e/ou histórico de trocas anteriores. O aquecimento do mercado mundial e brasileiro de máquinas-

ferramenta provoca aumento de vendas de serviços de retrofitting, especialmente para máquinas de grande porte e/ou especiais: hoje os prazos de entrega de uma nova chegam a superar os 12 meses. No caso de máquinas de menor porte e standard, a opção pelo retrofit nem sempre é recomendada porque a relação de custo/benefício tende a não justificar o investimento. Porém, às vezes o usuário não tem outra saída. Uma máquina que passa por uma operação de modernização e reforma bem executadas, oferecerá uma vida útil que pode compensar amplamente tal reaproveitamento. Assim, o custo de um retrofit gira em torno de até 25% de um equipamento novo e o custo de uma reforma completa pode custar até 40%. Somando reforma mais retrofit teríamos um valor de até 65% em relação a uma

máquina nova. O custo é menor e o serviço pode ser feito em prazo de 6 a 10 meses, considerando máquinas de grande porte. Há, porém, aspectos que devem ser considerados, como a inevitável parada da máquina, o que exige soluções alternativas para se manter a produção em dia. Há que se levar em conta também que, normalmente, as operações de retrofit são pagas praticamente a vista. Há uma linha de financiamento do BNDES, mas sua utilização por pequenas empresas tem sido baixa. Roberto Gimenes, gerente de vendas da Fagor, calcula que 80% do valor de um retrofitting são pagos em até 60 dias. GRANDES EMPRESAS Empresas de grande porte, como a brasileira Romi e a multinacional de origem alemã Siemens, também apostam neste segmento para alavancar seus negócios. A primeira decidiu entrar no ramo em 2007 e presta serviços em máquinas-ferramenta pesadas (com peso superior a 10 t) de qualquer marca. De acordo com Hermes Lago, diretor de comercialização de máquinas-ferramenta da Romi, a decisão de atuar no segmento de retrofitting está alinhada com a decisão estratégica de expandir suas atividades de fabricação e vendas de máquinas pesadas, cuja demanda está aquecida por conta dos investimentos que vêm O Mundo da Usinagem

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Arquivo Romi

A expectativa da Romi é que em três anos o negócio de fabricação e vendas de máquinas pesadas poderá gerar receita líquida anual de R$ 50 milhões.

sendo realizados pelas siderúrgicas, indústrias de papel e celulose, geração de energia, açúcar e álcool, construção naval e outras. “A expectativa da Romi é que em três anos, dependendo das condições de mercado e da conjuntura econômica, o negócio de fabricação e venda de máquinasferramenta pesadas poderá gerar receitas líquidas anuais de R$ 50 milhões, enquanto o negócio de reforma e retrofit desses produtos poderá alcançar um faturamento líquido anual de R$ 15 milhões, totalizando receitas adicionais de R$ 65 milhões ao ano”, afirma o executivo. A Siemens, por sua vez, tem o foco mais amplo e seu departamento de prestação de serviços de retrofitting, que responde ao canal de usuários finais “end users” da área MC/MT (Motion Control/ Machine Tools), da empresa no Brasil, há dois anos realiza reformas e atualizações tecnológicas de máquinas de qualquer porte. “Qualquer empresa pode nos procurar, pois estamos aptos a atender aplicações das mais simples às 8

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mais complexas”, afirma Rogério Frateschi, coordenador do canal. Cerca de 5% dos CNCs Siemens comercializados no Brasil são destinados ao mercado de retrofitting, sejam eles realizados pela própria Siemens ou por terceiros. Segundo Frateschi, a atuação no segmento não só é um bom negócio em si como, também, pode atuar de forma cada vez mais próxima ao cliente, pois, no caso brasileiro, essa atuação próxima pode ser também uma importante ferramenta de vendas para se conhecer melhor as necessidades dos clientes em termos de investimentos em máquinas, sejam elas nacionais ou importadas, quando podem ser divulgadas as vantagens no uso dos diversos CNCs disponíveis. Frateschi elucida que há dois tipos de retrofit: um mais simples, em que se troca o CNC e se mantém os acionamentos antigos e a interface analógica. Para este tipo de retrofit, a Siemens oferece o CNCs Sinumerik 802 D, com ADI 4, que é a interface analógica, e o 840 Di. Para aplicações



Arquivo Siemens

A Siemens afirma que 10% dos CNCs comercializados no Brasil são destinados ao mercado de retrofitting.

mais complexas, em que se substituem a motorização, módulos de potência, servomotores e toda parte eletrônica, toda a linha de CNCs da empresa é compatível. CNCs Há, contudo, fabricantes de CNCs que embora tenham no segmento de retrofitting uma importante fonte de receita atuam sobretudo como fornecedores de comandos – caso da MCS, única fabricante de CNCs no Brasil, e da Fagor, multinacional de origem espanhola que fabrica uma linha completa para automação de máquinas-ferramenta. A MCS oferece a linha de CNCs SX 570, Proteo e Proteo Mini que são largamente utilizadas em retrofitting. A empresa destina cerca de 20% da produção a este segmento específico. Complementando a linha de CNCs, a companhia conta com parceiros renomados para fornecer toda linha de produtos necessária à execução de uma atualização tecnológica segundo o 10 O Mundo da Usinagem

executivo de vendas da empresa, Caetano Cesar Paiva. Já a Fagor oferece três linhas de CNCs que podem ser aplicados em retrofitting, com destaque para o modelo 8055 que, segundo Gimenes, atende a 90% das necessidades neste campo. Além deste a empresa oferece outros modelos, como o 8035 e o 8070. Conforme o executivo, o mercado de retrofitting responde por 50% do faturamento da Fagor no Brasil, considerando apenas vendas de CNCs. “Acreditamos que este é um mercado que deve crescer 20% em 2008, mantendo o nível de expansão de 2007”, afirma. Em épocas em que custo e prazo são itens cruciais de competitividade, o retrofitting passa a ser, no mínimo, uma alternativa a ser considerada quando das decisões relativas a novos investimentos para o aumento da capacidade produtiva e só uma análise detalhada poderá revelar o que pode ser mais vantajoso, comprar novo ou “retrofitar”. De Fato Comunicações



O crescimento das vendas de máquinas operatrizes está turbinando, por ação reflexa, a venda de máquinas usadas no país

Pedro Dêgelo

SUPRIMENTOS

Efeito cascata S no mercado de máquinas

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omando-se os resultados, as fabricantes de máquinas operatrizes nacionais e as estrangeiras faturaram cerca de R$ 65 bilhões em 2007, quase 14% a mais em relação a 2006. Este recente “boom” nas vendas deste segmento voltou a estimular os negócios de máquinas usadas ou seminovas. Não há estatísticas a respeito, já que o mercado de máquinas usadas é pulverizado em milhares de empresas por todo o Brasil, reunindo desde minúsculas lojas até fábricas renomadas que também se dedicam ao segmento, como a paulistana Atlasmaq. Mas é dado como certo que esse segmento também movimentou os seus bilhões em 2006, na esteira das vendas de máquinas novas. A previsão é que repita a performance este ano, já que os fabricantes esperam vender pelo menos 10% a mais do que em 2007. Trata-se de um fenômeno recorrente no mercado de máquinas, pois nem todas as indústrias que compram máquinas novas o fazem apenas para reforçar a produção. Muitas aproveitam os momentos afluentes da economia para substituir algumas máquinas antigas e assim melhorar a qualidade do produto, ou para aumentar a produtividade. Neste atual momento de recuperação eco-


nômica – quando o Brasil voltou a crescer com algum ímpeto depois de quase três décadas de semi-estagnação – os índices devem estar em 40% de substituição e 60% de ampliação, segundo estima Ronaldo da Silva Ferreira, supervisor de atendimento de fabricantes de máquinas da Sandvik. ATUALIZAÇÃO “As indústrias estão aproveitando este período também para atualizar tecnologicamente os seus parques fabris”, diz Ferreira. “É um investimento mais de longo prazo, mais estratégico, mas que traz efeitos positivos também para a produção atual”. Dado que a idade média das máquinas brasileiras é hoje apenas um pouco maior do que a européia, a maioria das máquinas antigas está indo para o mercado, por intermédio de firmas especializadas em compra e venda de máquinas usadas. São poucas, ainda, as indústrias que as revendem diretamente, via leilões, por exemplo. “O nosso negócio sempre melhora quando o mercado de máquinas novas está aquecido”, atesta Cleide Moraes, proprietária da FCTec, uma tradicional fabricante de extrusoras e injetoras de plástico de Diadema (SP) que também se dedica à comercialização de máquinas usadas. Informa que nesses momentos de expansão da economia, os compradores de usadas também aparecem em boa quantidade. São, principalmente, as in-

dústrias de menor porte e menos capitalizadas as principais clientes das empresas que comercializam máquinas usadas. Como as suas congêneres maiores, essas indústrias adquirem máquinas tanto para modernizar os seus parques fabris como para aumentar a produção. De maneira geral, quando há substituição, as máquinas descartadas pelas pequenas indústrias são também comercializadas. Mas algumas são enviadas para a sucata, pois são bem mais antigas do que as colocadas à disposição do mercado pelas indústrias maiores. Hoje, existem várias modalidades de venda de máquinas usadas. A mais comum é a venda on line – toda loja ou fábrica que se preze tem o seu site listando as máquinas à disposição dos interessados. A vantagem da modalidade on line é que a loja faz apenas a intermediação da venda, não sendo necessário remover a máquina para a sua sede e depois enviá-la para o comprador, o que encareceria o preço por causa do duplo frete. Há subcategorias dentro do mercado de máquinas usadas. A Brasif, de Belo Horizonte (MG), é principalmente uma empresa de locação de equipamentos. A empresa aluga empilhadeiras da Hyster e máquinas para construção civil da Case, que as compra novas dos fabricantes. “Depois que o cliente nos devolve a máquina, nós a vendemos como seminova”, explica Fábio Pacheco, O Mundo da Usinagem 13


mos tecnológicos, de produtividade e durabilidade”. De qualquer maneira, a exemplo das compras de máquinas e quaisquer outros equipamentos novos, que exigem pesquisa de preço e condições de pagamento, a compra de máquinas usadas implica no investimento de um bom capital e o fechamento do negócio requer atenção e planejamento.

Alberto Mawakdiye Jornalista

Pedro Dêgelo

gerente de vendas de seminovos da empresa. As máquinas importadas também começam a participar do mercado de usados. A Athena, de Joinville (SC), é especializada nesse nicho. “Uma máquina usada de alta tecnologia adquirida no exterior pode custar 40% a menos do que uma máquina nacional nova”, diz Hélio Rosa Jr., diretor técnico da Athena. “São ainda um pouco mais caras do que algumas máquinas novas chinesas, mas são incomparáveis com essas em ter-

Rua Piratininga é referência do mercado Localizada em São Paulo, a rua Piratininga é o principal ponto de venda de máquinas usadas do Brasil. Existem ali cerca de 150 lojas ou fábricas/revendedoras. Nos anos 1940, a rua dedicava-se à venda de sucata automotiva e começou a desenvolver a sua vocação atual nos anos 1960. “Atendemos até empresas

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que precisam de máquinas muito específicas”, diz Carlos Alberto Pereira, assistente comercial da R. Martins, que existe há quase 30 anos. “Entre esperar que alguma indústria desenvolva a máquina, o que sempre é demorado, e vir procurar um equipamento parecido na Piratininga, o empresário não costuma hesitar”.



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Gerenciar bem é decidir certo em primeira mão Com o aumento da demanda interna, muitas empresas estão se deparando com este desafio, que envolve inúmeros fatores e variáveis. aquecimento do mercado brasileiro em 2007 e as perspectivas de manutenção desta alta em 2008 têm levado muitas empresas a retomar os investimentos, principalmente em equipamentos, visando ampliar a produção. Como o parque industrial brasileiro encontra-se tecnologicamente defasado, uma questão que deve estar na cabeça de muitos empresários é o que fazer: comprar máquinas novas ou reformar as existentes? “O ideal é que a decisão sobre

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investimentos em maquinário seja uma ação planejada e não reativa à demanda do mercado”, comenta Wilson Pedroni, gerente Industrial da Unidade de Insertos da Sandvik Tooling. Em sua opinião, ao iniciar o processo de análise de investimentos, a empresa já precisa contar com uma estratégia sobre onde pretende chegar: se quer ampliar o mercado interno, se quer expandir para o exterior, etc. “Aí, poderá traçar seus planos de investimento de acordo com suas ambições e recursos”.

Reconhecendo que vive realidade diferente de muitas empresas de pequeno e médio portes, Pedroni informa que na Sandvik Tooling em geral a primeira opção é por equipamentos novos. “O retrofitting, por exemplo, (veja matéria desta edição) só entra em pauta se não há nada de mais moderno no mercado. Isso porque, em geral, se o serviço não for bem feito, uma máquina retrofitada dificilmente funcionará tão bem quanto uma nova. Por exemplo, não irá comportar uma guia O Mundo da Usinagem 17


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linear de última geração e ficará limitada no avanço”, explica. O gerente lembra porém que a decisão deve estar pautada no aumento da produtividade e, consequentemente, no retorno do investimento, que deve se dar no menor prazo possível. “Temos como critério o tempo máximo de retorno do investimento em 36 meses. Se exceder esse prazo, está descartado”, diz, lembrando que a empresa conta com sistema que informa exatamente em quantos meses se dará o retorno do investimento. Francisco Campos, diretor de Produção de Ferramentas Rotativas da Sandvik Tooling, frisa que são inúmeros os fatores que devem influir na decisão de compra ou reforma. O primeiro deles é avaliar as condições do equipamento para saber se ele suporta um retrofitting. Outro é a avaliação dos produtos que são fabricados na máquina em questão: terão continuidade ou têm vida curta? “É fundamental que se avalie também os custos das opções envolvidas e qual o retorno que irão proporcionar”, diz, lembrando ainda que às vezes uma reforma pode gerar um retorno financeiro mais rápido, mas é preciso avaliar se possibilitará a real atualização do equipamento, por exemplo, no que se refere à transmissão de dados. Por outro lado, existem casos em que um “up grade” (atualização de comandos ou mecanismos) é quase obrigatório, já que não foram lançadas grandes novidades 18 O Mundo da Usinagem

tecnológicas, como ocorre com as retíficas para a produção de brocas. “As diferenças entre uma máquina reformada e uma nova são muito pequenas. Isso nos obrigou a criar um programa de retrofitting específico para essas máquinas”, diz. No caso dos tornos, por exemplo, a evolução tem sido significativa nos últimos anos e, em geral, é mais compensador adquirir equipamentos novos. Campos destaca ainda a análise da importância do equipamento dentro de uma linha ou célula de produção. “Nós, aqui, por exemplo, temos um parque heterogêneo, tanto no que se refere aos tipos de máquinas quanto à idade das mesmas. Se substituirmos uma máquina-chave de uma célula, como ficará o restante do processo? Os demais equipamentos irão acompanhá-la no que se refere à qualidade e velocidade de produção ou estaremos apenas movendo o gargalo para a máquina anterior?”, questiona. OUTRA ALTERNATIVA Entre uma reforma para atualização e a aquisição de uma máquina nova, existe ainda a opção de se otimizar o processo de produção. Ronaldo Ferreira, supervisor do Departamento de OTS da Sandvik Coromant, conta que uma otimização na sequência de operações, a troca de ferramentas obsoletas por soluções mais modernas ou simplesmente uma readequação dos dados de corte, pode eliminar ou reduzir a necessidade de novos investimentos em máquinas.

Uma avaliação aprimorada de todo o processo focando o aumento de produtividade, pode identificar oportunidades para a introdução de ferramentas especiais, com operações conjugadas, ou quem sabe, ferramentas mais atualizadas em termos de classes de metal duro com geometrias de corte e controle de escoamento dos cavacos mais eficazes, ou ainda novas estratégias de corte diretamente ligadas às novas possibilidades em programação CNC, são exemplos de como esta otimização poderia ser feita. Atualmente, existem softwares de análises de investimentos, como o TINA (Tools Investment Analyzer), que possibilita fazer simulações de processos e prever resultados que ajudam a encontrar soluções alternativas a decisões, às vezes precipitadas, de compras de novas máquinas. Ferreira conta que recentemente fizeram um estudo onde o emprego de três ferramentas especiais e a substituição de ferramentas antigas por modernas, viabilizou a compra de apenas uma máquina, quando o estudo preliminar feito por um de seus clientes apontava para a necessidade de três. Este é um dos motivos que reforçam a idéia de que é melhor investir mais tempo em análise para evitar que o entusiasmo pelo novo nos prive de obter bons resultados com o que já temos à nossa disposição. De Fato Comunicações


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INTERESSANTESABER

O metal duro passado a limpo

AB Sandvik Coromant

O metal duro surgiu no início do século XX como substituto aos aços rápidos que, até então, eram os materiais mais adequados à fabricação de ferramentas para processos de usinagem.

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grande vantagem do metal duro é manter o corte da ferramenta vivo por muito mais tempo, mesmo quando submetido à velocidade de trabalho inúmeras vezes superior ao que suportaria o aço rápido. O metal duro aumentou significativamente a produtividade, por ter a propriedade de manter a dureza e assim o fio de corte, mesmo quando muito aquecido, pois quanto mais rápido se executa uma usinagem, maior o calor gerado na interface ferramenta-peça. Processos de usinagem são processos de corte, que permitem remover excessos de um material bruto até que este resulte em uma peça pronta, como eixos, engrenagens, polias, carcaças, buchas, anéis, etc. que, posteriormente, irão compor algum engenho mecânico, como motores, caixas de câmbio, conjuntos de eixos, redutores, etc. que, por sua vez, farão parte de bens duráveis como automóveis, ônibus, tratores, aviões, escadas rolantes, etc. Nestes processos de corte são geradas aparas que costumamos chamar de cavacos. Assim, processos de usinagem, invariavelmente, implicam na geração de cavacos. Desde o princípio, o metal duro, por ser fruto da metalurgia do pó, foi desenvolvido em forma de barriletes ou pastilhas, que no começo eram soldadas a hastes ou cabeçotes metálicos para, deste modo, formar a chamada ferramenta. Como as soldas não resistem às altas temperaturas geradas na usinagem e por is-

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so soltariam as pastilhas durante o processo, causando acidentes, estas passaram a ser intercambiáveis e fixadas mecanicamente aos seus suportes, facilitando o processo de troca de uma ferramenta gasta por uma nova. Para quem não é do ramo, ocorreu melhoria semelhante à troca da navalha pela lâmina de barbear, que possibilitou a troca de um fio de corte cego por um afiado, com mínima perda de tempo. Hoje é comum encontrar nos catálogos de fornecedores referências sobre o grau de dureza e tenacidade das distintas classes de metal duro, incluindo informações sobre os seus materiais constituintes. Essas informações são úteis para a escolha e adequação da ferramenta ao processo de usinagem que se deseja executar. O metal duro é composto de carbonetos metálicos em forma de minúsculas partículas que são incrustadas em metal ligante. Os componentes mais importantes são o carboneto de tungstênio (WC) denominado fase a e o metal ligante cobalto (Co) denominado fase b. A fase a determina a resistência ao desgaste, enquanto a fase b determina a tenacidade. Entre as duas propriedades existe uma relação inversamente proporcional, ou seja, uma alta resistência ao desgaste somente pode ser obtida com a redução da tenacidade e vice-versa. No passado, as classes convencionais de metal duro eram limitadas quanto ao campo de aplicação, pois uma classe rica em

fase a, aumentava a resistência ao desgaste mas, ao mesmo tempo, reduzia a tenacidade e vice-versa. Esta relação entre as propriedades fazia com que as classes fossem mais específicas, pois uma classe que usinava bem um determinado material não usinava tão bem um outro; se ela se adequasse bem ao desbaste, não rendia o mesmo no acabamento. Uma indústria que possuísse uma grande diversidade de materiais e que variasse a usinagem do acabamento fino ao desbaste pesado, obrigatoriamente necessitava de uma grande variedade de classes e, por consequência, um inventário de ferramentas demasiadamente grande. A formação dos cavacos varia conforme o material usinado. Existem materiais como o ferro fundido que produz cavacos curtos e outros, como o aço carbono que produz cavacos longos. Os cavacos curtos causam principalmente desgastes frontais na face de folga, enquanto os cavacos longos causam particularmente craterizações na face de saída da ferramenta. O desgaste frontal se origina de um processo predominantemente abrasivo. A craterização é proveniente da combinação dos esforços de corte aliada ao atrito e à abrasão proporcionados pela formação dos cavacos. Essa combinação de fatores promove altas temperaturas na zona de corte que, por sua vez, contribuem para a ocorrência dos desgastes. O material constituinte da O Mundo da Usinagem 21


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Figura 1: Esquema do processo de fabricação do Metal Duro.

ferramenta, portanto, é desenvolvido de modo a prevenir desgastes que se originam nos processos de formação de cavacos particulares a cada tipo de material. Apesar de o carboneto de tungstênio (WC) e o cobalto (Co) serem os componentes mais importantes, com o tempo, outros componentes foram adicionados a essa composição básica. A adição de carbonetos de titânio (TiC), tântalo (TaC) e nióbio (NbC) denominados fase g, melhoraram muito a performance das ferramentas de metal duro, desde quando utilizados pela primeira vez no final dos anos 60. Sua introdução proporcionou maior abrangência dos campos de aplicação das classes até então existentes, de forma que as novas classes passaram a conjugar propriedades de resistência ao desgaste e tenacidade ao mes22 O Mundo da Usinagem

mo tempo. Com propriedades mais equilibradas foi possível desenvolver classes que podiam se adequar a um leque maior de operações e materiais. Por serem carbonetos mais estáveis, os carbonetos de titânio (TiC) foram adicionados para aumentar a resistência à craterização, enquanto os carbonetos de tântalo (TaC) e nióbio (NbC) deram mais tenacidade ao metal duro. Um maior teor de carbonetos


sobre o núcleo tenaz permitiu que uma mesma pastilha suportasse tanto maiores esforços de corte, característicos das operações de desbaste, quanto as altas velocidades, necessárias às operações de acabamento. Apesar de no início os revestimentos serem simples, a tecnologia do revestimento evoluiu até as pastilhas multirrevestidas, com camadas sobrepostas, onde cada uma delas exerce uma função específica a fim de conter os diferentes processos de desgastes que se desenvolvem durante a usinagem. Uma única pastilha em uma determinada classe pode ser aplicável tanto em acabamento quanto em desbaste de metais, que podem variar do aço ao ferro fundido. Se por um lado as classes mais abrangentes não são tão eficazes quanto as classes mais específicas, por outro lado não é necessário manter um inventário tão volumoso para dar conta da produção. A adoção de uma ou de outra solução é, portanto, uma questão de custo versus benefício. De modo geral, produções em massa de uma mesma peça estão mais para classes específicas, enquanto produções caóticas, com lotes variados em volume, forma e material de peças, estão mais para as classes de maior abrangência. AB Sandvik Coromant

eleva a dureza da ferramenta e a torna mais adequada para operações de acabamento, que são operações mais leves, executadas em altas velocidades, pequenas profundidades de corte e avanços reduzidos exigindo, portanto, muito mais da dureza da ferramenta. Quanto maior o teor de cobalto da ferramenta, mais ela é adequada às operações de desbaste, que são operações executadas em velocidades de corte mais baixas, com altas profundidades e avanços maiores. Assim, essas operações geram grandes esforços sobre a ferramenta e por isso demandam maior tenacidade. Mais tarde, os pesquisadores descobriram a possibilidade de se revestir a superfície das pastilhas com finas camadas de fase g. Este revestimento pode ser obtido tanto pelo processo CVD (Chemical Vapor Deposition), quanto pelo processo PVD (Phisical Vapor Deposition). Estas camadas, que medem de 3 a 5 mícrons de espessura, proporcionaram maior durabilidade ao fio de corte, pois a camada extra-fina e extremamente dura

Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento Sandvik Coromant do Brasil O Mundo da Usinagem 23



Pedro Dêgelo

PONTODEVISTA

Ideais e P Objetivos: o poder da Vontade

erde-se no tempo qual cultura alojou, pela primeira vez, a máxima “querer é poder”. Mas ela passou a ter força propulsora nos anos de 1940-1950, durante o grande desenvolvimento americano do pós-guerra, que privilegiou ainda mais o ideal do “self made man”. Assim, o homem que se faz a si mesmo é dono de um forte “querer” que lhe possibilita a obtenção do que quer. A máxima tomou ainda mais corpo, entre nós, como título da obra do filósofo americano Sidney Bremer: How to get what you Want, que data dos anos 1990, traduzido no Brasil, justamente, como “Querer é Poder”. O Mundo da Usinagem 25


De maneira geral, tanto esta obra como todas as demais de auto-ajuda, sugerem o estabelecimento de uma ordem de preferências para bem dirigir os esforços em se conseguir o que se pretende obter: • estabelecer objetivos e planos de ação; • organizar os esforços; • perseverança e superação de contratempos; • pensamento positivo e direcionado; • atitude mental positiva e controle emocional; formação de hábitos sadios; • • orçamento equilibrado; • coragem; • a arte de conversar; • dignidade; • paciência; • concentração. Com a complexidade do mundo moderno, a lista deveria aumentar ainda mais, já que a competição, em função de melhor treinamento e melhor “curriculum”, capacidade para trabalhar em grupo, ser pró-ativo,

etc. etc, que permeiam todas as iniciativas e carreiras. Cabe-nos, contudo, analisar e dosar, a cada dia, duas velhas e jamais esquecidas verdades, enunciadas, a primeira por um filósofo de Roma antiga e a segunda por um político americano do século XIX: “as coisas não são difíceis. Tornam-se difíceis porque não nos atrevemos” e “minha grande preocupação não é se você falhou mas se você está consolado com sua falha”.

A primeira é do filósofo Sêneca, que viveu no ano I depois de Cristo, foi professor e conselheiro político do Imperador Nero sob ordens de quem, em 65 dC foi obrigado a cometer suicídio. Atreveu-se muito, atreveu-se sempre e não hesitou em pagar com a própria vida pelo seu atrevimento de pensar e ser crítico. A segunda é de Abraham Lincoln, presidente americano assassinado em 1865, maior defensor dos direitos dos negros escravos no século XIX. Percebia suas falhas na condução da política e, descontente, rapidamente as consertava e tornava suas medidas as reais modeladoras da sociedade, até ser detido por um desconhecido desvairado, que o assassinou durante um espetáculo teatral. Temos muitas outras máximas de pessoas notáveis e milhares de depoimentos de pessoas comuns, que seguiram seus sonhos, perseveraram e conseguiram concretizá-los. Nosso dia-a-dia está repleto de exemplos espantosos de superação, determinação e va-



lor na condução de situações excepcionais. No entanto, no planejamento de nossas vidas, se agraciados com saúde e uma certa dose de tranquilidade, como planejarmos nossos objetivos e melhorarmos nossos caminhos? A resposta está já contida na própria pergunta: como planejarmos? O planejamento é o eixo de qualquer melhoria. Em nosso trabalho, alinhar diante de nós todos seus passos, entendendo o que poderemos fazer para melhorar nosso desempenho é o início não apenas de uma melhoria localizada como, até, de um novo negócio! Há alguns anos um funcionário de multinacional, ocupando cargo júnior, percebeu a importância do inglês e, para diminuir os custos de um professor particular, juntou um grupo de colegas e contratou um professor, com o plano de dominarem a língua em 6 meses. Não apenas atingiram o objetivo inicial no período desejado como hoje, passados 5 anos, ele administra 20 grupos de aprendizado de inglês em firmas situadas na região de Campinas-SP e comprou duas escolas de línguas, que atualmente oferecem cursos de imersão a empresários, médicos e demais profissionais. Ou seja, direcionar o foco de interesse com precisão e estabelecer metas dentro de prazo determinado é maneira prática de 28 O Mundo da Usinagem

dirigirmos e concentrarmos nossos esforços, como um lápis bem afinado para traçar uma linha bem definida. É opinião entre psicólogos e especialistas em auto-ajuda que os esforços de melhoria não devem se concentrar na obtenção de bens materiais específicos, como a compra da casa própria ou de um carro novo. Isso porque a responsabilidade pelo pagamento do compromisso torna a pessoa angustiada e aflita, na maioria das vezes tão insegura em relação à perda do emprego que ela deixa de ousar, com medo de desagradar, e torna-se reativa, distanciando-se da pró-atividade tão desejável em todas as empresas! Pelo contrário, a pessoa deve investir seriamente em suas capacidades e em seu desempenho no trabalho, acumulando seus ganhos e transformando-os nos desejados bens materiais apenas quando estiver garantido pelo menos a metade de seu pagamento. Planejamento, rigor de metas e paciência são princípios de ação que beneficiam, antes de mais nada, a própria pessoa. Que daí decorram melhorias de produção em seu trabalho é justamente isso, uma decorrência. O foco inicial e principal deve ser sempre o ser humano. Marlene Suano Depto.de História – FFLCH/USP



INTERESSANTESABER

A Indústria

do Carnaval

Há movimento, no Rio de Janeiro, instando as autoridades municipais a determinar uma data fixa para o Carnaval, já que a data flutuante da festa é um fator de perdas financeiras. arnavalescos e presidentes de entidades como a ABIH – Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – e a ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagens – do Rio de Janeiro, temiam que o movimento fosse, em 2008, pelo menos 30% menor, em função da data ser próxima demais da passagem de ano. Embora sabedores do componente religioso da festa, os defensores do Carnaval pré-fixado acham que é tempo de vê-lo como um espetáculo gerador de empregos e de divisas para a cidade. Esta seria a maior ingerência da vida civil sobre a tradição religiosa em tempos modernos. Será a “indústria do Carnaval” assim tão poderosa? Os números são impressionantes. As atividades são inúmeras, da confecção de fantasias, enfeites, adereços e carros alegóricos, e empregam, formal ou informalmente, milhares de pessoas. A mais antiga festa popular da humanidade, surgida de festas pagãs da Grécia e Roma antigas, hoje é, no Brasil, uma poderosa indústria, que se coloca em movimento a partir da 4ª Feira de cinzas, com a desmontagem e aproveitamento dos carros alegóricos do desfile apenas encerrado. Dois pólos equilibram a indústria do Carnaval: sua produção propriamente dita, desenvolvida nos

30 O Mundo da Usinagem

Lalo de Almeida/Folha Imagem

C


William de Moura/Ag. O Globo

O Carnaval do Rio de Janeiro gera cerca de R$ 1 bilhão de receita anualmente, exporta R$ 1 milhão em fantasias e recebe de 300 a 400 mil turistas.

famosos barracões das escolas e a cidade que se movimenta e altera para receber os turistas e foliões, oferecendo hotéis, restaurantes, lembranças de toda espécie, deslocamentos, passeios guiados, etc., além dos direitos de transmissão televisiva para todo o mundo. Sobra trabalho também para as forças da ordem, sobretudo em relação a atividades envolvendo menores. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro estima que o Carnaval do Rio dê cerca de R$ 1 bilhão de receita anualmente, exporta R$ 1 milhão em fantasias e recebe de 300 a 400 mil turistas, que geram receita de US$ 200 milhões. Salvador, Recife e São Paulo, também apresentam números consideráveis, embora a indústria do carnaval não esteja,

nelas, tão bem estudada quanto no Rio de Janeiro. O Carnaval paulistano empregou, em 2007, mais de 25 mil pessoas, segundo a SPTuris – São Paulo Turismo – empresa que administra o Sambódromo do Anhembi. Desde 2003 o projeto SP Sampa, entre a Prefeitura, Sebrae e a Liga das Escolas de Samba, vem investindo não apenas na estrutura de recepção ao carnavalesco como, também, na capacitação de trabalhadores para o evento. Mas a pujança da máquina carioca ofusca todas as demais. As atividades do carnaval estão presentes ao longo do ano todo, no “barracão” de cada escola, onde rodas de samba servem não só como o necessário treinamento para enfrentar a avenida como, também, arrecada com ingressos e venda de bebidas aos milhares de turistas, boa parte da manutenção das escolas. A participação das verbas públicas vêm se restringindo cada vez mais à necessária e devida O Mundo da Usinagem 31


manutenção dos serviços públicos. A contabilidade é complicada e a melhor até agora disponível é a do Carnaval do ano 2000, quando patrocinadores colaboraram com 28,3 milhões de reais, a prefeitura do Rio investiu diretamente 6,7 milhões de reais e turistas e carnavalescos movimentaram 373 milhões de reais, sendo que 36,4 milhões foram para a rede hoteleira. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, entre 2002 e 2004, em cooperação com o Centro Cultural Cândido Mendes, identificou os gargalos na indústria do Carnaval e aumentou a capacitação e número dos trabalhadores formais do setor. Além da Cândido Mendes, a Universidade Veiga de Almeida (UVA) abriu, em 2007, inscrições para o curso superior de tecnologia em Design de Carnaval, que tem por objeto a criação carnavalesca (adereços, alegorias, fantasias, maquetes e esculturas). A Universidade Estácio de Sá também participa do filão, coordenando, junto com a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA), a Faculdade do Carnaval, com a primeira turma formada em 2006, onde o aluno estuda História do Carnaval, Comunicação e Expressão, Sociologia e Legislação do Carnaval, Cultura Brasileira, Matemática Financeira, etc. A mesma LIESA e o Sebrae-RJ apontam que devese formar, também, contadores e especialistas em contratos e com32 O Mundo da Usinagem

pradores de matérias-primas. Cada uma das 14 escolas do primeiro grupo contratam, em média, 500 pessoas a partir de abril de cada ano, para a elaboração do Carnaval seguinte, gerando aproximadamente 7 mil empregos diretos. A partir daí, o efeito cascata é notável, pois a importação de material para fantasias, adereços e carros alegóricos gera outros tantos milhares de postos de trabalho. A gripe aviária está contribuindo para conter as importações de penas e plumas e as produções devem recorrer a outros elementos. Em 2005, o Sebrae-RJ e a Associação Comercial do Rio de Janeiro assinaram acordo para estudar o agenciamento econômico do Carnaval carioca, nomeando o trabalho de “Econo-


Cia de Foto/SambaPhoto

mia do Carnaval – Estudo do Pólo Carnavalesco de Madureira e da Cadeia Produtiva no Estado do Rio de Janeiro”, base para a valorização do pequeno empreendedor carioca. Assim, as antigas cooperativas artesanais cedem lugar a trabalhadores qualificados por cursos públicos, da Secretaria de Trabalho e Renda do RJ, que certificou os primeiros 420 em janeiro último. Como parte do Plano Territorial de Qualificação Profissional (Planteq-2007), cursos de Fantasias e Adereços foram oferecidos nos barracões e ateliês de 13 escolas de samba do Rio de Janeiro, Niterói, Nilópolis e São Gonçalo . Segundo o secretário estadual de Trabalho e Renda, Alcebíades Sabino, 80% dos trabalhadores qualifi-

cados já foram contratados pelas escolas. Por outro lado, a inovação tecnológica é uma tônica do Carnaval. A diversidade dos materiais empregados e as engenhosas soluções dos carros alegóricos incorporam soluções inovadoras de materiais, como novas resinas e ligas, recursos elétricos e efeitos visuais. O Carnaval de São Paulo em 2008 contou com uso de fibra ótica, como já vem ocorrendo no Rio há alguns anos. É bastante claro, portanto, que esta indústria não se limita a paetês e lantejoulas! O negócio é bilionário e a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – trabalha para o fortalecimento da cadeia produtiva do Carnaval, por acreditar em sua capacidade de ampliar-se qual mancha de óleo pelos demais ramos da economia. Não é de se estranhar, portanto, o movimento para estabelecer uma data fixa para o Carnaval, liberando-o das oscilações do calendário religioso que, na realidade, nada mais fez que tentar domesticar as festas pagãs. A discussão ficará, sem dúvida, bem animada, sobretudo quando tivermos os índices do Carnaval deste ano. Equipe OMU FONTES: Sebrae-RJ, Sebrae-SP, Revista do Empresário da Associação Comercial do Rio de Janeiro: http://www.imprensa.rj.gov.br, ABDI: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial: http://www.abdi.com.br

O Mundo da Usinagem 33



INTERESSANTESABER

notícias Escurecimento Global pode ser pior que o Aquecimento? uitas pesquisas, nos anos 90, indicavam que a luminosidade na Terra estava diminuindo: Irlanda, Ártico, Antártida e Japão estavam ficando mais escuros. Mas pode-se mesmo falar em “escurecimento global”? O primeiro cientista a tratar do aquecimento global em uma publicação foi o geógrafo Atsumu Ohmura, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em 1989. A iluminação natural de nosso planeta depende da radiação que o atinge. Ohmura descobriu que ela caíra quase 10% nos 30 anos anteriores à sua pesquisa. Em 2001 S.Cohen e G.Stanhill publicaram a comparação dos registros de raios so-

M

lares em Israel há 50 anos e na data da pesquisa: a queda fora de 22%. Ampliaram a pesquisa para outras partes do mundo e verificaram que entre os anos de 1958 e 1992, a radiação solar que chegava à terra diminuíra de 0,23 a 0,32% ao ano. Foi Stanhill a cunhar o termo “escurecimento global” mas seu alarme não mereceu a atenção da comunidade científica. Mas outros cientistas e com outro método, os climatologistas australianos G. Farquhar e M. Roderick, neste mesmo ano publicavam, na conceituada revista Science, o resultado do cruzamento dos dados do escurecimento global com taxas de evaporação, confirmando as conclusões de Stanhill. De fato, a taxa de eva-


poração também caíra e a partir daí os climatologistas passaram a se interessar pelo fenômeno. Em 2005, outro artigo na Science, de M.Wild, cientista atmosférico do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, apontava um escurecimento global até os anos 1990, devido à poluição, a partir de quando houve um aumento de luminosidade, graças ao combate à poluição atmosférica. A queima de material orgânico (madeira, petróleo e carvão) e usinas energéticas produzem, além de gases invisíveis como o dióxido de carbono, principal responsável pelo Efeito Estufa, também minúsculas partículas de poeira e outros poluentes. O que conhecemos como “poluição atmosférica” reflete a luz solar de

volta ao espaço e muda as propriedades ópticas das nuvens. Várias outras pesquisas vem se sucedendo sobre o tema, uma das últimas publicadas datando de 2006, por pesquisadores do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico em Washington, notando que diminuiu de 3,7 watts por jarda2 (a jarda2 equivale a cerca de 92 cm2) a quantidade de luz chegando à China. De maneira geral, todas apontam que a radiação solar que chegou ao solo diminuiu cerca de 3% em cada década ao longo dos últimos 50 anos, embora tenha sido menor nos EUA (10%) e bem maior no território da antiga União Soviética(30%), implicando em mudanças na vegetação e no clima. A pesquisadora Rachel Pin-

ker, da Universidade de Maryland, também nos Estados Unidos, tem feito estudos baseados em imagens de satélites e argumenta que os números sugerem que algo esteja acontecendo, só não existem dados suficientes para saber o que é. “Isto pode ser o nível dos poluentes, mas também pode ser a interação de nuvens de aerosol ou instrumentos diferentes que estão fazendo as leituras”, disse em reportagem para o ABC News em 2006. Há muitas questões em aberto. Acompanhe o debate: www. carbonobrasil.com. FONTE: www.carbonobrasil.com Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com informações da BBC Brasil, The Guardian, N.Y. Times e ABC News.



Independência correlativa maioria dos estudos sobre produtividade em usinagem tem por base experimentos e análises estatísticas, pois conferem maior credibilidade aos resultados. Contudo, existe uma série de pré-requisitos que, uma vez obedecidos, proporcionam níveis razoáveis de produtividade, mesmo quando a produção for caótica, com lotes irregulares, às vezes de uma única peça, a qual será produzida uma só vez, o que inviabiliza estudos estatísticos. Analogicamente, não importa se alguém vai pilotar um caminhão ou uma Ferrari, antes de entrar na pista é necessário ser habilitado, saber que é preciso afivelar o cinto de segurança, verificar retrovisores, ajustar a distância do banco, etc. Produtividade em usinagem implica necessariamente na perfeita adequação das diversas variáveis, que podem limitar o desempenho do conjunto produtivo. É essencial considerar certos princípios, para que uma máquina possa usinar peças, o mais rapidamente possível, sem produzir resultados economicamente indesejáveis. É fato consumado que os estados de conservação da máquina, da ferramenta, dos sistemas de fixação e também a qualidade estrutural do material a ser usinado, tanto quanto a motivação e a perícia da mão-deobra, interferem diretamente no desempenho dos processos. Portanto, antes que se parta para a execução de qualquer operação, estudo ou experimento, é imprescindível verificar se algumas condições mínimas estão sendo atendidas. Todo profissional que pretenda usinar ou

A

38 O Mundo da Usinagem

estudar usinagem deve antes passar por um treinamento básico de enfoque prático, onde também se obtenha noções teóricas elementares sobre o tema, pois um simples componente mal ajustado, uma ferramenta minimamente fora do centro de referência, uma classe de metal duro ou geometria de corte menos apropriada a um certo material, compromete todo o resultado de uma operação. Em resumo, as oportunidades de melhoria começam nos pequenos detalhes, que só a prática faz aflorar mas, por outro lado, não se aperfeiçoa a prática sem o estudo sistemático e, por este motivo, sou um ferrenho defensor da simbiose entre teoria e prática, universidade e empresa, por mais paradoxal que possam parecer, pois quando a teoria na prática é outra, é porque não se está aplicando a teoria correta e assim a simbiose não emplaca. Francisco Marcondes Gerente de Marketing e Treinamento Sandvik Coromant do Brasil

Adriana Elias

NOSSAPARCELADE

RESPONSABILIDADE



MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008 Mês

TBU

TBU

Noturno

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TUCAS

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9, 10, 11 e 12

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02, 03 e 04 21 e 22

16, 17 e 18 14, 15 e 16

11, 12, 13 e 14

04, 05 e 06

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20 e 21

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28 e 29 18, 19, 20 e 21

29, 30 e 01/10 13, 14, 15 e 16

15 e 16 27, 28 e 29

Nov Dez

30/06, 01, 02, e 03

03, 04, 05 e 06 01 e 02

TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro - (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias) DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) - CURSO NOVO

10, 11 e 12



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DICASÚTEIS

USINAGEM

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ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 44 Agie-Charmilles. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Alcântara Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Blaser Swisslube. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 CIMM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Cross Hueller. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Deb’Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 Diadur . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Esab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 HDT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Kabelschlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 MachSystem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 MarktEvents . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Mori Seiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Sanches Blanes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Sandvik Coromant. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 e 44 Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 TAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Vitor Buono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 42 O Mundo da Usinagem



Heróis da indústria. Imagine que você precise melhorar uma tecnologia que já é a melhor do mercado. Uma tarefa sem dúvida desafiadora. Mas é exatamente essa a tarefa dos designers no mundo todo: melhorar aquilo que já é ótimo. Podem ser carros, aviões, tocadores de mp3 ou...classes de pastilhas. No nosso caso, o desafio foi melhorar ainda mais o desempenho das nossas pastilhas, já líderes de mercado.

A nova geração de pastilhas devia ser mais rápida, mais segura e mais previsível. Além de mais durável. Aí está ela à direita. E à esquerda está uma das pessoas que conseguiu melhorar ainda mais essa tecnologia. Um herói da indústria.

Para mais informações sobre a nova geração de pastilhas, visite www.coromant.sandvik.com/br


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