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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Jacto

Visão, competência e empreendedorismo Esporte

Golfe atrai cada vez mais brasileiros

Caterpillar

Maior produtividade com as Silent Tools



Fotos: Johan Ma

thson

editorial

Nenhum obstáculo é grande o suficiente para superar o espírito de equipe. Havendo confiança mútua e firmeza de propósito, as soluções surgem naturalmente.

O Mundo da Usinagem


Índice

55

Edição 01 / 2009

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil

issn 1518-6091 rg bn 217-147

Jacto

Visão, competência e empreendedorismo Esporte

Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147 MHZ Photo Designer

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Golfe atrai cada vez mais brasileiros

Caterpillar Capa Foto: Ferramenta CoroPlex MT Arquivo AB Sandvik Coromant

Maior produtividade com as Silent Tools

03 editorial 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 MI: Investimento em Máquinas 10 PROdutividade i: Caterpillar aumenta produtividade 16 empreendedorismo: shunji nishimura 22 PROdutividade iI: MIC alcança excelentes resultados com o pIP 30 Produtividade iiI: pensamento econômico 34 interface: preparando os profissionais da indústria automobilística 40 suprimentos: Desenvolvimento e avaliação de FORnecedores 44 Ponto de Vista 46 Interessante Saber: O MUndo do golfe e outras notícias 53 Nossa parcela de responsabilidade 54 anunciantes / distribuidores / fale com eles

e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700

EXPEDIENTE

O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: House Press Propaganda Jornalista responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: AA Design Gráfica: Van Moorsel

O Mundo da Usinagem



MI

OTS – Original Tooling Services dá espaço para

Shutterstock

MI – Machine Investment

Nova sigla da área de negócios da Sandvik Coromant visa a destacar o processo de investimento no ato da aquisição de novas máquinas

O Mundo da Usinagem

P

or anos a Sandvik Coromant tem atuado no mercado com a sigla OTS (Original Tool­ ing Services) para designar a área de responsabilidade nos negócios relativos ao ferramental e todo o tipo de suporte para máquinas novas ou retrofitadas, seja atuando nos fabricantes e distribuidores de máquinas, seja diretamente no cliente final. Por se tratar de uma estrutura global, esta sigla se

difundiu pelo mundo todo, sendo conhecida em todos os mercados e segmentos onde há produção pelos processos de usinagem. Agora estamos mudando A sigla OTS dará lugar para a sigla MI (Machine Investment) para destacar o processo de investimento no ato de se comprar uma nova máquina. Por intermédio da designação


O Mundo da Usinagem

Imagens: AB Sandvik Coromant

Machine Investment, ou Investimento em Máquinas, tem-se o objetivo de enfatizar a importância financeira do retorno sobre o capital empregado na compra de uma nova máquina. O ano de 2008 fechou com um volume surpreendente de negócios envolvendo máquinasferramenta novas ou retrofitadas. Nossas informações dão conta que mais de nove mil máquinas foram comercializadas no merca- Investir em equipamentos leva à busca de processos mais eficientes do brasileiro. Apesar da retração do mercado no último trimestre, Por outro lado, quando trata- processo e ferramental para suas este volume de negócios mostra mos este processo como um IN- novas máquinas, atuando em a necessidade das empresas em VESTIMENTO de fato, o foco todas as fases do projeto, desde a INVESTIR no parque fabril, se passa a ser a obtenção do melhor análise prévia da necessidade, deadequando desta forma à compe- retorno, levando à busca do pro- finição do processo, dos sistemas titividade de um mercado cada vez cesso mais eficiente, com análises e dispositivos de fixação, layout de mais global. prévias à decisão de qual equipa- ferramentas e estudos de tempo, Neste cenário, nosso maior em- mento deve ser comprado. até o custo por peça usinada. penho é enfatizar a grande diferenDentro deste cenário, a equipe ça que existe entre COMPRAR de MI – Machine Investment da Certo desde o início uma nova máquina e INVESTIR Sandvik Coromant está muito Não haverá alteração na forma em uma nova máquina. bem preparada para levar aos como trabalhamos senão para Frequentemente, as empresas clientes a melhor proposta de melhor – pois, juntamente com concentram o foco no objeto esta alteração da sigla, também principal, a máquina, deixando introduziremos um programa em segundo plano o ferramental de treinamento e capacitação da e outros periféricos necessários. força de vendas, para que esta leve Na maioria das vezes a máquina é ao mercado as melhores soluções adquirida sem uma análise de pronos processos para novas máquicesso para o componente a nas, sempre considerando o ser produzido. Muiretorno mais rápido e lutas vezes isto leva à crativo para o capital aquisição de um investido. equipamento Os nossos coninadequado ao ceitos “Right From melhor procesthe Start - Certo so e, quando o desde o Início” e cliente se dá conta “Envolva todas as ParSímbolo: integração do fabricante disto, já não há o que possa tes” continuarão a ser utilizada máquina, do cliente final e ser feito. dos, pois são fundamentos para do fornecedor de ferramentas


Shutterstock

MI

Trabalho é realizado para obter o retorno do capital investido a nossa eficiência de oferta de processo. Além disso, utilizaremos as novas ferramentas ROI - Retorno sobre Investimento e Machining Economics - Economia

na Usinagem. Com a nova sigla MI estamos também introduzindo um símbolo (veja ilustração da página 7), que estará sempre presente

nos documentos e comunicações relativas a esta área de negócio. O significado desta imagem é justamente mostrar a integração no processo das três partes envolvidas: o fabricante de máquinas, o cliente final e o fornecedor de ferramentas. Aproveitamos a oportunidade para também agradecer a todos os clientes e parceiros pela confiança em nós depositada e desejar a todos um 2009 de muito sucesso, que certamente será desafiador – mas trará boas oportunidades para as empresas que estiverem preparadas. Fernando G. de Oliveira Gerente Regional de Vendas MI e Soluções Especiais



produtividade I

Caterpillar aumenta

MHZ Photo Designer

produtividade em 348%

Empresa aprimorou operações com a implantação de novos sistemas na produção

Substituição do cabeçote de fresar, em conjunto com prolongador Silent Tools, garante eliminação de gargalo e aumento expressivo de produtividade 10 O Mundo da Usinagem

“E

stávamos diante de um grande gargalo”, foi a avaliação do analista de ferramentas Ademir Furlan e o técnico de processos Cláudio Lemos, mais conhecido como Caiá, da Caterpillar. A usinagem da caixa do diferencial dianteiro apresentava um balanço de ferramentas que prejudicava a produtividade. “Constatamos que o próprio centro de usinagem estava sendo

prejudicado por vibrações ocorridas no eixo-árvore em razão do ferramental utilizado”, explica Furlan. “De tal forma que não podíamos exigir o melhor desempenho produtivo”, complementa. Para contornar este problema, no segundo semestre de 2008, após estudos envolvendo a Caterpillar e seus fornecedores de ferramentas, foi instalado o sistema Silent Tools, um adaptador antivibratório que garantiu precisão e estabili-


Fotos: MHZ Photo Designer

dade nas operações de desbaste e acabamento da peça. A modificação ocorreu em parceria com técnicos da Pérsico, distribuidora autorizada Sandvik Coromant, que há quatro anos atende a planta da empresa, localizada em Piracicaba (SP). Além dessa alteração, também foi incorporada ao processo a fresa CoroMill 390, caracterizada por sua excelente performance e altas taxas de remoção de material, garantindo resultados imediatos. Conjugadas, as duas ferramentas, além de solucionarem os problemas envolvendo o balanço, garantiram diminuições expressivas no tempo de usinagem. Além disso, também foram constatadas melhorias no acabamento e rugosidade da peça, já que não havia mais vibrações durante a operação. As modificações também possibilitaram um aumento nos parâ­

Ademir Furlan, analista de ferramentas da Caterpillar (esquerda), observa a peça acabada junto a um operador da empresa metros de corte, tanto em velocidade quanto em avanço, bem como a redução no número de passes, que passaram de 1,5 mm de profundidade de corte para 3 mm. Todos estes benefícios também se traduzem em um melhor aproveitamento das ferramentas, que tiveram sua vida útil dobrada demonstrando um rendimento

Cláudio Lemos, técnico de processos da Caterpillar, ao lado do conjunto dianteiro da caixa do diferencial

por aresta muito superior e, consequentemente, economia e incremento na produção. Ganhos expressivos “Obtivemos um aumento de produtividade de 348% no fresamento, apenas com estas operações, um ganho realmente expressivo”, destaca o vendedor técnico Jackson Lovadine, da Pérsico. Segundo o vendedor, as ferramentas também estão preparadas para o sistema Capto, que já vem sendo implementado na empresa desde 2004. “Quebramos um paradigma, ninguém sabia ao certo qual seria o retorno direto desse novo processo e mesmo nós da Pérsico, que estamos habituados a mensurar ganhos com a substituição de ferramentas, ficamos admirados”, afirma Antônio Carlos. O técnico de processos da Caterpillar Cláudio Lemos – o Caiá – garante que “as modificações ainda serão incorporadas ao eixo O Mundo da Usinagem 11


produtividade I Antônio Carlos da Silva, diretor da Pérsico: "As ferramentas implementadas na Caterpillar proporcionarão economia superior a R$ 500 mil"

traseiro das carregadeiras e, sem sombra de dúvida, trarão resultados igualmente animadores, transformando o novo processo em benchmarking para linhas semelhantes, já que a peça também é produzida em outras unidades da Caterpillar no exterior”. A economia, que já chega a R$ 160 mil anuais, deve ser duplicada assim que o processo for instalado na usinagem da caixa do diferencial traseiro da carregadeira 12 O Mundo da Usinagem

Caterpillar: 55 anos de excelência na fabricação de máquinas A grande demanda por máquinas ocorrida após a industrialização no Brasil obrigava muitos empresários e industriais a importar equipamentos que não eram produzidos localmente. Esse cenário levou a Caterpillar a justificar um dos maiores investimentos da Corporação fora dos Estados

Fotos: MHZ Photo Designer

Jackson Lovadine, vendedor técnico da Pérsico, distribuidor da Sandvik Coromant

938H, tornando-a ainda mais competitiva no mercado. “Além da economia conseguida neste caso, implantamos em 2008 outras ferramentas que proporcionaram economia adicional no valor de R$ 283 mil e projetamos, até o final deste ano, uma economia superior a R$ 500 mil”, afirma Antônio Carlos. “Com a possibilidade da implantação destas ferramentas aprovadas serem adaptadas para outras peças e máquinas, a economia anual poderá ser ainda maior”, ressalta. Resultados como estes mostram o verdadeiro significado das parcerias. “Não estamos aqui somente para vender ferramentas, mas para fornecer soluções economicamente viáveis e tecnicamente atraentes, que atendam as expectativas de todos os envolvidos na ca-

deia – desde o operador, que hoje trabalha com um processo muito mais seguro, até o comprador dos equipamentos, que tem a certeza de adquirir uma ferramenta resistente, durável e versátil”, afirma Waldemar Cardoso da Silva, assistente técnico da Pérsico. Redução no tempo de fabricação e diminuição dos custos: uma equação perfeita quando o assunto é produtividade. Aliando conhecimento e ousadia a Caterpillar mostra que, para ser líder no mercado, é preciso buscar a excelência em todos os pontos.

Caixa do diferencial dianteiro, componente das carregadeiras 938H



MHZ Photo Designer

produtividade i

Caterpillar produz 40 modelos diferentes de máquinas, como tratores (foto) e escavadeiras hidráulicas Unidos e, em 1960, teve início a produção da primeira máquina no País, a Motoniveladora 12E. A Caterpillar é líder no mercado nacional e nas exportações em seu setor. A empresa encerrou o ano de 2008 como a quarta maior empresa exportadora do

Estado de São Paulo e a 17ª do Brasil. Seu mercado abrange mais de 120 países, principalmente na América Latina. Atualmente, 4.500 funcionários trabalham na empresa, que produz 40 modelos diferentes de máquinas, entre tratores de esteiras, escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, compactadores, motoniveladoras, carregadeiras de rodas, carregadeiras subterrâneas e geradores de energia elétrica. A fábrica já conquistou as certificações ISO 9000 e 14000, a Excelência Operacional e o Prêmio Nacional da Qualidade (1999). Está entre as 10 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil, segundo o Guia Você S/A-Exame (4º lugar) e o Great Place to Work Insti­ tute, da revista Época (2º lugar).

Conjunto da caixa do diferencial aplicado no trator

Fernando Sacco Jornalista

14 O Mundo da Usinagem



Pedro Coércio

empreendedorismo Profissionais da PS Ferramentas, distribuidor da Sandvik Coromant, e da Jacto

Shunji Nishimura:

semeando empreendedorismo Divulgação Jacto

A história do imigrante japonês que fundou uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do País

Shunji Nishimura 16 O Mundo da Usinagem

N

o cais do Porto de Santos, o Buenos Aires Maru era apenas mais um dos navios que atracavam para o desembarque de imigrantes em solo brasileiro. O ano era 1932 e, em meio ao contingente, um jovem japonês de 22 anos de idade trazia na mala parcos US$ 100 e o diploma do curso técnico em mecânica. Seu nome: Shunji Nishimura.

Como era de costume a todos os imigrantes que chegavam ao Brasil, o primeiro emprego de Nishimura foi na colheita de café, mas o mecânico por formação ainda exerceria outras funções, como soldador e torneiro mecânico. Entretanto, foi em 1938 que Nishimura tomou a decisão que mudaria sua vida. Seis anos após chegar ao País, acompanhado de


sua mulher e filha, o imigrante entrou em um trem de passageiros, na estação da Luz, decidido a descer apenas quando acabassem os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Foi o que fez. Distantes 495 km da capital, se estabeleceu em Pompéia, interior do Estado de São Paulo, onde recebeu ajuda para conseguir a primeira casa. Na fachada de seu lar, Nishimura pendurou uma pequena placa com os dizeres: “Conserta-se tudo”, sua nova moradia era também sua nova oficina.

Fotos: Pedro Coércio

Revolucionar o setor agrícola, com o desenvolvimento de novas máquinas e equipamentos, sempre foi uma marca de Nishimura

Nos primeiros dois anos, Nishimura sustentou sua família com o reaproveitamento de latas de querosene e óleo, com as quais fazia baldes e canecas. Aos poucos, um maior volume de serviços começou a aparecer e consertos passaram a ser solicitados mais frequentemente. Sobretudo porque a importação de maquinário para a atividade

'Suporte da perna' do pulverizador automotriz Jacto durante a usinagem

agrícola estava dificultada, o que fazia com que os agricultores fossem obrigados a continuar com equipamentos mais antigos ao invés de trocá-los por novos. Nishimura e seus três funcionários tiveram, então, contato com uma polvilhadeira importada. O dono da “Conserta-se tudo” desmontou, estudou, montou a máquina novamente e teve uma brilhante ideia. Ao perceber que o mecanismo do aparelho tornava o seu manuseio um pouco incômodo e perigoso para os lavradores – pois tinham que segurar o tanque da máquina à frente do corpo para polvilhar às folhas o pó antipragas –, Nishimura resolveu inovar e fabricou um novo modelo do equipamento. Criou uma polvilhadeira com o tanque nas costas preso por alças, como se fosse uma mochila, o que facilitava muito o trabalho. O Mundo da Usinagem 17


Pedro Coércio

empreendedorismo

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Detalhe do 'suporte da perna' do pulverizador automotriz Jacto pronto Grandes negócios Passados dez anos, a invenção de Nishimura (desenvolvida e patenteada em 1948) deu origem à Indústria de Máquinas Agrícolas Jacto, oficializada um ano mais tarde. O nome foi inspirado na fumaça deixada no ar pelos aviões a jato, na época a mais moderna criação da engenharia aeronáutica. Oito anos mais tarde, em 1964, durante o governo de Castelo

Em 1979 a Jacto lançou a primeira colhedeira de café do mundo e, em 2008, a primeira colhedeira de laranjas do País 18 O Mundo da Usinagem

Branco, Nishimura – aos 54 anos, já experiente, com a família grande e a empresa bem consolidada no mercado – negociou com o presidente da República a isenção de um imposto compulsório de importação, que o possibilitou adquirir uma máquina europeia que permitiria um enorme avanço na produção. Em 1966, com o mais moderno maquinário, a Jacto inaugurou uma linha de montagem de pulverizadores manuais e com tanques de plástico, que não sofriam corrosão. As três décadas seguintes foram de regular criação e desenvolvimento de máquinas e equipamentos, sempre revolucionando o setor. Em 1979, a Jacto lançou a primeira colhedeira de café do mundo, denominada K3. Tamanho esforço e estudo deram solidez à cultura da empresa: permanente pesquisa e desenvol-



vimento tecnológico aplicados à produção. O empreendedorismo se tornou uma marca do Grupo Jacto, hoje composto por empresas como Unipac, Rodojacto, Ferramentaria Jacto, Fundição Jacto, Veículos Jacto, Sintegra, Polycomposite, Jacto Cleaning e Mizumo. O raio de atuação se expandiu para setores do ramo agrícola, como o de transportes, equipamentos para limpeza (alta pressão), transformação de plástico, ferramentaria, fundição, veículos elétricos e meio ambiente. Atualmente, a gigante linha de produtos da empresa é exportada para mais de 100 países. Em 2008, seguindo sua vocação de pioneirismo, a Jacto lançou a primeira colhedeira de laranja do Brasil, um marco para o setor agrícola brasileiro. Entretanto, mais do que empreendedora, a empresa de Pompéia é referência em responsabili­ dade social. A ‘Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia’ mantém três instituições de ensino (fundamental, técnico e profissionalizante) que já formaram milhares de jovens. As mãos de Nishimura souberam semear uma grande história de empreendedorismo. Mais que formar uma empresa referência na fabricação de máquinas agrícolas, o imigrante soube devolver à terra tudo o que lhe foi dado, com respeito, dignidade e sabedoria. Fernando Sacco Jornalista 20 O Mundo da Usinagem

Pedro Coércio

empreendedorismo

Profissionais da Jacto (esquerda) e da PS Ferramentas/Sandvik Coromant trabalham juntos em busca dos melhores resultados

Jacto e PS Ferramentas: uma parceria de sucesso A PS Ferramentas, distribuidor autorizado Sandvik Coromant para a região Oeste de São Paulo, localizada em Bauru, firmou parceria com a Jacto – empresa que atende há 18 anos – em 2006. O acordo prevê apoio na gestão de ferramentas de corte e o compromisso em garantir um saving (retorno em economia) de 10% para a empresa. “Ao menos duas vezes na semana visitamos a Jacto e inspecionamos peças e processos, tendo sempre em vista a otimização e a inovação”, explica Juliano Cantarin, consultor técnico e vendedor da PS Ferramentas. Um case bem-sucedido acontecido recentemente entre as duas empresas envolveu a produção do ‘suporte da perna’, nome dado a um dos componentes produzidos na empresa. Neste caso, optou-se pelo Programa de Incremento da Produtividade (PIP). A adoção de novas ferramentas representou um aumento significativo na rapidez do processo. Peças que eram usinadas em 14 minutos passaram a estar prontas em 1,8 minuto. Com isso, o ganho de tempo chegou a 539 horas por ano, o que representa uma economia de R$ 112.123. “Foram substituídas três ferramentas: de desbaste, de semiacabamento e outra de acabamento, por duas ferramentas antivibratórias standart DuoBore com duas pastilhas desbastando e semiacabando; e outra CoroBore, com ajuste micrométrico para a acabamento, possibilitando ainda trabalhar com velocidades de corte mais agressivas”, afirma Cantarin. A PS Ferramentas/Sandvik Coromant também realiza regularmente trabalhos de treinamento com os colaboradores de diversos setores da Jacto, atualizando os funcionários da empresa sobre as novas tecnologias e tendências em usinagem.



Produtividade II De portas abertas Fernando Sacco

para a produtividade

R166.4KF, ferramenta para rosca interna

Programa de Incremento da Produtividade (PIP) mostra excelentes resultados em empresas de todos os tamanhos

22 O Mundo da Usinagem

D

eparar-se com gargalos na linha de produção significa muitas vezes tomar atitudes drásticas. Tendo em vista um aumento repentino na demanda ou prazos cada vez mais curtos, diversas empresas realizam investimentos precipitados sem levar em conta os retornos gerados por suas decisões, tampouco os próprios processos, passíveis de otimização. Máquinas ineficientes, ferra­ mentas inadequadas e falta de es­

paço físico para comportar novos equipamentos são apenas alguns dos problemas que podem ser gerados por aportes sem planejamento. Isso prova que, quando se fala em investimentos, a questão financeira é apenas uma das variáveis que devem ser levadas em conta. A Mecânica Industrial Centro (MIC), empresa especializada na fabricação de componentes para a indústria automotiva, é um bom exemplo de investimento


Fotos: Fernando Sacco

maduro e direcionado. Há pouco menos de duas décadas, a fábrica que localizava-se em Santo André (SP), possuía apenas um torno e operava em um pequeno cômodo localizado nos fundos da casa de dona Leonirdes, mãe de José Ricardo Zaghi e irmã de Rhoni Galvão, fundadores da MIC. Após alguns anos, Ademir Galvão também se juntou à sociedade. “Naquela época, mesmo com apenas um torno mecânico, os sócios já usinavam roscas com uma ferramenta Sandvik”, relembra José Roberto Ferreti, engenheiro da Cofast. “Desde o início, em um mercado com tantos concorrentes, os empreendedores sabiam que o melhor custo seria um dos itens principais para crescimento e sobrevivência”, acrescenta Ferreti. Hoje, 18 anos depois, a empresa possui em sua linha 45 má-

Usinagem de porca com R166.4KF quinas, sendo 15 CNC e produz mais de 1.300 itens entre porcas, eixos, reguladores de freios, engrenagens e muitos outros produtos. Instalada em um prédio de 6.100 metros quadrados, desde 2003 a MIC fornece peças para grandes

Em pé (da dir. para a esq.): José Roberto Ferreti, Leonirdes Galvão, Rhoni Galvão e Nelson dos Santos. Abaixados (da dir. para a esq.): Ronaldo Albino, José Ricardo Zaghi e Ademir Galvão

montadoras, expandindo, inclusive, suas atividades para o mercado de exportação. Resultados promissores Para gerenciar o aumento na demanda e a diversificação dos produtos, optou-se por implementar o Programa de Incremento da Produtividade (PIP) no início de 2008, de modo que os investimentos fossem precisos, e além de garantir retornos em produtividade, otimizassem os processos e aumentassem a qualidade dos itens fabricados pela empresa. A ideia do programa é justamente reduzir custos por meio da revisão de processos, otimização do controle e utilização de ferramentas. Tudo isso por meio de um estudo prévio que, juntamente com os clientes, identifica pontos que podem ser melhorados, de maneira a afetar não somente a capacidade produtiva, mas toda a cadeia envolvida, gerando reO Mundo da Usinagem 23


Fotos: Fernando Sacco

produtividade II

Ronaldo Albino (esquerda), consultor técnico da Cofast, ao lado de José Mauro Nascimento, preparador de máquinas sultados no preço, na qualidade dos produtos e, em alguns casos, até evitando compra de novas máquinas. “Localizamos os itens críticos, considerados gargalos na linha de produção, tais como o alinhamento das máquinas e as velocidades de corte e avanço, realizando inúmeras revisões. Além disso, também avaliamos os

demais processos que compõem a cadeia produtiva. Então, podemos dizer que fizemos, e continuamos fazendo, um conjunto de PIPs, um para cada máquina, operação e ferramenta”, avalia José Ricardo Zaghi, diretor da MIC. A tarefa contou com a presença de pessoal especializado, entre os quais o técnico Ronaldo Albino, da Cofast, distribuidor que fornece suporte técnico à empresa, cuja nova planta se localiza em Mauá (SP). Segundo ele, “a sistematização de alguns processos é apenas o início de um grande trabalho que poderá gerar cada vez mais resultados”. Estimulando o crescimento Centralizar o fornecimento de ferramentas é outra medida que será adotada pela MIC na busca pela otimização. “Atualmente a Sandvik nos fornece toda a linha de corte, torneamento, fresamento e furação. A médio prazo queremos estender essa

Peça em bruto (esquerda) ao lado do produto acabado 24 O Mundo da Usinagem



Fernando Sacco

produtividade II

Robô Fanuc em operação na fabricação de porcas parceria e eleger um responsável por todo o nosso ferramental”, complementa Zaghi. “Na área de ferramentas também foi implantado com sucesso o software AutoTas para controle de estoque”, destaca Pablo Amarante de Castro, engenheiro responsável pelo desenvolvimento de novos negócios deste mesmo fornecedor. Segundo Ferreti, “o objetivo inicial do programa era aumentar a produtividade em, pelo menos, 10%. Entretanto, já prevemos um aporte de 20% e, em alguns casos isolados, até 79 %”. A empresa, que já é certificada com o ISO 9001, segue uma rotina de crescimento e se prepara agora para receber a certificação TS 16949, aumentando ainda mais seu mercado e consolidandose em um segmento cada vez mais exigente e competitivo. Investir no cliente significa gerar retornos para si mesmo. A implementação destes programas tem oferecido ótimos resultados a 26 O Mundo da Usinagem

um custo muito compensador. O fornecedor atua como consultor técnico e o seu pagamento se dá à medida que conquista a fidelidade do cliente. O princípio é concentrar atenção nos pontos que possam agregar maior competitividade aos usuários finais. A implantação bem-sucedida do PIP em centenas de empresas mostra que, além da produtividade, aumentam-se também as oportunidades tanto para quem fornece quanto para quem compra, fator imprescindível quando o assunto é crescer, superar turbulências e conquistar novos mercados. Independentemente do tamanho, grandes, pequenas e micro empresas podem valer-se deste tipo de solução. O tempo de implantação dependerá do grau de complexidade existente. Entretanto, nenhum desafio é grande ou pequeno demais quando se trabalha com parcerias sólidas e responsáveis. Fernando Sacco Jornalista





Ilustração: Rodrigo Nappi

PRODUTIVIDADE III

Economia começa com o

pensamento econômico Boa parte da competitividade das empresas brasileiras de usinagem vem sendo atirada ao lixo

N

este artigo de O Mundo da Usinagem, vamos rever alguns conceitos básicos para se obter o máximo rendimento de uma ferramenta. Na maioria das vezes, os usuários não têm idéia do real valor de mercado das ferramentas de corte ou supõem que elas tenham custo desprezível. Por essa razão, costumam não dar muita atenção ao seu total aproveitamento. É comum 30 O Mundo da Usinagem

encontrar no lixo pastilhas que não tiveram todas as suas arestas de corte devidamente utilizadas, e isso contribui para o aumento dos custos com ferramentas e com paradas de máquinas. Se uma empresa tem um consumo mensal de 1.000 pastilhas de metal duro e com uma melhoria de processo consegue aumentar o rendimento delas em 10%, ela obtém uma economia significativa

nos gastos totais com ferramentas e usinagem. Isto porque, como as pastilhas rendem 10% mais, mantendo-se o mesmo volume de produção todo o trabalho de um mês poderá ser feito com 900 pastilhas em vez de 1.000. Economizam-se, então, 100 pastilhas em aproximadamente 30 dias. Supondo que o preço médio de uma pastilha seja US$ 5, a economia direta em consumo de pastilhas


Shutterstock

disso, o profissional é influenciado pelo grau de dificuldade da desmontagem e montagem da pastilha ou aresta, devido ao sistema de fixação do porta-ferramenta e também à fixação do porta-ferramenta na máquina. Quanto mais precisa e bem acabada se deseja a peça, mais demorado será o tempo para se retomar o processo após a parada para a respectiva troca, pois se costuma fazer ajustes mais finos quando da retomada da operação por uma nova aresta. Assim, é

possível que em muitos casos uma troca de ferramentas consuma até 10 minutos; todavia, neste estudo vamos considerar o tempo médio de 2 minutos para o serviço. Desta forma, uma economia mensal de 500 arestas significa evitar 500 paradas, que possivelmente totalizariam 1.000 minutos – ou seja, mais de 16 horas de máquina parada por mês deixariam de ocorrer (500 X 2 min = 1.000 min / 60 = 16,6 horas). Se as máquinas pudessem trabalhar 16 horas a mais por mês, a

Ilustração: Rodrigo Nappi

será de US$ 500 por mês (100 X US$ 5 = US$ 500). Considerando uma pastilha que tenha em média 5 arestas, deixar de utilizar 100 pastilhas equivale a economizar 500 arestas (100 X 5 arestas). Assim, há também um importante ganho indireto, pois normalmente cada aresta corresponde a uma parada de máquina ou, no mínimo, a um tempo de set-up (montagem, ajuste e alinhamento) da nova aresta no porta-ferramenta – a menos que a máquina trabalhe com dois jogos de ferramentas e a substituição de arestas seja feita fora da máquina sem a interrupção do ciclo produtivo, o que não é muito comum. Sempre que a operação de uma máquina é interrompida para troca de ferramentas ou para indexação da pastilha (giro da pastilha para utilização da aresta subsequente), isso consome um determinado tempo, que varia de acordo com a habilidade e disposição de cada operador. Além

Aumento de 10% no rendimento da aresta de corte pode proporcionar redução expressiva nos custos totais de usinagem O Mundo da Usinagem 31


25%

produtividade III

Escolha correta da ferramenta e de seus respectivos parâmetros de corte é fundamental para que economias sejam obtidas

produtividade e o custo–máquina seriam alterados, multiplicando o efeito benéfico do aumento do rendimento da ferramenta. É comum que um aumento de 10% no rendimento da aresta proporcione uma redução ainda mais expressiva nos custos totais de usinagem. Contudo, o melhor efeito será percebido nas operações que representem gargalo de produção. Mesmo não tendo a intenção de fazer uma análise detalhada das reduções de custos proporcionada pelo aumento de 10% no rendimento de uma aresta de corte, considere agora que tal aumento de produtividade gere uma economia adicional de US$ 1.000 à economia direta já mencionada. Ao longo de um ano, essa economia será de, no mínimo, US$ 18.000 – uma quantia significativa em tempos de alta competitividade e grande necessidade de redução de custos. Em decorrência disso, resta saber como é possível aumentar o rendimento de uma pastilha em 32 O Mundo da Usinagem

10%. É sabido que uma simples alteração da classe, da geometria, do raio de ponta ou dos parâmetros de corte pode promover melhorias muito superiores a 10%, dependendo do quão otimizada está uma determinada operação. Por isso, a escolha correta da ferramenta e dos seus respectivos parâmetros de corte é fundamental para que esta economia seja atingida. Existe ainda outro fator para o qual é preciso atenção, e que pode contribuir para melhorias de importância igual ou superior. Mesmo que a necessidade de ser mais competitivo tenha crescido com o aumento da concorrência e com a atual situação da economia em geral, e que isso venha forçando muitas empresas a ser mais criteriosas e exigentes quanto ao máximo aproveitamento das ferramentas na produção, é muito comum encontrar no lixo pastilhas mal utilizadas, ainda com arestas boas ou sem uso, que foram descartadas prematuramente. É importante ressaltar as consequências desse ato. Quando se atira ao lixo uma pastilha de 4 arestas com uma aresta boa, sem uso, joga-se fora no mínimo 25% do seu rendimento. Quando se descarta uma pastilha de 3 arestas com uma aresta sem uso, descarta-se com ela 33,33% de seu rendimento. Isso se considerarmos que tirou-se o máximo proveito possível daquelas arestas que foram utilizadas pois, caso contrário, a perda será ainda maior.

33%

Representatividade do potencial de rendimento em função do número de arestas da pastilha

Ora, se 10% de aumento no rendimento de uma pastilha pode gerar economias tão importantes, o descarte de pastilhas com 25% ou 33% de sua capacidade não utilizada certamente vai gerar um grande prejuízo. É razoável acreditar que boa parte da competitividade das empresas brasileiras de usinagem esteja sendo, ainda hoje, atirada ao lixo, devido ao desperdício. Falta conscientização aos operadores diretos e indiretos das empresas de usinagem. É fundamental que todos os envolvidos com as ferramentas estejam conscientes do seu custo e dos benefícios gerados pela maximização do seu aproveitamento. Nunca se deve descartar uma pastilha sem ter usado todos os seus fios de corte, pois isso pode ter grande influência nos custos totais com ferramentas ao longo de um ano de trabalho. Eng MsC Francisco Marcondes Gerente de Marketing da Sandvik Coromant / Editor chefe de O Mundo da Usinagem



exige capacitação prévia do setor de serviços 34 O Mundo da Usinagem

Divulgação Citröen

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Lançamento de automóveis

Parcerias com indústrias possibilitam cursos de especialização, preparando profissionais para as futuras manutenções de produtos que entrarão no mercado


Divulgação SENAI

A

Instrutor faz a demonstração do uso de um equipamento de diagnóstico to no mercado, como nos casos do novo Palio Weekend Adventure, da Fiat, e do C4 Pallas, da Citröen. “Montamos e desmontamos os veículos até aprender tudo sobre o funcionamento e manutenção desses automóveis, o que nos ajuda também a estar sempre atualizados”, explica Mauro Alves dos Santos, coordenador técnico do SENAI Ipiranga.

Divulgação SENAI

linhadores a laser, modernas estufas de pintura, centenas de carros, caminhões e motos, todos dividindo espaço com papéis e canetas. Quem entra na Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”, mais conhecida como SENAI Ipiranga, pode ver isto de perto. Ali, professores e alunos trabalham com equipamentos de última geração em cursos que abrangem praticamente toda a cadeia automotiva, alguns deles oferecidos por meio de parcerias com grandes montadoras, como Volkswagen, Fiat e Ford, entre outras. As empresas parceiras entram com o aporte tecnológico, equipamentos, literatura técnica e os próprios veículos, enquanto o SENAI capacita os alunos, muitas vezes funcionários das próprias concessionárias. É muito comum, inclusive, que carros cheguem à escola para possibilitar o treinamento técnico das futuras equipes de reparação antes do seu lançamen-

Alunos realizam a montagem de um motor de motocicleta

Há produtos que exigem conhecimentos específicos, como a soldagem de estruturas de automóveis mais sofisticados que são produzidas em alumínio. Para entender a importância e a necessidade destes profissionais altamente qualificados atuando na área automobilística, basta verificar que no Brasil a frota de veículos já soma 50 milhões de unidades – incluindo, além dos carros, motocicletas, ônibus e caminhões. E quem deseja ingressar nesta área pode escolher uma das várias especializações disponíveis.

Estudantes montam e desmontam os veículos para aprender sobre o funcionamento do automóvel O Mundo da Usinagem 35


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Da indústria ao vendedor Os cursos oferecidos pela instituição são divididos em duas modalidades: há os de oferta re­gular e os de formação continuada. Os primeiros, gratuitos e que duram em média dois anos, são de aprendizagem industrial, mecânica de automóveis e eletricista de manutenção, além dos cursos técnicos em automobilística e eletroeletrônica. Já os demais são de curta duração (de 24 a 200 horas), e visam a atender necessidades específicas das empresas e do público em geral. A divisão existente entre os

Fotos: Izilda França

Cursos abragem diversas temáticas e são divididos em duas modalidades: oferta regular e formação continuada

Mauro Alves dos Santos (esquerda), coordenador técnico, e Fábio Rocha da Silveira, diretor, ambos do SENAI Ipiranga cursos serve para que tanto o jovem que pretende se iniciar no ramo, quanto os já experientes na profissão possam encontrar conteúdos que lhes sirvam para aprimorar os conhecimentos. Mas não só esses dois perfis se enquadram para as vagas da escola; outros segmentos também precisam contar com profissionais especializados em algumas tarefas. Sendo assim, as parcerias esten-

Centro Tecnológico Automotivo do Setor de Veículos Leves da Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo” 36 O Mundo da Usinagem

dem-se também às seguradoras de veículos, concessionárias de rodovias, além de fabricantes de autopeças, fabricantes de insumos para reparação e até vendedores de carros, que podem melhorar seus argumentos de negociação ao conhecer mais a fundo as especificidades do produto. A Porto Seguro, por exemplo, resolveu investir com o SENAI na especialização de mão de obra. A diferença desta parceria foi o público escolhido para o treinamento. Para formar os grupos de estudantes, a seguradora fez

Parcerias também estendem-se às seguradoras de veículos, fabricantes de insumos e outras empresas



interface Fotos: Divulgação SENAI

Instrutor apresenta sistemas que compõem um motor ciclo Diesel

uma seleção de jovens que vivem em áreas com problemas sociais, carência financeira e problemas na estrutura familiar. Foram oferecidas aulas de sistemas eletroeletrônicos, funilaria e pintura. “A intenção é que esses jovens tenham uma chance de entrar no mercado de trabalho, dando um ofício a eles”, ressalta Fábio Rocha, diretor da unidade Ipiranga. “É muito gratificante uma ação como esta, porque notamos em cada um a determinação e a vontade de aprender”, conclui.

E a tão esperada oportunidade no mercado pode estar mais perto do que esses jovens imaginam, já que grande parte do corpo técnico da escola foi formada na própria instituição. Amor pelo conhecimento O professor Daniel Paulo Januário, que na ocasião da visita ministrava aulas de Aprendizagem Industrial para uma turma encaminhada pela General Motors, é um bom exemplo. Formado em 1996 na unidade Ipiranga, Daniel

Alunos aprendem sobre os cuidados com a manutenção preventiva de um motor ciclo Otto 38 O Mundo da Usinagem

foi chamado novamente à escola, desta vez para levar ensinamento aos futuros profissionais. “A experiência que tive durante meu período como aluno foi extremamente positiva, o que me motivou ainda mais na hora de repassar esse conhecimento”, relembra o professor. Atualmente, no SENAI Ipiranga os cursos de oferta regular envolvem aproximadamente 470 alunos, divididos em 19 turmas. Em 2008, o número de matriculados na formação continuada foi 25% superior ao de 2007, quando 20 mil estudantes foram inscritos. “Acompanhamos o desempenho da indústria automobilística. Se ela vai bem, a tendência é que a procura aumente”, observa o coordenador. Promovendo a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, o SENAI contribui para elevar a competitividade da indústria brasileira. Não se trata apenas de formar profissionais, mas também de manter um compromisso com o desenvolvimento técnico e individual de cada cidadão. Fernando Sacco Jornalista



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Suprimentos

Desenvolvimento e avaliação de fornecedores: novos aspectos a serem considerados

Por Adriano de Oliveira, Ana Paula de Lima, Daniel F. Silva, Elisangela Marana, Juliana Costa e Tatiana Bentivoglio, do corpo discente do MBA em Logística Nacional e Internacional do Centro Universitário Fundação Santo André

U

m modelo clássico de relacionamento entre empresa e fornecedor baseia-se na análise de preços, prazo de entrega e qualidade do produto, realizadas por meio de inspeções qualitativas e quantitativas. A necessidade de um processo de desenvolvimento de fornecedor é cada vez mais presente e se torna imprescindível visto que este, se mal elaborado, pode causar sérias consequências na 40 O Mundo da Usinagem

qualidade do produto final e gerar gastos elevadíssimos, como acontece com os recalls feitos pelas montadoras. Atualmente, as empresas buscam desenvolver com seus fornecedores, um relacionamento permanente, desde o desenvolvimento do produto, aquisição e investimento, entre outros processos. A CBI (Confederation Of Bri­ tish Industry) define parceria de suprimentos como “o compro-

misso entre clientes/fornecedores, independentemente da dimensão, com um relacionamento a longo prazo, baseado em objetivos claros e mutuamente definidos, visando ao esforço em termos de capacidade e competitividade de classe mundial” (BAILY, et al. 2000, p.205). Ao contrário do modelo clássico, são desenvolvidas estratégias na área de suprimentos por meio de parcerias de longo prazo, crian-


Relacionamento de longo prazo oferece ao fornecedor uma vantagem no planejamento, pois ele pode "garantir" suas vendas por um longo período já estabelecido do um diferencial competitivo, gerando assim ganhos em qualidade, tempo de atendimento do pedido, redução de custos e melhoria de serviço, trazendo bons resultados a todos os envolvidos. A necessidade de um relacionamento de longo prazo é ponto marcante no desenvolvimento de fornecedores, tendo em vista a busca, por parte dos fabricantes, de maior tranquilidade na relação cliente/fornecedor. Este relacionamento de longo prazo oferece ao fornecedor uma vantagem no planejamento, pois com um contrato longo de fornecimento o fornecedor pode “garantir” suas vendas por um longo período já estabelecido. Seguem abaixo alguns fatores que devem ser observados no desenvolvimento do fornecedor durante a formação da parceria:  Cumprimento do prazo de entrega  Qualidade do produto  Preço competitivo  Fornecimento de bom serviço

 Suporte técnico  Flexibilidade  Trabalho em conjunto  Pró-atividade  Objetivos claros e conjuntos  Franqueza e confiança  Compromisso  Capacidade instalada  Custos logísticos  Saúde financeira da empresa  Capacidade de negociação  Parcerias mundiais  Tecnologia da informação Após o desenvolvimento do fornecedor e a formação da parceria, é importante avaliar o desempenho desta parceria. Esta avaliação deve ser contínua dentro da área de suprimentos, pois assim será possível detectar algum problema que possa surgir e comprometer a parceria. Primeiramente é importante determinar qual o desempenho esperado do fornecedor. A empresa deve ter uma comunicação verdadeira a respeito de seu desempenho e criar critérios objetivos para os quesitos a serem avaliados, pois os resultados devem ser comunicados de modo que haja ações conjuntas de melhoria. Uma empresa que busca alcançar altos índices de satisfação necessita de fornecedores à sua altura, e estes devem estar alinhados com sua estratégia. Caso contrário, poderão haver impactos negativos durante o processo de fornecimento. O Mundo da Usinagem 41


suprimentos

Este processo de avaliação de desempenho é criado de acordo com a necessidade de cada empresa. Existem planos e modelos que podem atender as empresas de um modo geral, e as normas ISO (ou equivalentes) constituem uma boa ferramenta para colaborar com a qualificação dos fornecedores, podendo ser já um pré-requisito para se iniciar um processo de desenvolvimento de fornecedores. Contudo, também podemos analisar outros aspectos, tais como: qualidade, lead-time, flexibilidade para reagir às alterações de plano, OTD (On Time Delivery), OTP (On Time Performance) e suporte tecnológico, entre outros; os quais podem ser utilizados como KPI’s (Key Performence Indicators). Com um sistema de avaliações bem definido e padronizado, usando critérios de notas A, B e C, por exemplo, podemos monitorar o desempenho dos fornecedores de maneira que, com o passar do tempo, ficaremos na grande parte com fornecedores de classe “A”. 42 O Mundo da Usinagem

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Uma empresa que busca altos índices de bons resultados deve buscar fornecedores que estejam à sua altura e possam atender suas necessidades

Com a realização de avaliações constantes, é possível administrar os fornecedores para que o trabalho em parceria possa ser contínuo, que permitirá antecipar e diminuir riscos. Uma vez que este relacionamento é estabelecido, as empresas também adquirem mais da metade dos problemas de qualidade e lead-time de seus fornecedores. É necessário ter em mente que os custos de seus fornecedores também serão seus próprios custos. Desta forma, forçar o fornecedor a cumprir um prazo de entrega de 30 dias, quando 45 dias seriam

Programas de desenvolvimento de fornecedores auxiliam na redução de custos

necessários, equivale a fazer com que estes custos sejam inseridos na cadeia de suprimentos, elevando despesas e fazendo com que a empresa acabe pagando por isso. Esta nova maneira de se relacionar consiste em firmar acordos para partilhar os ganhos, recompensando cada um dos que contribuem para o aumento da rentabilidade. Enfim, a necessidade de a empresa estabelecer programas de desenvolvimento de fornecedores passa a ser um diferencial fundamental na redução de custos e aumento da flexibilidade, alcançando assim a excelência operacional que proporciona mais competitividade e o aumento do market share. Referência bibliográfica: KUEHNE JÚNIOR, Maurício. O processo de desenvolvimento de fornecedores: um diferencial estratégico na cadeia de suprimentos. Disponível em: http://www.fae.edu/ publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v4_n3/ o_processo_de_desenvolvimento.pdf



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pontodevista

Elaborando estratégias 2

Mesmo em um momento de recessão internacional, é fundamental que as empresas invistam em novos projetos para que sejam competitivas e aumentem suas oportunidades de negócios

44 O Mundo da Usinagem

008 chegou ao fim e minha percepção é de que este foi mais um ano com resultados muito positivos para o Brasil. O aumento da oferta de crédito do primeiro semestre se traduziu em consumo aquecido e crescimento para vários setores da economia, notadamente os de bens de capital como o automobilístico, metalurgia básica e máquinas e equipamentos. Investimentos estrangeiros no Brasil fecharam o ano na ordem de US$ 35 bilhões, o que demonstra

a credibilidade e a confiança que o País construíu ao longo dos últimos anos, a partir de sua estabilidade econômica. O Grupo Sandvik é um bom exemplo deste crescimento, pois nossas fábricas localizadas no Brasil também receberam investimentos significativos. Se por um lado estamos comemorando os resultados de 2008, por outro devemos ficar atentos ao desenvolvimento do cenário econômico mundial em 2009. Sem dúvida, este ano será mais


para o investimento em produtos, processos e pessoas. Devemos agora focar a qualidade de tudo o que executamos em nossas empresas e eliminar os desperdícios, tais como o retrabalho, a rejeição e todas as atividades desnecessárias que, em última instância, acabam por destruir valores e tomar nosso tempo e nossas energias. É importante observar que tudo isso só será possível com o trabalho de uma equipe de profissionais bem treinados e capacitados. Portanto, investir no desenvolvimento do capital humano de nossas organizações é um fator fundamental e estratégico, que deve sempre receber atenção especial. Desejo que o ano de 2009 nos proporcione muita saúde e serenidade para que possamos superar todos os desafios que teremos pela frente. Adriana Elias

desafiador do que aquele que se encerrou. O spread praticado pelos bancos está mais elevado, de modo que ter recursos em caixa representará uma vantagem competitiva muito importante. Com a recessão nos Estados Unidos e na Europa, países em desenvolvimento como Brasil, China, Índia e Rússia serão importantes para a manutenção da atividade mundial, e representam também a grande oportunidade atual de crescimento. Para os que repetiram que o Brasil é o ‘país do futuro’, este é o momento de provar que o futuro chegou. As empresas exportadoras que já estavam competitivas – com uma taxa de câmbio de 1,60 R$/US$ – serão ainda mais com o novo patamar cambial esperado para 2009, vantagem que pode ser alavancada pelos ganhos de escala advindos do aumento do volume exportado, que reduzirão os custos fixos. Em tempos de crise, os países competitivos se destacam dos menos eficientes. E isso também ocorre com as empresas. O sucesso virá para aquelas que se prepararam, investiram na produtividade, competitividade e excelência de seus produtos e serviços. Este é mais um motivo para que os empresários coloquem foco no aumento da eficiência operacional e financeira, por meio da diminuição do capital empregado, liberando recursos para a superação da crise, para o financiamento do crescimento e

Luiz Manetti Diretor Presidente Grupo Sandvik no Brasil O Mundo da Usinagem 45


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O curioso

universo do golfe Seis séculos de história dão ao esporte um fascínio que atrai cada vez mais adeptos e movimenta bilhões pelo mundo 46 O Mundo da Usinagem

O

s documentos oficiais mais antigos de que se têm conhecimento e que tratam do golfe datam do século XV, quando o rei Jaime II da Escócia decretou que estava proibida a prática do esporte naquele país. O argumento usado foi de que as tacadas estavam afastando a população do arco e flecha e outras atividades marciais, fundamentais para a defesa do

território em caso de guerra. Historicamente, atribui-se aos escoceses a invenção do esporte, quase cem anos antes da promulgação Real. No entanto, a origem do golfe é motivo de especulação entre especialistas. Alguns afirmam que o esporte advém da paganica, jogo romano em que são utilizadas uma bola de couro e uma vara, outros falam da influência do francês jeu


de mail, muito semelhante ao golfe, mas praticado em lugares fechados, e há ainda quem defenda que sua gênese está no kolven ou kolf, esporte praticado no gelo pelos holandeses. É sabido que o desporto ganhou reconhecimento mundial quando a Escócia e, posteriormente, a Inglaterra, criaram clubes específicos e iniciaram a disputa de campeona-

Reginaldo Coelho de Sousa, instrutor de golfe

Fotos: Paulo Maluche/Sonar Comunicação

Hoje, muitos garotos se interessam pelo golfe e começam como caddie, função do carregador de tacos

tos no fim dos anos de 1800. Logo os americanos entraram na disputa pelo posto de maiores jogadores e organizadores de competições, contribuindo para a popularização e criação de regras e associações, colocando o golfe definitivamente no cenário e calendário esportivos desses países. As regras são relativamente simples. O chamado ‘percurso’ é formado por 18 buracos localizados em diferentes distâncias, e o jogo demora em média quatro horas para ser concluído. O objetivo é embocar a bola em todos os

O objetivo do golfe é embocar a bola nos 18 buracos do 'percurso' com um número menor de tacadas que o oponente

buracos com menos tacadas que o oponente. Modalidade olímpica nas edições de 1900, em Paris, e 1904, em Saint Louis, o golfe ganhou muita projeção na última década por conta de um fenômeno chamado Tiger Woods. Considerado o Pelé do golfe, é um dos maiores vitoriosos de todos os tempos e se tornou em 2001 o primeiro a deter os títulos dos quatro “majors”, o Gran Slam do Golfe, simultaneamente. Norteamericano, é líder do ranking mundial há mais de 518 semanas e foi considerado em 2007 pela revista Forbes o esportista mais bem pago do mundo. Somados prêmios e publicidade, Woods já abocanhou mais de US$ 500 milhões e, como os golfistas têm longa vida ativa, a estimativa é que até 2010 seja o primeiro atleta da história a alcançar a marca do bilhão. Ídolo mundial, Woods começou a dar suas primeiras tacadas aos dois anos de idade. Filho de veterano tenente de guerra do exército norte-americano e de uma tailandesa, suas influências sobre o O Mundo da Usinagem 47


Paulo Maluche/Sonar Comunicação

interessante saber

universo do golfe começaram cedo. Hoje, é ícone e referência naquilo que faz e serve de inspiração para muitos adeptos do esporte. Reginaldo Coelho de Sousa é um deles. “Aos 11 anos fui trabalhar como caddie (carregador de tacos) em um campo perto de onde eu morava, na Cidade Dutra, em São Paulo. Desde então, sou um apaixonado pelo golfe”, afirma Sousa. Aos 16 anos, jogando muito bem, não enxergava meios para ganhar a vida com o esporte no Brasil. Precisando decidir por uma

País possui calendário com aproximadamente 100 torneios amadores e 10 profissionais do golfe 48 O Mundo da Usinagem

profissão, entrou para o mercado metal mecânico, onde atuou de 1984 até o início dos anos 90, quando decidiu se mudar para Joinville (SC). “Reencontrei o golfe e me associei a um clube na cidade, o Joinville Country Club, onde passei a jogar nos finais de semana”, conta. Em 1997 Sousa se inscreveu em um torneio inter-federações e o nível profissional de suas tacadas rendeu-lhe o convite que mudaria a sua vida. “Havia um instrutor saindo do clube e, então, decidiram me chamar para substituí-lo. Meu sonho sempre foi ser profissional, claro que aceitei”, relembra. A nova fase serviria para especialização, tanto na teoria quanto na prática, já que seus novos encargos incluíam além das aulas a manutenção dos campos.

No Brasil, existem hoje mais de 20 mil praticantes de golfe, mas o número de admiradores do esporte tem crescido constantemente

Reginaldo de Sousa é um dos mais de 20 mil praticantes de golfe do País, que já possui um calendário de campeonatos respeitado, com aproximadamente 100 torneios amadores e 10 profissionais anualmente. O número é crescente, mas se comparado a outros países mostra que estamos iniciando uma longa caminhada, alavancada no fim dos anos 90, quando os investimentos passaram a ser mais substanciais. “O número de campos também aumentou, antes eram 60, mas hoje, por conta do turismo e da importância dada ao meio ambiente são mais de 100. Temos 20 mil jogadores e os Estados Unidos 20 mil campos. Estamos engatinhando, mas de uns cinco anos para cá vimos um boom”, explica.


Imagens: Shutterstock

Por exigir condições específicas para sua prática, o golfe ainda é considerado um esporte de elite Entidades como a Federação Paulista de Golfe desenvolvem projetos com o objetivo de popularizar o esporte. Destaque para o Golfe Nota 10, que em um ano atendeu mais de 2 mil crianças de escolas públicas e privadas, iniciando-as nas tacadas. No estado do Rio de Janeiro, a Escola de Golfe de Japeri é aberta a crianças e adolescentes de oito a 16 anos residentes no município ou em Engenheiro Pedreira, e que estudem em escolas públicas. Focado na formação de cidadãos, o Projeto Japeri avalia o aluno por meio de critérios como o comportamento, assiduidade e bom desempenho escolar. No entanto, segundo Reginaldo, o esporte ainda é considerado de elite porque, além do espaço físico do qual necessita para ser praticado (600 mil a 1 milhão de metros quadrados), utiliza tecnologia de ponta desde o cuidado com a grama até a fabricação de equi-

pamentos. Os tacos, por exemplo, divididos em driver, iron e putter, desde os anos de 1920 são fabricados com o aço carbono. O grafite e o titânio, no entanto, são materiais cada vez mais utilizados. Os custos no Brasil variam de R$ 1.500 a R$ 7.500 o kit completo. O número crescente de adeptos movimenta o mercado com mais força ano a ano. Dados da Confederação Brasileira de Golfe apontam para um montante de R$ 400 milhões anuais, o que fez com que o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) apresentasse um projeto para utilizar o esporte como um de seus onze produtos para a promoção do País no exterior. Com tantas paisagens exuberantes, o potencial nacional cresce muito e as iniciativas voltadas para o golfe já são consideradas tacadas de mestre. Fernando Sacco Jornalista O Mundo da Usinagem 49


Divulgação Biochamm

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Biochamm Caldeiras expande mercado de atuação Empresa promove reestruturação para aumentar competitividade

V

isando a aumentar as oportunidades de negócio, a Biochamm Caldeiras e Equipamentos Industriais, fornecedora de soluções para a produção de energia, prepara-se para, em mea­ dos deste ano, operar por meio de seu departamento comercial em Curitiba, no Paraná. Localizada na cidade de Agrolândia (SC), a empresa está há mais de vinte anos no mercado e possui uma filial na cidade de Valência, na Espanha. Além de caldeiras, a companhia produz equipamentos de alta tecnologia, como aquecedores de fluido térmico, silos horizontais, pré-aquecedores de ar, descarregadores de silo, queimadores e filtros multiciclone. Entre os setores que 50 O Mundo da Usinagem

utilizam soluções Biochamm, destacam-se a metalurgia, a indústria alimentícia e o mercado sucroalcooleiro. Segundo Victor Frederico Will, do Marketing da Biochamm, os processos técnicos da empresa são segmentados. Ele afirma que no segmento de Siderurgia e Metalurgia são usadas as caldeiras BGVGAF, especializadas em combustível de gás de alto forno e moinha de carvão, resultante do processo de fabricação do aço para gerar energia. “Na indústria alimentícia são utilizados os Queimadores BSRB e as Caldeiras BGV, e no segmento sucroalcooleiro trabalhamos com as caldeiras BGV/M-BA, que utilizam o bagaço da cana de açúcar como combustível”, destaca.

Em ascensão Uma das grandes conquistas da Biochamm foi o início da comercialização com países da América e da Europa em 2000. Hoje, a empresa conta com clientes na Argentina, Áustria, Chile, Costa Rica, Espanha, França, Itália, Paraguai e Uruguai. “Certamente as vendas e a participação no mercado externo são muito importantes para qualquer empresa que busca estar consolidada no mercado”, afirma. “Ter boas referências e parceiros em vários locais do mundo nos dá credibilidade e confiança nas negociações”, aponta Victor. Fonte: CIMM (Noticenter)


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o dia 4 de fevereiro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT ) divulgou os 22 novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) aprovados pela última reunião do Comitê de Coordenação do Programa. Serão nove institutos no Estado de São Paulo, quatro no Rio, e os Estados do Amazonas, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal receberão um INCT cada. Agora, são 123 INCTs que deverão receber recursos globais de R$ 581 milhões. Áreas apoiadas O objetivo é fomentar áreas do conhecimento e tecnologia,

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Divulgados novos Institutos de Ciência e Tecnologia Com a abertura de 22 centros, desenvolvimento científico no País será fortalecido

como saúde, engenharia, física e matemática, biotecnologia e nanotecnologia, ciências sociais e tecnologias da informação e comunicação. Além destes, também estão envolvidos estudos para a Amazônia, agronegócios, biodiversidade e meio ambiente e energia, entre outros. Os novos institutos foram selecionados após a análise dos pedidos de recursos das propostas não aprovadas anteriormente. Foram 56 solicitações que passaram por uma avaliação interna e pelas fundações estaduais de apoio à pesquisa. Depois, foi elaborada uma proposta ao Comitê de Coordenação, que considerou os argumentos apresentados pelos coordenadores, dentro dos termos do edital, e a disponibili­

dade de recursos para financiar os projetos. Para apoiar as propostas aprovadas, os recursos disponíveis foram aportados pelas fundações estaduais de incentivo à pesquisa que participam do programa. “Estes novos recursos permitiram que aprovássemos novos INCTs, cujo mérito científico foi reconhecido, mas ainda não havia sido apoiado por restrições orçamentárias”, explicou o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago. Para mais informações, acesse o site http://www.cnpq.br/ resultados/2008/015a.htm e confira a lista dos 123 INCTs. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq O Mundo da Usinagem 51


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Finep lança Programa de Incentivo à Inovação

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este ano, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) inicia um programa de incentivo às empresas brasileiras. Com orçamento de R$ 1 bilhão para operações de crédito, o Programa Finep Inova Brasil pretende apoiar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Governo Federal. Destinado a empresas de todos os portes, o programa oferece taxas diferenciadas conforme as diretrizes da nova política industrial, que dividiu os setores da economia em três grandes categorias. Para o primeiro grupo, formado 52 O Mundo da Usinagem

por complexos industriais de defesa, saúde, tecnologia da informação, energia nuclear e nanotecnologia, a taxa de correção é de 4,25% ao ano. No segundo eixo, que envolve os setores de siderurgia, combustíveis, celulose e complexo aeronáutico, a taxa passa para 4,75%. O terceiro grupo, composto por setores de bens de capital, automotivo, têxtil, calçados e agroindústria, entre outros, terão financiamento corrigidos em 5,25% ao ano. Já os projetos que não se enquadram nestas divisões seguirão a variação de Taxa de Juros de Longo

Prazo (TJLP), mais 5% ao ano. A primeira etapa do financiamento consiste no ajuste do projeto aos requisitos do programa. Cada empresa poderá solicitar no máximo R$ 100 milhões, sendo R$ 1 milhão o valor mínimo de cada financiamento. O prazo para pagamento do empréstimo é de 100 meses, sendo 20 de carência e 80 para amortização. Para mais informações, acesse o site www.finep.gov.br/programas/inovabrasil.asp Fonte: Finep


Renove suas idéias. E seus desafios

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uitas pessoas acreditam que o Ano Novo é apenas uma festa de confraternização que termina à meia noite do dia primeiro de janeiro, pois logo no segundo dia do mês já estamos às voltas com a mesma rotina e problemas com os quais fomos dormir no dia 31 do ano anterior. Em parte, isso é verdade, mas não podemos nos esquecer que o final de um ano simboliza o término de um ciclo, quando normalmente paramos e refletimos sobre nossas falhas, avaliamos nosso desempenho, a obtenção de nossos objetivos, etc. Assim, ao mudar de ciclo, renovamos esperanças, planos, desafios e desenhamos novas atitudes para o futuro.

Estamos começando um novo ano que, sem dúvida, nos forçará a fazer tudo de uma maneira diferente e melhor do que fizemos até hoje. O ano de 2009 nos propõe, já em seu início, um grande desafio para nossa criatividade, pois muitos são os prognósticos negativos, ao mesmo tempo em que outros tantos fatores nos levam a projetar metas mais agressivas. Conciliar estes dois extremos será uma tarefa muito árdua, e nos levará a uma responsabilidade ainda maior, a de atingir nossas metas apesar dos maus ventos. Como já expusemos em edições anteriores, toda crise é acompanhada de uma quantidade enorme de oportunidades, basta saber identificá-las e trabalhar para aproveitá-las da melhor maneira. Esse é o nosso compromisso. Nessa hora de reinício, mesmo que os problemas sejam parecidos, a forma com que vamos nos planejar e as soluções que vamos encontrar para resolvê-los, certamente serão diferentes. Que 2009 seja um ano repleto de idéias criativas e soluções diferentes para todos nós! Claudio Camacho Diretor da Sandvik Coromant do Brasil

Adriana Elias

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Ademir Furlan e Cláudio Lemos (Caterpillar): (19) 2106-2100 Ana Paula de Lima (Suprimentos): (11) 7697-5969 Antônio Carlos Silva (Pérsico): (19) 9788-4825 Claudio Camacho (Sandvik Coromant): (11) 5696-5580 Fernando G. de Oliveira (Sandvik Coromant): (11) 5969-5587 Francisco Marcondes (Sandvik Coromant): (11) 5696-5424 Jackson Lovadine (Pérsico): (19) 9789-7980 Jacto: (14) 3405-2100 José Ricardo Zaghi (MIC): (11) 4546-8100 José Roberto Ferretti (Cofast): (11) 4997-1255 Luiz Manetti (Sandvik Coromant): (11) 5696-5401 Mauro Alves dos Santos (SENAI Ipiranga): (11) 2066-1989 Pablo de Castro (Sandvik Coromant): (11) 5696-4942 PS Ferramentas: (14) 3234-4299 Reginaldo Coelho de Sousa: (47) 3489-9650 Ronaldo Albino (Cofast): (11) 4997-1255 Waldemar Cardoso da Silva (Pérsico): (19) 9788-8610

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Golfe atrai cada vez mais brasileiros

Caterpillar

Maior produtividade com as Silent Tools

Anunciantes nesta edição O Mundo da Usinagem 55

Alvex. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Arwi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Atlas Máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Casa do Metal. . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Dynamach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Ergomat. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Hanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Kabelschlepp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Kone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Marubeni. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Mitsui. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ª capa RCC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Intercapa Ricavi. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Sanches Blanes. . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Sandvik. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ª capa Sandvik Local. . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Selltis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ª capa Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28/29

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