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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil
issn 1518-6091 rg bn 217-147
Refrigeração
Saiba o que é tendência em fluidos de corte Máquinas e Investimentos
Planejamento inteligente e estruturado para máquinas
Usinagem de vidro
Processo de alta precisão exige cuidados especiais
HAAP Media Ltd.
pAra começar...
“A cada outubro renova-se a esperança de que os homens se sensibilizem em direção aos fundamentos de tudo aquilo que o ser humano verdadeiramente deveria ser. Imagem e semelhança da mais alta essência da vida, deitando fora as máscaras que o tempo lhes pregou ao rosto em favor de suas maquiagens originais, molduras do olhar doce que irradiava verdade e transbordava inocência”
O Mundo da Usinagem
Índice
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Publicação da Sandvik Coromant do Brasil
issn 1518-6091 rg bn 217-147
Refrigeração
Edição 07 / 2009
Saiba o que é tendência em fluidos de corte Máquinas e Investimentos
Planejamento inteligente e estruturado para máquinas
Divulgação Blaser
Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147
Usinagem de vidro
Foto de Capa: Roberto Silva
Processo de alta precisão exige cuidados especiais
03 para começar 04 ÍNDICE / Expediente 06 Machine investmentS: os desafios de planejar investimentos inteligentes 14 fluido de corte: O que é tendência em Refrigeração? 20 Segmentação: Usinagem de vidro requer cuidados e equipamentos especiais 28 TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES: Saiba quais os principais problemas na hora do corte e veja como solucioná-los 32 DE olho no mercado: Intermach amplia possibilidades de negócios 34 curiosidades: Rotary promove solidariedade Mundial 40 Nossa parcela de responsabilidade 42 anunciantes / distribuidores / fale com eles
e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700
EXPEDIENTE
O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano e distribuição gratuita para 20.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho editorial: Aldeci Santos, Ancelmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira e Vera Natale. Editor-chefe: Francisco Marcondes Coordenação editorial, edição de arte, revisão e produção gráfica: House Press Propaganda Jornalista responsável: Francisco Marcondes - MTB 56.136/SP Propaganda: Gerente de contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 2335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto gráfico: AA Design Gráfica: RUSH
O Mundo da Usinagem
Machine investmentS
inteligentes em máquinas?
Em períodos de desaceleração econômica é ainda mais importante ser prudente na hora de investir
Com planejamento bem estruturado, empresas do setor de usinagem podem ganhar muito mais com investimentos certeiros em equipamentos
O Mundo da Usinagem
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argalos na produção, crescimento nas vendas ou necessidade de aumento dos níveis de produtividade. Estes são alguns dos motivos que podem incentivar uma empresa a investir em máquinas. No entanto, seja comprando um novo equipamento ou substituindo uma máquina antiga, é importante que a empresa esteja ciente de que há diferenças significativas entre comprar e investir em uma máquina. De acordo com Ronaldo Ferreira, supervisor do departamento
de Machine Investments (MI) da Sandvik Coromant, as empresas que investem em máquinas – ao invés de simplesmente comprar equipamentos sem um planejamento concreto –, têm mais chances de obter sucesso mesmo em mercados altamente competitivos. “Quando a empresa busca somente o equipamento mais barato, pode correr o risco de gastar mais no futuro com custos adicionais de manutenção, aquisição de uma máquina extra para alcançar a produtividade desejada, ou até mesmo com a queda na
Fernando Sacco
Como realizar investimentos
qualidade das peças produzidas”, alerta Ferreira. Alfredo Ferrari, diretor de Vendas da Ergomat – um dos principais fabricantes de tornos automáticos do País – sugere que, para se detectar a necessidade real de um investimento em equipamentos, deve-se promover um cruzamento de dados entre a capacidade produtiva atual da empresa e a demanda de peças do cliente. A partir destes dados será possível dimensionar a necessidade do investimento e onde ele será mais bem aplicado, sempre guiando-se pelas requisições do cliente e, é claro, pelas condições financeiras da própria empresa. Desta forma, com um parque de máquinas atualizado, a empresa poderá oferecer produtos de maior qualidade dentro de prazos mais curtos; podendo assim, sair à frente no mer-
Fernando Favoretto
Machine InvestmentS
cado. Para aumentar seus níveis de produtividade, as empresas também podem contar com a ajuda de profissionais que saibam guiar os investimentos para as melhores soluções em máquinas. Investir é planejar O primeiro passo do investimento deve ser o planejamento detalhado de todas as etapas envolvidas na aquisição de no-
O primeiro passo do investimento deve ser o planejamento detalhado de todas as etapas envolvidas na aquisição de novas máquinas
O Mundo da Usinagem
Empresas devem estar cientes de que há diferenças significativas entre comprar e investir em uma máquina vas máquinas ou componentes. Fernando Oliveira, gerente de MI da Sandvik Coromant, afirma que esta é a forma mais segura de garantir os resultados finais desejados. “Este é um processo que leva tempo, mas, quanto melhor for o planejamento, melhor será o resultado final do investimento e maior será o retorno que ele dará à empresa”, aponta Oliveira. Em um período econômico que exige cautela, o gerente de MI adverte que é ainda mais importante ser prudente na hora de investir, não deixando de aproveitar as oportunidades, mas mantendo-se sempre ciente dos resultados que este investimento poderá trazer. “É essencial que a empresa nunca pare de investir;
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Fernando Favoretto
Treinamento e capacitação dos operadores do chão de fábrica devem ser contabilizados no projeto de investimento
mas, em momentos de incerteza, mais do que nunca é fundamental que se tenha especificado a necessidade real da fábrica e o potencial de retorno que o investimento trará”, assegura Oliveira. Na realização do projeto, outro fator decisivo para o sucesso do planejamento é poder contar com a presença de todos os envolvidos no processo de usinagem – empresa que irá adquirir o equipamento, cliente, fornecedor de dispositivos e fornecedor de ferramentas. Desta forma, o investimento poderá alcançar seu objetivo: maximizar o retorno do equipamento. “Neste momento somam-se as experiências de cada profissional para elaborar o processo mais eficaz e produtivo, minimizando as possíveis falhas e imprevistos na hora do tryout”, explica o gerente. Para que a máquina ou os componentes novos possam render ao máximo em suas operações, os pro10 O Mundo da Usinagem
fissionais do chão de fábrica – que lidam diariamente com estes equipamentos – também devem ser considerados, pois são elementos importantes no processo de usinagem. Desta forma, o treinamento e a capacitação dos operadores também devem ser contabilizados no projeto, pois quanto maior for o nível de tecnologia de uma máquina, mais conhecimento estes profissionais terão que possuir.
Inovar ou reaproveitar? Além da compra de novos equipamentos, a atualização dos componentes das máquinas que já operam na fábrica – processo conhecido como retrofitting –, também é considerada uma forma de investir em máquinas. De acordo com Ferreira, o retrofitting pode ser uma opção vantajosa para máquinas que tenham estrutura reforçada e de qualidade. “Em períodos de insegurança econômica, a atualização dos componentes desgastados se apresenta como uma alternativa interessante para as empresas que querem manter a qualidade operacional de seus equipamentos por um preço reduzido”, avalia o supervisor. Se os equipamentos tiverem passado por manutenções preventivas, provavelmente irão apresentar apenas desgastes uniformes.
Agora é um bom momento para investir? A redução da taxa de juros para 4,5% ao ano para os financiamentos da FINAME, anunciada no último mês de junho pelo ministro da Fazenda Guido Mantega como parte das medidas de incentivo à economia brasileira, tem apresentado resultados positivos. De acordo com Ronaldo Ferreira, supervisor do departamento de Machine Investments da Sandvik Coromant, o mercado já tem respondido às medidas de incentivo. “Podemos perceber uma melhora nas vendas de máquinas e isso tem ajudado no crescimento do País”, confirma Ferreira. Para Alfredo Ferrari, diretor de Vendas da Ergomat – empresa fabricante de tornos automáticos –, a medida tem possibilitado a ampliação ou modernização da capacidade produtiva de muitas empresas. “Diversas companhias que haviam contido seus investimentos devido à cautela do cenário econômico agora têm a chance de continuar crescendo”, comenta o diretor. “Este é um bom momento para investir, pois contando com prazos de entrega mais curtos, preços reduzidos e financiamentos atrativos, a empresa estará equipada para fazer frente à retomada da economia”, conclui.
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Do plano à prática Atualmente existem diferentes linhas de crédito que podem ajudar sua empresa a colocar o plano de investimento de máquinas em ação. Veja abaixo algumas oportunidades de financiamento e suas vantagens: - FINAME: Destinado às micro ou pequenas empresas de qualquer região do País, o FINAME oferece condições facilitadas para a compra de máquinas. Até 31 de dezembro deste ano, o FINAME oferece crédito para a compra de máquinas com taxa de juros de 4,5% ao ano, com dois anos de carência. O subsídio do BNDES é válido para a compra de qualquer equipamento que esteja cadastrado na Agência Especial de Financiamento Industrial. Mais informações em www.caixa.gov.br - FINAME Leasing: Também utilizando recursos da Agência Especial de Financiamento Industrial, com o FINAME Leasing é possível financiar até 90% do valor das máquinas e equipamentos e, ao final do contrato, a empresa pode escolher se deseja ficar com o bem arrendado ou se prefere devolvê-lo ao Banco do Brasil. Mais informações em www.bb.com.br - Proger Urbano Empresarial: Voltado às empresas que tenham faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões, o Proger tem valor máximo de financiamento de R$ 400 mil. Com esta linha de crédito, a empresa tem até 72 meses para pagar seu empréstimo – incluindo o período de carência de 12 meses – com uma taxa de juros de 0,93% ao mês. Mais informações em www.bb.com.br - Cartão BNDES: No mercado desde 2003, o cartão proporciona financiamento de baixo custo para empresas com faturamento anual de até R$ 60 milhões, com limite máximo de financiamento de R$ 500 mil por cartão. As compras podem ser feitas em até 48 meses com juros subsidiados. Mais informações em www.cartaobndes.gov.br
Com isso, será possível substituir somente os componentes antigos, e a base da máquina poderá continuar rendendo bons resultados em produtividade. Ferreira destaca ainda outras vantagens que as máquinas antigas podem apresentar, além do investimento reduzido: “Os equipamentos que estão em operação já há algum tempo têm suas medidas normalizadas, ou seja, todo e qual12 O Mundo da Usinagem
quer acúmulo de tensão que por ventura pudesse causar algum tipo de instabilidade já se acomodou; enquanto uma máquina nova irá consumir um certo tempo até que suas medidas estejam normalizadas, precisando passar por alterações físicas e algum tipo de ajuste mais frequentemente”, conclui. Thaís Tüchumantel Jornalista
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fluido de corte
Conheça o que é
tendência em refrigeração Métodos que proporcionam segurança aos operadores e preservam o meio ambiente são o caminho futuro
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esgaste prematuro e trocas constantes de ferramentas, assim como baixa produtividade, são alguns dos problemas que podem ocorrer na usinagem quando os processos de refrigeração e lubrificação não são realizados adequadamente. Se o calor e o atrito produzidos durante a operação entre a superfície da peça e a ferramenta não forem minimizados, a qualidade final do material poderá sofrer alterações, como erros de medida, dilatações térmicas e deformações. A alta temperatura ainda pode reduzir a vida útil da ferramenta e aumentar o risco de oxidação. Para evitar estas situações e ao mesmo tempo garantir tanto 14 O Mundo da Usinagem
a precisão dimensional quanto a rugosidade adequada das peças, a utilização de fluidos de corte tornou-se fundamental em alguns processos. Além de reduzir o atrito entre a ferramenta e a superfície de corte e diminuir a temperatura na região estes produtos têm a função de remover o cavaco da área de corte para que o acabamento do material não seja danificado, assim como proteger a máquina, seus componentes e a superfície do material usinado da corrosão. Três grupos Os fluidos de corte são comumente divididos em três grupos: meios lubri-refrigerantes miscíveis com água, meios lubri-refrige-
rantes não miscíveis com água e gases/névoas. Entre os meios miscíveis com água estão as soluções, também chamadas de fluidos sintéticos (misturas de água com produtos orgânicos e inorgânicos que não contêm óleo) e as emulsões, composições que possuem óleo. Já os meios não miscíveis com água ou fluidos integrais são constituídos basicamente de óleos graxos, de origem vegetal ou animal, e óleos minerais, que podem ser utilizados puros, misturados ou com aditivos. A refrigeração e lubrificação também podem ser realizadas por meio de gases e névoas, sendo o ar, o fluido gasoso mais comum. Com o intuito de obter a má-
xima produtividade dos processos, estes insumos devem ser utilizados de acordo com as necessidades de cada operação. “Quando se utiliza um fluido de boa qualidade e adequado para o tipo de usinagem realizada, é possível garantir o nível desejado de acabamento e a rugosidade da peça, mantendo a máquina limpa e sem corrosão”, aponta Roberto Saruls, gerente de Marketing e Serviços da Castrol – fabricante de lubrificantes para os setores industrial, automobilístico e náutico. Com isso, na hora de escolher o produto ideal é preciso levar em consideração três fatores: o material da peça a ser usinada, o tipo de máquina e a qualidade e compatibilidade do fluido com o processo. Quanto às características dos fluidos, as soluções e emulsões
Fernando Sacco
fluido de corte
Soluções e emulsões são indicadas para usinagens em que a refrigeração é o fator determinante são mais indicadas para usinagens em que a refrigeração é o fator determinante, enquanto que os fluidos integrais são mais utilizados quando a lubrificação é mais importante. Já os gases e névoas são mais comuns em operações de mecânica de precisão, usinagem de alta velocidade e também quando se utiliza o sistema MQL (Mínima Quantidade de Lubrificante), processo em que o fluido é aplicado por pulverização.
Como evitar riscos? Essenciais em certos processos de usinagem, os fluidos de corte merecem atenção especial tanto em sua seleção quanto em sua utilização e descarte – caso contrário poderão causar contaminações ao meio ambiente e riscos à saúde dos profissionais que têm contato com estes materiais. Marcelo Kuroda, gerente técnico da fabricante suíça de lubrificantes Blaser, informa que atualmente os fornecedores destes produtos estão buscando desenvolver fórmulas mais brandas e estáveis para minimizar possíveis riscos ambientais e à saúde humana. Além disso, ele lembra que as leis voltadas à preservação ambiental também estão se tornando a cada dia mais rigorosas. “Mesmo que o fluido utilizado inicialmente seja considerado biodegradável, depois de passar meses em contato com óleos de barramento, protetivos e outros contaminantes provenientes das ferramentas e dos materiais usinados, o fluido deve ser tratado antes do descarte final”, ensina Kuroda. Outros cuidados fundamentais são: adquirir fluidos e lubrificantes de fabricantes idôneos e em distribuidores confiáveis; selecionar o produto de acordo com as especificações do fabricante do equipamento; armazenar o material em local adequado; e manipular as embalagens usando os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados, como luvas e óculos.
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Nova tecnologia Nos últimos anos, o conceito MQL tem sido muito discutido na área de usinagem. Isso porque o processo utiliza menos fluido de corte durante a operação, eliminando a necessidade de descarte do produto e minimizando possíveis impactos ao meio ambiente. A técnica utiliza pequena quantidade de óleo lubrificante junto com ar comprimido, distribuídos por meio de spray sobre a região que se quer refrigerar ou lubrificar. Embora seja pouco fluido, em muitos processos esta técnica garante a quantidade suficiente para reduzir o atrito na ferramenta e o calor gerado durante a usinagem. Neste caso, o ar comprimido atua como refrigerante e as gotículas de óleo como lubrificante. De acordo com Marcelo Kuroda, gerente técnico da Blaser – empresa suíça fabricante de fluidos empregados em processos de usinagem –, as máquinas que utilizam o sistema MQL estão se tornando cada vez mais comuns e são projetadas para conter a névoa em seu interior, preservando a saúde dos operadores ao evitar que tenham contato com o produto.
fluido de corte No entanto, Eduardo Carlos Bianchi, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual Paulista, pontua que esta técnica ainda vem sendo pouco adotada pelas empresas. “Nos próximos anos este conceito se transformará em tendência, pois as leis ambientais estão cada vez mais rigorosas; e o sistema MQL permite preservar o meio ambiente – um diferencial em relação aos métodos convencionais”, comenta. Responsabilidade Ambiental Com as questões de consciência ambiental e social cada vez mais presentes na gestão das
empresas, a tendência aponta para o aumento de utilização de meios lubri-refrigerantes de menor consumo de reposição e, considerados por muitos mais “ecologicamente corretos”. Para Saruls, fluidos de base vegetal oriundos de sementes oleaginosas, como canola, mamona, girassol e soja, também podem ser considerados de certa forma “ecológicos”, mas durante as operações acabam misturando-se com óleos hidráulicos de base mineral, perdendo assim sua característica natural. “Uma solução seria obter uma base vegetal ou sintética com custo compatível à realidade de mercado que permita substituir
tanto o óleo de corte quanto o óleo hidráulico, tornando-os compatíveis”, acredita. Por sua vez Kuroda aposta no desenvolvimento de lubrificantes cada vez mais estáveis, com menor consumo de reposição e que preservem o meio ambiente e a saúde do operador. “Podemos dizer que produtos de base vegetal que utilizam menos aditivos, prejudicam menos o meio ambiente, pois ajudam a reduzir não só a necessidade de extração de matéria prima, mas também as quantidades descartadas”, aponta. Fernanda Feres Jornalista
Roberto Silva
segmentação
A arte de
esculpir o vidro
Usinagem deste material requer cuidados e equipamentos especiais para evitar perda de peças e falhas nas operações
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orte, refrigeração, serragem e polimento são processos com os quais os profissionais do setor metalmecânico lidam diariamente. Mas, como se dão estes procedimentos na usinagem de materiais frágeis, como o vidro? Este tipo de usinagem exige uma série de precauções para que a matériaprima, extremamente delicada, 20 O Mundo da Usinagem
tome a forma desejada sem sofrer danos. O sucesso do trabalho em vidro depende de ferramental específico e operadores bem treinados, além de componentes e máquinas adaptadas às características do vidro. Fabricante de componentes ópticos de precisão (como lentes, prismas, espelhos e filtros de luz) desde 1985, a Opto é uma das
empresas brasileiras que têm a usinagem de vidro em sua rotina diária. Algumas destas peças são incorporadas aos equipamentos fabricados pela companhia, que são utilizados nos setores aeroespacial, industrial, antirreflexo e odontológico. Outros de seus componentes usinados em vidro integram microscópios, projetores lasers e sistemas de imagem
Fotos: Roberto Silva
segmentação
Lentes são usinadas em máquinas CNC, com ferramentas diamantadas destinados ao setor oftalmológico. Com uma fábrica de oito mil metros quadrados, localizada em São Carlos (SP), a Opto mantém dentro de sua planta uma divisão de óptica especialmente destinada à composição de lentes e ao desenvolvimento de novos componentes ópticos.
Da matéria-prima ao produto As lentes utilizadas em microscópios e câmeras fotográficas são produzidas a partir de grandes blocos de vidro. Inicialmente eles são levados ao corte, que é realizado com serras especiais diamantadas, dividindo o bloco em peças menores. Posteriormente, o material segue para ser usinado em máquinas CNC, também equipadas com ferramentas diamantadas, que irão configurar a curvatura da lente por meio da usinagem por abrasão. Djalma Chinaglia, diretor de Operações Industriais da Opto, esclarece que as ferramentas utilizadas para a usinagem de metais não são adequadas para este tipo de usinagem, pois poderiam quebrar o material vítreo. Já as ferramentas diamantadas possuem constituição diferenciada, sendo compostas por uma liga metálica especial impregnada de grãos de diamante. “Conforme a ferramenta realiza a usinagem, os grãos de diamante chegam à superfície e, atritados em alta velocidade contra a lente, permitem formar a curvatura desejada”, explica Chinaglia. Durante o corte é essencial que a máquina conte com refrigeração abundante e constante, já que o vidro é um material que não suporta altas temperaturas. Assim, com as ferramentas girando em alta velocidade, os operadores que acompanham o procedimento devem cuidar para que não falte refrigeração. “Outro problema que deve ser evita-
Da esq. para a dir.: Cristian Correa, supervisor da Linha de Protótipos da Opto, e Mário Toyama, da Cofecort – distribuidor autorizado Sandvik Coromant
Fluido de refrigeração deve penetrar no local do corte, já que o vidro não suporta altas temperaturas do é a pressão excessiva sobre o vidro, pois, além do perigo de quebra da lente, que é frágil, neste caso o fluido de refrigeração não conseguiria penetrar no local do corte, o que também poderia ocasionar a quebra da lente”, observa o diretor. Cuidados no polimento Após o corte, as lentes são então levadas para o polimento. Nesta fase, por meio de uma manta de poliuretano, um pó
muito fino de óxido de cério, misturado com água, é aplicado contra a lente. Esta substância é utilizada para remover, de forma superficial, pequenos materiais excedentes, eliminando as irregularidades e conferindo uma superfície lisa ao produto. Outra maneira de realizar o polimento é com o pixe em sua forma pura, que pode substituir a manta de poliuretano. Por ser um material de fácil conformação, pode se moldar facilmente à forma da lente, proporcionando um polimento uniforme. Devido à fragilidade do vidro, a fase do polimento exige muito cuidado para que nenhuma impureza provoque riscos no material enquanto o cério é atritado contra a lente. “Se não atentarmos às impurezas, a lente
BETAMACCHINE A alternativa inteligente.
Suporte tecnológico Para oferecer suporte à usinagem mecânica da Opto, a Cofecort – distribuidor autorizado da Sandvik Coromant que atende a região de São Carlos – fornece soluções em ferramental para a usinagem dos produtos destinados a todos os setores de mercado que a empresa atende. Segundo Mário Toyama, consultor técnico da Cofecort, o distribuidor acompanha o desenvolvimento do trabalho de seu cliente para manter a sintonia de ambos os negócios. “Por meio de nosso departamento de Pesquisa e Desenvolvimento buscamos acompanhar as inovações tecnológicas da Opto para oferecer à ela as melhores soluções em usinagem mecânica”, assegura Toyama. Entre os produtos fornecidos à empresa destacam-se as fresas, brocas com pastilhas intercambiáveis e inteiriças de metal duro, porta-ferramentas e insertos para torneamento e rosqueamento. Este ferramental é utilizado para a usinagem de aço, alumínio e latão – entre os principais produtos usinados estão as peças que compõem os microscópios produzidos pela Opto.
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Adquirir uma boa máquina operatriz é mais fácil do que você imagina. A BETAMACCHINE oferece máquinas usadas para várias aplicações, com excelente procedência e performance. ••furadeiras múltiplas ••brochadeiras ••furo profundo ••e muito mais BETAMACCHINE. Porque máquina usada é uma questão de confiança. Veja todos os equipamentos em www.betamaq.com.br 11 . 4186-2000
Roberto Silva
segmentação
Djalma Chinaglia, diretor de Operações Industriais da Opto, no setor de Montagem de Microscópios para Oftalmologia poderá ser riscada; ou podemos ainda ter que realizar o polimento mais uma vez, algo que pode alterar as dimensões estipuladas para a peça”, comenta o diretor. Detalhes importantes Depois de prontas, as lentes serão utilizadas como componentes em produtos destinados aos mais diversos segmentos. Contudo, tanto em equipamentos oftalmológicos quanto em peças aeroespaciais, uma característica será fundamental e decisiva em todos eles: a precisão. Por isso, a usinagem mecânica destas peças deve contar com máquinas e componentes capazes de atender a esta necessidade. “Na usinagem mecânica das lentes para microscópios, por exemplo, não podemos tolerar erros maiores que um centésimo 24 O Mundo da Usinagem
de milímetro”, conta Chinaglia. Uma das soluções encontradas para garantir a precisão no corte dos materiais foi a climatização das áreas de usinagem. Desta forma, a empresa garante que não haverá variação significativa da temperatura ambiente, o que poderia causar variação na precisão da peça usinada em vidro. Outro ponto valorizado na usinagem de componentes ópticos é o treinamento constante dos operadores. O diretor da Opto afirma que a empresa oferece capacitação a todos os funcionários que atuam neste segmento para que se tornem integralmente técnicos em óptica. Valorizando a inovação Todos os produtos fabricados pela Opto são projetados e conce-
Divulgação Opto
segmentação
Para garantir a precisão do corte nos processos de usinagem mecânica, o chão de fábrica da Opto é climatizado 26 O Mundo da Usinagem
volvimento de duas câmeras que equiparão um satélite construído pelos governos chinês e brasileiro. O projeto é chamado de CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) ou Programa de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres. Em 2011, o satélite será lançado a 800 km de altitude para orbitar a Terra captando imagens do planeta. As informações captaRoberto Silva
bidos no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, também localizado em São Carlos (SP). Inicialmente criado para atender à demanda interna da Opto no desenvolvimento de novos produtos, hoje este departamento atende também outras empresas que solicitam seus serviços. O departamento reúne cerca de 60 engenheiros, físicos e profissionais da área computacional para o desenvolvimento de novas soluções ópticas para os mais diversos mercados. Atualmente, este setor da empresa está empenhado no desen-
Empresa mantém fábrica de 8.000 m2 em São Carlos (SP) para a fabricação de componentes ópticos de precisão
das pelo satélite poderão auxiliar no trabalho de geógrafos, demógrafos e profissionais que atuam com agricultura e no monitoramento de áreas de desmatamento, de recursos hídricos, de áreas agrícolas, do crescimento urbano e da ocupação do solo. Thaís Tüchumantel Jornalista
tendências e oportunidades
Fique atento e Veja quais são os principais problemas na hora do corte e saiba como resolvê-los
Divulgação Lenox
evite prejuízos
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áquinas de serra de fita são equipamentos extremamente versáteis, projetados para realizar diferentes tipos de corte, nos mais variados materiais – desde metal até madeira, passando por alumínio, polímeros, ligas ferrosas e não ferrosas. Estas máquinas são compostas pela rotação de dois volantes que giram continuamente e por uma lâmina com dentes, a serra de fita – responsável pelo corte dos materiais.
Quando manuseadas de forma imprópria, guias podem causar desgaste irregular ou estrias em ambos os lados da lâmina 28 O Mundo da Usinagem
Máquinas de serra de fita devem ser manuseadas corretamente para que não haja perdas no processo Aparentemente simples, as serras são na verdade instrumentos complexos que, quando utilizadas de forma incorreta, podem causar prejuízos enormes ao processo. Os principais problemas causados pela má utilização de máquinas de serra de fita são divididos em quatro grupos: quebras ou trincas nos dentes da serra fita; desvio de corte; desgaste excessivo; e quebra da lâmina. Nessa hora é comum a dúvida:
como resolver estes problemas? Contudo, primeiramente, devemos descobrir as causas. Detectando o problema Após extensa pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias em serras, percebemos que a negligência, o emprego de técnicas inapropriadas e a falta de mão de obra qualificada são as principais fontes de danos às serras de fita e às máquinas de corte.
tendências e oportunidades
É importante seguir as instruções que vêm junto com o produto e utilizar somente serras de qualidade 30 O Mundo da Usinagem
Problemas com o cavaco podem ser gerados também pelo avanço excessivo O mau uso do fluido de corte também pode causar problemas aos dentes, além de dificuldades relacionadas ao cavaco, que podem incrustar na ponta dos dentes ou preencher as gargantas. Mas não se engane, esses problemas com o cavaco podem ser gerados também pelo avanço excessivo. Para os leigos no assunto, o avanço nada mais é do que o fator de penetração dos dentes, ou, basicamente, a velocidade de descida da serra sobre o material, que pode ser medida em milímetros/minuto. Atenção às guias A quebra da lâmina é outra dificuldade enfrentada pelos usuá rios de serras, e a fratura pode ser causada por vários motivos: braços guia abertos em sua capacidade máxima, pressão excessiva nas guias superiores e guias laterais muito apertadas, entre outros. Observe que a quebra da lâmina é causada, principalmente, por excessos no ajuste das guias. Por isso, é fundamental prestar a máxima atenção na hora de acertar os braços guia e as guias laterais e superiores. Vale lembrar que guias são componentes da máquina que geram tanto dúvidas quanto problemas. Quando manuseadas de
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Mais especificamente falan do, os principais problemas iden tificados no manuseio da serra e da máquina são: processos de amaciamento inapropriados, aplicação de velocidades de corte inapropriadas para o tipo de material a ser cortado, baixo índice de avanço (situação em que o dente “esfrega” o material em vez de penetrá-lo corretamente), uso inadequado do fluido de corte – que pode ser aplicado em quantidade insuficiente ou ainda ter uma mistura ou forma de aplicação indevida – e, finalmente, a falta da escova limpa-cavacos. Contudo, estas falhas identificadas acima não abrangem todos os problemas possíveis encontrados em um processo de corte, e todos eles podem gerar problemas na máquina. A velocidade de corte muito lenta pode causar a quebra do dente ou o desgaste nas gargantas menores da serra. Por outro lado, quando muito rápida, a velocidade de corte pode gerar dano nas pontas e cantos dos dentes, podendo lascálos ou quebrá-los devido ao excesso de atrito. Outro erro comum é a negligência no processo de amaciamento, principalmente se feito de maneira incorreta ou insuficiente.
forma imprópria, podem causar desgaste irregular ou estrias em ambos os lados da lâmina. Por isso, procure observar sempre se as guias estão lascadas, desgastadas, quebradas ou muito apertadas. Muitos já devem ter identificado tais situações com a prática, mas o principal segredo é usar as serras de forma correta, ou seja, sem excessos ou lentidões de tensão ou de velocidade, por exemplo. Também é importante seguir as instruções que vêm junto com o produto e utilizar somente serras de qualidade, produzidas com materiais de primeira linha. Além disso, procure por fornecedores que ofereçam garantia de uso e assistência técnica especializada. Estes itens são fundamentais principalmente na hora do imprevisto e, quando colocados na ponta do lápis, oferecem excelente relação custo–benefício! Anna Martin Gerente de Produto da LENOX®, multinacional americana especializada na produção de ferramentas e serras para a indústria
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De olho no mercado
Intermach expõe novas oportunidades Feira amplia possibilidades de negócio e apresenta soluções alternativas
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ara apresentar os últimos destaques em máquinas e garantir a atualização tecnológica do setor, a Intermach 2009 – Feira e Congresso de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica, que ocorreu entre 15 e 19 de setembro em Joinville (SC), contou com a participação de mais de 500 empresas expositoras. De acordo com Luiz Roberto Lepeltier, diretor da Messe Brasil – empresa organizadora do evento –, feiras direcionadas revelam importantes oportunidades de relacionamento com clientes e momentos promissores para negociações futuras. 32 O Mundo da Usinagem
Em sua sétima edição, a Intermach apresentou alternativas e soluções para as necessidades desencadeadas no segmento a partir da crise econômica mundial. Segundo Lepeltier, o objetivo foi fazer com que as empresas da Região Sul do Brasil se aproximem cada vez mais do padrão de qualidade seguido internacionalmente pelo setor metalmecânico. “Com as sete edições da Intermach já realizadas, acreditamos ter contribuído para o crescimento das indústrias locais”, avalia o diretor. “Os contatos realizados após esta última edição devem gerar negócios de aproximadamente R$ 200 milhões”, acredita.
Resultado conjunto Com o objetivo de levar diversidade de informação ao público visitante, paralelamente à Intermach 2009 ocorreram mais dois eventos, o Congresso de Inovação Tecnológica e a Feira de Subcontratação Industrial. O primeiro, denominado Cintec 2009 Mecânica e Automação, reuniu profissionais das principais empresas do segmento, além de pesquisadores nacionais e internacionais. Já o segundo evento, a 39º Subcontrata, reuniu mais de 100 expositores com o objetivo de divulgar novidades e, principalmente, serviços que agregam valor à produção do setor metalmecânico. “A Intermach se consolidou como um evento completo, apresentando soluções para o mercado e oferecendo qualificação de alto nível aos profissionais”, comemora o diretor. Durante a feira, os autores Adriano Fagali de Souza e Cristiane Ulbrich lançaram o livro Engenharia Integrada por Computador e Sistemas CAD/CAM/ CNC – princípios e aplicações. Desenvolvido a partir de resultados de experiências, pesquisas e discussões técnicas com profissionais da área, a obra é destinada a engenheiros, estudantes e demais profissionais interessados nos processos de fabricação da indústria metalmecânica. Fabíola Perez Jornalista
curiosidades
Rotary Associação desenvolve projetos comunitários para promover melhorias na saúde, educação e no combate à pobreza
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ar de si antes de pensar em si”. Este é o lema que está presente no cotidiano dos mais de 1,2 milhão de voluntários do Rotary International – primeira organização de clubes prestadores de serviço do mundo. Composta por líderes de negócios e profissionais de diversos setores, a associação tem como objetivo estimular o ideal de servir por meio da utilização do conhecimento profissional e desenvolvimento de projetos humanitários – que tratam de assuntos sociais como pobreza, preservação do meio ambiente, analfabetismo e violência. 34 O Mundo da Usinagem
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Estabelecendo a boa vontade no mundo
Criado em 1905, na cidade de Chicago (Estados Unidos) pelo advogado Paul P. Harris, o Rotary surgiu como uma forma de reproduzir em um grupo de profissionais o mesmo espírito de amizade que caracterizava as cidades pequenas da juventude de seu idealizador. Com o passar dos anos, a organização cresceu e sua missão passou a ir além dos interesses profissionais e sociais de seus integrantes. Os membros do clube – chamados de rotarianos – começaram, então, a angariar recursos e a ajudar comunidades carentes por meio de suas habilidades profissionais.
No Brasil, o clube iniciou suas atividades em 1922, com o Rotary Club Rio de Janeiro. Não à poliomielite Um dos maiores projetos idea lizados pelo Rotary no mundo é o programa Pólio Plus, que tem como meta erradicar a poliomielite. Iniciada em 1985, a ação conta com a parceria de diversas organizações internacionais. O objetivo inicial do projeto era acabar com a poliomielite até 2005, porém em alguns países da África a doença ainda não foi totalmente erradicada. Mesmo assim, desde o início do programa
curiosidades mais de dois bilhões de crianças já foram imunizadas e os níveis de incidência da doença diminuíram em mais de 99%. Este panorama só foi possível devido à ajuda de milhares de rotarianos de todo o mundo que se mobilizaram para ajudar nas campanhas, entregar vacinas e promover os “Dias Nacionais de Imunização”. Visão de futuro No entanto, os programas do Rotary não se resumem à erradicação de doenças. Mais da metade dos cerca de 33.000 clubes espalhados pelo mundo também estão engajados em combater o analfabetismo. Oferecidos pelo Rotary, projetos de assistência direcionados a diversos níveis de analfabetismo, assim como programas de coleta de livros, beneficiam crianças dentro e fora de instituições de ensino, bem como adultos não alfabetizados. Tanto o esforço para combater a poliomielite quanto à luta contra o analfabetismo são projetos de alcance mundial, mas tam bém há programas que atendem
as necessidades específicas de cada comunidade. “Algumas ações são criadas em um único clube e passam a ser distritais, podendo até transformar-se em programas nacionais”, explica Marcelo Rodrigues, ex-presidente do Rotary Club Curitiba Santa Felicidade. Um exemplo deste tipo de projeto é o Boa Visão, implantado pelo Rotary Club Curitiba Gralha Azul, em 1990. O empenho em melhorar a saúde ocular da população de baixa renda fez com que o oftalmologista Roberto Hiran Ribas criasse um programa para proporcionar atendimento gratuito a crianças e adolescentes entre 3 e 14 anos de idade. A seleção das crianças que precisam de atendimento é baseada em exames preliminares realizados pelos próprios voluntários dos Rotary Clubs, em conjunto com professores de escolas públicas. Quando necessário, as lentes dos óculos são financiadas pelo clube e campanhas são criadas para a arrecadação de armações usadas ou novas.
O que é o Rotary? O Rotary International é uma associação de líderes de negócios e profissionais que se dedicam à prestação de serviço comunitário para ajudar a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo. Para aqueles que querem participar e não têm a idade mínima (30 anos) ou não possuem emprego estável, existe o Interact, clubes de prestação de serviços organizados e patrocinados por Rotary Clubs para jovens de 14 a 18 anos de idade, e também o Rotaract, clubes formados para promover a liderança e a capacitação de servir entre pessoas de 18 a 30 anos. Para contribuir com doações ou para obter mais informações sobre o trabalho voluntário dos Rotary Clubs acesse o site www.rotary.org.br
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O sucesso foi tão grande que o programa foi estendido aos 87 clubes ligados ao distrito 4730 – que abrange a região metropolitana de Curitiba e outras cidades do Paraná. Marcelo Rodrigues informa que agora este projeto está sendo estendido para todo o País. De acordo com Paulo Machado, presidente do Rotary Club Curitiba Santa Felicidade, o projeto Boa Visão é destinado a crianças, mas a organização também procura atender idosos com
Símbolo da dedicação Formado por uma roda de engrenagem com 24 dentes e seis raios, o símbolo do Rotary representa o compromisso dos rotarianos em compartilhar seus conhecimentos com a sociedade. O número de dentes representa as 24 horas do dia, e os seis raios da roda representam o ideal de servir da associação. Já o rasgo de chaveta, localizado no centro da roda, indica o rotariano em seu individual – que representa o eixo principal de qualquer Rotary Club.
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Divulgação Rotary
curiosidades
Crianças entre 3 e 14 anos são atendidas pelo projeto Boa Visão problemas de catarata por meio do programa Mutirão das Cataratas, realizado em em parceria com o Centro de Visão da Universidade Federal do Paraná. Formando voluntários Além de planejar e implementar ações sociais, o Rotary International também oferece programas destinados aos membros da organização e aos seus familiares, com intuito de promover o conhecimento e auxiliar os rotarianos no melhor atendimento das necessidades de sua comunidade. Entre estes programas está o Intercâmbio de Jovens do Rotary, no qual clubes e distritos patrocinam a viagem e a hospedagem de jovens entre 15 e 18 anos incompletos em países do exterior. Pensando na situação de instabilidade social vivida em certos países, o Rotary criou, por meio da Fundação Rotária, centros de estudo para a resolução de conflitos. O intercâmbio para estudos em diferentes países também é oferecido visando a troca de experiências profissionais pela paz mundial. Fernanda Feres Jornalista
Prontos para a reconstrução
A
enorme turbulência pela qual estamos passando neste momento está sendo muito importante em termos de aprendizado. Com a redução mundial das transações comerciais, muitas empresas decidiram partir para o jogo do “tudo ou nada”, oferecendo produtos e serviços em condições nunca vistas, na tentativa extrema de “salvar seus negócios”. É claro que com tantas ofertas neste sentido, muitas empresas se “encantaram” e aproveitaram (e ainda estão aproveitando) estas oportunidades. Quando falamos de resultados a curto prazo, esta é uma opção bastante interessante, pois os benefícios são imediatos e os riscos não são grandes. Mas qual é a responsabilidade de uma empresa séria, que não está no mercado somente para aproveitar as oportunidades do momento? Sabemos que depois de grandes acidentes e tragédias, o trabalho de reconstrução é muito árduo, e muito maior do que aquele executado em dias normais. Esta reconstrução exige muitos recursos e energia daqueles que têm a responsabilidade de executá-la. Obviamente, a busca da melhor opção para nossas empresas deve fazer parte de nossas ações diárias, incluindo aí o preço dos produtos, que também faz parte de uma estratégia vencedora. O que estamos contestando, porém, é a busca desenfreada por redução de preços, sem a preocupação com outros fatores também fundamentais de uma estratégia vencedora – como qualidade, produtividade, segurança logística e continuidade. Quem disse que não devemos buscar produtividade durante a crise? Quem pode afirmar que a qualidade deverá ficar em segundo plano? Quem não quer um fornecedor que pode ser a melhor opção também a longo prazo? Hoje estamos assistindo a um movimento bastante agressivo na troca de fornecedores,
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visando só a um resultado imediato. Mas nosso País irá precisar de mais do que simples vantagens imediatas para usufruir das oportunidades que seguramente virão após esta fase pela qual estamos passando. Em alguns segmentos, já observamos a perda de oportunidades de crescimento por parte de empresas que tomaram ações recentes com foco apenas em resultados de curto prazo, tais como: falta de matéria-prima, mão de obra, competitividade e até conhecimento, existentes anteriormente. Fazemos parte de uma empresa que já esta no mercado mundial há quase 150 anos, e no Brasil há 60 anos. Nossa responsabilidade é tomar todas as ações necessárias e adequadas para o momento atual, mas nunca colocar em risco: a continuidade e a qualidade dos serviços prestados, a busca constante pela redução dos custos, o aumento de produtividade e a competitividade de nossos clientes, nosso patrimônio maior. Estamos prontos para atender as suas necessidades agora, e certamente também estaremos juntos na hora da “reconstrução”, pois nosso foco está no sucesso de nossos clientes. Cláudio Camacho Diretor da Sandvik Coromant do Brasil
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Paulo Machado (Rotary): (41) 9113-6192 Ronaldo da Silva Ferreira (Sandvik Coromant): (11) 5696-5680
SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 Correção Na reportagem “Mais um caminho para a alta eficiência”, publicada na Revista O Mundo da Usinagem 60, a menção da página 20 que diz (veja mais detalhes na página 16) está equivocada. O correto seria (veja mais detalhes na página 22).
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