Avenida Brasil
Ano 01 - Edição 00
DEZEMBRO de 2018
Jornal Informativo Mensal
Distribuição Gratuita
Belo Horizonte-MG
Personagem
Dona Albertina, uma encantadora cronista do cotidiano
SOMATTUS / DIBULGAÇÃO
Gente & História/ página 5
Conjunto comercial da década de 1940 ganha projeto de revitalização esquina da Avenida Brasil com Rua Padre Marinho abrigou um comércio tradicional por muitas décadas, desde os anos 40. A Selma Calçados, Reformadora de Calçados do Zé Carmo, um ateliê
Clima
de alfaiataria, o Rei da Bateria tinham como endereço este pequeno conjunto comercial tombado pela Diretoria de Patrimônio Cultural de BH. Uma parceria entre as construtoras Somattos e Patrimar
Urbanização
Líderes do G20 afirmam que Acordo de Paris é irreversível
Bernardo Monteiro é piloto para implantação da zona 30
Mundo - Brasil / página 3
Minas - BH / página 4
Sobremesa
vai garantir a revitalização dos imóveis em projeto que prevê ainda um largo para pedestres. A inauguração está prevista para dezembro de 2019. Página 7
Memória
Breve história de uma avenida que nasceu junto com a cidade Gente & Histórias / página 5
Lojistas esperam solução para moradores de rua
Nossa dica é um delicioso mousse de jaboticaba
ROBERTA MOREIRA
Vida & Saúde / página 10
Comerciantes da região hospitalar pedem uma solução para o problema que enfrentam com moradores de rua que usam a calçada como banheiro público, ocupam os passeios com barracas e abordam a freguesia na porta das cafeterias, padarias e lanchonetes. PBH promove abordagens sociais e sinaliza com oferta de abrigo e refeições nos restaurantes populares, mas questão ainda preocupa. Vitrine /página 6
Ciência & Tecnologia
Brasil dispõe de moderno acelerador de eletrons
Boas Notícias / página 12
Aniversário da cidade
Aos 121 anos, BH tem muitos desafios
Minas - BH / página 4
ADRIANO SÉTIMO - VISUALHUNT / CC By-NC-SA
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Opinião
Informativo Mensal AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
Então é Natal!
lógico e no religioso, é uma data de reflexão que sugere deixar de lado o egoísmo e a vaidade, cedendo lugar aos sentimentos de perdão, compaixão e empatia, generosidade e compartilhamento, humildade e desapego. Distribuir presentes, festejar com alegria, exaltação e fartura em um ambiente de igualdade e fraternidade nos enriquece espiritualmente. Melhor ainda para todos nós, se compreendermos a importância de respeitar a diversidade física, cultural e filosófica de nossos semelhantes, de modo a permitir o equilíbrio com o planeta e toda forma de consciência universal. Este é o presente que esperamos de Papai Noel. Então sim, é Natal.
Carta do Leitor*
Editorial
Este é um espaço para você, leitor. Mande sua opinião, reclamações, sugestões e elogios para o Jornal Avenida Brasil. Escreva para:
ophiciodepapel@hotmail.com
EXPEDIENTE Equipe OPHÍCIO DE PAPEL Edição e Revisão Roberta Moreira - 4425/MG Diagramação Ricardo Moreira
Contato Editoria: (31) 99222-5529 (whatsapp) Diagramação / Comercial:
(31) 99709-2969
Escritório: (31) 3281-5051 Email: ophiciodepapel@hotmail.com
Comercial Rodrigo Moreira
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Tiragem (Distribuição Gratuita) 5.000 exemplares
* Carta ao Leitor, Causos e Refletindo, são opiniões livres e gratuítas de amigos e colaboradores
Impressão Gráfica O Tempo
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Pois é, está chegando o Natal. É uma comemoração que vem de antes da cristandade, expressa em festividades pagãs de povos do hemisfério norte, celebrando o nascimento do Deus Sol no solstício de inverno. Assimilada pela Igreja Católica no século III, a festa do Natal passou a comemorar o nascimento de Jesus como um estímulo à conversão dos povos pagãos. Embora seja comemorado por muitos não-cristãos, o Natal e o Papai Noel (uma figura mitológica popular, em muitos países associada com a figura do bom velhinho, ocupado em presentear as crianças) são hoje os principais ícones da festividade, transformando, no nosso tempo, no principal movimento comercial do ano. Muito bem, no significado mito-
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Uma Avenida chamada Brasil A Avenida Brasil é presença constante na vida de muitas gerações de Belo Horizonte. São pouco mais de dois quilômetros de extensão com um comércio variado, algumas esquinas marcadas pela boemia, praça, canteiro e antigas residências com bela arquitetura. A avenida, que foi inaugurada em 1897, junto com a capital, é caminho diário de muitos, como o livreiro e responsável pela Editora Ramalhate, Álvaro Gentil, que por ali passa, de casa para o trabalho há mais de duas décadas. É também caminho de centenas de médicos que mantêm seus consultórios na região hospitalar, laboratoristas, jovens estudantes dos colégios Arnaldo e Logosófico, caminho dos feirantes floristas das sextas-feiras na Av. Carandaí e também dos artesãos da Av. Bernardo Monteiro. Caminho diário, há mais de 40 anos, do seu Geraldo, o Rei da Bateria. E por falar em Rei, também é reinado do Cláudio, o Rei do Omelete. É para esta Avenida Brasil, a de cada um de nós, é que nasce agora este informativo mensal. Pensamos em quantas histórias temos para contar aqui, com um desfile de personagens do dia e da noite. Histórias de boemia, do velho boteco Sopa Carioca, da roda de samba do Brasil 41, dos ensaios dos blocos no entorno da Brasil, como o “Todo Mundo Cabe no Mundo”, criado pelo artista plástico Marcelo Xavier, que tem como premissas a paz, a liberdade e a diversidade; das histórias divertidas da dona Albertina, que há 52 anos mora na região, dos quais 10 na Av. Brasil e outros 42 na sua quase esquina. Vida que segue, comércio que cresce. Pessoas que vêm e vão pela
Brasil a caminho da feira Tom Jobim aos sábados, para um bate-papo com os amigos depois do trabalho, no calçadão do Paracone, tomar um chope gelado, assistir à uma peça teatral no Teatro da Maçonaria, passar no Oratório para degustar um “sem culpa” e outros petiscos para comer rezando. Fazemos o jornal para você, que tem um pedacinho de vida na Avenida Brasil. Nesta edição de estreia, antigos moradores e lojistas, lembraram do comércio de outrora e da vida noturna, como as noites da Maria Cebola na Nova Camponeza (com “Z” mesmo). Em outra reportagem, muitos pediram uma solução do poder público para o sério problema dos moradores de rua, que vivem em condições indignas e que transformam a paisagem urbana com seus barracos improvisados. Muitos levam o problema para a porta do comércio, abordando lojistas e clientes e transformando a via pública em banheiro durante a madrugada. O que se quer, além da segurança e da harmonia, é que àqueles que vivem em situação de rua, seja devolvida a dignidade. Para as próximas edições deste nosso informativo Avenida Brasil, desejamos a sua sugestão na elaboração de pautas. Você, caro leitor, que vive o dia a dia da região, é quem pode nos ajudar a fazer um jornal melhor. E desde já, contamos com a sua opinião e esperamos que este veículo de interação possa cumprir seu papel de debater e buscar soluções para um ambiente de vida e trabalho melhor nesta nossa querida Avenida Brasil. Abraços a todos!
Mande sua sugestão de pauta para o email: ophiciodepapel@hotmail.com
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Brasil - Mundo
AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
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eunidos em Buenos Aires em 1º de dezembro, os líderes do G20, aprovaram a declaração final na qual destacam a irreversibilidade do Acordo de Paris, firmado por várias nações com o compromisso de adoção de medidas para atenuar os impactos do aquecimento global. Os termos desse acordo enfrentam resistência de líderes de países como Estados Unidos, China e Índia. A declaração final traz ainda um apelo pela ajuda internacional aos países em situação de endividamento, ao cumprimento das regras fixadas e detalham como prioridades o combate à fome e a implementação de medidas de igualdade de gênero. O documento tem oito páginas e menciona os temas de forma ampla, evitando questões polêmicas na busca pelo consenso. Segurança financeira “Apelamos ao FMI e ao Banco Mundial para trabalhar com os mutuários e credores para melhorar o registro, monitorização e relatórios transparentes das dívidas pública e privada. Aguardamos com expectativa a revisão da condicionalidade do programa pelo FMI e a revisão de sua política de limites de dívida.” Dívidas internacionais “Trabalharemos no sentido de aumentar a transparência e a sus-
tentabilidade da dívida e melhorar as práticas de financiamento sustentável por mutuários e credores, tanto oficiais como privados, incluindo o financiamento de infraestrutura.” Comércio internacional “Reafirmamos nossa promessa de usar todas as ferramentas de políticas para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo e salvaguardar os riscos negativos, intensificando nosso diálogo e nossas ações para aumentar a confiança.” Inclusão “O acesso à educação é um direito humano e uma área de política pública estratégica para o desenvolvimento de sociedades mais inclusivas, prósperas e pacíficas. Sublinhamos a importância da educação das meninas.” Segurança digital “Apoiamos o livre fluxo de informações, ideias e conhecimento, respeitando as estruturas legais aplicáveis e trabalhando para construir a confiança do consumidor, a privacidade, a proteção de dados e a proteção dos direitos de propriedade intelectual.” Alimentação “É crucial para alcançar um mundo livre da fome e de todas as formas de desnutrição.”
G20 ARGENTINA ON VISUALHUINT / CC BY
Declaração final do G20 reafirma Acordo de Paris
Líderes das 20 maiores economias do planeta reunidos em Buenos Aires no dia 1º de dezembro
Igualdade “Continuaremos a promover iniciativas destinadas a pôr fim a todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas e à violência baseada em gênero. Comprometemo-nos à promoção do empoderamento econômico das mulheres.” Saúde As metas incluem abordagens para melhoria do sistema de saneamento, o fim da contaminação por HIV/AIDS e de doenças, como tuberculose e malária. Refugiados O documento menciona a preocupação comum com os “grandes movimentos de refugiados” e a necessidade de implementar “ações compartilhadas” para abordar as causas profundas do deslocamento e responder às crescentes necessidades humanitárias.
Clima “Os signatários do Acordo de Paris, que aderiram ao Plano de Ação de Hamburgo, reafirmam que o Acordo de Paris é irreversível e comprometem-se a implementá-lo integralmente, refletindo responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz de diferentes circunstâncias nacionais. Continuaremos a enfrentar as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico.” Fontes de energia O documento destaca também o “papel crucial da energia” para ajudar a moldar o futuro compartilhado. No entanto, a declaração apela para que a busca por novas alternativas de energia seja baseadas em “segurança, sustentabilidade, resiliência, eficiência, acessibilidade e estabilidade”.
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Informativo Mensal AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
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Região Hospitalar, que recebe grande movimentação de pedestres, é a primeira área de Belo Horizonte adaptada para o projeto Zona 30. As intervenções viárias executadas nos últimos dois meses em interseções da rua dos Otoni com avenida Alfredo Balena, na rua Padre Rolim com avenida Bernardo Monteiro, na avenida Bernardo Monteiro com rua dos Otoni e na avenida Carandaí com rua Piauí pretendem oferecer maior conforto e segurança ao pedestre, crianças, idosos, pessoas com dificuldade de locomoção e ciclistas. O projeto Zona 30 prevê o estabelecimento de vias locais com velocidade máxima de 30km/h para veículos. Nos locais em que foi adotado, o projeto resultou na redução significativa do número de acidentes nessas vias, com maior espaço para convivência e melhor acesso a serviços. Com o tratamento viário, os trechos da rua dos Otoni, entre avenida Alfredo Balena e avenida Francisco Sales, e da avenida Bernardo Monteiro, entre avenida Brasil até a avenida Alfredo Balena, se transformam em uma Zona 30. Para isso, as calçadas foram
ampliadas e adaptadas para garantir acessibilidade para todos. O trabalho inclui instalação de rotatória, revitalização de faixas de pedestres e sinalizações indicativas e de regulamentação de velocidade para 30 km/h, placas indicando o compartilhamento da via por pedestres, ciclistas, motos e carros, além de pinturas no solo. A importância da obra para a região hospitalar é a garantia de segurança para as pessoas que precisam ter acesso aos hospitais, centros de saúde, faculdade, escolas e ao comércio. O tratamento diferenciado da área é necessário para garantir a segurança de todos, em especial dos mais vulneráveis a acidentes, como idosos, pessoas com mobilidade reduzida, pedestres em geral e ciclistas. Tendência Mundial A instalação de Zonas 30 é uma medida contemporânea e vem sendo aplicada em diversos países, como Inglaterra, Holanda, França, Áustria, Espanha, Canadá, México, dentre outros. As cidades alemãs de Bremen e Leipzig, com as quais Belo Horizonte mantém uma parceria desde 2012, também
BH aos 121 anos ascida para ser a capital política e administrativa de Minas sob influência das ideias do positivismo, em um ambiente de ideologia republicana, Belo Horizonte foi inaugurada, em 12 de dezembro de 1897. A nova capital foi traçada na prancheta do engenheiro Aarão Reis, que planejara uma cidade com crescimento limitado. Mas ao contrário do esperado, cresceu e muito, tornando-se uma das mais importantes metrópoles do país E agora, o que esperar desta velha senhora com pressa de se modernizar? Diante deste novo mundo com novas perspectivas e desafios, diante de uma cultura globalizada de consumo e de tanta violência e desigualdade, não podemos
esperar nada menos que o debate e o bom senso. Que todos possam ter acesso a moradias com saneamento básico, segurança, escolas com educação de qualidade, que permita sim, o ensino filosófico, o debate, o incentivo ao consumo consciente, sem faltar o ensino tecnológico e profissional. Que a saúde seja eficiente e que seja implantada uma política de mobilidade urbana inclusiva. Afinal qual a função da cidade além de promover o conforto, o bem estar e a felicidade de seus habitantes, num ambiente seguro e propício à liberdade? Esta é a cidade que gostaríamos já no seu aniversário de 122 anos.
são exemplos de instalação de ambientes com restrições amigáveis para os carros e prioridade da segurança dos pedestres. No Brasil, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já contam com áreas que tiveram
as velocidades dos automóveis limitadas para o uso seguro da circulação de pedestres e dos ciclistas. Até o fechamento desta edição, as obras ainda não haviam sido concluídas.
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ROBERTA MOREIRA
Avenida Bernardo Monteiro é a primeira Zona 30 da capital
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Gente & História
AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
Refletindo*
A via que nasceu junto com a cidade
Colaborador: Álvaro Gentil
Editor / Editora Ramalhete alvarogentil@editoraramlhete.com.br
Minha Avenida Brasil
Av. Brasil entre Av. Carandaí e Rua Timbiras, em foto tirada em 1975
E
la não é a maior avenida de Belo Horizonte, pois a maior é a Otacílio Negrão de Lima, com seus 18,63 quilômetros de extensão na orla da Lagoa da Pampulha. Também não é a mais famosa, especialmente para quem desembarca na Rodoviária e depois de atravessar a Praça Rio Branco, tem sempre como referência, a Avenida Afonso Pena. Mas com certeza, a Avenida Brasil, com seus pouco mais de dois quilômetros, nascida junto com a capital, em 1897, é das mais importantes e cheia de histórias que podem ser contadas e recontadas. Seus antigos sobrados próximo à Praça Floriano Peixoto, seu comércio diversificado e sua vida noturna, tanto no seu início, no Bairro Santa Efigênia, como no seu final, no Bairro Funcionários, podem surpreender. Conforme bem descreve o autor de “Gardênias para Ti – Breve Passeio pelas Ruas de BH”, Edições C.L.A. – 2001, Nilseu Martins, “Quem se dispõe a percorrê-la devagar numa tarde de feriado, por exemplo, pode ter agradáveis surpresas e, se estiver receptivo, encantar-se. Logo no começo, a Praça Floriano Peixoto e suas gigantescas palmeiras abrigando maritacas e outros psitacídeos, bem-te-vis, rolinhas, muitos pássaros, abre-se como um lago, desses que deixam fluir uma grande nascente”. Por ali, casarios baixos e pequenos sobrados até a esquina da Álvares Maciel, formam o endereço da boemia, que impera nas noites com o tradicional Brasil 41 e suas rodas de samba, passando pelo Rei do Omelete, até o Oratório. Ao atravessar a rua, depara-se com a Igreja Santa Efigênia, padroeira dos militares e daqueles que desejam adquirir a casa própria. Mais adiante, o Teatro da Maçonaria, que reserva bons programas culturais e próximo a ele, na Rua Padre Marinho, que faz esquina com a Brasil, o Teatro do Sesiminas, também dedicado a espetáculos de música e encenação teatral.
APCBH/ASCOM
Ela não é a maior e nem a mais famosa de BH, mas sua importância é inegável
Na Avenida Carandaí, esquina com a Avenida Brasil, a Feira de Flores alegra as sextas-feiras da região e cede, no dia seguinte, o lugar para a Feira Tom Jobim, de Antiguidades e Comidas Típicas. O autor Nilseu Martins lembra que o “Tiradentes” de bronze no cruzamento com a Avenida Afonso Pena marca o início do bairro dos Funcionários. Seguindo em direção à Praça da Liberdade, lá estava a Nova Camponeza (isso mesmo, com “Z”), onde, pelo menos uma vez por semana, havia a “Noite da Maria Cebola”, em que as mulheres tiravam os homens para dançar. Era o point da gente madura que queria se divertir com dança de salão. No quarteirão das palmeiras, que levam à Praça da Liberdade, outro ponto da boemia, a antiga e tradicional “Sopa Carioca”, na esquina com Rua Bernardo Guimarães. Hoje, pode ser chamado de Esquina Brasil ou Ponto dos Amigos. Mas a referência é sempre “Sopa Carioca”. “Mais acima, a Av. Brasil torna-se mais formal – descreve Nilseu Martins em suas ‘Gardênias’ – As linhas onduladas do edifício Niemayer, na esquina da Praça da Liberdade, parecem acompanhar o balanço das palmas: linda ilusão de ótica...”. A Avenida Brasil termina na quina do quarteirão do Palácio da Liberdade, mas continua do outro lado, em frente à Casa Fiat de Cultura, para encerrar seu trajeto na Rua da Bahia, esquina com Professor Antônio Aleixo, em frente ao Minas Tênis Clube. Seu trecho final adquiriu, em 1984, o nome de Praça José Mendes Júnior. Fontes de pesquisa: GOMES, Leonardo José Magalhães. Memória de Ruas: Dicionário Toponímico da Cidade de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Cultura. Museu Abílio Barreto, 1992. MARTINS, Nilseu. Gardênias para Ti – (Breve Passeio pelas Ruas de BH). Belo Horizonte. Edições C.L.A., 2001. Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.
É bem verdade que esta relação tão significativa para mim, rica em memórias e já distante no tempo, se faz presente ainda hoje em meu dia a dia. O meu primeiro emprego em Belo Horizonte, no início dos anos 1980, no extinto Banco Nacional, foi na Agência São Lucas, situada à av. Brasil, próxima à Igreja de Santa Efigênia, em um quarteirão em que convivíamos com a romântica boemia dos saudosos Tulipão e bar do Manoel. Deste meu início de convívio com esta importante via da cidade, até os dias de hoje, as transformações foram muitas, em mim e na avenida, mas não o suficiente para nos distanciarmos. Após alguns anos de volta à minha terra natal – Ituiutaba, eis que em meu retorno para Belo Horizonte, em 1994, vejo-me novamente ligado a Av. Brasil, por suas esquinas. Foram 19 anos como livreiro no Café Book, na Pe. Rolim esquina com Av. Brasil, e morando nas esquinas da Grão-Pará e da Ce-
ará com a Brasil. A rotina, o trabalho, o desenrolar dos dias tinham a avenida Brasil como principal referência. Todo esse período vivido nesta poderosa artéria da cidade credenciou-me a ter uma proximidade, uma identificação própria, e até uma intimidade com ela, em que dialogamos em silêncio, através do olhar amoroso consolidado pelo passar dos anos e das muitas histórias passadas e presentes. Hoje continuo ligado a ela, trabalho na R. Domingos Vieira, agora vizinho da Brasil. Inevitavelmente, diariamente, eu a visito por motivos vários, no caminho para o trabalho, na volta para casa, para ir ao banco, à casa lotérica, à Igreja, ao comércio - ou simplesmente para quase que, inconscientemente, saudar e reverenciar o passado, viver o presente e vislumbrar o futuro através desse convívio aconchegante e longevo que só os anos nos proporcionam. SALVE A AVENIDA BRASIL!!
Causos* Histórias de dona Albertina
ROBERTA MOREIRA
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Dona Albertina: 52 anos de histórias com a Av. Brasil
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ão 52 anos transitando diariamente pela Rua Ceará e Avenida Brasil. Dona Virgínia Humbertina, carinhosamente chamada Albertina pelos vizinhos e comerciantes, se lembra de muitas histórias engraçadas, contadas com leveza e bom humor, desafiando sua memória aos 91 anos de idade. Dona Albertina, mãe de oito filhos, avó de 12 netos e bisavó de cinco bisnetos, se orgulha de ter formado uma família cheia de histórias, tendo como cenário a Rua Ceará, entre a Av. Brasil e Rua dos Otoni. E uma das mais divertidas delas é a dos filhos brincando de pega-pega na adolescência, com os amigos da rua. “Um dos meninos era afilhado do Juscelino Kubitschek e de dona Sarah. No imóvel que hoje abriga uma loja de meias, aqui na Rua Ceará, funcionava uma funerária. Ele, para não ser pego na brincadeira, escondeu em um dos caixões, pegou no sono, o dono da loja não viu, fechou o estabelecimento e foi embora. No dia
seguinte, quando abriu a loja, o menino levantou a tampa do caixão e foi gente correndo assustada para todos os lados. Até hoje o apelido dele é Defunto”, conta rindo. E “Defunto” mora hoje na casa da dona Albertina, com ela, mais dois filhos dela, seus quatro netos, a cadelinha Milu e os gatinhos Tchela e Wakanda. Outra história que dona Albertina gosta de contar é a de dois de seus netos que moravam com ela e quando eram crianças brincavam de “pegador” e acabaram repreendidos pela polícia. “Eles corriam de um lado para outro na Rua Ceará com Brasil. Passou uma viatura e os policiais acharam que se tratava de um assalto seguido de fuga. Colocaram os dois contra a parede e perguntaram onde moravam. Eles apontaram a minha casa. O policial, quando me viu, sorriu e disse que era a primeira vez que quase cometia um erro”, lembra os bons tempos em que a molecada podia brincar na rua sem perigo.
Avenida Brasil
Informativo Mensal AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
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m problema sério para o comércio e um desafio para o poder público é a presença constante de moradores de rua nas ruas Maranhão, entre Domingos Vieira e Álvares Maciel e nas Avenidas Brasil, próximo ao Batalhão da Polícia Militar, além da Av. Bernardo Monteiro, esquina com Padre Rolim. Os lojistas chamam a atenção da Prefeitura de Belo Horizonte para a busca de soluções que permitam que seus clientes tenham tranquilidade nas compras e os moradores de rua, a chance da promoção do resgate da dignidade e um acolhimento justo. Lanchonetes, padarias e cafeterias estão entre os comércios que mais sofrem com o assédio. Uma das responsáveis por uma dessas lojas, que possui mesas e cadeiras na calçada para lanche, reclama, pedindo para não ser identificada. “O cliente, antes de pisar dentro do estabelecimento, é abordado na porta por um morador ou moradora de rua, já que eles fazem rodízio para pedir dinheiro. Depois de entrar e fazer seu pedido, o freguês leva o lanche para a mesa da calçada e não tem mais sossego. Muitas vezes, desiste, volta para dentro, para comer em pé no balcão. Eles pedem dinheiro o tempo todo”. A proprietária de um café na Avenida Brasil, Vanessa Criscolo, reclama das abordagens, segundo ela, muito agressivas. “Eles pedem comida. Sei que se eu der, toda hora virão pedir mais. Com a recusa, eles fazem gestos obscenos na porta da loja e xingam palavrão sem se importarem com
a presença dos clientes”, lamenta. Segundo ela, já houve invasão de lojas na região de madrugada. “Em uma loja vizinha, houve roubo de comida, botijão de gás e até TV. Eles foram flagrados pela câmera e sumiram depois de identificados”, conta Vanessa, que mantém seu café há dois anos na região. Na Av. Bernardo Monteiro, uma lojista que pediu para não ser identificada, diz que os moradores de rua na região dos fícus improvisam varal e penduram roupa para secar, além de ocupar o passeio com barracas o dia todo. “Eles têm cinco cachorros, um deles está com leishmaniose. Um dos moradores de rua esteve mal, com tuberculose. Ele está sumido. Receio até que já tenha falecido. Alguns se drogam e outros brigam, visivelmente motivados pelo alcoolismo”. Nas esquinas das ruas Maranhão com Álvares Maciel, o comerciante Michael Jesuíta, franqueado de uma loja de colchões, conta que apesar de alguns moradores de rua dormirem na porta de sua loja, nunca se sentiu incomodado, mas reconhece que muitos lojistas sofrem com a presença deles. “Acredito que apesar de os agentes da Prefeitura virem abordá-los, com oferta de abrigos, muitos não querem deixar a rua, talvez por considerarem a possibilidade de perder a liberdade, mas vejo que de fato é desagradável fazerem da porta de algumas lojas um banheiro público. Até camisinha usada amanhece no local”, conta Jesuíta.
FOTOS ROBERTA MOREIRA
Lojistas querem solução para moradores de rua
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O passeio da Rua Maranhão com Domingos Vieira virou abrigo para moradores de rua
Debaixo do que restou dos ficus, o abrigo de pertences de pessoas em situação de rua
Na Av. Bernardo Monteiro com a R.Padre Rolim, na obra da Zona 30, um improviso de varal
O que diz a Prefeitura de BH Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclarece que, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, procura constituir um vínculo de confiança entre os moradores de rua e as equipes de abordagem para construir um caminho de saída das ruas. A PBH mantém Unidades de Acolhimento nas quais as pessoas em situação de rua podem se higienizar e utilizar banheiros, pernoitar e fazer refeições, em algumas delas podendo até morar. Além disso, toda a população que, segundo a PBH, se declara em situação de rua tem acesso gratuito às refeições nas 4 unidades do Restaurante Popular e no Refeitó-
rio da Câmara Municipal. A PBH esclarece ainda que, por meio da Secretaria de Política Urbana, realiza periodicamente intervenções tanto na Av. Bernardo Monteiro quanto nas ruas Domingos Vieira e Maranhão, para a gestão do espaço urbano, e acrescenta que é garantida a posse dos pertences pessoais destes moradores de rua, admitido o auxílio de um veículo de tração humana de pequeno porte. Já foram recolhidos mais de uma tonelada de materiais inservíveis nas ruas Domingos Vieira e Maranhão. Na Av. Bernardo Monteiro, a PBH recolheu 4,5 toneladas de materiais inservíveis. Nas ações, foram mais de 60 abordagens orientativas.
As joaninhas e crisopídeos são insetos que podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas e arborizações. São uma esperança no combate às moscas brancas que atacam os fícus da Avenida Bernardo Monteiro. E foi pensando nesse controle de pragas urbanas que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) criou uma biofábrica. O local, que começou a produzir os insetos em outubro, está instalado na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras. De acordo com o gerente de ações para sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e doutor em Entomologia, Dany Silvio Amaral, os insetos estão sendo criados em laboratório, com dieta e temperatura controladas. “A biofábrica conta com três ser-
vidores da Secretaria de Meio Ambiente e, atualmente, a criação está em processo de consolidação, com o aumento da população. Espera-se que em um futuro próximo possam ser iniciadas as doações de kits com joaninhas e crisopídeos”, explicou Dany Amaral. As primeiras joaninhas foram coletadas no Centro de Vivência Agroecológica Capitão Eduardo e levadas para reprodução. “Ainda estamos fazendo capturas de joaninhas adultas pela cidade e levando para a biofábrica. A maioria tem sido capturada no Centro de Vivência Agroecológica”, explicou o idealizador do projeto. Já os crisopídeos foram obtidos por doação de ovos do Laboratório de Entomologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, em Viçosa
As joaninhas adultas capturadas são levadas para recipientes da biofábrica, na Casa Amarela
O exemplo francês O secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck informou que uma das estratégias de sustentabilidade da cidade é a recuperação de serviços do ecossistema nos ambientes urbanos, gerando renovação de recursos hídricos, beleza cênica,
AMIRA ISSA / PBH
Biofábrica é esperança para combater pragas dos fícus
redução de poluição, entre outros. “Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida nos logradouros públicos”, ressalta Werneck.
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Avenida Brasil
AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
Imóveis tombados ganham projeto de revitalização
Projeto prevê complexo formado por prédio histórico, largo para pedestre e residencial A coordenadora de Marketing da Somattos, Carolina Lara, explica que é uma tendência dos novos projetos agregar tantos serviços. “No Home as unidades que já foram vendidas mostram que o cliente desse tipo de produto busca praticidade e conveniência. Aqueles que irão morar no prédio são, em maioria, profissionais que trabalham no entorno (médicos, principalmente) e que gostariam de viver próximo ao trabalho. Terão comércio no entorno, além do que encontrarão no próprio prédio: lavanderia compartilhada e bicicletário. Outro perfil de interesse são os investidores: apartamentos compactos são demandados para locação ou podem ser revendidos com maior facilidade”, aponta.
GOOGLE MAPS
SOMATTOS / DIVULGAÇÃO
O complexo projetado pela Somattos e Patrimar conta, além dos imóveis tombados, com um largo para pedestre e o Home Residence. O terreno ocupado, de 2.223,75 m², contará com 108 unidades, sendo 54 apartamentos de 1 quarto e 54 de 2 quartos, que variam de 40,71m² a 73,45m². O preço de venda parte de R$ 553.098,00. A previsão de entrega é dezembro de 2019. O Home Residence oferece fitness center, piscina, espaço Spa e lounge gourmet. Alguns serviços como concierge e wi-fi nas áreas de convivência. Estará à disposição dos moradores um aplicativo, o Home Connectt. Há também os serviços pay-per-use: pequenos reparos, limpeza geral, mudança e instalações.
m conjunto comercial da década de 40, tombado pela Diretoria de Patrimônio Cultural de BH (DIPC), localizado na Avenida Brasil com Rua Padre Marinho, está em processo de revitalização pelas construtoras Somattos e Patrimar. Composto por três prédios, que comportam quatro lojas e cinco salas, funcionavam ali, durante décadas, alguns dos comércios mais tradicionais da avenida, como o Rei das Baterias, que atuou no endereço durante 40 anos (hoje Geraldo Baterias, na Padre Marinho) a sapataria Selma Calçados, a reformadora de calçados do Zé Carmo, e até mesmo o ateliê de um alfaiate do bairro de Santa Efigênia, uma profissão quase extinta. Todos eles conviviam na redondeza com outros comerciantes tradicionais, como o Bar e Restaurante Palmeiras, hoje na Rua Álvares Maciel, do seu Manoel de Paula, que até bem pouco tempo era dirigido pelo seu filho, Elias. Neste mesmo endereço, onde era possível encomendar um terno sob medida, comprar um calçado, ou mesmo reformá-lo, e colocar o
carro para rodar com uma bateria nova, ainda havia espaço para residência no segundo piso. Após os reparos internos e externos, todos esses imóveis tombados estarão convivendo com o moderno e o novo conectados por um largo, que formará uma praça de convivência e passagem de pedestres, contando com um paisagístico especialmente desenvolvido para harmonizar a paisagem local. Todos os imóveis estarão à disposição para aluguel e venda. “Quando nos foi dada a missão de restaurar o conjunto de imóveis, como uma contrapartida à construção do Home Residence, entendemos que esta é a oportunidade ideal para colaborarmos diretamente com o resgate da história de BH. Hoje, não temos o privilégio de ver os bondes e outros recursos urbanísticos que marcaram aquela época, mas teremos uma noção de como foi o bairro, que, atualmente, é um dos maiores e mais diversificados da capital”, explica Humberto Mattos, diretor comercial da Somattos.
SOMATTOS / DIVULGAÇÃO
U
A preparação para a obra de revitalização
A Somattos e a Patrimar planejam a conclusão do Home Residence em dezembro
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IMAGENS ILUSTRATIVAS - AUTORIZAÇÃO CAIXA Nº: 4-7343/2018 - CONSULTE REGULAMENTO
O imóvel tombado pelo Patrimônio Cultural
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Informativo Mensal AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
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Extrato da casca de jabuticaba Especial do Chef * combate pré-diabetes
Marcus Flávio Azevedo de Oliveira
Chef coordenador do Eixo de Gastronomia da escola profissionalizante Cedipro é o nosso convidado para inaugurar a coluna de Gastronomia do jornal Avenida Brasil. Ele honra nosso espaço e brinda o leitor com uma deliciosa receita para a ceia de Natal com seu Bacalhau Natalino com Creme de Batata Baroa.
Substância pode ser administrada de forma controlada e conter grande concentração de compostos bioativos.
U
m grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), constatou que o extrato da casca da jabuticaba, uma fruta nativa da Mata Atlântica, foi capaz de combater o pré-diabetes e o aumento do acúmulo de gordura no fígado em camundongos envelhecidos. Esses animais foram escolhidos porque o envelhecimento está diretamente associado à redução da capacidade metabólica e alterações do metabolismo hepático, glicídico e lipídico. Durante o envelhecimento há uma deficiência de controle do nível de glicose no sangue, um aumento da deposição de triglicerídeos no fígado e desequilíbrio hormonal. Além disso, é comum os idosos apresentarem dislipidemia (aumento de gordura no sangue), hiperinsulinemia (aumento de insulina no sangue), diabetes e doenças cardiovasculares. Para elevar os danos do envelhecimento, os camundongos foram alimentados com ração rica em gordura para promover ganho de peso, aumentar a gordura no fígado, estimular o aumento de gordura no sangue e aumentar os níveis de glicose. A dieta possuía cinco vezes mais gordura do que uma dieta normal. “Observamos que a ingestão do extrato da casca da jabuticaba por camundongos envelhecidos, submetidos a uma dieta com alto teor de gordura, também causou a diminuição no ganho de peso, do aumento de gordura no sangue e do excesso de glicose no sangue e melhorou o HDL (colesterol bom) dos animais, entre outros benefícios”, disse a coordenadora do projeto, Valéria Helena Alves Cagnon Quitete, professora do IB-Unicamp.
e o processo inflamatório e favoreceu uma melhoria na morfologia do fígado. Agora, os pesquisadores estudam o uso do extrato da casca de jabuticaba no atraso da progressão do câncer de próstata em camundongos transgênicos. Os resultados preliminares mostraram diminuição das lesões. “Percebemos uma melhora substancial na morfologia da próstata dos camundongos, além da diminuição do estresse oxidativo e da inflamação. A diminuição da inflamação e o equilíbrio do estresse oxidativo levou a uma melhora tecidual e molecular da próstata dos animais”, afirmou Quitete. O extrato da casca da jabuticaba foi desenvolvido em uma parceria entre pesquisadores do IB e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp. Por meio da parceria, os pesquisadores conseguiram produzir um extrato da casca da fruta que pode ser administrado de forma controlada e com grande concentração de compostos bioativos (substâncias que ocorrem naturalmente em alimentos e que interferem positivamente no metabolismo, mas que não são nutricionalmente necessárias). As análises químicas do extrato de casca de jabuticaba demostraram que o composto possui um alto teor de compostos fenólicos, como as antocianinas, presentes também no vinho tinto, com efeitos positivos no metabolismo orgânico. O extrato resultou no depósito de uma patente, que está em processo de licenciamento por uma empresa brasileira. (Fonte: Agência Brasil)
INGREDIENTES:
Bacalhau 1 kg de bacalhau em lasca Para o Molho Cremoso de batata baroa - 80 g de manteiga ou margarina sem sal - 3 colheres (sopa) cheias de farinha de trigo - 1 litro de leite integral - 3 gemas - 1 pitada de açafrão - Noz-moscada a gosto - Sal a gosto - Molho de pimenta de cheiro pronto a gosto - 400 g de batata baroa cozida e espremida - 1 xícara (chá) de parmesão ralado na hora - 200 g de creme de leite
MODO DE PREPARO:
Bacalhau Refogue levemente o bacalhau e reserve
MOLHO CREMOSO DE BATATA BAROA
Derreta a manteiga em uma panela média. Acrescente a farinha de trigo e deixe dourar. Inclua o leite, mexendo rapidamente até engrossar ligeiramente. Desligue o fogo quando atingir o ponto de fervura. Acrescente as gemas, o açafrão, sal, noz-moscada e molho de pimenta e misture bem. Aguarde esfriar completamente e misture os demais ingredientes e reserve.
MONTAGEM DO PRATO
- Manteiga ou margarina sem sal (Q.B.) - 150 g de requeijão cremoso - 2 alhos-porós cortados em rodelinha e refogados na manteiga - 200 g de queijo prato ralado grosso Unte um marinex retangular ou oval grande com manteiga ou margarina. Disponha metade do molho reservado, o bacalhau, o requeijão cremoso e o alho-poró. Finalize com o restante do molho. Salpique por cima o queijo prato. Leve em forno a 200 graus até gratinar e retire e sirva.
MOUSSE DE JABOTICABAS E por falar em jabuticabas, em tempos de pés carregados, nada como uma receita saborosa para uma sobremesa simples e nutritiva para curtir a chegada do verão. Vamos de Mousse de Jabuticabas?
INGREDIENTES:
vv - 3 litros de jabuticabas vv - 200 gramas de creme de leite vv - 125 gramas de gelatina sem sabor vv - 395 gramas de leite condensado vv - ½ litro de água Lave bem as jabuticabas, e coloque-as para cozinhar em ½ litro de águaem fogo médio, por 20 minutos. De vez em quando dê uma mexida e aperte as jabuticabas com uma escumadeira para extrair o suco com maior rapidez. Uma vez cozidas, coe as frutas para obter o suco. Após esfriar, reserve 200 ml do suco para o preparo da mousse. No liquidificador, jogue primeiro o suco, depois o creme de leite, em seguida o leite condensado e por último, a gelatina incolor. Bata todos os ingredientes e preencha uma forma de sua preferência ou coloque em taças individuais. Leve à geladeira por 24 horas. Você pode enfeitar com folhinha de hortelã e jabuticabas no momento de servir.
www.pexels.com
As análises mostraram que a dieta impediu o ganho de peso
BACALHAU NATALINO COM CREME DE BATATA BAROA
Passos a seguir para fazer esta receita:
Os estudos analisaram ainda qual a quantidade adequada para consumo, já que a dieta oferecida aos camundongos possuía cinco vezes mais lipídeos do que uma dieta normal. Outras pesquisas já indicavam que, se os animais consumissem essa dieta por 60 dias, seria suficiente para desenvolverem pré-diabetes e alterações hepáticas.
marcusfao@gmail.com / @culinariandobh
Bom Apetite !
Lazer & Agenda
AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018 ESTREIAS DO MÊS NOS CINEMAS DE BH O RETORNO DE MARY POPPINS
Diretor: Dan Fogelman Elenco: Oscar Isaac, Olivia Wilde, Annette Bening, Antonio Banderas, Mandy Patinkin, Jean Smart País de origem: EUA Gêneros: Drama / Romance Classificação etária: 16 anos O relacionamento vivido pelo casal Will e Abby Dempsey é contado de geração em geração por diferentes décadas e continentes, desde as ruas de Nova York até Espanha, conectando pessoas em bons e maus momentos de suas vidas.
Diretor: Rob Marshall Elenco: Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Ben Whinshaw, Meryl Streep, Colin Firth, Dick Van Dyke País de origem: EUA Gêneros: Comédia / Musical / Família Classificação etária: Livre Durante a Grande Depressão em Londres, Mary Poppins retorna com seu fiel amigo Jack para ajudar Michael e Jane Banks, agora adultos, que sofreram uma perda e precisam da magia da babá para trazer de volta a alegria para sua família.
AQUAMAN Diretor: James Wan Elenco: Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Nicole Kidman, Patrick Wilson, Yahya Abdul-Mateen País de origem: EUA Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia Classificação etária: 12 anos Arthur Curry, mais conhecido como Aquaman, ganha seu filme solo na DC Comics após “Liga da Justiça” e vai enfrentar uma batalha ao lado da poderosa Mera para defender Atlantis de inimigos que querem dominar o fundo do mar.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br Heroína da Independência do Brasil, defensora do Convento da Lapa Forçado
© Revistas COQUETEL
Primeira letra do alfabeto hebraico
Raro, em inglês Seu valor é 3,14 (Mat.)
Técnica como o shiatsu (Med.)
Enaltece; elogia Compõem a meada
Delata; denuncia Lago, em francês
Infortúnio Aceitar como filho (jur.) Drica Moraes, atriz
A classe eclesial Material da boneca Emília (Lit. inf.)
www.cinemanoescurinho.com.br / facebook.com/cinemanoescurinho/
Bebida alcoólica base do mojito
Que não é tônico
Naipe com o trevo de três pontas 4(?), tecnologia de smartphones Moral
Antigo altar de sacrifícios religiosos
@cinemanoescurinho @CinemaEscurinho Dispersão judaica terminada em 1948
Fantasia de Carmen Miranda Decisão de recurso em tribunal BANCO
Autor: Peter Rossi
Um livro para ser lido sem pressa e com o coração. Com simplicidade e delicadeza apresenta crônicas poéticas e bem construídas através da memória afetiva do autor.
Editora: Ramalhete Onde encontrar: Livraria Ouvidor, Leitura Patio Savassi, Livraria Canto do Livro e Livraria da Rua. Preço: R$ 40,00
Autor: Fernando Pessoa
Reúne 14 textos que Pessoa deixou concluídos e revisados, três deles antes inéditos em livro. O volume traz também três contos do escritor norte-americano O. Henry traduzidos por Pessoa.
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Estante
Antigo videogame do jogo "Pong"
Oersted (símbolo) Fruto do Dia de Reis
3/lac. 4/alef — rare. 5/ética.
Fonte:
Corpo das algas (Bot.) Falsifica- Militar da do; adul- área da terado saúde
Peça Rival do usada na Filme de Popeye canoagem Charles Chaplin (HQ) (pl.)
Cafés açaí Bebidas de Chocolates pão de queijo salgados tortas e bolos quitutes doces
Editora: Carambaia Páginas: 160 Preço: R$ 49,90
Diário de Um Fantasma – Parte 2 Autor: Fernando Righi
O autor conta que a história eterniza alguns companheiros que já se foram e outros jovens artistas da “geração Coca-Cola”, querendo reinventar o mundo Editora: Santo Ambrósio
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A VIDA EM SI
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Boas Notícias
Informativo Mensal AVENIDA BRASIL / Dezembro de 2018
Brasil inaugura 1ª etapa de construção do Sirius
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Projeto de produção do acelerador de elétrons é a maior aposta científica brasileira ração até 2021. Entretanto, o modelo foi desenhado para permitir upgrades no futuro, que permitem ampliação para até 38 estações experimentais.
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Nesta fase do projeto foram concluídas as obras civis e o prédio que abriga a infraestrutura de pesquisa. Dois dos três aceleradores de elétrons estão concluídos. Esses equipamentos geram a luz síncrotron, de altíssimo brilho, capaz de revelar estruturas de materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas, em alta resolução. Com a tecnologia, feixes de elétrons com espessura 35 vezes menor que um fio de cabelo são acelerados até atingir velocidade
Estrutura
ROVENA ROSA / AGÊNCIA BRAISL
primeira etapa da construção do Sirius, o acelerador de elétrons considerado o maior empreendimento da ciência brasileira, na cidade de Campinas, interior de São Paulo está em andamento. O presidente Michel Temer inaugurou a etapa em novembro. “Sempre se diz que o Brasil é o país do futuro. Eu diria que, face a essa inauguração, o futuro já chegou. O Brasil, o estado de São Paulo, a ciência e Campinas engrandeceram”, disse o presidente. Temer destacou que o projeto, totalmente nacional, contou apenas com fornecedores brasileiros. “Presenciamos um Brasil que avança a passos largos, e passa a integrar o seletíssimo grupo de países que dispõem de um acelerador de elétrons de quarta geração”, declarou.
Fachada do Centro Nacional de Pesquisa em Energias Materiais (CNPEM), em Campinas - SP
próxima à da luz, de 300 mil quilômetros por segundo. Os elétrons viajam em túneis de ultra alto vácuo, guiada por mais de mil ímãs, numa circunferência de 518 metros. Isso pode trazer avanços nas áreas da saúde, agricultura, energia e meio ambiente. Os conhecimentos adquiridos a partir desse equipamento permitirão avanços em áreas como as de eletrônica, nutrição, meio ambiente, energia, arqueologia, segurança, medicina, entre várias outras. Será um laboratório aberto à comunidade científica internacional. De acordo com o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa
em Energia e Materiais, Antônio José Roque, os benefícios do laboratório vão bem além da análise de materiais orgânicos e inorgânicos. “Esse projeto envolve também a formação de recursos humanos, tanto dos profissionais ligados ao projeto como de pessoas que vão se utilizar dele”. Cronograma A nova etapa do projeto está prevista para o segundo semestre de 2019, com a abertura das seis primeiras estações de pesquisa. O projeto completo inclui outras sete estações, denominadas “linhas de luz, que entram em ope-
Savassi / BH R. Alagoas, 626
(31) 3047-2759 www.almanaquebar.com.br
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https://twitter.com/almanaquebh https://www.facebook.com/ChoperiaAlmanaque/
O Sirius fica num prédio de 68 mil metros quadrados, o equivalente a um estádio de futebol. Tem altos níveis de padrões de estabilidade mecânica e térmica. Para garantir estabilidade e prevenção de vibrações, foi necessário que o piso se constituísse em uma única peça de concreto armado de 90 centímetros de espessura e precisão de nivelamento de menos de 10 milímetros. A temperatura também não varia mais que 0,1 grau Celsius. O feixe de luz começou a circular em novembro em fase experimental. Os cientistas já ocupam as suas salas nos laboratórios e instalações de pesquisa, que são abertos às comunidades científica e industrial. A pesquisa efetiva terá início no próximo ano. Financiado pelo Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Sirius foi orçado em R$ 1,8 bilhão. Até agora, cerca de R$ 1,12 bilhão foram repassados para o projeto, sendo R$ 282 milhões em 2018. Fonte: Agência Brasil