As inovações tecnológicas no plantio, colheita e transporte de madeira - OpCP27

Page 34

fornecedores do sistema florestal

gestão estratégica de No mundo globalizado atual, em constantes mudanças e com acirrada competição, é necessário que se busquem ferramentas que visem acelerar o processo de tomada de decisão. Uma delas é a contabilidade de custos, pois ela, através da gestão de resultados, permite aos gestores focarem os alvos definidos pela organização, trabalhando a visão estratégica do negócio. No setor florestal, o modelo de gestão de custos exige visão de longo prazo, pois a apuração e o controle de custos efetuados hoje terão reflexos nos próximos 5, 7, 10 ou 20 anos. Daí a necessidade de uma concepção firme do pensamento estratégico para expor a direção que a empresa trilhará. O modelo de gestão de custos florestais deve ser formatado com um claro planejamento para que a empresa possa, a partir da realização, mensurar as verdadeiras causas e atuar sobre elas, visando a melhorias para os próximos planejamentos, num ciclo que se renova continuadamente. A melhor forma de medir os resultados é a adoção de um modelo funcional de gestão. O uso de conceitos adequados, estruturados e bem entendidos por todos os participantes servirá de instrumento de controle para avaliar o desempenho da empresa. O sistema escolhido deve permitir o acompanhamento e o registro das operações do dia a dia, de maneira a facilitar a análise e a tomada de decisão. A melhor maneira de se obter um bom modelo de custos é identificar e mapear os processos necessários para a obtenção dos produtos e serviços florestais. Uma empresa florestal tradicional pode definir seu modelo de gestão em grandes processos, como silvicultura e colheita, por exemplo. Pode segmentar esses grandes blocos em processos menores, como no caso da silvicultura em implantação, tratos, manutenção, proteção e infraestrutura. Pode ir além e segmentar ainda mais, como no caso da implantação: preparo do solo, plantio, combate à formiga, replantio, etc. Pode detalhar mais um nível, como, por exemplo, no caso do preparo de solo: capina química, manual, destocamento, correção de solo, etc. É bom lembrar que, além das atividades, operações e tarefas diretamente ligadas ao produto florestal (árvore, toras, cavacos, etc.), há aquelas que acontecem e são necessárias para suportar as operacionais, por exemplo: equipamentos florestais, infraestrutura, administração florestal, reparos gerais, oficinas de manutenções, segurança e combate a incêndios, etc.

custos

Deve ser definido qual é a menor unidade de alocação de custos que se deseja controlar e enquadrá-los ao modelo de gestão. Por exemplo: para o processo referente à atividade preparo de solo, o resultado do detalhamento, como produto final, pode ser o solo preparado para o plantio. Para gerarmos essa informação, é preciso considerar os insumos (herbicidas, fertilizantes, combustíveis, etc) e os recursos (dinheiro, máquinas, pessoas, serviços de terceiros, etc.). Esses insumos e recursos, quando processados, geram os produtos e os serviços. É necessário estabelecer um sistema de apontamentos para os insumos, os recursos e o controle de produção (produtos e serviços). Quanto maior for o detalhamento das informações gerenciais que se quer receber, proporcionalmente, maior será a qualidade dos apontamentos de dados na origem. É importante que todos os gestores florestais entendam como se comportam as operações florestais, identificando que a gestão não é só operacional. Ainda hoje, há gerentes florestais que acham que os controles existentes para o sistema de custos não são de sua responsabilidade. Os dias atuais pedem gestores de negócios e não gestores operacionais. O método de custeio mais utilizado pelas empresas florestais hoje é o da absorção, porém já se pode notar uma série de empresas migrando para custeio por atividade e para sistemas híbridos. A empresa deve adotar um método de custeio que venha somar ao conjunto de ferramentas que visem atender sua necessidade de informações: gerencial (gestores internos, sócios e investidores), contábil e fiscal (governos, bancos, ONGs, sociedade, futuros investidores, clientes e fornecedores). Além do público tradicional do modelo de gestão de custos, há duas grandes mudanças em curso: o Serviço Público de Escrituração Digital (SPED) e o Harmonização da Contabilidade Brasileira à Contabilidade Internacional. Um modelo de gestão de custo bem estruturado irá atender e se adequar a essas duas mudanças. Concluindo, podemos definir como um bom modelo de gestão de custos aquele que consegue, através do conceito escolhido, traduzir a visão estratégica em visão gerencial, gerando a condição para tomadas de decisões rápidas, cumprindo metas, atuando nas causas, contribuindo para a melhoria do resultado. As pessoas certas e motivadas são ainda fundamentais na busca da excelência, da inovação e da gestão.

"

Ainda hoje, há gerentes florestais que acham que os controles existentes para o sistema de custos não são de sua responsabilidade. Os dias atuais pedem gestores de negócios e não gestores operacionais. "

Lauro Jorge do Prado

34

Consultor em Gestão Empresarial na Brisa Consulting


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook

Articles inside

Silvio Frosini de Barros Ferraz

3min
pages 50-52

José Carlos Arthur Junior

3min
pages 48-49

Antonio Rioyei Higa

5min
pages 46-47

Nilton Cesar Fiedler

3min
pages 44-45

Eduardo da Silva Lopes

3min
pages 42-43

Rosana Clara Victoria Higa

3min
page 41

Luiz Fernando Schettino

3min
pages 38-39

Nathália Granato Loures

3min
page 40

Ederson de Almeida

4min
pages 36-37

Jorge Takeshi Yonezawa

3min
page 35

Toru Sato

3min
pages 32-33

Lauro Jorge do Prado

3min
page 34

Osvaldo Roberto Fernandes

3min
pages 30-31

Adriano Thiele

3min
pages 28-29

Rodrigo N. Paula e Francisco S. Gomes

3min
page 23

Augusto Valencia Rodriguez

4min
page 22

Hélder Bolognani Andrade

3min
pages 24-27

Joaquim Trecenti Barros Lordelo

3min
pages 20-21

Alexandre Schettino de Castilho

3min
page 18

Eduardo Possamai

4min
pages 16-17

Pablo de Assis Guzzo

3min
page 19

Gilmar Bertoloti

3min
pages 8-9

Joésio Deoclécio Pierin Siqueira

5min
pages 6-7

Cláudio Costa Cerqueira

3min
pages 10-11

João Fernando Borges

4min
pages 14-15

Caio Eduardo Zanardo

3min
pages 12-13
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.