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irrigação
a evolução da irrigação Durante os últimos 5 anos, na vanguarda das tecnologias das operações mecanizadas para a silvicultura, o Programa Cooperativo sobre Mecanização e Automação Florestal - PCMAF, do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais –, IPEF, tem intensificado seus esforços na avaliação, no desenvolvimento e na prospecção de novos sistemas de detecção de mudas e irrigação em campo, a pedido das empresas florestais filiadas. E é fácil entender os motivos do interesse na mecanização e automação dessa operação. A necessidade de se ter um controle maior da quantidade de água aplicada em cada muda, visando à sustentabilidade do seu uso; a necessidade de formação de novas florestas (reforma e implantação) ao longo de todo o ano, independente da condição climática; a preocupação em reduzir os acidentes pessoais; o baixo rendimento da irrigação manual, variando de 1 a 2,5 ha por hora; e a alta demanda por mão de obra – 4 a 8 operadores – fizeram com que essa operação virasse alvo de melhorias e inovações. Por isso fabricantes nacionais de implementos começaram a investir no desenvolvimento de novos equipamentos, sendo os primeiros a surgir no início dos anos 2000. Eram conjuntos semimecanizados para irrigação de uma linha, sem recursos de automação ou controle manual, constituídos simplesmente por aspersores aplicando água em um filete contínuo na linha de plantio. Entretanto o custo de reabastecimento e toda a operação logística para captação e transporte de água fizeram com que novas tecnologias fossem incorporadas aos irrigadores, evitando o desperdício, inclusive.
no setor florestal
Alguns equipamentos passaram a ter um acionamento manual, controlado pelo operador do trator, que, ao visualizar a muda durante o deslocamento da máquina, disparava a irrigação, ponto a ponto. Uma evolução natural foi a incorporação de dois irrigadores, um de cada lado do trator, aumentando o rendimento operacional. Em contrapartida, eram necessários dois operadores na cabine, acionando manual e individualmente cada irrigador. Mas, com a incorporação de poucos recursos tecnológicos, uma câmera passou a filmar o alinhamento de plantio, apresentando as imagens na cabine, facilitando a visualização e o conforto para os operadores, mas ainda contando com acionamento de irrigação na mão ou no pé do tratorista. Já no início dos anos 2010, os fabricantes de equipamento florestais incorporaram diversas tecnologias, como a adoção de um temporizador de irrigação, que abria e fechava a válvula de irrigação em função do tempo programado. Outro equipamento desenvolvido foi com a utilização de um sistema de posicionamento com DGPS (sistema de posicionamento global diferencial), onde as mudas plantadas eram georreferenciadas, e o irrigador, com o auxílio de um mapa digital, fazia a irrigação semimecanizada automatizada.
60% das empresas florestais filiadas ao PCMAF realizam a irrigação de forma semimecanizada e 25,6% ainda fazem a irrigação de forma manual "
Saulo Philipe Guerra e Guilherme Oguri Líder Científico e Coordenador do Programa Cooperativo sobre Mecanização e Automação Florestal – PCMAF/IPEF
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