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BENFICA RECEBE SETÚBAL HOJE JOGA-SE NA LUZ UM LUGAR NA FINAL DA TAÇA DA LIGA

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Director: Angela Amorim | Distribuição Gratuita | www.edvsemanario.pt |

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Diretor: Rui Alas Pereira | ISSN 0873-170 X |

DIÁRIO NACIONAL

Ano CXLVII | N.º 36

Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

LÍDER DO PS CONSIDERA ESSENCIAL UMA NOVA POLÍTICA ECONÓMICA

ROMPER AUSTER!DADE

n O secretário-geral do PS não entra em euforia face à antecipação do reembolso ao FMI do empréstimo concedido no âmbito do acordo com a troika. “Trata-se de uma operação normal, que vários países estão a adotar, aproveitando a redução das taxas de juro do BCE, mas que não altera a questão de fundo com que estamos confrontados, que é o facto de a política económica que tem vido a ser seguida não estar a produzir resultados”, refere António Costa, frisando: “Temos que ter uma nova política económica que trave a austeridade, que devolva confiança às pessoas nos seus rendimentos e que crie condições para empresas se capitalizarem e poderem elas próprias beneficiar deste novo quadro monetário”...

PORTO

Rui Moreira diz que a requalificação da Boavista é para completar quando houver dinheiro

FUNDOS

Municípios necessitam com a máxima urgência conhecer instrumentos

GRÉCIA

Syriza sente apoio do povo mas não do Governo português


2 | O Primeiro de Janeiro

local porto

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015

Rui Moreira quer completar requalificação da avenida da Boavista

“Vamos concretizar o projeto” mas com tempo O presidente da Câmara do Porto diz intenção de completar a requalificação da avenida da Boavista desde que consiga financiamento e um planeamento que impeça a paralisação da cidade. Admitindo não poder comprometer-se com qualquer cronograma, Rui Moreira destacou na reunião pública do executivo, referindo-se às ligações com a avenida Marechal Gomes da Costa e a Antunes Guimarães, que a requalificação é para avançar. “Vamos concretizar o projeto, mas neste momento não posso dizer quando haverá uma nova fase [de obras na avenida da Boavista]. Será quando tivermos recursos e conseguirmos planificar a obra, nomeadamente em dois cruzamentos fundamentais que estão em hora de ponta o dia inteiro”, referiu, acrescentando que “isso tem de ser estudado com todo o cuidado, senão a cidade para”, e vincando não poder, neste momento, “comprometer-se com o cronograma” da intervenção, até porque depois “de meses de obras”, as pessoas (comerciantes e moradores) precisam de tempo para “respirar” e recuperar dos constrangimentos.

Zona da Ribeira do Porto

Recolha de resíduos porta-a-porta

RUI MOREIRA. O presidente da Câmara do Porto diz que a obra avança quando “tivermos recursos e a conseguirmos planificar”

Ainda assim, o presidente Rui Moreira adiantou que a intervenção prioritária pode situar-se junto ao empreendimento Dallas, uma vez que a empresa municipal Águas do Porto está a “estudar uma provável intervenção” naquele local. “Se for necessária essa intervenção, então aí justificar-se-á a requalificação daquele troço”, observou. O mesmo autarca admitiu, na quinta-feira, “completar a requalificação” da avenida da Boavista, estimada em 12 milhões de euros e relativa ao troço entre o Bessa e o Parque da Cidade, numa extensão de 2,3 quilómetros, se a obra em curso na parte nascente daquela artéria receber fundos comunitários. “Se não houver candidatura aprovada, não prevejo lançar novas obras na avenida da Boavista”, frisou Rui Moreira, referindose à empreitada que não foi adjudicada pelo anterior executivo. Ontem, na sessão camarária, Rui Moreira alertou que requalificar a parte po-

ente da avenida, numa extensão de cerca de 1,4 quilómetros e um custo de cerca de cinco milhões de euros, demorou “10 anos a ser feita pelo anterior executivo”. O autarca vincou ainda que, depois de ter chegado à Câmara, em outubro de 2013, teve de dar continuidade ao concurso adjudicado para a empreitada do troço nascente da avenida, entre a rotunda da Boavista e a zona do Bessa (1,1 quilómetros), tendo gasto com as obras cinco milhões de euros. Foi esta zona de trabalhos em execução na parte nascente da avenida que a autarquia candidatou ao programa “overbooking” de fundos comunitários. A ser aprovado o cofinanciamento de 60,85%, tal permitiria à autarquia encaixar “cerca de três milhões de euros” e usar esse valor para continuar com a recuperação da mais longa avenida da cidade. “O que nos comprometemos foi a acabar com estas obras. Se a candidatura for aprovado, a Câmara fica com fundos para avançar com uma nova fase

da avenida que está a ser requalificada há dez anos. Não se pode esperar que, num mandato, se consiga resolver 80% do problema”, destacou. Rui Moreira respondia às críticas do vereador do PSD, para quem deixar a avenida entre o Bessa e o Parque da Cidade por requalificar “não faz sentido” e é “uma vergonha”. Segundo Ricardo Valente, está em causa “uma questão estrutural” porque “a zona que ficou por tocar é uma vergonha”. “Em frente ao [empreendimento] Aviz o piso está cheio de lombas. Aquilo de avenida não tem nada”, criticou o social-democrata, acrescentando: “Como se deixa uma faixa tão importante, ainda por cima a que liga as duas pontas requalificadas, por fazer?”. “O PSD governou a cidade durante 12 anos e durante 12 anos não fez nada a não ser intervir até [da praça Gonçalves Zarco] até ao Parque da Cidade, sabe-se lá porquê”, concluiu Rui Moreira.

PS/Porto aprova proposta em Comissão Política Distrital

Eleições para a concelhia a 14 de março A Comissão Política Distrital do PS/Porto marcou para 14 de março as eleições intercalares na concelhia do Porto, às quais Tiago Barbosa Ribeiro, presidente inerente, já confirmou que se candidata para honrar a memória com olhos postos no futuro. A proposta do secretariado para marcação das eleições intercalares para o dia 14 de março na concelhia do PS/Porto foi aprovada segunda-feira à noite em Comissão Política Distrital com 42 votos a favor, nove contra e duas abstenções. Tiago Barbosa Ribeiro confirmou que é candidato à liderança da estrutura concelhia, realçando que já poderia ter o poder pela via burocrática mas escolheu a via política, ou seja ir a eleições,

“num sinal de abertura e transparência”. Recorde-se que este dirigente socialista assumiu a liderança da concelhia do PS/ Porto depois da saída do vereador da Câmara do Porto Manuel Pizarro, que passou a integrar o secretariado nacional do PS, prevendo os estatutos que o militante que ocupe a segunda posição na lista fique com o cargo de presidente na comissão concelhia. Assim, o candidato recusou “assumir a liderança de uma das maiores concelhias do PS Porto sem ir a votos” com o objetivo de encabeçar uma “liderança legitimada e fortalecida pelo bom princípio republicano da livre escolha eleitoral”. Tiago Barbosa Ribeiro garante que “vai honrar a memória do PS Porto com

os olhos postos no futuro”, tendo como objetivo reforçar o trabalho dos militantes e dos autarcas e abrir a estrutura “a todos os que se revejam nele como agregador das aspirações dos portuenses”. O mesmo socialista garantiu ainda que “toda a legislação e estatutos do PS serão cumpridos e observados na realização deste ato eleitoral”. A concelhia do PS/Porto aprovou, no início de janeiro, a realização eleições antecipadas na estrutura socialista, proposta feita pelo próprio secretariado concelhio, que foi então ratificada pela maioria, com quatro abstenções. A Comissão Política Distrital aprovou ainda uma declaração política, na qual acusa o Governo de querer fazer dos municípios

“tarefeiros” do centralismo, considerando que a proposta do executivo “não configura uma descentralização, mas tão só uma delegação de competências que, em qualquer momento, podem ser reassumidas pela administração central”. “Trata-se, pois, de um método que não suscita confiança e não gera estabilidade nas políticas públicas. Na verdade, o Governo pretende fazer dos municípios uma espécie de “tarefeiros” do centralismo”, justificam. A distrital do PS/Porto reafirma também “a sua confiança na descentralização dos poderes da administração central”, mas denuncia “a intrusão permanente do poder central na autonomia do poder local”.

A zona da Ribeira do Porto dispõe desde o início da semana de recolha de resíduos porta-a-porta, um projeto que visa “melhorar as condições de limpeza daquela zona e aumentar os níveis de reciclagem na cidade” e destinado em especial ao comércio de restauração e similares. Segundo fonte da autarquia, esta iniciativa, realizada em parceria com a Lipor, junta as duas operações de recolha de resíduos recicláveis e orgânicos que já existiam na zona. No total, os projetos de recolha porta-a-porta “Baixa Limpa” (recolha seletiva de vidro, papel e embalagens) e “Restauração 5 estrelas” (resíduos orgânicos) contam já com 290 aderentes na cidade. Na Ribeira, a recolha é agora diária, “em alguns casos até bidiária”, acrescentou a fonte, adiantando que está prevista a retirada dos contentores em profundidade existentes junto à praça da Ribeira. Carnaval na Trofa

“Palhaços” é o tema do desfile de domingo

O desfile de Carnaval das escolas do concelho da Trofa, no distrito do Porto, realiza-se no domingo, com saída pelas 15h00, junto à zona da estação ferroviária, e terá como tema os “Palhaços”, anunciou ontem a autarquia local. Embora se dirija fundamentalmente a alunos, a iniciativa é aberta “a todos os foliões interessados”, individualmente ou em grupo. No final, haverá prémios para as escolas classificadas nos três primeiros lugares, e para os três melhores foliões. Além da autarquia, a organização da iniciativa mobiliza a Federação das Associações de Pais (FAPTrofa) e a Junta de Freguesia de Bougado (S. Martinho e Santiago).


regiões

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015

O Primeiro de Janeiro | 3

«Palito» só rejeita ter tido intenção de matar ex-mulher e a filha

Disparos intencionais Governo contra Cimpor

Processo por falta de licenciamento

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, informou, ontem, estar a decorrer um processo contraordenacional contra a Cimpor devido à falta de licenciamento para descarregar «petcoke», um pó potencialmente perigoso, no porto de Aveiro. O governante referiu que o processo surgiu na sequência de investigações de denúncias da população. Apesar de se ter avançado para um pedido de licenciamento, “isso não isenta a empresa de responsabilidades, que não podia desenvolver a atividade sem o licenciamento”, afirmou.

Preso no Fundão

Jovem detido por difundir pornografia infantil

A Polícia Judiciária disse, ontem, que deteve no Fundão um indivíduo de 24 anos suspeito de divulgar e partilhar na internet imagens de cariz pornográfico que envolvem crianças, muitas delas com menos de 14 anos. Segundo a PJ, o crime ocorria “pelo menos desde o ano de 2013” e que tinha como base a importação, exportação e divulgação de pornografia através de “sítios específicos da internet, mas também das redes sociais mais comuns”. Fonte policial adiantou que, “aparentemente”, o indivíduo não será autor de nenhum dos abusos que divulgava.

“Acompanhamos de perto a situação das empresas portuguesas e das nossas exportações para Angola”, afirmou. Manuel Baltazar admitiu ter atirado com intenção contra ex-sogra e tia da ex-mulher, em abrir de 2014. O presumível homicida de S. João da Pesqueira, Manuel Baltazar, admitiu, ontem, em tribunal, ter disparado intencionalmente contra uma tia da ex-mulher e a ex-sogra, a 17 de abril de 2014. Segundo a acusação, Manuel Baltazar, de 61 anos, disparou uma arma tipo caçadeira contra a filha e a ex-mulher (Sónia Baltazar e Maria Angelina Baltazar, que ficaram feridas) e duas familiares desta (a tia e a mãe, Elisa Barros e Maria Lina Silva, que morreram), em Valongo dos Azeites. Na primeira sessão do julgamento, que decorre no Tribunal de Viseu, Manuel Baltazar (conhecido por «Palito»), que andou fugido 34 dias, admitiu ter feito três disparos, os dois primeiros destinados a Elisa Barros e o terceiro a Maria Lina Silva. No entanto, negou que tivesse pretendido atingir a ex-mulher, que não soube explicar como ficou ferida, e a filha, contando que esta se atirou “para a frente da arma” provavelmente ao tentar proteger a avó.

BARREIRO. António Costa defende desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul Num depoimento confuso, que levou a constantes interrupções da juíza presidente do coletivo para esclarecimentos, Manuel Baltazar argumentou ter sido motivado por uma provocação de Elisa Barros. Contou que, a 17 de abril, se tinha deslocado ao Tribunal de S. João da Pesqueira por ter sido notificado devido ao facto de a pulseira eletrónica que usava estar constantemente a avisar que se encontrava próximo da ex-mulher. Acrescentou que, no tribunal, ficou a saber que tinha os bens penhorados. Foi então almoçar

e decidiu passar no terreno para ir buscar uma caçadeira que lá tinha, apenas com o objetivo de a guardar em casa. Foi então que se cruzou no caminho com Elisa Barros, que lhe disse: “O que é que este aqui anda a ladrar”. “Aí, perdi a cabeça, fiquei descontrolado”, admitiu, tendo-lhe dado um tiro quando ela entrou para o pátio da casa onde a ex-mulher, a ex-sogra e a filha estavam a fazer bolos para a Páscoa, apesar de dizer não saber que elas lá se encontravam. O arguido confessou que preten-

dia matá-la, mas que está arrependido. Disse não ter visto a ex-mulher e nem saber de onde apareceu a filha, que lhe agarrou o cano da caçadeira. “Assim que vi que apanhei a filha, a minha cabeça ficou perdida”, afirmou, acrescentando que depois foi embora, arrumou o carro, cortou a pulseira eletrónica e fugiu. A juíza presidente avisou que o que estava a contar contraria a contestação que fez, onde está escrito que pretendia atingir também a exmulher, não para a matar, mas para “ofender o corpo”.

Se estudos comprovarem a viabilidade

Costa aprova novo terminal no Barreiro O presidente da Câmara de Lisboa afirmou, ontem, que um novo terminal de contentores no Barreiro pode ser um projeto importante para o desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul, mas defendeu a necessidade de se fazerem estudos de viabilidade. “Desenvolver o Porto de Lisboa significa desenvolver os 11 concelhos ribeirinhos, encontrando a vocação indicada para cada um. Este projeto do novo terminal no Barreiro, sendo viável, pode ser uma âncora para o desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul”, disse António Costa. Os territórios da Quimiparque, no

GRÉCIA. Juncker e Tsipras vão reunirse amanhã para iniciarem discussões que Bruxelas espera construtivas

Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada, integram o projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das antigas áreas industriais nos três concelhos. O autarca socialista esteve no Barreiro para a assinatura de um acordo de cooperação institucional sobre a atividade portuária entre as Câmaras de Lisboa e do Barreiro e o Porto de Lisboa, numa cerimónia que decorreu a bordo de um barco da Soflusa, em pleno rio Tejo. “Este protocolo serve para se fazer os estudos para analisar a viabilidade deste terminal. O que entendemos é que é necessário

desenvolver o Porto de Lisboa e tem que se estudar a viabilidade técnica, ambiental e financeira”, explicou. O autarca referiu que será “excelente” se a solução Barreiro for viável, porque permitiria desenvolver uma infraestrutura importante para “afirmar a centralidade de Lisboa no Atlântico”. Caso contrário, as autarquias e a administração portuária terão de procurar outras soluções O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, disse que o novo terminal no concelho é um projeto que interessa a toda a Área Metropolitana de Lisboa.


4 | O Primeiro de Janeiro

nacional

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015

António Costa e a antecipação do reembolso ao FMI

Junto ao Ministério da Solidariedade

“Trata-se de uma operação normal” O secretário-geral do PS considera “normal” a antecipação do reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) do empréstimo concedido no âmbito do acordo com a ‘troika’, sublinhando que esta “não altera a questão de fundo”. “Trata-se de uma operação normal, que vários países estão a adotar, aproveitando a redução das taxas de juro do Banco Central Europeu, mas que não altera a questão de fundo com que estamos confrontados, que é o facto de a política económica que tem vido a ser seguida não estar a produzir resultados”, afirmou António Costa em Lisboa, à entrada da Assembleia Municipal da cidade. Fonte do ministério da Finanças confirmou ontem que o Governo português já enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao FMI, segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio. O líder socialista recordou “os números ontem [segunda-feira] divulgados sobre o aumento do défice exter-

Reformados protestam contra cortes nas pensões

ANTÓNIO COSTA. O líder socialista insiste numa “nova política económica”, defendendo o “fim da austeridade” em Portugal

no” e “os números do Instituto Nacional de Estatística da semana passada sobre a previsão de redução de investimento privado por falta de expectativas”, que, defendeu, “confirmam e reafirmam o que é essencial”. “Temos que ter uma nova política económica que trave a austeridade, que devolva confiança às pessoas nos seus rendimentos e que crie condições para empresas se capitalizarem e poderem elas próprias beneficiar deste novo quadro monetário que o BCE tem vindo a disponibilizar, e que não poderão beneficiar se continuarem bloqueadas no alto nível de endividamento que têm”, afirmou. O secretário-geral do PS insistiu que “a gestão da dívida é algo que é normal”, recordando que o anterior secretário-

geral do PS, António José Seguro, já tinha proposto a mesma operação e que o “essencial” é “uma mudança de política económica que dê condições para que, pondo fim à austeridade, a economia volte a funcionar as empresas voltem a investir”. António Costa defendeu ainda que “é necessário romper com a política que tem sido seguida” e que a operação iniciada pelo governo “é simplesmente renegociar dívida, não é reduzir a dívida, não é reduzir o endividamento”. “Temos que ter um novo equilíbrio entre os recursos que temos alocados ao pagamento da divida, os recursos que temos que alocar ao pagamento das nossas obrigações constitucionais, designadamente quanto aos pensionistas, e os recursos que temos que ter disponíveis para fazer

os investimentos essenciais para o futuro – como a Educação, a formação e a Ciência, capitais para o desenvolvimento)”, justificou. O também presidente da Câmara de Lisboa referiu ainda que não é possível cumprir as obrigações e fazer os investimentos necessários “com o constrangimento deste peso da dívida” e “este é o objetivo”. Para alcançar este objetivo, António Costa defende a necessidade se estar “disponível para várias soluções técnicas”. “Só no último ano devem ter surgido mais de 20 soluções técnicas para esta equação e mais poderão surgir. O que temos que ter é muito claro qual é o objetivo e uma grande maleabilidade relativamente à solução técnica adequada para o alcançar”, concluiu o líder do PS.

Municípios preocupados com os fundos comunitários

“Urgência em conhecer os instrumentos” Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), diz que as autarquias têm urgência em conhecer as regras de aplicação dos fundos comunitários e os montantes destinados a cada área. “Os municípios necessitam com a máxima urgência de conhecer os instrumentos” de aplicação dos apoios atribuídos pelo quadro comunitário de apoio Portugal 2020, pois “eles são indispensáveis ao êxito da aplicação plena” desses fundos, afirmou Manuel Machado, que falava aos jornalistas, em Coimbra, depois de ter participado numa reunião do conselho diretivo da ANMP. Como é sabido, “os municípios portugueses em geral” são as entidades que mais têm contribuído para “os níveis de realização e de aplicação positiva dos

fundos comunitários”, sustentou. Ainda não são conhecidos “os mecanismos de engenharia financeira associados à realização dos programas que estão a ser aprovados”, nem “os regulamentos próprios dos programas operacionais”, sublinhou o presidente da ANMP, defendendo a necessidade de também serem definidas “as dotações orçamentais afetadas a cada uma das medidas preconizadas” para a aplicação dos fundos europeus. “É indispensável conhecer com rigor absoluto o modo como os instrumentos financeiros vão ser aplicados, como vão ser geridos e como serão as integrações de capital nesses fundos”, sintetizou Manuel Machado. Essas regras exigem “estudos e têm de ser analisadas com seriedade e com serenidade, para não se cometerem erros que se cometeram

no passado”, advertiu o presidente da ANMP, considerando que “o pior é errar pela segunda vez” e que os municípios “não querem que isso aconteça”. Há, no entanto, “aspetos que já foram alcançados”, reconheceu Manuel Machado, adiantando como exemplos a definição de “autoridades urbanas” e a atribuição de bonificações a investimentos em territórios de baixa densidade. Mas, “agora, é preciso passar à ação com a máxima urgência”, salientou. “Tem havido avanços e ontem [segunda-feira] ficaram concluídos na comissão interministerial de coordenação do [quadro comunitário de apoio] Portugal 2020 importantes regulamentos específicos”, como o relativo às autoridades urbanas, que “são os municípios que contratualizam” com os gestores dos pro-

gramas operacionais (PO) regionais para “a realização de programas em especial de regeneração urbana”, destacou. Na mesma reunião de segunda-feira “foi igualmente conseguida a majoração positiva (bonificação) de investimentos empresariais para territórios de baixa densidade e isso é igualmente relevante”. “Acordámos o princípio político de organização de todo o trabalho, mas falta conhecer as dotações objetivas para cada uma das medidas que foi adotada”, aspeto sobre o qual “a ANMP não tem ainda informação suficiente”. “Seria útil que todo este trabalho tivesse sido concluído mais cedo, mas, por diversas questões, não foi possível concluir antes, mas mais vale tarde que nunca”, defendeu o presidente da ANMP, concluindo que “agora as coisas parecem estar encarreiradas”.

Cerca de 80 reformados concentraram-se ontem junto ao Ministério da Solidariedade, em Lisboa, para exigir o descongelamento e a reposição dos valores cortados às pensões. “Ao contrário do que o Governo tem dito, as pensões têm estado congeladas desde 2010 e nós exigimos, não só o descongelamento das pensões, como a sua atualização em 4,7 por cento para todas as pensões e 25 euros mensais nas pensões mínimas”, explicou o presidente da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI). Os reformados concentraram-se ao início da manhã junto ao Centro Nacional de Pensões, em Entrecampos (Lisboa), seguindo depois para o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, na Praça de Londres, onde foram recebidos pelo chefe de gabinete do ministro Pedro Mota Soares. Manifestações semelhantes realizaram-se no Porto, São João da Madeira, Aveiro, Santa Maria da Feira, Ovar, Marinha Grande, Coimbra, Santarém, Setúbal, Sesimbra, Seixal, Barreiro, Moita, Almada, Beja e Évora. “Em todas estas cidades houve mobilização, distribuição de documentos e entrega nos centros de segurança social de uma resolução exigindo as nossas reivindicações”, concluiu Casimiro Menezes. Pires de Lima em Famalicão

“Balança comercial não é deficitária”

O ministro da Economia disse ontem, em Vila Nova de Famalicão, que em 2014 Portugal exportou mais do que importou pelo terceiro ano consecutivo. “Em 2014, a nossa balança comercial não é deficitária”, referiu, adiantando que deverá apresentar um saldo positivo idêntico ao do ano anterior. As exportações terão crescido cerca de 3 por cento. O ministro acrescentou que para encontrar igual performance [crescimento das exportações três anos seguidos] das exportações portuguesas seria preciso recuar “pelo menos” 70 anos. Pires de Lima criticou ainda os que, “em tom jocoso”, chamam à aposta na política exportadora “o porta-aviões” do Governo. “As exportações não são o portaaviões de nenhum Governo e de nenhum governante. O Governo não exporta. O nosso papel é facilitar a vida às empresas, é abrir mercados, é ajudar as empresas a afirmarem-se”, destacou.


Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015

economia

O Primeiro de Janeiro |

Stock da Cunha e o número de clientes do BES com situações ainda indefinidas

“Entre sete e nove mil” casos por resolver “Faltam a sete a nove mil casos mais complicados. E aqui estão os clientes do papel comercial”, vincou. Bruxelas pouco optimista com aposta grega

À procura de acordo

Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se, hoje, para tentar um acordo sobre o «pós-programa» de ajustamento grego, com a Grécia à procura de “uma solução” e Bruxelas com “baixas expectativas” para o encontro. O Eurogrupo reúne-se extraordinariamente na quarta-feira e o encontro deverá servir para uma primeira troca de impressões com o novo governo grego, que pretende encontrar um acordo que substitua o atual programa de resgate, que termina no fim deste mês. O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, deverá insistir num financiamento transitório e reafirmar que a Grécia está preparada para cumprir 70% das reformas do memorando existente. Yanis Varoufakis afirmou estar consciente do dever do governo grego em encontrar “uma solução” com os parceiros europeus, mas respeitando a exigência dos eleitores gregos, ou seja, “sem recuar” nos compromissos eleitorais. Além disso, e embora possa não estar em cima da mesa na reunião de quartafeira, Atenas espera lançar nos próximos meses as negociações sobre a reestruturação da dívida. No entanto, a porta-voz da Comissão Europeia Mina Andreeva disse que os contactos entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e os responsáveis europeus “não têm sido frutuosos”.

O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, revelou, ontem, que há “entre sete e nove mil clientes” lesados com situações por resolver, nomeadamente no que refere ao papel comercial comprado aos balcões do BES. “Faltam a sete a nove mil casos mais complicados. E aqui estão os clientes do papel comercial”, vincou Stock da Cunha na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde foi ouvido ontem de manhã. No total, os clientes lesados foram entre 15 e 20 mil, adiantou o presidente do Novo Banco, número representativo de “cerca de 1%” dos clientes do banco. “Resolvemos cerca de metade desses casos”, acrescentou, reconhecendo a dificuldade “bastante superior” de solucionar os problemas dos clientes cuja situação ainda não foi resolvida. Antes, Stock da Cunha havia lembrando que o Novo Banco não tem qualquer responsabilidade “legal” sobre papel comercial vendido aos balcões do BES, entretanto alvo de resolução. “Não vou fazer nenhum juízo qualitativo sobre a justiça ou injustiça deste ponto”, disse, reconhecendo, todavia, que com certas condições e numa “natureza estritamente comercial” pode haver uma compensação para os clientes lesados desde que esta traga também vantagens para o banco. “Um cliente que eventualmente teria um papel comercial de 100 mil euros e seria compensado por 50 mil, teríamos de pensar como é que o cliente vai gerar rendimentos para o banco em 50 mil euros no futuro”, sublinhou. Stock da Cunha disse, também, que não tem a lista com os interessados na compra da entidade que lidera, lembrando que o processo “está a ser conduzido” pelo Banco de Portugal. “Somos apenas uma parte que fornece informação”, vincou no parlamento. O presidente do Novo Banco as-

segurou, ainda, que a equipa de gestão está a procurar soluções para os clientes do banco residentes no exterior que são detentores de ações preferenciais, cujo valor ultrapassa 800 milhões de euros. Ligação direta

BES. Ex-presidente do BESA diz que até 2012 grandes questões eram tratadas diretamente entre Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho

Em linha com Europa

Bolsa de Lisboa fecha sessão com ligeira subida

O principal índice da bolsa portuguesa (PSI20) encerrou a sessão de ontem a avançar 0,12% para 5.227,12 pontos, acompanhando a tendência positiva dos seus congéneres europeus, com os títulas da banca em destaque. Das 18 cotadas que atualmente integram o PSI20, nove valorizaram, seis recuaram e três fecharam inalteradas: Teixeira

Duarte (0,72 euros), Sonae (1,19 euros) e Banif (0,005 euros). Os títulos do setor financeiro lideraram os ganhos: o BCP apreciou 3,41% para 0,06 euros e o BPI subiu 3,38% para 0,94 euros. A contrariar a tendência, a Altri perdeu 1,99%, a Jerónimo Martins cedeu 1,88% e a Impresa deslizou 1,46%. No resto da Europa, nos principais mercados, os ganhos oscilaram entre os 0,85% de Frankfurt e os 1,30% de Madrid. A exceção foi para a praça londrina, que recuou 0,12%.

Já o ex-presidente do BES Angola, Rui Guerra, assegurou que, pelo menos até 2012, as grandes questões relativas ao BES Angola (BESA) eram tratadas diretamente entre Ricardo Salgado, presidente do BES, e Álvaro Sobrinho, presidente do BESA. “Os temas porventura relevantes relativos ao BESA, pelo menos até 2012, e pelo que me pude aperceber, sempre foram tratados diretamente entre o Dr. Ricardo Salgado, na qualidade de representante do acionista maioritário e presidente da comissão executiva do BES, com o pelouro de Angola, e o Dr. Álvaro Sobrinho, na qualidade de CEO do BES”, afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES. Depois de assumir o cargo de presidente executivo do BESA, por convite de Amílcar Morais Pires, o antigo administrador financeiro do BES que tinha ainda a responsabilidade pelo pelouro internacional, Rui Guerra admitiu que encontrou muitas surpresas. “Após o diagnóstico inicial possível, encontrámos o banco numa situação muito difícil e que seguramente não antecipávamos”, revelou aos deputados. Rui Guerra assegurou que havia dois anexos à garantia estatal angolana concedida ao banco onde constavam os nomes dos devedores, mas que nunca passou a informação ao BES nem ao Banco de Portugal. “Eu nunca fiz chegar esse anexo a Lisboa [ao BES, que era o acionista maioritário do BESA], nem aos acionistas locais”, garantiu Rui Guerra. Durante a intervenção do expresidente do BES Angola, que se escudadou em questões de segredo angolano em várias respostas, Fernando Negrão reconheceu a “legitimidade” dos deputados em fazer perguntas sobre tais matérias mas reconheceu as limitações na resposta do orador.


6 | O Norte Desportivo

desporto

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2015

Benfica e V. Setúbal discutem lugar na final da oitava Taça da Liga

Luz decide quem carimba primeiro passaporte Bruno Ribeiro promete que sadinos não vão levar «autocarro» para a Luz e vão jogar para ganhar. O Benfica, detentor do título e vencedor de cinco edições, e o Vitória de Setúbal, que arrebatou a primeira, decidem, hoje, Luz quem será o primeiro finalista da oitava Taça da Liga. Os «campeões» de seis das sete edições da prova discutem as meias-finais da competição quatro dias antes de se defrontarem no mesmo local, domingo, para a 21.ª jornada da I Liga. O jogo, com arbitragem de Rui Costa (Porto), está marcado para as 19h45. O confronto entre «águias» e sadinos ficou agendado depois de a formação de Bruno Ribeiro ter garantido na última semana o primeiro lugar do seu grupo, à frente do Sporting, enquanto o Benfica, num grupo de apenas quatro equipas, já se apurara. Esta primeira meia-final opõe dois «campeões» da Taça da Liga: o Vitória de Setúbal foi a primeira equipa a vencer o troféu, na edição de estreia, em 2007/08, e o Benfica é o «rei» da prova, com cinco taças em sete edições disputadas. A única vez que as duas equipas se defrontaram na competição foi na estreia, então com um formato muito diferente, com o Vitória de Setúbal a eliminar o Benfica, com um empate na Luz (1-1) e um triunfo no Bonfim (2-1). A vitória do conjunto setubalense, a 31 de outubro de 2007, graças a um tento de Edinho, aos 83 minutos, ainda é a única derrota do Benfica na prova: depois disso, soma 32 jogos consecutivos sem perder (27 vitórias e cinco empates). Depois de derrotarem o Benfica, os sadinos bateram o Sporting na final (3-2 nas grandes penalidades, com Eduardo como ´herói’, ao defender três, após 0-0 nos 90 minutos), e conquistaram a primeira edição da prova, em 2007/2008. Seguiram quatro vitórias segui-

das do Benfica (2008/09, 2009/10, 2010/11 e 2011/12), uma do Sporting de Braga (2012/13) e novo triunfo das «águias» (2013/14). Na presente temporada, Benfica e Vitória de Setúbal já se defrontaram, à quarta jornada da I Liga, num jogo que proporcionou aos lisboetas a vitória mais dilatada na prova (5-0, com ‘hat-trick de Talisca) e a pior derrota dos sadinos. Desde esse jogo, a 12 de setembro, muito mudou, com a equipa de Setúbal (13.ª na I Liga) a não contar mais com o técnico Domingos Paciência, substituído à 18.ª jornada pelo também ex-jogador e treinador Bruno Ribeiro. “Tentar ganhar e chegar à final”

TAÇA DA LIGA. Em conjunto, Benfica e V. de Setúbal já conquistaram seis das sete edições da prova

Dualidade de critérios

Mourinho não pouca críticas à Federação Inglesa

O treinador do Chelsea José Mourinho acusou, ontem, a Federação Inglesa (FA) de ter dualidade de critérios na punição de jogadores. Sem nunca mencionar o nome do holandês Robin van Persie, do Manchester United, José Mourinho descreveu como “malicioso” o comportamento do jogador do Manchester United, que no sábado deu uma cotovelada a

James Tomkins, do West Ham. Mourinho, que ainda não pode contar com o seu avançado Diego Costa – a cumprir uma suspensão de três jogos por ter pisado um adversário – considerou ser muito difícil compreender a dualidade de critérios. “As mesmas pessoas [FA] que suspenderam o meu jogador não quiseram suspender outro jogador e não o fizeram”, afirmou o treinador do Chelsea, acrescentando: “Alguém dá uma cotovelada e nada acontece, sei bem o que aconteceria se fosse um jogador meu”.

O treinador do Vitória de Setúbal prometeu uma equipa ambiciosa e a lutar pelo apuramento para a final.”Não vamos com o autocarro. Vamos tentar fazer o nosso futebol, aquilo que temos treinado e temos feito ultimamente, jogar com alegria, jogar com paixão e tentar ganhar e chegar à final”, disse Bruno Ribeiro, na antevisão da meia-final. Embora consciente de que não é tarefa fácil, Bruno Ribeiro espera que o Vitória de Setúbal consiga repetir a proeza do Sporting de Braga, única equipa portuguesa que esta época já conseguiu vencer o Benfica no Estádio da Luz. “Esperemos que depois de amanhã [quinta-feira] a segunda [equipa a vencer no estádio da Luz] seja o Vitória de Setúbal. É com essa intenção que vamos ao Estádio da Luz, para ganhar, para chegar à final. Sabemos que vamos defrontar um adversário muito difícil, com um grande treinador, com grandes jogadores, mas, como disse, estamos a 90 minutos de fazer história no Vitória de Setúbal e é isso que queremos”, disse. O primeiro finalista da Taça da Liga só conhecerá o seu adversário a 2 de abril, data em que se disputará o jogo entre Marítimo e FC Porto, no Estádio dos Barreiros. Os insulares serão um finalista inédito, enquanto o FC Porto já disputou duas finais, mas perdeu, com Benfica (3-0, 2009/10) e Sporting de Braga (1-0, 2012/13).

Luís Figo elogia profissionalismo de Ronaldo

Em defesa de CR7

O português Luís Figo, candidato à presidência da FIFA, enalteceu, ontem, o profissionalismo de Cristiano Ronaldo, criticado por ter festejado o 30.º aniversário após a goleada sofrida pelo Real Madrid com o Atlético de Madrid (4-0). “Quem duvide da paixão de Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid e do seu profissionalismo, desconhece por completo a sua história ou caráter”, escreveu no Twitter Luís Figo, antigo jogador do clube espanhol. Cristiano Ronaldo, que cumpriu 30 anos na quintafeira, 5 de fevereiro, programou uma festa de aniversário para sábado à noite e manteve o compromisso, apesar da derrota pesada no dérbi. A decisão mereceu críticas de várias proveniências depois de, no domingo, terem sido difundidas imagens do evento, com a presença de familiares, amigos e outros jogadores do Real Madrid. Na segunda-feira, Jorge Mendes, representante de Cristiano Ronaldo, manifestou-se aborrecido pela divulgação das imagens e disse que o jogador manteve a celebração porque estava marcada há um mês e não podia ser anulada por respeito a todos os familiares e convidados. Mendes indicou que Cristiano Ronaldo chegou à festa “muito chateado” e “destroçado” e que foram os familiares e os amigos que o ajudaram a levantar o ânimo.


Quarta-feira, 11 deDezembro Fevereiro 2015 Terça-feira, 7 de Outubro de 2014 de 2014 Terça-feira, 30 de

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EURODEPUTADO DIMITRIOS PAPADIMOULIS CONFIANTE

Syriza sente apoio do povo português O eurodeputado Dimitrios Papadimoulis, do Syriza, diz sentir que “uma grande parte do povo português” apoia os esforços do novo governo grego, embora o mesmo não suceda ao nível do Governo. Em declarações em Estrasburgo, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, onde ocupa uma vice-presidência, admitiu que Atenas não tem recebido apoio de Lisboa e Madrid, mas disse ser necessário distinguir que as posição “não são dos países, mas sim de Mariano Rajoy e Passos Coelho”, numa antevisão das reuniões do Eurogrupo (hoje) e do Conselho Europeu (amanhã), nas quais o novo governo grego de Alexis Tsipras discutirá com os parceiros e credores europeus uma revisão das condições do programa de assistência. “Rajoy tem um pesadelo que se chama Podemos (o partido de Pablo Iglesias que continua a subir nas sondagens) e Passos Coelho também tem a pressão dos partidos da oposição. Não é meu papel julgar dois primeiros-ministros, mas entendo claramente as razões que os levam a fazer o que estão a fazer agora, e não é no interesse do seu povo, é no interesse das suas carreiras políticas”, considerou o mesmo dirigente grego. Segundo o eurodeputado do Syriza, “a luta que o governo grego está a travar para ter uma solução mutuamente aceitável para a austeridade, dívida e regresso ao crescimento é do interesse dos povos português e espanhol, é um interesse comum do sul da Europa e da periferia da Europa como um todo”. “E eu sinto que uma grande parte do povo português está a apoiar os esforços do novo governo grego. Temos recebido muitas mensagens de solidariedade. Ainda ontem (segunda-feira), o ex-Presidente (da República) Mário Soares enviou uma mensagem muito calorosa ao primeiro-ministro Tsipras, a felicitá-lo e a apoiá-lo nos seus esforços. E não é a única mensagem. Todos os dias recebemos milhares de mensagens, e não só de políticos e partidos, mas também de muitos cidadãos”, concluiu.

Indústria têxtil recupera em 2014

Exportações cresceram oito por cento O ano 2014 foi o melhor dos últimos 11 para as exportações da indústria têxtil e vestuário (ITV) portuguesa, que cresceram 8% face a 2013 e somaram 4,6 mil milhões de euros. Segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), o vestuário foi a principal categoria de produtos exportada, representando 60% do total das exportações do setor, no valor de 2,8 mil milhões de euros, tendo crescido 9%. Em comunicado, a ATP destaca também o aumento de 7% das exportações das matérias-têxteis, que representaram cerca de 26% do total exportado (no valor de 1,2 mil milhões de euros exportados), e o crescimento de 3% das vendas para exterior dos têxteis lar e outros artigos têxteis confecionados, que exportaram 656 milhões de euros e respondem agora por 14% do total das exportações da ITV nacional. Espanha lidera a tabela dos principais

destinos das exportações portuguesas do setor, com cerca de 32% do total, no valor de 1.455 milhões de euros, e foi também o mercado que mais cresceu em termos absolutos em 2014, ao registar um acréscimo de 139 milhões de euros. Seguemse a França e o Reino Unido, respetivamente com 14% e 9% de quota e que se assumiram como o segundo e terceiro destinos com maiores crescimentos absolutos. Já as exportações para os EUA cresceram 11% e representam agora 5% do total das exportações do setor, enquanto para Angola aumentaram 9%, para a Suécia 15,3% e para a Austrália 63%. Quanto às importações do setor, aumentaram 8% no ano passado, sobretudo devido às importações de vestuário, que cresceram 13%. As importações de matérias-têxteis subiram 4% e as de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados 5%.

De acordo ainda com a associação, os principais fornecedores continuam a ser a Espanha (quota de 35% e um crescimento de 7%), a Itália (quota de 12% e um aumento de 5%), a Alemanha e a França (cada uma com 7%). A China destaca-se já como o 6.º principal fornecedor de Portugal, sendo que, com uma quota de 6% e um crescimento de 17%, foi em 2014 o terceiro mercado, depois da Espanha e da Alemanha, que registou maior crescimento absoluto. No mesmo período, a Irlanda aumentou as suas exportações de têxteis e vestuário para Portugal em 28% e a Croácia em 7012%, equivalente a um acréscimo de 14 milhões de euros, passando a figurar na última posição do top 20 de fornecedores. No final do ano, a balança comercial da ITV portuguesa registou um saldo positivo de 1005 milhões de euros, equivalente a uma cobertura de 1,3.

Presidente da República vai receber sindicatos e associações

Forças de segurança pedem audiência

A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança pediu ontem uma audiência ao Presidente da República devido à necessidade do reforço orçamental para as polícias. Em comunicado, a CCP, que congrega os sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima, refere que os orçamentos para as diversas forças e serviços de segurança “podem colocar em causa o seu normal funcionamento com consequências graves para o país” A estrutura, liderada atualmente pelo presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, sublinha que os vários alertas sobre a necessidade de reforço orçamental “nunca foram ouvidos”. “Dado o atual momento que se vive na Europa, com a ameaça terrorista, que levou a várias reuniões ao mais alto nível dos

responsáveis pela segurança europeia e nacional, bem como o discurso da prevenção, deverão ser os motes para reforçar a política orçamental das forças e serviços de segurança”, refere ainda a nota da CPP. Para a mesma estrutura, “a necessidade do reforço orçamental e de uma política sustentada na área da segurança interna” têm de ser uma realidade para “garantir a eficiência e evitar derivas securitárias”. A CPP sublinha também que, nos últimos tempos, o Governo tem realizado várias iniciativas para introduzir alterações legislativas para combater a criminalidade mais grave e de melhorar a comunicação entre as diversas instituições. Porém, a CCP considera que o Estado continua “a confundir defesa nacional com segurança interna, subsistindo algumas questões pouco claras, como sucedeu recentemente com a Polícia Marítima, criando constrangimentos internos de diversa ordem”.

Em janeiro, o ministro da Defesa, Aguiar Branco, exonerou o comandante da Polícia Marítima, vice-almirante Cunha Lopes, após pedido do Chefe do Estado da Armada. “Por tudo isto, e tendo em conta a delicadeza do assunto, a CCP deliberou solicitar uma audiência ao Presidente da República, Cavaco Silva, para apresentar estas questões, que não podem continuar a ser adiadas sem respostas claras e objetivas”, refere ainda a estrutura. A CCP é constituída pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/ GNR), Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNGP), Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e Associação Sindical dos Funcionais da ASAE.

Operação “Carnaval em segurança 2015”

PSP vai dar “atenção redobrada às crianças” A PSP realiza a partir de amanhã (quinta-feira) a operação “Carnaval em segurança 2015”, durante a qual vai dar “atenção redobrada às crianças” e promover ações no trânsito e na comercialização ilegal de explosivos e artigos de pirotecnia. Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública adianta que durante a operação, que termina a 17 de fevereiro, vai realizar um conjunto de iniciativas

para “garantir e promover a segurança dos cidadãos”. Durante seis dias, a PSP vai incidir as suas ações nas vertentes do trânsito, na proximidade e vigilância aos cortejos de carnaval, na atenção redobrada às crianças, na fiscalização de estabelecimentos e comercialização ilegal de explosivos e artigos de pirotecnia. A PSP sublinha que estará também atenta a “todas as situações que potenciem a criminalidade que afeta o património

das pessoas”. Na mesma nota, a PSP refere ainda que há fatores que deve ter em conta durante o carnaval, designadamente as férias escolares, movimentações das pessoas para cortejos carnavalescos, grande fluxo de pessoas em estabelecimentos comerciais, aumento da probabilidade de consumo de bebidas alcoólicas e potenciais aglomerados que propiciam o surgimento de ocorrências criminais.


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