Motor 08 11 2013

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DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 1110

08-11-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00

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FÓRMULA 1 SEBASTIAN VETTEL SOMA E SEGUE EM ABU DHABI

“Obrigado, pessoal! Não são muitas as vezes que temos oportunidade de guiar um carro assim”

TT Motos

Mário Patrão Hexacampeão mas Maio protesta

WTCC TIAGO MONTEIRO FESTEJA PRIMEIRA VITÓRIA EM XANGAI


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8 de novembro de 2013

FÓRMULA 1 – Grande Prémio de Abu Dhabi

Red Bull soma mais uma dobradinha com Webber em segundo

Campeão passeia superioridade à noite O piloto alemão Sebastian Vettel (Red Bull) transformou o Grande Prémio do Abu Dhabi em mais uma demonstração da sua superioridade e do carro que conduz, assumindo a

Vettel saiu do segundo lugar da grelha, atrás do seu companheiro de equipa Mark Webber, mas o australiano não aproveitou - mais uma vez - esta vantagem. Webber apenas uma vez em nove ocasiões conseguiu ganhar depois de ter largado da “pole-position”. O alemão arrancou melhor, assumiu a liderança antes da primeira curva e assim ficou até final, abrindo uma vantagem superior a 30 segundos do segundo classificado, Mark Webber, e do terceiro, Nico

Rosberg (Mercedes). “Obrigado, pessoal. Não são muitas as vezes que temos oportunidade de guiar um carro assim. Adoro-vos, obrigado”, gritou Vettel pelo rádio à sua equipa depois de cruzar a linha de chegada. Tal como na Índia, o alemão fez uns quantos piões no circuito para celebrar a vitória, deixando círculos de borracha na pista, levantando uma nuvem de fumo e motivando um grande aplauso do público. No GP da Índia Vettel foi advertido

liderança antes da primeira curva e não mais a largando. Webber foi segundo à frente do Mercedes de Rosberg e assim permitiu à Red Bull mais uma dobradinha no Mundial de F1.

e multado por esta atitude. “Acho que o Sebastian pode pagar a multa esta semana. Foi uma condução de campeão”, declarou o chefe de equipa da Red Bull, Christian Horner. A corrida disputada à noite no circuito Yas Marina, no Abu Dhabi, teve vários incidentes, desde a partida de Kimi Raikkonen da última posição (devido a uma infração na qualificação), a uma ultrapassagem por fora da pista de Fernando Alonso a

Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) e ao seu companheiro de equipa Felipe Massa. O incidente, que ocorreu quando Alonso saía das boxes, está sob investigação, pelo que o quinto lugar do espanhol (partiu da 10ª. posição da grelha) pode estar em perigo. “Vamos ver o que acontece, nunca se sabe o que vão fazer os comissários. Creio que Vergne teria de ser penalizado porque me fez sair de pista. Ou te tornas invisível ou vais por ali [fora de pista]”,

comentou o espanhol. Terminaram ainda nos pontos os pilotos Paul Di Resta (Force India), Lewis Hamilton (Mercedes), Filipe Massa (Ferrari), Sergio Perez (McLaren Mercedes) e Adrian Sutil (Force India). Caso Vettel ganhe as duas últimas corridas do campeonato (Estados Unidos e Brasil) iguala não só o recorde de vitórias consecutivas como o máximo de 13 vitórias numa só época, que pertence a Michael Schumacher.


FÓRMULA 1 – Grande Prémio de Abu Dhabi

8 de novembro de 2013

Classificações

GP de Abu Dhabi (EUA) Pos. N.º Piloto Carro 1 1 Sebastian Vettel Red Bull-Renault 2 2 Mark Webber Red Bull-Renault 3 9 Nico Rosberg Mercedes 4 8 Romain Grosjean Lotus-Renault 5 3 Fernando Alonso Ferrari 6 14 Paul di Resta Force India-Mercedes 7 10 Lewis Hamilton Mercedes 8 4 Felipe Massa Ferrari 9 6 Sergio Perez McLaren 10 15 Adrian Sutil Force India-Mercedes 11 16 Pastor Maldonado Williams-Renault 12 5 Jenson Button McLaren 13 12 Esteban Gutierrez Sauber-Ferrari 14 11 Nico Hulkenberg Sauber-Ferrari 15 17 Valtteri Bottas Williams-Renault 16 19 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 17 18 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari 18 21 Giedo van der Garde Caterham-Renault 19 20 Charles Pic Caterham-Renault 20 22 Jules Bianchi Marussia-Cosworth 21 23 Max Chilton Marussia-Cosworth

Voltas 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 54 54 54 54 54 54 53 53

Tempo Dif. - 30.829 30.829 33.650 2.821 34.802 1.152 67.181 32.379 78.174 10.993 79.267 1.093 82.886 3.619 91.198 8.312 93.257 2.059 95.989 2.732 103.767 7.778 104.295 0.528 1 lap 1 lap 1 lap 0.443 1 lap 4.323 1 lap 31.982 1 lap 24.527 1 lap 11.109 2 laps 1 lap 2 laps 4.885

Pilotos não classificados - 7 Kimi Raikkonen Lotus-Renault

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v53v Acidente

Mundial de Pilotos Pos. Piloto 1 Sebastian Vettel 2 Fernando Alonso 3 Kimi Raikkonen 4 Lewis Hamilton 5 Mark Webber 6 Nico Rosberg 7 Romain Grosjean 8 Felipe Massa 9 Jenson Button 10 Paul di Resta 11 Nico Hulkenberg 12 Sergio Perez 13 Adrian Sutil 14 Daniel Ricciardo 15 Jean-Eric Vergne 16 Esteban Gutierrez 17 Pastor Maldonado 18 Valtteri Bottas 19 Jules Bianchi 20 Charles Pic 21 Giedo van der Garde 22 Max Chilton

Pontos 347 217 183 175 166 159 114 106 60 48 39 35 29 19 13 6 1 0 0 0 0 0

Mundial de Construtores Pos. Equipa Pontos 1 Red Bull 513 2 Mercedes 334 3 Ferrari 323 4 Lotus 297 5 McLaren 95 6 Force India 77 7 Sauber 45 8 Toro Rosso 32 9 Williams 1 10 Marussia 0 11 Caterham 0

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noticiário

8 de novembro de 2013

WTCC em Xangai

Tiago Monteiro vence segunda corrida O piloto português Tiago Monteiro venceu a segunda corrida da 11.ª prova do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), no circuito chinês de Xangai, na qual tinha garantido a “pole position”. Esta foi a primeira vitória do português ao volante do Honda Civic, que permite a Tiago Monteiro manter o décimo lugar na classificação de pilotos, agora com 142 pontos, numa tabela liderada pelo francês Yvan Muller (Chevrolet), com 393. A cumprir a sétima temporada no WTCC, Tiago Monteiro somou a quinta vitória nesta competição. “Já por algumas vezes que podia ter chegado ao lugar mais alto do pódio mas só aconteceu hoje e acho que numa altura muito boa e num circuito que achávamos que seria quase impossível. Foi uma corrida muito dura, apesar de ter mantido a liderança após o arranque”, afirmou Tiago Monteiro, no final da prova. Na primeira corrida, Tiago Mon-

teiro partiu do décimo lugar da grelha, terminando na 11.ª posição. “Arriscámos na estratégia pois fomos para a corrida com pneus ‘slics’. E rodar no meio do pelotão não é fácil.

Não havia razão para correr riscos até porque as nossas oportunidades estavam, como aliás se veio a provar, na segunda prova”, disse o português. A 12.ª e última corrida da temporada

decorre no mítico Circuito de Macau, entre 15 e 17 de novembro. “Estamos a chegar ao final da época e esta vitória é muito importante para mim porque mostra

realmente o excelente trabalho que temos vindo a fazer e dá motivação extra, quer para a última corrida em Macau, quer para o trabalho para 2014”, finalizou Tiago Monteiro.

Presidente do ACP confirma

Rali de Portugal regressa ao Norte em 2015 O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, já confirmou que o Rali de Portugal percorrerá o Norte do país em 2015, embora descarte a cidade do Porto enquanto sede da prova. “Neste momento, só posso confirmar que se vai realizar no Norte”, disse o dirigente do ACP, que antes havia afirmado, em declarações à Radio Atlântida, dos Açores, que “no Porto não vai ser, de certeza absoluta”. A última vez que o Rali de Portugal se realizou no Norte, enquanto etapa do Mundial da especialidade, foi em 2001, tendo como base a Exponor, em Matosinhos. A possibilidade de a prova deixar as estradas do Algarve e regressar aos traçados nortenhos foi, no verão passado, motivo de polémica que envolveu o então presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, o atual e

então candidato independente, Rui Moreira, e o pretendente derrotado Luís Filipe Menezes. O ex-autarca de Vila Nova de Gaia chegou a afirmar publicamente, antes das eleições autárquicas, que já tinha apoios financeiros para sediar a organização do rali no Porto em 2014, pelo que foi instado, por Rio e Moreira, a identificá-los. Consequentemente, a direção do ACP anunciou, a 03 de julho, que iria acionar judicialmente Rui Moreira por, em declarações ao Porto Canal, ter acusado Carlos Barbosa de “fazer contas à moda do ACP”, depois de este se ter

referido ao candidato independente e ao candidato do PS, Manuel Pizarro, como “um bando de garotos”. Em 2014, o Rali de Portugal, de novo no Algarve, vai decorrer de 04 a 06 de abril, de acordo com o calendário da próxima edição do Mundial, divulgado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA). A prova portuguesa será a quarta do calendário Campeonato do Mundo de ralis de 2014, que principia com o Rali de Monte Carlo, de 15 a 19 de janeiro, e termina com o Rali da Grã-Bretanha, no País de Gales, de 14 a 16 de novembro.


noticiário

8 de novembro de 2013

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Krysztof Holowczyc vence Baja Portalegre 500 e conquista Taça do Mundo

“Tenho mais uma flor” O piloto polaco Krysztof Holowczyc (Mini ALL4 Racing) venceu a edição de 2013 da Baja Portalegre 500, repetindo o feito de 2010 e conquistando, graças a isso, a vitória na Taça do Mundo do todo-o-terreno. “Tenho mais uma flor para o meu palmarés. Este título é importante e a vitória, pela segunda vez, em Portalegre, também”, afirmou Holowczyc, no final da prova. O também polaco Martin Kaczmarski, com o português Filipe Palmeiro como co-piloto, assegurou o segundo lugar na prova portuguesa, a um minuto e vinte segundos do vencedor. O terceiro lugar do pódio foi para o português Pedro Grancha, em BMW Evo X1, que terminou os 420 quilómet-

ros da prova alentejana a 19 minutos e 34 segundos do polaco. “Tenho mais uma flor para o meu palmarés. Este título é importante e a vitória, pela segunda vez, em Portalegre, também”, afirmou Holowczyc, citado no sítio oficial da Baja Portalegre 500.

Já o português Pedro Grancha considerou, pouco antes de subir ao pódio, que “melhor era impossível”. “Este foi o lugar mais alto que consegui em Portalegre. Durante a prova não arrisquei nada. Queria chegar ao fim e não ter problemas. Ainda apanhámos um susto no último setor com uma fita no percurso mas correu tudo bem. Foi uma prova difícil em que o piso estava bastante duro”, disse o português,

campeão nacional de todo-o-terreno em 2005. O primeiro líder da Baja foi o português Miguel Barbosa, após vencer a super-especial, mas acabou por abandonar, decorridos 15 quilómetros. Holowczyc assumiu a liderança e não mais a largou até final. Na categoria T2 a vitória foi para o italiano Elvis Borsoi, mas o piloto russo Alexander Baranenko celebrou em Por-

talegre a conquista da Taça do Mundo, beneficiando do terceiro lugar obtido. O melhor português na categoria T2 foi Alexandre Franco, que terminou em segundo a 14 minutos e 11 segundos do vencedor. No evento nacional, o triunfo foi para Carlos Almeida, em Nissan Pathfinder. O segundo classificado foi Rui Marques e Etelvino Carvalho assegurou o terceiro lugar.

Mário Patrão Hexacampeão Nacional de Todo-o-terreno em motos

“Fiz uma corrida isenta de erros” O piloto Mário Patrão (Suzuki) sagrou-se Hexacampeão Nacional de todo-o-terreno na categoria de motos, graças a um segundo de vantagem no final da Baja Portalegre 500, após uma penalização aplicada a António Maio (Yamaha). O serviço de assessoria do piloto António Maio ainda enviou um comunicado a festejar o título nacional, após “a sexta vitória em nove anos na Baja Portalegre 500”, mas o piloto alentejano viria a ser penalizado em cinco minutos, por ter falhado a paragem num controlo de passagem. Com essa penalização, Maio desceu ao segundo posto final na prova e perdeu não apenas a sua sexta vitória na mais importante prova do todo-o-terreno nacional, mas também o seu primeiro título nacional absoluto. Por seu lado, a assessoria de Mário

Patrão recordou também em comunicado que o piloto de Seia “vence a categoria Absoluto em motos desde a temporada de 2008”, afirmando-se agora como um dos pilotos “com maior número de títulos nacionais em diferentes disciplinas de motociclismo”. “Posso dizer que trabalhei muito para estar em Portalegre a lutar pela vitória e ela não surgiu em vão. Fiz uma corrida isenta de erros, perfeita, estive praticamente sempre mais rápido, apesar de o meu principal adversário ter partido atrás de mim, mas depois de ficar com o pneu traseiro completamente destruído

acabei por ver praticamente perdida a vitória na corrida”, disse Mário Patrão, citado na mesma nota. O piloto realça que acaba por sair de Portalegre com o sexto título consecutivo de campeão. “Só posso estar orgulhoso por mais este feito para o meu palmarés e para toda a minha equipa de assistência, patrocinadores e apoiantes que têm sido fantásticos”, concluiu. Encerrada a temporada de todo-oterreno nacional, Mário Patrão diz que agora vai concentrar a sua atenção no grande Rali Dakar, em janeiro de 2014.

Equipa Yamaha Pinhelworks vai contestar a penalização

António Maio ainda acredita no título de TT António Maio, que tinha terminado a Baja Portalegre500 em primeiro, viu ser-lhe aplicada uma penalização de cinco minutos por alegadamente não ter parado num dos três controlos de passagem. Com essa penalização, Maio ficou um segundo atrás de Mário Patrão na classificação geral, perdendo não apenas a sua sexta vitória na mais importante prova do todo-o-terreno nacional, mas também o seu primeiro título nacional absoluto. A equipa de Maio (Yamaha Pinhelworks Ray Just Energy)

indicou em comunicado que está a analisar a penalização “tendo em vista a sua contestação nos locais adequados” e acrescenta pormenores sobre o incidente no ponto de controlo. Segundo a equipa de Maio, o diretor de prova informou o piloto que, de acordo com as indicações que lhe tinham sido fornecidas pelos controladores de posto, Maio teria passado entre dois pilotos parados no referido controle, o nº. 59 e o nº. 83, pondo “em causa a integridade física do controlador”.

O piloto alentejano refutou perentoriamente essa versão dos acontecimentos, afirmando que parou no controlo. “Ao contrário do que foi afirmado no relatório, não só parei como senti o toque no ombro por parte do controlador - como é habitual nestas circunstâncias - e foi com muito espanto que cheguei ao final da corrida e fui confrontado com uma afirmação dessa natureza”, disse António Maio no comunicado da equipa. Com a penalização a António Maio, o piloto Mário Patrão ganhou a

prova e sagrou-se hexacampeão nacional de todo-o-terreno na categoria de motos. António Maio diz que foi uma vitória na secretaria. “Em pista fui o mais rápido como toda a gente viu e venci com inteira justiça. É de lamentar que a corrida e o título sejam decididos na secretaria, mas vamos tentar por todos os meios que estiverem ao nosso alcance que a verdade seja reposta porque está também em causa o meu bom nome e o da equipa”, salientou o piloto alentejano.


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8 de novembro de 2013

Nova motorização 200 CDI

Mercedes CLA com mais argumentos O novo Merceds-Benz CL A 200 CDI encontra-se agora disponível em Portugal, sendo possível a encomenda com caixa manual (39.500 euros) ou caixa automática (41.200 euros). De série, todas as motorizações contam com a função ECO start/stop. Os motores estão combinados com uma caixa manual de seis velocidades ou com a caixa 7G-DCT, com sete velocidades e dupla embraiagem. Com o CLA, a Mercedes-Benz criou um novo segmento de mercado através de um automóvel que recorre a uma aerodinâmica de referência mundial (Cd=0.22). Sendo um coupé de quatro portas, o CLA é um fiel seguidor da filosofia do CLS, cujo conceito de design, desde o lançamento, em 2003, despertou a imaginação de um certo número de modelos concorrentes. Fazendo jus à sua conceção desportiva, o CLA encontra-se atualmente disponível com motores de elevado binário, com potências que variam entre os 136 e os 360 cv. Os dois propulsores Diesel combinam a dinâmica do binário a baixos regimes com a eficiência: o CLA 220 CDI oferece uma potência de 170 cv e 350 Nm de binário, com emissões de apenas 109 g de CO2 por km. O CLA 200 CDI desenvolve 136 cv e um binário máximo de 300 Nm.

Para optimizar autonomia e segurança dos veículos

PSA e Bosch cooperam

A Bosch e a PSA Peugeot Citroën estão a cooperar, em conjunto com outros parceiros, no projecto de pesquisa OpEneR (Optimal Energy Consumption and Recovery – Consumo de Energia e Recuperação Optimizados), destinado a aumentar a autonomia dos futuros veículos híbridos e eléctricos e a optimizar a segurança e o conforto dos condutores. Duas novas tecnologias desenvolvidas para o projecto OpEneR estarão disponíveis para todos os tipos de motorizações (gasolina, diesel, híbridos e eléctricos): dados topográficos para oferecer ao condutor uma visão alargada da estrada; e uma nova função de captação de dados para optimizar a segurança e o conforto do veículo. O projecto OpEneR incorpora agora dados de navegação para adaptação previsível da condução. A visão do condutor é consideravelmente ampliada, fornecendo-lhe uma pré-visualização da estrada, com base em dados topográficos tais como declives, raios de viragem e dados sobre a infraestrutura, com indicação dos painéis de sinalização e de velocidades máximas.

Esta inovação oferece ganhos em termos de eficácia, com uma economia de energia que pode chegar aos 15% graças à pré-visualização do trajecto, o sistema de gestão do motor executa um cálculo dinâmico da energia requerida pelos motores eléctricos. Sensores de assistência à condução e de segurança, tais como a câmara de vídeo e radares, utilizados na detecção de objectos, viaturas, peões ou reconhecimento dos painéis sinalizadores, contribuem, igualmente, para a redução dos consumos. Assim, tendo em conta o percurso a realizar, um sistema de cálculo determina a futura curva de velocidade do veículo, através da integração de dados, muito antes de se descrever a próxima curva. A função registada do controlador inteligente de velocidade (Adaptive Cruise Control) regula automaticamente a velocidade do veículo e trava na aproximação às curvas, nas entradas das localidades e para os limites de velocidade, bem como na presença de obstáculos e veículos que circulem mais lentamente. Essa função converte-se num ganho em termos de conforto e

segurança para o condutor, que assim se pode concentrar na condução e no tráfego. Para além das suas duas novas inovações, o projecto OpEneR permite, igualmente, que o condutor reduza o consumo energético em rodagem livre, através da recuperação de energia de travagem para veículos híbridos e eléctricos. Até à data, já se efectuaram mais de 15.000 km de intensos testes, registando-se reduções nos consumos entre os 10 e os 15%, em condições reais e com perfis variados de rotas. Para este fim, os dois parceiros desenvolveram-se três inovações tecnológicas: uma mecânica eléctrica baseada em duas máquinas eléctricas, disponibilizando quatro rodas motrizes para uma condução sem emissões de CO2; o Stop & Start de nova geração para disponibilizar uma condução em roda livre; e a travagem ESP para permitir a recuperação da energia da travagem e recarregar a bateria, acompanhada de um iBooster, que permite a ampliação da força da travagem em vazio. O OpEneR insere-se na política Green Cars initiative (Iniciativa Carros Verdes) da Comissão Europeia, com parceiros do sector industrial e do mundo académico. Actualmente, são cinco os parceiros agrupados em torno deste projecto de investigação: Bosch, AVL List e PSA, em termos industriais, e o Centro de Investigação de Karlsruhe (Alemanha) e o Instituto de Pesquisa sobre Tecnologias Automóveis da Galiza (Espanha), como intervenientes do mundo da pesquisa universitária.

Portugal recebe smart times em Julho

A smart vai realizar organizar o smart times, a maior concentração mundial de viaturas da marca smart, em Cascais, entre os dias 17 e 19 julho de 2014. Sob o mote See you under the sun (encontramo-nos ao sol), a baia de Cascais vai ser o palco de três dias animação para mais de 2500 viaturas e 5000 participantes, provenientes de 22 países e que vão percorrer e descobrir esta bela vila e seus arredores numa animada festa. A concentração vai para a 11ª edição já passou por países como Áustria, Itália e Bélgica. Agora é a vez de Portugal se dar a conhecer, da gastronomia à cultura, à comunidade smartista. O smart times é sinónimo de diversão, espírito de aventura, de comunidade, mas, acima de tudo, é um encontro mundial entre os maiores entusiastas da marca que revolucionou o conceito da mobilidade urbana.


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8 de novembro de 2013

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Opel celebra 25 anos do Vectra

Modernizou o segmento O primeiro Vectra chegou ao mercado, no Outono de 1988, para substituir os modelos 1604 e 1904, lançados em 1970. Com carroçarias de três e dois volumes, estreou novas tecnologias na produção em série e foi o primeiro modelo Opel a ter tracção às quatro rodas. Por ocasião da mudança de modelo, no final do Verão de 1995, o Vectra A tinha sido distinguido com mais de 20 prémios nacionais e internacionais, servira de base técnica para o coupé desportivo Calibra e conquistara, no seu auge, uma quota de mercado de 20 por cento. Com 2,5 milhões de unidades vendidas em toda a Europa, tornou-se no familiar médio melhor sucedido da história da Opel até então. Quando o Vectra chegou, passou a representar o futuro. Face ao anterior modelo, apenas havia semelhanças na configuração de tracção dianteira e nas dimensões exteriores. De resto, o espaço no habitáculo era muito superior, com cinco lugares e 530 litros de capacidade de bagageira, que podiam chegar ao 840 com os bancos rebatidos. A Opel dedicara mais de cinco milhões de horas de desenvolvimento na concepção do Vectra. Dessas, cerca de 20.000 haviam sido exclusivamente investidas no apuramento aerodinâmico do novo formato de carroçaria. Com um coeficiente de resistência ao ar de apenas 0.29, era um dos automóveis mais aerodinâmicos do segmento. As alterações ao nível da arquitectura eram numerosas. Para além de surgir nas opções uma nova transmissão automática de 4 velocidades, que era comandada electronicamente e apresentava três modos de funcionamento (Economia, Sport e Inverno), o Vectra foi, como referido, o primeiro

automóvel ligeiro de produção da Opel a oferecer sistema de tracção às quatro rodas nas versões 1.8 ou 2.0, ambas a gasolina. O topo de gama era o Vectra 2000 16V 4x4 de quatro portas, equipado com o motor 2.0 DOHC de 4 cilindros com 150 cv de potência. A suspensão traseira independente tinha braços oblíquos e tinha discos nas quatro rodas. Alcançava a velocidade máxima de 215 km/h e também estava disponível apenas com tracção dianteira. À época, o Vectra de entrada de gama era o 1.6 Kat a gasolina, com 75 cv de e catalisador de três vias dotado de sonda lambda - uma novidade na altura, que veio a reflectir o facto de, pouco mais tarde, a Opel se ter tornado na primeira marca no mercado a equipar toda a sua gama de produtos com catalisador. Mais potentes eram as versões 1.8i Kat de 88 cv e 2.0i Kat de 115 cv. A versão com motor Diesel 1.7, com potência de 57 cv, era uma novidade absoluta na gama. O Vectra A estava disponível com duas variantes de carroçaria – três volumes de quatro portas e dois volumes de cinco – e quatro níveis de equipamento. Não havia station wagon. Em Abril de 1991, a linha

Vectra celebrava a produção da unidade 1.000.000. No ano anterior, o leque de motorizações foi alargado com o novo motor 1.8 de quatro cilindros com injeção comandada electronicamente e catalisador (90 cv), e com o turbodiesel 1.7 (82 cv). A partir de Junho de 1992, o Vectra tornou-se no único automóvel do segmento na Europa com ABS de série. E em Agosto de 1992, foi modernizado com frente redesenhada, pára-choques na cor da carroçaria e equipamento de segurança

Touchpad no novo Mercedes Classe C

Estreia na marca O touchpad no novo Classe C constitui uma evolução do actual sistema de operação de navegação, áudio e entretenimento da MercedesBenz. Tal como num smartphone, todas as funções da unidade principal podem ser operadas através da simples movimentação dos dedos. A superfície de controlo com 65 x 45 milímetros, feita com material resistente a riscos, está incorporada no apoio-de-braços da consola central, sendo contornada por um suporte de metal de alta qualidade. Enquanto outras soluções com superfície sensível ao toque apenas suportam passos operacionais previamente selecionados, o touchpad no novo Classe C pode ser utilizado pelo condutor e pelo passageiro dianteiro para controlar todas as funções do painel de entretenimento, utilizando toques familiares dos smartphones e tablets. O touchpad, que será lançado pela primeira

vez no futuro Classe C, também permite a introdução de letras, números e caracteres especiais através da utilização da função de reconhecimento de escrita manual no respetivo idioma. O utilizador recebe um feedback claro quando opera a superfície de controlo do touchpad. Os caracteres introduzidos podem ser lidos também em voz alta pelo sistema, suportando assim a operação por invisuais. A saída acústica assegura igualmente que o condutor não tira os olhos da estrada, reduzindo a distração ao mínimo. O utilizador pode introduzir comandos de modo fiável, permanecendo apoiado no respetivo apoio-de-braços ergonómico sem necessitar de deslocar a mão. Uma nova funcionalidade de deteção do apoio-de-braços aumenta também a segurança de operação e ajuda a evitar introduções incorrectas. Como

parte deste processo, o sistema analisa um sinal do sensor em três dimensões, detetando assim se a mão está apenas a ser colocada no apoio-de-braços ou se está a introduzir dados. Os ícones na superfície de controlo são iluminados no escuro para ajudar o utilizador a localizar as várias funções. Três botões sensíveis ao toque estão dispostos atrás do touchpad e podem ser usados para operar funções importantes de modo rápido e directo (função de retroceder, mudança para o menu de favoritos e menu rápido de áudio). O touchpad no Classe C oferece uma opção adicional de introdução de dados, totalmente independente e inovadora, para complementar o Controlador e o sistema de comando de voz LINGUATRONIC. O utilizador pode escolher em qualquer altura qual o método de inserção de dados que prefere.

optimizado com soluções inovadoras como os tensores dos cintos de segurança e reforços contra colisões laterais no interior das portas. Logo a seguir, em 1993, juntaram-se à gama dois topos de gama totalmente novos. Na Primavera, o Vectra V6, o primeiro Opel do segmento com motor de seis cilindros, o 2.5 24V ECOTEC de 170 cv, que foi também o primeiro motor da marca com cilindros dispostos em V. Entretanto, o Vectra GT 16V de 150 cv substituía o Vectra 2000 como topo de gama desportivo.

No Outono do mesmo ano, a família Vectra voltou a crescer com o Turbo 4x4, que aliava o sistema de tracção integral a uma caixa manual de seis velocidades curtas e a um motor 2.0 Turbo de quatro cilindros com 204 cv. Este foi o único elemento da primeira geração Vectra a conseguir alcançar uma velocidade máxima de 240 km/h. A última atualização do Vectra A, na Primavera de 1994, foi o novo motor 2.0 16V de quatro cilindros a gasolina, com 136 cv, que viria a ser utilizado no sucessor Vectra B.


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8 de novembro de 2013

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BMW i3 em Portugal a 16 de Novembro por 38 250 euros

Prazer de condução e 0 emissões O i3, primeiro modelo eléctrico da BMW, resultado de mais de 20 milhões de quilómetros de testes, tem uma autonomia de 130 a 160 km em ciclo urbano. Sob o lema Nascido Eléctrico, é o primeiro veículo Premium do mundo projectado desde início para ser alimentado por um sistema eléctrico. O i3 é o primeiro modelo 100% elétrico do BMW Group e abrange um novo conceito de mobilidade, colocando ao dispor do condutor o leque de serviços 360º Electric, que vem ajudar a desmistificar as questões da autonomia e do carregamento. Tem ao dispor diferentes modalidades de carregamento, de forma simples e rápida, quer em casa ou no escritório, através da Wallbox BMW i, quer em viagem, através da extensa rede de mais de 1300 postos disponível em Portugal. O próprio carro, através da ConnectedDrive, identifica a localização e guia o condutor ao posto mais próximo. As baterias podem ser carregadas pelo tipo normal (AC) ou rápido (DC), tanto nos postos públicos com no carregamento privado – directamente de uma tomada eléctrica convencional (o cabo faz parte do equipamento de série) ou através da Wallbox BMW i, uma solução concebida para tornar o carregamento a partir de casa ou escritório mais fácil e eficiente. A instalação tem de ser requerida à Rede BMW i e a montagem feita por uma empresa certificada. Associado a este primeiro modelo da sub-marca i está ainda o serviço BMW i Add-on Mobility, que permite que o proprietário do i3 possa, quando necessite de percorrer distâncias maiores, ter acesso ao aluguer de uma viatura com motor de combustão. O serviço está disponível de série para os i3 comercializados em Portugal, por dois anos e inclui 10 dias por ano de utilização. A tecnologia e a ligação ao mundo exterior são também grandes apostas do i3. Um dos exemplos é o BMW i Remote para iOS e Android, que permite receber informações detalhadas sobre o estado do veículo, incluindo a carga da bateria, a autonomia, mensagens de manutenção e a sua localização. O serviço Charge Control permite iniciar ou concluir à distância o processo de carregamento. A climatização do habitáculo pode ser activada através de um smartphone, ainda antes de iniciar a viagem, optimizando simultaneamente o funcionamento da bateria de alta tensão. O design do BMW i3 evidencia as características desportivas da marca. Este conceito inovador, que inclui um habitáculo desenvolvido em plástico reforçado com fibra de

carbono (CFRP,) combina leveza, estabilidade, segurança e um espaço extraordinário. O design sugere dinamismo e eficiência. No interior, o foco está no espaço, na funcionalidade e no carácter Premium. Para além de serem usados materiais naturais, 25 por cento dos plásticos são em material reciclado ou matéria-prima renovável, e os tecidos dos bancos utilizam fibras 100% recicladas. 0-100 km/h em 7,2 segundos Com uma potência máxima de 170 cv e um binário máximo de 250 Nm, com a fonte de energia do motor a ser gerada a partir de células de armazenamento de iões de lítio integradas na plataforma o veículo, o BMW i3 tem uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de apenas 7,2 segundos. O baixo centro de gravidade - resultado de um posicionamento baixo e central das baterias - e a distribuição do peso contribuem para a agilidade. A bateria permite uma autonomia de 190 Km (EU-Cycle), o que corresponde a 130 a 160 km em condução urbana. Vai ser comercializado em Portugal a partir de 38.250 euros ou por uma renda mensal de 650 euros, sem entrada inicial, em renting de 36 meses e 15.000 km por ano. O preço final inclui também de série o serviço BMW i Service Inclusive (BSI), um contrato de manutenção de 5 anos ou 100.000 km que inclui a inspecção geral segundo as instruções BMW i e a verificação e substituição de filtro de ar, microfiltro e líquido de travões, com mão-deobra incluída. A comercialização do BMW i3, em Portugal, será assegurada por dois agentes, cujas instalações serão inauguradas este mês: em Lisboa, Santogal, e, em Vila Nova de Gaia, Caetano Baviera. Para além destes, existirá uma Rede de 21 Reparadores Autorizados BMW i. O BMW i3 será comercializado, em Portugal, de série com Cabo de Carregamento Comum; baterias com garantia de 8 anos ou 100.000 km, eCall inteligente, Serviços Remote, jantes de liga leve de 19 poelgadas, BMW EfficientDynamics, sensores de estacionamento traseiros, kit mãoslivres com interface USB, volante em pele, ar condicionado e rádio BMW Professional com monitor a cores de 6,5 polegadas.


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