Vettel domina em casa da Ferrari e da Pirelli e iguala Alonso no número (32) de vitórias A NÃO PERDER Ogier tenta agarrar título já na Austrália Caramulo Motorfestival bate recorde de visitantes
DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 1054
13-09-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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FÓRMULA UM KIMI RAIKKONEN REGRESSA À FERRARI EM 2014
WTCC Tiago Monteiro sobe ao pódio em Sonoma
HEXACAMPEÃO
CPTT MIGUEL BARBOSA FESTEJA MAIS UM TÍTULO NACIONAL EM OLEIROS
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13 de setembro de 2013
FÓRMULA 1 – Grande Prémio de Itália
Tricampeão da Red Bull resiste à pressão de Alonso e dos tifosi em Monza
Vettel manda em casa da Ferrari O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) ficou mais perto de conquistar um histórico quarto título consecutivo no Mundial de Fórmula 1, resistindo à pressão do espanhol Fernando Alonso para se impor em Monza, no Grande Prémio de Itália, a casa da Ferrari. O espanhol confirma o segundo lugar do Campeonato, mas está cada vez mais longe do tricampeão da Red Bull, que parece imparável nesta segunda metade do Mundial. O tricampeão do Mundo já venceu seis corridas este ano, metade das que foram disputadas no campeonato de 2013, aumentando para 53 pontos a vantagem sobre Alonso no comando da classificação do Mundial de pilotos, quando faltam realizar sete provas para o fim do Campeonato de F1, a maioria das quais feitas “à medida” do bólide da Red Bull. “Foi uma corrida fantástica, mas consegue-se sempre perceber a diferença quando não se ganha aqui ao volante do carro vermelho”, observou Vettel, de 26 anos, em referência à reação pouco amistosa dos adeptos da Ferrari no fim de uma corrida que marca a despedida da F1 da Europa. Vettel, que partiu da sua 40.ª “pole position” da carreira, conseguiu segurar o primeiro lugar face ao ataque do australiano Mark Webber, seu colega de equipa na Red Bull, por força de uma fortíssima travagem para a primeira curva, dominou a corrida praticamente da primeira à
última volta, subindo pela terceira vez ao pódio no circuito de Monza, onde festejou o primeiro dos seus 32 sucessos na F1, em 2008. O espanhol Fernando Alonso foi o outro protagonista na pista dos arredores de Milão: o piloto da Ferrari deu esperança aos “tifosi” quando passou do quinto lugar que ocupava na grelha para a segunda posição, mas nessa altura já Vettel tinha assegurado uma vantagem que o espanhol nunca se mostrou capaz de anular. “Isto significa que fiz bem o meu trabalho e bati o ‘homem de vermelho’. Foi resultado de um grande trabalho de equipa. A corrida foi fenomenal, pois tivemos ambos problemas com a caixa de velocidades perto do fim”, explicou Vettel, que apenas perdeu o comando para Alonso por breves instantes, quando realizou o seu único reabastecimento. O germânico completou as 53 voltas ao circuito dos arredores de Milão, na distância total de 306,720 quilómetros, em 1:18.33,352 horas (média de 234,269 km/h), com tranquilizantes 5,467 segundos sobre Alonso e 6,350 sobre Webber, que também foi incapaz de fazer melhor do que se aproximar da traseira do Ferrari do espanhol, inviabilizando a “dobradinha” da Red Bull. Com 104 pontos de vantagem sobre a Ferrari, a escuderia inglesa não deverá necessitar de mais “do-
bradinhas” até ao fim do campeonato para revalidar o título de construtores, mas a corrida caseira, apesar de Alonso não ter chegado à vitória, até foi favorável à equipa italiana, que ultrapassou a Mercedes. Para isso, muito contribuiu o quarto lugar do brasileiro Felipe Massa, mas, principalmente, o desempenho modesto dos dois pilotos da Mercedes: o alemão Nico Rosberg não foi além da sexta posição e Lewis Hamilton
fez ainda pior, terminando no nono posto, a mais de meio minuto de Vettel, mas com poucas responsabilidades para o britânico. Apesar da distância que separou Vettel de Hamilton e de o piloto da McLaren, praticamente, se ter despedido da luta pelo título mundial, o britânico até foi um dos “heróis” do dia, depois de ter arrancado do 12.º lugar da grelha de partida, ter perdido o contacto com a equipa por rádio e
sofrido um furo lento. Hamilton manteve o terceiro lugar no Mundial de Pilotos, mas a distantes 81 pontos de Vettel, encontrando-se ainda assim em melhor situação do que o finlandês Kimi Raikkonen (Lotus), que apesar de ser apenas 11.º classificado, agora com 88 pontos de atraso para o líder do Mundial, assinou um contrato válido por dois anos com a Ferrari (ver peça à parte).
fórmula 1 – GRANDE PRÉMIO De itália
13 de agosto de 2013
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Classificações GP de Itália Pos. N.º 1 1 2 3 3 2 4 4 5 11 6 9 7 19 8 8 9 10 10 5 11 7 12 6 13 12 14 16 15 17 16 15 17 20 18 21 19 22 20 23
Piloto Sebastian Vettel Fernando Alonso Mark Webber Felipe Massa Nico Hulkenberg Nico Rosberg Daniel Ricciardo Romain Grosjean Lewis Hamilton Jenson Button Kimi Raikkonen Sergio Perez Esteban Gutierrez Pastor Maldonado Valtteri Bottas Adrian Sutil Charles Pic Giedo van der Garde Jules Bianchi Max Chilton
Carro Red Bull-Renault Ferrari Red Bull-Renault Ferrari Sauber-Ferrari Mercedes Toro Rosso-Ferrari Lotus-Renault Mercedes McLaren Lotus-Renault McLaren Sauber-Ferrari Williams-Renault Williams-Renault Force India-Mercedes Caterham-Renault Caterham-Renault Marussia-Cosworth Marussia-Cosworth
Voltas 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 52 52 52 52 52
Tempo 1:18.33,352 5.467 6.350 9.361 10.355 10.999 32.329 33.130 33.527 38.327 38.695 39.765 40.880 49.085 56.827 1v 1v 1v 1v 1v
Não classificados - 18 Jean-Eric Vergne - 14 Paul di Resta
Toro Rosso-Ferrari Force India-Mercedes
Mundial de Pilotos Pos. Piloto 1 Sebastian Vettel 2 Fernando Alonso 3 Lewis Hamilton 4 Kimi Raikkonen 5 Mark Webber 6 Nico Rosberg 7 Felipe Massa 8 Romain Grosjean 9 Jenson Button 10 Paul di Resta 11 Adrian Sutil 12 Sergio Perez 13 Daniel Ricciardo 14 Nico Hulkenberg 15 Jean-Eric Vergne 16 Pastor Maldonado 17 Valtteri Bottas 18 Esteban Gutierrez 19 Jules Bianchi 20 Charles Pic 21 Giedo van der Garde 22 Max Chilton
Pontos 222 169 141 134 130 104 79 57 48 36 25 18 18 17 13 1 0 0 0 0 0 0
Mundial de Construtores Pos. Equipa 1 Red Bull 2 Ferrari 3 Mercedes 4 Lotus 5 McLaren 6 Force India 7 Toro Rosso 8 Sauber 9 Williams 10 Marussia 11 Caterham
Pontos 352 248 245 191 66 61 31 17 1 0 0
Dif. 5.467 0.883 3.011 0.994 0.644 21.330 0.801 0.397 4.800 0.368 1.070 1.115 8.205 7.742 1v 82.377 15.098 7.332 12.226
motor acidente
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13 de setembro de 2013
FÓRMULA 1 – Grande Prémio de Itália
Vettel domina corrida em «casa» da Pirelli e da Ferrari
Estratégia de uma paragem resulta em pleno em Monza O piloto da Red Bull Sebastian Vettel arrebatou mais um triunfo em Itália, corrida que se disputou na casa da Pirelli e no circuito mais rápido do ano. A terceira vitória de Vettel em Monza empata-o com Fernando Alonso da Ferrari no total de vitórias em corridas de F1, ambos com 32 triunfos. Partindo da “pole position”, o jovem piloto alemão (26 anos), tricampeão mundial, venceu de forma dominadora com a estratégia de uma paragem nas boxes e aumentou para 53 pontos a sua vantagem sobre o segundo no campeonato, Fernando Alonso. O piloto espanhol da Ferrari também utilizou uma estratégia de uma paragem, saindo do quinto lugar na grelha de partida para chegar em segundo no final da corrida, tendo começado com pneus médios P Zero Brancos e depois mudando para pneus duros P Zero Laranja na volta 27. A corrida iniciou-se com uma temperatura ambiente de 26º C e apesar de algumas gotas de chuva que caíram mesmo antes de os pilo-
tos saírem para a grelha de partida, o tempo manteve-se seco durante as 53 voltas da corrida. Todos os pilotos começaram com pneus médios, à exceção do Mercedes de Lewis Hamilton, do Lotus de Kimi Raikkonen e do Sauber de Esteban Gutierrez, que optaram por começar a corrida com pneus duros. O primeiro dos corredores da frente a fazer uma paragem programada foi Romain Grosjean, da Lotus, na volta 20, trocando para pneus duros, que logo provaram ser a escolha popular. O líder da corrida, Vettel, foi às boxes três voltas mais tarde, montando também os pneus duros, que usou até ver o baixar da bandeira de xadrez. Paul Hembery, diretor da Pirelli
Motorsport, viu assim o GP de Itália: “Com alguma chuva ligeira a cair 30 minutos antes do início da corrida, alguns carros foram para a grelha com os pneus Cinturato Verdes intermédios, mas como a chuva parou a maioria dos pilotos começou com pneus médios. Esta foi claramente uma corrida de uma paragem nas boxes, sem degradação dos pneus e muitos carros fizeram a volta
mais rápida para o final da corrida. Qual estratégia estaria dependente – como sempre – de vários fatores, mas como a chuva parou, a decisão de Vettel de começar com pneus médios com uma paragem para mudar para duros provou ser uma combinação vencedora. Monza é um grande teste para os pneus, com a temperatura superficial da borracha a atingir os 130º C à saída de
La Roggia. Mas os pneus estiveram à altura das exigências durante todo o fim-e-semana. Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer aos fãs aqui presentes, que mais uma vez proporcionaram, como sempre, uma atmosfera eletrizante neste circuito. E é com grande orgulho que chamamos a este grande prémio a corrida em nossa casa”.
Qualificação dominada pelos Red Bull
Mais uma “pole” (40.ª) para Vettel O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) fez o melhor tempo na qualificação para o Grande Prémio de Itália, 12.ª prova do Mundial de Fórmula 1, garantindo assim a “pole position” pela quarta vez esta temporada e pela 40.ª vez na sua carreira. Para conseguir este feito (50.ª pole da Red Bull), o tricampeão mundial conseguiu, à última tentativa, a melhor volta ao circuito de Monza, em 1.23,755 minutos. A segunda posição foi assegurada pelo outro piloto da Red Bull, o australiano Mark Webber, o único a acompanhar Vettel com um tempo abaixo dos 1.24 minutos, ao rodar em 1.23,990. “Este fim de semana, o carro tem estado fantástico. Tivemos um ritmo fantástico na sexta-feira e conseguimos mantê-lo agora na qualificação. Mas acaba por ser um pouco surpreendente conseguirmos ter os dois carros na primeira linha num local onde, historicamente,
temos tido maus anos”, referia Vettel, antes de saber que também iria fazer a festa principal na corrida italiana. Fernando Alonso (Ferrari), segundo do Mundial e a correr em casa, não conseguia melhor do que o quinto lugar, com um tempo de 1.24,142 minutos, enquanto o australiano Daniel Ricciardo (Toro Rosso) era sétimo, ao rodar em 1.24,538, isto depois de saber que vai subir à Red Bull na próxima época. A qualificação em Monza acabou por reservar outras surpresas, como as eliminações do finlandês Kimi Raikkonen (Lotus) e do inglês Lewis Hamilton (Mercedes) na segunda ronda. Terceiro no Mundial de Pilotos, Hamilton, que tinha conseguido a “pole position” nos últimos quatro grandes prémios, fez apenas o 12.º tempo, um lugar atrás de Raikkonen, quarto no campeonato.
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Finlandês assinou um contrato válido por duas temporadas
Kimi Raikkonen regressa à Ferrari O piloto finlandês de Fórmula 1 Kimi Raikkonen assinou um contrato de dois anos com a Ferrari, que terá início na temporada de 2014, anunciou a equipa italiana.
Kimi Raikkonen, de 33 anos, campeão do mundo em 2007, vai correr ao lado do espanhol Fernando Alonso, o piloto que o substituiu na equipa italiana em 2009. “Bem-vindo de volta, Kimi”, titula o sítio da equipa italiana na internet. Segundo o comunicado colocado no sítio oficial, “a equipa Ferrari anuncia que chegou a um acordo com Kimi Raikkonen” e que “o finaldês irá juntar-se a Fernando Alonso nas corridas das duas próximas temporadas”. O finlandês vai substituir o brasile-
iro Felipe Massa e formar uma equipa experiente, que conta em conjunto com mais de 50 vitórias em Grandes Prémios (32 para Alonso e 20 para Raikkonen), e três títulos mundiais (dois para o espanhol e um para o nórdico). Kimi Raikkonen sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1 em 2007, o último ano em que a Ferrari conseguiu um título na modalidade. Depois disso, Jenson Button, na Brawn, e Lewis Hamilton, na McLaren, conseguiram títulos mun-
diais, antes de se iniciar o domínio de três anos da Red Bull e do alemão Sebastian Vettel. Raikkonen abandonou a Fórmula 1 em 2009, transitando para o Mundial de Ralis, e foi substituído na escuderia italiana pelo espanhol
Fernando Alonso. O “finlandês voador” venceu nove grandes prémios com a Ferrari, tantos quantos os que conseguiu nos cinco anos que correu pela McLaren, no decorrer dos quais alcançou dois segundos lugares, em 2003 atrás de
Michael Schumacher e em 2005 logo a seguir a Alonso. Após uma breve passagem pelo NASCAR, Raikkonen regressou à Fórumla 1 em 2012 na equipa da Lotus, com a qual ganhou dois grandes prémios.
Mundial de Ralis na Austrália
Ogier corre para o título O piloto francês Sébastien Ogier (Volkswagen Polo) poderá sagrar-se campeão do Mundo de ralis no domingo, na Austrália, bastando-lhe para isso conseguir nove pontos de vantagem sobre o segundo na classificação geral, o belga Thierry Neuville. Se Ogier, que a quatro ralis do fim do mundial tem 75 pontos de avanço, conseguir vencer a corrida (25 pontos) e for o mais rápido na “power stage” (mais 3 pontos), basta-lhe que Neuvile não vá além do terceiro lugar para sagrar-se campeão. O francês também tem de conseguir mais um ponto de vantagem sobre o seu companheiro de equipa, o finlandês Jari-Matti Latvala. O “delfim” de Sebastien Loeb, nove vezes campeão do Mundo, teve o título ao seu alcance no rali anterior, na Alemanha, mas abandonou a corrida no primeiro dia da prova, ganha pelo espanhol Dani Sordo. “Na Alemanha tinha uma hipótese, muito teórica, de chegar ao título [vitória e powerstage, esperando que Neuville e Latvala não fossem
além do oitavo lugar], mas desta vez, as probabilidades são mais fortes. Aqui, na Austrália, a sorte está muito mais nas minhas mãos. O meu objetivo é ganhar o rali e a powerstage”, destacou Ogier. O líder do Mundial de Pilotos considera que o Polo será competitivo no Rali da Austrália, cujas etapas decorrem em piso de gravilha nos arredores de Coffs Harbour, uma pequena cidade entre Sydney e Brisbane. “Estamos muito bem preparados. Gosto bastante deste rali da Austrália e das suas ‘especiais’ muito rápidas e exigentes”, declarou Ogier. O sonho de Ogier de se sagrar campeão a três corridas do fim – igualando assim o feito de Sebastian Loeb – pode esbarrar no belga Thierry Neuville, segundo classificado
nos três últimos ralis (Itália, Finlândia e Alemanha). Ainda assim, o belga estreia-se na Austrália, mais concretamente na Nova Gales do Sul. “É o meu batismo aqui. Conseguir um pódio seria ‘super’, mas é mais realista apontar para um ‘top-5’”, considerou Neuville, para quem o objetivo é claro: “Conservar o segundo lugar no campeonato”. O Rali da Austrália, que arrancou
ontem, prolonga-se até domingo, num total de 22 classificativas distribuídas por quatro dias, 353 quilómetros cronometrados e 580 de ligação, ao longo dos quais o finlandês Mikko Hirvonen dificilmente repetirá as vitórias das três últimas edições (2006, 2009 e 2011 - a primeira em Coffs Harbour). “Geralmente, o piso está em muito boas condições e as classificativas são em
estradas rápidas. Não são difíceis de conhecer, mas é um rali que exige dos pilotos uma grande coragem, para não se perder velocidade. Também é bom não haver rochas à beira da estrada. Em resumo, pode dizer-se que é como a Finlândia, mas em terreno plano”, considerou o “especialista” do rali australiano que este ano vai estar ao volante do DS3 da Citroën.
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noticiário
13 de setembro de 2013
Muller mais próximo do título de WTCC
Tiago Monteiro subiu ao pódio em Sonoma O piloto Tiago Monteiro (Honda Civic WTCC) conquistou um segundo e um quinto lugares em Sonoma, San Francisco, na nova etapa do Mundial de Carros de Turismos (WTCC), na qual o francês Ivan Muller praticamente garantiu mais um título. O piloto por tuense, que na primeira prova ficou imediatamente à frente do gaulês do Chevrolet que está prestes a conquistar o quarto título, subiu assim um lugar saltando para o 10.º posto do campeonato. Na primeira corrida, Tiago Monteiro foi segundo atrás do britânico Tom Chilton (Chevrolet Cruze), enquanto Yvan Muller (Chevrolet Cruze) foi terceiro e ficou assim a uma presença no pódio na prova seguinte para garantir virtualmente novo título, após os de 2008, 2010
e 2011. Ainda assim, na segunda prova, ganha pelo italiano Gabriele Traquini (Honda Civic WTCC), Muller perdeu o terceiro posto para o húngaro Norbert Michelisz e agora tem no Japão, China e Macau três possibilidades para conseguir o que parece ser inevitável. Tiago Monteiro, que já tinha referido que o Ciruito de Sodoma lhe era “simpático”, conseguiu ainda uma boa qualificação, ao fazer o terceiro tempo no circuito
norte-americano de San Francisco, na Califórnia. O portuense da Honda fez a sua melhor volta em 1.46,266 minutos, a 683 milésimas de segundo
do britânico Tom Chilton (Chevrolet Cruze), e assim garantia um lugar na segunda fila da grelha de partida para a primeira das três corridas. Muller
obteve o segundo tempo, atrás do seu companheiro de equipa, irmão mais novo de Max Chilton, piloto da Marussia, da Fórmula 1.
Campeonato de GT Open
Filipe Albuquerque tenta chegar aos pontos Depois de uma pausa de um mês, para as habituais férias de Verão, o DTM e Filipe Albuquerque regressam este fim-de-semana à atividade desportiva em Oschersleben. A dupla do Chevrolet terminou no quarto lugar a segunda corrida de Spa-Francorchamps, sexta prova do campeonato, a 21.853 segundos dos vencedores, os italianos Andrea Montermini, que lidera a classificação
de pilotos, e Davide Rigon (Ferrari). Na primeira corrida, Ramos e Pastoreli conseguiram o terceiro lugar, gastando mais 1.07,251 minutos a cumprir as 27 voltas ao circuito belga do que os também italianos
DTM em Oschersleben
Miguel Ramos no terceiro lugar Após a ronda de Spa, o piloto português Miguel Ramos (Chevrolet) passou a ocupar o terceiro lugar da classificação do Campeonato de GT Open, com os mesmos 157 pontos do seu companheiro de equipa, o italiano Nicky Pastoreli. Esta será mais uma prova importante para o piloto português que espera definitivamente chegar aos lugares pontuáveis, depois de já ter mostrado, corrida após corrida,
potencial para isso. Apesar do traçado de Oschersleben não se ter revelado o mais favorável nos últimos anos aos Audi, a realidade é que depois
da performance demonstrada nas corridas anteriores, Filipe acredita, que caso não existam percalços, o objetivo tem de se concretizar: “É uma pista que conheço bem não só do DTM, mas de Campeonatos anteriores. Depois desta pausa, onde tive oportunidade de recarregar baterias, a motivação está em alta. E mantenho o lema que desistir não é opção, como tal, vou lutar com todas as armas para chegar aos pontos”, referiu Filipe Albuquerque, ciente que será mais um fim-de-semana de extrema importância em termos competitivos. A corrida poderá ser televisionada em direto, na Sporttv, domingo às 12h30.
Lorenzo Bontempelli e Marco Frezza (Ferrari). Também presentes em SpaFrancorchamps, os portugueses José Pedro Fontes e João Silva (Mercedes) concluíram as corridas nos 16.º e 18.º lugares, enquanto António Coimbra e Luís Silva (Mercedes) conseguiram o 21.º posto na segunda prova, depois de não se terem classificado na primeira. A classificação de pilotos de GT Open, cuja próxima prova está marcada para Monza, a 05 e 06 de outubro, é liderada por Andrea Montermini, com 204 pontos, seguido do compatriota Luca Filippi, com 168.
CPTT
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Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno
…E vão seis títulos para Miguel Barbosa! O piloto Miguel Barbosa (Mitsubishi) sagrou-se pela sexta vez campeão português de todo-oterreno, após dominar a Baja TT Proença-Oleiros e beneficiando da desistência de Hélder Oliveira, seu principal rival na competição. Auxiliado por Miguel Ramalho, o lisboeta comandou de início ao fim a quarta etapa do nacional de todo-o-terreno e pôde prematuramente festejar um novo título, depois de Hélder Oliveira, que seguia em segundo no nacional, ter sido obrigado a abandonar a poucos quilómetros da meta. Na zona de Castelo Branco, Barbosa foi o mais rápido nas duas especiais do dia, num total de 242,57 quilómetros
cronometrados, e t e r m i n o u a Baja TT Proença–Oleiros com o tempo de 5:02.17 horas e com um vantagem de 10 minutos sobre o segundo classificado, Pedro Grancha (BMW). “Estou muito satisfeito com mais esta conquista no Campeonato Nacional. Foi para atingir este resultado que trabalhámos durante a época e é extremamente gratificante conseguir revalidar o título quando ainda faltam
disputar duas provas. Gostaria de agradecer aos meus patrocinadores o apoio todo que me têm prestado e a confiança que sempre deposi-
taram em mim, uma vez que sem eles era impossível conquistar mais este título”, afirmou, visivelmente feliz, Miguel Barbosa.
Alejandro Mar tins (Nissan) fechou o pódio da Baja TT Proença– Oleiros, terminando a 25 minutos do agora hexacampeão nacional.
Piloto de Cascais regressa à segunda posição no CPTT
Pedro Grancha em 2º lugar Nuno Matos desistiu com problemas na caixa de velocidades do Opel Mokka Proto
Aos comandos do BMW Evo X1 inscrito pela equipa PMG Motorsport, a dupla Pedro Grancha/Inês Ponte, alcançou um excelente 2º lugar na Baja TT Proença-Oleiros, resultado que coloca tanto o piloto como a sua navegadora na segunda posição do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Na jornada disputada nas pistas da Beira Interior, levada a cabo pela Escuderia de Castelo Branco, o piloto de Cascais apenas foi superado pelo campeão nacional Miguel Barbosa, que nesta quarta etapa terminou com uma vantagem de 9m35s, após mais de quatro horas e meia
de corrida. De salientar que, no derradeiro sector selectivo da prova, Pedro Grancha ficou apenas a 25s do vencedor. “A prova correu-nos, felizmente, muito bem, sem quaisquer percalços do início até ao final. Mantivemos um ritmo forte desde os primeiros
quilómetros, fomos controlando os nossos directos adversários e estou muito satisfeito com a nossa prestação. Regressámos ao segundo lugar no campeonato, que esperamos manter até ao final da temporada”, salientou, no final da prova, Pedro Grancha.
Hélder Oliveira foi obrigado a abandonar depois de ter sido 3.º no prólogo
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noticiário
13 de setembro de 2013
Mundial de motocrosse
Rui Gonçalves termina campeonato no 13.º lugar Rui Gonçalves (KTM) concluiu o Campeonato Mundial de motocrosse, na classe de MX1, na 13.ª posição, após ter ficado longe dos lugares cimeiros no Grande Prémio da Europa, 17.ª e última ronda da competição.
Após mais de um mês em convalescença de uma lesão, Rui Gonçalves voltou a activo para a derradeira jornada do “Mundial” de Motocross. O lusitano foi 13.º na primeira manga da classe MX1 – posição em que também fechou o Campeonato - e desistiu na restante, lesionado num tornozelo. Rui Gonçalves estava fora de combate desde finais de Julho, para recuperar da lesão sofrida por queda na Alemanha. Regressou agora no G.P. do Benelux, disputado em Lierop, uma pista de areia que o nosso piloto aprecia bastante, mas a chuva
caída durante a manhã deixou o piso muito pesado. Além da natural falta de ritmo decorrente da paragem, na semana anterior à prova Gonçalves lesionou o tornozelo esquerdo em treinos privados, e como tal não estava nas melhores condições físicas para este jornada. Na primeira manga obteve o 13.º lugar, e na segunda teve de desistir à oitava volta, devido a uma torção no tornozelo direito. Este “Mundial” de Motocross foi constituído por 17 jornadas, e Rui Gonçalves não marcou pontos em cinco delas, ele que ocupava o
sétimo posto do Campeonato antes da arreliadora lesão. Ainda assim, terminou esta campanha de 2013 no 13.º lugar final, sendo que o campeão do mundo é mais uma vez (quinta) o italiano Antonio Cairoli, que venceu a segunda corrida dis-
putada em Lierop. Campeonato: 1.º Antonio Cairoli (KTM) 761 pontos; 2.º Clement Desalle (Suzuki) 671; 3.º Ken de Dycker (KTM) 607; 4.º Kevin Strijbos (Suzuki) 553; 5.º Gautier Paulin (Kawasaki) 539; 6.º Tommy
Searle (Kawasaki)487; (…) 13.º Rui Gonçalves (KTM) 240; etc. Esta foi a última aparição de Rui Gonçalves pela equipa Ice One Racing, que já anunciou que não conta com o antigo vice-campeão de MX2 na próxima época.
uma área mais rápida, idêntica aos ralis, e outra mais lenta, ao estilo do trial”, explicou a organização. A prova envolve mais de 360 pessoas, que vão desde pilotos a mecânicos ou comissários de prova, sendo organizada pelo “King of Portugal”, com o apoio da Câmara de Vimioso e do Motoclube “Os Furões”. “A imprensa internacional tem seguido com bastante interesse a prova, já que é primeira vez que mesma se desloca para fora dos Estados Unidos e vai tentar perceber as diferenças ou semelhanças com a prova mítica americana”, frisou
José Santos. “Não está a afastada” a ideia de se realizar um campeonato europeu dentro deste modelo de competição, envolvendo competidores de países como Portugal, Reino Unido, Alemanha e Itália. Os carros “ultra race” que vão participar na corrida podem chegar aos 650 cavalos de potência. O vereador do município de Vimioso, António Torrão, sublinhou o retorno económico que esta prova dará ao concelho e destacou os diminutos encargos que o município assumiu, já que “praticamente só apoia com a logística”.
Vimioso recebe primeira prova do género
“King of Portugal” Vimioso, em Trás-os-Montes, acolhe até amanhã (sábado) a “King of Portugal”, a primeira prova automobilística “off-road” realizada na Europa continental segundo o modelo da “mítica” competição norteamericana “King of Hammers”. “A prova é um conceito que nasceu nos Estados Unidos juntando as competições rápidas que decorriam no deserto com as provas trial. Assim, conseguiu-se misturar os
adeptos do trial e da velocidade e criar uma corrida única do mundo, que tem no Estados Unidos 55 mil pessoas a assistir, em média, a cada competição”, explicou José Santos,
da King of Road. Na competição europeia que se realiza no nordeste transmontano vão marcar presença 33 equipas oriundas de países como os Estados Unidos, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Itália e Portugal. Está já confirmada a presença de Luky Dog, “jovem promessa” da modalidade nos Estados Unidos. A organização espera juntar milhares de pessoas no circuito traçado para o efeito em Vimioso e promete o mesmo espetáculo e a mesma dureza da competição praticada nos Estados Unidos. “O circuito é composto por duas zonas distintas,
Piloto algarvio dominou as cinco especiais do Rali Flor do Alentejo
Ricardo Teodósio vence em Serpa Ricardo Teodósio, aos comandos de um Mitsubishi Lancer Evo, foi o grande vencedor da edição de 2013 do Rali Flor do Alentejo Cidade de Serpa, competição pontuável para o Campeonato Regional de Ralis Sul (VSH). Depois de, na véspera, ter sido o mais rápido na super especial noturna, o piloto algarvio esteve imparável tendo triunfado em ambas as passagens pelos dois troços de terra escolhidos pela secção de motorismo da Sociedade Artística Reguenguense para esta prova: Aldeia do Pinto e Santa Iria. Num total cronometrado de 45,62 km, Ricardo Teodósio realizou
o tempo total de 35m36s, menos 1m17,65s que Márcio Marreiros e menos 1m27,68s que João Pedro Ribeiro Correia, ambos em Mitsubishi Lancer Evo VI. José Prego, da Comissão organizadora, comentou assim a prova: “O rali decorreu de uma forma muito interessante, sem qualquer tipo de problemas. Os pilotos manifestaramnos o seu agrado pelo figurino da prova e o vencedor, Ricardo Teodósio louvou em particular a especial da Aldeia do Pinto pela variedade de situações que proporcionava, para além de ter uma quilometragem de uma dezena de quilómetros”.
noticiário
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Vão ser compradas 13 mil árvores para a serra fustigada pelos incêndios
Caramulo Motorfestival recebe recorde de visitantes No fim-de-semana, mais de 30 mil pessoas foram até à Serra do Caramulo para participar na 8.ª edição do Caramulo Motorfestival, um evento dedicado aos automóveis e motociclos. Veículos emblemáticos, como os portugueses Edfor (1937) e Alba (1952) e o espanhol Pegaso Z-102B (1953), clássicos e desportivos e motos de luxo encheram as ruas e subiram a mítica Rampa do Caramulo, registando um número recorde de participações na prova.
A edição deste ano contou com a participação de equipas compostas por membros de vários países nomeadamente Espanha, França, Reino Unido (Escócia), Suiça, Holanda e Brasil. O cantor Rui Veloso, um apaixonado por automóveis, também marcou presença e fez a Rampa do Caramulo ao volante do seu clássico Citroën DS. Com um programa variado, que incluiu a rampa do campeonato nacional de montanha, uma feira de automobília, um rali de automóveis clássicos, passeios e concentrações de vários tipos de viaturas, exposições temporárias e quatro aviões acrobatas, o Caramulo Motorfestival fez as delícias não só aficionados dos automóveis e motociclos, mas também das famílias. De acordo a organização, “esta edição do Caramulo Motorfestival foi extraordinária. No ano em que o Museu do Caramulo celebra 60 anos tivemos a melhor programação de
sempre e a maior adesão por parte de participantes e visitantes, demonstrando que o evento está mais vivo do que nunca!” No sábado, o Motor festival prestou uma homenagem aos bombeiros que combateram os incêndios no Caramulo, fazendo uma subida da rampa com alguns bombeiros e crianças na centenária auto-bomba Delahaye de 1913. Ainda durante o evento, num desafio lançado a todos os participantes e graças ao movimento cívico, foram angariados fundos para a aquisição de mais 8 mil árvores, juntando-as assim às 5 mil árvores oferecidas pela organização do evento e pelo Targa Clube, e que vão contribuir para a reflorestação da Serra do Caramulo, gravemente afetada pelos incêndios das últimas semanas. Este ano o Prémio João Lacerda 2013, um prémio de carreira com o nome do fundador do Museu do
Caramulo, uma das figuras mais relevantes da história do automobilismo em Portugal, distinguiu Ernesto “Nené” Neves. No âmbito do Caramulo Motorfestival foi ainda inaugurada a exposição temporária “Rush”, do artista João Louro. A exposição pensada à volta de nove peças de arte, algumas inéditas, produzidas expressamente para esta exibição estará patente no Museu do Caramulo até 26 de Janeiro de 2014. No que concerne a classificações Pedro Salvador, conquistou a primeira posição na Rampa do Caramulo (Campeonato de Portugal de Montanha). Salvador Patrício Gouveia ficou em primeiro lugar na prova Regularidade da Rampa Histórica do Caramulo, e nas restantes categorias os vencedores foram Carlos Fernandes, na Categoria Circuito; Joaquim Rino, na Categoria Fórmulas; António Nogueira, na Categoria GT; e Mário de Pais Sousa Jr., na categoria de Rali.
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MOTOCICLISMO
13 de setembro de 2013
Trial das Nações em França
Portugal repete 13.ª posição Portugal alcançou no Trial das Nações o mesmo resultado do ano anterior, ou seja, a 13.ª posição no Troféu Internacional. Uma queda e sérios estragos na moto de um piloto, já na segunda volta, inviabilizaram um desempenho superior. A 30.ª edição do Trial das Nações realizou-se em França, mais exactamente em La Chatre. As 18 zonas de obstáculos revelaram-se bastante difíceis, com terra e pedra muito escorregadias a prejudicarem a tracção. Além de cinco potências da modalidade que disputaram a competição principal, outros 17 países participaram no Troféu Internacional, entre os quais Portugal, cuja selecção foi constituída por Pedro Sousa, Diogo Vieira e Nuno Castro. Após a primeira volta ao percurso, a equipa lusa ocupava o 12.º posto, em luta directa contra a Letónia e o Luxemburgo. Porém, o azar surgiu na zona 4 da segunda volta, quando Diogo Vieira sofreu uma queda, magoou três dedos da mão direita e, pior ainda, ficou com
o quadro da moto partido, pelo que esta ficou perfeitamente inoperacional. Enquanto Pedro Sousa e Nuno Castro foram concretizando a sua prova sem percalços assinaláveis, aquele problema foi preponderante para a descida ao 13.º lugar – uma vez que Portugal só alinhou três pilotos, todos os seus resultados eram considerados para a classificação colectiva - sendo a nossa equipa ultrapassada pela da Letónia. A propósito, na primeira volta Portugal tinha totalizado 168 pontos, contra 189 dos letões, mas na segunda passagem averbou 194 pontos, face aos 161 registados por aquele adversário directo. Em termos globais, a Espanha conquistou a sua décima vitória no Trial das Nações, com larga vantagem sobre
a concorrência. No Troféu Internacional, o êxito coube à Alemanha, apenas com menos 5 pontos de penalização que a República Checa. Classificações – Trial das Nações: 1.º Espanha, 38 pontos; 2.º Grã-Bretanha,
127; 3.º França, 141; 4.º Itália, 199; 5.º Noruega, 383. Troféu Internacional: 1.º Alemanha, 22; 2.º República Checa, 27; 3.º Estados Unidos, 46; 4.º Austrália, 60; 5.º Suécia, 62; 6.º Bélgica, 80; 7.º Áustria,
101; 8.º Suíça, 171; 9.º Irlanda, 178; 10.º Nova Zelândia, 222; 11.º Polónia, 241; 12.º Letónia, 350; 13.º Portugal, 362; 14.º Luxemburgo, 372; 15.º Canadá, 385; 16.º Dinamarca, 431; 17.º Eslovénia, 497.
Motociclismo – Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno
Luís Ferreira regressa aos triunfos Luís Ferreira conquistou a sua terceira vitória na presente temporada do “Nacional” TT ao ganhar nas motos a Baja Proença-Oleiros, onde Roberto Borrego voltou a dominar a concorrência entre os Quad e João Dias levou a melhor nos UTV/ Buggy.
Muito calor acompanhou este fimde-semana o pelotão de 71 pilotos na Baja TT Proença Oleiros – dos quais 34 nas motos, 20 em quads e 17 nos UTV/ Buggy. Em piso duro, o pó também se fez sentir nos dois troços de hoje – com 92,3 e 150,2 km, respectivamente – depois de ontem os pilotos começarem por enfrentar a Super-Especial. Nas motos travou-se aceso duelo entre Luís Ferreira e António Maio. Este foi o mais rápido na Super-Especial, batendo o rival apenas por quatro décimos, mas hoje Ferreira instalou-se no comando desde os primeiros quilómetros. A diferença entre eles foi sempre muito curta e acabaram separados apenas por 20 segundos, com Luís Ferreira a triunfar. Sistematicamente em 3.º rodou Mário Patrão, que terminou a 5m21s
do vencedor. Hélder Rodrigues regressou às competições nacionais, aproveitando esta prova como mais um treino na sua preparação, e foi 4.º classificado, diante de Frederico Fino e do melhor da representante da TT1, Domingos Santos, enquanto o vencedor da classe Promoção foi Filipe Goucha, no 13.º posto absoluto. Com estes resultados, Patrão e Maio encontram-se agora rigorosamente empatados no comando do Campeonato, mas Luís Ferreira reforçou bastante as suas aspirações ao título, visto que retém integralmente os pontos que conquistar nas duas provas em falta, enquanto os rivais ainda têm de desprezar um resultado. Entre os Quad, Roberto Borrego
voltou à senda dos êxitos, ele que venceu quatro das cinco provas disputadas até ao momento. Nesta Baja liderou todo o tempo, ganhando progressiva vantagem sobre a concorrência, para terminar com expressivos 8m23s de avanço sobre o 2.º classificado, André Mendes. Boa exibição também para Marco Baltazar, ganhador na “Promoção” e 3.º absoluto, que bateu Filipe Martins por escassos 37 centésimos de segundo! Por sua
vez, Ricardo Antunes levou a melhor na classe “Stock”. Ainda menção para os abandonos de Rafael Acúrcio no primeiro troço, e de Luís Engeitado já na ponta final do último sector, devido a avaria nos seus quad. Quanto aos UTV/ Buggy, desta vez a vitória coube à dupla João Dias/ Nuno Passos, que bateu Nuno Tavares por 1m38s. No entanto, este último reforçou significativamente a liderança no Campe-
onato, pois o principal opositor nesse domínio, João Lopes, teve de renunciar devido a um princípio de incêndio no seu veículo. O pódio desta categoria ficou completo com a dupla espanhola Roberto Gallart/ Cristobal Mora. O Campeonato irá prosseguir no último fim-de-semana de Setembro, com a Baja TT de Idanha-a-Nova, também pontuável para o Campeonato da Europa de Bajas.
comércio & indústria
13 de setembro de 2013
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Mercedes-Benz Classe C chega aos 10 milhões
Quatro gerações de sucesso Desde o lançamento deste Classe C no mercado, em 1982, a Mercedes-Benz já entregou mais de 10 milhões de unidades a clientes. E vendeu mais de 2,3 milhões de limousines, station e coupés apenas da atual série, revelada em 2007.
As limousines do Classe C são extremamente populares nos EUA, na África do Sul e nos países do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), enquanto a procura pelas station é maior nos países europeus. O Classe C Coupé lidera as listas de matrículas em quase todos os mercados, incluindo nos EUA, Alemanha e China. O Classe C é também um dos modelos mais populares entre as empresas. Os clientes que adquirem um Classe C ficam impressionados com a sua eficiência. O C 220 CDI é a motorização mais popular, ao mesmo tempo que as edições BlueEFFICIENCY somam pontos por serem especialmente amigas do ambiente. Os modelos limousine e coupé consomem 4,1 litros (Diesel) por cada 100 quilómetros – o equivalente a um nível de emissões de CO₂ de 109 g/km. O Classe C sempre foi visto como pioneiro no segmento em termos de sistemas inovadores de segurança, que incluem diversos sistemas de assistência à condução – desde o ATTENTION ASSIST, que deteta os níveis de cansaço do condutor, ao controlo de proximidade DISTRONIC PLUS. Em conjunto, estes sistemas garantem um elevado nível de apoio
e proteção para o condutor e para os passageiros. O Classe C será ainda o único modelo da Mercedes-Benz com produção, a partir de 2014, nos quatro continentes. Será produzido nas fábricas de Bremen (Alemanha), East London (África do Sul), Pequim (China) e Tuscaloosa (EUA). A fábrica da Mercedes-Benz em Bremen é também um centro para a nova geração do Classe C e controla o lançamento a nível global. Até ao momento, já saíram da linha de produção de Bremen mais de um milhão de viaturas da atual série do Classe C. Êxito há mais de 30 anos A história de sucesso do Classe C teve início em 1982, quando o Mercedes-Benz 190 foi lançado como automóvel de gama intermédia. Sendo o modelo mais pequeno da Mercedes-Benz na altura, o Classe C cedo ganhou a alcunha de Baby Benz. O primeiro automóvel com a designação “Classe C” foi introduzido em maio de 1993 e tornou-se um marco para a Mercedes-Benz, não apenas em termos de engenharia mas também pela diversidade de versões de carroçaria. A station foi introduzida em
1996 e foi a primeira carrinha desportiva de gama intermédia. Quando a Mercedes-Benz lançou a série seguinte do Classe C, no ano 2000, incluiu o Sports Coupé, uma variante de carroçaria completamente nova. A quarta geração deste modelo surgiu no mercado em 2007 e também estreou uma nova característica de design: pela primeira vez, a dianteira de uma limousine da Mercedes-Benz variava de acordo com a linha de equipa-
mento. Enquanto a linha ELEGANCE apresentava uma estrela de três pontas na sua posição tradicional no capô, com a linha desportiva AVANTGARDE a estrela encontrase embutida no centro da grelha do radiador. Há também uma tradição de versões AMG. As actuais limusines, station e coupés exclusivos Edition 507 estão equipados com um motor de potência aumentada V8 AMG de 6,3 litros com 507cv (373 kW)
e binário de 610 Nm. Os modelos Edition 507 estão disponíveis com o Pack AMG Driver, de série, o que significa que a velocidade máxima é de 280 km/h. O C 63 AMG Edition 507 foi lançado na Europa em junho e será introduzido de forma faseada em todos os grandes mercados. Em Portugal, actualmente a gama do Classe C dispõe de uma campanha especial com oferta de equipamento até 4.600 euros, denominada Classe C Sport Edition.
Aumento de 25 por cento
Mazda produz mais motores SKYACTIV A grande procura pela nova geração de modelos SKYACTIV levou a Mazda Motor Corporation a aumentar em um quarto a capacidade de produção dos motores SKYACTIV na sua fábrica de Hiroshima. Quando se atingir essa meta, no final de 2014, o aumento de cerca de 800 mil para um milhão de unidades por ano tornará a fábrica mais flexível. Como parte da renovação, a Mazda vai instalar uma nova e mais versátil linha industrial de produção de motores naquelas instalações. Para além disso, a actual linha que produz motores MZR será actualizada para permitir a produção de blocos SKYACTIV. A Mazda conta com uma gama de motores que compreende unidades de quarto
cilindros SKYACTIV-G a gasolina e SKYACTIV-D a diesel. A expansão da produção é um dos pontos-chave da Mazda rumo ao objectivo de aumento das vendas a nível global para 1,7 milhões de veículos em 2016, sendo que cerca de 80% deles contam com tecnologia SKYACTIV. Para além de Hiroshima, os blocos SKYACTIV são também produzidos nas instalações da Changan Ford Mazda Engine Co. (China), tendo a produção arrancado em Junho de 2013. Serão também produzidos nas instalações da Mazda Motor Manufacturing de Mexico S.A. de C.V. (México) a partir do quarto trimestre do actual Ano Fiscal, que termina em Março de 2014.
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comércio & indústria
13 de setembro de 2013
Peugeot 2008 em expedição todo-o-terreno Lisboa-Dakar-Bissau
A grande travessia A aceitação em Portugal do Peugeot 2008 superou as expectativas e, três meses depois do lançamento, disputa a posição cimeira em termos de vendas no segmento e regista uma importante carteira de encomendas. É neste contexto que agora surge um novo desafio para o modelo. E o desafio é fazer uma expedição a África, onde a Peugeot tem uma presença histórica de grande peso, numa aventura protagonizada pelo editor da revista Todo Terreno, Alexandre Correia, e por um Peugeot 2008 1.6 e-HDi. Em conjunto, farão, durante este mês de Setembro, uma viagem através de sete países, entre a Europa e a África Negra, num total de 12 mil quilómetros. A Expedição Todo Terreno Peugeot 2008 Lisboa-Dakar-Bissau tem como objectivo atravessar todo o norte de África, o Sahara Ocidental e o Sahel até entrar na chamada África Negra, com um veículo de duas rodas motrizes e absolutamente de série. Quanto ao Peugeot 2008, como a designação crossover urbano deixa antever, é um automóvel concebido para a cidade mas que proporciona a liberdade de sair dos caminhos asfaltados, graças à dis-
tância ao solo, às protecções e ao sistema Grip Control. A unidade escolhida para enfrentar a expedição é um 2008 Allure 1.6 e-HDi 115 cv, rigorosamente de série - está apenas dotado de pneus “all-terrain”, mais robustos para uma utilização intensa fora de estrada. Nesta viagem, o 2008 será conduzido ao extremo, pois além de intermináveis tiradas em asfalto e temperaturas bastante elevadas, irá percorrer todo o tipo de pisos, como pistas de terra, pedregosas, poeirentas, esburacadas e provavelmente até lamacentas, bem como as areias do Sahara. A Expedição Todo Terreno Peugeot 2008 Lisboa-Dakar-Bissau escalará, para além das capitais por tuguesa e guineense, mais quatro capitais africanas: a de Marrocos, Rabat, a da Mauritânia, Nouakchott, a do Senegal, Dakar, e ainda a da Gâmbia, Banjul. Ao longo de cerca de 12.000
quilómetros, o Peugeot 2008 terá de enfrentar desde as duras pistas de terra com piso pedregoso que permitem aceder a algumas das áreas mais remotas de Marrocos, até à temível “Gâmbia Highway”, a principal estrada que atravessa a Gâmbia, com centenas de quilómetros com buracos tão profundos que os condutores locais dizem, em jeito de piada, que se de noite virmos duas luzes a brilhar muito juntas há que ter o maior
cuidado, pois o mais certo é tratarse de uma girafa enfiada dentro de uma das crateras da estrada. Entre Marrocos e a Gâmbia, haverá que superar o maior desafio da expedição, cruzando o Sahara Ocidental, que se estende desde o Sul do apaís até à fronteira com o Senegal, incluindo a travessia da República Islâmica da Mauritânia, numa rota que terá algumas variações no sentido descendente e ascendente, alter-
nando entre a costa e o interior, ou seja, entre as pistas de areia e as de terra. O ponto alto será a chegada à Guiné-Bissau, onde a lama poderá ser uma dificuldade suplementar, uma vez que este país será alcançado ainda antes de terminar a temporada de chuvas, que além de registar precipitações abundantes e temperaturas bastante altas, se caracteriza por uma humidade do ar extremamente elevada.
diárias dentro do perímetro dos grandes centros urbanos e satisfaz as necessidades de mais de 80 por cento da população. Se a bateria de 16 kWh do Ampera for recarregada com eletricidade de fontes renováveis (eólica, durante a noite, por exemplo), o impacto ambiental
é nulo. Uma vez esgotados os 80 km de autonomia garantidos pela bateria, entra em funcionamento o extensor de autonomia - um motor 1.4 a gasolina - que aciona um gerador para produzir electricidade, permitindo ao condutor continuar viagem por mais 500 km.
Baixou de 45 900 para 38 300 euros
Opel Ampera mais barato O CEO da Opel, Karl-Thomas Neumann, anunciou o reforço da estratégia da marca no incentivo à mobilidade eléctrica, reduzindo substancialmente o preço do revolucionário modelo Ampera, um automóvel eléctrico com extensor de autonomia. O Opel Ampera é o único automóvel eléctrico europeu capaz de percorrer distâncias de 80 quilómetros em puro modo eléctrico e mais de 500 quilómetros a gasolina, sem ter que parar para recarregar a bateria. Num quadro de renovação de gama, a Opel dá um sinal de pretender investir no futuro da mobilidade eléctrica, baixando significativamente o preço recomendado de venda ao público do Ampera em alguns países, entre os quais Portugal. Com isto, a Opel pretende dar um contributo efectivo para o incentivo à utilização de tecnologias alternativas de motorização, que não estão ainda suficientemente disseminadas, na opinião da marca. O preço do Ampera em Portugal passa para 38.300 euros,
o que representa uma substancial redução de 7600 euros. A Opel é uma das marcas pioneiras na definição da mobilidade eléctrica. Desde o lançamento do Ampera, no início de 2012, fez progressos significativos a variados níveis deste modelo, desde a simplificação de processos produtivos até à renegociação de compras de componentes, o que permite manter vivo um sólido compromisso de tornar a mobilidade eléctrica acessível ao maior número possível de pessoas. Com a descida do preço do Ampera, a marca renova a aposta na inovadora tecnologia de extensão de autonomia, em benefício dos compradores. “O Opel Ampera foi o primeiro automóvel eléctrico de
uma marca europeia. Colocandolhe um preço mais competitivo, estamos a manifestar a intenção de manter uma estratégia bem definida no que diz respeito à mobilidade sustentável. Na Opel, queremos continuar a investir na motorização eléctrica e acreditamos num futuro em que os automóveis não produzirão emissões”, defendeu Karl-Thomas Neumann no Congresso do ZEIT, em Frankfurt, que reuniu um painel de prestigiados especialistas no tema da mobilidade do futuro. O Opel Ampera é um automóvel que consegue alcançar uma autonomia de 80 quilómetros em modo de funcionamento totalmente eléctrico. Isso oferece mobilidade sem emissões nas deslocações