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DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 942

19-04-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00

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GUERRA DE MUNICÍPIOS PELO RALI DE PORTUGAL 2014

PROVA PROVADA Ogier dominou no Algarve e a VW por pouco não fez a dobradinha

PERFE!TO

TT Nacional arranca no Alentejo

F1 FERNANDO ALONSO VENCE CORRIDA DE CAMPEÕES EM XANGAI


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19 de Abril de 2013

Terceira vitória para o piloto francês da VW confirma domínio Ogier no Mundial

Este Sébastien também é imbatível O francês Sébastien Ogier (Volkswagen) está a confirmar ser o grande sucessor do seu compatriota Sébastien Loeb, nove vezes campeão, no Mundial de ralis, tendo vencido o Rali de Portugal, que dominou desde o início, apesar de alguns problemas no carro no início da terceira etapa. Com este triunfo, o terceiro em Portugal, Ogier cimentou a liderança no Mundial de Pilotos, subindo Hirvonen à segunda posição por troca com o grande ausente, o campeão Loeb. O piloto gaulês chegou a Portugal adoentado - não participou no Fafe Rally Sprint - e foi referindo ao longo da prova sentir-se debilitado fisicamente, o que não era comprovado pelos resultados, já que dominou claramente a prova portuguesa. Depois de ter perdido a primeira prova do campeonato (Monte Carlo) para Loeb, que este ano optou por

participar a tempo parcial, Ogier respondeu no rali seguinte (Suécia), relegando o seu compatriota para o segundo lugar e repetindo os triunfos no México e em Portugal, nestes já sem a presença de Loeb, que só faz a sua reaparição no próximo rali, a disputar na Argentina. O domínio de Ogier só por duas vezes sofreu alguma contestação, primeiro pelo norueguês Mads Ostberg (Ford), que liderava a prova após a segunda prova especial, mas no terceiro troço do rali capotou, hipotecando as suas aspirações de vencer este rali, depois de ter sido declarado vencedor na temporada passada devido à desclassificação de Hirvonen. Apesar de ter ascendido à liderança, Ogier não conseguiu ganhar muito tempo, pelo que a segunda

etapa começou com o ataque de Dani Sordo à liderança. No entanto, o espanhol foi também vítima da estrada logo na primeira especial desta etapa e, depois de ter chegado virtualmente à liderança, saiu de estrada com o seu Citroen, ficando desde logo, a exemplo de Ostberg, afastado da corrida pela vitória. A partir daqui, muito dificilmente Ogier deixaria escapar a vitória, até porque a Volkswagen dominava o rali, com o gaulês à frente e o finlandês Jari-Matti Latvala na segunda posição. A prova reservara, no entanto, um pequeno susto para a marca alemã na manhã da terceira e derradeira etapa, quando os dois Polo R apresentaram alguns problemas, principalmente o de Latvala. En-

quanto Ogier aparentava alguns problemas com a embraiagem, logo resolvidos, Latvala teve menos sorte e acabou a segunda especial da manhã sem tração dianteira, o que lhe fez perder muito tempo, baixando ao terceiro lugar. Ainda existiu alguma expectativa quanto à recuperação dos dois carros na pausa antes das duas últimas especiais, mas rapidamente as dúvidas se dissiparam e tanto Ogier como Latvala regressaram em pleno, com o gaulês a vencer mesmo a “powerstage”, que lhe confere mais três pontos para o mundial, tendo Latvala sido terceiro e somado um ponto aos 18 conquistados na prova portuguesa. Como consolação, Ostberg conquistou dois pontos nesta especial

por ter sido segundo, uma conquista que fez por merecer, depois de ter sido o único a rodar bem próximo do gaulês. Num ano marcado pelo reduzido número de portugueses, apenas oito inscritos, Bruno Magalhães (Peugeot) foi o mais rápido na estrada, mas acabaria por deitar tudo a perder com um toque na última ligação ao Estádio Algarve, cedendo assim a sua posição no pódio luso a Miguel Barbosa (Mitsubishi). O açoriano Ricardo Moura (Mitsubishi), bicampeão nacional, dominou durante largo tempo a prova, mas problemas no final da segunda etapa obrigaram-no a abandonar. A próxima prova do campeonato do Mundo realiza-se de 01 a 04 de maio, na Argentina.


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Nem a convalescença de uma gripe retirou força a Ogier

“Fim-de-semana fantástico” No final do Rali de Portugal, durante a conferência de imprensa realizada no Estádio Algarve, Sébastien Ogier não escondia a sua felicidade por mais uma vitória incontestada, a terceira em quatro provas disputadas até agora no WRC. “Foi um fim-de-semana fantástico. Na segunda-feira, estava doente, mas decidi vir e tentar, consegui sentir-me melhor, sabia que não estava em forma, mas conseguia sentar-me no carro e conduzir e decidi tentar. Esteve muito calor, tanto para mim como para o carro, tivemos alguns problemas, mas foi possível resolvê-los e estou muito orgulhoso da equipa, que teve que mexer muito no carro, mas conseguiu fazê-lo sempre a tempo”, começou por dizer o piloto francês da Volkswagen. “Hoje de manhã (domingo) pensei que o rali tinha chegado ao fim, mas foi uma surpresa e um milagre, porque o carro recuperou dos problemas que estava a ter. Pensei que o rali tinha acabado, porque parecia que a transmissão estava partida, mas depois foi possível continuar, apesar de, na altura, ter pensado que tinha acabado. Não era o meu plano atacar na última especial, apenas queria acabar, mas, como mudámos a suspensão, o carro melhorou e foi possível andar mais rápido e somar

os pontos da `powerstage´, porque assim conseguimos mais pontos e nunca sabemos o que vai acontecer no futuro”, concluiu Ogier. O finlandês Mikko Hirvonen, que ainda foi a tempo de levar o seu Citroën ao segundo da geral, também se mostrava satisfeito com o resultado alcançado em Portugal: “Foi duro para nós. Esperávamos lutar por mais, mas não conseguimos. Tentei ao máximo, mas não deu. No fim, o segundo lugar não era o que procurávamos, mas foi o que obtivemos. Este rali foi diferente em relação ao México, principalmente porque nunca mudei tanto no carro como neste rali. Nós acreditamos sempre quando as diferenças são menores. Nunca se sabe o que vai acontecer e o Latvala foi infeliz, mas não deu para mais. Eu estava a puxar mesmo muito, mas não por pressão, queria mesmo andar ao máximo. Agora tenho de tentar encontrar melhores soluções para o futuro”. Apesar de ter sido relegado para a terceira posição na última etapa do rali, Jari-Mati Latvala, piloto finlandês da Volkswagen, estava contente e aliviado por ter conseguido um lugar no pódio por tuguês: “Quando entrei aqui no edifício, do estádio Algarve para a conferência de imprensa, pensei para mim ‘que alívio! Não me sentia tão bem há muito tempo’. Tinha que me forçar

a mim próprio, não podia continuar a ganhar experiência e não conseguir os resultados. É preciso forçarmonos, estava com confiança no carro, senti-me bem com as afinações diferentes que a equipa fez e estou muito contente com o resultado que alcancei. O início da época não foi

muito bom, foi muito complicado, e as coisas não estavam a correr bem. Esperava mais de mim e não estava a conseguir alcançar os resultados, estava noutro planeta e agora é bom estar de volta à Terra. A revolução francesa continua com os triunfos de Ogier, depois de, no

passado, Loeb ter vencido nove vezes consecutivas no Mundial, e conseguir fazer uma revolução finlandesa era bom. Mas tem sido difícil estar na luta pelas vitórias, agora consegui chegar ao pódio e espero poder lutar pelo triunfo na Argentina”.

Bruno Magalhães falha na última ligação do Rali de Portugal

Miguel Barbosa melhor português Miguel Jorge Barbosa (Mitsubishi) acabou por ficar com o prémio de melhor português no Rali de Portugal, ao beneficiar de um azar de Bruno Magalhães (Peugeot) já na última ligação ao Estádio Algarve. Bruno Magalhães tinha concluído o último troço da prova no 16.º lugar e à frente de Barbosa (19.º), mas um toque na ligação fez-lhe perder esse estatuto, tendo o carro parado a cerca de um quilómetro do Estádio do Algarve. Depois do azar na primeira etapa, que lhe retirou na altura quase todas as esperanças de vir a se sagrar melhor português, Magalhães, que voltou à prova em Super Rally 2, recuperou, ao beneficiar igualmente de problemas dos outros concorrentes, tendo neste último dia cegado mesmo à liderança entre os lusos, que veio a perder já depois de concluída a fase de competição. Miguel J. Barbosa foi assim considerado o melhor português, tendo então concluído o rali no 18.º lugar. “Estamos super-satisfeitos com

este resultado. Foi um árduo trabalho de toda a equipa, fomos imprimindo o nosso ritmo, sabendo aquilo que era possível fazer com o carro, mas também sofremos algumas consequências da dureza do rali, como os pneus e por último ficámos sem suspensão traseira”, disse Barbosa, pouco depois de festejar no pódio a vitória como melhor português. O piloto luso referiu ainda estar muito contente por ter chegado ao Estádio Algarve e, sobretudo, por ter sido a melhor dupla portuguesa. “Tínhamos como grande objectivo para o último dia conseguir terminar a prova. Isso era o mais importante e sentimos que cumprimos a nossa missão. Saímos de manhã na liderança dos portugueses e acabamos por ser felizes em conseguirmos alcançar esse resultado. Penso que

foi um merecido prémio para toda a equipa que trabalhou arduamente durante todos estes dias”, continuou. Sendo o único piloto português que conseguiu cumprir todas as especiais de classificação, Migue J. Barbosa junta-se assim ao restrito grupo de pilotos que alcançaram o título de melhor piloto português no Rali de Portugal, desde que este voltou a ser pontuável para o Mundial de Ralis e se disputa no Algarve. Apenas Armindo Araújo e Bruno Magalhães tinham conseguido esse feito. “É um motivo de grande orgulho conseguir tão brilhante resultado apenas na segunda presença nesta importante prova. Num rali tão difícil e

demolidor fomos a equipa nacional mais constante e soubemos aproveitar da melhor forma a táctica segura que delineamos à partida. Sabemos que nestas provas há também que contar com alguma ponta de sorte e nos fomos felizes. Com apenas catorze ralis na minha carreira este é sem dúvida um resultado que

não irei esquecer”, disse ainda o piloto de Vila Nova de Famalicão.


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Um filme com 15 provas especiais de classificação

Ogier a abrir e a fechar com seis vitórias Sébastien Ogier venceu pela terceira vez o Rali de Portugal, ao cumprir as 15 provas especiais de classificação (PEC) com o tempo de 4:07.38,7 horas, cimentando a sua liderança no mundial da especialidade. O piloto francês da Volkswagen abriu (venceu a primeira PEC - Mú1) e fechou a contagem (vitória na última PEC – Almodôvar 2), com seis triunfos nas 15 provas especiais de classificação. Mads Ostberg com quatro vitórias, Sordo (2), Latvala (2) e Hirvonen (1) foram os outros pilotos que conseguiram ser os mais rápidos na estrada. Eis o filme completo do Rali de Portugal…

1ª PEC – OGIER O francês Sébastien Ogier (Volkswagen) venceu a primeira prova especial de classificação (Mú 1) do Rali de Portugal e tornou-se no primeiro líder da prova. Ogier, vencedor das edições de 2010 e 2011 da prova portuguesa, cumpriu os 20,32 quilómetros da especial em 12.36,4 minutos, menos quatro segundos do que o norueguês Mads Ostberg (Ford), vencedor da última edição da prova e segundo nesta especial de abertura. 2ª PEC – OSTBERG O norueguês Mads Ostberg venceu a segunda prova especial de classificação (Ourique 1), assumindo a

liderança da prova. O piloto da Ford, que cumpriu os 18,32 quilómetros em 10.42,7 minutos, lidera com um total de 23.23,1 minutos, menos 3,9 segundos do que o francês Sébastien Ogier (Volkswagen), que liderava a prova depois de ter vencido a primeira especial. Entre os portugueses, Ricardo Moura (Mitsubishi) foi o melhor luso na primeira especial do dia (Mú 1), que concluiu no 19.º lugar, com mais 1.27,3 minutos do que Ogier e menos 1,2 segundos do que Bruno Magalhães (Peugeot), o segundo melhor português. 3ª PEC – SORDO O espanhol Dani Sordo (Citroën) venceu a terceira prova especial

de classificação (Mú 2), na qual o francês Sébastien Ogier (Volkswagen) recuperou a liderança. Sordo cumpriu os 20,32 quilómetros da especial em 12.31,4 minutos, menos 0,6 segundos do que o finlandês JariMatti Latvala (Volkswagen), segundo, enquanto Ogier, terceiro na especial, recuperou a liderança, ao beneficiar de um despiste do anterior líder, o norueguês Mads Ostberg (Ford). Entre os portugueses, Ricardo Moura (Mitsubishi) manteve-se como o melhor na segunda especial (Ourique 1), ao ser 19.º, posição que também ocupava no final daquela classificativa. 4ª PEC – SORDO O espanhol Dani Sordo (Citroen)

venceu a quarta prova especial de classificação (Ourique 2), enquanto o francês Sébastien Ogier manteve a liderança da prova. Sordo cumpriu os 18,32 quilómetros em 10.36,1 minutos e ameaça agora o comando de Ogier, que liderava com um total de 46.38,5 minutos, apenas menos 2,4 segundos do que o piloto espanhol. Entre os portugueses, que neste primeiro saíram mais atrasados em relação aos primeiros, Ricardo Moura manteve-se na frente, tendo sido o mais rápido na terceira prova especial de classificação (Mú 2), ao rodar em 13.48,8, mais 1.17,4 minutos do que o vencedor do troço, ocupando na ocasião o 18.º posto da geral, já a 3.47,6 minutos de Ogier. 5ª PEC – HIRVONEN O finlandês Mikko Hirvonen (Citroën) venceu a Superespecial de Lisboa, quinta PEC do Rali de Portugal, enquanto o francês Sébastien Ogier (Volkswagen) conservou a liderança da prova. Hirvonen cumpriu os 3,27 quilómetros em 2.53,6 minutos, menos 0,9 segundos que Ogier, que foi segundo na especial e liderava com um total de 49.33,0 minutos, menos 4,4 segundos do que o segundo, o espanhol Dani Sordo (Citroën), quarto nesta especial que encerrou a primeira etapa da prova. Ricardo Moura, em Mitsubishi, continuava a liderar nos portugueses, tendo efetuado novamente o melhor registo entre os pilotos lusos (3.06,9 minutos), numa altura em que ocupava o 15.º lugar da geral e já sem a pressão de Bruno Magalhães obrigado a desistir.

A longa ligação entre o Algarve e a superespecial de Lisboa causou “vítimas” entre os concorrentes, tendo o português Bruno Magalhães e o polaco Robert Kubica abandonado nesta primeira etapa. Vítima de dois furos ao longo das quatro primeiras especiais de classificação, Kubica acabou por abandonar quando um dos pneus do seu Citroën DS3 rebentou em plena autoestrada. Bruno Magalhães, que ocupava a segunda posição entre os melhores portugueses, viu o seu Peugeot 207 S2000 ficar sem bateria devido a problemas no alternador, sendo obrigado a parar. 6ª PEC – LATVALA O finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen) venceu a sexta prova especial de classificação (Santana da Serra 1), que ficou marcada pela saída de estrada do espanhol Dani Sordo (Citroen). Latvala cumpriu os 31,12 quilómetros da especial em 22.13,2 minutos, menos 1,1 segundos do que o francês Sébastien Ogier, seu companheiro de equipa, resultado que deixa o gaulês cada vez mais destacado na liderança da prova devido à saída de estrada de Sordo, enquanto o finlandês ascendeu ao segundo posto. O espanhol, que terminou a primeira etapa a 4,4 segundos de Ogier, esteve muito rápido nos primeiros quilómetros da especial, tendo mesmo chegado virtualmente à liderança do rali, mas uma saída de estrada já perto do final da classificativa danificou-lhe a traseira do carro, que ficou parado no troço.


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(Mitsubishi) passou a ser o melhor.

7ª PEC – LATVALA Jari-Matti Latvala venceu a sétima prova especial de classificação (Vascão 1), enquanto o francês Sébastien Ogier, seu companheiro de equipa, manteve a liderança. Latvala cumpriu os 25,37 quilómetros da especial em 16.14,9 minutos, menos 0,2 segundos do que Ogier, que estava confortável no comando com um total de 1:28.02,4 horas, menos 10,1 segundos do que o nórdico, segundo, enquanto a distância para o primeiro Citroën e terceiro classificado, o finlandês Mikko Hirvonen, já estava nos 23 segundos. A saírem mais atrasados estão os portugueses, tendo o açoriano Ricardo Moura (Mitsubishi) sentido problemas na primeira especial do dia (Santana da Serra 1) e cedido a posição de melhor luso para Pedro Meireles (Skoda), que na geral ocupava a 16.ª posição no final daquela especial, já a 8.24,6 minutos. 8ª PEC – OGIER O francês da Volkswagen reforçou a liderança do Rali de Portugal, ao vencer a oitava prova especial de classificação (Loulé 1). Ogier cumpriu os 22,78 quilómetros da especial em 15.23,4 minutos, menos quatro segundos do que o finlandês Jari-Matti Latvala, seu companheiro de equipa e igualmente segundo classificado no rali. O gaulês comandava o rali com um total de 1:43.25,8 horas, menos 14,1 segundos do que Latvala e 37,2 do que o finlandês Mikko Hirvonen, terceiro classificado e o primeiro Citroen. Entre os portugueses, Ricardo Moura (Mitsubishi), que tinha sofrido um furo na primeira especial do dia, recuperou tempo e, no final da especial anterior (Vascão 1), reduziu a desvantagem para Pedro Meireles (Skoda) para apenas 2,6 segundos.

9ª PEC – OGIER Ogier cimentou a liderança do Rali de Portugal, ao vencer a nona prova especial de classificação (Santana da Serra 2). O piloto francês cumpriu os 31,12 quilómetros da especial em 22.02,7 minutos, menos 4,6 segundos do que o finlandês Jari-Matti Latvala, seu companheiro na VW e segundo classificado na prova portuguesa, a 18,7 segundos de Ogier. O terceiro posto na especial foi para o finlandês Mikko Hirvonen (Citroen), ao gastar mais 15,1 segundos do que Ogier, que ocupa o mesmo posto na classificação geral do rali, já a 52,3 segundos do comandante. 10ª PEC – OGIER Sébastien Ogier (Volkswagen) prosseguiu o seu domínio no Rali de Portugal e venceu a décima prova especial de classificação (Vascão 2), aumentando a vantagem na frente da prova. O piloto gaulês cumpriu os 25,37 quilómetros da especial em 16.08,2 minutos, menos 3,6 segundos do que o seu companheiro de equipa, o finlandês JariMatti Latvala, que também estava confortavelmente instalado na segunda posição do rali, com 39,5 segundos de vantagem para o terceiro, o seu compatriota Mikko Hirvonen (Citroen), terceiro na especial, ao gastar mais 9,5 segundos do que Ogier. Ricardo Moura (Mitsubishi), com problemas no chassis, e Pedro Meireles (Skoda), com o braço direito da suspensão traseira partido, abandonaram, ficando a posição de melhor português nas mãos de Miguel Barbosa (Mitsubishi), que, no final da nona

classificativa (Santana da Serra 2), ocupava a 24.ª posição. 11ª PEC – OGIER Sébastien Ogier (Volkswagen) venceu a 11.ª especial (Loulé 2), última da segunda etapa do Rali de Portugal.Ogier, que venceu as quatro últimas das seis especiais do dia, concluiu este troço em 15.18,4 minutos, terminando a segunda etapa com um total de 2:36.55,1 horas, menos 34,8 segundos do que o finlandês JariMatti Latvala, seu companheiro de equipa, e que foi terceiro na especial devido a um problema num pneu dianteiro. O finlandês Mikko Hirvonen (Citroen) fez o segundo tempo no troço cronometrado, ao gastar mais 6,7 segundos do que Ogier. Entre os portugueses, e com os abandonos de Ricardo Moura (Mitsubishi) e de Pedro Meireles (Skoda), Miguel Barbosa

12ª PEC – OSTBERG O norueguês Mads Ostberg (Ford) venceu a 12.ª prova especial de classificação (Silves 1), troço em que os dois Volkswagen, líderes da prova, sentiram problemas. Ostberg cumpriu os 21,52 quilómetros do troço em 12.05,0 minutos, menos 5,1 segundos do que o finlandês Mikko Hirvonen (Citroen), segundo na especial e que ascendeu igualmente ao segundo lugar do rali, ao beneficiar dos problemas do seu compatriota Jari-Matti Latvala (Volkswagen), que partiu o semi-eixo traseiro direito do seu carro. O líder da prova, o francês Sébastien Ogier, nono na especial, e com apenas 37,9 segundos de vantagem para Hir vonen, também estava com problemas no seu carro, mas não os quis revelar. 13ª PEC – OSTBERG Mads Ostberg (Ford) venceu a 13.ª prova especial de classificação (Almodovar 1), num troço em que o francês Sébastien Ogier parece ter resolvido os problemas do seu Volkswagen. Ostberg cumpriu os 52,30 quilómetros do troço em 33.05,2 minutos, menos 16,8 segundos do que Ogier, segundo na especial, tendo o francês retomado um ritmo que lhe permitiu controlar a vantagem para o finlandês Mikko Hirvonen (Citroen), que na especial anterior tinha ficado a apenas 37,9 segundos da liderança do gaulês. Entre os portugueses, Miguel Jorge Barbosa (Mitsubishi) mantinha-se como o melhor na primeira

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especial do dia (Silves 1), mas a ceder terreno para Bruno Magalhães (Peugeot). 14ª PEC – OSTBERG O norueguês da Ford venceu a 14.ª prova especial de classificação (Silves 2), enquanto o francês Sébastien Ogier conservou a liderança. Ostberg, vencedor das três classificativas disputadas na terceira e última etapa, cumpriu os 21,52 quilómetros do troço em 11.56,1 minutos, menos 2,8 segundos do que o finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen), segundo na especial e que aparentemente terá resolvido os problemas que o afetaram durante a manhã. O francês Sébastien Ogier (Volkswagen) também parece estar a rodar sem os problemas que lhe fizeram perder algum tempo durante a manhã e fez o quarto tempo da especial, com mais 5,1 segundos do que o vencedor, mas o mesmo tempo do terceiro, o finlandês Mikko Hirvonen (Citroen), cujos 49,3 segundos de atraso para o gaulês na geral dificilmente lhe permitirão pensar em vencer a prova. 15ª E ÚLTIMA PEC – OGIER Sébastien Ogier, que triunfou na prova lusa em 2010 e 2011, venceu ainda a 15.ª e última prova especial de classificação (Almodovar 2), que também servia como “powerstage”, pelo que, aos 25 pontos da vitória no rali, vai somar ainda mais três por ter triunfado neste troço, totalizando agora 102 pontos, mais 50 do que o finlandês Mikko Hirvonen (Citroën), segundo no rali e também no mundial. Na terceira posição do rali terminou o finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen). Entre os por tugueses Bruno Magalhães foi o mais rápido, mas viria a perder a posição de melhor português para Miguel Barbosa face a um toque que o impediu de completar a última ligação até ao Estádio Algarve.


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CLASSIFICAÇÃO FINAL

Classificação da 47.ª edição do Rali de Portugal, quarta prova do mundial da especialidade, que terminou no Estádio Algarve 1. Sébastien Ogier/Julien Ingrassia, Fra (Volkswagen Polo R)------4:07.38,7 horas 2. Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen, Fin (Citroen DS3)----------------------- segundos 3. Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila, Fin (Volkswagen Polo R)----------.04,5 minutos 4. Evgeny Novikov/Ilka Minor, Rus/Aut (Ford Fiesta RS)-----------------------a 5.27,7 5. Nasser Al-Attiyah/Giovanni Bernacchini, Qat/Ita (Ford Fiesta RS) --------a 7.43,5 6. Andreas Mikkelsen/Mikko Markkula, Nor/Fin (Volkswagen Polo R)-------a 9.39,8 7. Martin Prokop/Michal Ernst, Che (Ford Fiesta RS)-------------------------a 15.04,2 8. Mads Ostberg/Jonas Andersson, Nor/Sue (Ford Fiesta RS) --------------a 15.43,6 9. Khalid Al Qassimi/Scott Martin, Ara/GB (Citroen DS3)--------------------a 15.56,9 10. Esapekka Lappi/Janne Ferm, Fin (Skoda Fabia S2000) ----------------a 16.21,0 (...) 18. Miguel J. Barbosa/Alberto Silva, Por (Mitsubishi Evo IX)----------------a 38.32,7

CLASSIFICAÇÃO MUNDIAL

Pilotos: 1. Sébastien Ogier (Fra)--------------------------------------------------------- 102 pontos 2. Mikko Hirvonen (Fin)------------------------------------------------------------------- 48 3. Sébastien Loeb (Fra)-------------------------------------------------------------------- 43 4. Mads Ostberg (Nor)--------------------------------------------------------------------- 32 5. Jari-Matti Latvala (Fin)----------------------------------------------------------------- 31 6. Daniel Sordo (Esp)---------------------------------------------------------------------- 27 7. Thierry Neuville (Bel)------------------------------------------------------------------- 25 8. Nasser Al-Attiyah (Qat) ---------------------------------------------------------------- 20 9. Martin Prokop (Che)-------------------------------------------------------------------- 20 10. Evgeny Novikov (Rus) ---------------------------------------------------------------- 15 Construtores/escuderias: 1. Volkswagen Motorsport------------------------------------------------------ 121 pontos 2. Citroën Total Abu Dhabi WRT------------------------------------------------------- 107 3. Qatar M-Sport WRT--------------------------------------------------------------------- 53 4. Qatar WRT-------------------------------------------------------------------------------- 45 5. Abu Dhabi Citroen WRT---------------------------------------------------------------- 23 6. Jipocar Czech National Team--------------------------------------------------------- 20 7. Lotos WRC Team------------------------------------------------------------------------ 12

PALMARÉS RALI DE PORTUGAL

Resumo de vitórias no Rali de Portugal: - PILOTOS: -- Cinco: Markku Alen, Fin -- Três: Hannu Mikkola, Fin Massimo Biasion, Ita Armindo Araújo, Por Sébastien Ogier, Fra -- Duas: Juha Kankkunen, Fin Carlos Sainz, Esp Colin McRae, Esc Tommi Makinen, Fin Sébastien Loeb, Fra -- Uma: Carpinteiro Albino, Por Tony Fall, Ing

Francisco Romãozinho, Por Simo Lampinen, Sue Jean-Pierre Nicholas, Fra Achim Warmbold, Ale Jean Luc Therier, Fra Rafaelle Pinto, Ita Sandro Munari, Ita Walter Rohrl, Ale Michele Mouton, Fra Timo Salonen, Fin Joaquim Moutinho, Por François Delecour, Fra Rui Madeira, Por Richard Burns, Ing Didier Auriol, Fra Daniel Carlsson, Sue Luca Rossetti, Ita Mads Ostberg, Nor

- Marcas: -- Nove: Lancia -- Oito Citroen -- Cinco: Fiat -- Quatro: Renault Subaru Toyota Ford -- Três: Audi -- Duas: Mitsubishi Peugeot -- Uma: BMW Volkswagen

Palmarés do Rali de Portugal, cuja edição de 2013 terminou hoje no Algarve: 1967: --------------------------------------------------Carpinteiro Albino/Silva Ferreira, Por (Renault) 1968: ----------------------------------------------------------------- Tony Fall/Ron Crellin, Ing (Lancia) 1969: ----------------------Francisco Romãozinho/João Canas Mendes “Jocames”, Por (Citroen) 1970:--------- Simo Lampinen/John Davenport, Sue/Ing (Lancia) - Pontuável Europeu de ralis 1971: ---------------------------------------------------- Jean-Pierre Nicolas/Jean Todt, Fra (Renault) 1972: ---------------------------------------------Achim Warmbold/John Davenport, Ale/Ing (BMW) 1973: ---------------Jean Luc Therier/Jacques Jaupert, Fra (Renault) - Pontuável Mundial ralis 1974: ----------------------------------------------------Rafaelle Pinto/Arnaldo Bernacchini, Ita (Fiat) 1975:---------------------------------------------------------- Markku Alen/Ilka Kivimaki, Fin (Lancia) 1976: ---------------------------------------------------------Sandro Munari/Silvio Maiga, Ita (Lancia) 1977: --------------------------------------------------------------Markku Alen/Ilka Kivimaki, Fin (Fiat) 1978: --------------------------------------------------------------Markku Alen/Ilka Kivimaki, Fin (Fiat) 1979: ------------------------------------------------------ Hannu Mikkola/Arne Hertz, Fin/Sue (Ford) 1980: ----------------------------------------------------- Walter Rohrl/Christian Geistdorfer, Ale (Fiat) 1981: --------------------------------------------------------------Markku Alen/Ilka Kivimaki, Fin (Fiat) 1982:---------------------------------------------------- Michele Mouton/Fabrizia Pons, Fra/Ita (Audi) 1983: ------------------------------------------------------ Hannu Mikkola/Arne Hertz, Fin/Sue (Audi) 1984: ------------------------------------------------------ Hannu Mikkola/Arne Hertz, Fin/Sue (Audi) 1985: ---------------------------------------------------Timo Salonen/Seppo Harjanne, Fin (Peugeot) 1986: ------------------------------------------------- Joaquim Moutinho/Edgar Fortes, Por (Renault) 1987: ----------------------------------------------------------Markku Alen/Ilka Kivimaki, Fin (Lancia) 1988: --------------------------------------------------------Massimo Biasion/C. Cassina, Ita (Lancia) 1989: --------------------------------------------------- Massimo Biasion/Tiziano Severo, Ita (Lancia) 1990: --------------------------------------------------- Massimo Biasion/Tiziano Severo, Ita (Lancia) 1991: ------------------------------------------------------------- Carlos Sainz/Luis Moya, Esp (Toyota) 1992:---------------------------------------------------- Juha Kankkunen/Juha Piironen, Fin (Lancia) 1993: ------------------------------------------------- François Delecour/Daniel Grataloup, Fra (Ford) 1994: -------------------------------------------------- Juha Kankkunen/Nicky Grist, Fin/Gal (Toyota) 1995: ------------------------------------------------------------ Carlos Sainz/Luis Moya, Esp (Subaru) 1996: ------------------------------------------------Rui Madeira/Nuno Rodrigues Silva, Por (Toyota) 1997: ---------------------------------------------Tommi Makinen/Seppo Harjanne, Fin (Mitsubishi) 1998: ------------------------------------------------------ Colin McRae/Nicky Grist, Esc/Gal (Subaru) 1999: ----------------------------------------------------------Colin McRae/Nicky Grist, Esc/Gal (Ford) 2000: -------------------------------------------------------- Richard Burns/Robert Reid, Ing (Subaru) 2001:--------------------------------------- Tommy Makinen/Risto Mannisenmaki, Fin (Mitsubishi) 2002:---------------------------------------------------------- Dider Auriol/Thierry Barjou, Fra (Toyota) 2003: ------------------------------------------------- Armindo Araújo/Miguel Ramalho, Por (Citroen) 2004: ------------------------------------------------- Armindo Araújo/Miguel Ramalho, Por (Citroen) 2005: ----------------------------------------------Daniel Carlsson/Mattias Andersson, Sue (Subaru) 2006: ------------------------------------------------- Armindo Araújo/Miguel Ramalho, Por (Citroen) 2007: ------------------------------------------------ Sébastien Loeb/Daniel Elena, Fra/Mon (Citroen) 2008: --------------------------------------------------- Luca Rosseti/Matteo Chiarcossi, Ita (Peugeot) 2009: ------------------------------------------------ Sébastien Loeb/Daniel Elena, Fra/Mon (Citroen) 2010: -------------------------------------------------- Sébastien Ogier/Julien Ingrassia, Fra (Citroen) 2011: -------------------------------------------------- Sébastien Ogier/Julien Ingrassia, Fra (Citroen) 2012: ------------------------------------------------ Mads Ostberg/Jonas Andersson, Nor/Sue (Ford) 2013: -------------------------------------------- Sébastien Ogier/Julien Ingrassia, Fra (Volkswagen)


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Rali de Portugal pode mudar de ares

Principais pilotos do Mundial preferem o Norte Os principais pilotos do Campeonato do Mundo de ralis encaram bem uma possível mudança do Rali de Portugal para o norte do país, apesar de elogiarem a organização do evento no sul. “Gostaria de voltar cá. Não conheço o Norte, mas sei que era muito famoso no passado. É igual para mim”, disse Sébastien Ogier, que alcançou a terceira vitória em Portugal, desta feita ao serviço da Volkswagen, depois dos triunfos em 2010 e 2011 pela Citroën. Para Mikko Hirvonen (Citroën), segundo classificado em Portugal, a disputa do rali no Sul tem sido boa, mas o finlandês acredita que também

será uma boa prova no Norte. “Como se consegue ver em Fafe [Fafe Rally Sprint], tenho a certeza de que se mudar poderá ser também muito bom”, acrescentou o piloto nórdico. Já para o seu compatriota JariMatti Latvala (Volkswagen), que terminou o rali no terceiro posto, “em Portugal há mais paixão pelos ralis do que no resto da Europa”. “Aqui, no Algarve, há também muitos espetadores, mas penso que não há tanta gente. Cá em baixo é bem organizado, mas acho que não há tanta gente. Pode ser bom no Norte, apesar de também achar perfeito aqui”, sublinhou Latvala.

Rali de Portugal gera polémica entre municípios

Algarve e Alentejo contra a possível mudança para o Norte Os municípios do Algarve e do Alentejo, bem como as entidades regionais de turismo algarvias e alentejanas manifestaram a estranheza pela eventualidade de o Rali de Portugal mudar para o Norte do país. Em conferência de imprensa conjunta, os organismos manifestaram a sua estranheza com “algumas notícias” que davam conta de uma possível mudança do rali, tendo na ocasião sido mostrado um protocolo, assinado em janeiro de 2012, pela Associação de Municípios Loulé/Faro Automóvel Clube de Portugal (ACP) e o ACP Motorsport, em que está prevista a realização das provas em 2013, 2014 e 2015. “O contrato foi assinado com base na confiança e na boa-fé. Lembro que o rali veio há sete anos para o Algarve, numa altura em que

corria o risco de sair do mundial, como sucedeu, mas reconquistou o seu lugar, sendo hoje disputado em troços de competitividade elevada”, disse Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Faro. Por seu turno, o edil de Loulé, Seruca Emídio, frisou que, “apesar de ser o ACP a entidade organizadora, a componente fundamental do rali é o Turismo de Portugal”. “Uma decisão final passa muito pelo que o Turismo de Portugal entender que é o melhor para o país. Temos confiança de que a decisão será a continuidade e estamos aqui para

mostrar a disponibilidade e vontade para continuarmos”, acrescentou. Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, revelou, por outro lado, ter falado com os responsáveis do Turismo de Portugal e que lhe foi transmitido que não

havia nenhuma decisão e que nada tinha mudado. Depois de terem enumerado as razões para que o rali continue a ser disputado no sul do país, entre questões de segurança e também económicas, foi igualmente trans-

mitido que, apesar de não terem recebido qualquer comunicação no sentido de uma futura mudança da prova, irão solicitar reuniões formais com o ACP, envolvendo ainda o Turismo de Portugal, para discutirem o assunto.

Presidente do ACP diz que nada está decidido quanto ao futuro da prova

“O que existe é um contrato de utilização do Estádio Algarve” O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, confirmou que a organização não tem qualquer contrato para a realização do Rali de Portugal no Algarve, mas sim um contrato de utilização do Estádio Algarve. “A única coisa que existe é um contrato de utilização do Estádio Algarve, em que podemos usar as suas instalações até 2015. Não há mais nenhum contrato”, disse Carlos Barbosa, respondendo a uma posição das câmaras algarvias, que deram uma conferência de imprensa no sábado para dar conta de um compromisso entre as partes para

manter a prova no sul do país. O presidente do ACP adiantou que “nada está decidido para a transferência do rali para o norte, até porque as câmaras têm que garantir o policiamento, ter as estradas arranjadas, entre outras coisas, e, sem essas garantias, isso representaria um acrescento nos custos para o ACP na ordem do meio milhão de euros”. A questão da segurança é um dos pontos fundamentais para que o rali se mantenha no calendário internacional, tendo sido uma das razões que fez com que a prova tenha sido transferida do Norte para o Sul. “Acho que o público no norte está mais consciente.

É hoje em dia diferente do de alguns anos. No entanto, é preciso ter em conta a posição da FIA, que pretende os ralis onde há mais público e mais paixão”, disse Carlos Barbosa. Igualmente presidente da comissão organizadora da prova, Carlos Barbosa adiantou que, de momento, “as dificuldades prendem-se com o ano de eleições autárquicas”. “É preciso que todas as câmaras aprovem o rali, independentemente de quem for eleito. Muitas já aprovaram a prova nas suas reuniões camarárias, caso o rali mude para o norte, mas ainda falta a garantia de cinco câmaras”, adiantou.

Assegurando que a realização da prova portuguesa não está em causa, Carlos Barbosa disse que uma decisão quanto à localização do rali terá de ser tomada até finais do mês de maio, para que possa ser aprovada no Conselho Mundial da FIA de junho. Carlos Barbosa sublinhou ainda que a FIA, além da estabilidade no campeonato, quer a realização de provas com muito público e que Portugal tem de defender a sua posição, numa altura em que há 25 candidatos para 13 provas. A recente disputa do WRC Fafe Rally Sprint, um evento de promoção

da prova, levou muita gente ao troço Fafe-Lameirinha, recebendo os elogios por parte dos responsáveis máximos da FIA, entre os quais o próprio presidente, o francês Jean Todt, o que pode fazer pender a balança para uma futura mudança da prova para o Norte. No entanto, Carlos Barbosa não deixou de salientar o grande número de pessoas que assistiram ao rali este ano no Algarve. “Nunca vi tanta gente no Algarve como neste ano. Não sei ainda os números, que serão divulgados mais tarde, mas, de facto, houve muita gente a assistir às provas”, concluiu o presidente do ACP.


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fórmula 1

19 de Abril de 2013

Estratégia do piloto espanhol da Ferrari resultou na 31ª vitória em grandes prémios

Fernando Alonso iguala Nigel Mansell O piloto espanhol Fernando Alonso venceu pela 31.ª vez um Grande Prémio de fórmula 1, ao triunfar na prova da China, terceira do Mundial de Fórmula 1, com o alemão Sebastian Vettel, quarto classificado em Xangai, a manter a liderança no campeonato de pilotos. Subiram aos restantes lugares do pódio o finlandês da Lotus, Kimi Raikonen (segundo), e o inglês da Mercedes, Lewis Hamilton (terceiro). A fechar o top five só com campeões do Mundo esteve o britânico Jenson Button, da McLaren.

No circuito de Xangai, Alonso, da Ferrari, tornou-se no quarto piloto com mais triunfos no grande «circo», igualando nesse posto o britânico Nigel Mansell. Depois de ter partido do terceiro lugar da grelha, o piloto espanhol terminou a corrida em 1:36.26,945 horas, menos 10,1 segundos do que o finlandês Kimi Raikonen (Lotus) e 12,3 do que o britânico Lewis Hamilton (Mercedes). Num top-5 completamente composto por antigos campeões do Mundo, Vettel (Red Bull) foi quarto, a 12,5, e o britânico Jenson Button (McLaren) foi quinto, a 35,2. Hamilton largou da polé-position, mas acabou por ser ultrapassado na quinta volta por Alonso, que ainda cedeu a liderança a Button e Vettel, antes de a assumir definitivamente a 13 voltas do final.

“Todo o fim-de-semana foi incrível. A corrida foi fantástica, do princípio ao fim. Não tivemos problemas, os pneus não se degradaram tanto como esperávamos. Depois da desistência na Malásia, temos um segundo lugar [Austrália] e um primeiro. Podemos dizer que está a ser um bom início de temporada e, por isso, estou muito otimista”, referiu Alonso. Vettel, que começou a corrida na nona posição, apostou numa estratégia diferente de ida às boxes, que quase lhe garantiu um lugar no pódio. Na 52.ª de 56 voltas, o tricampeão mundial teve de ir uma última vez às boxes, colocando pneus macios, que lhe permitiram recuperar muito tempo e pressionar Hamilton até à reta da meta, mas o britânico acabou por conseguir se-

gurar a posição até ver a bandeira de xadrez. No Mundial de Pilotos, Vettel continua a liderar, com 52 pontos, mais três do que Raikonen e mais nove do que Alonso. O triunfo em Xangai e o facto de o australiano Marc Webber não ter terminado a prova permitiram à Ferrari aproximar-se no campeonato de construtores da Red

Bull, que tem agora 78 pontos, apenas mais cinco do que a escuderia italiana. Webber penalizado O australiano Mark Webber vai ter uma penalização de três lugares na grelha de partida para o Grande Prémio do Bahrein, depois de ter sido considerado culpado de um acidente na prova chinesa. O piloto australiano da Red Bull teve um mau fim-de-semana em Xangai, na terceira prova do Mundial, e, depois dos problemas na qualificação, que o obrigaram a partir das boxes nesta corrida, foi agora penalizado pelo incidente com o francês Jean-Eric Vergne (Toro

Rosso). Os comissários do Grande Prémio da China consideraram Webber culpado do toque em Vergne, que danificou a frente do seu Red Bull, que viria a perder, pouco depois uma roda, forçando o australiano a abandonar. Também o mexicano Esteban Gutierrez (Suber) foi penalizado pelos comissários e vai perder cinco lugares na grelha de partida no Bahrein, devido ao seu acidente com o alemão Adrian Sutil (Force India), que levou os dois pilotos a desistirem. O próximo Grande Prémio, quarta prova do Mundial de F1, disputa-se a 21 de abril, no Bahrein.


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19 de Abril de 2013

Classificações GP da China Pos.---- N.º---------Piloto------------------------------Carro-------------------------------------- Tempo 1-------- 3-----------Fernando Alonso----------------Ferrari---------------------------------56 voltas 2-------- 7-----------Kimi Raikkonen-----------------Lotus-Renault------------------------- 10.168 3-------- 10---------Lewis Hamilton------------------Mercedes------------------------------ 12.322 4-------- 1-----------Sebastian Vettel-----------------Red Bull-Renault--------------------- 12.525 5-------- 5-----------Jenson Button-------------------McLaren------------------------------- 35.285 6-------- 4-----------Felipe Massa---------------------Ferrari---------------------------------- 40.827 7-------- 19---------Daniel Ricciardo-----------------Toro Rosso-Ferrari-------------------- 42.691 8-------- 14---------Paul di Resta---------------------Force India-Mercedes--------------- 51.084 9-------- 8-----------Romain Grosjean----------------Lotus-Renault------------------------- 53.423 10------ 11---------Nico Hulkenberg----------------Sauber-Ferrari------------------------ 56.598 11------ 6-----------Sergio Perez----------------------McLaren------------------------------- 63.860 12------ 18---------Jean-Eric Vergne----------------Toro Rosso-Ferrari-------------------- 72.604 13------ 17---------Valtteri Bottas--------------------Williams-Renault--------------------- 93.861 14------ 16---------Pastor Maldonado---------------Williams-Renault--------------------- 95.453 15------ 22---------Jules Bianchi--------------------Marussia-Cosworth--------------------1 volta 16------ 20---------Charles Pic-----------------------Caterham-Renault---------------------1 volta 17------ 23---------Max Chilton----------------------Marussia-Cosworth--------------------1 volta 18------ 21---------Giedo van der Garde-----------Caterham-Renault---------------------1 volta Pilotos não classificados: Nico Rosberg (Mercedes), Mark Webber (Red Bull-Renault), Adrian Sutil (Force India-Mercedes) e Esteban Gutierrez (Sauber-Ferrari). Mundial de Pilotos Pos.----------------- Piloto--------------------------------------------------------------------------Pontos 1--------------------- Sebastian Vettel----------------------------------------------------------------- 52 2--------------------- Kimi Raikkonen----------------------------------------------------------------- 49 3--------------------- Fernando Alonso--------------------------------------------------------------- 43 4--------------------- Lewis Hamilton----------------------------------------------------------------- 40 5--------------------- Felipe Massa-------------------------------------------------------------------- 30 6--------------------- Mark Webber-------------------------------------------------------------------- 26 7--------------------- Nico Rosberg-------------------------------------------------------------------- 12 8--------------------- Jenson Button------------------------------------------------------------------ 12 9--------------------- Romain Grosjean--------------------------------------------------------------- 11 10------------------- Paul di Resta---------------------------------------------------------------------- 8 11------------------- Daniel Ricciardo------------------------------------------------------------------ 6 12------------------- Adrian Sutil------------------------------------------------------------------------ 6 13------------------- Nico Hulkenberg----------------------------------------------------------------- 5 14------------------- Sergio Perez----------------------------------------------------------------------- 2 15------------------- Jean-Eric Vergne------------------------------------------------------------------ 1 16------------------- Valtteri Bottas--------------------------------------------------------------------- 0 17------------------- Esteban Gutierrez---------------------------------------------------------------- 0 18------------------- Jules Bianchi---------------------------------------------------------------------- 0 19------------------- Charles Pic------------------------------------------------------------------------- 0 20------------------- Pastor Maldonado---------------------------------------------------------------- 0 21------------------- Giedo van der Garde------------------------------------------------------------- 0 22------------------- Max Chilton----------------------------------------------------------------------- 0 Mundial de Construtores Pos.----------------- Equipa------------------------------------------------------------------------Pontos 1--------------------- Red Bull-------------------------------------------------------------------------- 78 2--------------------- Ferrari----------------------------------------------------------------------------- 73 3--------------------- Lotus------------------------------------------------------------------------------ 60 4--------------------- Mercedes------------------------------------------------------------------------ 52 5--------------------- McLaren-------------------------------------------------------------------------- 14 6--------------------- Force India----------------------------------------------------------------------- 14 7--------------------- Toro Rosso------------------------------------------------------------------------- 7 8--------------------- Sauber------------------------------------------------------------------------------ 5 9--------------------- Williams---------------------------------------------------------------------------- 0 10------------------- Marussia--------------------------------------------------------------------------- 0 11------------------- Caterham-------------------------------------------------------------------------- 0

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Grande Prémio do Bahrein disputa-se domingo

Mais um vencedor diferente numa pista abrasadora?! Apenas uma semana após o GP da China, a Fórmula 1 muda-se para o Bahrein, onde o P Zero Laranja duro e P Zero branco médio foram os pneus escolhidos pela Pirelli. Quanto a vencedores, tudo depende da estratégia, mas é quase certo que será um piloto diferente dos que já ganharam esta época. No Bahrein International Circuit é esperada uma pista com altas temperaturas, juntamente com uma superfície que é frequentemente suja de areia do deserto. Sendo um circuito rápido, fluído e tecnicamente exigente, tornou-se num local de testes perfeito para a Pirelli, quando a empresa italiana se estava a preparar para regressar à Fórmula 1. Tração e travagem são as principais exigências do perímetro de 5412 quilómetros de extensão, com largura de faixa de degradação dos pneus que se espera ser razoavelmente elevada, sendo por isso escolhidos dois compostos mais duros da gama. Paul Hembery, diretor da Pirelli,

faz a seguinte antevisão: “O Bahrein era um dos poucos circuitos completamente novo para nós, na competição do ano passado, embora saibamos muito bem o resultado dos testes. É uma das pistas mais difíceis do ano para os pneus, principalmente por causa da alta temperatura ambiente e da pista. Esperamos três paragens por carro, embora nós tenhamos de esperar por sexta-feira, antes de podermos olhar para os dados e fazer uma previsão mais precisa. Um dos principais desafios da corrida no Bahrein é que a evolução pista é muito difícil de prever, dependendo de quanta areia é soprada para o circuito. Pelo que

vimos no ano passado, porém, não haverá muito espaço para estratégias de corrida diferentes, o que pode até permitir que os pilotos que não se qualificaram pssam recuperar”. Por seu turno, Jean Alesi prevê uma boa corrida num circuito muito exigente: “Bahrein é um circuito que eu nunca corri durante a minha carreira na Fórmula Um, mas fiz uma corrida lá na série Speedcar - semelhante à NASCAR, em 2009. Na verdade, ganhei a corrida. Depois de uma mudança no layout da pista passou agora de volta à sua versão original e é um bom circuito, onde definitivamente tem que se encontrar um bom ritmo. Se fizermos isso, vamos ter um bom tempo por volta, mas também temos a certeza de que seus pneus ficam na melhor condição possível, o que será uma parte importante da corrida. É um circuito que é bastante exigente em termos de pneus, sendo esta uma área em que o piloto tem sempre uma grande influência. Bahrein também é uma pista exigente fisicamente, por isso é preciso um bom nível de preparação física”. Circuito exigente Bahrein é uma das pistas mais exigentes do ano em termos de ener-

gia longitudinal para os pneus, especialmente na travagem das curvas 1 e 14, sendo a tração mais acentuada na curva 10. Travar é na verdade uma característica fundamental do Bahrein International Circuit: na primeira curva, os carros desaceleram de 315k/h para 65k/h em apenas 130 metros e três segundos. Isto coloca uma força sobre os pneus equivalentes a cerca de 4,5g. A energia lateral é superior à média do ano, atingindo um pico na curva 12.

No ano passado, os pneus médios e macios foram selecionados, mas os compostos deste ano são todos muito mais suaves do que seus equivalentes no ano passado, o que significa que o pneu duro de 2013 é mais parecido com o médio de 2012. Os cinco primeiros, com três paragens no ano passado, todos começaram com os pneus macios. No entanto, a forma como eles usaram os pneus macios e os médios foi bem diferente.

Espanhol da Ferrari vence em Xangai com uma estratégia de três paragens

Alonso à frente de quatro campeões mundiais Apesar de ter sido obrigado a abandonar na Malásia, Fernando Alonso está a fazer um bom início de temporada. O piloto espanhol da Ferrari conseguiu um segundo lugar na Austrália e agora a sua primeira vitória do ano na China, com uma estratégia de três paragens. Alonso começou da terceira posição da grelha no pneu P Zero Amarelo suave, e em seguida, completou três passagens sobre o pneu médio P Zero Branco para ganhar a corrida com 10 segundos de vantagem para o Lotus de Kimi Raikkonen. O tempo de Alonso cumulativo, 1h36m26.945s, foi quase idêntico ao tempo de corrida-vitória do ano passado: 1h36m26.929s de Nico Rosberg. A volta mais rápida da corrida, 1m36.808s de Sebastian Vettel com pneu macio foi, porém, três segundos mais rápido do que a volta mais rápida do ano passado na China

(Kamui Kobayashi, 1m39.960s), sublinhando o desempenho extra dos pneus Pirelli 2013. Os pilotos começaram a corrida usando uma variedade de estratégias diferentes, com muitas equipas a optarem por táticas mistas entre seus dois pilotos. Jenson Button (McLaren), Sebastian Vettel (Red

Bull), Nico Hulkenberg (Sauber), Paul di Resta (Force India), Sergio Perez (McLaren), Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) e Valtteri Bottas (Williams) começaram todos com pneus médios, enquanto os outros começaram com os macios. Os quatro primeiros usaram uma estratégia de três paragens, enquanto Jenson Button (McLaren), quinto classificado, apenas utilizou duas paragens. Button correu 23 voltas com os pneus com que iniciou a corrida. Paul Hembery, diretor da Pirelli, comentou assim o GP da China: “A

estratégia voltou a desempenhar um papel fundamental na corrida, com o pneu médio a revelar-se particularmente eficaz no início do Grande Prémio, com os carros cheios de combustível. Isto inicialmente premiou os pilotos que começaram no pneu médio, e também significa que aqueles que começaram no pneu macio completaram uma curta passagem no primeiro fim de passar para o meio, o mais rapidamente possível. Como resultado, vimos muitas ultrapassagens, com muitas das estratégias dependentes dos pilotos que passam carros para ganhar posição de pista

antes de suas próximas paragens. Foi degradação, em vez de desgaste real, que ditou a estratégia, mas ainda assim viram-se tempos de volta consistentes a partir do composto médio, mesmo com mais (15) voltas do que o previsto. Mais uma vez, vimos uma grande variedade de estratégias de corrida, com Button e Vettel optando por correr com os pneus macios no final. Isso deu um final de corrida emocionante, com uma batalha para o lugar do pódio, entre Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, que passou já depois de ter visto a bandeira quadriculada. Este é o terceiro vencedor nos três grandes prémios já realizados até agora nesta temporada, com cinco campeões mundiais nos cinco primeiros lugares hoje”. Estratégia vencedora A estratégia de três paragens vencedora foi exatamente como os nossos engenheiros tinham previsto. “Nós previmos três paragens como sendo a estratégia mais rápida, começando no macio, mudando para médio entre as voltas 6-9, médio novamente nas voltas 22-26, médio novamente nas voltas 39-43. Alonso começou no macio, alterou para médio na sexta volta, depois novamente no médio na volta 23 e, finalmente, outro médio na volta 41.


noticiário

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48.ª edição do Sata Rallye

Açores conta com 43 equipas A 48.ª edição do Sata Rallye Açores vai contar com 43 equipas em competição, das quais 27 são estrangeiras, segundo informação avançada esta noite no portal oficial da prova. Entre os pilotos que constam na lista de inscritos estão nomes como Robert Kubica, ex-piloto da Fórmula 1, o checo Jan Kopecky, bem como Bryan Bouffier, campeão de França de ralis em 2011, e Ricardo Moura, actual bi-campeão de Portugal de ralis. A lista compõe-se ainda pelos pilotos estrangeiros Craig Breen, Jan Cerny, Mark Wallenwein, Jérémi Ancian, Jean Michel Raoux, Janos Puskádi, Antonin Tlustak, Jaroslav Orsák, Marco Tempestini, Vitaliy Pushkar, Edwin Keleti, Artem Nazarov, Simone Tempestini, Andrea Smiderle, Alessandro Bruscheta, Zoltan Bessenyey, Hannes Danzinger,

Hermann Neubauer, Stéphane Lefebvre, Jean Mathieu Leandri, Tobia Giuseppe e Florin Tincescu. Entre as presenças nacionais destaca-se a participação de Bruno Magalhães e Bernardo Sousa, sendo que a edição deste ano do Sata Rallye Açores conta com presença feminina, nomeadamente, a australiana Molly Tailer e a búlgara Ekaterina Stratieva. Fica assim conhecida a lista de inscritos da 48.ª Edição do Sata Rallye Açores, que decorre entre os dias 25 e 27 deste mês e aguardava aprovação da FIA (Federação Internacional do Automóvel) para ser publicada.

Open – Rali de Alfena

Pedro Fins confiante num bom resultado O Rali de Alfena, terceira prova do Desafio Modelstand, vai para a estrada amanhã (sábado), com Pedro Fins e Sérgio Rocha a encararem o desafio confiantes num bom resultado depois dos azares das duas primeiras provas da época. Como afirma Pedro Fins, esta será para a equipa do Peugeot 206 GTi a primeira de seis finais, visto que já não podem desperdiçar mais nenhuma pontuação: “Vamos encarar esta prova como se fosse a primeira do ano. Para nós esta é a primeira de seis finais que ainda faltam. Estamos conscientes da responsabilidade que temos

a partir de agora, mas confiantes num bom resultado”. Para isso, apenas terão de fazer uma boa prova, com andamento rápido, e sem mais azares. “Infelizmente já não podemos deitar fora mais nenhum Rali até ao fim, por isso é preciso amealhar os primeiros pontos, e quantos mais conseguirmos,

melhor. Neste Rali iremos ter um número bastante mais alto do que em Castelo Branco, e só espero que esse fator não condicione a nossa prova como já aconteceu no passado”. Num formato muito compacto, o Rali de Alfena disputa-se na tarde de amanhã (sábado), num total de oito classificativas.

Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno

Hélder Oliveira estreia BMW Hélder Oliveira vai fazer a sua estreia aos comandos de um BMW Série 1 Proto na prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, que este fim-de-semana se disputa no Alentejo. O piloto de Barcelos, que será navegado pelo experiente Filipe Palmeiro, vai disputar amanhã e domingo o Vinhos Ervideira Rali TT competição onde assume ir lutar por um lugar no pódio.

“Estive ontem a realizar uma importante sessão de testes e fiquei muito satisfeito com as capacidades desta máquina que a MRacing nos preparou para esta primeira prova do campeonato. O carro tem umas

performances muito interessantes e não tive grande dificuldade em me adaptar à sua condução”, salientou Hélder Oliveira, acrescentando: “O meu objetivo passa por lutar por um lugar no pódio. No ano passado fiquei em 2º lugar nesta prova, que tem um traçado sempre muito interessante”. De salientar que Hélder Oliveira está de regresso à competição depois de dois anos de esporádicas participações, onde se destaca o 2º lugar na Baja Portalegre 500 de 2011 e idêntica posição no Ervideira Rali TT de 2012. O carro que agora vai utilizar foi pilotado, em 2012, por Ricardo Porém, que

com ele se sagrou vice-campeão nacional Sediado em Reguengos de Monsaraz, o Vinhos Ervideira Rali TT celebra este ano a sua 25ª edição

e terá o figurino tradicional de um prólogo amanhã (sábado) e uma dupla passagem por um sector seletivo com cerca de 150 quilómetros no domingo.


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noticiário

19 de Abril de 2013

Aston Martin domina prova inaugural do Mundial de Resistência

Lamy sobe ao pódio em Silverstone Pedro Lamy subiu ao terceiro lugar do pódio da prova inaugural do Campeonato do Mundo de Resistência que decorreu em Silverstone. Uma prova extremamente exigente para os pilotos da categoria GTE Pro, dominada por completo pela Aston Martin que assegurou a liderança desde o início, terminando com os seus dois carros no pódio. Darren Turner, Bruno Senna e Stefan Mucke alcançaram a vitória,

enquanto o piloto português e os seus companheiros de equipa Paul Dalla Lana e Frederic Makowiecki terminaram na terceira posição da categoria GTE Pro. “Foi um bom resultado para a equipa. Por muito pouco não conseguíamos uma dobradinha. Infelizmente, na parte inicial da corrida o carro não colaborou e estávamos com uma pequena desvantagem para os nossos adversários em termos de

velocidade. Conseguimos recuperar e regressámos às primeiras posições. Este resultado foi muito importante para nós e esperamos estar ainda mais fortes para a próxima prova”, referiu Pedro Lamy. Numa prova inteiramente dominada pela Aston Martin na categoria GTE Pro e GT Pro/Am, as 6 Horas de Silverstone foram um excelente ensaio para as 24 Horas de Nurburgring,

Pela Câmara Municipal de Coimbra

Pódio para a Ferrari Portugal em Monza

Albuquerque homenageado

Dupla Barreiros e Guedes em terceiro A Ferrari Portugal com Filipe Barreiros e Francisco Guedes conseguiram, no traçado italiano de Monza, subir ao terceiro lugar do pódio no Blancpain Endurance Series na categoria Gentleman Trophy. Um feito notável para a dupla portuguesa que se estreou no fim-de-semana no campeonato ao volante de um Ferrari 458 da AF Corse. Depois do normal período de habituação a um Campeonato que coloca em pista 60 carros, Filipe Barreiros e Francisco Guedes rapidamente perceberam que teriam condições para serem bem sucedidos. Tinham pela frente três horas de corrida. Coube a Francisco Guedes o arranque: “Que foi uma verdadeira aventura. Estávamos no meio do pelotão, mas fiz um bom arranque e fui atacando de forma cautelosa para não deitar nada a perder. A determinada altura estava no comando da prova na nossa categoria”, começou por explicar. Coube depois da Filipe Barreiros fazer o ‘stint’ intermédio da prova: “Fizemos toda a prova com tempos muito consistentes. Infelizmente fui confrontado duas vezes com a entrada do ‘safety-car’. Há um reagrupamento dos carros e acabei por cair para terceiro lugar”, continuou. Posição em que mais tarde Francisco Guedes viria a concluir a prova: “Não dava para fazer melhor. Seria um risco tentar apanhar o segundo classificado. E a subida ao pódio é um excelente resultado para estreia no Campeonato. Estamos muito contentes e entusiasmados com a próxima corrida”, concluiu o piloto português. A próxima jornada decorre a 1 e 2 de Junho em Silverstone. Pódio da Corrida: 1º Blanchemain/Beaubelique/Goueslard – Ferrari; 2º Garofano/Caccia/Bontempelli – Ferrari; 3º Barreiros/Guedes – Ferrari.

Filipe Albuquerque foi homenageado no passado fim-de-semana pela Câmara Municipal de Coimbra com a Medalha de Mérito Desportivo, resultado dos seus sucessos profissionais no automobilismo além fronteiras. A homenagem decorreu no final da Taça da Liga, que opôs o FC Porto e o Sporting de Braga, no Estádio Cidade de Coimbra. A Medalha foi entregue ao piloto português pelo Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João Barbosa de Melo na presença do Vereador do Desporto e Juventude, Luís Providência. Filipe Albuquerque não escondia a satisfação: “É para mim um orgulho ver o meu trabalho reconhecido, sobretudo pela Cidade onde nasci e vivo. O meu muito obrigado à Cidade de Coimbra”, disse. Filipe Albuquerque venceu no início do ano as 24 de Daytona e prepara-se agora para dar início à terceira época no DTM, onde também já fez história ao ser o primeiro português a subir ao pódio naquele Campeonato.

Taça Porsche Carrera Ásia

Ávila volta ao pódio em Xangai Rodolfo Ávila voltou a subir ao pódio no Grande Prémio da China de Fórmula 1 em Xangai, ao terminar a prova do passado domingo da Taça Porsche Carrera Ásia no terceiro lugar. Tendo iniciado o campeonato 2013 com um sólido lugar no Top-5 na Malásia, o piloto do Team Jebsen chegou a Xangai disposto a fazer melhor. Contudo, problemas com as afinações do Porsche 911 GT3 Cup nº20, atrasaram Ávila nos treinos-livres, tendo reflexos menos positivos na qualificação. Apesar das dificuldades, o piloto da RAEM colocou o seu carro na quinta posição da grelha de partida para a primeira corrida e no quarto posto para a segunda. No sábado, disputou-se a primeira corrida de 12 voltas do fim-de-semana. O piloto português de Macau fez um bom arranque, mas acabou por perder o quinto lugar ainda na primeira volta. A lutar contra uma viatura pouco cooperante, Ávila apenas conseguiu

Blancpain Endurance Series arrancou em Monza

Dia de azar para Álvaro Parente Álvaro Parente teve uma passagem complicada por Monza, tendo o seu carro terminado no vigésimo quinto posto da geral depois de um problema de motor que se revelou logo no início da prova de abertura do Blancpain Endurance Series. O piloto do Porto teve a responsabilidade de arrancar com o McLaren MP4-12C GT3 da Hexis Racing da 13ª posição da grelha de partida, depois do tráfego em pista

não o ter deixado fazer melhor durante a qualificação da manhã, mas cedo sentiu que dificilmente poderia realizar uma recuperação, uma vez que o V8 do carro inglês desenvolveu um problema técnico que o fazia perder um segundo e meio por volta. Álvaro Parente ainda conseguiu entregar o McLaren número 7 a Stef Dusseldorp na 14ª posição, mas daí para a frente o GT da Hexis foi descendo

24 Horas de Le Mans e restantes provas do Campeonato do Mundo de Resistência. Na categoria GT Pro a vitória sorriu a Darren Turner, Bruno Senna e Stefan Mucke (Aston Martin), seguidos de Kamui Kobayashi e Toni Vilander (Ferrari) e Pedro Lamy, Paul Dalla Lana e Frederic Makowiecki (Aston Martin), na segunda e terceira posições, respetivamente.

na classificação, terminando Alexander Sims no 25º lugar final. “Sentimos um problema de motor logo no início do meu turno, e sem potência era impossível fazer alguma coisa, sobretudo num circuito como o de Monza. O problema foi agravando-se ao longo da prova e não havia nada a fazer para lá de ver a bandeirada de xadrez no décimo terceiro lugar da classe Pro”, apontou o piloto da McLaren GT.

recuperar o quinto posto a três voltas do final, posição em que viu a bandeira de xadrez. Para a corrida de domingo, Ávila partiu da quarta posição da grelha de partida. Decidido a hastear a bandeira de Macau no maior evento desportivo de carácter desportivo da cidade de Xangai, Ávila não esperou mais que três curvas na volta de abertura e rapidamente carimbou a ultrapassagem que lhe permitiu terminar a corrida no degrau mais baixo do pódio. “Tal como em Sepang, a semana não começou como queríamos mas acabamos por conseguir ultrapassar as dificuldades que se colocaram nosso caminho. Estou obviamente bastante

satisfeito com o resultado, mas sei que ainda temos que trabalhar para melhorar o comportamento do carro nas próximas corridas, principalmente se queremos lutar pelas vitórias. A próxima corrida será em Zhuhai, um circuito que conheço bem, e onde espero continuar a senda de bons resultados”, afirmou após a corrida o piloto apoiado pela Asia Creative Group. O campeonato prossegue dentro de três semanas no Circuito Internacional de Zhuhai.


motociclismo

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Moto3 em Austin

Miguel Oliveira confiante O piloto português Miguel Oliveira manifestou-se “muito motivado” para o Grande Prémio das Américas, segunda prova do Mundial de motociclismo de velocidade, que se realiza domingo, em Austin, Texas. “Vou para Austin muito motivado depois do início de época que consegui no Qatar”, afirmou o piloto, que levou a sua Mahindra ao sétimo lugar da corrida da categoria Moto3 no Grande Prémio do Qatar, no arranque da temporada. Miguel Oliveira, de 18 anos, apresenta-se, no entanto, cauteloso em relação à jornada deste fim-de -semana, por se tratar de um circuito novo no campeonato do mundo. “É um traçado novo e por isso vou

começar os treinos com calma, aproveitar a primeira sessão para aprender a pista o melhor possível e, a partir daí, vou procurar a melhor afinação”, explicou o piloto natural de Almada, em comunicado. Contudo, o português mostra-se também confiante, dizendo que “se trabalhar com o mesmo método e concentração” que no Qatar, terá “tudo para conseguir mais um bom resultado”. O Grande Prémio das Américas, em Austin, tem início hoje (sextafeira), com os treinos livres. Amanhã (sábado) terá lugar a última sessão de treinos e a qualificação para a corrida de domingo.

Campeonato Nacional de Enduro visitou Vale de Cambra

Luís Oliveira segue a vencer Luís Oliveira permanece na senda dos êxitos. Desta vez, foi a Vale de Cambra ganhar a terceira prova do Campeonato Nacional de Enduro, após mais um animado duelo com Gonçalo Reis, tanto que a diferença final entre eles se cifrou em apenas 4,8 segundos. Em Vale de Cambra alinharam 124 pilotos para enfrentar este Enduro, num selectivo percurso, bastante pedregoso mas a oferecer boa tracção. As condições climatéricas foram agradáveis, com o sol a acompanhar o extenso pelotão. Os homens da Elite e Open enfrentaram um total de dez “especiais”, em três voltas e meia a um percurso com 56 Km de extensão. Em termos absolutos e na classe Elite 1, a luta foi intensa pela vitória. Luís Oliveira entrou de rompante, e no conjunto das três primeiras especiais ganhou 25 segundos a Reis. Este teve de aplicar-se para tentar a recuperação, mas Oliveira defendeu-se bem e ganhou. Ele foi o mais rápido em 6 troços, e Reis nos restantes quatro. O piloto de Bela é agora o líder isolado do Campeonato na classe Elite 1, na qual Henrique Nogueira ficou em 3.º nesta prova. Na classe Elite 2, Diogo Ventura renovou com a vitória, com 31,1s de

Grande Prémio de Trentino do Mundial de Motocrosse

Rui Gonçalves com prova modesta O “motard” português Rui Gonçalves (KTM) terminou hoje no 14.º e 12.º lugares as duas mangas da classe rainha MX1 do Grande Prémio de Trentino, em Itália, quarta prova do Campeonato do Mundo de motocrosse. Apesar do resultado modesto, Rui Gonçalves subiu uma posição na classificação do Mundial, para o sétimo posto, beneficiando da ausência do russo Evgeny Bobrishev na prova italiana, conquistada pelo italiano Antonio Cairoli, também aos comandos de uma KTM. Cairoli, campeão do Mundo da categoria principal nos últimos quatro anos, foi o grande dominador da prova, ao impor-se nas duas mangas, aumentando para 37 pontos a vantagem no comando do campeonato sobre o belga Ken de Dycker (KTM). “O fim-de-semana foi difícil para mim. Quero esquecer rapidamente pequenos erros que cometi. Estou certo que recuperarei já na Bulgária”, lamentou o “motard” português, antecipando também a próxima prova do Mundial.

vantagem sobre Mário Patrão. O 3.º posto coube a João Ribeiro. Nota para o abandono de Paulo Felícia, com uma mão lesionada. Com este resultado, Ventura ampliou a vantagem sobre os imediatos perseguidores na tabela do Campeonato. Fernando Ferreira permanece invicto na classe Open 2. Desta vez foi seguido por Saul Pereira, a 1m13,24s, vindo depois José Santos. Também Adelino Sousa é líder destacado na Open 1, ao adicionar mais um triunfo, diante de David Megre e Carlos Pedrosa.

Diogo Valença perdeu o 2.º lugar devido a 2 minutos de penalização acrescidos ao seu tempo, baixando para a 5.ª posição. Finalmente, Stefan Pinheiro ganhou entre os Verdes 1, seguido de Mário Paiva. Ivo Gonçalves impôs-se na classe Verdes 2, ficando em 2.º Gonçalo Gomes. Finalmente, entre os Veteranos, Paulo Miranda continua a ganhar, diante de Arsénio Miranda. A próxima jornada do “Nacional” de Enduro terá lugar no dia 26 de Maio, em Castelo Branco.

Regional Centro-Sul de Motocross/Rómoto

Triunfos para Maricato e Vivas Jorge Maricato e João Vivas foram os vencedores das mangas Open e Elite, respectivamente, disputadas em Ponte de Sor, por ocasião da na segunda jornada do Campeonato Regional Centro-Sul/ Rómoto. Sol e calor fizeram-se sentir na Pista da Ladeira, em Ponte de Sor, onde comparecem 32 pilotos das classes MX2 e MX1, mais dez Cadetes e oito Infantis, para mais uma prova do “Regional” Centro-Sul. Na manga Elite, na fase inicial Jorge Maricato e Sérgio Pita ainda alternaram no comando, mas a partir

da quinta volta Maricato liderou para vencer, com 5 segundos sobre Pita. João Vivas foi 3.º, a 10 segundos, e o 4.º Jonathna Rodrigues, a 59,9. Aqueles quatro pilotos foram também os principais protagonistas da manga Open, mas com ordenamento final diferente. João Vivas e Jonathan Rodrigues travaram um animado confronto, aquele sofreu uma queda a meio da prova e o espanhol foi para a frente, mas na última volta Vivas culminou a recuperação e venceu, apenas com 1,5s sobre o rival. Nas posições seguintes ficaram Sérgio Pita

e Jorge Maricato. Entre os Cadetes (Iniciados) Bruno Charrua ganhou as duas mangas, sempre seguido por Carlos Moreira, que na segunda corrida andou sempre próximo do vencedor. A seguir ficaram André Sérgio e Rodrigo Belchior. Desta vez houve provas separadas para os Minis, 50 e 65. Tiago Margarido ganhou folgadamente entre os mais pequenos, sempre seguido por Afonso Gomes a uma volta, enquanto Ricardo Rocha levou a melhor nas 65, e João Duarte ficou em 2.º nas duas mangas.


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Peugeot 208 GTi a partir de 24 950 euros

O regresso do mito O Peugeot 208 GTi surge na tradição das berlinas potentes da marca, que começou com o lendário 205 GTi e se prolongou com os 206 e 207 RC. Regenera assim o mito GTi, sendo fiel à filosofia de desportivo utilizável com conforto no dia-a-dia, numa oferta claramente distintiva dentro da gama.

O 208 é fiel ao espírito GTi por não ser um desportivo radical, permitindo uma utilização diária confortável, já que o binário máximo de 275 Nm logo às 1700 rpm possibilita uma enorme disponibilidade de motor quer se trate de uma solicitação desportiva quer se trate de uma condução que privilegie o conforto. Em complemento, o chassis desportivo muito preciso reflecte-se na extraordinária direcção de precisão quase cirúrgica. E este excelente compromisso entre conforto e desportividade foi conseguido porque foi desenvolvido e optimizado na estrada e não em circuito. Chique desportivo (sporty chic) por dentro e por fora, como a Peugeot baptizou o conceito, o 208 GTi tem ainda números impactantes: 200 cavalos de potência, 275 Nm de binário máximo, 230 km/h de velocidade de ponta e 6,8 segundos dos 0 aos 100 km/h. E pelo preço de 24.950 euros, traz de série, entre outros, ar condicionado bi-zona, dupla saída de escape, navegação integrada, jantes de 17 polegadas e ajuda ao estacionamento. O 1.6 THP 200, motor internacional do ano que o equipa, tem uma sonoridade que beneficia de um tratamento de escape trabalhado. Reinterpretação “O 205 GTi foi a nossa inspiração. O 208 GTi é a sua interpretação moderna”, diz Gaëtan Demoulin, responsável Síntese Clientes Peugeot, no que é complementado por Marie Beaumont, responsável Síntese Dinâmica 208 GTi: “O 208 é uma excelente base para desenvolver um desportivo. Trabalhámos particularmente a resposta da direcção, as suspensões e a rigidez dos trens rolantes. O 208 GTi é a síntese perfeita entre a performance, a segurança e o prazer”. E de facto assim é, pois transmite uma sensação de enorme segurança, é muito fácil de guiar, mesmo numa condução desportiva em estradas muito exigentes, e concilia estas características com um conforto ímpar, tudo num ambiente a bordo requintado.

O chassis é perfeito e as ligações ao solo são específicas, com molas, regulação dos amortecedores, barra estabilizadora, berço dianteiro e travessa traseira mais rígidos. O 208 GTi balança-se de uma curva para outra com precisão, comandado pela direcção com afinações revistas para proporcionar maior firmeza. Depois, os discos ventilados de 302 mm à frente e 249 mm atrás, alojados nos pneus 205/45 e jantes de 17 polegadas, asseguram uma travagem incisiva. O ESP pode ser inteiramente desligado. Desportivo também no aspecto Mas não é apenas o conjunto motor, ligações ao solo, direcção e travões que emprestam ao Peugeot 208 GTi um carácter vincadamente desportivo. Elementos distintivos no exterior e no interior também para isso concorrem, como a saia traseira preta brilhante e o escape que desemboca numa dupla saída cromada de forma trapezoidal. Ainda no exterior, os contornos cromados dos vidros terminam com uma assinatura que presta homenagem ao 205 GTi e o friso de custódia ostenta o logo GTi, num cromado brilhante sublinhado a vermelho. E qualquer que seja a cor, a tonalidade vermelha pontua o carro, desde as prensas de travão ao friso inferior da grelha, passando pelo lettering Peugeot no dispositivo aerodinâmico traseiro e na grelha. Além disso, a malha da grelha adopta um motivo 3D em xadrez com inserções cromadas na grelha preta brilhante. Apontamentos em cromado brilhante nos frisos dos faróis de nevoeiro, no friso superior da grelha e nos retrovisores vincam-lhe igualmente o carácter desportivo. O habitáculo é igualmente desportivo logo a partir do limiar das portas com as letras Peugeot na cor do fogo, na associação entre vermelho, preto e cromado acetinado e nos pespontos GTi vermelhos. Os bancos conjugam o couro e o tecido com uma linha vermelha e o painel de bordo preto com pespontos vermelhos tem uma decoração em esbatido de vermelho a preto, o que acontece também nas portas, no único elemento decorativo de gosto duvidoso em todo o conjunto.

Os pedais e o apoio de pé são em alumínio e o tapete tem um contorno preto e é pespontado a vermelho. O volante é em couro preto, perfurado e pespontado a vermelho, enquanto a alavanca de velocidades é em alumínio com uma inserção lateral a vermelho e o comando do travão de mão em couro pespontado. Mercado de nicho O Peugeot 208 GTi enquadra-se num mercado mais de imagem do que de volume, mas como todos os mercados de nicho é muito sensível às novidades. Vai ter uma produção de 10 mil unidades em ano pleno, dentro das 300 mil da gama 208, líder do segmento B na Europa.

Ficha técnica

Cilindrada (cm3)------------------------------------------------------ 1598 Número cilindros---------------------------------------------------------- 4 Válvulas por cilindro------------------------------------------------------ 4 Potência máxima (cv/rpm)----------------------------------- 200/5800 Binário Máximo (Nm/rpm)----------------------------------- 275/1700 Caixa de velocidades--------------------------------- MC6A - Manual Velocidade máxima (km/h)------------------------------------------230 0-100 km/h (s)---------------------------------------------------------- 6,8 Consumo urbano (l/100 km)---------------------------------------- 8,2 Consumo extra-urbano (l/100 km)--------------------------------- 4,7 Consumo misto (l/100 km)------------------------------------------ 5,9 Emissões CO2 (g/km)-------------------------------------------------139 Capacidade depósito (l)----------------------------------------------- 50 Capacidade bagageira (dm3)---------------------------------------285 Alimentação---------------------------------------------Injecção directa Turbocompressor--------------------------------- Geometria variável


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208 XY inicia nova história na Peugeot

A cor púrpura Ao contrário do que acontece no romance homónimo de Alice Walker, adaptado ao cinema por Steven Spielberg, no 208 XY o púrpura nada tem a ver com sofrimento ou dor. É a sua cor talismã e remete sim para a elegância e requinte deste modelo chique da Peugeot, numa oferta em claro alto de gama.

O 208 XY é púrpura e chique e, juntamente com o GTi, completa a ofensiva Peugeot na gama 208, numa aposta em desportividade e status, que concorre no nível Premium do segmento B. Mas ao contrário do GTi, que recria um ícone Peugeot dos anos 1980, o XY inicia uma nova história no seio da marca, numa aposta de exclusividade, mas com “a ambição de criar uma assinatura que venha a atravessar as épocas”, como defende Pierre Authier, responsável

de estilo 208. Aliás, no futuro, a Peugeot vai alargar o conceito XY à restante gama. A Purple Night (púrpura nocturno) é a mais forte aposta das seis colorações disponíveis do XY. Do párachoques dianteiro à saia específica do pára-choques traseiro, a carroçaria é pontuada por detalhes cromados e toques púrpura sobre os logos Peugeot e a zona central das rodas. As caixas dos retrovisores, os frisos dos faróis de nevoeiro, os contornos dos

vidros e o friso da saia traseira são em cromado, enquanto os vidros de custódia e o pilar central têm apontamentos a preto brilhante. A grelha também associa o preto brilhante da trave ao cromado do friso e a porta traseira recebe o logo XY. O modelo é ainda personalizável através de autocolantes no tejadilho. O cuidado com os pormenores exteriores é correspondido no interior, onde os materiais e os aspectos se ligam através de pespontos púrpura, enquanto as espessuras das portas e as decorações laterais do ecrã são revestidas a cromado. Os bancos são revestidos com tecido e Alcantara, e os pedais e apoio de pé em alumínio são acompanhados por tapetes bordados com um cordão bronze e pespontos púrpura. A partir de 22.861 euros O Peugeot 208 XY estará disponível em Portugal, a partir de 15 de Maio, em três motorizações possíveis, uma a gasolina e duas Diesel, propondo para todas um único nível de equipamento, bastante bem recheado. A oferta a gasolina surge com o bloco 1.6 THP de 156 cavalos, associado a caixa manual de 6 velocidades, enquanto no Diesel temos os motores 1.6 e-HDi de 92 cavalos (caixa manual

de 5 velocidades ou pilotada de 6) e 1.6 e-HDi de 115, acoplado também a caixa manual de 6 velocidades. Qualquer das versões está equipada de série com ar condicionado bi-zona, jantes de liga leve de 17 polegadas e tecto panorâmico. O 208 XY é também o primeiro carro do segmento com Park Assist de série em todas as versões, que permite efectuar um estacionamento semiautomático. O condutor tem apenas que controlar a progressão do veículo e o espaço circundante. A boa dotação de equipamento posiciona-o no topo do segmento B. Traz ainda, entre outros, airbags frontais, laterais e de cortina, cruise Control, ESP, Luzes diurnas e piscas em LED, óculo e vidros laterais traseiros escurecidos, Pack Arrumação, Pack Visibilidade, faróis de nevoeiro com cornering, pneu sobressalente com jante de liga leve de 17 polegadas, retrovisores exteriores rebatíveis electricamente, sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro e traseiro, Touch Screen de 7 polegadas com 6 altifalantes, sistema de som Arkamys, tomada USB e Jack, Bluetooth e comandos no volante em couro perfurado. Concorre com o Audi A1, o Mini Cooper, o Alfa Romeo Mito e o Citroën DS3.

Preços para Portugal

Peugeot 208 XY THP 156----------------a partir de 23.561 euros Peugeot 208 XY HDi 92-------------------a partir de 22.861 euros Peugeot 208 XY HDi 115-----------------a partir de 23.661 euros


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19 de Abril de 2013

Mercedes-Benz G 63 AMG 6x6

Potência e eficácia TT O Mercedes-Benz G 63 AMG 6x6 é a última palavra em potência e eficácia fora de estrada, mesmo se é apenas um protótipo, ainda que muito próximo de um modelo de produção. Tem um sistema de tracção integral com tecnologia 6x6, um motor AMG V8 biturbo e um visual robusto e agressivo.

O G 63 AMG 6x6 está apto a rodar em ambientes onde o conceito de mobilidade individual quase não existe, mas não se trata de um veículo ao estilo do Rali Dakar, porque os requintes do habitáculo AMG garantem o mais elevado nível de conforto aos ocupantes. Ao conferirem-se os principais dados técnicos fica bem claro que os caminhos fora de estrada do modelo começam onde só um veículo com lagartas poderia avançar: seis rodas motrizes, caixa de transferências de relações curtas, eixos descentrados, cinco bloqueios de diferencial accionáveis em andamento e um sistema que permite regular, em andamento, a pressão dos enormes pneus de 37 polegadas. Em conjunto, estas características asseguram ao G 63 AMG 6x6 uma dinâmica de condução que lhe permite ultrapassar o mais difícil dos terrenos. O protótipo não terá qualquer dificuldade em subir a mais alta das dunas nem vacilará em pistas de areia, graças à sua inabalável estabilidade direccional. Os terrenos pedregosos são negociados com enorme agilidade, enquanto, por outro lado, atravessar um rio será uma brincadeira de criança, pois o G 63 AMG 6x6 tem nada menos do que um metro de capacidade de passagem a vau. Em contraste, quando se exploram as performances em estrada fica a sensação de catapulta proporcionada pela excecional capacidade de aceleração desta pick-up de 3,85 toneladas. Apesar das extraordinárias capacidades do sistema de transmissão, o concept não apresenta qualquer desenvolvimento novo em termos de tecnologia. Após 34 anos de produção, o Classe G disponibiliza uma enorme gama de componentes e soluções e o G 63 AMG 6x6 recorre quase exclusivamente a peças e componentes produzidos em série. No caso do conjunto propulsor, o motor AMG V8 biturbo com 544 cv e 760 Nm de binário, a caixa automática AMG SPEEDSHIFT PLUS 7G-TRONIC

acoplada ao sistema de transmissão dianteira e à transmissão dupla da versão 6x6, já existente, e que comprovou as qualidades em diversos tipos de serviço, como é o caso do exército australiano. Igualmente com origens militares, os eixos descentrados são uma solução absolutamente engenhosa e apresentam-se em estreia num veículo de utilização civil com este modelo. Chassis independente e neutro O chassis foi em grande parte desenvolvido com base na actual configuração do Classe G, sendo que

a única diferença reside na alteração da taragem das molas helicoidais e dos amortecedores de acordo com as características específicas da versão de três eixos. Mesmo no que respeita às molas helicoidais, os engenheiros recorreram à ampla disponibilidade de componentes do G «normal», que dispõe de 15 taragens diferentes. Depois, enquanto o eixo dianteiro é herdado de uma versão especial com carroçaria blindada, o primeiro eixo traseiro recebeu molas com taragem reforçada e o segundo eixo traseiro dispõe de molas com taragem mais suave. Juntamente com os amortecedores a gás reguláveis, comprovados em competição, esta afinação resulta numa simbiose perfeita entre uma dinâmica desportiva e um conforto eficaz, tanto em asfalto como fora deste. Já no capítulo da estética, o G 63 AMG 6x6 não deixa margem para dúvidas acerca da sua natureza. Os pneus de grandes dimensões, a enorme distância ao solo, os quase 2,30 m de altura e os 2,10 m de largura, bem como as linhas rectas e bem definidas da carroçaria tipo pick-up impõem respeito logo desde o primeiro olhar. Tal como os antecessores G 63 AMG e G 65 AMG, o «super todo-oterreno», com a carroçaria de 5,87 m de comprimento, apresenta a expressão típica da AMG, com a grelha de duas lâminas. O visual é reforçado pela utilização de fibra de carbono nas faixas de luzes LED por cima do para-brisas e pelas abas alargadas dos guarda-lamas. A secção traseira

de carga tem elegantes barras de segurança (protecção em caso de capotamento) em acabamento cromado. A zona de carga, com um robusto e durável piso em bambu sólido, tem acesso por um portão traseiro. Luxo desportivo O interior está subordinado ao luxo desportivo, a imagem de marca da AMG. O G 63 AMG 6x6 recebe os seus ocupantes com um ambiente exclusivo de revestimentos em cabedal em vermelho ou castanho claro, com o contraste das cores das minuciosas costuras e a elegância das zonas acolchoadas em forma de diamante. Os quatro bancos individuais têm comandos eléctricos, aquecimento e ventilação. Os lugares traseiros integram uma consola central. O revestimento do tejadilho e os pilares são revestidos em Alcantara, enquanto o painel traseiro é revestido a cabedal. As duas unidades G 63 AMG 6x6 construídas até agora foram desenvolvidas sob o comando total da MercedesBenz. O departamento de desenvolvimento do Classe G, sediado em Graz (Áustria), é o centro de competência de todos os projetos “G” e é responsável pelo desenvolvimento e apoio técnico ao modelo todo-o-terreno da MercedesBenz. Além disso, as instalações de Graz são, desde 1979, o local de produção de todas as versões civis e comerciais do Classe G. A recetividade que o protótipo agora apresentado vier a obter junto do público determinará se, e quando, o Mercedes-Benz G 63 AMG 6x6 entrará em produção, o que acontecerá sempre em pequena escala.


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