DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 949
26-04-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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F1 LOTUS AFIRMA-SE COM DUPLO PÓDIO NO BARAHAIN
NUMBER ONE Vettel domina após o azar de Alonso
...E VÃO SETE!
MOTOGP Márquez faz história em Austin
CPTT MIGUEL BARBOSA VOLTA A DOMINAR EM REGUENGOS
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26 de Abril de 2013
fórmula 1 – Grande Prémio do Barahain
Dia desastroso para a Ferrari e muito bom para a Lotus
Vettel domina e confirma favoritismo da Red Bull O tricampeão alemão passeou a sua classe, ao conquistar mais um Grande Prémio, desta feita no Barahain. Com a segunda vitória desta temporada de Fórmula 1, Vettel confirma que a Red Bull parece estar uns furos acima da concorrência, tanto mais que o azar bateu à porta da Ferrari, com Alonso a ter problemas sérios com o DRS logo nas primeiras voltas. Raikkonen e Grosjean, os dois pilotos da Lotus, terminaram no pódio e permitiram assim à equipa britânica consolidar a segunda posição no Mundial de Construtores.
O segundo triunfo do ano de Sebastian Vettel veio num dia em que seu arqui-rival Fernando Alonso sofreu bastante para conseguir terminar num modesto oitavo lugar, a mais de 37 segundos do tricampeão munidal alemão. A corrida do espanhol da Ferrari ficou arruinada quando o seu DRS ficou preso quando estava decorridas apenas cinco voltas. Com Alonso a escorregar de volta para volta e com os Lotus num ritmo de corrida superior, não foi de estranhar a companhia de Kimi Raikkonen e Romain Grosjean nos restantes lugares do pódio, recriando um quadro já pintado no mesmo circuito há 12 meses. Rosberg sob ataque Pela segunda vez, na sua carreira, Nico Rosberg tinha a responsabilidade de liderar o pelotão da Fórmula 1, partindo do primeiro lugar da grelha. Mal a partida foi dada, Vettel e Alonso foram instantaneamente para cima do jovem piloto da Mercedes na primeira curva, com o Ferrari a tentar passar o Red Bull, mas com o alemão a defender-se por dentro. No final da volta número quatro, Alonso passava para o segundo lugar, enquanto atrás dele o outro Ferrari, de Felipe Massa, colidia com Adrian Sutil, danificando a asa dianteira do F138 e proporcionando um furo ao Force-India Mercedes que acabaria por estragar a sua corrida. Com este incidente, Mark Webber assumia o quinto posto, logo atrás de Paul di Resta, que por sua vez era perseguido pelos McLaren de Jenson Button e Sergio Perez.
fórmula 1 – Grande Prémio do Barahain
DRS atrasa Alonso Enquanto Vettel continuava a pressionar para encontrar uma forma de passar Rosberg em cada volta, Alonso via-se a contas com um problema no DRS, que o brigou a ir às boxes. Entretanto, Rosberg preocupado com os prblemas e em segurar o Ferrari, viu-se ultrapasado por Di Resta, que assumia o comando da corrida. Mas Alonso não foi o único piloto a ser forçado a entrar nas boxes, nesta fase inicial da corrida, com Webber, Massa e Vettel a terem também de sair de pista para a primeira troca de pneus. Di Resta assumia então a liderança, seguido por Raikkonen, os dois únicos pilotos que tinham uma estratédia de duas paragens para esta corrida. O piloto do Force India Mercedes foi o primeiro a entrar nas boxes na volta 15, seguido pouco tempo depois por Raikkonen. Estas mudanças de oneus provocaram o regresso de Vettel ao primeiro lugar, posição que o piloto alemão nunca mais voltaria a largar. Alonso continuava a perder lugares, seguindo o seu drama com o DRS. Mas Massa não tinha melhor sorte e quando estava em sexto, e na sua segunda passagem pelas boxes, um problema na parte traseira direita do Ferrari forçou o regresso às boxes. Seguindo as instruções de Rob Smedley, engenheiro da equipa italiana, Massa apenas podia fazer uma condução ‘flat out’, acabando por sofrer nova falha semelhante que lhe retirava a possibilidade de entrar nos pontos. Era o início de um fimde-semana para esquecer no que diz respeito à Ferrari. Problemas na Mercedes... Com Rosberg a perder lugares, cabia a Hamilton defender a honra da Mercedes, mas o piloto inglês também não parecia satisfeito com o seu ritmo de corrida, ao contrário das indicações dos técnicos. “Continua assim, o ritmo parece bom”. Hamilton respondia: “Não me sinto nada bem”. O certo é que depois da segunda paragem, o britânico da Mercedes encontrou o ritmo certo do seu carro e foi ganhando confiança. Apesar disso, Ross Brawn deixava escapar o desabafo: “Nós temos algumas reflexões a fazer”, falando para os dois pilotos e lembrando que Rosberg, mesmo quando estava quente, não tinha ido a lugar nenhum...
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...E guerra a McLaren! n Na volta 24, e já depois de Perez passar Rosberg, os dois pilotos da McLaren davam início a duelo entre companheiros de equipa. O mexicano, descuidadamente, cortou na traseira do carro de Button, não conseguindo evitar um toque na curva e ameaçando um furo no pneu do McLaren do piloto inglês. “Ele acabou de me bater na roda”, dizia Button, cada vez mais irritado com a atitude de Perez, e reclamando para o rádio: “É preciso acalmá-lo”. Perez voltou à carga algumas voltas depois, mas Button respondeu na mesma moeda, apertando o mexicano na poeira do escapamento na saída da curva quatro. Mas acabaria por ser Perez o mais resistente e melhor classificado, já que Button, pressionado pelo desgaste de pneus, acabaria mesmo por ser o primeiro de vários pilotos obrigados a fazer quatro paragens nas boxes. Di Resta segura quarto lugar Com a corrida a chegar à fase final, Vettel não tinha problemas em manter-se tranquilo na liderança, acabando por garantir, como é seu hábito nestas condições, a volta mais rápida, quando passava pela 55ª vez na reta da meta. O alemão não tirava o pé e Raikkonen conseguia, com uma manobra simples de DRS na reta da meta, passar Di Resta. O finlandês, para sua surpresa, foi chamado às boxes, quando se julgava capaz de continuar, o certo é que a entrada garantiu que Di Resta nunca o iria passar depois da última paragem para troca de pneus. O segundo Lotus de Grosjean também não quis ficar atrás e acabou por passar o Force India no sprint final, mesmo com uma estratégia de três paragens. Di Resta admitiu mais tarde que, face aos pneus novos extras de Grosjean que sobraram da qualificação, foi impossível mantê-lo atrás. Até à bandeirada final, Paul di Resta ainda teve que se defender, com unhas e pneus, do quarto lugar na prova, já que Hamilton surgia, depois de ter passado Webber, decidido a roubar o brilho ao mexicano, que mesmo assim acabaria por conseguir segurar a posição de prestígio.
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fórmula 1 – grande prémio do barahain
Classificações
GP do Barahain Pos. Nº Piloto Carro 1 1 Sebastian Vettel Red Bull-Renault 2 7 Kimi Raikkonen Lotus-Renault 3 8 Romain Grosjean Lotus-Renault 4 14 Paul di Resta Force India-Mercedes 5 10 Lewis Hamilton Mercedes 6 6 Sergio Perez McLaren 7 2 Mark Webber Red Bull-Renault 8 3 Fernando Alonso Ferrari 9 9 Nico Rosberg Mercedes 10 5 Jenson Button McLaren 11 16 Pastor Maldonado Williams-Renault 12 11 Nico Hulkenberg Sauber-Ferrari 13 15 Adrian Sutil Force India-Mercedes 14 17 Valtteri Bottas Williams-Renault 15 4 Felipe Massa Ferrari 16 19 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 17 20 Charles Pic Caterham-Renault 18 12 Esteban Gutierrez Sauber-Ferrari 19 22 Jules Bianchi Marussia-Cosworth 20 23 Max Chilton Marussia-Cosworth 21 21 Giedo van der Garde Caterham-Renault
Tempo 57 voltas 9.111 19.507 21.727 35.230 35.998 37.244 37.574 41.126 46.631 66.450 72.933 76.719 81.511 86.364 1 volta 1 volta 1 volta 1 volta 1 volta 2 voltas
Piloto não classificado - 18 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari
acidente
Mundial de Pilotos Pos. Piloto 1 Sebastian Vettel 2 Kimi Raikkonen 3 Lewis Hamilton 4 Fernando Alonso 5 Mark Webber 6 Felipe Massa 7 Romain Grosjean 8 Paul di Resta 9 Nico Rosberg 10 Jenson Button 11 Sergio Perez 12 Adrian Sutil 13 Daniel Ricciardo 14 Nico Hulkenberg 15 Jean-Eric Vergne 16 Valtteri Bottas 17 Pastor Maldonado 18 Esteban Gutierrez 19 Jules Bianchi 20 Charles Pic 21 Giedo van der Garde 22 Max Chilton
Pontos 77 67 50 47 32 30 26 20 14 13 10 6 6 5 1 0 0 0 0 0 0 0
Mundial de Construtores Pos. Equipa 1 Red Bull 2 Lotus 3 Ferrari 4 Mercedes 5 Force India 6 McLaren 7 Toro Rosso 8 Sauber 9 Williams 10 Marussia 11 Caterham
Pontos 109 93 77 64 26 23 7 5 0 0 0
noticiário
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Corrida principal do FIA GT Series em Zolder
Parente e Loeb aquém das expetativas recuperar um lugar, foi abalroado por um adversário que procedeu como se não tivesse ninguém ao seu lado. Para além do tempo perdido por um pião, também um furo atrasou ainda mais o GT número nove. Depois de Sébastien Loeb ter cedido o McLaren a Álvaro Parente, este imprimiu um andamento diabólico, sendo consistentemente o mais rápido em pista. No entanto, não conseguiu ir além do décimo terceiro posto final a menos de quinze segundos dos lugares dos pontos. Após a corrida, o piloto oficial da McLaren estava satisfeito com a sua prestação, muito embora o resultado tenha ficado aquém do desejado. “O toque que deram no ‘Séb’ comprometeu toda a nossa prova e, quando entrei no carro, o objectivo era dar o máximo possível, perceber até onde o McLaren poderia ir. Realizei cada volta como se fosse uma qualificação e fui muito rápido e pude tirar algumas informações para as próximas
Álvaro Parente mostrou uma vez mais a razão de ser um dos melhores pilotos internacionais, tendo realizado uma corrida de ataque que o viu ser consistentemente o mais rápido em pista. No entanto, o toque e o furo sofrido por Sébastien Loeb logo no início impediram que a dupla luso-francesa alcançasse os pontos e ficassem assim aquém das expetativas (13º lugar). Os homens do McLaren MP412C número nove arrancavam do décimo sétimo posto, depois dos azares de sábado, mas tinham ainda a esperança de poderem alcançar os lugares do pódio, uma vez que o
carro inglês demonstrava-se eficaz quer nas mãos do português quer nas mãos do francês. No entanto, a Corrida Principal de Zolder não começou da melhor forma para o multicampeão mundial de ralis, uma vez que quando tentava
Trofeo Abarth 500
Piloto do Clio brilhou em Alfena
Nuno Cardoso dominou na estreia Nuno Cardoso foi a grande figura da jornada de estreia do Trofeo Abarth 500 que domingo passado teve a sua primeira prova no Circuito Vasco Sameiro. O piloto de Vila das Aves regressou em grande força às pistas e saiu de Braga na liderança da competição depois da uma vitória e um segundo lugar conquistados nas corridas disputadas. Ao dominar as duas sessões de treinos cronometrados, que deram direito a partir da primeira posição da grelha em ambas as corridas, cedo ficou claro que Nuno Cardoso seria um dos mais sérios candidatos ao triunfo mas a tarefa do avense foi bem mais árdua que o esperado. “Falhei o arranque na primeira corrida e perdi algumas posições na primeira volta. Aos poucos fui conseguindo passar os meus adversários e já
corridas. O nosso carro mostrou-se rápido e consistente”, afirmou Álvaro Parente. A passagem por Zolder não foi positiva para o piloto português e para o seu colega de equipa, Sébastien Loeb, mas considera que nas próximas rondas poderá inverter a tendência deste evento. “Foi um fimde-semana muito complicado com pequenos incidentes que comprometeram completamente os nossos resultados. Contudo, não podemos ter sempre azar e os outros sorte. Temos um carro competitivo, estou confiante de que em Zandvoort poderemos conquistar os resultados que estão ao nosso alcance”, sublinhou Álvaro Parente. A próxima ronda do FIA GT Series terá lugar em Zandvoort, nos próximos dias 6 e 7 de Julho, mas entretanto o piloto da McLaren GT terá uma passagem por Silverstone, a 1 e 2 de Junho, para a segunda ronda do Blancpain Endurance Series.
quase no final aproveitei um erro do piloto que estava na liderança para assumir o comando. Depois foi só gerir até à bandeira de xadrez. Não estava à espera de vencer logo na estreia e estou muito satisfeito com este regresso”, disse Nuno Cardoso, após a primeira corrida onde garantiu a volta mais rápida. Partindo de novo da ‘pole’ na segunda corrida, o piloto do Abarth 500 dominou as primeiras 14 voltas ao traçado bracarense, mas viu cair a possibilidade de fazer o pleno na jornada de abertura quando, a três voltas do final, um erro numa passagem de caixa fez perder a vantagem que detinha para o seu directo perseguidor. “Consegui controlar a corrida quase até final e saio com um ligeiro amargo de boca por ter perdido a vitória já tão perto do fim. Cometei um pequeno erro e paguei caro por isso. Depois de ter sido ultrapas-
sado percebi que não podia arriscar na tentativa de voltar ao comando, pois os pneus já estavam um pouco desgastados”, referiu Nuno Cardoso, no final de uma corrida onde voltou a registar a melhor volta. Apesar de não ter feito o pleno, o balanço final da estreia no Trofeo Abarth 500 é claramente positivo. “Sou o primeiro líder do troféu e penso que mostrei ser ainda muito competitivo apesar de ter estado todos estes anos parado. Foi um arranque melhor que o esperado e isso dá muita motivação para as restantes provas. Há muitas provas ainda pela frente e nada está ganho. Mas é fantástico começar desta forma”, concluiu. A próxima jornada do Trofeo Abarth 500 está agendada para 25 e 26 de Maio no Circuito do Estoril, mas Nuno Cardoso regressa à competição na Rampa da Falperra, que se disputará nos próximos dias 11 e 12 de maio.
João Barros repete triunfo no Open O Rali de Alfena, terceira prova do Open, foi até agora o mais disputado de todos. As provas especiais de classificação muito curtas acabaram por resultar num espetáculo mais emotivo e competitivo, apesar do vencedor, João Barros (Renault Clio), ser já repetente esta época... Mercê de um andamento muito forte desde o início do rali, João Barros (mais rápido em quatro troços) voltou a somar mais um triunfo, depois de ter ganho em Castelo Branco, juntando a vitória à geral com as duas rodas motrizes. Diogo Salvi (mais rápido em três troços), que chegou a liderar a prova, ainda deu luta ao piloto do Renault Clio, mas acabou por ter de se contentar com a segunda posição, demonstrando grande evolução nos pisos de asfalto, e confirmando a sua primeira vitória entre as máquinas de quatro rodas motrizes. Num duelo emocinante, Fernando Peres levou a melhor, já no derradeiro troço, sobre Carlos Martins (mais rápido num troço), com os dois pilotos a completarem o lote dos quatro mais rápidos em Alfena. Na luta pelo quinto lugar, Nuno Cardoso, de regresso ao Open, fez uma boa regular, conseguindo superar Luís Mota, que venceu entre os concorrentes do Regional Norte. No sétimo lugar, terminou André Martins, ao volante de mais um Lancer Evo. Depois da «armada» Mitsubishi Lancer, veio o Escort de Eduardo Veiga, que segurou o oitavo lugar, à frente de Vitor Ribeiro, que mostrou alguns problemas no asfalto com o seu Lancer Evo VI. No Desafio Modelstand, e tal como já tinha acontecido em Castelo Branco, António Rodrigues venceu de forma incontestada no seu Peugeot 206 Gti.
Classificação: 1. João Barros / Jorge Henriques (POR) Renault Clio S1600 30m06,9s; 2. Diogo Salvi / Hugo Magalhães (POR) Mitsubishi Lancer Lancer Evo VIII +14,6s; 3. Fernando Peres / José Pedro Silva (POR) Mitsubishi Lancer Lancer Evo VIII +23,0s; 4. Carlos Martins Pedro Conde (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +23,9s; 5. Nuno Cardoso Telmo Campos (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +59,6s; 6. Luis Mota Alexandre Ramos (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +01m12,9s; 7. André Martins Ricardo Torres (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +01m19,1s; 8. Eduardo Veiga Daniel Amaral (POR) Ford Escort RS 1800 +02m02,5s; 9. Vitor Ribeiro Fernando Sousa (POR) Mitsubishi Lancer Evo VI +02m10,1s; 10. António Rodrigues Jorge Carvalho (POR) Peugeot 206 GTI +02m11,6s
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Campeão nacional triunfa nos 25 anos do Vinhos Ervideira Rali TT
Barbosa amplia o domínio em Reguengos O campeão nacional em título, Miguel Barbosa, selou mais um triunfo no Vinhos Ervideira Rali TT. Ao volante do Mitsubishi Racing Lancer, impôs um ritmo inalcançável para a concorrência e, por isso, foi com alguma naturalidade obteve o seu sétimo triunfo na prova alentejana.
No arranque do Campeonato de Por tugal de Todo-o-Terreno, Paulo Ferreira, em Nissan Navara conseguiu o segundo lugar, a quase sete minutos do vencedor, enquanto André Amaral, no Proto X3, obteve o primeiro pódio da sua carreira. Com dupla passagem por um percurso com 155 quilómetros, as equipas concorrentes tiveram de enfrentar um traçado duro, depois de um Inverno muito chuvoso que deixou marcas no terreno. O muito público aproveitou o dia primaveril para assistir à prova e teve direito a
um excelente espectáculo. Durante a manhã, Barbosa andou ao ataque e quando chegou ao final do sector selectivo já tinha mais de seis minutos de vantagem sobre o segundo classificado. À tarde impôs um ritmo mais lento mas ainda assim rápido só que problemas na direcção assistida do Mitsubishi Lancer impediram-no de manter a vantagem. A luta pelo segundo posto foi renhida. Primeiro foi André Amaral que ocupou essa posição, mas depois teve de a ceder para Paulo Ferreira que se apresentou rápido e consistente desde o início da prova de Reguengos. Pedro Grancha, pelo contrário, não conseguiu ser regular como habitual. De manhã perdeu cinco minutos quando o motor do BMW se desligou e à tarde fez cerca de 100 quilómetros com anomalias no sistema de pressão de gasóleo. No final, acabou em quarto. Hélder Oliveira também foi muito irregular. Depois dos problemas de turbo no BMW, que o impediram de andar como desejava na super especial, o piloto de Barcelos encetou uma recuperação notável e no último ponto de controlo antes da chegada já era terceiro. Contudo, o alternador do seu carro deixou de funcionar e Oliveira acabou por cair para a quinta posição final. No final, Miguel Barbosa estava aliviado por ter chegado ao fim e garantido o triunfo. “Tivemos problemas de direcção assistida. Felizmente conseguimos manter algum ritmo. Estou um pouco surpreendido por não ter sido ultrapassado em pista. Pensei que seria. Foi um final muito duro e estou muito satisfeito por termos conseguido alcançar o nosso objectivo, que era a vitória. O
mais importante não é ser a sétima vitória aqui mas o facto de ter sido a primeira do ano. Há quem diga que esta é a minha prova talismã, espero que assim continue”, afirmou o campeão nacional. Paulo Ferreira e André Amaral também tinham razões para celebrar apesar de não terem ganho. Para o segundo classificado, quase soube a vitória. “Foi um grande resultado para pessoas pouco experientes como nós. É fantástico e muito motivante obter um lugar como este”, afirmou no final. Na categoria T2, Edgar Condenso acabou por conquistar mais um
Problemas no BMW Evo X1 impediram melhor resultado
Pedro Grancha em quarto A dupla Pedro Grancha/Inês Ponte, aos comandos do BMW Evo X1 inscrito pela equipa PMG Motorsport, terminou na 4ª posição do Vinhos Ervideira Rali TT, a prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Depois de um excelente 2º lugar no prólogo Pedro Grancha sofreu diversas contrariedades no primeiro dos dois sectores seletivos disputados domingo, em boa parte motivados pela juventude da nova máquina. “A afinação da suspensão revelou-se menos indicada, especialmente nas zonas rápidas onde o BMW estava extremamente instável. Tive por isso de baixar o andamento, pois poderia tornar-se perigoso. Para além disso o carro parou e demorou algum tempo até o conseguirmos colocar de novo em marcha”, salientou Pedro Grancha, à chegada a Reguengos de Monsaraz. “Na zona de assistência entre a primeira e a segunda passagem fizemos diversas alterações e com isso conseguimos tirar 10 minutos ao nosso tempo anterior. Estou confiante de que retificados todos estes pormenores, poderemos ser muito mais competitivos nas próximas corridas”, acrescentou.
Classificação final Pos. 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Pilotos M. Barbosa/M. Ramalho P. Ferreira/J. Monteiro A. Amaral/N. Ramos P. Grancha/I. Ponte H. Oliveira/F. Palmeiro P. Graça/N. R. Silva A. Martins/J. Marques J. Rato/J. Amaral
Carro Mitsubishi Racing Lancer Nissan Navara Proto X3 BMW X1 BMW Serie 1 Proto Nissan Navara Nissan Navara Mazda BT-50 (1º Desafio)
triunfo, depois de uma corrida muito atribulada para vários concorrentes, como o caso de António Bayona que abandonou devido a acidente. No T8, o vencedor foi César
Tempo 4h23m05,8s a 6m56,4s a 12m38,9s a 14m05,6s a 14m23,8s a 18m20,0s a 32m31,7s a 36m23,3s
Sequeira enquanto no Desafio Mazda, João Rato, vencedor das duas últimas edições desta iniciativa monomarca, garantiu mais uma vitória.
Recuperação de 11º até ao terceiro lugar de nada valeu…
BMW de Hélder Oliveira parou perto do final Embora a estreia aos comandos de um BMW Série 1 Proto tenha sido marcada por uma sucessão de problemas o certo é que Hélder Oliveira voltou a demonstrar, no Vinhos Ervideira Rali TT, que há que contar com ele para a disputa das primeiras posições. Na prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, o piloto de Barcelos, acompanhado do experiente Filipe Palmeiro, partiu para a corrida da 11ª posição e mesmo assim chegou a rolar num dos lugares de pódio na fase final da corrida. “Esta corrida foi uma sucessão de azares. Antes do prólogo verificámos que um dos turbos não estava a funcionar, numa altura em que já nada poderia ser feito. Num prólogo onde a nossa expectativa era ser 2º ou 3º classificado, isso empurrou-nos para o 11º lugar”, salientou Hélder Oliveira, acrescentando: “Partir de trás com concorrentes mais lentos e muito pó, trouxe-nos imensas dificuldades e uma enorme perca de minutos que em condições normais nunca aconteceria. Da parte da tarde, já com a pista mais aberta, estávamos a ser os mais rápidos em prova e com isso já tínhamos subido ao terceiro lugar. Inexplicavelmente o carro parou para só arrancar passados quase cinco minutos. Durante ainda mais quinze quilómetros andamos a passo de caracol porque os turbos não reagiam até que, de repente, tudo voltou à normalidade, mas já nada havia a fazer, porque a meta já estava à vista. Acho que esta máquina tem um enorme potencial assim se consigam ultrapassar estes pequenos defeitos”.
todo-o-terreno
Campeonato Nacional passou por Reguengos de Monsaraz
Luís Ferreira repete triunfo Luís Ferreira dá-se bem com os ares de Reguengos de Monsaraz. Pelo segundo ano consecutivo ganhou o “Ervideira Rali TT”, prova de abertura do Campeonato Nacional de Todo-Terreno. Outro vencedor repetente na prova alentejana é Roberto Borrego entre os Quad, enquanto Nuno Tavares triunfou na categoria de UTV/ Buggys.
Com sol e calor, alinharam para esta prova 67 pilotos – dos quais quase metade nas motos, ou seja, 32, mais 17 quad e 18 UTV/ Buggy – para enfrentar a Super-Especial no Sábado e, hoje, dois sectores selectivos, com 78 e 154 Km, respectivamente. A muita chuva que caiu durante este Inverno deixou o piso maltratado, com muitos regos e buracos, com maior evidência no primeiro troço.
Nas motos, o campeão de TT1 das três últimas épocas, Luís Ferreira, compete agora na classe das motos de maior cilindrada, a TT3. Tal como aconteceu em 2012, conquistou o triunfo nesta prova. Embora António Maio tenha sido o mais rápido na Super-Especial, e ainda continuasse à frente na primeira metade do troço inaugural, a seguir Ferreira instalou-se no comando, ampliando progressivamente a vantagem sobre Maio, no final cifrada em 1m42s. No 3.º posto ficou Mário Patrão, mas já a 6m18s do vencedor. Depois classificaram-se Ruben Faria, David Megre – este o primeiro da TT1 – e Hélder Rodrigues, seguido do segundo TT1, Domingos Santos. O 8.º posto absoluto foi para o melhor representante da classe Promoção, João Paulo Lourenço. Entre os desistentes, referência para Luís Teixeira, devido a queda. Entre os Quad, o detentor do título absoluto, Roberto Borrego, dominou com mão de ferro os acontecimentos, pois liderou desde a Super-Especial, e terminou hoje a função com 5m59s sobre Ruben Alexandre. Este foi melhorando o posicionamento ao longo da prova até chegar ao 2.º posto, sendo igualmente o mais rápido da classe Stock. Rui Cascalho ocupou o último degrau do pódio, vindo depois o segundo da “Stock”, Luís Engeitado. Também no 8.º posto absoluto ficou o vencedor da Promoção, Ruben Pires. Refira-se que Carlos Rocha perdeu o 4.º lugar devido a uma penalização de 11 minutos, descendo para sétimo. Nas hostes dos UTV/ Buggy, e conforme é habitual, houve bastante movimentação na luta pelos lugares cimeiros. Nuno Miguel Tavares acabou por conquistar a vitória, com 1.22s sobre a dupla que detém o título, João Lopes/ Bruno Santos. O 3.º posto coube aos espanhóis Teofilo Gallart/ Victor Ramirez, seguido de Mário Ferreira. A próxima jornada do “Nacional” TT será o Raide de Góis, a 11 e 12 de Maio.
Piloto da Suzuki esteve regular na abertura do Todo-o-Terreno nacional
Dois pódios para Mário Patrão no Alentejo Mário Patrão começou numa toada calma a temporada de 2013 do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno. O piloto de Seia foi o terceiro classificado na classificação geral do Vinhos Ervideira Rali TT, segundo por entre os concorrentes da sua categoria, mas está otimista para mais uma temporada à defesa do recorde de títulos na modalidade. Depois do segundo melhor tempo no prólogo da prova alentejana, com uma extensão de 5 quilómetros e disputado ainda no sábado, Patrão começou a tirada no domingo ao ataque, mas acabou por perder minutos preciosos depois de ficar “atolado” numa passagem por um rio integrante do percurso. “Cometi um erro na manhã, ao atravessar um rio afundei a moto e perdi muito tempo até conseguir por a moto em
marcha! Resolvemos tudo atempadamente na Zona de Assistência e, desde aí, consegui fazer uma segunda parte mais rápida, mas não deu para minimizar os estragos”, esclareceu o piloto natural de Seia. Ainda assim, Mário Patrão considerou positiva a primeira jornada de uma temporada que só termina no final de sete provas, no início de Novembro, em Portalegre. “Esta prova correu bem, pelo menos foi melhor do que o ano passado! O segundo lugar na TT2 e o terceiro lugar na geral é muito positivo perante o sucedido. O Campeonato é longo e, tanto eu como toda a equipa e patrocinadores, vamos continuar a trabalhar para alcançar os nossos objetivos”, concluiu. O Nacional de Todo-o-Terreno prossegue a 11 e 12 de Maio com o Raide de Góis.
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motociclismo
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Campeonato Nacional de Motocross
Hugo Santos regressa aos êxitos Hugo Santos regressou aos triunfos no “Nacional” de Motocross, ao ganhar as mangas Elite e MX1 disputadas na ilha do Faial, nos Açores. Além disso, houve também um vencedor diferente na corrida de MX2, pois desta vez Pedro Carvalho conseguiu bater Sandro Peixe.
Após os sucessos de Hugo Basaúla nas duas primeiras jornadas do Campeonato, agora Hugo Santos contra-atacou na incursão aos Açores, relançando a luta pelos títulos Elite e MX1. Aconteceu numa prova que reuniu 42 pilotos na Pista dos Cedros – 20 de MX1, 22 de MX2 – e era pontuável para o “Nacional” e para o “Regional” açoriano, com os pilotos a partilharem a pista. Na manga de MX2, Luís Oliveira capitaneou o pelotão durante as cinco primeiras voltas, mas depois atrasou-se. Entretanto, Pedro Carvalho assumiu o comando para vencer, batendo Sandro Peixe por 1,3s. Este último não teve bom arranque, na volta inaugural era apenas 6.º colocado, mas desde a sexta passagem instalou-se no 2.º posto. Mais atrás, Diogo Graça e Fábio Maricato ocuparam durante a maior parte do tempo os 3.º e 4.º lugares em que terminariam, seguidos de Luís Oliveira e Gonçalo Reis, este já a uma volta do vencedor. Quanto à corrida de MX1, na primeira metade o comandante foi Hugo Basaúla, mas na outra parte liderou Hugo Santos, para vencer com 12,6s sobre o rival.
João Vivas manteve até final a 3.ª posição que ocupou desde a quarta volta, seguido de Daniel Pinto e do veterano açoriano Marco Garcia. Diga-se que Basaúla chegou a esta prova lesionado numa mão, sentindo dores no desenrolar das provas. Chegou finalmente a manga Elite, na qual o primeiro lugar foi sempre ocupado por Hugo Santos, triunfando com 19,2s sobre Sandro Peixe. Inicialmente, Luís Oliveira ainda surgiu em 2.º, mas depois foi descendo na tabela até acabar em 6.º. Entretanto, na negociação da primeira curva após o arranque, caíram vários pilotos, e Hugo Basaúla ficou nessa “molhada”. Assim, o líder do Campeonato teve de se aplicar na recuperação, conseguindo chegar ao 3.º posto
final, diante de João Vivas e Pedro Carvalho. Quanto aos pilotos açorianos, na manga MX1 o melhor foi Marco Garcia, diante de Nelson Escobar. Na MX2, impôs-se Manuel Martins,
seguido de João Pinto. Este quarteto também ocupou as primeiras posições na manga Elite, com Marco Garcia na frente de João Ponte, Manuel Martins, Nélson Escobar e Henrique Benevides.
Mundial de Motocross na Bulgária
Campeonato de velocidade brasileiro
Rui Gonçalves em jornada de contrastes
Miguel Praia pontua no arranque das Moto 1000GP
Ru i G o n ç a l v e s teve uma jornada de contrastes no Grande Prémio da Bulgária, a quinta prova do “Mundial” de Motocross. Na primeira manga da classe MX1 registou o seu pior resultado da época até ao momento, um 15.º lugar, mas na segunda corrida esteve bastante melhor e conquistou a 7.ª posição, precisamente aquela que ocupa no Campeonato. O piloto de Vidago estava esperançado em melhorar o seu desempenho na Bulgária, mas embora tenha conseguido manter o posicionamento na tabela do Campeonato, a classificação obtida na primeira manga frustrou as expectativas. Tal aconteceu devido a problemas nos braços, que começaram a inchar bastante, não permitindo a Gonçalves imprimir o ritmo habitual. Nessa primeira corrida na pista búlgara de Sevlievo, Rui Gonçalves começou por aparecer no 11.º lugar, mas logo à terceira volta baixou para 17.º, que ocuparia durante quase toda a prova. Só na antepenúltima volta subiu um degrau, e na derradeira ascendeu ao definitivo 15.º lugar. Quanto à segunda manga, na primeira passagem à pista era 5.º colocado, e 6.º nas quatro seguintes. A partir da sexta volta, o transmontano fixou-se em definitivo no 7.º lugar. “Estou contente com a segunda manga, sétimo é um bom resultado,” declarou Gonçalves, acrescentando: “Vou trabalhar para resolver os problemas que tive na primeira corrida, com o objectivo conseguir ser consistente nas duas mangas da próxima jornada. E terei alguns dias para estar com a família, pois o próximo GP é em Águeda”. Precisamente, a próxima ronda do “Mundial” de Motocross será o G.P. de Portugal, dia 5 de Maio em Águeda. Campeonato: 1.º Antonio Cairoli (KTM) 235 pontos; 2.º Gautier Paulin (Kawasaki) 195; 3.º Clement Desalle (Suzuki) 189; 4.º Ken de Dycker (KTM) 183; 5.º Kevin Strijbos (Suzuki) 160; 6.º Tommy Searle (Kawasaki) 147; 7.º Rui Gonçalves (KTM) 109; (…).
Começou em São Paulo a temporada 2013 do campeonato de velocidade brasileiro, prova que marcou também a estreia de Miguel Praia na classe maior do mesmo, a categoria Moto 1000GP. Numa grelha de partida onde figuram os melhores valores brasileiros e alguns pilotos estrangeiros de renome internacional o piloto de Albufeira sentiu algumas dificuldades com uma moto completamente desconhecida e sem qualquer preparação para fazer face a máquinas melhores preparadas utilizadas pela concorrência. “Com a chegada da moto muito em cima do arranque do campeonato a minha CRB 1000RR não foi preparada de qualquer forma e comecei os treinos com uma moto que acusa uma diferença de cerca de duas dezenas de cavalos de potência máxima face às dos meus adversários. A electrónica está igualmente de origem e pouco se poderia fazer para esta primeira corrida. Sem preparação atempada, numa pista que muitos dos pilotos conhecem bem o objectivo era pontuar”, refere o piloto português. Miguel Praia afinou da melhor forma a sua Honda com vista a esta primeira prova, mas nos treinos ficou desde logo claro que era impossível conseguir melhor com a moto num estágio de preparação básico. No final dos treinos assinou o 13º tempo a pouco mais de dois segundos do melhor tempo conseguido pelo ex-piloto de Moto GP, Alexandre Barros. Praia sabia por isso que a corrida seria muito difícil, mas depois de muito trabalho nas sessões de treinos e graças ao empenho da equipa a moto mostrava-se bem equilibrada ao nível de chassis e suspensões para enfrentar uma corrida onde claramente o objectivo de pontuar era o principal objectivo. E foi isso mesmo que o piloto da Center Moto fez, garantindo no final desta primeira corrida do ano a nona posição final depois de conseguir ganhar posições ao longo das 15 voltas ao traçado paulista com 4.309 metros de perímetro. Miguel Praia até perdeu lugares no início, mas na oitava volta instalou-se na nona posição, que manteve até ao final para somar os primeiros sete pontos da época. “Tenho que considerar este resultado como positivo. Este foi o arranque de uma nova época e começámos do ponto zero, mas a equipa empenhou-se para me ajudar a conseguir a melhor solução para a moto e fizeram tudo o que foi possível para me ajudar. Na próxima corrida estaremos melhor porque a moto vai sofrer melhorias a nível de motor e electrónica, bem como uma cura de emagrecimento para a tornar mais equilibrada face ás motos mais potentes e melhor preparadas. Saímos daqui com sete pontos que podem ser importantes no final da época”, continuou. Alexandre Barros venceu esta primeira corrida da temporada na frente do seu colega Luciano Ribodino e de Diego Faustino. A próxima prova realiza-se no dia 26 de maio no traçado de Curitiba e com a Honda CBR 1000RR renovada e mais fortelecida Miguel Praia irá conseguir andar mais próximo do primeiro lugar.
motociclismo
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Márquez faz história após conquistar as Américas...
Piloto mais jovem a vencer uma prova do MotoGP O espanhol Marc Márquez (Honda) tornou-se, aos 20 anos, no mais jovem vencedor de uma corrida de MotoGP, ao conquistar o Grande Prémio das Américas, segunda ronda do Campeonato do Mundo de motociclismo.
O espanhol Marc Márquez (Honda) tornou-se, aos 20 anos, no mais jovem vencedor de uma corrida de MotoGP, ao conquistar o Grande Prémio das Américas, segunda ronda do Campeonato do Mundo de motociclismo. Em Austin, no Texas, Marquez, que está a disputar a sua primeira temporada na principal categoria, partiu da “pole position”, perdeu a liderança logo no arranque para Dani Pedrosa (Honda), mas recuperou-a ainda antes do final da primeira volta e dominou o resto da corrida norte-americana. O piloto espanhol completou as 21 voltas com 1,534 segundos de vantagem sobre o seu compatriota Pedrosa, segundo classificado, e 3,381 sobre Jorge Lorenzo (Yahama), o atual campeão mundial, que foi terceiro. Com 20 anos e 63 dias, Marc Marquez tornou-se o mais jovem piloto ao subir ao lugar mais alto do pódio numa corrida da categoria rainha, superando o norte-americano Freddie Spencer, que detinha esse estatuto desde a vitória no GP da Bélgica de 1982 em 500 cc, também antes de completar 21 anos. "A verdade é que toda a gente me colocou sob pressão, embora tivesse tempo de fazê-lo até Silverstone,
mas também era uma motivação tentá-lo, pois bater um recorde é sempre difícil e pude vê-lo hoje", afirmou Marquez, que na véspera já se tinha tornado o mais novo a alcançar a "pole", batendo igualmente Freddie Spencer. O espanhol igualou também Lorenzo na liderança na classificação geral do Mundial de MotoGP, com 41
pontos, mais oito do que Dani Pedrosa, que é terceiro, mas pensar em tornar-se o mais novo a conquistar o título mundial - outro recorde que Freddie Spencer conseguiu em 1983, com 21 anos, oito meses e 12 dias - é algo que lhe parece "muito mais complicado". "Jorge [Lorenzo] e Dani [Pedrosa] andam muito rápido. [Valentino]
Rossi também. É mais complicado ganhar à primeira, é quase impossível. Não vamos atirar a toalha, mas agora vêm circuitos onde será mais difícil e em Jerez já se poderá ver que me custa mais", sublinhou. A terceira ronda do Mundial está agendada para 05 de maio, com o Grande Prémio de Espanha, no circuito de Jerez de la Frontera.
com a posição com que terminou a prova do domingo passado, face às dificuldades por que passou na qualificação, mas considera que ainda é possível conseguir melhores resultados. “Depois da queda no sábado, da luta na qualificação, foi gratificante a posição que tivemos, mas, no fundo, acho que ainda não é muito realista sobre aquilo que nós podemos fazer. Acho que temos de reduzir a diferença para os da frente, estamos a lutar bastante e estou otimista”, explicou. Miguel Oliveira está agora focado
na próxima prova do Campeonato do Mundo de motociclismo, que decorrerá no circuito de Jerez, na Espanha, no dia 05 de maio, onde pretende lutar novamente por um lugar nos cinco primeiros. “O Jerez é complicado, é uma pista onde três décimas fazem muita diferença. É uma pista relativamente curta, em comparação com o Texas ou com o Qatar. (...) Vai ser difícil, mas eu vou apostar por lutar pelo Top 5, dependendo de como corra, mas a mentalidade com que eu vou é manter este lugar ou melhorar”, concluiu o motociclista.
Mundial de Velocidade – Moto3
Miguel Oliveira em quinto lugar Miguel Oliveira conquistou um expressivo 5.º lugar em Austin, no Texas, por ocasião da segunda jornada do Campeonato do Mundo de Velocidade. A corrida foi dividida em duas partes, devido a acidente, e apenas contaram os resultados da segunda, composta por cinco voltas. Este Grande Prémio das Américas disputou-se em Austin, e nos treinos cronometrados Miguel Oliveira debateu-se com problemas de estabilidade na sua moto, de tal forma que na qualificação não conseguiu melhor que o 18.º tempo para a grelha. Iniciada a corrida, o piloto português apenas demorou quatro voltas a chegar ao 10.º posto. E já era oitavo classificado, quando os homens da frente percorriam a décima segunda volta e a prova foi interrompida, devido a aparatoso acidente. Como ainda não estava percorrida a distância mínima para validar os resultados, a seguir disputou-se uma mini corrida com 5 voltas, sendo retidos apenas os resultados desta parte.
Os pilotos formaram na grelha conforme o ordenamento da primeira parte – contabilizado à décima volta, quando Miguel Oliveira era 9.º colocado. Depois de uma primeira volta pouco produtiva, o lusitano passou ao ataque, e logo na segunda passagem ao circuito já surgia no 7.º lugar. Ainda, conseguiu aproximar-se do par que o precedia, e mesmo na derradeira volta conseguiu conquistar a 5.ª posição final. “Estou bastante satisfeito com o resultado da corrida. Depois de dois dias de trabalho conseguimos encontrar uma solução mais ou menos equilibrada do chassis,” começou Miguel Oliveira. “Na segunda corrida, com apenas cinco voltas, tinha de ser
agressivo, sair bem e arriscar tudo nas travagens – que era onde conseguia ganhar mais tempo. Na última volta sabia que conseguia chegar à quinta posição e acabámos por recuperar 13 lugares numa pista e numa corrida muito complicada para a nossa moto.” O Campeonato do Mundo de Velocidade prossegue no primeiro fimde-semana de Maio, em Jerez. Classificações GP das Américas: 1.º Alex Rins (KTM) 5 voltas em 11m26,5s; 2.º Maverick Viñales (KTM) a 0,2; 3.º Luís Salom (KTM) a 0,5; 4.º Jonas Folger (Kalex-KTM) a 1,2; 5.º Miguel Oliveira (Mahindra) a 8,2; 6.º Jack Miller (FTR-Honda) a 8,6; (…). Campeonato: 1.º Alex Rins e Luís Salom, 41 pontos; 3.º Maverick Viñales, 40; 4.º Jonas Folger, 24; 5.º Miguel Oliveira, 20; 6.º Zulfhami Khairuddin, 19; (…). Manter Top 5 Miguel Oliveira considerou “gratificante” o quinto lugar que alcançou no Texas, e afirmou que “vai lutar novamente pelo Top 5” na próxima prova, no circuito de Jerez. À chegada a Lisboa, o motociclista português mostrou-se satisfeito
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comércio & indústria
Chevrolet Trax chega a Portugal em Junho
Aventureiro e funcional O Trax assinala a estreia da Chevrolet no cada vez mais crescente segmento dos SUV compactos e vai chegar a Portugal numa oferta de duas motorizações sobrealimentadas, uma gasolina e outra Diesel. Concilia a vocação «aventureira» com funcionalidade e tem um posicionamento de preços muito competitivo. A Chevrolet escolheu a região de Zadar, na Croácia, para a apresentação do novo SUV para o segmento B, o Trax, com o cenário deslumbrante do azul vibrante do Adriático como pano de fundo, a contrastar com as montanhas rochosas e a abraçar o verde luxuriante dos parques naturais. Um palco perfeito para a apresentação de um modelo que convida à evasão e à comunhão com a natureza, mas não esquece nunca o espírito prático do dia-a-dia nem a capacidade roladora, graças a óptima dinâmica que os dois motores que vão estar disponíveis em Portugal lhe emprestam. Há uma longa tradição da Chev-
Ficha técnica
agora num segmento com um expressivo crescimento nos últimos anos: as vendas aumentaram de 130.214 unidades em 2008 para cerca de 264.000 em 2012 e prevêse que dobrem novamente até 2018. Procuram estes automóveis, na sua maioria, clientes urbanos que dão grande importância à imagem e têm estilos de vida activos.
rolet nos Sport Utility Vehicles (SUV), tão longa que a marca reclama para si, legitimamente, a criação do conceito, há 78 anos, com o Suburban. E ao de todo este tempo, a família SUV da marca apostou nas inovações tecnológicas e de segurança: em 1937, os primeiros modelos
adoptaram travões hidráulicos, vidros de segurança (laminados) e suspensão dianteira independente, enquanto os modelos mais recentes estrearam sistemas como a coluna de direcção com absorção de energia (1967) e travões com ABS (1988). Com o Trax, a Chevrolet entra
1.4 Turbo MT (AWD) 1.7D MT (FWD) 1.7D MT (AWD) 1.7D AT (FWD) Nº de cilindros 4 4 4 4 Sistema de combustível injecção multi-ponto common rail common rail common rail Potência máxima (cv/rpm) 140/4900-6000 130/4000 130/4000 130/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 200/1850-4900 300/2000-2500 300/2000-2500 300/2000-2500 Eixo de tracção all wheel drive dianteiro all wheel drive dianteiro Caixa de velocidades manual manual manual automática Travões Dianteiros, diâmetro (mm) discos ventilados, 300 discos ventilados, 300 discos ventilados, 300 discos ventilados, 300 Traseiros, diâmetro (mm) discos sólidos, 268 discos sólidos, 268 discos sólidos, 268 discos sólidos, 268 Dimensões (mm) Comprimento 4248 4248 4248 4248 Largura 1766 1766 1766 1766 Largura com retrovisores 2035 2035 2035 2035 Altura 1674 1674 1674 1674 Distância entre eixos (mm) 2555 2555 2555 2555 Capacidade da bagageira (l) 356 a 1370 356 a 1370 356 a 1370 356 a 1370 Raio de viragem (m) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”) Direcção Assistida electricamente Assistida electricamente Assistida electricamente Assistida electricamente Capacidade do depósito (l) 53 52 52 52 Desempenhos Velocidade maxima (km/h) 194 183 183 183 0-100km/h (s) 9,8 9,6 9,4 10,5 Start/Stop Série Série Série n/d Consumos (l/100 km) Urbano 7,8 5,4 5,6 6,4 extra-urbano 5,6 4,0 4,5 4,6 Misto 6,4 4,5 4,9 5,3 Emissões mistas CO2 (g/km) 149 120 129 139 Classe de emissões Euro V Euro V Euro V Euro V
Linhas musculadas e robustas Exteriormente, o Chevrolet Trax apresenta linhas musculadas e dinâmicas, que lhe conferem um porte robusto e dão a sensação e um maior volume e de grande segurança. A grelha dividida em duas secções, integrando o tradicional logótipo Chevrolet, transmite-lhe uma certa imponência, que é reforçada pelos guarda-lamas pronunciados e pelos flancos traseiros musculados. Tem 4,2 metros de comprimento, 1,7 de largura e 1,6 de altura. No interior (ensaiámos as versões
LT 1.4 Turbo e 1.7 Turbodiesel, ambas AWD), a sensação de robustez prossegue, em perfeita convivência com elegância e bastante requinte e um amplo espaço, muito bem gerido para os cinco ocupantes. É ainda possível escolher até oito configurações de bancos, e uma ficha de alimentação de 230V nos lugares traseiros permite recarregar computadores portáteis e outros dispositivos eletrónicos sem recurso a um adaptador. Nota ainda para a grande variedade de espaços de arrumação. O espaço de carga pode ser configurado para capacidades até 1370 litros e as versões LT dispõem de rebatimento do banco do passageiro dianteiro, que permite acolher objectos até 2,3 metros de comprimento. Para transporte de mais carga, o Chevrolet Trax vem equipado de série com barras de tejadilho longitudinais capazes de transportar até 75 kg de carga e está apto a rebocar atrelados de até 1200 kg de peso.
comércio & indústria
Tecnologia Chevrolet MyLink Depois, graças à tecnologia Chevrolet MyLink, de série nas versões LT, os condutores do Trax dispõem de um sistema que lhes permite aceder facilmente aos conteúdos de um iPhone ou smartphone Android no ecrã de sete polegadas no centro do tablier. E com a ajuda do sistema BringGo, que pode ser baixado por cerca de 60 euros, os utilizadores podem navegar facilmente através dos smartphones sem os elevados custos dos sistemas de navegação integrados. Além de apresentar mapas em três dimensões, orientação da faixa de rodagem e atualizações de trânsito – estas requerem ligação de rede através do smartphone –, o BringGo tem capacidade para armazenar mapas no smartphone. Por sua vez, os possuidores de um iPhone com sistema operativo iOS 6 podem ordenar, através do comando de voz do dispositivo de assistência inteligente Siri, a execução de um conjunto de tarefas enquanto mantêm o olhar na estrada e as mãos no volante. O Chevrolet MyLink per-
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mite ainda usar a aplicação TuneIn no smartphone, ligando os ouvintes a uma rede global de 70 mil estações. Um SUV seguro Quanto ao capítulo da segurança, a estrutura do Trax foi concebida para suportar mais do que quatro vezes o seu peso em caso de capotamento. Está ainda equipado com uma gama completa de sistemas de controlo do chassis, onde se incluem a Assistência ao Arranque em Subida e o Controlo de Descida. Também estão montados de série o Controlo Eletrónico de Estabilidade, o Controlo de Tracção, ABS de quatro canais com Distribuição Eletrónica da Força de Travagem (EBD), Assistência Hidráulica à Fadiga de Travagem (Hydraulic Brake Fade Assist), e Mitigação de sistemas em caso de capotamento. O equipamento de segurança de série inclui seis airbags, cintos de segurança de três apoios nos cinco lugares, pontos de ancoragem ISOFIX para fixação de cadeiras de criança e sistema de retração do conjunto de pedais.
Gama nacional
Preços Versão Euros Chevrolet Trax 1.7 D LS (FWD) Chevrolet Trax 1.7 D LT (FWD) Chevrolet Trax 1.7 D LT (FWD) Cx Auto Chevrolet Trax 1.7 D LT (AWD) Chevrolet Trax 1.4 T LT (AWD)
23.990 25.450 28.450 28.150 25.950
A gama portuguesa do Chevrolet Trax articula-se entre os níveis de equipamento LS e LT e pelos dois motores, o 1.4 Turbo a gasolina e o 1.7 turbodiesel, sempre acoplados a caixa de velocidades manuais de 6 velocidades, excepção feita ao 1.7 D com tracção dianteira, que disponibiliza também uma caixa automática de 6 relações. Para já e neste início de comercialização, a partir de Junho, estão disponíveis cinco versões diferentes (ver caixa com os preços), mas no segundo semestre do ano háde chegar também o Trax 1.4 Turbo com tracção dianteira, para o qual a marca ainda não tem uma estimativa
de preço. O único modelo do nível LS é o Trax 1.7 D com tracção dianteira, que, por 23.990 euros, oferece de série, entre outros, sistema Stop/Start, jantes de liga leve de 16 polegadas, ar condicionado, cruise control, seis airbags, sensor da pressão dos pneus, alarme, vidros eléctricos à frente, espelhos exteriores com comando eléctrico na cor da carroçaria, sensores de luz e chuva, rádio com Bluetooth e comandos no volante, sensores de estacionamento, banco do condutor ajustável em altura e faróis de nevoeiro. A pintura metalizada custa 350 euros.
O nível LT acrescenta como principal equipamento as jantes de liga leve de 18 polegadas, o volante em pele de três braços, um espaço de arrumação para os óculos de sol, apoio de braços para condutor e gaveta por baixo do banco dianteiro, espelho interior electrocromático, computador de bordo, câmara de estacionamento traseiro, sistema Chevrolet MyLink, sistema de som Premium, rede de carga na bagageira, vidro do condutor automático, bússola, estofos em pele e tecido, banco do passageiro totalmente rebatível, apoio de entrada em alumínio e puxadores das portas na cor da carroçaria.
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Segunda geração do Leaf
Nissan investe 480 milhões de euros A Nissan investiu 480 milhões de euros para produzir a segunda geração do Leaf, o carro totalmente elétrico da marca japonesa, desta vez fabricado na íntegra no Reino Unido, incluindo o investimento que estava previsto para Portugal. Se o investimento da Nissan em Portugal - que seria de 156 milhões de euros e criaria 200 postos de trabalho -, avançasse, a nova geração do Nissan Leaf, apresentado em Oslo, na Noruega, teria componentes portugueses, uma situação que o porta voz da Nissan Portugal lamenta, dadas as condicionantes do mercado europeu e do próprio desenvolvimento do projeto. “Com a decisão da Nissan em concentrar em quatro fábricas em todo o mundo a produção de baterias para os carros elétricos do grupo, será difícil voltar atrás”, refere António Pereira-Joaquim. O novo Nissan Leaf, que vai começar a ser comercializado em Portugal em maio, é considerado pela marca como um passo em frente na mobilidade elétrica: tem mais auto-
nomia (199 quilómetros) e o carregamento das baterias é mais rápido. Em casa, o carregamento passa das 8 horas para as 4 horas. Com a intenção de atingir estes objetivos, o centro de desenvolvimento tecnológico da Nissan fez mais de 100 alterações em relação ao modelo da primeira geração, permitindo “tornar a tecnologia de emissões zero da Nissan acessível a mais condutores europeus”. Para isso, a Nissan alterou os preços do carro, tornando-o mais barato, e dando a opção de alugar a bateria, o que permite embaratecer o automóvel em cerca de 5 mil euros. Ou seja, na versão mais básica (Visia), o carro custa 31 100 euros, mas se o cliente pretender alugar a bateria passará para 25 200 mais 79 euros por mês.
O porta-voz da Nissan relembra que este automóvel está isento de Imposto Único de Circulação (IUC) e tem carregamentos grátis na Mobi.e, uma rede que integra todos os sistemas de carregamento para a mobilidade elétrica numa plataforma única, aberta e universal. Ou seja, quem comprar o Nissan Leaf só gasta em combustível aquilo que consumir de eletricidade
quando carregar o automóvel em casa, assegurando António PereiraJoaquim que o gasto ronda os 2 euros por 100 quilómetros. Paul Willcox, vice-presidente de vendas e marketing da Nissan Europa fez questão de frisar que o sucesso do Nissan Leaf - vendidos mais de 55 mil em todo o mundo - “provou, para lá de qualquer dúvida, que os
veículos elétricos de emissões zero são viáveis” e que “não constituem uma opção arriscada, sugerida por alguns dos nossos rivais”. Para proválo, o responsável da Nissan anunciou que a empresa irá equipar outros modelos, como o furgão NV200 e um carro compacto da marca de luxo do grupo Infiniti, tudo a partir de 2014.
Mobilidade elétrica
Noruega ultrapassa Portugal Após o abrandamento do projeto de mobilidade elétrica em Portugal, em que foram vendidos 65 carros elétricos no ano passado, a Noruega passou a ser o país líder neste novo tipo de tecnologia graças a uma política de incentivos. A Noruega, também conhecida por ser um dos grandes exportadores de petróleo do mundo, lançou um programa de mobilidade com emissões zero em outubro de 2011, tornando-se rapidamente o país com mais carros elétricos per capita do mundo, uma das razões por que a Nissan escolheu a capital Oslo para apresentar a segunda geração do seu carro elétrico, o Leaf. Em Portugal, o programa Mobi.e, atualmente em revisão, praticamente estagnou após o programa de assistência da ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia, Banco Central Europeu) e, embora toda a rede esteja a funcionar, os
planos de desenvolvimento estão agora a ser repensados. O fim dos incentivos à compra do carro elétrico e os preços praticados pelas marcas para a venda dos veículos, bem como uma crise profunda das vendas de automóveis nos últimos anos não ajudou ao sucesso da mobilidade elétrica em Portugal. Enquanto isso, na Noruega, o Governo isentou os carros de Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) e de taxas rodoviárias, sendo que este tipo de veículo não paga portagens nas auto-estradas, túneis e ‘ferries’ e podem ainda utilizar as faixas ‘bus’ para se deslocarem.
Além disso, um condutor de um automóvel elétrico beneficia também de estacionamento grátis e os postos de carregamento de eletricidade são, até agora, oferecidos. Um dos segredos para o sucesso da Noruega para este tipo de carros é também a disseminação de postos de carregamentos rápidos, cerca de 65, em que é possível o automóvel carregar as baterias em 30 minutos. Em Portugal, existem 16 carregamentos rápidos, embora esteja previsto que, até 2014, existam mais cerca de 50. Graças a esta política, segundo dados da Associação Automóvel da Noruega, os carros elétricos figuram nos primeiros lugares de venda de veículos naquele país. O Nissan Leaf, o automóvel que iria ser equipado com as baterias que a marca japonesa iria produzir em Aveiro e que cancelou para o Reino Unido, é um dos mais vendidos na Noruega, com cerca de 3300 carros a circular, sendo que, no ano passado, matriculou 2298 exemplares. Este modelo já representa 1,7% da totalidade do mercado da Noruega, um país com cinco milhões de habitantes, e foi em 2012 o segundo au-
tomóvel mais vendido em Trondheim, a segunda cidade da Noruega. Em Portugal, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), existem cerca de 286 carros elétricos a circularem nas estradas nacionais, em que houve uma queda nas vendas deste tipo de veículos de 68%, passando dos 203 em 2001 para os 65 carros no ano passado.
A marca mais vendida foi o Smart (19 unidades), logo seguido do Nissan Leaf (15 unidades), Renault Fluence (11 unidades), Mitusbishi iMiev, Peugeot iOn e Citroen C-Zero. O Opel Ampera e o seu irmão Chevrolet Volt, que não são considerados em Portugal um carro elétrico, mas sim um híbrido, venderam 12 e 5 carros respetivamente.