DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 758
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FÓRMULA 1 – GP DO JAPÃO ALONSO E VETTEL NA CORRIDA PELO TÍTULO
FIA GT1 Parente sobe ao pódio em Donington
DE FERRO
BRAÇO
PENTACAMPEÃO
NACIONAL DE TT – MIGUEL BARBOSA VENCE EM IDANHA-A-NOVA E SOMA MAIS UM TÍTULO
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fórmula 1
5 de Outubro de 2012
Grande Prémio do Japão - Antevisão
Pirelli trouxe pneus macios para Suzuka O Grande Prémio do Japão é uma das provas mais emblemáticas do Mundial de F1, não só do ponto de vista técnico, mas também pelo ambiente criado pelos milhares de indefetíveis fãs japoneses. Kamui Kobayashi, piloto da Sauber, está em casa e, por isso, explica melhor do que ninguém como correr para a vitória. Resta saber quem vai adoptar a melhor estratégia, sendo certo que uma escolha acertada de pneus é meio caminho andado para o sucesso em Suzuka. A Pirelli leva este ano pneus macios (P Zero Prata duro e P Zero Amarelo) para o Japão, alterando o que aconteceu no campeonato passado, quando foram utilizados pneus médios e macios. No entanto, os compostos deste ano são geralmente mais suaves em toda a linha, o que significa que os pneus este ano em Suzuka vão oferecer ainda mais desempenho, à semelhança do que tem acontecido durante toda a prsente temporada. Isso nem sempre foi refletido nos tempos por volta, devido aos novos regulamentos técnicos para 2012, que têm retardado os carros ligeiramente para baixo e também trouxeos mais próximos em termos de velocidade. Mas os próprios pneus têm beneficiado de uma janela expandida de desempenho de pico - e Suzuka é um dos lugares onde são mais testados durante todo o ano. Juntamente com o Barcelona, Suzuka é um circuito onde as cargas de mais alta energia são registradas todos os anos no zero P compostos, principalmente devido ao número de curvas longas e rápidas, como
a 130R e a colher. Na verdade, 130R é a curva mais rápida do ano sendo abordada a 310 k/h, em sétima velocidade, em que os pneus estão sujeitos a três forças simultâneas: downforce, curvas, e aceleração. A força lateral só é equivalente a 3,1 g, mas como 130R é uma curva aberta este não é o melhor lugar para experimentar os pneus quanto à força mais lateral. Em vez da cruva 130R vem a curva 7, a curva Dunlop, onde os picos de energia laterais atingem as 3,4 g. Por causa de todas essas exigências mecânicas e térmicas sobre o composto, não é incomum para a temperatura do piso superior a 110 graus centígrados. As condições meteorológicas podem ser complexas no Japão - no passado, a qualificação até teve de ser adiada até domingo de manhã, devido à chuva forte - assim como de costume Pirelli também leva para Suzuka o Cinturato Verde intermediário e Cinturato wet blue completo. Paul Hembery, diretor de Motorsport da Pirelli, faz a sua habitual antevisão do GP do Japão:
“Suzuka é, definitivamente, um dos destaques do calendário da Fórmula Um para nós: não apenas de um ponto de vista técnico, mas também por causa da atmosfera única. Os fãs são alguns dos mais experientes e entusiastas no mundo, e estamos sempre com a certeza de uma receção extremamente calorosa. Mas é o traçado da pista que oferece o desafio mais técnico: Suzuka é um circuito para pilotos clássicos”, um pouco como Spa ou Monza, com algumas das curvas mais incríveis que vemos todos os anos e com muito pouca margem para erro. Embora possa parecer à primeira vista, a partir dos nomes dos compostos, que este ano trouxemos pneus duros para o Japão, na verdade eles são mais suaves. Apesar das crescentes exigências que isto coloca sobre o composto e estrutura, eles ainda são mais do que capazes de suportar as imensas forças a que são submetidos volta após volta. Com um passo completo entre os compostos, esperamos que assim possam trazer desempenho extra e emoção para o que já é uma corrida clássica. Isto também deve abrir a oportunidade para os lotes de diferentes estratégias, que, como já vimos este ano, podem formar a base de uma vitória memorável, ou motivar pilotos para um resultado de topo, mesmo que tenham iniciado a corrida a partir de lugares mais baicos na grelha. No ano passado, o campeonato de pilotos foi realmente decidido no Japão, mas este ano tem sido tão competitivo que ainda estamos longe de ver os títulos liquidados. O que é uma grande notícia para todos os fãs da Fórmula Um”. A voz dos pilotos Kamui Kobayashi (Sauber F1 Team): “O circuito de Suzuka é muito especial - e não só porque
Alonso e vettel parecem ser NO MOMENTO os pilotos mais consistentes para chegar ao êxito no final da temporadada
é a minha casa Grand Prix! Eu tenho certeza que grande parte dos pilotos concordará que é um grande circuito - é uma pista muito técnica, muito excitante para o disco e realmente é sempre muito difícil fazer uma volta perfeita, que é parte do desafio. Para saber mais dos circuitos é suficiente fazer 20 ou 30 voltas, mas em Suzuka ainda estamos a aprnder, mesmo depois de ter feito centenas de voltas. Penso que o nosso carro deve estar muito rápido aqui em Suzuka. A superfície tem boa aderência, o que significa que é fácil para os pneus fazerem o seu trabalho, mas também é muito difícil controlá-los a longas distâncias. As curvas de alta velocidade, obviamente, colocam uma grande quantidade de carga nos pneus. Para mim, esta é minha casa, e por isso este é um grande prémio muito especial. Há muitos fãs japoneses e o clima e a atmosfera que eles criam é um grande apoio. Eles não vêm apenas para me apoiar, são verdadeiros fãs da Fórmula Um e é por isso que posso estar realmente orgulhoso”. Lucas di Grassi (piloto de testes da Pirelli): “Suzuka é realmente um
circuito agradável de conduzir e dá sempre boas corridas, mas não é tão fácil para os pneus, porque há muitas exigências: a primeira parte da volta, por exemplo, é apenas curva após curva, de modo que os pneus estão constantemente a trabalhar sem nenhuma chance real para arrefecerem. Há uma série de forças combinadas, em especial, quando os carros estão transformando e acelerando, e isso é o que sempre coloca mita energia através do pneu. Devido a isso, nunca há um problema com o pneu de warm-up, mas é claro que temos que tomar cuidado durante um longo stint, principalmente quando o carro está mais pesado com o combustível. É bom termos o pneu duro no Japão este ano: já testei este pneu em 2012 e posso dizer que é um produto muito versátil, que tem um grande desempenho, mas também uma boa durabilidade. Foi na verdade um grande passo em relação ao composto equivalente em 2011. O pneu macio deve ser a escolha perfeita para a qualificação, mas, na minha opinião, esperaria para ver se não seria de arriscar o pneu duro durante a corrida”.
Campeonato japonês de Super GT
André Couto dedica último lugar do pódio a todas as crianças vítimas de leucemia O piloto português André Couto, que foi terceiro na sétima corrida do campeonato japonês de Super GT, dedicou este resultado a todas crianças que sofrem de leucemia, depois de em 2010 ter perdido o filho devido à doença.
“Quero dedicar este pódio a todos aqueles que lutam contra a doença, especialmente as crianças, tal como fez o meu amigo Tiago Monteiro, quando conquistou um pódio em Macau e que o dedicou ao meu filho Afonso”, frisou André Couto no final da corrida. André Couto acrescentou que, como figura pública, pretende “cativar as pessoas para serem dadores de medula para salvar todos aqueles que for possível”. Mais do que a corrida, onde ar-
rancou em primeiro lugar da grelha, rodou em segundo e terceiro, mas entregou o Lexus SC430 ao colega Seiji Ara na liderança, André Couto comparou a luta na pista à luta contra a leucemia. “Cada segundo conta, cada momento conta e quero salientar que tudo e todos são importantes para ajudar alguém que precisa. Eu e a minha mulher sabemos o que é perder um filho, infelizmente. Este pódio espero que seja mais um apoio a esta causa de dadores de medula
óssea, que seja mais um passo de apoio para todos e não o pódio do André e o Seiji Ara”, sublinhou. Disputada à chuva, a corrida de Autopolis correu bem ao piloto de Macau, que entregou o carro na primeira posição e viu o seu colega de equipa oscilar entre os terceiro e quarto postos. “É uma corrida, tudo pode acontecer e nós não conseguimos ir além do terceiro lugar, mas lutámos sempre para ganhar”, concluiu André Couto.
todo-o-terreno
5 de Outubro de 2012
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Nacional de TT – Baja TT Idanha-a-Nova
Miguel Barbosa Pentacampeão Com a vitória btida na Baja TT Idanhaa-Nova, Miguel Barbosa sagrou-se Pentacampeão Nacional de Todo-o-Terreno, um resultado inédito no panorama do todo-o-terreno nacional. Numa prova disputada sob tempo seco, depois da muita lama na Super Especial de ontem, sector onde também foram os mais rápidos, a dupla do Mitsubishi Racing Lancer com as cores da BP Ultimate e da Vodafone viu cumpridos grande parte os objectivos a que se tinham propostos para a presente temporada, já que, em simultâneo, tal prestação garantiu o primeiro título ao seu navegador Pedro Velosa. Falta apenas o ceptro por equipas que também já está mais perto. “Objectivo cumprido! Queriamos ganhar e conseguimo-lo e, com isso, os títulos de todo-o-terreno de 2012”, referiu Miguel Barbosa à chegada ao final do sector selectivo de cerca de 330 km. “Não foi uma baja fácil, já que em algumas zonas
do percurso o nosso carro revelouse menos eficaz. De qualquer modo foi uma excelente prova e toda a equipa está de parabéns. Não posso deixar de agradecer aos meus patrocinadores, sem os quais nada isto seria possível, e sublinhar o fantástico trabalho desenvolvido pela Sports&You, Vaison Sport e pela JMS Systems ao longo de toda a temporada”, continuou o piloto do Mitsubishi Racing Lancer. Já sem a pressão dos títulos, o BP Ultimate Vodafone Team poderá enfrentar com outro espírito a derradeira jornada do Campeonato de Portugal Vodafone de Todo-oTerreno, a Baja Portalegre 500, a correr-se no início de Novembro, buscando nova vitória na conceituada jornada alentejana.
Classificação Geral: 1º BP Ultimate Vodafone Team, Miguel Barbosa/Pedro Velosa (Mitsubishi), 4h47m39,6s; 2º Ricardo Porém/Manuel Porém (BMW), a 2m30,3s; 3º Nuno Matos/Filipe Serra (Opel), a 5m22,1s.
Nuno Matos e Filipe Serra garantem terceiro pódio da época
”Resultado possível depois do furo” Após a vitória na jornada algarvia que abriu a competição e o segundo lugar conquistado na anterior prova do calendário, Nuno Matos e Filipe Serra subiram ao degrau do pódio que lhes faltava ainda pisar este ano no Campeonato de Portugal de Todoo-Terreno (CPTT), concluindo a Baja TT Idanha-a-Nova no terceiro lugar da classificação geral, a 5m22s da dupla vencedora. Ocupando a vice-liderança da prova no final da chuvosa primeira etapa, a apenas 21 segundos da liderança, a dupla de Portalegre até começou da melhor maneira o longo Setor Seletivo proposto pela Escuderia de Castelo Branco, impondo um ritmo bastante forte nos quilómetros iniciais, aproveitando um piso completamente seco. Contudo, uma pedra escondida no interior de uma curva, logo ao km 20, acabaria por condicionar em definitivo a prova de
Nuno Matos, com o piloto a perder mais de três minutos para substituir um pneu furado em resultado desta armadilha. “Tivemos o azar de pisar uma pedra logo na fase inicial da corrida… E foi o que bastou! Com a paragem para substituir o pneu furado, perdemos não só o contacto com os primeiros como também o ritmo forte que vínhamos imprimindo desde início. A partir daí, não foi nada fácil recuperar animicamente.
Na verdade, só na segunda volta e após a paragem na Assistência para troca do pneu suplemente é que conseguimos forçar novamente o andamento. Mas aí já era tarde para conseguir recuperar a segunda posição”, recordou Nuno Matos, no final dos 344 km cumpridos. “Enfim, foi o resultado possível numa prova em pagámos muito caro um erro logo na fase inicial. Mas as corridas são mesmo assim e agora o importante é levantar a moral e
concentrarmo-nos na Baja de Portalegre, já que esta será decisiva para a atribuição do vice-campeonato”, acrescentou ainda o piloto do Astra Proto, agora obrigado a recuperar um atraso de três pontos para o jovem Ricardo Porém. “Os meus parabéns ao Ricardo pela excelente prova que realizou aqui, mas também ao Miguel Barbosa e ao Pedro Velosa que à vitória juntaram a conquista antecipada do título absoluto”, felicitou ainda
Nuno Matos, com o seu habitual fair play. A c l á s s i c a B a j a d e Po r t a legre 500, já na sua 26ª edição, encerrará, como habitualmente, o calendário do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, entre os dias 1 a 3 de novembro. A luta pelo vice-campeonato vai decidir-se assim na última prova entre os segundo (Ricardo Porém, 61 pontos) e terceiro (Nuno Matos, 58) classificados do Nacional de TT.
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todo-o-terreno
5 de Outubro de 2012
Desafio Total/Mazda 2012 – Baja TT Idanha-a-Nova
João Rato regressa às vitórias João Rato sagrou-se vencedor do Baja TT Idanha-a-Nova, regressando às vitórias no Desafio Total/Mazda 2012, jornada que foi a terceira da temporada da ímpar iniciativa da Mazda no todo-o-terreno nacional. O feito foi dignamente comemorado no pódio com o seu navegador para esta prova, o conceituado ‘motard’ Paulo Marques, que trocou a sua habitual montada de duas rodas por um lugar de co-piloto na BT-50 com o número 8 nas portas. Um resultado que permite a João Rato regressar à liderança na tabela de pontos desta iniciativa monomarca. Foi intensa a luta entre João Rato e Bruno Oliveira ao longo da segunda metade dos cerca de 330 km da prova organizada pela Escuderia Castelo Branco. No final da primeira volta ao percurso e acumulando com os resultados da Super Especial de ontem, a diferença cifrava-se em 4m02s, com vantagem para o piloto açoriano, mas na segunda volta ao traçado, Oliveira viu a caixa de velocidades da sua viatura pregar-lhe nova partida, impedindo-o de manter a vantagem conquistada e, pior do que isso, a ter de entregar a vitória ao seu adversário quase com a meta à vista. “Regressámos às vitórias, numa prova muito difícil”, referiu João Rato, visivelmente satisfeito na passagem na Assistência. “Foi algo complicado consegui-lo, dado que o carro entrou em modo segurança uma série de vezes, mas o que interessa é este resultado final que quero partilhar com o meu navegador, Paulo Marques”. Registe-se, igualmente, o excelente
4º posto absoluto desta dupla com a Mazda BT-50 do Xuxas Team Sport, apenas batida nesta prova por três protótipos mais desenvolvidos. “Foi uma pena esta situação com a caixa de velocidade porque a prova estava a correr muito bem, estavamos a divertir-nos imenso e uma vitória seria fantástico”, referiu Bruno Oliveira no final. “Não aconteceu, mas ainda assim alcançámos um excelente pódio”. Etelvino Carvalho conquistou o derradeiro lugar do pódio, subindo uma posição face ao resultado obtido em Fafe: “Foi claramente um bom resultado, numa prova sem grandes crises a não ser algumas dificuldades nas ultrapassagens. Hoje tudo correu bem e este resultado é espelho disso. Ontem sim, tivemos um problema com o filtro do gasóleo que entupia a baixas rotações, mas que foi resolvido”, referiu no pódio de chegada. Para a iniciativa da Mazda, pon-
tuaram ainda Carlos Pinto, piloto que num último esforço conseguiu ultrapassar Miguel Paião, e também Rui Lopes e Durval Costa, embora este tenha acabado muito atrasado, a braços com um problema ainda não identificado na sua pick-up, a acumular com a penalização na Super Especial de ontem. De destacar o facto da Mazda ter obtido, um excelente resultado de conjunto, ao colocar quatro BT-50 no ‘top-10’ geral da Baja TT Idanhaa-Nova 2012: João Rato e Bruno Oliveira foram, respectivamente, 4º e 5º classificados, Etelvino Carvalho foi 6º e Carlos Pinto alcançou o 10º lugar absoluto! Sector Selectivo em resumo A primeira volta ao traçado viu apenas Bruno Oliveira à frente das Mazda BT-50, enquanto atrás de si João Rato e Durval Costa garantiam os 2º e 3ºs melhores ‘cronos’ à passagem de CPH1, CPH2 e CPH3, se bem que Costa estivesse bastante atrasado
em termos de classificação, fruto do atraso e penalização da véspera, na Super Especial. Invariavelmente, Oliveira e Rato garantiram quase sempre os 4º e 5º melhores tempos absolutos à geral, demonstrando a robustez das pick-ups da marca japonesa, sendo apenas batidos pelos
protótipos mais desenvolvidos. Atrás deles, assistia-se à recuperação de Etelvino Carvalho face a Miguel Paião e Carlos Pinto, enquanto Rui Lopes tentava recuperar algum do tempo também perdido no dia anterior. A meio da prova, à passagem na Assistência, Oliveira tinha 4m02s de vantagem sobre Rato, enquanto Carvalho surgia 33 segundos à frente de Paião, mas já a mais de três minutos e meio de Rato. A segunda volta viu João Rato iniciar o seu ataque à primeira posição nas Mazda BT-50, pertença de Bruno Oliveira, o que veio a conseguir já dentro dos últimos 40 km de prova, quando os problemas deste último faziam decrescer a margem entretanto construída. À entrada do último sector, o seu avanço de mais de quatro minutos diluia-se quase por completo, retirando-lhes uma vitória quase certa! O próximo encontro do Desafio Total/Mazda 2012 será a Baja Portalegre 500, a disputar de 1 a 3 de Novembro, ficando depois apenas a faltar a jornada das 24 Horas de Fronteira (que vale uma pontuação dupla) no final desse mês.
Classificação Geral: 1º João Rato/Paulo Marques 2º Bruno Oliveira/Vania Paim 3º Etelvino Carvalho/Nuno Gonçalves 4º Carlos Pinto/Jorge Amaral 5º Miguel Paião/Gil Brito 6º Rui Lopes/Rui Fernandes 7º Durval Costa/José Motaco
4h37m16,9s a 5m58,0s a 9m49,0s a 20m48,3s a 23m12,7s a 33m36,2s a 1h54m56,0s
DESAFIO TOTAL/MAZDA 2012 – Após 3 provas Pilotos: 1º João Rato, 50 pontos; 2º Miguel Paião, 43; 3º Etelvino Carvalho, 40; 4º Durval Costa, 39; 5º Carlos Pinto, 36; 6ºs Pedro Barroco e Bruno Oliveira, 18; 8º Rui Lopes, 8. Navegadores: 1º Gil Brito, 43 pontos; 2º Nuno Gonçalves, 40; 3º José Motaco 39; 4º Jorge Amaral, 36; 5ºs Paulo Torres e Paulo Marques, 25; 7ºs Luís Ferreira e Vania Paim, 18; 9º Rui Fernandes, 8.
Nacional de Todo-o-Tereno
Roberto Borrego revalida título nos Quad Roberto Borrego sagrou-se pelo segundo ano consecutivo campeão nacional TT na categoria de Quads. Um sucesso garantido na Baja de Idanha-a-Nova, penúltima jornada do Campeonato, na qual os outros vencedores foram Mário Patrão nas motos e Jorge Monteiro entre os UTV/ Buggy. Além disso, esta foi também a última jornada do “Europeu” de Bajas, que rendeu títulos continentais à classe para Pedro Bianchi Prata e Rui Costa. Esta Baja organizada pela Escuderia de Castelo Branco reuniu 73 pilotos, repartidos pelas três categorias motociclísticas. Na Sexta-feira o Prólogo disputou-se sob chuva, o que teve a virtude de amaciar o terreno e erradicar
o pó. Hoje, as condições climatéricas foram favoráveis e os concorrentes encontraram boa tracção nos dois sectores selectivos, com 167,5 e 61,3 Km, respectivamente. Nas motos, entre 30 participantes,
Mário Patrão averbou mais uma vitória. O piloto beirão liderou a prova do início ao fim, terminando com 3m28s de vantagem sobre Luís Ferreira, este o primeiro da classe TT1 e que assegurou aqui o título dessa classe. Por outro lado, Ferreira permanece no comando do Campeonato absoluto, pelo que esse campeão apenas será conhecido em Portalegre. Em mais uma incursão no “Nacional” TT, Hélder Rodrigues completou o pódio, diante de Paulo Felícia, David Megre, Fidelino Rino, António Pereira e Frederico Fino. O 9.º classificado foi Luís Teixeira, que também garantiu antecipadamente a conquista da coroa na classe TT3. O melhor da Promoção foi Rui Ventura, 15.º absoluto. Referência ainda para o facto de António Maio ser apenas 13.º, devido a problemas mecânicos, enquanto uma avaria ditou o abandono de Ruben Faria. Esta prova foi também a quarta
e última pontuável para o “Europeu” de Bajas. A esse nível, contou com 5 participantes, quatro deles portugueses mais o húngaro Richard Hodola. Na oportunidade, Pedro Bianchi Prata sagrou-se campeão europeu na classe B1, enquanto Rui Costa assegurou o título na classe B2. Nos Quads, Roberto Borrego permanece invicto no Campeonato. Também ele dominou os acontecimentos em Idanha-a-Nova, deixando o 2.º classificado, André Mendes, a 4m41s, enquanto Miguel Rocha terminou no 3.º lugar, seguido por David Jacinto, Filipe Martins e André Carita, este último o melhor da classe Stock, e Fábio Ferreira impôs-se na Promoção. Entre os 20 participantes na categoria, nota para os azares sofridos por dois candidatos aos lugares cimeiros, Fábio Vilhena e Rafael Acúrcio, ambos por queda. Vilhena ainda chegou ao fim no último lugar, enquanto Acúrcio ficou lesionado
e desistiu. Entre 3 concorrentes do “Europeu”, o melhor foi o italiano Graziano Scandola. Nos UTV/Buggy, ao vencer esta prova Jorge Monteiro conseguiu adiar a questão do título para Portalegre, embora João Lopes continue melhor colocado para atingir esse objectivo. A diferença entre eles cifrou-se em 2m21s, e a 4m43s ficou o 3.º classificado, Nuno Tavares, seguido de António Estevão. Os furos prejudicaram a tarefa de alguns pilotos, e um deles foi João Dias, que liderou o lote de 20 concorrentes na fase inicial da prova, mas teria de contentar-se com o 6.º lugar final. Outro azarado foi Vitor Santos, que teve problemas mecânicos e acabou em último, enquanto Rui Serpa e Avelino Luís integraram o rol de desistentes. O Campeonato Nacional de TodoTerreno vai terminar no último fim-desemana de Outubro, com a clássica Baja de Portalegre.
velocidade internacional
5 de Outubro de 2012
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Mundial FIA GT1
Álvaro Parente termina a temporada em grande Álvaro Parente voltou a mostrar todo o seu talento em Donington, tendo levado o McLaren da Hexis Racing até ao terceiro lugar, vencendo a corrida do Campeonato Britânico de GT ao volante de um dos McLaren da United Autosports. O piloto português alinhou no terceiro posto da grelha de partida, depois da excelente performance de sábado, mas no arranque viu-se impossibilitado de poder ganhar posições, descendo para quinto. No entanto, numa prova marcada por duas intervenções de Safety-Car – a última colocou mesmo um ponto final na corrida –, o jovem da McLaren não baixou os braços e encetou uma recuperação que o levou até ao terceiro lugar final. “Não arranquei muito bem e cheguei mesmo a levar um ligeiro toque que danificou o difusor traseiro.
Ainda assim, o carro estava muito eficaz e pude atacar, o que permitiu ir subido lugares. Tive lutas muito intensas, sendo uma delas com o piloto do Audi, mas consegui chegar ao pódio, o que foi uma boa forma de terminar a temporada”, sublinhou Álvaro Parente. Para além da corrida do Campeonato do Mundo FIA GT1, o piloto português também tomou parte na derradeira prova do Campeonato Britânico de GT, uma estreia. O talento do jovem da McLaren foi uma vez mais evidente, conseguindo conquistar uma
vitória ao volante do McLaren MP412C da United Autosports que dividiu com Zak Brown. “Foi uma boa prova, depois de termos arrancado do segundo
lugar, recebi o carro na sexta posição, mas fui ganhando tempo e posições e, quando o Safety-Car entrou em pista, fiquei com a possibilidade de atacar
dos primeiros. Foi ganhando posições e vi a bandeirada de xadrez na primeira posição. Foi fantástico”, reconheceu Álvaro Parente.
Campeonato WEC/Sakhir
Vitória Audi no calor do Bahrein A Audi conquistou as duas primeiras posições na jornada do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) disputada no Bahrein: Marcel Fässler / André Lotterer / Benoit Treluyer no Audi R18 e-tron quattro subiram ao mais alto degrau do pódio no circuito de Sakhir, a sexta jornada da temporada do WEC. O trio venceu a corrida disputada sob temperaturas elevadas à frente do Audi R18 e-tron quattro confiado a Kristensen/McNish, naquela que foi a quinta vitória da marca dos quatro anéis nas seis corridas já disputadas esta época do campeonato WEC. Depois de terem garantido os dois lugares na primeira linha da grelha de partida (com Kristensen e McNish a asseguraram a poleposition), os Audi R18 e-tron quattro enfrentaram a mais difícil corrida de 6 horas até agora realizada. No início da prova, a temperatura do ar era de 34 graus, enquanto a da pista chegava aos 45 graus. Os cinco pilotos, com os dois carros híbridos da Audi Sport Team Joest, tiveram um desempenho notável face às condições extremas que tiveram que enfrentar. A corrida começou às 16 horas locais e foi predominantemente realizada à noite. No final, Marcel Fässler / André Lotterer / Benoit Treluyer desfrutaram de uma vantagem de uma
volta, com o trio vencedor da edição deste ano de Le Mans a comemorar a sua terceira vitória da temporada, depois da corrida francesa e do triunfo em Silverstone. O segundo Audi R18 e-tron quattro teve também todas as hipóteses de conquistar a vitória. Allan McNish defendeu a liderança na primeira fase a que se seguiu uma verdadeira batalha com o carro da Toyota. A equipa japonesa ainda liderou a corrida até parar para efectuar uma reparação e, posteriormente, desistiu após uma colisão. Entretanto, Tom Kristensen / Allan McNish também se debateram com alguns problemas: na volta 25, o mau funcionamento de um farol forçou o carro número “2” da Audi a
fazer uma paragem não programada na sua box, a que se seguiu na volta 89 outra paragem suplementar para substituir uma válvula danificada do pneu traseiro esquerdo foi danificado. Finalmente, problemas de iluminação tornou necessário mais duas paragens nas voltas 115 e 117. Por outro lado, a tecnologia híbrida da Audi mostrou-se extremamente eficiente nas condições adversas vividas nesta sua terceira vitória. Pela primeira vez desde Le Mans, a Audi marcou presença com dois R18 etron quattro, a fim de possibilitar aos seus pilotos estar em pé de igualdade na discussão pelo título: a diferença entre as duas equipas era de apenas 7,5 pontos antes da corrida no Bahrein, tendo agora aumentado para
13,5 pontos. No entanto, nas duas corridas restantes - no Japão (esta a ser realizada em 14 de outubro, em Fuji, e na China - 52 pontos estão ainda em discussão, deix-
Classificação Final
ando completamente em aberto a disputa pelo título no campeonato de pilotos.A próxima prova, 6 Horas de Fuji/Japão, realiza-se a 14 de outubro.
1. Fässler/Lotterer/Tréluyer (Audi R18 e-tron quattro), 2. Kristensen/McNish (Audi R18 e-tron quattro), 3. Leventis/Watts/Kane (HPD-Honda), 4. Prost/Jani (Lola-Toyota), 5. Primat/Belicchi (Lola-Toyota), 6. Kaffer/Minassian/Perez Companc (Oreca-Nissan), 7. Lombard/Mailleux/Tresson (Oreca-Nissan), 8. Potolicchio/Kimber-Smith/Sarrazin (HPD-Honda), 9. Liuzzi/Weeda/Rossiter (Lola-Lotus), 10. Rusinov/Ragues/Panciatici (Oreca-Nissan),
191 voltas a 1 volta a 6 voltas a 7 voltas a 10 voltas a 12 voltas a 14 voltas a 14 voltas a 14 voltas a 1 5 voltas;
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MOTOCICLISMO
5 de Outubro de 2012
Nono lugar no Motocross das Nações
Bom desempenho lusitano na Bélgica A selecção portuguesa conquistou o 9.º lugar no Motocross das Nações. Na pista belga de Lommel, o trio constituído por Rui Gonçalves, Luís Correia e Paulo Alberto teve bom desempenho, ficando à beira de igualar o melhor registo lusitano nesta competição. O resultado satisfaz o objectivo delineado à partida, de Portugal terminar no “top 10”. Após as três corridas finais, ficou no ar uma sensação: com Rui Gonçalves fisicamente a cem por cento, numa pista em que o transmontano é especialista, e sem duas quedas sofridas por Luís Correia na última manga, eventualmente a formação lusa poderia ter igualado ou superado o máximo de Portugal nesta competição: o 8.º lugar alcançado em 2001 e 2005. Mas mesmo a sentir algumas dores, resultantes da omoplata fracturada há três semanas, Gonçalves constituiu uma mais-valia para a equipa, obtendo dois resultados vitais para o
resultado global. A primeira final colocou em acção os pilotos das classes MX1 e MX2. Rui Gonçalves arrancou que nem foguete e apareceu a comandar na primeira volta. Depois, o transmontano engrenou um ritmo adequado para sustentar toda a corrida, foi descendo na tabela mas terminou no 12.º lugar. Já o azar atingiu Paulo Alberto, pois logo na fase inicial da prova ficou com o pneu traseiro furado. Em consequência, o leiriense teve de moderar o andamento, o que explica o modesto 33.º posto obtido.
A segunda manga envolveu os pilotos de MX2 e Open, sem contratempos para os portugueses. Luís Correia começou por rolar em décimo oitavo, mas foi subindo na tabela para ser o 13.º classificado. Quanto a Paulo Alberto, conseguiu um resultado deveras positivo – ao ser 21.º ficou mesmo “à porta” da primeira metade da tabela. A terceira corrida reuniu em pista as classes MX1 e Open, com Rui Gonçalves a desenvolver outra exibição consistente. Ao longo da prova o transmontano evoluiu entre o nono e o décimo terceiro lugares, acabando por ser 11.º classificado. Já Luís Correia teve um percalço, pois sofreu uma queda logo após o arranque, na primeira curva do circuito. O ribatejano perdeu bastante tempo, aplicou-se na recuperação mas mais tarde ainda caiu outra vez, ficando com uma tampa do motor partida. Assim, concluiu a função no 24.º posto, aquém das possibilidades sem as referidas quedas. Tudo somado, Portugal conquistou então o 9.º lugar, entre 33 selecções concorrentes a esta 66.ª edição do Motocross das Nações. A vitória colectiva foi alcançada pela Alemanha, batendo por 4 pontos os homens da casa, a Bélgica, sendo o pódio completado pelos Estados Unidos.
Classificação: 1.º Alemanha, 25 pontos; 2.º Bélgica, 29; 3.º Estado Unidos, 39; 4.º Holanda, 44; 5.º Itália, 45; 6.º França, 47; 7.º Estónia, 56; 8.º Grã-Bretanha, 56; 9.º Portugal, 80; 10.º Austrália, 83; 11.º Rússia, 93; 12.º Suécia, 103; (...).
Internacional Six Days Enduro
Portugal cumpre objectivo no 5º lugar A selecção portuguesa de Enduro conquistou o 5.º lugar do Troféu Júnior nos “International Six Days Enduro”, o Campeonato do Mundo por países que decorreu em Sachsenring, na Alemanha. Um bom resultado global para a formação lusa, que cumpriu o objectivo de terminar esta prova entre os seis primeiros lugares da categoria Júnior, reservada a pilotos até 23 anos de idade. Nesta 87.ª edição dos ISDE, logo ao segundo dia de prova Portugal instalou-se no 5.º lugar do Troféu Júnior – participado por equipas representativas de 19 países – e manteve esse posicionamento até ao final da competição, com recurso a uma exibição bastante consistente e eficaz. Em termos históricos, este é o segundo melhor resultado de Portugal no Troféu Júnior dos ISDE, só superado pela 2.ª posição alcançada em 2002. E se considerarmos também as participações seniores no Troféu Mundial, nestas só houve mais um registo superior, o 4.º lugar obtido em 1999. O 5.º lugar foi alcançado pela mesma
equipa que em Agosto passado se sagrou vice-campeã europeia, constituída por quatro pilotos jovens, todos eles com 19 anos de idade e bastante margem de progressão – ou seja, Luís Oliveira, Diogo Ventura, Henrique Nogueira e Bernardo Megre. OS ISDE terminaram com as corridas em linha, disputadas por grupos de pilotos num circuito de piso misto – cerca de 60% em piso de terra e o restante em alcatrão. Na oportunidade, Henrique Nogueira foi o melhor representante luso, com a 8.ª marca da classe E1. Já Luís Oliveira arrancou na frente da sua série, mas caiu logo na primeira curva, e por isso foi
apenas 21.º na E1, enquanto na E2 Diogo Ventura também foi ao “tapete” no início da sua manga, e Bernardo Megre rodou sem contratempos. Na globalidade destes ISDE e a nível individual, o maior destaque vai para Luís Oliveira, que ao longo da prova surgiu frequentemente no “top 10” da classe E1, e só acabou fora dele devido a 5 minutos de penalização sofridos no quarto dia, resultante do tempo perdido para substituir o radiador da sua moto. Sem essa penalização, Oliveira teria ficado em oitavo da classe e fecharia a lista dos vinte primeiros a nível absoluto. Assim, foi 14.º na E1, mas luziu os seus talentos com alguns excelentes registos em troços cronometrados. Diogo Ventura conseguiu os seus melhores resultados na primeira metade da prova, mas teve um desempenho global adequado aos objectivos da equipa. No plano individual, Ventura ficou em 34.º na classe E2. Também Henrique Nogueira correspondeu às necessidades colectivas, acabando em 29.º na classe E1, com 1 minuto de penalização no activo. Quanto ao menos experiente do grupo, Bernardo Megre, cedo viu qualquer pretensão individual aniquilada, porque no segundo dia penalizou 17 minutos para trocar o carburador da moto, e ainda somaria mais 6 minutos noutra etapa, mas seguiu até ao fim para ser 56.º na classe E1.
Classificação – Troféu Júnior: 1.º França, 17h23m17,05s; 2.º Grã-Bretanha, a 2.43,68; 3.º Estados Unidos, a 15.06,02; 4.º Austrália, a 31.27,06; 5.º Portugal, a 40.14,15; 6.º Rep. Checa, a 50.58,03; 7.º Finlândia, a 50.59,21; 8.º Espanha, a 51.30,02; (...). Troféu Mundial: 1.º França, 27h57m45,30s; 2.º Austrália, a 37.40,67; 3.º Itália, a 47.54,09; 4.º Estados Unidos, a 58.27,76; 5.º Finlândia, a 58.29,20; 6.º Espanha, a 59.02,84; 7.º Suécia, a 1h00.44,36; 8.º Grã-Bretanha, a 1h28.51,95; (...).
MotoGP – GP d ARAGÃO
5 de Outubro de 2012
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Pleno espanhol no pódio
Prenda de aniversário para Dani Pedrosa Dani Pedrosa (Honda), Pol Espargaro (Kalex) e Luís Salom (Kalex) fizeram o pleno espanhol ao vencerem em MotoGP, Moto2 e Moto3, respetivamente, no , 14.ª prova do mundial de velocidade. O espanhol da Repsol Honda deu a si próprio um presente de aniversário (fez sábado 27 anos) ao conquistar a quarta vitória da época, depois de ultrapassar na sétima volta o seu compatriota Jorge
Lorenzo (Yamaha), que terminou em segundo. Lorenzo, que lidera o mundial com 290 pontos, saiu da pole position, seguido de Pedrosa, que esperou pacientemente por uma
oportunidade de ultrapassagem. Quanto esta chegou, na sétima volta, aproveitou e com segurança conquistou a liderança da corrida que manteve até ao final. O norte-americano Ben Spies,
o italiano Andrea Dovizioso e o britânico Cal Crutchlow lutaram pelo terceiro lugar do pódio, mas acabou por ser o italiano a ter melhor sorte. Valentino Rossi, hexacampeão em MotoGP, que saiu da pista ao início da prova, regressou à mesma para terminar no oitavo lugar. Já o espanhol Pol Espargaro ganhou a batalha em Moto2 e ganhou mais cinco pontos ao compatriota Marc Marquez na liderança do Mundial (258 pontos), que foi também hoje segundo em Aragão. Na terceira posição do pódio ficou o britânico Scott Redding (Kalex). Luís Salom (Kalex) impôs-se em Moto3, enquanto Maverick Vinales (FTR), aspirante ao título mundial, acabou a corrida antes de tempo, quando a sua moto falhou e parou deixando o caminho aberto para o seu rival, o alemão Sandro Cortese (KTM), que terminou em segundo, seguido do compatriota Jonas Folger (Kalex). O português Miguel Oliveira (Suter Honda) terminou no oitavo lugar. Depois de ter sido o mais rápido ao fim das três sessões livres, acabou por partir para esta corrida no nono lugar da grelha, acabando a prova no oitavo posto, que lhe permitiu, mesmo assim, segurar a nona posição no Mundial.
Miguel Oliveira satisfeito com o 8º lugar em Aragão
“Resultado bastante positivo” O português Miguel Oliveira (Suter Honda) considerou “bastante positivo” o oitavo lugar alcançado na corrida de Moto3 do Grande Prémio de Aragão de motociclismo, 14.ª prova do Mundial de velocidade. “Fiz uma boa partida e estive sempre no grupo da frente. Acabei a ‘nada’ do primeiro [Luis Salom] e isso é bastante positivo. É um dado que continuo a melhorar todas as corridas”, afirmou o piloto no final da prova. Miguel Oliveira, que tinha sido o mais rápido ao fim das três sessões livres, acabou por partir para esta corrida no nono lugar da grelha, acabando a prova no oitavo posto, que lhe per-
mitiu, mesmo assim, segurar a nona posição no Mundial. “As corridas em que há grupos tão grandes são uma lotaria. A temperatura não estava muito alta e fez com que os pneus se desgastassem bastante. Estou contente e fizemos trabalho para corridas futuras”, avaliou o piloto português. A corrida de Moto3 foi ganha pelo espanhol Luis Salom (Kalex KTM), um triunfo que reanimou a luta
pelo primeiro lugar no Mundial, que continua a ser ocupado pelo alemão Sandro Cortese (KTM), que hoje subiu ao segundo lugar do pódio. Quando faltam quatro provas para o fim do Mundial, Cortese mantém a liderança na tabela, agora com 245 pontos, mais 51 que Salom. Miguel Oliveira tem agora seguro o nono lugar com apenas dois pontos de vantagem (44 contra 42) sobre o alemão Jonas Folger (Kalex KTM), que terminou no terceiro posto na corrida espanhola. A próxima corrida, o Grande Prémio do Japão, a 15.ª do Mundial, está agendada para 14 de outubro, no circuito de Motegi. Na Redbull Cookies Cup Ivo Lopes teve desempenho discreto na jornada final do Troféu. No Circuito de Aragão desistiu logo no início da corrida de sábado enquanto no domingo cruzou a meta no 15.º posto. Feitas as contas, o piloto português terminou a campanha no 10.º lugar do Troféu.
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5 de Outubro de 2012
comércio & indústria
smart forstars eléctrico estreou no Salão de Paris
Visão do futuro da marca O protótipo smart forstars elétrico é um Sports Utility Coupé (SUC) para duas pessoas e tem bastante espaço de arrumação. Recebeu inspiração para o nome no tecto de vidro que permite a observação das estrelas e introduz também a solução engenhosa de integrar um projector de vídeo no capô.
O smart forstars foi apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Paris 2012, que decorre desde 29 de setembro até 14 de outubro. Mede 3,550 metros de comprimento, 1,710 de largura e 1,505 de altura, o que, combinado com o motor elétrico de 82 cavalos do novo smart BRABUS electric drive, o torna muito ágil. Para além do espaço amplo para duas pessoas e de uma área de bagagem generosa debaixo da porta de vidro da bagageira, o smart forstars é também um inovador conceito que necessita apenas de uma parede para proporcionar uma experiência de open cinema. O projector integrado no capot é operado por Bluetooth a partir de um iPhone e um sistema de som de alta qualidade, com altifalantes adicionais nas aberturas de ventilação atrás das portas, permite que a experiência de cinema ao ar livre seja perfeita. Exterior desportivo O smart forstars é reconhecido
imediatamente como membro da família smart, mas tem também novas funcionalidades notáveis – e não é só a silhueta que oferece uma visão do desenho futuro da smart. O desenho dos faróis dianteiros e traseiros é muito marcante; os anéis exteriores iluminam os indicadores e as luzes de condução diurna com um grande número de LEDs; e os faróis parecem empurrar para o exterior, como setas – como gotas na janela do cockpit de um avião quando levanta voo. O vidro solar vermelho transparente sobre o para-brisas confere-lhe uma postura ainda mais rebaixada e as luzes traseiras podem inclusivamente ser abertas: a tomada de carga da bateria está no interior da luz traseira direita, enquanto a esquerda tem espaço para uma lata de refrigerante. O smart forstars tem uma distância entre eixos maior do que a do atual smart fortwo (2470 mm, mais 603 mm) e uma largura entre rodas mais ampla (à frente 1475 mm, mais
193 mm; atrás 1475 mm, mais 90 mm), o que realça também o aspecto mais musculado. Ao mesmo tempo, as pequenas saliências na dianteira e na traseira fazem com que seja mais compacto. Partilha ainda as funcionalidades principais da carroçaria com o smart for-us, apresentado no Salão de Detroit, no início do ano, tendo igualmente superfícies convexas na carroçaria. O grande emblema da smart na grelha e a frente com desenho tridimensional pronunciado completam o visual. O tecto de vidro convexo junta-se perfeitamente à cobertura de vidro da área da bagagem, que se abre para cima, e tal como o smart for-us, a placa traseira inferior na traseira pode ser também aberta electricamente. Inicialmente, a porta da bagageira desliza para baixo numa posição paralela, e depois o piso da bagageira, incluindo a placa traseira, retrai-se 280 mm. A carga na área da bagageira de 900 mm pode então ser acedida de modo extremamente fácil. O revestimento preto brilhante que continua por baixo das saias laterais chama a atenção para os recortes das rodas e a cobertura das porcas das jantes de três raios é um detalhe atractivo. O carácter desportivo e atrevido do smart forstars é também realçado por um acabamento em alubeam vermelho e tecnicamente muito complexo.
Interior elegante O interior do smart forstars é caracterizado por contrastes, com superfícies em branco pérola, combinadas com elementos funcionais técnicos em alumínio escovado. A cor alubeam rouge sugere a ligação com o exterior e a estrutura dos bancos tipicamente smart, abertos no centro, é coberta por
um tecido suave que transmite a sensação de se estar sentado numa rede. Tal como no smart forvision e no smart for-us, todo o habitáculo emana um estilo aerodinâmico para ventilação interior. Os elementos de controlo e de visualização são orientados para o condutor, o módulo do habitáculo divide o painel de instrumentos e o volante de dois raios é aberto no topo. Em vez de um retrovisor traseiro convencional, o smart forstars tem um smartphone acomodado num suporte no topo do pára-brisas. O condutor pode ver o que está a acontecer na
estrada atrás de si com a ajuda de uma câmara de vídeo integrada. O smartphone serve também como uma fonte de temas e de controlo do projector. O motor elétrico é baseado no conceito do smart fortwo BRABUS electric drive, mas, comparando com o modelo de produção, a potência foi aumentada para 82 cv. Com 135 Nm de binário, aumenta a aceleração potente e sem falhas. O smart forstars em uma velocidade máxima superior a 130 km/h, e a bateria de iões de lítio tem uma capacidade de 17,6 kWh.