DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 991
07-06-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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F1 MERCEDES TENTA MANTER BOM MOMENTO NO CANADÁ
F!NALMENTE
Piloto finlandês consegue subir ao Olimpo com o primeiro triunfo pela Volkswagen
IMPARÁVEL
Moto3 Miguel Oliveira quarto em Mugello
TODO-O-TERRENO MIGUEL BARBOSA DOMINA SERRAS DO NORTE
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7 de Junho de 2013
Fórmula 1 – antevisão do GP do canadá
Mercedes pode surpreender novamente no Circuito Gilles Villeneuve
Hamilton venceu com duas paragens Então ao volante de um McLaren, Lewis Hamilton, com uma estratégia de duas paragens, foi o grande vencedor do GP do Canadá em 2012. Agora, na Mercedes, e face aos bons desempenhos da marca germânica nas últimas provas, pode esperar-se outra gracinha do piloto inglês ou do seu colega de equipa, o jovem Nico Rosberg.
O circuito Gilles Villeneuve, em Montreal é um circuito interessante, com uma mistura de longas retas rápidas e curvas lentas. Pirelli leva o médio P Zero Branco e super macio P Zero Vermelho, ambos os pneus com uma faixa de trabalho baixa, o que torna perfeitamente adaptada às condições climáticas prováveis para a pista canadiana. As temperaturas não são geralmente muito altas e tem havido uma série de corridas com chuva no passado, o que significa que os intermédios Cinturato Verde e Wet
Bblue Cinturato também podem fazer a sua aparição. Além disso, a Pirelli também irá levar para Montreal dois jogos por carro de um pneu médio protótipo, que apresenta uma construção posterior revista e que é susceptível de ser utilizado para o resto da temporada, apenas para os trenós de hoje (sexta-feira). Corrida “imprevisível” Paul Hembery, diretor da Pirelli, faz a sua habitual antevisão da prova: “O Canadá é sempre uma das corridas mais imprevisíveis do ano e isso é em parte porque é tão difícil para os pneus, devido principalmente às exigências de travagem e tração do circuito. Juntamente com um alto grau de evolução pista durante todo o fim de semana, a gestão eficaz dos pneus sempre foi a chave para o sucesso em Montreal, desde que o circuito foi inaugurado no final de 1970. Será de esperar duas ou três paragens por carro nas boxes, mas uma previsão precisa só depois dos primeiros treinos, uma vez que já vimos alguns acabando na pista. É um circuito onde as condições muitas vezes desempenham um papel fundamental: o nosso primeiro Grande Prémio do Canadá, em 2011, na verdade, acabou por ser a corrida mais longa da história da Fórmula Um por causa da chuva pesada e a subsequente paralisação da corrida. No ano passado, a pista estava seca, mas assistimos a um novo recorde, com o sétimo vencedor diferente em sete corridas. Devido ao alto grau de desgaste dos pneus e da degradação, esperamos ver um número de diferentes estratégias, como foi o caso no ano passado - com as equipas que decidem se a ir para uma estratégia de ‘Sprint’ ou fazer menos paragens e a colocar ênfase na resistência. No ano passado, a abordagem ‘Sprint’ venceu a corrida, mas com tantos parâmetros diferentes no trabalho, as equipas terão de analisar os dados - para não mencionar a previsão do tempo - com muito cuidado antes de cometer qualquer tática específica. Muitas vezes, uma abordagem flexível funciona melhor no Canadá, por isso também podemos esperar muitas equipas a deixar suas opções em aberto, permitindo que os pilotos possam fazer a diferença quando realmente é preciso”. “Circuito fantástico” Jean Alesi conhece bem o circuito de Montreal e pode falar com conhecimento de causa: “O Canadá será sempre um lugar muito especial para mim, pois foi onde ganhei a corrida em 1995, dirigindo para a Ferrari, com o número de Gilles Villeneuve: número 27. É difícil
descrever a emoção, mas era apenas uma incrível sensação de alegria e uma atmosfera incrível, com a multidão a correr para a pista depois do triunfo... O Canadá é sempre um lugar onde os fãs são absolutamente fantásticos, é uma grande sensação visitar um país onde a Fórmula Um é abraçada com tanto entusiasmo. Para um piloto, é realmente um grande desafio também. Como muitas das arquibancadas estão em cima da pista e as paredes estão muito perto, os pilotos sentem-se um pouco como Mónaco, em alguns aspectos. Mas é claro que é muito mais rápido do que o Mónaco e é por isso que é um desafio para os pneus também. A característica principal é a aceleração e a travagem. Pode cobrir-se uma gama muito ampla de velocidades desde a reta da meta a curvas muito lentas. É importante gerir os pneus corretamente e ter uma boa estratégia para lidar com essas exigências. Acho que estamos perante uma corrida fantástica e este é um grande prémio sempre a olhar para a frente”. Jogada de pneus… Juntamente com Singapura, Coreia e Mónaco, o Canadá tem uma probabilidade muito alta de segurança com a entrada do “safety car”. Esta é uma das razões pelas quais uma estratégia flexível, muitas vezes paga os seus dividendos. Um carro de
segurança pode mudar inteiramente a aparência de uma corrida, embora não seja como no Mónaco, pois no Canadá há muitas mais oportunidades para ultrapassagens. O vencedor da corrida do ano passado (Lewis Hamilton) parou duas vezes, enquanto o segundo e terceiro classificados pararam apenas uma vez. As estratégias do top 10 ficaram a meio: cinco pararam duas vezes e os outros cinco pararam uma vez.
Com uma pista semi-permanente, que não é usada extensivamente durante o ano, há um risco de granulação. Isso ocorre quando um pneu frio que não está à temperatura desliza excessivamente contra a superfície da pista, em vez de encontrar aderência, e causando um padrão incomum de desgaste. Este fenómeno é visto principalmente no início da semana, quando a faixa fica mais escorregadia, sem qualquer borracha para aderir.
WRC – Rali da Acrópole
7 de Junho de 2013
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Primeira vitória do piloto finlandês pela Volkswagen no Mundial
Latvala subiu de Polo ao Olimpo Os finlandeses Jari-Matti Latvala e Miikka Anttila venceram o Rali da Acrópole na Grécia ao volante do Polo R WRC. Esta foi a quarta vitória da Volkswagen esta temporada em seis jornadas já disputadas do Mundial de Ralis FIA (WRC). Andreas Mikkelsen, em quarto lugar com um final impressionante, deu mais pontos à equipa, que continua a ver Sébastien Ogier e Julien Ingrassia na liderança no Campeonato. Jari-Matti Latvala alinhou pela primeira vez no Rali da Acrópole com 18 anos de idade e, dez anos mais tarde, conquistou a sua primeira vitória num dos ralis com maior prestígio do campeonato. Ao mesmo tempo, este triunfo representou o primeiro êxito do finlandês com as cores da Volkswagen. Uma vitória de raça, depois de ter reivindicado o terceiro lugar em Portugal e na Argentina. Latvala venceu quatro dos 14 troços na Grécia. Até agora, o finlandês alcançou a vitória em 276 troços de provas do Mundial. Latvala conseguiu adaptar o Polo R WRC ao seu estilo de condução, alterando o set-up do diferencial no Rali da Argentina e fazendo uma série de pequenos ajustes na Grécia. Isso abriu o caminho para o seu sucesso. Consistência, velocidade e assumir riscos calculados levaram Latvala à sua primeira vitória na Acrópole, subindo ao mesmo tempo ao segundo lugar do campeonato. Nuvens de pó e muita gravilha O Rali da Grécia é considerado como um dos testes mais difíceis para carros e pilotos em todo o campeonato. A poeira dos troços gregos, a elevada temperatura ambiente, muitas (e grandes) pedras soltas são uma autêntica “dor de cabeça” para as equipas. Os testes realizados há algum tempo
atrás com os três Volkswagen Polo R WRC e respetivas equipas foram determinantes para o excelente desempenho evidenciado nos três dias desta edição 2013. Recuperação de Ogier Começou como um pequeno problema, mas teve um grande impacto na prova. No primeiro dia, problemas na pressão do combustível custaram a Sébastien Ogier a hipótese de garantir mais uma boa classificação. A ligação do cabo soltou-se, interrompendo o fornecimento de energia para a bomba de combustível, levando o francês ao abandono no primeiro dia. A equipa da Volkswagen substituiu a cablagem no Polo R WRC n º 8 apenas por segurança. Depois de ter conseguido cinco pódios nas cinco primeiras jornadas - incluindo três vitórias - este revés na primeira fase da jornada grega levou-o a sofrer uma penalização de dez minutos. Mas, ao abrigo dos regulamentos do Rali 2, Ogier pôde alinhar no dia seguinte (depois da equipa ter substituído a cablagem do seu Polo R WRC), conseguindo fazer uma caminhada brilhante até ao décimo lugar final. O francês amealhou, assim, mais um ponto para a classificação geral no Mundial de Pilotos, além de ter garantido outros três pontos com a vitória na Power Stage. Com este desempenho,
Ogier defendeu sua liderança no WRC, estando com uma vantagem de 52 pontos sobre o seu companheiro de equipa, Jari-Matti Latvala, que subiu para a segunda posição ao vencer na Grécia. Andreas Mikkelsen e Mikko Markkula também contribuíram para o sucesso da Volkswagen no Rali da Acrópole. O quarto lugar da geral não é apenas o maior sucesso da Mikkelsen na sua carreira até à data, mas também é indicativo do seu nível de maturidade. Na Grécia disputou apenas a terceira prova ao volante do Polo R WRC. Problemas de pneus e no sistema de travagem na autêntica montanha-russa emocional que é este rali, não travaram Mikkelsen de garantir o sucesso. E o jovem piloto da Volkswagen conseguiu mesmo vencer três troços, conseguindo assegurar o quarto lugar final após um desempenho brilhante na Power Stage (terceira posição).
Classificação Final
1. Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila (FIN/FIN), Volkswagen, 2. Daniel Sordo/Carlos Del Barrio (E/E), Citroën, 3. Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul (B/B), Ford, 4. Andreas Mikkelsen/Mikko Markkula (N/FIN), Volkswagen, 5. Nasser Al-Attiyah/Giovanni Bernacchini (Q/I), Ford, 6. Mads Østberg/Jonas Andersson (N/S), Ford, 7. Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen (FIN/FIN), Citroën, 8. Martin Prokop/Michal Ernst (CZ/CZ). Ford, 9. Evgeny Novikov/Ilka Minor (RUS/A), Ford, 10. Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (F/F), Volkswagen,
4h 31m 01.2s a 1m 50.0s a 2m 14.1s a 3m 55.1s a 4m 12.6s a 5m 48.7s a 8m 00.7s a 8m 01.2s a 8m 11.1s a 10m 10.3s
Mundiais
Pilotos: 1. Sébastien Ogier, 126 pontos; 2. Jari-Matti Latvala, 74; 3. Sébastien Loeb, 68; 4. Mikko Hirvonen, 61; 5. Thierry Neuville, 50; 6. Dani Sordo, 47; 7. Mads Østberg, 46; 8. Evgeny Novikov, 31; 9. Nasser Al-Attiyah, 30; 10. Martin Prokop, 27; 11. Andreas Mikkelsen, 25; (…). Marcas: 1. Volkswagen Motorsport, 180 pontos; 2.Citroën Total Abu Dhabi World Rally Team, 162; 3. Qatar M-Sport World Rally Team, 83; 4. Qatar World Rally Team, 71; 5. Abu Dhabi Citroën Total World Rally Team, 29; 6. Jipocar Czech National Team, 29; 7. Volkswagen Motorsport II, 26; 8. Lotos WRC Team, 12. Próxima prova: Rali de Itália (Sardenha): 20 a 23 de junho
Piloto espanhol da Citroën preferiu jogar pelo seguro na Grécia…
Dani Sordo regressa ao pódio Dando continuidade até a chegada a uma prova sem erros, Dani Sordo e Carlos del Barrio terminaram no 2º lugar o Rali da Acrópole. A formação da Citroën Total Abu Dhabi World Rally Team alcançou, assim, o segundo pódio na presente temporada, depois do obtido em Monte-Carlo. Na expectativa desde a noite de sexta-feira, Dani Sordo não tinha nenhum interesse em modificar a
sua abordagem à prova. Gerindo a sua liderança sobre o terceiro classificado, preservando sua mecânica e os pneus, o piloto espanhol não pretendia desafiar o cronómetro. Após a terceira posição obtida na ronda inaugural da temporada, em Monte-Carlo, alcançou agora o seu melhor resultado do ano. Esta foi a 20ª vez que obteve um 2º lugar em 104 ralis do Mundial. “Não lutámos pela vitória, tive-
mos que nos contentar em guiar nos trilhos sem correr quaisquer riscos”, explicou o piloto, acrescentando: “Acabo de sair de uma sequência difícil, com três resultados nulos nas últimas quatro provas. Este segundo lugar é bom para o moral e permite-nos para marcar pontos de que precisávamos. Espero que ele me permita ganhar confiança e alcançar um novo marco do Rali da Sardenha”.
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noticiário
7 de Junho de 2013
Campeonato Grand Am
Lamy sem sorte em Detroit A quinta prova do campeonato americano Grand Am, disputada em Detroit (EUA), não correu bem a Pedro Lamy. O piloto português foi obrigado a abandonar na sequência de uma saída de pista que danificou bastante o Corvette da 8 Star Motorsports. “Estávamos a andar nos limites, tentando lutar por uma posição no “Top 5”, quando cometi um erro, coloquei as rodas fora da trajetória ideal e não evitei uma saída de pista, embatendo com alguma força nas barreiras de proteção na curva 4. O carro ficou bastante danificado, sem hipóteses de regressar à corrida”, referiu Pedro Lamy, que apesar da violência do acidente não sofreu qualquer lesão. A vitória acabou por sorrir a Angelelli e Taylor num Corvette DP da Wayne Taylor Racing, seguido por Barbosa e Fittipaldi, (Corvette DP da Action Express Racing) e Dalziel e Popow num Ford Riley da Starworks, na segunda e terceira posições, respetivamente.
Blancpain Endurance Series em Silverstone
Ferrari Portugal no quinto posto Os pilotos da Ferrari Portugal/AF Corse, Filipe Barreiros, Francisco Guedes e Peter Mann, que este fim-de-semana estiveram em Silverstone para a segunda corrida do Blancpain Endurance Series, cruzaram a linha de meta na categoria Gentleman Trophy, após três horas de corrida, na 5ª posição. Um resultado que acaba por satisfazer os pilotos portugueses que tinham Peter Mann a estrearse neste tipo de competição. A qualificação deu a sexta posição da grelha à Ferrari Portugal e coube a Filipe Barreiros protagonizar a partida: “Com 62 carros em pista, os arranques são sempre muito difíceis mas felizmente que saí incólume dos vários incidentes. O carro estava bastante bom e o meu turno foi tranquilo. Cheguei a rodar no terceiro posto mas acabaria por entregar o carro na sexta posição já com os pneus bastante degradados”, começou por explicar Barreiros. A passagem do carro a Peter Mann não foi totalmente pacifica, já que a pistola de ar para levantar o carro não
funcionou e fez a equipa portuguesa perder tempo precioso. A somar a este percalço, Mann protagonizou ainda um pião e viria a entregar o carro a Francisco Guedes na sétima posição: “Não fossem estes incidentes e muito provavelmente teríamos discutido os lugares do pódio. Fiz o último ‘stint’ e consegui recuperar até ao quinto posto. Não podemos esquecer que o Peter Mann se estreou neste tipo de provas este fim-de-semana e que fomos dos poucos pilotos que nas
últimas semanas não rodaram em Silverstone. Por tudo isto estamos satisfeitos com este resultados, sobretudo porque sentimos que temos vindo a evoluir”, rematou Guedes. Resultados da Corrida - Gentleman Trophy: 1º Harthy/Konopka – Porsche; 2º Ricci/Bathazard/Policard – Ferrari; 3º Dryburgh/Gow - Aston Martins; 4º Beaubelique/Blanchemain/Gouesland – Ferrari; 5º Barreiros/Guedes/Mann – Ferrari; (...); 13º Fiertant/Broggi/Ojjeh – McLaren.
Rampa da Covilhã
Bernardo Sá Nogueira triunfa Bernardo Sá Nogueira protagonizou uma performance notável na Rampa da Covilhã – Serra da Estrela, tendo imposto o seu Renault Clio no Grupo VSH. O piloto apoiado pelo comercial REMAX Carlo Monteiro e Ideias Aritméticas chegava à terceira etapa do Campeonato de Por tugal de Montanha esperançado num bom resultado, depois das boas prestações nas provas anteriores e o desfecho do fim-de-semana dificilmente poderia ser melhor. Bernardo Sá Nogueira foi evoluindo a cada sessão, assinando uma marca extraordinária na terceira subida de prova que lhe permitiu triunfar entre os concorrentes do grupo, ser segundo da Classe 2 e quinto da Categoria 1. “Estava confiante para esta prova, uma vez que o meu Renault Clio poderia adaptar-se bem às características desta rampa. Fomos evoluindo o carro a cada subida e fui ganhando cada vez mais confiança, o que me permitiu atacar e os resultados foram aparecendo com naturalidade. Julgo que esta vitória é o fruto do trabalho que temos vindo a desenvolver”, afirmou entusiasmado o piloto de Santarém. Bernardo Sá Nogueira acredita que o triunfo conquistado marcou a sua fase de adaptação ao Renault Clio e à competição que abraçou este ano – o Campeonato de Portugal de Montanha – e espera poder continuar a exibir os bons resultados que tem vindo a realizar. “Sabia que o início de temporada seria complicado, uma vez que tudo era novo para mim – carro, equipa e até algumas das rampas. No entanto, penso que tenho vindo a demonstrar um bom conjunto de performances e na Covilhã, com esta vitória, isso foi evidente. Este campeonato tem um nível competitivo muito elevado, com bons pilotos e bons carros, o que torna o resultado ainda mais saboroso. Vamos continuar a trabalhar afincadamente para podermos continuar a conquistar boas classificações, mas sabemos que apenas com muito empenho poderemos alcançar esse objectivo”, sublinhou o piloto, acrescentando: “Não posso deixar de agradecer à A. Miranda Competições e sublinhar o esforço do Pedro, José e Telmo sem o qual este triunfo não teria sido possível”. A próxima ronda do Campeonato de Portugal de Montanha terá lugar em Bragança nos dias 15 e 16 de Junho.
Resultado inesperado para Filipe Albuquerque
Segunda ronda do Blancpain Endurance Series em Silverstone
Álvaro Parente termina em sétimo Álvaro Parente terminou a segunda ronda do Blancpain Endurance Series, disputada em Silverstone, no sétimo posto, após um fim-de-semana difícil que se debateu com a falta de competitividade do seu carro. Esperava-se que o circuito inglês pudesse beneficiar o McLaren MP4-12C GT3 da Hexis Racing, uma vez que o carro de Woking, normalmente, dá-se bem com curvas rápidas. Mas desde cedo ficou evidente que o GT britânico não podia acompanhar os seus rivais, tendo o piloto português, na qualificação, não ido além do 17º posto entre os concorrentes da classe Pro e do 23º posto da geral, entre 56 carros, muito embora tenha perdido menos de um segundo para o tempo da pole-position. A corrida não começou da melhor forma, com um toque que enviou Alexander Sims para um pião e para o 47º posto, mas Álvaro Parente, juntamente com o inglês e Stef Dusseldorp, realizou uma recuperação admirável, apesar de não ter nas mãos uma máquina capaz de se bater com as dos seus adversários, vendo a bandeirada de xadrez na sétima posição. “Era complicado ir além do resultado que alcançámos. O nosso carro não estava tão competitivo como esperávamos, faltava-nos aderência nas curvas rápidas e não podíamos acompanhar os nossos adversários. Para dificultar ainda mais a nossa tarefa, o Alex sofreu um toque no
arranque e entrou em pião, o que nos fez perder cerca de vinte segundos. No entanto, realizámos uma boa recuperação – com bons turnos de condução e bons pit-stops – e conseguimos, apesar de tudo, uma boa classificação”, frisou o piloto do Porto. Álvaro Parente, no entanto, que durante o seu turno foi o piloto mais rápido ao volante de um McLaren, espera que na próxima prova possa ter ao seu dispor de um carro mais competitivo que lhe permita lutar pelas posições cimeiras. “Esta
falta de prestações aqui em Silverstone surpreendeu-nos, uma vez que normalmente somos fortes em traçados rápidos e com curvas de alta. Vamos ter que inverter esta situação de modo a podermos a alcançar os nossos objectivos já em Paul Ricard”, apontou o português. A próxima ronda do Blancpain Endurance Series disputa-se no próximo dia 30, no circuito situado nos arredores de Marselha, mas o piloto oficial da McLaren GT disputará no dia 15 mais uma etapa do Campeonato Britânico de GT.
Depois de sair da sexta posição da grelha em Spielberg, onde decorreu a terceira jornada do DTM, Filipe Albuquerque ambicionava angariar os primeiros pontos para as contas do Campeonato. Mas, de forma inesperada e após a primeira paragem nas boxes, todas as suas aspirações caíram por terra quando foi remetido para a cauda do pelotão. Não existe uma razão aparente para o sucedido. O piloto português esteve sempre bastante competitivo e achava que os problemas das corridas iniciais estavam ultrapassados, mas acabou por ser surpreendido com uma enorme falta de andamento. Um toque no início da corrida fê-lo cair para a oitava posição, recuperando de seguida para sétimo. Foi nesse lugar que efetuou a primeira paragem nas boxes: “O ‘pit-stop’ foi feito normalmente e de forma bastante rápida mas a escolha dos pneus não foi certamente a mais adequada. Pois perdi performance. Talvez tenha feito a paragem cedo demais, mas na realidade não há uma justificação lógica para a perda de andamento daí em diante”, começou por dizer Filipe Albuquerque. Claro que depois de ter estado entre os mais rápidos, quer nos treinos livres quer na qualificação, este resultado deixa um enorme amargo de boca: “É muito frustrante mas vamos ter analisar toda a informação detalhadamente para percebermos o que estamos a fazer de errado. O Audi RS5 DTM já mostrou todo o seu potencial, falta-nos apenas encontrar o caminho a seguir. Só muito trabalho e esforço pode colmatar estas lacunas”, rematou o piloto português confiante que, mais cedo ou mais tarde, os bons resultados vão aparecer. A próxima jornada decorre dentro de 15 dias a 16 de Junho em Lausitz na Alemanha. Resultados da Corrida: 1º Bruno Spengler – BMW; 2º Marco Wittmann – BMW; 3º Timo Glock – BMW; (...); 17º Filipe Albuquerque – Audi.
CPTT
7 de Junho de 2013
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Pentacampeão nacional domina campeonato
Miguel Barbosa e Miguel Ramalho conquistam Serras do Norte O piloto português Miguel Barbosa, pentacampeão nacional de todo-o-terreno, venceu pela quarta vez o rali Serras do Norte, prova da segunda jornada do Nacional da especialidade realizada em Fafe. Miguel Barbosa, que faz dupla no campeonato com Miguel Ramalho, num Mitsubishi Racing Lancer, venceu o setor inicial, terminando com uma vantagem global, face aos tempos de sábado, de 2.13 minutos para Paulo Graça (Nissan) e mais de cinco para Hélder Oliveira, que ficou com o seu BMW Proto preso.
No segundo setor seletivo, o Campeão Nacional manteve o mesmo ritmo e apesar de problemas na direção assistida, a meio do percurso, terminou a prova em menos 2.32 minutos que Paulo Graça e Nuno Silva. Hélder Oliveira e Filipe Palmeiro terminaram no último lugar do pódio da Geral.
Piloto de Barcelos ainda passou pelo comando da prova
Helder Oliveira sobe ao pódio Helder Oliveira subiu ao pódio na 20 ª edição do Rali TT Serras do Norte, a segunda jornada do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Aos comandos de um BMW Série 1 Proto, o piloto, que foi acompanhado por Filipe Palmeiro, chegou a ocupar a liderança da prova mas viria a perdê-la após uma ligeira saída de estrada. A pensar na recuperação o piloto de Barcelos acabou por ser o mais rápido no 2º SS. “Apesar de par tir da quinta posição, estava apostado em dis-
cutir a vitória e por isso partimos assumidamente ao ataque. Infelizmente voltámos a ter um problema com a embraiagem que me obrigou a adaptar a condução para não a forçar em demasia. Passei a andar com o carro mais solto e, talvez por isso, já muito perto do final do 1º SS, numa altura em que estávamos no comando da prova sem que disso tivéssemos conhecimento, tivemos um saída de estrada onde apenas com a ajuda do Paulo Graça, a quem muito agradeço, conseguimos re-
Problemas elétricos atrasaram irremediavelmente dupla do Mokka Proto
Nuno Matos mostra andamento Apesar de um problema elétrico os ter atrasado irremediavelmente logo nos primeiros quilómetros do Setor Seletivo da manhã, comprometendo o resultado final, Nuno Matos e Filipe Serra deixaram domingo, tal como na véspera, excelentes indicações em relação ao potencial competitivo do estreante Opel Mokka Proto. Mesmo longe da discussão pelos primeiros lugares, em face da prolongada paragem que tiveram de realizar para solucionar uma avaria com a ventoinha de refrigeração do motor, a dupla de Portalegre ainda se deu ao “luxo” de ser a mais rápida em pista ao longo de boa par te da manhã, recuperando nada menos do que 4m ao líder nos últimos 70 km do
1º Setor Seletivo. Sem dúvida, um bom prenúncio para os desafios que se seguem no Campeonato de Portugal de TT, já a começar pela Baja Terras de Alcoutim, dentro de apenas três semanas… Numa prova onde o resultado final esteve longe de ser condizente com o andamento demonstrado pelo estreante Opel Mokka Proto, Nuno Matos e Filipe Serra concluíram o Rali TT Serras do Norte, segunda etapa do ano pontuável para o Campeonato de Portugal de TT, no 11º lugar da classificação geral, depois de um problema elétrico os ter atrasado irremediavelmente logo nos primeiros quilómetros do Setor Seletivo da manhã. “Após o 2º lugar na Super Es-
pecial de Fafe, partimos bastante motivados e com a certeza de que poderíamos discutir os primeiros lugares. Porém, tudo se complicou logo a partir do km 20, quando percebemos que a ventoinha que faz a refrigeração do motor não estava a funcionar, impedindo a temperatura de baixar… Perdemos cerca de 50 minutos até solucionar o problema e regressar à corrida”, recordou. Longe de se deixar abater por este contratempo, Nuno Matos passou a ser o piloto mais rápido em pista, recuperando 4 minutos ao líder até ao final do Setor Seletivo, numa clara e inequívoca demonstração do enorme potencial competitivo do novíssimo Opel Mokka Proto.
colocar o nosso BMW de novo na pista”, salientou Helder Oliveira, acrescentando: “Na segunda passagem realizámos o melhor tempo, oito minutos mais rápido que o da manhã, uma diferença que era mais do que suficiente para termos assegurado a vitória nesta corrida”. Depois de disputado este Rali TT Serras do Norte o Campeonato de Por tugal de Todo-o-Terreno prossegue no Algarve onde, dentro de três semanas, se irá realizar a Baja TT Almancil.
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motociclismo
7 de Junho de 2013
Apesar de debilitado fisicamente piloto KTM regressa aos triunfos no Nacional de TT
Luís Ferreira vence na Ferraria Três semanas depois do acidente que o forçou ao abandono no Raid TT a Góis, Luís Ferreira regressou aos triunfos, averbando uma magnífica vitória na terceira jornada do Campeonato Nacional de TodoTerreno, o Raid TT da Ferraria, competição que foi disputada tendo como base a vila alentejana do Gavião.
Luís Ferreira, aos comandos de uma KTM 505 SX-F preparada pela Motobrioso, começou por ser o mais rápido no prólogo disputado no primeiro dia de prova, onde gastou menos 5,8s que o 2º classificado. No dia seguinte Luís Ferreira atacou forte no primeiro dos dois sectores selectivos que compunham a prova alentejana e conseguiu uma vantagem de 51 segundos. Ainda sem estar no pleno das suas forças e tendo treinado de forma muito limitada no período que antecedeu esta prova, o piloto oficial da KTM viu-se obrigado a gerir a vantagem, tendo terminado vitorioso e com
uma diferença de 29,5s para o actual campeão nacional. “A primeira volta correu-me bastante bem, tendo em conta que não me foi possível treinar convenientemente antes desta corrida, mas terminei bastante cansado. Para não correr riscos de ter mais uma queda, optei por andar rápido na segunda volta, mas sem entrar em loucuras, tentando gerir a vantagem que tinha para os meus adversários. Felizmente consegui mais esta vitória, um triunfo importante e que vem numa altura certa, tendo em conta o que me aconteceu em Góis”, afirmou
no final da prova o piloto KTM/ Motobrioso Racing Team. No Raid TT da Ferraria destaque ainda para mais uma vitória KTM na Classe TT1, onde David Megre, piloto oficial da marca austríaca, aos comandos de uma KTM XC 250 F, somou o terceiro triunfo consecutivo esta temporada, alcançando ainda o 4º lugar absoluto. Pedro Vargas e Salvador Vargas, pilotos da equipa Motobrioso / KTM terminaram a prova respectivamente na 2ª posição da Classe Veteranos e em 4º lugar da Classe Promoção. Três provas, outros tantos êxitos para Roberto Borrego, inacessível à melhor concorrência. Desta vez, a sua vantagem final sobre o 2.º classificado foi de 10m08s, depois de ter sido sempre o mais rápido. Na luta pelo 2.º posto, no primeiro troço Ruben Alexandre surgia diante de Rui Cascalho e André Mendes, mas depois este ordenamento inverteu-se, com Mendes a conquistar essa 2.ª posição, seguido de Cascalho e Alexandre, este o ganhador da classe “stock”. Na tabela absoluta ficaram depois Luís Enjeitado e André Carita, e o primeiro da “Promoção” foi Tiago Pereira, 10.º absoluto. Depois de disputado este Raid TT da Ferraria o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno prossegue no Algarve onde, dentro de três semanas, se irá realizar a Baja Terras de Alcoutim. (Todas as classificações em www.clubeferraria.pt).
Campeão nacional teve de se aplicar a fundo para triunfar na Ferraria
João Lopes regressa às vitórias A atual dupla campeã nacional de TT - João Lopes/Bruno Santos - aos comandos de um Polaris Ranger RZR XP conquistou no fimde-semana a vitória na competição destinada a veículos Buggy/UTV da 26ª edição do Raid TT da Ferraria, a terceira jornada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.
Apesar da vitória o piloto inscrito pela equipa JL Racing teve um fim-de-semana bastante atribulado e o seu triunfo foi apenas conseguido na ponta final da corrida e por uma escassa margem de 31s. “Terminámos a corrida com um furo numa das rodas traseiras, mas tanto da parte da manhã como da tarde tivemos de parar para mudar rodas cujas jantes tinham partido”, salienta o piloto da JL Racing, atual
campeão nacional Buggy/UTV. “Gosto muito das pistas desta prova e consegui imprimir sempre um andamento muito forte. Tive infelizmente uma corrida muito atribulada mas a vitória acaba por superar tudo isso”, acrescentou. Depois de disputado este Raid TT da Ferraria o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno prossegue no Algarve onde, dentro de três semanas, se irá realizar a Baja Terras de Alcoutim.
motociclismo
7 de Junho de 2013
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Campeonato Nacional de Velocidade
Lutas cerradas em Braga O Circuito de Braga viveu mais uma série de corridas muito bem disputadas, três delas com luta cerrada pela vitória até ao sprint final, e diferenças mínimas entre os homens da frente. Aconteceu na terceira jornada do Campeonato Nacional de Velocidade/ Vodafone, no qual o espanhol Xavi Fores continua a somar triunfos em Superbike.
O calor foi intenso, em Braga, para quatro corridas repletas de animação e interesse nos despiques pelas posições cimeiras. Na prova de Superbike, com 20 concorrentes, Xavi Fores foi o único comandante e permanece invicto no Campeonato. No entanto, a vantagem para os perseguidores nunca foi muito grande, conforme reflecte o resultado final. Para o 2.º lugar houve acesa luta entre três pilotos, sendo que Ivo Lopes desistiu sensivelmente a meio devido a problemas m e c â n i c o s . Ti a g o M a g a l h ã e s ocupou durante muito tempo aquela posição, mas na penúltima volta foi ultrapassado por André, acabando separados por meio
segundo. O actual campeão da classe, Fernando Costa, voltou ao activo para ser 4.º classificado, diante de Mário Alves. Na prova que reuniu as Superstock 600 e Campeonato Galego de SportProdução 600 alinharam 14 pilotos, e também o espanhol Hugo Moreira manteve a invencibilidade na presente temporada, mas teve de aplicar-se a fundo para bater dois adversários. Hélder Bessa andou à frente sete voltas, e depois alternaram nessa posição Romeu Leite e Hugo Moreira. Este último ganhou, mas só com 0,7s sobre Leite e 0,8s face a Bessa, números reveladores da intensidade do confronto. Na Moto Júnior, apenas dez
Campeoanto Nacional de Supermoto
André Leite bisa na abertura André Leite ganhou as duas mangas de Supermoto realizadas na abertura do respectivo Campeonato, no Kartódromo de Braga, numa jornada que contou com reduzido número de pilotos em pista. Apenas 5 pilotos em Supermoto, e 4 no Troféu Supermoto Cup, tantos foram os concorrentes no Kartódromo do Kib, no qual não começou o Troféu MiniGP devido precisamente à falta de participantes. Assim, na primeira manga de Supermoto, Luís Ferreira liderou durante quase toda a corrida, mas averbou uma queda na penúltima volta, deixando via aberta para o triunfo de André Leite, que começou a corrida no último lugar porque falhou o arranque. Ferreira foi 2.º, diante de Ricardo Silva, Hélder Batista e José Silva. Na segunda manga, André Leite
comandou todo o tempo, e na ponta final limitou-se a gerir a vantagem. Desta vez o 2.º clasificado foi Ricardo Silva, enquanto Luís Ferreira embrulhou-se no arranque e acabaría em 3.º lugar. No Troféu Supermoto Cup, João Mendes ganhou as duas Mangas, sempre seguido de Vasco Monteiro, vindo depois Saúl Martins e Paulo Costa. Classificações – Supermoto – 1.ª Manga: 1.º André Leite (KTM) 14 volta em 18m11,0s; 2.º Luís Ferreira (KTM) a 1,0; 3.º Ricardo Silva (KTM) a 18,8; 4.º Hélder Bastista (KTM) a 1.10,2; 5.º José Silva (KTM) a 1.12, 3. 2.ª Manga: 1.º André Leite, 14 voltas em 18m11,6s; 2.º Ricardo Silva, a 1,4; 3.º Luís Ferreira, a 15,6; 4.º Hélder Bstista, a 47,8; 5.º José Silva, a 1 volta.
milésimos de segundo separaram os dois primeiros na meta. Também com 14 pilotos em pista, Fábio Lopes liderou durante os dois primeiros terços da corrida. Depois, fui superado por Angel Dominguez e Paulo Leite, mas Lopes recobrou o fôlego para um espectacular sprint final com o espanhol e ganhar a corrida. Na ponta final, Leite perdeu terreno e foi 3.º colocado. Entre as 85cc, Alex Costa continua a somar vitórias, ficando desta vez em 2.º Luís Pinto.
Já os pilotos do Troféu de Mo tos Clássicas/ Fuchs Silkolene e da Taça Luís Carreira, 15 ao todo, partilharam a pista. Paulo Sotero liderou sempre, mas com Pedro Pereira a pressionar, acabando também eles por discutir a vitória até ao fim, pois ficaram separados por dois décimos de segundo. Entre as Clássicas, Alber to Pires conti-
nua imparável e tornou a levar a melhor, novamente secundado por Fernando Martins. O terceiro deste Troféu foi José Barbosa, já a uma volta.
Campeonato Nacional de Motocross
Hugo Santos sobe ao comando Hugo Santos é o novo comandante na categoria Elite do Campeonato Nacional de Motocross, após o êxito alcançado na Moçarria, onde o piloto transmontano também ganhou a corrida da classe MX1, enquanto Paulo Alberto regressou às competições caseiras para se impor na manga de MX2. O Nacional de Motocross continua palpitante, e esta quarta jornada na Moçarria trouxe dados novos para a contenda. Além dos sucessos de Hugo Santos, também Pedro Carvalho conseguiu fazer melhor que Sandro Peixe, seja na manga MX2 mas também com um expressivo 2.º lugar absoluto na Elite. Como tal, as contas do Campeonato ficaram mais apertadas entre os candidatos aos diversos títulos. Na final Elite, Hugo Santos foi o único comandante e ganhou a prova. O seu rival Hugo Basaúla caiu logo após o arranque, e com esse atraso apenas conseguiu recuperar até ao 4.º posto final. Paulo Alberto aguen-
tou o 2.º lugar durante a primeira metade da corrida, mas depois acabou em 5.º – devido a um furo no pneu dianteiro – à frente de João Vivas. Aproveitaram os “jovens lobos” do pelotão, com Pedro Carvalho a obter o 2.º lugar, apenas com três décimos de segundo sobre Sandro Peixe, após intenso duelo. Antes dessa prova que fechou o extenso programa de corridas na Moçarria, Hugo Santos também liderou sempre o pelotão na manga da classe MX1, na qual Hugo Basaúla também chamou sempre seu ao 2.º lugar. Também, logo à terceira volta João Vivas instalou-se em definitivo no 3.º posto, diante de Sérgio Pita. Mais animada foi a manga de MX2. Paulo Alberto, que nos últimos meses tem competido no Brasil, voltou às provas nacionais na Moçarria. Começou por liderar durante oito voltas, tantas como o seu sucessor no lugar, Pedro Carvalho. Porém, a quatro voltas do final Alberto apoderou-se em
definitivo do comando para vencer, com 4,7s sobre o adversário directo. Já Sandro Peixe manteve o 3.º lugar quase desde o início da corrida, e Fábio Maricato foi sempre o 4.º classificado, levando a melhor no confronto com Diogo Graça. Entre os Iniciados houve novidades, porque Bruno Charrua ganhou a primeira manga, ao bater João Oliveira apenas por quatro décimos de segundos. Na segunda manga trocaram de posição, com Oliveira a levar a melhor por nove segundos. André Sérgio bisou no 3.º posto, tal como João Pinto na posição seguinte. Quanto aos Infantis, Ricardo Rocha ganhou as duas mangas, sempre com sete segundos de avanço sobre Hugo Dias, vindo depois João Duarte. Aliás, o ordenamento final de todos os concorrentes foi sempre igual, sendo que Afonso Gomes conseguiu levar a melhor entre os pilotos das 50cc, seguido de Tiago Margarido.
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7 de Junho de 2013
MOTOGP – GP de Itália
Piloto espanhol da Yamaha passa a ser o «rei» de Mugello
Lorenzo domina do princípio ao fim Na prova rainha, Jorge Lorenzo (Yamaha) passou o seu compatriota e principal rival, Dani Pedrosa (Honda), logo na primeira curva e nunca mais largou o comando do GP de Itália, conseguindo assim o seu terceiro triunfo consecutivo em Mugello. Com este triunfo folgado, o número 99 subiu ao segundo lugar do Mundial e está agora mais próximo do líder Pedrosa. Na corrida de MotoGP, Jorge Lorenzo mostrou porque é o atual campeão do mundo ao vencer o Grande Prémio de Itália, disputado no circuito de Mugello, tendo o piloto espanhol assinado assim o seu terceiro triunfo consecutivo neste circuito italiano e recuperado assim alguns pontos para o líder do campeonato, o seu compatriota Dani Pedrosa, segundo em Mugello. Na classificação, Pedrosa lidera com 103 pontos, contra os 91 de Lorenzo, enquanto Marc Marquéz voltou a cair… na pista e na classificação do Mundial de Pilotos. Quem também prometia muito para os seus fãs e compatriotas era o italiano Valentino Rossi, mas um chega para lá de Álvaro Bautista
logo no início da corrida deitou tudo a perder… Lorenzo pulou na primeira curva para o comando e desde então foi acossado muito de perto por Dani Pedrosa e Marc Marquéz, que por várias voltas tentaram manobras de ultrapassagem sem sucesso. O piloto da Yamaha, manteve a calma, pilotou com cuidado sem passar dos limites e, no final da prova, tinha uma moto mais poupada, deixando a dupla da Honda para trás. Valentino Rossi que se podia intrometer na disputa abandonou na terceira curva. O italiano foi abalroado por Álvaro Bautista e os dois foram parar na caixa de brita. Andrea Dovizioso, seu substituto na Ducati,
largou da terceira posição, mas como vem sendo habitual, a máquina italiana não mostrou o mesmo poder de fogo durante a corrida, perdendo rendimento e sendo ultrapassada por Cal Crutchlow e Stefan Bradl. Enquanto Lorenzo abria na frente, era a vez de Pedrosa sofrer os ataques de Marquéz. O novato insistiu tanto que conseguiu a ultrapassagem a quatro voltas do final. Depois, ainda tentou alcançar o líder, mas cometeu mais um erro desnecessário, escorregando para fora da pista e da prova. Quem adorou o incidente foi Cal Crutchlow, que pela segunda vez consecutiva subiu ao último lugar do pódio. Lorenzo cruzou a linha de chegada 5 segundos e meio à frente de Pedrosa. Foi uma vitória para reafirmar a posição da Yamaha no campeonato, que vinha perdendo ter-
reno em relação à Honda. Crutchlow chegou em terceiro, com Bradl em quarto e as duas Ducati de Dovizioso e Hayden em quinto e sexto respetivamente. Dani Pedrosa continua a líder o Mundial com 103 pontos, mas Lorenzo saltou para segundo com
91, à frente de Marquéz com 77 pontos. Cal Crutchlow é o quarto com 71 e Andrea Dovizioso o quinto com 50, três pontos à frente de Valentino Rossi. A próxima prova é o Grande Prémio da Catalunha, a realizar no próximo dia 16.
Classificação MotoGP
Pos. Piloto (Nac./Equipa) Tempo 1º. Jorge Lorenzo (ESP/Yamaha) 41min39s733 2º. Dani Pedrosa (ESP/Honda) a 5s400 3º. Cal Crutchlow (ING/Tech 3 Yamaha) a 6s412 4º. Stefan Bradl (ALE/LCR Honda) a 19s321 5º. Andrea Dovizioso (ITA/Ducati) a 19s540 6º. Nicky Hayden (EUA/Ducati) a 26s321 7º. Michele Pirro (ITA/Ducati) a 38s144 8º. Aleix Espargaró (ESP/Aspar ART-Aprilia) a 39s802 9º. Bradley Smith (ING/Tech 3 Yamaha) a 40s243 10º. Héctor Barberá (ESP/Avintia FTR-Kawasaki) a 48s392
Campeonato do Mundo de Velocidade – Moto3
Miguel Oliveira fulgurante em Mugello Miguel Oliveira teve brilhante desempenho no GP de Itália de Moto3, disputado no circuito de Mugello. O piloto português andou sempre no grupo da frente, chegou a liderar a corrida quando faltavam cinco voltas para o fim e cruzou a meta na 4.ª posição, apenas a sete décimos de segundo do vencedor.
Foi mesmo uma atuação de grande nível para Miguel Oliveira no GP de Itália, na prova da classe Moto3. Arrancou no 6.º lugar da grelha, inicialmente foi superado por três adversários, mas ainda na primeira volta retomou a posição inicial. Entretanto, na frente destacou-se um grupo de seis pilotos, e durante uma dúzia de voltas o lusitano oscilou quase sempre entre os 4.º e 5.º lugares.
Na 15ª de 20 passagens ao circuito, Oliveira explorou bem o efeito de aspiração na reta para meta para assumir o comando. Depois dessa volta e até final da corrida, experimentou todas as posições entre os cinco primeiros. Miguel Oliveira não conseguiu chegar ao pódio, essencialmente devido a menor velocidade de ponta da sua Mahindra na longa recta da meta de Mugello. Compensou isso
aplicando-se a fundo no “miolo” do circuito, sempre acutilante mas muito seguro, para rubricar uma exibição consistente e de grande classe. Na meta foi 4.º classificado, a sete décimos de segundo do vencedor, Luís Salom. Pelo meio, o piloto português conseguiu também estabelecer um novo recorde para o circuito de Mugello nesta classe, ao fazer uma volta em 1m58s exactos.
Depois deste resultado, ascendeu à 7.ª posição na tabela do Campeonato do Mundo. “Foi uma corrida bastante dura,” declarou Oliveira, acrescentando: “Tanto eu como a equipa estamos muito satisfeitos com o resultado. Podemos lutar mano a mano com os nossos adversários mais fortes e reduzir a diferença.” Classificação Moto3: 1.º Luís Salom (KTM) 20 voltas em 39m57,827s;
2.º Alex Rins (KTM) a 0,099; Maverick Viñales (KTM) a 0,303; 4.º Miguel Oliveira (Mahindra) a 0,757; 5.º Alex Marquez (KTM) a 0,819; 6.º Jonas Folger (Kalex/KTM) a 1,433; (…). Campeonato Moto3: 1.º Maverick Viñales (KTM) 106 pontos; 2.º Luís Salom (KTM) 102; 3.º Alex Rins (KTM) 81; 4.º Jonas Folger (Kalex/KTM) 63; 5.º Alex Marquez (KTM) 35; 6.º Brad Binder (Suter/Honda) 34; 7.º Miguel Oliveira (Mahindra) 33; (…).
comércio & indústria
7 de Junho de 2013
Porsche Panamera S E-Hybrid consome 4,4l/100
Campeão da economia O Porsche Panamera S E-Hybrid consumiu uma média de apenas 4,4l/100 km entre todos os turnos de condução na apresentação à imprensa nos 42 test drives efectuados por jornalistas, cobrindo uma distância de mais de 1200 quilómetros A média de consumos do Porsche Panamera S E-Hybrid situou-se, como referido, nos 4,4 litros aos 100 km, mas o melhor valor registado em circuito para o primeiro plug-in híbrido no segmento de luxo foi de 2,8l/100 km. Estes resultados demonstram que em situações reais do dia-a-dia é perfeitamente possível obter valores de consumo idênticos aos determinados pelo teste NEDC, que é de 3,1l/100 km. E estes valores foram alcançados em modelos de produção sem alterações, cada um com três ou quatro pessoas a bordo, com a climatização a funcionar e a acelerar até aos 230 km/h nos troços de auto-estrada. O teste de circuito, que possuía um total de 28,7 km, foi seguido de um percurso à volta da cidade de Hockenheim, que compreendia 6,5 km de condução em cidade, 9,2 km em estradas de secundárias e 13 km de auto-estradas alemãs – algumas sem limites de velocidade. O pré-requisito para alcançar estes valores é explorar sistematicamente o carregamento dos 9.4 kWh das baterias de iões de lítio
do sistema eléctrico. A autonomia de 36 km do veículo em modo totalmente eléctrico também foi comprovado na práctica com um consumo de 0,0l/100 km e zero emissões, provando que não foram conseguidos apenas no teste NEDC num dinamómetro, mas também na estrada. E consegue este valor com uma média de velocidade de 54km/h, enquanto a média horária no teste NEDC é de apenas 33 km/h. O Panamera S E-Hybrid oferece 416 cavalos, que resultam da combinação dos dois sistemas de potência. Acelera dos zero aos 100 km/h em 5,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 270 km/h. O novo Panamera S E-Hybrid vai estar disponível nos concessionários a 27 de Julho de 2013. O teste NEDC do Porsche Panamera S E Hybrid apresenta um consumo de combustível combinado de 3,1l/100 km, emissões combinadas de CO2 de 71 g/km e consumo eléctrico combinado de 162 Wh/km, o que lhe garante a classe de eficiência A+ na Alemanha.
Peugeot 205 GTi restaurado entregue ao dono A Peugeot Portugal lançou um passatempo destinado a possuidores de versões GTi da marca no âmbito do lançamento em Portugal do Peugeot 208 GTi. José Sismeiro, de vinte anos, residente em Leiria e estudante de Economia, foi o afortunado vencedor, tendo ganho um restauro completo do seu Peugeot 205 GTi de 1986. A verdadeira cura de rejuvenescimento - que obrigou à desmontagem integral do veículo - decorreu durante o mês de Abril nas instalações do Reparador Autorizado Peugeot Automóveis do Mondego, de Coimbra. No passado dia 16 de Maio, o Peugeot 205 GTi foi revelado e entregue, pronto para uma segunda vida, ao seu orgulhoso proprietário, que não cabia em si de feliz: “Só tinha visto as fotos no site Internet do Projecto e estava bastante nervoso na sessão de entrega. Quando destaparam o carro, nem sabia o que fazer, se abrir as portas, o capot, a bagageira… Parecia outro carro. Curiosamente, aquilo que mais me encantou foi a cor do carro, um vermelho vivo, porque
estava habituado a um tom laranja. Também adorei poder experimentar o novo 208 GTi, que continua o espírito desportivo puro do 205 GTi e que tem um motor soberbo”. A entrega do 205 GTi restaurado decorreu no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, e coincidiu com a apresentação nacional à Rede de Concessionários Peugeot e a Clientes do novíssimo Peugeot 208 GTi. O objectivo desta junção de duas gerações GTi foi justamente permitir uma comparação directa entre as duas máquinas. Fabricado em 1986, o Peugeot 205 GTi de José Sismeiro apresentava as naturais «mazelas» de um veículos com uma idade já respeitável, sobretudo ao nível da chaparia – mossas, corrosão e alguns buracos no fundo da bagageira – assim como de pintura – com a cor vermelha já bastante esbatida e porta traseira pintada de branco. A nível mecânico, a suspensão apresentava-se igualmente bastante degradada. O motor e a caixa de velocidades estavam,
no entanto, em estado bastante razoável. O carro recebeu toda a atenção por parte de uma equipa de cinco técnicos orientados por João Figueiredo, Director Após Venda do Reparador Autorizado Peugeot Automóveis do Mondego. O «tratamento de juventude» compreendeu a preparação da carroçaria para poder receber uma pintura integral, o desarmamento e reparação de orgãos mecânicos, a revisão da cablagem, pintura, recolocação de borrachas e vidros, aplicação de frisos e plásticos diversos, profunda revisão dos eixos (novos amortecedores e novos tirantes na barra de direcção), colocação do motor e caixa de velocidades e colocação de nova alcatifa. Um restauro que teve quatro semanas de duração, 398,90 horas de mão de obra, das quais 152,50 de mecânica, 153,80 de chapa 71,00 de pintura e 21,60 de electricidade. O custo global do restauro foi de 9.800 euros.
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7 de Junho de 2013
comércio & indústria
Peugeot 2008 prestes a chegar ao mercado
Gama eficiente de motores O novíssimo Crossover urbano da Peugeot chega ao mercado português já no início de Junho, disponível a partir de 15.961 euros. Oferece um conceito cada vez mais moda no segmento B, pela resposta diferenciadora a necessidades de espaço, piscando também o olho à consciência ecológica.
O Peugeot 2008 tem um interior bastante espaçoso, apesar das dimensões compactas (4,16 m de comprimento e 1,74 m de largura), graças à grande distância entre eixos de 2,54 m. Tem também 24 litros de capacidade nos diversos espaços para arrumação. E os passageiros de trás dispõem de uma habitabilidade generosa graças aos encostos dianteiros pouco espessos e podem aceder ao compartimento de bagagens sem deixarem o lugar, mesmo com o veículo em movimento, dada a possibilidade de rotação da parte dianteira do tapa-bagagens. A partir do exterior, o acesso à bagageira é muito fácil, dada a larga abertura rectangular e o limiar de carga baixo (apenas 60 cm), revestido com uma protecção em inox maquinado. O banco modular 1/3-2/3 permite, com um simples gesto, fazer variar o volume do compartimento de bagagens entre 360 e 1194 dm3, dos quais 22 dm3
sob o piso. Basta um apoio no comando localizado no topo do encosto traseiro para fazer bascular o encosto, enquanto o assento se escamoteia automaticamente. Estacionar com Park Assist Depois, disponibiliza o sistema Park Assist, que automatiza as manobras de estacionamento. Após a activação da função, o condutor selecciona no ecrã táctil o tipo de manobra a efectuar, à esquerda ou à direita da faixa de rodagem. Em seguida, os ultrassons medem os espaços livres para assinalar ao condutor o primeiro lugar de estacionamento disponível. O Park Assist estaciona então o veículo com recurso à assistência eléctrica da direcção, bastando ao condutor controlar a progressão da viatura e o espaço circundante. Para sair do estacionamento, basta recorrer de novo ao Park Assist,
mesmo que a viatura se encontre num espaço inclinado graças à função Hill Assist, disponível com o conjunto das motorizações, excepto o 1.4 HDi 68 e o 1.2 VTi 82 com caixa manual de 5 velocidades. Gama de motores eficiente Mas a eficiência foi também uma preocupação da marca para o modelo. Tirando partido do peso controlado e do perfil da silhueta, a vasta gama de motorizações torna possível todo o tipo de utilização com baixos consumos e emissões: a partir de 3,8 l/100km e 98 g/km de CO2. O motor de 3 cilindros a gasolina de nova geração e a introdução do Stop&Start nas motorizações a gasolina e diesel e-HDi posicionam o 2008 como líder do segmento. Inteiramente concebida pelo Grupo, a nova geração de motores de 3 cilindros a gasolina deu já provas da sua eficiência. Os blocos são compactos
e relativamente leves - no caso do 1.2 VTi, regista-se um ganho de peso de 21 kg por comparação com um 4 cilindros de potência equivalente. Mas esta nova geração tem performances reforçadas, por um lado, pela introdução do Stop&Start e, por outro, pela sobrealimentação associada à injecção directa. A tecnologia Stop&Start foi introduzida com sucesso pelas motorizações diesel e-HDi nos Peugeot 508 e 308 antes de ser popularizada pelo 208. As motorizações e-VTi e e-THP permitem aos clientes que escolhem um motor a gasolina recolher os mesmos benefícios: consumo reduzido, corte automático do motor, arranque quase instantâneo sem ruído nem vibração, prazer de utilização. Esta tecnologia está disponível em 6 das 9 motorizações da gama 2008. Associada a uma evolução da caixa automatizada, o 1.2 e-VTi vê as emissões de CO2
reduzidas para apenas 99 g/km. Com motores diesel, a gama começa em 98 g/km de CO2. Novos 3 cilindros turbo E a gama de motores será alargada nos próximos meses às versões sobrealimentadas do 3 cilindros a gasolina. Os dois níveis de potência propostos, 1.2 e-THP 110 e 1.2 e-THP 130, permitirão uma condução dinâmica, nomeadamente graças a um binário elevado, respectivamente de 205 e 230 Nm. Com um elevado grau de tecnicidade, o 1.2 e-THP apresenta um peso inferior em 12 kg por comparação com um 4 cilindros atmosférico de potência equivalente, apesar de integrar um turbo, um sistema de arrefecimento mais importante e de oferecer prestações dinâmicas acrescidas, nomeadamente um binário superior em 45%. O ganho em consumo está compreendido entre 15 e 20%, segundo as versões.
Peugeot 208 T16 Pikes Peak fez ensaio geral
À conquista das nuvens Já decorado, o até agora confinado a um espaço oficinal ou a um restrito recinto de um circuito Peugeot 208 T16 Pikes Peak teve, finalmente, a oportunidade de rugir ao ar livre, atacando a subida do provençal Mont Ventoux, em França. Sébastien Loeb e a equipa Peugeot Sport entregaram-se a um último teste geral antes da deslocação, já no próximo mês de Junho, ao Colorado, onde se disputará a Pikes Peak Hill Climb 2013. Bastam alguns quilómetros na estrada que leva ao Mont Ventoux para se compreender o porquê de esta montanha ser um mito aos olhos de todos os amantes de ciclismo e uma das etapas mais prestigiadas da Volta a França. A sua inclinação é árdua e as suas curvas não dão tempo para respirar até chegar ao topo, a 1.909 metros de altitude, para um magnífico panorama sobre a Provença. Quando o esforço se torna mais doloroso com a altitude, a vegetação fica rara e a paisagem torna-se lunar. Os seis últimos quilómetros – os utilizados pela Peugeot Sport para a sessão de ensaios –
são de cortar a respiração. Não é assim de admirar que o Mont Ventoux tenha servido de cenário para uma das mais famosas corridas de rampa automóveis. Desde 1902, mesmo antes da primeira edição da corrida de Pikes Peak, que os mecânicos mais astutos medem forças com esta subida. Haverá melhor local para uma última preparação antes do desafio americano? “É importante”, confirma Sébastien Loeb, que vai guiar o «monstro» nos EUA, “porque Pikes Peak não tem nada a ver com uma pista, onde é fácil de manusear o veículo. É por isso fundamental passar a um terreno mais semelhante ao que vamos encontrar nos Estados Unidos. Esta estrada é uma boa preparação”. E o n ove vezes Campeão do Mundo de Ralis não esconde o prazer de reencontrar o 208 T16 Pikes Peak: “A potência não é o que mais me impressiona, já me habituei. No entanto, a velocidade com que as curvas chegam é bem mais impressionante do que num circuito, onde sabes que deves travar na placa de «100 metros». Aqui,
chegas em 5ª ou 6ª, vês a montanha em frente e questionas-te em que altura deves travar”. Com os seus 875 cavalos, o 208 T16
é um absolutamente fora do comum. “É ainda muito reactivo ao volante e fazer a fundo os encadeamentos rápidos é duro”, diz ainda Loeb. “Com pneus slicks
tão largos e com as velocidades que se atingem, a menor imperfeição da estrada desestabiliza-o”, acrescenta. No entanto, o ensaio de novos pneus mais macios concebidos pela Michelin, assim como outra afinação da direcção, permitem melhorar esta situação. Esta sessão no Mont Ventoux foi, igualmente, a oportunidade de testar um pouco em altitude. “Não são as condições extremas de Pikes Peak e dos seus 4301 metros, mas é uma etapa intermédia. É possível constatar diferenças de funcionamento do motor mesmo apesar de, com os nossos turbos, esperarmos que a perda de potência devido à altitude seja bem menor do que a dos nossos adversários”, diz, por seu turno, Jean-Christophe Pailler, chefe de projecto técnico da Peugeot Sport. A próxima etapa será já no Colorado (EUA), para testes a 8, 9, 14, 15 e 16 de Junho. O programa oficial da competição começa a 24, para, a 30 de Junho, Sébastien Loeb e o 208 T16 Pikes Peak se lançarem à conquista das nuvens.