PORTFÓLIO_OSCAR TANOMARU_2022

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PORTFÓLIO OSCAR TANOMARU

oscar kei kabumoto tanomaru jardim paulista, são paulo - sp (14)99168-6800 oscar.tanomaru@fau.ufrj.br

_educação

fau ufrj - 2017 - 2022

_experiência profissional

estágio no escritório Mareines Arquitetu ra - 2021-2022

_experiências acadêmicas

_monitorias

Projeto arquitetônico I Projeto arquitetônico II Teoria da Arquitetura II

_pesquisas

Voluntário no Laboratório de Modelos de fabricação digital - LAMO orientador: Pedro Engel 2019 - 2020

Bolsista no Laboratório de Modelos de fabricação digital - LAMO orientador: Pedro Engel 2020 - 2022

Voluntário no Núcleo de Pesquisa e Documentação - NPD orientadora: Maria Cristina Cabral 2021 _eventos

Apresentação como autor de pesquisa na Semana de Integração Acadêmica da UFRJ (Siac) orientador: Pedro Engel 2019 e 2022

_competências

_softwares autocad rhinoceros sketchup revit archicad vray illustrator photoshop indesign lightroom pacote office grasshopper (básico)

_habilidades manuais maquete física desenho

_idiomas

Inglês (avançado) Espanhol (básico) Japonês (básico)

Carta de recomendação

Oscar trabalhou pelo período de um ano em nosso escritório demonstrando capacidades de conceito, desenho, visualização e desenvolvimento de projetos. Ele possui habilidades também em computação gráfica.

Além de talento e esforço, Oscar fez parte do grupo de pessoas que trabalham na Mareines Arquitetura com muita amizade e principalmente bom humor.

Indico firmemente Oscar Tanomaru para atividades relacionadas à prática de Arquitetura.

Ivo Mareines – Mareines Arquitetura

Rua Nascimento Silva 280/101 Ipanema Rio de Janeiro + 55 21 3153 2808 www mareinesarquitetura com br contato@mareines.com.br

_projetos faculdade de educação física na água branca olaria anexo 22 galeria da reexistência pavilhão da (in)visibilidade

faculdade de educação física na água branca

água branca, são paulo - sp, brasil equipe: oscar tanomaru, alanna leal rezende

2021, projeto arquitetônico V orientadores: aníbal coutinho, fabiana izaga, maria paula albernaz, sergio fagerlande

A área de intervenção localiza-se no bairro da Água Branca, região cujo contexto ur bano está em processo de transformação, rica em resquícios históricos da industria lização de São Paulo. A gleba está posi cionada às margens do Rio Tietê, entre o viaduto da Avenida Nicolas Boer, à leste, a Avenida Marquês de São Vicente, ao sul, e faz divisa com o Centro de Treinamento do clube de futebol do Palmeiras, à oes te, o que configura uma malha viária de difícil acesso ao pedestre. Concomitante mente, a região da Água Branca próxima à área de intervenção apresenta significativa quantidade de espaços residuais e carên cia de serviços como comércio, espaços de cultura, esporte e lazer. O resultado das condicionantes é um grande vazio urbano, obsoleto e degradado, no entanto os es paços apresentam grande potencial para receber programas que garantam melhor acesso de pessoas à cidade e qualidade na vivência urbana.

A proposta parte da reconfiguração da pai sagem tendo como programa uma facul dade de Educação Física, um complexo esportivo, um teatro e um conjunto habita cional destinado aos alunos e professores, além de atletas que possam vir a visitar o campus. Para tanto, o projeto tem como ideia central a criação de um grande ele mento estruturante, que ordena a distribui ção do programa pela área de intervenção a partir de seu eixo. Desta forma, o edifício da faculdade assume seu protagonismo

como eixo distribuidor, com uma volume tria constituída por quatro faixas, dispostas dois a dois e conectadas por uma grande cobertura leve, que cruza a via interna que as corta e abriga todo o programa acadê mico como um grande contenedor, criando um fluxo interno de pedestres e conectan do o edifício da faculdade aos outros equi pamentos.

Por meio de análises da região, nota-se que a parte ao sul da gleba possui maior facili dade de acesso aos transportes públicos, enquanto a extremidade norte possui maio res problemas relacionados à poluição so nora. Portanto, o projeto busca concentrar os edifícios próximos à Avenida Marquês de São Vicente e criar um grande parque entre seus equipamentos e a Avenida Mar ginal Tietê, cuja vegetação de grande por te criará uma barreira sonora e auxiliará na melhor qualidade dos espaços.

A inserção da área na malha da cidade se dá pela abertura de ruas e ciclovias que garantem o abastecimento e facilidade de acesso, mas que busca favorecer o trans porte público e não motorizado a fim de reduzir o volume do tráfego de veículos no interior da área. A via interna principal, disposta perpendicularmente ao edifício estruturante, tem como objetivo não ape nas o acesso e abastecimento dos equipa mentos internos, mas também a criação de novas relações.

MASTERPLAN

Faculdade

Conjunto habitacional

Ginásio aquático e polies

de vestiários

Restaurante universitário/ academia

Teatro

1.
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portivo/centro
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PLANTA TÉRREO

Unidades comerciais

Áreas comuns do conjunto habitacional

Unidades habitacionais

Áreas técnicas do conjunto habitacional

Foyer

Salão teatral

Faculdade/salas de aula

Restaurante universitário

Centro de vestiários/circula ção vertical

Ginásio aquático

Cinema ao ar livre/arena externa

Pista de atletismo

Quadras poliesportivas abertas

Quiosques

Pista de skate

Quadras de tênis

Campo de futebol

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olaria anexo 22 olaria, rio de janeiro - rj, brasil equipe: oscar tanomaru, alanna leal rezende 2020, projeto arquitetônico de cidade contemporânea orientadores: diego portas, ana slade

O projeto surge a partir da busca pela inte gração do jardim e da casa pré-existentes e as dinâmicas familiares, que ocorrem não apenas dentro da área de intervenção, com a união de dois núcleos familiares compar tilhando um mesmo espaço, mas também na relação deste com espaços vizinhos e seus habitantes.

Dessa forma, propomos uma arquitetu ra que se adapta às necessidades e exi gências de cada habitante, vinculado à demanda por uma redução de custos e diálogo com futuros moradores. Pensa mos em uma estrutura capaz de ofere cer grande potencial de adaptabilidade e transformação, que consiga acolher não só o programa inicial proposto mas também sua ampliação, permitindo novas adições e variações dentro da estrutura inicialmente proposta, conferindo flexibilidade e versati lidade ao objeto arquitetônico.

Para que isso seja possível, propomos mó dulos em forma de paralelepípedo (h: 3m; l: 2,5m; c: 5m) pré-fabricados com perfis leves de metalon de fácil transporte e mon tagem. Dispusemos a estrutura de forma a criar acesso por meio de um plano elevado sobre o jardim - elevando a área ensola

rada a fim de criar um espaço sombreado externo logo abaixo -, que pode ser usado para atividades diversas, ligado por uma passarela que conduz o usuário ao habi tat e separa a área externa de uso comum de outra com caráter mais privado. Para compatibilizar a estrutura existente com a nova de forma a gerar o mínimo de im pacto possível na pré-existência, elevamos todo o anexo em 60cm. O volume do ha bitat ocupa 4 desses módulos estruturais dos quais 1 flutua em balanço sobre parte da área livre, criando um plano sólido que, além de dar maior privacidade em relação à vizinhança sobre a área externa, fornece cobertura para um carro.

O conjunto composto pelo volume habitá vel e pelas estruturas modulares, abraça a aceroleira que, como parte fundamen tal do dia a dia dos diversos núcleos de uma mesma família, recebe destaque no jardim e novas formas de acessá-la para o colhimento de seus frutos. Por fim, po sicionamos na parte traseira do habitat a caixa d’água, que sobre pilares elevados e com fechamento de policarbonato alveolar, pousa de forma sutil ao mesmo tempo em que se torna um marco no espaço em que se insere.

1 PLANTA TÉRREO 18.40m² PD COZINHA AA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5
14.32m² PD = 2.90m SALA 18.40m² = 2.90m COZINHA 9.35m² PD = 2.90m A.S. 3.75m² PD = 2.90m BANH. SOCIAL 13.70m² PD = 2.90m QUARTO 1 3.56m² PD = 2.90m CIRC. 9.70 m² PD = 2.90m VARANDA 13.85m² PD = 2.90m QUARTO 2 4.26m² PD = 2.90m BANH. SUITE 20.00m² PD = 2.90m SUÍTE 7.90m² VARANDA 99.40m² ÁREA EXTERNA N AA BB BB 1
1 PLANTA TÉRREO AA 1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
N AA BB BB 1
3 CORTE AA
1
4 CORTE BB
1

ESTRUTURA MODULAR DE METALON (H: 3m; L: 2,5m; C: 5m) PERFIL 50x50mm

TELHA METÁLICA SANDUÍCHE PINTURA BRANCA

VIGA TRASNVERSAL DE METALON PERFIL 120x40mm

VIGA LONGITUDINAL DE METALON PERFIL 120x40mm

FORRO DE OSB

PAINEL DE TELHAS

PORTA DE CORRER DE VIDRO

VIGA LONGITUDINAL DE METALON PERFIL 150x50mm

VIGA TRANSVERSAL DE METALON PERFIL 150x50mm

PILARETE DE METALON PERFIL 150x50mm

galeria da reexistência são cristovão, rio de janeiro - rj, brasil

equipe: oscar tanomaru, pedro augusto teixeira 2019, concurso estudantil

Tendo o ponto principal de articulação do projeto o tempo em suas reminiscências traduzidas em objetos e memórias, cons trói-se um pavilhão efêmero para acomodar e expor o acervo do maior e mais antigo museu do Brasil, o Museu Nacional (MN).

Peter Eisenman (1984) cita que enquanto a arquitetura não passar de um dispositivo destinado ao uso e abrigo, associado às funções programáticas, ela jamais passara de um efeito. Refere-se aqui supostamen te a uma entidade adjetiva, levando assim a arquitetura como dispositivo meramente prático, um espaço do qual transitará entre o passado do museu nacional em chamas, e o futuro do MN, restaurado. Lida-se, as sim, diretamente com o tempo, de abrigar o passado, que transitará para o futuro; o que confere a celebração da galeria da reexistência é o presente, a sua mais pura e cruel condição - preservar e expor um acervo que foi salvo e reencontrado meio às cinzas.

A condição irrefutável do presente deve compor e edificar a galeria, a estrutura de andaimes permite que se visualize dentre as barras de ferro e os encaixes a arquite tura por si só, desprendida de significados, apenas reafirmando o caráter efêmero e temporário do acervo e das exposições. O tempo presente é tanto visto nos andaimes e estruturas espalhadas nas obras pela ci dade e expressam o caráter mais puro do presente: o de transformar, de tirar algo da inércia previamente estabelecida. O andai me tem a conotação de mudança.

Os volumes não iconográficos estabele cem a função de distribuir o programa fren te a sua estruturação pelos andaimes; e no transitar do equipamento efêmero, nos flu xos, que se lida também com o presente; esse que nos evidencia a condição atual do MN e nos permite ver entre uma galeria e outra, na rampa aberta para a Quinta da Boa Vista, visualizar os reflexos do estado do Museu Nacional entre tapumes e mar cas pretas o sinistro ocorrido naquela noite de setembro.

pavilhão da (in)visibilidade centro, rio de janeiro - rj, brasil equipe: oscar tanomaru 2022, trabalho final de graduação orientadores: fabiana izaga, rodri go d’ávila

A ideia do programa proposto consiste em um espaço cultural efêmero que tem como objetivo servir como palco de discussão, reflexão, sensibilização e memória. Dessa forma, a instalação deve transformar a Pra ça XV temporariamente.

Procura-se, portanto, criar um grande pavi lhão temporário que se constitua simbolica mente como um espaço manifesto contra a necropolítica no Rio de Janeiro e que cons trua uma narrativa articulada que dê ao es pectador consciência do contexto político -social no qual se insere. Além disso, que sirva como aparato sensibilizador, local de homenagem às vítimas da necrópole e de visibilidade desses corpos ocultados pelo poder soberano.

A implantação do objeto arquitetônico se dá a partir da ocupação do espaço público entre edificações de poder que conformam esse espaço nodal que é a Praça XV. A estrutura invade os espaços-entre de ma neira a criar um empilhamento de camadas sobrepostas que constitui o solo urbano. Cada eixo de estrutura funciona como uma extensa plataforma capaz de abrigar e per mitir novas ocupações e atribuições.

É no sentido tanto da ocupação dos es paços-entre presentes na Praça XV e da ocupação de um espaço de poder e de visibilidade, quanto da busca pela experi ência do “entre”, do intervalo que permite a intersecção entre arte e a arquitetura, que o projeto procura se constituir. Desse modo, pretende-se estabelecer um diálogo que permita à arquitetura ultrapassar o objeto construído em direção ao sublime.

Portanto, o projeto busca tornar perceptível a noção de espaço e profundidade com uma estrutura tridimensional que revela va zios e a ausência. A ideia é que no decor rer do percurso dentro dos objetos quase translúcidos, o transeunte perceba aquilo que tange ao invisível mas que é perceptí vel de tal modo que a imaginação do visi tante seja capaz de completar a projeção virtual do monumento. Desta maneira, a construção atua no campo ampliado da ar quitetura ao passo que é gerado pela pro blematização do conjunto de oposições no que se refere à complexidade das relações entre arte e arquitetura e dá visibilidade ao tema da necropolítica na cidade do Rio de Janeiro.

MULTIPLICAÇÃO

1° ATO INVASÃO 2° ATO
3° ATO INTERSECÇÃO
1° DISPOSITIVO 2° DISPOSITIVO 3° DISPOSITIVO

DISPOSITIVO 1 - INVASÃO

O primeiro ato utiliza-se da ideia de invasão, da tomada ou mesmo da reintegração daquele espaço de poder que é de direito de todos. Dessa forma, o dispositivo resultante se apre senta como dois grandes objetos fechados que se elevam do solo e se convergem de maneira a abrigar diversas atividades tanto dentro dessas galerias, quanto embaixo das mesmas.

DISPOSITIVO 2 - MULTIPLICAÇÃO

O segundo ato trata-se da multiplicação, que envolve propagar a área de ocupação do espaço de poder, de maneira a operar entre os espaços-entre e criar novas relações com o espaço livre. Deste modo, criam-se novas travessias que ligam tanto ao primeiro quanto ao terceiro dispositivo e permitem ocupar além da terra, o ar.

DISPOSITIVO 3 - INTERSECÇÃO

O terceiro ato trata-se da intersecção e opera no âmbito da ligação e contradição entre a terra e água, o terreno e o sagrado e o início (ou chegada) do terror e a salvação. Como resultado deste ato, o terceiro dispositivo se apresenta como um pavilhão sobre a água, que estende o espaço público e se eleva em um conjunto de esca das entre andaimes e faz alusão à ideia de ascensão. Além disso, Mbembe ao falar sobre a lógica do martírio, cita Martin Heidegger e afirma que ter consciência sobre a morte é ter domínio sobre a vida. Dessa forma, o ponto alto do pavilhão faz referência ao espaço que permite ao sujeito tomar decisão sobre sua vida e ter poder sobre a mesma.

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