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Inês Gaspar
Artes e Espectáculos
INÊS GASPAR “O palco é o meu lugar e a música vai continuar na minha vida”
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Aos 13 anos, a jovem aluna da Secundária da Sobreda, integra a Classe “Talentos sem fronteiras” do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho (CCRAM)
Jovem de Corroios venceu, em 2019, o Festival da Canção Moinho d’Ouro, com o tema “Meu amor de longe”, e tem como sonho cantar numa casa de fados
Inês Antunes Malta (Texto) Mário Romão (Fotografi a)
Inês Gaspar nasceu em Almada, cresceu na Charneca da Caparica e vive actualmente em Corroios. Com 13 anos, encontra-se a frequentar o 7.º ano na Escola Secundária Daniel Sampaio, na Sobreda, e é parte integrante da Classe “Talentos sem fronteiras”, do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho (CCRAM).
“No fi nal do 4.º ano, a minha professora de arte musical, Ana Cristina Videira, ouviu-me a cantar e incentivou-me a entrar no grupo ‘Talentos sem fronteiras’, onde comecei a cantar e do qual sou aluna até hoje. Tenho aprendido bastante”, começa por contar Inês Gaspar, adiantando que tal lhe tem vindo a possibilitar “várias coisas” e a abrir “várias portas”.
Em 2019, participa no XVI Festival Internacional de Canção Infantil e Juvenil Moinho d’Ouro, organizado pelo CCRAM em parceria com a Junta de Freguesia de Corroios, no qual alcança o primeiro lugar na categoria Infantil Versões com a canção “Meu amor de longe”. Em 2020, mesmo antes de a pandemia começar, também participou num concurso internacional, em Itália, onde ganhou o segundo lugar. “Para além da convivência com os outros candidatos, foram experiências interessantes e das quais gostei bastante”, refere.
Inês Gaspar
à queima-roupa
Idade 13 anos Naturalidade Almada Residência Corroios Área Música
Normalmente tímida no seu quotidiano, quando sobe ao palco solta-se e sente-se em casa
No grupo, “muito unido e com grande espírito de entreajuda”, os elementos, de faixa etária entre os 12 e os 20 anos, participam habitualmente em vários concursos e eventos por todo o concelho e até além-fronteiras. Ensaiam todas as sextas-feiras e “os mais velhos puxam pelos mais novos e ensinam-nos como respirar, entre outras coisas. Ajudamo-nos sempre mutuamente. É o grupo ideal”, considera Inês.
Neste momento, encontram-se a participar no novo musical “Talentos sem fronteiras”, denominado “Feitos de amor”, no qual Inês Gaspar participa em várias músicas e canta a música principal, que dá o nome ao espectáculo, na qual tem ainda uma parte individual.
“Em termos musicais, aprendo muito com as professoras Joana Videira e Ana Cristina Videira. Os ‘Talentos sem fronteiras’ já me abriram muitas portas, é lá que eu treino e é muito importante para mim”, partilha.
Para Inês Gaspar, “a música permite-nos exprimirmos os nossos sentimentos e também o nosso estado de espírito e é muito importante para mim também por isso. Quando estamos felizes costumamos cantar coisas mais alegres e quando estamos tristes acabamos por escolher músicas com uma melodia mais triste”. No topo das suas preferências, está o fado, “estilo que gosta mais de cantar”, tendo a Mariza como a sua principal referência, mas mantém vários estilos em opção na hora de escolher o que cantar.
Já concorreu a programas de televisão como o The Voice Kids, da RTP, e Uma Canção Para Ti, da TVI, e apesar de ainda não ter conseguido alcançar esse objectivo mantém esse feito como um sonho seu, sem esquecer “a força de tentar e acreditar que existirão mais oportunidades”.
Aposta na formação musical faz parte dos planos para o futuro Nos tempos livres, gosta de realizar trabalhos manuais e dedica-se à escrita de poemas, textos e algumas músicas. No futuro, pretende continuar a cantar, apostar na formação musical e tem como objectivo manter a participação em concursos, rumo ao sonho que tem de cantar numa casa de fados.
“Gostava de aprender mais coisas na música, ter aulas para poder aperfeiçoar o meu canto, as técnicas musicais, e de aprender a tocar um instrumento”, diz. “No futuro vou tentar melhorar alguns aspectos, como as notas mais altas, que são mais difíceis para mim. Acredito que com treino tudo se consegue. É preciso ter vontade e persistência”, adianta.
Está, assim, certa de que “o palco é o meu sítio e a música vai continuar a estar sempre presente na minha vida. Tem um papel importante e, portanto, vai continuar certamente a ser parte dos meus dias”.
Os pais de Inês, apesar de conhecerem e acompanharem de perto o gosto da filha pela música, não esperavam o sucesso alcançado na sua participação no festival da canção nem a forma rápida como tudo aconteceu a seguir. “Tiveram receio de que eu chegasse, fi casse com vergonha e não fosse ao palco, mas foi precisamente o contrário. Dizem que cheguei, cantei e brilhei”, partilha. “Quando subo a um palco tudo passa, esqueço tudo à minha vida e começo a ser uma Inês diferente. Toda esta experiência tem-me ajudado muito, mesmo na escola, nas apresentações orais, por exemplo”, conclui.