Edição 05

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Ano 1 - Nยบ 5 - Outubro/Novembro 1997

Perfil Perfil

www.inx.com.br/fisio&terapia

Sonia Pabst


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Agenda.

Enjoy it!

Cartas. Hipomobilidade Temporo Mandibular. Terapia Manual.

Amputados Terceira Parte.

Fotos

Incontinencia Urinaria.

Nutricao.

Proxima Edicao.

Perfil Fisio&terapia (#5) Outubro / Novembro - 1997 é publicada pela editora fisio&terapia - Rua José Linhares. 134 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ Cep 22430-220 - Tel. (021) 294-9385 / 528-0000 Cód. 231754 - Assinaturas podem ser feitas por R$ 10,00 (por semestre - 3 edições) nos pontos de venda ou mandando seus dados completos para a redação da revista através da home-page: www.inx.com.br/fisio&terapia - e-mail: oston@inx.com.br ou cartas para o endereço acima.

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Mês

Curso/Evento

Local

Período

Outubro Curso de Propriocepção Associação Fluminense de Reabilitação 4,5,11,12,18 e 19 Simpósio Internacional de Fisioterapia Fortaleza-CE 17,18 e 19 Ortopédica-Traumatológica e Desportiva Fisioterapia em Traumatologia Ibam 18 e 19 Laser no Processo Inflamatório UCB- Univ. Castelo Branco - RJ 19 e 26 I Curso de Aprimoramento Fortaleza-CE 21 a 03 de Dezembro em Fisioterapia Respiratória Atual Formas de Ondas da Corrente Farádica SKINER - São Paulo 27 para Ptose Tissular e Musculatura Fraca Kabat - A Verdade Sobre o Método Piracicaba - SP 24 a 30 Novembro Curso de Pós Graduação Universidade Gama Filho Sábados de Fisioterapia em Traumatologia/Ortopedia Tratamento Fisioterápico AEMPS - Teresópolis 1 e 2 das Lesões do Joelho no Desporto Tratamento Fisioterápico no UCB- Univ. Castelo Branco - RJ 2 e 9 Amputado de Membro Inferior V Semana da Fisioterapia UNIFENAS - Univ. de Alfenas 3,4,5,6 e 7 I Congresso Brasileiro Multidisciplinar Univ. Estadual de Londrina 5 a 8 de Educação Especial SERFISIO - I Seminário de Fisioterapia Clube de Engenharia 22 e 23 Fisioterapia Desportiva Associação Fluminense de Reabilitação 8,9,15 e 16 Fisioterapia Respiratória - Aspectos Fisiológicos ENAF - Poços de Caldas 15 a 21 Preventivos e Terapêuticos Principais Lesões e Traumatismos ENAF - Poços de Caldas 15 a 18 dos Membros Inferiores Terapia da Coluna Vertebral Através ENAF - Poços de Caldas 15 a 18 de Terapia e Cadeias Musculares Piscina Terapêutica ENAF - Poços de Caldas 15 a 18 L.E.R - Ergonomia, Posturas ENAF - Poços de Caldas 16 a 18 e Exercícios Físicos Laboratoriais Coluna Vertebral, Patologias Básicas, Avaliação UCB- Univ. Castelo Branco - RJ 16 e 23 Prevenção e Correção dos Padrões Posturais Coluna Vertebral - Uma Abordagem ENAF - Poços de Caldas 16 a 18 das Alterações Posturais Como Confeccionar Órteses em Fisioterapia Universidade Gama Filho 17 e 21

Inscrições (021) 610-2626 719-1201 (085) 272-4792 Fax: (085) 272-2162 (021) 594-4570 (021) 401-9407 Ramal 234 Fax: (021) 401-9696 (085) 267-2622 267-5569 / 294-3447 (011) 572-8592 575-0077 0800-43-7008 (043) 322-5689 (021) 331-1207 (021) 742-1535 Fax: 742-8455 (021) 401-9407 Ramal 234 Fax: (021) 401-9696 (035) 291-4305 (043) 371-4665 371-4704 (021) 594-4570 (021) 591-5165 (021) 610-2626 719-1201 (035) 222-2344 (035) 222-2344 (035) 222-2344 (035) 222-2344 (035) 222-2344 (021) 401-9407 Ramal 234 Fax: (021) 401-9696 (035) 222-2344 (021) 599-7136 (021) 599-7217

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Mês

Curso/Evento

Local

Período

Inscrições

Novembro I Congresso Internecional de Abordagens Corporais Salvador 20 a 22 (071) 358-9244 Fax: (071) 358-2599 CONFIT - Congresso de Fisioterapia do Uberlândia 19 a 22 (034) 971-4489 Triângulo Mineiro 235-7005 / 239-3600 Curso Teórico/Prático de Hidroginástica e Joinville 21 a 23 (047) 425-2359 Hidroterapia para Gestante Curso de Atualização em Eletrotermoterapia Florianópolis 22 e 23 (048) 224-8042 Fisioterapia e Exercício Físico Associação Fluminense de Reabilitação 22 a 30 (021) 610-2626 nas Doenças Cardiovasculares 719-1201 Como Prescrever Órteses e Próteses em Fisioterapia Universidade Gama Filho 24 e 28 (021) 599-7136 599-7218 XIII Curso Multiprofissional de Próteses e Órteses Campinas - SP 27 a 29 (019) 236-7093 Fax: 236-7095 Curso de Estética Ibam-RJ 29 e 30 (021) 594-4570 Tratamento Fisioterápico AEMPS - Teresópolis 29 e 30 (021) 742-1535 nas Lesões do Manguito Rotador Fax: 742-8455 Curso de Atualização em Eletrotermoterapia Curitiba 29 e 30 (041) 243-2128 Lesões por Esforço Repetitivo no Ombro UCB - Univ. Castelo Branco - RJ 30 e 7 dez (021) 401-9407 Ramal 234 Fax: (021) 401-9696 Dezembro Curso de Formação no Método Maitland Porto Alegre 2 a 12 (051) 338-4496 Biomecânica da Coluna Vertebral AEMPS - Teresópolis 6e7 (021) 742-1535 no Gestual Desportivo Fax: 742-8455 Fisioterapia Respiratória Associação Fluminense de Reabilitação 6,7,13 e 14 (021) 610-2626 e Suporte Ventilatório na UTI Fax: 719-1201 Tratamento Traumato Ortopédico: Artroplastia de UCB - Univ. Castelo Branco - RJ 14 e 21 (021) 401-9407 Ramal 234 Quadril e Joelho, Fixador Externo, Tornozelo e Fax: (021) 401-9696 Fraturas Femurais CursodeMobilizaçãodasArticulaçõesperiféricas

e das extremidades Inferiores e Superiores

Com Dr. David Magee - PHD em reabilitação, autor do livro “Orthopedic Physical Assessment”, professor da University of Alberta - Fisioterapeuta responsável pela equipe olímpica Canadense medalha de ouro de nado sincronizado nas duas últimas olimpíadas. e MScPT Dr. Carlos Ladeira - fisioterapeuta especialísta em terapia manual pela University of St. Augustine for Health Science - Florida, (MScPT - mestre em ciência fisioterápica -formado em Edmonton - Canadá) em

MARÇO/98 5

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Realização


cervical,” “Infecção de ombro: diagnóstico e tratamento,” entre outros. Outra coisa que o fisioterapeuta não deve esquecer é que tais artigos podem ser “downloaded” direto para o seu “hard drive” e impresso Parabéns! É a FISIOBRAZUCA chegando para melhor leitura se o leitor assim denos USA!!! sejar. Os serviços da Medscape também Valeu Oston! Um abraço incluem cursos por correspondência Adhemar Watzl Barreto eletrônica que fisioterapeutas também podem atender (estes cursos sao pagos). Salve meu camarada!! Por um acaso passei pela PT (USA) e achei super, você (a HP da fisio&terapia) ser citado na lista de links!

Mescape e Medline: Ciência na Internet.Mescape é um “web site” comercial que fornece servicos para profissionais da área médica. Estes serviços são de graça. Este “web site” é uma ótima área para o fisioterapeuta manter-se informado sobre avanços de medicina. Medscape possui informações de quase todas as áreas da medicina: cardiologia, doenças infecciosas, aids, oncologia, ortopedia, medicina desportiva, pneumologia, entre outras. Notícias médicas internacionais são publicadas todo dia neste “web site.” A Mescape também fornece acesso à milhares de artigos científicos completos. Artigos cientificos sao publicados toda semana na Mescapde, estes são revistos por uma banca de especialistas examinadores antes de cada publicação. O melhor destes artigos é que eles podem ser acessados com um apertar de botão de “mouse.” A qualidade das matérias publicadas é ótima. Muitos dos trabalhos publicados são ilustrados com exames de radiografias, “bone scan,” MRIs (“Magnetic Resonanse Image”), entre outros; tudo acessível com um apertar de botão do “mouse.” Exemplos de artigos publicados na área de ortopedia e medicina desportiva nos dois últimos meses são: “fricção da fáscia lata no joelho de corredores,” “lombalgia após bursite de ombro,” entre outras. Não esqueça que todos os artigos são em inglês. A Medscape também publica artigos retirados de outros jornais científicos como “Lesão da artéria vertebral após trauma da coluna

Espera, ainda não falei do melhor da Medscape, o que gosto mais da Mescape é que seus membros podem utilizar de graça os servicos da Medline. Medline faz parte do paraíso dos fisioterapeutas que fazem pesquisas e gostam de manter-se atualizados com as novidades científicas da profissão. MEDLINE é conectada com a “National Library of Medicine” dos Estados Unidos. Medline possui o mais importante e o mais o completo banco bibliográfico médico do mundo. Resumos médicos podem ser encontrados na Medline a partir da década de 1960. O número de revistas científicas (“Journals”) registradas com a Medline ultrapassa 3600. Estas revistas incluem todas as especialidades médicas. O total de resumos médicos encontrados na Medline ultrapassa 7.5 millhões. Todos os artigos da Medline tem um resumo escrito em inglês, mesmo se a língua original do artigo não for inglesa. O fisioterapeuta pode pesquisar matérias na Medline por autor, palavras chaves, por ano, por “journals,” ou fazer uma combinação destes últimos. Todos os resumos das revistas internacionais mais importantes da fisioterapia podem ser encotrados na Medline. Novamente, não esqueça que tudo esta escrito em inglês. Que tal? Se você quizer ficar membro da Medscape, o endereço e http://www. medscape.com

Sou acadêmico de Fisoterapia e descobri a revista pesquisando em páginas ligadas ao assunto e desde então tenho o endereço gravado em meu book marks .Parabenizo aos colegas pelo exelente trabalho realizado. Um abraço Marcelo de Carvalho Filgueiras

Con mucho agrado encontré las páginas de referencia a vuestra revista buscando en la red. Me agradaría suscribirme y recibir vuestra revista de fisioterapia Agradezco vuestra atención e espero atentamente vuestra respuesta Gracias!!! Adriana B. Moschini - Terapista Física Bienos Aires - Argentina

Sou estudante do 2º período do Curso de Fisioterapia, e conheci um pouco da revista quando navegava pela Internet. Achei-a realmente muito boa. Parabéns a todos pela qualidade dos textos, pela clareza com que são abordados os temas, e pela escolha dos mesmos. Desejo-lhes cada vez mais sucesso, pois seu trabalho é muito importante.

Abraços.

Ésoli O.Núbile Nascimento Nós da revista Fisio&terapia gostaríamos de parabenizar o Dr. Fernando Prati e o CREFITO-5 pelo pionerismo da belíssima Home-Page. Nós fisioterapeutas realmente necessitávamos de uma página na Internet com informações indispensáveis sobre a legislação, resoluções e etc. Parabéns Porto Alegre, parabéns CREFITO-5, Parabéns Dr. Fernando Prati. O endereço virtual do CREFITO-5 é:

MScpt. Dr. Carlos Ladeira CLLadeira@aol.com

www.crefito5.com.br #5

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Hipomobilidade “A CONTRIBUIÇÃO FISIOTERÁPICA NA HIPOMOBILIDADE DA ATM COM UM ENFOQUE DE ORIGEM CAPSULAR.” A articulação têmporo-mandibular é formada por estruturas intra e extra capsulares. Nas estruturas intracapsulares são compostas pelo complexo côndilodisco e ligadas entre si, por um ligamento de origem colágena, e este por sua vez ligados a base do crânio por um ligamento colágeno de fibras elásticas. A própria disposição do disco interarticular em relação a cápsula, constitui-se por dois recessos, um inferior e outro superior, isolados. Estes são as principais estruturas em que o movimento de rotação do côndilo (abertura da boca de 20 a 25 mm) gira sob o seu próprio eixo e o recesso ao espaço articular superior propicia o movimento de translação das apófises condiliana que em alguns pacientes chega a um aumento de 25 a 42 mm de abertura bucal. Este dado se dá porque anatomicamente o côndilo sai da cavidade glenóide e se alinha a eminência articular da mandíbula. Os movimentos mandibulares excêntricos bordejantes, são serciados pelos ligamentos extracapsulares, têmporomandibular, estilo mandibular e esfeno mandibular e também pelo próprio ligamento capsular. Ultimamente, esta articulação vem sofrendo freqüentes acometimentos por etiologias variadas, podendo-se enfatizar, dentre elas o stress da vida cotidiana. Os principais sintomas são: · Restrição a abertura da boca, · Edema de face, · Alteração dos eixos vertical e horizontal da face, · Dor à palpação das estruturas afetadas,

· Desenvolvimento da mandíbula: lateralização, ântero pulsão e retropulsão, · Compressão condilar. HIPOMOBILIDADE A hipomobilidade é uma alteração músculo esquelética, que leva a um comprometimento e uma lacidão que pode acometer uni ou bilateralmente a articulação têmporo-mandibular. As causas que podem levar a uma Hipomobilidade Articular são: · traumatismos · infecções · alterações de nervos periféricos · periartrites · luxação da ATM · contusões · subluxação da ATM · disfunções (desarmonia oclusal, que gera uma tensão na articulação provocando um desvio na linha média e da dimensão vertical, gerando assim uma hipomobilidade. A maioria dos pacientes que apresentam uma má oclusão, como fator etiológico agregam a esta oclusão um fator emocional combinado com alguns fatores fisiológicos. A alteração do estado emocional e o psicológico do paciente podem desencadear uma crise. TRATAMENTO EMPREGADO A metodologia empregada para esses casos se baseia num conjunto de correção postural, mobilização da coluna cervical e do eixo-mandibular, seguidas de estiramento spray com fluorometano, conduta domiciliar e restrição alimentar,

com alimentos leves e ou pastosos. Vale a pena salientar que para cada acontecimento adota-se uma metodologia e um protocolo de tratamento específico, pois a riqueza clínica para as desordens têmporo-mandibulares são muito vastas e específicas para cada caso. Lembramos que a prevalência de sucesso com a diminuição sintomatológica de tais acontecimentos, dependerá do diagnóstico odontológico e da destreza do profissional fisioterapeuta e da união da equipe multidisciplinar, gerando assim um melhor tratamento, bem estar global e cura do paciente. A clínica da ATM se propõe à fazer um trabalho tal que atingindo a cápsula articular possa haver uma liberação da compressão existente,liberando a abertura de boca e o movimento da mandíbula, ou seja, uma reexpansão da cápsula da articulação têmporo-mandibular. BIBLIOGRAFIA TRAVELL JG SMONS DG Mofascial Pain and Disfunction: The Trigge Point Manual. Baltimore,Willians Wilkins, 1983. KENDAL LFP 7 MC CREARY EK MUSCLES: Testing and Function - Baltimore, Willians & Wilkins, 1983 ROCA BADO M. JOHNSON BE. BLAKNEV MG Phisical and dentiste. Dr. Marcus Vinícius M.Pinto Fisioterapeuta Professor da Faculdade de Reabilitação da ASCE Ac. Renata Reis de Almeida Acadêmica de Fisioterapia da Faculdade de Reabilitação da ASCE.

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TERAPIAS

S I A U N A M

Por Carlos Ladeira *

A terapia manual refere-se ao tratamento através da execução passiva de movimentos articulares. Estes exercícios são utilizados principalmente para tratar restrição de ADM de pacientes com dificuldade para restaurar seus movimentos independentemente. A terapia manual é uma das áreas de fisioterapia internacional que mais cresceu nos últimos 30 anos. Esta matéria foi escrita com três objetivos: (a) descrever a origem e a evolução da terapia manual, (b) esclarecer a importância da evolução da terapia manual na fisioterapia e, (c) alertar o brasileiro sobre o uso de exercícios de alta velocidade na terapia manual.

I. História da Terapia Manual II. Evolução das Escolas MoHipócrates e Galeno foram talves os primeidernas de Terapia Manual ros a escrever sobre técnicas de terapia manual na Grêcia (400 AC) e Roma (110 DC) respectivamente. Após a decadência do Império Romano, a arte da terapia manual era praticada por membros de ordens religiosas. Foi um membro religioso da ordem de St. Agostinho chamado Friar Moulton que publicou o primeiro livro de terapia manual na idade média. Este livro foi revisado e rescrito pelo inglês John Turner na Renascença (1656): “The Complete Bone Settler.” A publicação deste livro popularizou o uso da terapia manual entre ingleses. A terapia manual praticada por fisioterapeutas pode ser trassada à estes ingleses que chamavam “bone settlers.”

Osteopatia Andrew Taylor Still fundou a primeira escola de terapia manual nos EUA em 1892: a osteopatia. Muitos acretitam que Still desenvolveu suas técnicas de terapia manual de “bone settlers” ingleses que imigraram para os EUA. De acordo com Still, qualquer doença podia ser explicada pela compressão de artérias que distribuem nutrientes essenciais no corpo humano. No começo do século XX, os osteopatas americanos entenderam que muitas teorias ensinadas pôr Still estavam erradas. Assim, estes últimos passaram a incorporar métodos da medicina tradicional ao tratamento Os “bones settlers” eram indivíduos mísde seus pacientes. Em 1920, os osteopatas ticos que praticavam terapia manual sem americanos obtiveram reconhecimento embasamento científico. Por causa desta médico em vários estados americanos. Em falta de conhecimento científico, os “bone 1970, o reconhecimento médico dos ostesettlers” causaram muitos danos em pacien- opatas já tinha atingido todos os estados tes com doenças como tuberculose. Por isto, americanos. Os osteopatas americanos, a terapia manual tornou-se um ato médico entretanto, não são médicos reconhecidos não ético na Grã Bretânia em 1858, banindo em certos países fora dos EUA. Na Inglaa referência de pacientes à “bone settlers.” terra e outros países europeus, os osteopaEsta proibição fez da terapia manual um tas não adotaram a mesma filosofia renotipo de medicina alternativa praticada na vadora do uso de terapia manual judicialInglaterra na segunda metade do século mente apenas para problemas ortopédicos XIX. como os osteopatas americanos e assim, os osteopatas ingleses não receberam e não recebem uma educação médica completa. Atualmente, a maioria dos médicos oste-

opatas americanos não praticam a terapia manual, somente a medicina. Quanto aos osteopatas europeus, eles não são médicos e a grande maioria recebe uma educação técnica que não equivale a uma educação universitária. Quiropratia Em 1895 um comerciante chamado Daniel David Palmer, paciente do famoso osteopata Still, fundou a primeira escola para quiropratas nos Estados Unidos. Muitos acreditam que Palmer desenvolveu seus métodos de terapia manual baseado nas técnicas de Still. Palmer acreditava que todas doenças eram causadas por compressão de nervos na coluna, assim sendo, a terapia manual da coluna vertebral poderia curar qualquer doença. Depois da criação da primeira escola por Palmer, várias outras foram fundadas com diferentes filosofias de tratamento. Esta diferença de filosofia de tratamento enfraqueceu a arte de terapia manual praticada por quiropratas. Enquanto muitos quiropratas passaram a reconhecer que a terapia manual não podia tratar doenças e a reconhecer métodos da medicina tradicional, outras continuaram adeptas da teoria da compressão de nervos. No Canadá em 1976, vários quiropratas ainda faziam propaganda de tratamento de pressão alta, epilepsia, diabetes, ou mesmo deficiência visual por meio de terapia manual. Nos EUA, mesmo na atualidade, muitos #5

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quiropratas ainda pregam a filosofia de que crianças que recebem quiropratia não requerem vacinação para prevenção de infecção de ouvido. Por causa destas crenças acima citadas sem fundamentos científicos, muitos médicos norte americanos acreditam que quiropratas são profissionais charlatões perigosos à saúde de seus pacientes.

tland e o norueguês Kalterborn. Maitland introduziu o conceito de níveis de terapia manual para graduar a ADM de cada técnica e o conceito de oscilações rítmicas para tratamento de dor. Kalterborn é famoso por introduzir conceitos de artrocinemática na fisioterapia. As autoridades fisioterápicas em terapia manual da atualidade consideram as técnicas de Cyriax antiguadas e violentas.

III. Terapia Manual na Medicina Alopática e na Fisiotera- IV. Terapia Manual na Fisioterapia Norte Americana pia A divulgação da terapia manual dentro da medicina tradicional e fisioterapia pode ser trassada aos ensinamentos de dois cirurgiões ortopédicos ingleses: Mennel e Cyriax. Estes últimos desenvolveram suas técnicas de “bone settlers” ingleses do final do seculo XIX. Os trabalhos de Mennel e Cyriax foram influenciados por publicações no “British Journal of Medicine” de dois médicos do final do século XIX: Paget (“Cases that Bone Setters Cure,” 1860) e Penny (“On Bonesetting,” 1888). Paget e Penny criticavam o desprezo da medicina tradicional contra a terapia manual e encorajavam o uso judicial desta por profissionais da área médica. Mennel publicou um livro sobre terapia manual em 1939. Cyriax começou uma série de publicações na área de terapia manual na década de 1940. Cyriax na década de 50 começou a divulgar seu trabalho entre fisioterapeutas. Nos anos 50 e 60, fisioterapeutas alunos de Cyriax viajaram em diversas partes do mundo (Canadá, Alemanha, Austrália, França, e Nova Zelândia) para divulgar a terapia manual. No princípio dos 60, fisioterapeutas começaram a desenvolver novas filosofias e técnicas de tratamento manual que são evoluções das mesmas desenvolvidas por Cyriax. Entre estes fisioterapeutas, os mais famosos são o australiano Mai-

Na América do Norte, exercícios passivos de baixa velocidade são ensinados em cursos de graduação, mas exercícios passivos de alta velocidade geralmente não são ensinados antes do fisioterapeuta ter muitos anos de experiência clínica no setor de ortopedia. O terapeuta também deve demonstrar habilidade no uso de exercícios de alta velocidade em articulações periféricas antes de aprender a aplicação dos mesmos na coluna vertebral. Exercícios de alta velocidade são considerados as últimas opções de tratamento principalmente no pescoço. Fisioterapeutas pertencentes as escolas acreditadas pela IFOMT recebem uma educação universitária à nível de pós-graduação para reconhecer pacientes que são apropriados para receber terapia manual com exercícios de alta velocidade, muitas destas escolas somente ensinam exercícios de alta velocidade em residências clínicas de um ano de treinamento. Esta filosofia norte americana poderia ser utilizada no Brasil para evitar acidentes com pacientes.

V. Terapia Manual no Brasil

No Brasil, a prática de terapia manual está começando a popularizar-se entre fisioterapeutas. Infelizmente, no nosso país ainda existem técnicos e leigos praticando a te-

MASSAGE TABLE

rapia manual. O autor deste artigo, através de colegas de profissão, têm conhecimento de indivíduos que praticam a terapia manual sem educação universitária. O uso da terapia manual, mais especificamente o uso de exercícios de alta velocidade, pode ser extremamente perigoso principalmente na mão de técnicos ou leigos. Acidentes de terapia manual não são tão raros como imaginado, eles acontecem (AVC, lesão nervosa, fraturas) e podem ser fatais (1), sem falar de efeitos colaterais (dor de cabeça, náusea, vômitos, tonteiras, aumento de sintomas, entre outros) (2). Estes acidentes não restringem-se à pacientes com doenças médicas, mas incluem acidentes com jovens saudáveis principalmente na coluna cervical (1, 2). Portanto, é importante que o ensinamento da terapia manual seja feito através de profissionais qualificados de nível universitário. O fisioterapeuta brasileiro têm a oportunidade de desenvolver a terapia manual praticamente sem a competição de quiropratas e osteopatas. Entretanto, o terapeuta não deve esquecer que o uso da terapia manual pode ser muito perigoso e mesmo prejudicar o desenvolvimento de nossa profissão se não usado judicialmente. Portanto, vamos desenvolver a terapia manual com prudência, nós não queremos que uma arte tão valorosa perca a aceitação médica nas mãos de terapeutas inapropriadamente treinados. MScPT. DR. Carlos Ladeira é fisioterapeuta especialísta em terapia manual pela University of St. Augustine for Health Science - Florida, (MScPT - mestre em ciência fisioterápica -formado em Edmonton - Canadá). CLLadeira@aol.com Referências 1. Lee KP et al: Neurologic complications following chiropractic manipulation: a survey of California neurologists. Neurology, 45(6):12131215, 1995.

Agora finalmente no Brasil você poderá ter acesso à Massage Table, uma mesa de massagem revolucionária, que consegue aliar resistência, beleza, conforto e ao mesmo tempo ser leve e portátil. Saiba agora porque este produto é sucesso absoluto entre profissionais de saúde nos Estados Unidos e Europa. Conforto para o paciente proporcionado pela base em espuma de alta densidade;  Conforto para o profissional, proporcionado pela liberdade de movimentos e pela altura regulável; 

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A Protetização no Amputado de Membro Inferior Antonio Vital Sampol*

Introdução

Antonio Vital Sampol Fisioterapeuta e professor das Universidades Gama Filho, Castelo Branco e Estácio de Sá - Barra Rua Pedro Reis, nº 49 - Quintino Rio de Janeiro Cep: 20740-020 Tel (021) 289-8044 Cel (021) 996-5432

Prótese de Grego pros - em lugar de, e tithemi - colocar, isto é, “ para colocar em lugar de “ é uma peça que pode ser usada em substituição à um órgão interno ou externo do corpo humano. A prótese mais comum é a dentária. Assim o protético ortopédico deve deixar bem claro que não é um protético dentário. Portanto Edelstein, Joan E. ( 1993 - 465/466 ) relata que o conceito da substituição de um membro perdido é muito antigo. As próteses como o galho em forquilha (usado na sustentação de um membro amputado abaixo do joelho ) eram conhecidas na antiguidade. O Historiador romano Heródoto escreveu em 484 a.C. sobre um homem persa que escapou das algemas de ferro que prendiam sua perna cortando fora seu pé, e substituíndo-o por um pé de madeira. A mais antiga prótese a sobreviver até os tempos modernos foi uma perna de cobre e madeira, datando do terceiro século a. C. . O Talmund, antedatando o sexto século, contém referências a uma “ perna de pau” acolchoada. As próteses de membro inferior e superior existem desde a antiguidade, possivelmente desde a pré-história. Da época do renascimento já há exemplos de próteses sofisticadas, especialmente do ponto de vista estético. A funcionalidade das próteses anteriores ao século XX sempre foi bastante limitada pela falta de materiais específicos, conhecimentos de fisioterapia indispensáveis a uma boa protetização e, principalmente, pelo estágio rudimentar da medicina, como o desconhecimento da assepsia e antibióticos, provocando a morte

da maior parte dos candidatos à amputação. Foi apenas no século XIX ( 1800 ) que se passou a utilizar o torniquete de forma sistemática; antes de 1600 não se conhecia nem o enfaixamento do coto para estancar o sangramento, sendo usados métodos rudimentares, como cauterização e esmagamento. Após duas guerras mundiais, havia um grande contigente de amputados que necessitava ser protetizado. Na época da primeira guerra , já existem próteses com articulações de joelho, porém seu custo era elevado: os componentes tinham de ser confeccionados individualmente em aço. Assim, ficava restrito ao uso de pernas de madeira, ou de alumínio, para o público em geral. De lá para cá, a técnica ortopédica evoluiu muito e desenvolveramse componentes pré-fabricados e padronizados, possibilitando, em larga escala, uma reabilitação funcional e o fisioterapeuta deve estar familiarizado com suas características bem como sua manutenção.

Objetivo da Protetização

É reabilitar o paciente para uma vida normal e integrá-lo à sociedade, permitido a sua locomoção através da prótese inserindo um maior grau de função nas suas atividades de vida diária e profissionais recaindo em uma melhor qualidade de vida.

Considerações ao optar pelo tipo de prótese

1 - O tipo de amputação: para cada tipo de amputação temos um modelo de prótese, seja modular ou convencional e de acordo com o nível da amputação temos materiais que #5

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melhor se adaptam ou que a tornariam mais leve. 2 - As condições do coto: o fisioterapeuta deve se preocupar com as condições do coto para que não ocorra fatores que possam interferir na protetização do encaixe do coto com a prótese que são as seguintes: a) Aderência cicatricial: a aderência limita a mobilidade do coto, podendo gerar um quadro álgico importante o que vai gerar a não transferência de peso para a prótese causando uma claudicação e marcha irregular. b) Orelha de cão: a orelha de cão é quando após uma amputação observamos na extremidade lateral e medial do coto de amputação uma quantidade de tecido adiposo similar a uma orelha de cão e que pode vir a ser um fator de interferência na protetização por dificultar a acomodação do coto ao encaixe da prótese. c) Infecção: a infecção deve ser acompanhada com muita atenção pois a sua evolução poderá acarretar em nova cirurgia de amputação ou ainda

prolongará muito mais o tempo de adaptação à prótese. d) As sensações de membro fantasma e dor fantasma: são sentidas por quase todos os amputados, exceto os congênitos algum tempo após a protetização. e) Neuroma: a formação de um neuroma no coto de amputação em sua extremidade acarretará em “ choques “ na sua extremidade ao realizar a percussão pelo fisioterapeuta. Isso pode ser um fator de interferência durante a adaptação com a prótese. As condições físicas e o perfil do paciente: a) Idade: a idade é um fator que deve ser observado com muita atenção, pois não devemos ignorar a capacidade do idoso, porém devemos respeitar seus limites e sua vontade. O paciente jovem terá com certeza um maior desenvolvimento de suas habilidades motoras, cinestésicas e proprioceptivas permitindo uma rápida e eficaz protetização. b) Peso: qualquer aumento ou redução de peso poderá afetar a

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adaptação à prótese, portanto o paciente deve ser orientado a manter um peso ideal evitando assim complicação com a prótese. c) Nível de atividade: o tratamento fisioterápico para protetização e o tipo de prótese dependerá do nível de atividade física, pois se estamos com um paciente que desempenha alguma atividade desportiva, consequentemente seu programa de tratamento fisioterápico será elaborado com atividades dinâmicas e voltado para prática desportiva desejada e os componentes de sua prótese serão dinâmicos para conseguirmos maior desempenho e performance. Caso seja um paciente sedentário utilizaremos o tratamento fisioterápico voltado para as suas necessidades básicas e uma prótese capaz de atender suas expectativas. Nota: Agradecimento ao Dr. Antonio Vieira de Mello (Cirurgião Vascular), pela colaboração e redação do presente trabalho - 3ª e 4ª partes - Continuaremos na próxima edição com a 4ª e última parte do trabalho com o título: “Expectativa do Paciente em Relação a Prótese”.

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Incontinência Urinária rte 2 a

(Na mulher, no homem, e na criança)P

Por Dra. Marta Chacel Arespeitodealgunserrosdeinterpretaçãonocapítuloanterior,procureidarumaidéiageralsobrealgunsaspectosimportantes da fisioterapia na incontinência urinária, que é desconhecida para a maioria de nossos colegas, e de pouca atuação prática. Talvezpeloaparente“assuntomisterioso”deixamosdeladoporalgumtempoestetrabalhotãoimportante.Neste capítulo final, gostaria de dar alguns informes sobre o tratamento.

Na década de 1950, o Dr. Arnold Kegel, cirurgião americano, reparou que certos pacientes operados de incontinência urinária apresentavam recidiva rapidamente.

pico pela estimulaçào elétrica funcional e pela aparição de dispositivos intra-vaginais (individuais), que permitam ajudar aos exercícios de reavalidação do assoalho pelviano.

Ele ficou surpreso com a má qualidade da musculatura perineal dessas mulheres. Outros cirurgiões observaram também recidivas por insuficiência do esfíncter estriado uretral.

São tubos e cones intra-vaginais para estímulo proprioceptivos na posição ortostática, que se adaptam à morfologia individual da vagina.

A primeira inferência foi subjetiva no exame clínico dos feixes musculares dos músculos elevadores do ânus, e a segunda apreciação objetiva dada pela eletromiografia do esfíncter estriado uretral. Exames radiológicos mostraram deterioração da estática pelviana com ausência da mobilidade visceral, devido à fraqueza do assoalho perineal. Assim, ficou clara a importância de uma boa musculatura estriada uro-genital. Iniciou-se o tratamento por biofeedback e eletromiografia genital, para avaliação e tratamento da insuficiência do esfíncter estriado uretral. Biofeedback é um tratamento popular por ser do tipo de autoreeducação, mais prático e confortável ao paciente, que o fará em seu próprio domicílio usando o bidé com orientação específica. Esses exercícios são melhor evidenciados nas incontinências por esforço (tosse, espirro, carregar peso excessivo, prática de esporte e etc). Foram desenvolvidas técnicas de tratamento fisioterá-

Existem os indutores masculinos, colocados no ânus e ligados a um cabo que vai ao aparelho estimulador para provocar a contração dos esfíncteres e musculatura dessa área, procurando devolver a força muscular estriada e a capacidade de contração rítmica dessa parte genital. Na criança são usados indutores elétricos especiais (pequeninos) no caso das meninas e que seguem o mesmo processo. Jamais, como em alguns processos terapêuticos, usa-se o sistema de toque retal como estimulador nos meninos e meninas. Eles, pelo trauma e consequências imprevisíveis que a longo prazo podem causar e, elas, as meninas, por sua condição anatômica de virgindade e sensibilidade. No trato infanto juvenil, usar o feedback de toque na periferia da vulva e feito sempre na presença dos pais, do responsável ou de alguém indicado por eles. A fisioterapia se propõe a melhorar a qualidade da estática pélvica, a continência urinária e anal e, na mulher a recuperação da qualidade de suas funções fisiológicas genitais. Mais tarde, a degradação anatômica ligada a idade e às pertubações sexuais, vão necessitar imperati#5 14


vamente de uma reeducação pós menopausa e mais tarde ainda a reeducação de pessoas idosas. A fisioterapia atua nos centros de reabilitação nos departamentos de gerontologia, obstetrícia (parto e menopausa) e em clínicas que tratam a incontinência urinária e fecal; em jovens por motivo de esforço excessivo nos esportes e em outras atividades físicas de grande demanda de carga ou no pós-parto. O tratamento pode também ser feito à domicílio. I – Reabilitação do Assoalho Pélvico Atuação Prática

· favorecer o automatismo em posição ortostática. · controle perineal de esforço (atividades excepcionais). Tratamento Fisioterápico – Objetivos: · reeducação dos músculos do assoalho pélvico. · normalização da função perineal. · automatização do reflexo perineal de esforço. · restauração da funçào perineal:

· pelo fisioterapeuta, enfermeira ou parteira.

- períneo anterior (prolapso, incontinência, disfunção sexual, parto repetido).

· profissional necessita conhecimento indispensável de anatomia e do aparelho genito-urinário.

- Períneo posterior (patologia digestiva terminal).

· consiste no exame do períneo, com testes musculares dos elevadores e do esfíncter do ânus. · necessita postura ética profissional e consciência da delicadeza no trato desse assunto. · na atuação, procurar estar sempre acompanhado de outro profissional do serviço a que serve. Tratamento Conservador Entendemos como tratamento conservador os diversos tipos de terapia que possam evitar a intervenção cirúrgica ou o aperfeiçoamento de resultado obtido após a intervenção:

Tratamento Domiciliar – Orientação: Orientar as mulheres ao uso de bidé, que consiste em sentada no aparelho, introduzir um ou dois dedos enluvados e pedir para contrair e relaxar, como se fosse apertar os dedos com a vagina. Usa-se também em decúbito dorsal a introdução de pipeta de laboratório, com o lado oposto ao orifício (o redondo), e fazer o mesmo trabalho apertando o tubo várias vezes, para obter contração perineal.

· tratamento fisiológico.

De pé e sentada são introduzidos os cones na vagina que o paciente passará a fazer contração e relaxamento para adquirir força muscular. A paciente usa esses cones durante o dia, devendo manter o períneo todo o tempo contraído para ele não cair. Tubos e cones são colocados como OB na vagina e usados progressivamente, conforme conforto do paciente.

· tratamento comportamental ou alternativo (acupuntura, psicoterapia e relaxamento).

Os pacientes são orientados também para o trabalho de contrair e relaxar onde estiverem.

Fases de Orientação

Faz-se também a série de Williams como exercícios entre tantos outros que são usados, dando-se ênfase às básculas, que devem ser feitas duas vezes por dia (manhã e noite) em número mínimo de 30 incursões.

· tratamento farmacológico.

- Fase de informação e de explicação: · explicar ao paciente o funcionamento genito-urinário e o trabalho do períneo (esquemas, textos, montagens, vídeo). · ajudar o paciente na tomada de consciência do períneo (exame perineal, teste, toque vaginal). - Fase de educação do controle muscular ativo: · normalizar a tensão vaginal no repouso (problema vulvar e vaginismo). · Realizar o comando perineal voluntário (sinergias e antagonismos).

Deve-se orientar ao paciente para fazer ingestão de água 2 horas antes de dormir, para não haver a necessidade de ir ao banheiro durante a noite, evitando-se assim as quedas noturnas tão comuns em pessoas idosas. A fisioterapia da incontinência urinária deve ser supervisionada com frequência e a sessão deve durar 10 a 15 minutos. O paciente deve dar feedback constante e avaliar por si só seus sinais de melhora.

Dra. Marta Chacel

- Fase de repouso muscular ativo voluntário: · reforço de ação do suporte visceral pélvico (sistema de sustentaçào estático pélvico). · reativação do mecanismo esfincteriano uretral. - Fase de aprendizagem do reflexo de esforço: · criar tomada de consciência que permita contração constante do assoalho pélvico. · contração ativa permanente (atividades cotidianas). 15

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Bilbliografia 1) Trobles Urinaris De La Femme Dr. Ariane Cortesse – ed. Synthelabo 2) Le Plancher Pelvian A Bourcier – Ed. Vigot 3) Prise en charge Pratiques de L’incontinence urinaire. Gerard Serment – Ed. Santé Communication


Nos tempos atuais, o profissional de saúde está preocupado não só com o tratamento especializado das doenças mas também com a boa qualidade de vida dos pacientes. Com esta visão, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, enfermeiros e outros, procuram atuar de maneira conjunta para que o resultado desejado seja obtido em seu máximo.

Vejamos como exemplo a artrite reumatóide: no passado, numerosas dietas com acrescimos de vitaminas e minerais eram utilizadas para o tratamento. Atualmente a tendência é de uma alimentação normal, balanceada, com calorias e taxas de vitaminas e minerais suficientes para manter o peso e o metabolismo em padrões normais.

No que se refere a parte nutricional, podemos dizer com certeza que muitas patologias podem ser evitadas com uma alimentação equilibrada. Em outras porém, cujo tratamento não depende só da alimentação, o paciente poderá conseguir uma resposta mais favorável, quando seu organismo consegue manter um bom equilíbrio metabólico.

As retiradas ou acréscimos de nutrientes serão feitas de acordo com as necessidades específicas dos pacientes. Estas necessidades serão demostradas mediantes os resultados de exames complementares de controle.

As enfermidades do sistemas músculo-esqueléticos geralmente afetam o estado nutricional do paciente, devido a inúmeros fatores causadores de alteração na ingesta alimentar. As artrites reumatóides tornam a preparação e o ato de se alimentar em processos muito dolorosos, fazendo o paciente não ter vontade de se alimentar. As imobilizações prolongadas, por sua vez, podem afetar consideravelmente o metabolismo corpóreo, seja pela elevada necessidade que o organismo tem de nutrientes para a recuperação das partes afetadas, levando o mesmo a um déficit de suas taxas de nutrientes, seja pelo longo período de repouso, tornando o metabolismo mais lento, o que pode levar a um aumento do peso corporal. Mas em qualquer resposta que o paciente venha apresentar, podemos ver sempre a nutrição ligada ao tratamento fisioterápico.

Para o fisioterapeuta, será muito importante o paciente estar equilibrado no peso e em suas taxas de nutrientes pois sabemos que em seções de fisioterapia, por mais passivos que sejam os movimentos, sempre existirá um gasto energético. No caso do paciente estar com seu peso elevado, o trabalho do fisioterapeuta será bem dificultado pois além do paciente estar com sua capacidade de movimentos restrita, o peso da gordura acumulada produzirá uma sobrecarga muito maior e prejudicial. Assim como no exemplo da artrite reumatóide, em outras patologias do sistema músculo-esquelético, os profissionais que atuam diretamente para a recuperação do paciente, devem procurar ter o máximo de entrosamento. Isto será importante porque cada indivíduo é único e responde de maneira própria às diferentes propostas de tratamento.

VERDADES OU CRENDICES Gelatina e derivados de tutano de boi ajudam na recuperação de fraturas? Sim, por serem alimentos ricos em proteínas. A proteína está diretamente ligada na construção e manutenção dos tecidos corpóreos. Cálcio tomado em excesso ao longo dos anos pode acarretar doenças tipo osteófitos e miocalcificações? A alta ingestão de cálcio com a vitamina D que normalmente ocorre em crianças que tomam suplementos alimentares, é fonte potencial para o aparecimento dessas patologias. Existem alimentos que contribuem na recuperação de processos inflamatórios e na diminuição de edemas? No caso dos processos inflamatórios, temos os alimentos ricos em vitamina C . A vitamina C reduz a suscetibilidade às infeções. No caso dos edemas, a primeira providência será a diminuição do sódio (sal de cozinha) para que não haja maior retenção de líquido.

Letícia Almeida de Verçosa Nutricionista com pós graduação em nutrição Clínica #5

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Perfil Em 1991 iniciei a minha carreira como modelo em virtude de problemas financeiros. Logo no início, participei do Concurso The Look of the Year onde, muito embora não tenha sido classificada para a finalíssima internacional, recebi um convite para trabalhar na agência Ford (Brasil). Neste mesmo ano, prestei vestibular para a Universidade Estácio de Sá, onde, aprovada, ingressei no curso de Fisioterapia. Apesar do aumento do entusiasmo, haja visto que o meu objetivo sempre foi a Fisioterapia, o aumento de trabalho junto à agência Ford começou a absorver todo o meu tempo disponível para o estudo, fato que me obrigou a trancar a matrícula na Universidade por duas vezes. Durante este período realizei trabalhos no Japão, China, França, Chile e Argentina. Sentia-me bastante feliz e realizada com meu trabalho, porém, percebi que, a cada dia que se passava, a minha realização profissional, qual seja, a fisioterapia, se distanciava ainda mais. E, para que isso não ocorresse, tomei a iniciativa de retomar os estudos, optando por estudar à noite na Faculdade de Reabilitação da ASCE, onde conseguiria estudar e trabalhar sem grandes problemas.


Foi a partir daí que passei a dar prioridade a faculdade, o que me levou a estagiar, e que me possibilitou um contato mais direto com a Fisioterapia. A soma desses dois fatores fez com que o meu fascínio pela profissão se tornasse ainda maior. Hoje, me sinto feliz não só por estar concluíndo a faculdade, como também por poder dedicar-me quase que exclusivamente a Fisioterapia. Junta-se a isto o fato de ser gratificante para nós, que trabalhamos com a Fisioterapia, observarmos ao final de um tratamento a reabilitação por completo de um paciente. Quanto ao futuro, pretendo iniciar a minha pósgraduação, dar continuidade ao meu trabalho no que diz respeito a Fisioterapia e com isso, poder ajudar as muitas pessoas que necessitam de nós.

Sônia Pabst.


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última parte sobre amputados segunda parte sobre terapia manual a importância da pelve na organização corporal pela Dra. Rosângela O. Bittencourt fisioterapia nas úlceras de decúbito pelo Dr. Heleno Rocha Souza instabilidade femuro-patelar pelo Dr. Vinícius Banzato de Andrade lesões musculares - Dr Wagner Teixeira dos Santos

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CORRESPONDENTES Carlos Ladeira (Florida) Carmem Veronica (UnesaBarra) Danielly S. Araujo (FAFISC) Darlan Lauricio Matte (UNICRUZ) Fabiano Moreira da Silva (UGF) Jailton Martins Alves (UFPE) Jeison Oliveira (UNIG) Juliano Tibola (UDESC) Katia Mara (UNIFENAS) Leticia Gomes de Barros (ECMAL) Luciano Barbosa Campos (UCDB) Marcelo de Carvalho Filgueiras (UNIFOR) Silvana Antonietto (CAMPINAS) Vanessa Gouvea Freitas (FIT) Vinicius Gangana de Oliveira (UNIBAN) Obs: Se você tem Internet e quer ser nosso correspondnte escreva para: oston@inx.com.br

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Professores Gilson B. Franco e Antonio Edésio almeida de souza (Universo), Nely (pelo vinho quente e caro com canela), Lucilene e Marcela (Inframed), Miguel Angelo (pela sua companhia em Terê), Sharon e Clifford (UGF) Robert Plant, Ian Astburry (de novo), Roger Waters, Guilherminho (daqui posso ouví-lo)

AGRADECIMENTO ESPECIAL Fabiano Moreira da Silva (UGF), Colin Haye

PONTOS DE ASSINATURA Livrarias Lippi (FRASCE) / Álvaro (IBMR) / Palmieri (Seflu) Unibancas (UNESA- Bispo) Marcela (UNIG) / ARY (CASTELO BRANCO) / Roberto (SUAM) Nilson (UFRJ)

Não nos responsabilizamos pelas opiniões, conceitos e sugestões emitidas em artigos assinados, o objetivo é apenas mostrar diferentes formas de atuação entre profissionais. Revista em fase de testes (parte final)

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