Edição 13

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Agenda------------------------------------------

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Promoção----------------------------------------O que a Fisioterapia podo fazer por um coração doente----

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Descubra a Terapia de Craniosacral?------------

Fisioterapia Respiratória------------------------

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Protocolo de Tratamento Fisioterápico na Artroplastia

do Quadril-----------------------

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informatizado------------------

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Entrevista com Dr. Fernando Antonio de Mello Prati ---------------------------

Muito tem se falado de “crise cambial”, “desvalorização da moeda”, “inflação à vista”. Tempos difíceis... Mas será que nós estamos realmente concientizados de tudo isso? O que é concien-tizarse, para você? Para muitos é apenas apontar erros, criticar, indicar soluções. Mas será que realmente procuramos executá-las em nosso dia-adia? Essa não é uma tarefa apenas do governo, mas sim de toda população; a crise é BRASILEIRA, não está apenas restrita a Brasília. Talvez agora vocês devam estar se perguntando: Mas o que isso tem haver com FISIOTERAPIA? Pois é, mais um erro. Num país em crise e individado, um dos setores que mais sofre é a SAÚDE, e numa ciência de custo alto como a FISIOTERAPIA, as coisas se tornam ainda mais difíceis. Acredito

EDITOR / DIRETOR Oston de Lacerda Mendes.

Aplicação da Ergonomia em um posto de tratamento

“TEMPOS DE CRISE”

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DIRETORA FINANCEIRA Jeanne Malheiro Dinesen DIRETOR DE PUBLICIDADE Fabiano Moreira da Silva Tel. (021) 9175-2026 DEPTO DE VENDAS Marco Masullo. SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Branca Sant‘Anna

que a grande maioria durante o período da graduação cursou ou cursará uma disciplina chamada ADMINISTRAÇÃO EM FISIOTERAPIA, que num momento como este em que vivemos torna-se muito mais do que uma mera matéria, ou seja uma necessidade. Saber ADMINISTRAR é preciso. Portanto, nós que fazemos parte de uma parcela privilegiada da população, não devemos nos omitir e sim procurar soluções pertinentes em nossa área e colocá-las em prática, anuncie seu produto, sua marca. A crise existe... para quem não a encara de frente. “EVITE A CRISE; ANUNCIE” Fabiano Moreira da Silva DIRETOR DE PUBLICIDADE

CORRESPONDENTES DESTA EDIÇÃO Catherine Angélica C. de Farias - UFRN Cezar Roberto L. Ferreira - UNIG Danielly Siqueira - UCB - Realengo Flaviano Moreira da Silva - UNIT Léticia Gomes de Barros - ECMAL Marcelo Almeida e Fonseca - FAFISIO Marcus Vinicius R. dos Santos - UNARP Ricardo G. Aguiar - UCSAL Rogério Márcio S. de Castro - UNIFENAS Sheila e Maria José - AFR - Niterói Vânia M. R. Monaldi - UNIVERSO Vinícius Lana Ferreira - LAVRAS

JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcos Antônio Alves PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Alexander Panagio Santos

Coluna Prof.Guilherme (Prevenir é fundamental, pode EM INFORMÁTICA ser complicado,às vezes, mas também muito engraçado). ASSESSORIA Flávio Branco --------------------------------------

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DIGITAÇÃO E REVISÃO Kátia Leite de Castro (021) 269-9854 GAROTO PROPAGANDA Piá.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO R. José Linhares, 134 - Leblon Rio de Janeiro - RJ - 22430-220 Tel: (021) 294-9385 ou 528-0000 - Cód.212330 e-mail: oston@inx.com.br www.inx.com.br/fisio&terapia 3

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O stress, segundo Hans Selye, significa um conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um esforço para a adaptação. Juntamente com o stress existem outros fatores de risco que ameaçam a vida do coração humano e são didaticamente divididos em: PRIMÁRIOS

SECUNDÁRIOS

- hipertensão arterial - tabagismo - hipercolesterolemia

* inalteráveis - sexo - hereditariedade - idade * alteráveis - diabetes mellitus - stress - inatividade física - obesidade

A soma desses fatores leva a arteriosclerose que, segundo SOCESP - 1996, se caracteriza como um processo crônico inflamatório e fibriproliferativo da parede da artéria causada por agressões em sua superfície. As alterações na hemodinâmica do fluxo na parede arterial causada pelos fatores de risco levam a uma disfunção da parede arterial ou endotélio, iniciando o processo de formação da placa de ateroma, início do processo de isquemia no miocárdio. Quando acontece o infarto agudo do miocárdio, é necessário um processo de readaptação social pelo indivíduo; muitas vezes são vários dias de internação no leito, cirurgias drásticas e, com freqüência, vão

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surgindo dúvidas como: - Será que trabalharei de novo? - Será que vou poder pegar peso? - Será que vou poder ter relações sexuais normais? É então que se inicia o processo de reabilitação cardíaca que, segundo Sullivan, está didaticamente dividida em 3 fases: FASE 1 - paciente internado no hospital; FASE 2 - paciente em casa, dura em torno de 3 meses após alta-hospitalar; FASE 3 - superada as fases iniciais, 3 à 12 meses após alta-hospitalar A reabilitação cardíaca compreende aspectos físicos, mentais e sociais, pois, segundo Aristóteles, é impossível separar corpo de mente de uma alma pensante. Então, é preciso compreender que a verdadeira terapia é aquela que permite ao paciente se autoconhecer e exorcizar seus próprios medos. É através da atividade física individualizada e monitorizada, que o paciente vai perceber que seu corpo é produtivo, independente e capaz. A passagem do estado de repouso para a atividade física é seguida de inúmeras respostas fisiológicas importantes em diversos sistemas do nosso organismo, destinadas a atender o aumento da demanda energética pelos músculos (SOCESP - 1996). A avaliação física e fisioterápica é de vital importância em todos os pacientes que vão ser submetidos a um programa de recondicionamento físico. É durante a avaliação que será feito o reconhecimento da história pregressa da doença, compreensão do paciente sobre atividade física e seus benefícios, motivação, cooperação do paciente e teste de esforço. Atualmente as recomendações do American College of Sports Medicine e os Centers for Diase Control and Pre-


vention dos Estados Unidos, mostram que os efeitos salutres da atividade física acontecem também de forma cumulativa; mostram também que os exercícios resistidos estimulam aptidões físicas como força, destreza e flexibilidade, melhorando a qualidade de vida, a saúde geral e cardiovascular, tanto quanto os exercícios que desenvolvem a capacidade aeróbia. Protocolo de reabilitação cardíaca fase 3 pelo Laboratório de Aptidão Física e Fisioterapia Desportiva de Franca AQUECIMENTO Objetivo: Desenvolver flexibilidade e mobilidade muscular, tendínea, ligamentar e articular, além de permitir um ajustamento circulatório gradual, auxiliando na redução de arritmias, ajudam a minimizar o déficit de O2 e acúmulo de ácido lático, modificando gradualmente a temperatura muscular. EXERCÍCIOS RESISTIDOS Objetivos: Desenvolver aptidões como força, endurance muscular e destreza, melhorando o desempenho nas atividades de vida diária. ATIVIDADE AERÓBIA Objetivo: Melhora na capacidade cárdiorrespiratória no que se refere à capacidade funcional do seu sistema de absorção, transporte e utilização de O2 aos tecidos ativos durante o exercício físico.

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Intensidade: 50% a 60% da capacidade máxima para pacientes sintomáticos, 60% a 70% da capacidade máxima para pacientes assintomáticos. Duração: 15 a 60 minutos contínuos ou cumulativos. Freqüência: 3 a 5 vezes por semana.

RELAXAMENTO Objetivo: Auto conscientização e volta à calma.

CONCLUSÃO Segundo o prof. Sérgio Mingrone, o real destinatário do trabalho do fisioterapeuta é a vida, principalmente a vida humana. E quando se trabalha com qualidade de vida é preciso saber que corpo e mente são aspectos diferentes da mesma coisa. Então, é preciso mudar o estilo de vida do paciente através de uma alimentação adequada e de atividade fisica regular bem orientada, monitorizada. A Fisioterapia não pode se tornar tecnicista e organicista, aplicadoras de protocolos, não podemos deixar a doença ser mais importante que os doentes, pois é no nosso cérebro que está sendo fabricado alegria, prazer, satisfação e saúde. Rogério Augusto de Andrade Barbosa Fisioterapeuta do Laboratório de Aptidão Física e Fisioterapia Desportiva de Franca Pós-graduando em bases neuromecânicas e metodológicas em Fisioterapia - UNICLAR

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Estamos familiarizados com os ritmos respiratório e cardiovascular. Assim como eles, outro ritmo do nosso corpo influencia muitas funções do nosso organismo - o sistema craniosacral. Uma falta de equilíbrio nesse sistema pode causar danos ao desenvolvimento do cérebro e da medula, o que pode resultar em disfunções sensoriais, motoras ou neurológicas. O sistema craniosacral é constituído por membranas e pelo líquido cérebro-espinhal, o qual envolve e protege o cérebro e a medula. O sistema se estende do cranium (ossos do crânio, face e boca) até o sacrum (cóccix). O efeito positivo da Terapia Craniosacral está em grande parte ligado à capacidade de cada um nas atividades fisiológicas de autocorreção. Com toques leves, o terapeuta é capaz de interferir nas forças hidráulicas inerentes ao sistema craniosacral, melhorando dessa forma a situação do organismo. Por sua influência em muitas funções do organismo, a Terapia Craniosacral é utilizada hoje por uma larga variedade de profissionais de saúde, tais como osteopatas, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, acupunturistas e terapeutas corporais em geral. Fisio&terapia 8

Como a terapia craniosacral pode ajudar você? Ela incentiva os mecanismos naturais do corpo de forma a melhorar o funcionamento do cérebro e da medula, elimina os efeitos negativos do stress, e aumenta seu bem-estar e sua capacidade imunológica. Como é feita a terapia craniosacral? A Terapia Craniosacral é suave. Raramente o terapeuta aplica uma pressão no toque que ultrapasse 5 gramas. Em essência trabalha com os ritmos naturais e individuais dos diferentes sistemas do organismo, para corrigir a fonte dos problemas. As regiões do sistema craniosacral que podem ser mais facilmente apalpadas, são os ossos do crânio e do sacro, porque estão ligados à membrana que envolve o fluido cérebro-espinhal. Esse fluido é filtrado no sangue em um ciclo contínuo e dinâmico. A pressão sobe quando a quantidade de fluido cérebro-espinhal aumenta, inundando o cérebro e a medula da mesma maneira como funciona um sistema hidráulico semifechado. Quando o fluido se desloca as membranas que contêm o fluido se movem. Qual a origem do sistema craniosacral e sua terapia? Por volta de 1900, o estudante

de osteopatia, em Kirksville, Missouri, Dr. William G. Sutherland, foi surpreendido por uma idéia. Ele percebeu que os ossos do crânio eram desenhados de tal forma a permitir movimento em entre si. Por mais de vinte anos ele estudou a possibilidade de movimento nos ossos do crânio adulto. Fez experiências com seu próprio crânio, utilizando-se de aparelhos, como capacetes, de forma a exercer diversas pressões em variadas partes de sua cabeça. Sua esposa manteve um relatório sobre as mudanças de personalidade que ocorreram com ele durante as diversas e variadas aplicações de pressão. Ele descreveu dores, problemas de coordenação motora etc., conforme cada tipo de pressão. No começo dos anos 30, publicou seu primeiro artigo sobre este trabalho no Minnesota Ostheopatic Journal. Baseado em suas experiências desenvolveu um sistema de exame e tratamento para os ossos do crânio, que, neste início, denominava-se osteopatia cranial.

Em 1970, durante uma cirurgia na nuca de um paciente, o Dr. John Upledger percebeu o movimento rítmico da dura- mater. Dois anos mais tarde participou de um seminário que explicava as idéias de Sutherland e ensinava algumas das técnicas de avaliação e tratamento. Pode então entender como um sistema hidráulico funcionava dentro das membranas do crânio e da medula óssea. Em 1975 foi convidado pelo Ostheopathic College da Michigan State University, para pesquisar e dar aulas no Departamento de Biomecânica. Ele liderou uma equipe de pesquisas multidisciplinares que estabeleceu o embasamento científico para o sistema craniosacral.


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A Fisioterapia vem se destacando na atualidade como uma área de fundamental importância nas Unidades Hospitalares, sobretudo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O Fisioterapeuta vêm buscando cada vez mais a especialização através do desenvolvimento científico. É assim que trabalha a Equipe do Hospital São Salvador –Além Paraíba – MG, sempre acompanhando as novas técnicas e desenvolvendo um novo trabalho com resultados satisfatórios. Ela é exercida por Fisioterapeutas especializados visando a melhora, a prevenção e o tratamento de complicações do sistema respiratório, inclusive no pós-operatório de cirurgias gerais. Em pacientes cirúrgicos hospitalizados, o trabalho de Fisioterapia Respiratória começa no pré-operatório. Várias pesquisas comprovam que essa atuação diminui consideravelmente a taxa de complicações. O pré-operatório para os Fisio-terapeutas visa o contato com o paciente possibilitando-o ter conhecimento de toda a fase de reabilitação pulmonar que será reali-zada no pós-operatório. O paciente é orientado sobre todos os procedi-mentos a que será submetido, a utilização de drenos, cateteres, sondas, aspiração (comum em pacientes, por exemplo, que fazem cirurgias de cabeça e pescoço), inclusive sobre sua permanência na UTI, quando necessária. Fisio&terapia 10

O transporte mucociliar sofre uma depreciação durante o ato cirúrgico e a tosse passará a ser um mecanismo de defesa importante na eliminação das secreções. A técnica inalatória (para fluidificar as secreções) e a própria técnica de tossir, também são ensinadas nesta fase. Os pacientes de maior risco são aqueles submetidos a cirurgias torácicas, abdominal alta, os idosos, os tabagistas, os asmáticos, os obesos e aqueles portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Sabe-se que aproximadamente 50% dos óbitos por complicações pós-cirúrgicas são de causa pulmonar. Já no primeiro dia de pós-operatório observa-se uma diminuição da força diafragmática compensada por aumento, percentual a nível do trabalho dos músculos intercostais, diminuição da complacência torácica por problemas antálgicos e diminuição da capacidade expulsiva da tosse. motivos mais que suficientes para se reconhecer a importância da Fisioterapia Respiratória nesses casos. A avaliação das condições respiratórias e musculares pode ser feita por uma simples avaliação clínica, mas o ideal é ser feita por provas de função pulmonar. Nos hospitais que fazem essa atividade como rotina, usando Manovacuômetro, Ventilômetro e Peak Flow, as avaliações e condutas são melhor individualizadas. O estudo das possíveis complicações

respiratórias leva em conta o tipo de cirurgia e as condições gerais do paciente. Os cuidados constantes no pós-operatório possibilitam diagnosticar precocemente as complicações, minimizando as suas consequências e permitindo um restabelecimento mais rápido. Por isso, a atuação do Fisioterapeuta no pós-operatório imediato (ainda na UTI se for o caso) vai permitir informações mais corretas e detalhadas ao médico. Nos grandes hospitais, o Fisioterapeuta atua já na UTI fazendo regulagem imediata do aparelho respirador, avaliação global, higiene brônquica, desmame e extubação. O trabalho continua após a alta da UTI e segue no leito de internação. Dependendo dos recursos de cada hospital, podese usar desde um simples e eficiente inspirômetro de incentivo até aparelhos que possibilitam o uso de pressão positiva intermitente, as atuais máscaras de CPAP e as válvulas de pressão positiva expiratória (PEEP). No Hospital São Salvador, já estamos fazendo uso de todos os aparelhos mais modernos acima citados. No ambulatorial, frente a pneumopatas crônicos (DPOC, asmáticos, bronquiectásicos, portadores de fibrose pulmonar Idiopática, dentre outros), o trabalho fisioterápico é de grande importância junto ao tratamento medicamentoso e, sem dúvida, vem colaborar pela qualidade e prolongamento da vida do paciente. A Fisioterapia participa ativamente nas diversas patologias pulmonares com objetivos e terapias específicas para cada uma delas, além de esclarecer e orientar os pacientes sobre a


que visam condicionamento físico (caminhadas, esteiras, bicicletas ergométricas) aliados a exercícios de fortalecimento e alongamento dos membros superiores e do tronco. Como a queixa principal destes pacientes é a dispnéia aos esforços e a sensação de cansaço constante, o que se visa com esse trabalho após

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Autor Dr. Jaime Luiz Nunes de Aguiar Além Paraíba - MG

13. Doença generalizada caracterizada por descalcificação e conseqüente amolecimento dos ossos. 14. Inflamação da bursa. 15. Melhor Revista de Fisioterapia na atualidade. 16. Teste para avaliar a Síndrome do Impacto. 17. Número de pares cranianos. 18. Primeiro nome do Fisioterapeuta entrevistado na 4ª Edição. 19. Som anormal produzido durante as batidas do coração. 20. Abreviação de Câncer. 21. Hipertonia de origem extra piramidal. 22. Classificação dada a uma articulação quando a parte distal de seu segmento esta afastado da linha mediana. 23. Acúmulo de linfa em determinada região. 24. Estado no qual os tecidos pulmonares perdem sua elasticidade.

1. Inflamação da bursa na região da base do hálux. 2. Sensibilidade à pressão. 3. Esporte praticado pelas fisioterapeutas entrevistadas na primeira edição da Revista (em português). 4. Abreviação de Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea. 5. Endurecimento das artérias. 6. Mais completa empresa com 32 anos a serviço da Fisioterapia. 7. Diminuição da frequência respiratória. 8. Síncope é o mesmo que... 9. Aumento da frequência respiratória. 10. Processo inflamatório de uma ou mais articulações. 11. Introdução de medicamentos no tecido, com auxílio de ultrasom. 12. Abreviação de membros superiores.

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um tempo predeterminado é que o paciente tenha condições de realizar suas atividades sem tanta limitação pulmonar, melhorando com isto sua qualidade de vida.

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20 Respostas na Internet: www.inx.com.br/fisio&terapia.

necessidade de realização dos exercícios em casa. Nestas patologias crônicas, os exercícios permitem aos pacientes um convívio melhor com a doença. Além da Fisioterapia tradicional, principalmente em pacientes DPOC, Fisioteraputas especializados já desenvolvem no Brasil, trabalhos

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O autor pretende descrever um protocolo de tratamento fisioterápico para a artroplastia do quadril através da vivência de sua residência de Fisioterapia em Ortopedia no H.U.P. E. e do trabalho voluntário em vários hospitais, com o objetivo de estabelecer a importância do tratamento fisioterápico de forma precoce , isto é, desde a fase pré-operatória, estabelecendo cuidados e orientações fundamentais para a evolução satisfatória, continuando nas fases de pós-operátório e mantendo acompanhamento até a quatro semanas de operado alcançando sua recuperação funcional desejada. INTRODUÇÃO O quadril é a articulação proximal do membro inferior que tem como função orientá-lo em todas as direções no espaço, razão pela qual possui 3 eixos e 3 graus de liberdade. Os movimentos do quadril são realizados por uma única articulação, que é a coxofemoral, uma articulação tipo esferóide, bem encaixada. É dotada de uma menor amplitude de movimento compensada de uma certa forma pela coluna lombar, mas contrariamente ela é claramente estável, é a articulação mais difícil de ser luxada em todo o corpo. Essas características do quadril são condicionadas pela função de peso do corpo e de locomoção assumida pelo membro inferior .A artroplastia total Fisio&terapia 12

do quadril em acetábulos deficientes foi sempre considerado problema de difícil solução, porém grandes reconstruções articulares começaram em 1962, quando John Charnley realizou pela primeira vez uma artroplastia de quadril utilizando um componente femural metálico e um componente acetabular de polietileno de alta densidade e cimento ósseo acrílico auto-secante. Um dos principais objetivos da artroplastia é o alívio da dor e a restauração da função articular, sendo sua principal indicação o tratamento da coxartrose em pacientes da 3ª idade. Em nossa experiência, os diagnósticos mais comuns foram: coxartrose primária, necrose da cabeça do fêmur, artrite reumatóide, fratura do colo femural, espondilite anquilosante entre outros. Porém as próteses têm inúmeros problemas: quanto a dimensão da esfera protética ; natureza das superfícies de contato , ligadas às questões do coeficiente de atrito, resistência ao uso ; toxidade eventual conseqüente ao desgaste normal e sobretudo pelo modo de ligação com o osso vivo , dado pela questão da fixação. Por isso as pesquisas sobre as próteses de quadril foram as que mais se desenvolveram e onde o número de modelos é maior. Conseqüentemente a recuperação funcional é objetivo de preocupação, pois o

tratamento fisioterápico deve iniciar desde a fase pré-operatória que é uma fase fundamental para a evolução do tratamento. É nesta fase que o fisioterapeuta iniciará um programa de fortalecimento muscular , orientações para um bom posicionamento no leito, prevenção das complicações respi-ratórias e quanto as escaras de decúbito, prescrições de cadeiras de rodas e andadores, ao passarmos para o pós- operatório continuaremos com todo o protocolo fisioterápico de forma mais intensa e os cuidados nas posições deitado, de pé e sentado durante as quatro primeiras semanas . Avaliação e tratamento fisioterápico na fase pré-operatória da artroplastia do quadril Quando ocorre um trabalho de equipe, nós, fisioterapeutas, iniciamos um tratamento precoce começando no pré operatório, desta forma propor-cionaremos ao paciente informações de toda a sua recuperação funcional. Na avaliação fisioterápica devemos observar o estado emocional e psicológico do paciente, como se encontra, tenso, deprimido, conformado com a situação, sua orientação quanto ao tempo e espaço verificando durante o contato com o paciente seu nível de consciência e a velocidade para a obtenção da resposta aos estímulos. Continuaremos com o exame cardiorrespiratório para verificarmos a condição pulmonar através da ausculta pela presença do murmúrio vesicular ou ruídos adventícios determinando, portanto, a qualidade do aparelho respiratório. O exame motor


deve ser iniciado precocemente e será avaliado sua força muscular, amplitude de movimento, coordenação e sensibilidade do paciente. O tratamento fisioterápico na fase pré-operatória deve ter uma função preventiva que seria prevenir as complicações respiratórias, motoras e evitar as escaras de decúbito. Sendo assim iniciaremos da seguinte forma o tratamento:

7) Orientar sentar em cadeiras e vasos sanitários; o paciente deverá manter a perna que será operada em extensão, sentado com a região lombosacra na cadeira evitando assim uma angulação exagerada na mesma. 8) Orientação e prescrição quanto ao uso de muletas ou andador

1) Cinesioterapia motora dos membros inferiores associados a respiração profunda e lenta , procurando expandir o máximo o pulmão e manter as articulações preservadas, pois no pós-operatório imediato o paciente tende a ficar confinado a leito e ao quadro álgico presente;

9) Orientar como será a reeducação de marcha, devendo ser iniciado quase sempre um andador; manter as pernas abduzidas , evitando girar o segmento operado em rotação interna ou externa.

2) Posicionamento adequado no leito para os membros inferiores devendo manter as pernas abduzidas, porque os movimentos de flexão, abdução, rotação interna ou externa acentuada podem luxar a prótese, evitando também a flexão da articulação coxofemoral acima 45º de como medida preventiva para a luxação;

11) Flexão e extensão de tibio-társica com exercícios ativos livres/ resistidos , assim como movimentos de inversão e eversão

3) Cinesioterapia motora para todos os membros inferiores procurando potencializar a musculatura abdutora do segmento a ser operado;

Fatores que contribuem para luxação e subluxação do quadril

4) Manutenção das articulações do segmento que vai ser operado evitando assim bloqueio do joelho e tornozelo desnecessariamente; 5) Fortalecer o membro oposto ao que vai ser operado; deve ser bem trabalhado , pois ele é quem vai suportar, após a cirurgia , grande parte do peso corporal 6) Orientação para a mudança de decúbito, pois o paciente não pode ficar em decúbito lateral para o lado da cirurgia; orientar o posiciona-mento correto na cama e a transferência para uma mesa ortostática ou , caso não haja a mesa ortostática, facilitar a mudança de deitado para sentado e posteriormente em pé.

10) Iniciar contrações isométricas de quadríceps e glúteos

12) Quanto mais esclarecido o paciente estiver, mais fácil será sua recuperação e, desta forma, evitaremos uma série de complicações

A posição errada de um ou ambos os componentes da artroplastia, o encurtamento do fêmur, fraqueza dos músculos abdutores , avulsão do grande trocanter, adução excessiva e flexão do quadril no período pósoperatório inicial acima dos limites de angulação segura. TIPOS DE PRÓTESES MAIS USADAS : * Charnley e Muller ( são próteses utilizadas nas artroplastias totais, onde é substituido o componente acetabular e femural. *Thompson e Bipolar. (são próteses utilizadas nas artroplastias parcias, onde apenas é trocado o componente femoral preservando o acetábulo.

Considerações sobre a utilização ou não do cimento ósseo

Drumond & Brasil (1990),

acreditam que há tendência hoje a utilizar também componentes nãocimentados em revisões, pois o uso do enxerto para uso do acetábulo tem sido considerado superior ao cimento, visando preencher a cavidade, como Charnley inicialmente preconiza ou os anéis e telas sugeridos por Eichker e Muller. Oliveira & Barros (1992), descrevem que no pós-operatório imediato, os pacientes que receberam prótese sem utilização de cimento, permaneceram com coxim abdutor por uma semana. A marcha sem apoio foi liberada tão logo o paciente conseguiu auto-sustentar-se e a carga total, liberada após 90 dias. Nos pacientes que receberam prótese com cimento, foram iniciado exercícios isométricos no pós-operatório imediato e carga total permitida após 10 dias Segundo a experiência do autor deste trabalho em relação a recuperação funcional, as próteses cimentadas são melhores pois permitem ao paciente uma carga precoce a partir do 2º ou 3º dia de pós-operatório; já a não-cimentada terá que aguardar a consolidação, o que pode ocasionar complicações no pós operatório que já possui uma alta taxa de mortalidade na 3º idade, em decorrência de compli-cações respiratórias, escaras de decúbito, contraturas musculares e etc.

Tratamento fisioterápico pós-operatório A) Esta segunda fase inicia-se no dia seguinte do pós-cirúrgico , permitindo assim que o paciente descanse do próprio ato cirúrgico e anestesia B) Deve ser colocado um coxim triangular, caso não tenha , um travesseiro serviria para manter ambas as pernas em abdução C) Evitar os movimentos de flexão acima de 45º , adução e rotação interna e também a rotação externa, os quais podem luxar o quadril D) Proporcionar mudança de decúbito para prevenir escaras, com o máximo de cuidado para que não haja o deslizamento do lado operado, o que 13 Fisio&terapia


irá favorecer a adução e conseqüentemente a luxação da prótese. E) O paciente não deve ser colocado sobre o lado operado. F) A cinesioterapia respiratória deve ser intensificada ,pois agora o paciente está mais preso ao leito. G) A patela deve ser mobilizada , assim como o joelho , deslocando o paciente de modo que ele fique em diagonal na cama e com a perna do membro operado para fora , mantendo o quadril imóvel. H) Fortalecimento muscular: no caso dos abdutores, podem ser usados patins para diminuir o atrito no leito, isometria de quadríceps e glúteos. Colocaremos o paciente em diagonal no leito, mantendo a coxo femural em posição neutra permitindo que o joelho operado fique pendente e realizaremos exercícios isotonicos para flexão e extensão de joelho passiva, assistida, livre ou resistida, dependerá apenas das condições do paciente. I) Nos primeiros dias o paciente é posto na posição ortostática através de uma mesa ortostática , duas vezes ao dia. J) No terceiro dia ele é colocado de pé com ajuda de um andador, e progressivamente deambula com uma marcha de carga parcial onde o paciente divide o peso de seu membro operado com as muletas ou andador, lembrando que o membro operado deve ser mantido em abdução e o pé em posição neutra. K) No quarto dia o paciente poderá sentar em uma cadeira na posição semi-ereta , porém o quadril não deve ser fletido mais do que 45 graus; ele sentará mais propriamente sobre o sacro e a região lombar . L) Do quarto dia até a alta hospitar, manteremos estas atividades com aumento gradativo, sendo mais intensos em relação a amplitude e incentivados e realizar com mais freqüência aumentando sua resistência e força muscular. Fisio&terapia

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Cuidados a serem tomados após a alta hospitalar durante as primeiras 4 semanas 1 ) Paciente deitado Manter as pernas abertas, não dormir sobre o lado operado, colocar dois travesseiros entre os joelhos ou coxim triangular feito de espuma; quando for virar para o lado não operado; pode se utilizada uma tipóia para manter tracionado em abdução. 2) Paciente sentado Não sentar reto na cadeira, pode sentar somente inclinando o tronco para trás com a região lombo-sacra; evitar cruzar o membro afetado sobre o lado não operado, não sentar em cadeiras baixas, não cortar as unhas. 3) Paciente em pé Evitar girar o membro operado sobre ele mesmo; pode dobrar o joelho operado quando andar, pois não vai alterar no aumento da flexão do quadril; utilizar muletas ou andador , colocando carga progressiva sobre a extremidade operada; andar com as pernas abertas 4) Paciente no banheiro Não tomar banho de banheira , não pegar objetos no chão, só tomar banho no chuveiro em pé, evitar o uso de tapetes e a presença de animais que possam escorregar, tropeçar e provocar tombos. 5) Orientação AVDs Abster-se do trabalho e das atividades sexuais; não dirigir veículos; qualquer alteração no quadril, dor torácica , edema nas pernas , drenagem sangüínea ou purulenta no quadril, deve ser notificada. * normalmente os pacientes podem voltar às atividades sedentárias após 4 a 6 semanas, e, após 3 meses, poderão retornar às atividades que exigem em pouco de flexão lombar e dos joelhos

CONCLUSÃO É necessário compreender bem o mecanismo das artroplastias do quadril pois nem sempre os tratamentos seguem a mesma linha de conduta, o que implicará em modificações e adaptações de acordo com cada paciente e complicação que por ventura tenha apresentado . Quanto ao tratamento fisioterápico quanto mais precoce for a atuação do fisioterapeuta, mais rápido será a recuperação funcional do paciente, sem complicações para os componentes cirúrgicos, motores e respiratorios, para uma adequada reabilitação às atividade de vida diária e profissionais .

Bibliografias

Defino, Helton L. A. et al (1991 ). Tratamento da necrose avascular da cabeça do fêmur pela técnica de descompressão. Revista Brasileira de Ortopedia. Vol 26, Nºs , p. 395 a 402, Nov/Dez. Drumond, Sérgio Nogueira & Brasil, Nelson Alexandre (1990 ). O uso do enxerto ósseo em deficiências acetabulares na artroplastia total do quadril. Revista Brasileira de Ortopedia. Vol 25, Nº 5, Maio. Elias, Nelson et al (1990 ). Afrouxamento asséptico em artroplastia total de quadril. Revista Brasileira. de Ortopedia. Vol 25, nº5, p. 137 a 142, Maio. Oliveira, E.F. & Barros, J.W. ( 1992 ), Tratamento das fraturas do colo do fêmur com Prótese Bipolar. Revista brasileira de Ortopedia. Vol 27, Nº s, p. 873 a 876 Autor: Dr Antonio Vital Sampol Residencia de Fisioterapia no Serviço de Ortopedia do H.U.P.E. Professor da Universidade Gama Filho Coordenador de Pós Graduação de Fisioterapia em Traumato Ortopedia. Presidente da Sociedade de Fisioterapia em Traumato Ortopedia do Estado do Rio de Janeiro (SOFITOERJ) Clinica de Fisioterapia e Reabilitação Dr Vital Sampol Endereço: Rua Ivinheima , 186 – Bento Ribeiro – RJ – BR – Cep: 21.550.390 Tel/Fax: (021) 350-8067


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Entrada: A entrada será gratuita com utilização do crachá da 2º Jornada 15

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Ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e o seu ambiente de trabalho e faz uso de conhecimentos multidisciplinares: a melhor maneira de executar um serviço, a utilização dos recursos mais apropriados, a organização dos procedimentos e do local de trabalho, o uso correto e a manutenção dos equipamentos necessários. Tenho desenvolvido análises e projetos ergonômicos e visto a aplicação da ergonomia em pacientes amputados a fim de tornar possível a reabilitação para o trabalho, porém, em pacientes portadores de seqüelas no aparelho locomotor de origem neurológica, tive uma experiência e as respostas foram surpreendentes e animadoras. Este “cliente” era um senhor de 65 anos, parkinsoniano, e apresentava discreta hipertonia plástica, discreto tremor de extremidades, bradicinesia e marcha petit pass e estava com excelente acompanhamento fisio-terápico. Em nossa primeira entrevista, verifiquei que trabalhava em um escritório de advocacia, em um posto de trabalho informatizado. Observei que seus olhos estavam irritados e perguntei se ele estava com dor nos olhos ou dor de cabeça. Ele disse que estava com dor de cabeça e que esta se manifestava quase que diariamente e normalmente ao fim do Fisio&terapia 16

expediente de trabalho. Como havia em sua sala uma grande quantidade de luminárias, solicitei a um técnico de segurança do trabalho que realizasse uma medição da iluminação que apresentou 753 LUX sobre a mesa. O parâmetro recomendado pela NBR 5413 para este tipo de atividade é de 500 LUX. Uma semana após modificações na iluminação, soube que suas dores de cabeça haviam desaparecido. Este fato contribuiu para aumentar a produtividade no trabalho. Solicitei que colocasse o telefone, o botão que aciona a abertura da porta e as cadeiras de seus clientes à sua esquerda, pois ele apresentava esquecimento para o uso de seu dimidio esquerdo. Ajustei sua cadeira baseado em estudos antropométricos e depois soube, através da fisioterapeuta que o atendia, que ele estava colaborando muito na cinesioterapia, principalmente nos alongamentos, e que havia começado a se vestir sozinho. Orientei-o quanto a necessidade de uma mobília própria, uma mesa com padrões ergonômicos adequados às suas necessidades e uma cadeira que apresentasse regulagem no encosto, pois ele não conseguia sentar-se com as costas bem apoiadas. Recomendei ainda que usasse sobre o carpete e sob a cadeira um material que permitisse que os rodízios da cadeira deslizassem melhor, mas as que encontramos

no mercado apresentaram uma altura incompatível com a sua. Procuramos até que descobrimos um material com pequena altura, bordas em forma de rampa, de fácil instalação e remoção para limpeza. Concluo este artigo recomendando a aplicação da ergonomia em postos de trabalho cujo usuário apresente seqüelas no aparelho locomotor de origem neurológica e, para tanto, é necessário considerar os aspectos patológicos e fisiopatológicos. A implementação deste tipo de trabalho servirá de auxílio na reabilitação global do paciente, aumentando a produtividade, o bem-estar, o nível de independência e a qualidade de vida. Gostaria de expressar meus agradecimentos ao paciente e às fisioterapeutas Dra. Marta Araújo e Dra. Lígia Pereira Fonseca, que tornaram possível a realização deste trabalho.

Erimilson Roberto Pereira Fisioterapeuta (H.P.C.J.C.M) Professor (SEFLU e U.C.B) Ergonomista (Ambiental - Assesso-


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Fisioterapeuta, Presidente do CREFITO 5, professor e uma folha de serviços para a Fisioterapia. Dr. Fernando Antonio de Mello Prati, coordenador da Comissão de Negociação do Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos, fala sobre este novo momento em que vive a Fisioterapia no Brasil e dá orientações e esclarecimentos. Fisio&terapia - O que é o Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos - RNHF ? Prati – O RNHF é a nova forma de expressão técnica, científica, social e econômica do fisioterapeuta. Traduz uma necessidade de mercado associada a uma evolução científica ao longos destes anos de luta, para a estabilização da profissão no Brasil. Vem atender a uma demanda até então não respondida. Fisio&terapia - Como será a implantação do RNHF no Brasil ? Prati – Através de uma Comissão Nacional de Negociação é que se dará todo o trabalho que já teve seu início e não tem prazo para término, já que o RNHF é uma situação que veio para ficar. Porém é importante que o Fisioterapeuta tenha consciência de duas coisas: 1- Os valores expressos no livro do RNHF são valores que refletem a realidade nacional através de uma pesquisa feita com toda a categoria, durante o ano de 1996. Estes são valores mínimos a serem praticados com os pacientes privados. No próprio livro do RNHF , (pág 41 / 44 ) é detalhada toda a justificativa econômica e a origem destes valores. Há quem possa dizer que existem valores altos e que as pessoas não Fisio&terapia 18

terão condições de pagar. Não é fato, pois em qualquer lugar do Brasil, a população arca com vários tributos sem distinção de sua classe social. Por exemplo, as taxas de lixo, luz, água etc, tem o mesmo valor, tanto para o “pobre” quanto para o “rico”. Cada um administra a situação da forma que lhe é possível. Devemos cumprir nosso papel social, mas se não tivermos a justa remuneração pelo nosso trabalho ficará muito difícil o cumprimento deste papel. Se todos os fisioterapeutas do Brasil disserem no mínimo aqueles? Valores expresso no RNHF , tenho convicção que nossa situação econômica muda em pouco tempo. 2- Para os convênios é que a situação já se particulariza. Não existe qualquer intenção de inviabilizar as relações comerciais entre o prestador de serviços e o convênio. A Comissão de Negociação surge para que, dentro de um estudo sério, ético e criterioso, os valores a serem praticados satisfaçam as duas partes. Assim, a Comissão terá um longo e árduo trabalho para gradativamente implantar o RNHF em todo o território Nacional. Fisio&terapia - Quem faz parte desta comissão ? Prati - A comissão é formada por alguns dos membros da então Comissão Interinstitucional do Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos, já que estes pro-fissionais tem a experiência inicial e participaram de todo o processo até a presente data. Esta comissáo é composta pela Dra. Célia Rodrigues Cunha(SP), coordenadora da Comissão anterior, Dr. Robson de Jesus Pavão(RJ) , Dr. José Euclides Poubel e Silva(MT), Dr. Oséas Florêncio de Moura Filho(CE)

e tendo como coordenador a minha pessoa. Fisio&terapia - Se algum fisioterapeuta cobrar de seu paciente privado um valor inferior ao previsto no RNHF, ele será punido ? Prati - É muito difícil falar em punição neste momento, hipotetizando esta situação. Quero acreditar que isto não deverá acontecer como uma regra. Cada fisioterapeuta deverá ter muita consciência de que é um momento muito delicado e que esta prática só deverá comprometer a categoria, descaracterizando suas necessidades profissionais. Creio que ninguém gostará de ser o responsável por isso. Neste momento a ética e moral devem falar mais alto que interesses individualistas. Antes de tomar qualquer atitude neste sentido, devemos pensar em nossa família que investiu em nossos estudos, em nossos filhos que dependem de nós e em seu futuro. Não é justo. Fisio&terapia - Como fica a situação dos chamados convênios pequenos e/ ou regionais ? Prati – A comissão deverá treinar fisioterapeutas indicados pelos CREFITOs para que possam fazer este papel nas suas regiões. O que não impossibilita um grupo de profissionais, que reunidos em uma associação não possa fazer a negociação. Todos devem participar. Todos devem ter a consciência de que o RNHF só terá sucesso se houver uma participação expressiva de toda a categoria. Esta também é a oportunidade dos fisioterapeutas reverem sua atuação enquanto categoria profissional organizada. É o momento de cada grupo, por menor que seja, criar uma entidade associativa na sua cidade, e, enquanto grupo defensor dos mesmos


interesses , agir na comunidade, não só pleiteando condições de trabalho e justa remuneração, mas acima de tudo mostrando a que vieram. Fisio&terapia - O senhor fala muito em associação. Prati – Falo em associação como falo também em cooperativa. Não posso entender o desenvolvimento de uma idéia se as pessoas não estiverem agrupadas em torno desta idéia. Não é só pelo RNHF, mas por todas as situações que hoje a globalização e o neoliberalismo nos impõem. Temos sofrido diariamente os reflexos desta catastrófica globalização que ignora a pessoa, conhecendo apenas a produção para o interesse de poucos. O preço é muito caro para quem tem compromissos mais além do que as trocas comerciais. Nossa situação de profissionais de saúde nos compromete, muito mais com uma situação social. Ë nossa obrigação orientar a todos sobre as conseqüências desta globalização que vai aos poucos nos consumindo e apagando nossa identidade. Portanto é importante uma sociedade organizada, onde os grupos possam fazer resistência às imposições.Creio que um dos ca-minhos é a organização através de entidades representativas que expressem as necessidades do grupo. Vários são os exemplos de grupos que conquistaram espaço por estarem muito bem organizados. Devemos pensar junto com o RHNF na socialização das idéias, da nossa própria ciência. Fisio&terapia - Como a Comissão de Negociação deverá agir para, na prática, efetivar o RNHF? 1Prati – Algumas medidas já foram tomadas. O COFFITO, CREFITOs, ABF e FENAFITO tem dado apoio

integral ao nosso trabalho. Já mantivemos contato com os CREFITOs para que indiquem nomes de fisioterapeutas que serão treinados para orientar a categoria nas suas regiões e, inclusive, par2- ticiparem de comissões regionais de negociação; Muitos convênios já foram informados de que existe o RNHF e que em breve serão procurados para o início do processo de nego-ciação; 3- Foi mantido contato com todas as Universidades, solicitando espaço nos eventos científicos para que os participantes sejam instruídos sobre o RNHF; 4- Está sendo confeccionado material de marketing para que possamos oferecer a todos os fisioterapeutas do Brasil; Pretendemos, dependendo das condições econômicas, promover uma divulgação nos principais meios de comunicação. Outras estratégias deverão ser estudadas pela comissão para que a sociedade, de modo geral, tenha também conhecimento desta nova etapa da Fisioterapia no Brasil. Fisio&terapia - Lendo o livro do RNHF percebemos que as especialidades não estão privilegiadas. Não deveria haver uma diferenciação dos honorários ? Prati – Em primeiro lugar é bom que se esclareça que no campo da Fisioterapia não existia especialidade até 10 de dezembro de 1998. Atualmente existem apenas duas especialidades por força das Resoluções COFFITO 188 (Pneumofuncional) e 189 (Neurofuncional). Porém não existe nenhum Fisioterapeuta especialista em nada, até o momento, já que ainda nenhum

profissional cumpriu os trâmites formais previstos nestas Resoluções. Fisio&terapia- Finalizando, como os fisioterapeutas brasileiros devem se posicionar frente ao RNHF ? Prati - Sugerimos uma estratégia: 1- Procurar organizar grupos de estudos para que possam tirar as dúvidas entre si. Havendo necessidade, devem consultar os membros da Comissão Nacional de Negociação até que sejam divulgados os nomes dos componentes das Comissões Regionais; 2- Preferencialmente os grupos locais devem formalizar seu compromisso com o RNHF e com seus colegas, não praticando qualquer valor inferior ao previsto no RNHF em atendimento privado; 3- Após organizados, buscar frente ao convênio local, um início de negociação, já que os convênios em níveis Estadual e Federal estarão sendo procurados pela Comissão Nacional de Negociação; 4- Na dúvida, procure os membros da Comissão. Fisio&terapia- Como fazer contato com a Comissão ? Prati - O contato poderá ser feito inicialmente via FAX (051) 3346586, por telefone: (051) 334.1499, pela Internet : crefito5@pro.via-rs.com.br ou pelo endereço: Av. Palmeira, 27/403 CEP. 90470-300, em Porto Alegre/RS

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PREVENIR É FUNDAMENTAL. PODE SER COMPLICADO, ÀS VEZES, MAS TAMBÉM É MUITO ENGRAÇADO. A cervicalgia e a lombalgia estão presentes no dia a dia da população como a manteiga está presente no dia a dia do pão. É claro que há momentos em que temos que comer o fami-gerado “pão com epa”.É na-

quela fase quando ainda somos mortadelas, batalhando para virar presunto. É issoaí! Cervicalgia e lombalgia já não tem mais graça, toda hora aparece nocon-sultó-rio!Mas alto lá ! Va m o s com calma, pois i s s o tudo é muito dolorido ein-

comodativo,interferindo sobremaneira nas atividades de vida diária e de relação do paFisio&terapia 20

ciente e, assim sendo, por mais acostumados que estejamos, é preciso, dar valor a dor do paciente. Então, prevencionistas de carteirinha, buscamos melhor conhecer as causas desses males para, dentro da mais pura visão preventiva, buscar a etiologia da “coisa”. Dentro de um universo absurdamente grande de causas, vale ressaltar o aspecto comportamental, que tem sido um dos responsáveis pelo “atrapalhamentarismo” na obtenção de bons resultados. Fica muito fácil identificar alguns desses elementos comportamentais quando olhamos esse ser todo especial, a mulher! Muito já se falou da mulher e, não nos cabe aqui outra análise sócio-políticoeconômico-étnicocultural, sendo o nosso enfoque voltado apenas para o lado etiológico com fundo terapêutico. Primeiramente, se fizermos uma análise qualitativa da mulher, veremos que ela é muito melhor que o homem. Toda essa conversa bem paga (não é fiada) de que o homem não passa de um rascunho que Deus fez antes de conceber a mulher, é verdade! Quero ver o, espada sarado que vai me desmentir! A mulher é o ser mais perfeito que “Papai do Céu” criou ! Entretanto, se esta tivesse sido criada perfeita, considerando que a perfeição é um atributo da Divindade, seria ela o próprio Deus. Assim sendo, ela recebeu três defeitos, apenas três, não mais que três, eu garanto. O primeiro defeito da mulher reside no fato de que esta criatura nasce com uma imensurável tendência a se transformar em SOGRA. O segundo defeito está no fato de que todas elas nascem com uma lesão espino-cerebelar, que interfere por demais na coordenação motora, transformando-se no grande responsável por essa inegável falta de habilidade ao volante; O terceiro, o que mais nos interessa no contexto do nosso assunto, está na vaidade extrema e ilimitada da qual a mulher é acometida. A vaidade, em nossa abordagem, é uma “faca para dois legumes”. A vaidade faz sofrer, traz a instabilidade, o medo e, por fim a dor. Boiô ? Num tá entendendo nada ? “GO ON”! Estabeleçamos uma relação entre a vaidade, a vestimenta e a lombalgia! Xi!, parece até uma das minhas questões de prova e, para o pessoal que não sabia viajar na fototerapia ou na biofísica, aproveita a carona e viaje na biomecânica. A mulher, ao sair de férias, como todo ser inteligente que se preza engorda um pouco, desculpa,

um pouquinho só, isto é, dá um leve salto do manequim 38 para o 42. Porém, não admite, que mulher tem dessas coisas: - NÃO ADMITO! – e aí, já tá na hora de sair e aquela calça jeans, desobedientemente, não se sabe o porquê, cisma, teima em não entrar. UFA! Que sacrifício para ficar linda e maravilhosa. São diversas as técnicas empregadas nesse caso particular, temos tido notícias das mais variadas: umas usam um talquinho para facilitar o deslizamento da calça nas pernas; outras, deitam-se na cama e pedem o apoio do marido para, literalmente, darem um “empurrãozinho”; há aquelas que pedem as crianças para irem afastando o tecido, como se fosse uma grande brincadeira. Contudo, a problemática eclode no fechamento do botão e, de todas as histórias que tenho ouvido, que não são poucas, a mais interessante veio justamente de uma fisioterapeuta. A referida colega contou que num desses momentos de dificuldade suprema, ela, especializada em Fisioterapia Respiratória, discípula ferrenha do Prof. Azeredo, teve uma brilhante idéia e criou a Técnica do Fechamento da Calça pelo Processo da Hiperventilação Pulmonar combinada com a Adução de Escápulo-umeral. Esta técnica inicia-se com a percepção da solidão que se instala, devido à distância, na casa e no botão da calça. É uma distância enorme e, o botão, desesperado, grita para a casa, que o admira de longe: - vem, venha cá, chega pertinho! E a casa responde, de lá: - vem cá você, a distância é a mesma! Então, aplicando-se a técnica da referida colega, teremos: Em posição ortostática, segura-se com firmeza, muita firmeza, as regiões imediatamente posteriores ao botão e a casa da calça. Concentre-se e inicie o aumento gradativo da freqüência respiratória, usando apenas a musculatura acessória. Ao sentir que o botão e a casa se aproximaram, faça uma adução vigorosa de escápulo-umeral e introduza, por fim, o botão na casa. O fechamento do zíper, na etapa seguinte, após a recuperação da freqüência respiratória normal, deve ser obtido com movimentos de oscilação laterolateral, mais conhecidos como rebolado, os quais facilitam a operação. Por fim, “põe a mão no joelho, dá uma abaixadinha, agora mexe gostoso balançando a bundinha”, tudo para alargar a bendita calça. Agora, terminada a missão, é rezar para que a micção não seja estimulada. Pois é, passa-se o dia todo com essa calça apertada, faz-se o maior sucesso no meio da rapaziada, entretanto, no final do dia vem para meu consultório: - doutor, estou com


casos. Juntemos tudo, então, teremos como resultado final uma maravilhosa lombalgia de fim-de-festa associada com uma forte dor na região do ante-pé. Aí, você pensa que acabou? Que nada! A mulher, esse ser maravilhoso criado por Papai do Céu, não tem por hábito deixar nada barato e lança aquele vestido colado no corpo, apertado mesmo, tão apertado que se prestarmos atenção (quando nossas mulheres não são ciumentas e/ ou quando os dinossauros –namorados- estão distraídos) será possível contar os poros da pele. Lindo, tudo lindo demais, maravilhoso até, porém esses verdadeiros bólidos de sensualidade precisam deslocar-se e, agora, dão vida a mais um complicador. Se pensarmos na adução de coxo-femural provocada pelos vestidos ou saias justas, poderemos comparar sua marcha quase que a marcha em tesoura, marcada por um esforço enorme para manter o alinhamento na caminhada sem o bate-bate dos joelhos. Agora, aplique seus conhecimentos de Fisioterapia Preventiva nesse caso, Mandraque!

Poderei ser localizado da seguinte maneira: 1- oston@inx.com.br 2- Prof. Luís Guilherme Barbosa. Caixa Postal 15 557 CEP: 20 132-970, Centro - Rio de Janeiro, RJ. 3- Pager 528 05 28 Cód. 112 95 73; 4- Pessoalmente na FISIOLIFE e/ou na UNIG.

“Cada dia ensina algo ao dia seguinte.” Ditado Alsaciano

Mas que fica lindo, ah isso fica ! Be Happy ! PS.: Se disserem que tenho alguma coisa contra sogras, eu digo que é mentira, pois na verdade eu não tenho “alguma coisa contra”, eu “tenho tudo contra”. Como diz um poeta popular: - a melhor sogra do mundo é a da minha mulher! Ou ainda, sogra boa chega muda, sai calada, come pouco, nunca dá palpite e, no final do ano, sempre faz bolinho de bacalhau para você! Fale conosco, dê suas sugestões, lembre-se: é só uma coluna despretensiosa numa excelente revista e muito bem intencionada !

Foto: Modelo Carol Alves

uma dor danada! O resultado é a lombalgia, pois não há quem agüente aquele aperto todo na cintura, comprimindo a musculatura paravertebral. Mas há que se perdoar quando se trata da mulher, esse ser maravilhoso, sensível, inteligente e, eminentemente carinhoso, muitas vezes incompreendido, como no caso das louras, entretanto, sempre desejado. Quem não se identificou nas situações descritas ? É o dia a dia do atendimento, toda hora aparece um novo “causo”. Bem, avançando nosso bate-papo, vamos continuar falando das princesas, rainhas, bruxas etc. Por falar em bruxas, so-gras e demais azares da vida, aqui vai uma simpatia para espantar os “maus espíritos”, aqueles que mantêm seu consultório vazio, sua conta bancária magricela, seu cachorro sempre precisando do veterinário, ou aquelas que sempre aparecem para jantar naquele finalzinho de noite quando ia rolar um clima e “otras cositas mas”. Primeiro compre uma galinha preta, depene a danadinha, cozinhe em panela de barro com bastante pimenta, muito alho, gengibre e cebola. Deixe queimar, (isso mesmo!), queimar.... até grudar no fundo e adicione mais pimenta. Retire tudo com muito cuidado, monte tudo numa bandeja e convide sua sogra para almoçar, mas diga que devido a sua dieta de emagrecimento, você comerá apenas folhas. Aproveite o resultado, que será muito engraçado, mas se não trouxer mais sorte, mais dinheiro etc., pelo menos fará com que a danada não te visite por uns dois meses. Não seria uma felicidade ?! Mas vamos ao que realmente interessa, voltemos às princesas, aquelas que usam aqueles sapatinhos com saltos finíssimos e muito, mas muito altos, e pensemos no trabalho muscular necessário para não ocorrer o entorse de tornozelo. Ah, não seja chato, implicante, velhaco ! E a beleza ?! Não é lindo, aquele mulherão todo, lá em cima, com aqueles “coxovus suculentus”, “mamárious empinadus”, e, “cinturus afiladus”, equilibrando-se naquela pequena pontinha?! É “show”, como dizem os mineiros – é dezsss! Entretanto, se partirmos da premissa que o apoio do calcâneo como primeiro aspecto do desenvolvimento da marcha, entenderemos aquele rebolado fabuloso, visto que existirá uma tendência, à compensação na articulação coxo-femural, com o objetivo de manter o centro de gravidade estável. Unindo-se esse elemento ao fato de que o salto alto avança o centro gravitacional, em relação ao oco pélvico, produzindo uma hiperlordose compensatória, maravilhosa em alguns

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