Ano III Nº16 agosto/setembro
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Agenda de eventos e cursos Síndromes Dismórficas: duas fisioterapeutas dissertam sobre os temas. Síndrome de Patau: uma abordagem fisioterápica Entrevista com (Dr. João Marinônio A. Carneiro Vice presidente do Coffito)
Consequências de Escaras de Decúbito em pacientes Neurológicos.
Coluna Prof. Luis Guilherme (A prova amiga ou inimiga.)
O profissional Fisioterapeuta que queremos formar.
Fisioterapia no tratamento das desordens têmporomandibulares (dtms) Promoção (Ganhe um aparelho laser) www.inx.com.br/fisio&terapia
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ÍNDICE
NOSSA EQUIPE EDITOR / DIRETOR Dr. Oston de Lacerda Mendes DIRETORA FINANCEIRA Dra. Jeanne Malheiro Dinesen
4 Agenda de eventos e cursos
DIRETOR DE PUBLICIDADE Dr. Fabiano Moreira da Silva Tel. (31) 821-3386 (21) 9175-2026 DIRETOR DE REDAÇÃO Michel de Lacerda Mendes
7 Cartas dos leitores
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Alexander Panagio Santos aps@inx.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcos Antônio Alves MTB 6036DRT-MG
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ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Walter Lambert de Brito
O profissional Fisioterapeuta que queremos formar.
ASSESSORIA EM INFORMÁTICA Flávio Branco DIGITAÇÃO E REVISÃO Kátia Leite de Castro
12 Fisioterapia no tratamento das desordens têmporomandibulares (dtms)
GAROTO PROPAGANDA Dr. Piá.
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Entre em contato Rio de Janeiro Tel/Fax: (21) 294-9385 E-mail: oston@inx.com.br
ASSESSORIA CONTÁBIL Dr. Antonio Carlos
Síndromes Dismórficas: duas fisioterapeutas dissertam sobre os temas. Síndrome de Patau: uma abordagem
Minas Gerais Tel/Fax: (31) 821-3386 (21) 9175-2026 Dr. Fabiano Moreira da Silva
18 Consequências de Escaras de Decúbito em pacientes Neuroló-
20 Coluna Prof. Luis Guilherme (A prova amiga ou inimiga.)
A Revista Fisio&terapia não se responsabiliza por artigos e cartas assinadas.
Entrevista com Dr. João Marinônio A. Carneiro Vice presidente do Coffito páginas 16 e 17
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CURSO DE FORMAÇÃO EM REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL Curso Livre Básico de Reeducação Postural Global - R.P.G Agenda 1999 / 2000 1ª Fase 02 a 13 de Agosto / 1999 2ª Fase 07 a 18 de Fevereiro / 2000
São Paulo - SP 1ª Fase 04 a 15 de Outubro / 1999 2ª Fase 03 a 14 de Abril / 2000
1ª Fase 29 de Maio a 09 de Junho / 2000 2ª Fase 13 a 24 de Novembro / 2000
Formações Avançadas 1999 São Paulo Form. Articular - 26 a 29 de Setembro / 99 Form. Parto - 26 a 29 de Setembro / 99 Form. Escoliose - 30 de Setembro a 3 de Outubro / 99 Informações Tel/fax (11) 572-5363
1ª Fase 31 de Julho a 11 de Agosto / 2000 2ª Fase 22 de Janeiro a 02 de Fevereiro / 2001 Informações
SP (11) 240-9605 IPSRPG / (11) 240-0940 SBRPG Salvador 1ª Fase 08 a 19 Maio / 2000 2ª Fase 11 a 22 de Dezembro / 2000
Salvador Reatualização em R.P.G - 18 a 22 de Outubro / 99 Form. Escoliose - 01 a 04 de Novembro / 99 Informações Tel/fax (71) 331-8338 e 331-8905
1ª Fase 14 a 25 de Agosto / 2000 2ª Fase 05 a 16 de Fevereiro / 2001 Informações
BA (71) 331-8338 IRPOS / (71) 331-8905
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CARTAS FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA E PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA NAS VIAS AÉREAS (CPAP) NAS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DE EMPIEMA PLEURAL. Ao realizar este trabalho , tive como objetivo principal , qualificar e quantificar os resultados diante da intervenção fisioterápica e a aplicação da pressão positiva continua nas vias aéreas (CPAP) na melhoria da função ventilatória, e sua influência na otimização da drenagem no empiema pleural. Paciente L.C.S , sexo masculino , 55 anos , hospita-lizou-se a fim de esclarecer diagnóstico de derrame pleural recidivante em hemitórax e s q u e r d o , q u e t e v e c o m o complicação empiema pleural . O acompanhamento fisioterápico se fez necessário devido à diversas complicações decorrentes do empiema pleural , onde foi instituído pressão positiva contínua nas vias aéreas, estabelecido dois períodos de 30 min. diários durante 10 dias, associado às manobras manuais t o r á c i c a s : e s t i m u l a ç ã o proprioceptiva diafragmática e
tracionamento com descom-pressão de gradil costal em hemitórax esquerdo e padrões inspiratórios: sustentação máxi-ma inspiratória e expiração abreviada. A função respiratória foi monitorizada através de gasometria arterial e freqüência respiratória , diariamente , e o volume de drenagem torácica foi medido a cada dia pela manhã, foram comparados os valores médios dos dez dias anteriores a atuação fisioterápica e dos dez dias em que houver a atuação fisioterápica. Com base nos resultados, constatamos que houve um aumento significativo do volume de drenagem torácica, o que possibilitou a expansão do parênquima pulmonar, propi-ciando assim , uma melhor ventilação , que foi constatada a t r a v é s d o s p a r â m e t r o s gasométricos e da redução da freqüência respiratória . É de grande importância o
desenvolvimento científico dentro da Fisioterapia, para nos acrescentar conhecimentos e promover cada vez mais , o reconhecimento de nossa profissão .Este trabalho foi POSTER no Congresso Brasileiro de Pneumologia e publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia (Suplemento de Outubro/1998 ) . Juliana Flávia de Oliveira Acadêmica de fisioterapia do Hospital Universitário Pedro Emesto Graduanda no Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação . Alexandre Correia Benamor Interno de Medicina do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ .
Fisioterapeuta mineiro, demonstra insatisfação com a administração do CREFITO 4
Ilustríssimos senhores: Primeiramente fico muito feliz em receber vossa conceituada revista em meu lar. Sei que como nossa profissão é relativamente nova, os artigos e publicações são ainda em pequeno número se comparar-mos a outras profissões, por- tanto, é de suma importância valorizarmos as iniciativas de nossos colegas. Criticar é fácil, mas algumas pessoas que insistem em criticar, não sabem sequer sugerir algo construtivo. Falar bem de vossa Revista para mim não é novidade. Aqui em Belo Horizonte, sempre que recebo um número, procuro mostrálo aos meus colegas mais próximos. Falando em Belo Horizonte, muito me chamou a atenção o artigo do Dr. Nivaldo. Fiquei espantado com tamanha falta de sensibilidade, bom senso e educação por parte do Crefito 4. Fico às vezes até envergonhado em saber que isso ocorre em meu estado, mas vindo do Sr. Hildeberto, tudo é esperado. Ele está há mais de dez anos no poder. Todas as vezes em que há uma eleição, fatos estranhos ocorrem. Nunca so-
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mos avisados sobre o período para inscrição de novas chapas para a eleição. O senhor Hildeberto, presidente do Crefito 4, desperta repúdio e descrédito em todos os colegas com os quais converso. Todos sem exceção, repudiam sua administração, bem como têm algum caso “estranho” a relatar sobre ele. Eu mesmo, tenho o meu. Como então vence todas as eleições que disputa com ampla margem de votos? Todas as vezes que temos eleições, sempre a chapa da situação vence. Como? Não há alternância de poder no Crefito-4. Onde está a Democracia? Acho que deve ser muito bom ser Presidente do Crefito-4, porque o senhor Hildeberto faz muita força para não sair do cargo. Qual a razão para ele fazer tanta questão de ser Presidente do Conselho? Muitos de meus colegas simplesmente desistiram de tentar tirar este homem do poder. Não sabemos quais meios este homem usa para se manter tanto tempo no poder, mas a força que ele faz para tanto e cometer seus atos monárquicos é algo
difícil de entender. Sinto ter me prolon-gado muito, mas achei neces-sário contar que sou mais um dos descontentes com este Ditador que administra nosso Conselho.. Por favor, não generalizem vossos maus julgamentos sobre nosso Estado. Mas a verdade é que não conseguimos fazer com que ele saia do poder. “Caros leitores, não faço acusações de nada por que não tenho provas, mas fica aí meu desgrado e gostaria que os senhore refletissem um pouco mais sobre o assunto.”. Abraços, Dr. Max França Lommez. Fisioterapeuta do Iate Tênis Clube - Iate Academia Especializando-se em Fisioterapia Esportiva PUC-MG
Promoção
PARTICIPE CONCURSO ELETROTERAPIA PARTICIPE DODO 1º1º CONCURSO DEDE ELETROTERAPIA ORORGANIZADO PELA GANIZADO PELA REVISTA REVISTA FISIO&TERAPIA FISIO&TERAPIA // IBRAMED IBRAMED REGULAMENTO DO 1º CONCURSO DE ELETROTERAPIA MODALIDADE LASER ARSENIETO DE GALIO (AsGa)
1. QUEM PODE CONCORRER 1.1. Poderá concorrer acadêmicos e/ou fisioterapeutas; 1.2. A participação poderá ser individual ou em grupos; 1.3. Será vedada a participação de professores. 2. TIPOS DE TRABALHO 2.1. Poderão ser inscritos no presente concurso: 2.1.1. monografias; 2.1.2. pesquisas; 2.1.3. pesquisas aplicadas; 2.1.4. estudos de casos. 3. PROCESSAMENTO E VALIDAÇÃO DAS INSCRIÇÕES 3.1. A inscrição será realizada através de carta registrada à Revista FISIO&TERAPIA, Rua José Linhares,134 – Leblon, Rio de Janeiro, contendo 04 cópias xerocopiadas, tamanho A4, datilografada ou digitada em espaço 2; uma cópia em disquete 3 ½ na linguagem Microsoft Word, fonte Arial, tamanho da fonte 12, espaçamento entre linhas, 1,5 linha, e a identificação do(s) autor(res) e seu(s) respectivo(s) endereços, bem como uma autorização para a publicação do trabalho na Revista FISIO&TERAPIA. 3.2. A Revista FISIO&TERAPIA notificará o recebimento e validará a inscrição. 3.3. A inscrição é gratuita. 4. COMISSÃO CIENTÍFICA 4.1. A Comissão Científica, é composta de 4 (quatro) professores convidados. São eles: Dr. Nivaldo Parizzoto - São Carlos Dr. Carlos Lucena - Pernambuco Dr. Guilherme Eduardo - Rio de Janeiro Dr. Rinaldo Guirro - Amparo 6. AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS 6.1.Os trabalhos serão avaliados por cada membro da COMISSÃO CIENTÍFICA que irão atribuir conceitos de zero a dez para cada trabalho. 6.2. A Comissão Organizadora realizará média aritmética dos conceitos atribuídos pela COMISSÃO CIENTÍFICA e será considerado vencedor o trabalho que obtiver maior conceito . 6.3. São consideradas irregularidades: 6.3.1 Cópia de trabalhos de terceiros total ou parcial 6.3.2. Qualquer outra situação não especificada nos pontos anteriores, que venha a falsear a avaliação. 6.4. Caso se verifique alguma irregularidade, reserva-se à Organização o direito a excluir o trabalho do concurso, com a conseqüente perda de todas as regalias inerentes à participação. 7. ANÚNCIO DAS CLASSIFICAÇÕES E ENTREGA DE PRÊMIOS 7.1. Os elementos da Organização darão a conhecer os resultados finais do concurso na Revista FISIO&TERAPIA. 7.2. O Trabalho classificado em primeiros lugar receberá como prêmio um aparelho LASER da marca IBRAMED , modelo LASERPULSE – L39. 7.2.1.A Revista FISIO&TERAPIA fará a publicação do trabalho vencedor. 8. DATA E DURAÇÃO DO CONCURSO 8.1.O Concurso tem início em 01/08/99 e duração de quatro meses. Os resultados serão divulgados na Edição de 1º de Dezembro de 1999. 9. OUTROS 9.1. A Organização reserva-se o direito de alterar pontualmente este regulamento em qualquer altura, sendo os possíveis interessados informados antecipadamente. 9.2. Qualquer aspecto dúbio ou omisso do regulamento será decidido pela Organização.
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OprofissionalFisioterapeuta formar quequeremosformar.
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Prof. Renato da Costa Teixeira, CREFITO 6: 947-F, Fisioterapeuta, graduado pela Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro (1977), Especialista em Aprendizagem Motora (1994) e Mestrando em Educação pelo Instituto Pedagógico Latinoamericano e Caribenho. Professor da Universidade do Estado do Pará na disciplina Fisioterapia nas Disfunções Respiratórias As competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) esperadas na formação do Fisioterapeuta, de acordo com o documento preliminar das futuras Diretrizes Curriculares dos Cursos de Fisioterapia apresentados via Internet pela Comissão de Especialistas no Ensino de Fisioterapia (CEEFisio) da Secretaria de Educação Superior do Ministério de Educação e Desporto para análise e sugestões apontam para um profissional que se insira nos diversos níveis de atenção à saúde e que entenda o homem como ser humano, respeitando-o e valorizando-o, considerando suas circunstâncias éticasdeontológicas, políticas, sociais, econômicas, ambientais e biológicas, atuando multi, inter e transdisciplinarmente baseado em uma convicção e em uma competência técnica e cientifica, da cidadania e da ética, desenvolvendo o senso crítico e investigador, executando projetos de pesquisa e socializando o saber, entendendo sua profissão como uma forma de participação e contribuição social auto-avaliando sua conduta, mantendo o controle da eficácia dos recursos tecnológicos disponíveis, garantindo sua qualidade e segurança. Portanto, o profissional Fisioterapeuta deve avaliar o paciente, planejar o atendimento estabelecendo as etapas do tratamento, selecionar, qualificar e quantificar os recursos, métodos e técnicas apropriados para cada situação, tratando o paciente e reavaliando rotineiramente seu próprio trabalho. Sua ação estende-se também a área promocional e preventiva da saúde, onde poderá desenvolver individual ou coletivamente ações em Projetos de Saúde e Educação para a comunidade. Em administração, tem por encargo assessorar, planejar, administrar, dirigir e orientar Serviços de Fisioterapia em instituições públicas e privadas. Não podemos esquecer também sua atuação na área da educação e da pesquisa, onde realiza tarefas concernentes à sua área de atuação no processo educacional e atua investigando novos métodos e técnicas aplicáveis ao seu campo do saber, procurando contribuir para o aprimoramento de sua profissão. Porém, há de se perguntar: Como esperar que aluno apresente habilidades de crítica e síntese se, na nossa prática a abordagem está centrada no docente, isto é, na sua capacidade de discorrer cabendo ao aluno o papel de receptáculo passivo dos conteúdos? Como esperar que o aluno possa exercer a sua cidadania, cooperando para o bem estar comum e respeitando o meio ambiente se condicionamos sua forma de pensar e de se expressar? Como esperar que o aluno possa saber lidar com situações problemas com criatividade, se limitamos o desenvolvimento desta competência, esperando que ele apenas imita e reproduza os atos de seu professor? Como esperar que o aluno saiba avaliar o resultado de seu próprio trabalho desenvolvido, se não damos a ele oportunidades para desenvolver sua autocrítica em momentos de auto-avaliação? Como esperar que o aluno possa aprender a trabalhar em equipe multiprofissional, se no espaço da sala de aula incentivamos a competição entre os alunos, fazendo com que estes, ao se tornarem profissionais tenham em sua prática de trabalho cotidiano, uma relação de autoritarismo ou de submissão? Como esperar que o aluno tenha habilidades técnicas suficientes para exercer sua profissão, se na prática de avaliação utilizamos apenas a prova avaliando apenas o domínio cognitivo, esquecendo-nos dos aspectos psicomotores?
Como esperar que o aluno tenha atitudes de ética, serenidade, moral e compreensão do paciente em seu contexto sóciofilosófico, se ainda mantemos a pratica do exame das capacidades cognitivas e deixando de fora os aspectos afetivos? As respostas a estes questionamentos estão no redirecionamento de nossa prática educativa, onde devemos repensar o nosso papel como educador. Os métodos educativos que temos utilizado somente perseguem, em seu objetivo, que o aluno seja capaz de repetir os conteúdos que se tem “informado”, memorizando-os sem possibilidade de utilizá-los em situações novas. No campo da avaliação da aprendizagem, isto se faz presente com muita intensidade, haja visto que ao aluno é solicitado resolver problemas cujo nível de semelhança aos já apresentados pelo professor é muito grande. ou muitas vezes devendo repetir as classificações, conceitos, definições dadas pelo professor. Muitos discutem se o papel da Universidade (e do educador) é de “formar” ou de “informar”, porém, podemos afirmar que a prática docente que estamos desenvolvendo é para “enformar” os nossos alunos, ou seja, todos devem ter a mesma opinião, a mesma técnica, a mesma ação de seus professores. A avaliação tradicional, é contrária a toda proposta de humanização da educação. A educação para a cidadania tem sua bases na esperança, na possibilidade de mudanças e recuperação da pessoa. Uma educação que não dê ao aluno oportunidades, não pode ser humana. As avaliações não podem continuar sendo instrumentos de tortura. Elas devem trazer aos estudantes o prazer, e não a raiva e a inimizade. A educação mapeada por uma avaliação mediadora, deve dar oportunidades de reconciliação dos alunos com o conteúdo não aprendido e com as notas baixas (quando ocorrerem), nunca deverá ser os alicerces da inimizade entre professores e alunos. Mas o que é mediar? Mediar é estar entre um ponto e outro e servir de apoio. Em educação, poderíamos dizer então, que mediar pode ter diversas finalidades. Mediar um nível de conhecimento e outro: a avaliação tradicional, baseada em notas para aprovação e principalmente em médias, não faz com que o aluno consiga obter um nível ótimo de ensinamento. Mediar o crescimento do sujeito: a avaliação da aprendizagem utilizada no Brasil, hoje, da forma tradicional, está a serviço de uma pedagogia dominante que, por sua vez, está a serviço de um modelo social igualmente dominante (Luckesi, 1998:29). Ora, o Fisioterapeuta, necessita, por trabalhar em uma equipe interdisciplinar, agir dialogicamente, não se deixar ser dominado e nem dominar. Mas isso só é possível se ele crescer como sujeito e, para isto é necessário que todos aqueles que interferem na ação educativa: escola - professor - aluno - família, ajam de forma a buscar esse crescimento. Se a escola (e o professor) utilizam-se de um modelo de avaliação dominante, o aluno terá grandes chances de se deixar ser dominado como profissional. Se é utilizado uma avaliação mediadora, ele cresce tendo grandes chances de saber dialogar. Mediar os diversos momentos da ação pedagógica: a ação pedagógica pode ser considerada em três momentos distintos, porém relacionados entre si: o planejamento, a execução e o término. A avaliação tem que estar presente em todas estas etapas, não é possível alguém planejar sem um diagnóstico, e para se fazer um diagnóstico se faz necessário
se avaliar. Durante o processo de execução, a avaliação se faz presente com o sentido de verificar o andamento deste processo e, se necessário, fazer-se algumas correções. E ao término, a avaliação está presente para servir de base ao próximo planejamento, pois ao avaliarmos o desenvolvimento da ação pedagógica como um todo, podemos ter idéia, juntamente com a avaliação diagnostica futura, do que será necessário para que ela se faça da melhor maneira no próximo ano. Mediar o processo de interação com o meio: o estudante em sua interação com o meio, experimenta situações positivas e negativas, tanto fora quanto dentro da escola. Deste modo, podemos levar em conta situações tais como a responsabilidade, a organização, a autonomia, a iniciativa própria e a participação ao executar uma determinada tarefa. Segundo Estéves Solano (1997), é fundamental para o estudante que ele saiba avaliar e analisar as experiências vividas, na qual estão em jogo toda sua potencialidade de diálogo e desenvolvimento social. Neste sentido, a avaliação mediadora pode ajudar ao aluno no desenvolvimento deste processo, uma vez que este é estimulado a analisar, junto com o professor, suas experiências vividas no âmbito da escola e sua interação com o meio. Mediar o processo de desenvolvimento de atitudes: segundo Estéves Solano (op.cit.,1997), o desen-volvimento de atitudes tem em conta as mudanças ocorridas nos estudantes em suas características e capacidades internas, como por exemplo, sua auto-imagem, seus interesses, seus gostos, suas necessidades, suas potencialidades e sua atenção. Assim, uma avaliação mediadora ajuda ao estudante a formação destes fatores, pois, permite ao mesmo ir interiorizando as suas potencialidades intelectuais, cognitivas e afetivas com as experiências de aprendizagem. Mediar o processo de rendimento: por último, a avaliação mediadora ajuda a melhoria do rendimento acadêmico do estudante, pois ao não necessitar memorizar os assuntos, ao poder pesquisar e ao ser estimulado a avaliar, analisar e compreender os conteúdos, o estudante apresenta um aprendizado mais qualitativo. Enfim, todas as formulações teóricas que norteiem o processo avaliativo, devem ter a intencionalidade de superar a classificação, a seleção, a exclusão e o controle social do estudante. Antes de tudo, a avaliação deverá estar mediada pelo interesse do conhecimento, sendo então, um meio para estimular e não um fim para cortar acessos ao conhecimento.
Bibliografia: Luckesi, Cipriano, Avaliação da aprendizagem escolar. 7ed, São Paulo: Cortez editora, 1998. 180p. Esteves Solano, Cayetano, Evaluación Integral por procesos: una experiencia construida desde y em el sala de aula. 1ed, Bogotá: Cooperativa editorial magisterio, 1998. 133p. BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Documento preliminar das diretrizes curriculares para os cursos de Fisioterapia. 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPEUTAS. Atualização Brasileira de Fisioterapia, ano III, vol.III, nº 5. 1986. P. 25-27 HOFFMANN, J. Avaliação mediadora. 9 ed. Editora mediação. Porto Alegre, 1996. 199p.
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Fisioterapia no tratamento das desordens têmporomandibu l a r e s (dtms)
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Alterações no sistema mastigatório podem levar ao aparecimento de vários sinais e sintomas. A Desordem Têmporomandibular (DTM) é considerada uma subclasse das Desordens Músculo- Esqueléticas e abrange alterações na musculatura da mastigação, articulação têmporomandibular (ATM) e estruturas associadas. A incidência das DTMs é mais frequente na população geral do que se admitia há poucos anos, e essas desordens já foram identificadas como a principal causa de dor na região orofacial. As manifestações ocorrem em todos os grupos etários e, embora a maioria dos pacientes seja mulheres em comparação aos homens (5:1), a taxa de sintomas em ambos é levemente diferente. Assim, a maioria dos pacientes é mulher com 20 a 40 anos de idade, como grupo predominante. Admite- se que há uma procura maior pelo tratamento pelas mulheres devido à presença de fatores hormonais e ao fato delas serem mais preocupadas com as alterações que ocorrem em seu corpo. Os sintomas das DTMs incluem dor na região pré- auricular, ATM e músculos da mastigação, limitação ou desvio na trajetória do movimento mandibular e ruídos articulares (estalos ou crepitações). Podem ainda aparecer manifestações concomitantes como sensação de rigidez e/ou fadiga nos músculos mastigatórios (bochechas e têmporas) e zumbidos ou vertigens. No que diz respeito à etiologia das DTMs, não há um fator único que possa ser responsabilizado, pois a patologia abrange importantes elementos tanto funcionais (neuromusculares) quanto anatômicos (oclusais) e psicossociais. Sendo a DTM uma patologia multifatorial, a abordagem terapêutica também deve ser como tal, de preferência mediante uma equipe formada por vários especialistas (dentista, médico, cirurgião bucomaxilofacial, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo) ou, pelo menos, com estreita colaboração entre os mesmos. Aqui cumpre destacar o papel importante do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, sobretudo nos casos com predomínio de fatores neuromusculares. Após a realização do diagnóstico diferencial, da história médica e odontológica, da avaliação estrutural e neuromuscular, o tratamento sintomático e paliativo deve ser iniciado. Por se tratar de uma patologia multifatorial, terapias agressivas e irreversíveis devem ser evitadas. Uma vez eliminada a causa odontogênica da dor orofacial, há duas fontes de dor associadas com a DTM que devem ser considerarada:
e deslocamento do disco.
1- Dor articular: pode surgir de uma variedade de condições, sendo as mais comuns a capsulite, artrite traumática
3- Massagem O fisioterapeuta pode utilizar esse recurso e também deve en-
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2- Dor de origem muscular: Sabe- se que o uso excessivo de um músculo normalmente profuso ou a isquemia deste que está trabalhando normalmente, podem causar dor. Há evidências que o aparecimento do quadro clínico de DTM esteja relacionado com a hiperatividade dos músculos mastigatórios, desajustes oclusais e condilares, agravados por distúrbios emocionais, em especial depressão e ansiedade, e por hábitos parafuncionais como bruxismo e apertamento dental. O objetivo do tratamento fisioterápico é promover analgesia, restaurar a mobilidade e função da ATM e musculatura mastigatória, diminuir, coordenar e fortalecer a atividade muscular, reduzir a inflamação, promover a reparação tecidual e melhorar a postura corporal como um todo. Para tal, os recursos fisioterápicos mais utilizados atualmente são: 1-Treinamento e orientação postural Envolve a prevenção e reeducação de atitudes e atividades incorretas, principalmente dos músculos da cabeça, mandíbula, pescoço e ombro, assim como da língua e mastigação. 2- Exercícios terapêuticos Devem ser aplicados nos casos onde haja modificações do padrão motor, limitação da mobilidade, vícios posturais, mobilidade excessiva da ATM e sintomas devido às parafunções. 2.1- Exercício passivo: Serve para manter a função normal ou mesmo para guiar o paciente na execução correta de um determinado movimento, sempre realizado dentro de limites indolores de movimento. 2.2- Exercício ativo: E indicado quando a mialgia não é a causa predominante. Quando utilizados em repetição, ajudam a estabelecer a função muscular rítmica e coordenada. 2.3- Exercícios resistidos: compreendem os exercícios estabilizantes, de fortalecimento e também de relaxamento quando utilizado, com o princípio da inibição recíproca. Por exemplo, o paciente é orientado à abrir a boca contra uma leve resistência imposta pela mão sob o queixo. A contração dos músculos abaixadores da mandíbula leva à inibição da tensão dos músculos antagonistas, ou seja, os elevadores. 2.4- Exercício de alongamento: Tanto de forma passiva ou assistida, sempre livre de dor, são indicados quando há necessidade de reaver o comprimento dos músculos e também para diminuição do espasmo muscular. Neste caso, pode ser associado ao uso de spray de resfriamento.
corajar o paciente à praticá- la várias vezes ao dia, suavemente sobre os tecidos que recobrem a área dolorida. A massagem pode melhorar a mobilidade dos tecidos moles, o fluxo sanguíneo e linfático e reduzir a percepção da dor. 4- Terapia manual A terapia manual ortopédica compreende técnicas específicas realizadas pelo terapeuta, que visam principalmente a correção das disfunções músculo- esqueléticas. Podem ser usadas técnicas de relaxamento miofascial, mobilização e manipulação articulares, educação postural e exercícios de alongamento e fortalecimento entre outras. 5- Eletrotermoterapia 5.1- Estimulação Neural Elétrica Transcutânea (TENS): Utiliza corrente de baixa freqüência, bifásica, assimétrica. Seu mecanismo de ação baseia– se na repetição de estímulos abaixo do limiar de dor e, como consequência, há uma diminuição da percepção dolorosa, diminuição da velocidade de condução nervosa e aumento do fluxo sanguíneo nos músculos. 5.2 – Ultrassom: É uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta frequência produzidas por um cristal localizado na cabeça do transdutor. Entre outros efeitos, o ultrassom realiza uma micromassagem nos tecidos a uma profundidade de até 5 cm, atingindo músculos, ligamentos e estruturas capsulares. Essa micromassagem aumenta a taxa de difusão celular de íons e metabólitos através da membrana, favorecendo a troca de fluidos, promovendo cicatrização e diminuição da dor devido à alteração da atividade elétrica muscular e nervosa. Quando utilizado de forma contínua, o ultrassom promove também efeitos térmicos devido ao aquecimento dos tecidos, aumentando a extensibilidade do colágeno e as propriedades viscoelásticas do tecido conjuntivo, e diminuindo o espasmo muscular e a sensibilidade dos elementos neurais (analgesia). Esse recurso quando utilizado para veicular substâncias medicamentosas em forma de gel, através dos tecidos, recebe o nome de fonoforese. 5.3- Laser: Laser diodo (baixa frequência) tem efeito analgésico, antiinflamatório, normalizador circulatório, estimulante de pontos de acupuntura e mioestimulante do trofismo celular (regeneração). 5.4- Crioterapia: É aplicada com objetivo de redução de edema, inflamação, espasmo muscular e após um trauma ou intervenções cirúrgicas. As formas de aplicação comumente utilizadas são pacotes de gelo, massagem com agentes frios e spray de vapor gelado. 5.5- Compressas quentes: Recurso coadjuvante de fácil aplicação caseira. Pode levar ao alívio temporário da dor, relaxando a musculatura. A eletromiografia tem sido usada como exame complementar para guiar o tratamento das DTMs através da visualização das condições musculares, ou seja, é possível observar a atividade elétrica da musculatura em várias fases do tratamento. Também pode ser associada ao relaxamento através da terapia por biofeedback. Um número suficiente de estudos controlados têm demonstrado que treinamento de relaxamento dos músculos mastigatórios auxiliado pela EMG/biofeedback, pode reduzir a atividade muscular, pois o paciente tem auxílio visual ou auditivo para encontrar a posição de repouso da mandíbula, conscientizar- se dos hábitos orais e situações de estresse. As recomendações aos pacientes são de suma importância, tanto para complementar as outras modalidades de tratamento e até mesmo para resolver problemas inicias. Recomendações importantes: Realizar dieta com alimentos macios e cortados em pequenos pedaços, quando há dor.
Mastigar devegar, nos dois lados da boca. Não abrir demasiadamente a boca, ou seja, não ultrapassar a abertura funcional quando bocejar ou para comer alimentos como maçã. Não mascar chicletes, não morder objetos como caneta, não roer unhas e não fumar, pois esses hábitos sobrecarregam os músculos mastigatórios. Não apoiar o queixo nas mãos. Estar sempre atento para não apertar os dentes: eles devem ficar em posição de repouso, ou seja, levemente separados quando o paciente não estiver comendo. Evitar dormir de bruços. Não segurar o telefone entre o queixo e os ombros. Procurar realizar uma atividade física tranqüila, como a caminhada. Autores: Dr. Rodolfo Zotelli Kurozawa cirurgião - dentista Dra. Giovana de C. Rosim fisioterapeuta Dr. Vicente Chirinéa Junior fisioterapeuta Agradecimento especial à fisioterapeuta Daniela Ap. Biasotto pela orientação e colaboração. CRC – Centro de Reabilitação Chirinéa Fisioterapia e Hidroterapia e- mail: chiri@laser.com.br
Bibliografia: ASH; RAMFJORD; SCHMIDSEDER. Oclusão. Santos Ed. 1998. DAHLSTRÖM, L. Electromyographic studies of craniomandibular disorders: a review of the literature. J. Oral Rehabil., 16(1), p.1-20, Jan. 1989. FUIRINI Jr, N.; Longo, G. Ultrassom. KLD Biossistemas. 1996. MOHL, N. D. et al. Devices for the diagnosis and treatment of temporomandibular disorders. Part III: termography, ultrasound, electrical stimulation, and electromyographic biofeedback. J. Prosth Dent., 63(4), p. 472-477, Apr. 1990. OKESON, J. P. Fundamentos de oclusão e desordens têmporo- mandibulares, 2 ed. Artes Médicas, 1992. OKESON, J. P. Dor orofacial: guia de avaliação, diagnóstico e tratamento, 1 ed. São Paulo, Quintessence, 1998. SREENKS, M. H.; WIJER, A. Disfunção da Articulação Têmporo- Mandibular do ponto de vista da Fisioterapia e da Odontologia – Diagnóstico e Tratamento. 1 ed., Editora Santos, 1996.
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SÍNDROMES DISMÓRFICAS:
DUAS DUAS FISIOTERAPEUTAS FISIOTERAPEUTAS DISSERTAM DISSERTAM SOBRE SOBRE OS OS TEMAS. TEMAS.
SÍNDROME PATAU: DE PATAU: SÍNDROME DE
U FISIOTERÁPICA ABORDAGEM FISIOTERÁPICA A ABORDAGEM MA UM DEFINIÇÃO: A Síndrome de Patau ou Trissomia do 13, caracteriza-se por múltiplas malformações congênitas de extrema raridade, o que deixa claro a dificuldade de se obter parâmetros evolutivos de prognóstico e principalmente de tratamento FISIOTERÁPICO, já que o próprio tratamento clínico fica muito obscuro em virtude da gravidade da patologia e de suas inúmeras complicações. Compreende-se fácies carac-terística, polidactilia, deficiência de crescimento intra-uterino, deficiência psicomotora muito acentuada. ETIOLOGIA: O desequilíbrio genético é devido à trissomia do cromossomo 13 (um dos cromossomos do grupo D) onde temos a presença da tríplice do material genético encontrado no cromossomo. Este cromossomo é determinado pela não disjunção e se encontra em estado livre, pois a sua fixação a um outro cromossomo é bastante rara. A idade materna é um outro fator etiológico, que pode ser tanto avançada (30 a 39 anos) onde encontramos o aparecimento de aneuploidias. Quando a idade materna é muito jovem, deve ser feita a análise cromossômica que permite a identificação dos raros casos de translocação equilibrada quando um dos genitores é portador. Neste caso a repetição de anomalias deve preocupar. INCIDÊNCIA E ÉPOCA DE MANIFESTAÇÃO: 1 para cada 10.000 nasci-mentos. A época de manifestação é logo após ao nascimento e acomete ambos os sexos. CARACTERÍSTICAS (Presentes em 50% dos casos): Sistema nervoso central - Holoprosencefalia, abalos motores, crises de apnéia, atraso mental grave, agenesia do corpo caloso e desenvolvimento incompleto dos nervos óptico e olfativo. Olhos - Microftalmia, coloboma da íris e displasia da retina. Crânio - Microcefalia, fronte inclinada, sutura sagital e fontanelas amplas. Boca - Lábio leporino e fissura palatina. Mãos e pés - Trirrádio palmar axial distal, prega simiesca, unhas estreitas e de convexidade exage-rada, flexão
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dos dedos com ou semsuperposição, camptodactlia, polidactlia, e saliência da porção posterior do calcanhar. Coração - Comunicação intraventricular e interauricular e persistência do conduto arterial. Orgãos genitais - Criptorquidia, anomalias do escroto e útero bicorne. EVOLUÇÃO: 44% morrem durante o 1º mês de vida; 69% não ultrapassam o 6º mês de vida; 18% conseguem ultrapassar o 1º ano de vida. As crianças que sobrevivem apresentam oligofrenia, não ganham peso e as convulsões são freqüentes. O único adulto registrado em bibliografias foi de apenas 33 anos. PROGNÓSTICO: É extremamente reservado, devido aos múltiplos defeitos congênitos que, na maioria das vezes, são incompatíveis com a vida. DIAGNÓSTICO: Pode ser feito através do quadro clínico que o paciente apresenta ou pelo cariótipo. Facilmente é suspeitado ao nascimento e deve ser confirmado pelo estudo citogenético. Laboratorialmente, os afetados apresentam persistência de altos níveis de hemoglobina fetal e nos recém-nascidos observa-se presença anormal de hemoglobina embrionária (gower 2). TRATAMENTO FISIOTERÁPICO: Será baseado no quadro clínico apresentado a nível de SNC e todas as malformações congênitas é o que irá ocasionar o atraso neuropsicomotor. A anamnese deve ser rica em seu HDA, HPP já que acompanham informações de suma importância para a conclusão do diagnóstico. O exame físico será baseado na Escala de maturação do SNC, onde iremos observar se o paciente sustenta a cabeça, se rola com boa dissociação de cinturas pélvicas e escapular, se arrasta e engatinha com boa dissociação ou como faz, se senta em side-sitting, long-sitting ou em W, se realiza as trocas posturais (de DD para sentado, sentado para de joelhos, de joelhos para posição ortostática e o retorno
das posturas), como é sua locomoção, se possui equilíbrio e, dependendo da idade, quais os reflexos que apresenta. OBJETIVOS DO TRATAMENTO: Cumprimento de todas as etapas fálicas da escala de maturação do SNC; Adequar a idade motora à idade cronológica; Restabelecer a funcionalidade globalmente. Ao final do exame devemos eleger o FISIODIAGNÓSTICO e a CONDUTA FISIOTERÁPICA (onde podemos contar com auxílio de bolas Bobath, “feijões” e com atividades lúdicas, tendo em vista estarmos tratando de crianças). CONCLUSÃO: O conhecimento e os estudo desssa síndrome neurológica e de várias outras é muito importante, pois a Fisioterapia é essencial para a vida dessas crianças. Nós temos um caminho muito especial a seguir e devemos nos dedicar ao máximo ao nosso “dom”. A Fisioterapia Neurológica (assim como outras) necessita muito de pesquisas devido ao fato das bibliografias sobre o assunto não apresentarem“Tratamento Fisioterápico”. A resposta de um tratamento neurológico é a longo prazo, mas ao se conseguir ganhar um único esboço de movimento dessas crianças tão comprometidas, já se torna uma FELICIDADE INDESCRITÍVEL!!! Dra. Elisabete Esposito Fisioterapeuta SÍNDROME DE AICARDI Dentre as malformações congênitas, destacamos a Síndrome de Aicardi, não pela sua freqüência, mas por constituir uma entidade bem definida clinico e neurologicamente, sendo uma má formação típica, manifestando-se por anomalias oculares, espasmos em flexão, agenesia total ou parcial do corpo caloso, e deficiência psicomotora progressiva, afetando apenas o sexo feminino. Características principais: ser predominantemente característica do sexo feminino (na Austrália houve duas ocorrências envolvendo o sexo masculino em cariótipo 47 XXY ); microftalmia, que é o estado em que o globo ocular é anormalmente pequeno; má formações costovertebrais, como fusão de vértebras, hemivértebras, agenesia ou fusão de costela, ou costela cervical; espasmo em flexão aparecendo entre segundo e quarto mês de vida, sendo raramente nos primeiros dias, e de difícil controle medicamentoso; agenesia total ou parcial do corpo caloso, sendo este uma estrutura que conecta os hemisférios cerebrais; deficiência psicomotora
progressiva . DIAGNÓSTICO: É feito através das características clínicas já citadas e com exames complementares, dentre eles o Eletroencefalograma Típico apresentando padrão hipsarrítmico, a Tomografia Computadorizada apre-sentando a agenesia total ou parcial do corpo caloso, podendo também ser constatada atrofia cortical e ausência vermis, estrutura essa que conecta o cerebelo; exames oftalmológicos apresentando Catarata, Estrabismo, e Nistagmo (movimentos oculares oscilatórios). Etiologia: Desconhecida, embora admitase a hipótese de erro genético, sendo sua transmissão dominante provavelmente ligada ao cromossomo X, com letalidade para embriões do sexo masculino. Já foram descritos mais de cem casos, e o indivíduo mais velho possui quatorze anos de idade . EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO: Depende da precocidade do tratamento devido ao quadro grave que o paciente apresenta, manifestando atraso neuropsicomotor progressivo, má formações oculares e costovertebrais também progressivas, e se não houver uma intervenção fisioterápica significativa, pode levar a um comprometimento postural acarretando em Pneumopatias devido a restrição da capacidade funcional . TRATAMENTO:Em relação ao tra-tamento medicamentoso, há de se fazer muitos estudos direcionados aos benefícios e malefícios de sua aplicação. A Fisioterapia muito contribui para com o indivíduo portador de Síndrome de Aicardi, tendo como objetivos principais, restabelecer a funcionalidade uma vez comprometida pela incapacidade funcional que atinge o paciente devido ao atraso neuropsicomotor, inibindo assim os reflexos primitivos presentes; facilitação de trocas posturais; e cumprir as etapas fálicas da escala de maturação do Sistema Nervoso Central, tentando assim igualar a idade cronológica à motora do indivíduo. O Tratamento Fisioterápico se baseia na maturação do Sistema Nervoso Central, partindo de posturas baixas até as mais altas, obedecendo um sentido céfalo-caudal. Inclui-se também a Fisioterapia respiratória na prevenção e manutenção do Sistema Pulmonar, e também a orientação domiciliar para melhor resultado evolutivo do tratamento . Dra. Viviana Santos Borges Fisioterapeuta
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Entrevista com Dr. João Marinônio Aveiro Carneiro A Revista Fisio&terapia já entrevistou vários fisioterapeutas, entre eles o Presidente do COFFITO Conselho Federal de Fisioterapia. Nesta edição, entrevistamos o Vice-Presidente, Dr. João Marinônio Aveiro Carneiro, que atendeu gentilmente ao nosso pedido e nos falou um pouco sobre diferentes assuntos. Dr. Carneiro é Mestre, Doutor e Livre-Docente em Educação, UFRJ; Doctor in Phisosophy and Religious Education, FICU, Mercedes, California, USA; Mestre em Filosofia, UGF; Mestre em Teologia – EPOE; Bacharel e Licenciado em Pedagogia, Física e Matemática, UCPel Psicólogo, UCPel; Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, UFRJ; Terapeuta Ocupacional, FRASCE; Bacharel em Teologia, IBE; Christian Leadership, Haggai Institute, Singapore; Oficial Superior de Reserva do Exército - AMAN. F&T - Há quanto tempo o senhor faz parte do COFFITO ? CARNEIRO - Exerço a vice-presidência do COFFITO há quatro gestões. F&T - Qual é a função do COFFITO em relação aos CREFITOs? CARNEIRO - A função do COFFITO é a prevista na Lei 6316, de 17 de dezembro de 1975, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, dando outras providências. (DOU nº 242, de 18/12/75, Seç I, p. 16.805 à 16. 807. Em seu Art. 1º nos aponta “com a incumbência de fiscalizar o exercício das profissões de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, definidas no decreto-lei nº 938, de 13 de outubro de 1969.” Suas competências são as Previstas no Art. 5º. Os CREFITOs, tem sua organização definida no Art. 6º e suas competências no Art. 7º. Articulam-se, o COFFITO e os CREFITOS, de modo a formar o Sistema COFFITO-CREFITOs. Enquanto a normatização é de competência do COFFITO, a fiscalização, esta afeta aos CREFITOs. F&T - Quais os principais projetos em andamento no COFFITO ? CARNEIRO - Fundamentalmente a requalificação dos Cursos de Fisioterapia, para que no futuro não se comprometa de forma mais profunda, a qualidade da assistência fisioterapêutica no país. F&T - Na sua opinião, qual a posição da Fisioterapia brasileira em relação às demais escolas mundiais atualmente? CARNEIRO - A posiçào da Fisioterapia Brasileira a nível mundial, só pode ser confrontada com escolas onde, efetivamente, existam fisioterapeutas com esta mesma titularidade e com o mesmo perfil acadêmico nacional. Não é possível dentro da nova visão político-profissional e realidade legal, considerar profissionais com outras titularidades e de menos nível acadêmico como pares profissionais, pois isto seria desqualificar o fisioterapeuta brasileiro. Esta é uma demanda da Confederação Mundial de Fisioterapia, com o objetivo que só permita a presença de países cujos títulos profissionais sejam de Fisioterapeutas e o perfil acadêmico seja de Nível Superior ou de Láurea. Desta forma , a confrontação entre escolas profissionais se reduz a esta posição e o profissional brasileiro é considerado de bom padrão e a legislação brasileira a melhor entre todas. Isto é tão verdadeiro que as clínicas da Flórida e da California vêm buscar no Brasil os Fisioterapeutas para integrarem seu quadro de profissionais da saúde. F&T - A punição para Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacio-
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nais que exercem cargos administrativos é a mesma que a dos demais profissionais? CARNEIRO - Qualquer profissional que pertence a uma atividade regulamentada, está sujeito às mesmas punibilidades éticas e legais por dolo ou agravo cometido junto ao meio social. F&T - 0 nosso código ética foi estabelecido através da resolução COFFITO 10 em 03/07/78. Na sua opinião não deveria ser realizada uma reformulação após 21 anos da vigência do mesmo, já que nossa profissão evoluiu tanto nos últimos 10 anos? CARNEIRO - Os Códigos de Ética e Deontologia da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, receberão o mesmo tratamento de contemporaneidade, já oferecido a outras resoluções do COFFITO. F&T - Atualmente são realizados vários cursos e Congressos de Fisioterapia pelo Brasil, e os mesmos emitem certificados. Como podemos distinguir se um evento é ou não reconhecido, e se os certificados são registrados? CARNEIRO - Os cursos realizados em Congressos de Fisioterapia são de ordem informativa e não formativa. Desta maneira não há como validar os certificados por eles expedidos, bem como lhes falta amparo legal para tanto. O que ocorre, normalmente, é que o COFFITO tem apoiado os referidos Congressos, o que pode ser visto quando tal expressão é veiculada em seus “folders”. F&T - Um profissional pode ministrar cursos fora da jurisdição na qual está inscrito? Neste caso o COFFITO reconhece a autenticidade do mesmo? CARNEIRO - É evidente que um profissional pode ministrar cursos ou palestras fora da jurisdição na qual está inscrito. Quanto ao reconhecimento do Curso ou mesmo da Disciplina que o profissional está ministrando, o COFFITO não exerce o poder de reconhecer ou não, por não ser da sua competência a análise acadêmica do que é ministrado e, sim, da IES que o contratou. Quanto a eventos, palestras ou conferências, o COFFITO analisa, se a temática for técnica ou simplesmente de informação e esclarecimento, bem como o público-alvo a que se destina, para então, posicionar-se. F&T - No 26º ENAF realizado em abril (Poços de Caldas), fiscais do CREFITO - 4 queriam autuar os profissionais de outras jurisdições que ali estavam ministrando seus cursos, o que, em virtude do Capítulo 11 artigo 17 parágrafo 2 letra B do nosso Código, não deveria ter ocorrido. Por favor, explique‑nos melhor este fato. CARNEIRO - Ao tomar conhecimento dos fatos, o COFFITO diligenciou no sentido de alcançar a sua realidade e, comprovadamente apurou que a presença dos fiscais do CREFITO – 4 naquele evento foi provocada por denúncia formal de profissional da jurisdição do CREFITO – 3 e, que pelo seu teor, não poderia ser ignorada pelo CREFITO – 4. Esclareço ainda, que em relação a ação dos fiscais em extrair autos de infração por ausência de autorização do CREFITO – 4, para que profissionais ministrassem cursos ou palestras no Estado de Minas Gerais, durante o evento, o Senhor Presidente daquele Conselho Regional já os havia tornado nulos de pleno direito por vacância legal, o que se comprova em ofício dirigido a profissional do CREFITO – 3, participante do evento e também da jurisdição do CREFITO –3; e ainda que, qualquer profissional registrado no Sistema COFFITO/CREFITOs está obrigado, por lei, a apresentar sua cédula de identidade profissional sempre
que solicitada por autoridade constituída e/ou cliente sob sua responsabilidade assistencial. F&T - Qual é a sua opinião em relação ao crescente número de instituições ministrando cursos de Fisioterapia, e o reflexo na qualidade na qualidade do curso? CARNEIRO - A expansão da oferta de cursos sem que seja verificada a necessidade social partindo de uma postura irreal que a “sociedade é que selecionará os profissionais oriundos desta ou daquela IES”, nos tem preocupado porque o preço social será vultuoso. Convivemos com uma quantidade de cursos superiores, que cresce dia a dia, sem qualidade, extremamente desordenados, sem comprometi-mento social, preocupados sim, com a vertente mercantilista ao pretenderem, inclusive, diminuir o tempo de formação, o que levará, sem dúvida, ao demérito do diploma concedido.Cursos noturnos, currículos insuficientes e fracos, falta de rigor acadêmico, correspondem a um diploma que, via de regra, ofende a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à sociedade brasileira. Chegam a pretender cursos à distância e seqüenciais em Fisioterapia, numa atitude que, entendemos, se perpetuada, é de interesse do Ministério Público, pelos agravos que, com certeza infligirão à sociedade. A deformação na formação profissional, baseada em princípios falsos, promove os mesmos efeitos perversos, decorrentes da fraude de medicamentos e que tem sido veiculadas na mídia, sendo seu único diferencial, representado pelo tempo para a consumação do agravo à sociedade A proposta das Diretrizes Curriculares apresentada pela Comissão de Especialistas de Fisioterapia da SESu/MEC procura posicionar-se, positivamente, dentro da realidade que vivemos, ao pretender dar um basta a estes abusos. É a resultante do clamor público e da defesa da sociedade. Dizemos não a cursos noturnos no setor saúde, apoiamos a carga horária de cursos não inferior a 5000 hs/aula para a formação do Fisioterapeuta, com projetos pedagógicos que primem pela qualidade e pela atualização com os avanços oferecidos pela ciência, coerentes e inseridos na ética social. É pelo menos uma falta de sensibilidade, pretender se afirmar que o mercado de trabalho selecionará sob o enfoque da sociedade, os mais competentes, justificando-se desta forma a “concessão” de um diploma desprovido do mérito acadêmico. Além de outros fatores nocivos, há um comprometimento na qualidade dos serviços de saúde. F&T - Muitos colegas demons-tram dúvidas em relação as áreas nas quais o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional podem ingressar na Pós-Graduação. Esclareça-nos essa dúvida. CARNEIRO - De maneira geral, o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional podem realizar os Cursos de Pós-Graduação
“Lato Sensu”ou “Stricto Sensu”, nas áreas que sejam afins com as referidas profissões. Exemplos: cursos nas disciplinas básicas de seus cursos de graduação, nas disciplinas propedêuticas, nas disciplinas profissionalizantes e nas denominadas, erroneamente a meu ver, de disciplinas aplicadas. Podem ainda matricular-se, por exemplo, em bioética, bioengenharia, bem como cursos na área da educação, entre outros tantos que existem ou possam existir, mas que guardem afinidade com a formação profissional. F&T - O senhor acompanha o trabalho da Revista Fisio&terapia? Tenho acompanhado de forma assistemática quando matérias publicadas me são apresentadas para análise e discussão. F&T - Baseado em sua larga experiência e bagagem, que mensagem o senhor gostaria de passar aos nossos leitores. Em razão da pletora de informações que ocorrem neste fim de século, impõe-se aos profissionais de qualquer área, inclusive como necessidade de sobrevivência profissional e de aporte assistencial a seus clientes, que o mesmo se mantenha atualizado. Consultoria e Assessoria Educacional e de Saúde - CAEPROFCAR T elefaxes: 021 - 269 - 3771; 021 - 269 - 4783; Cel.: 021 – 9995 - 5026 E-mail: caeprofcar@jmbrazil.com http://jmbrazil.com/caeprofcar Entrevista por: Dr.Fabiano Moreira da Silva
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CONSEQUÊNCIAS DE ESCARAS DE DECÚBITO EM PACIENTES NEUROLÓGICOS Introdução As úlceras de decúbito, ou escaras, têm sido definidas como lesão do tecido desprovido de nutrição, provocada por prolongadas e repetidas pressões contra a superfície do colchão, cadeira ou imobilização gessada. Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequentes nas regiões com proeminências ósseas, como a região sacral, a região coccígea, a região escapular, calcâneo, trocânter, maléolo, cotovelo e até mesmo entre duas superfícies do próprio corpo em contato, como nas axilas e nos seios. A incidência é mais comum entre os idosos (75% em pessoas com mais de 70 anos) podendo ocorrer em qualquer idade e sem preferência de sexo. Entre as causas predisponentes destacamos a anemia, avitaminose, perfusão tissular diminuída, caquexia, imobilidade, percepção sensorial diminuída, pouca vitalidade e também as paralisias onde os músculos fracos ou a massa muscular hipotrofiada dão pouca proteção aos tecidos. Pode variar de uma área de eritema até uma ulceração de sede profunda que expõe o osso subjacente. O paciente poderá relatar dor se as terminações nervosas sensoriais não foram destruídas. A ferida causada torna-se uma porta de entrada de veículos infecciosos que, se não for convenientemente tratada, facilmente poderá evoluir para uma infecção sistêmica.
musculatura de membros superiores e tronco, a fim de manter os arcos de movimento e facilitar a sustentação e equilíbrio do tronco. É necessário proporcionar ao paciente condições que o auxiliem nas atividades de
RELATO DO CASO:
B.R.L.S., 26 anos, sexo masculino, negro, casado, militar, natural do Rio de Janeiro, internado no Hospital Central do Exército (HCE), vítima de PAF (projetil de arma de fogo) em 1991, foi submetido à laminectomia para retirada do projetil, em C7 - T1. Sofreu traumatismo raqui medular e rafia de saco dural que o levou à tetraplegia. Foi tratado e, após melhora do quadro clínico, recebeu alta hospitalar. Deu entrada ao serviço de internação do HCE seis anos depois com ferida tipo escara trocantérica bilateral e infectada, associada a extrusão óssea secundária à esquerda. Ao exame físico inicial apresentava prostração, caquexia, icterícia, desidratação, pressão arterial de 120 X 70 mmHg, pulso com 80 bpm e auscultas cardíacas e pulmonares sem particularidades. O exame de sangue revelou anemia. Com esse quadro foi iniciado o acompanhamento interdisciplinar pela clínica médica, vascular, ortopédica e plástica. Devido ao quadro infeccioso instalado e a acentuada destruição de tecidos e estruturas articulares, foi indicado a desarticulação cirúrgica do quadril esquerdo, realizada em 16 de Julho de 1997. O paciente manteve-se internado para cicatrização da ferida pós operatória e continuidade do tratamento.
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Durante o acompanhamento, a
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equipe não obteve sucesso no combate à infecção com antibióticoterapia. O quadro infeccioso evoluiu com infecções urinárias, muito comuns em paraplégicos e tetraplégicos, e escara infectada em quadril direito com saída de secreção purulenta de odor fétido e em quantidade significativa. Foi indicada, então, a desarticulação do quadril direito, realizada em 24 de Junho de 1998. O paciente sem história prévia de hipertensão, apresentou labilidade pressórica, com picos hipertensivos frequentes e como exemplo, citamos a ocorrência de P.A de 240 X 160 mmHg. Após melhora clínica e normalização da P.A, foi encaminhado para tratamento fisioterápico ambulatorial ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação do HCE para futura protetização. Vale ressaltar que o paciente foi acompanhado pela Fisioterapia no leito. TRATAMENTO FISIOTERÁPICO: O tratamento fisioterápico caracteriza-se por um trabalho de reabilitação motora-respiratória, com o objetivo de promover a normalização de tônus através de FNP (facilitação neuromuscular proprioceptiva), conscientização diafragmática e reexpansão pulmonar. São realizados exercícios de alongamento e fortalecimento da
vida diárias e nas transferências. É importante também que ele se eleve na cama ou cadeira, periodicamente, para aliviar a pressão no assoalho pélvico, prevenindo a formação de úlceras de pressão, além de estar preocupado quanto ao posicionamento no leito, para o que está devidamente orientado. COMENTÁRIOS: A prevenção das úlceras de pressão é melhor que sua cura. Devese encorajar o paciente a se mover sempre que possível no leito, a ins-
pecionar os locais de pressão para surpreender seus sinais e ensinar métodos de auto-alívio. A mudança de decúbito é impres-cindível e a massagem é indicada para a pele normal e íntegra. As escaras podem trazer conse-quências indesejáveis como sofrimento, desconforto e propiciam a entrada de infecções, podendo inclusive, levar à morte. O acompanhamento, a observação e a simples orientação teriam evitado a evolução geral do quadro do paciente. A desinformação, a falta de condições de higiene doméstica e
zendo uso de mecanismos de defesa, prejudicando suas relações afetivofamiliares. Encontrava-se cônscio de suas reais limitações ao ser submetido à amputação e acreditava em sua reabilitação através da Fisioterapia. É muito importante que tanto os profissionais de saúde quanto os familiares de pacientes com distúrbios neurológicos, paraplégicos e tetraplégicos especificamente, estejam atentos para qualquer alteração do seu estado geral. Poderão, assim, evitar que o quadro se estenda à situações graves restando poucas alternativas, como ocorreu com o paciente em estudo, em que se fez a opção pela desarticulação bilateral do quadril, proporcionando uma chance de vida ao mesmo antes que a infecção se generalizasse. RESUMO: Os autores relatam um caso de desarticulação bilateral de quadril em consequência de complicações secundárias à escaras de decúbito ocorrido no Hospital Central do Exército. O paciente, ao ser inter-nado no hospital, aprsentava um quadro avançado de escara trocantérica bilateral infectada associada à extrusão óssea. Durante o acompanhamento pré e pós cirúrgico, a equipe interdisciplinar não obteve sucesso no tratamento do quadro infeccioso e da necrose dos tecidos provocada pelas escaras de decúbito. O paciente foi submetido ao acompanhamento por toda a equipe interdisciplinar com uma importante atuação da Fisioterapia.
Relato de caso realizado por: Carolina Menezes Russo e Sonia Aparecida de Moraes Acadêmicas do 6o período do curso de Fisioterapia da Universidade Iguaçu (UNIG) e estagiárias do SMFR (Setor de Medicina Física e Reabilitação) do HCE. Sob a orientação de: Dittmar Egon Musskopf Crefito 2 21168 Fisioterapeuta no HCE e professor do IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação). Nelson Ayres Barradas de Freitas Crefito2 5528 Fisioterapeuta no HUSJ (Hospital Universitário São José) e professor da disciplina de Traumato ortopedia da UNIG. Primeiro semestre de 1999.
SUMMARY:
a demora em procurar ajuda de um profissional de saúde, seja o médico, o enfermeiro ou o fisioterapeuta, possivelmente levaram-no à uma situação de debilidade orgânica irreverssível e posteriormente à uma debilidade física, psíquica e social. A situação vivida pelo paciente o deixa face à um sentimento de culpa pela evolução do processo infeccioso. Manteve-se lúcido, coerente e com consciência parcial de sua situação geral; porém deprimido e com sentimento de medo quanto ao futuro, com risco de isolamento. O paciente reagiu fa-
The autors report a case of bilateral hip disarticulation decurrent of decubitus eschars which , took place at HCE. When the patient was committed to the hospital, he presented na advanced chart of a trocanteric bilateral eschar infected associated with a bone exclusion. During the pre and postoperative follow up, the interdiscipliner team did not have any sucess in dealing with the infectious chart or the necrosis tissue provoked by the decubitus eschars. The patient was submitted to a follow up treatment involving all the interdiscipliner team. This was due to hard and important work of physiotherapy.
Bibliografia: GALLE, N.; VESSELLE, B.; BILESIMO, M. et al. Prevención de las complicaciones del decubito. Kinésitherapie,Paris: Encycl. Méd. Chir., 26-520-A10, p. 1-4, 1991. ROCH, M., R.; MOTTA, S.,H.; WALTER, R. Técnicas básicas de enfermagem, Rio de Janeiro, 1990. STRYJER, R.,S.,O. Medicina prática, Sobre vida vol. II, Rio de Janeiro. 1996. T H O M P S O N , A . Fisioterapia de Tiddy,Rio de Janeiro. 1996. BRUNNER, D. R.; Tratado de Enfermagem,Rio de Janeiro. 1982.
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Todo semestre é a mesma coisa: “- Professor, qual a minha nota?!” Ou então: “Mestre, sua prova está muito difícil?!” Ou ainda: “- Querido professor, quando o senhor for fazer a prova, por favor, não fale com sua sogra para não estragar tudo!” “– Professor, quase não dormi essa noite, eu até sonhei com sua prova!”“– E aí fulana, estudou? Será que tá difícil, será que o cascudo vai pegar pesado?” É a PROVA, essa companheira inseparável de professores e alunos. Tem vezes que o período letivo assemelha-se a uma montanha russa com suas provas, tal como quedas vertiginosas, ou mesmo trabalhos complicados, impossíveis de serem encontrados, que lembram loops fantásticos e, até mesmo, as famigeradas provas orais que deixam os alunos com aquela expressão final de quem acabou de passar pelo liqüidificador. Temos de reconhecer que a prova não é o instrumento mais completo de avaliação da aprendizagem, logo, é o mais comum, o de mais fácil aplicação e, portanto, o mais utilizado, entretanto muitas Universidades já estão mudando esse procedimento, com grande sucesso. Em dias de provas sofremos todos, professores e alunos (incluindo funcionários da administração), e muitos vêem a prova como uma verdadeira batalha, uma guerra onde o professor é o inimigo e a prova a arma e, pode ser que em alguns casos, a recíproca seja verdadeira. Mas por que “dois lados”, se estamos do mesmo lado?! Não falaremos disso agora, visto ser um assunto que merece tratamento mais completo. OK! Existem as provas, sua Universidade ainda não pode adotar outros métodos, o sistema impõe sua aplicação, é como diz o ditado: “o que não tem remédio, remediado está”. Aqui vão algumas dicas de um professor, mas eterno aluno nas ciências da cátedra e da vida. Dicas para obter sucesso nas provas: a) Não deixe para estudar em cima da hora – o nosso sistema de ensino preconiza a chamada “semana de prova” e, parece brincadeira, o pessoal deixa para estudar no dia anterior. O resultado é uma mistura de alhos com bugalhos, eiras sem beiras e a aplicação daqueles recursos maravilhosos do tipo “etc.”; e quando na hora da discussão da prova é sempre o mesmo papo: - puxa mestre, eu tenho certeza que o senhor sabe o que eu queria dizer! Ou ainda escrevem: “conforme está escrito naquele cantinho do caderno ...”. b) Esqueça a cola “confie mais no seu taco” - como se diz em outro ditado popular: “é faca de dois legumes”, pois o tempo que se perde e o desgaste emocional para usá-la pode acabar com todas as suas chances de tirar uma nota mediana, ou então gerar um ZERO, pois tem professor que não aceita compactuar com a cola. c) A cabeça deverá estar descansada – tem gente que vai para a prova diretamente da boate, ainda encharcado de cerveja e muito cansado. Tem aluno que dorme durante a prova. Bem, se não roncar e não babar na prova, eu não me incomodo. d) Prova só se entrega no final! Tem aluno que parece estar com as mãos embrasas. Tenha carinho com ela, afinal de contas você estará contando a ela tudo o que você sabe, ou que não sabe. e) A prova deve ser limpa e organizada – vira e mexe encontramos provas do tipo labirinto ou quebracabeça. São coisas do tipo: “querido professor, vire à esquerda no próximo asterisco, à direita após a
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última palavra e retorne ao segundo parágrafo. Depois que inventaram o liquid paper, tem aluno(a) achando que a prova é para pintar, ou para colorir com o lume color. Tem umas que ficam até bonitinhas, mas francamente, isso é hora de desenhar?! f ) Escreva apenas o necessário – o efeito “abóboras para que te quero” só serve para testar a paciência do professor, que já está cansado dessas “preciosidades acadêmicas” e tem sempre que aturar aqueles comentários: - “e teacher aí, não vai considerar nada ?!“ g) Procure ser sucinto(a), mas preste atenção para não responder de modo incompleto, pois é muito comum encontrarmos os denominados “apoios táticos teóricos de saída do sufoco”, ou seja: “ e etc.; daí em diante; ...; entre outros mais”. Em síntese, podemos, no máximo, supor que você pensou no restante que estaria faltando, mas que você não escreveu, não escreveu não! h) Para finalizar, eu sempre digo aos meus alunos: “- CALMA, é só uma prova e nada mais!” Eu já presenciei bons alunos, estudiosos, interessados, que eram prejudicados pelo estado emocional, o que significa um tremendo desperdício. Imagine isso em um concurso, futuramente.
vai se dar bem na vida profissional. Nosso VALEU !!! dessa edição vai para: Dra. MARCIA DE ALMEIDA, Dra. CYNTHIA COIMBRA (SATE), Acad. GUSTAVO (CRISCIÚMA-SC), Acad. “CAETANO” (UNIG), DÉBORA (FAFISC-CARATINGA-MG), PROFª IONE MOEZIA (UVA/ UGF), PROFª IVONE BRAUNS (UVA/CUAM). Continuamos recebendo seus recados, críticas, comentários, Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenham o bom humor, pois o mau humor provoca envelhecimento precoce! Poderei ser localizado da seguinte maneira: 1) oston@inx.com.br 2) Prof. Luís Guilherme Barbosa. Caixa Postal 15 557 CEP: 20 132-970, Centro - RJ. 3) Pager 528 05 28 Cód. 112 95 73; 4) Pessoalmente na FISIOLIFE e/ou na UNIG. “Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando; falei como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.”
Charles Chaplin
É isso minha gente, difícil, mas não impossível; arraigado, mas não imutável, pois a vida não se resume em algumas respostas certas ou erradas em uma prova. O aluno nota “10” não é, necessariamente, aquele que vai se dar melhor na vida profissional, porém, quem assiste as aulas, estuda e está sempre bem preparado, vai tirar boa nota em qualquer tipo de avaliação e, com certeza,
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1° ano: História e generalidades Bases neurofisiológicas em osteopatia Biomecânica clássica Ráquis lombar, dorsal, cervical. O ombro. O ilíaco: biomecânica. Testes e diagnósticosOsteopáticos. Diagnóstico diferencial. Técnicas de tratamento.
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Apresentação A Escola de Osteopatia de Madri, reconhecida internacionalmente por seus compromissos na formação de fisioterapeutas, e a Universidade Castelo Branco, com tradição de excelência em seu curso de Fisioterapia, oferecem Pós-Graduação em Osteopatia, em nível de aperfeiçoamento, avalizada pela Associação Internacional de Terapia Manual e Osteopatia (registro no Ministério Espanhol). O curso tem como objetivo proporcionar aos profissionais de Fisioterapia conhecimentos marfo- funcionais, biomecânicos, cinesiológicos e osteopáticos, que lhes permitam enriquecer seus recursos terapêuticos. Ao final do 5° e último ano, os participantes poderão apresentar uma tese a ser avaliada pela Federação Européia de Osteopatas, com vistas à obtenção da D.O. europeu.
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