Edição 23

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Ano IV nยบ23 - Out/Nov de 2000



Editorial

Dedicamos esta edição a o amigo Lippi.

Nesta Edição duplamente comemorativa, onde estamos brindamos o 13 de Outubro e o aniversário da Revista em 1º de Novembro, ficamos por muito tempo pensando em como seria a capa. A principio surgiu a idéia óbvia de um delicioso bolo de chocolate, daqueles de dar água na boca, mas tínhamos um problema; o que fazer com o bolo após a sessão de fotos, já que aqui na redação estamos de regime. Depois veio a idéia de colocar a fotografia de nosso entrevistado na capa, mas isso iria estragar a surpresa que guardávamos para vocês. Finalmente em um sábado de sol, caminhando no calçadão do Leblon, me encontrei com o artista plástico Ednaldo Andrade Pinto, com seus quadros que retratam as paisagens locais e vi em um deles, a capa desta edição. Foi amor a primeira vista, lá estava ela, a capa pronta. Fiquei por alguns instantes admirando e percebi que o quadro por si só, já é um presente aos aniversariantes, uma pintura da Praia do Leblon com o Morro dois Irmãos ao fundo, uma terapia visual ou porque não dizer, uma “Fototerapia”, além disto a pintura lembra a abertura da Novela que também é gravada no Leblon e onde coincidentemente nosso entrevistado trabalha (pena que revista não tem trilha sonora). Espero que vocês gostem. Esta edição foi feita com muito carinho para parabenizar esta profissão linda que nós escolhemos. Parabéns a todos.

Nossa equipe nesta Edição Editor/Diretor Dr. Oston de Lacerda Mendes Braço Direito Victor Araújo Programação Visual e Web Page Oficina Detrês - www.detres.com.br Jornalista Responsável Marcos Antônio Alves Assessoria Jurídica Dr. Walter Lambert de Brito Assessoria em Informática Flávio Branco Garoto Propaganda Dr. Piá Agradecimento especial: Vanessa Prado Fernandes A Revista Fisio&terapia não se responsabiliza por cartas e artigos assinados.

Arte da capa: Ednaldo Andrade Pinto

Redação Rua José Linhares, 134 Leblon - Rio de Janeiro - RJ CEP 22430-220 Tel/Fax: (21) 294-9385 revista@fisioon.com.br Assinaturas Rio de Janeiro: (21) 294-9385 / 249-8190 / 249-8191


AGENDA DESC. 10% 20% 10% 30% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 15% 10% 10% 15% 10% 10%

Veja a listagem completa no site: www.fisioon.com.br

DATA CURSO CIDADE OUTUBRO Em Outubro Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo Em Outubro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro Em Outubro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro Em Outubro Shiatsu e DLM Rio de Janeiro Em Outubro Curso Internacional Método Mulligan Terapia Manual Londrina Em Outubro Curso Internacional Método Mulligan Terapia Manual São Paulo Em Outubro Curso Internacional Relaxamento Aquático Integral Londrina Em Outubro Curso Internacional de Hidroterapia em Grupo Londrina Em Outubro Curso Internacional Método Maitland - Terapia Manual Londrina Em Outubro Curso Internacional Método Bad Ragaz - Hidroterapia Londrina Em Outubro Workshops de Watsu São Leopoldo Em Outubro Hidroterapia Londrina Em Outubro Curso de Hidroterapia em 3 Módulos Barra da Tijuca Em Outubro Fisioterapia em Estética Corporal Niterói Em Outubro Fisioterapia Dermato - Funcional (Estética) Rio de Janeiro Em Outubro Pós-Graduação em Biomecânica e Fisiologia do Exercício Rio de Janeiro Em Outubro Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro Em Outubro Ergonomia e Fisioterapia do Trabalho Rio de Janeiro 10 e 11 II Simpósio de Fisioterapia da Unigranrio Rio de Janeiro 11 e 12 Hidroterapia em Grupo Londrina 11 a 15 ENAF Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Hidroterapia Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Fisioterapia na Reabilitação Cardio Vascular Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Fisioterapia na Estética Corporal Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Joelho e Coluna Vertebral Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Terapia Manual Integrada e Trigger Points Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Fisioterapia Aplicada ao Esporte Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Stretchy Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Hipoterapia e Reabilitação Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Fisioterapia Aquática Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Reorganização Tônica e Fásica da Postura Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Massagem Corporal Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Disfunções da Articulação Têmporo Mandibular / ATM Poços de Caldas 11 a 15 ENAF - Primeiros Socorros em Fisioterapia Poços de Caldas 11, 12, 18 e 19 Curso - Atuação Fisioterápica em UTI Niterói 12 a 15 II CONNEFI - Congresso Norte Nordeste de Fisioterapia João Pessoa 13 e 14 Método Bad Ragaz Londrina 14. Shantala - Massagem Oriental para Bebês Rio de Janeiro 14, 15, 21 e 22 Fisioterapia Estética Corporal Niterói 14, 15, 21 e 22 Bandagens Funcionais Niterói 15. Curso de Pressão Arterial Rio de Janeiro 16 a 20 I Semana Científica e Cultural da FIP e XI Semana do Fisioterapeuta Patrocínio 16, a 21 Watsu II São Leopoldo 20 e 21 Método Mulligan - Mobilização Articular Londrina 20, 21 e 22 Simpósio Internacional de Reabilitação Cardiovascular São Paulo 20, 21 e 22 IV Encontro Cient. de Estud. de Fisiot. da Bahiama e o I Simp. de Radiol. em Fisiot. da FDC Salvador 21. Ondas Curtas Amparo 21. Programa de Atualização de Fisioterapia em Terapia Corporal Rio de Janeiro 21 e 22 Hidroterapia - Manuseio em Neuropediatria Campinas 21 e 22 Lesões Nervosas Periféricas Rio de Janeiro 21, 22 e 28 Métodos e Técnicas de Avaliação Fisioterápicas Rio de Janeiro

ESTADO

TELEFONE

RJ RJ RJ RJ PR SP PR PR PR PR RS PR RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ PR MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG RJ PB PR RJ RJ RJ RJ MG RS PR SP BA SP RJ SP RJ RJ

(24) 523-8863 (21) 205-1570 / 556-2455 (21) 257-3065 (21) 256-9975 / 3684-0586 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (51) 9916-3344 (43) 325-7656 / 0800-43-7008 (21) 493-0182 / 9628-5568 (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 (21) 567-6172 (21) 563-0000 (21) 563-0000 (21) 424-5302 (21) 671-4251 r. 172 / 137 (43) 325-7656 - 336-1107 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (35) 222-2344 (21) 610-2626 r. 239 / 247 (83) 247-4424 (43) 325-7656 - 336-1107 (21) 205-1570 / 556-2455 (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 (21) 205-1570 / 556-2455 (34) 831-3737 (51) 9916-3344 (43) 325-7656 - 336-1107 (11) 289-7610 (71) 9153-0085 / 9939-8084 / 240-0512 / 9973-2657 (19) 3807-9633 (21) 239-3893 (19) 254-4525 (21) 9136-9483 / 392-6870 (21) 577-1826 / 9952-4034


DESC. 10% 10% 10% 10% 10% 10% 30% 30% 100% 10% 30% 10% 10% 10% 15% 10% 20% 10% 15% 15% 10% 10% 10% 10% 10% 15% 10% 30% 30% 10% 10% 15% 15% 10% 10% 15% 10% 10%

DATA CURSO CIDADE ESTADO TELEFONE 21, 22, 28 e 29 Curso Atuação Fisioterápica em UTI Niterói RJ (21) 610-2626 r. 239 / 247 22 e 23 Método Mulligan - Mobilização Articular Londrina PR (43) 325-7656 - 336-1107 23, 24 e 25 III Simpósio Unip de Fisioterapia Sufis 2000 Sorocaba SP (15) 224-3737 27 e 28 Método Mulligan - Mobilização Articular São Paulo SP (43) 325-7656 - 336-1107 27 e 28 III Simpósio de Fisioterapia de Vitória. Vitória ES (27) 220-3431 27, 28 e 29 Avançado de Eletrotermofototerapia São Paulo SP (11) 5584-8969 28. Abordagem Médica e Fisioterápica de Patologias do Joelho Rio de Janeiro RJ (21) 288-2472 / 9177-0264 / 9704-9009 / 9256-5992 28. Curso Teórico e Prático - Interpretando Exames Complementares Mais Solicitados na Prática Clínica Niterói RJ (21) 610-2626 r. 239 / 247 28 e 29 Ventilação Mecânica Invasiva - Situações Especiais de Derrame Rio de Janeiro RJ (21) 9136-9483 / 392-6870 28 a 30 Osteopatia - Pós-Graduação - Lato Sensu - Especialização Rio de Janeiro RJ (21) 450-4239 29 e 30 Método Mulligan - Mobilização Articular São Paulo SP (43) 325-7656 - 336-1107 NOVEMBRO Em Novembro Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo RJ (24) 523-8863 Em Novembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 Em Novembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 257-3065 Em Novembro Curso Internacional Método Maitland - Terapia Manual Londrina PR (43) 336-1107 / 0800 43-7008 Em Novembro Terapia Manual Nova Friburgo RJ (24) 523-8863 Em Novembro 6º Curso Básico de Terapêutica em Piscina São José dos Campos SP (12) 341-4406 / 321-9587 Em Novembro Curso de Reflexologia - A Cura Pelos Pés Rio de Janeiro RJ (21) 255-7635 Em Novembro Curso de Propriocepção Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 Em Novembro Workshops de Watsu São Leopoldo RS (51) 9916-3344 Em Novembro Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro RJ (21) 563-0000 Em Novembro Ergonomia e Fisioterapia do Trabalho Rio de Janeiro RJ (21) 424-5302 Em Novembro Qualidade de Vida no Trabalho Rio de Janeiro RJ (21) 424-5302 01. Palestra Yoga - O Caminho da Unidade Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 04 e 05 Bases e Atualização em Eletro-Foto-Termo-Terapia Rio de Janeiro RJ (21) 594-4570 / 9626-0219 04, 05, 18, 19 e 25 Atualização em Órteses e Próteses - Como Prescrever Tratar e Adaptar seu Paciente Rio de Janeiro RJ (21) 350-8076 04,05,18,19,25e26 Curso Kabat - Teórico e Prático Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 04, 11 e 18 Neurofisiologia do Controle Motor Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 04, 05, 11 e 12 Propriocepção - Reeducação pelo Movimento Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 05. Moxabustão - O Calor da Cura. Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 09 a 12 I Congresso de Fisioterapia da UFJF e V Encontro de Fisioterapia Juíz de Fora MG (32) 234-1610 / 213-4721 / 9102-4176 10 e 11 Simpósio Brasileiro de Desordens Temporo Mandibulares e Dor Orofacial Belo Horizonte MG (31) 296-7070 10, 11 e 12 Aperfeiçoamento em Hidroterapia Rio de Janeiro RJ (21) 247-9964 / 9975-3708 11. Radiologia para Fisioterapeutas Campinas SP (19) 289-2818 11. Shantala - Massagem Oriental para Bebês Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 12. Curso de Primeiros Socorros Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 11 e 12 Fisioterapia Dermato Funcional - A Beleza Sob Cuidados Especiais São Paulo SP (19) 3807-5100 / 3807-6774 11 e 12 Técnicas e Procedimentos Fisioterápicos Rio de Janeiro RJ (21) 9136-9483 / 392-6870 11, 18 e 25 Curso Teórico e Prático - Interpretando Exames Complementares Mais Solicitados na Pratica Clínica Niterói RJ (21) 610-2626 r. 239 / 247 13 e 28 Curso de Hidroterapia - Fundamentos e Técnicas - Módulos I, II e III Rio de Janeiro RJ (21) 450-4239 16, 17 e 18 I Semana de Fisioterapia de Petrópolis Petrópolis RJ (24) 9224-5823 17, 18 e 19 Anatomia Palpatória - Membros Superiores Rio de Janeiro RJ (21) 501-7434 / 9619-6144 17, 18 e 19 Curso de Reflexologia - A Cura Pelos Pés Rio de Janeiro RJ (21) 255-7635 / 255-9926 / 9984-4195 18. Programa de Atualização de Fisioterapia em Terapia Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 239-3893 18 e 19 Atualização em Eletroterapia Volta Redonda RJ (21) 542-8312 / 295-6811 18 e 19 Fisioterapia Preventiva Rio de Janeiro RJ (21) 392-6870 / 9136-9483 18 e 19 II Simpósio da Sofitoerj - Reabilitação da Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 450-4239 18, 19, 25 e 26 Atuação Fisioterápica nas Paralisias Faciais Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 20. Baby Course Bobath São José dos Campos SP (12) 341-4406 / 321-9587 23 a 25 Iº Curso de Fisioterapia do Trabalho do Estado do Rio de Jeneiro Rio de Janeiro RJ (21) 424-5302 / 577-1826 / 9952-4034 / 9998-2705 24 e 25 Método Maitland Londrina PR (43) 325-7656 - 336-1107 25. Correntes Amparo SP (19) 3807-9633 25 e 26 Hidroterapia - Manuseio em Ortopedia Campinas SP (19) 254-4525 25, 26 e 02, 03/12 Lesões Musculares - Avaliação e Tratamento Fisioterápico Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 26 e 27 Método Maitland Londrina PR (43) 325-7656 - 336-1107 26. Curso - Anatomo Fisiologia Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 27 a 15 Advanced Baby Course 2000 Rio de Janeiro RJ (21) 537-5017 28, 29 e 30 Iª Jornada Paraense de Saúde Física Belém PA thaty_m@amazon.com.br 30 a 05 As Cadeias Musculares Belo Horizonte MG (31) 226-4836 / 9958-4479 DEZEMBRO Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo RJ (24) 523-8863 Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 Em Dezembro Workshops de Watsu São Leopoldo RS (51) 9916-3344 Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 257-3065 Em Dezembro Qualidade de Vida no Trabalho Rio de Janeiro RJ (21) 424-5302 Em Dezembro Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro RJ (21) 563-0000 Em Dezembro Qualidade de Vida no Trabalho Rio de Janeiro RJ (21) 424-5302 01, 02 e 03 Metodologia de Exercícios e Facilitação para um Parto Conciente Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 02. Programa de Atualização de Fisioterapia em Terapia Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 239-3893 02 e 03 Avaliação Fisioterápica nos Pacientes Neurológicos Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 02 e 03 Protocolo e Rotinas de Tratamento Fisioterápico Rio de Janeiro RJ (21) 9136-9483 / 392-6870 03 a 08 As Cadeias Musculares Belo Horizonte MG (31) 226-4836 / 9958-4479 03. Pegando no Pé - Massagem Reflexa nos Pés Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 09. Shantala - Massagem Oriental para Bebês Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 09 e 10 Kabat - Teórico e Prático Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 09 e 10 Crioterapia Niterói RJ (21) 719-1201 / 9981-7008 / 9978-3089 10. Curso de Pressão Arterial Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 16. Ultra Som Amparo SP (19) 3807-9633 OUTROS Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro RJ (21) 563-0000 OUTROS Pós-Graduação de Fisioterapia - Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro RJ (21) 563-7068 OUTROS Pós-Graduação - IBMR Rio de Janeiro RJ (21) 552-8096 / 553-6427 OUTROS Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo RJ (24) 523-8863 OUTROS Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 205-1570 / 556-2455 OUTROS Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 257-3065 OUTROS Pós-Graduação - Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro RJ (21) 563-7068


CARTAS FISIOTERAPIA NO ATENDIMENTO ESPECÍFICO

Programa de Fisioterapia da Secretaria Municipal de Saúde foi oficializado em 1993, com o objetivo de intensificar e descentralizar a assistência fisioterápica no município do Rio. Tendo o Gerente de Programa Prof. Dr. Cosme da Silva Guimarães, Servidor municipal Matr. 11/126201.3- Fisioterapeuta, as seguintes atribuições:

7.0 % da população de idosos poderão de beneficiar da atenção fisioterápica = +/- 490 mil habitantes. 25.0% dos pacientes internados em nossa rede hospitalar-leitos clínicos e cirúrgicos necessitam de assistência de fisioterapia apoio ao leito. +/- 2400 pacientes mês. 3200 leitos disponíveis. (Relação 808 leitos, média de 3 pacientes leitos por mês). 90.0% dos pacientes internados em CTI necessitam de assistência fisioterápica. +/- 780 pacientes mês. 156 leitos disponíveis. (Relação 156 leitos, média de 5 pacientes leitos por mês). Ao estimarmos a produção fisioterápica, e estabelecermos população alvo para Fisioterapia ambulatorial e hospitalar, relação profissional X produção .

Planejar, Coordenar e Supervisionar ações específicas no campo assistencial da Fisioterapia, em cooperação com as coordenações de áreas programáticas. - Cargo criado por Lei 1888/92, de autoria do vereador Emir Amed , em 17 de agosto de 1992, e sancionada pelo então prefeito da Cidade do Rio Dr. Marcelo Alencar.

Foi a partir de medidas efetivas, tais como: atendimento em grupo terapêutico, implementação do estágio para acadêmicos em Fisioterapia, aumento em recursos materiais e concurso público para Fisioterapeuta , que a partir de 1995 o programa de Fisioterapia começou a demonstrar resultados . Candidatos, destes apenas 188 profissionais foram aprovados.

Nesta ocasião contávamos apenas com 7 profissionais lotados em 2 Unidades : Instituto Oscar Clark- (S/IOC) 5 Fisioterapeutas, e UIS Artur Vilaboim- ( UISAV )

Considerando que o modelo que tínhamos como proposta, era a integral assistência fisioterápica - Prevenção, Cura/recuperação e integração no processo de reabilitação

1 Fisioterapeuta.

Foi por este motivo que já no início de 1996, o Secretário de Saúde Dr. Ronaldo Gazolla com toda a sua assessoria ( Dr. Italo- SSS- Dra. Cristina Boaretto-SSC, Dra.Ana Lucia - CAE, eu Dr. Cosme Guimarães -GPF, priorizamos a implantação da Fisioterapia em CTI - HMSA, HMMC, HMSF, HMJe,( Hospitais Municipais Souza Aguiar, Miguel Couto, Salgado Filho, Jesus) e implementação nos PAMs pré municipalizados - Madureira, Ilha do Governador , e o nosso Centro de reabilitação Instituto Oscar Clark, e o CMS Manoel José Ferreira no Catete, com a chamada dos primeiros 10 aprovados em concurso.

Neste mesmo ano (1993), ampliou-se o quantitativo de Fisioterapeutas , passando para 75 cargos - Lei sancionada pelo então Prefeito César Maia. Durante o ano de 1994 conseguimos computar 70 mil atendimentos em Fisioterapia realizados por estas duas Unidades, sendo que, destes + de 80 % no S/IOC, o que no total, somando-se a produção das duas unidades, estimávamos que representava +/- 5 % de toda produção em Fisioterapia no sistema de informação ambulatorial no SUS/RJ. Diante dos estudos, estabelecemos parâmetros gerências definindo à intensificação das ações em Fisioterapia, que exigiu mudanças significativas, conforme os dados abaixo por nós estabelecidos. 1 Fisioterapeuta com carga horária plena de 30 horas semanais poderá atender em média 50 pacientes mês- atendimento ambulatorial, limite de 540 procedimentos. 1 Fisioterapeuta com carga horária plena de 30 horas semanais poderá atender em enfermarias (pacientes clínicos e cirúrgicos ), 20 leitos mês. 3 Fisioterapeutas em CTI, com carga horária plena de 30 horas poderá atender 10 leitos com +/- 8 horas/semana de fisioterapia para cada . 2.0 % da população em geral necessita de atendimento específico em fisioterapia = +/- 112 mil habitantes ( deficientes físicos ). 1.5 % da população em geral necessita de atendimento fisioterápico = +/- 90 mil habitantes (múltiplas deficiências).

Em 09/1996, esta Gerência em conjunto com as Coordenações de áreas inicia as auditoria e supervisões nas Clínicas preferencialmente as Privadas no Sistema SUS-ambulatório. Constatamos a maior “distorção” que podíamos imaginar em Fisioterapia, Clínicas que produziam +/- 1550 procedimentos por dia , com um faturamento mensal de aproximadamente 120 mil Reais. Sem recursos humanos e área física disponível para tanto, além do que o ambiente para atendimento totalmente insalubre, mínima higienização, sem arejamento e circulação de ar , aparelhos tipo turbilhão com fungos em seus interior sendo utilizados, fios espalhados pelo chão, e alguns até passando por cima de pacientes . Com uma laboriosa e integrada ação desta Gerência com todos os níveis de assessoria do Secretário de Saúde (Dr. Gazolla), e em cumprimento com as determinações de resoluções do Ministério da saúde e da Secretaria de Saúde, algumas medidas foram tomadas em Fisioterapia: Normalização de fluxo para a Fisioterapia. Relação Profissional Fisioterapeuta x

produção em Fisioterapia. Estabelecidos novos tetos para procedimentos em Fisioterapia. Formulário de consignações para controle de atendimento em Fisioterapia. Descredenciamento de Clínicas para atendimentos em Fisioterapia Sistematização das informações de todos os prestadores: Tipo 1- Federal, 2- Privadas, 3- Autarquias Federais, 4- Estaduais, 5- Municipais, 6- Filantrópicas, 7- Universitárias, 8- Sindicais. Em 1997, reinauguramos os Serviços de Fisioterapias dos PAMS ( 06 ), já contávamos com 26 unidades oferecendo Fisioterapia. Implementamos a Fisioterapia no Hospital Barata Ribeiro, Instituto de Geriatria e Gerontologia Miguel Pedro, Readequamos espaços em unidades tais como UISAV, S/IOC. Em 1998, dos 188 aprovados em concurso, chamamos 94, destes 75 foram providos em cargos de Fisioterapeutas. Lotamos em Maternidades-IMMFM, Maternidade Leila Diniz, Alexander Fleming, Herculano Pinheiro, implementamos a assistência fisioterápica em leitos de enfermarias - Cl. Médica, Ortopedia, Neurocirurgia, Queimados. Implementamos o estágio em fisioterapia - bolsistas, curriculares e extracurriculares, total de 60 acadêmicos por semestre. Em 08/1998, inauguramos junto com o CMS Lincoln de Freitas Filho e passamos a oferecer Fisioterapia em saúde coletiva. Em 1999 no S/IOC passamos integrar o programa de reabilitação cardíaca. Em 1999, produzimos para o sistema SUS, do total 30 % +/- 600 mil procedimentos. Em 2000, recebemos com a Municipalização plena da Saúde mais 08 grandes hospitais- Hospital da Lagoa, Ipanema , Andaraí, CPPII, Jacarepaguá, Piedade, Cardoso Fontes, Colônia Juliano Moreira. Em 2000, já contamos com Fisioterapia em 31 unidades. Em 2000, Lei 1872/00 de 03/04/2000, cria mais 233 cargos para Fisioterapeutas. Total de 308 cargos. Considerando que a atenção Fisioterápica tem como área de abrangência todos os programas de saúde, desde a pequena complexidade até a alta, o que efetivamente esta consagrado em nosso meio. Detectando e intervindo-se com precocidade em alterações físico-funcionais transitórias ou definitivas decorrentes de patologias neurológicas, vasculares periféricas, respiratórias, reumáticas, traumato-ortopédicas, cardíacas, dermatológicas, em pré-operatórios, Geriatria e Gerontologia, pode-se em muito agilizar a cura ou minorar o sofrimento. Sabemos que a necessidade neste campo assistencial é muito grande, porém a implementação da fisioterapia na Secretaria Municipal de Saúde do Rio, nestes últimos anos em muito se ampliou, quando consideramos o que existia. Entretanto, sabemos que agora com um quantitativo maior de Profissionais Fisioterapeutas, e a continuidade no apoio que o executivo tem dado a Gerência de fisioterapia, com efetiva certeza poderão ser minimizadas um pouco mais a demanda da população quanto as questões Fisioterápicas. CSG/GPF-09/2000


A) TERAPIA MANUAL A Terapia Manual implica no uso de exercícios tanto passivos quanto ativos, como método de Avaliação e Tratamento e/ou prevenir a perda da função. Recentes estudos mostram a eficácia dos métodos de terapia manual. A validade e confiabilidade da Terapia Manual tem sido fortemente apoiada em literaturas recentes. B) BACKGROUND DO MÉTODO MAITLAND-CONCEITO AUSTRALIANO Desde o início dos anos 60, o Método Maitland tem sido praticado regularmente no mundo inteiro. Geoffrey D. Maitland publicou a primeira edição de Manipulação na coluna vertebral em 1964. A palavra conceito é usada ao invés de “Sistema” ou “Approach”. O “conceito” permite a mudança, a flexibilidade e o pensamento lateral. O conceito implica em: 1) Mente aberta à novas idéias 2) Abertura para a auto-crítica 3) A comprovação de valor tanto das avaliações como do tratamento Por outro lado as palavras “Sistema” ou “Approach” sugerem rigidez, protocolos fixos e valores predeterminados. Conceito não implica em desorganização, mas sim em liberdade para explorar, criar e melhorar. No decorrer dos anos, com maturidade e critica construtiva, os ensinos originais do Mailand tem passado no teste. C) A DEFINIÇÃO DO MÉTODO MAITLAND Em termos bem gerais, O Método Maitland é a avaliação e tratamento dos sinais e sintomas, respeitando o diagnóstico, entendendo a patologia e utilizando o conhecimento teórico, quando aplicável. O objetivo da avaliação é: 1º - Em casos de rigidez articular - restaurar o movimento normal (através de técnicas que não irão produzir a dor durante o tratamento). 2º - Em casos de algias - reduzir e/ou eliminar a dor (através de técnicas que não irão produzir a dor durante o tratamento). O Maitland focaliza-se no paciente. O centro é o paciente e não a sua patologia apresentada. A aplicação da técnica deve ser bem suave. O conceito é fácil de aprender e clinicamente eficaz.

A avaliação, o pensamento clínico (prático) e a tomada de decisão clínica são as bases do conceito. A forma de raciocínio “Maitland” permite o terapeuta melhorar a sua habilidade clinica através de contínua auto-avaliação. Os sete princípios originais de Geoffrey Maitland são: 1) Um compromisso pessoal em entender o que paciente está passando. 2) 2 formas de raciocínio: 1) Teórico 2) Clínico (Prático) 3) Relação interdependente entre a Avaliação (História e exame físico) e o Tratamento. 4) Seleção e variação das técnicas de tratamento. 5) Três tipos de avaliação: diária, diferencial e analítica. 6) A forma de documentar a avaliação e tratamento. 7) O tratamento da dor utilizando exercícios ativos e passivos. Na terapia manual, o tratamento ocorre nas 4 regiões: 1) Articulação 2) Músculo 3) Fascia 4) Nervo Aos Interessados e saber mais sobre Maitland. Centenas de fisioterapeutas, pesquisadores e médicos, em adição com Geoffrey Maitland, têm contribuído para o conceito Maitland. Dr. Sprague e Dr. Showalter são instrutores do Método Maitland por mais de 15 anos. O curso é rico em conceitos clínicos, prática extensa e supervisionada, além de demonstração de casos, sendo o curso aplicável imediatamente após o término. Ele proporciona novas informações e atualização em terapia manual com a habilidade de melhorar a prática. No mês de Novembro eles estarão ministrando cursos do Método Maitland. Maiores informações:

CARTAS

CARACTERISTICAS

MÉTODO MAITLAND

Valéria Figueiredo - Cursos de Fisioterapia 0800-43-7008 ou (43) 336-1107 Cadastre-se em nosso site e receba regularmente a nossa agenda de cursos: Site: www.vfcursos.com.br E-mail: vfcursos@onda.com.br


A

SAÚDE DA MULHER UMA UMA PREOCUPAÇÃO PREOCUPAÇÃO CRESCENTE CRESCENTE NA NA

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

A Fisioterapia vem sendo uma das profissões mais procuradas nestes últimos anos. Estamos entrando em um novo século, onde cada vez mais se fala em qualidade de vida, com cada um buscando meios para se prevenir das doenças. E este realmente é o melhor caminho. Os orientais que o digam. A prevenção é a chave para uma vida melhor. Hoje as áreas médicas despertam para esta saída: cuidar da saúde, e não da doença. E na Fisioterapia crescem também as esferas de atuação neste sentido: hoje existem programas, ligados à saúde pública, que atendem grupos de pessoas que buscam qualidade de vida nas mais variadas condições: no diabetes, na hanseníase, na AIDS, na hipertensão, nos esportes, na saúde da criança e da mulher. A mulher e a Fisioterapia no século XX. A mulher do século XX representa a força da nossa sociedade, desempenhando vários papéis como profissionais nas áreas biológicas, exatas e humanas, administrando, criando, trabalhando, educando e principalmente exercendo o papel mas sublime e digno da mulher que é o de ser mãe, de podermos gerar em nosso próprio ventre um outro ser, que vai nascer, e nós vamos amamentar, criar, educar e amarmos acima de todas as coisas. A mulher tem um lado intuitivo, sensitivo, que nos dá a força e a energia de adaptarmos em situações diferentes tanto nas mudanças das áreas corporais, como psicológica, nos mantendo sempre belas. Hoje no século XX, nos preocupamos em exercer todos estes papéis mas sempre cuidando da nossa beleza interior e exterior. A mulher passa durante sua vida por diferentes fases, regidas pelas mudanças hormonais. Desde o nascimento, até a terceira idade, os níveis de alguns hormônios, como o estrógeno e a progesterona determinam mudanças fisiológicas. E com o avanço na área médica, cada vez mais surgem programas de intervenção para que estas fases sejam vividas da melhor

maneira possível. A Fisioterapia pode atuar em várias delas, merecendo atenção os trabalhos desenvolvidos nos casos de dismenorréia (dores no período da menstruação), com os grupos de gestantes, na preparação para o parto, nos casos de incontinência urinária de esforço e na fase da menopausa, quando há uma perda de massa óssea decorrente da queda nos níveis de estrógeno, resultando na osteoporose. Com certeza, uma das condições que mais marcam a vida de uma mulher é o período de gestação. Nesta fase, a atividade física recomendada à mulher deve ser muito bem orientada, considerando-se o seu preparo físico e nível de performance anterior à gravidez. Preocupada em acompanhar todas estas mudanças do corpo da mulher, a fisioterapia vem se aperfeiçoando em técnicas e métodos, estudando e pesquisando as mudanças fisiológicas durante o pré e pós parto, pois a gravidez coloca necessidades adicionais à mulher, lembrando sempre que estamos trabalhando com dois seres: a mulher e a criança que está em seu ventre. Devemos lembrar uma coisa: a mulher que sempre praticou atividade física de forma regular poderá, com liberação médica, continuar esta prática desde o início de sua gravidez, com moderação e orientação de um profissional competente. A mulher sedentária, que não praticava habitualmente nenhum tipo de atividade física, poderá fazer parte dos programas de preparação para o parto, mas no entanto, não deverá ter como meta tornar-se uma atleta nestas condições, e sua atividade deverá ser acompanhada bem de perto. A formação de grupos é muito importante, pois juntamente com outras grávidas, dúvidas e problemas poderão ser discutidos, muitas vezes em palestras realizadas por profissionais especializados e em conversas com a participação do pai da criança. Os exercícios na gravidez beneficiam aspectos como a respiração e ventilação pulmonar, a flexibilidade, a circulação sangüínea, o metabolismo, o fortalecimento muscular e a postura. Existem alterações no corpo da


SAÚDE DA MULHER UMA PREOCUPAÇÃO CRESCENTE NA

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

mulher grávida que necessitam ser acompanhadas e trabalhadas, como a dificuldades no equilíbrio, devido à mudança do centro de gravidade, as alterações posturais e emocionais, a sobrecarga circulatória, a instabilidade articular, além do possível aparecimento da diástase abdominal, que é a separação dos ventres do músculo reto abdominal. Nas fotos estão ilustrados alguns exercícios básicos, que podem ser feitos em casa, se não houver contra-indicação para atividade física. FOTO 1: Respiração profunda, ..... FOTO 2: Exercício de alongamento da musculatura posterior de tronco FOTO 3: Exercícios para circulação de membros inferiores ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS Os exercícios para o períneo: O assoalho pélvico é formado pelos músculos do períneo, que sustentam os órgãos da cavidade pélvica. Na gestação, é importante trabalhar com o seu

caso da mulher apresentar a diástase, ela deve ser orientada por um fisioterapeuta sobre a maneira mais correta de trabalhar esta musculatura. Os exercícios respiratórios: A respiração é muito importante em nossa vida. Condiciona a oxigenação do sangue e reflete nosso estado emocional. A grávida necessita ter seu pulmão bem ventilado, inclusive para estar melhor preparada para a hora do parto. Por isto, é importante que ela realize, com calma, exercícios de ventilação pulmonar, acompanhados de movimentação adequada, como alongamentos, retificação de quadril ou exercícios de fortalecimento. (FOTO 1). A postura: Com a mudança do centro de gravidade existe uma tendência na mulher grávida em projetar seu corpo para frente, devido ao peso da barriga e, de forma compensatória, trazer os ombros para trás. Isto ocasiona um aumento da curvatura lombar, resultando no que chamamos hiperlordose. Pode causar dores na coluna e desconforto, e por isto deve-se ter um cuidado especial com os hábitos posturais da gestante. Exercícios de alongamento bem orientados aliviam este quadro e equilibram o trabalho muscular. (FOTO 2) A circulação: Na gravidez, os transtornos circulatórios aparecem com freqüência, causando inchaço nas pernas, o aparecimento de varizes e possíveis caimbras. Exercícios de bombeamento circulatórios, realizados preferencialmente na posição deitada, com elevação das pernas em altura pouco superior ao nível do coração, podem prevenir e aliviar os sintomas e o cansaço ocasionado pela má circulação. (FOTO 3) QUALIDADE DE VIDA A gestação é um momento muito especial. A mulher que está gerando um filho merece atenção, tranqüilidade e acompanhamento especializado. Discussões e orientações sobre uma preparação para o parto, aleitamento, cuidados com o bebê, massagens ou recuperação pós-parto podem ser vivenciados nos grupos direcionados especialmente para a gestante. Isto é qualidade de vida, essencial neste momento tão especial! Somos fisioterapeutas, professoras, mestres, pesquisadoras, mulheres e acima de tudo somos mães. Beatriz de Oliveira Peixoto Coordenadora e Docente do curso de Fisioterapia da UNIP – Sorocaba Mestre em Engenharia Biomédica – FEEC/UNICAMP Doutorando em Ciências Médicas – FCM/UNICAMP Silvana Maria Blascovi-Assis Docente do curso de Fisioterapia da UNIP – Sorocaba Mestre e Doutora em Educação Física – FEF/UNICAMP

fortalecimento realizando regularmente exercícios perineias. A forma mais fácil para conscientização da mulher para estes exercícios é realizar a sua contração inicialmente cortando o jato de urina durante a micção. Após esta conscientização, a mulher deve realizar regularmente exercícios para esta região, em diferentes posições, repetindo as contrações várias vezes ao dia. A diástase abdominal: Diástase abdominal significa a separação dos ventres musculares do múse-mail: biapeixoto@splicenet.com.br / silvana@aleph.com.br culo reto abdominal. Pode acontecer durante a gestação deste músculo separar-se, aparecendo uma “fenda” na região central do abdômen, no sentido vertical. É mais comum em mulheres que não têm uma prática regular de exercícios e costuma regredir até 6 semanas após o parto.UMA No PREOCUPAÇÃO CRESCENTE NA

SAÚDE DA MUFISIOTERAPIA PREVENTIVA


PREVENÇÃO DE QUEDAS

TIPOS DE PREVENÇÃO A prevenção primária: Prevenção das doenças antes que elas aconteçam. Deve ser feita na formação da estrutura óssea, que se dá durante todo o crescimento do organismo, principalmente na fase de adolescência. É fundamental que o adolescente, seja orientado para uma dieta rica em cálcio, como também para atividades físicas regulares, dando continuidade aos cuidados durante o transcorrer da vida. Manter-se ativo e saudável auxilia na preservação das funções fisiológicas, A prevenção secundária: Detecção dos fatores de risco, doenças pré-clínicas, e o tratamento correto para evitar progressão. É realizada quando a osteoporose já foi reconhecida pela densitometria óssea, ou pela presença de redução na altura das vértebras no exame radiológico., nas doenças pré-existentes e que possuem um fator importante relacionada à futuras incapacitações, os exercícios específicos são valiosos para a manutenção das habilidades funcionais. A prevenção terciária: Realizada em pacientes com fraturas já estabelecidas e em pacientes com doenças crônicas. atuará quando a fratura já está estabelecida ou em tratamento das doenças crônicas, a fisioterapia objetivará orientações iniciais de prevenção e reabilitação, de importância ímpar para o seu desenvolvimento psicomotor. POR QUE PREVENIR ? Osteoporose. É uma condição onde a perda de massa óssea favorece o aparecimento de fraturas por queda simples, ou mesmo no movimento que requer mais esforço. Tanto os homens como as mulheres perdem massa óssea com a idade, porém nas mulheres o processo se acelera intensamente por ocasião da menopausa. A falta de prevenção da osteoporose deverá resultar em algum tipo de fratura para metade das mulheres ao redor dos 70 anos e para duas em cada três mulheres aos 80 anos de idade. Na realidade, a osteoporose, do ponto de vista clínico, passa a preocupar em função do risco das fraturas decorrentes desta condição, dentre elas, as fraturas do punho, úmero, vértebras, costelas, colo do fêmur. A fratura acaba por complicar a condição de saúde, além do transtorno pessoal e familiar, Com relação às complicações das fraturas, temos que metade das pessoas com osteoporose acometidas por fraturas de fêmur desenvolvem limitação, ou mesmo impossibilidade de se locomover. Cerca de 1/4 das pessoas com fratura do colo de fêmur podem apresentar complicações circulatórias, tromboembólicas, infecções respiratórias e desencadeamento do diabetes, que podem resultar em morte. Dentre as medidas preventivas, está o controle dos fatores que favorecem as quedas, que serão os responsáveis diretos pelas fraturas que queremos prevenir. Manter uma dieta rica em cálcio e vitamina D; tomar sol pela manhã ou ao entardecer; praticar uma atividade física são medidas importantes. Doença Crônica. É importante as orientações aos familiares quanto a cuidados no leito para evitar as dores lombares, escaras e a imobilização, que consequentemente irão favorecer o hipocinesia (fenômeno desencadeado pela inatividade). As doenças crônicas e suas complicações podem surgir e acentuar-se em decorrência de determinados comportamentos adotados. O autocuidado, cuidado informal, cuidado domiciliar ampliam os conhecimentos objetivando a manutenção do paciente em seu meio com maior grau de autonomia possível, sendo elaborado a estratégia de tratamento fisioterápico para a manutenção ou recuperação das atividades funcionais, mais próximo das suas capacidades, abrangendo atividades relacionadas com promoção de saúde, prevenção e tratamento de doenças, administração de doenças crônicas e reabilitação. A queda também pode ser facilitada por uma doença que debilita o organismo ( cerca de 10% de todas as quedas ) como a sequela de AVE, a hemiparesia ou hemiplegia, Neuropatias, Parkinson, Doenças osteo degenetrativas. Estas patologias frequentemente modificam o esquema corporal do individuo favorecendo a diminuição dos reflexos de reação, afetando o equilíbrio e a coordenação. A marcha estará sendo compensada por musculatura que se interpõem ao grau de lesão, sendo necessária orientações importantes quanto a preservação da funcionalidade do cliente. PREVENÇÃO DAS QUEDAS Cuidados familiares na prevenção de acidentes A casa costuma ser o sonho da família. Ao construir ou decorar as nossas casas, procuramos

fazê-lo o mais próximo possível daquilo que gostaríamos de ter. Quase nunca avaliamos o que é ou deixa de ser seguro para a prevenção de quedas e acidentes, tão comuns dentro do lar, o qual é o lugar com maior incidência de quedas. Prevenir acidentes deve fazer parte das iniciativas do conjunto familiar Quanto maior a idade, maior é o risco de quedas, por isso a abordagem em hipocinesia é importante devido as alterações fisiológicas que existem nesta etapa e que influenciam significativamente nas habilidade motoras. Na terceira idade há uma tendência ao acúmulo de doenças crônicas, na sua grande maioria benignas. ORIENTAÇÕES PARA MINIMIZAR O POTENCIAL DE QUEDAS EM CASA * Melhorar a condição muscular e articular através de exercícios; * Melhorar a coordenação e equilíbrio através de exercícios orientados por fisioterapeutas; * Atenção com os animais domésticos que podem provocar tropeços. * Evitar tapetes, fios elétricos pelo chão; * Movimentar-se cuidadosamente sobre superfícies escorregadias, particularmente no banheiro; * Manter a iluminação no trajeto Quarto-Banheiro durante a noite; * Nas escadas: instalar corrimãos; * Evitar levantar objetos pesados; * Avaliar a visão; * Garantir reabilitação adequada após acidente vascular cerebral; * Evitar subir em cadeiras e bancos inseguros; * Usar saltos baixos e solas antiderrapantes nos sapatos; * Evitar andar de meias; FISIOTERAPIA PREVENTIVA: Inicialmente, o fisioterapeuta fará uma avaliação funcional individualizada para eleger as metas de tratamento, e através de exercícios específicos, é realizado um acompanhamento da melhoria das habilidades, pois a diminuição dessas habilidades motoras, aumenta o risco de quedas e consequentemente, de fraturas. Os pacientes portadores de seqüelas de AVC ( mais conhecido como “derrame” ) e patologias que comprometam a marcha devem procurar orientação médica para a indicação da fisioterapia. Objetiva: Melhoria da coordenação, Melhoria do equilíbrio, Melhoria da força muscular , Manutenção ou aumento da flexibilidade, Transferência de peso, Mudança de decúbito, Orientações de prevenção de quedas, Treino de marcha, Adaptações em domicílio FISIOTERAPIA REABILITATÓRIA Estas orientações visam uma abordagem de prevenção de escaras , problemas respiratórios, circulatórios, diminuição da massa muscular, aspecto psicológico com o encorajamento para atividades solicitadas e preparação para a reabilitação através de exercícios específicos visando uma adaptação e retorno as atividades de vida diária nos indivíduos com fraturas ou doenças crônicas como as hemiparesias, Alzheimer, Parkinson, polineuropatias e doenças osteo degenerativas. Pode-se orientar no pós-cirúrgico ou em pacientes ao leito quanto: Posicionamento no leito; Trocas de posições; Posturas de drenagem ; Crioterapia e termoterapia; Tratamento da dor pós-cirúrgica; Diminuição do quadro inflamatório; Mobilização das articulações; Controle de tronco; Orientação de exercícios respiratórios; Alongamentos da musculatura desejada; Maior independência funcional.

PREVENÇÃO DE QUEDAS

BIBLIOGRAFIA 1. XHARDEZ, Yves. Manual de Cinesioterapia, São Paulo : Atheneu, 1990. 449 p. 2. UMPHRED, D.A. Fisioterapia Neurológica, 2. ed., São Paulo : Manole, 867 p. 3. DIAS, Carlos. 65 anos. Em cada perna. Super Interessante, São Paulo, n. 139, p 40-46, Abr. 1999. 4. MYERS, V.I., Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva : Método Kabat. 3. ed., São Paulo : Panamericana, 1987. 388 p. 5. DOENCA e a Terceira Idade. [online], ago. 1997. Disponível : http://www.ficarjovemlevatempo.com.br/97/agosto/tema.htm. [capturado em 30 out.1999]. 6 NETO,A.C., Acidente Vascular Cerebral. Neurology. [online]. Disponíve l: http://www.medstudents.com.br/neuro/ neuro8.htm. [ capturado em 28 ago 1999]. 7. LEITÃO, A., LEITÃO, V.A. Clínica de Reabilitação, São Paulo :Atheneu, 1995. p. 456. 8. BIENFAIT, Marcel. Os Desequilíbrios Estáticos : Fisiologia, patologia e tratamento fisioterápico. São Paulo : Summus, 1995. 149 p. 9. SHESTACK, Robert. Fisioterapia Prática. 3. Ed. São Paulo : Manole, 1987. 190 p. 10. KOTTKE, F.J., STILLWELL, G.K.,LEHMANN, J.F., Krusen : Tratado de Medicina Física e Reabilitação. 3.ed. Autora: ELAINE RODRIGUES DA MATA BAPTISTA · Fisioterapeuta responsável pelo Setor de Neurologia Adulto - Vespertino - Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo ( CREFES ) · Fisioterapeuta Sócia-Proprietária da Clínica SOFIS - Sociedade de Fisioterapia. · Pós-graduanda em Geriatria e Gerontologia - Universidade Federal do Espírito Santo. · Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

PREVENÇÃO DE QUEDAS


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BenefĂ­cios da



13 de Outubro

Dia do Fisioterapeuta “Eu quero desejar de coração aos fisioterapeutas do mundo inteiro, um mar de felicidades, muita saúde porque isso é importante para tratar da saúde dos outros, e muita grana porque é uma profissão que tem que ser realmente muito reconhecida. A Fisioterapia é a verdadeira recuperação das pessoas que tiveram problemas. Parabéns pelo seu dia.”

“Fisioterapia é muito importante em todos os caminhos da reabilitação onde sempre existirá um fisioterapeuta; e devo a recuperação do meu filho, Flavio Silvino a Fisioterapia. Parabéns e muito obrigado.”


PREVENÇÃO FISIOTERÁPICA

Por Maria Del Carmen Souto Fraga

NAS ALTERAÇÕES POSTURAIS DO ODONTÓLOGO A Fisioterapia vem conquistando cada vez mais espaço estando presente em diferentes áreas como a cardiologia, dermatologia e muitas outras especialidades, dentre elas a Odontologia, aonde o fisioterapeuta está presente nos tratamentos da ATM, obtendo excelentes resultados, porém pouco se tem falado sobre a Fisioterapia aplicada ao odontólogo. Este profissional está cada vez mais presente nas clínicas de Fisioterapia com diferentes patologias, porém todas elas relacionadas às alterações posturais que adota durante o atendimento. O intuito deste artigo é alertar o fisioterapeuta e o odontólogo quanto as principais lesões, evitando assim que estas ocorram. Ao estar sentado durante muito tempo o profissional apresenta uma grande cifose, uma retificação da lombar e cervical, abdução de mmss, anteropulsão de ombros, flexão de ante braço, punho e dedos, uma discreta adução da mão somada a uma abdução de mmii. Para que haja uma boa postura devemos ter uma musculatura equilibrada, consciência corporal presente, e um fortalecimento da musculatura paravertebral e abdominal. Fazendo uma análise postural observamos que os movimentos repetidos levam à encurtamentos de alguns grupos musculares e fadiga de outros, stress muscular, a hipotonia muscular leva a um desequilíbrio da postura lesando a coluna vertebral. Na região torácica os movimentos são limitados, o odontólogo tende a trazer os ombros na direção do peito e realiza uma inclinação lateral, que pode levar a uma escoliose postural. Na região lombar a rotação e inclinação levam a uma contratura e espasmos da musculatura intrínseca da coluna. Podemos deduzir que a má postura leva então a disfunção muscular, dores agudas em queimação, espasmos musculares, nódulos dolorosos, varizes (má circulação dos membros inferiores), hérnia discal e várias outras disfunções. Devemos destacar também o instrumental odontológico, pois este na sua grande maioria é muito preciso e delicado, o ideal é que seja ergonômico e que se adapte aos dedos e mão. Os movimentos corporais realizados são de 5 tipos; - Movimento dos dedos - Mov. de dedos e punho - Mov. de dedos punho e cotovelos - Mov. de todo o membro superior - As torções do corpo e deslocamentos dentro da clínica Os dois últimos são os que mais cansam e consomem mais tempo, estes podem ser eliminados com a ajuda de uma auxiliar deixando para o dentista somente os de realização especifica de seu trabalho. Dentre as principais lesões destacam-se as algias da coluna, princi-

palmente cervical, LER´S ,DORT´S, parestesias, edema subjetivo, rigidez matinal, problemas respiratórios, renais, circulatórios, artrose, comprometimento do aparelho digestivo, mal funcionamento do aparelho urinário, afecções do ombro, cotovelo, S.do Túnel do Carpo, tendinites, epicondilites, desordens do ombro pescoço, dentre outras. O Cansaço. Este depende não só do tipo e duração do trabalho, mas também da disposição do profissional e do seu ambiente de trabalho. Muitas vezes ele excede esse tempo podendo levar as seguintes consequências: Fisicamente apresenta cansaço muscular, diminuição do ânimo e da velocidade de trabalho, desgaste cardíaco, hipertensão, fadiga, artrites, fibroses e calcificações. Psicologicamente poderão surgir frustrações, ansiedade, tensões emocionais, angustia, diminuição do humor e da habilidade. O Tratamento Pode ser preventivo (ergonomia, alongamentos laborais, atividades regulares), ou fisioterápico. A ergonomia visa eliminar as manobras não produtivas, aumentando a produção em menos tempo, diminuindo a estafa e o esforço e dar também conforto e segurança ao paciente Existem determinados fatores ergonômicos que devem ser levados em consideração, como a correção de hábitos defeituosos de trabalho, distribuição dos componentes do consultório, a utilização de mochos (cadeira do odontólogo) adequados a superfície de trabalho e a iluminação, posturas e posições de trabalho e um agendamento dos pacientes evitando pressas e horários ociosos O alongamento laboral é importante e deve ser realizado entre um paciente e outro diminuindo o risco de doenças ocupacionais. A atividade física deve ser realizada fora do consultório, em uma academia ou a realização de trabalhos corporais com fisioterapeutas, que poderão realizar um trabalho específico e direcionado às suas necessidades. O sucesso do tratamento fisioterápico vai depender de uma boa anamnese, incluindo uma detalhada avaliação postural. A visita ao local de trabalho e observação de como ele realiza o mesmo, se os componentes do consultório estão bem distribuídos e se são ergonômicos. O tratamento em si vai depender da patologia. É primordial todo um trabalho corporal visando reequilibrar as disfunções. Realizaremos cinesioterapia, trabalhar a postura e propriocepção, eletroterapia, técnicas como RPG, Antiginástica, GDS, Método Sohier, Yoga, entre outros. A Fisioterapia vai atuar principalmente na prevenção e conscientização do odontólogo para evitar futuras lesões e curá-las quando estas já estiverem instaladas.


ABA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACUPUNTURA DESDE 1961

1º e mais antigo curso do país

SINOPSE DO PROGRAMA:

Conceito e Histórico da ACUPUNTURA - Energias - Celestiais e Telúricas As Estruturas - Os meridianos (Jing Luo) - Interação das Funções Os grandes Meridianos - Pontos fora de Meridiano - O Diagnóstico - Terapêutica Aulas práticas e estágio supervisionado. - Monografias executadas pelos alunos. COORDENADOR: Dr. Evaldo Martins Leite

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Informações (021) 257-3065


Coluna do Prof.

Luís Guilherme Barbosa

A CULPA SEMPRE É DA CADEIRA !!! CULPAR OS EQUIPAMENTOS NÃO É A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS ERGONÔMICOS.

RESUMO A Ergonomia está baseada em quatro elementos: máquina, ambiente, processo de trabalho e homem. Este último tem recebido pouca atenção, relativamente, porque o mobiliário e os equipamentos têm recebido mais ênfase. Contudo, influências negativas no relacionamento homem-máquina são facilmente visualizadas. A educação em atividades preventivas evita que o trabalhador adote posturas viciosas enquanto utiliza seu equipamento. É fácil definir um mobiliário como ergonômico ou não ergonômico, apesar da pouca atenção destinada ao comportamento antiergonômico. Este fato dificulta qualquer intervenção ergonômica, significando que, apenas, a mudança da mobília, a aquisição de máquinas e a reorganização do processo de trabalho não serão suficientes para prevenir a instalação de lesões. 1 – INTRODUÇÃO É grande o sofrimento que os trabalhadores de escritório que usam microcomputadores (6), em diversas empresas, vêm relatando. As lesões causadas pelo esforço repetitivo no trabalho podem estar se tornando um problema epidêmico nas empresas de um modo geral (1). A informática com suas vantagens e desvantagens invadiu as mesas do homem moderno. Do microprocessador 8080 ao pentium não passou muito tempo, mas a distância de resultados é quase imensurável. São diversos os interesses que prendem o homem ao micro, seja no lazer ou no trabalho, são horas e horas de postura estática diante da telinha. Essa invasão não foi planejada, até por que seria muito difícil prever tudo o que este bólido traria. 2 - PROCESSOS ENCADEADOS, CRESCIMENTO RÁPIDO. No início era tudo muito complicado. Primeiro vieram aos terminais e apenas os digitadores ficavam muito tempo diante da telinha, enquanto o restante do pessoal estava engatinhando, um ou outro que havia cursado uma disciplina de introdução à informática, no último semestre do Curso de Engenharia, ou mesmo teria feito um cursinho de programação de computadores. Era fácil ter acesso aos terminais, não havia muita procura, havia muito medo. Porém, como dizia a letra de uma música de um antigo festival da canção popular: “o tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém, veio o desenvolvimento tecnológico, o custo baixou, a necessidade se fez presente, o desejo foi envolvido e, atualmente, quem não possui um micro potente sobre a mesa pode ser considerado um “informata - um primata na informática”. Assim sendo, se circularmos pelas salas encontraremos algo perto da totalidade de trabalhadores vidrados nos “milagres” mostrados na telinha. São cores, movimentos e resultados cada vez mais complexos e obtidos com velocidades cada vez maiores, que nos prendem, nos abraçam e nos envolvem em um balé gostoso e sempre muito intrigante. Pena que os movimentos mais significativos são realizados pelos olhos. 3 - PENA QUE “O CORPO FICA SÓ OLHANDO” ! São várias horas seguidas diante da telinha, pensando, entendendo, executando comandos, clicando ícones e caixas de respostas, abrindo e fechando janelas, testando impressões, modificando cores e margens, fontes e alinhamentos, criando figuras, recortando e colando, enfim, criando, a mente à mil por hora. No entanto, o corpo fica ali só olhando tudo, quase inerte, preocupado em


BIBLIOGRAFIA 1 - Codo, W. ; Almeida, M. C. (organizadores) - L.E.R., diagnóstico, tratamento e prevenção. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. 2 - Couto, Hudson de Araújo - Guia Prático, tenossinovite e outras lesões por traumas cumulativos nos membros superiores de origem ocupacional. Belo Horizonte: Ergo Editora B & C, 1991. 3 - Couto, Hudson de Araújo - Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1995. vols. 1 e 2. 4 - Dejours, Christophe - A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho; tradução de Ana Isabel Paraguay e Lúcia Leal Ferreira. São Paulo: Cortez - Oboré. 1992. 5ª edição. 5 - Oliveira, Chrysostomo Rocha de - Lesões por esforços repetitivos. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, n.73, vol. 19, Abril, Maio, Junho, 1991. 6 - Salles, Márcio Moreira - Tenossinovite - doença ocupacional ou social. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. Abril, Maio, Junho, 1991. n.73, vol. 19. 7 - MPS - Ministério da Previdência Social, INSS - Instituto Nacional de Seguro Social. LER Lesões por Esforços Repetitivos. Normas técnicas para avaliação da incapacidade - 1993. 8 - MT - Ministério do Trabalho. Consolidação das Leis Trabalhistas. Manuais de legislação atlas - segurança e medicina do trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 1993. Vol. 16, 24ª Edição.

Luís Guilherme Barbosa é fisioterapeuta, mestre em engenharia de produção – UFRJ, doutorando em engenharia de produção – UFRJ, pesquisador associado ao GENTE/COPPE/UFRJ – Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias da COPPE/UFRJ, ergonomista da PETROBRAS S.A., professor da UNIG e UVA e Socio-Diretor da FISIOpreventerLIFE.

Luís Guilherme Barbosa

i) as dificuldades - há momentos na vida em que o estresse é inevitável, em virtude da “guinadas” inesperadas ou mesmo antes da tomada de decisões importantes. 6 - CONCLUSÕES A adequação do mobiliário, o reestudo dos processos e a reorganização do trabalho são por demais importantes na obtenção de um trabalho menos sofrido, entretanto vale ressaltar que os problemas provenientes das atitudes dos trabalhadores são mais complicados quando tentamos compreender o todo. As questões atitudinais são extremamente fortes e, de modo geral, capazes de anular qualquer ajuste ou adaptação realizada no mobiliário, pois de que adiantaria uma cadeira ergonômica se o usuário não senta adequadamente, ou ainda, por quê estabelecer pausas de dez minutos a cada cinqüenta minutos de trabalho se o trabalhador não está preparado, física e/ou psicologicamente, para resistir aos cinqüenta minutos de atividade? Não podemos esquecer que a postura é resultado da consciência corporal e que o mobiliário deve ser visto como um agente facilitador do processo postural. Bem sabemos que um mobiliário inadequado atrapalha pode se transformar numa barreira intransponível para o indivíduo, entretanto temos que estar atentos ao modo de aplicação desse mobiliário. Poderíamos traçar um paralelo com a relação automóvel x homem, ou seja: se colocarmos em um carro de fórmula 1 alguém que não saiba dirigir de nada adiantará, por outro lado um carro antiquado atenderia (com as devidas limitações) um bom motorista. É preciso estabelecer processos mais estruturados de educação, capacitando o trabalhador na aplicação dos conceitos de ergonomia na sua rotina de trabalho e lazer, pois de nada adianta possuirmos os conhecimentos se os indivíduos que sofrem os problemas têm pouco acesso a estes conhecimentos de tanta utilidade.

Coluna do Prof.

manter-se diante da telinha, a dona das atenções, sem liberar nem uma gota de suor, que não seja por ordem da dificuldade de resolução de algum problema surgido na última hora. Contudo, supõe-se que nem tudo está perdido, pois existem vários movimentos sendo executados durante o uso do micro, tais como flexão e extensão de dedos - as vezes bem rápida - e da cabeça durante a digitação, mais freqüente e acentuados naqueles que não sabem datilografar corretamente. E o que parecia solução transforma-se em problema, porque são esses movimentos, esforços constantes que produzem as chamadas lesões de esforço repetitivo (2), que crescem a cada ano (5) e já podem ser consideradas um verdadeiro problema social (6). 4 - O QUE TEM SIDO FEITO PARA RESOLVER A PROBLEMÁTICA ? Alguns passos foram dados no sentido de solucionar estes problemas com a criação da NR-17, da Consolidação das Leis Trabalhistas, gerando diretrizes claras, apesar de sem o aprofundamento de especificações, abrindo um mercado novo. Do mesmo modo, o INSS divulga material informativo, buscando tornar homogêneos os conhecimentos sobre as patologias do sistema músculo-esquelético de origem laboral (7). Surgiram, então, as mesas, cadeiras, teclados, monitores e vários outros equipamentos ergonômicos, as pausas durante o trabalho foram inseridas, os ritmos de trabalho foram revistos, os processos foram reestudados, investiu-se mais em treinamento, nas empresas que se preocuparam com esses aspectos. Foram solucionados os problemas, então? Acabaram as lesões de esforço repetitivo? De certo que não. Um mobiliário, um ambiente, um processo de trabalho ergonomicamente adaptados são suficientes para conter a instalação das lesões? E o homem, como foi inserido nesse contexto? Seria suficiente entregar a alguém, que não sabe dirigir, um carro? 5 - O HOMEM É A CHAVE MESTRA PARA A SOLUÇÃO ! Primeiro temos que possuir um mobiliário que permita ajustes. Em seguida basta ajustá-lo e usá-lo corretamente (3). O empregado sabe como fazer esses ajustes? As pessoas sabem como sentar corretamente em uma cadeira ergonômica? A pessoa possui músculos fortes ou flácidos? E a postura, é boa ou existem muitos encurtamentos musculares? A técnica de datilografia é adequada? Começa a se desenhar, então, a ergonomia pessoal. As máquinas, os sistemas e os processos são desenvolvidos para otimizar o trabalho humano, entretanto devemos considerar que a “máquina humana” possui graus de flexibilidade muito maiores, pois a riqueza de movimentos é enorme. Sobre essa “máquina humana” incidem fatores diversos que interferem diretamente nos resultados da sua associação com outras máquinas. 5.1 - Fatores que interferem na associação da “máquina humana” à outras máquinas. São fatores diversos que podem estar ligados à cultura do indivíduo, à regionalidade, à posição social e a uma infinidade de aspectos. Esses fatores são: a) a cultura - durante a movimentação de cargas alguns homens querem demonstrar força maior do que realmente possuem; b) a vaidade - as mulheres gostam de roupas que modelem o corpo e quando os tecidos não são finos limitam os movimentos; c) o profissionalismo - algumas profissões exigem vestimentas próprias, como sapatos altos e uniformes incômodos; d) o lazer - os finais de semana podem ser mais cansativos que a semana de trabalho se procurarmos atividades de real descanso; e) os hábitos - dormir e assistir televisão podem gerar dores fortes na coluna, promovendo alterações diversas; f) as características - o modo de dirigir, seja nas posturas, seja nas atitudes adotadas no trânsito; g) a atividade física - o atleta de final de semana coloca em riscos seu sistema cardiovascular, além de ser um freqüentador assíduo do Setor Médico nas segundas-feiras; h) o trabalho doméstico - o modo de varrer, as posturas adotadas na lavagem das roupas e no cozinhar podem ser complicadores sérios;


Os grandes encurtamentos dos membros inferiores resultam em limitações físicas e psíquicas e em fonte de complicações e de sofrimento para o paciente (Catagni). As assimetrias dos membros inferiores impõem obstáculos à função deambulatória interferindo, inclusive, no papel fisiológico de outras partes do corpo (Knackfuss, Rosenbaum). A correção dos encurtamentos dos membros inferiores oferece a possibilidade efetiva de restaurar ou restabelecer a integridade funcional do aparelho locomotor. Mais ainda, oferece a recuperação ou até mesmo a conquista da auto-estima do paciente ao minimizar ou abolir o estigma da deformidade física.

ATUAÇÃO FISIOTERÁPICA EM PACIENTES SUBMETIDOS A ALONGAMENTO ÓSSEO DE MEMBRO INFERIOR PELO MÉTODO DE ILIZAROV

Diversas técnicas foram descritas e utilizadas na tentativa de igualar o tamanho dos membros: implante de material subepifisário, desnudamento periosteal, osteotomias de repetição, perfuração e curetagem de placa fisária, fístulas arterio-venosas, redistribuição de circulação intra-óssea e até mesmo simpatectomia. No entanto, essas técnicas não apresentavam resultados satisfatórios, quer pelas suas complicações (infecção, necrose tecidual, lesão de feixes nervosos), quer pela fragilidade do osso alongado, desvios rotacionais e angulares e grandes limitações articulares. Somente com o aparecimento dos fixadores ósseos e, principalmente, através do estudo do seu comportamento biomecânico, as correções das discrepâncias do esqueleto apendicular tornaram-se viáveis. A indução à formação do regenerado ósseo permite o alinhamento e o crescimento ósseo corrigindo, inclusive, a assimetria do esqueleto axial (Knackfuss, Rosenbaum). A metodologia de alongamento ósseo e reconstrução de extremidades desenvolvida por G.A. Ilizarov há algumas décadas conduziu o tratamento das discrepâncias ósseas a uma abordagem dinâmica, qualitativa, baseada na configuração e deslocamento espacial do fragmento ósseo a ser alongado (S. Shouts). A técnica de osteossíntese transóssea segundo Ilizarov é uma das mais empregadas atualmente. Consiste na corticotomia da zona metafisária dos ossos com preservação do periósteo e distensão gradual (1mm por dia) para alongamento , utilizando-se de fixação externa. Baseia-se na plasticidade dos tecidos e na lei de “tensão-estresse”: tração tecidual, gradual e contínua que gera estresse, estimulando o crescimento e regeneração dos tecidos, aumentando suas funções proliferativas e biossintéticas . O fixador externo desenvolvido por Ilizarov permite o remodelamento e o alongamento ósseo, possibilitando a correção de fraturas e deformidades ósseas, tratamento de infecções e até mesmo a substituição do emprego de próteses ou enxerto ósseo nas ressecções tumorais. O procedimento, entretanto, não está isento de problemas e complicações, dentre os quais a dificuldade de avaliação da consolidação e padrão de formação do regenerado ósseo, que pode levar a remoção prematura do exoesqueleto e subseqüente arqueamento e fratura do osso neoformado. A formação do regenerado ósseo depende da interação entre a distensão mecânica e o suprimento sangüíneo. A decisão para a remoção do fixador externo repousa apenas nas avaliações clínica e radiológica. A fisioterapia surge como um grande coadjuvante no tratamento do paciente com fixador externo de Ilizarov, objetivando melhor e maior recuperação das suas funções motoras. ALONGAMENTO ÓSSEO SEGUNDO ILIZAROV A correção das assimetrias do esqueleto apendicular, principalmente dos membros inferiores, é a indicação mais freqüente para alongamento ósseo. As causas de discrepâncias dos membros inferiores podem ser agrupadas em congênitas e do desenvolvimento, paralíticas, infecciosas, traumáticas e tumorais. As causas congênitas e do desenvolvimento mais comumente encontradas são: a deficiência terminal, o fêmur curto congênito, a hemiatrofia ou hemihipertrofia, a pseudoartrose congênita, a luxação congênita do quadril e a doença de Ollier. A poliomielite, a paralisia cerebral, mielopatias e outras paralisias flácidas são as causas paralíticas mais comuns. As seqüelas de infecções e de traumatismo ósteoarticular podem resultar em encurtamentos ao retardar ou estimular o crescimento ósseo na área acometida. Condições tumorais ou tumores que produzem crescimento (displasia fibrosa, osteoma osteóide, hemangiomatose, neurofibromatose) ou retardo


do crescimento (encondroma solitário, cisto ósseo solitário) levam, também a discrepâncias do esqueleto apendicular. A metodologia desenvolvida por Ilizarov baseia-se na produção de uma nova “histogênese” em tecidos já diferenciados. A técnica do alongamento inicia-se a partir da corticotomia do segmento ósseo que é submetido diretamente a afastamento sob através da tração e fixação externa. Esse segmento ósseo sofre, então, um processo de “cicatrização” que produz uma intensa reprodução celular diferenciada, a osteogênese. O aparelho de Ilizarov distingue-se dos outros fixadores externos pela sua construção, ao mesmo tempo rígida e dinâmica. O exoesqueleto constitui-se de anéis de diferentes diâmetros, fixos entre si através de barras metálicas. Fios metálicos sob tensão fios de Kirschner - transfixam osso e tecidos moles e são fixados aos anéis externos. Os fios de Kirschner possibilitam a osteossíntese elástica, capaz de oferecer suficiente estabilidade aos fragmentos ósseos durante a deambulação do paciente. O sistema de Ilizarov adapta-se a várias desordens funcionais e pode ser aplicado com múltiplas conformações espaciais, variando seu eixo, plano ou direção de crescimento para a correção de deformidades. Além do alongamento ósseo, a distensão gradual e contínua, o afastamento gradual e contínuo da borda cicatricial da corticotomia, produz tensão em partes moles, que acarreta fenômenos de histogênese em nervos, vasos, músculos e tecido conjuntivo. A progressão da osteogênese e histogênese está atrelada a fatores mecânicos - estabilidade da descontinuidade óssea, velocidade e ritmo de alongamento; e a fatores biológicos - integridade da vasculatura e da matriz osteogênica. A estabilidade óssea proporcionada pelo exoesqueleto de Ilizarov permite a recuperação funcional e resposta fisiológica à carga sobre a estrutura óssea. A velocidade e o ritmo de distensão são dependentes de fenômeno contínuo: o crescimento tecidual. A progressão do alongamento deve ser a mesma do crescimento ósseo: 0,25 mm a cada seis horas. A integridade da medula óssea, do periósteo e da vasculatura é preservada por técnica cirúrgica precisa, através de medidas pré e per operatórias: determinação prévia da zona de corticotomia pelo estudo radiográfico, escolha e montagem dos aros metálicos necessários para o exoesqueleto, procedimento de incisão longitudinal sobre o osso na região a ser alongada com dissecção dos tecidos na área selecionada, afastamento do periósteo e osteoclase, evitando a secção de vasos medulares. Após a corticotomia seguida de fixação externa, o paciente permanece em repouso por quatro dias. A partir do quinto dia dá-se início ao alongamento ósseo girando-se as roscas de metal acoplado ao fixador externo duas vezes por dia (0,50 mm /dia). No sexto dia giram-se as roscas 4 vezes por dia (1,0 mm/dia): esse ritmo será mantido até o final do alongamento. Durante todo o tratamento o paciente deverá deambular normalmente e submeter-se a intensa fisioterapia. Após atingir o alongamento estipulado, confirmado por radiografias panorâmicas, o aparelho permanece fixo e rígido por algumas semanas até que a morfologia radiológica do regenerado ósseo esteja semelhante à do osso normal. A retirada do aparato de Ilizarov dá-se quando ocorre a involução do edema, corticalização e calcificação do tecido regenerado (verificadas radiologicamente) e desaparecimento da dor à deambulação. O tecido regenerado normal aparece radiologicamente cerca de vinte dias após a corticotomia. As imagens ósseas mantêm diâmetro constante, de volume e forma cilíndrica, semelhantes ao volume e diâmetro do ósseo justa-corticotomia. Ocorre um lento e progressivo aumento da radiopacidade, com reestruturação do tecido regenerado, que assume a morfologia do osso normal tubular e se corticaliza em sua periferia. O fixador externo é removido em procedimento ambulatorial quando o regenerado ósseo torna-se independente do fixador externo. – Vantagens do método. A ausência do gesto traumatizante ao nível do foco de fratura ou da corticomia, respeitando a vascularização óssea, as áreas cutâneas e elementos vásculo-nervosos, ditam um tempo de consolidação teoricamente mais curto. A associação possível de um alongamento ósseo e de uma correção axial, permite o crescimento e o alinhamento ósseo num mesmo momento. Com a colocação em carga imediata, o fisioterapeuta tem a função de manter as funções articulares e musculares, bem como aproveitar para iniciar a recuperação funcional ainda antes da colocação do fixador externo (pré-operatório). – Inconvenientes. A forma e o peso considerável do fixador externo fornecem uma difícil instalação

para a marcha e atividades de vida diárias (principalmente nos casos de alongamentos femorais). A difícil aceitação psicológica do fixador externo pelo paciente, pode ser um grande inconveniente, devendo a cada profissional da equipe multidisciplinar informá-lo do aparato metálico e de sua importância para o restabelecimento do membro afetado. Problemas locais, como: dores cutâneas e musculares nas passagens dos fios (risco de retrações), também ditam particularidades, se associando ou não, a inflamação dos orifícios dos fios. A perturbação venosa e trófica, ou a intolerância da aparelhagem da parte alta do fêmur, levam a dificuldades na realização desta técnica. Para a fisioterapia em específico, dificuldades na contração muscular devido às picadelas dos fios, associadas aos inconvenientes acima citados, podem resultar em limitações e dificuldades na terapêutica fisioterápica. – Complicações. As complicações podem ser de origens vasculares, como latejamento, flebite, fístula artério-venosa; nervosas, picadelas e/ou irritação, sobretudo no nervo tibial anterior e por vezes no nervo tibial posterior; articulares: rigidez de tornozelo levando ao eqüinismo, rigidez do joelho ou do quadril, assumindo atitude em flexo, luxação fêmoro-tibial. As septis sobre o fio , fistulas e osteíte, prescrevem as complicações infecciosas; já a amiotrofia e a algodistrofia, são as tróficas. O retardo ou ausência de consolidação óssea, pseudo-artrose, fratura secundária, desnivelamento do eixo secundariamente e a osteoporose, são as complicações ósseas do método. Um grande número de inconvenientes ou complicações podem ser evitadas com boa qualidade técnico e bom acompanhamento médico fisioterápico ao paciente. FISIOTERAPIA Dentro dos cuidados a serem tomados com o paciente, está o diálogo, que é primordial na fase pré-operatória. O paciente deve ser preparado psicologicamente quanto à intervenção cirúrgica e ao tratamento pós-operatório. O doente deve ter consciência que o tratamento por Ilizarov não consiste unicamente na colocação do aparelho. É natural a ansiedade do paciente com relação ao aparelho, suas funções no tratamento e suas possíveis complicações. Portanto, é fundamental, para melhor aceitação do doente, que médico, fisioterapeuta e enfermeiros transmitam segurança e tranqüilidade. O fisioterapeuta deverá avaliar condições musculares, articulares e funcionais, além da sensibilidade protopática do paciente. É necessário recuperar e incrementar a mobilidade articular, aumentar o trofismo muscular e melhorar o uso funcional do membro para a marcha. A recuperação total do paciente submetido ao alongamento ósseo pelo fixador externo segundo a técnica de Ilizarov, deverá obedecer estágios de tratamento, que irão do pré-operatório, com técnicas fisioterápicas, preparando este paciente para o per e o pósoperatório imediato, com a função de melhor atuação do fisioterapeuta. Não se pode esquecer que a reabilitação total só ocorrerá no pósoperatório tardio, com a retirada do aparelho, e intensificação reeducacional fisioterápica voltada para o funcional sensório-motor deste paciente. Visando a recuperação do paciente o fisioterapeuta não deve esquecer que após a colocação ele trabalhará constantemente com carga no membro, devendo utilizar técnicas de degravitação, inicialmente. Ainda vale ressaltar que o paciente aparelhado é verticalizado, desde o dia seguinte à intervenção, ou após a retirada do dreno, sendo colocada sob o pé, uma tala de contenção com faixas elásticas que se prendem ao aparelho, numa atitude de posição neutra da articulação tíbio-társica, com a finalidade de evitar o eqüinismo. O alongamento ósseo só será iniciado no 5º dia do pós-operatório, com a finalidade de preservar a função e para minimizar os fenômenos dolorosos do pósoperatório, lembrando ainda, que o fixador não pode ser retirado a não ser nos casos de consolidação óssea completa observada radiologicamente, ou nos casos de complicações. A fisioterapia tem a função primordial de manter funcional o paciente aparelhado, visando a manutenção dos seus sistemas corpóreos, além de restabelecer e reeducar este paciente. A cinesioterapia será a base do tratamento fisioterápico em pacientes em alongamento ósseo de membro inferior com o fixador externo de Ilizarov, não podendo se esquecer da carga do aparelho e da ação da gravidade.


Devemos relembrar que a cinesioterapia poderá ser passiva, ativa ou ainda autopassiva, com a finalidade de: - manter a imagem psico-sensorial e motora; - a recuperação muscular, tendinosa e articular; - a melhora circulatória artério-venosa e linfática; - promover o relaxamento com movimentos rítmicos e dinâmicos; - melhorar a coordenação; - Aumentar o tonos e trofismo muscular; - Aumentar a amplitude articular. Em um estágio mais adiantado do tratamento fisioterápico os objetivos passam a ser: - Aumentar a força muscular; - Manter a função sensório-motora; - Reeducação da marcha; - Reeducação funcional para as atividades de vida diárias. No tratamento fisioterápico, podemos associar massoterapia e crioterapia, sempre lembrando de suas indicações e contra-indicações, e as alterações fisiológicas ocorridas com estas técnicas. Para melhor formulação do tratamento fisioterápico, a atuação se firma em técnicas de reeducação muscular, funcional e da marcha, para uma maior reabilitação do paciente. – Técnicas de reeducação. A prevenção do edema, problemas tróficos e redução da dor, freqüentes no pósoperatório, são tratados com : - Drenagem linfática (posicionamento do membro + massagem); - Crioterapia (anti-álgico / relaxamento / antiinflamatório / pré-cinesioterápico); - Manutenção dos membros inferiores em degravitação quando em repouso (visando menor fadiga muscular para o paciente); - Cinesioterapia passiva e ativa das articulações adjacentes ao aparelho (benefícios terapêuticos citados anteriormente); - Colocação do membro em carga progressiva (acompanhar a limitação do paciente, além de encorajar a deambulação); Para reestabelecer os aspectos articulares: - Cinesioterapia passiva, ativa e auto passiva das articulações adjacentes ao aparelho; - Posturas para evitar o pé eqüino e o flexo do joelho e quadril; - Orientações posturais. Na reeducação muscular: - Movimentos analíticos, estáticos e dinâmicos sem resistência; - Movimentos globais: bicicleta, sistema de polias e molas; Na reeducação funcional: - Reeducar o paciente para condições da vida diária; - Adaptar acessórios para melhor encaixe do aparelho e evitar desvios da coluna vertebral; - Treinar quanto às transferencias de carga. Na reeducação da marcha: - Ensinar o paciente a se familiarizar com muletas canadenses em apoio monopodálico sobre o membro são e, progressivamente, atingir apoio sobre o membro operado, até conseguir um apoio completo em 3 a 4 semanas; No caso de alongamentos simultâneos contra-laterais a marcha inicia-se em barras paralelas e o treino com muletas canadenses é executado progressivamente com apoio total. – Limites da reeducação. Muitos são os problemas que podem limitar a reeducação sob o fixador externo de Ilizarov: - dores ao nível dos fios, dores articulares, musculares ou neurológicas; - problemas tróficos (edema,cianose) e cutâneos (derrames a nível dos orifícios dos fios); - limitações articulares com ou sem atitudes viciosas; - limitação da contração muscular pela transfixação dos fios, pela dor e eventual paresia associada;

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prejuízo neurológico periférico; prejuízo vascular; mal-aceitação psicológica; problemas da marcha.

CONCLUSÃO O êxito da terapêutica fisioterápica é resultado de um processo contínuo que se inicia no pré-operatório, e vai se intensificar no pós-operatório, não esquecendo o procedimento médico cirúrgico realizado no per-operatório, pois só assim o fisioterapeuta conseguirá um bom resultado no tratamento, com tolerância do aparelho, e reeducação funcional total deste paciente. Com o término desta pesquisa, o método de fixação externa de Ilizarov, do ponto de vista ortopédico mostrou-se eficaz, resultando num ótimo trabalho fisioterápico, pois os pacientes apresentam poucas dificuldades no tratamento. Nos casos de alongamento ósseos, vale relembrar que o método atua igualmente ao nível das partes moles, como tendões, músculos, aponeuroses, elementos vásculonervosos, sendo estes alongados por distração progressiva. Devido a distração progressiva constante para o alongamento, a dor é um fator limitante constante, sendo um dos fatores que limitam a reeducação, o que pode causar demora no tratamento, cabendo a fisioterapia, reduzi-la, e se possível eliminá-la, para melhor atuação fisioterápica, e auxiliar no tratamento médico. Não devendo esquecer da importância da equipe multidisciplinar no atendimento deste paciente, uma vez que possui inúmeros fatores que levem a instabilidade psicológica, que pode dificultar o desempenho fisioterápico, devendo previamente preparar-se o paciente, alertando quanto ao procedimento por toda equipe. O sucesso no tratamento fisioterápico, que é essencial no pós-operatório, só será completo quando associado ao tratamento médico de forma intensa, não esquecendo que a recuperação total, só se dará após a retirada do aparelho. BIBILIOGRAFIA - BEVILACQUA; BENSOESSAN; JASEN, SPINOLA; Manual do exame clínico, 11ª edição, Rio de Janeiro, Editora Cultura Médicas, 1994 - BIANCHI MAIOCCHI, A. ; L’Osteosintese Transossea G.A. Ilizarov – Medi Surgical Video, Milan, Italy, 1985. - Introduzione alla conoscenza delle metodiche di Ilizarov in ortopedia e traumatologia, Medi Surgical Video, Milan, Italy,1983. - BORGES, F.S. Fisioterapia geral I, Rio de Janeiro, s.ed.,1989. Xerocopiado/ CATTANEO, R.; VILLA, A.; CATAGNI, M.; TENTORI, L.; Traitement des inégalités du fêmur para la méthode d’Ilizarov, Ver.Chir.Ortop., 1985. - GRANDEPIERRE, C.; MARCON, D.; BUSSIENE, J.E.; ANDRÉ, J.M.; CUNY, C.; La technique d’Ilizarov appliquée aux membres Inférieurs chez i’adulte, J. Réadapt. Méd. 1990, 10, no.4. 207-212. - ILIZAROV, G.A.; Principes fondamentaux de l’osteosynthése en compression-distraction, Ortop. Traumatol. Protez, France, 1971. - KOTTKE, Frederic J., LEHMANN,J.F.; Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen, 4ª edição, São Paulo, Manole, 1994. - LIPPERT, Lynn; Cinesiologia clínica para fisioterapeutas, 2ª edição, Revinter. - PLAWEXKI, S.; MERLOZ,P.; FAURE, C.; BUTEL, J.; La méthode d’Ilizarov appliquée aux allongements et corrections axiales des membres, EMC, France, 10, 1990, 1ª edição. - SOLLOGOUB, I.; ASQUIER, RH.; BONNARD, CH.; GLORION, B.; Fixateur externe d’Ilizarov, EMC, France, 4, 1989, 1ªedição. - SULLIVAN, Susan B.O.; SCHMITZ, Thomas J.; Fisioterapia avaliação e tratamento, 2ªedição, Editora Manole. - THOMSON, A.; SKINNER, A.; Piercy, J. Fisioterapia de Tidy, 12ª edição, São Paulo, Livraria Santos Editora, 1994. - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, Normas para apresentação de trabalhos, 4ª edição, Paraná, vol.2. Xerocopiado/ - VITÓRIA, I.P. Prático de Cinesioterapia, Rio de Janeiro, Editora Sindical, 1991, p. 9-20. Monografia de conclusão de curso de Fisioterapia da SEFLU-2000, por Wilmar Souza da Mota. Orientadores: Dr. André Luiz Ferreira – Ft e Dra. Sara Wolosker – Md.




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