Nossa equipe nesta Edição Editor/Diretor Dr. Oston de Lacerda Mendes Comunicação e Marketing Renata Rocha Melo Assistente de Redação Victor Araújo Programação Visual e Web Page Oficina Detrês - www.detres.com.br Jornalista Responsável Marcos Antônio Alves Assessoria Jurídica Dr. Walter Lambert de Brito Assessoria em Informática Flávio Branco Garoto Propaganda Dr. Piá
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Editorial Fisio&terapia, a sua primeira Revista de Fisioterapia. Pois é, estamos entrando em mais um ano. Está é a primeira Revista do ano V e só temos motivos para comemorar. Durante estes anos a Revista conseguiu seu objetivo de ser uma ferramenta valiosa para os fisioterapeutas interessados em se manterem informados dos acontecimentos sobre nossa profissão. Um dois sinais mais precisos deste sucesso é o crescente número de assinantes e empresas que acreditam e anunciam em nosso veículo, assim como a participação da Revista em todos os eventos de médio e grande porte no país e até alguns no exterior, a Revista não parou de crescer desde que nasceu e ainda há muito trabalho pela frente. Muitos são os planos para o ano 2001 e até mesmo para o 2002, estamos planejando grandes novidades e muita coisa boa para as próximas edições. Este sucesso é fruto de um trabalho sério e profissional de toda a uma equipe, mas é claro que uma Revista como a Fisio&terapia não é feita por apenas um grupo de profissionais fisioterapeutas. Ela não é uma ilha isolada, e tudo que conseguimos, foi com a ajuda de muitos e muitos amigos que conquistamos pelo Brasil e pelo mundo a fora, e é para vocês que dedicamos está edição. Desejamos um novo milênio cheio de sucessos como os que vocês nos proporcionaram e agradecemos do fundo do Ventrículo Esquerdo (como diz o mestre, Jorge Teixeira) por toda a companhia durante estes anos e pelos que ainda estaremos juntos. Gostaríamos de agradecer ao Daniel e Victor Branco, Ciro Gomes, Cosme Guimarães, Paulo Cintura, Marcus Sheffer, João Marcelo, Pedra da Gávea, Pedra Bonita, Morro Dois Irmãos, Bruce Dickson, Anke, Visconde de Mauá, Penedo, Nolas e Dekinho, Guilherme Sol, Babuska of White House, Philippe Souchard, Vespa Piaggio, Dedo de Deus, Fisiobarra, AFPC – Associação dos Fisioterapeutas de Poços de Caldas, Paulo Cotecchia, Aninha, Fabio Marcelo Teixeira, Unifenas, Unit, Semíramis, Catharinne Angélica, Vanessa Gouveia, Vanessa Cristina, André Galano, Lúcia, Piá, Michelangelo, Webster University, Gedai, Albernice, Flávio Néri, Mucuripe, Meireles, Bessa e das Nações, Leblon, Chico Buarque, Pamplona, Oséas, Giovana, Luiz Guilherme e suas colunas, Hélia, Renatão, Eurico Miranda, Marta Chacel, Ruy Gallart, Aveiro Carneiro, Fabio Batalha, Rene, Élcio, Marcos Guimarães, Petrone Vilard, Solange Canavarro, Simone Franco, Mirian Calheiros, Maria Alice Medina, Kátia Ferreira, Fabiano Moreira, Marianne Agne, Jeanne Malheiro, Victor Araújo, Xandão, Natasha, Guilherminho, Prancha, Fabio Fotográfica, Felipe, Phillipe Manurd, Laiz Almeida, Oficina Detres, Márcio Amaral e Carol, Roberto Palmiere, HB, Carlos Eduardo de Paula Barros criador da nossa logomarca, Sohaku-in, M.C.C., Vellup, Massage Table, Feet & Legs, Fisiotrato, Articulare...
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Panagio, Rubia Karine Diniz Dutra, Sérgio Guilhon, Jefferson Cardoso, Mônica Tilly, Marco Masullo, Jansen, Fábio Clif, Danielly Araújo, Oto, Maristela, Vital, Jones Eduardo Agne, Jaime Nunes Aguiar, Rogério Augusto de Andrade, Erimilson Roberto Pereira, Eliana, Carlos Eugenio, Tatão, Tati, Carol, Eliana, Paraguaçu, Joanne Mayer, Márcio Luna, Marcelo Antunes, Gustavo Melo e Vanessa Molinero, Glauco Dahan, Marcus Gava, José André Carvalho, Marcelo Duarte, Adriana Guedes de Castilho, Roberta Germano Santos, Rogério Moreira Almeida, Renata da Costa Teixeira, Giovana Rosim, Viviana Santaos Borges, Dittmar Egon, Nelson Ayres, Jair Bento, Oswaldão UGF, Hildeberto Lopes, Vânia Carvalho, Clarissa, Cláudia Bahia, Rita de Cássia, Antônio Lanzana, José Lafredo Ibramed, Caio Alexandre, Carla e Raquel Stumpf, Nelma Serravalle, Priscila Robles, Viviane Barnabé, Aristóteles Teixeira, Elza Lotti, Maria Terezinha, Roberto CRIE, Junior, José Maria, Paula, Fabio Fernandes, Pilates, José Henrique, Anaraci Leme, Eliane Ferreira, Adriana Leal, Cláudia Mariano, Fabiana Lacerda, Helena Khalil, Ana Silva Pereira, Peterson Agne, Dulcinéia Soares, Maiara Rodrigues, Herbene Maia e Janaina Dantas, Hélio Pio, Jackson Nesi, Janaína Kzan, Letícia Dias e Luis Franco, Cult, Cássia Eller, Jim, Jimi, Janes, Lê Bom, Glenda Fleming, Doc`s Brigit e Nina Falk, Júlio César, Renata Melo, Prinaxol, FisioLine, Marsal, Oswaldo, Mário KW, Paulo HTM, Beatriz Peixoto, Silvana Blascovi, Eliane Baptista, Flávio, Paulo e João Paulo Silvino, Maria Del Carmen, Wilmar Souza, André Luiz Ferreira, Sara Wolosker Mônica do Banco Safra SP e a todos que não couberam na página, mas sabem que estão na alma da Revista, em todas as páginas, em todas as edições. Por fim a todos os Leitores da Revista, que nos acompanharam durante todos estes anos e que são o motivo maior de nossa vontade de trabalhar. Com vocês o nosso mundo fica completo. Vocês são maravilhosos. Mais uma vez, muito obrigado. Ah! O Tuninho “paixão” tá namorando. Abraços, Dr. Oston de Lacerda Mendes.
AGENDA
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DESC. DATA CURSO CIDADE ESTADO DEZEMBRO 10% Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo RJ Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ Em Dezembro Workshops de Watsu São Leopoldo Em Dezembro Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ 30% Em Dezembro Qualidade de Vida no Trabalho Rio de Janeiro RJ Em Dezembro Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro RJ 30% Em Dezembro Qualidade de Vida no Trabalho Rio de Janeiro RJ 15% 10. Curso de Pressão Arterial Rio de Janeiro RJ 11 a 22 Curso de Postura 10% 16. Ultra Som Amparo SP 10% 16. Próteses Para Membros Inferiores Rio de Janeiro RJ 16 e 17 Curso de Fisioterapia Respiratória e CTI Rio de Janeiro RJ OUTROS Pós-Graduação em Fisioterapia Intensiva Rio de Janeiro RJ OUTROS Pós-Graduação de Fisioterapia - Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro RJ OUTROS Pós-Graduação - IBMR Rio de Janeiro RJ 10% OUTROS Shiatsu e Acupuntura Nova Friburgo RJ OUTROS Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ OUTROS Shiatsu e Acupuntura Rio de Janeiro RJ CURSOS PARA 2001 JANEIRO 30% Em Janeiro Terapias Alternativas no Tratamento de LER/DORT Rio de Janeiro RJ 30% Em Janeiro Terapia Corporal, Ginástica Laboral, Exercícios no Trabalho Rio de Janeiro RJ 10% 02 e 30 Massoterapia Rio de Janeiro RJ 10% 14 a 18 ENAF - Lesões Esportivas Salvador 10% 14 a 18 ENAF - Atividade Física na Gravidez Salvador 10% 14 a 18 ENAF - Massagem Corporal Salvador 10% 14 a 18 ENAF - Reabilitação Pulmonar Salvador 10% 14 a 18 ENAF - LER e DORT: Prevenção Salvador 10% 26, 27 e 28 1º Encontro Rio Recife de Fisioterapia Recife 27 e 28 Curso de Fisioterapia em Estética Corporal (teórico - prático) Rio de Janeiro RJ 10% 10%
TELEFONE (24) 523-8863 (21) 205-1570 / 556-2455 (51) 9916-3344 (21) 257-3065 (21) 424-5302 (21) 563-0000 (21) 424-5302 (21) 205-1570 / 556-2455 (71) 331-6272 / 3318905 (19) 3807-9633 (21) 542-7999 / 295-3329 (21) 435-9131 / 440-3030 / 442-3566 (21) 563-0000 (21) 563-7068 (21) 552-8096 / 553-6427 (24) 523-8863 (21) 205-1570 / 556-2455 (21) 257-3065
(21) 424-5302 (21) 424-5302 (21) 3084-2714 / 9981-9042 BA (35) 222-2344 BA (35) 222-2344 BA (35) 222-2344 BA (35) 222-2344 BA (35) 222-2344 PE (21) 577-1826 (21) 594-4570 / 597-4922 / 9626-5310
27. Órteses Para Coluna Rio de Janeiro RJ (21) 542-7999 / 295-3329 FEVEREIRO 01 a 10 XVII Curso Nacional de Fisioterapia Respiratória Prof. Carlos Azeredo Rio de Janeiro RJ (21) 253-9285 / 516-8911 17. Órteses Para Membros Superiores Rio de Janeiro RJ (21) 542-7999 / 295-3329 MARÇO Em Março XXXVI Curso Bobath Pediátrico - Conceito Neuroevolutivo Para Tratamento de Sequelas Neurológias Campinas SP (19) 289-2818 01. Curso de Especialização em Fisioterapia Pediátrica Campinas SP (19) 378816 e 17
Curso de Fisioterapia Respiratória e CTI
Rio de Janeiro RJ
(21) 435-9131 / 440-3030 / 442-3566 r.
DESC. DATA CURSO 4646 / 3788-4647 03. Curso Lato Sensu Eletrotermofototerapia 09, 10 e 11 I Jornada em Reabilitação Interdisciplinar 22, 23 e 24 I Congreso Internacional De La Asociación De Terapeutas Formados En El Concepto Bobath 24, 25, 31 Fisioterapia Respiratória Ambulatorial (teórico - prático) 29 a 03 As Cadeias Musculares ABRIL 05 a 07 9º Congresso Brasileiro do Departamento de Aterosclerose 06, 07 e 08 Curso Introdutório de Hidroterapia 07 e 09 Atualização Em Terapêutica Ambulatorial 20, 21 e 22 Curso do Método Bad Ragaz 10% 20, 21 e 22 VII ENIRF - Encontro de Integração Regional de Fisioterapia do Rio Grande do Norte 26, 27 e 28 II Congr. de Pneum. e Tisiologia do Centro Oeste e I Jorn. de Fisiot. Respiratória do Centro Oeste 28 a 05 Propedêutica Radiológica do Tórax MAIO 10 a 12 1º Congresso Brasileiro de Acupuntura da Sobrafisa 11 a 13 Curso Avaçado de Hidroterapia 19, 26 e 02 Fisioterapia Estética Corporal 26 a 02 Semiologia Respiratória 26 e 27 Manipulação Terapêutica do Paciente com Dor 31, 01, 07 e 08Biomecânica do Sistema Locomotor JUNHO 13 a 17 Watsu I 13 a 16 IX Congresso Brasileiro do Quadril 21 a 26 As Cadeias Musculares JULHO Em Julho Método Kabat Em Julho Pós-Graduação “Lato Sensu” Reabilitação do Membro Superior 10% 23 a 27 ENNEFISIO 03, 09 e 10 Tratamento Manual e Cinesioterapia das Enfermidades da Coluna Vertebral AGOSTO Em Agosto Shiatsu e Acupuntura Em Agosto Shiatsu e Acupuntura SETEMBRO
ABA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACUPUNTURA DESDE 1961
CIDADE
ESTADO
TELEFONE
Recife PE (81) 271-8491 / 271-8490 Recife PE Madri Espanha 0034 (91) 457-4891 Niterói RJ (21) 610-2626 5 Belo Horizonte MG (31) 226-4836 / 9958-4479 Natal Recife Niterói Recife Santa Cruz Cuibá Niterói
RN (84) 987-0347 / 984 3168 PE (81) 3228-1528 RJ (21) 610-2626 / 610-2859 r. PE (81) 3228-1528 RN (84) 987-0347 / 984 3168 MT RJ (21) 610-2626 / 610-2859
São Paulo Recife Niterói Niterói São Paulo Niterói
SP PE RJ RJ SP RJ
Recife PE Fortaleza CE Belo Horizonte MG
(85) 268-2052 / 268-2202 (81) 3228-1528 / 9968-1467 (21) 610-2626 / 610-2859 r. 239 ou 245 (21) 610-2626 / 610-2859 (11) 6996-2645 (21) 610-2626 / 610-2859 (81) 3228-1528 (85) 268-2052 / 268-2202 (31) 226-4836 / 9958-4479
Nova Friburgo RJ (24) 526-0248 / 526- 8628 Belo Horizonte MG (31) 3273-6966 r. 232 / Fax. 3274-3523 Fortaleza CE Niterói RJ (21) 610-2626 / 610-2859 r. 239 ou 24 Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro RJ
(21) 257-3065 (21) 205-1570 / 556-2455
1º e mais antigo curso do país
SINOPSE DO PROGRAMA:
Conceito e Histórico da ACUPUNTURA - Energias - Celestiais e Telúricas As Estruturas - Os meridianos (Jing Luo) - Interação das Funções Os grandes Meridianos - Pontos fora de Meridiano - O Diagnóstico - Terapêutica Aulas práticas e estágio supervisionado. - Monografias executadas pelos alunos. COORDENADOR: Dr. Evaldo Martins Leite
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Vagas limitadas
Informações (021) 257-3065
As Mãos do Fisioterapeuta Ronaldo Cunha Lima Senador da República
Mãos que entendem e se estendem nos labores, silenciosas mãos de mil cansaços, que em contatos contidos, feito abraços, se enlaçam em lenitivo a tantas dores.
Mãos que acalmam, diante dos temores, calando o medo dos primeiros passos, correndo, prescientes, pernas, braços, que anseiam lassos pelos seus favores.
São mãos que aos céus ascendem nos desvelos, as mãos profissionais cheias de zelos que animam o amanhã nos dias seus.
Mãos mágicas, que à luz de um hermeneuta, Refletem as mãos do fisioterapeuta, Firmes na fé que vem das mãos de Deus.
Sobre a edição anterior nº 23 Out.Nov.
Muitos foram os telefonemas dos leitores para a Redação elogiando e agradecendo a homenagem que o Paulo e seu filho Flávio Silvino fizeram a nós fisioterapeutas no 13 de Outubro, mas em seus telefonemas também não esconderam que tiveram uma certa “decepção” em não ter uma entrevista com o Flávio, já que tivemos a oportunidade de estar com ele. Diante deste número expressivo de pedidos, nós da Revista Fisio&terapia, telefonamos para o Flávio, explicamos a situação e solicitamos uma entrevista. Ele agradeceu aos elogios e pedidos e se prontificou a responder as perguntas. Nós da Revista resolvemos deixar vocês fazerem a entrevista, afinal foram vocês que solicitaram, e nada mais justo que isso. As perguntas e respostas serão publicadas na próxima edição e em nosso Site www.fisioon.com.br. Você pode fazer a sua pergunta pelo Site, e-mail, ou por correio em carta enviada a redação da Revista. Todas as perguntas serão entregues ao Flávio. Nós da Revista também gostaríamos de agradecer aos telefonemas, e-mails e a participação de vocês. Esta é nossa maior motivação para fazer nosso trabalho cada vez o melhor. Obrigado Equipe Fisio&terapia.
profundos, tais como cápsulas e músculos profundos. Quanto maior a homogeneidade do tecido, menor a absorção de energia do UST. Assim, a gordura subcutânea, que é muito homogênea, absorve menos energia do que o músculo que é mais heterogêneo (Santiesteban, 1993). A maior profundidade que se pode penetrar um efeito terapêutico, se conhece como profundidade de penetração. Esta profundidade no 1 tecido se mede no ponto onde se permanece a 10% da intensidade sônica aplicada. A intensidade do UST e a profundidade de penetração, determina se pode-se esperar um efeito terapêutico a esse nível. Por exemplo temos no tecido ósseo uma penetração a 1MHz, de 7mm, na cartilagem 20mm, tendões 21mm e tecido muscular 30mm (Hoogland, 1986). As ondas ultra-sônicas tendem a se concentrar na interface dos diferentes tecidos; consequentemente, as interfaces pele-gordura e periósteo-osso apresentam uma temperatura tecidual elevada em função da reflexão da energia. Um tratamento prolongado, ou mesmo sobre interfaces muito superficiais, pode levar à morte tecidual (Santiesteban, 1993). Alguns autores avaliaram vários agentes de acoplamento quanto à sua habilidade para transmitir ultra-som, ao mesmo tempo minimizar a perda de energia, e encontraram os seguintes níveis gerais de transmissão: Aquasonic Gel – 72,60%; glicerol – 67,75%; água destilada – 59,38%; Cardio-cream – 26,60%; óleo mineral – 19,06%; ar – 00,00%. Além disso, eles determinaram que, a medida que a dosagem aumentava, uma maior porcentagem de energia ultra-sônica atingia os tecidos. E concluíram que a seleção do agente de acoplamento apropriado e a dosagem, parecem ser ambos importantes para assegurar que o máximo de energia seja transmitida aos tecidos (Mirabelli, 1994). Efeitos Fisiológicos A energia ultra-sônica produz um grande número de efeitos fisiológicos que a torna útil para o tratamento das alterações músculo-esqueléticas (Santiesteban, 1993). O efeito do UST tem sido referido como estimulador do aumento da extensibilidade dos tecidos conjuntivos, tais como tendões (Yeng; Teixeira; e Barbosa, 1998), ligamentos, e cápsulas articulares, e pode ser benéfico quando as limitações da amplitude articular são decorrentes das contraturas dos tecidos ligamentares. Na rigidez articular são alteradas as propriedades viscoelásticas dos líquidos articulares de um estado gel para um estado sol, além disso, a extensibilidade dos tecidos conjuntivos é resultados da polimerização térmica das proteínas (Griffin apud Mirabelli, 1994). As bursas, que são membranas sinoviais especializadas, também respondem ao tratamento, bem como outras membranas sinoviais que revestem as grandes articulações (Santiesteban,1993). Como agente de aquecimento profundo, o UST pode alterar a temperatura do músculo. Um tratamento de cinco minutos sobre o músculo pode elevar a temperatura de 1° a 2°C. Esta diferença térmica é suficiente para causar um relaxamento muscular (Santiesban, 1993). Sendo esta temperatura em frente ao cabeçote, podendo estar aumentada de 5° a 6°C, diminuindo este valor a medida que se aprofunda nos tecidos (Gutmann apud Lucena, 1991). A maior parte do valor terapêutico do UST, vem de sua habilidade para elevar de forma seletiva a temperatura nas interfaces sem provocar mudanças substanciais nos tecidos ao redor. A quantidade de calor produzido depende diretamente da dosagem (quantidade de energia/unidade de tempo). Com menos de 1,0W/cm², ocorre um aumento mínimo na temperatura dos tecidos. Com 1,5W/cm², os tecidos superficiais são aquecidos e com mais de 2,0W/cm² a temperatura dos tecidos profundos é elevada (Mirabelli, 1994). A dosagem é também instrumental na mudança da propagação de impulsos que se originam em nervos periféricos. O número de impulsos que percorre o nervo,
USO DA TERAPÊUTICA ULTRA-SÔNICA NA FISIOTERAPIA A terapia ultra-sônica é uma ferramenta que vem sendo utilizada como parte integrante de um programa de reabilitação. Aplica-se ultra-som antes de exercícios ou estiramentos musculares., pois seus efeitos terapêuticos permitem que o tecido a ser estirado responda mais favoravelmente; também tem-se obtido bons resultados como terapia para a cicatrização cutânea, sobre diversas fases do processo inflamatório; no reparo do tecido ósseo, modificando a produção de tecido cicatricial e reduzir a dor. As ondas ultra-sônicas são produzidas por transdutores piezoelétricos, que convertem a energia elétrica de excitação em vibração mecânica de alta freqüência. As freqüências das ondas ultra-sônicas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos por segundo [1 ciclo/s = 1 Hertz (Hz). 1KHz = 1.000Hz. 1MHz = 1.000.000] as quais são mais altas que a faixa da audição humana, que varia de 20 a 20.000 ciclos por segundo. A freqüência médica para diagnóstico de imagem varia de 5 a 20MHz e para terapia de 0,7 a 3,3MHz. O objetivo deste trabalho é proporcionar uma base de referência acerca do ultra-som terapêutico e seus mecanismos de ação nos tecidos, tanto no sentido físico, como nos seus aspectos biológicos. Palavras-chave: ultra-som terapêutico, fisioterapia. Introdução Primordialmente, a terapêutica ultra-sônica sugere uma massagem de alta freqüência em sua forma mais intensa, que bem dirigida penetra profundamente nos tecidos (Gutmann, 1991). O ultra-som foi originalmente produzido através de um cristal de quartzo vibrante quando submetido a uma corrente de alta freqüência. Hoje são utilizados cristais cerâmicos sintéticos. A liga de chumbo, zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente elétrica em vibrações mecânicas. Estas por sua vez, produzem ondas por compressão e descompressão. O cristal contrai sobre a influência de uma corrente elétrica em uma determinada direção e expande-se quando a corrente elétrica for retirada (Fiurini Jr.e Longo, 1996). O transdutor ultra-sônico produz uma vibração mecânica de alta freqüência, cerca de 0,75MHz a 3MHz. Esta freqüência é inaudível ao ouvidos humanos; variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos por segundo [1 ciclo/s = 1 Hertz(Hz). 1KHz = 1.000Hz. 1MHz = 1.000.000Hz], enquanto a faixa de audição humana varia de 20 a 20.000 ciclos por segundo. A freqüência médica para diagnóstico de imagem varia de 5 a 20MHz e para terapia, de 0,7 a 3,3MHz. Como a propagação da onda ultra-sônica se dá de forma longitudinal, as partículas do meio oscilam para frente e para trás na mesma direção em que a onda estiver trafegando. Este meio, para a sua melhor propagação, deverá ser o líquido não viscoso (Fiurini Jr. e Longo, 1996). Para não emitir ondas eletromagnéticas, o ultra-som terapêutico (UST) necessita de um meio de acoplamento entre o cabeçote (cristal) e a pele, constituído de uma substância cuja impedância acústica seja semelhante ao do nosso líquido intersticial, a fim de não representar uma interface à penetração das ondas. Qualquer outra substância que não tenha a mesma impedância acústica, barrará quase que completamente o feixe ultra-sônico, impedindo seu aproveitamento pelo organismo (Lucena, 1995). Em aplicações normais, 50% da energia do UST é transmitida para uma profundidade maior que 5cm. Esta profundidade será efetivamente atingida nos tecidos
diminui em dosagens baixas, mas começa a subir lentamente a partir de 1,9W/cm². A aplicação do UST em fibras tipo C favorece o alívio da dor distalmente ao ponto de aplicação, enquanto que a aplicação em fibras do tipo A, de diâmetro largo, traz alívio de espasmos mudando a atividade de fibras gama, tornando as fibras musculares menos sensíveis ao estiramento (Ficher apud Mirabelli, 1994). Como é importante tratar seletivamente as fibras tipo A ou C, o UST provê tanto o alívio da dor quanto a do espasmo muscular, tornando-o efetivo no tratamento de neuropatias periféricas, neuromas, herpes zoster, e espasmos musculares associados a patologias músculo-esqueléticas, incluindo distensões, torções e contusões (Shealy apud Mirabelli, 1994). Os efeitos químicos do UST estão relacionados, em parte, com suas propriedades térmicas. A elevação da temperatura dos tecidos acelera os processos metabólicos, incluindo o aumento na atividade enzimática, aumento na velocidade de trocas iônicas, aumento na permeabilidade da membrana celular, e aumento na velocidade e volume da difusão através das membranas celulares (Mirabelli, 1994). Também com a elevação da temperatura, além destas manifestações, pode provocar cavitações por formação de bolhas que ficam intactas por muitos ciclos (cavitação estável) ou entram em colapso violento (cavitação transitória), elevando mais a temperatura local (Wells apud Pessina e Volpon, 1999). O colapso das bolhas, libera energia que pode romper ligações moleculares, produzir radicais livres, causar alterações químicas e lesar os tecidos adjacentes (Apfel apud Pessina e Volpon, 1999). Na terapia para cicatrização cutânea, observa-se bons resultados em vários trabalhos que relatam evidências da ação do UST com freqüência de 1MHz sobre diversas fases do processo inflamatório (Dyson apud Gonçalves e Parizotto, 1998). O que se pode observar na fase inflamatória inicial da reparação, é uma aceleração do processo, aumento da liberação de fatores de crescimento pela desgranulação dos mastócitos, plaquetas e macrófagos. O UST atua como um acelerador do processo inflamatório, portanto não é antiinflamatório como muitos propõem (Gonçalves e Parizotto, 1998), dependendo da geração de radicais livres nos tecidos (Maxwell apud Gonçalves e Parizotto, 1998). Pesquisadores estudando os efeitos do UST na cicatrização após lesão de tecido epitelial em ratos verificam que essa terapia acelera os estágios inflamatório e proliferativo do reparo (Young apud Guerino e col., 1997). Já no processo de reparação do tecido ósseo, a explicação dada é que as vibrações do UST estimulam o efeito piezoelétrico no osso e que a corrente elétrica estimula o seu crescimento (Duarte apud Guerino e col., 1997). Para que os efeitos do UST sejam os desejados na escolha de uma terapia, a intensidade acústica e espacial do equipamento de UST deve ser monitorada periodicamente. Foi observada grande discrepância entre a intensidade indicada no painel dos equipamentos de UST e a emitida pelo transdutor, ressaltando assim, a necessidade
de avaliações periódicas do equipamento (Guirro, 1997). Para a aplicação do UST, devem ser levados em consideração alguns fatores. A escolha do aparelho; calibração do aparelho; escolha do meio de transferência com menor impedância acústica; freqüência de acordo com a profundidade a ser atingida e mecanismo físico de ação; intensidade mais baixa possível; escolha entre o modo contínuo ou pulsado, levando em consideração se os efeitos térmicos são desejados ou não; intervalos entre os tratamentos, que depende da natureza da lesão; e duração do tratamento dependendo da área lesionada (Young, 1997). Conclusão O UST é um recurso que tem um campo de utilização bastante amplo, então, torna-se necessário que o fisioterapeuta compreenda completamente seus efeitos biológicos e mecânicos de ação, de modo que ele possa ser empregado de forma eficaz e segura. Referências Bibliográficas 1. FIURINI Jr., Nelson e LONGO, Glauco J. Ultrasom. São Paulo: KLD Biossistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda, p. 52, 1996. 2. GUERINO, Marcelo Renato e col. Aplicação do ultra som pulsado terapêutico sobre a resistência mecânica na osteotomia experimental. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 2, n. 2, p. 63-6, 1997. 3. GONÇALVES, G. e PAZIROTTO, N. A. Fisiopatologia da reparação cutânea: Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 3, n. 1, p. 5-13, 1998.
atuação da fisioterapia.
4. GUIRRO, R, Calibration of acoustic intensity of therapeutic ultrasound equipment in use in the city of Piracicaba. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 2, n. 1, p. 35-7, 1997. 5. GUTMANN, A. Zauner. Fisioterapia Atual. Barcelona: Pancast Editorial, Ultra-sons. p.207-304, 1991. 6. HOOGLAND, R. Terapia Ultra-sônica. Delft: Enraf Nonius, 1986. cap. 1, p. 6-13: Información Básica. 7. LUCENA, Antônio Carlos Tavares de. Hiper e Hipo Termoterapia. Curitiba: Agentes Termoterápicos.
Lovise, 1991. cap. 6, p. 47-112:
8. Estudo Orientado de Termo-Fototerapia. Curitiba: Lovise, 1995. cap. 1, p. 130: Bases fisiológicas, métodos e técnicas da termoterapia. 9. MIRABELLI, Linda. Manejo da dor. In: UMPHERED, Darcy Ann. Fisioterapia Neurológica. 2 ed. São Paulo: Manole, cap. 27, p. 751-67. 1994. 10. PESSINA, Andrea Licre e VOLPON, José B. Aplicação de ultra-som terapêutico na cartilagem de crescimento do coelho. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 34, n. 5, p. 347-54, Maio 1999. 11. SANTIESTEBAN, A. Joseph. Agentes Físicos e Dor Músculo-esquelética. In: GOULD, James A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. 2 ed. São Paulo: Manole, 1993. cap. 8, p. 181-93.
USO DA TERAPÊUTICA ULTRA-SÔNICA NA FISIOTERAPIA1 12. YENG, Lin Tchia; TEIXEIRA, Manoel Jacobsen; BARBOSA, Heráclito Fernando Gurgel. Lesões por esforços repetitivos/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT). Âmbito: Medicina Desportiva, n. 47, p. 11-20, Set. 1998. 13. YOUNG, Steve. Ultrasound Therapy. In: KITCHEN, Sheila e BAZIN, Sarah. Clayton’s: Electrotherapy. 10 ed. Londres: Saunders, 1997. cap. 15, p. 243-70. Por Celina Cordeiro de Carvalho
O Córtex cerebral
e o processo de envelhecimento:
1. Introdução O córtex cerebral é uma complexa região formada por milhões de células neuronais. Estas células estão envolvidas em funções altamente especializadas relacionadas ao movimento e a sensibilidade corporal e todos os mecanismos correlatos além de promover eventos como a memória, a linguagem e o aprendizado e a sobretudo a consciência. São estas as denominadas funções superiores do córtex cerebral pois não se assentam em uma única área específica mas são sim, resultado da integração de diferentes regiões funcionais e ação de diferentes mediadores químicos que ativam uma rede de um sem-número de sinapses. As alterações causadas pelo envelhecimento pode muitas vezes ser quantificada, mas para surpresa de muitos nem sempre se correlacionam na mesma intensidade com déficits do idoso saudável. Talvez estas alterações em primeira instância não causem perdas funcionais importantes. Estas seriam resultado da interação entre os déficits do envelhecimento e aqueles causados pela ocorrência de uma patologia intercorrente. 2. Organização geral do córtex cerebral: áreas corticais funcionais. O córtex cerebral consiste na camada mais externa do telencéfalo apresentado em dobras de tecido nervoso denominadas giros ou circunvoluções. Credita-se o aparecimento dos giros à necessidade de se adaptar a crescente expansão do volume encefálico ao reduzido interior da cavidade craniana. O córtex é a denominada substância cinzenta que se organiza em camadas distintas, de forma que possamos de um modo geral determinar dois tipos distintos: o alocórtex e o isocórtex (neocórtex). O primeiro tipo se limita caracteristicamente ao sistema límbico e será tratado a propósito do estudo deste sistema, envolvido na manifestação das emoções. O segundo tipo é o mais abundante nos
hemisférios cerebrais e se organiza em camadas distintas. Podem ser determinadas até seis camadas de organização celular diferenciada. São elas: - camada molecular: é a mais externa com componentes aferentes gerais oriundos de outras regiões corticais ou do tálamo. - camada granular externa: composta de pequenas células é a camada mais densa. - camada piramidal externa: contém as denominadas células piramidais. - camada granular interna: camada fina em que as células são semelhantes a granular externa. Aqui existem componentes específicos aferentes do tálamo. - camada piramidal interna: também denominada ganglionar contém na maior parte, células piramidais que se projetam para regiões mais distais como o tronco encefálico. - camada fusiforme: mais interna, suas células são irregulares de aspecto fusiforme e apresentam projeção para a substância branca circundante. Embora estas camadas possam ser identificadas por diferentes recursos os neurônios parecem se organizar do ponto de vista funcional em extensas redes ou circuitos (pools) que mais se assemelham a colunas longitudinais. A divisão mais utilizada para identificação e compreensão das áreas corticais funcionais se baseia em estudos anatômicos e funcionais que datam do início do século. Estas observações permitiram a construção de “mapa” cortical como o apresentado por Brodmann, que identifica quase que cinqüenta áreas funcionais distintas. Este mapa ainda hoje é referência para estudos funcionais do córtex cerebral. Estas áreas se encontram numeradas tanto na face interna quanto externa do hemisfério e permite em parte um conhecimento para um diagnóstico topográfico geral. Aqui são identificadas áreas motoras, de sensibilidade geral, sensibilidade específica (como audição, gustação e visão), áreas cognitivas, entre outras. As áreas corticais podem ser consideradas áreas de projeção (áreas primárias) ou áreas de associação (áreas secundárias e terciárias). Estas últimas relacionadas à integração de informações. As áreas corticais estão a grosso modo relacionadas aos giros identificados na superfície dos hemisférios cerebrais. Aqui destacamos os giros pré e pós-central tradicionalmente reconhecidos respectivamente com área motora primária e área somestésica primária; a área pré-motora e a área pré-frontal ocupando os giros frontais; as áreas auditivas e visuais respectivamente no lobo temporal e occiptal. 3. Envelhecimento neuronal De um modo geral dois eventos marcam o envelhecimento no sistema nervoso central: a diminuição do peso total e a redução na camada cortical, que leva a um concorrente aumento das cavidades ventriculares e dos sulcos. A redução do peso pode ser da ordem de 80%, ao final da sétima década de vida. Há uma redução em volume dos giros, por atrofia cortical pela perda de corpos neurônios. Ocorrem também alterações de cunho histológico com modificação importante dos neurônios sem que se tenha chegado a conclusão final do significado clínico, se há algum, destas alterações. Entre elas podemos citar: formação de depósitos amilóides (placas senis), quantidade aumentada de pigmentos de lipofucsina, diminuição do tamanho e número de dendritos, diminuição da síntese de neurotransmissores e das proteínas totais, no tecido nervoso cerebral, proliferação de células gliais, alterações nos mecanismos das sinapses com ou sem alteração dos mecanismos de degradação dos mediadores químico (esta degradação é resultado da ação fisiológica de enzimas específicas). Ocorrem alterações na bainha de mielina e por conseqüência na velocidade de condução dos grandes neurônios
Principais alterações e conseqüências funcionais no aprendizado motor mielínicos, que podem resultar em alterações das reações reflexas. Não devemos de considerar aqui, as teorias clássicas que discutem o processo de envelhecimento como um todo. Parece haver clara participação do mecanismo genético seja através de um relógio biológico, que determina o tempo de vida útil de nossas células, seja pelos erros de transcrição durante os processos de síntese protéica que levariam a erros funcionais importantes que resultariam na morte celular. Porém quando consideramos o envelhecimento do sistema nervoso, em especial do córtex cerebral, as características funcionais residuais são quase características, principalmente, quanto mais idoso é o indivíduo examinado. Parece que o grau de comprometimento do idoso saudável depende não só das alterações causadas pelo envelhecimento em si, mas também das atividades realizadas ao longo da vida e da maior ou menor plasticidade que o sistema apresente. Embora existam áreas funcionais já bem determinadas é notório que mesmo um sujeito genial não utiliza mais de um terço dos neurônios disponíveis para determinadas funções. Além disso, a intrincada rede de comunicação que alimenta os pools neuronais, não permite compreender, pelo menos neste momento, todos os mecanismos que garantem a plasticidade do sistema, permitindo que outras células assumam funções de responsabilidade daquelas eventualmente comprometidas. 4. Aspectos e alterações funcionais do interesse do Fisioterapeuta Se considerarmos que as alterações anteriores, conseqüência do envelhecimento se associam àquelas causadas por patologias, devemos então considerar que disfunções poderão interferir no arsenal terapêutico. A diminuição ou perda da plasticidade do córtex cerebral não afeta de forma isolada esta ou aquela função, o que é fácil compreender pois aqui já foi estabelecido o funcionamento em rede dos neurônios. Assim, alterações na plasticidade resultam em dificuldade de adaptação e de aprendizado, especialmente o aprendizado motor que requer a associação de múltiplas outras funções como a sensibilidade, a percepção e a memória. Sem dúvida este tipo de dificuldade pode comprometer de forma mais, ou menos intensa o andamento e o sucesso de um programa de tratamento. Para compreensão de como se dá esta lentificação de aprendizagem motora é preciso lembrar da intrincada rede neuronal que envolve o planejamento e a execução de um evento motor. A tarefa da rede neuronal motora pode ser considera inversa a da rede sensorial. Nesta a sensação é a representação final de um evento captado no meio externo. O movimento se inicia pela representação e planejamento da ação a ser implementada. Podemos dizer que existem três categorias básicas de movimento: os reflexos, os movimentos automatizados (rítmicos) e os movimentos voluntários, embora todos eles dependam de um padrão
fundamental de ações: contração e relaxamento muscular, o padrão agonistaantagonista, mediado por variações bem coordenadas do tônus muscular. Embora a área primária do movimento esteja localizada no giro précentral outras áreas se relacionam diretamente a produção do movimento. O lobo frontal é responsável pela construção do movimento uma vez que regula e integra informações que serão dirigidas ao cerebelo e aos núcleos da base do telencéfalo. As áreas pre-frontais são responsáveis pelo planejamento de ações e avaliação de suas conseqüências. Assim sendo, o lobo frontal é responsável em parte pela regulação do movimento, inclusive dos movimentos finos. Atua diretamente sobre as fibras cortico-espinhais e cortico-bulbares. Uma área motora suplementar no lobo frontal organiza o planejamento motor de forma a coordenar os movimentos bilaterais e ações motoras complexas como o abrir e fechar dos dedos da mão. Um fato primordial a ser destacado é que a área motora suplementar atua sobre a medula espinhal, atuando diretamente sobre a inervação dos músculos mais proximais dos membros. Sobre os músculos mais distais esta atuação parece ser apenas indireta por conexões com o córtex motor. Por sua vez o cerebelo reorganiza e ajusta o planejamento motor recebido do córtex cerebral segundo as informações recebidas da periferia através dos proprioceptores, do aparelho vestibular. Desta forma o cerebelo regula indiretamente a postura e execução do movimento. Suas lesões não causam paralisia mas desorganizam em parte o planejamento motor, o que resulta em alteração de equilíbrio e tônus e desorganização do movimento (ataxia) e alteração de postura. O cerebelo é um importante centro para o aprendizado motor. Os núcleos da base são importante centro de integração de informações originadas de diferentes regiões como os núcleos do mesencéfalo e córtex cerebral, via tálamo. Cabe aos núcleos da base do telencéfalo a tarefa de modificar os planejamentos motores existentes ou criar novos planos, em respostas a novas necessidades motoras estabelecidas pelo sujeito, que tropeça, por exemplo. A nova programação é levada via tálamo ao córtex frontal que por sua vez encaminha para os centros mais inferiores, em direção à medula espinhal por exemplo, para modificação na atuação dos efetores ( músculos esqueléticos) dos membros e do tronco. Os núcleos da base também têm influência sobre os movimentos oculares. Após este brevíssimo resumo, podemos retornar a discussão do aprendizado motor. A ação motora depende não só de componentes neuronais, mas também de componentes músculo-articulares, de função mecânica de forma a garantir força, elasticidade, velocidade e coordenação que irão resultar em equilíbrio, controle postural, eficiência motora funcional. Desta forma, quando avaliamos a função motora de um sujeito devemos considerar o todo envolvido
e o processo de envelhecimento:
causar dificuldades para respostas específicas como aquelas que dependem da lateralidade e de planejamento, para determinada decisão. Além disso, não há aprendizado sem memória, principalmente a memória operacional, que tem sede na região pré-frontal. Não devemos no entanto esquecer que a tarefa realizada exclusivamente no ambiente terapêutico muitas vezes não acontece da mesma forma eficiente e ordenada no ambiente habitual do sujeito. Assim, quando se tratam de novas habilidades motoras, para a vida diária por exemplo, estas devem ser realizadas sob supervisão do profissional, no ambiente do sujeito para que possa ser avaliada no “mundo real” (retirar e colocar roupas no varal; segurar talheres e panelas; levantar e sentar de cadeira; abrir e fechar portas usando muletas; subir e descer escada e meio-fio; etc).
5. Conclusões A ação motora por mais simples que pareça no momento de sua realização, na verdade é resultado de uma intricada rede de ações neuronais que compõem o sistema motor. Embora existam diferentes categorias de movimentos, em comum existe um padrão básico de produção, a relação agonista-antagonista, que necessita por sua vez também de uma complexa rede neuronal. O aprendizado de novas ações motoras demanda esforço e empenho por parte do sistema nervoso central. Esta aprendizagem pode estar comprometida ou não pelo envelhecimento, agravada muitas vezes pela presença de doenças que envolvam não só o sistema nervoso mas também estruturas músculo-articulares. O tempo necessário para o aprendizado motor é dependente das habilidades naturais do indivíduo, de fatores intercorrentes como doenças em atividade e da complexidade da ação a ser aprendida. Todos estes fatores devem ser bem avaliados pelo profissional, que atua no atendimento ao idoso.
O Córtex cerebral
O Córtex cerebral
e o processo de envelhecimento:
e não só aspectos mecânicos ou musculares ou articulares. Assim, as quedas podem ser resultado mais proveniente de dificuldades visuais do propriamente de equilíbrio ou de falta de força muscular. Considerando-se a usual ocorrência de comprometimento vascular nos idosos, e que a primeira manifestação pode ser a diminuição da acuidade auditiva e lembrando-se da estrutura do oitavo par craniano, não devemos concluir que todo paciente com diminuição da acuidade auditiva tenha problemas de equilíbrio, mas esta deficiência deve sempre servir de sinal de alerta. Como foi indicado anteriormente, os núcleos da base têm influência sobre os movimentos oculares, e estes se encontram relacionados com reações de equilíbrio. Assim, comprometimentos dos núcleos da base podem ter conseqüência sobre o equilíbrio, por conta de alterações destes movimentos. O aprendizado motor é a maneira pela qual o sistema nervoso aprende novos procedimentos e reestrutura os já existentes. Existe uma tendência do sistema repetir o mesmo padrão de movimento até que novas informações ou necessidades ditem modificações. Existem três fases para a aprendizagem motora: aquisição, reestruturação e retenção. Na primeira fase o trabalho é intenso pois trata-se de adquiri novo comportamento motor o que implica na construção de novo planejamento até que esse crie um automatismo, como na marcha. Nesta fase todos os componentes do circuito motor são intensamente solicitados de forma a fornecer contínuo feed-back das ações executadas. Nesta fase do tratamento as repetições devem ser realizadas de forma intensificada e constante, de maneira a permitir rápido aprendizado. Ressalta-se aqui que a condição clínica do paciente é soberana e jamais deve ser desconsiderada quanto traçamos as metas de tratamento, em relação ao tempo de duração. O trabalho pode ser diário realizado em um único tempo ou distribuído ao longo do dia. A medida que o aprendizado evolui as repetições podem ocorrer de forma espaçada, já que a necessidade de retroalimentação do sistema diminui e a realização da tarefa ganha mais leveza e demanda menos esforço. Quando se alcança o automatismo motor (na marcha) ou a ação motora é aprendida, o esquema de repetições será aquele requisitado pelas atividades de vida diária do sujeito. Algumas condições ambientais e instrumentais podem facilitar ou dificultar o aprendizado motor e o fisioterapeuta precisa estar atento a elas. Pouco ruído facilita o aprendizado e muito ruído permite avaliar o grau de aprendizado. Possíveis fontes de dificuldade dificultam o aprendizado inicialmente mas a medida que a ação é aprendida, dificuldades (de trajeto, para a marcha, por exemplo) podem facilitar a reestruturação e a retenção do que foi aprendido. Devemos considerar a complexidade do que se pretende ensinar e a capacidade de compreensão e aprendizagem do indivíduo antes de construir um plano de tratamento. Muitas vezes dividir um procedimento em pequenas ações a serem aprendidas de forma isolada e mais tarde reunidas em tarefa única é mais apropriado do que utilizar uma seqüência temporal. O grau de complexidade da tarefa a ser aprendida e a perspicácia do profissional na avaliação da capacidade funcional do sujeito somados a referência do próprio indivíduo serão os melhores parâmetros para esta decisão. Como foi dito anteriormente o movimento realizado demanda um planejamento prévio modificado a medida das necessidades do indivíduo. Lesões que comprometam as porções mais anteriores do lobo frontal podem
Referências bibliográficas DeGROOT, J.; CHUSID, J.G. Neuroanatomia. 20 ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1994. DOUGLAS, C.R. Tratado de Fisiologia aplicada a ciência da saúde.São Paulo:Robe, 1999. DUARTE, Y.A.O. & DIOGO,M.J. Atendimento domiciçiar um enfoque gerontológico. São Paulo:Atheneu, 2000. KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSEL,T.M. Fundamentos da neurociência e do Comportamento. Rio de Janeiro:Prentice-Hall, 1997. Eliane Ferreira Mestre em Morfologia - UERJ Professora dos Cursos de Fisioterapia e Ciências Bilógicas do Centro Univ. Augusto Motta Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida Professora do Curso de Pós-graduação em Anatomia Humana do Inst. Bras. de Medicina de Reabilitação
TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA NA HIDROTERAPIA.
Por: Vanessa Cristina Cordeiro UCP - Brasília
dade física, por ser notada em mais de 50% dos pacientes em fase inicial.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, de causa desconhecida, porém com muitas causas sugeridas, como infecção viral, reação auto-imune, anomalia genética ou fatores ambientais. Manifesta-se principalmente em mulheres na faixa etária de 20 a 30 anos, e raramente aparece na infância ou na velhice. É uma patologia de caráter progressivo com remissões e exacerbações, que podem ocorrer em intervalos longos ou curtos, dependendo do paciente. A desmielinização ocorre na matéria branca e medula, formando as placas, que são acompanhadas de edema e proliferação celular. Após a fase ativa a placa torna-se esclerótica. Essa cicatrização causa o déficit da transmissão nervosa. Os principais sintomas são neurite óptica, dormência de membros superiores, inferiores e face, fraqueza principalmente de membros inferiores, ligeiro tremor, reflexos tendinosos exagerados e resposta plantar extensora. Se os tratos piramidais estiverem afetados o paciente pode desenvolver paraplegia espástica, inicialmente em extensão, e com a progressão da doença, em flexão. Geralmente ocorre déficit de sensibilidade, propriocepção levando à ataxia. A fadiga é outro sintoma comum. Ela pode aparecer como fadiga persistente, fatigabilidade fácil relacionada ao esforço físico ou fadiga relacionada com graus menores de esforço físico. A fadiga não tem relação com a idade, pois é observada na mesma freqüência em pacientes com menos de 30 e mais de 50 anos. Ela também não está relacionada ao grau de incapaci-
Uma das principais vantagens do tratamento na água é a redução das forças de sustentação do peso. Na terra, o centro de gravidade do corpo é exatamente em frente ao sacro (nível S2). Na água o centro de gravidade está localizado na altura dos pulmões e o grau de sustentação do peso varia com a profundidade da piscina. Apesar dos vários benefícios da água aquecida (entre 34 a 37o C), no tratamento da EM a temperatura da água deve estar abaixo de 34o pois o aumento da temperatura corporal pode ocasionar sintomas transitórios e períodos de exacerbações. A entrada do paciente na piscina dependerá do grau de inabilidade do paciente e das condições físicas da piscina. Pode ser por meio de degraus, rampa, por cima da borda ou elevadores. A pressão da água é muito maior que a pressão atmosférica. Quanto maior a profundidade da piscina, maior é a pressão hidrostática e seus efeitos nas partes imersas do corpo. A respiração é afetada pois há uma pressão sobre a caixa torácica durante a imersão. A flutuação pode ser assistência, resistência ou apoio. Essa força assiste qualquer movimento em direção à superfície da água e resiste a qualquer movimento na direção oposta à superfície da água. Quando a flutuação se equivale à força de gravidade (paciente boiando), qualquer movimento horizontal é considerado apoiado, esses três atributos da flutuação podem ser aumentados com o uso de equipamentos de flutuação. A abdução de ombro pode ser assistida pela adição de equipamentos flutuantes para mãos, mas a adução seria resistida pelo mesmo equipamento. Se o equipamento for usado somente para manter o braço em flutuação na superfície da água durante a abdução horizontal do ombro seria classificado como equipamento
de suporte. O material flutuante pode ser utilizado para aumentar a amplitude de movimento de uma articulação de uma eficiência somente funcional à eficiência máxima. O fisioterapeuta pode utilizar o material flutuante para ajudar a melhorar a flexão e extensão da articulação trabalhada. A flutuação auxilia também na marcha, ajudando o paciente a flexionar o quadril e joelho e contrabalançará o arrasto da perna. Andar lateralmente na água é muito mais fácil do que caminhar para a frente, pois quando se caminha para frente uma área de superfície maior está exposta na direção do movimento. O equipamento aquático pode ser utilizado da mesma forma. A mão espalmada produz um movimento alinhado com a área da superfície frontal e assim uma pequena intensidade ou resistência. Posicionando a mão no ângulo correto, em direção da movimentação, aumentase a intensidade do movimento. Com o aumento gradativo da resistência o terapeuta pode aumentar a intensidade do exercício. Esse fator deve ser levado em consideração pois, devido à fadiga que o paciente com EM desenvolve, os exercícios resistidos são contra-indicados. Somente a resistência da água deve ser utilizada. Quanto mais imerso estiver o corpo, menor será o efeito da gravidade sobre ele. Reduzindo lentamente a profundidade da água, o terapeuta pode gradualmente treinar vários músculos para responder favoravelmente aos efeitos da força da gravidade. O objetivo geral do tratamento é manter o paciente funcionalmente independente. Os objetivos específicos são: reduzir espasticidade, prevenção de contraturas, reeducação da força voluntária e treino de atividades funcionais. Exercícios passivos são usados para prevenção de contraturas, ajudam a manter a integridade e a flexibilidade da articulação e dos tecidos moles circundantes. Pode promover o relaxamento muscular, a dor é inibida pois a água elimina as forças compressivas exercidas sobre a articulação dolorida. A movimentação passiva ajuda a melhorar a consciência corporal e dos movimentos, ajudam a
diminuir a espasticidade e a tonicidade. Entretanto, os exercícios passivos não podem parar os desgastes musculares, aumentar força e resistência do músculo e nem beneficiar a circulação como na movimentação ativa. Os exercícios ativos, por sua vez, mantém ou aumenta a flexibilidade da musculatura envolvida, aumenta circulação periférica. O fortalecimento pode ser realizado sem dor num movimento ativo contra a gravidade. A flutuação assiste à amplitude do movimento articular e simultaneamente resiste ao movimento em todas as direções. Para melhorar a coordenação e as habilidades motoras do paciente e desfazer o padrão anormal são introduzidos exercícios de membros inferiores. Isso promove uma resposta sensorial dos músculos em contração. Entretanto, a ênfase deve ser dada ao fortalecimento de membros superiores devido à condição progressiva da EM que pode levar o paciente à cadeira de rodas. Os principais músculos a serem trabalhados são: grandes dorsais, extensores de cotovelo e musculatura de tronco. O paciente deve sempre alongar o que será fortalecido. Atividades funcionais como caminhar, subir escadas, sentarse, ficar de pé, transferir-se de uma superfície para outra e subir e descer no step podem ser todas ministradas dentro da água, através do alívio do peso pela flutuação, tornando possível a estes pacientes caminhar na água quando a fraqueza muscular e a espasticidade tornam-no impossível em terra. Ao atingir os níveis funcionais de força e resistência na água, podemos ajudar o paciente a manter a sua independência ou evitar internamento. Exercitar-se na piscina ajuda a diminuir o edema devido à ação da pressão hidrostática na água, que auxilia também na estabilização das articulações estáveis do corpo. O equilíbrio é menos afetado se os músculos abdominais não estiverem comprometidos. Com o paciente em supino com flutuadores, o fisioterapeuta move o tronco de lado para lado enquanto o paciente tenta permanecer firme. A amplitude de movimentação é diminuída gradualmente até que todos os grupos musculares estejam trabalhando de uma vez só, dando um efeito estabilizador. O equilíbrio pode também ser treinado com o paciente
sentado segurando-se no assento. Ele a seguir eleva um braço para frente e depois para o lado. À medida que seu equilíbrio melhora ambos os braços são elevados para frente e para do lado. A turbulência pode ser usada como progressão adicional. A visão desempenha grande papel na manutenção do equilíbrio, e por ser comprometida na maioria dos pacientes com EM, o paciente poderá ter dificuldades no seu posicionamento espacial. O rolamento requer a rotação do tronco, controle do corpo e equilíbrio. O fisioterapeuta deve sempre estar de face para o paciente e fazê-lo rolar em seu próprio sentido. Se o paciente precisar de algum auxílio, ele é suportado na região lombar. Para ensinar a rolar, por exemplo, para a direita, o paciente está em deitada e o pé esquerdo é cruzado sobre o pé direito e o paciente rola bem devagar. Para um rolamento mais rápido, virar cruzando o braço esquerdo sobre o tronco, e para movimento ainda mais rápido, virar usando a cabeça, braço esquerdo e pé direito. Pacientes em fases mais avançadas da doença podem sentir dor devido às contraturas já desenvolvidas. O relaxamento é feito com o paciente completamente suportado na água por flutuadores e os movimentos passivos e estiramento das contraturas são realizados nesse momento. Os exercícios a serem realizados dependem das necessidades individuais de cada paciente. Alguns dos exercícios que podem ser realizados são: Paciente em decúbito dorsal suportado por flutuadores · fisioterapeuta realiza movimentação passiva de membros inferiores, quadril e joelho flexionando com flexão plantar e estendendo com dorsiflexão, os membros são trabalhados separadamente; · mesmo exercício ativo realizado ativamente; · membros inferiores abduzindo com rotação medial e aduzindo com rotação lateral; · membros superiores em supinação subindo lateralmente; · membros empurrando para baixo dentro da água e voltando; · treino de equilíbrio; · ensinar a rolar.
Paciente em decúbito lateral suportado por meio suporte · membros inferiores flexionam e estendem ativamente. Paciente sentado · ficar de pé e sentar novamente; · treino de equilíbrio; · transferência para outro assento; · flexo-extensão ativa de cotovelo, com ombro em flexão e em posição neutra. Paciente em pé · membros inferiores alternadamente flexionando e estendendo; · transferência de peso; · caminhada de frente, lado e costas; Algumas contra-indicações para hidroterapia devem ser consideradas: quaisquer tipos de infecção, pacientes com capacidade vital de menos de 1 litro, cardiopatias, incontinências, epilépticos. As úlceras podem ser cobertas com curativos oclusivos impermeáveis. Pacientes espásticos devem ser tocados tão pouco quanto possível pelo fisioterapeuta. Este também deve estar atento para não caminhar rapidamente ao lado do paciente, o que provocaria turbulência e transtornosb do equilíbrio. BIBLIOGRAFIA ULTILIZADA COTRAN; KUMAR; ROBBINS. Patologia Estrutural e Funcional. 5a ed. Guanabarra Koogan: Rio de Janeiro, 1996. HANSON, Bates; NORM, Andrea. Exercícios Aquáticos Terapêuticos. 1a ed. Manole: São Paulo, 1998. ROWLAND, Lewis P. Merritt. Tratado de Neurologia. 9a ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1995 SKINNER, Alison; THOMSON, Ann. Duffield: Exercícios na Água. 3a ed. Manole: São Paulo, 1985. THOMSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY, Joan. Fisoterapia de Tidy. 15a ed. Santos: São Paulo, 1994.
Coluna do PROF. LUÍS GUILHERME BARBOSA
SAIR DE CASA PARA ESTUDAR Liberdade não faz mal a ninguém, mas veja lá o que você vai arrumar! “Brasil mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim”, disse o poeta Cazuza. O Brasil é um País com esse tamanhão todo; uma imensidão de gente, de terra, de floresta, de alimento, de beleza, mas também de injustiças, de desmandos, de má distribuição de tudo o que se possa imaginar. Tudo acontece em nosso País, mas como na vida nada é só desvantagem e prejuízo, vimos observando, especialmente no eixo Rio/São Paulo a presença de alunos de outros Estados, que buscam em nossas cidades o sonhado desenvolvimento intelectual, similarmente ao que se dá com o trabalhador. Sejam todos bem-vindos, falo pelo Rio de Janeiro, mas na certeza de que em São Paulo existe o mesmo sentimento. Procuramos abraçar esses “irmãos” de outros lados com todo carinho e respeito, buscando facilitarlhes a vida nessa selva de pedra, que é a cidade grande. Contudo, é muito complicado pra quem vai estudar distante de seus parentes, amigos, namorada(o) e tudo o mais e, como bons cariocas, gozadores na essência, a gente dá uma brincada, faz umas molecagens, mas nada que venha a ferir ou magoar ninguém, servindo para criar amizade mais rapidamente. É mais ou menos o que eu fazia nos tempos de Faculdade, na FRASCE, onde me fazia passar pelo meu querido professor de Fisiologia, Dr. Cláudio Rodrigues, hoje um dos grandes amigos e colegas de profissão, e aplicava aqueles trotes maravilhosos, com roteiro, ensaios, atores e atrizes principais e coadjuvantes e algumas cervejas no bar da Geni ao final. Encontro, hoje ainda, muita gente boa, colegas de profissão, professores também, que copiaram as “axonites”, “puberiontites”, “vaginitis arrogantis”, tudo inventado para fazer a galera copiar feito louco e sem tempo para pensar. Era muito divertido e aproximava todo muito, mas, quem sabe, um dia consigamos contar esse “causo” com detalhes. Como vocês devem imaginar, a definição de professor não é: “um carrasco onde o capuz fora substituído por um jaleco, o chicote pela barra de giz e o machado pela caneta”, que certamente vai fazer de tudo para te prejudicar. Ao contrário o professor, muitas vezes, salva o aluno em várias circunstâncias e de diversas maneiras. Temos vivido experiências interessantes, pois são mineiros, capixabas, catarinenses, potiguares, soteropolitanos, etc, os alunos com os quais temos tido a oportunidade de conviver ao longo desses anos de magistério superior. É gente de tudo que é jeito, pobre, muito pobre, rica, muito rica, farrista, brincalhona, organizada, bagunçada; gente que morre de saudades de casa, ou que nem lembra que tem mãe ou pai, que aproveita para trocar de namorada(o), gente que quer colo, que merece castigo,
enfim aparece de tudo nas nossas Universidades e o gostoso está exatamente nessa diversidade de sotaques, de culturas, de manias, de preferências - tão marcantes na cultura nacional - de objetivos e, principalmente, nas estratégias de sobrevivência. Viver no Rio de Janeiro pode ser complicado, uma verdadeira aventura, sozinho nessa selva de pedra, uma loucura. Tudo começa na escolha do apartamento, pois todo mundo quer ficar perto da Universidade e num lugar que seja barato, ou tenha um custo acessível, ao menos. Pronto, começou a bagunça! No dia da matrícula a galera se conhece na fila e monta as “repúblicas”, ou seja, um lugar onde viverá um monte de gente que estuda na mesma Universidade, mesmo que em cursos diferentes. Quando o pessoal é da mesma cidade de origem fica mais fácil, mas nem sempre é possível isso. Geralmente cada um tem um quarto, mas é comum o uso de um quarto para cada duas pessoas. Tudo pode acontecer, todas as possibilidades podem ser viáveis, quaisquer especulações serão perfeitos exercícios de criatividade, pois a galera não se aperta, no bom sentido! É uma verdadeira brincadeira na primeira semana. Todo mundo está preocupado com o trote, que, apesar de proibido, pode ser usado de modo inteligente como o trote ecológico (catar latas e objetos plásticos encontrados no chão e jogá-los no lixo), o trote da caridade (doar um quilo de alimentos não perecíveis e entregá-los a uma casa de caridade), aquele trote do nosso tempo de FRASCE, entre outros, sem violência ou abusos de nenhuma espécie. Entretanto, muitas Universidades proíbem, inclusive, esses tipos de trote, o que não será objeto de discussão aqui. Passada primeira semana vem saudade, de mãe, de pai, de “maínha” e de “paínho”, de minha rainha e de meu rei, de mano, de titia, de tio, de primo, de padre Antônio, de travesseiro, de ursinho, de minha goiabeira no fundo do quintal, de minha praça – “professor, será que a festa da padroeira ta animada!?”. E nessas horas o(s) professor(es) transformam-se em consolador(as), pois que ficar contando isso para a rapaziada pode ser “pagação de mico”. Tem aquela turma que vai ao primeiro churrasco, também chamado de “Churrasco do Calouro Magro” e “enche a cara” de pinga, até porque acha que a pinga do Rio é mais fraca que a da sua terrinha, e chora todas as mágoas que pode. Este encontro é importante, pois daí surgem os primeiros apelidos, rolam os primeiros “climas”, os primeiros ciúmes e tudo o mais. Eu tive uma aluna que chorava todos os dias e ligava para casa dos pais todos os dias que chorava, conclusão: o pai chorava de saudades, por um olho e de ver o tamanho da conta, pelo outro, até porque quem está com saudade não fala “oi” e
desliga, quer ficar conversando sem cansar. Mas voltando à questão das estratégias de sobrevivência, lembro das técnicas de lavagem das roupas, pois muitos levavam para casa trouxas de roupa suja para a mãe lavar; outros namoravam a vizinha ou mesmo usavam o branco até ele adquirir aquele grená misturado com cobre. Outros, por sua vez, não se faziam de rogados e “metiam as mãos na massa” e já dá para imaginar o que acontecia. Lembro-me de um aluno, um baiano (sem preconceitos contra a Bahia, ao contrário estou é triste porque os amigos Prof. Paulino e Profª Mirca não me levaram para o ENAF-Bahia, em Janeiro próximo), mas é que o cara tinha acordado em cima da hora da prova, a roupa estava molhada e por passar e ele vestiu-a assim mesmo e foi para a prova. Quando aquela figura “massa”, ou “porreta” adentrou o recinto, inclusive a prova já havia começado, quase houve uma epidemia focal de parada respiratória por fadiga do diafragma, de tanto que o pessoal ria e não conseguia parar. Pelo menos quebrou a tensão da prova. E por aí vai, a rapaziada sempre arrumando confusão, sempre se metendo em encrencas e, na maior parte das vezes, nós os professores é que ajudávamos nas soluções. E por falar em aluno, recebi um feedback interessante de um aluno da UNIG, o Giovani, sobre aquela questão da comunicação entre paciente e fisioterapeuta. Nosso aluno relata algumas “pérolas”, encontradas no dia-a-dia da profissão, do tipo: “- doutor estou com captura do ministro”; “- o Sr. Sabe que eu fui atropelado e sofri um reumatismo craniano” ; “- o que me mata é essa escabiose na coluna”; “- puxa doutor, eu acho que esse tênis que colocaram em minhas costas não adiantou nada” e pra terminar: “- doutor, operei o perini e não consigo encontrar um remédio genético, tá tudo muito caro”. Mas é aquilo, essa gente simples, que Papai do Céu nos permite orientar e assistir merece todo nosso respeito e carinho, pois somos nós o esteio na hora da dor e o exemplo para seus filhos seguirem, na tentativa de um mundo melhor e mais justo para todos. Mas não é que acabou, sô! Tem horas que fico imaginando as expressões faciais, as caretas do pessoal lendo essa coluna e penso que se visse algumas delas, provavelmente me divertiria quase tanto quanto escrevendo. UM FELIZ NATAL a todos, UM ANO NOVO repleto de trabalho, estudo e Amor. Como dizia a Lahna, a mais nova das minhas namoradas, hoje com dez anos de idade: “- Que o BIG NOEL encha um sacão daqueles só para você!” Que o primeiro ano do novo Século, dessa vez é pra valer, não nos deixe sem lutas, para evitar a preguiça; não nos prive dos amigos, para não atiçar a saudade; não nos deixe sem críticas, para evitar a unanimidade; não nos traga todas as certezas, para nos manter à caça; não nos deixe cansar, para não interferir na agudez dos sentidos; não nos traga dinheiro demais, para que não venhamos a perder o real valor das coisas; não nos afaste dos filhos(as), maridos, esposas, pais e mães, pois sem Amor é impossível continuar caminhando. SEJAM FELIZES!!! Nosso Valeu dessa edição vai para a galera do 29º ENAF – tem espaço para todo mundo, basta trabalharmos em
conjunto; o pessoal do ABERGO2000, Dr. Mário Vidal & Cia – foi um show de profissionalismo, quem disser o contrário “tá broco”. Não perderei a festa do GENTE; é Dr. José Henrique, o I EFITERJ foi o que foi porque o pessoal é o que é, mas que sirva de lição para não repetir os erros; o Giovani da UNIG, eu não falei que publicava?!; o pessoal da Biblioteca da UNIG, aquilo é que é ter paciência; o pessoal da UniFOA, que me acolheu com tanto carinho e onde estamos desenvolvendo um grande projeto, só para começar; o pessoal da UnigranRIO, 6º período – Ô turminha boa de trampo, sô!; para o pessoal que gostou do artigo “A culpa é sempre da cadeira”, a coisa é mesmo séria e, finalmente, para a galera da turma do 8º período da UNIG, que estará colando grau em Janeiro/01 – fiquei super feliz de ser um dos homenageados por uma turma que sempre me tratou com muito carinho, pois na minha idade só a qualidade conta, sucesso a todos. Continuem mandando seus recados, críticas, comentários. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembremse: mantenham o bom humor! Poderei ser localizado da seguinte maneira: 1) colunaguilherme@fisioon.com.br guiolm@lab.uva.br luis.barbosa@foa.org.br 2) Pessoalmente na FISIOLIFE e/ou na UNIG, UniGRANRIO, UniFOA e UVA. “A criatividade consiste em ver o que todo mundo vê e pensar o que ninguém pensou”. Szent Gyorgi, Nobel de química.
ENCURTAMENTO DA MUSCULATURA TRÍCEPS SURAL EM ADOLESCENTES QUE USAM SAPATOS DE
SALTO
ALTO
O sapato de salto alto é um recurso estético, que mantém um trabalho isométrico no movimento de planti-flexão do tornozelo. A proporção do peso sustentado sobre a abóboda do pé aumenta diretamente com a altura do calcanhar. A manutenção desta planti-flexão leva a uma contração mantida da musculatura tríceps sural. Esta musculatura é constituída pelos músculos gastrocnêmio ( com suas duas porções - medial e lateral ) e sóleo. Em vista disso foi realizado um trabalho que abordou za verificação de retrações da musculatura tríceps sural em préadolescentes que usam sapatos de salto alto, já que no decorrer dos últimos dois anos, temos observado o uso freqüente de calçados de salto alto por pré-adolescentes em idade escolar, seja em locais públicos ou em instituições de ensino. Acreditamos que esta tendência esteja intimamente relacionada à vida moderna, já que as pré-adolescentes buscam a identificação adulta nas coisas que fazem. Elas imitam personalidades famosas e seguem as tendências da moda para se sentirem aceitas pelo grupo a que pertencem. Este estudo foi realizado no período de abril a maio do ano de 2000, com 132 pré-adolescentes do sexo feminino, saudáveis, na faixa etária de 11 a 14 anos, da 5ª a 8ª séries do 1º grau, de uma escola particular de Porto Alegre/RS. A pesquisa caracterizou-se pelo tipo diagnóstica, com natureza analítica e avaliativa, devido basear-se na coleta de dados epidemiológicos. A avaliação fisioterapêutica da presença de retrações da musculatura tríceps sural foi realizada individualmente nas pré-adolescentes mediante a mensuração do movimento de dorsi-flexão da articulação do tornozelo com o emprego da goniometria, tendo como local as dependências da escola. Como o trabalho abordou as possíveis retrações da musculatura tríceps sural, o movimento testado foi o de dorsi-flexão do tornozelo, já que este movimento coloca esta musculatura em maior tensão. Adotamos a postura em decúbito ventral com joelho flexionado a 90º e a postura em decúbito dorsal com joelho estendido para diminuir a ação da musculatura posterior da coxa. Quando não é possível dorsi-fletir o tornozelo a 20º com o joelho estendido, é sinal de limitação de movimento causada pelos músculos da unidade gastrocnêmio - sóleo (tríceps sural). Como a musculatura tríceps sural é formada pelos músculos gastrocnêmio e sóleo, faz-se necessário determinar qual dos músculos é o responsável pelo encurtamento muscular. Para isso, realiza-se o teste de dorsi-fletir o tornozelo com flexão de joelho mantida. Se o teste conseguir ser realizado, o músculo
gastrocnêmio é o causador da restrição, já que o movimento de flexão do joelho afrouxa este músculo, aproximando sua inserção e origem. Segundo FRANCONI ( 1990), isto se explica anatomicamente, já que o músculo gastrocnêmio tem sua origem através de duas cabeças tendinosas, a medial e a lateral, acima dos côndilos femurais, sendo parcialmente aderidas à cápsula da articulação do joelho, enquanto o músculo sóleo tem sua origem na linha poplítea da tíbia e no terço superior da superfície posterior da fíbula. O gastrocnêmio é um músculo biarticular e o sóleo é um músculo uniarticular. Por isso, este último não é afetado pela flexão do joelho. Segundo a metodologia empregada e os resultados obtidos, concluímos que : - As pré-adolescentes que utilizam sapato de salto alto apresentam encurtamento da musculatura tríceps sural. Não obstante, o objeto do trabalho referir-se à musculatura tríceps sural, como grupo, achamos oportuno também ressaltar as retrações verificadas nos músculos gastrocnêmio e sóleo que a constituem. Assim constatamos que o músculo gastrocnêmio apresenta maior predominância ao encurtamento em relação ao músculo sóleo; - Com base no levantamento efetuado junto às avaliadas, verificamos que quanto maior o salto, maior é o encurtamento da musculatura tríceps sural. Cabe aqui salientar que o tipo de salto como, por exemplo, salto plataforma e salto fino, não foi considerado na pesquisa - O encurtamento da musculatura tríceps sural não apresenta a associação significativa com a idade da amostra. Contudo não podemos afirmar que as pré-adolescentes mais velhas são mais propensas ao encurtamento. Finalizando o estudo, podemos salientar a importância do fisioterapeuta não só na reversão do encurtamento da musculatura tríceps sural, mediante ações individuais e coletivas, como também na orientação às pré-adolescentes quanto ao uso do salto alto, de forma a promover a conscientização e a educação da saúde, visando com isso, a integridade e o bem estar das mesmas. Dra. LUCIMARI FRANKENBERG GUILAMELON Cursos Superiores de Fisioterapia e Tecnologia em Radiologia
Entrevista
Dr. Heleno Souza Em visita à Carolina do Sul - USA, fomos recebido na casa do Dr. Heleno Souza, fisioterapeuta, representante da ABF nos EUA, que nos deu uma entrevista com o Dr. Bruce McClenaghan, que também é fisioterapeuta e Diretor do Programa de Doutor em Fisioterapia pela Universidade da Carolina do Sul, EUA. Revista: Como é o programa de Doutor em Fisioterapia? Resposta: É um programa que tem integração com a Universidade da Carolina do Sul e é uma forma especial de Formação. Revista: Quem é o responsável pelo programa? Resposta: O Responsável é o Professor McClenaghan, Fisioterapeuta e Diretor do Programa de Doutor em Fisioterapia. Revista: O Professor McClenaghan poderia nos descrever a filosofia do Programa? Resposta: A prática da Fisioterapia inclui exames, diagnósticos e tratamentos de desabilidades físicas, disfunção de movimentos e dor. Fisioterapeutas devem estar preparados para coletar relevantes informações do paciente, analisalas e identificar os problemas. Estabelecer tratamento apropriado com objetivos e prioridades, formular e implementar planos de tratamento e avaliar a efetividade da terapia. Estudantes que integram o nosso programa tem uma educação largamente abrangedora, com reforço em experiência designada para prover sólida fundação cientifica. Instruções e experiências providas por este programa fornecem aos graduados, habilidades de interpretar pesquisas cientifica, avaliar pratica clinica comum, conduzir e elaborar pesquisa. Graduados do Programa de Doutor em Fisioterapia são preparados para total participação na equipe de saúde e reconhecer o valor da colaboração entre os profissionais.
Revista: Este é o objetivo do Programa? Resposta: Prof. McClenaghan - Produzir profissionais que possuem habilidades necessárias para pratica clinica e que conduzam atividades de pesquisa relevantes ao avanço da Fisioterapia como profissão de base cientifica. Como foi dito são os objetivos principais do Programa. Revista: Qual a duração do programa? Resposta: Prof. McClenaghan - Este programa tem como duração, quatro anos. O ultimo ano é usado para o termino do projeto de pesquisa clinica. Revista: Como é o Currículo? Resposta: Prof. McClenaghan - O currículo é baseado na existência da necessidade de Fisioterapeutas que possam contribuir para condução de pesquisa clinica. Os estudantes são primeiramente treinados para excelência de competência clinica no engajamento de cuidados, legal, ético, custo efetivo da pratica de Fisioterapia consistentes com regulamentos requeridos. O currículo e designado a fim de tirar vantagem dos vastos recursos da Universidade da Carolina do Sul e seus membros. Aos estudantes serão requeridos que se integrem a vários níveis de conhecimento, através de seminários profissionais, revisões clinicas, e pesquisas. Revista: Quem pode se inscrever para o programa? Resposta: Prof. McClenaghan - Qualquer estudante que tenha o curso de graduação em Fisioterapia. Existem alguns prérequisitos que podem ser obtidos na pagina: www.sph.sc.edu/dpt. As inscrições podem ser feitas eletronicamente através de nossa pagina na internet. continua
Revista: Estudantes de outros paises podem inscrever-se? Resposta: Prof. McClenaghan - Todos os estudantes são bem vindos, unicamente solicitamos que submetam o resultado do TOEFL juntamente com a inscrição. Também maiores informações podem ser adquiridas na pagina www. Sc.edu/bulletin/grad/Ggradschool, na sessão de estudante internacional. Revista: Qual a vantagem deste Programa de Doutor em Fisioterapia? Resposta: Prof. McClenaghan - Um grande numero de escolas Americanas estão transferindo seus cursos de Fisioterapia para Doutor em Fisioterapia. Este programa será o nível inicial do profissional Fisioterapeuta no futuro. A Associação Americana de Fisioterapia (APTA) tem maiores detalhes na pagina: wwww.apta.org/Education/dpt.faq Revista: Onde fica a Universidade da Carolina do Sul? Resposta: Prof. McClenaghan - A Universidade esta localizada na cidade de Columbia, capital do estado da Carolina do Sul. E uma das mais antigas e mais conceituadas universidade publica dos EUA. O campus e o maior centro de pesquisa com aproximadamente 10 mil estudantes. Revista: Como conseguir maiores informações? Resposta: Prof. McClenaghan – Pelo e-mail bmcclenaghan@sph.sc.edu ou pelo Site www.sc.edu Revista: Dr. Heleno Souza, você é disse que é representante da ABF aqui nos EUA, fale sobre este seu trabalho?
Resposta: Heleno Souza - Primeiramente gostaria de esclarecer que em 1997 quando o presidente da World Confederation for Physical Therapy (WCPT), sugeriu para ABF que eles deveriam ter representantes em diferentes países, quando possível, recebi uma carta da ABF informando a minha indicação. Revista: Este serviço é remunerado? Resposta: Heleno Souza - Recebo dezenas de telefonemas, cartas, e-mails, mantenho contato com instituições ligadas a Fisioterapia por todo o mundo e muito mais, tudo voluntariamente. Em outras palavras não estou na folha de pagamento da ABF. Meu trabalho e voluntário, e o faço com muitíssimo prazer. Meu único objetivo e contribuir para a nossa Fisioterapia e seus profissionais. Não recebo apoio da ABF, aliais, o mais recente foi em agosto 2000 quando levei (sem nenhum subsidio), um grupo de profissionais ao Rio de Janeiro para uma serie de reuniões de extremo interesse da profissão, e a ABF não compareceu. Adiei a reunião por duas vezes na tentativa de facilitar a agenda do representante da ABF, mas mesmo assim não foi possível a presença do representante. Outro fato interessante aconteceu no ultimo Congresso Brasileiro de Fisioterapia (Bahia), onde a ABF enviou-me fax comunicando que por falta de verba (?) não poderiam ser responsáveis por minha passagem internacional. Não possuo nenhum tipo de material enviado pela ABF, nem mesmo papel timbrado ou com selo oficial da ABF, para que possa parecer mais profissional nas comunicações. Tudo que faço e com minha boa vontade e recursos próprios. Mas... Revista: Dr. Heleno e Dr. McClenaghan, obrigado pela entrevista e também pela boa notícia do Programa de Doutor em Fisioterapia.