Edição 31

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10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% Esp. 10% 10% 5% 5% 10% 10% 5% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%

Veja a agenda completa da Revista Fisio&terapia no site www.fisioon.com.br

MARÇO Em Março Terapia Manual - Método Mulligan Niterói RJ (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-43-7008 Em Março Terapia Manual - Método Mulligan São Paulo SP (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-43-7008 Em Março Mobilização Neural - Kim Robinson e Toby Hall Niterói RJ (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-43-7008 Em Março Mobilização Neural - Kim Robinson e Toby Hall - Austrália São Paulo SP (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-43-7008 Em Março Movimento Combinado - Algias da Coluna São Paulo SP (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-43-7008 Em Março Curso Livre de Quiropraxia São Paulo SP (11) 5071-7898 Em Março Pós-Graduação em Reabilitação Labiríntica / UVA Rio de Janeiro RJ (21) 2574-8835 / 0800-246172 Em Março Pós-Graduação em Auriculomedicina Reflexa / UVA Rio de Janeiro RJ (21) 2574-8835 / 0800-246172 Em Março Pós-Graduação em Fisioterapia do Trabalho / UVA Rio de Janeiro RJ (21) 2574-8835 / 0800-246172 Em Março Formação Especialista em Acupuntura Campo Grande MS (67) 9981-1034 / 9984-5964 Em Março Pós-Graduação Traumato Ortopedia Gov. Valadares MG (33) 3277-4673 02 Pós-Graduação Esp.Traumato-ortopedia Funcional Rio de Janeiro RJ (21) 2672-7790 02 Pós-Graduação Esp. Biomecânica e Anatomia Rio de Janeiro RJ (21) 2672-7790 02 e 03 Radiologia (RM/RX/TC) - Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 2570-8920 / 2285-4564 02 a 04 Drenagem Linfática Facial e Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 04 a 15 RPG - Philippe Souchard São Paulo SP (11) 240-9605 / 240-0675 08 e 09 Plasticidade dos Músculos Esqueléticos Rio de Janeiro RJ (21) 2208-9163 / 2238-0775 09 Curso de Biomecânica Niterói RJ (21) 2610-2626 R. 239 / 245 09 e 10 Terapias Manuais Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 15 a 17 Anatomia Palpatória / Unidade Superior Londrina Londrina PR (43) 339-6235 / 322-4071 16 Curso de Formação Profissional em Shiatsu Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 16 Semiologia do Sistema Cardiorespiratório Niterói RJ (21) 2610-2626 R. 239 / 245 16 e 17 Anatomia à Semiologia da Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 17 e 18 Drenagem Linfática Facial e Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 18 a 21 Curso de Reeducação do Aparelho Vestibular (Vertigens) Londrina PR (43) 324-9000 21 a 24 XVIII Congresso Brasileiro de Reabilitação São Paulo SP (11) 577-4239 21 a 26 3º Seminário - As Cadeias Musculares e as Cavidades Belo Horizonte MG (31) 3226-4836 / 9958-4479 22 e 23 GKTS XXX Congresso em Lyon - França Lyon FR (11) 3675-2522 22 a 24 III Jornada para Calouros de Fisioterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 22 a 24 Dermato-Funcional Corporal em Salvador Salvador BA (21) 2711-4682 23 Curso de Pós-graduação em Acupuntura Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 23 Avaliação, TTO e Prevenção de Distúrbios da Coluna Curitiba PR 0800 643-3808 25 a 27 Curso de Órteses Rio de Janeiro RJ (21) 2522-6291 / 2267-8882 29 a 31 Iso Stretching Rio de Janeiro RJ (19) 3422-1066 29 a 31 Método Mulligan Vitória ES (27) 3225-7233 ABRIL Em Abril Curso Internacional de Hidroterapia Método Bad Ragaz São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800-43-7008 Em Abril Curso Internacional de Hidroterapia Método Bad Ragaz Rio de Janeiro RJ (43) 325-7656 / 0800-43-7008 Em Abril Curso Internacional de Hidroterapia Nas Algias São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800-43-7008 Em Abril Curso Internacional de Hidroterapia Método Halliwick Rio de Janeiro RJ (43) 325-7656 / 0800-43-7008 Em Abril Curso Internacional de Hidroterapia Método Halliwick São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800-43-7008 Em Abril Curso Internacional de Fisioterapia USA (43) 324-9000 Em Abril Pós-Graduação em Reabilitação Cardiovascular / UVA Rio de Janeiro RJ (21) 2574-8835 / 0800-246172 01 a 04 Fisioterapia Desportiva Internacional - Teórico e Prático Londrina PR (43) 324-9000 04 a 14 Músculo Esquelético - Módulo III / IV Londrina Londrina PR (43) 339-6235 / 322-4071 06 a 08 Curso de Hidroterapia Método Halliwick Módulo I Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 2522-8841 / 9647-3463 06 e 07 Curso Teórico Prático de Quiropraxia Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 09 a 11 Curso Internacional de Hidroterapia Método Bad Ragaz Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 2522-8841 / 9647-3463 12 a 14 Curso de Hidroterapia Método Halliwick Módulo II Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 2522-8841 / 9647-3463 13 e 14 Fisioterapia Aplicada à UTI Neonatal Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 13 e 14 Fraturas, Lesões e Traumatismos dos Membros Inferiores Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 19 a 21 Halliwick Básico (J. Lambeck) São Paulo SP (21) 2287-8413 / 2522-8841 / 9647-3463 19 a 21 Drenagem Linfática Corporal Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 20 e 21 Fraturas, Lesões e Traumatismos dos Membros Inferiores Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 20 e 21 Biomecânica - Módulo I Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 20 e 21 Fisioterapia Aplicada à UTI Neonatal Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 20 e 21 Eletrotermoterapia Aplicada à Fisioterapia Estética Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 22 a 04 RPG - Philippe Souchard São Paulo SP (11) 240-9605 / 240-0675 26 e 27 I Congresso Brasileiro de Fisioterapia da Escoliose Rio de Janeiro RJ (21) 2287-7370 / 2538-9066 27 Palestra sobre Reabilitação Vestibular Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 27 e 28 Fraturas, Lesões e Traumatismos dos Membros Inferiores Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 27 e 28 Eletrotermoterapia Aplicada à Fisioterapia Estética Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640


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10% 27 e 28 Fisioterapia Aplicada à UTI Neonatal Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 27 e 28 Técnicas de Terapia Manual (Articular e Miofascial) Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9909-9461 MAIO Em Maio Curso Internacional de Hidroterapia em Grupo São Paulo SP (43) 325-7656 / 336-1107 / 0800-437008 10% 01 a 05 32º ENAF Poços de Caldas MG (35) 3222-2344 10% 04 Semiologia Neurológica Niterói RJ (21) 2610-2626 R. 239 / 245 10% 04 e 05 Bola Suíça Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 5% 04 e 05 Curso Teórico Prático de Hidroterapia Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 10% 04 e 05 Biomecânica - Módulo II Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 05 a 10 Curso de Osteopatia (1ª Turma) Belo Horizonte MG (31) 3227-1662 / 3227-1172 06 a 17 RPG - Philippe Souchard São Paulo SP (11) 240-9605 / 240-0675 09 e 10 Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho Curitiba PR (41) 336-1288 10% 11 Fisioterapia Respiratória Ambulatorial e Leito - Módulo I Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 18 e 19 Fisioterapia Respiratória Ambulatorial e Leito - Módulo II Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 18 e 19 Biomecânica - Módulo III Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 18 e 19 Eletrotermoterapia Aplicada à Fisioterapia Estética Curitiba PR (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 18 e 19 Manipulação Terapêutica do Paciente com Dor São Paulo SP (11) 6996-2645 / 6952-2035 10% 18 e 19 Terapias Manuais no Tratamento de Cefaléia Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9836-7331 / 9909-9461 10% 18 e 25 Programação Neuro-Linguística Niterói RJ (21) 2610-2626 R. 239 / 245 20 a 24 Fisioterapia com Helio Pio e Esperidião Aquim Brasília DF (61) 346-8374 / 9961-3232 20 a 31 RPG - Philippe Souchard São Paulo SP (11) 240-9605 / 240-0675 10% 23 a 25 7ª Jornada Catarinense de Fisioterapia Ortopédica Joinville SC (47) 425-2359 10% 25 e 26 Fisioterapia Respiratória Ambulatorial e Leito - Módulo III Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 10% 25 e 26 Manipulação Terapêutica do Paciente Neurológico São Paulo SP (11) 6996-2645 / 6952-2035 10% 30 a 02 Eletroestimulação e Performance Neuro Muscular Rio de Janeiro RJ (21) 2288-5079 / (24) 2233-6001 10% 31, 01 e 02 Curso Internacional Método Mulligan Joinville SC (47) 425-2359 / 425-8914 JUNHO 10% 01 e 02 Fisioterapia Respiratória Ambulatorial e Leito - Módulo IV Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 / 9186-8640 www.fisioon.com.br


Cartas Prezado Dr. Oston, Editor da Revista Fisio&terapia,

Ao Editor

Ora, o Decreto-lei 938 conferia a um órgão competente do Ministério da Saúde, sabe-se lá qual seria, fiscalizar o exercício profissional da fisioterapia, o que acabou não acontecendo, facilitando o desrespeito flagrante verificado durante a década de 70. Por incrível que pareça, até os dias de hoje ainda existem os que não querem reconhecer o que a União já o fez há quase 30 anos passados, pelos primeiros 10 anos de reconhecimento sem que estivesse estruturado o organismo de defesa da qualidade de atendimento na fisioterapia, o COFFITO, representado em São Paulo pelo CREFITO-3 (3 por ser a 3º região administrativa do país, na organização interna do Conselho Federal), no Rio de Janeiro pelo CREFITO-2, no Ceará pelo CREFITO-6, no Paraná pelo CREFITO-8 A criação do COFFITO – Conselho e daí por diante. Federal de Fisioterapia e Terapia OcupaA Associação Profissional dos Fisiocional foi determinada pela Lei 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e sua instalação terapeutas e Terapeutas Ocupacionais do em agosto de 1977; a dos CREFITOS por Estado de São Paulo [NA: não confundir região administrativa do país, em número com a ABF – Associação Brasileira de de 3, foi no ano seguinte. À atuação coor- Fisioterapia, que organizaria os congressos denada do Federal e dos Regionais, cada bi-anuais, associação de caráter científicoum com sua função específica determinada cultural] ganha do Ministério do Trabalho, pela legislação, dá-se atualmente o nome em 12 de agosto de 1980, o reconhecimende Sistema COFFITO-CREFITOs. Tanto to enquanto Sindicato dos Fisioterapeutas mais a Fisioterapia se organizou política e Terapeutas Ocupacionais, Auxiliares e administrativamente, mais cresceu o de Fisioterapia e Auxiliares de Terapia reconhecimento social da profissão junto Ocupacional do Estado de São Paulo – SINFITO/SP. à sociedade brasileira.

Este é um extrato de um artigo publicado em 2000 na revista ESTUDOS, n..º 2, da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos. Ao abordar aspectos da construção do órgão normatizador da Fisioterapia, no país, e da entidade sindical dos fisioterapeutas, em SP, procura explicar a inexistência legal do “Auxiliar de Fisioterapia”. Com algumas modificações no texto original, espero que possa auxiliar os leitores no entendimento da questão. O Sistema COFFITO-CREFITOs, criado ao final dos anos 70: “Auxiliar de Fisioterapia”: previsto, não constituído e ilegalmente incorporado ao mercado

A edição de número 30 da Revista traz a entrevista com o Dr. Afrânio que contem distorções quanto à interpretação de lei. Como temos certeza que esta Revista tem como escopo a arte de bem informar, cabe um esclarecimento. O Decreto Lei 938 que reconheceu as profissões de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, quando se refere a “auxiliares de fisioterapia” e “auxiliares de terapia ocupacional”, o faz em cumprimento a um princípio legal, qual seja de garantir àqueles que, até a data do mesmo, já exerciam a atividade. Assim os incluiu na relação de profissionais liberais. O decreto estabelece também um prazo para que os interessados buscassem junto ao conselho sua regularização. Àquela época, por exemplo, poderia o entrevistado ter dado entrada ao processo comprobatório de sua situação para pretender ser incluído na condição de Auxiliar de Fisioterapia. Infelizmente ainda em pleno ano 2001 ainda vemos interpretações esdrúxulas de nossos diplomas legais. Na certeza de ter colaborado no sentido de bem informar e resgatar a verdade dos fatos, colocamo-nos ao seu dispor, aproveitando para desejar a todos um Feliz Natal Entre os diversos artigos da mais e que 2002 seja de paz entre os povos! importante lei produzida pela Congresso Atenciosamente, Nacional sobre a fisioterapia no país, os Dr. E. Figueiredo. destaques estão em seu artigo 1º, que constitui o Sistema COFFITO-CREFITOS, e nos incisos II e III do artigo 5º, abaixo reproduzidos: “Art. 5º. Compete ao Conselho Federal: Olá I - (…) Meu nome é Fernanda e estou cursanII - exercer função normativa, baixar do o 4° semestre de fisioterapia na FURB atos necessários à interpretação e execução (Universidade Regional de Blumenau do disposto nesta Lei e à fiscalização do - SC). Nos últimos meses tenho acompa- exercício profissional, adotando provinhado as edições da revista e gostei muito. dências indispensáveis à realização dos As matérias são ótimas e já me ajudaram objetivos institucionais. em alguns trabalhos. III - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo território nacional.” Parabéns e obrigada.

A exigência de ser incluído o termo “Auxiliares” na denominação do Sindicato das categorias por parte do MT, deve-se à interpretação do artigo 10 do Decretolei 938, que previa aquelas duas funções para os que trabalhassem na prática de fisioterapia até a publicação do decreto da junta militar e fossem submetidos a uma avaliação de seus conhecimentos – aprovados, poderiam utilizarem-se do título para exercer a profissão de Auxiliar, com os mesmos direitos do fisioterapeuta. Recordando: “Art. 10. Todos aqueles que, até a data da publicação do presente Decreto-lei , exerçam sem habilitação profissional, em serviço público, atividades de que cogita o artigo 1º, serão mantidos nos níveis funcionais que ocupam e poderão ter as


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denominações de auxiliar de fisioterapia e 6.316, o COFFITO resolve conceder auxiliar de terapia ocupacional, se obtive- inscrição na categoria de “Auxiliar de rem certificado em exame de suficiência. Fisioterapia” para os aprovados no exame de suficiência e que comprovassem § 1º. O disposto no artigo é extensivo, o exercício profissional antes de 13 de no que couber, aos que, em idênticas outubro de 1969. condições e sob qualquer vínculo empregaDe quebra, proíbe o uso da denomitício, exerçam suas atividades em hospitais nação de “Auxiliar de Fisioterapia” para e clínicas particulares. concluintes de cursos de 1º e 2º graus e o § 2º. A Diretoria do Ensino Superior emprego dos termos “Fisioterapia” e “Fido Ministério da Educação e Cultura pro- sioterapeuta” para quem não preencher moverá, junto às instituições universitárias os quesitos do Decreto-lei 938. Como competentes, dos exames de suficiência a o Ministério da Educação e Cultura não se interessou em indicar instituição que se refere este artigo” universitária para realização do exame de Ninguém obteve certificação em ne- suficiência, assim como os interessados nhum exame de suficiência, pois nunca não se manifestaram para sua aplicação foram realizados. Porém, não deixa de (quem sabe, apostando na revogação do trazer confusão ao mercado de trabalho, decreto ou na impossibilidade de se reem especial aos empregadores desejosos verter a poluição do mercado de trabalho, de poderem contar com uma mão de provocada pela quantidade imensa de obra não-qualificada, para pagar salários leigos no país exercendo a profissão irreinferiores ao do profissional habilitado e assim garantir um maior lucro, uma vez que os direitos do consumidor ainda não haviam sido regulamentados. A década de 70 foi a que mais produziu o falso “Auxiliar” no mercado de trabalho, através de uma série de cursos em todo país, muitos deles patrocinados por aqueles que lucravam (e ainda lucram) com o exercício ilegal da profissão e – pasmem! – alguns desses cursos ainda levavam a chancela de órgãos oficiais da União, em flagrante confronto com a legislação da profissão, que era clara: “Auxiliar de Fisioterapia” seria o que exercia a função antes de 13 de outubro de 1969 e foi aprovado num exame de suficiência – cursos de quaisquer duração e carga horária não substituem! o que previa o artigo 10 e seus parágrafos: lei não se discute, cumpre-se! O Conselho Federal publica em 1982 a Resolução COFFITO-30 para regular a situação do Auxiliar de Fisioterapia (aquele que estava previsto no Art. 10 do Decreto-lei 938). Uma vez que a Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura não promoveu, junto às instituições universitárias competentes, o tão propalado exame de suficiência, o COFFITO toma para si a incumbência de fazê-lo. Amparado na função normativa que lhe foi atribuída pelo art. 5º da Lei

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gularmente), não existe ninguém aprovado. Portanto, não existe legalmente o “Auxiliar de Fisioterapia” no Brasil: foi previsto, porém não seguiu a tramitação legal para sua constituição; sua incorporação ao mercado de trabalho foi, portanto, ilegal, com sua presença caracterizando precária prestação de serviços fisioterapêuticos, com base no Código de Defesa do Consumidor e na legislação supra-citada. Dr. Rivaldo Novaes

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Cartas Caros colegas, É impossível acreditar que em pleno ano 2002 ainda não temos eleições livres e diretas para o COFFITO e que ainda não temos uma legislação que impeça que indivíduos inescrupulosos manipulem as eleições para alguns CREFITOS de forma a continuar usurpando do poder. Foi publicado no DOU em 10/10/85 (n. 195, Seção I, Pág. 14858) a resolução do COFFITO-58, que define as normas para as eleições dos CREFITOS. Esta resolução permite que pessoas sem ética manipulem as informações dos CREFITOS usando artimanhas eleitorais que impedem a concorrência livre e democrática dos interessados. Primeiro, o presidente de um CREFITO controla todas as informações e o processo que culmina na inscrição das chapas. Ele pode inclusive convocar a inscrição das chapas interessadas no dia 29 dezembro (sábado) como fez o Sr. Zenildo Gomes da Costa e continuar afirmando, até o último minuto da inscrição, que o processo eleitoral ainda não foi aberto. Segundo, esse presidente tem plenos poderes de indicar uma Comissão Eleitoral composta de três pessoas que definem se os candidatos são elegíveis ou se serão impugnados. Em caso de impugnação, os interessados podem recorrer à diretoria do COFFITO. Caso a diretoria do COFFITO tenha sido eleita com o voto do presidente do CREFITO... contente-se, a vida não pode ser perfeita. De qualquer

forma a diretoria do COFFITO dá a palavra final sobre o recurso. Vamos imaginar que os candidatos de sua chapa passaram pelos “crivos das regras e decisões” do CREFITO e do COFFITO e que eles poderão finalmente concorrer às eleições. De acordo com a resolução COFFITO-58, os problemas da sua chapa podem apenas estar começando. Para as eleições deverão ser organizadas as mesas eleitorais, cuja função seria disciplinadora e escrutinadora. Acreditem se quiser! O presidente do CREFITO irá providenciar a organização das mesas eleitorais. Mas, os componentes das mesas devem “ser escolhidos preferencialmente entre os representantes do CREFITO nas regiões”. Detalhe, os representantes do CREFITO são escolhidos também pelo presidente do CREFITO. Não desespere ainda! A sua chapa pode tentar credenciar junto ao próprio CREFITO um fiscal para cada Mesa Eleitoral. Caso esteja em uma cidade onde não haja Mesa Eleitoral, nem tudo está perdido. Você poderá enviar o seu voto via correio. Se o seu voto, via correio, chegar a São Paulo depois de encerrado o período da apuração esqueça porque ele não será computado. Se receber o envelope com o voto na sua casa, sem tempo para enviá-lo de volta, você não tem direito à reclamação. A resolução COFFITO-58 não estabelece com que antecedência o CREFITO deve lhe enviar o envelope com a cédula de eleição. Se descobrir que

alguém foi até a sua cidade depositar um voto no seu nome... não tente adivinhar a autoria de tamanha safadeza. Se o seu voto tomar uma rota diferente também desista de seguí-lo. Ufá, vamos à contagem dos votos que elegerão a nova diretoria do CREFITO. Logo você descobre que o presidente da MESA, indicado pelo presidente do CREFITO, “convidará dois escrutinadores para procederem à apuração”. Não se assuste, mas o seu voto pode ser anulado. Para tanto, basta que alguém: 1. Por descuido coloque um risco no seu voto; 2. Tenha esquecido de autenticar o envelope; 3. Tenha escrito no envelope ou na cédula “expressão, frase ou sinal que possa identificar” o voto. Depois da apuração, os escrutinadores elaboram os mapas das eleições que deverão ser assinados também pelos fiscais. Encerrada as eleições, uma ata registrando tudo sobre a urna, incluindo o resultado das eleições, “poderá” também ser “assinada pelos fiscais e se o presidente autorizar, por pessoas presentes”. Portanto, um presidente inescrupuloso do CREFITO poderia argumentar que “poderá” não significa “deverá” e neste caso simplesmente ignorar a assinatura do fiscal. Todos os mapas e as urnas vão para a sede do CREFITO onde “permanecerão,


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lacrados e rubricados também pelo Presidente e Secretário do CREFITO”. Se o presidente e o secretário do CREFITO forem candidatos à reeleição isso poderia ser apenas uma triste coincidência. Finalmente, o presidente do CREFITO “assistido por três (03) conselheiros, um dos quais designado secretário fará o computo geral e proclamará os resultados finais, mandando lavrar a respectiva ata”. Caso os votos brancos, nulos e impugnados sejam maior do que os obtidos por uma chapa única, a resolução COFFITO-58 garante a vitória do “concorrente único”. Logo a sua campanha pelo voto branco ou nulo só interessa ao “concorrente único” e aos que, usando a resolução COFFITO-58, querem se perpetuar no poder. Se você não gostar do resultado das ditas “eleições”... ainda há esperança. Os seus candidatos terão três dias para recorrer ao COFFITO, via encaminhamento ao CREFITO. Finalmente, se o seu candidato não gostar da decisão do COFFITO ele poderá recorrer ao Ministério do Trabalho. De acordo com a resolução COFFITO58 as eleições para o CREFITO devem ser em abril. Como será a eleição do COFFITO? Fique calmo! A nova diretoria do COFFITO será eleita pelos presidentes dos CREFITOS via colégio eleitoral. As regras? As regras são indiretas, como a própria eleição do CREFITO.

muito outros brasileiros, arriscamos a própria vida para que pudéssemos ter o direito universal de escolher, em eleições livres e diretas, os nossos representantes. A luta de todos os brasileiros não foi em vão. Conquistamos inclusive uma nova Constituição que garante a todos nós o direito às eleições livres e diretas para todos os cargos públicos, incluindo os Conselhos das profissões. Assim como você, também estou chocado ao tomar conhecimento do caráter antidemocrático e inconstitucional da resolução COFFITO-58. Além de ser uma excrescência cheia de casuísmo, a Resolução-58 pode explicar a falta de alternância no poder do CREFITO e do COFFITO nos últimos 17 anos. É de admirar que essa Resolução tenha sido aprovada em 1985 no bojo da re-democratização do Brasil. Vamos reclamar à autoridade constitucional a revogação imediata dessa vergonhosa Resolução-58. Também iremos pedir na justiça a intervenção nos CREFITOS e COFFITO para que sejam garantidas eleições limpas e diretas baseado no estado de direito democrático. Com o seu apoio iremos certamente conquistar imediatamente eleições livres e diretas para os CREFITOS e COFFITO.

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CREFITO-2 Os profissionais dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, pela primeira vez na história do CREFITO-2, vivenciarão uma experiência verdadeiramente democrática: poderão optar entre duas chapas no pleito 2002. Nós, da chapa TRANSFORMAÇÃO, temos como meta fazer do CREFITO-2 um espaço integrador, em que se determinem direitos e deveres dos profissionais, mas, sobretudo, onde seus anseios e aspirações sejam acolhidos, respeitando o direito de todos e, principalmente, a ética. TRANSFORMAR não significa desprezar o que foi construído e que beneficia a todos, mas sim renovar o que existe e precisa ser reformulado, acrescido de novos procedimentos, visando à otimização da Fisioterapia e Terapia Ocupacional para bem servir àqueles que nelas trabalham e que delas necessitam, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida. A TRANSFORMAÇÃO, de forma ampla e eclética, pretende representar o universo da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, visto que congrega profissionais tanto da rede pública como da rede privada, envolvidos com o ensino-graduação e pós-graduação, com história de militância e representatividade dentro das entidades de classe e com atuações de caráter comunitário.

Você pode e deve ajudar nessa luta. Caso tenha conhecimento de qualquer manipulação de processos eleitorais anteriores e/ou vigente envie um e-mail descrevendo o caso. Caso tenha documentos Para dizer o mínimo sobre a resolução- provando essas manipulações favor enviar 58... Se os mesmos critérios fossem aplica- cópias autenticadas para: dos nas eleições de nossos governantes... teríamos o governador determinando e Dr. Gil Lúcio Almeida controlando o processo eleitoral de sua R. Humaitá, 370 apto 31 Dra. Solange Canavarro Ferreira própria re-eleição que seria apurada pelos Ribeirão Preto SP - 14020-680 seus secretários. Os votos seriam então Vamos resgatar os nossos conselhos. guardados dentro próprio palácio do go- CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO Eleição Crefito-3/2002 Veja os membros e a plataforma no vernador por 30 dias! site: w w w . f i s i o o n . c o m . b r A sua angústia e consternação é a de e aproveite para realizar seu voto virtual. todos nós Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de bem desse país. Como www.fisioon.com.br


Síndrome do Piriforme e a “Técnica de Barreiros” I – Introdução Preliminarmente, agradeço o espaço a mim concedido no número anterior desta conceituada Revista, pelos elogios nele contido no editorial, como também a oportunidade de nesta edição publicar este meu trabalho. Considero esse seu gesto como uma homenagem de um ex-aluno (você deve ter lembrado de nossas aulas sobre lombalgias quando enfocamos essa síndrome). Ressaltamos que a “Síndrome do Piriforme” tem uma incidência nas lombalgias e lombociatalgias em torno de 8%. No entanto, não é pelo fato de o número de seus portadores ser escasso de termos posturas negligentes. Outrossim, convém salientar que o paciente nos chega com queixa de lombalgia e cabe a nós, fisioterapeutas, uma avaliação eficiente e para tal, temos que ser detentores de protocolos cujos itens nos levarão a suspeitar ou descartar hipóteses de ser esta, ou aquela outra, a causa determinante dessa dor lombar. Na verdade é difícil definir, conceituar e muito mais classificar as lombalgias por isso, aceitamos que fisioterapeutas poderiam agrupá-las, de acordo com “Brow”, relacionando-as com as causas das dores que as originaram, abrindo dessa forma um leque de suspeitas, para o diagnóstico, suspeitas essas que aumentarão ou se dissiparão com o decorrer da avaliação. (abaixo a classificação aludida acima) 1 – Esponoilogenéticas A – Discopatias B – Insuficiência mecânica C – Osteoartríticas 2 – Iatrogênicas A – Aderências neurais B – Aracnoidites C – Estenose vertebral D – Pseudoartrose 3 – Osteogênicas A – Inflamatorias

B – Metabolicas C – Tumorais 4 – Neurogênicas A – Aprisionamento de raízes B – Isquemia neural C – Tumorais 5 – Psicogenéticas A – Desordem de caráter B – Psicoses C – Reação histérica 6 – Sociogênicas A – Neurose de litígio e indenização B – Simulação 7 – Vasculares A – Aneurismas B – Insuficiência 8 – Viscerogênicas A – Peritoneais B – Pleurais C – Urológicas II – Avaliação fisioterápica do paciente portador da síndrome do piriforme (s.p.) O paciente é encaminhado para a fisioterapia como portador de lombalgia. A avaliação se inicia portanto, a partir do momento em que o paciente adentra o consultório observando se sua marcha é harmoniosa ou não e se apresenta sinais de algias. Em seguida analísa-se sua maneira de sentar, de levantar e de se despir. Logo após se fará a anamnese da qual se colherá detalhes como: dor (início, permanência, intensidade, duração e o que a faz exacerbar-se), tipo de trabalho, mudança de hábitos, idade, patologias pregressas. No exame físico que se segue verifica-se a presença ou não de curvaturas anormais da coluna além da amplitude dos seus movimentos de flexão, extensão, inclinação lateral (direita – esquerda) e rotação.

Dr. Afrânio Barreiros

Qualquer dificuldade ou impedimento desses movimentos por bloqueio, dor ou fraqueza muscular deve ser pesquisado. Num exame do segmento lombar vários são os procedimentos que poderão ser acrescentados pelo fisioterapeuta (teste, manobras, palpação, imagenologia). Abaixo estarão alguns deles num enfoque sucinto como paciente em várias posições. II.1. Paciente Sentado. Manobra de Valsalva: Esta aumenta a pressão interna do canal vertebral com o esforço desenvolvido pelo paciente na simulação da defecação. Se dor ou parestesias surgirem ou aumentarem suspeitar-se-á de lesão das estruturas internas (ligamentos amarelo e longitudinal posterior, meninges, medula ou cauda eqüina) em conseqüência de hérnias ou osteofitos ou neoformações. Valsalva pode ser mais positivo em alguns casos da “S.A .” Após a “Manobra de Valsalva” deve ser pesquisada o grau de força muscular e os dermátomos , estes em relação a dor, parestesias, hipo ou hiperestesias e anestesias. No que se refere à força, os músculos devem ser agrupados de acordo de acordo com seus níveis de integração medular (coluna vertebral) os quais guardam com os dermátomos estreita correspondência. Os músculos iliopsoas, quadriceps e adutores são testados relacionando-os a T12, L1, L2, L3 em trabalho contra resistido. Nas “Síndromes do Piriforme” (S.P.) puras não são afetados esses músculos nem esses dermátomos. Quanto aos dermátomos T12 se relaciona com uma faixa estreita com uma certa obliqüidade logo acima da linha inguinal. Já os dermátomos L1, L2, L3 localizam-se antero medial e lateralmente na coxa da linha inguinal até a interlinha articular do joelho em 3 faixas mais ou menos paralelas sendo a proximal L1, a do meio (mais larga) L2, e a distal L3. L4 se relaciona com o tibial posterior e


sua força também é averiguada (inversão), porém neste nível é efetuado o reflexo patelar o qual tem sua maior integração neste nível no estudo do seu dermátomo sabese que há uma faixa longitudinal na face medial da perna, pé e também do hallux, sendo seu limite medial a crista da tíbia. Os músculos longo extensor do hállux e o dos artelhos e mais ainda o glúteo médio são avaliados integrando-os em L5 (força muscular). Neste nível, entretanto se busca resposta reflexa tendinosa do tibial posterior percutindo o osso navícular (face medial do pé) e extensor longo dos artelhos no osso cuboide (face lateral do pé) ambos na parte média do tarso. O dermátomo que se integra nesse nível (L5) corresponde à face lateral da perna e do pé incluindo-se a face dorsal do 2o, 3o , 4o e parte do 5o artelhos. Em S1 pode ser reunidos os músculos longo flexor do hállux, os fibulares e o glúteo máximo para testagem. O reflexo miotático que se integra neste nível (S1) é o aquileu. O dermátomo com correspon-

dência em S1 é a região póstero-lateral da extremidade distal da perna e a parte lateral e plantar do pé e também do 5o artelho.

de “tração” e de “compressão”, ambas manualmente. A primeira ocasionando alívio da sintomatologia pode-se pensar em nível de forame intervertebral ou discopatias, quando, outrossim na “compressão” acontecer o oposto, as suspeitas das lesões Observação Importante: A redução da força ou sua ausência mencionadas aumentarão. em alguns músculos ou a incapacidade II.2. Paciente em Decúbito Dorsal motivada por algias, junto com alterações A aorta abdominal pode ser palpada sensitivas em dermátomos são indícios para situar os locais lesionados e servem na altura da cicatriz umbilical (L3) bem como indicadores para solicitação de RX, como, as artérias ilíacas direita e esquerda, ou R.M. , ou T.C. dessas regiões corres- percebendo-se suas pulsações, por isso que aneurismas e obliterações desses pondentes na coluna vertebral. vasos podem ser detectados pelo fisioterapeuta. Esse toque é facilitado estando Teste de Kerning Tem o objetivo de estirar as estrutu- o paciente com coxas e joelhos fletidos ras elásticas posterior à coluna vertebral. e pés apoiados. Nesse exame pode-se ter Consiste em o paciente encostar sua man- acesso as faces anteriores de L4, L5, e S1 díbula no manúbio. Paciente acusando e seus respectivos discos intervertebrais. dor é considerado positivo. Para descartar Lesões nesses locais podem produzir hipótese de lesão muscular o fisioterapeuta lombalgias. após a flexão da cabeça, opõe resistência II.3. Paciente em posição Orna extensão, se a dor aumentar pode ter tostática origem muscular. Através do Simetógrafo (retículo) ou Devem ser feitas também as manobras

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“fio de prumo” constata-se escolioses, hiper-lordoses, hiper-cifoses, ou retificação das curvaturas curaturas normais e ainda discrepâncias entre os membros inferiores e também amplitudes dos movimentos. II.4. Imagenologia Com RX em oblíquo percebe-se a presença de desalinhamentos das facetas articulares superiores (L4 – L5; L5 – S1) ocasionando lombalgias. Em perfil podese verificar espondilolistese originando também dor lombar. A diminuição do espaço intervertebral ou angulação normal entre duas vértebras tem probabilidade de discopatias. As ressonâncias magnéticas (R.M) e as tomografias computadorizadas possibilitam a percepção das estruturas da coluna em cortes pretendidos servindo para retificar ou ratificar diagnósticos sob suspeita. III – Diagnóstico Diferencial da “Síndrome do Piriforme” (S.p.) III.1 – Conceito A “S.P,” é a contração antálgica do músculo piriforme e como este se superpõe ao nero ciático, estando em tensão comprime-o. III.2 – Causas Desconhecidas (idiopáticas); por comprometimento da articulação sacra-ilíaca superiormente e por comprometimento de sua estrutura inferior (articulação) III.3 – Classificação Simples quando só há o comprometi-

mento do piriforme. Complexa, quando além de o piriforme como fator desencadeante existe outra variante originando a lombalgia. Por isso, a importância de executar todo um protocolo, para se chegar ao diagnóstico diferencial havendo no entanto, testes específicos para uma conclusão diagnóstica com grande probabilidade de acerto. (abaixo testes específicos).

mão do fisioterapeuta vai na crista ilíaca, quando é provocada uma grande abdução forçada. O aparecimento de dor inguinal ou na sacra-ilíaca é considerado positivo.

Paciente em Decúbito Ventral Teste de palpação profunda na região compreendida entre a 2a a 4a vertebral indo até o trocanter maior (piriforme) e encontrando estrutura túmida com a dor aumentando na palpação indicará grande III.4 – Testes Específicos - Paciente suspeita da “S.P”. em D.D. Paciente sentado Lasegue – eleva-se a perna estendida o Nesta posição poderá ser confirmada até chegar entre 30 e 45 se houver relato de dor pelo paciente e esta diminuir essa suspeita se ao mandar o paciente ou desaparecer com a flexão do joelho cruzar uma perna sobre a outra (maléolo será positivo. Sua confirmação é feita lateral sobre o joelho contra lateral = repetindo-se a operação, e no momento rotação lateral de coxa) surgindo dor. Se da dor ela se exacerbar ao provocar a na rotação medial passiva da coxa a dor dorso flexão do PE. A ratificação se esta- agravar-se, trata-se de um quadro mais belece pelo “teste da corda do arco” este grave. consistindo em se palpar o ciático no oco Caso os testes de “rotação” e o de popliteo com dor. “Patrick-Fabere” forem positivos cabe ao fisioterapeuta assegurar-se do local do Teste de Rotação comprometimento (lesão ligamenar) se O fisioterapeuta coloca cada mão na na parte superior ou na inferior da articrista ilíaca do paciente e imprime a força culação sacra-ilíaca, uma vez que algumas de pressão do seu corpo. O aparecimento modalidades fisioterpáticas têmsua maior de dor principalmente na região inguinal eficiência com suas aplicações sobre os e ou na sacra-ilíaca indica comprometi- locais lesionados. (abaixo testes para situar mento desta. a lesão sacra-ilíaca). Nota Teste de Patrick-fabere As espinhas ilíacas postero-superiores Este teste também define o com- são pequenas depressões de forma circuprometimento da sacra-ilíaca. Faz-se lar uma de cada lado e no mesmo plano colocando passivamente a borda lateral horizontal do processo espinhal da 2a do pé do paciente, segurando o joelho vertebra sacral. correspondente, sobre a parte anterior Teste para parte superior – paciente e distal da coxa contra lateral. A outra desnudado, em posição ortostática e de


costas para o fisioterapeuta, este coloca seu polegar no segundo processo espinhal sacral e o outro polegar na espinha ilíaca postero superior. Depois ordena que o paciente flita sua coxa e o joelho acima de 90o, do mesmo lado do toque da espinha ilíaca. Duas coisas podem acontecer. O polegar da espinha ilíaca deslocar-se para baixo essa região superior da sacra ilíaca está normal. Se, porém dirigir-se para cima está a normalmente fixada. Teste para parte inferior da sacrailíaca Um polegar é colocado no último processo espinhal sacral e o outro sobre o túder isquiático. Se o paciente fletir sua coxa e joelho acima de 90o e o polegardo túber dirigir-se lateralmente a sacra-ilíaca está normal. Se entretanto encaminharse para cima essa articulação esta comprometida em suas estruturas inferiores (ligamentar provavelmente). IV–Tratamento Fisioterápico das “S.P.” IV.1 – Objetivos Extinguir a dor, combater a inflamação e provocar o relaxamento do músculo piriforme (isto o mais importante – cinesioterapia). No tratamento da dor e da inflamação podem ser usadas modalidades combinadas como: tens, crioterapia ou ultrasom e raio laser e corrente galvânica, ou micro-ondas e corrente galvânica ou infravermelho e ultra-som mais raio laser. Quanto ao relaxamento do piriforme a cinesioterapia passiva é de máxima

eficiência. A “Técnica de Barreiros” é a combinação de alternativas fisioterápicas com a presença da cinesioterapia passiva obrigatoriamente, quer nas “S.P.” simples quanto nas complexas. A cinesioterapia passiva consiste em : paciente em D.A o fisioterapeuta colocarse de frente para a parte lateral dos seus joelhos e colocar suas mãos (fisioterapeuta) sobre a região de cada perna logo abaixo dos joelhos. Em seguida, deve começar a produzir movimentos de rotação medial e lateral de pequena trajetoria. Os movimentos rotacionais deverão ser sincrônicos nas duas pernas e devem aumentar seu arco de movimento de uma forma tal que o paciente não perceba a mudança. Nos casos de aumento de dor recomeçar todo processo. Nem sempre nas primeiras sessões consegue-se atingir o arco total.

V – Conclusão: O autor costuma adotar na clínica de fisioterapia da U.G.F (Universidade Gama Filho) para “S.P.” a seguinte conduta: 1) tens convencional (alta freqüência-baixa intensidade) – 100Hz e 50 microsegundos 20 minutos; 2) ultra-som 4 minutos 1.0W/cm2 pulsado; 3) cinesioterapia 15 minutos diariamente – 10 sessões.

Nota Final Colegas se vibram com as melhoras e altas proporcionadas aos seus pacientes empregando técnicas e métodos criados por outros profissionais, imaginem o retorno tão prazeroso quando a técnica usada você a criou. Isto não é obra do acaso, necessita de muita observação, estudo, poder de análise, capacidade dedutiva, determinação, tirocínio, criatividade e acima de tudo amor ao próximo. Você possui essas qualidades? Vai em frente. Este autor criou ainda a “Técnica de O tratamento deve ser diário e a cine- Auto Alongamentos sem Dor” para blosioterapia não pode durar menos que 10 queios articulares pós-trauma e também minutos, podendo chegar a no máximo a “Reflexo Terapia e o Condicionamento 30 minutos (casos especiais). Operante” para lesões encefálicas. Quando a “S.P.” é simples e idiopática as outras modalidades fisioterápicas Dr. Afrânio Barreiros devem concentrar-se no ventre muscular do piriforme, contudo se houver comprometimento da sacra-ilíaca a esta deve ser ajustado a forma escolhida fisioterápica como também o ventre muscular, e a alta é concedida entre 1a a 2a sessões. Nas “S.P.” complexas ela tem que ter o seu tratamento especifico, assim como, todas as variáveis também responsáveis pela lombalgia.

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Entrevista Dr. Antônio Ricardo De férias no Brasil o Fisioterapeuta do Kashima Antlers F. C, Clube que tem Zico como Diretor Técnico, Dr. Antônio Ricardo nos falou sobre seu trabalho, aliás esta não é a primeira vez que um colega nos conta como é trabalhar do outro lado do mundo. Em junho de 1997 o Dr. Fabio Marcelo Teixeira, Fundador do Departamento de Fisioterapia do Clube já tinha dito um pouco sobre a Fisioterapia vista com outros olhos, ou melhor, vista com olhos puxados.

Revista Fisio&terapia – Como foi que claro que eu não pude dar a resposta sem consultar antes a minha família (mulher e você começou a trabalhar no Japão? filha). Ajudou-me muito o fato de minha Dr. Antônio Ricardo – Eu já trabalhava esposa ser fisioterapeuta também, isso conno CFZ do Rio (Centro de Futebol Zico) tribuiu muito para tomarmos a decisão. na Barra da Tijuca – RJ e atuava nas quatro categorias: profissional, juniores, juvenil, F&T – Como foi o início do trabalho infantil. Trabalhei de janeiro de 98 a lá? setembro de 99, quando o Zico me fez o convite para assumir o Setor de Fisiotera- Dr. Ricardo – Na verdade eu fui dar contipia do Kashima Antlers F. C., convite que nuidade a um trabalho que já vinha sendo recebi com muita alegria porque significava feito por dois fisioterapeutas, que foram o Dr. Fabio Marcelo e depois o Dr. Marcelo o reconhecimento do meu trabalho. Gostaria de aproveitar a oportunidade para Costa. Com isso, eu já encontrei uma fazer um agradecimento especial ao Zico conscientização dos atletas da importância (Diretor Técnico do Kashima Antlers F. da fisioterapia. As únicas dificuldades que C. e Presidente do CFZ do Rio) que, atra- eu tive realmente foram com o idioma, a vés do reconhecimento do meu trabalho, cultura diferente, o clima (muito frito!) e me proporcionou a oportunidade de, a a comida. Mas com o tempo estas dificulexemplo de outros colegas, representar a dades foram superadas. fisioterapia em outras terras, neste caso F&T – Bom, desculpa a indiscrição mas tão distante! eu tenho que perguntar: receber um convite para ir com a família para outro país, F&T – Foi uma decisão simples? Dr. Ricardo – De certa forma sim. É a princípio com um contrato de um ano,

é uma decisão muito séria, sem dúvida. Eu gostaria de saber, e acho que os leitores também, se o salário influenciou muito nesta decisão? Dr. Ricardo – Realmente é uma decisão muito difícil de ser tomada. Eu e minha esposa estávamos estruturados e atuando no mercado de trabalho há alguns anos. Independente de um bom salário, o que mais influenciou na decisão de irmos foi a segurança e a infra-estrutura que nos foi oferecida. Isso sempre foi uma preocupação do Zico, pois ele entende que, para ter tranqüilidade no trabalho, você precisa estar bem nos demais aspectos, principalmente no familiar. F&T – Bem, mas você não respondeu sobre a nossa curiosidade. Então, quanto...? Dr. Ricardo – Então... como eu disse, toda esta estrutura oferecida pelo clube é que faz a diferença: moramos numa


casa confortável, minha filha estuda num colégio japonês e num outro brasileiro. O clube oferece um tradutor para qualquer dificuldade do dia a dia, além de termos também assistência médica e odontológica. Por tudo isso, posso afirmar que vale a pena. F&T – Sobre o Departamento de Fisioterapia, ele é somente esportivo? Dr. Ricardo - Sim, ele é somente esportivo. Temos todos os tipos de lesões esportivas, bem como quadros álgicos ligados ou não ao futebol em si. Mas o trabalho fisioterápico é dado principalmente aos atletas profissionais do K. A. Como foi dito anteriormente, tive certa facilidade para dar continuidade a um trabalho que já vinha sendo desenvolvido pelos colegas. F&T – Na sua opinião, porque o Kashima busca fisioterapeutas no Brasil? Dr. Ricardo - Em primeiro lugar, não existe esta profissão lá. Os japoneses que querem estudar fisioterapia vão para a Europa, Estados Unidos ou outros países porque lá não tem a carreira. A terapêutica que prevalece, inclusive para a população em geral, é a massoterapia (com suas diversas técnicas), a acupuntura e a eletroterapia. Para trabalhar nestas áreas, os japoneses estudam, em média, três anos sob supervisão médica. Essas técnicas não são suficientes para tratar as patologias de um jogador de futebol, que é um esporte muito traumático e exige uma intervenção fisioterápica. É claro que eles não deixam a acupuntura e suas técnicas tradicionais mas, estas, são coadjuvantes do tratamento fisioterápico e, por isso, torna-se indispensável a presença de um fisioterapeuta. Sendo o Zico o idealizador de toda a estrutura, desde o princípio sempre houve um fisioterapeuta atuando no Departamento Médico, uma vez que ele reconhece ser imprescindível nossa atuação na equipe multidisciplinar. É gratificante saber que nós, brasileiros, estamos muito bem conceituados tendo como exemplos vários colegas trabalhando fora como o Dr. Avelino (também no Japão), o Dr. Nilton (com o Ronaldinho na

Itália) e tantos outros na Europa, Arábia um. São incapazes de interferir em seu e outros países. programa de tratamento. É uma equipe muito organizada. Quero ressaltar que este F&T – Você acredita que estes fisiotera- trabalho sério, junto com os integrantes peutas levados pelo Zico, assim como os da comissão técnica e a conscientização de outros no Japão e os que aparecem na todos os atletas, culminou com a conquista mídia um dia, vão tornar a fisioterapia da Tríplice Coroa ao final de 2000: uma nova profissão no Japão? Campeão da Copa Nabisco Campeão da J. League (C. Japonês) Dr. Ricardo – Com certeza. Já é comum Campeão da Copa do Imperador jogadores tratados pela fisioterapia soli- Todos estes títulos foram conquistados em citarem orientações para familiares com uma única temporada! Este feito inédito dores. Os atletas estão bem conscientes no futebol Japonês consagrou o K. A. da importância de nosso trabalho atuan- como pioneiro nas três conquistas. do no departamento médico junto com os integrantes da comissão técnica. Com F&T – Quais os recursos fisioterápicos e isso, a fisioterapia vem se tornando cada equipamentos mais comumente usados? dia mais comum. Dr. Ricardo – Nós usamos basicamente F&T – Como é composta a equipe? todos os equipamentos existentes aqui como: Ondas Curtas, Ultra-Som, Laser, Dr. Ricardo – Ela é composta por dois Parafina, Infra Vermelho, Turbilhão, médicos japoneses – um que fica no entre outros. Todos de fabricação japoneclube e outro que participa dos jogos –, sa. Utilizo nosso protocolo para eleger e eu e dois massagistas, também japoneses. direcionar a terapêutica adequada. Devo Um detalhe muito importante que existe ressaltar que o maior diferencial se dá lá, e normalmente acontece com os bons através da cinesioterapia. médicos que trabalham diariamente com fisioterapeutas, é que eles respeitam mui- F&T – Você sentiu alguma diferença to o nosso trabalho e a atuação de cada entre os equipamentos nacionais e os “Eu acho importante por experiência própria. Eu tive uma evolução muito grande e acredito que no período que tive minha contusão maior se eu pudesse ter o que se tem hoje de fisioterapia teria um resultado mais rápido em relação a minha primeira cirurgia. Uma cirurgia enorme de ligamento cruzado a moda antiga e no dia seguinte já estava lá fazendo fisioterapia e vendo a equipe, como eles trabalhavam, o respeito do médico com a fisioterapia e os fisioterapeutas com os “Ela é fundamental para uma equipe de médicos”. futebol, vôlei, basquete, e é por isso que “Hoje vendo como cresceu a fisioterapia eu valorizo muito, porque eu compreendo eu vejo o quanto me poderia ser benéfico, e sei quanto ela é importante”. a única preocupação que eu tenho é com relação ao relacionamento. Eu sempre “Eu tenho uma equipe aqui no CFZ do viso a relação entre o fisioterapeuta e o Rio e pude levar e mostrar lá no Kashima médico, a colocação, saber até onde é a o quanto era importante”. profissão de cada um”. ZICO sobre a importância da Fisioterapia www.fisioon.com.br


japoneses? Dr. Ricardo – Olha, os aparelhos deles são muito similares aos nossos, eu não vi nenhuma grande diferença a ponto de dizer que os deles são melhores ou que os nossos são piores. Nenhum aparelho é tão diferente a ponto de você exclamar – Nossa que aparelho! Claro que são aparelhos de boa qualidade, mas tão bons quantos os nossos. F&T – E as lesões mais comuns, quais são? Dr. Ricardo – Por ser um país muito frio, temos uma especial preocupação com as lesões musculares. Fazemos um trabalho de conscientização e prevenção reduzindo consideravelmente a quantidade de lesões. Mas sendo o futebol um esporte traumático, torna-se inevitável as lesões, principalmente por trauma direto. Neste momento entramos com o tratamento curativo, seguido pelos cuidados de um adequado tratamento de manutenção. F&T – As notícias do Ronaldinho chegam ao Japão? Dr. Ricardo – Sim, chegam normalmente, inclusive não só dele, mas de outros atletas que atuam no Brasil. Falam da fisioterapia e isso é legal porque os jogadores vêem nos jornais e na TV e falam “Olha, o Ronaldinho esta fazendo fisioterapia!” E, por eles também estarem fazendo, isso ajuda

na familiarização com a fisioterapia e no F&T – Qual a mensagem que você tem reconhecimento da nossa profissão. para os leitores da Revista? F&T – Como você faz para se atualizar estando de certa forma isolado? Dr. Ricardo – Gostaria de dizer que continuem se empenhando na manutenção do Dr. Ricardo – Sem querer “puxar o elevado nível da profissão, que tem hoje saco”, eu me atualizo lendo a Revista seu devido reconhecimento. Nosso espaço Fisio&terapia, que sou assinante e recebo já foi conquistado e é fundamental que a lá. Além disso, há a internet onde visito classe esteja sempre unida e atualizada. diariamente sites de fisioterapia como o Tenho hoje, na família, duas pessoas esSaúde em Movimento. Meus amigos do tudando fisioterapia e percebo que a nossa Brasil me telefonam e sempre me enviam profissão se tornou uma carreira sólida e artigos. Basicamente é assim que me atua- promissora. Desejo aos leitores sorte e lizo, além de vir ao Brasil todo ano. determinação, pois boas oportunidades sempre surgirão. 15- F&T – Só de curiosidade: já passou por muitos terremotos? Dr. Ricardo – Já, muitos. Também são freqüentes os tufões caracterizados por ventos muito fortes. A princípio, isso nos impressionou. Porém, com o tempo, constatamos que o país está preparado para estas alterações. Posso citar, por exemplo, que as construções são cuidadosamente planejadas para minimizar os efeitos dos abalos.


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O Uso do Equipamento Isocinético na Fisioterapia Introdução A contração isocinética consiste em aplicação de velocidade angular constante (velocidade de deslocamento do segmento) durante toda amplitude de movimento. Um exercício isocinético é reproduzido exclusivamente por um dinamômetro microcontrolado que pode ser eletro mecânico ou hidráulico. O equipamento isocinético tem sido utilizado para quantificar avaliação, treinamento e reabilitação de um paciente, através da quantificação da força muscular. O encaminhamento do processo de reabilitação depende da conduta adotada pelo fisioterapeuta, em qualquer que seja sua área de atuação. O equipamento isocinético permite quantificar através de uma avaliação, a força, o trabalho, a potência e a resistência do grupamento muscular submetido ao teste. Com esta ferramenta, o fisioterapeuta pode quantificar e qualificar a evolução do processo terapêutico. Princípios do Exercício Isocinético A dinâmica muscular refere-se a uma situação especifica onde o músculo ou o grupo muscular contrai-se contra acomodação controlada da resistência, que se move em uma velocidade angular constante. O dinamômetro isocinético determina a resistência e a mensuração do momento (torque) exercido pelo músculo contra a resistência (Dvir, 1995).

O treinamento isocinético com resistência tenta combinar as características tanto da isometria quanto do treinamento com pesos a fim de proporcionar uma sobrecarga muscular com uma velocidade pré-estabelecida constante enquanto o músculo mobiliza sua capacidade geradora de força através de toda amplitude de movimento. Qualquer esforço realizado durante o exercício encontra uma força oponente relativa aquela que está sendo aplicada. Isso representa o exercício com resistência variável (de acomodação), que é realizado com a ajuda de um dispositivo mecânico. Teoricamente, o treinamento tipo isocinético torna possível ativar o maior numero de unidades motoras e sobrecarregar sistematicamente os músculos com suas capacidades de produção de força durante o movimento, até mesmo nos ângulos articulares relativamente mais fracos. A capacidade de um músculo ou de um grupamento muscular varia em relação às alavancas ósseas (ângulo articular), quando a articulação se movimenta através da amplitude de movimento. Durante o treinamento com pesos, a resistência costuma ser fixada na maior carga que permite completar o treinamento. Conseqüentemente, a resistência não pode ser maior que a força máxima do músculo mais fraco ou da posição articular na amplitude de movimento. Uma das limitações do treina-

Dra. Camila de Souza Furtado Dr. Marcelo Pereira da Costa Dra. Eliane Fátima Manfio Dr. Nilton Petrone Villardi Jr

mento com levantamento de peso é que a força gerada pelo músculo não é máxima em todo decorrer do arco de movimento, o que torna o treinamento isocinético vantajoso para ganho e treinamento de força muscular. A velocidade desejada do equipamento ocorre quase instantaneamente quando a força é aplicada e o músculo é capaz de gerar um rendimento máximo de potência através de toda a amplitude, com uma velocidade de encurtamento controlada. A base fundamental para o treinamento isocinético, portanto, é interessante pois os músculos podem ser solicitados através de toda amplitude de movimento e por uma velocidade variada de encurtamento muscular (McArdle,1998). Princípios da Avaliação Isocinética A avaliação isocinética é indicada para pacientes que necessitam quantificar sua função muscular, independente de quadros clínicos instalados, lesões osteomioarticulares, e debilidade funcional. Na avaliação da função muscular são determinadas as seguintes variáveis: Trabalho Total (W): reflete a energia desenvolvida durante a atividade muscular, que resulta do produto do torque pelo deslocamento angular, sendo expresso em joules (j ). W=Txd Torque Máximo ou Momento


Articular(T): é o produto da força (F) pela distância perpendicular do braço de alavanca do sujeito (d´^), ou seja, a distância perpendicular do ponto de aplicação da força ao centro de rotação (articulação). O torque Máximo é expresso em Newton metter (Nm). T = F x d‘^ Potência Máxima (P): é obtida pela divisão do trabalho desenvolvido pelo tempo, sendo expresso em watts (w). A potência muscular aumenta de forma diretamente proporcional ao incremento das velocidades angulares P=W/t Os protocolos de avaliação isocinética em geral, preconizam duas ou três velocidades angulares que, quando altas, são capazes de representar a potência e a resistência e quando mais baixas, representam a força máxima. Para se concluir definitivamente a avaliação isocinética, o valor de força, torque, potência e resistência muscular, extraídos na avaliação são comparados da seguinte forma: Lado direito e esquerdo; Contração concêntrica e excêntrica; Velocidade alta e velocidade baixa; Agonistas e antagonistas. Contra-indicações Pacientes portadores de cardiopatias, hipertensão arterial e coagulopatias. Contra-indica-se também para pós-cirurgicos imediatos ortopédicos, derrames articulares e artrite em fase aguda. Procedimento do teste: antes da realização do teste, é importante realizar o aquecimento cardio-vascular associado aos alongamentos específicos. Realiza-se a estabilização do segmento corporal e o alinhamento do eixo do dinamômetro com o eixo da articulação a ser avaliada. Descreve-se ao paciente todas as etapas do teste de modo que ele consiga compreender o que deverá ser feito. Um monitor de feedback deve ser utilizado para permitir ao paciente checar seu desempenho durante a execução do teste. Possibilidades de Exercício Isocinético

Os mecanismos isocinéticos podem ser classificados como passivos e ativos. Os sistemas passivos usam frenagem hidráulica, mecânica, elétrica ou magnética e permitem a realização de contrações concêntricas (encurtamento de ventre muscular, vencendo a resistência imposta). Os sistemas ativos possuem motor hidráulico ou eletromecânico que permite a realização de contração excêntrica (aumento do comprimento do ventre muscular e resistência vencendo a oposição muscular) e movimentação passiva continua. O exercício isocinético pode ser realizado de forma concêntrica e excêntrica e em velocidades angulares que variam de 0 a 500 graus por segundo. Os dinamômetros isocinéticos oferecem a possibilidade de adaptação para as articulações do corpo, sendo possível, portanto testar-se todos os grandes grupamentos musculares do corpo.

Conclusão Deve-se portanto, considerar a prática clínica do exercício isocinético, como um aliado no tratamento fisioterapêutico. O equipamento isocinético pode treinar a musculatura esquelética estriada e quantificar a saúde do músculo possibilitando o acompanhamento da evolução do tratamento de uma forma mais precisa tendo em vista a possibilidade de mensuração. Referências Bibliográficas Dvir,Z. – Iokinetics – muscle testing, interpretation nd clinical aplicationas. Churchill Livingstone.1995. Kin Com – Clinical Desk References. Chattanooga Group, INC Mc Ardle, . Katch, F., Katch, V. – Fisiologia do xercicio. Guanabara Koogan. 1998. Autores Dra. Camila de Souza Furtado

Vantagens do Exercício Isocinético sobre o Processo de Recuperação ConDr. Marcelo Pereira da Costa vencional Em decorrência de sua característica Dra. Eliane Fátima Manfio única de sobrecarga máxima para todos os ângulos do arco de movimento, o exercício Dr. Nilton Petrone Villardi Jr isocinético é eficiente do ponto de vista muscular. A solicitação do músculo em 100% de sua capacidade, seja qual for o Curso de Fisiterapia - Laboratório de comprimento do braço de alavanca em que Biomeânica - Universidade Estácio de Sá está sendo desenvolvida a tensão é uma (UNESA) excelente opção para o recondicionamento e fortalecimento muscular. O dinamômetro oferece a possibilidade de interrupção imediata do exercício caso haja alguma intercorrência durante sua prática. Na presença de quadro álgico, o paciente pode interromper o exercício sem que haja qualquer dano motor. As velocidades angulares podem ser manipuladas e consequentemente as sobrecargas articulares podem ser reguladas. Quanto mais alta a velocidade angular, menores serão as forças de compressão entre as superfícies articulares (Princípio de Bernoulli). Este método, portanto, tem grande valor para a avaliação músculo-esquelética, acompanhamento e determinação da eficiência dos tratamentos clínicos e principalmente, parâmetros de alta fisioterápica. www.fisioon.com.br


Eficácia do Tratamento Cinesioterápico Ativo Assistido e Livre Combinado com Contração Isométrica na Melhora da AVD de Dra. Ana Paola Cesare Paciente TCE

Dra. Carla Delabarba Petricelli

Resumo O objetivo do estudo foi a melhoria na atividade de vida diária de um paciente com diagnóstico de Traumatismo Cranioencefálico, no leito. Foram verificados os efeitos da intervenção fisioterápica, utilizando a contração isométrica combinada com mobilização ativa assistida e ativa livre. Utilizou-se o delineamento de sujeito único, observando através de teste de atividade de vida diária no decorrer de 15 sessões, sendo empregada três sessões semanais. Foi observado uma melhora no quadro geral do paciente ao que diz respeito as suas atividades diárias como sentar e pentear. Os resultados indicaram uma melhora significativa na força muscular, no ganho de amplitude de movimento e na retirada de bloqueio articular. Introdução Atualmente verifica-se nos países industrializados um número assustador de traumatismos cranioencefálico (TCE) Umpherid (1994). Kraus e col (1984) relatou que ocorrem 700.000 traumatismos cranianos por ano nos Estados Unidos, destes casos 140.000 morrem, 50.000 a 70.000 permanecem incapacitados, e que maior existência de traumatismo cranioencefálico (TCE) é em homens sendo a relação de 2 para 1. Segundo Rowland (1986) os traumas cranioencefálicos podem ser divididos em três grupos de acordo com o tipo de trauma: trauma cranioencefálico fechado, fratura craniana com afundamento ósseo e fratura craniana exposta. Este trabalho irá se deter apenas ao trauma cranioencefálico fechado. O trauma cranioencefálico fechado vem acompanhado, geralmente da lesão de caixa craniana, ou está presente apenas numa fratura linear. Pode ocorrer contusão ou laceração do parênquima cerebral mesmo na ausência de lesão do couro

cabeludo. Este tipo de lesão pode ocorrer no local onde se verificou o trauma ou no hemisfério oposto. A evolução anátomo-patológica depende do tipo de trauma cerebral. As lacerações superficiais das meninges e do córtex curam mediante proliferação da glia, esta área em geral apresenta-se amarelada devido a presença do pigmento sangüineo. Focos maiores que se estendem no interior do parenquima cerebral curam geralmente com formação de tecido cicatricial, formando por neuróglia, fibroblastos e meninges, é o que se denomina cicatriz meningocerebral. O sinal mais comum apresentado em TCE é a perda de consciência, pode ocorrer estado de coma que geralmente dura horas a muitas semanas. Ainda observa-se obnubilação durante alguns minutos, apresentando algumas vezes também cefaléia por 12 horas. A instalação de hemiplegia, afasia e outros sinais neurológicos focais dependem da extensão e da localização das lesões parenquimais. Com o tempo observa-se, quase sempre, melhora considerável dos sinais e sintomas nas lesões cranioencefálicas, mas as seqüelas definitivas não são raras. O termo isométrico significa literalmente comprimento (métrico) igual ou constante (iso). Segundo Foss e Keteyian (2000), contração isométrica ocorre quando se desenvolve uma tensão porém sem qualquer modificação no comprimento externo do músculo. Já em 1953, Hettinger e Muller observaram um ganho de força de 5% por semana quando se utilizava a contração isométrica. Em estudos realizados por Garfinkel e Caferelli (1992) observou-se um aumento em 28% em força isométrica e um aumento de 14,6% na área de seção transversa dos extensores do joelho após 8 semanas de treinamento isométrico. A proposta da união da técnica de

mobiliação ativa assistida e livre foi devido a estas técnicas ter uma boa evolução para o ganho de movimento do paciente. A mobilização ativa assistida foi eleita para iniciar o tratamento por ser uma técnica que pode ser utilizada por pacientes com musculatura hipotônica. Ela é usada para dar assistência necessária para o músculo de uma maneira cuidadosa e ocorrendo uma fortalecimento gradual. Quando o paciente esta apto a contrair ativamente seus músculos, mover um segmento é o momento em que se evolui para mobilização ativa livre. Segundo Kisner e Colby (1998), quando ocorre esta evolução o paciente, através desta técnica, auxilia a manutenção da elasticidade e contrabilidade fisiológica do músculo, aumenta a circulação e previne a formação de trombos e desenvolve coordenação e habilidade motora para atividades funcionais. O objetivo deste estudo foi descrever as características clínicas de um trauma cranioencefálico (TCE) e relatar a eficácia da fisioterapia utilizando mobilização ativa assistida e ativa livre, combinada com contração isométrica neste tipo de lesão. Método Este estudo utilizou o delineamento de sujeito único com seu próprio controle com três fases distintas de coleta de dados. Um primeiro momento a avaliação inicial ocorrida no dia 15/08/2000, a segunda fase uma avaliação realizada em 25/08/2000 e a terceira uma avaliação realizada no dia 19/09/2000. A variável independente foi a técnica de mobilização ativa assistida e ativa livre combinada com contração isométrica. A avaliação foi feita através do teste adaptação das atividades de vida diária do O’Sullivan et al (1993), com uma escala evolutiva de 1, 3 e 5, tendo como critério de avaliação não realizar, realizar


com auxílio e realizar sozinho. Utilizouse como indicadores as atividades com deitar, sentar e pentear. O estudo foi realizado na enfermaria do Pronto Socorro Central de São Gonçalo. O paciente foi submetido a 15 sessões, sendo três por semana com duração em média de 30 min.

mente dependente nas atividades de vida diária. Não realizava elevação de ambos os membros inferiores, só movimentava membro superior direito. Não sentava, não tinha preensão em mão esquerda. Apresentava bloqueio de membros inferiores direito e esquerdo e membro superior esquerdo. Se negava, muitas vezes, à Relato de Caso: realização da fisioterapia passiva, devido Paciente J.V., sexo masculino, 45 anos ao esgarçamento que ocorre nas úlceras de idade, etilísta, tabagista, deu entrada no durante o movimento. Pronto Socorro Central de São Gonçalo após atropelamento no dia 27/02/2000. Resultados: Foi diagnosticado trauma cranioencefálico A evolução do paciente ao longo das 15 te(TCE) e fratura de terço distal da fíbula rapia pode ser observada na tabela 1.Tabela da direita. Após exames de rotina, observou- Avaliação de Atividade de Vida Diária. se também que o paciente era portador de tuberculose. O TCE levou uma plegia do Observando a tabela podemos notar hemicorpo esquerdo. que na primeira avaliação o paciente teve Para o tratamento da fratura foi utiliza- 40% da pontuação possível no teste. Já do aparelho gessado durante dois meses, na 5ª sessão este resultado cegou a 65% e que devido a posição colocada gerou o pé na 15a sessão a 75% da pontuação total possível nos indicadores de atividade de direito em rotação externa. O paciente continua internado no vida diária. A pontuação da tabela foi obtida do Pronto Socorro, e devido a posição do leito (decúbito dorsal), apresenta úlceras seguinte modo: 1 para não realiza, 3 para de decúbito no glúteo, tornozelo e pantu- realiza com auxílio e 5 para realiza sozinho. rilha em ambos os membros inferiores. Para obtenção de 100% na pontuação Devido a este estado o paciente relata algia eram necessário um total de 80 pontos. Nota-se que o paciente teve uma evolua mobilização passiva. Na avaliação inicial realizada no dia ção considerável da avaliação inicial até a 5ª 15/08/2000, o paciente mostrava-se total- sessão. O lado plégico (esquerdo) alcançou

Avaliação Inicial Deitar 1 Virar de decúbito lateral 1 Virar de decúbito ventral 1 Deitado elevar o membro inferior esquerdo 1 Deitado elevar o membro inferior direito 1 Deitado elevar o membro superior esquerdo 1 Deitado elevar o membro superior direito 5 Sentar 1 5 Preensão lateral da mão direita Preensão lareral da mão esquerda 1 Preensão palmar da mão direita 5 Preensão palmar da mão esquerda 1 5 Preensão esférica da mão direita Preensão esférica da mão esquerda 1 Pentear-se 1 Ficar de pé 1 Total 32 Atividade

mobilidade com as atividades propostas, principalmente o membro inferior. Atualmente o paciente consegue movimentar a articulação tíbio-tarsica quando solicitado em ambos os membros inferiores. E se sente motivado a realização de atividades de contração isométrica em dias que não ocorre sessão de fisioterapia. Observou-se que o paciente da 5ª a 15a sessão, teve uma evolução menor mas levarmos em consideração os membros inferiores novamente, ocorreu uma evolução considerável, principalmente porque no início do tratamento o paciente tinha um bloqueio articular presente em ambos os membros superiores e inferiores, e através das técnicas empregadas não se observa mais este bloqueio no membro inferior. Com o tratamento ocorreu um ganho de força, notado pela facilidade com que o paciente passou a conseguir elevar ambos os membros inferiores. A mão esquerda, após o tratamento realizou a preensão esférica e o paciente se motivou com a melhora desta preensão palmar. Na hora de se pentear, o paciente teve uma grande melhora passando de um estágio inicial que não realizava esta tarefa até conseguir fazê-lo sozinho. Discussão

5ª sessão 3 3 1 3 3 3 5 3 5 3 5 3 5 3 3 1 52 ª

15 ª sessão 3 3 1 5 5 3 5 3 5 3 5 3 5 5 5 1 60 www.fisioon.com.br


A partir das avaliações realizadas pode-se verificar que houve um aumento percentual significativo da primeira avaliação em que o paciente obteve 40% da pontuação máxima possível, para um aumento percentual da 15ª sessão de 88%, levando em consideração a primeira sessão, ou seja, ao final da 15ª sessão o paciente chegou a 75% da pontuação total possível nos indicadores de atividade de vida diária. O movimento precoce protegido é aconselhado para evitar os efeitos deletérios da imobilização, seja ela pelo paciente estar no leito ou com aparelho gessado, e ainda pode suprimir os problemas secundários perpetuados pela não utilização muscular. Conclusão: Observa-se através da utilização do protocolo para avaliação de atividade de vida diária a importância deste estudo para uma melhor análise do paciente tanto no que se refere ao tratamento fisioterápico como dos quadro clínico geral.

No que diz respeito ao TCE, a literatura tem uma visão otimista no que se refere a melhora geral do paciente, que no caso específico deste estudo, sem o estímulo fisioterápico ficaria com seqüelas mas marcantes, tanto no lado plégico como o não plégico. O estímulo motor é de grande importância para o paciente TCE, principalmente no caso de paciente TCE, principalmente no caso de paciente internado por muito tempo, que não se movimenta e necessita de motivação para que execute qualquer trabalho. O paciente internado, não importando se TCE ou não, necessita de cuidados especiais, ele quer além de simples manobras, a atenção e o estímulo para que alcance uma qualidade de vida melhor, dentro das limitações existentes no interior ou exterior de cada um.

Referência Bibliográfica

1.Andrews J., Harrelson, G. e Wilk K. Reabilitação Física das Lesões Desportivas 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 2.Colby L. e Kisner C. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas 3ª ed. São Paulo: Editora Manole, 1998 3.Fleck, S. e Kraemer, W. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999 4.Foss M. e Keteyian, S. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000 5.Garfinkel, S e Cafarelli, E. Relative changes in maximal force, EMG, and muscle cross-sectional are after isometric training. Medicine and Science in Sports and Exercise 24:1220-27 6.Hallen, O Neurologia Prática São Paulo: Editora Springer, 1978 7.Powers, S. e Howley E. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho São Paulo: Editora Manole, 2000 8.Rowland. L. Merritt Tratado de Neurologia 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986 9.O’Sullivan, S e Schimitz T. Fisioterapia: avaliação e tratamento 2ª ed. São Paulo: Editora Manole, 1993 10.Umphred, D. Fisioterapia Neurológica 2ª ed. São Paulo: Editora Manole, 1994.

Autor Dra. Andréia C. Teles Izabel Alvarenga  Dra.Elizete Gonçalves Saldanha  Dra. Rejane Affonso Pereira Dr. Renato Luiz de Alvarenga


Incontinência Urinária Prevenção é a solução! Segundo a Sociedade Internacional de Continência (SIC), a Incontinência Urinária (IU), caracterizada pela perda involuntária de urina, é uma afecção que traz sérias repercussões à qualidade de vida da mulher, pois ao perderem urina, sentem-se constrangidas em seu convívio social por terem que usar fraldas, prejudicando assim, suas atividades profissionais, deteriorando suas relações afetivas, restringindo suas atividades, e causando também outras alterações como lesões vulvares que podem originar dispareunia. A incidência desta afecção é grande, onde 1 em cada 4 mulheres na faixa de 30 a 59 anos experimentam pelo menos um episódio de perda de urina ao longo da vida, lembrando também o número cada vez maior de garotas que a partir dos 18 anos já apresentam flacidez da musculatura pélvica, chegando a apresentar Incontinência Urinária de esforço. As causas desta afecção são diversas: aumento excessivo de peso durante a gestação, mulheres multíparas, idosas ou que estão na fase do climatério, esforço ao levantar pesos, mulheres que apresentam constipação, sendo que esta última é ocasionada devido à realização da manobra de valsalva freqüentemente. De acordo com as pesquisas realizadas no Hospital Pérola Buynton, no Hospital São Paulo (UNIFESP) e na Universidade de Santo Amaro (UNISA), observamos que entre as técnicas não cirúrgicas para o tratamento da Incontinência, destaca-se a Eletroestimulação, obtendo uma taxa de sucesso de 80%, pois o sistema fortalece os músculos pélvicos que estavam enfraquecidos. O fortalecimento destes músculos apresenta vários efeitos benéficos: 1) Ajuda a sustentar o colo vesical em uma posição apropriada; 2) Diminui a pressão gravitacional da urina no esfíncter; 3) Fortalece os músculos do assoalho pélvico dispostos ao redor da uretra; 4)Estimula a bexiga a relaxar reflexivamente. Estudos apontam que existe uma correlação entre um bom desenvolvimento e a intensidade orgásmica. Atualmente é indiscutível o importante papel da musculatura perivaginal a nível da função sexual ou do pubococcígeo na contribuição da expressão motora da resposta sexual.

Levando-se em conta a sua eficiência para os diversos tipos de incontinência, seu baixo custo, por não ser invasivo e por não possuir efeitos colaterais, a estimulação neuromuscular é a escolha ideal de tratamento da IU tanto feminina quanto masculina. Eletroestimulador (KROMAN) KG350M Atualmente o que há de mais eficaz em reabilitação do Assoalho Pélvico é a Microterapia Celular (MTC) que são pulsos

de baixas freqüências, baixas intensidades, possuindo uma corrente subsensorial, ou seja, o paciente não sente a desagradável sensação de choques. Sua forma de aplicação e controle de intensidade permite uma grande penetração nos tecidos com uma densidade adequada de estímulos em uma dada região. Além disso a MTC age à nível celular aumentando a produção de ATP em até 500%, aumentando a síntese protéica em até 50%. Seus principais efeitos são: analgesia, redução do processo inflamatório e aceleração da regeneração tecidual. A eletroestimulação vaginal juntamente com a Microterapia Celular também são indicados em casos de: -Dispareunia, pós vaginismo, algia pélvica sem etiologia conhecida, pré e pós cirurgia via vaginal, incontinência causada por alterações neurológicas (PC, LM), incontinência fecal. O tratamento da IU por Eletroestimulação compreende uma avaliação do desempenho muscular vaginal, através de um Perineômetro digital, que indica o grau de força da musculatura do assoalho pélvico antes do início da Eletroestimulação e avaliações periódicas no decorrer das

Dra. Ana Paola Cesare Dra. Carla Delabarba Petricelli

sessões, medindo a evolução do quadro. O aparelho possui um sensor que é introduzido na vagina da paciente. Em seguida, ela realiza a contração vaginal onde se visualiza no display a graduação da contração na escala Sauer que varia de 0 a 100 Sauers. Este display possui 2 escalas: a escala superior congela o “pico” de maior contração que a paciente consegue realizar, e a parte inferior da mesma, informa a contração voltando a zero no relaxamento muscular. Perineômetro Digital – T.I.U. KG 40 Além da Eletroestimulação, os músculos que compõem o assoalho pélvico podem e devem ser trabalhados de maneira voluntária através de contrações vaginais. Cabe aos profissionais da saúde a educação preventiva, a orientação de como praticar os exercícios de forma correta e a conscientização de sua importância. Para auxiliar as mulheres na prática desses exercícios em casa, utiliza-se um perineômetro mecânico (SensuPower), de uso individual, que indica o grau de força da musculatura do assoalho pélvico através de uma escala graduada que vai de 0 a 14 SP, oferecendo também uma resistência para a prática dos exercícios. É interessante ressaltar que por ser um aparelho de uso individual e de fácil manuseio, possibilita às mulheres, maior privacidade, evitando assim um maior constrangimento que impede que muitas pacientes se exercitem, visto que, essa prevenção é de suma importância. Outras revistas com informações sobre os perineômetros. Revista Criativa – nov/2001. Revista Nouvelles esthetiques – out/2001. Revista Beleza é fundamental – ed. 3. Revista Cabelos & Negócios – nov/ dez/2001. Dra. Ana Paola Cesare Dra. Carla Delabarba Petricelli

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Uso da Respiração Monitorada como Forma de Sperandio, Fabiana Flores Boas, Juliana Ribeiro Martinez Vilas Analgesia para o Parto Böing, Iara Resumo Analisa a interferência da respiração diafragmática lenta e profunda no trabalho de parto a fim de identificar se as reações de medo, tensão e dor são influenciadas por esta técnica respiratória. São vinte parturientes, onde quinze delas evoluíram para parto normal e cinco para o parto cesáreo, devido à distocias funcionais, sofrimento fetal e fadiga intensa da parturiente. As parturientes foram divididas em dois grupos, parto normal e parto cesáreo. A maioria era casada, entre vinte e um e trinta anos de idade, do lar, de baixa escolaridade e não realizavam atividade física antes ou durante a gestação. Quinze pacientes eram primíparas e cinco multíparas. Realizou-se uma pesquisa experimental, através do acompanhamento e orientação sistemática da respiração durante o trabalho de parto. Foram registradas todas as reações da parturiente, de acordo com o ciclo Medo-Tensão-Dor, em um protocolo de pesquisa. Utilizou-se um questionário com questões fechadas além dos dados do partograma da Maternidade Carmela Dutra, onde foi realizado o estudo. Os dados foram tratados conforme estatística descritiva do tipo percentual, apresentados na forma de tabelas e gráficos. Conclui-se que o padrão respiratório adotado pela parturiente interfere no trabalho de parto, diminuindo a sensação de dor, deixando-a mais calma e segura, além de distrair o foco de atenção da contraçãodor para a contração-respiração. A pressão arterial e a freqüência respiratória mantiveram-se constantes. O mesmo ocorreu com a saturação de oxigênio, apresentando os mesmos valores durante e pré-contração em cerca de setenta e cinco por cento dos casos. Introdução O parto, mesmo quando todos os fatores que lhe são relacionados são normais, acompanha-se de sensações dolorosas (NEME, 1995, BONICA, 1994). A dor do parto vaginal origina-se de duas esferas, a física e a psicossensitiva. Onde a esfera física compreende todas as alterações

anatômicas e fisiológicas que ocorrem no decorrer do trabalho de parto; e a esfera psicossensitiva compreende a fadiga, a falta de sono e outros fatores que influenciam a tolerância da parturiente à dor e que aumentam os comportamentos dolorosos (YAMASHITA e GOZZANI, 1997). De acordo com Largura (2000), os hábitos e comportamentos, as práticas dos tempos passados influenciam ainda, às vezes, mais do que pensamos, os comportamentos atuais. Isto leva a parturiente, segundo Souza et all (1999), a apresentar sentimentos de angústia, medo e fantasias. Dick-Read (1947 apud LUKAS, 1983) atribui a dor no trabalho de parto, sendo este um processo fisiológico, ao medo e a desinformação da parturiente, gerando assim, um ciclo “Medo-Tensão-Dor” (M.T.D.). O objetivo do trabalho de Read era criar uma experiência de nascimento sem interferência de fatores mecânicos, farmacológicos e mentais. O Método Psicoprofilático do parto sem dor foi desenvolvido na Rússia, por Velvovsky, e foi mais tarde apresentado ao Ocidente por Lamaze (ARTAL et al., 1999, SEVASTANO e NOVO, 1981, LIMA et al. 1985). Segundo Lamaze a dor durante o trabalho de parto ocorre devido a reflexos condicionados negativos no córtex cerebral, sendo que seu método de preparação para o parto consiste em uma substituição destes reflexos negativos por positivos, com o objetivo de produzir um parto sem dor (LUKAS, 1983). Lamaze popularizou o conceito de que a dor no parto não é uma doença, portanto, o parto não é uma indicação para drogas analgésicas (ARTAL et al., 1999). A respiração é um ato involuntário, que prossegue desde o momento do nascimento até a morte. Entretanto ela pode ser uma atividade voluntária – controlada e manipulada conscientemente (POLDEN e MANTLE, 1997). Segundo a escola Russa,

as modificações do ritmo respiratório que a parturiente executa conscientemente durante a contração uterina criam o reflexo condicionado “contração-respiração” que substitui o reflexo também condicionado “contração-dor” (BENZECRY e CERRUTI, 1995). Existem numerosas técnicas de respiração, propostas na literatura, para o período de dilatação do parto, sendo as mais conhecidas a respiração abdominal ou profunda, preconizada pelos soviéticos. E a respiração costal superior ou ofegante, introduzida por Thoms e divulgada por Lamaze, que é muito difundida entre nós (BENZECRY e CERRUTI, 1995). A dor no trabalho de parto é um potente estimulador da respiração da mãe, aumentando o volume corrente e a frequencia respiratória, agravando a hipocapnia que decorre das alterações das alterações anatomofisiológicas da gravidez (YAMASHITA e GOZZANI, 1997). De acordo com Benzecry e Cerruti (1995) estudos realizados com um dolorímetro, demonstraram que o limiar da dor se eleva mais na respiração ofegante do que nas inalações de tricloretileno e protóxido de azoto. Milhares de observações realizadas no serviço de Nikolajew confirmam que a saturação de oxigênio no sangue da parturiente é muito eficaz no “parto sem dor”. Porém, o aumento da freqüência com diminuição da amplitude respiratória promovem a queda do dióxido de carbono, resultando em uma alcalose respiratória, o que pode levar a uma vasoconstrição uterina (SOUZA et al., 1999). Na respiração abdominal, ou diafragmática, a velocidade da respiração é melhor dosada, facilitando a contração dos músculos abdominais, desviando o foco de atenção da paciente e ainda reforçando o reflexo condicionado “contração-respiração” (BENZECRY e CERRUTI, 1995). Levando em consideração todas as alterações que ocorrem no organismo durante


a gestação, a falta absoluta de controle materno sobre as sensações no processo de parto e as controvérsias existentes na literatura sobre os diferentes tipos de respiração, suas vantagens e desvantagens, procedemos à elaboração de um estudo que permitisse avaliar se o padrão respiratório adotado pela gestante interfere no trabalho de parto. Materiais e Métodos A presente pesquisa foi do tipo experimental. Teve aprovação do Comitê de Ética da UDESC, sob protocolo nº 36/201. A coleta de dados ocorreu nos meses de Março, Abril e Maio de 2001. O critério de inclusão na amostra foi que a parturiente deveria apresentar dilatação cervical igual ou superior a 5cm. A amostra, caracterizada do tipo nãoprobabilística acidental, constitui-se de vinte parturientes. Quinze delas evoluíram para o parto normal e cinco tiveram encaminhamento para o parto cesáreo. Foi verificado o padrão respiratório das parturientes durante e no intervalo das contrações. Em seguida, a paciente era orientada a respirar profunda e lentamente durante cada contração com monitoração dos pesquisadores. Durante todo o acompanhamento, foram observadas reações da parturiente em relação ao medo, tensão e dor, anotados em protocolo de pesquisa (valores como o da saturação de oxigênio, eram somente registrados em decúbito lateral esquerdo, sendo que a paciente, para fazer parte da amostra, deveria ter no mínimo sete valores da saturação de oxigênio). No partograma era verificado o tempo de trabalho de parto, bem como o tempo do período expulsivo. A entrevista continha apenas questões fechadas. Resultados Todos os resultados foram divididos em dois grupos, aquelas mulheres que tiveram parto normal (n=15), e aquelas encaminhadas para o parto cesáreo (n=5), devido a distocias funcionais, fadiga intensa da parturiente e sofrimento fetal. A maioria das parturientes de parto normal tinha entre 21 e 30 anos (46,6%), 40% entre 10 e 20 anos e 13,3% estavam entre 31 e 40 anos. Daquelas encaminhadas à cesariana,

60% tinha entre 21 e 30 anos, e o restante (40%), tinha entre 10 e 20 anos. Do grupo parto normal, a maioria das parturientes era casada (60%), e possuíam o 1º grau incompleto (40%). No grupo parto cesáreo, as mulheres casadas também eram maioria (60%), bem como aquelas que tinham o 1º incompleto (60%). A grande maioria das mulheres entrevistadas não realizava nenhum tipo de atividade física anteriormente à gestação. Seguindo sempre a mesma ordem dos dados e grupos, 6,6% e 0% realizavam uma a duas vezes por semana, 13,3% e 20% praticavam atividade física de três a quatro vezes por semana, e apenas 6,6% do grupo do parto normal realizava atividade física mais de quatro vezes por semana. Quando questionadas sobre a freqüência da atividade física durante a gestação, as mulheres do parto normal, 66,6% não realizaram nenhuma atividade física, 6,6% praticaram uma a duas vezes por semana, nenhuma praticou de três a quatro vezes semanais, e 26,6% praticavam mais de quatro vezes por semana. Do grupo do parto cesáreo, diminuiu o número de mulheres que não praticavam atividade física, eram 60%, e aumentou aquelas que realizavam de uma a duas vezes por semana, e nos 20%, restantes os valores permaneceram inalterados. De ambos os grupos, normal e cesáreo, a maioria era primípara, 73,3% e 80% respectivamente. Os 26,6% das multíparas do grupo do parto normal tiveram parto normal prévio, naquelas pertencentes ao grupo cesáreo, haviam realizado parto cesáreo anteriormente. Antes mesmo de serem dadas orientações às parturientes em relação a técnica respiratória verificou-se que toda a amostra apresentava padrão respiratório diafragmático no intervalo da contração. Entretanto, durante a contração no grupo do parto cesáreo, e em 20% das pacientes no parto normal realizavam padrão costal superior. Cem por cento das pacientes não tinham participado de grupos de preparação para o parto. Os dados apresentados a seguir são referentes somente às parturientes que evoluíram para o parto normal. Todas as gestantes que evoluíram para parto normal responderam que a respiração

utilizada interferiu de alguma forma em seus partos: 40% diminuindo a dor, 26,6% distraindo-a da dor, 6,6% dando maior disposição, e 33,3% foram influenciadas de outras maneiras (ficando mais segura, menos tensa, nervosa ou ainda mais calma). As parturientes foram questionadas sobre quais sensações havia tido durante o parto, 80% delas referiram medo, 86,6% tensão e 93,3% dor. Apenas uma puérpera primípara relatou não ter sentido dor durante o trabalho de parto. As razões para o medo foram demonstradas na TABELA 1. Nenhuma puérpera relatou ter dificuldade em aprender a técnica respiratória, 66,6% não tiveram dificuldade em realizar, no entanto, 26,6% referiram dificuldade em realiza-la devido à dor e 6,6% tiveram dificuldade por outros motivos. Das mulheres entrevistadas, 93,3% relataram que não houve interferência negativa da técnica utiliza, 6,6% referiu deixá-la irritada. Todas as parturientes quando indagadas relataram que utilizariam a técnica respiratória em partos futuros, bem como aconselhariam outras gestantes a utilizar. Os dados que seguem são novamente divididos em grupo parto normal e grupo cesáreo. Quando investigados os sinais e sintomas de medo, no grupo do parto normal, 73,3% apresentaram mãos úmidas e/ou frias, 53,3% solicitaram companhia, 40% apresentaram rubor, 13,3% palpitação e 6,6% palidez. Das parturientes do grupo do parto cesáreo 80% apresentaram mãos úmidas e/ou frias, 60% rubor, 20% palpitação e 20% palidez. A taquicardia também é um sintoma de medo, no entanto nem todas a parturientes fizeram parte da amostragem. No grupo parto normal (n=9), e no parto cesáreo (n=4), cerca de 77,7% do 1o grupo apresentou taquicardia, e todas do 2o grupo apresentaram este sintoma. Os valores mais expressivos da característica de medo, pressão arterial e freqüência cardíaca, no grupo parto normal, foram 73,3% de PA mantida, 46,6% de FR mantida e 46,6% de aumento da FR. Para o grupo de parto cesáreo, os dados www.fisioon.com.br


já durante a contração, o máximo coletado foi 100% e o mínimo 92%. A média de tempo transcorrido no trabalho de parto de primíparas (n=11) foi de 6h48min30s e nas multíparas (n=4) foi de 2h51minutos. Cerca de 54,4% das primíparas ficaram em trabalho de parto entre 2h 30minutoos e 4 horas. Setenta e cinco por cento das multíparas ficaram entre 1 e 4 horas em trabalho de parto.

de parto, diminuindo a sensação de dor, distraindo-a do foco de atenção da contração para a respiração, promovendo assim, maior ânimo e disposição, além de maior segurança, calma, e menor tensão. É preciso que haja uma reeducação da “dor da parturição” mediante a presença de profissionais habilitados para empregar e monitorar a técnica respiratória durante o parto. Desta forma, é preciso uma atitude mais positiva sobre o fenômeno gestação – parto para que tenhamos mais clareza e TABELA 2 – Tempo transcorri- domínio da tríade medo- tensão- dor. do no período expulsivo do trabalho Sperandio, Fabiana Flores  de parto.

mais expressivos foram 60% de aumento da pressão sistólica e 60% de diminuição da FR. De acordo com os sinais e sintomas da tensão, as parturientes do grupo do parto normal, 46,6% apresentaram fadiga, 40% tremores, 60% inquietação, 46,6% incapacidade de relaxar e 66,6% face contraída. Nenhuma parturiente apresentou piscar de olhos freqüentemente. Das parturientes do grupo do parto cesáreo, 40% apresentaram fadiga, 100% tremores, inquietação e face contraída, 60% incapacidade para relaxar e 20% piscar de olhos freqüentemente. Os sinais de dor do grupo do parto normal foram, 66,6% sudorese e 53,3% choro. No grupo cesáreo, 80% sudorese e 60% choro. Durante as contrações do grupo parto normal (n=9) a saturação de oxigênio aumentou em 77,7%, em 22,2% os valores se mantiveram iguais aos pré-contração. Os valores mínimos e máximos da saturação entre e durante as contrações foram 86% e 99%, e 96% e 100% respectivamente. Do grupo cesáreo (n=4), 75% apresentaram aumento da saturação de oxigênio durante a contração e 25% apresentaram diminuição. No intervalo da contração o valor máximo foi 99% e o mínimo 94%,

Conclusão Estes dados reforçam a idéia de que o nível de informação e o “status” sócio-econômico interferem no processo parturitivo. Verificou-se que a técnica respiratória diminui a sensação de dor manifesta. O medo foi a sensação mais sentida durante o trabalho de parto. A técnica respiratória na grande maioria dos casos não interferiu negativamente no trabalho de parto. O sinal mais freqüente de medo foi mãos úmidas e/ou frias, seguido da solicitação de companhia com 6/7cm de dilatação em um parto normal e com 4 cm no parto cesáreo. A face contraída foi o sinal mais freqüente de tensão. Tremores e inquietações estavam presentes freqüentemente com 5/6 cm de dilatação do colo uterino. A dor interpretada pelo suor e choro estava predominante com 5/6 cm de dilatação. A técnica respiratória manteve ou aumentava a saturação de oxigênio no período pré-contração quando em decúbito lateral esquerdo. As características físicas e o estado emocional da parturiente interferiram na duração do trabalho de parto. A respiração diafragmática profunda e lenta favoreceu o período de dilatação do colo do útero. Diante destes fatos, conclui-se que o padrão respiratório adotado pela parturiente interfere no trabalho

Boas, Juliana Ribeiro Martinez Vilas Böing, Iara


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