Editorial
Indice
É isso aí pessoal, mais um aniversário da Revista Fisio&terapia e da regulamentação de nossa tão querida profissão. Gostaria de agradecer a cada uma das pessoas que nos ajudaram nestes 6 anos de Revista, nos primeiros anos, nós até colocávamos os nomes de cada um, mas graças a Deus depois destes anos todos, o número de amigos cresceu muito e agora se formos colocar todos os nomes não iram sobrar páginas para as matérias, sendo assim decidimos colocar algumas fotos, afinal imagens falam mais que mil palavras e comunicar que mesmo seu nome não saindo aqui, tenha certeza que você está em nossa memória e em nossos corações, tenha certeza. A todos, muito obrigado e continue com a gente.
04 - Agenda. 06 - Cartas 09 - Oportunidade 10 - Repercussões no Desenvolvimento Neuropsicomotor em Recém Nascidos de Risco 13 - Disfunção Craniomandibular 14 - Entrevista com Prof. Gil Lucio Almeida 22 - Fisioterapia Preventiva na Saúde da Mulher , um enfoque Gestacional 24 - Exames Laboratoriais 26 - TENS nas Algias Lombares Causadas por Hérnia de Disco 30 - A Drenagem Linfática e sua Aplicabilidade nos Períodos de Mudança Hormonal 33 - Contos da Tininha
Dr. Oston de Lacerda Mendes Editor
34 - Dicas da Tininha
Ah, já ia me esquecendo, a partir desta edição teremos mais uma amiga escrevendo para a Revista Fisio&terapia, na verdade é uma maluquinha que apareceu aqui na Redação dizendo que escrevia muito bem e coisa e tal e nós resolvemos pagar para ver, espero que gostem e participem com seus comentários nem que seja para mandar ela para longe daqui! O pseudomino da figura é Tininha e para escrever para ela o e-mail é tininha@ fisioon.com.br
Parabéns doutor(a)! Parabéns acadêmico! 33 anos de regulamentação profissional, e ao contrário dos pessimistas, afirmo que temos muito que comemorar. Apesar dos diversos entraves causados por questões políticoadministrativas e o avassalador crescimento das instituições de ensino superior ministrando curso de Fisioterapia sem uma criteriosa avaliação da oferta de profissionais X atual e futura situação do mercado de trabalho, podemos ficar otimistas, pois uma profissão com apenas 3 décadas de regulamentação temos uma evolução e representação junto a sociedade que é inquestionável, basta citar que se trata do curso mais concorrido entre as principais escolas do país, profissionais com destaque mundial e o crescimento de trabalhos de pesquisa em nossa área. Temos que ter a consciência que ainda teremos que transpor obstáculos, mas se fizermos a principal “reforma” que a Fisioterapia necessita, que é a COESÃO PROFISSIONAL, certamente cresceremos muito mais nos próximos 33 anos do que até o momento. Lembrem-se: Você faz parte desta história, esse compromisso também é seu, não basta só criticar, tem que PARTICIPAR. Não adianta ter somente FORMAÇÃO tem que se ter INFORMAÇÃO. Dr. Fabiano Moreira Diretor de Edição e Docente em Fisioterapia.
Expediente Diretor e Editor Dr. Oston Mendes Diretora Comercial Luciene Lopes Diretor de Edição Dr. Fabiano Moreira da Silva Diretora de Correspondentes Karine Garcia Santos Assistente de Redação Diogo Santos Gerente de Produção Márcio Amaral Jornalista Responsável Rafael Vieira Rodrigues Assessoria Jurídica Dr. Walter Lambert de Brito
Fale com a Redação: Comentários, sugestões, escreva para Revista Fisio&terapia. R. José Linhares, 134 Leblon - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 22430220 Telefones: (21) 2249-8190 / (21) 2294-9385 Site: www.fisioon.com.br - e-mail: revista@fisioon.com.br Como Assinar: A Revista Fisio&terapia é uma publicação bimestral e somente é vendida por assinatura. As assinaturas podem ser feitas pelos telefones ou pelo Site onde você pode imprimir seu boleto bancário. Programação Visual e Web Desing. Uq programação visual - marcio@fisioon.com.br A Revista Fisio&terapia não se responsabiliza por cartas e artigos assinados. www.fisioon.com.br
Agenda DESC 10% 5% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 5% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% Esp.
DATA 16 a 18 17 a 19 18 e 19 18 e 19 19 19 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20
CURSO CIDADE UF. 4ª Jornada Acadêmica de Fisioterapia da UNISANTA Santos SP 4º Simpósio de Fisioterapia / UNIGRANRIO Duque de Caxias RJ Curso Intern. de Hidroterapia: Método Bad Ragaz - Peggy Schoedinger - EUA São Paulo SP ABC da Fisioterapia em UTI / Dr. Carlos Alberto Caetano Azeredo Rio de Janeiro RJ Curso Kinésio Taping Rio de Janeiro RJ Conceitos de Neurociências Aplicados à Clínica e TTo. de Lesões do S.N. Rio de Janeiro RJ Cursos de R.M.A / Dra. Yunã Faision Galvão Magalhães Rio de Janeiro RJ Avaliação e Técnicas de Manuseio Terapeutico em Pacientes Infantis Portadores de PC. Rio de Janeiro RJ Fisioterapia Obstétrica Rio de Janeiro RJ Curso Teórico Prático de Quiropraxia Nova Friburgo RJ Fisioterapia Dermato-Funcional e Estética / Módulo II Niterói RJ Anatomia Palpatória / Dra. Lília Junqueira Brasília DF Fisioterapia em Oncologia São Paulo SP Curso de Formação sobre Bolas (Teórico/Prático/Turma A) / Dr. André Petit São Paulo SP
TELEFONES (13) 9113-9759 / 9137-3650 (21) 2672-7737 / 2672-7772 (43) 325-7656 / 0800 437008 (21) 2223-2379 / 9395-2478 (21) 2275-3147 / 0800 2824252 (21) 2562-6150 / 2590-4891 (21) 2251-9285 / 2247-8557 (21) 2422-2041 / 9866-5915 (21) 2275-3147 / 0800 2824252 (22) 2523-8863 / 2523-9372 (21) 2610-2626 r. 239 (61) 340-2344 / 347-5457 0800 7712666 (19) 3422-1066
19 e 20 Bases Neurofuncionais para Fisioterapia (36h) / Módulos I e II Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 19 a 02 Baby Course Bobath São J. dos Cpos SP 0800 7712666 20 e 21 Curso Internacional de Hidroterapia: Hidroterapia nas Algias - Peggy Schoedinger - EUA São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800 437008 21 a 25 Gama Fisio Rio de Janeiro RJ informações no local 21 a 02 RPG / Philippe Souchard Brasília DF (61) 340-2344 / 347-5457 22 e 23 Curso de Formação sobre Bolas (Teórico/Prático/Turma B) / Dr. André Petit São Paulo SP (19) 3422-1066 25 e 26 Curso de Formação em Terapia Manual / Dr. Afonso Shigueime Jequié BA (73) 526-8609 25 e 26 8º Encontro Acadêmico de Fisioterapia / 2º Fórum de Ética em Fisioterapia PESTALOZZI Niterói RJ (21) 2616-3311 r. 207 25 e 26 Curso Internacional de Hidroterapia: Método Halliwick - Peggy Schoedinger - EUA São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800 437008 25 a 27 Formação de Cons. em Erg. e Método CNROSSI de Prev. às LER/DORT - Módulo III São Paulo SP (11) 3034-3279 25 a 27 Curso de Terapia Manual e Postural / Módulo III Fortaleza CE (85) 242-9444 25 a 27 Fisioterapia Aplicada às Patologias da ATM Curitiba PR (41) 225-6670 25 a 27 Mobilização Neural / Módulo C Campinas SP (19) 3213-6822 25 a 27 Solo e Água: Exercícios Físicos na Gravidez / Dra. Mirca Ocanhas Ribeirão Preto SP (16) 623-1944 25 a 03 1º Quinta D’or Rio de Janeiro RJ (21) 2543-8434 26 Curso de Formação em Shiatsuterapia Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 26 e 27 Curso de Formação sobre Bolas (Teórico/Prático/Turma C) / Dr. André Petit Fortaleza CE (19) 3422-1066 26 e 27 Curso de Formação em Acupuntura Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 26 e 27 Métodos e Técnicas de Avaliação Fisioterápica (30h) / Módulo I / Dr. Vinícius Banzato Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 26 e 27 Curso de Home Care / Módulo III / Dr. José da Rocha Cunha Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 26 e 27 Alongamento Postural (ISO-STRETCHING) Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 26 e 27 Desalinhamentos Art. e Desequilibrios Musc. no Desenv. das Periartrites Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 26 e 27 3ª Turma de Biomecânica (88h) / Módulo V Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 26 e 27 Manipulação Terapêutica Avançada - Terapias manuais São Paulo SP (11) 6996-2645 / 6952-2035 26 e 27 Revisão Músculo Esquelético / Unidade Superior Rio de Janeiro RJ (21) 2570-8920 / 2285-4564 26 e 27 Pilates Formação pelo CGPA Il Módulo Rio de Janeiro RJ (21) 2253-5017 26 e 27 Técnica da Massoterapia para Lesões Traumato-Ortopédicas e Reumatológicas Niterói RJ (21) 2610-2626 26 a 02 Reeducação Postural Global pelo Reequilíbrio Neuromuscular / Módulo I São J. dos Cpos SP 0800 7712666 28 a 03 As Cadeias Musculares da Periferia / Módulo II Belo Horizonte MG (31) 3226-4836 / 9958-4479 30 a 02 2º Evento Londrinense de Fisioterapia Londrina PR 31 a 03 Terapia Manual Vertebral Básico Campinas SP (19) 3213-6822 11.NOVEMBRO Em Nov. Estabilização Segmentar Vertebral II Rio de Janeiro RJ (21) 2543-8434 01 a 03 Massoterapia para Fisioterapeuta Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 02 e 03 Curso de Hallwick Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 9909-9461 02 e 03 Métodos e Técnicas de Avaliação Fisioterápica (30h) / Módulo II / Dr. Vinícius Banzato Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 Unidade de Terapia Intensiva / Módulo III / Dr. José da Rocha Cunha Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 A Influência dos Desalinhamentos Art. e dos Desequilibrios Musc. nas Periartrites Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 Bases Neurofuncionais para Fisioterapia (36h) / Módulo IV Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 Unidade de Terapia Intensiva / Módulo I / Dr. José da Rocha Cunha Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 Curso de Cineantropometria (30h) / Módulo I / Dr. Márcio de Assis Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 02 e 03 Drenagem Linfática Manual Rio de Janeiro RJ (21) 3273-2210 03 Cosmetodologia Aplicada à Fisioterapia Dermato-Funcional (30h) / Módulo IV Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 04 a 15 RPG - Philippe Souchard São Paulo SP (11) 240-9605 / 240-0675 06 Palestra: Auto-conhecimento com Do-In Rio de Janeiro RJ (21) 2205-1570 06 a 10 Técnicas Viscerais e Cranianas / Módulo III Rio de Janeiro RJ (21) 2570-8920 / 2285-4564 07 a 10 2º Congresso de Fisioterapia da UFJF / 6º Encontro de Fisioterapia Juiz de Fora MG (32) 3236-4237 / 9971-6034
DESC DATA CURSO CIDADE UF. TELEFONES 07 a 10 Ergonomia para Fisioterapeutas Rio de Janeiro RJ (21) 2275-3147 / 0800 2824252 08 e 09 Hérnia de Disco Lombar: Clínica e Tratamento Fisioterápico Ribeirão Preto SP (16) 623-1944 08 e 09 Avaliação Biomecânica do Pé e suas Implicações Clínicas / Dr. Haroldo Leite Fonseca Belo Horizonte MG (31) 3427-7007 / 9968-8640 08 e 09 2º Simpósio Brasileiro de Desordens Temporomandibulares e Dores Orofaciais Belo Horizonte MG (31) 3298-1800 08 a 10 Estabilização Segmentar Terapêutica Campinas SP (19) 3213-6822 5% 08 a 10 Mulligan Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 08 a 10 Fisioterapia Dermato-Funcional e Eletroterapia em Estética Dra. Lorice Issa Miguel São Paulo SP (11) 3079-0925 / 3168-2592 08 a 10 Eletro-estimulação Performance Neuromuscular Dr.Nivaldo Parizotto e Jamilson Brasileiro Rio de Janeiro 09 XII Curso de Técnicas de Terapia Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2251-9285 / 2247-8557 10% 09 e 10 Curso de Cineantropometria (30h) / Módulo II / Dr. Márcio de Assis Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 09 e 10 Fisioterapia Dermato-Funcional com Ênfase em Estética Facial Rio de Janeiro RJ (21) 3273-2210 10% 09 e 10 Unidade de Terapia Intensiva / Módulo II / Dr. José da Rocha Cunha Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 10% 09 e 10 3ª Turma de Biomecânica (88h) / Módulo VI Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 10% 09 e 10 Manipulação Terapêutica Avançada - Terapias manuais São Paulo SP (11) 6996-2645 / 6952-2035 09 e 10 Pilates Formação pelo CGPA Ill Módulo Rio de Janeiro RJ (21) 2253-5017 09 e 10 1º Seminário Multidisciplinar em Segurança e Saúde Ocupacional Guarulhos SP (11) 4436-4066 / 4994-1205 11 a 17 Reeducação Uroginecológica São Paulo SP 0800 7712666 12 a 14 7ª Jornada de Fisioterapia Desportiva do HCE Rio de Janeiro RJ (21) 3891-7031 / 3891-7182 12 a 15 Curso Internacional de Terapia Manual: Método Mulligan - Toby e Kim - Austrália Rio de Janeiro RJ (43) 325-7656 / 0800 437008 14 a 16 5ª Jornada de Ortopedia, Traumatologia e Fisioterapia do Norte de Minas Montes Claros MG (38) 3222-3495 14 a 17 ESEEFISIO (1º Encontro Sudeste de Estudantes de Fisioterapia) Rio de Janeiro RJ ? 15 a 17 Hidroterapia - Halliwick Básico (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 9647-3463 16 e 17 Curso Internacional de Terapia Manual: Mobilização Neural - Toby e Kim - Austrália Rio de Janeiro RJ (43) 325-7656 / 0800 437008 16 e 17 4º FisioCampos Campos RJ (22) 2724-8461 / 9253-0002 18 e 21 Hidroterapia - Bad Ragaz (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 9647-3463 19 e 20 Relaxamento Aquático para Fisioterapia (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ (21) 2287-8413 / 9647-3463 20 a 23 Curso Internacional de Terapia Manual: Método Mulligan - Toby e Kim - Austrália São Paulo SP (43) 325-7656 / 0800 437008 22 e 23 1ª SICFISIO (Semana de Iniciação Científica de Fisioterapia da EMESCAM) Vitória ES (27) 3334-3577 / 3315-1612 10% 22 a 24 Curso Internacional Método Mulligan Joinville SC (47) 425-2359 / 425-8914 22 a 24 Biomecânica da Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 2570-8920 / 2285-4564 10% 23 e 24 3ª Turma de Biomecânica (88h) / Módulo VII Rio de Janeiro RJ (21) 2422-2041 / 9866-5915 23 e 24 Ergonomia e Fisioterapia nos Distúrbios Ósteo-Musculares Relacionados ao Trabalhos Niterói RJ (21) 2610-2626 Confira a Agenda Completa no site: www.fisioon.com.br CURSOS INTERNACIONAIS/2002/2003 MÉTODO MULLIGAN Curso reconhecido pela Associação Internacional Mulligan - Nova Zelândia - Nossa empresa é responsável pela introdução do método no Brasil (1997). Terapia Manual: Ministrantes: Kim Robinson e Toby Hall-Únicos instrutores “seniors” CURSOS DE FISIOTERAPIA do método, nível máximo. Fisioterapeutas fundadores e chefes da MOBILIZAÇÃO NEURAL-Terapia Manual-(SP e RJ) Associação Internacional dos Instrutores do Método. Kim Robinson e Toby Hall - Austrália - (Novembro/2002) Hidroterapia: São considerados os mais experientes, por serem os primeiros MÉTODO MAITLAND - Terapia Manual (SP) fisioterapeutas credenciados.Ajudaram a fundar o método juntamente MÉTODO BAD RAGAZ – ( SP) com Brian Mulligan, ministrando cursos desde o início, há 15 anos, Robert Nee - EUA - Coluna e Membros - (Janeiro/2003) Peggy Schoedinger – EUA (Outubro/2002) em vários países. MOVIMENTO COMBINADO/Algias da Coluna-Maitland Avançado MÉTODO HALLIWICK - (SP) Kim Robinson e Toby Hall - Austrália - (Março/2003) - (SP e RJ)
ValériaFigueiredo
Peggy Schoedinger - EUA - (Outubro/2002) O Método: Trabalha a mobilidade articular, recuperando a sua
RPG - PELO SISTEMA AUSTRALIANO- (SP) n 1ª ve mobilidade normal e aliviando a dor. O resultado é imediato. HIDROTERAPIA NAS ALGIAS - (SP) Kim Robinson e Toby Hall - Austrália - (Março/2003) o Braszil Peggy Schoedinger – EUA (Outubro/2002) O Curso: 4 dias, fácil aplicação, 80% prático, apostilado com MÉTODO KABAT - (SP) HIDROTERAPIA EM NEUROLOGIA - (SP) fotos das técnicas, abrangendo: Dusty e Cathy – EUA - (Agosto/2003) - Coluna Lombar e Membros Inferiores: (quadril, joelho e tornozelo) Julie e Judy – Austrália (Dezembro/2002) ORTOPEDIA FUNCIONAL - Terapia Manual - (SP) - Coluna Cervical (Cervicalgia), Dorsal e Membros Superiores: George Aaron – EUA (Setembro/2003) TERAPIA MANUAL AQUÁTICA E (ombro, cotovelo e punho). CONCEITO McConnell - Bandagem Funcional - (SP) ORTOPEDIA - (SP) Maiores Informações: Local:São Paulo e Rio de Janeiro Jenny McConnell – Austrália - (Setembro/2003) Julie e Judy – Austrália - (Dezembro/2002) Data:Novembro/2002 (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008 / Site: www.vfcursos.com.br / E-mail: vfcursos@vfcursos.com.br
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Cartas Em setembro a Revista Fisio&terapia colocou em seu site a seguinte enquete: “você está satisfeito com o crefito de sua região?” E o resultado até o fechamento desta edição foi:
Podemos perceber que a insatisfação prevalece em algumas regiões, porém alguns crefito’s tiveram um resultado satisfatório, foi o caso dos crefitos 5, 9, 1 e 7 por isso procuramos seus respectivos presidentes para saber deles à que fator eles creditam esta aceitação por parte dos seus profissionais. CREFITO-1 Jurisdição PE, PB, AL, RN O CREFITO-1 desde de 11 de Janeiro de 2002, vem experienciando ações administrativas e políticas que nos últimos três anos e dez meses, faz o diferencial. A nosso entender com aprovação a maioria de profissionais das duas categorias. Somos membros do Colegiado anterior e, éramos oposição na grande maioria das ações administrativas, políticas e financeiras desenvolvidas pela Conselheira Efetiva que na época era Presidente. Atualmente, aproximamos às categorias ao dia a dia do CREFITO-1, através da reestruturação do DEFIS – Departamento de Fiscalização, Comissão de Ética, Comissão de Ensino e, estamos nos mobilizando para criar a Comissão de acadêmicos. Realizamos Fórum de Debates sobre a questão da Fisioterapia em Dermato-Funcional. Estamos organizando Fórum para discutir a questão da Arteterapia em Terapia Ocupacional e, o I Encontro de Interiorização para abertura de mercado de trabalho para o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional. Além de promover a reestruturação física e administrativa, com adequação financeira para a melhora do atendimento ao público. Estamos num momento de retomada, reorganização e resgate do CREFITO-1, onde os profissionais da nossa jurisdição estão nos oferecendo credibilidade. Reconhecemos que o caminho é difícil, mas não impossível, e nossa prática atual é a comprovação de que podemos mudar. Dra. Edjane Barbosa Mendes Presidente em exercício CREFITO-5 Jurisdição RS. Acredito que esse índice alto de aprovação se deva ao fato dos
profissionais, estarem aceitando a nossa proposta de gestão de “mudar a cara” do Crefito-5. Os profissionais estão percebendo um Crefito mais ABERTO e DESEJOSO da participação de todos na administração do Conselho e, com isso, UNIDOS, para trabalharmos juntos por um futuro melhor em termos de RECONHECIMENTO e VALORIZAÇÃO de nossas profissões. Procuramos na medida do possível, demonstrar que o Crefito não pode ser visto, somente como um órgão que pune e arrecada, temos um compromisso SÓCIO-EDUCATIVO muito grande que necessita ser absorvido pelas categorias e pela sociedade É o que penso. Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Presidente CREFITO-7 Jurisdição BA, SE. O sucesso do CREFITO-7, cuja jurisdição abrange os estados da Bahia e Sergipe, deve-se sobretudo a seriedade e ao trabalho que vem sendo executado desde a gestão anterior. A nossa meta é a de atender as necessidades dos profissionais Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, estreitando laços entre diretoria/ colegas, para que juntos possamos defender os interesses das profissões com competência e seriedade.Na oportunidade, ensejamos votos de PAZ, apreço e elevada estima. Cons. José Roberto Borges dos Santos Presidente. CREFITO-9 Jurisdição MT, MS AC, RO. O CREFITO-9 apesar de ser o último Conselho instalado, alcançou reconhecimento, priorizando sempre a fiscalização. Ao longo dos sete anos de funcionamento combateu, por exemplo a presença de leigos com vigor, alcançando ótimos resultados. Desconhecemos o profissional que não saiba a forma séria e madura de tratamento que o CREFITO 9 desenvolve com a fiscalização. Com a realização de uma segunda eleição, a primeira foi anulada pelo COFFITO, os profissionais se mobilizaram em prol do CREFITO 9. Aconteceram muitos fatos importantes neste período eleitoral que de certo amadureceu a relação dos profissionais com o Conselho, percebemos colegas defendendo o órgão como nunca ocorrera anteriormente. O que me levou a ser candidato ao COFFITO! Estou, como muitos outros colegas, insatisfeito com o funcionamento do Sistema COFFITO/CREFITOS, principalmente com a atmosfera de acomodação e falta de esperança. Muitos não acreditam que os Conselhos possam produzir algo de concreto e positivo em prol da educação, honorários, organização profissional, ampliação da rede pública que envolva a fisioterapia e a terapia
ocupacional, etc. Acredito que o nosso grupo, com pessoas reconhecidamente competentes tanto na área acadêmica como político-profissional, engajadas em Universidades, Cooperativas, Sociedades Científicas, CREFITOS, etc. poderá produzir atitudes orquestradas, envolvendo as lideranças em modelo de co-responsabilidade, para trabalharmos pela concretização de nossas propostas que são revolucionárias, democráticas, e possíveis de se conquistar. Quero trabalhar pelo amadurecimento das relações entre as diversas organizações profissionais e o Sistema COFFITO/CREFITOs. Os conselhos
têm a determinação legal de estimular, “por todos os meios, inclusive mediante auxílio” , todas as entidades de classe que demonstrem vontade e organização pelas categorias representadas. Só conseguiremos mudar as nossas realidades, tanto nacional como regional, se motivarmos e entrosarmos o máximo de colegas em torno de um planejamento participativo muito bem discutido e elaborado para combater as questões que continuam a nos afetar. Sem mais,
Como acadêmico de Fisioterapia observo muitas críticas feitas aos profissionais ditos “políticos” isso representa um grande retrocesso e uma acomodação para o curso. A partir do momento que reconhecermos o valor e a importância da participação ativa do nosso curso em questões políticas de nosso país, conseguiremos alterar estes fatores. Quantos realmente possuem uma conscientização do verdadeiro papel do fisioterapeuta dentro da nossa sociedade? Vai muito além do que um simples atendimento e uma satisfação em contribuir com o próximo. Não adianta ficarmos em busca de benefícios próprios e esquecer que somos responsáveis pelo futuro da fisioterapia no Brasil. Esta profissão precisará de luta e apoio em busca de um bem comum para que unidos possamos alcançar objetivos como classe. É de suma importância termos pessoas que representem a profissão como um todo diante dos órgãos governamentais e da sociedade brasileira. Observamos hoje profissionais que se trancam em suas clínicas e que não participam das mudanças que estão interligadas à sua própria profissão, portanto precisamos ter em mente que o desenvolvimento da fisioterapia depende da melhoria de fatores sócio-político-econômicos. Criticar fisioterapeutas se não damos um passo à frente em nossa maneira de pensar é estar prejudicando o futuro de nossa profissão. Muito do que a fisioterapia é hoje, advém da participação política de diversos profissionais. Cabe aos acadêmicos e aos profissionais assumirem um compromisso social e político, participando de fatos que podem influenciar diretamente em nossa profissão seja em centros acadêmicos, entidades, associações ou sindicatos. A f isioterapia tem alicerces sólidos, b a s e a d o em excelência de ensino, cientificidade, ética, e principalmente amor. Mas ainda é necessário união para que o futuro da Fisioterapia não seja uma utopia.
Encontro Nordestino de Estudantes de Fisioterapia e o I Encontro Nacional de Acadêmicos de Fisioterapia, onde esteve representado o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e alguns Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITOs). As mesas tratavam de assuntos referentes a abertura desenfreada de novos cursos de Fisioterapia e sobre as conturbadas eleições dos Conselhos Regionais e do próprio COFFITO, tendo pôr objetivo saber como estariam lidando nossas entidades profissionais sobre esses assuntos. O que se viu, entretanto, foi uma verdadeira lavação de roupa suja perante todos nós estudantes. Agressões sobre perpetuação de poder, troca de acusações e poucas explicações sobre os assuntos em pauta, predominaram na discussão. Não se observou nenhuma ação efetiva dos Conselhos para coibir a abertura de novos cursos e tampouco preocupação, pôr parte do COFFITO, com a demora excessiva para a conclusão das benditas eleições. Estávamos claramente diante de um confronto de interesses pessoais, quando o que se deve esperar dos nossos representantes, é a união e a busca do interesse coletivo da nossa profissão que é tão carente de representações políticas fortes e competentes, união essa exemplificada através de nós estudantes que acabamos de criar a Executiva Nacional de Estudantes de Fisioterapia e tínhamos como tema do evento: “A União Acadêmica Frente aos Compromissos Éticos, Políticos e Sociais”. È imprescindível ressaltar ainda que o nosso “sistema” não possui reuniões periódicas, explicitando-se assim toda a distancia que há entre o Conselho Federal e os Conselhos Regionais, dificultando pôr conseqüência a exposição, o debate e a ação para a resolução dos problemas que atingem nossa profissão. Diante desse quadro político, de desunião que vive a nossa profissão me pergunto, onde está o que se chama de “sistema” COFFITO – CREFITOs ? O que aprendi e sei, é que um sistema funciona bem através da harmonia entre seus componentes, onde as ações são integradas e apoiadas mutuamente, pois só assim se consegue algo, principalmente quando este algo é de comum interesse de vários profissionais espalhados pôr todo Brasil.
Nícolas Drumond de Carvalho Presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Fisioterapia do Vale do Aço. Onde está o “SISTEMA” COFFITO - CREFITOs? É difícil falar sobre isso, porém é inevitável perceber a insatisfação demonstrada pelos alunos do curso de fisioterapia presentes às duas mesas redondas realizadas durante o VIII
José Euclides Presidente
Wellington A. R. de Oliveira. Presidente da UNEEFISIO.
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Cartas Consultoria de Ergonomia é a nova tendência nas Empresas Contratado por uma empresa para fazer a análise das condições do ambiente de trabalho o consultor José Henrique Alves, 37 anos, se prepara com sua máquina fotográfica, e numa segunda fase com uma câmera de vídeo, para poder captar todas as nuances da rotina do empregado envolvido na produção. Ele vai observar não só as tarefas diárias executadas, mas o ambiente, o estado emocional dos indivíduos, o gestual, a relação do envolvido com as máquinas, inclusive sua postura corporal e os problemas que daí podem advir. Tudo para realizar um diagnóstico ergonômico da empresa. Ergo, o que? Para quem não sabe a ergonomia é a bola da vez quando o assunto é segurança do trabalho e qualidade de vida. Na verdade, a ergonomia é a ciência que busca adaptar ambientes, serviços, máquinas e tarefas às capacidades físicas, psíquicas e cognitivas do ser humano. E num mercado competitivo se torna fundamental não só a produtividade, mas também a melhora das condições de trabalho e de ambientação do empregado. Contratado por empresas como Banco Boa Vista, Caixa Econômica,Eletrobrás, Laboratórios Aché e British AirWays para realizar os laudos técnicos de ergonomia José Henrique Alves construiu sua trajetória profissional atravessando caminhos aparentemente inusitados, mas que acabaram contribuindo, e muito, na sua atuação nas consultorias. Estudou Física, “o que me ajudou a compreender o porquê de determinadas questões”; abandonou a Física pela Fisioterapia, e acabou não concluindo, também, o segundo curso quando foi chamado para trabalhar no Banco do Brasil. Por três anos trabalhou em análise de sistemas e coordenava setores de digitação. “Eu praticava ergonomia sem saber pois era chamado a atuar resolvendo problemas no ambiente de trabalho. É nesse período, por exemplo, que surgem as tendinites ocasionadas pela digitação. Como eu tinha feito fisioterapia e trabalhava na área de análise de sistemas e resolvia a questão”, diz. Mas será a partir de 1995, quando entra no plano de demissão voluntária do Banco do Brasil, que
José Henrique vai ao encontro de seu destino. Conclui o curso de fisioterapia e a partir daí investe na sua formação multidisciplinar: estuda Ergonomia, especializa-se em Meio Ambiente e Qualidade de Vida, cria e introduz no Brasil o Método Ergonomic WorkCare Manegement de gerenciamento ergonômico do trabalho. “Em 1999 já dava assessoria para as empresas. Na verdade, o consultor deveria ser chamado para fazer um trabalho de prevenção. As empresas estão percebendo que se gasta muito, em torno de 10% da renda bruta, com o adoecimento de seus funcionários, muitas vezes por causas emocionais.” Segundo o consultor “o médico do trabalho e até mesmo fisioterapeutas contratados pelas empresas, que já atuam desde os anos 60, podem não dar conta do processo como um todo.” E ele alerta: “Aplicar Ergonomia é proporcionar melhores condições de vida, do cuidado com o colchão à técnicas de saúde pública.” De acordo com José Henrique Alves, a consultoria nessa área tem seus macetes: “É necessário estar atento aos detalhes, sem preconceitos, apreender a cultura organizacional como um todo para não realizar laudos precipitados ou superficiais.” No Brasil, aos poucos, as atenções se voltam para tal área. Professor convidado pelo IBRAFA - Instituto Brasileiro de Fisioterapia Aplicada, para ministrar um curso de especialização em ergonomia para fisioterapeutas, no Rio de Janeiro, em outubro, José Henrique Alves nota que muitos profissionais de saúde ainda ignoram o real perfil do trabalhador brasileiro que, segundo o especialista, “ é mirrado e tem problemas de nutrição. Faltam as bases de uma educação mais consistente. Qualidade de Vida se aprende. Isso eu tento passar, por exemplo, para os meus alunos fisioterapeutas”, diz. Não se enganem. Ao contrário da maioria de seus colegas da área médica e técnica, José Henrique Alves não abre mão de sua verve artística. Durante muitos anos tocou nas noites cariocas e, ainda hoje, se aventura a apresentações de gaita para os amigos. Pensa-se em ergonomia nessas horas de descontração? “Bem, até para tocar um instrumento é bom estar atento”, finaliza com bom humor. José Henrique Alves – Consultor - Tel: 9326- 0042 Aos Interessados: IBRAFA - Instituto Brasileiro de Fisioterapia Aplicada. Rua da Passagem 83, sala 202. Botafogo. Rio de Janeiro. RJ. CEP 22290-030. - Telefones: 0800 2824252 ou (21) 2275-3147. Cursos: Curso de Ergonomia para Fisioterapeutas. de 16 a 19/11/2002 em São Paulo.
A Revista Fisio&terapia entrou em contato e entrevistou um dos diretores da empresa Fisiolar, o Dr. Romualdo Lenzi, que está selecionando profissionais para seu quadro. Lenzi, o que é a Fisiolar? A Fisiolar é uma empresa de fisioterapia domiciliar, que atua em pacientes estáveis nos mais variados níveis de complexidade, contamos com uma equipe especializada e treinada atuante nas diversas áreas de fisioterapia (respiratória, cardiovascular, neurológica e músculo-esquelética), tendo ainda como base uma supervisão rigorosa. Como funciona? Selecionamos fisioterapeutas e dividimos por área de atuação, o objetivo é minimizar o tempo de locomoção, o que torna o serviço interessante para o fisioterapeuta e paciente/ família que ficam tranqüilos, pois em casos de emergência o suporate é imediato. Os pacientes quando admitidos são avaliados e encaminhados para o profissional, procuramos não designar mais de um por paciente, exceto se houver indicação além de cinco sessões por semana. A Fisiolar investe na competência de seus fisioterapeutas e garante proporcionar o melhor em administração e atendimento aos seus pacientes. Como surgiu? Eu e o Dr. Douglas V. Azevedo nos conhecemos em 1997 na terapia intensiva, trabalhamos juntos por algum tempo e depois cada um seguiu o seu caminho, mas o contato sempre existiu. Tivemos a oportunidade de viver a experiência em home-care durante alguns anos. Acreditamos que por prestar serviço com seriedade e profissionalismo, surgiu o convite para gerenciarmos serviços de home-care, a partir daí resolvemos investir em fisioterapia domiciliar, este mês completamos dois anos de empresa e estamos orgulhos por bater a marca 30 000 atendimento. Quais são os critérios de seleção? Na realidade damos preferência ao fisioterapeuta de experiência abrangente e um requisito importante é dominar a fisioterapia na unidade de fisioterapia intensiva, pois alguns de nossos pacientes são de alta complexidade e necessitam de suporte ventilatório.
Oportunidade Qual a expectativa para o futuro? Temos consciência que somos uma empresa jovem e que ainda enfrentaremos vários obstáculos, sabemos o quanto é necessário o amadurecimento e o aprendizado, entretanto acreditamos que com seriedade e qualidade iremos expandir nossos negócios, hoje oferecemos cobertura ao estado do Rio de Janeiro e idealizamos o atendimento a outros estados. Estamos começando a oferecer assistência ventilatória e este também é um campo que pretendemos explorar. Como entrar em contato para mais informações? Os contatos podem ser feitos pelo Tel/fax: (21) 2462-8099 ou pelo e-mail: fisiolar@hotmail.com Alguma mensagem aos leitores da Revista? Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Revista Fisio&terapia pela entrevista e acrescentar que trabalhos como este são importantes para o crescimento profissional, vocês estão de parabéns e a luta deve continuar. A fisioterapia é uma profissão nova em expansão que tem muito a oferecer dependendo exclusivamente de nós fisioterapeutas. A pesquisa, a ampliação dos conhecimentos, a interação com outras áreas, a presença maciça dos profissionais em congressos e ainda a apresentação de trabalhos são sem sombra de dúvidas itens que ajudam a mostrar a importância da fisioterapia no tratamento do paciente. Não devemos esquecer das pequenas coisas, mas que na realidade muito contribuem para uma base profissional forte, são elas: ética, solidariedade, apresentação individual – infelizmente estes tópicos ainda pecam na fisioterapia. Fica aqui um alerta, não adianta construir uma enorme casa sem um bom alicerce, possivelmente um dia virá a baixo. Vamos nos unir e melhor nos apresentar, isto com certeza não é difícil. Obrigado.
Repercussões no Desenvolvimento Neuropsicomotor em Recém Nascidos de Risco Este trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de suspeita de atraso no desenvolvimento, utilizando-se o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver (TTDD), em crianças que necessitaram de cuidados de terapia intensiva ao nascimento, nos anos de 1997 e 1999, no Hospital Geral de Taipas (HGT). Foram selecionadas 10 crianças consideradas de risco, observando um significativo atraso nos setores de seu desenvolvimento, constatou-se assim a importância de um acompanhamento contínuo e possível intervenção. Introdução Os avanços tecnológicos nos cuidados intensivos neonatais associados à atuação de uma equipe de profissionais especializados, têm proporcionado o aumento de sobrevida de recém-nascidos (RNs) considerados de risco. Apesar disso observa-se um aumento crescente de RNs com doença pulmonar crônica, os quais requerem ventilação mecânica (VM) e oxigenoterapia por tempo prolongado. Os RNs de risco estão sujeitos a várias complicações clínicas, que podem acarretar o desenvolvimento de deficiências múltiplas, concomitante ao quadro pulmonar (Dominguez & Komiyama, s.d.). Novello et al (1992) salientam a importância de se acompanhar o desenvolvimento de crianças com problemas neonatais, a fim de evitar que se potencializem os fatores de risco, transformando-se em problemas. Brazelton (1994) mostra que,
apesar de as crianças prematuras apresentarem dificuldades, tais como prejuízo neurológico, dificuldades de aprendizagem, distúrbios de atenção ou hiperatividade, essas podem apresentar recursos para recuperação do sistema nervoso, desde que um trabalho de intervenção precoce seja realizado por profissionais e familiares. Essa recuperação parece estar associada à plasticidade cerebral (Antunha, 1994). Mesmo considerando a plasticidade e diversidades que caracterizam as aquisições da criança no primeiro ano de vida, a detecção de anormalidades nas manifestações da criança e sua correta interpretação são pré-requisitos básicos para uma intervenção que antes de tudo respeite suas características, assim como seu meio social, econômico e cultural, de modo que não tenhamos, em nós, um elemento a mais a dificultar esta relação por si só tão complexa quanto
maravilhosa (Camargo, 1990). A partir das afirmações citadas acima, verificou-se a importância da elaboração de um trabalho de estudo que possibilite um levantamento real das condições atuais de desenvolvimento das crianças que foram atendidas no Hospital Geral de Taipas (HGT) em São Paulo, entre os anos de 1997 a 1999, crianças que foram classificadas como RNs de risco internadas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido com o objetivo de obter uma estimativa do nível de desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), de crianças que hoje em dia se apresentam com idades entre 2 a 5 anos. Estas crianças foram selecionadas a partir do enquadramento de pelo menos um item do protocolo de critérios de “Follow-Up” (Barbosa et al, 1993) tendo em vista as características multifatorias (fatores socioeconômicos e nutricionais – peso e altura) que influenciam o DNPM normal. Foi utilizado o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver (TTDD), com a intenção de mostrar que através da detecção de anormalidades nas manifestações da criança e sua correta interpretação, pode-se realizar um trabalho de intervenção precoce encaminhando estas crianças para atendimento especializado. Materiais e Métodos Através de consultas ao livro de registro de RNs nos anos de 1997 e 1999, que estiveram internados em UTIN, foram levantados os números de registros dos prontuários das mães, para se chegar aos dados dos RNs. No Serviço de Arquivo Médico (SAME) foram analisados um total de 74 prontuários. Foram critérios de exclusão os que já constavam nos prontuários óbito, os que apresentavam diagnóstico sindrômico, os que faltavam informações tanto de dados referentes à situação pré e pós-natal da criança, como a impossibilidade de entrar em contato com seus responsáveis, por não constar o endereço ou telefone atualizados. Do total 12 foram selecionados para entrevista e avaliação. Durante a entrevista pessoal com a mãe ou responsável pela criança, foi preenchido o questionário a respeito
da situação sócio-econômica da família (the Gallup Organization). A entrevista com a mãe ou responsável e a aplicação do TTDD com a criança foram realizadas no mesmo dia, em uma sala no setor de reabilitação física do Hospital Geral de Taipas. Segundo Bretâs et al (2001) como procedimento de preparação, deve-se conhecer os itens do nível de idade da criança antes do início da aplicação do teste; deixar a criança junto com os pais e mantê-los à vontade. Para cada criança foi utilizado o seguinte material: um modelo de TTDD (Bretâs et al, 2001), um lápis preto, folhas de papel sulfite branca, oito cubos de papel cartão de 2,5 cm em cores básicas (vermelho, azul, amarelo e verde), uma bola de tênis, cinco figuras (gato, passarinho, cachorro, cavalo e homem). Resultados Dentre as crianças selecionadas na UTIN , apenas 12 foram contatadas para a avaliação, sendo que 9 foram avaliadas, 2 não compareceram a entrevista e 1 foi a óbito. O gráfico 1 apresenta o total de crianças selecionadas separadas por ano de nascimento, onde 80% (8) das crianças nasceram no ano de 1999 e 20%
(2) nasceram no ano de 1997, incluindo a criança que foi a óbito. No que se refere à seleção das crianças por sexo, não houve um critério de preferência , porém neste trabalho constatou-se que das crianças selecionadas 70% eram do sexo masculino e 20% do sexo feminino (gráfico 2). Pudemos verificar que do total de crianças selecionadas 40% não tiveram período de reinternação, as outras 60% das crianças sofreram reinternações
devido a problemas respiratórios (gráfico 3). O gráfico 4 apresenta os resultados obtidos a partir da aplicação do TTDD, onde 56% corresponde a crianças que apresentam resultado anormal, o índice de 22% corresponde tanto as
questionáveis quanto as normais, e 0% a categoria intestável. O gráfico 5 corresponde aos atrasos detectados nos setores de desenvolvimento segundo o TTDD, verificou-se que o setor que apresenta maior atraso é o de linguagem com 29%, seguido do motor-adaptativo delicado com índice
de 28%. Os resultados também mostram que 24% das crianças apresentam atrasos em setor motor-grosseiro e 19% em pessoal-social. Com base nos dados obtidos através da classificação socioeconômica verificou-se uma prevalência da classe D em índice de 56%, sendo que está é a penúltima classe em nível crescente de renda familiar, superiores a ela se encontram as classes
B com índice de 33% e a classe A em 0%, o nível mais baixo é o da classe E também com 0% (gráfico 6). No que se refere aos resultados de peso e altura das crianças avaliadas apresentou–se apenas uma criança com peso abaixo do percentil estabelecido pelo padrão de referência do NCHS Growth curves for Children Birth – 18 Year .
Discussão Este trabalho de pesquisa sugere que as crianças classificadas como RN de risco, através dos critérios de “FollowUp” alto e baixo risco, apresentam atrasos nos setores do desenvolvimento neuropsicomotor, quando submetidas à aplicação do TTDD. No gráfico 7 constatamos que as crianças classificadas como anormais tiveram índices de 60% de prevalência entre os RNs de Alto Risco, os outros 40% foram incluídos na classificação RN de Baixo Risco. O gráfico 8 nos mostra que 56% das crianças que se enquadraram como RNs
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de Baixo Risco foram as classificadas como anormais. E as classificadas como normais e questionáveis apresentam índices iguais de 22% cada um.
Como pudemos observar no gráfico 9 há uma prevalência nos RNs de alto risco em crianças classificadas como anormais estes achados confirmam a importância de se avaliar o nível do desenvolvimento neuropsicomotor das crianças o mais
multifatoriais, características estas que podem provocar um grande impacto, seja ele positivo ou negativo para o desenvolvimento da criança. A respeito das tabelas de peso e altura verificou-se através dos resultados dos encontrados, que o número de crianças que apresentaram um desvio considerável na curva padrão de crescimento foi muito pequeno, desta forma pode-se considerar que as crianças avaliadas se encontram em estado nutricional adequado. Conclusão Com base nos resultados obtidos constatou-se que é de grande importância se detectar possíveis retardos no DNPM das crianças consideradas de risco o mais precocemente possível. Os múltiplos fatores associados a
precocemente possível, sendo que as crianças que obtiveram classificação anormal eram as que se encontravam em faixa etária menor, crianças nascidas em 1999. O resultado do gráfico 10 no mostram um índice de 100% de crianças classificadas como anormais pertencentes a classe D. Nos gráficos 11 e 12 há uma prevalência de crianças que se encontram em classe B, onde o índice de 100% se enquadra nas crianças questionáveis e 50% as crianças normais, os outros 50% das crianças normais foram classificadas em classe C. Somente a classificação através do TTDD não poderia nos apresentar uma condição de desenvolvimento real destas crianças, isto se justifica através dos resultados apresentados nos gráficos de classificação socioeconômica que reforçam a necessidade de considerarmos os dados relativos as características
pesquisa para efetivo acompanhamento e possível intervenção, pois o número de crianças avaliadas é muito pequeno para se fazer uma estimativa das crianças atendidas em um hospital como HGT. Conclui-se, portanto que a identificação precoce possibilitará uma intervenção precoce que tem como finalidade minimizar os efeitos negativos que caracterizam a história da criança de risco, oferecendo a esta criança um atendimento fisioterapêutico se necessário ou encaminhando-a para um atendimento especializado. Referências
Antunha, E.L.G.A avaliação neuropsicológica na infância (0 a 6 anos). Petrópolis, Vozes,1994. Barbosa, N.M. M. et al. Temas de Pediatria: “Follow-Up” do Bebê de Risco. 53 a ed. s.l..1993. Ed. Nestlé.Brazelton, T. B.. CAMARGO, Paulo F. F. de. Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional em pediatria: “O primeiro ano de vida da criança e a intervenção sobre seu desenvolvimento neuropsicomotor”. São Paulo, Sarvier, 1990. DOMINGUES, Sueli S., KOMIYAMA, Symone. Distúrbios respiratórios no período neonatal: Cuidados fisioterápicos ao recém-nascido em ventilação mecânica. s.l. s.ed. s.d. Periódicos BRÊTAS, J. R. S. et al.. Características do desenvolvimento de lactentes e préescolares, utilizando o teste de triagem de Denver. Temas sobre Desenvolvimento. v. 9, n. 54, p. 5-13, 2001. Novello, A. C. et al. Healthy children ready to learn: an essential collaboration between health and education. Public Health Reports. v.107, p. 3-10, 1992. Dra. Ana Lúcia Nakahara – Graduanda em Fisioterapia da Universidade Bandeirante de São Paulo. Dra. Ana Claudia Martins – Fisioterapeuta Orientadora.
seu desenvolvimento são variáveis consideráveis, por influenciarem os resultados quanto ao comportamento da criança em seus diversos setores. Através desses achados percebeu-se a necessidade de se dar continuidade a
Dra. Fernanda P. B. Cavalcanti Fisioterapeuta Co-Orientadora.
Disfunção Craniomandibular (DCM): Uma Visão Cinesiológica e Biomecânica
A unidade craniomandibular (UCM) compreende o crânio, as articulações temporomandibulares e a coluna cervical. Essa nomenclatura entre tantas outras parece ser a ideal por ser mais completa quanto aos seus componentes. Apesar disso seja qual for o nome empregado há um consenso quanto ao quadro clínico que poderá apresentar dor, alteração de mobilidade e força muscular, paresias, parestesias, entre outros; que poderá ter como causa doenças reumáticas, traumas, distúrbios ósseos, miofasciais, ligamentares, degenerações discais, alterações da cadeia neuromeníngea, fatores oclusais e emocionais. Não só para a DCM mas para qualquer outro distúrbio cinético-funcional diagnosticado pelo fisioterapeuta, é indispensável além de um correto exame clínico (anamnese + exame físico), um raciocínio minucioso sobre os aspectos mecânicos das estruturas envolvidas.
cintura escapular, membros superiores e a própria coluna), por exemplo o pé plano, que ao fazer a queda do tálus em direção a face interna do pé induzirá através do contato da pinça maleolar uma rotação interna da tíbia, valgo de joelho, rotação externa da coxa, anteversão pélvica, hiperlordose lombar, hipercifose torácica, hiperlordose cervical de C2 a C7 e flexão da cervical superior C0-C1. Essa é apenas umas das várias possibilidades de interferência de outros segmentos na UCM. Por tudo isso é que fica o alerta para que se entenda a DCM para não sermos meros “tratadores de sintomas”. Fica ainda a recomendação de que por ser uma patologia multifatorial (várias causas) deverá ser acompanhada por uma equipe interdisciplinar ou pelo menos multidisciplinar. BIBLIOGRFIA:
A UCM mesmo em condições normais encontra-se em um estado de equilíbrio instável haja visto a disposição das estruturas participantes, o que facilita grandemente a quebra deste equilíbrio e posterior sobrecarga de algum componente da unidade craniomandibular conjuntamente com o aparecimento da sintomatologia. Muito raramente encontramos essa unidade em uma condição chamada de “ortofunção” ou “normofunção”, onde a própria função preserva o estado hígido da estrutura. A grande maioria das pessoas encontra-se em uma condição chamada de “zona de adaptação” onde os componentes da UCM fornecem respostas sublimiares aos esforços à que são submetidos, mas a partir do momento em que a capacidade de adaptação dos tecidos se esgotarem a unidade passa então a pertencer a um estado chamado de “patofunção”.
1- WIJER, A. de.; Distúrbios temporomandibulares e da região cervical. São Paulo: Santos, 1998. 2- BARROS, J. J.; RODE, S. M.; Tratamento das disfunções craniomandibulares. São Paulo: Santos, 1995. 3-ZARB, G. A.; CARLSSON, G. E.; SESSLE, B. J.; MOHL, N. D.; Disfunções da articulação temporomandibular e dos músculos da mastigação. São Paulo: Santos, 2000. 4- MANNS e ROCABADO in DOUGLAS, C. R.; Patofisiologia oral. São Paulo: Pancast, 1998. Volume I. 5- PORTO, C. C.; Exame clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. 6- BRICOT, B.; Posturologia. São Paulo: Ícone, 1999. 7- BUSQUET, L.; Colección medicina deportiva: las cadenas musculares tomo I – tronco y columna cervical. 2ª edición. Paidotribo. 8- CAILLIET, R.; Síndromes dolorosas da cabeça e face. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
Particularmente a UCM sofre influência de forças descendentes (gravidade) que irá gerar descargas compressivas e de tração; e ascendentes (alterações de posicionamento de segmentos inferiores (cintura pélvica, membros inferiores,
Autor. Dr. Fernando Sérgio Silva Barbosa. Campo Grande-MS. www.fisioon.com.br
Prof. Gil: Sempre que posso malho na academia vou ao cinema e quando sobra um tempinho gosto de correr de rollerbladers e de mergulhar em um paraíso marinho. F&T: Porque você decidiu concorrer para a presidência do CREFITO-3?
Revista Fisio&terapia: Prof. Gil qual é a sua formação acadêmica? Prof. Gil: Sou Fisioterapeuta formado pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar em 1984, fiz o mestrado também na UFSCar em Educação Especial, o Ph.D. (doutorado) na Iowa State University e na University of Illinois at Chicago, em Desenvolvimento Infantil e Controle Motor, o pósdoutorado no Rush Medical Center e na University of Illinois at Chicago em Controle Motor e Biomecânica. F&T: Qual a sua experiência como clínico? Prof. Gil: Atendo pacientes/clientes desde 1985 quando me formei. Infelizmente, atualmente não dedico todo o meu dia-a-dia ao atendimento clínico. Tenho que coordenar mais de 50.000 atendimentos fisioterapêuticos por ano que oferecemos nos estágios de nosso curso na UNAERP e em nossas pesquisas também trabalhamos com pacientes o tempo todo. F&T: Quais são os pacientes de suas pesquisas? Prof. Gil: Primeiro, gostaria de dizer que são pesquisas feitas sob minha
orientação, pelas mãos de alunos talentosos e aplicados. Já formei 10 (dez) mestres na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e na Universidade Estadual de São Paulo – UNESP – Rio Claro e atualmente estou formando 2 mestres e 5 doutores da UNICAMP. Gostaria de creditar e dedicar a esses alunos o sucesso de nossas pesquisas. Estamos estudando pacientes portadores da Síndrome de Down, da Paralisia Cerebral, da Neuropatia Periférica, de Parkinson, da Síndrome Fêmuro-Patelar, da Lesão do Cruzado Anterior, da Síndrome do Impacto do Ombro, do Entorse do Tornozelo e da lombalgia. Também coordeno o curso de Graduação e Pós-graduação Lato Sensu – especialização na UNAERP onde temos vários alunos realizando pesquisas clínicas em Fisioterapia. F&T: Qual a sua experiência didática? Prof: Gil. Ministrei aulas de graduação na UNICAMP na área de Neurofisiologia e Cinesiologia. Ministro aulas nos programas de Pós-graduação Lato Sensu na UNAERP e em Programas de Pósgraduação Stricto Sensu de mestrado e doutorado da UNICAMP onde ensino a área de controle motor e biomecânica. F&T: Quais são os seus “hobbies”?
Prof. Gil: A Fisioterapia e a Terapia Ocupacional estão sofrendo um processo brutal de vulgarização. Para enfrentar essa situação precisamos resgatar o Sistema COFFITO/CREFITOs e colocalo a serviço dos profissionais, para que esses possam melhor atender as necessidades da população. Para tanto precisamos democraticar e descentralizar a estrutura de poder do COFFITO e o CREFITO-3. Em São Paulo iremos criar uma sub-regional do CREFITO-3 em todas as grandes cidades. Temos que dar poder aos profissionais para que eles ajudem na organização e defesa de nossas profissões em suas comunidades. F&T: Porque a sua Chapa perdeu a data da inscrição das eleições em janeiro? Prof. Gil: O Zenildo ocultou e impediu que o CREFITO-3 nos fornecesse a data das inscrições, mesmo depois de inúmeros pedidos que protocolamos no CREFITO-3. O Zenildo abriu as inscrições, no sábado, entre o Natal e o ano novo. No dia 11/01/2002, último dia de inscrição, ele disse para a nossa chapa que o processo eleitoral ainda não havia sido publicado. Quando descobrimos a manobra do Zenildo, no dia 23/01/2002, ele já havia inscrito apenas a Chapa dele. Provamos na justiça a má fé do Zenildo e no final de janeiro ele foi obrigado a reabrir as inscrições para todas as chapas interessadas. F&T: Quantas chapas foram inscritas? Prof. Gil: Primeiro é preciso dizer que o Zenildo cumpriu a decisão judicial apenas depois que pedimos na justiça a prisão de toda a diretoria do CREFITO-3 por desobediência à ordem judicial. Como resultado foram inscritas a Chapa do Zenildo a Século XXI, a Chapa Ideal
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do Marcelo Sidney Gonçalves e a nossa Chapa a União e Renovação. F&T: Qual foi a posição do COFFITO frente às ações do CREFITO-3? Prof. Gil: O COFFITO emitiu um parecer elogiando a atuação do Zenildo e criticando a decisão soberana da justiça. F&T: Porque as eleições não foram realizadas no dia 28/02/2002? Prof. Gil: O Zenildo e o COFFITO tinham conhecimento que a justiça havia anulado as eleições de 28/02/2002 a pedido do Marcelo Sidney. No entanto, decidiram assim mesmo convocar as eleições. Por outro lado, o Marcelo omitiu à justiça que a sua Chapa Ideal já estava inscrita para disputar as eleições. Agiram de má fé e com o propósito declarado de inviabilizar a eleição do dia 28/02/02, para que o COFFITO indicasse um interventor favorável a chapa Ideal. Chegaram ao absurdo de declararem que haviam conquistado eleição limpa para o CREFITO-3. O que vimos foram os conselheiros do COFFITO reconduzirem o Zenildo e o Marcelo Sidney no poder como INTERVENTORES do
CREFITO-3. F&T: O que aconteceu com os votos enviados pelos eleitores nas eleições do dia 28/02/2002. Prof. Gil: A CHAPA UNIÃO e RENOVAÇÃO declarou que aceitaria participar das eleições de 28/02/2002 a correr o risco de ver o Zenildo continuar
no poder por mais quatro anos. Fomos à luta e mostramos a ação inescrupulosa do Zenildo tentando retirar os votos do correio, sem qualquer fiscalização das chapas concorrentes. Montamos vigília na sede do CREFITO-3 para fiscalizar os votos do eleitor. Fomos impedidos pela força bruta dos seguranças do Zenildo de entrar e permanecer na sede de nosso conselho. Na madrugada, sumiram com os votos que já estavam lacrados pela presidente da comissão eleitoral. Filmamos e registramos todas as ações promovidas pelo Zenildo, fizemos boletins de ocorrência policial e encaminhamos tudo ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Não tenho dúvida que se não tivéssemos fiscalizado o destino do voto por correspondência, o Zenildo teria mantido a eleição e teria tentado cassar na justiça a liminar do Marcelo Sidney. F&T: O que aconteceu a partir daí? Prof. Gil: O Zenildo abriu as inscrições pela terceira vez em 04/04/2002. No entanto, a justiça mandou que o CREFITO-3 mantivesse a inscrição das três chapas concorrentes e realizasse as eleições sem mais delongas.
F&T: Qual foi a posição do COFFITO nesse episódio? Prof. Gil: Para nosso espanto, o CREFITO-3 publica a Resolução 11 e o COFFITO a Resolução 236 de 30/04/2002 desrespeitando de forma acintosa a decisão soberana da justiça. No lugar de convocar as eleições, como mandava a justiça, os conselheiros interventores do CREFITO-3 e o COFFITO, de forma irresponsável, reabrem as inscrições para as eleições do CREFITO-3 pela quarta vez. A pedido de nossa chapa, a justiça barrou mais uma vez a manobra do Zenildo, Ruy Gallart, Célia Cunha e demais conselheiros do CREFITO-3 e do COFFITO anulando as duas resoluções. Também, a nosso pedido, a justiça manda a Policia Federal abrir inquérito para que fosse tomada das medidas cabíveis e determina que as eleições sejam realizadas imediatamente. É preciso também dizer que dirigentes do CREFITO-3 e do próprio COFFITO tentaram em inúmeros recursos cassar as determinações judiciais e não tiveram nenhum sucesso. F&T: Porque a eleição convocada para o dia 03/06 também não se realizou? Prof. Gil: Precisamos de todas as garantias de que o voto será secreto, direto e pessoal. No entanto, o Zenildo atropelou mais uma vez o processo eleitoral. Dizendo estar atendendo à determinação judicial, ele convocou a eleição para o dia 31/05 e mudou a data em 24 horas para o dia 03/06, tudo isso há 08 dias da eleição. Para mudar essa data, o Zenildo, alegou que havia mudado de religião e que não sabia que o dia 30/05 era um feriado católico (Corpus Christi) e a eleição no dia 31/05 poderia
prejudicar parte do eleitorado. De novo o Zenildo comete os mesmo vícios da eleição do dia 28/02. Uma boa parte dos profissionais não receberam as cédulas de votação ou qualquer comunicado das eleições. As cédulas enviadas e recebidas não foram fiscalizadas, e até hoje não tivemos acesso à lista contendo nomes e endereços dos eleitores. Como não tínhamos nenhuma garantia de que as eleições seriam realizadas de forma limpa decidimos aceitar a oferta do COFFITO para que fosse realizado um acordo que previa a realização das eleições para o dia 10 de agosto de 2002. F&T: Mas porque as eleições não foram realizadas no dia 10 de agosto? Prof. Gil: O acordo foi firmado pelas três chapas concorrentes com o Zenildo. Esse acordo foi redigido pelo representante do COFFITO. A justiça acreditando na boa fé do CREFITO-3 e das partes envolvidas extinguiu todas as decisões judiciais. Por razões que desconhecemos, o Zenildo submeteu o acordo à aprovação do plenário do CREFITO-3. A própria Regina Reck, que assinou o acordo como representante da Chapa Século XXI do Zenildo, votou contrário à implementação do mesmo no plenário do CREFITO-3. O acordo foi anulado pelo CREFITO-3 no dia 13/06/2002 e a decisão foi encaminhada ao COFFITO para que arbitrasse sobre o mesmo. F&T: E o que o COFFITO decidiu sobre esse acordo? Prof. Gil: Consultados dissemos ao COFFITO que na democracia se garante o direito de competir e não o de vencer.
No entanto, o COFFITO baixa a Resolução 240 ignorando o acordo e convocando eleições para o CREFITO-3 com a chapa única Século XXI do Zenildo. Para a justiça o que os interventores do CREFITO-3 e do COFFITO fizeram é “no mínimo um ato de improbidade administrativa” com claro indícios de “golpe antidemocrático”. Enfim, a Chapa União e Renovação anulou na justiça a Resolução COFFITO 240 e as eleições convocadas para o dia 30 de agosto de 2002 pelo CREFITO-3. F&T: E quando serão as eleições do CREFITO-3? Prof. Gil: Estamos aguardando a decisão judicial e comunicaremos a todos a data definitiva das eleições para o CREFITO3. F&T: Que garantia os profissionais têm de que essas eleições serão válidas e limpas? Prof. Gil: Esperamos que a justiça determine regras, que são omissas na Resolução COFFITO-58, mas que podem garantir a lisura do processo. O maior problema é determinar um procedimento que evite a fraude principalmente com os votos enviados pelo correio. Hoje sabemos como fazer para garantir a lisura do processo e a implementação do acordo garante exatamente essa lisura. A garantia da validade do processo virá apenas com a garantia da lisura do mesmo pela justiça. A tática daqueles que abominam a democracia é fazer com que os profissionais desacreditem e não participem mais das eleições. Esse
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tipo de ação interessa apenas ao Zenildo e aos atuais dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO que estão no poder há mais de 16 anos. F&T: Por que o Ruy Gallart, a Célia Cunha e o COFFITO entraram na justiça contra o Sr? Prof. Gil: Acho que isto foi uma tentativa de retaliação, depois que fizemos uma denúncia contra os conselheiros do CREFITO-3 e do COFFITO no Ministério Público. Tudo o que foi dito sobre as ações antidemocráticas e inescrupulosas desses conselheiros foi confirmado pela Justiça Federal. O nosso objetivo não é destruir ninguém, mas construir uma Fisioterapia e Terapia Ocupacional ainda mais forte no Brasil. Porém, o Ruy Gallart, a Célia Cunha, o Zenildo e os demais Conselheiros-Interventores do COFFITO e do CREFITO-3 terão que responder na justiça por todos os seus atos praticados nessas eleições. F&T: Em que situação está a eleição do COFFITO? Prof. Gil: Membros da CHAPA UNIÃO e RENOVAÇÃO barraram na justiça a eleição do COFFITO, pelo simples fato de que ela foi convocada de forma irregular. Defendemos eleição direta para o COFFITO, mas infelizmente a esdrúxula resolução COFFITO58 estabelece eleição indireta para o COFFITO. Até hoje não sabemos porque o Ruy Gallart e o COFFITO obrigaram o CREFITO-9 a realizar uma nova
eleição. Também não sabemos porque ousaram convocar uma eleição indireta para o COFFITO sem que três dos nove CREFITOS ainda tivessem concluído as eleições. Não entendemos como o Zenildo tentou votar no COFFITO, como representante do CREFITO-3, se ele havia sido indicado como interventor pelo próprio COFFITO. Não entendemos porque o COFFITO tentou anular o credenciamento do delegado do CREFITO-5. Enfim, não entendemos porque esses conselheiros manobraram tanto uma eleição. F&T: Qual a relação da Célia Cunha, como Secretária Geral do COFFITO, com as eleições do CREFITO-3? Prof. Gil: Fomos chamados em dezembro pela Chapa Ideal para uma composição e para nossa surpresa a reunião seria na Clínica da Célia Cunha. Quando soubemos que essa chapa era organizada pela Célia Cunha, com o objetivo de angariar o voto do CREFITO-3 para a sua reeleição no COFFITO, recusamos a participar dessa composição. Tínhamos várias divergências com a atuação dos Conselheiros do CREFITO-3 e do COFFITO e por isso não aceitaríamos votar no continuísmo representado pela Ruy Gallart e Célia Cunha. A história mostrou que estávamos no caminho correto. F&T: Por que vocês pediram na justiça a destituição e inelegibilidade dos conselheiros do COFFITO? Prof. Gil: A lei que cria o COFFITO
estabelece que pessoas que tenham má conduta não podem ser eleitas ou permanecerem no cargo. Não existe má conduta maior do que o desrespeito à lei. Entendemos que as ações desses conselheiros são incompatíveis com a dignidade do COFFITO. Por essa razão estamos pedimos que seja aplicada a lei. F&T: Na sua opinião Qual o interesse dos conselheiros do CREFITO-3 e do COFFITO? Prof. Gil: Essa é a pergunta que está na garganta de todos os profissionais. Existiria alguma irregularidade muito séria nas administrações desses conselheiros? Seria apenas um apego ao poder? A verdade é que não conseguimos imaginar o que poderia estar por de trás de tantas manobras. Esperamos que o Ministério Público Federal possa dar uma resposta a contento a essa pergunta. F&T: O senhor defende uma ação conjunta do sindicato com o CREFITO-3, como essa ação poderia ajudar a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional? Prof. Gil: Os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais estão sendo obrigados a se submeterem a condições inaceitáveis de trabalho. Por lei os convênios de saúde são obrigados a oferecer os serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Aqueles que conseguem se associar a um convênio de saúde privado têm que dar parte da receita a um médico ou aceitar um desconto de até 60%
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do valor que seria pago pela tabela da AMB. Isto sem considerar que os valores da tabela da AMB são cerca de 50% inferiores aos estabelecidos pela tabela de nossas associações. O resultado dessa situação é que os profissionais não ganham o suficiente para viver com dignidade, para se manterem atualizados ou para adquirirem novas tecnologias. Algumas instituições que deveriam empregar os profissionais estão optando pela abertura indiscriminada e ilegal de campos ditos de estágio pós-profissionalizantes, adquirindo assim mão de obra qualificada sem nenhum vínculo empregatício ou remuneração. Para combater essa situação é preciso uma ação conjunta do Sistema COFFITO/CREFITO com os sindicatos para: Primeiro, fiscalizar e levar aos tribunais as empresas do setor de saúde que teimam em explorar a mão de obra dos nossos profissionais. Assim, aumentaremos o poder aquisitivo dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. Segundo, incentivar a atualização dos profissionais e treina-los a ocupar novos nichos no
mercado. Terceiro, criar novas regras para restringir a entrada de novos profissionais não qualificados no mercado. F&T: O que vocês pretendem fazer para melhorar a situação das profissões? Prof. Gil: A nossa carta programa foi divulgada em fevereiro. Fundamentalmente, queremos uma descentralização administrativa e a democratização do processo de tomada de decisão. Por essa razão, estamos propondo o plebiscito eletrônico para que os profissionais possam, via INTERNET, determinar os rumos de nosso conselho. Uma descrição detalhada de nossas proposta pode ser encontrada no site www.chapauniaoerenovacao.hpg. com.br F&T: E no COFFITO, o que precisa ser feito? Prof. Gil: Lançamos uma proposta inicial para dirigir o COFFITO e estamos na fase de discussão com as lideranças
brasileiras. Acredito que o COFFITO erra ao tentar fazer da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional profissões à imagem e semelhança da medicina... Precisamos de um modelo próprio para nossas profissões. Precisamos criar os mecanismo para impedir que a abertura indiscriminada de cursos acabe vulgarizando as nossas profissões. Precisamos urgentemente criar exames para testar os novos profissionais antes de permitir as suas entradas no mercado de trabalho. Precisamos aumentar as exigências, em termos de titulação acadêmica, para que os novos profissionais possam entrar no mercado de trabalho. Precisamos trabalhar com as universidades para que os profissionais possam incorporar os crescentes conhecimentos científicos na vida clínica. Precisamos chamar aos nossos ombros a responsabilidade profissional, impedindo o mercantilismo na profissão e aumentando o grau de satisfação dos pacientes.
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Introdução Durante a gestação a mulher passa por inúmeras alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que necessitam de um cuidado especial O Programa de Fisioterapia Preventiva para Gestantes atua sobre as principais alterações físicas através de exercícios de alongamento, fortalecimento e massagens com o objetivo de amenizar ou evitar as queixar das gestantes durante o decorrer do programa. As alterações psicológicas são amenizadas através de conversas, relaxamento além das aulas expositivas sobre assuntos relacionados com a gestação. O papel da fisioterapia em gestantes é o de ajudar a mulher a ajustar-se da melhor forma possível a uma nova condição física e às alterações ocorridas durante a gestação. Evitando assim distúrbios músculo-esqueléticos, entre outros, bem como a preparação para o parto.
Entre essas alterações ocorridas durante a gestação podemos citar a amenorréia, o ganho de peso associado a polifagia, o entumescimento dos seios, a frouxidão ligamentar (como causa de distúrbios músculo-esqueléticos), as alterações circulatórias como edema, hipotensão e anemia, hiperpigmentação da pele, as alterações respiratórias, digestivas, no sistema urinário e as alterações psicológicas. Objetivos Os objetivos deste estudo concentraramse em: a) Orientar as gestantes sobre as mudanças físicas e psicológicas ocorridas durante pré e pós- parto; b) Promover a preparação para o parto através de fortalecimento, alongamento e relaxamento da musculatura, exercícios respiratórios, preparação das mamas; c) Realizar um trabalho de orientação
postural envolvendo as situações de cuidados com o bebê e posturas para o parto; d) Trabalhar alterações circulatórias como edemas, cãibras e varizes e abordar a dieta adequada durante a gestação. Metodologia O trabalho foi realizado no Centro de Saúde de Sorocaba – SP. Inicialmente foram pré-selecionadas 24 gestantes a partir da análise de prontuários médicos. Mediante fatores de exclusão como idade avançada, hipertensão arterial, diabetes, entre outros, foram selecionadas para a participação da pesquisa 11 gestantes, as quais foram convidadas através de cartas. Por diversas circunstâncias particulares, como horários de trabalho, cuidados com outros filhos ou interesse, apenas duas gestantes foram acompanhadas até o final do projeto.
A seqüência das sessões iniciou-se com uma reunião de abertura onde foram esclarecidos os objetivos do projeto bem como as dúvidas das gestantes sobre o mesmo. As demais sessões constaram de exercícios de fortalecimento muscular e de assoalho pélvico, alongamentos, exercícios respiratórios, massagens, relaxamentos, bem como aulas expositivas tais como Shantala, amamentação, trabalho de parto, entre outros. Dentre os materiais utilizados pode-se citar: colchonetes, aparelho de som, esfigmomanometro, estetoscópio, óleo para massagens, bola de tênis entre outros. Resultado Os resultados foram observados através de relatos e comportamentos das gestantes. O programa teve boa aceitação e participação junto as gestantes que se dispuseram a participar. As pacientes obstétricas comportaram-se de forma tímida e curiosa no início do programa. A Gestante I relatou desconforto durante as últimas sessões, enquanto a Gestante II relatou dores nas costas no início do Programa, sendo que os relatos da Gestante I estão intimamente ligados com o mês gestacional. Quanto aos problemas decorrentes durante o Programa, a Gestante I relatou dores nas costas e a Gestante II apresentou dilatação no sexto mês. Ambas apresentaram desempenho estável com relação a etapa do programa e mês gestacional. Tanto a Gestante I, quanto a II gostavam mais das massagens e relaxamentos. Os Exercícios que a Gestante I mais gostava era o de fortalecimento de glúteo médio em decúbito lateral pois esta posição lhe proporcionava maior conforto, já a Gestante II gostava dos alongamentos para paravertebrais em decúbito dorsal porque esse exercício aliviava suas dores nas costas. A Gestante I não gostava de exercícios em decúbito dorsal porque lhe trazia desconforto, já a Gestante II não gostava de exercícios de ponte, pelo mesmo motivo.
Discussão Surgiram dúvidas quanto a realização ou não de alguns exercícios, as quais foram esclarecidas mediante exposição às professoras, consultas bibliográficas e discussões coletivas. Conclui-se que o levantamento das fichas realizado no início do programa não foi útil para coleta de dados sobre as pacientes, sendo que as entrevistas foram mais eficazes. Foi observado que com a elaboração de um protocolo pré estabelecido a coleta de dados teria sido mais eficaz. Conclusão Apesar do número de gestantes e de sessões terem sido insuficientes para a obtenção de dados conclusivos, ficou evidenciada uma melhora considerável nas queixas relatadas pelas gestantes
durante o decorrer da terapia. Além disso, esse projeto deve servir como incentivo para realização de novos trabalhos nessa área. Bibliografia - Maldondo,M.T.; Nahoum J.C; Dickstein J.;Nós Estamos Grávidos , 8º Edição, Editora Bloch,1990, págs 32 a 53; - Pryor; K.; A Arte de Amamentar, Editora Summus,1973,págs 27 a 50, 129 a 141; - Civita V.; Grandes Temas da MedicinaGravidez e Parto, Editora Nova Cultural,1986, págs 3 a 13; - Guyton,A.C; Hall, J.E; Tratado de Fisiologia
Médica, 9º Edição; Editora Guanabara Koogan S.A,1997, R.J; págs 285 a 289, 892 a 893, 947 a 948; - Polden, M; Mawtle, J; Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia, 2º Edição, Editora Santos,1997, S.P, págs 46 a 84; - Gunther,H; Kohlrausch,W; TeirichLuibe,H; Ginástica Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Editora Manole,1980, págs 84 a 90, 103 a 108; - Artigo Internet: www.meubebê.com.br - Frederick ,W; Goodrick, Jr; Preparação para o Parto, 4º Edição, Editora Bloch,1977; -Kisner,C; Colby,L.A; Exercícios Terapêuticos,3ºEdição,Editora Manole,1996; - Thomson,A; Skinner,A; Piercy,J.; Fisioterapia de Tidy,12ºEdição, Editora Santos,1994; - Matsudo,V.K.R; Mtsudo,S.M.; Gravidez e Exercício, Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do SulAPEF- vol. 9, - Marques, A.A ; Pinto e Silva, J.L. ; Fisioterapia Obstetrícia, Março 1993; - Artigo Internet: www.angelfire.com/de/gestítica/ - Artigo Internet: www.santalúcia.com.br Autores: Christiane Araújo Barbosa Elisa Fiusa da Silva Elisângela Gonzáles Luciana Bittencourt de Toledo Silva Renata Martins Leite Sabrina Fumagalli de Souza Soraya A Tsutsui Telma Rocha Camargo Orientadoras: - Profa. Beatriz de Oliveira Peixoto Coordenadora do Curso e Profa. da Disciplina Preventiva - Profa. Silvana Maria de Almeida Santos Profa. da Disciplina Fisioterapia Preventiva e Metodologia Científica - Profa Conceição Aparecida de Almeida Santos Profa. da Disciplina Fisioterapia Preventiva
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Exames Laboratoriais A interpretação de exames laboratoriais torna-se cada vez mais importante na prática fisioterápica diária.
Nesta matéria falaremos um pouco sobre as alterações encontradas em um dos mais solicitados exames complementares laboratorial: “O Hemograma Completo”, através deste exame conhecemos parâmetros importantes que podem auxiliar o fisioterapeuta em sua conduta de tratamento. Como em um desmame ventilatório, que torna-se contra-indicado se o paciente apresentar “Hematócrito” e “Hemoglobina” diminuídos, ou ainda em uma Anemia Ferropriva acentuada que dever-se-á ter cuidadona prescrição de exercícios, ou até mesmo conhecer a gravidade de pacientes acometidos por infecções pulmonares. Devemos destacar que a interpretação deste exame e complexa e muitas vezes não patognomônicos, fazendo assim que o exame clínico seja indispensável. Hemograma Completo: Divide-se em: 1- Série Vermelha ou Eritrograma Estudo das hemácias, revelando alguns tipos essenciais de alterações patológicas do sistema eritropoético 2- Série Branca ou Leucograma Compreende a contagem global e específica dos leucócitos, avaliando-os quantitativa e qualitativamente. O quadro leucocitário que se apresentará após concluído o exame hematológico, nos permitirá tirar conclusões diagnósticas e prognósticas importantes. 3- Plaquetometria
É o estudo das plaquetas, que são os menores elementos figurados encontrados no sangue, revelando alterações principalmente dos mecanismos da coagulação. 1.Eritrograma Alterações patológicas do sistema eritropoético: Eritrocitoses Corresponde a uma hiperplasia reversível dos tecidos eritropoéticos, como resposta aos estímulos que provocam a intensificação da formação dos eritrócitos.
Moléstias sistémicas específicas da eritropoese. Anemias Onde encontra-se perda ou prejuízo na formação dos eritrócitos, hemoglobina ou de ambos. 1.1. Contagem de hemácias Como todos sabem a principal função das hemácias é de transportar a hemoglobina que, por sua vez, carreia o oxigênio desde os pulmões até os tecidos. Valores normais: Homens - 4.500.000 à 5.500.000/mm3 Mulheres - 4.000.000 à 5.000.000/mm3 Crianças - 3.500.000 à 4.500.000/mm3 Interpretação: Os valores encontrados abaixo do estipulado, denominam-se hipoglobulia ou diminuição do número de hemácias por mm3, caracterizando uma anemia, que pode ser associada ou não à queda da taxa de hemoglobina. Os valores acima de 6.000.000/mm3 de hemácias, são considerados como policitemia ou poliglobulia, significando uma hipertrofia do eritron. A policitemia ou poliglobulia é dividida em primárias (eritremia) e secundária (eritocitose). O quadro que se segue nos oferece uma visão geral das poliglobulias.
Eritremias por perda de água (diarréia,vômitos,sudoreses) Relativas por absorção insuficiente de água (síndrome pilórica) ou Falsas por atração excessiva de água pelos tecidos (acidose) Policitemia Primária Policitemia vera (doença de Vaquez-Osler) Rubra ou ou Poliglobulia dos recém-nascidos Poliglobulia eritremia Poliglobulia das altitudes
De origem cardíaca (cardiopatias congênitas ou adquiridas, doença azul, estenose mitral) Secundária De origem pulmonar (esclerose, enfisema, enfermidade de Ayerza) ou eritrocitose De origem tóxica (óxido de carbono, fósforo, arsênico, alcoolismo crônico) De origem infecciosa (Tb do baço, sífilis, impaludismo, tuberculose trigreinose) De origem hipofisária (S. Curhing)
1.1. Hemoglobinometria (dosagem da hemoglobina no sangue) A hemoglobina é uma proteína conjugada e é a substância corante da hemácia, cuja função é transportar o O2 e CO2 pelo corpo humano. É expressa em gramas por 100ml de sangue (g/dl).
Hemoglobina Corpuscular Média (H.C.M.) - É determinada pela divisão da hemoglobina em g por 100ml de sangue, pelo número de hemácias em milhões por mm3.
Valores normais: Homens -13,0 à Mulheres -11,5 à Crianças -11,0 à
Volume Corpuscular Médio (V.C.M.) Representa a concentração ou peso médio de hemoglobina por 100ml de hemácias aglomerados em relação a 100.
16,0 g/dl 14,0 g/dl 13,0 g/dl
Interpretação: O aumento do conteúdo hemoglobínico (hipercromemia), surge em condições que produzem policitemia tais como: enfisema pulmonar, cardiopatias, empiema, envenenamento pelo monóxido de carbono, desidratações graves (diarréias, vômitos, queimaduras). A diminuição do teor hemoglobínico (hipocromemia), geralmente são acompanhadas da diminuição do número de hemácias, sendo importante nos diagnósticos de anemia. 1.2. Hematócrito É o valor percentual de hemácias em 100ml de sangue. Valores normais: Homens - Mulheres - Crianças - Recém-nato -
40% 37% 35% 60%
à à à à
52% 43% 39% 62%
Interpretação: O aumento do hematócrito ocorre quando há: policitemias, diminuição da tensão de O2 no sangue, desidratações em geral (queimaduras, vômitos, diarréias) As diminuições ocorrem com a redução do número de hemácias: nos casos de anemias, descompensações cardíacas, gravidez e administração excessivas de líquidos que acarretam hemodiluição.
Outras alterações: Hipocromias Anemias acompanhadas de diminuição acentuada de hemoglobina. Primária - anemias ferropenicas (diminuição de ferro). Secundária - hemorragias agudas ou crônicas, Tuberculose, Paludismo, Endocardites, Sepsemia, tumores malignos, intoxicações. Hipercromia Primária - ocorre por falta de absorção ou armazenamento de vit B12 e ácido fólico. Secundária - Anemia Perniciosa, Anemia Hemolítica, etc... Microcitose Hemácias menores que o tamanho normal. É de mesma etiologia das anemias hipocromicas. Macrocitose Hemácias maiores que o tamanho normal. Ocorre nas anemias secundárias, afecções hepáticas e do pâncreas, Carcinoma gástrico, Nefrite crônica, Sífilis e Tuberculose. Anisocitose* Hemácias com tamanhos diferentes Poiquilocitose* É a diferença no formato entre as hemácias
1.3. Índices hematimétricos Tem a função de auxiliar na caracterização das anemias.
(*Ocorrem nas grandes solicitações da medula óssea)
Volume Globular (V.G.) - É a relação entre o conteúdo percentual de hemoglobina e o número percentual de hemácias.
2. Leucograma 2.1. Contagem global de leucócitos É o método de contagem utilizado para verificar a quantidade de leucócitos
presentes em um milímetro cúbico de sangue. Sabendo-se que os leucócitos presentes são considerados as unidades móveis do sistema protetor do corpo. Valores normais: Homens/Mulheres-5.000 à 10.000/ mm3 Crianças-6.000 à 14.000/mm3 Leucopenia ® Denominação dada quando há menos de 5.000 leucócitos por mm3 de sangue. Leucocitose ® Denominação dada quando há mais de 10.000 leucócitos por mm3 de sangue. Interpretação: Leucopenia ® Processos viróticos (Rubéola, HIV), Mononucleose, Dengue, Febre Tifóide. Leucocitose ® processos infecciosos bacterianos (Pneumonia, Meningite), hemorragias, abdômen agudo (gravidez ectópica, Apendicite, Peritonite), Artrite Séptica, Artrite Reumatóide, Neoplasias, Febre Reumática, Leucemias, Tendinites, traumas recentes com edemas, etc... Obs.: Devemos destacar que alguns indivíduos possuem leucopemia fisiológica, bem como alguns possuem leucocitose fisiológica. 2.2. C o n t a g e m e s p e c í f i c a d o s leucócitos Dividem-se percentualmente em: Eosinofilos..........................(02 - 04%) Neutrofilos : Mielócitos*............................ (00%) Metamielócitos*...................(00 - 01%) Bastões ou Bastonetes........ (02 - 05%) Segmentados.........................(55 - 65%) (*São células jovens, que normalmente não aparecem no exame.)
Basófilos................................(00 - 01%) Linfócitos..............................(21 - 35%) Monócitos.............................(04 - 08%) Interpretação: Eosófilos (normalidade de 02% à 04%) Eosinofilia (aumento do valor percentual www.fisioon.com.br
ou absoluto dos eosinófilos) -Moléstias alérgicas: Asma Brônquica, Urticária, processos alérgicos. -Moléstias da pele: Pênfigo, Dermatite, Escabiose, erupções cutâneas. -Infestações parasitárias, Poliartrite Aguda, Mialgia Epidêmica. Eosinopenia (diminuição do valor percentual ou absoluto dos eosinófilos) -Processos infecciosos agudos supurativos -Reagudização de processos crônicos -Estados tóxicos endógenos ou exógenos: coma diabético, Uremia, Hemólise Aguda, caimbras generalizadas, parto, surtos emocionais, trabalho físico pesado. -Ausência de defesa, falência da córtex da supra-renal. Neutrófilos (normalidade de 55% à 65%) Neutrofilia (aumento do valor percentual ou absoluto dos neutrófilos) -Infecções crônicas e agudas especialmente por cocos, certas bactérias, espiroquetas e parasitas. -Pneumonia, Apendicite, Meningite, hemorragias. -Infecções localizadas: Febre Reumática, Artrite Séptica, Poliartrite, tendinites crônicas, processos traumáticos com edemas, Artrite Reumatóide. -Difteria, Varicela, Leucemias. -Intoxicações metabólicas: Uremia, Acidose Diabética, Gota, envenenamento. Neutropenia (diminuição do valor percentual ou absoluto dos neutrófilos) -Processos viróticos: HIV, Rubéola, Hepatite Aguda, Gripe -Mononucleose, Febre Tifóide, Amidalites, Dengue, Colecistites crônicas. Obs.: O aumento do valor percentual ou absoluto dos bastões denomina-se “desvio à esquerda”, sendo fundamental sua avaliação no quadro infeccioso. Basófilos (normalidade de 00% à 01%) Basofilia (aumento do valor percentual ou absoluto dos basófilos)
-Geralmente acompanha as modificações quantitativas dos eosinófilos. -Leucemias crônicas, nas eritremias, Anemias Hemolíticas crônicas -Ápos Esplenectomia, Varíola, Varicela, infecções estafilocócicas. Linfócitos (normalidade de 21% à 35%) Linfocitose (aumento do valor percentual ou absoluto dos linfócitos) -Processos agudos: Gripe, Doença de Chagas, Coqueluche, Virose, Toxoplasmose, Rubéola. -Infecções crônicas: Tuberculose, Sífilis congênita ou secundária, Linfocitose infecciosa, hanseníase. -Leucemia Linfática. -Processos que comprometem o sistema linfático: Amidalites, processos ganglionares. Linfopenia (diminuição do valor percentual ou absoluto dos linfócitos) -Processos agudos de infecções: Apendicite, obstrução intestinal, Pancreatite aguda, Colecistite aguda. -Cirrose Hepática, Caquexia, Tuberculose Ganglionar, Neoplasias em estados finais, comprometimento do sistema linfático. -Após Tiroidectomia, fase aguda de Febre Tifóide, uso de quimioterápicos, envenenamentos. -Artrite Séptica, Febre Reumática, Poliartrite, Artrite Reumatóide. Monócitos (normalidade de 04% à 08%) Monocitose (aumento do valor percentual ou absoluto dos monócitos) -Infecções bacterianas: Tuberculose, Endocardite bacteriana sub-aguda. -Na subsistência da infecção aguda, Sarampo, Lúpus, Mononucleose, Varicela, Febre Amarela, Poliomielite, Artrite Reumatóide. -Algumas infecções por protozoários: Malária, Febre Maculosa, Calazar, Tripanosomíase, Leishmaniose. -Leucemia Monocítica, alguns caso de tumoração cerebral. -Processos que atingem órgãos ricos em S.R.E. (Sistema Retículo Endotelial) -Processos de recuperação de infecções
agudas com desvio à esquerda. Monocitopenia (diminuição do valor percentual ou absoluto dos monócitos) -Fase aguda de processos infecciosos. -Falta de reação por parte do S.R.E. (Sistema Reticulo Endotelial) -Caqueixa, Desnutrição. 3. Plaquetometria É a contagem do número de plaquetas por milímetro cúbico de sangue. Normalidade: 200.000 à 400.000/mm3 Interpretação: Trombocitose (aumento do número de plaquetas) -Grandes estímulo medulares. -Após hemorragias, após esplenectomia. -Após transfusão de sangue. -Estados infecciosos: Septicemias, Erisipela, Tuberculose, Febre Reumática. -Cólera, Cardiopatias Valvulares, Leucemia Mielóide crônica, Mononucleose, Dengue, Policitemia Vera. Trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) -Sofrimento medular com baixa produção de plaquetas -Pneumonia, Febre Tifóide, Leucemias, Anemia Perniciosa, Aplasia Medular, Desnutrição exagerada, Sarampo, Meningite, Difteria, Endocardite lenta. -Distúrbios de coagulação, uso de anticoagulantes. Devemos ressaltar que a interpretação do hemograma não se restringe tão somente às modificações qualitativas e quantitativas de seus elementos aliadas às degenerações e outras alterações. É necessário a junção dos dados clínicos e exame físico do paciente para que se forme um quadro hematológico completo auxiliando assim o diagnóstico. Alexandre do Nascimento Justiniano UCB/RJ Fisioterapeuta e Técnico em Análises Clínicas
TENS nas
Algias Lombares Causadas por
Hérnia de Disco Resumo A dor lombar na hérnia de disco pode ser localizada ou radicular. O mecanismo dessa dor e as alterações anatomofisiológicas são parâmetros adequados para a terapia com a TENS. Sendo essa terapia de uso crescente, é necessário compreeender o mecanismo de analgesia e saber como, a partir de uma lesão, produz-se o fenômeno da dor, conhecendo os caminhos que levam os impulsos dolorosos até o cérebro. Palavras-chaves TENS, dor e hérnia de disco I-Introdução A TENS (transcutâneous eletrical nerve stimulation) é um estimulador elétrico com a capacidade de estimular nervos periféricos com eletrodos colocados na superfície do corpo e cujos estímulos gerados são pulsos de tensão com o objetivo clínico de provocar alívio sintomático da dor. A dor é um mecanismo de proteção do corpo. Ela ocorre sempre que algum tecido esteja sendo lesado, provocando reação no indivíduo, eliminando assim o estímulo doloroso. As algias são sintomas mais comuns na hérnia de disco lombar que é a liberação ou prolapso do núcleo pulposo por
ruptura ou afastamento do anel fibroso. Como a dor radicular é a principal queixa de um paciente portador de hérnia discal e o TENS é o principal recurso fisioterapêutico usado para provocar analgesia, faz-se necessário um levantamento bibliográfico com a finalidade de trazer comprovações teóricas na eficácia do TENS nas algias causadas por esta patologia específica. II-1-b) Fatores Etiopatogênicos: Traumas, infecções, malformações congênitas, doenças inflamatórias e metabólicas, neoplasias, distúrbios circulatórios, fatores tóxicos, fatores mecânicos e psicossomáticos.(SAMARA,1985) II-1-c) Localização da dor Lombar É geralmente entre L4 e L5 e entre L5 e S1 comprimindo as raízes L5 e S1, respectivamente. Mesmo sendo incomum, há herniação L3 e L4. ( CECIL,1992). II-1-d) Quadro Clínico A coluna pode manter-se rígida, a curva lordótica lombar normal pode desaparecer, espasmo muscular pode ser proeminente e a dor exarcerbar-se na extensão da coluna e ser aliviada em flexão lenta. A parestesia e a perda sensorial com fraqueza motora no miótomo suprido por aquela raiz, além
da diminuição ou ausência de reflexos são evidências de distúrbios neurológicos causados pela hérnia discal. Quando há elevação da perna estendida em decúbito dorsal pode reproduzir dor radicular. Ao elevar a perna contralateral e houver dor espontânea sugere - se hérnia discal. Pode causar a dor durante a palpação sobre o nervo femoral na virilha ou sobre o nervo ciático na panturrilha, coxa ou glúteos. (CECIL,1992). II-1-e) Dor na Hérnia Discal Por ser a dor o sintoma mais comum nesta patologia , a origem exata da dor localizada não é conhecida , mas pode resultar de compressão do nervo sinovertebral . A dor radicular geralmente aparece depois de ataques repetidos de dor localizada e é percebida como aguda, de forma súbita que pode irradiar da coluna ao longo da distribuição inteira da raiz envolvida ou afetar somente uma parte desta raiz . Ambas as dores, localizada e radicular podem ser aliviadas com o repouso e aumenta com as atividades. As hérnias podem ser assintomáticas, neste caso herniação para o centro dos corpos vertebrais que delimitam o disco (Nódulo de Schmörl ). E podem ser sintomáticas, e quando hernia para dentro www.fisioon.com.br
do canal vertebral comprimindo terminações e raízes nervosas. Estas dependem da localização, do tamanho, do tipo e do grau de envolvimento radicular. Algumas fibras desse feixe terminam na substância reticular do tronco cerebral, e a maior parte se encaminha para o tálamo, terminando no complexo centro basal. Deste, os sinais são transmitidos para outras áreas basais do cérebro e para o córtex sensorial somático. Para a dor do tipo rápido ser bem localizada é preciso que os receptores táteis sejam também estimulados.Paleoespinotalâmico = Sistema que transmite os sinais dolorosos pelas fibras periféricas de dor lenta do tipo C e ocasionalmente do tipo A d . Essas fibras nervosas periféricas terminam nas lâminas I e II das pontas dorsais da medula que juntos são chamados de substancias gelatinosas . Nas próprias pontas dorsais , os sinais passam por um ou mais neurônios internunciais de fibras curtas antes de chegar à lâmina V ( células transmissoras T ) , onde originam axiônios longos que se juntam às fibras da via de dor rápida passando pelo lado oposto da medula e se encaminha para o lado ipsio lateral em direção ao cérebro ( GUYTON,1984). II-2-c) Opiáceos endógenos Em 1975, descobriu-se que no sistema nervoso central existem receptores para opiáceos endógenos (endorfina, encefalina e substância P) em altas concentrações, especialmente em áreas identificadas por Melzak e Will e em áreas associadas com nocicepção como importantes na inibição dolorosa: tálamo sistema límbico, substância cinzenta periaquedutal e substância gelatinosa, (UMPHRED, 1994). II-3- TENSII-3-a) Conceito É uma terapia segura, não invasiva que “reduz” ou “elimina” os sinais de dor, favorecendo ao indivíduo a execução de suas atividades com maior conforto. Sendo um estimulador sensitivo trancutâneo, os impulsos da corrente são transmitidos através da pele com o auxílio do gel para não haver interrupção do estímulo. Na medida que os impulsos atinge o nervo, obtém - se a regulação para o controle da dor. São pulsos de
tensão regulares com amplitude variável de mais ou menos 85 V, freqüência de 2 a 200 Hz com duração de 20 a 90 ms. É aplicado para o tratamento da dor aguda e crônica. (SULLIVAN,1997).· De PulsoContração mais parestesia, intensidade variável de acordo com o nível de tolerância do paciente, analgesia após 10 a 30 minutos, freqüência de 70 a 100 Hz e tempo pulso de 100 a 200 ms. ( RODRIGUES e GUIMARÃES, 1998).· II-3-d) Sugestão no modo de estimulação e colocação dos eletrodos na dor lombar na hérnia de disco· DOR AGUDA Tens Convencional de alta freqüência com analgesia, através da teoria da comporta, atuando na substância gelatinosa. Os eletrodos tetrapolares podem ser colocados : Bilateral - usando dois canais em ambos os lados da região lombar. Cruzada - quando dois canais cruzam a área de dor, concentrando a corrente da região da dor.· DOR CRÔNICA · Tens de baixa freqüência ( Tens Acunputura ). Analgesia liberada pelos opiáceos . Os eletrodos devem ser aplicados nos miótomos segmentares relacionados ou em pontos remotos de acunputura. ( RODRIGUES e GUIMARÃES, 1998) III – METODOLOGIA A pesquisa foi realizada na biblioteca da UNCISAL e com o uso de livros particulares. Iniciou - se em 04.10.00 e finalização na data atual ( 17.10.00). V- D I S C U S S Ã O Segundo UMPHERED,1994, pensa - se que a endorfina , substância química semelhante a morfina, produz analgesia e efeito no humor através de interneurônios na substância cinzenta dorsal. O presente artigo foi feito por: A.C.C.-Aline Costa de Carvalho e E.G.S.-Edilma Gomes Santos. Há interrupção da dor no uso da TENS ? Sua analgesia tem efeito duradouro ? Pode ocorrer acomodação neural ? Quais as modalidades do TENS ideais para dor aguda e dor crônica ?Baseado em dados bibliográficos, o uso da TENS na melhora do desconforto do quadro álgico trará ao fisioterapeuta maior segurança em associar os demais
recursos necessários na reabilitação do paciente com hérnia de disco lombar. II-REVISÃO de literaturaII-1Hérnia de DiscoII-1-a) Conceito: Hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dor lombar (CECIL,1992). Quando há uma herniação medial, envolve a medula espinhal diretamente, pode haver pouca ou nenhuma dor, ou dor na distribuição radicular bilateral. Sendo que, em muitas vezes, a dor é sentido em local distante da herniação do disco.(CECIL,1992) II-2-DorII-2-a) Receptores da dor e sua estimulação Os receptores da dor são as terminações livres (pele, periósteo,paredes arteriais, ...). A maior parte das fibras dolorosas pode ser excitada por tipos múltiplos de estímulos (frios, alogamento excessivo, calor, ...), que são denominados nociceptores mecânicos, térmico e químico. A dor rápida é evocada por nociceptores mecânicos e térmicos, enquanto que a dor lenta resulta dos três tipos de nociceptores. Esses nociceptores químicos podem ser estimulados por substâncias químicas que têm grande importância no aparecimento da dor do tipo lenta, tais como: bradicinina, serotonina e prostaglandina (aumenta a sensibilidade). Os receptores da dor não se adaptam ao estímulo nocivo, fazendo com que o indivíduo permaneça alerta ao estímulo lesivo, que provoca a dor durante todo o tempo que ele persiste.(CECIL,1992) II-2-b) Vias de transmissão da dor As terminações nervosas livres utilizam duas vias : para a dor rápida e em pontada e uma via para a dor lenta-crônica. Os sinais de dor rápida são transmitidas nos nervos periféricos em direção a medula espinhal por fibras de pequeno diâmetro tipo A d (rápidas) e a dor lenta por fibras tipo C. Devido a esse duplo sistema, um estímulo doloroso brusco causa uma sensação dolorosa dupla (rápida- em pontada e em queimação). Após penetrar na medula espinhal através da raiz dorsal, as fibras da dor vão para o feixe de Lissauer, posterior à ponta dorsal da
substância cinzenta da medula espinhal, terminando sobre neurônios localizados nas pontas dorsais, onde há dois sistemas para o processamento dos sinais dolorosos que se dirigem para o cérebro por meio de duas vias:Neoespinotalâmico = As fibras rápidas de dor do tipo A d transmitem principalmente os sinais dolorosos mecânicos e térmicos. Elas terminam na lâmina I das pontas dorsais (lâmina marginal), onde excitam os neurônios de segunda ordem, os quais originam longas fibras que cruzam para o lado oposto da medula pela comissura anterior e se dirigem para o cérebro pelas colunas ântero-lateral. II-3-b) O Tens e a modulação da dor A explicação neurofisiológica mais provável que explica a modulação da dor pelo Tens, levando a analgesia , é através da ativação do “Portão espinhal da dor”, proposta por Melzack e Wall. Teoria na qual há um bloqueio dos impulsos da dor que vem da periferia ( lâminas II,III e V),sendo assim , esse bloqueio na substância gelatinosa ( II e III) agiria como uma comporta que tem a capacidade de impedir que impulsos aferentes alcancem as células T , as quais conduzem a sensação de dor para diversas partes do cérebro ( cerebelo, tronco cerebral, tálamo e córtex). (UMPHERP, 1994). Quando se aplica um estímulo não doloroso através das fibras A ( rápidas) , esse estímulo “fecha” a “comporta , inibindo a percepção da dor ao nível medular, estimulando as células da substância gelatinosa , assim é necessário que as fibras A sejam ativadas primeiro, já que possuem limiar alto, sendo despolarizada pela corrente de alta freqüência e baixa intensidade que é indicado para dores agudas, onde o efeito analgésico é rápido, porém menos duradouro e uma sensação de formigamento. A alta insensibilidade e a baixa freqüência atuam no sistema nervoso central, estimulando substâncias analgésicas endógenas. São indicados para dores crônicas, onde o efeito analgésico é mais demorado, essa modalidade provoca uma sensação dolorosa. ( RODRIGUES E GUIMARÃES, 1998). II-3-c) Tipos de Tens A tens apre-
senta quatro modos de estimulação : · Convencional A sensação é percebida por um formigamento. A analgesia é imediata ou após 20 minutos de aplicação ( 10 a 30 mA). O efeito analgésico dura de 20 minutos a 2 horas, dependente totalmente das atividades da vida diária, a freqüência vai de 50 a 100 Hz e o tempo de pulso ( T ) de 40 a 75 ms.· Breve e Intensa A sensação de fasciculação muscular , não ritmica , intensidade de 30 a 80 mA, analgesia de 10 a 15 minutos , dura enquanto a estimulação estiver presente, freqüência de 100 a 150 Hz e o tempo de pulso 150 a 250 ms.· Acunputura Contrações fortes, intensidade alta, no limite suportável, analgesia de 2 a 6 horas e o tempo de 20 a 30 minutos, a área de percepção é em pontos remotos de acunputura, freqüência vai de 1 a 4 Hz e o tempo de pulso de 150 a 250 ms.· Para SULLIVAN,1993, a estimulação de baixa freqüência semelhante a acunputura tem propiciado alívio a dor de uma certa porção da população de pacientes, mas esta proporção é significativamente menor que a associada a Tens convencional. E fica em aberto que o posicionamento do Tens de baixa freqüência deve ser mediado por um mecanismo não opióide ainda indefinido. Já Carlos Castro ( UFSC) , apresentou uma sugestão clínica: “Na prática clínica, os melhores resultados aparecem quando se associa uma sessão com alta freqüência e baixa intensidade e outra sessão com baixa freqüêhncia e alta intensidade e assim sucessivamente. UMPHRED,1994,afirma que a acomodação neural, que é uma diminuição na percepção do estímulo, acontecendo na medida que o nervo aumenta seu limiar de excitação com a estimulação repetida, é a principal inconveniência da Tens convencional.V-CONCLUSÃO Baseado em pesquisa bibliográfica, a Tens tem ótima indicação na dor lombar causada por hérnia de disco,pois atua diretamente na teoria da comporta da dor. O que falta, porém, é uma pesquisa de campo para se comprovar realmente a eficácia no alívio da dor nesse tipo de paciente.Deve - se levar em consideração que a Tens é apenas um recurso fisioterapêutico, necessitando de recursos
afins que tratem da hérnia de disco de forma geral, pois o problema base da hérnia discal é o que leva o paciente a Ter essa dor, necessitando assim que o fisioterapeuta estude o paciente como um todo, direcionando o tratamento de forma mais linear possível. VI- BIBLIOGRAFIA BAZIN, S & KITCE, S. “Eletroterapia de Clayton”. 10o. edição. são Paulo, 1998.CECIL. “Tratado de Medicina Interna”2o. edição. São Paulo, 1992.· GUYTON,A .C.”Tratado de Fisiologia Médica”.6º- edição, Rio de Janeiro,1984.· O’SULLIVAN, S.B. & SCMITZ, T.J. “Fisioterapia Avaliação e Tratamento”.2o. edição. Manole. São Paulo, 1993.·RODRIGUES ,E.M.&GUIMARÃES,C.S. “Manual de Recursos Terapêuticos”Revinter. Rio de Janeiro, 1998.UMPHRED, D.A .”Fisioterapia Neurológica”. 2o edição. Manole,1994.· SAMARA,A .M.” Reumatologia Medicina Interna”.2oedição.São Paulo,1985.
Aline Costa de Carvalho Edilma Gomes Santos Departamento de Fisioterapia . Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL.
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A Drenagem Linfática e sua Aplicabilidade nos Períodos de Mudança Hormonal
1 INTRODUÇÃO O primeiro relato escrito sobre drenagem linfática, data do ano de 1936, quando Dr. Vodder, um fisioterapeuta, iniciou, experimentalmente, a tratar gripes e sinusites manipulando gânglios linfáticos através de movimentos circulares suaves. Em 1978, acontece o primeiro Congresso Internacional da Associação para Drenagem Linfática Manual. Neste congresso, o Prof. Krahe comprava a eficácia da técnica de drenagem linfática em pacientes pós-mastectomizadas. Neste trabalho, este menciona a normalização completa nos casos de edema mole, e melhora de 50% nos casos de edema duro. Em relação a pré e pós-operatório de cirurgias estéticas, o médico alemão B. Bilias, relata a diminuição de hemorragias pós-operatórias, cicatrização em menor tempo e o resultado das intervenções, altamente satisfatório. Em 1977, o Prof. Leduc conseguiu demonstrar a ação acelerante da drenagem linfática manual, mediante radioscopia. A drenagem linfática manual é o método de trabalho com as mãos e por meio de movimentos suaves, que requer o conhecimento da anatomia do sistema linfático para uma aplicação eficaz. A função do sistema linfático tem a função de drenar a maioria dos líquidos corporais e resíduos do metabolismo. Se a drenagem for deficiente há um congestionamento e conseqüente acúmulo de líquidos. Uma pressão demasiadamente forte pode obstruir os capilares chegando até mesmo a danifica-
los, principalmente os capilares linfáticos pela sua estrutura frágil. A drenagem linfática manual tem como objetivo principal o aumento do volume de linfa admitido pelos capilares linfáticos e o aumento da velocidade de seu transporte através dos vasos linfáticos. De forma direta esta tem influência positiva (DI PIETRO, 2002): -na capacidade dos capilares linfáticos; -na velocidade da linfa transportada; -na filtração e reabsorção dos capilares sanguíneos; -quantidade de linfa processada dentro dos gânglios linfáticos; -sobre a musculatura esquelética; -sobre a motricidade do intestino; -sobre o sistema nervoso vegetativo; -sobre a imunidade. Tem influência positiva indireta(DI PIETRO, 2002): -na nutrição celular; -na oxigenação dos tecidos; -na desintoxicação dos tecidos intersticiais; -na desintoxicação da musculatura esquelética; -na absorção de nutrientes pelo trato gastrointestinal; -na distribuição de hormônios; -no aumento na quantidade de líquidos excretados. As indicações desta são: no edema tecidual, sensação de cansaço nas pernas, gravidez, hematomas e equimoses, varizes, sistema nervoso abalado, olheiras, no tratamento de acne, couperose, rosácea, rejuvenescimento, pré e pós-cirurgia plástica e lipodistrofia ginóide. Tem como contra-indicações câncer, infecções cutâneas, tratamento pós-trombose e póstromboflebite, hipertireoidismo, hipertensão arterial nãocontrolada e insuficiência cardíaca congestiva. A drenagem linfática eletrônica ou a pressoterapia tem as
mesmas indicações que a manual, porém, estudos afirmam que estas não são tão eficazes quanto a manual, pois não é possível imitar a velocidade e o movimento da linfa através de aparelho. A gravidez geralmente está associada com leve edema de membros inferiores, se não tratado pode resultar em varizes, varicosas, estrias e lipodistrofia ginóide. Através do uso da técnica de drenagem linfática e exercícios circulatórios, o fisioterapeuta pode auxiliar no bem-estar da gestante, diminuindo edema decorrente do período gestacional, em conseqüência a sensação de peso dos membros inferiores, a fadiga e câimbras, prevenindo assim as complicações que podem decorrer deste. A drenagem linfática também pode auxiliar a mulher na síndrome pré-menstrual. O fisioterapeuta, através da técnica de drenagem linfática, nesta caso, auxilia a excretar o líquido retido durante este período, diminuindo assim o edema, resultando na diminuição dos sintomas da SPM, como a cefaléia, mastalgia, fadiga , sensação de desconforto pélvico, etc. 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Os efeitos de drenagem linfática estão baseados nos mecanismos fisiológicos de pressões existentes entre os tecidos e os vasos sanguíneos e linfáticos. Sobre a membrana dos capilares atuam forças de pressões contrárias para ocorrer a movimentação dos líquidos. Um desequilíbrio nessas pressões provocará o edema (BARROS, 2001). Um dos efeitos da drenagem é realizar a absorção de líquidos excedentes e de proteínas do espaço intersticial, já que o sistema linfático se torna a principal via de captação. Ao absorver o fluido excedente, os capilares linfáticos o transportam para os pré-coletores linfáticos, após para os coletores linfáticos, são filtrados pelos linfonodos até se dirigir para os dois grandes canais, ducto torácico e ducto linfático direito, e desembocam no ângulo das veias jugulares internas e carótidas direitas e esquerdas, local em que a linfa e o plasma se misturam. A pressão mecânica desta elimina o excesso de líquido do meio tissular para os vasos venosos e linfáticos (LEDUC, 2000). Segundo GUIRRO e GUIRRO (2002) foi realizado um estudo que comparou a influência da drenagem, exercício e estimulação elétrica muscular sobre o fluxo linfático. Todos estes causavam um aumento do fluxo, mas a drenagem foi a mais eficaz. Porém, segundo a mesma autora, o melhor resultado é obtido através da associação de drenagem linfática e elevação dos membros durante a sua aplicação. A puberdade é um período durante o qual o corpo sofre transformações importantes. Simultaneamente ao surgimento das menstruações, produzem-se, nas adolescentes, modificações morfológicas ocasionadas pelo aumento das taxas hormonais femininas, inclusive retenção hídrica e acne. As sessões de drenagem facial serão benéficas nos casos de acne juvenil, atenuando espinhas, vermelhidões e pequenas cicatrizes (JACQUEMAY, 2000) Durante a gravidez, a mulher pode apresentar algumas complicações circulatórias, devido as alterações hormonais.
As varizes podem aparecer ou serem agravadas durante a gravidez, pela diminuição da circulação (KISNER, 1998 e KRUSE, 1992). O edema geralmente ocorre nos membros inferiores, principalmente ao final da gestação, ocorrendo uma sensação de peso nos membros inferiores, câimbras e fadiga (POLDEN, 1993). As hemorróidas ocorrem pelo aumento da pressão nas veias hemorroidárias por dificuldade do retorno venoso, causado pelo aumento do volume uterino (KRUSE, 1992). A explicação para as varizes gestacionais, está relacionada principalmente à ação hormonal do estrogênio sobre a parede das veias , associada ao aumento da pressão venosa produzida pelo útero gravídico. Essas alterações venosas podem desenvolver varizes nas pernas, na região do períneo e hemorróidas. Felizmente, num grande número de mulheres essas varizes tendem a desaparecer ou reduzir bastante após o parto. Entretanto, outras gestações subseqüentes poderão agravar o problema (MERLO, 2002). A retenção hídrica também pode ocorrer durante este período. A drenagem linfática previne e trata as complicações decorrentes da gestação, auxiliando no alívio de problemas circulatórios, edemas, estrias e outros, e também de certos problemas devidos às mudanças hormonais, como enxaqueca, insônia, constipação intestinal e cansaço, além de proporcionar relaxamento a gestante (JACQUEMAY, 2000). A menopausa é um fenômeno fisiológico que ocorre na mulher entre 45 e 50 anos. Caracteriza-se pelo desaparecimento progressivo das menstruações e, por conseguinte, da ovulação (JACQUEMAY, 2000). A interrupção da produção dos hormônios estrógeno e progesterona provoca diversos transtornos, como ondas de calor, sudorese abundante, sensações de fadiga, insônia, instabilidade emocional. O tecido adiposo apresenta mais celulite. Os tecidos tendem a perder sua tonicidade e a reter líquido. Problemas circulatórios podem se manifestar, como dificuldades de retorno venoso, sensações de pernas pesadas e surgimento de varizes, ocorrendo nesta fase, tendência aos edemas (RIBEIRO, 1999). As sessões de drenagem linfática vão, a princípio relaxar, reoxigenar os tecidos, tratar a celulite com suavidade e regenera as células, além de ser muito benéfica para a pele. Também melhorará a distribuição hídrica e a circulação (JACQUEMAY, 2000). A etiologia da Síndrome Pré-Menstrual permanece ainda obscura. Contudo, há retenção transitória de água nos diversos tecidos do
organismo com aumento do fluído extracelular, que se manifesta de forma muito suave. Na forma mais intensa há maior retenção de líquido com formação de edema localizado ou generalizado. Este retenção explica satisfatoriamente a grande maioria dos sintomas neurológicos, pelo edema cerebral, os digestivos, pelo edema intersticial, a mastodinea, pelo edema mamário, e assim cada sintoma pelo edema do respectivo órgão (JACQUEMAY, 2000 e DI PIETRO, 2002). Estes desconfortos decorrentes da SPM podem ser aliviados com a drenagem linfática manual (DI PIETRO, 2002). 3 CONCLUSÃO A drenagem linfática manual tem como objetivo principal manter o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais e a eliminação dos dejetos provenientes do metabolismo celular. Desde que realizada corretamente, elimina o excesso de líquido, que ocorre nas mulheres com alterações hormonais, diminuindo a probabilidade de fibrose deste e outras complicações, como por exemplo varizes, sensação de peso nos membros inferiores etc. A fisioterapia, através desta técnica, tem a capacidade de auxiliar a mulher em diferentes estágios da sua vida, permitindo que esta tenha uma melhor qualidade de vida, evitando o malestar e prevenindo complicações decorrentes das mudanças hormonais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ARTRAL, R.; WISWELL, R. A. e DRINKWATER, B. L. O exercício na gravidez. 2ª ed. São Paulo:
Manole, 1999. ASDONK J. Effectiveness, indications and controindications of manual lymph drainage therapy in painful edema. J. Lymphol, 1995. BARROS, M. H. Fisioterapia: Drenagem Linfática Manual. São Paulo: Robe, 2001. DI PIETRO, N. Curso de Drenagem Linfática. Em: maio/jun 2002. GUIRRO, E. C.; GUIRRO, R. R. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos – Recursos – Patologias. 3ºed. São Paulo: Manole, 2002. JACQUEMAY, D. A drenagem-vitalidade: a drenagem linfática associada a energética chinesa. São Paulo: Manole, 2000. KISNER, C.; e COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 3a ed. São Paulo: Manole, 1998. KRUSE, W.; ABECHE, A. M.. Assistência Pré-Natal. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1992. LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. 2ºed. São Paulo: Manole, 2000. MERLO, I. Varizes na Gravidez. Disponível em: < http://www. varizes.com/ tratamentos/drenagem.htm> Acesso em: 14 jul. 2002. POLDEN, M.; MANTLE, J. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. São Paulo: Santos, 1993. REZENDE, J. Obstetrícia Fundamental. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1992. RIBEIRO, D. R. Drenagem Linfática manual corporal. São Paulo: Senac, 1999. ROCHA, D.; BECKER, V. A massoterapia no Fibro Edema Gelóide. Blumenau, 1999. (MO) SOARES, C. Um estudo verificando a qualificação dos profissionais e a utilização dos recursos fisioterapêuticos em Clínicas de Estética na cidade de Blumenau-SC. Blumenau, 2001. (MO) ZUCCO, F. Fisioterapia na Gravidez de Risco. Revista Fisio&Terapia, ano VI, nº29, out/nov 2001.
Autora: Fabiola Zucco
Fui pega meio assim de repente, de surpresa e não tenho muita noção do que escrever nesta primeira vez (afinal a primeira vez a gente nunca esqueçe); e ‘causos’ são muitos, mesmo com tão pouco tempo de experiência profissional. A primeira tentativa a vontade é de contar tudo de uma vez, fazer uma retrospectiva dos melhores e piores momentos e sair escrevendo, mas assim não tem graça e as cenas do próximo capítulo?... Já decidi qual historia vou contar (é lógico que eu não preciso nem dizer que qualquer semelhança com os fatos não será mera coincidência). Há muito pouco tempo atrás estava eu sentada na faculdade assistindo mais uma daquelas aulas teóricas ultra chatas do 3º período, de fisioterapia (é lógico) e decidi assim simplesmente que eu queria fazer estágio. O único problema é que, quem daria estágio para uma aluna do 3º período, que ainda não sabia “nada” (hoje eu sei que muitas dessas clínicas do tipo “abatedouro”, teriam um prazer imenso em me receber). Lá fui eu, toda de branquinho, cheguei meio assim de mansinho como quem não quer nada, numa clínica lá perto de casa, pedi para falar com o responsável pelo estabelecimento e fiquei ali na sala de espera aguardando o ortopedista me chamar. Depois de algumas poucas horas de espera aparece na porta um senhor todo de branco com um jaleco impecavelmente branco e engomado, transparecendo ar de superioridade incontestável que fez com que todos os pacientes e pessoas da sala quase que batessem continência para ele (nessa hora me deu um frio na barriga, já podia imaginar aquele médico me pondo para correr e me dizendo para voltar daqui a uns dois anos), o Dr. ortopedista aparentava mais ou menos uns 60 anos de idade, cabelos grisalhos falava manso (quando falava, porque os poucos minutinhos que ficamos dentro da sala eu falei mais do que uma matraca), e ele permaneceu ali na minha frente quase sem piscar, ouvindo aquela minha conversinha mole de: deixa eu só assistir a fisioterapeuta atendendo, só para ter uma noção das coisas, por favor... e após algumas tentativas de me vetar eu consegui convencer o velho dizendo: - eu vou ficar quieta como uma estátua, muda como uma múmia e atenta como uma águia, não vou atrapalhar ninguém (sinceramente se alguém me diz uma coisa dessas eu juro que chamo uma ambulância e despacho para o Pinel), acho que ele achou melhor não contrariar, disse que por ele tudo bem, mas que eu falasse com a fisioterapeuta para saber o que ela achava disso. No dia seguinte estava eu lá novamente
e não demorou muito chegou a tal da Dra. fisioterapeuta responsável, a mulher era idêntica á Radical Chique, usava um vestido indiano com um jaleco branco por cima, era cheia de tattoo, pegava onda, fazia lá umas massagens que ela aprendeu com aquele povo (com todo respeito) muito zen dos Andes, usava incenso e óleozinho aromático...(em poucas horas ela não só me deixou ficar, como me contou quase tudo sobre sua vida profissional, emocional, sexual (com riqueza de detalhes) como se nos conhecêssemos à anos, ah... também tinha um aparelho de Ultra Som que ela ia usando no paciente enquanto continuava a me contar suas histórias, quebrava-se gelo na pia da cozinha e envolvia numas toalhas safadas de tão velhas e rasgadas que eram; e ainda usavam uma roda náutica!... Fiquei pensando se precisava mesmo estudar quatro anos para fazer “aquilo”. E na sala de espera uma fila enorme de senhores e senhoras esperando para receber um pouco de conforto para as suas artrites e artroses através daquele “atendimento fisioterápico”!? Fiquei perplexa... Cheguei na faculdade naquela noite e fui falar com um dos professores e disse: - Professor eu nunca vi nada igual! E ele retrucou: - você ainda não viu nada. Não é que ele tinha razão... bem realmente vi muito mais e quero contar muito mais mas isso vai ficar para a próxima. Para me despedir vou contar uma piada muito sem graça (já estou logo avisando que é sem graça, então se você não gosta de piadinha sem graça não leia) não vai dizer que não avisei, lá vai! Um paciente chega na clinica do Dr. fisioterapeuta e após a avaliação toma um susto com preço. - O queeeeeee? Como o senhor tem coragem de cobrar este absurdo por uma avaliação fisioterápica? Ainda mais de um colega de profissão? Surpreso o Dr. fisioterapeuta pergunta, - Ah o senhor é fisioterapeuta também? Porque não me disse? Eis que o paciente responde: - Fisioterapeuta não, eu sou é ladrão! Hahaha muito boa essa não!? Na próxima edição se eu ainda trabalhar aqui na Revista tenho outra um pouco melhor, e se você não quiser esperar até a próxima edição, ou melhor, se quiser me contar a sua porque eu também adoro ouvir, vá no site www.fisioon.com.br e vamos bater papo. Até a próxima.
Lançamento do Livro: Fisioterapia Preventiva nos Distúrbios Ósteomusculares Relacionados ao Trabalho DORTs. A Fisioterapia do Trabalho Aplicada
Este livro é uma iniciativa singela de fornecer aos alunos e profissionais da Fisioterapia, tão como aos demais profissionais de áreas que tenham alguma interface com a Fisioterapia do Trabalho, subsídios e oportunidade de discutir este tema por demais interessante e importante para empregados, empregadores e para a sociedade. Em hipótese vislumbramos a pretensão de esgotar esse tema tão em voga ultimamente, mas que não se trata de nada novo. Esse trabalho que vimos desenvolvendo começou, especificamente, no sétimo período do Curso de Fisioterapia na FRASCE – Faculdade de Reabilitação da Associação de Solidariedade à Criança Excepcional, no Rio de Janeiro quando, por intermédio do Prof. Luiz Claudio Pinto, então professor da Disciplina de Fisioterapia Peventiva no referido curso, tivemos acesso a um filme feito na WEG do Brasil, falando sobre um trabalho do médico Hudson de Araújo Couto, de Minas Gerais. O passo seguinte foi oferecer um Curso de Fisioterapia do Trabalho, em 1992, a título de estágio probatório para o Curso de Pós-graduação em Docência Superior, exigência feita aos alunos não professores. Desde então, não paramos mais na busca de melhores condições de trabalho para os empregados, inicialmente, na PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A., onde fomos co-responsáveis, durante cinco anos, pela implantação e desenvolvimento da Ergonomia no Edifício Sede desta
empresa de nível internacional. Em seguida, já então professor da Universidade Gama Filho, solicitamos a criação de uma Mesa Redonda sobre Fisioterapia do Trabalho, no Segundo GamaFisio, culminando com a criação de uma disciplina eletiva com o mesmo nome: Fisioterapia do Trabalho, em 1995, primeira no Brasil, pelo Prof. Osvaldo Simões Filho, então Coordenador do Curso de Fisioterapia da referida Universidade, despertando interesse na maioria dos alunos que a cursavam. Em 1998, no XIII Congresso Brasileiro de Fisioterapia, em São Paulo, foi tranformado em palestra, a convite da organização do evento, um trabalho que havíamos inscrito intitulado: “Fisioterapia do Trabalho: Um novo Horizonte”. Esse trabalho, ao que me parece, deflagrou uma corrida à atuação em empresas, com criação de associações, publicações de livros e ofertas de diversos cursos na área. Em seguida, oferecemos vários cursos de extensão, principalmente, na Associação Fluminense de Reabilitação e no ENAF Encontro Nacional de Atividade Física, buscando assegurar. Incontáveis foram as palestras apresentadas sobre esse tema nos mais diversos Encontros e Simpósios de Fisioterapia, dentro e fora do Rio de Janeiro.
Prof. MS Luís Guilherme Barbosa. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan. Junho. 2002.
www.fisioon.com.br