Edição 43

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ISSN 1678-0817

Índice

Pág. 4 Agenda de Eventos. Pág. 6 Sessão Cartas. Pág. 10 Benefícios da Combinação Entre o Tratamento com Osteopatia e Laser. Pág. 12 A Incidência da Lombalgia em Relação ao Tipo de Ocupação. Pág. 16 Teste Seus Conhecimentos. Pág. 18 Entrevista ao Núcleo de Fisioterapia Esportiva da Universidade Metodista SP. Pág. 26 Tabela de Honorários: Legalidade ou Formação de Cartel? Pág. 28 Análise Microbiológica “in vitro” do Laser Tipo Diodo 50mw. Pág. 32 Problemas da Perda de Equilíbrio na Terceira Idade: Fatores de Risco. Pág. 38 Contos da Tininha.

Expediente Diretor Editor: Dr. Oston de Lacerda Mendes Diretora Comercial: Luciene Lopes Diretora da Redação Minas Gerais: Regina Martins Diretor da Redação São Paulo: Dr. Antônio Carlos Trubiani Diretor da Redação Rio de Janeiro: Diogo Trajano Diretor de Edição Dr. Fabiano Moreira Distribuição e Logística Dr. João Marcelo Gigliotti Colunista: Dra. Edna Cristina Jornalista Responsável Marcos Antônio Alves Assessoria Jurídica Dr. Gustavo Lana Ferreira Redação - Assinaturas

Endereço da Redação: RuaJoséLinhares,134Leblon-Rio deJaneiro-RJ-CEP22430-220 www.fisioon.com.br revista@fisioon.com.br

A Revista Fisio&terapia não se responsabiliza por cartas e artigos assinados.

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AGENDA DESC 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 15% 10% 10% 3% 10% 10% 5% 5% 10% 3% 3% 10% 10% 3%

DATA CURSO CIDADE UF. 2004 MARÇO Em Março Fisioterapia Neurológica São Paulo SP Em Março Curso Internacional de RPG - Sistema Australiano - Kim Robinson - Aust. São Paulo SP Em Março Curso Internacional de RPG - Sistema Australiano - Kim Robinson - Aust. Rio de Janeiro RJ Em Março Curso Internacional de Método Mulligan - Kim Robinson - Aust. São Paulo SP Em Março Curso Internacional de Método Mulligan - Kim Robinson - Aust. Rio de Janeiro RJ Em Março Curso Internacional Movimento Combinado - Kim Robinson - Aust. São Paulo SP Em Março Curso Internacional Mobilização Neural - Kim Robinson - Aust. São Paulo SP Em Março Curso Internacional Mobilização Neural - Kim Robinson - Aust. Rio de Janeiro RJ Em Março Curso de Procedimentos Básicos em Estética Facial / Dra. Cacia Rusenhack Rio de Janeiro RJ 03 Especialização em Fisioterapia em Uroginecologia / Coordenadora: Maura Seleme Curitiba PR 04/03 Curso Livre de Procedimentos Básicos em Estética Facial Rio de Janeiro RJ 05 Especialização Profissional de Fisio. nas Disf. Vertebrais e Crânio-Mandibulares S.J.dos Campos SP 05 e 06 Fisioterapia Dermato - Funcional ( Pressoterapia e Drenagem Linfatica Pneumatica) Fortaleza CE 05 e 06 Fisioterapia Dermato - Funcional (Traumas Faciais Esteticos e Reparadores) Fortaleza CE 05 e 07 Curso de Liberação Tecidual Funcional em Fibroses e Aderências na Cirurg. Plást. Rio de Janeiro RJ 05 a 07 Ergonomia para Fisioterapeutas Rio de Janeiro RJ 05 a 07 Dermato Funcional São Paulo SP 06 Medicina Estética com Aplicação e Uso na Fisioterapia São Paulo SP 06 e 07 VI Módulo: Joelho / Dr. Vinícius Banzato Rio de Janeiro RJ 08 a 12 Curso de Reeducação Funcional do Assoalho Pélvico - Drª. Mirca e Dr. Luís Augusto São Paulo SP 11 a 14 Perícia Judicial do Trabalho - Perito / Módulo I São Paulo SP 12 a 14 Drenagem Linfática (Teórico e Prático) - Dra. Monique Graciele e Dra. Leila Varella Rio de Janeiro RJ 12 a 14 Curso Conceito Maitland (Austrália) - Módulo Periférico / Sérgio Marinzeck Salvador BA 12 a 14 Terapia Integrada Neuro Ortopédica. Abordagem através da Mobilização do S.Nerv. Rio de Janeiro RJ 12 a 14 Maitland Periférico Salvador BA 12 a 14 Curso Maitland - Método Periférico - Terapia Manual Periférica Dr. Sérgio Marinzeck Salvador BA 12 a 14 Curso de Eletrofisioterapia Clínico - Teórico / Demonstrativo Fortaleza CE 12 a 19 RPG/RPM Reeducação Postural Global - Módulo I São Paulo SP 13 Especialização em Fisioterapia em Uroginecologia / Coordenadora: Maura Seleme Porto Alegre RS 13 e 14 Curso de Especialização em Acupuntura Nova Friburgo RJ 18 a 23 As Cadeias Musculares da Periferia - Formação Léoplod Busquet Belo Horizonte MG 19 a 21 Curso de Eletrofisioterapia Clínico - Teórico / Demonstrativo Piracicaba SP 20 Bandagem Funcional Kinesio Taping São Paulo SP 20 e 21 Tornozelo e Pé / Dr. André Luís Loyola de Moraes / Dra. Joyce Dias Português Rio de Janeiro RJ 20 e 21 Pilates na Conduta Cinesioterápica Rio de Janeiro RJ 22 Neve Carbônica e Criocautério (Tto. Acne e Hipercromias) Rio de Janeiro RJ 26 a 28 Haliwick Básico (J. Lambeck) São Paulo SP 27 Especialização em Fisioterapia em Uroginecologia / Corrdenadora: Maura Seleme São Paulo SP 27 Fisioterapia em Traumato Ortopedia São Paulo SP 27 Grupo de Estudos de Temas Avançados em Neurologia Aplicado a Reabilitação São Paulo SP 27 e 28 Pilates na Conduta Cinesioterápica Rio de Janeiro RJ 27 e 28 Bebês de Alto Risco. Diagnóstico Precoce da P. Cerebral e BOBATH em Pediatria Rio de Janeiro RJ 27 e 28 Rehab Pilates - Curso Básico - Etapa PR Belo Horizonte MG 27 e 28 Rehab Pilates - Curso Básico - Etapa PR São Paulo SP 27 a 29 Drenagem Linfática Manual - Método Leduc [Pré e Pós Oncologia e Cirurgia Plást] São Paulo SP 29 a 30 Bad Ragaz São Paulo SP ABRIL Em Abril Curso Internacional Hidro - A Técnica Watsu para Fisioterapeuta - Peggy - EUA São Paulo SP Em Abril Curso Internacional Hidro - A Técnica Watsu para Fisioterapeuta - Peggy - EUA Rio de Janeiro RJ Em Abril Curso Internacional Método Bad Ragaz - Peggy - EUA São Paulo SP Em Abril Curso Internacional Método Bad Ragaz - Peggy - EUA Rio de Janeiro RJ Em Abril Curso Internacional Hidroterapia nas Algias - Peggy - EUA São Paulo SP Em Abril Curso Internacional Método Halliwick - Peggy - EUA São Paulo SP Em Abril Curso Internacional Método Halliwick - Peggy - EUA Rio de Janeiro RJ 01 e 02 Bad Ragaz (Reciclagem) Rio de Janeiro RJ 01 a 04 Perícia Judicial do Trabalho - Perito / Módulo II São Paulo SP 02 e 03 III Simpósio Internacional de Fisioterapia Esportiva S. B. do Campo SP 02 a 05 Curso de Formação em Terapia Craniossacral do Upledger Institute São Paulo SP 03 e 04 Drenagem Linfática Método Leduc / Voldder / Fold Rio de Janeiro RJ 03 e 04 Conceito de Tratamento Neuro- Evolutivo BOBATH em Pediatria Rio de Janeiro RJ 03 e 04 Hidroterapia na Geriatria (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ

TELEFONES (11) 5694-7951 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 (21) 2255-7635 / 9984-4195 0800-643 00 46 / (41) 225-6670 (21) 2255-7635 / 9984-4195 (12) 3922-3044 (85) 9981-9569 (85) 9981-9569 (21) 2255-7635 / 9984-4195 (21) 2484-2966 (21) 2484-2966 (11) 3161-0004 / 3168-7678 (21) 2278-6123 / 2422-2041 (11) 3045-5838 / 3045-2472 (21) 2484-2966 (21) 2255-7635 / 9984-4195 (71) 271-0151 / 9984-7996 (21) 2508-7240 (19) 3213-6822 (71) 271-0151 / 9984-7996 (43) 3324-9000 / (85) 8805-7440 (21) 2484-2966 0800-643 00 46 / (51) 3224-1599 (22) 2523-8863 / 2523-9372 (31) 3226-4836 / 3226-4077 (43) 3324-9000 / (19) 3422-1066 (11) 3663-5696 (21) 2278-6123 / 2422-2041 (21) 2531-9096 / 2531-9168 (21) 2255-7635 / 9984-4195 (21) 2287-8413 / 2522-8841 0800-643 00 46 0800 643 00 46 (11) 3714-0968 / 9686-9867 (21) 2531-9096 / 2531-9168 (21) 2537-5017 (71) 261-8000 (71) 261-8000 (11) 3079-0925 / 3168-2592 (21) 2287-8413 / 2522-8841 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 0800 43 70 08 / (43) 3325-7656 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (21) 2484-2966 (11) 4366-5023 (11) 3346-7799 / 3079-5870 (21) 2494-5937 (21) 2537-5017 (21) 2287-8413 / 2522-8841


DESC 3% Esp. 3% 3% 5% 3% 3% 3% 10% 10% 3% Esp. 10% 10% 5% 5% Esp.

DATA CURSO CIDADE UF. ABRIL 05 a 07 Relaxamento Aquático para Fisioterapia Rio de Janeiro RJ 08 a 11 Curso de Formação em Terapia Craniossacral do Upledger Institute Rio de Janeiro RJ 08 e 12 Hidroterapia na Algia Lombar Rio de Janeiro RJ 09 a 11 Halliwick Básico Rio de Janeiro RJ 09 a 11 Maitland Periférico Porto Alegre RS 10 e 11 Rehab Pilates - Curso Básico - Etapa PR Rio de Janeiro RJ 12 a 14 Maitland Coluna I Salvador BA 13 a 15 Hidroterapia na Geriatria Rio de Janeiro RJ 13 a 15 Bad Ragaz (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ 16 a 18 Halliwick Avançado Rio de Janeiro RJ 16 a 18 Conceito Maitland (Austrália) - Coluna / Cervical e Torácica / Sérgio Marinzeck Salvador BA 17 e 18 Pilates na Conduta Cinesioterápica Rio de Janeiro RJ 19 a 21 Bad Ragaz Rio de Janeiro RJ 21 a 24 I Encontro Paranaense de Fisioterapia Cascavel PR 21 a 25 XXXVI ENAF Poços de C. MG 23 a 25 Curso Manipulação Vertebral - Cervical, Torácica, Lombar e Pelve - Módulo I Belo Horizonte MG 23 a 25 Drenagem Linfática Módulo I – (Teórico e Prático) Rio de Janeiro RJ 23 a 25 Spiral Taping - Módulo I São Paulo SP 23 a 25 IX Curso de Formação de Consultor em Ergonomia e Método CNROSSI São Paulo SP 24 e 25 Pilates na Conduta Cinesioterápica Rio de Janeiro RJ 24 e 25 VIII Módulo: Atm - Articulação Temporo-Mondicular / Dr. Evanilton Brandão Rio de Janeiro RJ 24 e 25 Estabilização Segmentar Terapêutica São Paulo SP 24 e 25 Rehab Pilates - Curso Básico - Etapa R1 Belo Horizonte MG 24 e 25 Rehab Pilates - Curso Básico - Etapa R1 São Paulo SP 26 a 08/05 Curso Básico de Reeducação Postural Global com Philippe Souchard - I Fase Brasília DF 29 a 10 RPG - Instituto Philippe Souchard São Paulo SP 30 a 02 Curso Manipulação Vertebral - Cervical, Torácica, Lombar e Pelve - Módulo I São Paulo SP Anuncie seu evento gratuitamente nesta agenda! veja como em nosso site:

TELEFONES (21) 2287-8413 / 2522-8841 (21) 2431-3211 / 2431-0392 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (19) 3213-6822 (71) 261-8000 (19) 3213-6822 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (71) 271-0151 / 9984-7996 (21) 2531-9096 / 2531-9168 (21) 2287-8413 / 2522-8841 (45) 9982-9181 (35) 3222-2344 (31) 3826-0007 / (21) 2294-9385 (21) 2255-7635 / 9984-4195 (11) 5586-7000 (11) 3034-3279 (21) 2531-9096 / 2531-9168 (21) 2278-6123 / 2422-2041 (19) 3213-6822 (71) 261-8000 (71) 261-8000 (61) 340-2344 / 3037-6289 (11) 5044-9605 / 5044-0675 (31) 3826-0007 / (21) 2294-9385

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CARTAS Eleições Por: Dr. Gil Lúcio Almeida As manobras dos dirigentes-interventores do CREFITO-3 e do COFFITO. Causou perplexidade ao Brasil as atitudes antidemocráticas e as manobras irreverentes, irresponsáveis e até mesmo criminais dos atuais dirigentes-interventores do CREFITO-3 e do COFFITO que cercearam o direito dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de escolherem os seus dirigentes. Não satisfeitos em perpetuarem no poder por 16 anos, esses dirigentes prorrogaram os próprios mandatos e exerceram ilegalmente o poder por mais de dois anos, à revelia de qualquer decisão de instância superior. Das intimidações desses interventores. Esses dirigentes tentaram calar as nossas vozes com os métodos mais sórdidos possíveis, com intimidações morais e físicas e processos civis, criminais e éticos sem cabimento contra membros da CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO. Em nome do COFFITO tentaram inclusive intimidar o empregador do Professor Gil Lúcio Almeida, alegando que a sua Universidade deveria ser responsabilizada pelas mensagens que ele enviou aos profissionais. O presidente do CREFITO-3, Zenildo Gomes da Costa por várias vezes impediu o acesso de membros de nossa chapa à sede do CREFITO-3, recebendo-os inclusive com cachorros e ameaça de morte. Da luta jurídica. Nada disso nos intimidou. Nesses dois anos a CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO liderou uma verdadeira cruzada contra esses abusos e fez valer na justiça o simples direito democrático dos profissionais de escolherem os dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO. Oito juizes federais de São Paulo e do Distrito Federal e inúmeros desembargadores garantiram que a verdade prevalecesse sobre a tirania dos dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO. É preciso também destacar a ação firme do Ministério Público que investigou as denúncias da nossa chapa apurando, em inquérito civil público, as manobras realizadas pelos interventores do CREFITO-3 e do COFFITO. Essas denúncias resultaram

na abertura de uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA na Justiça Federal de São Paulo, apresentada por quatro procuradores da república, para a apuração de possíveis IMPROBIDADES ADMINISTRATIVAS cometidas por dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO, com a omissão da união. Do afastamento desses dirigentes. Como resultado da AÇÃO CIVIL PÚBLICA os dirigentes interventores do COFFITO e do CREFITO-3 foram afastados da condução do processo eleitoral no CREFITO-3 e no COFFITO. A União também foi condenada a intervir no processo eleitoral e via o Ministério do Trabalho e Emprego se responsabilizar pela realização e condução das eleições no CREFITO-3 e no COFFITO. Da punição dos responsáveis. Os responsáveis pelas manobras e desrespeitos à dignidade do CREFITO-3 e do COFFITO continuarão a res-ponder pelos seus atos na AÇÃO CÍVIL PÚBLICA e nos demais processos movidos pela CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO. O Ministério Público está inclusive pedindo à justiça que seja cassado os direitos políticos dos dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO e que eles sejam responsabilizados pelos gastos com as eleições irregularmente convocadas, além de multa de 100 vezes os salários que eles recebem. Os dirigentes do CREFITO-3 continuarão também a responder a três Inquéritos na Polícia Federal, abertos por ordem judicial, por terem desrespeitado decisões judiciais impetradas pela CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO. Temos fé que mais uma vez a justiça será feita. É necessário que essas ações não fiquem impunes para que sirvam de exemplo àqueles que tentam administrar o bem público em causa própria. Do impacto de nossa luta. Também esperamos que nosso exemplo de luta sirva de modelo à sociedade para que cada um assuma nos seus ombros o compromisso e a responsabilidade pela construção de entidades sólidas que viabilizem o desenvolvimento de nosso país. Do apoio dos profissionais a nossa luta. Não teríamos ido tão longe e obtido essa grande vitória se não fosse pela grande participação e incentivo de vários


profissionais que a cada etapa nos incentivaram a resistir e lutar. Podemos dizer que juntos vencemos todos os obstáculos. Foi bom receber o reconhecimento e apoio inclusive de ex-membros de outras chapas, como dos doutores José Augusto Peres, Ricardo Mitsuo Gondo e Sérgio Mingrone. Da convocação das eleições do CREFITO-3 para o dia 06 de março. O Ministério do Trabalho e Emprego convocou as eleições do CREFITO- 3 para o dia 06 de março de 2004. Agora chegou a hora dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais dar uma resposta aos dirigentes-interventores do CREFITO-3 e do COFFITO, votando na CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO – CHAPA 2. A eleição correrá na sede do CREFITO-3 em São Paulo e nas cidades de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Bauru, Ribeirão Preto, Campinas e Santos. Do voto por correspondência. Os profissionais também poderão votar pelo Correio usando o Sistema Carta com Votação por Resposta que garante a fiscalização de seu voto e você ainda recebe uma resposta da Comissão Eleitoral confirmando o recebimento. Até o dia /02/2004 a Comissão Eleitoral irá enviar para todos os profissionais uma carta explicando os procedimentos para as eleições, com uma carta programa de cada uma das três chapas inscritas para concorrer nas eleições do CREFITO-3. Dos concorrentes. Além da CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO – CHAPA 2, estarão concorrendo a CHAPA SÉCULO XX1 – CHAPA 1 do Zenildo e a CHAPA IDEAL – CHAPA 3, encabeçada pelo Marcelo Sidney, também conselheiro do CREFITO-3 nos últimos 10 anos da administração do Zenildo. Das eleições do COFFITO. As eleições indiretas do COFFITO serão conduzidas por uma Comissão eleitoral indicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e ocorrerá imediatamente após as eleições do CREFITO-3. Ao votar na CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO o profissional estará também contribuindo para a mudança do COFFITO. Iremos votar com a Chapa Movimento e Ação de oposição à atual administração. Da Missão da CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO. Resgatar o CREFITO-3 e o COFFITO e coloca-lo a serviço dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

necessárias competências técnico-científicas e uma grande capacidade de inovação, executada por pessoas éticas, honestas e transparentes. Na carta programa da chapa “UNIÃO e RENOVAÇÃO” você encontrará todos esses elementos. A carta programa, o currículo de todos os membros de nossa chapa e de todas as nossas vitórias judiciais podem ser encontrada no site www.chapauer.hpgvip.com.br . Da sua contribuição. Você poderá ajudar na organização e realização das eleições. Visite o nosso site www.chapauer.hpgvip.com.br ou envie email para gla@odin.unaerp.br se inscrevendo para ajudar na divulgação e fiscalização dessas eleições. Participe do Comitê Eleitoral em apoio à Chapa União e Renovação de sua cidade. Ligue para os seus amigos e peça a ajuda. CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO – CHAPA 2 COMPOSIÇÃO DA CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO POR ORDEM ALFABÉTICA: MEMBROS EFETIVOS: Aline Momo (TO), Amélia Pasqual Marques (FT), Augusto Cesinando de Carvalho (FT), Gil Lúcio Almeida (FT), Ismael Fernando de Cravalho Fatarelli (FT), Mário César Guimarães Battisti (TO), Neilson Spigolon Giella Palmieri Spigolon (FT), Normian de Oliveira Loureiro (FT), Regina Aparecida Rosseto (TO). MEMBROS SUPLENTES: Arthur Pinto dos Santos Junior (FT), Gabriela Cruz de Moraes (TO), José Luis Pimentel do Rosário (FT), Maria Aparecida Zulian (TO), Nivaldo Antônio Parizotto (FT), Osmari Virginia Mendonça Andrade (TO), Reginaldo Antolin Bonati (FT), Rinaldo Roberto de Jesus Guirro (FT), Silvia Maria Amado João (FT). COMITÊ CLÍNICO: Alexandra Benardi Stolf (TO), Patrícia Carla de Souza Della Barba (TO), Rogério Augusto de Andrade Barbosa (FT), Rodrigo Alexis Lazo Osório (FT), Simone Colombo Manucio (FT), Thais dos Reis Olher (FT), Vida Belfort Mattos (FT). COMITÊ ACADÊMICO: André Luis Oliveira (FT), Anice de Campos Pássaro (FT), Antônio Flavio Orlandi (FT), Luci Mary Aparecida Balbo (TO), Luiz Carlos Rodrigues Guanabara (FT), Paulo Cesar Balade Saad (FT), Ulysses Camargo (FT).

Da carta programa. Para solucionar os problemas do mundo moderno são www.fisioOn.com.br


CARTAS Aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. A Comissão Eleitoral do CREFITO-3, nomeada por determinação judicial pelo Ministério do Trabalho e Emprego, reunida com as três chapa em 12 e 15 de janeiro de 2004 elaborou o seguinte cronograma eleitoral, em obediência à determinação da AÇÃO CIVIL PÚBLICA movida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL contra dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO e a UNIÃO e as demais vitórias judiciais obtidas pela CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO contra os dirigentes do CREFITO-3 e do COFFITO: 1) As eleições ocorrerão no dia 06 de março de 2004. 2) As chapas terão até o dia 23 de janeiro de 2004 para apresentar possíveis substituições de nomes. 3) Até o dia 24 janeiro a Comissão Eleitoral analisará a documentação das substituições. 4) Até 27 de janeiro a Comissão Eleitoral emitirá a decisão final sobre as substituições. 5) Até o dia 29 de janeiro será publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e em jornal de grande circulação as composições finais das chapas, dando o prazo de três dias para que os profissionais apresentem possíveis impugnações contra os nomes substituídos. 6) De 30 de janeiro a 03 de fevereiro será o prazo para que as chapas apresentem contestação das possíveis impugnações a que se refere o item 5. 7) Até 06 de fevereiro será o prazo para que a Comissão Eleitoral conclua a análise das possíveis impugnações. 8) Até 11 de fevereiro deverá ser publicada pela segunda vez a composição final das chapas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e em jornal de grande circulação, já com as possíveis correções de impugnações. Essa publicação convocará as eleições para o dia 06 de março e descreverá todo o procedimento eleitoral. 9) Até dia 12 de fevereiro a Comissão deverá postar uma carta programa de cada chapa, com uma carta da comissão explicando todo o processo eleitoral. 10) Até o dia 13 de fevereiro serão postadas as cartas com o material para votação por correspondência para os profissionais explicando todo o procedimento do voto por correspondência. 11) DIA 06 DE MARÇO DIA DAS ELEIÇÕES LIMPAS E DEMOCRÁTICAS DO CREFITO-3´ Para evitar que pessoas inescrupulosas votem no seu nome, a CHAPA UNIÃO E RENOVAÇÃO incluiu no acordo firmado entre as chapas o uso do SISTEMA CARTA COM VOTAÇÃO POR RESPOSTA utilizado pelo correio especificamente para o voto por correspondência. Agora o profissional enviará o seu voto para a Comissão Eleitoral e ao recebê-lo ela envia uma correspondência de volta notificando o recebimento. Enviaremos mais informações aos profissionais oportunamente.


LINHA DO TEMPO Uma Rápida Linha do Tempo

é possível recuperar e até mesmo inserir novamente este homem na sociedade.

Quando falamos em saúde, é de fundamental

Em cima desses fatos, esses sábios intelectuais

importância observarmos a evolução que ela teve ao passar

começam a adquirir esta função importante dentro de

dos séculos. Como sabemos existe uma grande associação

qualquer estabelecimento que se promova saúde, assim

que não podemos deixar de fazer, de que quanto mais

obtendo o poder sobre ela.

evoluímos, mais temos a tendência do surgimento e da

criação de novas patologias ou problemas ligados ao corpo

quando este tratamento começa a ser um meio lucrativo,

humano.

rentável, pois é assim que uma nova ciência toma parte, a do

A partir da identificação desses distúrbios e

administrador: o profissional que poderá dar base para esse

complicações com sua estrutura, o homem começa a se

profissional atuar, o homem que saberia investir este dinheiro

organizar e estudar essas mudanças insuperáveis, pois até

que girava com a prática do atendimento assistencial, a

então a única medida tomada era a de isolar os indivíduos

pessoa que seria capaz de criar novos refúgios que agora já

contaminados por doenças ou com problemas em sua

começavam a ser chamados de clínicas e hospitais.

estrutura corporal da sociedade saudável, como forma de

proteção, chamados refúgios ou albergues.

pode-se dizer que para um sistema de saúde que queira ter

No início da história, a grande preocupação das

qualidade, seriedade e compromisso não apenas profissional,

pessoas que cuidavam dessas pessoas, entre elas freiras e

mas humano com o doente, só poderá ser realizado com a

religiosos, era que ajudando o próximo, estariam em contato

junção dessas três ciências, pois nenhuma delas é capaz de

com Deus. As funções mais realizadas com eles nesta

preencher todos esses requisitos, então cabe ao profissional

época, eram de higiene, alimentação e muita reza para com

que guia tal instituição trazer este equilíbrio.

Um dos pontos importantes a serem abordados é

Com todos esses fatos que acompanham a história,

o enfermo ou defeituoso. Podendo assim dizer que quem tinha o poder nesta época era a Religião.

Autor:

Fabiano Araujo

Pode-se dizer que as guerras tiveram papel fundamental

para a evolução do conceito em se promover a saúde. Com

Estudante de Administração Hospitalar da Unisinos

o passar dos séculos, o homem começa a evoluir não só na sua maneira de viver, mas também no modo de lutar. Ele vê, de uma certa maneira, que aquele que se qualifica, que luta, que enfrenta seu inimigo por sua nação não deve morrer ou se tornar um paraplégico, ou até mesmo um mutilado atirado em um lugar qualquer, mas sim em combate como um verdadeiro guerreiro.

Aí então os conhecedores da estrutura humana

começam a colocar em prática o pensamento de que se www.fisioOn.com.br


OSTEOPATIA E LASER Benefícios da combinação entre o tratamento com Osteopatia e Laser de Baixa Intensidade. RESUMO OSTEOPATIA é uma técnica Americana desenvolvida por Andrew Taylor Still que tem por objetivo trabalhar os micro-movimentos articulares; devolvendo, assim, a funcionabilidade articular e mecânica de cada segmento do corpo, tendo atuação de maneira holística no tratamento do paciente. A OSTEOPATIA trabalha através de manipulações articulares baseadas em movimentos suaves como técnicas de “Muscule Energy’ ou “Iso-Streching” e técnicas bruscas como o Thrust”. Durante o tratamento, será levado em conta à causa do problema e não as suas conseqüências. Podemos trabalhar individualmente atingindo as disfunções que podem desencadear dor e deformidade nos diversos segmentos do corpo, como a coluna, o ombro, o joelho, o tornozelo, o quadril, etc. O foco de atuação da OSTEOPATIA será principalmente na causa primária da lesão, corrigindo e devolvendo a fisiologia articular e biomecânica básica do organismo. Devido tais disfunções poderemos predispor a retrações musculares, pinçamentos ou desencadeamento de processos inflamatórios nas fáscias musculares, bursas, tendões, ligamentos, cápsulas articulares e em algumas raízes nervosas, além de outras estruturas que fazem parte da articulação, o que termina por gerar dor. Durante o tratamento serão liberadas todas estas estruturas através das técnicas já referidas e outras de Terapia Manual, de forma que poderemos devolver a fisiologia articular e biomecânica do paciente. O que foi observado com a associação das duas terapias: Osteopatia + LASER, é que o paciente referia melhora quase que imediata, onde houve uma diminuição no tempo de recuperação e o paciente saía do quadro doloroso muito mais rápido, pois o LASER veio acelerar o tratamento fornecendo melhora na dor, no edema e na inflamação. Dessa forma o LASER terá uma importante atuação na dor, no edema e no processo inflamatório, fazendo com que o paciente tenha um resultado mais rápido. DESENVOLVIMENTO A OSTEOPATIA é uma técnica de Terapia Manual criada nos Estados Unidos no início do século XX, aproximadamente no ano de 1917 por Andrew Taylor Still que visa o equilíbrio das estruturas e trabalha devolvendo a mobilidade articular e em cima dos micro-movimentos. Com isso podemos harmonizar e reequilibrar a mecânica estrutural de cada indivíduo. Dessa forma, a OSTEOPATIA é baseada em alguns princípios, onde estes totalizam quatro: 1) A estrutura determina a função; 2) A unidade do corpo;

Por: Dr. José Bezerra Góes Neto Dra. Maria Goretti Maia Regis

3) A autocura; 4) A lei da artéria. No primeiro princípio onde a estrutura determina o corpo, Still defende que o homem é considerado como um todo único e indivisível e que cada estrutura determina uma função, como a função respiratória, a função motora e entre outras e que, se a estrutura está em harmonia, não existe motivo para que uma doença venha a se instalar. No segundo princípio, Still afirma que o sistema miofascioesquelético é um sistema capaz de guardar na memória os traumatismos sofridos, afirmando que o corpo humano tem a faculdade de encontrar ou reencontra seu equilíbrio (físico, bioquímico, mental, etc.), que é chamado de homeostasia. No terceiro princípio Still afirma que o corpo tem a característica de autocurar-se, ou seja, o corpo tem em si mesmo todos os meios necessários para eliminar ou evitar doenças, através dos condutos nervosos, linfáticos, vasculares e outros, desde que estes funcionem corretamente e não tenha nada que possa impedir a fisiologia normal destas estruturas. No quarto princípio, para Still o sangue é o meio de transporte de todos os elementos, assegurando uma imunidade natural. Dessa forma o papel da artéria é primordial, e se esta não funcionar de forma adequada, irá proporcionar um acúmulo de toxinas, (RICHARD, 2002). Com isso o terapeuta terá uma maior aproximação com o paciente e irá atual na causa do seu problema e não na sua conseqüência, proporcionando alívio mais rápido e seguro para o paciente, onde este procura maior qualidade de vida e não tratamentos duradouros e com pouca objetividade. Primeiro contato Fisioterapeuta-Paciente Durante o primeiro contato entre o fisioterapeuta e o paciente, o fisioterapeuta deverá, de forma clara e honesta, explicar o provável sucesso ou não da terapêutica a que ao paciente será submetido, já que a osteopatia não é uma lei universal e também não faz milagres. Após uma investigação minuciosa e holística do paciente onde esta dura em torno de uma hora, o fisioterapeuta deverá montar um raciocínio lógico de todo o conjunto analisado e formular a terapêutica que será utilizada particularmente para o caso do paciente. Este é outro fator que diferencia a terapia manual da fisioterapia tradicional, pois na fisioterapia tradicional a conduta às vezes é a mesma para pacientes diferentes e patologias diferentes, o que leva o tratamento a ser duradouro, sem objetivo e muitas vezes ineficaz. Na osteopatia cada paciente é visto como um universo diferente e a conduta também terá de ser diferente, mesmo sendo o mecanismo lesional igual, às vezes a terapêutica muda até de acordo com as características psicológicas do paciente, visto que nem todos se deixam ser manipulados.


Métodos Terapêuticos Um dos principais métodos de tratamento são as manipulações articulares através de Thrust, caracterizando-se como uma técnica direta, rápida e eficaz. O problema que alguns pacientes têm um pouco de receio devido ser uma técnica um pouco agressiva, outros a técnica é contra indicada, nos casos dos pacientes com osteoporose ou osteopenia, pacientes idosos ou muito tensos e pacientes que tenham receio e medo. Nestes casos usaremos técnicas alternativas, embora também eficazes como “Muscule Energy” ou “IssoStreching”. Estas últimas são mais suaves e, portanto mais agradáveis para o paciente. Antes de aplicar as técnicas propriamente ditas, teremos que preparam as regiões a serem trabalhadas através de massagem mioaponeuróticas com descolamento do tecido conjuntivo, normalizações das tensões musculares dos músculos questão diretamente envolvidos com a articulação ou não e até fazer ‘ventosa’ nos tecidos periarticulares. Principais indicações da Osteopatia Um dos principais focos de atuação da osteopatia são nas algias vertebrais, como nas lombalgias, dorsalgias, cervicalgias, hérnias de disco, bursites, tendinites, entorses de tornozelo, desequilíbrio da pelve, lesões do nervo ciático, fascites, fibromialgia, distúrbios da ATM, tensões ligamentares, entre outras patologias. A TERAPIA COM LASER A terapia de dor com LASER, teve suas bases em 1917 com a teoria do princípio de emissão estimulada / Albert Einstein, passando a ser utilizada largamente como recurso terapêutico a partir de 1965. Seus principais efeitos são:

que podem ser derivadas do parênquima ou do estroma do tecido conectivo lesado. Dessa forma o LASER terá uma importante atuação na dor, no edema e no processo inflamatório, fazendo com que o paciente tenha um resultado mais rápido. É importante frisar que não existe um protocolo único a ser seguido para a terapia com LASER, pois existem muitas variantes como a cor da pele, idade, tipo de lesão, se a lesão é crônica ou aguda etc. Por isso temos que fazer uma avaliação minuciosa do paciente, pois nem sempre a área referida é a que deve ser tratada. OSTEOPATIA associada à Terapia com LASER Quando associamos a OSTEOPATIA com a Terapia com LASER, foi observado que os pacientes referiam melhora considerável e às vezes até total de forma muito rápida e surpreendente. A osteopatia tem uma atuação na causa mecânica da dor, podendo atuar de forma mais eficaz nos pontos de origem que estão provocando um desequilíbrio biomecânico. Com isso, o paciente após alguns dias, estaria recuperado, já que o processo irritativo não esta mais ativo, pois sabemos que quando existe uma hipomobilidade para uma determinada articulação, isso provocara irritação das estruturas periarticulares como ligamentos, tendões, raízes nervosas, bursas, meniscos e cápsulas articulares. Após a manipulação dessa estrutura, a articulação passa a funcionar dentro da sua fisiologia normal e as estruturas ficam livres dos processos irritativos que antes existiam. O que foi observado com a associação das duas terapias: Osteopatia + LASER, é que o paciente referia melhora quase que imediata, onde houve uma diminuição no tempo de recuperação e o paciente saia do quadro doloroso muito mais rápido, pois o LASER veio acelerar o tratamento fornecendo melhora na dor, no edema e na inflamação. Houve uma grande surpresa nos pacientes já crônicos que procuraram o nosso serviço, onde casos de epicondilite lateral que não vínhamos tendo resultados satisfatórios com a fisioterapia convencional, conseguimos tirar o paciente da crise e faze-lo permanecer sem dor com apenas alguns atendimentos.

Redução do processo inflamatório – a inibição e bloqueio da síntese da prostaglandina, bem como das substâncias mediadoras do processo inflamatório inibem o mesmo já na primeira aplicação de LASER. Efeito anti-edematoso – estimulando o aumento do aporte sangüíneo para o local em que a energia LASER, é emitida e o estímulo da reabsorção tissular levam a reabsorção do Maiores informações edema. Efeito analgésico – ao inibir a ação do ácido ciclooxigenase Harmony Medical Center e interrompendo a síntese da prostaglandina a dor já diminui Av. Dom Luis 1233 – Sala 312, Aldeota acentuadamente, aliado a isto, o estímulo a produção de enFortaleza / Ceará dorfinas e monoaminas potencializam o efeito analgésico. e-mail: goesfisio@yahoo.com.br Regeneração de tecidos – ao estimular a produção de ATP gorettiregis@hotmail.com e aumentar a mitose celular, além disso, ocorre o estímulo Tels: (85) 486-6124 / (85) 9994-6485 / (85) 9997-4626 no sentido de substituir as células mortas por células viáveis

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LOMBALGIA A incidência da lombalgia em relação ao tipo de ocupação, fator de risco, idade e tempo de trabalho Por: Dra. Gislaine Guedes Guimarães e Renata Leite de Almeida RESUMO O objetivo deste estudo foi verificar a incidência da lombalgia nas ocupações cuja ocorrência da dor é mais comum e correlacioná-la com possíveis fatores de risco e com as variáveis idade e tempo de trabalho dos indivíduos acometidos. Foram entrevistados 201 pessoas das quais 99 relataram ser portadoras de dor lombar. Verificou-se a incidência da lombalgia tanto em ocupações de esforço físico leve como pesado, e em indivíduos mais jovens como aqueles em idade mais avançada. Constatou-se também que a incidência da dor lombar foi maior entre indivíduos cujo tempo de trabalho ultrapassou 10 anos, excetuando indivíduos correspondentes ao fator de risco peso, onde o tempo de trabalho do maior número de acometidos ficou abaixo de 10 anos. Palavras chave: lombalgia, incidência, ocupação, fatores de risco, idade O termo lombalgia se refere a “dor na coluna vertebral lombar” (MERCÚRIO,1978), é uma patologia que acomete ambos os sexos, com incidência maior em homens a partir dos 40 anos e em mulheres na faixa de 50 a 60 anos (MARRAS, 2000). Podendo variar de uma dor súbita e incômoda até uma dor intensa e prolongada (NIEMAN, 1999). A dor lombar é uma aflição comum, cuja causa específica e o tratamento preciso ainda é motivo de frustração para a profissão médica (CAILLET, 2002). Os acometimentos relacionados à coluna vertebral vem sendo apontados em vários países como uma das principais causas de morbidade da população (PEREIRA, 2001), acredita-se que cerca de 60 a 80% da população mundial sofrerá em algum momento de sua vida dores na coluna (HAMILL, 1999), sendo os sintomas em geral de curta duração, porém com padrão de recorrência em 30% a 60% dos indivíduos quando relacionada ao trabalho (BICKLEY, 2001). A lombalgia comumente afeta as pessoas em seu período de vida mais produtivo resultando num custo econômico substancial para a sociedade, pois reúne custos relacionados à ausência ao trabalho, encargos médicos e legais, pagamento de seguro social por invalidez, indenização do trabalhador e seguro de incapacidade de longo prazo. Nos Estados Unidos, estimativas calculam serem gastos anualmente entre US$ 16 a US$ 50 bilhões com esta patologia (NIEMAN, 1999). No Brasil, estatísticas de 1986 apontavam os problemas osteomusculares em primeiro lugar dentre as causas de auxílio

Por: Dra. Gislaine Guedes Guimarães: Fisioterapeuta & Renata Leite de Almeida: doença e o terceiro lugar como causa das aposentadorias por invalidez (PEREIRA, 2001). A dor lombar pode ser caracterizada basicamente como uma incorreta utilização da máquina humana, na maioria das vezes por desconhecer-se os limites da coluna vertebral (COUTO, 1995). A dor lombar tende a ser prevalente em pessoas com ocupações árduas, por exemplo, motoristas de ônibus e trabalhadores de depósitos de construção (MAGEE, 2002). Altas incidências de dor lombar foram observadas em trabalhadores que ficam sentados por longos períodos de tempo e naqueles que não podem se sentar de forma alguma durante o dia de trabalho (HALL,2000). A posição do corpo afeta a magnitude da carga na coluna vertebral, estudos “in vivo” mostraram que a carga sobre o disco intervertebral é aumentada durante a posição sentada (NORDIN, 2001). Sua etiologia ainda não está claramente definida devido aos múltiplos fatores de risco associados com o distúrbio, como o trabalho repetitivo, ações de empurrar e puxar, quedas, posturas de trabalho estáticas ou sentadas (HAMILL,1999), tarefas onde há vibração em todo o corpo (COUTO,1995), trabalhos que envolvem o agachamento e a torção ou o levantamento repetitivo de objetos pesados, principalmente quando as cargas ultrapassam a força do trabalhador (NIEMAN, 1999). A limitação funcional das habilidades do trabalhador pode impossibilitá-lo de realizar atividades que exijam posturas sustentadas sem causar maiores danos ou vir a sofrer algum tipo de dor, assim como impedi-lo de executar movimentos repetitivos (KISNER, 1998). Levando-se em consideração o exposto, este trabalho teve como objetivo correlacionar a prevalência da dor lombar de acordo com a ocupação, fator de risco, tempo de trabalho e idade. MATERIAIS E MÉTODOS Primeiramente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o assunto com o intuito de conhecer mais sobre a patologia, buscando informações como fatores de risco, ocupações prevalentes, sinais, sintomas e custos relacionados à doença. O próximo passo foi a eleição das profissões a serem analisadas, de acordo com os principais fatores de risco que as envolvem. As ocupações eleitas foram de acordo com os fatores de risco vibração, posicionamento estático e peso. A população à qual se direcionou a pesquisa foi da cidade de Ipatinga, no estado de Minas Gerais, sendo o questionário aplicado de forma direta aos entrevistados. Para a pesquisa, foram interrogados motoristas de ônibus urbano de uma determinada empresa de transporte coletivo da cidade correspondendo ao fator de risco vibração. O fator de risco estático foi rela-


tivo a indivíduos do setor administrativo (que permanecem na posição sentada por longos períodos) e carregamento de peso foi direcionado aos mecânicos e trabalhadores da construção civil (pedreiros e ajudantes). O questionário constava das seguintes perguntas: nome, idade, profissão, tempo de trabalho na ocupação e a presença ou não de dor na coluna vertebral lombar. As visitas aos locais de trabalho exigiram primeiramente autorização dos responsáveis de cada local para entrevista dos trabalhadores. O questionário foi aplicado de forma direta a cada indivíduo, tendo sido explicado previamente aos entrevistados o objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ao total, foram entrevistadas 201 pessoas, das quais 99, ou seja, 49,3% relataram sentir dor na coluna vertebral lombar.

As profissões relativas ao fator de risco estático foram os dentistas e funcionários de atividades administrativas. Como podemos observar na tabela I sobre a ocorrência da lombalgia em odontólogos, dos 28 entrevistados 11 relataram dor lombar, ou seja, 39,3% dos dentistas. A maior incidência da doença entre os profissionais da área de odontologia foram entre os indivíduos com idade superior a 30 anos e com tempo de profissão maior que 10 anos. A média de idade dos profissionais que relataram lombalgia ficou em 40 anos, e a média do tempo de trabalho foi de 16 anos. Os dentistas representaram 5,5% do total de entrevistados acometidos por lombalgia. Tabela II. Distribuição de freqüência de profissionais de atividade administrativa acometidos por lombalgia segundo a faixa etária e o tempo de profissão

Figura I. Incidência da lombalgia de acordo com a ocupação

figura 1 @@@

O gráfico I apresenta a prevalência dos indivíduos acometidos por lombalgia de acordo com a ocupação: Foram analisados: dentistas, funcionários de atividade administrativa (que trabalham em posição (sentada) estática em escritórios), motorista de ônibus urbano, operários da construção civil e mecânicos. Tabela I. Distribuição de freqüência de dentistas acometidos por lombalgia segundo a faixa etária e o tempo de profissão

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figura 3 @@@

Como se observa na tabela II, foram entrevistados 22 funcionários do setor administrativo onde 13 (59,1%) apresentaram lombalgia. Do total de entrevistados, 6,5% foram relativos à função administrativa. A faixa de idade de maior acometimento foi acima de 30 anos e a faixa do tempo de profissão, acima de 10 anos. A média de tempo de trabalho das pessoas com ocupação administrativa com dor lombar foi de 13 anos e a média de idade 35 anos. O fator de risco posicionamento estático, representou 12% do total de indivíduos acometidos, a média de idade foi 37,5 anos e a média de tempo trabalhado foi 14,5 anos. Tabela III. Distribuição de freqüência de motoristas acometidos por lombalgia segundo a faixa etária e o tempo de profissão. Próxima página www.fisioOn.com.br


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Tabela V. Distribuição de freqüência de mecânicos acometidos por lombalgia segundo a faixa etária e o tempo de profissão.

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figura 6 @@@ A tabela III, representa o fator de risco vibração. Observa-se que a faixa de idade com maior incidência de lombalgia foi acima de 30 anos. 25, dos 33 motoristas acometidos tinham mais de 10 anos de tempo de trabalho. Os motoristas representaram 16,5% do total de acometidos pela dor lombar. A média de idade foi de 40 anos entre os que relataram a lombalgia e o tempo médio trabalhado ficou em 17 anos. Os motoristas de ônibus representaram 33,3% do total de indivíduos acometidos pela dor lombar. Tabela IV. Distribuição de freqüência de indivíduos da construção civil acometidos por lombalgia segundo a faixa etária e o tempo de profissão

figura 5 @@@

A tabela IV está relacionada ao fator de risco peso, foram entrevistados mecânicos e operários da construção civil. Dos 65 operários da construção civil, 27 (41,5%) relataram dor lombar. O número de indivíduos com relato de lombalgia foi praticamente o mesmo entre trabalhadores acima e abaixo de 30 anos de idade.

Na tabela V, nota-se que ao total 25 mecânicos foram entrevistados neste estudo, onde 15 disseram sentir dores na coluna vertebral lombar. Na faixa acima de 30 anos encontraram-se o maior número de indivíduos com relato de lombalgia. O tempo de trabalho do maior parte dos mecânicos acometidos foi abaixo de 10 anos, sendo a média de tempo trabalhado 12 anos e a média de idade 34 anos. Interessante notar, que ao contrário dos demais fatores de risco, a maior incidência da lombalgia em indivíduos relacionados ao fator peso, foi naqueles onde o tempo de profissão ficou abaixo de 10 anos e a média de idade foi a mais baixa se comparada a dos outros fatores de risco. CONCLUSÃO´ Vale lembrar que este estudo objetivou apenas relatar a incidência da lombalgia em profissões onde os trabalhadores são acometidos por possíveis fatores de risco para o aparecimento da mesma, não estamos afirmando que os fatores de risco tenham sido os causadores da dor lombar nestes indivíduos. A causa da lombalgia como foi dito anteriormente é ainda uma incógnita pelos vários aspectos que a envolve. Tabela VI. Distribuição em número e percentual dos indivíduos acometidos por lombalgia segundo fator de risco.

figura 7 @@@


Como observa-se na tabela acima, o fator vibração foi o que obteve o maior percentual de trabalhadores com dor lombar em sua categoria (54,6 %) e representou 33,3 % do total de pessoas acometidas. Durante a coleta de dados dos motoristas de ônibus urbano, foi fornecido pela empresa informações referentes ao número de funcionários afastados em benefício do INSS, 20% dos afastamentos dos últimos 3 anos eram correspondentes à lombalgia representando a segunda maior causa de afastamentos, ficando atrás apenas de funcionários afastados por estresse. O fator de risco peso apresentou um percentual de 46,6 % de trabalhadores acometidos quando comparado aos 90 entrevistados. Do total de pessoas acometidas pela lombalgia 42,4% correspondiam ao fator de risco peso. Para o fator de risco posição (sentada) estática, 48% dos entrevistados declararam ser portadores de dores na coluna vertebral lombar, representando 24,3 % do total de acometidos pela lombalgia. Levando em consideração o exposto no estudo, concluímos que dentre os 3 fatores de risco analisados, o que mais pessoas declararam ser portadoras de dores na coluna vertebral lombar dentro de sua categoria profissional, foi o fator vibração; correspondentes a motoristas de ônibus urbano. Sendo seguido pelo fator posicionamento estático e por último o fator de risco peso. Verificou-se que a incidência da dor lombar ocorre tanto em ocupações de esforço físico leve como pesado, porém é interessante frisar que o fator de risco peso representado pelos operários da construção civil e mecânicos, foi o que apresentou indivíduos com menor média de idade e com menor tempo trabalhado em relação aos demais fatores para o aparecimento da lombalgia (ficando a maior parcela na faixa até 10 anos atuando na ocupação), o que demonstra ser provavelmente um dos fatores de risco mais lesivos dentre os estudados. O fator vibração presume-se ser o mais cumulativo, grande parte dos indivíduos acometidos estavam na faixa de idade superior a 30 anos, e com mais de 10 anos de trabalho.

Em resumo, este estudo ao verificar as correlações entre as variáveis idade, tempo de trabalho e ocupação, gera possibilidades para continuidade de estudos que visem o aprofundamento de conhecimentos relativos à lombalgia, para que sejam criadas opções de tratamento e análise preventiva dos quadros de dor na coluna vertebral lombar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. MERCÚRIO, R. O que você deve saber sobre coluna vertebral. 2ª ed.São Paulo: Livraria Nobel S.A; 1978. p.25. 2. MARRAS, W. S. Occupational low back disorder causation and control. Ergonomics, V. 43, n.7, p.880-902, 2000. 3. NIEMAN, D. C. Como se prevenir de doenças usando o exercício como seu medicamento. 1ª ed. São Paulo: editora Manole; 1999. p. 133-135. 4. CAILLET, R. Compreenda sua dor nas costas. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. p. 17. 5. PEREIRA, E. R. Fundamentos da ergonomia e fisioterapia do trabalho. 1ª ed. Rio de Janeiro: Taba Cultural; 2001. p. 73. 6. HAMIL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. 1ª ed. São Paulo: Manole; 1999. p. 301, 310, 315. 7. BICKLEY, L. S. Propedêutica médica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p. 520. 8. COUTO, H. A. Ergonomia aplicada ao trabalho. V. 1. Belo Horizonte: Ergo Editora Ltda; 1995. p. 195-196. 9. HALL, S. J. Biomecânica básica. 3º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p. 224-225. 10. MAGEE, D. J. Orthopedic Physical Acessment. 4ª Ed. Philadelphia: Saunders; 2002. p. 467-566. 11. NORDIN, M.; FRANKEL V. H. Basic biomechanics of the musculoskeletal System. 3ª ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2001. p. 269. 12. KISNER, C.; COLBY, L. A.. Exercícios terapêuticos – Fundamentos e técnicas. 3º ed. São Paulo: Manole; 1998. p. 520,521,522. _______________________________________________________ Autoras Dra. Gislaine Guedes Guimarães: Fisioterapeuta & Renata Leite de Almeida:

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DESAFIO BIZU Como está seu conhecimento geral em fisioterapia? Aceita um desafio? Retiramos do livro Bizu de Fisioterapia, algumas perguntas e veremos como você se sai. As respostas estão na pág. 38. Conheça mais sobre o Livro Bizu no em nosso site.

Anatomia & Fisiologia. 01) A articulação que possui a maior amplitude é: A. Coxofemoral B. Escápulo-umeral C. Joelho D. Punho E. Tibiotársica 02) Os arcos que compõem a face plantar são: A. Longitudinal e transverso B. Longitudinal e plano C. Transverso e horizontal D. Horizontal e plano E. Vertical e horizontal

03) O músculo deltóide, que se insere na tuberosidade deltoidiana do úmero, tem ação de: A. Abdução da articulação do quadril B. Abdução da articulação do ombro C. Supinação do antebraço D. Extensão do punho E. Flexão do punho 04) O músculo que tem ação de dorsiflexão da articulação do tornozelo e auxilia na inversão do pé é:

A. Denteado anterior B. Tibial anterior C. Lumbricais D. Gêmeos E. Solear 05) O músculo abdutor longo do polegar se insere na: A. Base do segundo osso metacarpiano, lado radial B. Base do primeiro osso metacarpiano, lado radial C. Base do segundo osso metacarpiano, lado ulnar D. Base do primeiro osso metacarpiano, lado ulnar E. Base do terceiro osso metacarpiano, lado radial

E. Oblíquo externo do abdome 07) Os músculos que fletem plantarmente a articulação do tornozelo e auxiliam na flexão da articulação do joelho são: A. Fibular longo e curto B. Solear e fibular longo C. Gastrocnêmio e plantar D. Extensor longo e curto fibular E. Extensor longo do polegar e curto do hálux 08) O músculo que se insere na tuberosidade da base do quinto osso metatarsiano, no lado lateral, é:

06) O principal músculo da respiração, cuja forma é de cúpula e separa as cavidades torácicas do abdome, é:

A. Solear B. Gêmeos C. Fibular curto D. Fibular longo E. Tibial anterior

A. Diafragma B. Retoabdominal C. Transverso do abdome D. Oblíquo interno do abdome

09) O músculo que faz a abdução horizontal do ombro é: A. Grande peitoral B. Grande dorsal


C. Deltóide D. Tríceps E. Bíceps 10) O músculo que tem sua inserção nas cartilagens costais da quinta, sexta e sétima costelas e processo xifóide do esterno é: A. Reto do abdome B. Transverso do abdome C. Oblíquo interno do abdome, fibras laterais D. Oblíquo externo do abdome, fibras anteriores E. Oblíquo interno do abdome, fibras anteriores superiores Cinesiologia & Cinesioterapia 01) A alavanca que encontramos com maior freqüência no corpo humano é: A. Interfixa B. Interpotente C. Inter-resistente D. Intercongruente E. Interfixante

02) Na fase de apoio da marcha, o primeiro osso a tocar a superfície é: A. Astrágalo B. Calcâneo C. Ovóide anterior D. Ovóide posterior E. Hálux 03) Na marcha com muletas do tipo canadense, o músculo mais solicitado é: A. Bíceps braquial B. Bíceps femoral C. Tríceps braquial D. Tríceps sural E. Quadrado lombar 04) O centro de gravidade do ser humano se encontra em: A. L1 B. L2 C. L3 D. L4 E. L5 05) Na tração cervical, o eixo concêntrico está: A. Coincidente com o eixo da coluna cervical B. Adiante do eixo da coluna cervical

C. Posterior ao eixo da coluna cervical D. Lateral ao eixo da coluna cervical E. Oblíquo ao eixo da coluna cervical 06) A contração que aumenta o diâmetro da fibra muscular é: A. Excêntrica anterior B. Excêntrica posterior C. Concêntrica D. Isométrica E. Isotônica 07) O exercício no método De Lorme fortalece: A. Bíceps braquial B. Tríceps sural C. Rombóide D. Quadríceps E. Trapézio 08) Na marcha ceifante do hemiplégico, o grupo muscular com déficit motor maior é:

C. Pequeno glúteo D. Fibular E. Tensor do fascia lata 09) Nas pneumopatias de pacientes portadores de hérnia de hiato, está contraindicada a cinesioterapia respiratória: A. Segmentar B. Intercostal C. Torácica D. Apical E. Diafragmática 10) Nos pacientes amputados em conseqüência de síndrome isquêmica do membro inferior, a prótese contra-indicada é: A. Sucção B. PTB C. KBM D. Com cinta pélvica E. Com pé do tipo Sach

A. Médio glúteo B. Grande glúteo

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ENTREVISTA Durante entrevista realizada na Universidade Metodista de São Paulo, conversamos com quatro fisioterapeutas que são os responsáveis pelo Núcleo de Fisioterapia Esportiva daquela instituição. Escolhemos este grupo de profissionais para ser entrevistado pelo fato de estarem diretamente envolvidos com uma estrutura que atende aproximadamente 300 atletas das diversas categorias de handebol da Metodista, além de oferecerem um estágio supervisionado no último ano do curso em Fisioterapia Esportiva, assim como uma área de estágio no curso de Pós-Graduação em Fisioterapia Músculo-Esquelética da instituição, que atende anualmente cerca de 250 atletas de diversas outras modalidades esportivas, numa média de 20 pacientes (atletas) por dia. Outro fato interessante deste grupo de fisioterapeutas, é o fato de todos os quatro fisioterapeutas / professores acompanharem equipes em competições nacionais e internacionais. A maioria dos atletas das equipes de handebol da Metodista, possuem a sua disposição, uma infra-estrutura semelhante à encontrada em algumas das principais equipes de futebol do nosso país. Os atletas estudam na própria Universidade ou Colégio da instituição, tem direito a moradia, alimentação, atendimento odontológico, médico, e principalmente, uma excelente estrutura de Fisioterapia Esportiva. Os pacientes/atletas atendidos por este grupo e pelos respectivos alunos, tem a sua disposição alguns recursos inusitados que dificilmente são encontrados como cama

elástica de 5 m2 no nível do solo (fig.A), um tanque de areia, uma quadra poliesportiva e uma academia com diversos equipamentos (todos da marca Cybex). Revista Fisio&terapia Quem são os integrantes do Núcleo de Fisioterapia Esportiva da Metodista? Núcleo de Fisioterapia Esportiva Este grupo é for mado por alunos da graduação e pósgraduação da UMESP que tem interesse na área, assim como pelos professores, responsáveis pela disciplina de Fisioterapia Esportiva e pelo estágio em Fisioterapia Esportiva, Alexandre Cavallieri Gomes, Alexandre Dias Lopes, Claudio Guimarães Monteiro e Fernando de Souza Almeida. F&T Como surgiu a idéia de montar este grupo? NFE Esta idéia surgiu da necessidade de organizar uma série de oportunidades que estavam acontecendo, como acompanhar os atletas em jogos e viagens, orientar as monografias dos alunos do último ano e principalmente em organizar um Simpósio Internacional de altíssima qualidade. Então pensamos, se não nos organizarmos não iremos aproveitar estas oportunidades que estavam surgindo.


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F&T Há quanto tempo existe este grupo? NFE O grupo foi formado no final de 2002, nós percebemos que os nossos objetivos eram os mesmos e a nossa vontade em engrandecer a fisioterapia esportiva era muito forte. Na nossa primeira reunião tínhamos 32 alunos, entre graduandos e ex-alunos o que foi muito gratificante. F&T Quais são as principais atribuições deste grupo?

NFE O estágio é bastante dinâmico, chegamos a atender 40 atletas em um único só dia. A maioria das lesões que atendemos estão relacionadas ao joelho, chegando a 54% no ano passado, porcentagem esta obtida através de um trabalho de levantamento estatístico dos atendimentos quer realizamos no setor anualmente. Às vezes nos deparamos com situações bastante complicadas, como já aconteceu, de termos o nosso aluno sendo pressionado pelo próprio atleta ou técnico quanto ao prazo do retorno. Achamos muito interessante que isto ocorra, pois assim os alunos podem vivenciar realmente como é que as coisas funcionam na prática.

NFE O nosso gr upo tem muitas atribuições, mas principalmente temos centrado os esforços para conseguir cobrir eventos ligados ao handebol, pois existem diversos jogos por semana, e nem todos são em São Bernardo do Campo. Temos orientado em média 10 monografias de trabalho de conclusão de curso por ano. Organizarmos também o Simpósio Internacional que já está no seu 3º ano e a cada ano está maior e melhor. Também atendermos diariamente em média 20 pacientes/ atletas no nosso estágio supervisionado.

NFE Semanalmente estamos conversando, principalmente as sextas-feiras, dia este que os quatro responsáveis pelo grupo estão na clínica. Temos uma reunião que inclusive é aberta a todos os interessados, inclusive de outras instituições ou até mesmo aos profissionais, reunião esta que sempre ocorre nas últimas terças-feiras do mês.

F&T Como é o dia-a-dia deste estágio?

F&T Falem um pouco mais sobre o Simpósio

F&T Vo c ê s t e m a l g u m a reunião?


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NFE Nestes dois primeiros Simpósios, tivemos em média 200 participantes. No último Simpósio tivemos 45 pessoas que ficaram num tipo de lista de espera aguardando a desistência de algum inscrito. O grande objetivo deste nosso Simpósio é abordar em profundidade um único tema, já que as pessoas não querem ir a um de Simpósio de Fisioterapia Esportiva, e ver a cada 15 minutos um tema totalmente diferente do anterior. Tentamos com a escolha central do tema, o I Simpósio foi sobre lesão muscular e o II Simpósio foi sobre lesão do L.C.A., oferecer a comunidade da Fisioterapia Esportiva um evento inédito, onde somente um assunto é abordado em profundidade e sobre diversos ângulos (fisioterapêutico, médico, treinador e outros). Também não podemos deixar de citar, que um dos principais objetivos destes Simpósios, é propiciar um intercâmbio com profissionais de outros países, nos dois primeiros Simpósios, os convidados foram americanos. Neste Simpósio deste ano o tema central será o Ombro no Esporte, e o convidado internacional será um colega colombiano, que já foi presidente da Associação Colombiana de Fisioterapia, além de comandar uma lista de discussões sobre fisioterapia (fisioavances do e-listas.com) que tem mais de 200 participantes de toda América Latina e Espanha.

F&T - Vocês fazem algum tipo de pesquisa ligada ao esporte NFE - Sim, atualmente são orientados 10 trabalhos de conclusão de curso, dos alunos da graduação e cerca de quatro trabalhos dos alunos da pós-graduação. São trabalhos de revisão, experimentais, estudos de prevalência de lesões, estatística de atendimento em competições e estudos de casos. F&T - Vocês acompanham sempre as equipes em competições? NFE - As equipes de handebol masculino da universidade Metodista de São Paulo, e da seleção adulta masculina de handebol. F&T - Como o grupo enxerga a F i s i o t e r a p i a E s p o r t iva atualmente? NFE - É uma área em constante avanço, tornando-se reconhecida no meio acadêmico e esportivo, sendo respeitada por todos os profissionais do meio esportivo. Assim, acreditamos que a fisioterapia esportiva caminha a passos largos dentro de todo contexto esportivo. È lógico que ainda há muito que fazer, pois fora dos grandes centros os fisioterapeutas têm que lutar muito para conseguir o seu espaço, mas cada vez mais este profissional é imprescindível em uma equipe e o reconhecimento por todos os profissionais que trabalham com esporte em todos os lugares do Brasil é uma questão de tempo.


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F&T - Como é a remuneração nesta área? NFE - Sempre dizemos aos nossos alunos que a remuneração depende de vários fatores, mas o principal são eles mesmos. Quando se faz o que se gosta, com amor e dedicação, ganhar bem é uma conseqüência. Pode demorar um certo tempo, mas a gratificação virá com certeza. Nosso exemplo é muito forte, pois todos os quatro estão satisfeitos com a sua profissão, conseguiram realizar sonhos e atingiram posições altas em suas carreiras. Conhecemos outros vários profissionais que são ótimos na fisioterapia esportiva e ocupam lugares de destaque na profissão. Ou seja, reconhecimento, valorização, respeito e realização são possíveis para todos que investem em suas carreiras com conhecimento e amor à profissão.

NFE - Estaremos investindo em pesquisa, e tecnologia, que aos nossos olhos será um fator marcante com certeza será o diferencial para que a especialidade cresça com solidez e os fisioterapeutas terem uma base forte para o desenvolvimento do seu trabalho. F&T - Uma mensagem final NFE - A fisioterapia esportiva, sem duvida é uma opção de vida, onde todo o profissional envolvido, tem uma profunda dedicação a esta especialidade, então esperamos, que a nossa fisioterapia esportiva caminhe em conjunto com a ciência, pois aliadas, estas serão imbatíveis para o sucesso de fisioterapia esportiva.

F&T - Quais são os planos futuros?

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ADVOCACIA. Tabela de Honorários: Legalidade ou Formação de Cartel? Muito se têm discutido na atualidade se os Conselhos que visam à proteção das profissões, como o CREFFITO, OAB, CRM, poderiam instituir tabelas fixando os honorários que seus respectivos filiados deveriam cobrar ao prestar um serviço qualificado. Alguns entendem que tal medida é legal e necessária. Já outros entendem que há neste caso uma “Formação de Cartel”, pois inibem a livre concorrência e fixa preços no mercado. Passo a opinar! Entendo que a instituição de tabela de honorários, desde que seja fixado em valores mínimos, é medida até necessária nos dias atuais. Penso que tal ato tem com escopo visar à justa e equilibrada remuneração dos serviços prestados

pelos profissionais e a salvaguardar a dignidade da profissão e do elevado nível de relacionamento de todos os seus inscritos no Conselho respectivo. O desiderato principal deve ser apenas a busca pelo não aviltamento, conforme explicaremos alhures. Pelo que fui informado por amigos fisioterapeutas, tal profissão, como quase todas hodiernamente, vem passando por sérias dificuldades financeiras, devido à situação econômica e de mercado que assola nosso País. Ouvi dizer que em certas regiões dezenas de fisioterapeutas chegam a cobrar apenas R$ 3,00 (três reais) a sessão de Fisioterapia! Devido a tais fatos, que acabam por prejudicar e muito o profissional, deve, pois o Conselho, ao meu ver, tomar atitudes equilibradas que visam justa-

CBES 1/2 ATÉ SEXTA

por: Dr. Gustavo Lana.


mente à preservação dos profissionais sérios que tem compromisso com a categoria. Agindo assim, estará indo contra a “prostituição” (com o perdão da expressão) do que alguns chamam de livre concorrência e que certamente interfere no cidadão que paga por um atendimento que não está dentro dos padrões de qualidade, haja vista que os custos de uma sessão de Fisioterapia são muito superiores aos valores cobrados, restando ainda a necessidade da cobrança do serviço prestado. Em momento algum, agindo assim, estará o CREFFITO, OAB, CRM, produzindo os efeitos previstos pela Lei Antitruste brasileira, ou seja: lesão a livre concorrência e a livre iniciativa, dominação de mercado relevante de bens ou serviços, exercício abusivo de posição dominante e aumento arbitrário de lucros. O objetivo é apenas proteger a classe contra os malefícios causados à profissão pelos profissionais antiéticos e totalmente desprovidos de responsabilidade perante sua classe social. Lembra-se que se deve agir no interesse de todos, não tendo nenhum tipo de interesse pessoal. É interessante frisar que a instituição de preços mínimos é medida de praxe por algumas instituições, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que possui a denominada Tabela de Honorários para resguardar o mínimo de condições de trabalho para os profissionais que atuam em sua área de abrangência. O que se impõe são preços mínimos que, como dito, visam única e exclusivamente, combater a “prostituição” da profissão. Em momento algum fere livre concorrência, gera lucro abusivo. Muito pelo contrário, tais preços visam garantir o menor valor para prestação de um serviço, podendo o profissional cobrar o que achar devido, justo. Isto posto, pensamos que a instituição

de Tabela de Honorários que fixa valores mínimos para prestação de um serviço qualificado em momento algum se amolda a Lei Antitruste. Vejamos. Para que sejam considerados atos ofensivos à ordem econômica, além de se adequar a uma das condutas do art. 21 da Lei 8884/94, tem que estar presente um dos efeitos previstos no art. 20 do mesmo diploma legal, ou seja, lesão a livre concorrência e à livre iniciativa, dominação de mercado relevante de bens ou serviços, exercício abusivo de posição dominante e aumento arbitrário de lucros. E isto não ocorre. Explico. Dizer que tabela de honorários que fixa valores lesa a livre concorrência e a livre iniciativa é abusivo e totalmente desprovido da realidade, pois os preços são mínimos, visando garantir uma prestação de serviço justa e equilibrada, protegendo assim a classe contra os malefícios da “prostituição” da profissão, causadas por profissionais sem responsabilidade e, quiçá, sem qualidade técnica. Sobre o efeito de exercício abusivo de posição dominante, tal tese não tem que prevalecer. Os conselhos são “representantes” da classe. Age apenas para defender seus interesses, não havendo posição dominadora. Em relação ao aumento abusivo de lucros, temos que dizer que o intuito é justamente o oposto. Não é este o fim visado. O que os Conselhos desejam é que seja garantido o mínimo para não haver “prostituição” da profissão. Em momento algum visa prejudicar seus clientes. O desejo é garantir o mínimo para a real e justa prestação de serviço. Um exemplo que gostaríamos de trazer a baila, sem desmerecer estas outras profissões, é que um cabeleireiro hoje não cobra menos de R$ 7,00 (sete

reais) para prestar seu serviço. Uma manicure não cobra menos de R$ 10,00 (dez reais). Um advogado, segundo sua tabela de honorários, não cobra menos que R$ 100,00 (cem reais) por hora na prestação de seus serviços. Como um profissional de Fisioterapia, que gasta pelos menos uma hora em uma sessão pode cobrar R$ 3,00 (três reais) por seu serviço? É claro que está havendo aviltamento da profissão. Portanto, não é o lucro o fim visado com tal medida, e sim proteção dos profissionais. Por fim, dizer que tal fato gera a dominação de mercado também não é real, pois não está se querendo impor preços absolutamente igualitários. O que se deseja é garantir uma prestação de serviço que gere para o cliente uma garantia de qualidade e, por outro lado, para o profissional, o mínimo de custo com aquele serviço, sem ter o intuito de dominar. Lembramos que se não for o Conselho, o órgão responsável por proteger a classe, quem tomará tal medida? Lembre-se: age -se em nome da instituição, mas sempre defendendo interesse de todos ligado a classe! Assim, tal medida é legal e até necessária nos dias atuais. Esta é a minha opinião! Por tudo que foi dito, gostaria de deixar claro que não é nosso desidrato esgotar todo o tema, que sem dúvida alguma traria páginas e páginas de discussão. Mas esse não é nosso objetivo. Quero aqui só jogar a semente. Caso V. Sa. tenha alguma dúvida, tanto neste tema como em qualquer outro na área jurídica, basta nos enviar um email para gustavo@fisioon.com.br que responderemos com maior prazer. Obrigado! Dr. Gustavo Lana.

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LASER Análise Microbiológica “in vitro” do laser do tipo Diodo 50mw em relação ao crescimento de Staphylococcus aureus para possível indicação em úlceras de decúbito. RESUMO E PALAVRAS-CHAVE O trabalho consistiu em uma pesquisa experimental “in vitro”, que teve como objetivo, analisar os efeitos do laser de baixa potência do tipo Diodo 50mw e comprimento de onda de 670nm no crescimento de Staphylococcus aureus “in vitro”. Foram utilizados 3 grupos, sendo um o grupo controle e os outros dois os que receberam a energia laser. Duas densidades de energia foram utilizadas, 4 e 6J e como técnica microbiológica, o plaqueamento em superfície. A leitura das placas foi realizada após 24 horas, tendo como resultado, a não estimulação ao crescimento bacteriano, comparado ao grupo controle. O grupo 1, denominado controle, apresentou como UFC/ml 1,9. O grupo 2, irradiado com 4J teve como UFC/ml 1,3 e como redução de crescimento bacteriano 32,40%, enquanto o grupo 3, irradiado com 6J apresentou como UFC/ml 1,4 e como redução de crescimento 24,31%, comparados com os valores do grupo 1. Diante dos resultados obtidos, o presente trabalho colocou em discussão a possibilidade do laser de baixa potência ser uma indicação em úlceras de decúbito infectadas, sem a associação da antibioticoterapia, lembrando que trabalhos “in vitro” são diferentes de estudos “in vivo”. PALAVRAS-CHAVE: laser, Diodo,úlceras de decúbito, infecção. INTRODUÇÃO Este trabalho baseia-se em uma pesquisa científica, para avaliar se a energia laser de baixa potência realmente deve ser considerada uma contra-indicação, precaução, ou até mesmo, uma indicação em úlceras de decúbito infectadas, analisando o crescimento da bactéria Staphylococcus aureus “in vitro”. Colls, em seu livro La terapia laser hoy (1984), afirma que: “irradiação sobre focos de infecção bacteriana, principalmente agudos, sem devido tratamento/acompanhamento antibioticoterápico deve ser considerada uma contraindicação absoluta”. Já outros autores como David Baxter, que foi um dos colaboradores do livro Eletroterapia de Clayton de Sheila Kitchen e Sarah Bazin (1998), coloca que “como a luz do laser tem a possibilidade de estimular bactérias (Escherichia coli), parece uma atitude prudente recomendar cautela na aplicação da laserterapia ao tecido infeccionado, e em especial a feridas abertas infeccionadas. Contudo, esta situação está longe de ficar esclarecida, pois há evidência sugerindo que alguns clínicos trataram com êxito estas lesões pela energia laser, e em alguns casos a presença da infecção foi considerada como uma indicação para este tratamento”. O artigo científico de Tarso et al. (2001), sobre a aplicação da energia laser em colônias de bactérias “in vitro” verificou que este recurso poderia ser uma indicação, pois a pesquisa realizada apresentou como resultado o controle do crescimento bacteriano. (Revista Brasileira de Fisioterapia).

Por: Marcela Aparecida Gaspar de Almeida 1 Rodrigo Renato da Silva 2 Patricia Laguna Miorin 3 Segundo Trabulsi (1991), a bactéria Staphylococcus aureus é o agente mais comum em infecções piogênicas. Estas infecções podem se localizar na pele ou em regiões mais profundas. O Staphylococcus aureus é o mais importante patógeno relacionado com infecções hospitalares no Brasil, e continua sendo o principal agente isolado de infecções adquiridas na maioria dos países com elevada capacidade de adquirir resistência contra antibióticos. Incluindo todas as espécies de estafilococcus, estas são responsáveis por 30 a 50% das infecções hospitalares, sendo que este número continua aumentando. (Oliveira et al, 2000) Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar os efeitos da energia laser de baixa potência no crescimento bacteriano “in vitro” utilizando a bactéria Staphylococcus aureus, já que segundo Tarso et al (2001), esta é uma das bactérias mais comumente encontradas em úlceras de decúbito infectadas. A escolha deste tema foi embasada na falta de pesquisas a respeito dos efeitos fisiológicos e terapêuticos que a energia laser de baixa potência proporciona no tratamento de várias patologias, inclusive, na possibilidade de poder analisar se realmente este recurso deve ser considerado uma precaução, ou mesmo, uma contra-indicação em infecções bacterianas, já que a literatura não apresenta estudos concretos sobre este tema. Sendo o laser de baixa potência um recurso terapêutico de grande importância na prática clínica e como não há literatura, artigos, ou mesmo pesquisas sobre este tema, o uso do laser acaba sendo limitado, onde um estudo profundo iria realmente ressaltar a possibilidade do uso da energia laser em processos infecciosos bacterianos, e desta forma, facilitaria o uso deste recurso no tratamento de ulcerações infectadas, possibilitando ao paciente uma melhor qualidade de vida. MATERIAL E MÉTODOS Para a revisão de literatura, foram consultados livros, artigos científicos e sites da Internet, onde utilizou-se palavras-chave como: laser, úlceras de decúbito, escaras, úlceras de pressão, bactérias e infecção. Os anos consultados estavam compreendidos entre 1993 a 2001. As bibliotecas consultadas foram das instituições Universidade Bandeirante de São Paulo, Universidade de São Paulo e Universidade de São Carlos. Foram consultados sites como Bireme, Proquest e Google. Uma pesquisa experimental foi realizada como parte prática, com a cultura da bactéria Staphylococcus aureus “in vitro”. O microorganismo foi submetido a laserterapia de baixa potência no laboratório de Microbiologia da própria faculdade (pós-graduação - Dra. Maria Cristina Marcucci Ribeiro), sendo esta fase da pesquisa, supervisionada pelos co-orientadores do trabalho. Observou-se os efeitos do laser de baixa potência (do tipo Diodo, devido ao seu comprimento de onda), sobre o crescimento bacteriano, sendo que duas densidades de energia foram utilizadas, 4 e 6J, para observarmos


principalmente o efeito cicatrizante deste recurso, já que segundo Colls (1984), este efeito poderia ser alcançado trabalhando-se entre 3 e 6J. Lembrando que não foi associada a antibioticoterapia a aplicação do laser, pois o objetivo da pesquisa é observar o efeito real da laserterapia de baixa potência sobre o crescimento bacteriano, sem nenhuma interferência de qualquer outro recurso. Materiais Equipamentos e instrumentos - Capela de fluxo laminar horizontal (VECO). - Espectrofotômetro (VARIAN) modelo Cary 50, proc. Fapesp 95/9306-5. - Autoclave vertical modelo AV 30 (PHOENIX). - Estufa microbiológica Fanem modelo 502A. - Estufa para esterilização (QUIMIS). - Agitador de tubos modelo AP56 (PHOENIX). - Pipeta automática modelo MOPET – BEL ART. - Contador de colônias CP602 (PHOENIX). - Cronômetro (TIMER CLOCK). - Microscópio (NIKON). - Balança analítica (MARTE). - Laser do tipo Diodo KC 650 VR, ref. 650.5 (AsGaAl) da (KROMAN). Diodo visível em vermelho com potência de 50mw, comprimento de onda de 670nm, uma caneta para aplicação, saída com caneta (toposcópio), completamente microprocessado, consumo: 30w, peso: 06 Kg. - Sistema compacto de água ultrapura – Barnstead – EASY pure RF, proc. Fapesp 95/09306-5. - Placas de Petri - Tubos de ensaio - Lente divergente Reagentes: - Corante fuchsin (MERCK). - Violeta cristal (C.I. 42.555) P.A. (SYNTH). - Lugol. - Agar nutriente (MERCK). - Cloreto de sódio P.A – ACS (SYNTH). Microrganismo O microrganismo utilizado durante o ensaio foi S. aureus de American Type Culture Colection (ATCC): 29213. Metodologia O experimento será realizado a partir da contagem de colônias pelo método de plaqueamento em superfície. (Gerhardt, et al., 1994) Procedimento O inóculo utilizado para contagem de viáveis foi uma cultura, previamente reativada em agar nutriente a 35°C/24 horas, suspendida em solução salina (cloreto de sódio 0,85%) até atingir a 600nm a densidade óptica (D.O.) de 0.4 unidade para obtenção de uma concentração final de 1,0x106 U.F.C./ ml. Diluição seriada: foram identificados três tubos contendo 9ml de solução salina previamente esterilizada, com as diluições: 10-1 (tubo 1), 10-2 (tubo 2) e 10-3 (tubo 3). O inóculo foi homogeneizado e com auxílio de pipeta, transferido 1ml da amostra para o tubo 1 (diluição 1:10),

homogeneizado e transferido para o próximo tubo até o tubo 3 para obter uma diluição de 1: 1.000. Após o preparo da diluição 10-3, o tubo foi homogeneizado e retirado uma alíquota de1ml, a qual foi desprezada. Alíquotas de 10mL da diluição 10-3 foram semeadas em placas contendo meio de cultura de agar nutriente usando uma alça de semeadura para espalhar o inoculo por toda a superfície do meio. Após secagem do inoculo (15-20 minutos), oito placas receberam diferentes dosimetrias do laser (4J e 6J), com o auxílio de uma lente divergente para que toda a área fosse irradiada. Quanto ao tempo de exposição, as placas com a dosimetria de 4J foram submetidas a 12 minutos de radiação e as de dosimetria de 6J foram submetidas a 20 minutos de radiação para cada placa. Lembrando que os cálculos foram baseados na área da placa de Petri utilizada (5 cm de diâmetro), e no conceito de que, como os emissores operam com potências fixas, quanto maior a área a ser irradiada, maior será o tempo necessário para aplicar uma certa densidade energética (Veçoso, 1993). Para controle do experimento três placas não receberam a atuação do laser. Após esse procedimento as placas foram colocadas na estufa a 37oC/48h em aerobiose. A leitura foi realizada calculando-se a média aritmética simples das contagens de colônias. A seguir multiplicamos o número encontrado por 100 para corrigir o volume para 1ml e pela recíproca da diluição correspondente. Expressou-se o resultado final em unidade formadora de colônia por milímetros (UFC/ml). A coloração de Gram foi utilizada sempre que necessário para observações em microscópio óptico de possíveis contaminações durante os procedimentos.

Tabela I: resultado da leitura das placas após 24 horas.

Tabela II: análise individual de cada grupo quanto ao número de colônias em uma leitura após 24 horas. Gráfico I Analisando o gráfico 1, nota-se que não houve estímulo para o crescimento bacteriano, comparando os grupo II e III com o grupo I. Gráfico II www.fisioOn.com.br


Analisando o gráfico 2, observouse uma redução do crescimento bacteriano de 32,40% do grupo II para o grupo I e de 24,31% do grupo III para o grupo I.

Gráfico III Analisando o gráfico 3, observouse que não houve crescimento bacteriano além do grupo controle, comparando este com os grupos II e III. DISCUSSÃO Como já citado, o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da terapia com laser de baixa potência do tipo Diodo 50mw (AsGaAl) no crescimento bacteriano “in vitro”. Os efeitos do laser de baixa potência são baseados nos mecanismos não térmicos, ou seja, a partir da interação da luz com o tecido, promovendo efeitos de biomodulação. Sob os resultados obtidos através do estudo microbiológico “in vitro” e análise estatística, certos pontos podem ser discutidos, como a relação laser de baixa potência e crescimento bacteriano, já que pelos dados colhidos não houve estimulação para o crescimento das colônias, onde pode-se deduzir que o laser de baixa potência poderia ser um recurso válido para a reparação tecidual de úlceras de decúbito, mesmo estas estando infectadas, acelerando assim o mecanismo de resolução, porém os resultados “in vitro” são diferentes de um estudo “in vivo”, dando assim, liberdade para que novos estudos sejam realizados. Dentre as literaturas consultadas, o estudo de Tarso, Silva e Silva (2001) apresentou como resultado o controle do crescimento bacteriano, apesar de ter sido realizado com critérios diferentes em relação a densidade de energia, tempo, área de exposição e técnica microbiológica, que aparentemente não seria a mais adequada, pois não houve a padronização do inoculo, além de toda a área da Placa de Petri não ter sido irradiada ao mesmo tempo, deixando assim,

dúvidas sobre a fidedignidade dos resultados obtidos. Colls, em seu livro La terapia laser hoy (1984) e Veçoso, no livro Laser em fisioterapia (1993), contra-indicam absolutamente o uso do laser de baixa potência em focos de infecção bacteriana sem a associação de antibioticoterapia. Já David Baxter, no livro Eletroterapia de Clayton (1998), recomenda cautela na aplicação da laserterapia de baixa potência ao tecido infeccionado, porém sugere que novos estudos sejam realizados. Na pesquisa de Tarso, Silva e Silva (2001), a aplicação do laser de baixa potência seria uma indicação em processos infecciosos, já que apresentou uma redução de 48% do crescimento bacteriano. Como visto, as literaturas se contradizem, não elucidando a contra-indicação e, muito menos, a possível indicação deste recurso. Como afirmado por Junqueira e Carneiro (1997), as bactérias constituem células procariontes, que são os menores seres vivos e os mais simples do ponto de vista estrutural. A limitação do tamanho provavelmente se deve à inexistência de compartimentos separados por membranas. As bactérias se dividem por fissão binária (não há mitose). Rodrigues e Guimarães (1998), afirmam que o laser de baixa potência estimula o trofismo celular pelo aumento da produção de ATP, que gera o aumento da velocidade mitótica que proporciona o aumento na velocidade de cicatrização. Portanto, sabendo que as células eucariontes possuem mecanismos de regulação mais complexos e que, proliferamse através da mitose, o laser de baixa potência atuaria somente na proliferação das mesmas, devido justamente a este mecanismo de divisão celular e estimulação da produção do ATP mitocondrial, que segundo o artigo de Albertini et al (2001) ocorre devido ao comprimento da onda (670nm) que corresponde a região do espectro eletromagnético, que pode ser absorvido no ciclo respiratório, estimulando a cadeia respiratória e, consequentemente a produção de ATP e não, na divisão celular bacteriana, já que todo este processo não ocorre devido a simplicidade estrutural das células procariontes. Portanto, se o laser de baixa potência, aparentemente, não possui a possibilidade de estimular o crescimento bacteriano, a indicação seria prudente já que se baseia na biologia das células eucariontes e procariontes. Quanto a redução do crescimento bacteriano, os valores obtidos (32,4% no grupo 2 e 24,31% no grupo 3) para os padrões microbiológicos não são satisfatórios, mas é importante frisar que em nenhum momento houve estímulo para o crescimento bacteriano, comparando os grupos irradiados com o grupo controle. Porém como este estudo foi realizado utilizando apenas um tipo de bactéria, seria prudente que novos trabalhos fossem desenvolvidos com o objetivo de analisar a radiação laser como inibidora da proliferação bacteriana. Colls (1984), afirma que densidades de energias abaixo de 8J/cm2 possuem efeito estimulatório. Este estudo utilizou duas densidades de energia diferentes: 4J e 6J/cm2, porém de acordo com os resultados não houve estimulação bacteriana e, sim uma zona de inibição. Este efeito estimulatório poderia ser melhor observado se o estudo fosse realizado em células


epiteliais, caracterizando assim, o estímulo à cicatrização atribuída a radiação laser. A escolha do aparelho mostrou-se adequada, pois segundo Kolari (1985), a radiação com laser de Diodo ArsenetoGálio-Alumínio (AsGaAl) fornece um feixe de luz com as características de monocromaticidade, coerência e colimação e dentro dos limites de sensibilidade de potência e densidade de energia para promover efeitos biológicos sem danos. As reações atérmicas ocorrem com densidade de potência 0,1-10w/cm2 e densidade de energia 0,1-10J/cm2. Desta forma, o aparelho utilizado neste estudo está dentro das especificações, já que foi realizado com densidade de potência de 50mw/cm2 e densidades de energia de 4-6J/ cm2. Um estudo realizado por Desimone e Christiansen no ano de 1999, teve como finalidade determinar a capacidade bactericida da irradiação de lasers com poder de rendimento menor que 6mw em microorganismos fotosensibilizados. Duas bactérias foram utilizadas, Staphylococcus e Pseudomonas aeruginosa, e o laser escolhido para o procedimento foi o He-Ne com 0.95mw e o InGaAl com 5mw com o agente fotossensibilizante Toluidine Azul. As bactérias foram cultivadas em Agar coated petri dishes e expostas a radiação laser por 30, 60 e 120 segundos. O resultado obtido, apesar da inconsistência entre as lâminas, foi que ambos os lasers produziram uma zona de inibição em ambas as espécies bacterianas (Veleiro, 2001). Nota-se que, os trabalhos que visam a análise do efeito bactericida do laser apresentam como resultado a formação de uma zona de inibição, portanto pode-se deduzir que o laser de baixa potência, realmente tende a não promover estimulação ao crescimento bacteriano. Bazin e Kitchen (1998) afirmam que os estudos publicados a respeito dos efeitos do laser de baixa potência, não especificam os parâmetros e protocolos terapêuticos, limitando assim, a comparação e replicação dos resultados. Diante disto, é preciso que novos estudos mais precisos sejam realizados, analisando sempre efeitos que ainda não estão bem elucidados na área da laserterapia, tornando assim, as indicações deste recurso cada vez mais amplas e menos empíricas. CONCLUSÃO Conclui-se com este estudo que o laser de baixa potência do tipo Diodo 50mw e comprimento de onda de 670nm, poderia ser uma indicação no tratamento de úlceras infectadas, já que não apresentou estímulo ao crescimento bacteriano. O laser de baixa potência é um recurso da eletroterapia de extrema importância clínica, porém pouco estudado. Este presente trabalho teve a intenção de investigar um dos efeitos mais contraditórios da laserterapia, porém como foi realizado com apenas um tipo de bactéria e duas densidades de energia, seria prudente que novas pesquisas fossem desenvolvidas, lembrando que as respostas de um estudo “in vitro” são diferentes de um estudo “in vivo” e por esta razão, deveriam ser realizados paralelamente para que os achados fossem atribuídos a radiação laser de baixa potência.

Autores: 1) Fisioterapeuta graduada pela Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN). 2) Fisioterapeuta graduado pela Faculdade de Educação Física de Lins; -Professor da disciplina de Eletroterapia da Universidade Bandeirante de São Paulo e da Universidade do Grande ABC (UNIABC); -Coordenador da Pós-graduação em Fisioterapia da UNIABC; -Mestrando em Distúrbios do Movimento pelo MACKENZIE. 3) Biomédica graduada pela UNIBAN; - Mestranda em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAZIN, S. et al.. Eletroterapia de Clayton. 10º ed., São Paulo: Manole, 1998. COLLS, J.. La Terapia Laser hoy. Barcelona: s.ed., 1984. DORLAND DICIONÁRIO MÉDICO, 1ºed., São Paulo: Roca, 1997. GREVE, J. et al.. Diagnóstico e tratamento da lesão medular espinal. 1º ed., São Paulo: Roco, 2001. GUIMARÃES, C. et al.. Manual de Recursos Terapêuticos. s.ed., Rio de Janeiro: Revinter, 1998. JAWETZ, E. et al.. Microbiologia Médica. 20º ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan: 1998. JUNQUEIRA, L. C. et al.. Biologia celular e molecular. 6º ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan: 1997. KHAN, J.. Princípios e Prática de Eletroterapia. 4º ed., São Paulo: Santos, 2001. KOCK, R. M.. Técnicas básicas de enfermagem. 15º ed., Curitiba: Florence, 1998. LOW, J. et al.. Eletroterapia Explicada – Princípios e Prática. 3º ed., São Paulo: Manole, 2001. TRABULSI.. Microbiologia. 2º ed., Rio de Janeiro: s.ed., 1991. VEÇOSO, M.. Laser em fisioterapia. 1º ed., São Paulo: Louise, 1993. Monografias: SILVA, R. et al.. Estudo da terapia laser em infecções bacterianas. Lins, 1997. Monografia apresentada para graduação em fisioterapia na Faculdade de Educação Física de Lins. VELEIRO, L.F.. Os efeitos do laser de HeNe em úlceras de decúbito. São Paulo, 2001. Monografia apresentada para graduação em fisioterapia na Universidade Bandeirante de São Paulo. Artigos: ALBERTINI, R. et al.. Análise do efeito do laser de baixa potência (AsGa-Al) no modelo de inflamação de edema de pata em ratos. Fisioterapia Brasil, v.3, p. 5-15, jan/fev. 2002. DESIMONE, N. A., CHRISTIANSEN, C., DORE, D.. In VELEIRO, F. L.. Bactericidal effect of 0.95-mw helium-neon and 5-mw indiumgallium-alumimum-phosphate laser irradiation at exposure times of 30, 60 and 120 seconds on photosensitized staphylococcus. Physical Therapy, v. 79, 1999. OLIVEIRA, G. A., LEVY, C. E., MAMIZUKA, E. M.. Staphylococcus aureus apresentando resistência intermediária à vancomicina: mecanismos de resistência, detecção laboratorial e perspectivas de emergência no Brasil. Jornal Brasileiro de Patologia, v. 36, p. 96-102, 2000. Internet: BERGSTROM, N. et al. (1997). Treatment of Pressure ulcers.

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TERCEIRA IDADE Problema da Perda de Equilíbrio na Terceira Idade: Fatores de Risco e Conseqüências Resumo A queda é comum na idade avançada e pode ser causada por fatores extrínsecos e intrínsecos. O objetivo desta pesquisa foi verificar e analisar as causas e conseqüências das quedas. Foi aplicado um questionário em 51 idosos, 28 (residem em asilos) e 23 (em suas residências). Dos idosos 45,10% relataram um aumento no número de quedas, após terem sofrido uma queda 40,38% dos idosos evitam se movimentar muito, o fator que mais contribuiu para que ocorressem essas quedas foi água com 31,37% entre outros obstáculos e como conseqüência aparece o hematoma com 43,14% das respostas. A água pode gerar quedas sendo a ocorrência maior destas nas residências, resultando em hematomas, as doenças podem gerar quedas, mas não são reconhecidas. Introdução O envelhecimento no campo da saúde é caracterizado por doenças crônicas, declínio funcional, levando a incapacidades progressivas de exercer as atividades cotidianas e a perda de autonomia (KACHAR, 2003). As principais alterações biológicas causadas pelo envelhecimento são: a diminuição da massa muscular e da densidade óssea, perda da função muscular, deficiência do equilíbrio e maior rigidez dos tendões e dos ligamentos (DELIBERATO, 2002 apud TEIXEIRA, 1996). Uma postura ereta depende de vários fatores, entre eles: ação muscular antigravitacional, propiocepção, informações visuais e do sistema vestibular e a integração de todos eles no sistema nervoso central (CURIATTI e ALENCAR, 1994). A queda significa uma perda total de equilíbrio postural, em razão da insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura. Os episódios de quedas são muito comuns na idade avançada, sendo que os idosos em sua maioria a aceitam como algo inevitável do envelhecer e só a reportam quando interrogados (GUIMARÃES e CUNHA, 1989). A marcha também se altera com envelhecimento; distúrbios do equilíbrio, déficits visuais e alterações osteoarticulares, assim como os passos mais curtos e menos seguros, as quedas acabam ocorrendo com maior facilidade (CURIATTI e ALENCAR, 1994). A maioria das quedas ocorrem em pessoas idosas acima de 60 anos e acidentes deste tipo acontecem freqüentemente em suas próprias casas (ALVES JUNIOR, 2003). A ocorrência de quedas por faixa etária é 32% em idosos entre 65 e 74 anos; 35% em idosos de 75 e 84 anos; 51% em idosos de 85 anos. Sendo que no Brasil 30% dos idosos caem ao menos uma vez no ano (PEREIRA et al. , 2001). A falta de equilíbrio, o medo das quedas, faz com que o idoso fique mais em casa (IZZO e INÊS FILHO, 1994). As causas orgânicas (intrínsecas) que podem gerar as quedas pode se citar os quadros de A.V.E., as arritmias cardíacas, a hipotensão postural, distúrbios neurológicos e efeitos colaterais medicamentos nos idosos; e as causas ambientais, que são pequenos degraus, pequenos tapetes soltos no piso escorregadio perto da cama, pia e banheira, escadas sem corrimão e entre outros (CURIATTI e ALENCAR, 1994).

Por: Karen Lucy Rodrigues Clarice Michiko Honda Marcelo de Almeida Buriti

Ocorre a perda de equilíbrio escorregando na umidade de banheiros e cozinhas, em tapetes não fixos, em piso muito escorregadio entre outros obstáculos dos mais diversos (ALVES JUNIOR, 2003). As alterações fisiológicas que podem acarretar uma queda são: diminuição da visão (reduz - se a percepção de distância e visão periférica, assim como adaptação no escuro); diminuição da audição (o que faz com que o idoso não escute alarmes); distúrbios vestibulares (infecção ou cirurgia prévia do ouvido); distúrbios proprioceptivos (diminui se as informações sobre a base de sustentação); diminuição da sensibilidade dos baroreceptores à hipotensão postural; distúrbios músculo -esquelético (degeneração das articulações - diminuindo assim a amplitude de movimento; fraqueza muscular - diminuição da massa muscular); sedentarismo e deformidade dos pés. As patologias que podem causar quedas são patologias cardiovasculares (hipotensão postural, doença da artéria coronária, insuficiência cardíaca congestiva, síncope vasco - vagal, insuficiência vértebro - basilar); neurológicas (demência, hematoma sub - dural, AVE e seqüela de AVE e disritmia cerebral); pulmonares (hipo e hipertiroidismo e distúrbios hidro - eletrolíticos) entre outros (PEREIRA et al., 2001). Uma queda pode ocorrer tanto no interior de nossa residência ,quanto fora dela, atualmente tem sido uma aventura andar se desviando dos diversos buracos e obstáculos existentes nos equipamentos públicos urbanos (ALVES JUNIOR , 2003). Os distúrbios neurológicos como Parkinson - que apresenta como quadro clínico acinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural e gera dificuldades nos atos motores básicos da vida diária como marcha e atividades que requerem a conjunção de atos motores como vestir – se e higiene pessoal. A marcha é feita em pequenos passos às vezes arrastando os pés (BARBOSA , 1994) – e A.V.E., que gera modificações de postura no movimento, além de cuidar de alterações proprioceptivas (GALLO E LANZILLO, 2003). Modificações no sistema nervoso gera uma discreta diminuição da força muscular, principalmente em membros inferiores (CURIATTI e ALENCAR, 1994). Segundo dados obtidos de 2143 pessoas com de 60 anos ou mais, cerca de 53,3% sofrem de hipertensão e 19,5% sofre de problemas cardíacos; os idosos que não conseguem ou mal podem se agachar, somam 51%; mal podem levantar – se da cadeira 36%, subir uma escada 33% e caminhar uma quadra 17%. Cerca de 11,7% tem dificuldade de deitar e levantar da cama, 10% de tomar banho e 7,1% de ir ao banheiro (REVISTA FAPESP, 2003). Dentre as várias conseqüências das quedas, são apresentados um aumento no risco de fraturas, perda de confiança para caminhar, medo de cair novamente, depressão. Com medo de cair novamente, o idoso diminui sua mobilidade, formando um ciclo vicioso, pois a restrição às atividades diminui a força muscular e enfraquece membros inferiores (DELIBERATO, 2002). As fraturas trocantéricas acontecem em idosos resultantes de quedas, assim como as fraturas de colo de fêmur que é conseqüência de um trauma trivial, como um tropeço (THONSON, SKINNER, PIERCY e OPPIDO, 1994). As repercussões que as quedas podem assumir para uma pessoa idosa são significado de decadência e fracasso gerados pela percepção da perda de capacidades do corpo, acentu-


ando sentimentos de vulnerabilidade, ameaça, humilhação e culpa, o que mais tarde poderá gerar uma depressão. Os idosos apresentam um declínio funcional nas atividades do cotidiano e nas atividades sociais (PEREIRA et al., 2001). As quedas acabam comprometendo a qualidade de vida de modo significativo, sendo que grande parte das pessoas idosas após terem sofrido alguma queda importante ficam temerosas que estas ocorram novamente, chegando até mesmo restringir parte de seu deslocamento fora da residência, entretanto o problema continua já que em sua maioria as quedas ocorrem nas residências. A redução das atividades físicas pelo medo de novas quedas diminuirá a mobilidade articular, acarretando ainda a perda de força e do tônus muscular (ALVES JUNIOR, 2003).

Figura 1- Ciclo de tendência à quedas adaptado de Deliberato (2002). Objetivo geral: Verificar e analisar as diversas causas e conseqüências que das quedas na população idosa. Objetivos específicos : Relacionar os fatores de risco extrínsecos mais importantes quanto às quedas; demonstrar a relação entre as várias patologias (fatores intrínsecos) e quedas; avaliar as conseqüências das quedas e sua freqüência nos idosos. Método Voluntários- Foram voluntários para o desenvolvimento desta pesquisa 51 idosos, sendo que 54,9% desses idosos eram residentes de asilos, com idade média de 79,36 anos, mediana simples de 80 anos e mediana total de 77,5 anos. Trata-se de uma amostra polimoldal, com amplitude equivalente a 35 anos e desvio padrão da amostra correspondente a 8,43 anos. Nos asilos, 75% dos idosos entrevistados eram mulheres e o restante, 25%, eram homens. Os demais 45,1% correspondem a idosos que moram em suas casas, com idade média de 70,17 anos, mediana simples de 70 anos, mediana total de 79 anos. Neste caso, a amostra é bimoldal, possui uma amplitude de 38 anos e desvio padrão da amostra equivalente a 9,22 anos. As mulheres correspondem a 78,26% dos entrevistados, enquanto os homens 21,74%. Devido à baixa quantidade de dados obtidos em relação ao peso e altura, por muitos dos idosos serem institucionalizados ou não saberem seu peso e altura, não foi possível a realização do cálculo da média e desvio padrão dos mesmos. Material: Foi utilizado para a coleta dos dados um questionário que teve como objetivo obter dados dos idosos para serem utilizados na pesquisa. O questionário possui uma parte relativa aos dados de identificação e perguntas abertas

e fechadas, que somam ao todo 14 perguntas. A primeira pergunta tinha como objetivo identificar a freqüência das quedas com o aumento da idade. Há perguntas que buscam identificar os fatores extrínsecos que podem estar relacionados com as quedas, sendo que uma das pergunta dois identificaria o local da residência ou asilo, onde os idosos já sofreu alguma queda e a pergunta quatro o que poderia ter contribuído para que ocorresse a mesma. Algumas perguntas demonstrariam a relação entre iluminação noturna e sua provável contribuição para as quedas. Outras objetivavam identificar qual a conseqüência psicológica da freqüência das quedas. Visando saber os fatores intrínsecos, as perguntas estavam relacionadas respectivamente com: objetivo de saber quando foi feita a última avaliação oftalmológica, a quantidade de remédios que é consumida por dia e a última vez que foi feita uma avaliação auditiva. Algumas questões identificaram possíveis patologias que podem contribuir para que as quedas ocorram, identificando os possíveis distúrbios neurológicos, as prováveis patologias cardíacas e os prováveis distúrbios músculo - esqueléticos. E como pergunta aberta, havia no questionário uma pergunta que foi feita para saber o que o idoso fazia quando ocorreu a queda. Procedimento: Para coleta de dados nos três primeiros asilos localizados na Grande São Paulo, primeiramente foi realizado um contato com o dirigente por intermédio de um conhecido. Após conseguida a permissão, visitou-se o local conforme o horário e dia estipulado. Para a aplicação do questionário foi necessário que se realizasse uma separação dos internos, para que se obtivesse dados verídicos, uma vez que internos psiquiátricos não poderiam responder o questionário com precisão. Terminada a separação, o questionário foi aplicado com auxílio dos integrantes da equipe de pesquisa, já que a maioria dos idosos não conseguia ler os questionários, por esse motivo os questionários foram lidos e as respostas marcadas conforme as respostas fornecidas pelos idosos. Após a coleta dos dados foram realizadas as perguntas de número 6, 7, 8, 9, 10 e 15 para a enfermeira(o) do local, que foi capaz de dar respostas precisas para as mesmas. Pelo motivo de não se ter obtido uma boa amostra com os voluntários desses asilos, realizou-se um quarto contato com o diretor de um asilo na cidade de São Paulo. Realizada a explicação dos objetivos da pesquisa, foi permitida pelas freiras que coordenam o local a aplicação do questionário. Depois de um breve contato com o fisioterapeuta do local, o mesmo indicou onde estavam os idosos capazes de responder as perguntas. Por pedido de uma das freiras, uma enfermeira acompanhou toda a aplicação dos questionários que foi realizada em dois dias, pois, muitos dos idosos haviam ido passar o fim de semana com familiares. Durante a aplicação a enfermeira trazia os idosos lúcidos para o refeitório onde era feita uma rápida apresentação da pesquisa e aplicado o questionário da mesma maneira que as demais vezes, ou seja, realizando uma leitura para o idoso das questões e marcando as suas respectivas respostas. Com relação aos idosos que não são do asilo, o questionário foi aplicado em uma igreja, onde após identificar os idosos com idade igual ou maior que 60 anos, foi solicitado que respondessem o questionário, foi explicado a eles o objetivo da pesquisa e pedido para que eles respondessem todas as questões, procurando sempre explicitar a verdade. Alguns www.fisioOn.com.br


dos idosos não residentes de asilo foram escolhidos aleatoriamente, não exatamente na igreja, mas sim em outros lugares como no serviço, nas suas casas, na rua e após uma rápida explicação aceitaram responder os questionários. Em ambos o caso só foi utilizada ajuda dos integrantes quando eles alegavam não conseguir ler por causa de visão deficiente ou por serem analfabetos. Resultados e Discussão Após a coleta dos dados estes foram tabulados e delineados estatisticamente atrvés do teste do c2.

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Os dados da Tabela 1, freqüência de quedas com o aumento da idade, mostraram que nenhum dos idosos que residem em asilos alegam que as quedas Diminuíram, 35,71% dos idosos, dizem que as quedas Aumentaram e 64,29% acreditam que a freqüência das quedas Continuam as mesmas. No caso dos idosos que residem em suas próprias casas, 8,7% responderam que as quedas Diminuíram, 34,78% falaram que as quedas Continuam as mesmas e a maioria, 56,52% responderam que as quedas Aumentaram. Portanto, em relação ao total de entrevistados, 3,92% dos mesmos alegaram que as quedas Diminuíram, enquanto 45,10% acham que as quedas Aumentaram e um pouco mais da metade, 50,98% acham que as quedas Continuam as mesmas. Na Tabela 1, foi feita uma análise intragrupo (LxC) e intergrupo. O c2 intragrupo apresentou os seguintes resultados: co2= 2,18; n.sig=0,05; n.g.l.= 2 e cc2=5,99, e intergrupo tem se que o co2= 0,50; n.sig=0,05; n.g.l.= 1 e cc2=3,84. A maioria dos idosos considera que o número de quedas continua o mesmo, nem aumentaram, nem diminuíram, porém um número considerável de idosos relatou que o número de quedas com o avanço da idade aumentaram, sendo que esse aumento acontece principalmente nos idoso que moram em residências, o que corresponde o que diz Alves Junior (2003), a maioria das quedas ocorre em pessoas acima de 60 anos e acidentes deste tipo acontecem freqüentemente em suas próprias casas. Apesar de não ter sido a maioria dos idosos que relataram um aumento no número de quedas, Guimarães e Cunha (1989), relata que os episódios de quedas são muito comuns na idade avançada e sua freqüência neste grupo etário é muito mais alta do que se imagina.

Segundo os dados obtidos pela Tabela 2, os locais aonde os idosos que residem em asilos mais sofrem quedas são: Cozinha, Sala, Quarto, Corredor e em Outros lugares, estes correspondem cada um a 12,12% das respostas, 15,15% correspondem ao Banheiro e os demais 24,24 % estão relacionados a idosos que disseram que o Quintal é o lugar aonde mais sofreram quedas. Nenhum dos idosos que residem em suas casas responderam que sofreram alguma queda no Corredor, 4,55% sofreram quedas na Cozinha, enquanto 9,08% disseram ter sofrido queda no Banheiro, em relação à Sala e em Outros lugares 13,64% alegaram terem sofrido quedas nesses lugares, 22,73% dos entrevistados disseram que mais sofreram quedas no Quintal de suas casas e o Quarto foi o local que apresentou maior freqüência de quedas correspondendo assim a 36,36 do total. Numa visão geral, 7,27% dos idosos sofrem quedas no Corredor de suas moradias, sejam elas asilos ou não, 9,08% das quedas ocorrem na Cozinha. Com o mesmo resultado, Banheiro, Sala e Outros lugares da residência, estão relacionados a 12,73% das quedas nas pessoas de terceira idade, o Quarto compreende a 21,82% dos locais onde ocorrem as quedas e com 23,64% o Quintal é o local de maior freqüência de quedas. Na Tabela 2, o resultado obtido intragrupo (LxC) foi de co2= 29,42; n.sig=0,05; n.g.l.= 6 e cc2=12,59. Na análise intergrupo obteve se: co2= 15,95; n.sig=0,05; n.g.l.= 6 e cc2=12,59. O local onde as quedas mais ocorreriam seria o quintal, local onde, provavelmente, devido a grande quantidade de desníveis encontrados no chão os idosos sofrem mais queda e esses desníveis combinados com as mudanças que ocorrem nos passos dos idoso, constituem um fator determinante de uma queda, pois segundo Curiatti e Alencar (1994), devido os passos mais curtos e menos seguros as quedas acabam ocorrendo com facilidade. Em seguida temos que boa parte dos idoso sofrem queda em seus quartos e isto provavelmente seja decorrente da hipotensão postural, que


ocorre quanto levanta – se da cama, além disso, segundo a Revista FAPESP (2003), cerca de 11,7% dos idosos tem dificuldade de deitar e levantar da cama. Segundo os dados obtidos através da Tabela 3, 10,71% dos idosos residentes de asilos, sentem Incapacidade por terem sofrido queda, enquanto 39,29% Evitam se movimentar após terem sofrido uma queda, pois assim evitariam cair novamente e exatamente metade dos idosos 50% acreditam que a queda é um fenômeno Normal. Dos idosos que moram em suas casas somente 8,33% dos idosos responderam que acham que a queda gera um sentimento de Incapacidade, por terem sofrido as mesmas, 41,67% Evitam se movimentar e 50% novamente responderam que consideram as quedas algo Normal. O sentimento de Incapacidade apareceu em 9,62% dos idosos, enquanto Evitam se movimentar 40,38% e os demais 50% vêem as quedas como de maneira Normal. O resultado obtido intragrupo (LxC) foi de co2= 0,36; n.sig=0,05; n.g.l.= 2 e cc2=5,99,. Os resultados intergrupo foram co2= 26,7; n.sig=0,05; n.g.l.= 2 e cc2= 5,99. A maioria dos idosos considera as quedas algo normal, conforme Guimarães e Cunha (1989), muitos idosos aceitam a queda como algo inevitável do envelhecer e só a reportam quando interrogados. O fato de alguns idosos terem relatado que evitam movimentar – se muito, pode estar relacionado com o medo de sofrerem outra queda, segundo Izzo e Inês Filho (1994) o medo das quedas, faz com que o idoso fique mais em casa. Alves Junior (2003) ainda diz que as pessoas idosas após terem sofrido uma queda ficam temerosas que ocorra novamente. São poucos os idosos que se sentem incapazes após terem sofrido a queda, porém, conforme Pereira et al. (2001), as repercussões que as quedas podem assumir para uma pessoa idosa são significados de decadência e fracassos gerados pela percepção da perda de capacidades do corpo, acentuando sentimentos de vulnerabilidade, ameaça, humilhação e culpa, o que mais tarde poderá gerar uma depressão.

Conforme os dados obtidos na Tabela 4 objetos como Tapete, Escada e Móveis correspondem cada um a 7,14% dos causadores extrínsecos das quedas, 10,71% acham que Nada contribui para que ocorresse as quedas , a Água está relacionada a 17,86% dessas quedas e 50% dos idosos disseram que caíram por motivo de Outros objetos. Nenhum idoso que mora em residência alegou que Nada teria causado a sua queda, apresenta o mesmo resultado, novamente os objetos Tapete, Escada e Móveis, com 4,35% das respostas obtidas, as quedas causadas por Outros objetos nas residências representam 39,12% e os demais 47,83% são quedas que ocorreram devido a Água. No total, com o valor de 5,88% cada, Tapete, Escada, Móveis e Nada são alguns dos fatores

extrínsecos que podem causar as quedas, neste caso a Água corresponde a 31,37% e Outros fatores 45,11%. Intragrupo obteve - se co2= 27,7; n.sig=0,05; n.g.l.= 5 e cc2=11,07. Na análise intergrupo obteve co2= 89,40; n.sig=0,05; n.g.l.= 5 e cc2=11,07 . O principal fator extrínseco que possivelmente pode gerar as quedas e que merece maior atenção é a água, já que boa parte dos idosos relatou que essa foi a causadora de suas quedas, correspondendo ao que diz Alves Junior (2003), ocorre a perda de equilíbrio escorregando na umidade de banheiros e cozinhas. Tapetes, escadas entre outros fatores, que são desníveis encontrados no chão, também são fatores extrínsecos causadores de quedas; Curiatti e Alencar (1994) indicam como sendo causa ambientais que geram as quedas, pequenos degraus, pequenos tapetes soltos no piso escorregadio perto da cama, pia e banheira, escadas sem corrimão entre outros.O fato dos idosos evitarem se movimentar muito pode gerar uma diminuição da força muscular; para Deliberato (2002) com medo de cair novamente, o idoso diminui a sua mobilidade e a restrição às atividades diminui a força muscular e enfraquece os membros inferiores.

Na Tabela 5 estão relacionadas algumas das conseqüências físicas que as quedas podem gerar, sendo que nos asilos 6,8% das conseqüências são Outros tipos de ferimentos, 17,24% dos idosos disseram terem obtido algum Hematoma após uma queda, apresentam o mesmo valor de 24,14% as Fraturas e Nenhum tipo de ferimento e Arranhão corresponde a 27,59% desses ferimentos. Nas casas não houve idosos que responderem que não sofreram Nenhum tipo de ferimento após terem caído, o total de 4,55% foi atingido por Outros tipos de ferimentos, com o mesmo valor Fratura e Arranhão, correspondem cada um a 9,09% do total e 77,27% são representados pela variável Hematoma. O total apresenta 5,88 de Outros tipos de ferimentos, alegam terem sofrido Nenhum tipo de ferimento 13,73% dos idosos, as Fraturas são representadas por 17,65% dos resultados o Arranhão a 19,62% dos mesmos e 43,14% são os Hematomas. Intragrupo o co2= 78,8; n.sig=0,05; n.g.l.= 4 e cc2=9,49. O intergrupo apresentou: co2= 39; n.sig=0,05; n.g.l.= 4 e cc2=9,49, sendo a hipótese nula descartada. Os idosos, em sua grande maioria, não sofrem conseqüências graves por terem caído, na maioria das respostas, tivemos que estes sofrem hematomas e arranhões. Porém, um número considerável de idosos é acometido por fraturas após terem sofrido uma queda. As fraturas trocantéricas acontecem em idosos resultantes de quedas, assim como as fraturas de colo de fêmur que é conseqüência de um trauma trivial como um tropeço (THONSON, SKINNER, PIERCY E OPPPIDO, 1994). www.fisioOn.com.br


A variável Hematoma sub-dural não foi tabulada por não ter obtido um número considerável de respostas. Tentando verificar os tipo de patologias neurológicas que podem contribuir para as quedas foi realizada a Tabela 6 no caso do asilo nenhum idoso apresentou Doença de Parkinson e Disritmia cerebral, AVE corresponde a 3,57% das doenças encontradas nos idosos, 25% dos idosos apresentavam Outra doença e 71,43% não tinha Nenhuma doença. Já os que moram em casa, 4,35% é a mesma freqüência para doenças como Doença de Parkinson, Disritmia Cerebral e Outras doenças, neste caso 86,95% dos idosos não possuíam Nenhum tipo de doença. No total, com mesmo valor, Doença de Parkinson, AVE e Disritmia Cerebral, correspondem a 1,96% das patologias encontradas, 15,69% são Outras patologias e 78,43% são os idosos que não possuíam Nenhuma doença neurológica. A análise intragrupo (LxC) possui: co2=28,32; n.sig=0,05; n.g.l.= 4 e cc2=9,49. Na análise intergrupo o co2=39,71; n.sig=0,05; n.g.l.= 1 e cc2=3,85. Os distúrbios neurológicos podem ser responsáveis por um aumento no número de quedas em pessoas idosas, porém, foram poucos os idosos que possuíam algum tipo de doença neurológica.de acordo co Curiatti e Alencar (1994), modificações no sistema nervoso gera uma discreta diminuição da força muscular, principalmente em membros inferiores.

cerebral. Conforme Barbosa (1994), distúrbios neurológicos como Parkinson, apresenta como quadro clinico instabilidade postural; a marcha é feita em passos pequenos, às vezes arrastando os pés. Já o A.V.E., segundo Gallo e Lanzallo (2003), pode gerar modificações de postura no movimento. Na tabela 7 aparecem alguns valores relacionados à freqüência de distúrbios cardíacos em idosos, quando relacionada ao asilo, nenhum dos idosos apresentaram as doenças como Hipotensão Postural e Doença arterial coronariana, por sua vez Arritmia cardíaca atingiu 3,57% dos idosos, 14,29 possuía Outra doença e 82,14 não apresentou Nenhuma doença cardíaca.Nas casas, nenhum dos idosos alegaram possuir Outra doença, 8,33% corresponde aos valores tanto da Hipotensão Postural, Arritmia Cardíaca e Doença arterial coronariana e os demais 76% são os idosos que não possuem Nenhuma doença. No total as doenças como hipotensão Postural e Doença arterial coronariana correspondem cada uma a 3,85% dos idosos com, algum tipo de doença cardio – vascular 5,77% possui Arritmia Cardíaca, 7,68% possui Outra doença e a maioria, 78,85, não possui Nenhuma doença. Na Tabela 7, o resultado obtido intragrupo (LxC) foi de co2= 33,17; n.sig=0,05; n.g.l.= 4 e cc2=9,49. Na análise intergrupo obteve se: co2= 104,7; n.sig=0,05, n.g.l.= 2 e cc2=5,99. Assim como os distúrbios neurológicos, os distúrbios cardiovasculares também podem contribuir para que as quedas ocorram. Segundo a Revista FAPESP (2003), de 2143 idosos, cerca de 53,3% sofrem de hipertensão e 19,55% tem problemas cardíacos. Para Curiatti e Alencar (1994), as arritmias cardíacas e a hipotensão postural são causas orgânicas das quedas, correspondendo com dados obtidos, já que alguns idosos relataram possuir as mesmas. Pereira et al. (2001), salienta que além dessas duas patologias cardiovasculares, outras como: doença da artéria coronária, insuficiência cardíaca congestiva, sincope vasco-vagal e insuficiência basilar, podem ser causadoras de quedas.

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Ainda, Curiatti e Alencar (1994), relatam que uma das causas das quedas seriam os quadros de A.V.E. e distúrbios neurológicos, sendo que Pereira et al. (2001), cita além do A.V.E., distúrbios neurológicos como: demência e disritmia

A Tabela 8 mostra que 13,79% dos idosos que vivem em asilos sofreram queda durante sua Higiene pessoal (banho), desses idosos 17,24% Não responderam, 27,59% sofreram quedas durante realização de seus Afazeres Domésticos, por sua vez 41,38% são idosos que sofreram quedas durante algum tipo de Locomoção. Nas casas nenhuns dos idosos caíram durante sua Higiene pessoal, 21,74% Não responderam, as quedas durante a Locomoção correspondem a 26,09% e 52,17% das quedas ocorreram durante execução de Afazeres domésticos.. No total 7,69 dos idosos caem quando estão realizando sua Higiene pessoal, 19,23% Não responderam a questão que lhes foi determinada, a Locomoção neste


caso corresponde a 34,62% das quedas e 38,46% são quedas relacionadas com a execução dos afazeres domésticos. A análise intragrupo (LxC) possui: co2=25,34; n.sig=0,05; n.g.l.= 3 e cc2=7,82. Na análise intergrupo o co2=24,27; n.sig=0,05; n.g.l.= 3 e cc2=7,82. Os idosos em sua grande maioria sofrem quedas quando realizam algum tipo de afazer doméstico, os idosos, apesar de sofrerem doenças crônicas continuam a desenvolver suas atividades, por isso acredita – se que as quedas ocorrem quando os idosos estão fazendo alguma atividade doméstica. Muitos idosos, porém, também sofrem quedas quando estão realizando algum tipo de locomoção (por exemplo: caminhando), acredita-se que isso ocorra devido as modificações que os idosos apresentam em sua marcha, como é especificado por Curiatti e Alencar (1994), a marcha também se altera com o envelhecimento, assim como os passos se tornam mais curtos e menos seguros e as quedas acabam ocorrendo com maior facilidade. Considerações Finais Os idosos com o avanço da idade passam a sofrer mais quedas, principalmente aqueles que vivem em suas residências, já que essas possuem mais obstáculos contra o equilíbrio, ao contrário do que acontece nos asilos, que possuem adaptações que colaboram para que não ocorram quedas. Um fator ambiental que poder ser considerado como sendo um contribuinte para a queda é a água, já que essa torna o chão escorregadio e os idosos por uma modificação na sua marcha acabam levantando menos os pés ou até mesmo arrastando –os. Além disso, tapetes, escadas entre outros desníveis encontrados no chão, também podem contribuir para que ocorra a mesma. As diversas patologias, que são encontradas em pessoas da terceira idade podem contribuir para que as quedas ocorram, porém para a identificação das mesmas e para verificar sua relação com as quedas, seria necessária a realização de exames, pois em sua grande maioria os idosos consideram a queda algo normal, ou não sabem que possuem algum tipo de doença. As conseqüências das quedas não são graves, pois geram normalmente hematomas e arranhões, porém, uma das conseqüências indiretas das quedas é a atrofia muscular, resultante da diminuição da mobilidade, que o medo de cair novamente, pode gerar. Sugere – se então que a fisioterapia possa realizar um trabalho que tenha como objetivo a melhora do equilíbrio e da marcha, fortalecimento da musculatura dos membros inferiores e melhora da amplitude articular. Cabe ainda ao fisioterapeuta por meio de seus conhecimentos a identificação dos pacientes que caem com freqüência e encorajá-los a superar o medo. Assim a fisioterapia pode prevenir as quedas, recuperando auto estima do idoso e diminuindo as causas intrínsecas que causam as quedas.

de dúvida propôs idéias esclarecedoras, ... a todos os idosos que dedicaram parte de seu tempo, seja no asilo tomando sol, seja na igreja, seja em suas casas, a responder a nossa pesquisa,fazendo que essa tivesse algum resultado, ... aos diretores, coordenadores, e enfermeiros (as) que permitiram e nos acompanharam durante parte desse trabalho, realizado nos asilos. Referências Bibliográficas Alves Junior, E.D. Construindo um programa de prevenção de quedas que seja capaz de influir na vida ativa de uma pessoa com necessidades especiais: preparando – se para um envelhecimento., 2003. Disponível em: < http://www. lazer.eefd.ufrj.br/producoes/ prodocoes. html.>. Acesso em: 13/09/03 Barbosa, E. R,. Síndromes Extrapiramidais. In. Carvalho Filho, E.T. e Netto, M. P. Geriatria; fundamentos, Clínica e terapêutica. Editora Atheneu, 1994, p 83-95. Curiatti, J.A.E. e Alencar, Y.M.G. aspectos da propedêutica do idoso. In. Carvalho Filho, E.T. e Netto, M.P. Geriatria; fundamentos, Clínica e terapêutica. Editora Atheneu, 1994, p. 41-50. Deliberato, P.C.P. Fisioterapia Preventiva. São Paulo, Editora Manole, 2002. 382p. Gallo, A.F. e Lanzillo, J. A.C. AVC – estudo dos efeitos da descarga de peso. 1º Congresso Internacional de Iniciação Científica. 2(1).553.2003. Guimarães, R. M. e Cunha, V. G. V. Sinais e Sintomas Geriatria. Rio de Janeiro, Editora Revinter, 1989.196p. Izzo, H. e Inês Filho, M. In. Carvalho Filho, E.T. e Netto, M.P. Geriatria; fundamentos, Clínica e terapêutica. Editora Atheneu, 1994, p. 393-397. Kachar, V. Terceira Idade & Informática. São Paulo, Editora Cortez, 2003. 208p. Pereira, S. R. M.; Buksman S.; Perracini, M.; Barreto, K. M. L. e Leite,V. M. M. Quedas em idosos., 2001. Disponível em: <http:// www.amb. org.br / projeto_diretrizes/ 100_ diretrizes/ QUEDASEM .PDF>. Acesso em: 17/05/2003 Retratos do Entardecer. Revista FAPESP, São Paulo, nº83, p. 131-148, 2003. Thonson, A.; Skinner, A. T.; Piercy, J. e OppidoT. Fisioterapia de Tidy. 12º Edição. São Paulo, Editora Santos, 1994. 500p. Autores: Karen Lucy Rodrigues Clarice Michiko Honda Marcelo de Almeida Buriti

zz Agradecemos... ... ao nosso colega Rubens por ter dedicado parte do seu tempo a nos ajudar, ... ao nosso orientador Marcelo ... à professora Carmem que sempre em nossos momentos www.fisioOn.com.br


Então gelera, vamos ver como vocês se sairam nas respostas! Respostas Anatomia / Fisiologia 01) B 02) A 03) B 04) B 05) B 06) A 07) C 08) C 09) A 10) A Respostas Cinesiologia / Cinesioterapia 01) B 02) B 03) C 04) B 05) A 06) C 07) D 08) A 09) E Então como se saiu? Bom se você gostou da brincadeira, compre o Livro Bizu de Fisioterapia. O livro oferece diversos exercícios sobre anatomia e fisiologia, cinesiologia e cinesioterapia, neurologia, cardiopulmonar, cardiovascular, traumato-ortopedia, reumatologia, eletroterapia, termoterapia e fototerapia, mecanoterapia, hidroterapia, semiologia, ergonomia e ética profissional, terapia ocupacional entre outros. Com 2.200 questões selecionadas para concursos de fisioterapia e terapia ocupacional, a 2ª edição do livro Bizu Fisioterapia e Terapia Ocupacional foi revisada pela fisioterapeuta Elisabeth Cruz da Silva e pela terapeuta ocupacional Andréa Fabíola Costa Tinoco. Excelente opção para quem pensa em realizar algum concurso ou mesmo para

O Fisioterapeuta Milionário. Um fisioterapeuta milionário que só atende pessoas famosas, promove uma festa em uma de suas mansões e em determinado momento pede que a música pare e diz olhando para a piscina onde cria crocodilos australianos: Quem pular na piscina conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado, ganhará todos os meus carros. Alguém se habilita? Espantados os convidados permanecem em silêncio e o milionário insiste: - Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros e minhas clínicas. Alguém se habilita? O silêncio impera e mais uma vez ele oferece: - Quem pular na piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganhará meus carros, minhas clíncias e minhas mansões. Neste momento alguém salta na piscina, a cena é impressionante, luta intensa, o destemido se defende como pode, segura a boca dos crocodilos com pés e mãos, torce o rabo dos répteis, nossa! Muita violência e emoção, parecia filme do Crocodilo Dandy! Após alguns minutos de terror e pânico, sai o corajoso homem cheio de arranhões, hematomas e quase despido. O fisioterapeuta milionário se aproxima, parabeniza-o e pergunta: - Onde quer que lhe entregue os carros? - Obrigado, mas não quero seus carros. Surpreso, o milionário pergunta: - E as clínicas, onde quer que lhe entregue? Obrigado, mas não quero suas clínicas, também sou fisioterapeuta e já tenho a minha. Estranhando a reação do homem, ele pergunta: - E as mansões? - Eu tenho uma bela casa, não preciso das suas. Pode ficar com elas. Não quero nada que é seu. Impressionado, o fisioterapeuta milionário pergunta: Mas se você não quer nada do que ofereci, o que quer então? E o homem respondeu irritado: - ACHAR O FILHO DA MÃE QUE ME EMPURROU NA PISCINA! Moral da História: Somos capazes de realizar muitas coisas que por vezes nós mesmos não acreditamos, basta um empurrãozinho. Um filha da mãe, em certos casos, é útil em nossa vida.


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