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| editorial Oi pessoal estamos de volta. Nesta edição tivemos a grande oportunidade de entrevistar o ator Ernani Moraes e com isso tornamos a revista bem diversificada pois em nossas páginas já tivemos, cantores, atletas, modelos e estavam faltando os atores. Além da entrevista, nesta edição temos a volta da coluna do professor Luis Guilherme que escreve crônicas maravilhosas sobre nossa profissão. O lançamento de um glossário de fisioterapia, nossa sempre completa e atualizada agenda de eventos, um artigo do Dr. Clauton sobre eletroterapia (é claro) e muito mais. Aproveitem sua Fisio&terapia e até a próxima.
| protocolo 05 Cartas 06 Clipping de notícias 07 Coluna social e frases 12 Estudo comparativo por meio do método de varredura e galvanopuntura 16 Corrigindo (a tempo) um grande equívoco e desconforto em músicos
20 A importância do fisioterapeuta no pré e pós-operatório
22 Verificação do efeito da vacuoterapia associada ao ultra-som 26 Agenda de eventos
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| equipe EQUIPE - VEJA QUEM FAZ A REVISTA QUE VOCÊ LÊ EDITOR - Dr. OSTON DE LACERDA MENDES ASSISTENTE - LUCIENE LOPES E NINA LOPES MENDES FOTOGRAFO - RICARDO RICK REDATOR - MARCOS ALVES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN - MARCIO AMARAL REPRESENTANTE EM SP - ANTÔNIO CARLOS TRUBIANI REPRESENTANTE EM BH - MARTA ALVES
08
Entrevista com o ator, professor, nadador, atleta... Ernani Morais
18 Análise da incidência de dor
28 Contos da Tininha 30 Boa notícia com Eduardo Moreno 32 Coluna do Prof. Luis Guilherme 34 Lançamento do nosso Glossário
ISSN 1678-0817
COMO CONTATAR A NOVAFISIO PARA ENVIAR COMENTÁRIOS, SUGESTÕES, CRÍTICAS E INFORMAÇÕES SOBRE QUALQUER SEÇÃO OU SOBRE O SITE DA REVISTA. ENDEREÇO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 2294-9385 E-MAIL: REVISTA@NOVAFISIO.COM.BR (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) Toda correspondência que chegar à Redação poderá ser publicada de forma resumida. Deve conter o nome do autor, a cidade e o estado. SITE NOVAFISIO Não esqueça que se você é assinante da Fisio&terapia, pode navegar livremente pelo nosso site: www.novafisio.com.br e solicitar artigos já publicados. PARA ASSINAR O VALOR DA ASSINATURA ANUAL É R$75,00 (SETENTA E CINCO REAIS) E PODE SER FEITA COM CHEQUE, DEPÓSITO, BOLETO E CARTÃO DE CRÉDITO www.novafisio.com.br revista@novafisio.com.br Ou com um de nossos representantes. PARA RENOVAR SUA ASSINATURA, COMUNICAR MUDANÇA DE ENDEREÇO OU TIRAR DÚVIDAS SOBRE PAGAMENTO E ENTREGA DA REVISTA revista@novafisio.com.br (21) 2294-9385 (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) PARA ANUNCIAR NA REVISTA, NO JORNAL, NO SITE OU FAZER MAILLINGS revista@novafisio.com.br (21) 2294-9385 (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) A REVISTA FISIO&TERAPIA NÃO SE RESPONSABILIZA POR CARTAS E ARTIGOS ASSINADOS.
turbilhão | cartas - leia outras cartas no site www.novafisio.com.br Conselhos de classe opinarão sobre cursos Um decreto do presidente Lula prevê que os conselhos profissionais, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), irão participar do reconhecimento dos cursos universitários. “Se um curso está formando maus profissionais, quem melhor que os conselhos para apontar isso?”, afirmou à Folha o ministro da Educação, Fernando Haddad. A participação desses órgãos no ensino superior é questionada pelas instituições privadas, que vêem a possibilidade de protecionismo, para que seja reduzida a entrada de novos profissionais no mercado de trabalho. A avaliação desses conselhos será um dos aspectos analisados pelo MEC (Ministério da Educação) para reconhecer o curso. Outro ponto importante são as avaliações no Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), que examina o desempenho dos estudantes por meio de uma prova (o Enade), além das condições dos cursos e das instituições. “Até então, os conselhos agiam um pouco apenas na autorização dos cursos. Queremos chamar a sociedade, por meio desses órgãos, para definir se o curso tem relevância e qualidade para continuar existindo”, disse Haddad. As faculdades, para começarem um curso, precisam pedir autorização ao MEC. No meio do curso, elas devem solicitar o reconhecimento --só assim os diplomas dos alunos terão validade. Se o reconhecimento for concedido, os pedidos de renovação devem ser analisados pelo MEC a cada três anos --os conselhos profissionais também atuarão nessas etapas. A medida vale para todas as profissões regulamentadas por lei. O vice-presidente da Abmes (associação das mantenedoras das universidades particulares), Antonio Carbonari Netto, critica a medida. “Os conselhos, por lei, precisam fiscalizar os profissionais, não os formandos. Os instrumentos que eles têm não são melhores que os do MEC”, afirmou. “Claro que há a possibilidade de haver protecionismo.” Legislação
O decreto publicado visa unificar e tornar mais clara a regulação do sistema superior no país. Com a medida, Haddad afirma que irá revogar 40 portarias que tratam do tema. Um dos pontos abordados é a regulamentação do Sinaes. Com isso, uma instituição que tenha avaliações ruins, e não melhores, poderá ser fechada. “Até então, isso não poderia ser feito. Temos casos de cursos constantemente mal avaliados no antigo Provão que continuaram funcionando”, disse Haddad. Fabio Takahashi Folha de S.Paulo 11/05/2006 Farra na abertura Um grande passo dado na direção de controlar a farra da abertura e a manutenção de cursos superiores sem condições alguma de funcionamento. Considero esta medida um aperfeiçoamento do SINAES e também a correção de uma injustiça produzida em 1997, quando o governo FHC aniquilou com a embora restrita, porém necessária e socialmente justificável, capacidade de intervenção dos Conselhos na qualidade da formação dos futuros profissionais que deverão fiscalizar. Vivemos um momento muito importante para o futuro das nossas profissões, o sistema COFFITO/CREFITOs, em relação a esta questão, em plena sintonia com a ABENFISIO e demais entidades representativas, devem unir os esforços para qualificar a participação e a capacidade de intervir no processo de avaliação do SINAES. A idéia dos docentes de uma categoria profissional, de um dia, lá em 1999, iniciar a construção de uma entidade de ensino da fisioterapia, em função da relevância do momento atual, mostra que aquela iniciativa não poderia ter sido mais feliz. A oficialização da inclusão da contribuição dos Conselhos para o SINAES legitima e reforça todas as iniciativas já tomadas por esses órgãos de controle social. Proponho que a partir dos estudos e posições conjuntas encaminhadas ao MEC, adotemos uma listagem dos cursos não re-
comendados com base em critérios pré-estabelecidos e alguns já bastante discutidos e pontuados nos eventos e documentos da ABENFISIO. Se no passado tínhamos legitimidade para faze-lo e não fizemos, hoje temos também a até então questionável legalidade. A luta pelo mínimo das 4.500 horas acaba de ganhar um grande reforço. Dr. Marcelo Sidney Gonçalves São Paulo Justiça Pelo direito a livre expressão, participação e militância nas causas justas, oportunas e compromissadas. Punição excessiva TST reduz reparação por dano de R$ 453 mil para R$ 50 mil A fixação do valor da indenização por dano moral decorrente da relação de emprego deve observar os critérios da proporcionalidade e da razoabilidade, previstos no artigo 5º, inciso V, da Constituição Federal. Com esse entendimento, a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação por dano moral, mas reduziu o valor da reparação de R$ 453 mil para R$ 50 mil. A Turma acompanhou o voto do relator, juiz convocado Walmir Oliveira Costa e acatou parcialmente Recurso de Revista à Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo - Supero. A informação é do site do TST. “A função reparatória da indenização por dano moral tem como finalidade oferecer compensação à vítima e, assim, atenuar o seu sofrimento, recaindo em montante razoável do patrimônio do ofensor, de tal modo que ele não persista na conduta ilícita”., explicou o relator. A controvérsia judicial teve início em fins de 1998, após demissão de uma fisioterapeuta contratada pela Supero em maio de 1997 para exercer a função de professora assistente III, com salário de R$ 1,2 mil. Ela foi demitida por justa causa sob o argumento de negligência. O estabelecimento de ensino afirmou que a professora não desenvolveu trabalhos de pesquisa nem elaborou estudos científicos. Também foi
alegada desídia, indisciplina e insubordinação por parte da trabalhadora. A 8ª Vara do Trabalho de Campinas (São Paulo) apurou a inexistência de uma conduta profissional que se enquadrasse em qualquer das hipóteses legais para a demissão por justa causa. Para a primeira instância, os depoimentos recolhidos apresentaram o contrário. Testemunhas disseram que a empregada era assídua, respeitada, competente, de bom relacionamento com seus alunos. A defesa da fisioterapeuta atribuiu a demissão imotivada ao fato da profissional ter opinado contrariamente, em agosto de 1998, à diminuição da carga horária de seu curso e ao aumento do número de alunos nas salas de aula. A primeira instância descaracterizou a justa causa e condenou o instituto de ensino ao pagamento de verbas trabalhistas e de indenização por dano moral, arbitrada em 3 mil salários mínimos, correspondente a R$ 435 mil. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas). “Há que se levar em conta, na hipótese, que outros empregados na mesma situação foram dispensados sem justa causa, o que evidencia o tratamento discriminatório por parte do empregador”, registrou o acórdão, que considerou “injustificável” a demissão. No TST, Walmir de Oliveira confirmou os reflexos danosos da demissão por justa causa com base nas provas colhidas nos autos. O relator discordou, contudo, do valor fixado para a reparação da trabalhadora. Ele considerou a cifra excessiva e afastada do aspecto de reparação e sanção do dano moral, “o qual deve ser arbitrado sem desprezo à razoabilidade”. Com base na legislação, Walmir Oliveira reduziu a indenização. “O montante em dinheiro que mais se adeqüa ao dano moral sofrido pela professora deve ser arbitrado em R$ 50 mil, o que corresponde a, aproximadamente, 40 vezes o valor dos proventos por ela auferidos no último mês de trabalho”, concluiu o relator. Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2005 www.novafisio.com.br • 51|2006 •
turbilhão | clipping - leia nosso clipping atualizado diariamente no site www.novafisio.com.br Cariocas têm um colega em quem votar A Revista Fisio&terapia apóia a candidatura do colega Eduardo Moreno Quem conhece o nosso colega Eduardo Moreno apóia a sua candidatura para deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Exemplo de profissional e amigo de tantos e que com certeza estará nos representando nesse segmento de que tanto precisamos. Eu apóio! Apóio inclusive o voto “válido” com renovação “total”.
Perfil dos cursos de saúde no Brasil
Bumbum Bumbum gordo atrapalha injeções, diz estudo Uma pesquisa irlandesa acaba de demonstrar que a obesidade, e com ela o crescimento das nádegas está prejudicando a medicação de pacientes. Segundo estudo realizado com 50 pessoas em Dublin, apenas 32% das injeções aplicadas nas nádegas atingiram o tecido muscular. O problema é mais grave entre as mulheres: das 25 injeções, 23 falharam. Os dados foram mostrados em reunião da Sociedade Radiológica da América do Norte. FONTE: FOLHA DE SAO PAULO, 29/11/05
Filé Rides Again Guga não joga Roland Garros e contrata ex-fisioterapeuta de Ronaldo
Ministério traça perfil dos cursos de saúde no Brasil Os ministros da Saúde, Saraiva Felipe, e da Educação, Fernando Haddad, divulgaram, em Brasília, um estudo que mapeou a trajetória dos 14 cursos da área da Saúde entre 1991 e 2004. A iniciativa, inédita no país, vai subsidiar a formulação de uma política nacional de formação de profissionais do setor que pretende adequar os cursos ao principal desafio do Sistema Único de Saúde (SUS): prestar uma assistência universal e integral à população. A evasão no curso de medicina é menor entre estudantes de baixa renda do que entre os demais. Dos estudantes que ingressam neste curso no país, 8,8% têm renda familiar de até três salários mínimos. Já entre os concluintes, a porcentagem é maior: 10%. Este é o único caso, nas 14 áreas da saúde, em que a porcentagem de concluintes de baixa renda é maior que a de ingressantes. O curso de medicina também é o único em que as instituições públicas superam as privadas no número de estudantes matriculados. O ministro Saraiva Felipe considera que a análise construída coletivamente no meio acadêmico, por docentes qualificados e reconhecidos, gera uma reflexão sobre a importância dessa articulação entre a política educacional e a política de saúde do país. Para o ministro Fernando Haddad, o trabalho permitirá ao país avaliar e pensar políticas públicas que atendam às demandas da saúde, como o combate às desigualdades regionais. Na relação concluinte (nos cursos de saúde) por habitante, as regiões Sul e Sudeste apresentam os melhores índices na maioria dos casos, enquanto as regiões Norte e Nordeste os piores. Em 2004, no curso de medicina, a média nacional foi de um concluinte por 19.179 habitantes. No Norte, é de um por 40.884 habitantes, enquanto no Sudeste cai para um concluinte por 13.481 habitantes.
Gustavo Kuerten, 29, confirmou em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, que ficará fora de Roland Garros pela primeira vez desde 1996 e que irá apelar para o tratamento do fisioterapeuta Nilton Petroni, o Filé, para livrar-se de dores no quadril. Na minha história, considero esse o caso mais difícil que vou pegar, até pelo tempo que ele está com esse problema. Agora, se me perguntar se eu acredito [na recuperação], acredito. E tenho certeza absoluta que ele voltará a ser o que era antes. Mas de onde vem essa certeza, eu não sei Nilton Petroni, “o Filé”. Petroni ganhou bastante notoriedade ao tratar do craque brasileiro Ronaldo e o recuperar a tempo de disputar a Copa do Mundo de 2002, quando o avante deu a volta por cima na carreira, conquistando o pentacampeonato e sendo o artilheiro do Mundial. Filé tratou do joelho machucado do atacante Ronaldo em 2000, no Rio de Janeiro Entretanto, o tenista se agarra no otimismo do fisioterapeuta e no exemplo de Ronaldo para acreditar que voltará a jogar o seu melhor tênis. “Tenho referências excelentes dele [Filé]. A maior de todas o caso do Ronaldo. Preciso de uma pessoa que tenha o costume de lidar com esse tipo de situação. Isso me passa certeza de que vou conseguir retornar bem”, disse o brasileiro. No entanto, apesar de se mirar em Ronaldo, Gustavo Kuerten não chegou a falar com o ídolo dos gramados para pegar referências sobre Nilton Petroni e sua recuperação em 2002. Mas, de acordo com o tenista, ambos ainda irão conversar muito no futuro. “Não cheguei a falar com o Ronaldo, mas sem dúvida ele foi a grande influência que eu tive. Ele teve uma superação incrível e dedicação extrema. Tomara que eu saia dessa e possa agradecer ao Filé e conversar com o Ronaldo sobre dois casos de sucesso”, disse Guga.
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA DO MINISTERIO DA SAUDE.
FONTE: EDUARDO PEIXOTO ESPECIAL PARA O UOL ESPORTE
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turbilhão | frases, coluna social “A reação dos médicos soa como uma tentativa de reserva de mercado, corporativismo e monopólio da cura” [Dr. Marcio de Luna, sobre o insistente desejo dos médicos na exclusividade da acupuntura]
“Ninguém conhece mais de biomecânica que o fisioterapeuta”. [Dr. Luis Guilherme Barbosa]
“Hoje, provavelmente, a maioria dos fisioterapeutas empregados exercem a função de professor. Gostaria muito de estar errado, por favor, me corrijam”.
[Dr. Jefferson Lemos Catunda]
“Quem sabe você não está se privando da boa experiência de compartilhar com sua esposa suas fantasias com a fisioterapeuta? Pois poderia ser eventualmente surpreendido ao ouvir as que ela nutre junto ao seu ginecologista!.” [Dr. Roberto do Nascimento, em resposta a infeliz crônica do jornal Diário da Manhã. Veja crônica na pág.30]
Foi um sucesso o XIV Fórum Nacional de Docentes em Fisioterapia, realizado em João Pessoa, Paraíba, de 31 de maio a 03 de junho de 2006. A coordenação do Fórum deu continuidade ao processo deflagrado pela Diretoria da Abenfisio da mais ampla democracia interna, em meio a extensos e proveitosos debates. Uma das deliberações por unanimidade da ABENFISIO, no sentido de fazer gestões ao INEP/MEC, foi a seguinte: “A ABENFISIO recomenda que nos cursos reconhecidos e que tenham posteriormente diminuído a carga horária, que estas turmas com menor carga horária não venham a ser reconhecidas pelo INEP/MEC.” Além disso, que conste no parecer final da avaliação dos cursos que não tenham as 4.500 horas deliberadas pela Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia, uma nota de que o referido curso não contempla a recomendação da ABENFISIO. Por: Rivaldo Novaes
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entrevista | Ernani Moraes
Leia também as entrevistas de Herbert Vianna, Lars Grael, Luciana Gimenez, Marcus Menna, Nalbert em nosso site.
Ernani Moraes por
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Marcos Alves
Nesta edição tivemos a oportunidade de entrevistar, e melhor que isso, conhecer Ernani Fernandes Moraes. Ele com sua voz alta, e risadas contagiantes, nos concedeu esta entrevista onde nos fala um pouco de seus trabalhos e da fisioterapia em sua vida. Revista Fisio&terapia – Você é carioca ou apenas mora no Rio? Ernani Moraes - Sou natural de Recife-PE, nasci em 23 de maio de 1956. Sou Geminiano, tenho uma filha “Bia” Beatriz de 21 anos que estuda psicologia no IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação), meu pai é bancário do Banco do Brasil e por isso viemos pro Rio. F&T – Com que idade você veio para o Rio? EM - Com um ano de idade eu vim pro Rio de Janeiro e até brinco que no Rio eu sou eternamente pernambucano, sou nordestino, e quando vou pra Recife sou eternamente carioca então eu não sou de lugar nenhum. Fui criado aqui na rua Sá Ferreira, sempre fui ligado aos esportes vinculados à praia, mar, peguei onda, joguei futebol de areia, soltei pipa, frescobol, nas ondas eu usei madeirite, prancha de isopor, surfei na prancha de fibra, tudo isso eu fiz. F&T – Você também foi atleta? EM - Sim, fiz natação na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) um clube que tem ali na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, fui atleta por quase 10 anos. Já representei a Seleção Brasileira, e carioca, já fui para Argentina representando uma categoria do juvenil. F&T – Ator, atleta, surfista, você já foi tudo isso. Chega ou tem mais?
EM – Tem mais, também sou físico, fiz Física na Ilha do Fundão na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Sou professor de física e dei aula por 10 anos no segundo grau.
na novela Torre de Babel, fiz “Tonho” em Memorial de Maria Moura, fiz também o “Quebra Queixo” em Como uma Onda, e mais várias participações em vários programas da Globo.
F&T – Com tudo isso onde sobrou tempo para ser ator?
F&T - Agora falando da Fisioterapia na sua vida, como foi o seu contato com a fisioterapia?
“Sou um ator que começou a fazer televisão aos 40 anos, porque sou um cara muito feio” EM - Concomitante a isso tudo eu fiz teatro. Quando eu tinha 18 anos, junto com o Eduardo Tolentino, que é o diretor do grupo TAPA um grupo de teatro muito conhecido, comecei a fazer teatro amadoristicamente e passei pela via crucis de todo ator iniciante, fazendo teatro infantil nos fins de semana. Quando eu tava com 27 anos apareceu uma oportunidade de ir para São Paulo com o grupo. Lá eu fiquei por 12 anos fazendo teatro direto, sem parar, fiz clássicos, Shakespeare, Moliére, Maquiavel, Ibsen, e também nacionais como Nelson Rodrigues, José Wilker, Plínio Marcos... foram várias peças. F&T – E a televisão? EM - Sou um ator que começou a fazer televisão aos 40 anos, porque sou um cara muito feio. A televisão só veio pra mim quando entraram os papéis dos pais onde a beleza não era importante. Eu já tinha mais ou menos esta previsão e graças a Deus hoje em dia estou fazendo muita televisão. Eu fiz o “Boneca”
EM - Quando eu era nadador da AABB eu era fundista e nadava 400mts livre onde obtinha meu melhor tempo, ali eu comecei a ter contato com os profissionais da fisioterapia que juntamente com os preparadores físicos me faziam os alongamentos, me orientavam nos aquecimentos, só isso. A fisioterapia mesmo eu vim conhecer agora depois de velho, porque eu gosto muito de motocicleta e tenho uma Super Ténéré 750 da Yamaha, uma
moto muito bacana, muito boa, mas quem conhece motocicleta sabe que é uma moto muito pesada, muito grande, tem um tanque que cabem quase 22 litros de gasolina e por isso fica ainda mais pesada. Quando ela tomba de lado precisa de duas pessoas pra pôr ela de volta em pé, e por isso eu tenho um “carimbo” desta paixão por motos em meus dois joelhos. No primeiro tombo, lesionei o joelho direito, perdi um pedaço do menisco e rompi o ligamento cruzado anterior. Isso foi há oito anos atrás e fiz meu tratamento
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“Já da segunda vez foi um fisioterapeuta homem e graças ao bom Deus não me apaixonei por ele é claro”
todo na ABBR - Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, no Rio de Janeiro. Aí então eu considero o meu primeiro contato
EM - Uma coisa que me enchia muito o saco, era quando eu chegava na fisioterapia e estava muito cheio, e aí além de você já ter um
eu tenho uma sobrinha que estuda fisioterapia também e vocês estão de parabéns. Um grande abraço a todos.
com a fisioterapia. Eu fiz uma cirurgia e meu joelho não dobrava, então a fisioterapia foi pra voltar a ter amplitude de movimento normal e em um ano eu já estava bom. Há cinco anos atrás, em um outro tombo eu bati com o joelho esquerdo e tive um afrouxamento dos ligamentos. Desta vez eu encarei a fisioterapia por menos tempo. Foram precisos apenas quatro meses de tratamento, fiz disciplinadamente, três vezes por semana. Hoje em dia os dois joelhos estão bem. Eu sinto que tenho uma leve deficiência, mas posso fazer quase tudo. Não posso mais jogar futebol em campo irregular, mas correr no calçadão na beira da praia, ou qualquer lugar com superfície plana eu posso encarar. Em superfícies irregulares, esportes como futebol de areia, corrida, etc... só na próxima encarnação quando Deus me der dois joelhos novos.
atendimento que demora às vezes uma hora, você ainda tinha que esperar mais uns 40 minutos pra ser atendido e isso realmente era ruim. Eu recomendo que as pessoas definam os horários certinhos porque é maravilhoso quando você chega na fisioterapia e já é atendido imediatamente. Outra coisa é que a gente durante o tratamento estabelece um vinculo muito bacana com o fisioterapeuta porque a gente fica às vezes muito tempo fazendo a fisioterapia, no meu caso eu fiquei um ano da primeira vez, era Dra. Flávia o nome dela, ela foi muito legal, ficamos muito amigos, quase me apaixonei por ela até porque o fisioterapeuta vira quase também o nosso terapeuta. Já da segunda vez foi um fisioterapeuta homem e graças ao bom Deus não me apaixonei por ele é claro (risos), mas foi muito bacana também e me tratou muito bem. A fisioterapia foi muito importante na minha vida e é uma coisa que às vezes a gente não dá a devida importância. Parabéns pela escolha da profissão,
Você Sabia? Os ligamentos cruzado anterior (LCA) e posterior (LCP) estão tensos praticamente em todos os movimentos do joelho. As lesões mais freqüentes envolvem o LCA. As técnicas de reconstrução ligamentar (ligamentoplastias) são freqüentes e que os componentes proprioceptivos são danificados. Um programa abrangente de reabilitação não deve desprezar o componente de controle neuromuscular, necessário para a estabilidade articular. Para realizar um tratamento eficiente se faz necessário incluir no tratamento o trabalho proprioceptivo. Definindo, “propriocepção é considerada uma variação especializada da modalidade sensorial do tato e engloba as sensações de movimento articular (cinestesia) e de posição articular (sentido de posição articular)”. As propriocepções conscientes e inconscientes, respectivamente, são essenciais para o funcionamento articular nos desportos e em outras atividades diárias.
F&T – Para encerrar, qual a dica que você tem para os leitores da Revista Fisio&terapia?
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Géssica Karime Goulart de Moraes Karime
Estudo comparativo por meio do método de varredura e galvanopuntura no tratamento de estrias albinas INTRODUÇÃO O Fisioterapeuta é o profissional capaz de avaliar o paciente, estabelecer as etapas do tratamento, selecionar e quantificar os recursos, métodos e técnicas apropriadas a cada caso. Ao observarmos os recursos utilizados na estética atual, verificamos que a fisioterapia domina tais recursos, tanto no aspecto teórico como no prático. Surgindo então a fisioterapia aplicada à estética, hoje denominada Fisioterapia Dermato-funcional, que tem por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos através da prevenção, promoção e recuperação do indivíduo no que se refere aos distúrbios endócrino-metabólicos, dermatológicos, circulatórios e/ ou musculares (GUIRRO e GUIRRO, 2002). A pele estriada apresenta modificações nas fibras colágenas, na substância fundamental amorfa e nos fibroblastos (ARAÚJO e MORENO, 2003, GUIRRO e GUIRRO, 2002), e caracterizam por lesões dérmicas comuns de significante preocupação estética (MACDANIEL, 1999). A patogenia das estrias relata mudanças nas estruturas da pele (WATSON, 1998), sendo então, definidas como atrofias cutâneas lineares que se formam quando a tensão do tecido provoca uma lesão do conectivo dérmico, ocasionando uma dilaceração das malhas. A perda da elasticidade e da compactação ocasiona precisamente uma lesão (ARAÚJO e MORENO, 2003; VENTURA e SIMÕES, 2003; SANTOS e SIMÕES, 2003). Guirro e Guirro (2002), utilizando a corrente contínua filtrada constante, abriram uma nova perspectiva no tratamento de estrias, sendo
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que a corrente Galvânica atua como uma boa alternativa nos tratamentos faciais e em estrias, e Rusenhack (2004) relata que a corrente atua sobre as proteínas que se encontram dispersas na substância fundamental do tecido conjuntivo da derme, uma vez que, o estímulo físico da agulha, somado a alcalose ocasionada no pólo negativo da corrente contínua, que desencadeia segundo Santos e Simões (2003) uma inflamação aguda seguida do processo de reparação, cujo objetivo é restabelecer de forma satisfatória a integridade da pele. Uma vez iniciado o tratamento, os primeiros sinais de regeneração podem ser o nivelamento das estrias em relação à pele normal, alteração da coloração, aumento da sensibilidade dolorosa ao tato e desaparecimento da estria (aspecto macroscópico) (VENTURA, SIMÕES, 2003), decorrente de um acentuado aumento de fibroblastos jovens, uma neovascularização e um retorno da sensibilidade dolorosa e, como conseqüência, uma grande melhoria no visual da pele, ficando próxima ao aspecto normal (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Em suma, o estímulo físico da agulha, associado ao estímulo da corrente, desencadeia, uma resposta inflamatória aguda e localizada, conseqüentemente, um processo de reparação tecidual (VENTURA e SIMÕES, 2003), com consequente fechamento das estrias. MATERIAL E MÉTODO Indivíduos Foram voluntários nesse trabalho 4 indivíduos (n = 4), sendo 2 do sexo masculino (n = 2) e dois do sexo feminino (n = 2), raça branca, faixa etária entre 15 a 25 anos, obtendo-se uma média da idade de 20 anos, com presença de estrias brancas em região lombossacra e/ou glútea e não praticantes de atividade
física , dietas alimentares e uso de corticóides. O prosseguimento deste trabalho ocorreu posteriormente à aprovação do Comitê de ética e Pesquisa da UNESPRio Claro, número do protocolo 2146. Grupos de tratamento Os indivíduos foram tratados de forma comparativa através do método de Galvanopuntura (grupo G) e Varredura (grupo V), ou seja, em cada grupo, os quatro indivíduos receberam tratamento por 5 sessões, por meio das quais cada indivíduo recebeu o tratamento com G em um quadrante com presença de estria e V em outro quadrante. Para tanto, utilizou-se um molde vazado de 21 cm2 e 8 cm de diâmetro (Figura 1) com o intuito de delimitar melhor a área tratada para posterior análise clínica e descritiva. Figura 1 – Foto do molde vazado utilizado para demarcação da região contendo estrias albinas Antes da aplicação de ambos os métodos, os indivíduos foram submetidos a uma avaliação por meio de uma ficha pré determinada e adaptada de GUIRRO e GUIRRO (2002) , e a todos os voluntários tomou-se o cuidado de orientá-los quanto aos riscos e benefícios da participação da pesquisa. 3.3. Corrente Contínua Filtrada Foi utilizado um aparelho de micro corrente contínua (Galvânica), modelo Striat® (IBRAMED – Indústria Brasileira de Equipamentos Médicos - Ltda), o qual possui intensidade de corrente de 0 a 400 micro-ampéres (mA),
calibrado na respectiva indústria fornecedora. Para a aplicação do Striat®, foi utilizado um eletrodo ativo especial (negativo), o qual consiste de uma fina agulha sustentada por um eletrodo do tipo caneta. A cada início de tratamento a agulha foi esterilizada com álcool a 70% e a área estimulada submetida à limpeza com soro fisiológico. A aplicação dos métodos foi realizada com a intensidade de 150mA, sendo na Galvanopuntura (G), paralela à pele, sobre toda a extensão da estria. Na Varredura (V), a fina agulha foi utilizada através de deslizamento superficial sobre toda extensão da estria, de forma a promover o efeito mecânico e fisiológico na região aplicada. Cada paciente teve uma agulha individual, imersa em líquido esterilizante, não oxidante, a fim de se evitar contaminação, sempre antes e depois da aplicação. O terapeuta teve como cuidado pessoal o uso de luvas descartáveis a cada aplicação. Após a aplicação, os indivíduos foram orientados sobre os cuidados a serem tomados com a área tratada pela G e V. O tratamento com Striat® ocorreu sempre no mesmo dia da semana, com intervalo de 7 dias entre cada sessão (ARAÚJO e MORENO, 2003). O tempo de aplicação não foi exato, pois dependeu do andamento da sessão e do número de estrias por quadrante (VENTURA e SIMÕES, 2003). Houve a preocupação de esclarecer aos indivíduos o risco de aparecimento de quelóide após o tratamento com uma das técnicas, sendo também relatada no TCLE, por serem os dois métodos uma forma agressiva ao local e que exacerba o processo inflamatório devido efeitos mecânicos e fisiológicos, o que dependerá da resposta inflamatória de cada voluntário. 3.4. Análise clínica e descritiva dos resultados As estrias tratadas foram registradas através de análise clínica e posteriormente análise descritiva mediante a observação sempre antes de uma nova aplicação, sessão a sessão, da evolução do tratamento por meio de uma ficha de controle estabelecida pelo grupo de pesquisa e adaptada segundo Di Pierro et al.
(2003). Foram considerados da avaliação clínica, características da fase inflamatória, que possibilitaram a evolução e visualização do fechamento das estrias, tais como: hiperemia, edema local, alteração de coloração, sangramento, aumento da sensibilidade dolorosa, sinais de epitelização, fechamento da estria, nivelamento da pele e aspecto normal da pele. RESULTADOS Após a primeira sessão de aplicação, todos indivíduos apresentaram hiperemia com edema local e coloração avermelhada das estrias tratadas tanto na G como na V. Indivíduo 1: ao ser tratado pela G , apresentou aumento da sensibilidade dolorosa logo na 2ª sessão de aplicação, na 3ª e 4ª sessões observou sinais de epitelização. O fechamento da estria esteve presente na 4ª e 5ª sessões de G. Na V, o mesmo indivíduo apresentou sinais de epitelização na 2ª sessão, sangramento a partir da 3ª sessão e fechamento da estria entre a 4ª- 5ª sessões. Indivíduo 2: apresentou no tratamento com G semelhança com o indivíduo 1, tendo referido a mesma sensibilidade dolorosa durante todo tratamento e as estrias tratadas após a 5ª sessão estarem mais niveladas com a pele e com aspecto próximo do normal. No método V, notou-se uma diminuição da hiperemia e do edema local logo na 2ª sessão, sangramento a partir da 3ª sessão e fechamento das estrias entre 4ª- 5ª sessões. Também nesse método a paciente não referiu aumento da sensibilidade dolorosa. Indivíduo 1’ : apresentou uma melhor resposta a G , visto que na 2ª sessão já apresentou fechamento da estria, na 3ª sessão nivelamento da estria com a pele e na 5ª sessão aspecto normal da estria. Porém, na V só ocorreu fechamento da estria na 4ª - 5ª sessões. Indivíduo 2’ : também apresentou melhores resultados no método de G , já que na 3ª- 4ª sessões já se observou fechamento da estria e na 5ª nivelamento da estria com a pele normal. No tratamento com V, o fechamento da estria foi observado entre 4ª- 5ª sessões.
DISCUSSÃO Dentro da prática clínica da fisioterapia, a terapia com corrente G, é um recurso terapêutico utilizado para promover analgesia, visto que, o aparelho possui pólos definidos, e por se tratar também de uma corrente irritante, essa mesma terapia, tem sido utilizada recentemente em tratamentos estéticos (GUIRRO e GUIRRO, 2002, RUSENHACK, 2004), por isso foi eleita como a forma de tratamento empregada nesse trabalho. Observa-se que a aplicação dessa corrente tem um grande efeito polar imposto aos tecidos, e conseqüentemente, induz a uma inflamação aguda evidenciada pela hiperemia e edema local (GUIRRO e GUIRRO, 2002), resultados observados também após a primeira aplicação do tratamento através dos métodos de G e V. A escolha da intensidade de 150 mA, foi eleita por apresentar nesse estudo com G e V resultados realmente eficazes quanto ao fechamento das estrias. Uma vez que foram necessárias apenas 5 sessões de aplicação dos dois métodos para que se obtivesse resultados clínicos satisfatórios, principalmente quando comparado ao estudo de Araújo e Moreno (2003), no qual os resultados foram obtidos somente após 10 sessões de G com intensidade entre 70 a 100 mA. Mesmo contrapondo os parâmetros dos autores mencionados acima, foi possível observar que nos grupos tratados com o método de G, a intensidade de 150mA promoveu maior eficácia no fechamento das estrias logo na 3ª sessão de tratamento no sexo masculino e na 4ª sessão no sexo feminino. Esse resultado é justificado pelo fato do processo de reparo tecidual tratar-se de um processo altamente dinâmico (DYSON e SUCKLING, 1978) e que a intensidade utilizada neste trabalho abreviou o processo inflamatório e consequentemente a epitelização e fechamento das estrias. No entanto, é importante lembrar que o tratamento das estrias dependerá da fase em que a lesão da pele se encontra (RUSENHACK, 2004), neste trabalho, observou-se que independente da fase em que se encontravam as estrias
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artigo | estrias, corrente galvânica filtrada, galvanopuntura, varredura albinas, quanto às causas, tempo de aparecimento, o método G demonstrou eficácia, diferentemente do Laser terapêutico assim como outros recursos utilizados na fisioterapia demonstrarem eficácia, porém melhor em estrias rubras e com um número maior de sessões. A duração do tratamento teve uma variação com respeito a cada resposta individual, e o intervalo estabelecido entre as sessões foi de 7 dias, pois Araújo e Moreno (2003) relatam que não se deve efetuar nova sessão até que o quadro de hiperemia e edema local tenha desaparecido por completo. Desse modo, procedeu-se neste trabalho o mesmo cuidado, o que demonstrou ser eficaz esse intervalo de tempo entre uma sessão e outra. Por meio dos resultados da análise do trabalho realizado por Silva et al. (1999), detona-se a importância da avaliação prévia ao tratamento e os fatores que interferem diretamente no resultado do tratamento com a G. Ainda de acordo com esse estudo, foi aplicada a ficha de avaliação, antes da 1ª sessão de tratamento com ambos os métodos, contendo todos os fatores pré - determinantes dos resultados do tratamento com corrente Galvânica contínua filtrada. Com respeito a epitelização das estrias, foi efetuada uma avaliação a partir da análise clínica do fechamento da pele após as sessões de tratamento, através de uma ficha de controle estabelecida pelo grupo de pesquisa e adaptada por Di Pierro (2003). Tal observação foi feita após todas aplicações e nos dias subseqüentes, levando-se em consideração hiperemia, edema local, sinais de epitelização, alteração da coloração da pele, nivelamento das estrias em relação à pele normal, aumento da sensibilidade dolorosa e o desaparecimento da estria (epitelização). Quanto à eficiência da eletroterapia em tratamentos estéticos, suas respostas são positivas, segundo Rusenhack (2004) e, quando associada a milenar técnica chinesa de acupuntura, o objetivo final é realmente surpreendente, pois ambos métodos utilizados de corrente Galvânica proporcionaram o fechamento das estrias, sendo o mais eficaz o método de G, como constatou-se no presente trabalho. Tsuji et al. (1988), em seu estudo sobre estria através do escaneamento com microscópio eletrônico, afirma que as fibras elásticas finas predominam em lesões iniciais, enquanto que fibras elásticas espessas são predominantes em lesões mais antigas. É sugerido, então, que as fibras elásticas são novamente sintetizadas, aumentando o número de fibroblastos que sintetizam a enzima colagenase, e, conseqüentemente, há o remodelamento do colágeno, o que provavelmente ocorreu nos grupos tratados com G, onde houve o fechamento das estrias com o aspecto normal do tegumento. Na verdade, estudos preliminares mostraram que, através da utilização da corrente contínua 14 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
filtrada constante, ocorre um acentuado aumento do número de fibroblastos jovens, uma neovascularização e o retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica, e, por conseguinte, uma grande melhora da pele, a qual recupera um aspecto mais próximo do normal (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Assim, como constatado nesse trabalho, já na 2ª sessão de G, pode-se notar o aumento da sensibilidade dolorosa, sinais de epitelização e fechamento da estria, por outro lado, por intermédio do método de V, o retorno da sensibilidade dolorosa foi notado apenas na 3ª sessão e o fechamento da estria na 4ª e 5ª sessões. Faz-se necessário ressaltar, portanto, que após aplicação da corrente G, estrias mais visíveis, edemaciadas e hiperêmicas se evidenciaram, e a remodelação do colágeno foi notória logo após a 1° sessão de tratamento com G. Em contra partida, no estudo de Michel (2003), a eficiência da remodelação do colágeno através do laser pulsado 585nm é controversa, já que são necessárias para obtenção de resultados de 3 a 4 sessões e, acima de tudo, 10% dos pacientes não apresentam absolutamente nenhuma resposta de epitelização. Segundo McDaniel (1999), o uso de laser associado ou não com outras modalidades terapêuticas pode promover uma redução efetiva e segura na aparência tanto de estrias rubras com albas. Entretanto, em estudo com o laser 585nm, obteve-se uma resposta clínica moderada na redução de estrias rubras e nenhuma mudança clínica aparente em estrias albas (GLORIA et al. 2003). Os dados, acima mencionados, confirmam a eficácia do tratamento por meio da corrente Galvânica contínua filtrada, sendo outro recurso, como o laser, ainda questionável quanto aos resultados, uma vez que estudos clínicos controlados das várias modalidades disponíveis de tratamento para estria são incomuns, e a maioria dos dados clínicos não é fidedigna (MCDANIEL, 1999). Assim, com o intuito de promover a interação entre célula e matriz e proporcionar os efeitos terapêuticos ao processo de reparo no tratamento de estrias, recursos como laser, corrente Galvânica contínua filtrada, medicamentos de uso tópico e massoterapia têm sido utilizados, todavia, as referências científicas nacionais, principalmente no estudo de tratamento de estrias com G e V, são escassas, sendo a literatura internacional, na maioria, relacionada com a utilização do laser terapêutico (NOURI et al. 1999, MICHEL, 2003, GLORIA et al. 2003, JIMENEZ et al. 2002, MACDANIEL, 1999, KEYVAN et al. 1999, NOURI et al. 1999, ALSTER, 1997). Os primeiros sinais de regeneração, avaliados no presente trabalho, como indicadores da melhora das estrias através do processo de reparação, foram alteração de coloração e nivelamento da estria, uma vez que, a presença desses indicadores comprova a resposta
do tecido ao estímulo elétrico da corrente Galvânica filtrada que promove um aumento de fibroblastos jovens associado a uma neovascularização e remodelamento do colágeno (ARAÚJO e MORENO, 2003), cujos efeitos nas estrias tratadas com G e V foram, comprovadamente, observados pela alteração gradativa da coloração da estria que se tornou mais avermelhada, evoluindo para a epitelização e, conseqüentemente, um aspecto normal da pele. Quanto às estrias albas tratadas no presente estudo, observou-se alterações clínicas as quais apresentaram como resposta à G uma melhora acentuadamente maior na aparência clínica logo após a primeira sessão de tratamento, em relação ao método de V. Todos os indivíduos tratados, por esse método, apresentaram leve hiperemia e edema local, formação de tecido de granulação (proliferação de fibroblastos), alteração de coloração da pele (avermelhada), aumento gradativo da sensibilidade local e nivelamento da estria com a pele normal (fechamento da estria). Foi acentuadamente maior a evolução do tecido epitelial sobre as estrias nos indivíduos tratados por intermédio da G, em relação à V. Por outro lado, os indivíduos tratados pelo método de V também apresentaram grande hiperemia, edema local, formação de tecido de granulação, leve alteração de coloração da pele (moderadamente branca), grande aumento da sensibilidade dolorosa e por fim, epitelização, porém sem o efetivo fechamento da estria em relação ao número de sessões estabelecidas nesse estudo. Os resultados por meio da análise clínica descritiva, pele ficha de controle (Di Pierro, et al 2003) , permitiu avaliar a eficácia entre os métodos G e V no tratamentos de estrias albas, sendo um referencial adaptado e cientificamente explorado. Diante disso, não se pode descartar a hipótese de um aumento considerável no número de sessões com aplicação do método V para que haja a obtenção de resultados clínicos tão eficazmente observados no tratamento com G, sugerindo também o levantamento, por meio de futuros estudos científicos, dos resultados comparativos do tratamento entre sexo masculino e feminino. CONCLUSÃO Ao término de 5 sessões, a galvanopuntura apresentou resultados clinicamente significativos em relação ao reparo das estrias, proporcionando o fechamentos das estrias albinas, mesmo estas, no âmbito científico e principalmente clínico, com perspectivas de prognóstico não eficaz quanto à cura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, AMF, MORENO, AM. Tratamento Fisioterápico Dermato – Funcional por estimulação das estrias com corrente Galvânica filtrada. Revista Fisio & Terapia ago - set, 2003; v.7, n.40, p. 31-33. ALSTER, T.S. Laser treatment hipertrofic scars, keloids, and striae. Dermatology Clincal, n.15, v. 5, p. 419-29, 1997. Di PIERRO, R., VIEIRA, C. E.C., GUIRADO, G.N., GIUSTI, H.H.K.D., ZAGUE, V., RIBEIRO, M.C. de A.P., RICCI, G.L., POLACOW, M.L., PIRES-de-CAMPOS, M.S.M. Estudo da ação do Ultra-som terapêutico.
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artigo | eletroterapia
Corrigindo (a tempo) um grande equívoco por
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Dr. Clauton Monte Machado
A corrente Interferencial, nos últimos anos, não teve nenhum tipo de modificação ou avanço, seja nos protocolos preconizados seja nas técnicas existentes e nem mesmo, em novas aplicações/enfermidades. Para piorar esse quadro, pouco a pouco vem ocorrendo a diminuição da sua aplicabilidade terapêutica, talvez pelo surgimento de outras terapias ou até mesmo, pela falta de capacidade científica de muitos de nós. O tempo foi passando, e fez-se necessária uma releitura da sua aplicabilidade terapêutica e de novas perspectivas no que tange a técnicas clínicas, e que, a partir desta preocupação, teve inicio nosso trabalho, culminando com uma nova proposta terapêutica com a Corrente Interferencial Vetorial. Primeira fase: No início, tudo era novidade, estranho e difícil, tanto ao que se refere aos termos, equipamentos, bem como relacionado às técnicas; sem contar com a dificuldade de encontrar literaturas que nos servisse como norte. Mas mesmo assim, continuamos nossa jornada, desbravando esse mundo novo e desconhecido (desconhecido para nós), que apesar das dificuldades, sobrevivemos. Nesta fase, tivemos que nos familiarizar com a parte teórica, seja nas definições, termos, parâmetros, descrições técnicas-científicas, e com as enfermidades tratadas (como e por que tratá-las?). Para piorar a situação, as literaturas disponíveis eram controversas, embora, o que realmente serviu de norte, apesar de tudo, foram os trabalhos de De Domenico. Segunda Fase: Passada a 1ª fase (fase das teorias e teorias!?!), partimos para a parte prática propriamente dita, e aí começaram os problemas, e muitas foram as semanas, em que ficamos debruçados sobre nossas angústias, dúvidas e questionamentos (em relação aos parâmetros do tipo: tempo, slope, spectro, Intensidade em mA, Delta f(v), AMF, aos tipos e graus de intensidades dos diferentes estímulos/sensações (formigamento, vibração, pressão e contração), nas diferentes enfermidades e nas suas diferente fases do processo de reparação celular (hemorrágica, inflamatória, proliferativa e de remodelação,) em diferente locais do mesmo paciente e em diferente pacientes, seja no transcorrer como no decorrer da aplicação/tratamento. Terceira Fase: Nesta fase, já tínhamos adquirido certa experiência, o que facultava-nos o direito para a realização das diversas adequações, dos diferentes parâmetros e de seus diferentes níveis/graus de intensidades, sem contar, com as intercorrências, que aos poucos foram entendidas e contornadas com sucesso. Muitas experimentações, no que diz respeito a parâmetros, foram realizadas, e graças a 16 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
Deus, com sucesso. Muitas respostas surgiam no dia a dia, através de relatos do próprio paciente, e não poucas vezes, durante o sono ou inesperadamente, surgiam, como se tivessem sidas metabolizadas inconscientemente. Quarta Fase: Nesta fase, realizamos a sistematização de todos os resultados obtidos nesses 7 anos de experiências, com a corrente Interferencial Vetorial, tanto no que se refere as observações, relatos dos pacientes no dia a dia, adequações, mudanças e confirmações terapêutica, das técnicas e dos métodos, culminado com uma nova proposta terapêutica. Esta Nova Proposta Terapêutica, com a Corrente Interferencial Vetorial, abrangendo as áreas de: Fisioterapia Desportiva, Ortopédica, Traumatológica e Reumatológica, tem o objetivo de oferecer, a acadêmicos e
“na certa, existem seguidores ou adeptos, que inadvertidamente, difundem informações técnicas equivocadas, vendendo-as como verdadeiras. “ profissionais de Fisioterapia, uma atualização terapêutica, baseada em fatos e experiência clínica prática, desenvolvida nos últimos 7 anos. Trabalho esse, de laboratório/clinico, de 1999 a 2006, onde tratamentos inéditos e revolucionários, altamente satisfatórios, foram desenvolvido, aprimorados e aplicados com sucesso. Como resultado, desses sete anos de estudo, experiências clinicas e observações, tivemos a criação de 90 novos enunciados/definições, 13 técnicas inéditas e revolucionárias, 8 Métodos altamente eficazes com aplicabilidade terapêutica satisfatória para 50 enfermidades, além da mudança radical, do Protocolo preconizado pelas escolas européia e americana, com justificativas. Desta forma, pretendemos preencher esta grande lacuna e corrigir possíveis distorções, proporcionando o real conhecimento cientifico, da eficácia terapêutica, bem como, toda sua gama de aplicabilidade. Embora nova (o que pode ser vista com desconfiança), esta proposta é totalmente segura, até porque, seu fundamento básico, é a estimulação/incrementação do processo fisiológico, da reparação celular e dos demais processos envolvidos com a manutenção das condições vitais celulares, em todos os níveis. Com a familiarização des-
sas novas técnicas, profissionais e acadêmicos, poderão facilmente comprovar, que elas são fisiologicamente eficazes e cientificamente corretas, E é desta forma que apresentamos esta proposta, e ela tem a pretensão, de resgatar a real importância terapêutica da Corrente Interferencial e corrigir (a tempo) “esse grande equívoco”, visto que, os protocolos existentes, manuais, bem como, literaturas estrangeiras e/ ou traduzidas, muitas vezes apresentam-se defasadas e equivocadas, produzindo com isso, a redução de mais de 50% das informações cientificamente corretas, comprometendo drasticamente, a sua eficácia terapêutica. Atualmente, existe um desânimo acadêmico e profissional, em relação a eletroterapia, que possivelmente seja, pela falta de motivação/informação cientifica convincente, levando-os: ao êxodo eletroterápico. O que está faltando, é bom senso para separar “o jôio do trigo”, até porque, existem trabalhos sérios e profissionais comprometidos com o saber eletroterapêutico, e que vem, ao longo do tempo, contribuindo de uma forma ou de outra, para tentar mudar o quadro. Mas, como somos uma gigantesca família, e vivemos em vários “Brasis”, na certa, existem seguidores ou adeptos, que inadvertidamente, difundem informações técnicas equivocadas, vendendo-as como verdadeiras. Na verdade, não sabemos se são ou não culpados por esta situação!? Bem, se alguém ficar apenas reproduzindo, “pontos e vírgulas”, daquilo que ler ou do que ouvir (sem analisar, discutir, testar e comprovar), certamente corre o risco de parar no tempo e transformar-se (mesmo que tenha habilidade retórica para o convencimento), em um mero contador de histórias. Por outro lado, se alguém, ler, testar, comparar, adequar e modificar, certamente terá maior capacidade e credibilidade para transferir conhecimento, transformando-se, no verdadeiro escritor da história, ou seja, fará parte desta história. Esta proposta, por ser inédita, não possui similar, seja na literatura nacional, como na mundial, e que, além de inovadora é oportuna (embora chegando com um certo atraso), chega, para corrigir esse grande equívoco e resgatar (a tempo), a real importância terapêutica da Interferencial, fazendo com que, não mais sejamos prisioneiros de nossa própria ignorância científica (eletroterapicamente falando, mesmo que não seja intencional) e deixando-nos atentos, para podermos caminhar com nossas próprias pernas, transformando-nos, em sujeitos da história da eletroterapia - Interferencial. Como resultado deste trabalho, criamos, aperfeiçoamos, desen-
volvemos os diversos tópicos, como: A definição de corrente, forma de produção, gráficos, freqüência de modulação de amplitude AMF, freqüência de variação de amplitude AVF, freqüência portadora (2000Hz/ 4000Hz), profundidade de modulação de amplitude, comprovações experimentais dos locais e raios de ação da intensidade, locais endógenos dos efeitos, técnicas básica, técnicas associadas, técnicas incrementadas, adaptada, efeitos terapêutico, indicações, contra-indicações, acomodações, cuidados, observações, Sensações exacerbadas, potencializadas, continuadas, de sonolência, sensação da dor referida, do trigger point, mudança visual edematosa, demarcador clauton, mudança do ponto álgico, intensidades ideal, progressiva, regressiva, freqüências fixas e variáveis, nº de sessões e freqüência das Sessões, tempo, spectros, slope/sweep, técnicas preconizadas (13), desenvolvimento de tratamentos para enfermidades como: Gota, (Cólicas Menstruais Primárias, Enxaqueca - em estudo), Pubalgia, Cisto Sinovial de Anterior de punho sem recidiva de lesão, Síndrome do Túnel do Carpo e Aceleração da reposição de tecido cartilaginoso/ósseo, bem como tratamento para dezenas de outras enfermidades. “A necessidade de adequação de parâmetros, no transcorrer e decorrer do tratamento,
segundo sensações/acomodações referidas, não nos permite o uso de protocolo padrão, e não obrigatoriamente, tenhamos que usar uma AMF pré-estabelecida, seja ela, alta ou baixa, fixa ou variável, com Spectro fixo ou variável (estreito ou Amplo), Slope suave ou forte, ou sem Slope, ou ainda, usar uma Intensidade alta/média/baixa, para tratamentos de enfermidades na fase aguda ou crônicas, mas sim, estímulos satisfatórios e sem desconforto, segundo objetivo e familiarização, frente aos diferentes tipos de parâmetros/estímulos. A observância desses parâmetros, com suas inúmeras variações necessárias, para os diversos graus de acomodações, diferentes níveis de sensibilidades de cada paciente, nas diversas fases da lesão, como também, da familiarização do paciente frente ao estímulo, desde o 1º minuto de tratamento até o último, obrigando-nos a adequações constantes dos parâmetros, buscando sempre o sucesso terapêutico, faz com que, cada paciente, tenha no decorrer e transcorrer da aplicação ou tratamento, o seu protocolo individual específico e variável. Sinto-me a vontade, em colocar a disposição de toda a comunidade cientifica, esta nova proposta, para que seja discutida e aprimorada, até porque, é um trabalho sério e vem para somar, acreditando que só assim ganharemos todos: Nós e a Sociedade
Mais sobre o autor:
Dr. Clauton Monte Machado Crefito 2275 - Fisioterapeuta
Formado pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM 1980 Professor de Fisioterapia Geral/Estágio UEL Londrina - PR 81/87 Especialização Fisioterapia Aplicada à Educação Física Marília SP - 84 Coordenador e Professor Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Especialização Fisioterapia - CCS/UFSM - 90/ 94 Chefe de serviço de Fisioterapia do HUSM/UFSM - 1995/2000... Coordenador do |Curso de Fisioterapia UFSM 2000 / 2002 Responsável pelo Laboratório de Eletrotermofototerapia - UFSM Professor Disciplina Recursos Eletrotermofototerapeuticos - UFSM Autor Livro Eletrotermoterapia - Prática 3ª ed. Pancast SP 2002 e Corrente Interferencial Vetorial; Uma Nova Proposta Terapêutica - 2006 Inventor do Posicionador / Estimulador “Clauton“ para MsIs.
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artigo | Dores, desconfortos, DORT,
músicos, prevenção
Análise da incidência de dor e desconforto em músicos de Blumenau-SC por
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Dra. Caroline Von Der Hayde Glatz, Patrine Poffo e Wilson Luiz Przsiezny
C
outo, Nicoletti e Lech (1998) afirmam que DORT são os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho onde a ocorrência de lesões está associada a quatro fatores: força, posturas incorretas dos membros superiores, repetitividade, vibração e compressão. Para Brasil (2001), Pinheiro, Trócoli e Paz (2002) o primeiro e principal sintoma é a dor, seguida de sinas e sintomas como parestesias, dores irradiadas, edema, rigidez e limitação de movimentos. Costa (2003) afirma que músicos instrumentistas são um grupo de risco para desenvolver lesões por esforços repetitivos, já que a música exige perfeição e sincronicidade de movimentos. O desenvolvimento das DORT em músicos pode ocorrer por vários fatores que, de acordo com Norris (2005) são: predisposição genética; condições físicas inadequadas; repentino ou abrupto crescimento na quantidade de tempo de estudo; erros de técnicas; mudanças no instrumento; erros em hábitos de prática; reabilitação inadequada de lesões prévias; postura e mecanismos corporais inadequados; atividades não musicais estressantes e variações anatômicas. Além de verificar a incidência e as características que envolvem os aspectos dor e desconforto em músicos instrumentistas na cidade de Blumenau-SC, traçamos outros objetivos que são: determinar a localização de dor e desconforto em músicos de diferentes instrumentos; verificar qual instrumento que mais causa dores e desconfortos nos profissionais; verificar em quanto tempo de profissão dores e desconfortos costuma surgir nos músicos; verificar se tais sintomas surgem tanto em músicos que seguem um programa preventivo quanto em músicos que não o seguem; criar uma cartilha com dicas de prevenção. Materiais e Métodos: Quanto à metodologia, a pesquisa foi realizada de forma exploratória teóricoprática, envolvendo as áreas de Fisioterapia Preventiva e Saúde do Trabalhador. A amostra, retirada de uma população de 40 músicos, constituiu-se de 35 músicos instrumentistas de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, atuantes nas escolas de músicas de Blumenau, encontrados através do Sindicato dos Músicos Profissionais de Blumenau e da Lista Telefônica Listel 2004/2005, Vale do Itajaí, e Classificados do Norte Catarinense, sob o título Escolas de Música. Os fatores de inclusão foram: ser profissional de música instrumental; não ser portador de 18 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
nenhuma deficiência física. E os fatores de exclusão: ter afecção congênita; apresentar alguma patologia osteomusculoligamentar desencadeada anteriormente a sua atuação profissional e que comprometa sua atuação. Na coleta, que se estendeu de 04/07/05 a 04/08/05, foram utilizados um questionário de identificação, que coletou características individuais e da atividade laboral do músico e um de avaliação da dor (adaptado por Kourinka et al, 1986), onde constam informações referentes a ocorrência de dores e desconforto sugestivos de DORT. Foram entregues aos responsáveis pelas escolas autorizações para a pesquisa. Posteriormente, foi entregue aos músicos das escolas um formulário de informações pertinentes à pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido os quais foram assinados pelos mesmos. E por fim feita a aplicação dos questionários. Resultados e Discussão: Quanto ao perfil dos indivíduos, 65,71 % são do sexo masculino. A média total de faixa etária é de 33,8 anos. A carga média semanal de trabalho é de 37,12 horas e o tempo médio de profissão é de 15 anos. Como afirma Tubiana (2005), a carreira de músico difere das outras carreiras profissionais pelo fato de começar em idade bastante prematura e terminar bastante tarde, o que expõe o músico aos processos degenerativos por uso excessivo dos tecidos. Gráfico 1 – Instrumentos musicais tocados pelos músicos
O instrumento musical mais tocado pelo sexo masculino é o violão. Entre o sexo feminino, os instrumentos mais tocados são os de teclas (piano, teclado, órgão, cravo). Dentre todos os músicos, o violão é o mais tocado. Gráfico 2 – Incidência de dores/desconfortos nos membros superiores dos músicos Dentre os indivíduos que relataram já ter sentido dores ou desconfortos nos membros superiores por pelo menos uma vez durante
a semana, a maioria é do sexo feminino. Dentre os que sentem, a maioria é do sexo masculino. Podemos citar ainda que 10 das 12 mulheres participantes da pesquisa relataram relações de dor ou desconforto e dentre os 23 homens participantes, 13 relatam relações de dor ou desconforto. Portanto, observase que a incidência de dores/ desconfortos entre as mulheres é maior. Acredita-se que isto possa ocorrer pelo fato de que muitas mulheres apresentam uma dupla jornada de trabalho (ÁVILA E SANTOS, 2000; LIMA, 2005). Saldanha, Silva e Souza (2005) afirmam que, em estudo realizado em um conservatório em Tatuí - SP, encontraram de 22 pessoas do sexo feminino, 13 apresentando sintomatologia e, de 35 do sexo masculino, 22 apresentando sintomatologia. Quanto a incidência de dores/desconfortos em outros locais do corpo, 41,67 % das mulheres o sentem e entre os homens, este valor é de 56,52%. Gráfico 3 – Localização das dores/desconfortos nos músicos
Quanto à localização das dores e desconfortos, houve indivíduos que relataram mais de um local de dor. Os locais mais citados como dolorosos foram, nesta ordem: coluna lombar, coluna cervical e punho. A grande parte dos transtornos de coluna lombar ocorridos no trabalho está envolvida com lesões por esforços repetitivos e torção assimétrica ou curvatura demasiada do tronco (CAILLIET, 2000). Saldanha, Silva e Souza (2005), encontraram, em seu estudo, regiões mais citadas como dolorosas os punhos e as mãos, seguidos por ombro; coluna cervical e, em último lugar, dedos. Segundo as mesmas autoras, igual resultado apresentou Fonseca em 1998, encontrando como locais mais doloridos punhos e mãos seguidos
por ombro. No presente estudo, ombro permaneceu como um dos locais menos citados. Citando as demais características das dores em músicos, estes afirmam que a dor acontece todos os dias, durante os períodos em que estão tocando o instrumento musical, permanecendo por mais de três horas, interferindo, ainda, em seu trabalho. De acordo com Settimi et al (2005) e Caldart, Caminha e Willrich (1998), no início, os sintomas acontecem ao final da jornada de trabalho ou durante os picos de trabalho. Com o tempo, as dores começar a persistir por muito, persistindo durante a jornada de trabalho e também durante as atividades de vida normal (SETTIMI et al, 2005). O instrumento em que houve mais referências de locais dolorosos em ambos os sexos foi o violão e o instrumento com menos referências foi o cavaquinho. Entre os violinistas, os locais citados como dolorosos obtiveram cada um 22,22 %, sendo estes: coluna cervical e punho. Entre os violistas, os locais mais citados como dolorosos foram a coluna lombar e a cervical (22,22 % cada). Entre as flautistas doces, os locais foram: ombro; coluna cervical, lombar, torácica e cabeça (16,67 % cada). Entre os flautistas transversais, o local foi: coluna cervical (30 %). Entre os violonistas, o local mais citado foi coluna lombar (33,33 %). Entre os violoncelistas os locais são: coluna cervical, lombar e torácica (20 % cada). Entre os tecladistas, foi: coluna lombar (33,33 %). Os guitarristas/ baixistas elétricos relatam como local mais doloroso a coluna lombar (37,5 %). Os bateristas citaram o cotovelo maior número de vezes (40 %). Os instrumentistas que tocam vários instrumentos citaram as colunas cervical e lombar como locais mais dolorosos por maior número de vezes (21,74 %). A flexão da cabeça numa amplitude maior que 30º exige tensão dos músculos da coluna cervical, levando a ocorrência de dores e desconfortos nos ombros e coluna cervical. As torções do tronco também são causas de tensão, submetendo músculos e articulações à carga assimétricas (DUL & WEERDMEESTER, 2000). Grande parte dos instrumentos exige tais posturas, podendo citar-
se como exemplos: violino, viola, violoncelo, flauta transversal, teclas, dentre tantos outros. Gráfico 2 – Em quanto tempo de profissão começaram as dores em ambos os sexos
De acordo com Moore (2000), no sexo feminino e em ambos os sexos, as variáveis estão associadas positivamente, pois o valor de r é positivo. A correlação entre as variáveis é forte, pois está bastante distante de zero, indo em direção a 100 %. Ou seja, quanto maior o tempo de profissão, maior o tempo de dor. No sexo masculino, não houve correlação. Tabela 1 – Incidência de dor em indivíduos que realizam prevenção.
A maior parte dos indivíduos que citou realizar prevenção de DORT (66,67 %), afirma já ter sentido no passado, ou sentir atualmente, dores e desconfortos. É importante ressaltar que esta prevenção não é realizada de forma assídua e não é orientada por fisioterapeuta ou outro profissional habilitado.Gráfico 5 – Incidência de dor nos membros superiores em indivíduos que realizam prevenção No caso de dor nos MMSS em indivíduos que realizam prevenção, a maior parte das mulheres citou já ter sentido e não sentir mais e 2 relatam ainda sentir dores. Dentre os 9 ho-
mens que relatam dores, 3 sentiram dores nos MMSS e 4 ainda sentem. As medidas citadas pelos músicos para prevenção são o alongamento e o aquecimento. Para Achour Junior (apud LIMA, 2003), o alongamento da musculatura ameniza as tensões musculares, aumentando o fluxo sangüíneo destes locais e garantindo a independência dos movimentos. Conclusão e Sugestões: Músicos instrumentistas são, sim, profissionais que sofrem com dores e desconfortos sugestivos de DORT. Embora acredite-se inicialmente que os membros superiores sejam os locais mais dolorosos, os resultados apontam que a coluna lombar é o local mais citado como doloroso entre os músicos. A incidência é maior no sexo feminino e em músicos que tocam violão. Cada instrumento, com suas particularidades, influencia nos locais que são apontados como dolorosos.Quanto a relação entre tempo de profissão e tempo de dor, encontra-se que no sexo feminino existe essa relação, ou seja, quanto maior o tempo de profissão, maior o tempo de dor. Já no sexo masculino, não existe esta relação. Mesmo que a maioria dos músicos que afirmam praticar prevenção relatem sentir dores, optou-se por elaborar uma cartilha de prevenção às DORT entre músicos instrumentistas, pois, como eles mesmos citam, não realizam a prevenção com assiduidade e não sabem se a realizam de maneira correta. A cartilha de prevenção foi entregue nas escolas de música participantes do trabalho, para que haja uma maior conscientização da importância da prevenção e realização correta e assídua da mesma. Sugere-se ainda a realização de uma pesquisa que busque comprovar, na prática, a eficácia de um programa de prevenção às DORT entre tais profissionais. Também são válidas pesquisas com maior número de profissionais. Referências: ÁVILA, Carlos Alberto Vargas; SANTOS, Ligiane Finardi. Distúrbios Óste-Músculo-Ligamentares Relacionados ao Trabalho (DORT): uma Revisão. Dynamis: revista tecno-científica. Blumenau: Universidade Regional
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artigo | transplante pulmonar, reabilitação pneumofuncional, qualidade de vida
A importância do fisioterapeuta no pré e pós-operatório por
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Dra. Maria Fernanda Monteiro e Dra. Nara Campos Pinto
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importância do fisioterapeuta no pré e pós-operatório da cirurgia de transplante pulmonar
RESUMO. Uma abordagem de como transplante pulmonar influencia na sobrevida dos pacientes e a importância da fisioterapia na reabilitação pneumofuncional pressupondo uma melhor qualidade de vida para estes indivíduos. INTRODUÇÃO. Na década de 60, James Hardy realizou a primeira cirurgia de transplante pulmonar da história, no entanto, o resultado não foi satisfatório. Os procedimentos cirúrgicos realizados nos oitos anos seguintes não tiveram resultados diferentes da primeira experiência, apresentando uma taxa de mortalidade alta em decorrência de problemas como: infecção, rejeição e quase sempre fístula broncopleural. A partir da década de 70, o transplante pulmonar passou a representar uma modalidade terapêutica favorável para pacientes que se encontravam em fase avançada de distúrbios respiratórios. Isto se deu devido à rigorosa seleção de doadores e receptores, de técnicas cirúrgicas, de cuidados pós-operatórios, e de uma maior competência em relação à imunossupressão resultando em significativos ganhos em sobrevida. Atualmente, o transplante de órgãos torácicos é uma prática bem aceita em aproximadamente 200 (duzentos) centros ao redor do mundo. “Em 1990, um total de 3054 (três mil e cinqüenta e quatro) transplantados de coração, 194 (cento e noventa e quatro) coração-pulmão, 214 (duzentos e quatorze) de um único pulmão e 60 (sessenta) de pulmão duplo foram registrados como sendo realizados em beneficiários variando entre recém-nascidos há 70 (setenta) anos” (Pryor & Welber, 2002). Ainda que alguns centros de excelência tenham conseguido manter índices mais elevados, a sobrevida média em um ano gira em torno de 65% (sessenta e cinco por cento) para o transplante simples e 62% (sessenta e dois por centos) para o transplante duplo (Bethelem, 2000). Apesar da taxa de sobrevida não ser tão elevada, há uma melhora significativa tanto na qualidade de vida, quanto na saúde dos pacientes sobreviventes. Gross et al (1995), em seu estudo também avaliaram o estado de saúde e qualidade de vida em candidatos e receptores de transplante pulmonar, assim como o impacto do procedimento e os ganhos nos anos após a cirurgia. Como resultado, os candidatos transplantados relataram altos níveis de felicidade, melhora na função do índice de Karnofsky e em todos os outros itens relacionados ao estado de saúde com p < 0,0001, exceto dor. Tenvergert et al (1998) demonstraram em seu estudo que o principal diagnóstico para 20 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
realização do transplante foi o enfisema. Segundo Thomas Andreoli et al (1998), o transplante de pulmão único foi realizado com êxito em pacientes com enfisema terminal, tendo havido regressão das anormalidades físicas. Lanuza et al (2000), também realizou um estudo para verificar se há alteração no nível funcional e na qualidade de vida dos pacientes transplantados de pulmão. Através de questionários que determinam sintomas físicos, psicológicos e categorias funcionais e de teste de função pulmonar, verificaram que os pacientes relataram melhora na resistência física, estado de saúde e qualidade de vida. Como visto em alguns estudos anteriores, uma das maiores complicações do transplante pulmonar é a Bronquiolite Obliterante (SOB). Trata-se de uma síndrome caracterizada por limitações do fluxo aéreo, causado por obstrução parcial ou total dos brônquios e bronquíolos e secundária à fibrose decorrente de uma lesão aguda do trato respiratório inferior. Normalmente são causadas por infecção viral, transplante pulmonar, imunodeficiências primárias e doenças de auto-imunidade, mas, o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença foi o número e a severidade dos episódios agudos de rejeição. Nos pacientes pós-transplantados, verificou-se que aqueles que desenvolveram SOB obtiveram maior restrição na mobilidade física e na energia e mais sintomas depressivos e sentimentos de ansiedade. No entanto, nos aspectos psicológicos, somente a somatização (que reflete a angústia relacionada à disfunção geral do corpo) decresceu significativamente. Porém, quase a totalidade dos pacientes relata estar bastante satisfeitos com a decisão de terem se submetido ao procedimento. A fisioterapia sempre desempenhou uma parte importante no transplante cardiopulmonar. O número de centro executando esses procedimentos expandiu-se nos últimos anos e assim, também, o papel do fisioterapeuta dentro dessas unidades. A fisioterapia é, agora, uma parte integrante de todos os estágios do tratamento do paciente; na avaliação, no pré-operatório e tanto na fase aguda quanto na fase de reabilitação da assistência pós-operatória. O máximo esforço deve ser feito para otimizar a condição física dos possíveis e atuais beneficiários, proporcionando uma melhor situação do sucesso da realização do transplante, por isso a importância da reabilitação no pré e pós-transplante, que além de melhorar a condição física do paciente (postura, força e resistência) aumenta a confiança em sua integração completa nas atividades de vida diária e atividade adequada a sua condição, promovendo expectativas reais quanto às atividades de lazer, trabalho e esporte, além de estimular a manutenção e monitorização da condição física.
O programa de treinamento aeróbico (bicicleta ergométrica) pressupõe uma diminuição significante na ventilação minuto e melhora na capacidade de resistência aeróbica. No estudo de Lanuza et al (2000), verificou-se que a função pulmonar (CVF; FEV1; FEF2575%) melhorou significativamente entre os períodos pré e imediatamente após o transplante, porém o FEV1 foi o único parâmetro que continuou melhorando até o final do estudo. A atividade física, junto ao trabalho postural e reabilitação pneumofuncional, quando prescritas com os devidos cuidados, poderão trazer uma contribuição significativa, importante e imediata para a saúde global, a satisfação vital e a expectativa de vida dos pacientes pós-transplantados. CONCLUSÃO. A qualidade de vida é um importante resultado para verificar a efetividade quando se empregam terapias caras e inovadoras como o transplante pulmonar. Ela pode ser medida através de vários itens tais como: função física, social, saúde mental, percepção da saúde e da dor corporal, assim como a medida da função do paciente em AVD’s. Com estas mensurações comprovando a melhora do estado de saúde e da qualidade de vida das pessoas submetidas ao transplante surgirá um alicerce para enfatizar a importância deste, bem como a atuação da fisioterapia na reabilitação dos pacientes transplantados. Além disso, os pesquisadores poderão identificar e criar intervenções sensíveis para promover resultados ótimos para os futuros pacientes transplantados, a fim de que estes possam seguir em frente e obter o mesmo sucesso. Assim, poderão ser criados programas educacionais e intervenções que possam promover e encorajar ações para identificar candidatos em perigo e possíveis doadores, e para conscientizar as pessoas acerca da importância, da necessidade, da responsabilidade social e de uma atitude positiva com respeito à doação de órgãos para salvar vidas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 1 PRYOR, Jennifer A. & WELBER, Bárbara A. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. Rio de Janeiro: Koogan S.A. 2ª ed. 2002. 2 BETHLEN, Newton. Pneumologia. São Paulo: Atheneu, 4ª ed. 2000. 3 GROSS, Cynthia R. et al. Long-term health status and quality of life outcomes of lung transplant recipients. Chest; nº 106: 1587–93. 1995. 4 TENVERGERT, Elizabeth M. et al. The effect of lung transplantation on health-related quality of life. Chest; nº 113: 358-64. 1998. 5 ANDREOLI, Thomas E. et al. Cecil medicina interna básica. Rio de Janeiro: Koogan S.A. 4ª ed. 1998. 6 LANUZA, Dorothy M. et al. Prospective study of funcional status and quality of life before and afther lung. Chest; nº 118: 115-122, 2000.
Fisioterapia 2º SEMESTRE 2006
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artigo | adiposidade localizada, vacuoterapia, ultra-som, abdômen
Verificação do efeito da vacuoterapia associada ao ultra-som por
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Dra. Paula Moreno de Melo e Dra. Patrícia de Oliveira Guimarães
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Verificação do efeito da vacuo terapia associada à aplicação do ultra-som na adiposidade localizada em região abdominal de pacientes do sexo feminino: estudos de casos RESUMO A Fisioterapia Dermato-Funcional é uma área da fisioterapia que vem acabando com o empirismo dos tratamentos estéticos, uma vez que atua na comprovação científica dos métodos e técnicas utilizadas para o tratamento dos distúrbios corporais como a adiposidade localizada. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito da vacuoterapia associada à aplicação do ultra-som, elucidando a redução de medidas abdominais, em uma amostra de cinco pacientes do sexo feminino com idade variando entre 15 e 25 anos, apresentando adiposidade localizada em região abdominal. As pacientes que foram submetidas ao tratamento, realizaram uma avaliação fisioterapêutica, cirtometria e foto do local a ser tratado, antes de ser iniciado o tratamento e após seu término. Foram realizados doze sessões com duração de 30 minutos, conforme o protocolo traçado, sendo 10 minutos de ultra-som com intensidade de 1 W/cm2 no modo contínuo e 20 minutos de vacuoterapia com intensidade inicial de 20% no modo contínuo em região abdominal com aumento gradativo da intensidade conforme sensibilidade da paciente, com uma freqüência semanal de três vezes. Constatou-se que a técnica mostrou resultados satisfatórios, significativos, em que houve uma variação de 1 a 4 cm de redução na cirtometria da região abdominal. INTRODUÇÃO A sociedade moderna considerada lipofóbica na qual vivemos, exige uma perfeição no que diz respeito à beleza feminina, esta como parte universal da experiência humana, em que sua percepção produz prazer, conforme diz Montaño (2001). Por conta desse fato, ocorre a busca pelos tratamentos estéticos nas clínicas de fisioterapia durante todo o ano. A maior queixa das pacientes é a adiposidade localizada que se enquadra como um caráter principalmente feminino, levando o indivíduo a procurar recursos capazes de devolver a harmonia corporal. Por essa razão, profissionais fisioterapeutas especializados na área de dermato-funcional estão se interessando cada vez mais por esse campo em crescimento, pelo fato de mobilizar uma grande porcentagem da população preocupada com a aparência física, em estar bela (MENOR, 1995; NETO, 2004; PRIORE e FREIRE, 2003). Neto (2004) e Bulfinch (2004) mostram-nos que, na antiguidade, a sociedade grega criou a Aphrodite, uma representação da mulher, deusa da beleza e do amor; enquanto isso, os romanos, por sua admiração pela beleza e sensualidade feminina, após uma tentativa 22 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
sem sucesso de criar uma deusa para superar Aphrodite, elegeram-na também como representante da beleza feminina e do amor. Porém a rebatizaram com o nome de Vênus. Isso nos mostra que o padrão de uma ditadura de beleza já era seguido desde aquela época. Meyer et al. (2003), acrescenta que o desenvolvimento da Fisioterapia Dermato-funcional trouxe o que a mulher atual estava procurando em relação à beleza, pois estas começaram a observar que mesmo com a alimentação equilibrada e a prática freqüente de exercícios físicos, as gorduras localizadas não são mobilizadas, permanecendo no local afetado e tornando-se um incômodo para estas pessoas que se mostram insatisfeitas com o próprio corpo. Conforme a pesquisa citada por Priore e Freire (2003), 50% das mulheres entrevistadas não estavam satisfeitas com o seu peso e 55% gostariam de fazer algum tipo de cirurgia plástica, porém, de todas as entrevistadas, 61% não praticavam exercícios físicos, preferindo assim cuidar da bele-
“Essa pesquisa mostra mais uma vez que a procura por fisioterapia dermato-funcional está crescendo para a satisfação da população“ za através de tratamentos estéticos e compra de cosméticos. Essa pesquisa mostra mais uma vez que a procura por fisioterapia dermato-funcional está crescendo para a satisfação da população. Campos (2004) e Bacelar et al. (2005), nos mostram que o tecido adiposo é um tipo especializado de tecido conjuntivo, cuja característica é o armazenamento de lipídios dentro de suas células. Observado pela anatomia topográfica, o tecido adiposo subcutâneo apresenta duas camadas separadas por uma fáscia superficial, onde a camada mais externa é composta por adipócitos globulares e volumosos em disposição vertical e com uma vascularização numerosa. Já na camada mais profunda, encontramos células fusiformes, menores e dispostas horizontalmente. Nesta, a vascularização é de maior calibre. Em relação à adiposidade localizada, Guirro e Guirro (2002) nos mostram que existe uma grande confusão no que diz respeito à distribuição regional de gordura, chamada de adiposidade localizada ou ainda, mais popularmente conhecida, como gordura localizada, pois a mesma pode ser considerada como uma estase veno-capilar do tecido conjuntivo subcutâneo com subseqüente formação de edema periadipocitário, levando a um dano
celular e conseqüente fibrose do tecido. Segundo Guirro e Guirro (2002), a obesidade é definida como um aumento generalizado da gordura corporal, em que a ingestão de alimentos supera o gasto energético. Para os mesmos autores, a obesidade em que ocorre deposição de tecido adiposo na região abdominal é denominada de obesidade central ou andróide; já quando ocorrer deposição na região de coxas e quadris, é denominada periférica ou ginóide. Freire e Priore (2000), nos mostram uma fórmula que indica se o adulto está acima do peso, obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável, através do índice de Massa Corpórea (IMC) cujo cálculo divide-se o peso em quilos pela altura em metros, ao quadrado. Conforme resultados de uma biópsia, Neto (2004) descreve que existe nas mulheres, um septo fibroso fino de projeção perpendicular que favorece a expansão do tecido adiposo na superfície corporal; nos homens, este septo é mais grosso e com projeção oblíqua, em que o sentido de deposição de gordura ocorre em direção à profundidade. De acordo com Grespan et al. (2003), Neto (2004), Menor (1995) e Zaragoza (2000), existe hoje uma necessidade de apresentar à sociedade uma boa imagem corporal, por isso, há imensa procura por tratamentos estéticos. Entre esses, podem-se citar o ultra-som, que conforme Campos (2004), é muito utilizado em tratamentos estéticos por promover vibrações sonoras que produzem oscilações mecânicas em um corpo, através de um cristal, com freqüência superior a 16.000 Hz ou 16 MHz. Conforme Silva (1997), o mais indicado para adiposidade localizada é o ultra-som de 2 ou 3 MHz, em que a vibração gerada pelo aparelho é transmitida entre 2 a 4 cm de profundidade, provocando uma agitação e impulsão das partículas líquidas presentes. Essas partículas, por sua vez, colidem com as células de gordura vizinhas, provocando uma verdadeira implosão das mesmas e portanto, uma redução no tecido gorduroso. Kede e Sabatovich (2004) e Conti e Pereira (2003) acrescentam que os resultados da terapia ultra-sônica possuem um efeito térmico e vasodilatador, resultando em um aumento da circulação linfática, uma ativação do metabolismo, um rearranjo e aumento da estensibilidade das fibras colágenas, uma melhora nas propriedades mecânicas do tecido, dentre vários outros. Menor (1995) e Oliveira (1997), enfatizam o cuidado ao utilizar a terapia ultrassônica em relação às contra indicações, como locais com perda ou diminuição da sensibilidade, cardíacos portadores de marcapasso e cardiopatias congestivas, tecidos especializados (olhos, ovários, ouvidos), gestantes, portadores de neoplasia, patologias circulatórias (trombose, flebite), região abdominal em pacientes com DIU. Já Baques (2000) e Guirro e Guirro (2002) nos
mostram o tratamento por meio da vacuoterapia, que é uma técnica não invasiva, usando a aspiração acrescida de mobilização tecidual com um vácuo regulável indicado através do vacuômetro de 0 a -550 mmHg (pressão negativa), exercendo uma massagem de dentro para fora. Esta atua em nível hipodérmico, permitindo uma melhora na circulação sangüínea periférica, isso provocará um aumento das trocas gasosas e posterior eliminação de toxinas. A vacuoterapia através da utilização de ventosas se originou no Oriente conforme diz Baques (2000), e na antiguidade tinha a finalidade de troca gasosa, seguindo o mesmo princípio da fisiologia da respiração por produzir um efeito paralelo ao dos pulmões. Com isso, criou-se a endermoterapia, uma técnica francesa criada há 12 anos que associa drenagem linfática e massagem, com a utilização de rolos monitorizados que permanecem constantemente em ação durante toda a terapia, o que difere da vacuoterapia que não apresenta os rolos monitorizados, tendo apenas a sucção através do vácuo. A aplicação do vácuo em uma determinada região corporal estimulará a diminuição da pressão externa e conseqüentemente aumentará a pressão interna. Isso faz com que as toxinas localizadas na camada inferior da pele sejam mecanicamente expelidas. Quanto maior for o vácuo (pressão negativa), maior será o diferencial pressórico entre a derme e epiderme e isto nos mostra que a eliminação dessas toxinas será maior e mais rápida, além de melhorar o tônus da pele, reduzir a retenção de líquidos pela melhora do trânsito do líquido linfático e tissular, desorganizar as células adiposas promovendo uma desfribosagem e com isso a gordura local é estimulada e transformada em glicerol, substância absorvida pela circulação linfática e eliminada do organismo, restaurando a qualidade do tecido subcutâneo e promovendo uma reestruturação desse tecido. Silva (2002) nos mostra que além dos efeitos já citados, podemos ter um aumento da pressão osmótica do tecido e com isso a modificação da permeabilidade capilar resultando em um aumento de água para os capilares, aumentando ainda o efeito de diurese em pacientes com quadro de retenção hídrica. Porém, deve-se respeitar as contra indicações que conforme Baques (2000), são fragilidade capilar, tumores, gravidez, uso de anticoagulantes, flebite, trombose e infecções de pele. Por ser a adiposidade localizada uma queixa muito comum nos serviços de fisioterapia dermato-funcional e, em contra partida, um assunto pouco debatido na teoria, justifica-se a realização do presente trabalho, e sendo as técnicas de aplicação de ultra-som e vacuoterapia descritas como auxiliares no processo de diminuição de gordura localizada, há o propósito de observar a evolução na redução de gordura localizada em pacientes com tal queixa. Com isso, este estudo tem por objetivo verificar a ação da técnica de ultra-som associada à vacuoterapia em pacientes que apresentem gordura localizada em região abdominal, além de elucidar a diminuição de medidas abdominais em indivíduos que forem submetidos a este tratamento fisioterapêutico.
CASUÍSTICA E MÉTODOS Para a realização deste trabalho, sendo este um estudo de casos, foram utilizados os seguintes materiais: ficha de avaliação, fita métrica, balança (Classic II Plenna capacidade 150 quilos), aparelho de ultra-som (KLD – Biosistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda, Avatar II, Esthétic, TUS0202), aparelho de vacuoterapia (KLD – Biosistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda, Endhermax, VMT0303). Utilizando-se dos materiais e das fontes de informações, o local em que esse trabalho desenvolveu-se foi na clínica escola de fisioterapia do CESUMAR (Centro Universitário de Maringá), no ano de 2005. Para a realização da parte prática dessa pesquisa foram selecionados cinco pacientes do sexo feminino, entre 15 e 25 anos de idade, tendo como queixa principal a adiposidade localizada na região abdominal. Foi proposta a realização de doze sessões com duração de trinta minutos em média, conforme o protocolo traçado, e três atendimentos semanais durante o período compreendido entre 10/08/2005 à 16/09/2005. Os critérios de escolha das pacientes para esse tratamento foi o fato destas serem nulíparas e não estarem acima do peso, apenas com adiposidade localizada na região abdominal. Antes de iniciar o tratamento fisioterapêutico, todas as pacientes da amostra leram e concordaram com um termo de consentimento, e, após a assinatura do mesmo, foi realizada uma avaliação, em que se coletaram informações sobre os dados pessoais das pacientes, assim como seus hábitos, alimentação, alterações nos sistemas corporais, medicamentos, entre outros. Para uma melhor análise dos resultados, foi realizado também o exame físico, a perimetria da região abdominal e fotografia padronizada do local a ser tratado (máquina Olympus Camedia D-390), distância de 17 cm e luminosidade, antes e depois do tratamento. Depois da avaliação, as pacientes foram submetidas ao tratamento de adiposidade localizada em região abdominal utilizando como recurso o ultra-som e a vacuoterapia associados, seguindo o seguinte protocolo: ultra-som com intensidade de 1 W/cm2 no modo contínuo por dez minutos e vacuoterapia com intensidade inicial de 20% no modo contínuo por vinte minutos em região abdominal, com aumento gradativo da intensidade conforme sensibilidade de cada paciente. RESULTADOS Os resultados foram analisados de forma comparativa por meio de dados obtidos durante a reavaliação das pacientes e por relatos das mesmas. Todas as pacientes da amostra foram tratadas com a vacuoterapia associada ao uso de ultrassom de 3 MHz com intensidade de 1 W/cm2. Todas, com exceção da paciente C, relataram que houve um aumento no número de micções logo após a aplicação dos aparelhos. O peso inicial variou de 50,700 a 68,500 quilos com média de 59,600 quilos e a média do IMC (Índice de Massa Corpórea) foi de 22,38, mostrando que a amostra está com o peso aceitável conforme a OMS descreve. Porém, como o tratamento não foi conciliado a uma mudança de alimentação, os resultados não foram tão evidentes. www.novafisio.com.br • 51|2006 • 23
artigo | adiposidade localizada, vacuoterapia, ultra-som, abdomen Em relação à variação de peso, conforme observamos no gráfico 1, pode-se dizer que houve uma redução em relação ao peso inicial em três pacientes da amostra. A paciente A manteve o peso e a paciente E aumentou o seu peso devido à patologia que ela apresenta, sendo explicada a seguir. Seguem as tabelas e gráfico com os resultados obtidos: Tabela 1 – Medidas referentes à ficha de avaliação
Gráfico 1 – Resultados referentes ao peso das pacientes.
Na perimetria, observamos uma redução das medidas conforme a tabela 2, em que a medida da cintura era feita com a fita métrica posicionada na curva da cintura; no abdome a fita foi posicionada na cicatriz umbilical; já no abdome inferior a fita foi posicionada 5 cm abaixo da cicatriz umbilical. Observamos que a paciente A obteve uma redução de 3 cm em região abdominal e 1 cm em região de abdome inferior. A paciente B apresentou redução de 1 e 3 cm em região de cintura e abdome, respectivamente. Já a paciente C obteve redução nas três medidas, sendo 1 cm em região de cintura, 4 cm em região de abdome e 2 cm em região de abdome inferior. Tendo redução de 3 cm em região de abdome e 1 cm em abdome inferior, a paciente D também obteve reduções em suas medidas. Porém a paciente E não conseguiu reduzir a sua cirtometria inicial, observando-se uma manutenção das medidas referentes à cintura e abdome e um acréscimo de 2 cm em abdome inferior, devido ao fato desta apresentar hipotireoidismo e aumento de prolactina, em que Betonico et al. (2004) e Santisteban (2003) nos mostram que no quadro clínico de pacientes com hipotireoidismo há ganhos ponderais além de elucidar a grande freqüência dessa patologia estar associada à níveis elevados de prolactina. Tabela 2 – Resultados da perimetria em região abdominal após 12 sessões DISCUSSÃO De acordo com Guirro e Guirro (2002), devido à adiposidade localizada ser uma estase veno-capilar do tecido conjuntivo subcutâneo com subseqüente formação de edema periadipocitário que causará dano celular e posterior fibrose do tecido, a utilização do protocolo traçado com o uso de vacuoterapia e 24 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
ultra-som, agirão na redução desse edema com restrição dos danos que se instalarão com a adiposidade localizada, promovendo assim uma redução do tecido adiposo conforme Baques (2000) e Kede e Sabatovich (2004) relatam. Relacionando o estudo prático com os estudos de Baques (2000) e Guirro e Guirro (2002), foram constatados os efeitos da aplicação da vacuoterapia quando se trata da melhora da circulação sangüínea periférica observado através da hiperemia local, que melhorará as trocas gasosas e posterior eliminação de toxinas do organismo, reduzindo assim a retenção de líquidos. A partir de dados fornecidos por relatos das pacientes observou-se um aumento da diurese após a aplicação das técnicas expostas, confirmando assim o que Silva (2002) nos mostra. Baques (2000), relata que uma das contra indicações em relação à vacuoterapia, é a utilização da técnica no abdômen durante o período menstrual. Mesmo de posse dessa informação, as pacientes foram submetidas ao tratamento no período menstrual. Conforme relato das pacientes houve um aumento do fluxo sangüíneo, confirmando a contra indicação. Em relação ao uso de ultra-som, Menor (1995), Grespan et al. (2003) e Silva (1997), concordam com os efeitos que essa terapia trás. Os três autores dividem esses efeitos em mecânicos em que ocorre a lise de aderências pela separação das fibras colágenas e melhora do metabolismo; térmicos apresentando calor local com hiperemia leve, efeito este observado na prática e relatado pelas pacientes, além do efeito analgésico e antinflamatório; e o efeito químico em que ocorre a liberação de substâncias vasodilatadoras (histamina) e a desagregação de moléculas complexas. Conforme protocolo traçado por Menor (1995) há a necessidade do tratamento para adiposidade localizada ser realizado duas vezes por semana, confirmando mais uma vez que os achados deste trabalho são concordantes com a literatura.
CONCLUSÃO O estudo mostrou resultados favoráveis que justificam o uso da técnica, pois o mesmo conseguiu atingir o objetivo deste trabalho por meio da redução das medidas obtidas na cirtometria da região abdominal. Por meio do uso das técnicas citadas, houve ativação do metabolismo, rearranjo e aumento da estensibilidade das fibras colágenas, melhora na circulação sangüínea periférica, aumento das trocas gasosas e posterior eliminação de toxinas, melhora do tônus da pele, desorganização das células adiposas promovendo uma desfribosagem, entre outros efeitos já citados. Diante dos efeitos anteriormente relatados, concluí-se que a técnica é um recurso eficaz por promover uma diminuição no tamanho das células adiposas. Porém é necessário elucidar que para o tratamento ser eficiente há a necessidade uma dieta equilibrada associada a exercícios físicos. Ainda assim, serão necessários estudos que objetivem a terapêutica e utilização destas técnicas para que se possa ampliar o conhecimento no meio científico.
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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES AGOSTO Em Ago. Curso RPG-EPI Campinas SP (19) 3241-3305 Em Ago. Curso Reabilitação do Joelho Rio de Janeiro RJ (21) 2223-2379 / 2253-9289 Em Ago. Quiroprática - Manipulação Manual da Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 Em Ago. Anatomia Palpatória Aplic. a Técn. de Manipulação e Massoterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 Em Ago. Shiatsuterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 03 a 07 Formação Internacional em RPG - com Toby Hall (Austrália) São Paulo SP 08004007008 / (43) 3325-7656 04 e 05 Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares Curitiba PR (41) 3262-4545 Esp. 04 a 06 Básico em Shiatsuterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 05 e 06 Bandagens Funcionais: Abordagem e Tratamento Fisioterapêutico (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 05 e 06 5º Curso de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. I Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 05 e 06 Curso de Pilates - Mód. 1 Rio de Janeiro RJ (21) 2236-9999 06 a 11 Formação Internacional em Osteopatia - Mód. I Goiânia GO (62) 8447-4380 07 a 11 Curso Avançado Bobath - Análise e Habilidade de Manuseios Porto Alegre RS (51) 3346-4336 / 3222-4198 Esp. 07 e 28 Mobilização de Fibroses e Aderências no P.O. Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 09 e 10 Mobilização Neural com Toby Hall (Austrália) - Valéria Figueiredo Ribeirão Preto SP 08004007008 / (43) 3325-7656 09 a 13 RPG / RME - Mód. II Curitiba PR (41) 3262-4545 10 a 19 Curso Básico do Adulto com Disfunção Neuromotora - BOBATH 1ª Parte Rio de Janeiro RJ (21) 2522-6291 / 2523-6187 10 a 20 Curso de Pilates - 70 horas em dois Módulos + 20 horas de formação Rio de Janeiro RJ (21) 2246-4516 / 9205-7694 11 e 12 Curso Postural Ball São Paulo SP (11) 3337-6755 / 3337-0045 11 e 12 Técnicas Osteopáticas com Toby Hall (Austrália) - Valéria Figueiredo Ribeirão Preto SP 08004007008 / (43) 3325-7656 11 e 12 12º Simpósio Int. de Ventilação Mecânica do Hosp. NS. de Lourdes São Paulo SP (11) 5018-4732 / 5011-0206 12 Formação Profissional em Terapias Complementares (18 meses) São J. dos Campos SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 12 e 13 A Utilização da Dança como Recurso Fisioterapêutico (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 12 e 13 Fisiologia do Exercício (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 12 e 20 Formação do Método Pilates Completo Rio de Janeiro RJ (21) 2521-4002 12 e 26 2º Curso de Anatomia Palpatória: Associada a Testes Ortopédicos Rio de Janeiro RJ (21) 2179-7810 / 2576-2981 13 e 14 Mobilização Neural com Toby Hall (Austrália) - Valéria Figueiredo Londrina PR 08004007008 / (43) 3325-7656 15 a 21 Reeducação Postural Global - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2246-3762 / 8742-3529 17 a 20 Dermodrenagem Linfática Terapêutica Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 18 e 19 Formação na Técnica Mulligan - Avançado Curitiba PR (41) 3262-4545 18 a 20 Fisioterapia Sobre a Bola Suíça e Pilates com a Bola Curitiba PR (41) 3262-4545 18 a 20 Auriculoterapia Mogi das Cruzes SP (11) 6914-0121 / 7730-9046 18 a 27 Curso de Pilates Foz do Iguaçu PR (46) 3523-6572 19 e 20 Curso Internacional de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Vascular Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 19 e 20 Pompagens: Abordagem e Tratamento Fisioterapêutico (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 19 e 20 Administração em Clínicas e Academias (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 19 e 20 Drenagem Linfática Manual Corporal (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 19 e 20 5º Curso de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. II Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 19 e 20 Curso de Estética Corporal - Teoria e Prática Belo Horizonte MG (31) 3286-3197 19 e 27 Curso de Biomecânica, Disfunção e TTO. da Coluna Vertebral Rio de Janeiro RJ (21) 2179-7810 / 2576-2981 23 Curso de Atualização em Interpretação de Exames Laboratoriais Niterói RJ (21) 2705-0517 / 8602-5270 23 a 26 8º Congresso Brasileiro das Ligas de Trauma - CoLT Fortaleza CE (85) 3234-2212 25 a 27 Miofasciaterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2246-4516 / 9205-7694 25 a 27 100 Exercícios para Escoliose - RM Cursos Belo Horizonte MG (16) 3623-1944 25 a 28 Pilates com Bola Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7747 25 14º Curso de Formação de Consultor em Ergonomia e Método CNROSSI São Paulo SP (11) 3645-0223 26 e 27 Acupuntura Aplicada a Coluna Vertebral (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 26 e 27 9º Curso de Drenagem Linfática - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2179-7810 / 2576-2981 26 e 27 8ª Jornada de Acupuntura e Medicina Alternativa de Ribeirão Preto Ribeirão Preto SP (16) 3904-8414 / 3964-5005 26 e 27 Bandagem Funcional Mogi das Cruzes SP (11) 6914-0121 / 7730-9046 30 Curso de Formação em Ortopraxia / Posturologia Rio de Janeiro RJ (21) 2221-1720 31 Curso Facial em Fisioterapia Dermato-Funcional Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 31 Pilates Mecanismo de Reabilitação Belo Horizonte MG (21) 2569-1239 / 2284-1904 SETEMBRO Em Set. Conceito Maitland - Sérgio Marinzeck - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 3087-4653 / 2259-3347 Em Set. 5º Curso de Fisioterapia Intensiva Neonatal Rio de Janeiro RJ (21) 2604-2281 Esp. 01 a 03 Terapêuticas em Dermato-Funcional Facial - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 01 a 04 Conc. McConnell de Bandagem Funcional com Alfio Albasini (Suíça) Rio de Janeiro RJ 08004007008 / (43) 3325-7656 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! 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DESC DATA CURSO CIDADE UF SETEMBRO 01 a 08 RPG / RNM - Mód. II São J. dos Campos SP 02 e 03 Curso de Pilates - Mód. II Rio de Janeiro RJ 02 e 03 Fisioterapia Desportiva (20h) Ipatinga MG 02 e 03 9º Curso de Drenagem Linfática - Mód. II Rio de Janeiro RJ 02 e 03 Shiatsu Tradicional & Shiatsu Expresso Curitiba PR 02 e 30 Curso de Anatomia Aplicada por Imagens Niterói RJ 05 a 08 Conc. McConnell de Bandagem Funcional com Alfio Albasini (Suíça) São Paulo SP Esp. 05 e 26 Massagem Modeladora Rio de Janeiro RJ 06 a 09 13º Simpósio Internacional de Fisio Respiratória e Terapia Intensiva Curitiba PR 06 a 09 5º Congresso Norte-Nordeste de Fisioterapia Manaus AM 07 a 10 Fisioterapia nas Disfunções da ATM São Paulo SP 07 a 10 I Curso de Tarapia Manual da CORE Jequié BA 08 a 10 Curso de Crochetagem Fisioterapêutica Curitiba PR 08 a 17 Curso de Pilates Uberlândia MG 09 e 10 Método RMA - Reprogramação Músculo Articular - Mód. II São J. dos Campos SP 09 a 12 Conc. McConnell de Bandagem Funcional com Alfio Albasini (Suíça) Porto Alegre RS 13 a 17 Podoposturologia Curitiba PR 15 a 17 Drenagem Linfática Medical, Método Leduc, Pré e Pós Operatório São Paulo SP 15 a 17 Mobilização Neural Curitiba PR 15 a 18 Pilates Clínico com Meegan Steers e Chloe Lorback (Austrália) Londrina PR 16 e 17 Reabilitação dos Membros Superiores (20h) Ipatinga MG 16 e 17 Curso de Shantala Curitiba PR 16 e 17 Water Pilates São Paulo SP 16 e 23 Desenvolvimento Motor: Aspectos Neurológicos, Biomecânicos Rio de Janeiro RJ
TELEFONES (12) 3943-3611 / 3943-2921 (21) 2236-9999 (31) 3823-5993 (21) 2179-7810 / 2576-2981 (41) 3019-2828 / 9973-0610 (21) 2705-0517 / 8602-5270 0800400 008 / (43) 3325-7656 (21) 2255-7635 (41) 3022-1247 (92) 612-2612 (12) 3943-3611 / 3943-2921 (73) 3527-5544 / 3525-3187 (41) 3019-2828 / 9973-0610 (34) 9106-4578 (12) 3943-3611 / 3943-2921 08004007008 / (43) 3325-7656 (41) 3262-4545 (11) 3079-0925 / 3168-2592 (41) 3019-2828 / 9973-0610 08004007008 / (43) 3325-7656 (31) 3823-5993 (41) 3019-2828 / 9973-0610 (16) 3623-1944 (21) 2269-7293
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tininha | humor - passa-tempo - novidades - tv - música - cinema - automóvel - compras - m Oi pessoal, estou aqui mais uma vez pra matar a saudade e pôr as fofocas em dia. Nesta edição aconteceu um babado fortíssimo que foi um cronista de Goiânia que escreveu uma crônica “pesada” sobre a fisioterapia e eu trouxe pra vocês. Tenho também algumas piadinhas novas, e tudo que eu peguei na internet e com amigos pra por aqui. Mais uma vez eu digo pra quem quiser me enviar piadinhas, notas, dicas e tudo que for legal para divulgar aos colegas, que me enviem pelo e-mail tininha@novafisio.com.br Aproveito pra passar uma página da Sociedade Brasileira de Fisioterapia em Cancerologia. (www.fisioterapia.org.br) que recebi da colega Anke Bergman. Eu vou ficando por aqui e espero que gostem da coluna. Beijos a todos.
Seria Cômico não fosse trágico! Um cronista do Jornal Diário da Manhã de Goiânia escreveu a crônica que se segue. O crefito 11 escreveu ao referido jornal, sua nota de repúdio. Fisioterapia é bom que dói!, Inventaram nesses dias as moças da fisioterapia. Tem coisa melhor? Tem não. Mas tem gente que prefere o Lula ou o Garotinho. Eu me incluo fora dessa. Essas moças chegaram de mansinho no pedaço aqui do trabalho, todas, todas, bem nutridas, alongadas, cabelos mais que perfeitos, pudera, e corpo melhor ainda, querendo saber se o corpo da gente estava bom, se não tinha desvio aqui ou ali – além dos visíveis –, se era macho ou fêmea, se alguma coisa no trabalho incomodava, se dormia bem e se os objetos que eu uso com freqüência estavam perto de mim. Nem utilizo com a freqüência desejada, mas os que eu uso carrego grudados. Claro que eu me belisquei e me perguntei se estava no céu sem ter batido o pacau. Elas de branco e eu dando branco. Elas me inquirindo e eu querendo. Elas querendo consertar a gente e a gente precisando tanto de conserto, ainda mais com o uso de ferramentas tão apropriadas, as mais adequadas chaves de boca para os meus parafusos e arruelas enferrujadas. Como dizia minha vó que nasceu morta: “Há males que vêm para o bem”. Eu mesmo me senti muito melhorzinho depois que apareceram essas moças para cuidar dos males do meu corpo. E num é de ver que de repente apareceram tantas dores. Ai, Jesus como dói! Outro dia a lombalgia me pegou de jeito e desajeitou-me de um jeito que só a fisioterapeuta deu jeito. Foi a melhor lombalgia do mundo. Em casa vieram as desconfianças da mulher com o constante e ininterrupto interesse demonstrado em sair cedinho para a fisioterapia, a incerteza da cura e a repetição das sessões. Era a carência de uma mão diferente pra pegar na gente. Mas podia falar? Nem vê! O trauma é que meu desejo esbarrava no profissionalismo da moça, ela toda séria e eu abaixando as calças dizendo que a dor era mais embaixo. Ela botou ‘panos quentes’, mexeu, virou e me revirou e fez várias sessões de choque, mas na parte de trás, enquanto eu sonhava com choques frontais. Saltitei com a perspectiva de desfrutar dos en 28 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
cargos dessas moças por uns quinze minutos no meio da refrega da lida. Elas mandando na gente: “Faça assim, vira desse jeito, conserta a postura”. Até que chegou no alongamento. Mas, sobre esse, sem delongas. Não vou contar, porque a idade me deixou já um pouco mole e enferrujado. E ferrugem e moleza não combinam com alongamento. Elas mexendo com nervos, músculos e ossos e os marmanjos lá tentando esticar o que podiam, pra aliviar as tensões. Essa era a melhor hora do serviço. Eles sonhavam com as sessões e por nada desse mundo queriam perdê-las. A hora das moças virou a hora do céu, a mais esperada do dia. Todo mundo esqueceu a chatura do serviço por conta das fisioterapeutas. A vida seguia linda e mais ainda com o serviço daquelas meninas e a gente lá, feito besta, esticando mais as vistas que os nervos. Nem um rabo de olho nem nada elas aos menos insinuavam pra mim. Certo é que a realidade caiu em mim e não o contrário. O negócio estiolou de vez quando num determinado dia mandaram para esse estica-encolhe três fisioterapeutas homens. Aí eu perdi o interesse de vez. Inventei serviço pra fazer na hora. Si besta, oche! Helverton Baiano Diário da Manhã, 31/05/2006 Resposta do crefito 11 Através do Presidente, Dr. Eduardo Ravagni: “O CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 11ª REGIÃO (CREFITO 11), representando todos os fisioterapeutas do Estado de Goiás, vem, por meio desta, registrando profunda revolta, repudiar com veemência as desrespeitosas e distorcidas afirmações de autoria do cronista Helverton Baiano, publicadas no Diário da Manhã de hoje, dia 31 de maio, na Edição nº 6781. O preconceito e desconhecimento demonstrados pelo referido cronista ofendem a todos os profissionais da fisioterapia. As preconceituosas opiniões expostas só podem ser fruto de ignorância com relação ao valoroso trabalho desempenhado pelos fisioterapeutas, homens e mulheres profissionais da saúde, os quais exigem respeito e rechaçam, por intermédio deste Conselho Regional, qualquer alegação depreciativa.
AS 13 COISAS QUE VOCÊ NÃO PODERIA MORRER SEM SABER: 01) Ratos não vomitam. 02) Os ursos polares são canhotos. 03) Você pisca aproximadamente 25 mil vezes por dia. 04) Os russos atendem ao telefone dizendo “Estou ouvindo”. 05) Ninguém consegue lamber seu próprio cotovelo. 06) O Oceano Atlântico é mais salgado que o Pacífico. 07) O elefante é o único animal com quatro joelhos. 08) A cada ano, 98% dos átomos do seu corpo são substituídos. 09) Rir durante o dia faz com que você durma melhor a noite. 10) 15% das mulheres americanas mandam flores para si mesmas no dia dos namorados. 11) Seu cabelo cresce mais rápido a noite, e você perde em media 100 fios por dia. 12) A barata consegue sobreviver por nove dias sem a cabeça antes de morrer de fome. 13) 75% das pessoas que leram essas 13 coisas, tentaram lamber o próprio cotovelo!
Mais frases originais de Rivaldo Novaes
Pra vocês que estavam com saudades das Frases do colega Rivaldo Novaes, recebemos mais uns e-mails dele e separamos as frases do final de cada um. * Nasceu sem nada antes do nome, mas o dia que alguém encontrá-lo com o “ft”, faz que não viu porque deve ser o clone. * Fisioterapeuta militante e que não recebe diária do conselho para emitir suas opiniões. * Como o próprio sobrenome diz, não tem como dizer que não vem da terrinha, mas não quer ter o visto negado ao viajar pela pátria de Camões só porque seus compatriotas não valorizam a profissão. Dr. Rivaldo, nós da Revista Fisio&terapia e nossos leitores, adoramos seus e-mails e principalmente suas frases espontâneas. Escreva sempre. Um abraço.
tininha@novafisio.com.br Participe, escre
moda - economia - turismo - esporte - culinária - curiosidade - arte - acessórios e mais... Um homem de 85 anos estava fazendo fisioterapia por causa de uma pequena lombalgia quando o fisioterapeuta perguntou: como você se sente Sr. Hugo. - Nunca me senti tão bem - respondeu. Minha nova esposa tem 18 anos e está grávida, esperando um filho meu! Qual a sua opinião à respeito? O fisioterapeuta refletiu por um momento e disse: - Deixe-me contar-lhe uma história. Eu tenho aqui um outro paciente que era um caçador fanático. Nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da espingarda. Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu em sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e este caiu morto. SOBE... - Isto é impossível - disse o velhinho. Algum outro caçador deve ter atirado no Urso! O CREFITO-5 completou no dia 16 de - Exatamente!!! A carioca Catia Delmaschio, 24 anos, estudante de Fisioterapia é, há três anos, é a dublê oficial de Xuxa, tanto para a marcação de cenas e de luz, quanto para trechos dos filmes da apresentadora em que ela necessite da chamada “dublê de corpo”. Curioso é que, durante anos, Cátia tentou, sem sucesso, tornar-se paquita. Mandava fotos, vídeos, e nada... Até que um dia, um amigo que trabalha na produtora dos filmes da Xuxa falou que estavam à procura de uma dublê e que deveria ir até lá, Foi uma barbada: com exatamente as mesmas medidas de Xuxa (1,78 metro de altura, 59 quilos, pés 38 e igual medida de dedo para anéis), Cátia ganhou o trabalho e a amizade da eterna Rainha dos Baixinhos. RPM Assessoria de Comunicação
VOCÊ SABIA?
NAS COXAS As primeiras telhas dos telhados nas Casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito. CALCANHAR DE AQUILES De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles. VOTO DE MINERVA Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo. CASA DA MÃE JOANA Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda. FICAR A VER NAVIOS Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. SEM EIRA NEM BEIRA Os telhados de antiga mente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana. O CANTO DO CISNE Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém. ESTÔMAGO DE AVESTRUZ Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais. JUDAS ESCARIOTES E JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS Judas traiu cristo e Joaquim Silvério traiu Tiradentes, assim quando uma pessoa chama outra de Judas ou Joaquim Silvério, ela quer dizer que é um traidor, falso, canalha, traiçoeiro, mau caráter.
eva contando suas histórias e sugestões.
maio, 21 anos. Inicialmente com jurisdição nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em novembro de 2004 com a criação do Crefito-10 (Santa Catarina) somente no território gaúcho. SOBE... A Fisioterapia carioca vai poder contar com mais uma força na política. O colega Eduardo Moreno sairá candidato a deputado estadual nas próximas eleições com total apoio da Equipe da Revista Fisio&terapia SOBE... O Prof. Luis Guilherme Barbosa, colunista desta Revista volta a escrever sua coluna regularmente depois de mais de dois anos afastado por conta de seu mestrado. Issa!!! ...DESCE É um absurdo, mas o site do Crefito 4 está fora do ar desde as eleições e o Presidente não compareceu a reunião no COFFITO com os demais presidentes. ...DESCE O site pneumoatual bloqueou a participação de fisioterapeutas. Lamentavelmente mesmo após e-mails enviado pela Sobrafir, os editores do site ainda não se manifestaram ...DESCE Perdemos o grande amigo, o nosso maior mestre, o verdadeiro responsável pelo progresso da fisioterapia respiratória brasileira, o prof. Dr. Carlos Alberto Caetano Azeredo.
www.novafisio.com.br • 05|2005 • 29 www.novafisio.com.br • 51|2006 • 29
informe | Dr. Eduardo Moreno (Deputado Estadual 40014 - PSB)
Conheça o Dr. Eduardo Moreno Antonio Eduardo Vasconcelos Moreno é Fisioterapeuta graduado pela Universidade Veiga de Almeida - RJ e Analista de Sistemas graduado pela SESAT-RJ; pós-graduado em Fisioterapia Hospitalar pela UNIGRANRIO. É diretor da empresa CRITICALMED; associado a SOBRAFIR, Sociedade Brasileira do Sono e AARC. Professor de Pós-graduação na UGF, palestrante em diversos eventos médicos e de fisioterapia, inventor dos equipamentos ACRIFLUX e KIT EPAP devidamente registrados.
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ara tornar a nossa profissão forte e respeitada temos que nos manter sempre atualizados cientificamente e politicamente respeitando o próximo e amando o nosso trabalho. De nada adianta estarmos atualizados cienti ficamente se no lado político as coisas não andarem direito. Por isso, nós fisioterapeutas temos uma boa notícia, temos a oportunidade de eleger na próxima eleição o colega fisioterapeuta, Dr. Eduardo Moreno. Para vocês conhecerem melhor o Dr. Eduardo Moreno, nós fizemos uma breve entrevista, espero que gostem. Revista Fisio&terapia - Como surgiu a Fisioterapia em sua vida? Eduardo Moreno - Prefiro contar como surgiu o profissional fisioterapeuta em minha vida. Há 15 anos quando fundamos a CRITICALMED comecei a viajar e pesquisar novos equipamentos para uso em fisioterapia respiratória, trazendo e demonstrando-os em hospitais e clínicas. Na época conheci o profissional fisioterapeuta atuando em UTI´s e muitos desconheciam os recursos tecnológicos disponíveis e que com muito orgulho ensinei a muitos como utilizá-los. Por essa proximidade o profissional “fisioterapeuta” me conquistou pela sua dedicação, humildade e seriedade com que desenvolvia o seu trabalho e com quem mantenho uma relação de muito carinho e respeito. F&T - E como surgiu o Fisioterapeuta Eduardo Moreno? EM - Durante esses 15 anos de atuação junto com o fisioterapeuta conheci grandes mestres e conquistei muitos amigos no Brasil e dentre eles o nosso Carlinhos (Carlos Alberto Caetano Azeredo) de quem sinto muitas saudades e que por muitas vezes me levou para o palco dos seus cursos para que palestrasse para os seus alunos e com isso comecei a ser convidado para me apresentar em outros cursos e faculdades com o mesmo objetivo e sem estar graduado em fisioterapia. O Carlinhos e muitos outros grandes amigos da fisioterapia sempre me cobravam a graduação e assim me matriculei na faculdade vindo a me graduar em 2004 sem nenhuma repetência e quando completava 51 anos de vida. F&T - Como foi a sua convivência na faculdade? EM - Foram os anos mais estimulantes, felizes, de grande aprendizado e de convivência com os professores e colegas acadêmicos com quem tive a oportunidade de viver as emoções do começo de um sonho de ser um
“fisioterapeuta” e depois de graduado exercer a profissão com dignidade. Assisti muitos professores quase sem nenhum recurso técnico trazendo o melhor de si para ensinar e assisti muitos colegas acalentando o seu sonho e preocupado com o mercado de trabalho que estaria esperando por eles e que hoje com quase nenhuma perspectiva. F&T - Hoje qual é a sua atuação na profissão? EM - Hoje a minha dedicação como fisioterapeuta é na pesquisa de distúrbios do sono, respiratória, promoção de aulas e palestras e dedicação a CRITICALMED. Os pacientes que me procuram em busca de atendimento, oriento-os e encaminho para os meus colegas. F&T - Você falou do Carlinhos com muita emoção... EM - O Carlinhos foi é um amigo especial na minha vida de quem tenho grandes recordações pelas viagens que fizemos juntos, das técnicas científicas que discutimos, das confidências, das raras vezes que ficamos de “mal”, do quanto rimos das “molecagens”, de quando choramos abraçados na notícia da doença e dos momentos que estivemos juntos no final da sua viagem nesse planeta. Carlinhos sempre me estimulou e me “empurrou” para algumas importantes decisões na minha vida, de criar equipamentos, de fazer a faculdade de Fisioterapia e de ser um representante político do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional o que me cobrou muito. F&T - E sobre a política? EM - Em 2004 apoiei a candidatura do nosso colega Luiz Cláudio para o cargo de vereadorRJ e que hoje vem candidato a Deputado Federal e em 2005 me filiei ao PSB. Carlinhos e muitos colegas me cobravam uma posição política o que na verdade pouco me estimulava a assumir tanta responsabilidade a mais do que já tenho e também de ter que esbarrar com a ‘medíocre e ridícula’ atuação da maioria dos parlamentares que estão deixando o nosso moral em frangalhos. Aconteceu o convite do PSB para me candidatar a Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro o que aceitei. Aceitei com a consciência e convicção de que terei uma enorme responsabilidade com tantos colegas (companheiros) para buscar a duras penas mudar a imagem e o conceito de trabalho do Fisioterapeuta, do Terapeuta Ocupacional e dentre tantos outros profissionais da saúde. Sei também que essa grande responsabilidade que assumo como cidadão, pai, marido, filho e profissional mudara a min-
ha vida. F&T - Você já tem alguma plataforma formada? EM - Eu prefiro convocar aqui todos os Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais e demais profissionais da saúde para serem candidatos junto comigo e que todos juntos formemos a nossa plataforma política e que estaremos todos juntos para assumirmos o cargo de Deputado Estadual. Externo a minha preocupação com a já tão batidas falta de investimentos na saúde pública, ao descaso com as pessoas idosas, do poder dos planos de saúde que escolhem os profissionais que poderão atender os seus clientes, o quanto querem remunerar e explorar de forma absurda os valores das mensalidades, dos menores que apresentam nos sinais de trânsito o seu “GRITO de que queremos trabalhar e sermos útil” através de exibições de malabaris, vendendo espanadores ou lavando os pára-brisas para o desespero das motoristas. A saúde preventiva também terá que ser um projeto de todos nós gerando trabalho a muitos profissionais da saúde evitando-se gastos astronômicos na saúde pública. Há pouco li no jornal O Globo das falhas da CEDAE que abastece as nossas casas com “água potável” em controlar a qualidade desse produto e não considerando alguns outros itens importantes nessa análise. Questiono: quantos tiveram e tem que buscar ajuda médica nos hospitais por doenças provocadas pela péssima qualidade da água? Li ainda sobre a “chuva negra” que afeta a todos os moradores das cidades próximas a queimadas da lavoura de cana de açúcar e pela poluição das chaminés das usinas provocando problemas respiratórios mais uma vez elevando os custos do sistema de saúde. Temos que fiscalizar e cobrar o cumprimento da lei para que o nosso direito seja respeitado. F&T - Sua consideração final. EM - Todos nós sem exceção somos responsáveis pelo próximo no seu cuidado, no seu bem estar e pela sua qualidade de vida assim como todos são responsáveis por nós e para tanto teremos que repensar e promover a maior mudança da história política desse país renovando todos os nossos representantes e participando ativamente de todas as decisões, cobrar as suas execuções e destituir entregando os à justiça para que sejam julgados e presos os que não honrarem o nosso voto e assim tem que ser para todos os cargos público.
coluna | crônica - luisguilherme@novafisio.com.br
“Quem não cola não sai da escola!” Você está nesta ainda? por
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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa
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oltando a esse tema sempre controverso, onde através de muitos debates com colegas de diversas áreas tenho observado que a tônica é a mesma para todos. Colar parece que ficou normal, considerando nosso sistema de ensino atual, onde o aluno tem de ser aprovado, custe o que custar. Desses bate-papos surgiu esse pequeno artigo, que sofre alguns pequenos ajustes com o tempo, porém não muda na essência. Colar (def.): “Cópia feita clandestinamente nos exames escritos” –Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2ª edição. Colar é, também, sinônimo de esperteza, malandragem, vivacidade. Coloca-se cola em tudo que é lugar: papel, parede, relógio, carteira, caneta, perna, bolso, braço, roupa, celular, escuta eletrônica, em suma, vale tudo. Tem muito agente ganhando dinheiro com isso. São várias as situações criadas pelos alunos para atingirem seu objetivo – colar. As colas mais simples, aquelas da graduação, em disciplinas corriqueiras, ou mesmo profissionais, ocorrem coisas do tipo: “presta atenção cara, quando ele vier para o meu lado, “tu chama ele”! – Profi, dá prá dá um helpi ? “ - e o professor vai para o outro lado para ajudar seu necessitado aluno. “Agora, chock, é agora, passa, passa logo mané !” Muitas das vezes não espera nem o colega terminar de fazer aprova, é uma loucura total, um estresse só. Eu sempre coloco no cabeçalho das minhas provas: CALMA, É SÓ UMA PROVA, NADA MAIS! Na verdade, são criados verdadeiros “tratados colísticos”, os quais são passados de mão em mão, são vendidos nos corredores (OK, tenho reumato e traumato do Vinícius Banzato, quem vai?!). São cópias feitas a partir do caderno 32 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
de uma das colegas, preferencialmente as mais assíduas e cuidadosas. O reinado dessa aluna começa na véspera da prova e termina após a obtenção do material e, não raro ela fica sem seu caderno, pois quem pegou não devolveu. Acaba que “a chata” passa o tempo todo “criando problema só por causa de um caderno“. alguns assuntos são comuns nos corredores, nos bares, nos churrascos, principalmente, no início dos semestres: “Colar com esse professor é mole parceiro, o cara não vê nada !” Como se os professores não soubessem, ou percebessem, o que está acontecendo. “Ih mermão, esse cara é um saco, fica em cima o tempo todo, num dá um molezinho !” É muito fácil perceber um aluno colando, por se tratar de uma atitude anormal, mesmo para aqueles que colam normalmente. Colar gera estresse, o que determina naquele aluno um comportamento diferenciado do restante, mesmo nos mais caras-de-pau. Vemos coisas do tipo: orelhas vermelhas, lábios cianóticos, tremores, além daquelas famosas caretas (o aluno finge que está raciocinando e comumente pede ao professor uma inspiração). As caretas são especiais e, dependendo do relacionamento com a turma, dá para identificar o momento em que começou a cola, se esta é grupal ou individual, é geral ou zonal, escrita ou falada, etc. Ou mesmo perceber aquele aluno que só falta rasgar o papel, ao fingir que está escrevendo, enquanto espera a “cola chegar”. Daria até vontade de rir, se não fosse tão triste e trágico. Hoje, depois de várias andanças, convivência com diversas escolas, colegas, profissões e alunos, classifico a cola em dois tipos básicos: a patológica e a fisiológica. A cola patológica ocorre quando o aluno(a) que nada estudou, nada sabe – e nem quer saber
Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda.
– decide fazer a prova e passar a qualquer custo. Então, senta atrás de um(a) colega, às vezes aquele(a) é considerado(a) o(a) melhor da turma, mas no fundo serve qualquer um(a) e fica cutucando, chamando, pedindo ajuda, ou seja, atrapalhando o(a) colega. Ou ainda, prepara aqueles “tratados colísticos”, com letras ínfimas e faz verdadeiros malabarismos para conseguir acessar esses papéis, ou mesmo copia toda a matéria nas carteiras, etc. A cola fisiológica é quase uma troca de informações entre pessoas preparadas, por exemplo: se você vem estudando sempre com um(a) colega, mantendo a matéria em dia, chega no dia da prova você vai ficar do lado de quem? Ao terminar, você simplesmente entrega sua prova e vai embora, ou espera um pouco para saber como o(a) colega está indo? Quantas vezes troca algum tipo de informação, seja falando baixo, sinalizando de algum modo um erro percebido? E você supõe que o professor não percebeu? São nesses momentos que surgem os pigarros, os “shhiiiis” do professor, ou mesmo aquele aviso – “olha para a sua prova, danado(a)!” Os profissionais quase sempre mantêm contato com seus colegas de profissão, trocando idéias e tudo o mais, sempre consultando livros e revistas – isso significa colar, então? Mas o que vale afinal, o que é lícito e o que é ilícito? Como o nosso objetivo não é definir ou normatizar nada, ficam os seguintes questionamentos: deve um candidato a profissional recorrer a meios nada éticos para garantir aprovação em alguma disciplina? Ou mesmo, um aprendiz que frauda uma prova não fraudará um ludo? Ou ainda, se um candidato a profissional já tem atitudes antiéticas, será este um bom profissional no futuro? Há que se pensar a respeito. Cabe dizer aqui, que o mercado
seleciona e, inclusive, é muito comum encontrarmos ex-colegas, conhecedores do passado acadêmico de outros(as) colegas evitando trabalhar com aqueles(as) que pouco se esforçavam na Universidade. Todo mundo pode mudar, é verdade, mas você já ouviu falar que “a primeira impressão é a que fica?” E a vida vai passando, as coisas vão acontecendo e vamos recebendo “inputs” importantes provenientes de paradigmas diversos, tais como: “os últimos serão os primeiros! ”, “gato escaldado tem medo de água fria”, “pancada de amor não dói”, entre tantos, visto que – aspectos religiosos à parte – os últimos serão sempre desclassificados, gato escaldado morre e, pancada, mesmo dada com amor, deixa hematomas. Entretanto, podemos afirmar que os bons profissionais sempre serão respeitados, lembrados e convidados ao trabalho, sendo muito comum encontrarmos nas posições de liderança excelentes alunos dos bancos escolares. É preciso pensar melhor nessas coisas, levar a vida acadêmica mais a sério. O aluno da graduação deve entender que ele será um profissional ao término do curso, trabalhará com pessoas, salvará vidas, prevenirá doenças graves, será gerador de satisfação e bemestar de pessoas, aliviará a dor de muitos. A postura ética inicia-se no vestibular e não após a formatura. Faz-se necessária maior conscientização, até porque a Fisioterapia cresce a cada dia e precisamos de gente, profissionais, que pensem mais e copiem menos, gente estudiosa e criativa, capaz de quebrar paradigmas, verdadeiramente inovar com sabedoria sem, naturalmente, esquecer tudo o que já foi conquistado. “Quem não sabe o que procura não pode interpretar o que encontra.” Claude Bernard
artigo | glossário
Glossário e siglas utilizadas na fisioterapia por
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Dr. Oston de Lacerda Mendes
N
aw prática diária de nossas atividades, nós fisioterapeutas, assim como qualquer outro profissional, utilizamos termos técnicos específicos a nossa profissão. São palavras e siglas, algumas delas compartilhadas com outros profissionais da saúde e outras bem peculiar a nós. A Revista Fisio&terapia colocando em prática um desejo antigo de criar um glossário de fisioterapia, colocou em seu site (www.novafisio.com.br/glossario.htm) um trabalho inicial feito pelas colegas Luciana Di Thommazo orientada pelo Prof. Carlos Eduardo dos Santos Castro e a Vanessa Ogata orientada pela Profa. Dra. Gladis Maria de Barcellos Almeida. O glossário em nosso site é o início de um trabalho demorado mas de grande utilidade para todos nós e por isso, precisamos da ajuda de todos para sua conclusão e atualização. Entre no site, leia o glossário e participe com sua contribuição. Aqui, coloquei algumas siglas e alguns exemplos de palavras e seus significados, a lista completa esta no site. Participe! Exemplos de siglas (veja mais no site). ADM - Amplitude de movimento AIT - Ataque isquêmico transitório AVC - Acidente vascular cerebral AVCH - Acidente vascular cerebral hemorrágico AVCI - Acidente vascular cerebral isquêmico AVD - Atividade de vida diária BE - Bicicleta ergométrica BIPAP - Dois níveis intermitentes de pressão positiva nas vias aéreas BK - Tuberculose C - Cervical CA - Câncer CAF - Corrente de alta frequência CC - Corrente continua CPAP* - Pressão positiva contínua nas vias aéreas CPT - Capacidade pulmonar total DC - Débito cardíaco DCBV - Distúrbio cerebral vascular DM - Doente mental DORT - Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho DPOC - Doença pulmonar obstrutiva crônica EE - Eletroestimulação ENMG - Eletroneuromiografia ERA* - Effective radiation area (área de radiação efetiva do ultra-som) FAF - Ferimento por arma de fogo FB - Forno de Bier FC - Frequência cardíaca FES* - Estimulação elétrica funcional FNP - Facilitação neuromuscular proprioceptiva 34 • ed.51 | jul/ago 2006 • F&T
FR - Frequência respiratória HM - Hidromassagem HM - Mal de Hansen HMA - História da moléstia atual HP - História pregressa HY - Histeria IRA - Insuficiência respiratória aguda IV - Infravermelho L - Lombar LCA - Ligamento cruzado anterior LCP - Ligamento cruzado posterior LER - Lesão por esforço repetitivo MI/MMII - Membro inferior / Membros inferiores MO - Microondas MS/MMSS - Membro superior/ membros superiores OC - Ondas curtas PA - Pressão arterial PAF - Projétil de arma de fogo PC - Paralisia cerebral PEEP* - Pressão positiva expiratória final PF - Parafina PI - Paralisia infantil PO - Paralisia obstétrica PPEF - Pressão positiva expiratória final QP - Queixa principal RD - Reação de degeneração RO - Roda de ombro RPG - Reeducação postural global RPN - Respiração por pressão negativa RPP - Respiração por pressão positiva RPPC - Respiração por pressão positiva contínua nas vias aéreas RTCA - Reflexo tônico cervical assimétrico RVP - Resistência vascular periférica S - Sacro SIC - Segundo informações colhidas SLR* - Straight leg raise SPP - Síndrome pós poliomielite T - Torácica Tb - Tuberculose TB - Turbilhão TCE - Traumatismo crânio encefálico TENS* - Estimulação elétrica nervosa transcutânea TU - Tumor US - Ultra-som UTI - Unidade de terapia intensiva UV - Ultra-Violeta VC - Volume corrente VMI - Ventilação mandatória intermitente VMIS - Ventilação mandatória intermitente sincronizada VMO - Vasto medial oblíquo VMNI - Ventilação mecânica não invasiva VPN - Ventilação por pressão negativa VR - Volume residual VRE - Volume de reserva expiratório
VRI - Volume de reserva inspiratório VS - Volume sistólico * Siglas da expressão em Inglês. Exemplos de palavras e seus significados (veja mais no site). Acinesia – Desaparecimento ou grave perturbação dos movimentos, que leva à uma grande dificuldade para iniciar, mudar a direção, interromper e reiniciar um movimento. É decorrente de uma alteração na atividade dos gânglios basais do cérebro, tornando-se muito incômoda porque para realizar mesmo o mais simples movimento o portador de acinesia tem que exercer um alto grau de concentração e esforço mental. Dessa forma quando o movimento consegue ser iniciado, se apresenta duro e fragmentado. É um sintoma muito comum na doença de Parkinson. A fisioterapia atua visando melhorar a amplitude de movimento, o equilíbrio, e a manutenção das habilidades funcionais do paciente. Afasia – Distúrbio no processamento e/ou produção da linguagem, que afeta a compreensão auditiva, compreensão de leitura, expressão verbal, escrita e gestos simbólicos. Dependendo da área do cérebro lesada, a afasia pode ter carácter motor (afasia de expressão), ou sensitivo (afasia de percepção). Na afasia motora o paciente é capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente falando ou escrevendo. Já na afasia sensitiva a compreensão da linguagem tanto falada como escrita é deficiente. Embora um paciente afásico deva ter sempre o acompanhamento de um fonoaudiólogo, o fisioterapeuta pode auxiliá-lo enfatizando durante a terapia sua capacidade de compreensão, e encorajando-o a se comunicar através da fala e dos gestos. Agnosia – Deficiência de reconhecimento através de um determinado canal sensorial, mantendo no entanto o funcionamento de outros canais. Por exemplo: é possível termos um paciente agnósico visual que apesar de ser incapaz de identificar a natureza e o significado de um objeto que lhe é mostrado, quando o toca consegue reconhecê-lo. Algumas formas clínicas de agnosia são: agnosia visual; agnosia auditiva; agnosia tátil (estereognosia); agnosia espacial; somatoagnosia (não reconhece o próprio corpo ou parte dele); anosognosia (não reconhece parte do corpo com distúrbio motor, paresia ou paralisia). A fisioterapia pode auxiliar na melhora de uma determinada agnosia proporcionando estímulos contínuos no canal sensitivo acometido durante a sessão de tratamento.
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