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• ed.52 | set/out 2006 • F&T
www.novafisio.com.br • 52|2006 •
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ISSN 1678-0817
| editorial
| equipe
Oi pessoal, chegamos a mais uma edição, esta é a 52ª de sua revista Fisio&terapia. No próximo dia 1º de novembro completaremos 10 anos de revista e foi muito bom compartilhar com você todo este tempo. Por falar em aniversário, dia 13 de outubro também está chegando e nós da Revista desejamos a todos os leitores e assinantes muito sucesso na profissão. Nesta edição tivemos a oportunidade de entrevistar mais um ilustre paciente que nos recebeu muito bem em seu restaurante na Barra, vejam a entrevista na página12. E aproveitando, nós da revista estamos sempre procurando pacientes ilustres para nos contar a sua experiência com a Fisioterapia, então se você conhece algum, nos indique! Mais uma vez parabéns pela sua data e uma boa leitura.
EQUIPE - VEJA QUEM FAZ A REVISTA QUE VOCÊ LÊ
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| protocolo
Entrevista com o lutador, cantor, ator, dançarino, empresário e motociclista Raul Gazolla
07 Cartas 08 Clipping de notícias 09 Coluna social e frases 10 Coluna do Prof. Luis Guilherme 11 Qualis, fala sério! 26 Aspectos importantes da síndrome do impacto 16 Esclerose múltipla 19 Proposta de um protocolo de 29 Biomecânica ocupacional tratamento para fratura de 30 Performance anaeróbica com tornozelo e sua aplicabilidade 24 Avaliação da atividade eletromiográfica em repouso e nas contrações
treinamento em biofeedback EMG 33 Tratamento da disfunção miogênica da articulação temporomandibular 34 Contos da Tininha 36 Agenda de evenos
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EDITOR - Dr. OSTON DE LACERDA MENDES ASSISTENTE - LUCIENE LOPES REDATOR - MARCOS ALVES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN - MARCIO AMARAL CORRESPONDENTE SP - ANTÔNIO CARLOS TRUBIANI CORRESPONDENTE MG - MARTA ALVES
COMO CONTATAR A NOVAFISIO PARA ENVIAR COMENTÁRIOS, SUGESTÕES, CRÍTICAS E INFORMAÇÕES SOBRE QUALQUER SEÇÃO OU SOBRE O SITE DA REVISTA. ENDEREÇO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 2294-9385 E-MAIL: REVISTA@NOVAFISIO.COM.BR (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) Toda correspondência que chegar à Redação poderá ser publicada de forma resumida. Deve conter o nome do autor, a cidade e o estado. SITE NOVAFISIO Não esqueça que se você é assinante da Fisio&terapia, pode navegar livremente pelo nosso site: www.novafisio.com.br e solicitar artigos já publicados. PARA ASSINAR O VALOR DA ASSINATURA ANUAL É R$75,00 (SETENTA E CINCO REAIS) E PODE SER FEITA COM CHEQUE, DEPÓSITO, BOLETO E CARTÃO DE CRÉDITO www.novafisio.com.br revista@novafisio.com.br Ou com um de nossos correspondentes (SP e BA). PARA RENOVAR SUA ASSINATURA, COMUNICAR MUDANÇA DE ENDEREÇO OU TIRAR DÚVIDAS SOBRE PAGAMENTO E ENTREGA DA REVISTA revista@novafisio.com.br (21) 2294-9385 (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) PARA ANUNCIAR NA REVISTA, NO SITE OU FAZER MAILLINGS (e-mail marketing) revista@novafisio.com.br (21) 2294-9385 (de 2ª a 6ª das 9h às 19h) A REVISTA FISIO&TERAPIA NÃO SE RESPONSABILIZA POR CARTAS E ARTIGOS ASSINADOS.
turbilhão | cartas - escreva também e leia outras cartas no site www.novafisio.com.br ISTO É Com referência a Reportagem de Capa de ISTOÉ (09/08/2006) intitulada “A VITÓRIA DA ACUPUNTURA”, faz-se necessário aclarar alguns pontos históricos e legais que observo a seguir: Certamente estamos procurando pelos 9.5 mil médicos brasileiros que adotam a acupuntura no País, assim como pelos 2.5 mil que tenham o título de especialista na área. A referida técnica obteve a sua implantação no Sistema Único de Saúde em 1988, através da malfadada Resolução CIPLAN No 05/88, que dava exclusividade da prática aos médicos, numa lamentável contradição histórica (à época era vigente a Resolução CFM Nº467/72 que afirmava peremptoriamente não ser a acupuntura uma prática médica, contradita apenas em 1995 através da CFM Nº1.455/95). Ocorre que o erro histórico daquela Resolução CIPLAN 05/88, foi corrigido apenas este ano com a publicação da PORTARIA MS 971/06, que por sua vez derroga a anterior e constitui oficialmente a prática multidisciplinar da acupuntura no âmbito do SUS, para profissionais da saúde de graduação superior, portadores do título de especialista conforme exigem seus respectivos Conselhos Profissionais. Neste interstício que vai de 1988 à 1996, mais precisamente segundo os dados contidos na própria Portaria 971, em 2003 haviam 376 médicos cadastrados no SUS, sendo que destes 213 encontravam-se na região sudeste). Neste sentido foram oferecidas em 2003 cerca de 181.983 sessões de acupuntura, beneficiando apenas cerca de 18. 100 habitantes, num universo de 170 milhões de brasileiros. O este pequeno número de profissionais e atendimentos, foi um dos fatores determinantes, pela adoção da multidisciplinaridade da acupuntura no âmbito do SUS, além desta forma ser a propugnada pela Organização Mundial da Saúde, através da Resolução WHA44.34 de 1991. Cabe salientar ainda, que nós fisioterapeutas brasileiros já não brigamos mais pelo direito de exercer o
método, pois fomos introdutores, do mesmo, no Brasil e a Justiça Federal reconheceu esta prática mantém afinidades com as atividades dos fisioterapeutas (Sentença em Mandato de Segurança no 7681470/86 da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro e Acórdão da 1ª Turma Registro MAS 113658/RJ Sessão de 16 de junho de 1987). Destarte, o que a classe dos fisioterapeutas pugna atualmente é pela regulamentação multidisciplinar da técnica, através de Lei federal, seguindo uma tendência mundial propugnada pela O.M.S. Atenciosamente, Prof. Nelson J. R. de Oliveira FisioterapeutaEspecialista em Acupuntura Conselheiro Gestor da Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas (SOBRAFISA) Consultor técnico de acupuntura do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional Membro da comissão de acompanhamento de implantação da Portaria 971/2006 pelo FENTAS CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE Extra, extra, extra! A CENTRAL INTERNACIONAL DE INVESTIGAÇÃO DE TITULARIDADE INFORMA: Após exaustivas pesquisas nos campos mais racionais da inteligência humana, chegaram os pesquisadores ao cerne do significado da terminologia “FT” , aplicada circunstancialmente a fisioterapeutas, principalmente quando da participação dos mesmos em eventos médicos. “FT” vem, pasmem os senhores, de FISIOTERAPEUTA AMESTRADO. A grande dificuldade de se chegar a este veredicto, deveu-se ao fato de que, ao contrario do usual em terminologias e denominações quando habitualmente se utilizam as letras iniciais. No intuito de dificultar a identificação do real significado do termo, utilizaramse os agentes opressores de letras iniciais e intermediárias. Suspeita-se que esta atitude tenha sido orquestrada em conluio com uma enormidade de colegas fisioterapeutas que, apesar de
serem DOUTORES CATEDRÁTICOS, submetem-se a este pichamento de seus títulos para obterem a permissão de falar, de aparecer e de trabalhar em eventos externos a nossa categoria. Esta suspeição baseia-se no fato de que deve haver inteligência dentro da categoria dos fisioterapeutas. Duvidar de que sabiam desta artimanha, seria duvidar de suas inteligências, o que para nós seria bem pior. Já pensou? Nem pensar que os grandes “PENSADORES” de nossa categoria, na maioria líderes de nossas entidades, não pensam. Melhor imaginar que tenham algo em seus planos, algo inteligente, nem que seja em prejuízo a toda a comunidade. Esta sim seria a diferença entre os ESPERTOS-BURROS e os BURROSBURROS. Isso nos colocaria novamente dentro da lei universal que ainda rege grande parte da sociedade brasileira; a famigerada “LEI DE GERSON”. Sabemos todos, que o texto acima é mera obra de ficção baseada infelizmente na mais pura constatação de que estes fatos realmente acontecem dia após dia... Não sabemos na realidade é o que realmente passa pelas cabeças de nossas lideranças quando assumem determinadas posturas, quando diante de colegas, de fisioterapeutas, não aceitam ser chamados ou denominados de outra coisa que não as que tenham relação com suas titularidades, o que é correto. Enquanto que por outro lado... FAÇA O QUE EU DIGO OU FAÇA O QUE EU FAÇO? Não deve ser realmente fácil conviver, enquanto acadêmico ou jovem profissional com tamanha crise de identidade e divergência de atitudes. Por um lado assinam-se intermináveis listas de ação contra atos outros que nos querem subalternos, por outro aceitamse os grilhões de nossas ações( impensadas?). FICÇÃO e REALIDADE se fundem e se confundem em um horizonte de baixa estima porque é baixo o nível do pensamento. Pensar dói, sobretudo quando se tem que ponderar perdas de privilégios
com as castas que se acham superiores, e diferenciações com os que deveriam ser iguais. REFLEXÃO E AÇÃO, é o que peço nas entrelinhas deste meu pequeno artigo. Longe de mim a condenação personal, a crucificação de figuras algumas que me foram e ainda são exemplos, infelizmente incompletos como de praxe na natureza humana. Assim como eu. Dr.Jefferson Lemos Catunda. Esp. FISIOTERAPEUTA. Nestas eleições! Atenção, ele é o autor do PL ATO MÉDICO! Candidato ao Senado, Geraldo Althoff visitou Blumenau. O exsenador Geraldo Althoff (PFL) esteve em visita a Blumenau, dias 24 e 25. Althoff está em plena campanha para retornar ao Senado Federal. Suplente de Vílson Kleinübing, Geraldo Althoff assumiu a vaga do ex-prefeito de Blumenau em Brasília depois de seu falecimento, deixando o cargo em 2003. Apoiado pelo Sistema Unimed, em sua passagem por Blumenau, Geraldo Althoff visitou médicos e participou de eventos relacionados à classe. O candidato ao Senado é de Tubarão e tem sua base eleitoral no sul do Estado. Fábio Souza Decreto reduz o número de Mestres Um decreto assinado pelo Presidente Lula reduz a obrigatoriedade de professores com títulos de mestres ou doutores no quadro de docentes nos Centros Universitários. De acordo com o decreto 5.786, de 24 de maio de 2006, são considerados centros universitários as unidades de ensino que mantém em seus qua dros um terço de professores mestres ou doutores. [23 de junho] Dr. Jader Sebastião Raimundo Presidente da Amefisio www.amefisio.org.br Conselheiro Federal do Coffito www.novafisio.com.br • 52|2006 •
turbilhão | clipping - leia nosso clipping atualizado diariamente no site www.novafisio.com.br Cariocas têm um colega em quem votar
A Revista Fisio&terapia apóia a candidatura do colega Eduardo Moreno - 40014-PSB Quem conhece o nosso colega Eduardo Morno apóia a sua candidatura para deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Exemplo de profissional e amigo de tantos e que com certeza estará nos representando nesse segmento de que tanto precisamos. Eu apóio! Apóio inclusive o voto “válido” com renovação “total”.
Outra colega que devemos apoiar Luciene Cordeiro - 5692 LUCIENE CORDEIRO, é Fisioterapeuta Pós-Graduada nas Especialidades de Pediatria e Pneumofuncional, dedica sua profissão principalmente no atendimento a crianças Especiais. Nascida na cidade de Barra Mansa, presta serviços de âmbito social, levando projetos de saúde a bairros e pessoas da região Sul Fluminense, esquecidas pelo poder público. Com esta vivência na área de saúde pública, conhece de perto as dificuldades de se exercer a profissão com dignidade e respeito aos que necessitam de nossos conhecimentos profissionais. “Vivemos num País mergulhado na lama do roubo de fortunas, enquanto pessoas morrem nas filas dos hospitais, enquanto prepotentes agem querendo ser donos das profissões de saúde, enquanto políticas econômicas favorecem planos de saúde e outras massacram nossa categoria quanto a formação e exercício profissional... ...Porém, nós não nos submetemos, nós nos fortalecemos a cada dia com organização da categoria e o exercício desta linda profissão com conhecimento, competência, respeito e dignidade; nós somos a mudança aparente na área de saúde e isto incomoda muita gente; nós podemos então, também lutar politicamente e mudar este País.” Luciene Cordeiro.
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E o grande amigo Luiz Claudio Luiz Claudio - 4003 Fisioterapeutas!!! não vamos delegar poderes!!!!!!!!!!!! PARA DEPUTADO FEDERAL LUIZ CLAUDIO PSB Nº 4003 Dr. Luiz Cláudio Pinto . Conheça mais sobre ele: Fisioterapeuta do IASERJ desde 1988, formado pela FRASCE em 1982, Professor Universitário do Centro Universitário Hermínio da Silveira UNI-IBMR, Secretário Geral do SINFITO/RJ (Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas no Estado do Rio de Janeiro), Vice-presidente SOBRAFISA/RJ (Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas), ex-professor da Frasce, Universidade Gama Filho e Unisuam. DIRETRIZES DE CAMPANHA - Melhorar o atendimento e o acesso aos serviços de saúde; - Dispensação nos Postos de Saúde de medicação, próteses e órteses; - Serviços de saúde 24 horas; - Ampliar a assistência materno-infantil; - Valorização e remuneração profissional digna; - Inserir o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional no Programa de Saúde da Família – PSF; - Ampliar cargos para profissionais e vagas para acadêmicos (curriculares e bolsistas) na Rede; - Implantar o estágio remunerado (na forma de bolsista), na rede privada; - Abertura de Concurso Público; - Proporcionar assistência Fisioterapêutica e Terapêutica Ocupacional domiciliar; - Proporcionar ao sistema FENAFITO/SINFITO condições de lutar por melhores salários; - Implantar serviços de Fisioterapia e Terapeuta Ocupacional em toda a Rede; - Divulgar a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional; - Implantação e implementação das Gerências de Programas (Fisioterapia - Terapia Ocupacional - Fonoaudiologia); - Proporcionar um elo efetivo de ligação entre os profissionais e as autoridades. - Ser um representante Político da Fisioterapia e Terapia Ocupacional no Congresso Nacional
turbilhão | frases, coluna social “FT” vem, pasmem os senhores, de
FISIOTERAPEUTA AMESTRADO.” [Dr. Jefferson Lemos Catunda]
“Esperamos em Deus, mudar as coisas em nosso País... Podemos começar com políticos novos e sem vícios.” [Dra. Luciene Cordeiro, fisioterapeuta candidata à deputada federal]
“...Quase me apaixonei por ela até porque o fisioterapeuta vira quase também o nosso terapeuta. ” [ Ernani Moraes, em entrevista para Revista Fisio&terapia]
Não acabei ainda. Claro que tenho momentos de incertezas, mas nunca pensei em parar. [Guga, paciente do Dr. Nilton Petrone ainda em atendimento]
coluna social | V Fórum Nacional de Fisioterapia Dermato Funcional
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turbilhão | Coluna Prof. Luis - luisguilherme@novafisio.com.br
Festa para fisioterapeuta não é só cerveja, refrigerante e salgadinhos. por
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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa
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ois é, acabo de chegar de uma festa e mais uma vez passei por uma situação cada dia mais freqüente na vida dos fisioterapeutas. O pessoal acha que fisioterapeuta em festa é para dar atendimento gratuito. É sempre a mesma coisa, todos têm uma “dorzinha nas costas”, ou um “barulho no joelho”, ou ainda o famigerado “pulso aberto”. Os colegas sabem exatamente a que me refiro, os acadêmicos já devem estar vivenciando tal fato, mas a verdade é que toda festa termina em trabalho. Um amigo meu convidou-me para o aniversário do seu filho mais novo, um flamenguista, e como eu gosto muito da família fomos, eu e minha família, prestigiá-los. O meu amigo, naquela tentativa solene de me enturmar saiu me apresentando para todo mundo: - Esse aqui é um amigo meu, o Dr. Guilherme, fisioterapeuta, um prevencionista de carteirinha, um homem da ergonomia! Começou o calvário. Aproximou-se um gordinho, com cara de “muitos amigos”, e perguntou tantas coisas, e ao mesmo tempo, que eu não conseguiria responder nem que estivesse de Ferrari. O caro perguntou sobre pés, joelhos, quadris e quando chegou na coluna eu pensei que teria de sair daquela festa, parar numa pizzaria, pois não dava tempo nem para fazer uma boquinha. Entendi que aquele gordinho era gordinho devido à ansiedade. Minha mulher estava versando sobre mesa de bolo com nossa anfitriã e nada podia fazer para me salvar. Foi quando minha filha pequena passou correndo, aliás festa de criança que não tem criança correndo parece não ser festa, não raro eu tenho que por em prática minha prática de socorrista da Cruz Vermelha, então peguei minha pequena pelo braço e pedi que me conseguisse um refrigerante, pois minha garganta já 10 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
estava dando sinais de cansaço. Foi aí que eu percebi que o dito gordinho havia me isolado da festa e tomei a decisão de retornar a festa e, com a clássica desculpa da ida ao banheiro, livrei-me da situação. No banheiro, entre outras coisas, dei uma relaxada, fiz um gargarejo com água pura para aliviar as pregas vocais, pois parecia que eu estava num desses Congressos em que você tem que apresentar um trabalho feito em seis meses, registrado em dez laudas, num espaço de tempo de dez minutos e sem microfone para um público de 250 pessoas. Saí do banheiro com a sensação do dever cumprido, pois meu cliente havia sido atendido em suas necessidades e ouvi aquela frase: - Caro doutor, bem que eu estava procurando-o! Ora, ora se não me chamou de Guilherme é porque lá vem consulta, pensei. Mas não, não era nada disso, o cara queria saber o que eu pensava sobre o tratamento do Filé no Guga. Pronto, lá se foi mais meia hora de festa pelo ralo, porque você discutir um assunto técnico com quem entende é uma coisa, porém com os “achologistas” é outra bem diferente. O pior é que a máxima “de médico, técnico de futebol e louco todo brasileiro tem um pouco” pode agora ser modificada, ou seja: “de fisioterapeuta, médico, técnico de futebol e louco todo brasileiro tem um pouco”. E tome-lhe a ouvir besteiras, mas a ética manda que mantenhamos postura cordata, principalmente tratando-se de um leigo e que está tentando ser agradável. Lembrei-me do Dr. João Branjão, pois se eu que não trabalho com desporto fiquei de ouvido edemaciado, imagino que o amigo teria uma síncope. Voltei ao banheiro para nova escapadela e, mais uma vez, deu certo. Tudo ia muito bem, eu já havia conseguido chegar à mesa, que nos fora reservada e estava man-
Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda.
tendo uma relação amigável com os garçons (havia prometido um pôster autografado do Romário e um do Athirson) eis que se aproxima uma mulher, no auge de seus trinta anos, bem vestida em um tubinho preto e com os espaços da vestimenta completamente preenchidos, acompanhada da sogra do meu amigo. Eu pensei cá com meus botões: se vem de sogra , boa coisa não pode ser! No jogo da vida adivinhar é proibido, mas não deu outra, pois a senhora em questão pediu uma orientação para uma determinada dor que sentia na região lombar, mostrando com a mão. Fiz alguns questionamentos básicos, mais por educação que por técnica de avaliação e chegamos ao momento em que, normalmente, conseguimos sair pela tangente quando usamos a seguinte expressão: - Bem fica difícil dar uma opinião sem ver a região, sem fazer um exame mais completo. Foi nesse ponto que a massa desandou, o céu veio abaixo, o tiro saiu pela culatra, ou seja lá como vocês queiram chamar, pois a moça, que não se fez de rogada, abaixou o zíper do tubinho e virou-se de costas, posicionou-se melhor para eu realizar o referido exame mais completo. Diante daquela cena, exatamente no momento em que o pessoal cantava “segura o tchan” no videoquê, minha reação foi a de buscar os olhos da minha mulher. Encontrei-os fuzilantes, acompanhados daquela postura corporal tradicional, qual seja: contração bilateral do músculo corrugador do supercílio, mãos apoiadas na asa dos ilíacos, anteropulsão de ombros e região do antepé em contato intermitente com o solo. A única expressão possível neste momento é aquela nossa conhecida: “Xiiiii!!!”. Mas, como dizem que Deus é brasileiro e torce pelo América-RJ, como eu, o fato de ser casado com uma colega de profissão salvou-me
a pele apesar de não ter salvo a festa. Terminei meu Sábado em completa hipertonia paravertebral, que me obrigou a dormir sobre uma almofada térmica na posição de Williams, jurando que festa nunca mais. Mas isso passa. Brincadeiras a parte, apesar de que sem elas a vida fica complicada, isso tudo se dá em função da evolução de nossa profissão. Antigamente, éramos confundidos com massagistas ou enfermeiros. Atualmente, já conhecem bem o que fazemos e localizam, inclusive, algumas intervenções que fazemos. É difícil encontrar uma pessoa, que nunca tenha feito um tratamento fisioterápico. Já temos crianças querendo ser fisioterapeutas quando crescerem. Isso tudo é muito bom, muito bonito, mas esconde um aspecto que tenho visto ser esquecido. A RESPONSABILIDADE. Encontramos alunos que colam, profissionais que não se aprimoram, estabelecimentos de ensino que não investem na produção e difusão do saber, etc. É preciso pensar que se somos a profissão do futuro devemos prepará-lo desde já, pois se pensarmos que o futuro deverá ser preparado depois estaremos a cuidar do presente, que poderá se transformar em “um presente de grego”. A solução é aprender, ensinar, criar, compartilhar e produzir, tudo no eterno ciclo do viver. E, depois de ler este artigo, não deixe de ir a festas. Continuem mandando seus recados, críticas, comentários e sugestões. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenham o bom humor ! luisguilherme@novafisio.com.br
“Valorize seus limites e por certo não se livrará mais deles” Richard Bach
artigo | qualis, indexada, impacto, revista
Qualis da Revista? Fala sério! por
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Oston de Lacerda Mendes
E
como disse ao lado o colega Luis Guilherme, as perguntas fazem parte de nossa atividade profissional, e eu como editor da Fisio&terapia além destas recebo uma outra pergunta freqüente nos eventos e encontros: - Quando sua revista será indexada? Qual é a qualis dela? A primeira vez que me fizeram esta pergunta, a minha reação foi de perplexidade. Respondi de maneira educada e sincera ao meu inquiridor: desconhecia o “qualis”. Admito, no entanto, que este tipo de pergunta me causa certa irritabilidade. Mas como ficar insensível diante dos modismos, mecanismos de controle e das manias classificatórias criadas pela “comunidade acadêmica”, as quais se fundamentam em critérios quantitativos pretensamente objetivos? Como não se irritar quando percebemos que determinados indivíduos se preocupam mais com os meios do que com os fins? Como editor, devo admitir que é de fundamental importância o conceito que tenham sobre a revista - e não meço esforços para que seja sempre o melhor. Mas de um ponto de vista estritamente pessoal, penso que o verdadeiro “qualis”, que atesta ou não a qualidade de uma revista e mesmo a sua existência, é dado por seu corpo editorial, os autores colaboradores, as empresas que acreditam e investem em anúncios e especialmente, seus leitores (afinal é para estes que a revista existe). Longe de mim desmerecer o abnegado trabalho dos doutores que compõem a “autoridade científica” que define e aplica os critérios classificatórios; afirmo apenas o óbvio: o que dá vida a um periódico é o grupo que o compõe e os resultados que alcança ao angariar o apoio, a colaboração e o respeito dos seus anunciantes e leitores. A Revista Fisio&terapia completará no próximo dia 1º de novembro seu décimo ano de existência, foram até agora 52 edições editadas e neste período, publicou artigos de cerca de 300 autores, das diferentes regiões do país e do exterior. A Revista Fisio&terapia, por exemplo, é fonte de pesquisa para acadêmicos e profissionais em todos os níveis. Também contribui com o processo de ensino-aprendizagem, na medida em que docentes e discentes reproduzem seus textos e os utilizam em atividades acadêmicas. A Revista Fisio&terapia colabora ainda para a divulgação de autores e artigos além de apresentar resultados relevantes através de nossas entrevistas com personali-
Fisioterapeuta Editor da Revista Fisio&terapia.
dades. A Revista Fisio&terapia dissemina idéias sem as amarras dos “ismos”, ela é democrática tanto no que diz respeito aos temas quanto às referências. Neste sentido, ela contribui para uma cultura de maior tolerância e na medida em que recusa o “academicismo”, representa uma referência para os muitos colegas que não se vinculam ao “campo acadêmico”. São números que apenas expressam um lado do que poderia ser uma avaliação. Há outro lado, talvez mais importante que a quantificação, para uma possível identificação da qualidade da publicação. Mas como mensurar tudo isto? Será possível traduzir isso em números ou conceitos que expressem sua qualidade? A “comunidade acadêmica” objetiva traduzir em conceitos o que seria a“qualidade”, o“qualis”, de cada revista. O interessante em tudo isto é a “servidão voluntária” que nos atinge como uma doença inoculada por determinações e procedimentos das instâncias “superiores”. Por que, em geral, aceitamos os ditames das “autoridades científicas” e administrativas-burocráticas e, quase sempre, nos adaptamos e as aplaudimos sem questionar? Por que precisamos de um corpo especialmente instituído para nos conceder uma espécie de ISO 9000? Diante da corrida pelo Lattes que nos foi imposta por esta mesma “comunidade acadêmica”, muitos preferem se adaptar e aceitar de maneira subserviente. Entre questionar os objetivos e a validade política – e mesmo científica – de tais procedimentos, preferem perguntar se a sua revista tem “qualis”. Se tiver, ótimo! Se não, também não será desconsiderada enquanto possibilidade para publicar, pois, a despeito de tudo, é preciso “fazer o Lattes”! Diante do peso da “autoridade científica” é quase impossível não se curvar aos procedimentos, critérios e classificações. Ela, a “autoridade”, faz o seu trabalho; façamos o nosso. E o faremos melhor se nossos objetivos extrapolarem os limites da adaptação e do conformismo, sem a “servidão voluntária” que apazigua as nossas consciências e nos torna objetos e meros expectadores alienados em nosso próprio “campo”. Qualis? Há não foge! Dr. Oston de Lacerda Mendes Adaptação do texto de Antonio O. da Silva www.novafisio.com.br • 52|2006 • 11
entrevista | Raul Gazolla
Raul Gazolla por
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Leia também as entrevistas de Herbert Vianna, Lars Grael, Luciana Gimenez, Marcus Menna, Nalbert em nosso site.
Oston Mendes
impático, extrovertido e bem humorado, o ator, cantor, dançarino, lutador, surfista, gourmet, piadista, paciente de fisioterapia e pai uma linda menina chamada Rani (que também estava lá) Raul Gazolla nos recebeu em seu restaurante na praia da Barra da Tijuca para nos conceder esta entrevista. Revista Fisio&terapia: Oi Raul, primeiro fale um pouco de você. Raul Gazolla: Ok, meu nome completo é Raul Oliveira Gazolla, nasci em 7 de agosto de 1955, sou nascido e criado aqui no Rio de Janeiro. Fui criado surfando, também fazendo Windsurf, Jiu Jitsu, capoeira, isso tudo quando era jovem, apenas o windsurf pra mim é pra sempre. (Neste momento a Rani se fez lembrar e o Raul completou) tenho uma filhota linda que vai fazer quatro anos agora em outubro e é a razão da minha vida, minha alegria. F&T: Além disso, você também fez dança, canto e é ator não é isso? 12 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
RG: Isso! Eu fiz dança por muito tempo, fiz jazz, tango, bolero, samba-canção porque trabalhei no teatro com musicais, então fiz dança e canto, mas atualmente prefiro trabalhar com comédia.
“Eu fiz dança por muito tempo, fiz jazz, tango, bolero, samba-canção porque trabalhei no teatro com musicais” F&T: Por falar em comédia você está com uma peça de comédia atualmente, certo? RG: É, to fazendo uma peça chamada “Um Caminho Para Dois” que estreou em São Paulo no dia sete de setembro e vou ficar lá sextas, sábados e domingos de setembro e outubro.
F&T: Legal, algum contato para quem quiser mais informações? RG: Sim, entra no meu site www.raulgazolla.com. br F&T: Quando foi sua entrada na TV? RG: Meu primeiro papel de destaque foi em Kananga na TV Manchete, mas antes disso eu fiz uma participação na segunda versão de ‘Selva de Pedra’. Antes de fazer ‘Kananga’, eu já fazia teatro. O teatro é o grande exercício do ator. F&T: Você está bem como ator, mas se você não fosse ator o que gostaria de ser? RG: Eu gostaria de ter trabalhado com esporte. Há mais de 10 anos que treino jiu-jitsu e fui até campeão da categoria master. Também já participei do Ironman em 98. Hoje é possível viver só do esporte, antigamente não era. F&T:
entrevista | Raul Gazolla Agora me fala que novidade é esta de restaurante, (eu estava comendo uns Nachos com queijo que estavam deliciosos) você sabe cozinhar? RG: Eu morei na Europa e não sabia fazer nada de comida. Morava numa república e tinha um amigo que cozinhava e eu tinha que lavar. Era um acordo nosso e então decidi aprender a cozinhar para não ter que lavar mais. Hoje me viro bem, mas não é o meu talento mais forte. Mas aos que quiserem vir conhecer o Nativo Bar e Restaurante, podem vir porque não sou eu que fico na cozinha, não tenham medo! Inclusive estamos organizando uma festa para comemorar o 13 de outubro aqui, só que vai acontecer no dia 15 de outubro, venham participar. Fica aqui na Av. Lúcio Costa 1.976 na Barra. F&T: Você não fica na cozinha, então você fica somente na administração, você é o dono? RG: Na verdade eu tenho apenas uma parte, uma pequena parte, são cinco sócios então eu tenho um pedacinho desta fatia deste bolo. F&T: Agora vamos falar da Fisioterapia na sua vida, onde e quando foi o seu primeiro contato com a fisioterapia?
RG: Eu fiz uma artroscopia e tirei 2/3 do menisco do joelho esquerdo e por isso fui fazer fisioterapia em Botafogo com o Nilton Petrone. Isso a muito tempo atrás. F&T: Como você lesionou o joelho?
“... então decidi aprender a cozinhar para não ter que lavar mais.” RG: A primeira lesão foi esquiando, eu fiz uma curva muito forte com muita velocidade e escutei ele dá uma estalada e eu cai, pensei até que tinha quebrado, ficou inchado na hora. Eu voltei ao Brasil e não fiz fisioterapia. Foi um grande erro meu. Com isso eu não me recuperei e toda hora eu me machucava ainda mais com este joelho porque ele fica instável e você fica vulnerável. As vezes eu não agüentava o peso da moto e caía em cima dele, tudo era em cima dele, até que um dia treinando judô eu travei a perna e continuei com a rotação do corpo e ele então estourou de vez. Foi aí que eu fiz a artroscopia e comecei o
tratamento fisioterápico de forma séria “forever and ever again”. F&T: Como o joelho está agora? RG: Tá bem legal, mas acho que poderia estar melhor se eu fosse mais dedicado, mas dá a impressão que a fisioterapia é quase que eterna, tem que fazer pra sempre. F&T:
“Em julho passado o ator entrou para o mundo da gastronomia. Ele inaugurou o restaurante Nativo, na Barra da Tijuca, em parceria com o diretor Ignácio Coqueiro e a atriz Christiane Torloni. Quem pensa que, com isso, Raul abandonou a vida artística pelo menos por uns tempos, está redondamente enganado. Ele assumiu o lugar de Osmar Prado, no espetáculo Um Caminho Para Dois, ao lado de Luciana Braga.”
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entrevista | Raul Gazolla Mesmo com este problema no joelho você está muito bem, em forma, e já tem cinqüenta anos, como é isso? RG:
salgadinhos, docinhos e muitas outras delícias. Atualmente não como carne vermelha e agora também aboli laticínios, bebidas e qualquer tipo de doces.
quer, siga em frente porque eu tenho uma vida boa e maravilhosa, porque faço aquilo que eu quero. F&T:
Temos que cuidar da mente por isso faço terapia há um ano e estou aprendendo meditação e filosofia. Como já disse, pratico esporte desde adolescente e ainda, corro na praia. Exercícios tem que ser todos os dias. E já que estamos falando de fisioterapia, duas ou três vezes por semana me dedico a uma seção de skin, um aparelho que estimula a circulação sanguínea do rosto e do corpo. F&T: E a alimentação? RG: Esta é a parte mais difícil. Controlo muito a minha alimentação. É bem difícil, pois em todos os lugares que você vai, te oferecem
F&T: Para terminar, eu gostaria de te pedir duas mensagens, a primeira para os leitores, futuros fisioterapeutas que estejam com a idéia de largar a fisioterapia e serem atores e atrizes, o que você tem a dizer? RG: A primeira coisa é ter certeza daquilo que você quer fazer. Se não tiver certeza, vai procurar outra coisa. E depois paciência porque por mais que você tenha talento, é necessário sorte para ser notado. A vida de ator não é moleza não. A gente, para gravar às 10h, precisa acordar às 7h da manhã e só sai da emissora às 19:00 da noite. Mas se você
A segunda pergunta é para os que estão decididos em continuar. RG: Continuem fazendo este lindo trabalho, que eu acho que ainda não está totalmente evoluído, a cada ano que passa tem uma técnica nova para o tratamento mais rápido do paciente, dos atletas, e aos pesquisadores, que continuem suas pesquisas porque este trabalho é muito importante para todos, e já ia me esquecendo do principal, não deixem de vir dia 15 de outubro comemorar com a gente aqui no Nativo o dia do fisioterapeuta. Parabéns a todos.
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Dia 13 de outubro é o nosso dia, dia de todos os fisioterapeutas e a Revista Fisio&terapia deseja a todos os leitores tudo de bom, muitas felicidades, um futuro brilhante, muitos pacientes e muito dinheiro no bolso. Para o nosso dia não passar em branco, venha comemorar conosco dia 15 (quinze) de outubro no Restaurante Nativo na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro. Presença dos maiores nomes da Fisioterapia carioca, uma ótima oportunidade para trocar idéias, dançar, beber e se divertir muito. Se você não bebe e não dança, venha pelo menos para bater uma foto conosco para o nosso site. Estaremos te esperando. Sejam bem vindos, e traga os amigos. Querendo mais informações escreva: revista@novafisio.com.br
Parabéns!
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artigo | esclerose múltipla
Claudia Rodrigues por
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Carlos Lima Costa
Q
uem vê a performance de Claudia Rodrigues (36) como a hilária Marinete, da série global A Diarista, não imagina os vários sofrimentos já vividos pela atriz. Feliz ao lado da filha, Iza (4) — do casamento com o diretor de DVD Brent Hieatt (41), de quem se separou em 2004 —, a comediante revela mais um drama em sua vida: sofre de esclerose múltipla, doença incurável do sistema nervoso central que atinge principalmente mulheres de 20 a 40 anos. O mal foi diagnosticado em 2000, quando a atriz sofreu uma forte dormência no braço esquerdo. Ela só voltou a sentir sintomas como boca repuxada e um tremor na pálpebra esquerda na semana passada. “Foi um sinal. Poderia ser outro desequilíbrio da esclerose. Fui ao médico intensificar o tratamento”, disse ela sobre a doença, que pode provocar a perda da visão e da coordenação motora. “Levo uma vida normal. Só procuro me alimentar bem, tomar vitaminas e evitar o estresse, que potencializa o problema”, acrescenta Claudia, em sua casa, no Rio, com a voz serena e pausada. “Minha maior preocupação quando descobri o mal era saber se poderia ter filhos. Fui tranqüilizada e engravidei no ano seguinte. Não tenho medo da doença. Para morrer, basta estar viva. Por isso, nunca perdi a alegria”, atesta a atriz. Claudia já superou outras tragédias. Com a mãe, Regina (62), viu sua estrutura familiar ser duramente abalada após duas grandes perdas: o irmão, Márcio, se suicidou em 1991, e o pai, José Augusto, morreu de câncer em 1995. O sofrimento só seria suavizado anos depois, com o nascimento de Iza. “Foi uma grande dor que durou anos, e eu segurando a barra. Quando minha mãe ficou deprimida, um psiquiatra me disse que somente um grande amor, um nascimento ou uma morte transformam a pessoa. É assim mesmo. Quando a Iza nasceu, foi um renascimento”, desabafa ela. Após a chegada da filha, Claudia ganhou inspiração até para dar uma “repaginada” no visual: colocou prótese de silicone nos seios e fez uma lipoaspiração. O resultado aumentou consideravelmente sua auto-estima. Paralelamente, no âmbito profissional, a atriz se tornou uma das principais comediantes de sua geração. A Diarista está em seu terceiro ano de exibição. “Acho que o programa ainda tem fôlego para alguns anos. Mas, em paralelo, tenho vontade de fazer outras coisas”, conta. Em setembro, dirigida por Aloísio de Abreu (45), excursionará pelo Brasil com a peça Amor a Dois e, no início 16 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
de 2007, encena seu primeiro monólogo, com texto escrito por Miguel Falabella (49). Com a carreira direcionada para a comédia, ela afirma não se sentir atraída por dramas ou novelas. O sucesso é encarado de modo diferente: “Amo o que faço, adoro meu público. Mas ser reconhecida na rua ou dar autógrafos são coisas que nunca me encheram os olhos. Me realizei profissionalmente, é bacana; mas, ah, como queria que meu pai e meu irmão pudessem ver esse sucesso! Depois que você perde essas pessoas, nada tem tanta graça”, reflete. Solteira há três meses, após o namoro com o cantor Bena Lobo (33), Claudia parece ter sofrido também com esse relacionamento. Mas não dá detalhes. “Sou amiga de todos os meus ex, mas dele não deu para ficar”, é tudo o que ela conta. – Você recorre a terapias? – Há dois anos me consulto com a astróloga Cristina Tolentino, que me dá várias dicas que ajudam na minha caminhada. – A convivência com a Iza também é uma motivação? – A Iza realmente me inspira. Quem tem filho sabe o quanto é inexplicável... Ela me dá motivos para viver. Daqui uns dois anos quero começar a pensar em ser mãe novamente. – Já encontrou um novo amor? – Não. Estou pronta para isso. – Quais são as qualidades que você procura em um homem? – Mais alto do que eu, que meço 1m50. Qualquer um é (risos).Quero que seja inteligente e bem-humorado. Mas não procuro nada. Como diz um poema do Mario Quintana, agora quero ser achada. Nunca tive o perfil de sair à caça. O homem que é caçador. Hoje eu quero é que corram atrás de mim. – Você passou a notar olhares diferentes após turbinar os seios? – Quero muito ver esses olhares, só que quase não tenho saído de casa. Mas existem os meus amigos, que telefonam e dizem: “A Marinete está a maior gostosa” (risos). –Você também acha? – Fiquei mais bonita de rosto e de corpo depois que me tornei mãe. Aos 19 anos fiz uma redução de seio. Tinha peitão, usava sutiã 46. Aí, com 1 metro e meio, eu parecia bem mais
gordinha. Mas não gostei da cicatriz, ficou com um pouco de quelóide. Cheguei a pensar em refazer, mas quis esperar engravidar. Após ter a Iza, fiz a plástica e acabei pondo 90 ml, a menor prótese. Adorei, meus peitos estão lindos! Aproveitei e fiz uma lipo, retirando sete quilos. Não sei de onde saiu tanto quilo... – O que mudou na sua vida após descobrir a doença? – Não tenho medo e a encaro como se fosse uma diabete. Dá para se viver perfeitamente bem com a esclerose. Apenas me cuido com o neurocirurgião Paulo Niemeyer e com o nutrólogo Sérgio Puppin. – Que conselhos dá para quem sofre do mesmo mal? – Acho que Deus me pôs aqui com a função de não só fazer as pessoas felizes e rirem, mas também de aliviá-las. De dizer que eu tenho problemas. Existem doenças muito mais graves. O importante é levar a vida da forma mais feliz possível. Agradecimentos: Mimi e a Sardinha; Produção: Claudia Mello, Beleza: Ana Gangemi. FOTO: Cadu Piloto FONTE: Revista Caras Edição 664 Ano 13 – N 30 – 28/07/2006
artigo | esclerose múltipla
A Esclorese múltipla e sua patogênese por
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Marcelo Costa e Cristiane Furlaneto
A
Esclerose Múltipla (EM), é uma doença degenerativa crônica, progressiva do Sistema Nervoso Central (SNC), caracterizado pela ocorrência de pequenas placas de desmielinização cerebral e medular. (Desmielinização se refere à destruição da mielina, o material lipico-proteico que circunda certas fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal). A desmielinização resulta em distúrbios na transmissão de impulsos nervosos. Em alguns casos estes distúrbios apresentam sinais ou sintomas como: alterações visuais, perda de força, tremor e problemas no controle urinário. A EM pode pronunciar-se de forma mais amena ou mais pronunciada. É necessário o conhecimento das possíveis manifestações desencadeadas na evolução da doença, para que o aluno de fisioterapia consiga prescrever um tratamento mais adequado ao seu paciente. HISTÓRICO A EM foi registrada pela primeira vez em 1822 pelo Nobel da Paz inglês, Sir Augustus D’Este, que aparentemente tinha a doença e documentou em seu diário os 25 anos gastos buscando sua cura. Foi somente em 1868, contudo que Jean Martin Charcot identificou formalmente e descreveu a EM. Ele chamou a doença de “esclerose em placas”, descrevendo as áreas endurecidas semelhantes a cicatrizes encontradas (nas autópsias) disseminadas pelo SNC dos indivíduos com a doença. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE “A causa da EM não é conhecida. Suscetibilidade genética, mecanismos auto-imunes e infecções viróticas podem contribuir para a patogênese da desmielinização”. A literatura cita dados que indicam a suscetibilidade genética à EM transmitida hereditariamente. Estudos de famílias e irmãos gêmeos indicam uma margem de aproximadamente 25% dos gêmeos monozigóticos e de apenas 2,4% em gêmeos dizigóticos do mesmo sexo, sugerindo desta forma um componente genético substancial, porém a suscetibilidade pode estar conferida provavelmente, por múltiplos genes ao invés de um único gene dominante. Porém dados genealógicos de famílias com mais um membro acometido da EM, sugerem que múltiplos genes não relacionados predispõem à EM. A suscetibilidade genética também é citada na literatura, por estar situada em aspectos funcionais dos genes suscetíveis. Segundo Dr. Sérgio R. Haussen (Sta. Casa de P. Alegre), há consenso da atividade imunológica específica contra a mielina do SNC em pacientes que são geneticamente sus-
ceptíveis. Porém este desencadeamento pode ocorrer devido a alguns fatores ambientais ou externos como infecções, que permanece obscuro aos pesquisadores. A suscetibilidade genética ao processo de desmielinização e da EM, pode estar ligada à resposta imune contra determinantes viróticos produzido nos animais. Desta forma a EM pode ser acionada por uma infecção por vírus. Vírus do sarampo, rubéola, caxumba e herpes simples, foram relatados como encontrados em pacientes com EM, podendo também haver diversos vírus envolvidos. A hipótese imunológica origina-se de uma anormalidade do sistema imunológico, permitindo que determinados vírus atuam de forma direta ou indireta como precursores do processo de desmielinização em indivíduos susceptíveis, onde existe uma anormalidade no modo pelo qual a resposta imune é regulada e controlada, resultando em um ataque disseminado contra o tecido neural do próprio individuo, mas como não existem até o momento, evidências seguras da atuação de qualquer vírus no processo, a EM deve ser considerada como uma doença originaria de uma reação imunológica dirigida contra a mielina no SNC. A literatura cita o aparecimento de EM em maior número nas áreas temperadas quando comparadas as áreas tropicais. Em um estudo inicial feito por Kurland, por exemplo, comparou casos de EM em Halifax, Nova Scotia, com casos em Charleston, Carolina do Sul, e constatou que a doença era três vezes mais prevalente nas cidades do Norte que nas do Sul. Kurland, também constatou que a doença era mais prevalente entre os brancos de cada cidade que entre os negros. Uma discrepância similar entre norte/sul foi encontrada na Europa, onde a doença parece ser três vezes mais comum no norte da Europa que ao longo do Mediterrâneo. Em outras áreas do mundo, tem sido identificadas zonas com riscos altos, moderados e baixos. Essa distribuição reflete a provável influência dupla de fatores genéticos (origem racial) e ambientais (tais como um vírus). No que se pode relacionar com o sexo, a EM se mantém numa freqüência de 2:1 nas mulheres. Porém alguns autores relatam uma diferença maior de 8:1, vale relatar que ao redor da quinta década, a doença é mais freqüente em homens, com uma incidência de 3:105 nos homens e 7:105 nas mulheres. As possíveis causas que promovem o desencadeamento da EM, ainda são muito difusos, por certo é o acometimento de um defeito imunológico, todos os dados ainda são hipotéticos como a finali-
dade de esclarecer o aparecimento da doença. FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Para um maior entendimento, por parte do leitor, faz-se necessário apresentar algumas funções fisiológicas, ou normais, do tecido nervoso. O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos celulares: os neurônios e as células gliais ou neuroglia. O neurônio é sua unidade fundamental, com a função básica de receber, processar e enviar informações. A neuroglia compreende células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. Após a diferenciação, os neurônios dos vertebrados não se dividem, ou seja, após o nascimento geralmente não são produzidos novos neurônios. Aqueles que morrem como resultado de programação natural ou por efeito de toxinas, doenças ou traumatismos jamais serão substituídos. O corpo celular é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais, bem como pela maioria dos processos de degradação e renovação de constituintes celulares, inclusive de membranas. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é, como os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos. Os dendritos, geralmente são curtos (de alguns micrômetros a alguns milímetros de comprimento) e ramificam-se profusamente, à maneira de galhos de uma árvore. Os dendritos são especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da membrana. Esses potenciais propagam-se em direção ao corpo e neste em direção ao cone de implantação do axônio. A grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito principal, em região denominada cone de implantação. O axônio apresenta comprimento muito variável, dependendo do tipo de neurônio, podendo ter, na espécie humana, de alguns milímetros a mais de um metro. É cilíndrico e quando se ramifica, o faz em ângulo obtuso. A sinapse – os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios, passandolhes informações. Os locais de tais contatos são denominados Sinapses, ou, mais precisamente, sinapses inter-neuronais. No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se também com células não neuronais ou efetuadoras, como as células musculares (esquelética, cardíaca ou lisa) e células secretoras (em glândulas salivares, www.novafisio.com.br • 52|2006 • 17
artigo | esclerose múltipla por exemplo), controlando suas funções. Fibras nervosas – uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presentes, seus envoltórios de origem glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina, que funciona como isolante elétrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de mielina denominam-se fibras nervosas amielínicas. Ambos ocorrem tanto no SNC como no Sistema Nervoso Periférico (SNP), sendo a bainha de mielina formada por células de Schwan no SNP e formada por oligodentrócitos no SNC. Por se isolante a bainha de mielina permite uma condução mais rápida do impulso nervoso. O processo de formação da bainha de mielina, ou mielinização ocorre durante a última parte do desenvolvimento fetal durante o primeiro ano pós-natal.5 Uma vez que o axônio perde parte de seu envoltório (bainha de mielina), ocorre um desajuste no trajeto do impulso nervoso (a exemplo de um curto-circuito em um fio desencapado), o que dificulta a comunicação do SNC com a célula efetuadora, conseqüentemente poderá acarretar em um mal funcionamento do órgão ou glândula alvo. No caso de uma distrofia muscular, decorrente da EM, por exemplo, o estimulo elétrico não chega até as fibras musculares, onde este estimulo proporcionará a liberação de substâncias responsáveis pela realização da mecânica muscular, dando origem a uma contração muscular (encurtamento das fibras) ou a um relaxamento (distanciamento das fibras). Em outras funções, como a visão, trato urinário, trato digestório ocorre um processo equivalente. INTERVERÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Os exercícios de fisioterapia têm como finalidade, melhorar ou manter os aspectos físicos, permitindo uma melhor qualidade de vida. O fisioterapeuta deve buscar auxiliar o paciente a desempenhar mais e melhor, as atividades da vida cotidiana, ensinandoo a observar o aumento na capacidade de tolerar os esforços que anteriormente o esgotavam, evitando assim, a fadiga. Outro aspecto importante é melhorar a postura do paciente, aumentar sua resistência ao permanecer ereto e sempre que possível, aprimorar a sua marcha. Ao iniciar os exercícios alguns fatores são de grande importância para proporcionar uma seção agradável ao paciente e conseqüentemente favorecer os bons resultados: - Realizar os exercícios com roupa adequada e ambiente fresco. - Não ultrapassar o tempo de 45 minutos de exercícios, intercalado com períodos de descanso. - Não existem números específicos de repetições para cada exercício é necessário 18 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
que o fisioterapeuta observe o grau de resistência e desconforto ao paciente para dosar as repetições. - Alternar os exercícios para evitar a fadiga. Os tipos de exercícios devem ser divididos de acordo com a avaliação realizada pelo fisioterapeuta, os objetivos determinados e as fases já alcançadas. Porém serão citados exemplos de exercícios para, respiração, equilíbrio, reeducação do movimento, marcha e alongamento: Exercícios Respiratórios: Realizar a inspiração levando o ar acima do abdômen, no lugar de levar acima do tórax. Este tipo de respiração melhora a função dos músculos respiratórios e favorece a função respiratória, permitindo uma melhor tolerância aos exercícios e diminuindo a fadiga. O paciente deve respirar desta maneira, durante 5 a 10 minutos, no início de cada seção, durante os intervalos dos exercícios e até associado a alguns exercícios. Exercícios de Equilíbrio: São exercícios que colocam em funcionamento os mecanismos que permitem o movimento e controlam a postura, onde o tronco possui um papel importante neste controle. O fisioterapeuta solicita ao paciente que se coloque sobre um colchonete na posição de quatro apoios e o provoca um desequilíbrio usando o eixo sagital. O fisioterapeuta deve provocar o desequilíbrio no paciente, este deverá compensar, a velocidade da execução dos movimentos será lenta para permitir resposta de equilíbrio. O ambiente mais adequado para este tipo de exercício é a piscina terapêutica, pois podem ser usados acessórios como bolas, fluturadores, bastões e outros. Exercícios do movimento: O fisioterapeuta deve realizar exercícios que buscam melhorar o modo em que os movimentos dos braços e pernas são realizados, dotando-os de maior força e coordenação. O fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que realize a função fisiológica de cada grupo muscular e articulação, acrescentando resistência e turbulência (quando realizado na piscina terapêutica, o uso de acessórios é recomendado), de forma lenta a fim de permitir que a informação chegue aos músculos. Exercícios para a marcha: O paciente será orientado a reeducar as diferentes fases da marcha. Este tipo de exercício tende a diminuir a fadiga, evitar erros de postura e melhorar a zona de apoio. O fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que caminhe na piscina usando de apoio um bastão com flutuadores em cada extremidade em cada mão. No solo, o fisioterapeuta deve posicionar-se de frente com o paciente, segurando suas mãos bilateralmente e pedindo ao paciente que coloque todo o seu peso sobre a perna de apoio, a fim de facilitar o avanço do membro contra-lateral. Exercícios de alongamento: No caso de pa-
cientes com espasticidade muscular, se busca diminuir a sensação de peso. O melhor ambiente para este tipo de exercício é a piscina terapêutica, com o auxilio de flutuadores. O fisioterapeuta deve ter clareza dos músculos que se encontram espásticos, para colocálos a favor da gravidade, quando no solo ou a favor da resistência quando na piscina. O terapeuta deve posicionar os flutuares na extremidade dos membros superiores e inferiores e outro na cintura pélvica do paciente, colocar o paciente em decúbito dorsal e posteriormente posicionar-se retro-cranianamente ao paciente, segurando-o na altura do tórax e movimentá-lo circularmente de maneira lenta por toda a extensão da piscina, proporcionando assim um relaxamento muscular, proporcionado pelas propriedades físicas da água. No solo o fisioterapeuta pode realizar exercícios ativos ou passivos de contração do grupo muscular antagonista ao grupo agonista que objetive relaxar. CONSIDERAÇÕES FINAIS “Atualmente não existem evidências de que os esforços na reabilitação exerçam influência sobre o processo patológico principal da EM” Com base neste conceito o principal objetivo na definição de metas para a reabilitação é de maximizar a independência, a autodeterminação aumentando a qualidade de vida, dentro do contexto das habilidades do paciente. Um modelo ideal de reabilitação rege com a responsabilidade de atuar com os recursos oferecidos pelo paciente. Podemos citar alguns tipos de abordagens na reabilitação do paciente de EM: Equilíbrio psicológico – proporcionar uma maior compreensão da doença, seus sintomas e como interagir com eles. O estabelecimento de expectativas realistas para o paciente e sua família torna-se imprescindível. O esclarecimento da doença aos familiares do paciente, auxilia para atitudes como a de evitar o isolamento deste paciente. O fisioterapeuta precisa perceber que cada paciente possui um perfil único, onde a sua intervenção precisa estar sendo reavaliada constantemente, além da grande necessidade do uso da criatividade, para que ocorra um bom desenvolvimento dos objetivos da terapia e na descoberta das soluções para os problemas que se estabelecerem. Neste processo o acompanhamento multidisciplinar realiza um papel muito importante para o desenvolvimento de uma vida agradável e significativa, no âmbito pessoal, para este paciente, cujo objetivo visa interferir em um paciente cuja vida possa resumir-se apenas na EM como enfoque principal. Portanto mais do que fisioterapeuta o papel de “parceiro” e colaborador, precisa estar muito bem definido no relacionamento com este paciente.
artigo | protocolo, fratura, tornozelo.
Proposta de um protocolo de tratamento para fratura de tornozelo e sua aplicabilidade por
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Ana Paula Carpini, Maria da Graça Baldo Deloroso
O
INTRODUÇÃO complexo tornozelo-pé tem a finalidade de suporte de peso; controle e estabilização da perna sobre o pé; ajustamentos às superfícies irregulares; elevação do corpo para andar, saltar, ficar na ponta dos pés; amortecimento de choques ao andar, correr saltar; bem como a substituição da função da mão em pessoas com amputações ou paralisias de membros superiores (SMITH, WEISS, LEHMKUHL, 1997). O pé é composto de 33 articulações e 26 ossos agrupados como sendo: 7 ossos do tarso (tálus, calcâneo, navicular, cubóide e cuneiforme medial, intermédio e lateral), 5 ossos metatarsais (numerados do medial para o lateral) e 14 falanges (3 para cada um dos dedos, exceto para o hálux com apenas 2). Um sistema complexo de ligamentos e músculos formam 3 arcos promovendo a sustentação interna. A articulação talocrural é uma articulação sinovial em dobradiça e estável devido sua arquitetura óssea, sistema de ligamentos me-
diais e laterais, cápsula e parte da membrana interóssea. Um encaixe como pinça é formado pelos maléolos da tíbia e da fíbula nos quais o tálus se ajusta. Sendo esta estrutura a fonte de estabilidade do tornozelo (RASCH, 1991; KISNER, COLBY, 1998). A articulação subtalar é uma articulação sinovial plana entre a face inferior do tálus e superior do calcâneo, é considerada uma articulação intertársica (RASCH, 1991). A articulação transversa do tarso pode ser considerada a junção entre a articulação talonavicular (triaxial) e calcaneocubóidea (biaxial) (RASCH, 1991; KISNER, COLBY, 1998). As fraturas isoladas de maléolo medial ocorrem por abdução arrancando o maléolo abaixo da linha articular ou por adução ou rotação externa cisalhando o maléolo acima da linha articular. As fraturas isoladas do maléolo lateral, as mais comuns do tornozelo, ocorrem por abdução ou rotação externa levando ao cisalhamento do maléolo acima da linha articular. As fraturas do maléolo lateral com ruptura do ligamento medial, ocorrem em abdução
e rotação externa levando ao cisalhamento do maléolo lateral rompendo o ligamento medial. As fraturas bimaleolares (maléolo medial e lateral), ocorrem em abdução e rotação externa cisalhando o maléolo lateral acima da linha articular e arrancando o maléolo medial abaixo da linha articular. As fraturas trimaleolares (maléolo medial, lateral e 3° maléolo ou maléolo posterior da tíbia), ocorrem em rotação exterrna fazendo com que o tálus mova-se posteriormente para cisalhar a tíbia com mecanismo de lesão igual ao da fratura bimaleolar. A fratura do maléolo posterior é geralmente pequena e raramente necessita de fixação interna (SALTER, 2001). Para o tratamento do pós fratura a cinesioterapia é de grande importância, que tem como definição “a arte de curar que utiliza todas as técnicas de movimento”. Compreende técnicas de massagem, mobilizações, exercícios ativos, ativos-assistidos e resistidos, mecanoterapia, exercícios funcionais (XHARDEZ, 1990). Agentes térmicos, como o calor e o frio, são coadjuvantes no tratamento fisioterapêutico a
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artigo | protocolo, fratura, tornozelo. fim de promover a analgesia, facilitar a mobilidade articular, reduzir edemas, por exemplo. Eles transferem energia para dentro ou para fora dos tecidos, baseando-se num gradiente de temperatura, como no caso do gelo e do calor (STARKEY, 2001). Em uma condição patológica ortopédica a avaliação músculo-esquelética deve abordar principalmente os seguintes pontos: a história do paciente (anamnese); exame físico com inspeção, palpação, avaliação da mobilidade, testes específicos e exames complementares; a fim de proporcionar um diagnóstico preciso da patologia para o seu tratamento fisioterapêutico adequado (SALTER, 2001). OBJETIVO Elaborar e propor um protocolo de tratamento fisioterapêutico para fratura de tornozelo. Verificar a eficácia do protocolo proposto, enfatizando a mobilização articular e cinesioterapia. Restaurar as condições articulares, músculoesqueléticas, proprioceptivas bem como a reabilitação da marcha e retorno da paciente às suas atividades de vida diária com o máximo de suas funcionalidades. METODOLOGIA Caracteriza-se por um estudo de caso, escolhido de forma aleatória, aprovado pelo comitê de ética do Centro Universitário Hermínio Ometto e aceito voluntariamente pela paciente que assinou um termo de consentimento livre e esclarecido. No presente estudo de caso a paciente V.R.B. de 30 anos de idade, sexo feminino sofreu fratura do tornozelo D numa queda ao descer escadas, em seu ambiente de trabalho no dia 02/10/05. Foi encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital UNIMED ARARAS, foi solicitado exame radiológico constatando fratura de maléolo tibial posterior D. A paciente permaneceu 18 dias com tala imobilizadora (02/10 a 20/10) sendo substituída por aparelho gessado, permanecendo por 1 mês. Dia 21/11/05 foi encaminhada à fisioterapia na Clínica de Fisioterapia Fisioclin situada na Avenida Zurita n°505, onde iniciou o tratamento após assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A paciente foi avaliada através de uma ficha de avaliação ortopédica. Foram realizados testes funcionais, dentre os quais, Escala de Equilíbrio de Berg, Testagem Funcional do Pé e do Tornozelo. No exame radiológico apresentou traço de fratura em consolidação, presença de calo ósseo. A avaliação inicial foi realizada dia 21/11/05 e após 10 sessões de tratamento, sendo 3 sessões semanais, a avaliação final no dia 12/12/05. O protocolo de tratamento proposto foi baseado em revisões literárias anteriores no que se baseia na reabilitação traumato-ortopédica funcional não só da articulação afetada, mas 20 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
também da funcionalidade da marcha normal e ao descer e subir degraus; local onde ocorreu a lesão. A proposta de tratamento consistiu em diminuir e eliminar a dor; diminuir o edema; aumentar a ADM e FM para que retornem aos padrões de normalidade da paciente; e o retorno a sua funcionalidade normal durante suas AVD’s. As sessões compreenderam aplicação de calor superficial com turbilhão por 20 minutos a uma temperatura de 34°C (XHARDEZ, 1990; STARKEY, 2001; LOW, REED, 2001), juntamente com exercícios ativos do tornozelo (GARDINER, 1983; CARVALHO, 1994) . Após, foram realizas mobilizações articulares (XHARDEZ, 1990; KALTENBORN, 2001), alongamentos passivos, assistidos e ativos, exercícios ativos e resistidos (GARDINER, 1983; CARVALHO, 1994), descarga de peso, treino da marcha e escada, treino de propriocepção (SALGADO, 1990; SALGADO, 1995; SILVESTRE, 2002) e aplicação de crioterapia com bolsa de gel ao , final por 15 minutos (XHARDEZ, 1990; STARKEY, 2001; DELOROSO, 2002). A conduta de tratamento foi realizada em 10 sessões, 3 vezes por semana, 70 minutos de duração cada sessão. A progressão dos exercícios seguiu o limiar de dor da paciente e a sua evolução clínica. Onde as sessões compreenderam: Turbilhão por 20 minutos a 34°C, juntamente com exercícios ativos do tornozelo, mobilizações articulares, alongamentos passivos, assistidos e ativos, exercícios ativos e resistidos, descarga de peso, treino da marcha e escada, treino de propriocepção e aplicação de crioterapia com bolsa de gel ao final por 15 minutos. DISCUSSÃO E RESULTADOS 21/11/05 avaliação Escala analógica de dor: 05 (0 – 10) Paciente queixava-se de dor e insegurança à descarga de peso, limitação da movimentação do tornozelo para caminhar. Não estava fazendo uso de medicamentos e não apresentava patologias associadas. Inspeção: leve escamação e ruborização da pele, edema bimaleolar, ADM ativa limitada a todos os movimentos e postura antálgica, claudicação. Palpação: dor em região articular talo-crural anterior e dorso do pé à dorsiflexão e flexão plantar, bem como eversão e inversão ativas. Rigidez articular. Não apresentava dor ao repouso. Testes de estabilidade ligamentar: gaveta anterior, gaveta posterior, estabilidade lateral, estabilidade medial, todos foram negativos. Escala de Equilíbrio de Berg pontuou 43, condição de independente. Testagem Funcional do Pé e Tornozelo pontuou 0, condição que a classifica em não funcional.
Exame radiológico:
Radiografia em AP e Perfil do tornozelo D - dia da fratura (21/10/05)
Radiografia em AP e Perfil do tornozelo D - início da fisioterapia (21/11/05)
A seguir seguem fotografias de caráter observacional nas vistas lateral, anterior e posterior da paciente em pé na 1ª sessão.
artigo | protocolo, fratura, tornozelo. O tratamento progrediu conforme a diminuição do quadro álgico, bem como a evolução clínica da paciente. À cinesioterapia foram acrescentados exercícios de maior grau de dificuldade até atingir o grau de normalidade da paciente. Conduta: Turbilhão a 34° com exercícios ativos por 20’. Mobilização articular da tíbia, fíbula, articulação talo-crural, ossos társicos, metatarsos, artelhos. Alongamentos passivos de tríceps surral, tibial anterior, flexores e extensores dos artelhos, fibulares e isquiotibiais (3 séries de 30 segundos cada). Exercícios ativos com auxílio de cunha, dorsiflexão, flexão plantar, eversão, inversão (20 repetições). Flexão e extensão dos artelhos com auxílio de faixa (30 repetições). Propriocepção com bolinhas de diferentes texturas. Treino de marcha na barra paralela com apoio. Crioterapia com bolsa de gel por 15’. Na escala analógica de dor: 05 2ª sessão (23/11/05): Conduta mantida. Houve melhora na marcha com diminuição da claudicação, porém ainda com dor a descarga de peso. Na escala analógica de dor: 05 3ª sessão (25/11/05): Manteve-se a conduta anterior e foram acrescentados exercícios resistidos com faixa elástica (resistência média) para dorsiflexores e flexores plantares (30 repetições). Prancha de propriocepção (apoio ântero-posterior, látero-lateral e unipodálico)
com apoio das mãos. Subir e descer degrau de 7, 5cm com mínimo apoio. Diminuição da claudicação, da dor ao caminhar e edema. Na escala analógica de dor: 04. 4ª sessão (28/11/05): Conduta anterior, porém o apoio unipodálico na prancha de propriocepção bem como o degrau de 7,5cm foram feitos sem apoio das mãos. Diminuição da dor, claudicação, edema. Aumento da ADM ativa. Na escala analógica de dor: 02 5ª sessão (30/11/05): Conduta anterior e foram acrescentados o apoio unipodálico em colchonete e jogar bola com as mãos contra a parede. ADM ativa a dorsiflexão e flexão plantar normais. Paciente relatou que caminhou bastante e não sentiu dores, apenas cansaço. Mínima claudicação. Dor mínima somente ao descer o degrau Na escala analógica de dor: 01 6ª sessão (02/12/05): Conduta anterior, porém foram acrescentados a marcha com obstáculos maiores (degrau, prancha, rolos no chão), marcha sob colchonetes (um pé a frente do outro, com apoio em calcanhares), flexão plantar em pé (20 repetições). ADM em eversão e inversão normais. Diminuição do edema. Na escala analógica de dor: 01
7ª sessão (05/12/05): Conduta anterior, porém não foram feitas mobilizações e acrescentados alongamentos ativos, apoio unipodálico sobre colchonetes com olhos fechados, marcha com apoio em antepé, mini saltos em colchonetes jogando bola contra a parede, subir e descer degraus de 19cm com apoio das mãos no terapeuta. Marcha sem claudicação. Dor mínima ao descer o degrau com compensação, insegurança. Na escala analógica de dor: 01 8ª sessão (07/12/05): Conduta anterior, porém a paciente subiu e desceu os degraus sem apoio do terapeuta. Mínima dor ao descer degraus. Na escala analógica de dor: 01. 9ªsessão (09/12/05): Conduta anterior, porém paciente desce os degraus sem dor. Paciente relatou que usou calçado com salto e se sentiu bem. Fez caminhada leve com tênis, não apresentou dores. Na escala analógica de dor: 0. 10ª sessão (12/12/05): Conduta anterior. Paciente obteve alta médica e fisioterapêutica e retornou ao trabalho. Sobe e desce escadas diariamente, não apresenta dores. Esta fazendo caminhadas com calçado apropriado, também sem dores.
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artigo | protocolo, fratura, tornozelo. Não houve intercorrências ou complicações no decorrer do tratamento. Escala analógica de dor: 0. Inspeção: coloração normal da pele, sem edema, aumento da ADM ativa, sem dor. Palpação: sem queixa de dor. ADM ativa normal a dorsiflexão, flexão plantar, eversão, inversão. Testes ligamentares todos foram negativos. Escala de Equilíbrio de Berg obteve pontuação máxima em todos os testes, totalizando 56, condição de independente. Testagem Funcional do Pé e Tornozelo obteve pontuação máxima, condição de máxima funcionalidade.
A seguir, de modo comparativo, seguem fotografias de caráter observacional nas vistas lateral, anterior e posterior da paciente em pé na 10ª sessão.
Ao final do tratamento a paciente estava sem dores (escala analógica de dor), sem edema (comprovado pela cirtometria), apresentou amplitude de movimento normal a todos os movimentos (comprovada pela goniometria), força muscular (comprovada pelo teste de prova manual muscular) normal em todos os grupos musculares testados, marcha normal, bem como a normalidade ao subir e descer escadas. Os resultados obtidos através do protocolo de tratamento proposto foram excelentes, sendo os objetivos alcançados com sucesso. Para XHARDEZ (1990), após a retirada do gesso, em fratura de tornozelo, a conduta fisioterapêutica deve compreender massagem circulatória do pé e do membro inferior, termoterapia, eletroterapia antálgica se necessário, mobilização, exercícios ativos, hidroterapia, tonificação dos músculos através de contrações isométricas e isotônicas dos músculos do tornozelo e pé (tibial anterior, posterior, tríceps surral), reeducação da marcha, reeducação proprioceptiva do tornozelo e exercícios funcionais. O que condiz com nossa proposta de tratamento e sendo ela muito eficaz. SCHMITT, KUNI, SABO (2005) preconizam a importância do treinamento proprioceptivo dirigido e adequado para o objetivo que se quer atingir. Assim como em nosso estudo onde os exercícios proprioceptivos foram inseridos no tratamento e o grau de dificuldade foi aumentado de acordo com a evolução clínica da paciente. TROPP, NORLIN (1995); SAYLI, AVCI (1998) enfatizam a importância da mobilização precoce no processo de reabilitação fisioterapêutico, o que em nosso estudo também ficou comprovado. FREDERICI et al (1993) nos faz entender o quão é importante a consolidação adequada da fratura para a sua posterior reabilitação fisioterapêutica. Em nosso estudo a satisfatória consolidação da fratura contribuiu para o sucesso dos resultados obtidos. CONCLUSÃO No presente estudo de caso clínico os objetivos foram alcançados com sucesso. Através de meios físicos, como o calor e o frio, e através de manipulações, cinesioterapia, treino de marcha e propriocepção propostas no protocolo conseguiu-se eliminar a dor, edema; retornar as funções articulares, a integridade músculo-esquelética e a total funcionalidade, ou seja, a reabilitação foi completa. Reduziu - se o tempo da convalescença, permitindo o retorno às práticas cotidianas da paciente. Acreditamos que há necessidade de outros estudos que apliquem o protocolo proposto, visto que o mesmo foi realizado em um único caso clínico.
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artigo | eletromiografia, contração isométrica, exêntrica, concêntrica
por
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Avaliação da atividade eletromiográfica em repouso e nas contrações Michelly dos Santos Camelo, David Brito, Michelle Rabelo e Maria do Socorro Brito
A
INTRODUÇÃO eletromiografia de superfície (EMGs) vem sendo utilizada para conhecer a atividade elétrica produzida por diferentes grupos musculares quando as unidades motoras são ativadas e, com isso, tem sido amplamente útil na investigação de vários mecanismos envolvidos com o funcionamento do tecido muscular e, portanto tem provido uma extensa lista de trabalhos desenvolvidos na área de instrumentação, na elaboração de novas metodologias de análise e quantificação do sinal mioelétrico. Através da EMGs é possível o registro da excitação muscular resultante da estimulação do sistema nervoso. Assim a atividade elétrica poderá ser observada diante da tensão produzida no músculo. (PHILIP, 1991). A EMGs é utilizada em diversos setores, tais quais como: clínica médica, gerenciamento de dores crônicas e miofascial, medicina ocupacional e análise ergonômica e de capacidade funcional; na reabilitação: reeducação da ação muscular (biofeedback), pós-cirúrgico, lesões esportivas e de trabalho. Assim, a atividade elétrica pode ser observada diante da tensão produzida no músculo. Segundo Douglas (2000), para uma fibra esquelética se contrair deve ser inicialmente estimulada por uma célula nervosa. Logo a chegada de um impulso nervoso ocorrerá à liberação de um neurotrasmissor promovendo uma desporalização da célula muscular. Esta é conduzida pelos túbulos transversos atingindo o reticulo sarcoplasmático e provocando a liberação e difusão do cálcio. (SCOTT, 2000). Utilizamos este procedimento com o objetivo de analisarmos a média das diversas contrações: repouso, contração isométrica e contrações isotônicas: concêntrica e excêntrica realizada na musculatura: quadríceps, ísquios tibiais nos membros inferiores e bíceps e tríceps braquial nos membros superiores, sendo de acordo com movimentos que proporcionem à contração desejada, favorecendo assim a quantificação da função muscular estática e dinâmica desta musculatura, sendo observada a média de cada contração. Analisando as amplitudes eletromiográfica no tempo de reação/inatividade nos diversos tipos de contração muscular assim comparando-se com dados obtidos com a literatura atual. De acordo com Kasman (2002), o sinal de amplitude do EMGs varia em função de: 1-posicionamento dos eletrodos, onde estes devem estar localizados acima do centro do ponto motor muscular; 2 - Tamanho do eletrodo, devem 24 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
apresentar baixa impedância na área de leitura do sinal; 3- Distância entre os eletrodos; 4-Impedância da pele; 5 - Profundidade do músculo e adiposidade subcutânea; 6 - intensidade e velocidade da contração, onde um maior nível de recrutamento de unidades motoras maiores amplitude do sinal eletromiográfico; 7- Tipo de contração ou fase, onde uma carga equivalente, velocidade e arco de movimento em um sujeito saudável a amplitude eletromiográfica será mais alta durante a fase concêntrica do movimento comparada com a excêntrica. MÉTODO O estudo teve caráter descritivo, experimental, dedutivo, transversal, cuja análise apresentouse na base do método qualitativo e foi desenvolvido na Faculdade Integrada do Ceara (FIC), Unidade Via Corpus, no laboratório de Cinesiologia e BMTA - Bases, métodos, e técnicas de avaliação, onde se encontra o equipamento Eletromiógrafo de Superfície. A população foi composta de dez alunos sadios de ambos os sexos do curso de Fisioterapia com idade entre 20 e 30. Os dados foram coletados através equipamento Eletromiógrafo de Superfície Therapist System 1400 da marca Noraxon. As variáveis relacionadas com biótipo de cada indivíduo foram abolidas, pois causariam uma maior variação na contração muscular, consequentemente no sinal eletromiográfico. Foram feitos três repetições de movimento e escolhidos os melhores sinais captados (média Integrada). Em relação ao tempo, na isometria ocorreu uma manutenção de cinco segundos, seguidos de cinco segundos de relaxamento. Nas contrações isotônicas, foi intercalado uma isometria com duração de cinco segundos com objetivo que haja uma delimitação do tipo de contração concêntrica e excêntrica. A Ordem dos Procedimentos foi: Limpeza da pele do paciente, teste do lado dominante, exploração musculoesquelética, colocação dos eletrodos de acordo com o ventre e inserção do grupo muscular ou músculo, movimento explicativo ao paciente, realização do movimento em três vezes com escolha do melhor sinal e explicação dos resultados aos pacientes. ANALISE DE DADOS A análise dos dados foi realizada pelo Excel através de tabelas e gráficos, bem como média do nível de contração e seu desvio padrão. Os resultados mostraram que os dados no repouso foram de 4,22mv ± 1.24 e 2,11mv ± 0,78. Durante uma contração isométrica, a média de pico foi de 85,26mv ± 56,31 e 19,81mv ± 6,08. Na contração concêntrica, a média foi
de 77,03mv ± 25,94mv e 51,61 ± 18,73 e durante uma contração excêntrica foi de 33,42mv ± 10,69 e 41,17mv ± 17, 20, para quadríceps e ísquios tibiais, respectivamente. Para os membros superiores, os resultados mostraram que os dados no repouso foram de 4,03mv ± 0,56 e 3,41mv ± 1,35. Durante uma contração isométrica a média de pico foi de 47,06mv ± 32,25 e 66,23mv ± 57,93. Na contração concêntrica, a média foi de 50,61mv ± 19,93 e 46,56mv ± 15,69 e durante uma contração excêntrica foi de 38,68mv ± 27,33 e 38,01mv ± 35,06 para bíceps e tríceps braquial, respectivamente. CONSIDERAÇOES FINAIS Alguns estudos demonstram existir uma relação linear entra a amplitude dos sinais eletromiográfico e as tensões musculares isométricas, ou seja, para níveis similares de tensão muscular, o registro do eletromiógrafo das unidades motoras de diferentes grupos musculares pode apresentar um mesmo padrão de freqüência de disparo, porém com amplitudes diferentes, dependendo do tamanho da fibra, do seu tipo e do limiar de desporalização das unidades motoras. (PETROFSKY, 1993). Considerando que o valor concêntrico reflete de uma necessidade de maior recrutamento e que para uma contração excêntrica precisará de menos unidades motoras, ou seja, menor atividade Eletromiográfica que uma contração concêntrica. Nas contrações concêntricas, Leslie Gorss s.d apud Sullivan(2004) sugerem maior valor de média pois a contração excêntrica precisará de menos unidades motoras ou seja, menor atividade EMG.Relacionado ao membro superior, Johnson (1983) et al, cita que o músculo bíceps braquial apresenta mais fibras de contração rápida, maiores unidades motoras colocadas ao mesmo nível de esforço quando comparadas com o tríceps braquial, assim a maior média do sinal eletromiográfico é do bíceps braquial. Garland s.d et al apud Sullivan(2004) mostram que as mesmas unidades motoras são ativadas quando o músculo está funcionando como agonista ou antagonista, com o objetivo de controlar a aceleração do próprio movimento. Assim, a EMGs tem como objetivo analisar atividade elétrica do músculo assim através desta ferramenta foi possível o registro da excitação muscular em vários níveis de contração, bem como proporcionar aos alunos de Fisioterapia da FIC o conhecimento teórico-prático do equipamento de EMGs Therapist System 1400 e assim utilizá-lo como instrumento de diagnóstico em Fisioterapia e na prática clínica.
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artigo | síndrome do impacto,
Aspectos importantes da síndrome do impacto por
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Quélen Milani Caierão
A
natomicamente a cintura escapular possui 5 articulações: Glenoumeral, Acromioclavicular, Esternoclavicular, Escapulotorácica e Coracoclavicular. Cada uma das cinco articulações possui amplitudes e movimentos específicos, sendo limitados por suas estruturas ósseas, ligamentares, capsulares, tendões e músculos. Dentre todas as articulações do corpo humano, a articulação glenoumeral que também pode ser chamada de escapuloumeral é considerada a mais móvel e a menos estável do corpo humano em conseqüência da fossa glenóide rasa, da cabeça umeral grande e redonda e da frouxidão capsular presente nesta articulação. Além disso, o ombro é a articulação mais freqüentemente luxada. Com relação a musculatura que envolve essa articulação existem os estabilizadores. O manguito rotador é um estabilizador dinâmico da articulação glenoumeral composto pelos músculos subescapular, supra-espinal, infra-espinhal e redondo menor que se unem formando um tendão, inseridos nos tubérculos umerais. A porção longa do músculo bíceps também atua como estabilizadora do ombro juntamente com o manguito. Em 1972, Neer individualizou a patologia Síndrome do Impacto descrevendo sua fisiopatologia e quadro clínico em seus diferentes estágios, bem como as propostas terapêuticas e cirúrgicas. Dos eventos semiológicos da Síndrome do Impacto, a dor é o fator mais agravante, caracterizando essa síndrome com a segunda maior incidência de atendimentos em consultórios ortopédicos perdendo apenas para a dor lombar, acometendo principalmente pacientes entre a 4º e 5º décadas de vida, sendo, eventualmente, bilateral. O grande fator re-
sponsável por essa incidência é o uso demasiado do membro para atividades da vida diária, as quais exigem a elevação deste. A síndrome do impacto é o resultado de um efeito cumulativo de muitas passagens do manguito por debaixo do arco coracoacromial, conseqüentemente isto irrita principalmente o tendão do supra – espinhal causando hipertrofia da bursa subacromial que pode tornar-se fibrótica e reduzir ainda mais este espaço. A progressão do atrito e do desgaste pode resultar em pequenas lacerações ou lacerações parciais. Se isto persistir as chances de ocorrer uma ruptura total são grandes.
“Se esses pacientes não forem submetidos ao tratamento fisioterapêutico precoce, e/ou após diagnóstico imediato, futuramente serão pessoas incapazes... ” A possível causa para o aparecimento desta patologia está no fato de que existe uma região avascular na inserção do supra-espinhal no tubérculo maior, porém desde 1939 existem vários estudos tentando explicar esta possível causa, sendo necessário mais pesquisas. Outros fatores que podem resultar na compressão do manguito são: fraqueza muscular, esporões degenerativos, espessamento crônico da bursa, o espessamento do manguito relacionado com os depósitos de cálcio, a tensão da cápsula posterior, a frouxidão ligamentar e o tipo de acrômio. Com relação ao tipo de acrômio, a
TODA 2ª FEIRA DE 14:00 ÀS 17:00H AULAS GRATUITAS TTO. DE LINFEDEMA EM PACIENTES AURICULOACUPUNTURA APLICADA À ESTÉTICA - MÓD. II MASTECTOMIZADOS Data: 20 e 22/10/06 Data: 02, 09 e 23/10/06 Horário: 09:00 às 17:00h Horário: 09:00 às 12:00h C.H:08h e 09:00 às 13:00 C.H:12h 6ª e Dom. 2ª feiras. TERMOELETROFOTOTERAPIA COSMETOLOGIA BÁSICA Data: 03, 04 e 05/11/06 Data: 03, 05,10 e 17/10/06 Horário: 09:00 às 17:00h Horário: 17:00 às 21:00h C.H:16h e 09:00 às 13:00 C.H:20h 3ª e 5ª feiras. de 6ª à Dom. ESTÉTICA CORPORAL PELA APRIMORAMENTO EM ESTÉTICA ACUPUNTURA CORPORAL Data: 06, 07 e 08/10/06 Data: 10 e 12/11/06 6ª e Dom. Horário: 09:00 às 17:00h C.H:20h Horário: 09:00 às 18:00h C.H:18h e 09:00 às 13:00h / 6ª a Dom. 26 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
literatura mostra que acrômios do tipo II (curvado) e III (ganchoso), são mais suscetíveis à compressão do manguito. Neer ainda descreveu três estágios para esta patologia: Estágio 1: Edema, inflamação e hemorragia da bursa e dos tendões do manguito rotador, ocorrendo principalmente em jovens; Estágio 2: Espessamento da bursa e fibrose dos tendões, ocorrendo em indivíduos entre 25 e 40 anos; Estágio 3: Ruptura completa do manguito rotador, associada com alterações ósseas da cabeça do úmero e do acrômio, ocorrendo em indivíduos acima de 40 anos. Os sintomas dessa patologia variam desde um desconforto a um enfraquecimento profundo do ombro e uma dor incapacitante grave. Existe também, um arco doloroso entre 70 e 120 graus com diminuição da dor após os 120 graus. A força muscular apresenta-se diminuída, principalmente em abdução e rotação externa(9). A crepitação ocorre devido a ruptura da bursa subacromial e pode estar presente nas fases II e III. Diversos tipos de tratamento são administrados, entre eles o tratamento fisioterapêutico, as intervenções cirúrgicas, entre outros. A maioria dos casos são tratados sem cirurgia, entretanto fatores como a idade do paciente, ocupação, dominância, instabilidade da articulação, entre outros, influenciam os resultados do tratamento sendo então, necessário a intervenção cirúrgica. Se esses pacientes não forem submetidos ao tratamento fisioterapêutico precoce, e/ou após diagnóstico imediato, futuramente serão pessoas incapazes de realizar suas funções. Dessa forma, a fisioterapia exerce um papel fundamental na recuperação e conseqüentemente uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos.
ATENÇÃO! * Alunos das Universidades Gama Filho, Estácio de Sá e UNISUAM e Assinantes da Revista Fisio&terapia possuem desconto especial em todos os nosssos cursos. * Os preços estão sujeitos à alteração sem prévio aviso. * A empresa se reserva ao direito de adiar cursos em casos de não preenchimento total do número mínimo de vagas. * Seja um divulgador dos nossos cursos e a cada 3 inscrições ganhe 50% de desconto, para 5 inscrições uma é cortesia. INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: R. Figueiredo de Magalhães, 219 Grupo 1.109 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Central de Atendimento:(21) 2255-7635 Celulares (21) 9984-4195 / 7894-1359 / 7894-1361 E-mail: caciaestetica@caciaestetica.com.br site: www.caciaestetica.com.br
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artigo | biomecânica, lombalgia, trabalhador
Biomecânica ocupacional de trabalhadores da construção civil relacionado a lombalgia por
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Lais Moraes & Junior Veronesi
A
ausência de conscientização ergonômica, ou mesmo de informações rudimentares acerca da dinâmica dos movimentos corporais durante a realização de atividades laborais ocasionam a adoção de posturas impróprias e levam a realização de movimentos repetitivos inadequados e estafantes. Essa conjugação de fatores, ordinariamente, provoca diversas alterações músculo-esqueléticas prejudicais à eficiência do trabalhador. Partindo das constatações sobreditas, o presente trabalho foi desenvolvido analisando-se a biomecânica ocupacional dos trabalhadores de uma construção civil (por meio de filmagens, aplicação do questionário Check-list lombar de Hudson Couto e através da aplicação da ferramenta de análise da biomecânica ocupacional OWAS-working postures analising systen) para observar sua relação com os fatores etiológicos da lombalgia. Foram escolhidos, para tanto, 07 (sete) trabalhadores de uma construção civil, que foram analisados durante o desempenho de suas atividades laborais em seus respectivos postos de trabalho (pedreiro, pintor, armador, encanador, servente, eletricista e carpinteiro). Após a realização das filmagens, foi realizado um Check-list das atividades de todos os trabalhadores para a verificação do risco músculo-esquelético e foi realizada análise de biomecânica ocupacional de cada um. Os resultados obtidos por meio dessa metodologia demonstraram que 100% (cem por cento) dos trabalhadores analisados, na grande maioria das vezes, assumem posturas inadequadas e realizam movimentos impróprios e não ergonômicos, o que acarreta ocorrências de dores lombares de diversas intensidades. INTRODUÇÃO As lombalgias (dores na coluna lombar), afetam cerca de 80% das pessoas durante a vida. Estudos mostram que dos pacientes considerados incapacitados por dores crônicas na região da coluna lombar por mais de seis meses, somente 50% conseguem retornar ao trabalho (CAILLIET; 1988, p. 5). Segundo CECIN (1997, p.295), a lombalgia constitui grande causa de morbidade e incapacidade, sendo ultrapassada apenas pela cefaléia, na escala dos distúrbios dolorosos que afetam o ser humano. As perturbações de coluna são consideradas um dos grandes motivos de afastamento prolongado do trabalhador do seu ambiente de trabalho e de padecimento humano; pois normalmente ocasionam dores fortes e muitas 28 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
vezes incapacitantes (COUTO; 1995, p.185). Apesar do grande progresso ergonômico aplicado à coluna vertebral, na última década as lombalgias tiveram um aumento 14 vezes maior do que o crescimento da população, resultando em uma grave situação sócioeconômica, ensejando prejuízos incalculáveis (CECIN;1997, p.295). Mas, será que a biomecânica laboral dos trabalhadores da construção civil está realmente relacionada com os fatores etiológicos das lombalgias? Uma resposta positiva é algo que se impõe, especialmente em face da constatação de que, com bastante freqüência, esses trabalhadores necessitam carregar pesos e adotar posições errôneas durante o desempenho de suas atividades. Desse modo, o presente trabalho tem sua relevância assentada em sua aptidão para abrir novas possibilidades na busca da melhoria de qualidade de vida desses trabalhadores, explicitando as vulnerabilidades a que essas pessoas estão sujeitas em suas atividades laborais e enfatizando a necessidade da aquisição de uma consciência ergonômica que ajude a prevenir lesões. OBJETIVOS Geral. Relacionar a biomecânica ocupacional dos trabalhadores da construção civil com as etiologias das lombalgias. Específicos. Utilizar ferramentas de análise biomecânica para quantificar e qualificar as posturas desses trabalhadores. Realizar revisão bibliográfica sobre as lombalgias e analisar os resultados obtidos para verificar os possíveis nexos existentes. Colaborar com o avanço das pesquisas relacionadas com as lombalgias dos trabalhadores da construção civil, sob a perspectiva da Fisioterapia e da Ergonomia. METODOLOGIA O Método de abordagem utilizado para a execução deste trabalho foi o hipotético-dedutivo, de forma qualitativa no aspecto transversal. Ademais, o seu desenvolvimento baseou-se na pesquisa bibliográfica de livros e artigos científicos, utilizando documentação direta e indireta. Amostra da Pesquisa. A amostra da pesquisa foi de 07 (sete) trabalhadores em seus respectivos postos de trabalho da construção civil (pedreiro, pintor, armador, encanador, servente, eletricista e carpinteiro),
escolhidos de forma randonizada, todos do sexo masculino, sem considerar raça, idade, estado civil, religião e situação econômico-social. Cada um dos trabalhadores assinou um termo de consentimento livre e esclarecido, declarando estar ciente de sua participação na pesquisa, bem como da proteção de sua privacidade, no sentido da não divulgação de sua imagem atividades. Método de Análise da Biomecânica Ocupacional. A pesquisa delineou-se pelo método quaseexperimental, por meio da aplicação das ferramentas OWAS-working postures analising system (anexo A) e Check-list de Hudson Couto de lombalgia (anexo B), ambas utilizadas com o propósito de analisar as posturas de trabalho e os riscos músculo-esqueléticos envolvidos em cada função. Foram realizadas, durante 06 (seis) dias, coletas das imagens dinâmicas por meio de filmagens das atividades laborativas dos trabalhadores para a realização da análise de sua biomecânica ocupacional. Depois disso, foi procedido um detido exame das referidas imagens, e em seguida lançados os respectivos dados, correspondentes a cada função, nas mencionadas ferramentas. Materiais Utilizados. Foram utilizados 04 (quatro) fitas para gravação em filmadora da marca Jvc e uma filmadora da marca Panasonic, questionário Check-list de Hudson Couto de lombalgia, ferramenta OWAS (working postures analising sisten) e pesquisas bibliográficas em livros e artigos científicos especializados. RESULTADOS Resultados obtidos pelo método OWAS: As posturas analisadas por meio do método OWAS foram quantificadas e tabuladas no quadro específico da ferramenta. O resultado final foi classe 04 (postura extremamente prejudicial, necessitando de ações imediatas para a mudança postural), para todos os trabalhadores dos postos de trabalho analisados pela pesquisa. Seguem abaixo exemplos de posturas prejudiciais, que são freqüentemente realizadas pelos trabalhadores e que podem acarretar a ocorrência de lombalgias, devido principalmente a forças excessivas empregadas na coluna conjugadas com atividades repetidas, tais como extensão, flexão e rotação de um segmento vertebral. Veja nas fotos a seguir os trabalhadores realizando postura incorreta durante o seu labor.
artigo | biomecânica, lombalgia, trabalhador Resultados obtidos através do questionário Check-list: As análises laborais desses trabalhadores por meio do questionário Check-list para coluna lombar, resultou nas pontuações abaixo relacionadas: ·Eletricista (16 pontos): Valor enquadrado entre 15 á 18 pontos, resultando em fator biomecânico de moderada importância no risco de distúrbios músculoesqueléticos da coluna lombar. ·Pedreiro (13 pontos), armador (13 pontos), encanador (12 pontos) e carpinteiro (12 pontos): Valor enquadrado entre 11 a 14 pontos, resultando em fator biomecânico significativo no risco de distúrbios músculo-esqueléticos da coluna lombar. Pintor (10 pontos) e servente (10 pontos): Valor enquadrado abaixo de 11 pontos, resultando em fator biomecânico muito significativo no risco de distúrbios músculo-esqueléticos da coluna lombar.
Gráfico representativo do escore final do “check-list” dos trabalhadores em seus respectivos postos de trabalho CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo SILVA et al (2004), as dores na coluna lombar atingem níveis epidêmicos na população em geral. Um percentual compreendido de 70 a 85% de todas as pessoas sofrerão dessas dores em alguma época de suas vidas. É imperativo que sejam proporcionados ambientes de trabalho ergonômicos e seguros. Bem assim, faz-se mister ensinar a mecânica corporal conveniente aos trabalhadores e as técnicas de prevenções de lesões, além de implementar políticas de promoção de trabalho protegido. Ademais, o trabalhador deve ser conscientizado de sua responsabilidade de aplicar as operações voltadas para a redução de riscos. É extremamente importante que haja mais incentivo para o trabalho de investigação dos resultados. Lamentavelmente, ainda existe carência de pesquisas nesse campo. Além do que o incentivo ao trabalhador é escasso, em frontal contraposição a rigorosas cobranças de produtividade, que são sempre maiores do que as orientações de segurança. Os resultados obtidos por meio da presente pesquisa, portanto, ensejam reflexões acerca desse universo preocupante e polêmico. Não tem por objetivo extenuar o tema, mas proporcionar indicativos para trabalhos futuros. Abre-se um caminho a partir desse trabalho a novas pesquisas nessa linha de estudo, com foco centrado nos trabalhadores da construção civil, que tanto quanto necessitam de seu labor para subsistir quanto carecem de meios consistentes para preservação da sua saúde física e mental, bem como de sua capacidade manterse apto para o trabalho.
BIBLIOGRAFIA stabilidade Lombar: Implicações para o Fisioterapeuta. Ver. Terapia Manual, Londrina, v.1, n.4, p.122-126, abr.2003/ jun. 2003. CAILLIET, R. Lombalgias: Síndromes Dolorosas. 3ª Edição, Editora Manole Ltda, São Paulo, 1988. CECIN, H. A. Proposição de uma reserva anatomofuncional, no canal raquidiano, como fator interferente na fisiopatologia das lombalgias e lombociatalgias mecânico-degenerativas. Rev. Assoc. Méd. Brás., out/dez. 1997, vol.43, no.4, p.295-310. ISSN 0104-4230. CORRIGAN, B.; MAITLAND, G. Ortopedia e Reumatologia, Diagnóstico e Tratamento. Editora Premier, 1ª Edição, São Paulo, 2000. COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: Manual Técnico da Máquina Humana. Belo Horizonte: Ergo, 1995. vol. 1 e 2 DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia Prática. Editora Edgard Blucher ltda. 3ª Edição, São Paulo, 2000. FAUSTINO, P.C., TERRERI, M.T., ANDRADE, C.T.F. et al. Características clínicas das espondiloartropatias na infância: análise de 26 pacientes. Rev. Assoc. Med. Bras., jul./set. 2001, vol.47, no.3, p.216-220. ISSN 0104-4230. FERREIRA, C. H. J. e NAKANO, A. M. S. Reflexiones sobre lãs bases conceptuales que fundamentan la construcción del conocimiento a cerca de la lumbalgia en el embarazo. Ver. Latino-Am. Enfermagem, maio 2001, vol.9, no.3, p.95-100. ISSN 01041169. GABRIEL, PETIT e CARRIL. Fisioterapia em Traumatologia Ortopedia e Reumatologia. Editora Revinter. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2001. GARDNER, G. Anatomia: Estudo Regional do Corpo Humano. Editora Guanabara Koogam, 4ª edição, Rio de Janeiro, 1988. GOLDING, D. Reumatologia em Medicina e Reabilitação. Editora Atheneu. 1ª Edição, São Paulo, 2001. GRISOGONO, V. Lesões no Esporte. Editora Martins Fontes, 2ª Edição. São Paulo,2000. HALL, Susan J. Biomecânica Básica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 15; 203-25. HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades. 2ª Ed, Editora Atheneu, São Paulo, 2003. JARVIK JG, DEYO RA. Diagnostic evaluation of low back pain with em imagining. Ann Intern Med October 1, 2002; 137:586-97. KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular: Tronco e Coluna Vertebral. Vol 3, 5ª Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Rj, 2000. KARHU, O.,KANSI, P. e KUORINKA, I. (1977). Correcting working postures in industry. A pratical method for analysis. Applied Ergonomics, 8, p.199-201. LANZILLOTTI, H. S., LANZILLOTTI, R. S., TROTTE, A. P. R. et al. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa, cálcio dietético e outros fatores de risco. Rev. Nutr., abr./jun. 2003, vol.16, no.2, p.181-193. ISSN 1415-5273. LIDA, I. Ergonomia Projeto e Produção. Editora Edgard Blucher ltda. 2ª Edição,São Paulo, 2001. OLIVER, J.; MIDDLEDITCH, A. Anatomia Funcional da Coluna Vertebral. Editora Revinter, 2ª Edição, Rio de Janeiro, Rj, 1998. PERREIRA, E. R. Fundamentos de Ergonomia e Fisioterapia do Trabalho. Editora Taba cultural. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2001. SANTOS, C. M. D. Móveis Ergonômicos. Revista proteção. São Paulo: MPF Publicações. Ed. 93, ano XII, p. 62-65. set.1999. SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ª Edição. Editora Guanabara Koogam. São Paulo, 2000. SOUZA, R. A. S., SOUZA, H. F. S. e RANGEL, L. V. et al. Observação de anemia hemolítica auto-imune em artrite reumatóide. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., 2003, vol.25, no.4, p.247-249. ISSN 1516-8484. THOMAS, C. L. Dicionário Médico Enciclopédico Taber. 17ª Edição. Editora Manole. São Paulo, 2002. THOMSON, A; SKINNER, A; PIERCY, J. Fisioterapia de Tidy. Editora Santos, 12ª Ed. São Paulo, 2002. YOSHINARI, N. H.; BONFÁ, E. O. Reumatologia para o Clínico. Editora Roca. 3ª Edição, São Paulo, 2000. VERONESI Jr, J. R.. Perícia Judicial. Editora Pilares. 1ª Edição, São Paulo, 2004. www.novafisio.com.br • 52|2006 • 29
artigo | biofeedback, treinamento, perfomance
Performance anaeróbica com treinamento em Biofeedback EMG por
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Kamila Leite Rodrigues, José Maurício Schneedorf SF Silva, Lina Márcia da Silveira, Christiane Borges Abrão dos Santos.
NTRODUÇÃO-1 O Biofeedback (BFB) é uma técnica de condicionamento operante que ensina o controle voluntário de eventos fisiológicos específicos através de sinais visuais e auditivos demonstrados por instrumentos eletrônicos (BRUCKER, 1996; ERBIL, 2004). O trabalho de controle e coordenação motora é realizado através do BFB eletromiográfico, (EMG) o qual registra o potencial elétrico do músculo em trabalho e em repouso (AAPB, 2003). Pouco se tem reportado cientificamente sobre a aplicabilidade do BFB EMG em medicina desportiva, o que constitui um instrumento potencial para a busca de melhores performances desportivas. Muitos estudos concluíram que os atletas não são diferentes de outras populações que têm potencial para se beneficiar dos processos fisiológicos promovidos pelo BFB (JEFFREY, 2003). Estudos vêm sendo desenvolvidos para investigar a intervenção do BFB e o relaxamento que poderia diminuir o consumo submáximo de oxigênio (VO2 submax) durante o treinamento de corredores, com significativa melhora em sua capacidade energética, redução do VO2 em 7,3 % e concentração de lactato em 9,2%, (CAIRD e COLS,1999). O BFB EMG possibilita maximizar a performance, tornando-se um sistema alternativo de estimulação para atletas de elite e iniciantes, promovendo assim o desenvolvimento de estágios avançados de treinamento, (NUSSBAUM, 1997; SCHMID, 1998; ROSS e COLS, 2003). Neste sentido objetivou-se neste trabalho buscar alterações na performance anaeróbia do músculo quadríceps através do treinamento com BFB EMG que incrementem à literatura pontos importantes para posteriores pesquisas e inferências a várias modalidades desportivas. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. Sujeitos O experimento foi realizado com uma amostra de dez atletas do sexo feminino com idade de 13,41 ± 0,66 anos, jogadoras de voleibol. Foi utilizado como critério de exclusão a presença de patologias ortopédicas e dores musculares.Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e pesquisa da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, Minas Gerais, sob o protocolo número 78/2005. 2.2. Instrumentos Foi utilizado o aparelho Neuroeducator III Ò, com eletrodo de superfície Meditrace Ò Ag/AgCl de acurácia completa de 65-80 graus F, contendo quatro canais independentes processados em tempo real com display gráfico de escalas cal30 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
ibrado em mV com frequência de banda de 10 -1000 Hz, para análise eletromiográfica e treinamento anaeróbio de quadríceps em BFB. O teste de desempenho anaeróbio e o treinamento anaeróbio de quadríceps foram realizados na quadra poliesportiva do Alfenas Tênis Clube, Alfenas, Minas Gerais. 2.3. Avaliação Inicialmente as dez atletas passaram por uma aferição não visual do recrutamento neuromotor (eletromiografia) de quadríceps em contração excêntrica através do movimento de flexão de joelho em cadeia fechada. Para tanto foram acoplados três eletrodos de superfície, sendo dois ativos e um terra, sobre o ventre do músculo quadríceps no membro inferior direito e esquerdo. Os sensores foram conectados após a retirada de qualquer possível interferência na captação dos sinais com auxílio de soro fisiológico. Os dados foram armazenados para posterior análise. Paralelamente à eletromiografia, foi realizado o teste de desempenho anaeróbio a longo prazo, definido como o dispêndio de trabalho durante um exercício máximo com duração de 90 s, (MALINA e BOUCHARD, 2002). O teste consistiu na medida da distância máxima percorrida pelas atletas durante 90 s. Após colhidos os dados eletromiográficos e a distância percorrida no teste de desempenho anaeróbio a longo prazo, as atletas foram separadas aleatoriamente em dois grupos, cada qual composto por cinco atletas. Esse procedimento foi repetido após o período de treinamento de ambos os grupos. 2.4. Treinamento O grupo controle realizou suas atividades esportivas diárias e um trabalho de desempenho anaeróbio, o qual consistiu de um exercício de contração excêntrica de quadríceps. Esse foi realizado em frente a um espelho iniciando com descida lenta até 90°, mantendo esta posição por 10 segundos em contração excêntrica unilateral, e retornando á posição inicial. O exercício foi repetido 10 vezes, 5 repetições com cada perna, e um intervalo de descanso entre as séries de 30 s, duas vezes por semana em dias alternados, e durante quatro semanas. O grupo teste realizou suas atividades esportivas diárias e um trabalho de desempenho anaeróbio na Clínica de Biofeedback, UNIFENAS, Alfenas, com o exercício de contração excêntrica de quadríceps em cadeia cinética fechada (movimento de agachamento). Foram aplicados três eletrodos de superfície, sendo dois ativos e um terra, ao longo do ventre muscular do reto femural em membro inferior direito e esquerdo, após a limpeza da pele com
soro fisiológico para diminuir a impedância. Uma linha de treinamento traçada conforme descrições do fabricante do equipamento era mostrada no monitor às participantes durante o treinamento. A linha de treino foi desenhada com uma inclinação leve no início do movimento, seguindo um platô de contração excêntrica com descarga de peso unilateral de 10 s, e uma inclinação descendente retornando a posição inicial para o relaxameeto. O platô, utilizado para as análises durante a evolução do treinamento, foi repetido 10 vezes, 5 repetições com cada perna, e um intervalo entre as séries de 30 s, duas vezes por semana, em dias alternados e durante quatro semanas. Ambos os grupos tiveram um intervalo de 15 dias após o 5o. dia de treinamento, afim de se observar a manutenção do perfil eletromiográfico atingido. 2.5. Análise Estatística O experimento foi conduzido por delineamento inteiramente casualizado. Os dados foram analisados por média ± erro-padrão. Diferenças entre os grupos foram obtidas por análise de Kruskal-Wallis. Comparações pareadas entre os grupos foram realizadas por teste não-paramétrico de Mann-Whitney, utilizando-se o pacote estatístico XLStats (Rodney Carr, Pensylvania), v. 5.5. Diferenças significativas foram aceitas quando p<0.05. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO O BFB é uma técnica de aprendizado associativo que explora o condicionamento operante, também conhecido como condicionamento instrumental. Neste método a pessoa aprende as consequências de seu próprio comportamento e o altera em decorrência do treinamento, (Mary e cols, 2001). Figura 1. Variação do perfil eletromiográfico dos quadríceps dos indivíduos testados. E e D referem-se ao treinamento oferecido às pernas esquerda e direita, respectivamente. Os valores representam a diferença obtida entre o EMG final e o EMG inicial após o treinamento. O asterisco representa diferença significativa (Mann-Whitney, p<0,001). A melhora do controle neuromotor sugere uma alteração no aprendizado emprega-
artigo | biofeedback, treinamento, perfomance do através de um modelo de recompensa. A Figura 1 apresenta os resultados obtidos com as variações no perfil eletromiográfico dos quadríceps aferidos. Ao comparar as diferenças entre os valores iniciais e finais de EMG entre os grupos controle e treinado, observou-se diferença fortemente significativa entre os mesmos (Mann-Whitney, p<0.001). Neste caso, foram comparados os valores entre as pernas esquerda controle versus esquerda treinado (p<0.001), e direita controle versus direita treinado (p<0.001). Essa diferença no perfil eletromiográfico vai de encontro à teoria descrita acima por Mary e cols (2001), e sugere que o grupo treinado conseguiu um maior controle do potencial neuromotor, conjuntamente a um maior recrutamento de unidades motoras no músculo treinado. A alteração do perfil eletromiográfico obtida com o treinamento em BFB EMG proposta neste trabalho corrobora com os resultados obtidos por CROVE (1986). O autor investigou o efeito do BFB EMG no ganho de força e controle dos níveis eletromiográficos no músculo quadríceps. A força de extensão do quadríceps foi avaliada através de um aparelho de exercício isocinético Cybex, e as sessões de treinamento foram realizadas três vezes por semana por cinco semanas. Foi observado um aumento na força e nos níveis eletromiográficos para todos os grupos. O grupo com treinamento
em BFB mostrou um aumento nos valores de pico de torque e nos níveis eletromiográficos maiores que no grupo não treinado. Neste trabalho o autor concluiu que um programa de treinamento com BFB EMG produziu significativos ganhos na força e nos níveis eletromiográficos no músculo quadríceps. No teste de performance anaeróbia a longo prazo foi observado uma diferença significativa entre os grupos controle inicial e treinado final, conforme observado à Figura 2 (MannWhitney, p<0.01). A comparação inicial e final do grupo treinado também mostrou uma diferença significativa com p<0.01, ao passo que a mesma natureza de comparações com o grupo controle não resultou diferença significativa. Com o treinamento específico em BFB EMG proposto neste trabalho, o qual visou condicionar de forma anaeróbia o músculo quadríceps através de uma linha de treinamento, foram observadas alterações indiretas no perfil anaeróbio a longo prazo. Esses resultados sujerem que intervenções psicofisiológicas como o BFB EMG podem melhorar as respostas fisiológicas para treinamentos específicos.
Figura 2. Variação da distância percorrida durante o teste de performance anaeróbio antes e após o treinamento. I e F referem-se aos dados obtido ao início e fim dos treinamentos, respectivamente. Os resultados obtidos ao longo do treinamento com BFB estão apresentados na Figura 4, a qual sumariza a análise obtida a partir de 5250 pontos da leitura de EMG das atletas. O eixo da ordenada representa os valores de EMG relativos aos dados eletromiográficos iniciais de ambos os grupos. Ambas as pernas tiveram aumento nos perfis eletromiográficos, de magnitude similar. Foi observado um aumento médio em torno de 30 % do valor de EMG a partir do 3° dia (Figura 3). Comparando-se o intervalo do 1o. ao 9o. dia de treinamento, foi encontrado um aumento de 279 a 501 uV na escala aferida. Após o intervalo de 15 dias entre os treinamentos foi observado uma manutenção do perfil da curva obtida, bem como dos valores percentuais dos dados eletromiográficos. Figura 3. Evolução do perfil de EMG com treinamento em BFB. Os dados mostram o percentual relativo do primeiro ao décimo dia de treinamento com BFB. Valores apresentados como média ± EPM. Se um treinamento muscular específico promove um aumento gradual da duração do potencial de ação e diminuição da frequência (MITOLO,1957), o BFB EMG pode ser um ex-
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artigo | biofeedback, treinamento, perfomance
celente artifício nos treinamentos em atletas e iniciantes para aumentar o desempenho e o controle dos movimentos melhorando as respostas específicas ao treinamento. Pelo exposto acima, os resultados apresentados por vários autores, assim como os expressos neste trabalho, confirmam a aplicabilidade do Biofeedbcak EMG e outras modalidades na área desportiva, podendo ser utilizado como estratégia para treinamentos específicos a diversos esportes, encorajando e ensinando o controle de movimentos com o objetivo de melhorar a performance de um indivíduo ou de um grupo de atletas. 4. CONCLUSÃO A performance anaeróbia a longo prazo foi observada em ambos os grupos, porém com significância no grupo treinado com
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BFB EMG. Esse resultado sugere um aumento do limiar anaeróbio para tolerar exercícios explosivos e movimentos rápidos. A diferença no recrutamento neuromotor final foi muito superior ao inicial (dados eletromiográficos). Neste sentido pode-se dizer que o grupo treinado conseguiu um maior controle do potencial neuromotor e um maior recrutamento de unidades motoras no músculo treinado. A modalidade de BFB EMG pode ser um excelente artifício de treinamento específico para atletas e iniciantes. É importante que posteriores pesquisas sejam realizadas fornecendo dados que incrementem à literatura pontos importantes e inferências a outras modalidades desportivas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ASSOCIATION FOR APPLIED PSYCOPHYSIOLOGY AND BFB. Treinamento em BFB. Associaton for Applied Psycophysiology and BFB. Top Star Inductive Therapies, 2003, 1 - 26. 2. CAIRD, S.J.; McKENZIE, A.D; SLEIVERT, G.G. BFB and relaxation techniques improves running economy in sub-elite long distance runners, Medicine and Science in Sports and Exercise 31, 717-722, 5, 1999. 3. CROVE,R. The effects of EMG biofeedback on strength acquisition. Biofedback Self Regulation, 11,299 – 310,1986. 4. CUMMINGS, M; WILSON,V; BIRD,E. Flex-
ibility development in sprinters using EMG biofeedback and relaxation training. Biofeedback Self Regulation,9, 395 – 405, 1984. 5. HERING, G.O., HENNIG, E.M., RIEHLE,H. J. Relatioship between sprint time and quadriceps muscle characteristics from four subjects groups, differing in neuromucular performance demands. Sports Science, University of Konstaanz, Germany. Biomechanics Laboratory, University of Essen, Germany. <http://www.ub.uni-konstanz.de/kops/volltexte/> 2001/611/ 6. JEFFREY, T., FARMINGTON, MAINE. Sport Psychophysiology: the Current Status of BFB With Athletes (part 1). Summer 2003, 18 – 20. 7. MALINA, R.M, BOUCHARD,C. Potência e Capacidade Anaeróbias durante o Crescimento, in: Atividade Física do Atleta Jovem: do crescimento à maturação. ed. ROCCA, 2002, 209-219,14. 8. MARY,F; DOUGLAS, A. Mecanismos Neurais do Aprendizado e da Memória In COHEN, H. Neurociências para Fisioterapeutas – Incluindo correlações clínicas. 2a ed.Editora Manole. São Paulo, 2001 9. PEPER,E; SCHIMID, A . The use of Eletrodermal Biofeedback for Peak Performance Training. On – line. Disponível em http://w w w.bfe.org/index1.html. Acesso em 05/09/2005.
artigo | DTM, ATM, fisioterapia, TENS
Tratamento da disfunção miogênica da articulação temporomandibular por
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Aline Mutro, Letícia Campos, Mariane Donato, Marina Sampaio, Francine Barreto, Leandro Nobeschi, Andréa Beatriz Bonsi
A
disfunção temporomandibular (DTM) é caracterizada por diversos sinais e sintomas e sua etiologia é tão variada quanto sua sintomatologia. O sintoma que mais causa desconforto aos pacientes é a dor. A analgesia pode ser realizada utilizando o método da estimulação elétrica transcutânea (TENS), como recurso terapêutico. Nosso objetivo foi determinar a eficácia do TENS aplicado na desordem miogênica da ATM. Participaram desse estudo 32 pacientes (28 do sexo feminino e 4 do sexo masculino). Utilizamos a Escala Visual Analógica (EVA) para quantificar a dor inicial e final. Os pacientes foram submetidos ao tratamento com TENS por 15 sessões de 30 minutos. Os resultados demonstraram que a dor diminuiu significantemente do início ao final do tratamento (p<0,005). Desta forma podemos sugerir que a terapêutica utilizando o TENS, para pacientes disfunção miogênica, promove alívio no quadro álgico. INTRODUÇÃO Síndrome de Costen é uma disfunção temporomandibular caracterizada por diversos sinais e sintomas como: cefaléia, crepitações, limitação do movimento dos côndilos da mandíbula, zumbido, vertigens, dor articular, dor e sensibilidade nos músculos da mastigação, na região cervical e no cíngulo do membro superior¹. A intensidade e presença desses sinais podem variar de um indivíduo para outro. A etiologia é tão variada quanto sua sintomatologia, pois inúmeros fatores podem afetar o equilíbrio dinâmico dos componentes do aparelho da mastigação. O fator etiológico mais comum da DTM miogênica é a hiperatividade muscular2, 3, 4, 5. Ela pode ser gerada por mal-oclusão, alterações posturais e estresse emocional4. Pode ser decorrente de traumas, doenças sistêmicas e desordens do crescimento. Os indivíduos que apresentam DTM necessitam de tratamento variado. As desordens envolvem os músculos da mastigação cujos sintomas devem ser diferenciados dos problemas dentais. É complexo e necessário examinar o paciente, observando a dinâmica da articulação e sua oclusão6. Geralmente o acometimento é predominante em mulheres com idade entre 20 e 40 anos2. O sintoma que mais causa desconforto aos pacientes é a dor. A analgesia é feita pela estimulação elétrica transcutânea (TENS), um dos principais recursos que visa o relaxamento da musculatura mastigatória, recuperando a redução do espasmo funcional livre, decorrente da contração muscular7.
O objetivo desse estudo é determinar a eficácia do TENS aplicado na desordem miogênica da articulação temporomandibular (ATM). MATERIAIS E MÉTODOS Foram avaliados 32 pacientes (28 do sexo feminino e 4 do sexo masculino) com idade média de 31 anos. Os pacientes foram examinados previamente pelo ortodontista que diagnosticou a DTM e os pontos de algia intensa, e posteriormente foram encaminhados para o serviço de fisioterapia. Este estudo foi realizado na Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Instituição. Os participantes assinaram um termo de esclarecimento e consentimento para o estudo. O fisioterapeuta realizou a avaliação, constando da anamnese e exame físico. Foi realizada a palpação dos pontos álgicos relatados pelo ortodontista (músculos masseter e temporal), avaliação da mobilidade ativa da ATM e ausculta de sons articulares durante os movimentos. Para a avaliação da dor foi utilizado a Escala Visual Analógica (EVA). Os pacientes marcaram a intensidade da dor em uma reta de dez centímetros sem numeração a fim de não induzir sua resposta, onde seu início indicava ausência de dor e seu término a pior dor. Isto era realizado antecedendo a aplicação do TENS na primeira sessão e imediatamente após na última sessão. O tratamento durou 15 sessões em dias alternados. Foi utilizado o aparelho TENS Quark TensVif 974 para verificar sua efetividade. Os eletrodos eram de silicone de 4x2cm, foi utilizado gel e fita adesiva. As sessões sempre eram realizadas no mesmo horário. A paciente permanecia sentada em silêncio de uma forma confortável com apoio para os pés e coluna. Os eletrodos foram posicionados na região de maior dor. Os parâmetros utilizados foram: contínuo, 200ms de duração de pulso, 80 Hz de freqüência e a intensidade variava de acordo com a sensibilidade do paciente, durante 30 minutos. Foram excluídos os pacientes com história de doenças reumáticas e luxação da ATM. Os pacientes foram orientados para não realizar movimentos contínuos e repetidos com a ATM como por exemplo: goma de mascar, apertar e ranger os dentes, distribuir o alimento no momento da mastigação. Foi utilizado o teste de Wilcoxon para comparar os dados do primeiro e último dia de tratamento.
RESULTADOS Os pontos com maiores dores foram sobre o masseter (85%), músculo temporal (5%) e ambos (10%). Em todos a cefaléia e zumbido estavam associados. A tabela I demonstra os dados iniciais e finais avaliados pela EVA e a tabela II apresenta o resultado do teste de Wilcoxon e o valor de significância.
Foi observado que ocorria melhora imediatamente após a aplicação do TENS na maioria das sessões. DISCUSSÃO Quanto ao sexo e idade dos pacientes estudados, nossos dados concordam com a literatura². De todos os músculos acometidos, a dor sob o músculo masseter foi prevalente. Outros estudos corroboram com os nossos demonstrando o envolvimento freqüente do músculo masseter7, 8, 9. O músculo masseter é acometido por estar ligado a manutenção da posição de repouso da articulação temporomandibular, juntamente com os ligamentos10, 11. Observamos nesse experimento que a indução do estímulo elétrico no músculo masseter promove um relaxamento, sendo eficaz para reduzir a dor nos pacientes com DTM. Nossos dados são similares a literatura7, 8, 9, 12, 13. Diversos métodos terapêuticos podem ser utilizados para o tratamento da DTM14. Desta forma o TENS se apresenta eficiente na redução ou remissão da dor de origem muscular, estimulando as fibras aferentes primárias espessas e mielinizadas de rápida condução, com conseqüente bloqueio da sensação de dor, promovendo relaxamento dos músculos mastigatórios e induzindo a liberação de opióides naturais, oferecendo resultados clinicamente satisfatórios no alívio da sintomatologia aguda12, 14. Entretanto a terapia utilizando o TENS se mostra pouco efetiva quando o quadro não era apenas muscular12. Por esse motivo, uma avaliação consistente e multidisciplinar é fundamental. CONCLUSÃO Concluímos que o tratamento utilizando a estimulação elétrica transcutânea (TENS) em pacientes com disfunção miogênica da articulação temporomandibular resulta em melhora considerável no quadro de dor. www.novafisio.com.br • 52|2006 • 33
tininha | humor - passa-tempo - novidades - tv - música - cinema - automóvel - compras - m É pessoal dia 13 é dia do fisioterapeuta e como diz meu amigo Antonio Carlos Trubianni, desejo a todos que se sintam osculados nesta data tão querida. Eu gostaria de oscular cada um de vocês nesta data tão querida, mas como não posso pessoalmente, então mando por aqui mesmo. Nesta edição como não poderia deixar de ser, trouxe novas piadinhas, um texto filosófico muito bacana neste momento de Ato médico e muito mais, então espero que gostem e peço que continuem enviando suas piadinhas, artigos e notícias para nossa seção. Obrigada. 24 coisas que não se pode morrer sem saber:
01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck. 02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada. 03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua. 04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam. 05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café p/ se manter acordado. 06 - As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam. 07 - As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas. 08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem. 09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua. 10 - Só um alimento não se deteriora: o mel. 11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto. 12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha. 13 - As unhas da mão crescem aproximadamente 4 vezes mais rápido que as unhas do pé. 14 - O olho da avestruz é maior do que seu cérebro. 15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos. 16 - O “quack” de um pato não produz eco e ninguém sabe porquê. 17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua. 18 - É impossível espirrar com os olhos abertos - pelo amor de Deus, não tente isso em casa. 19 - “J” é a única letra que não aparece na tabela periódica. 20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria p/ o consumo. 21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho. 22 - Se virarmos um ramster de cabeça para baixo, seus olhos podem cair. 23 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite. 24 - 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa noite ao William Bonner no final. Você ainda deve estar tentando lamber o cotovelo, você já estudou anatomia no primeiro período e deveria saber que não adianta, não dá!
tininha XY R H
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Será?! Vamos fazer um teste? A fitesiriaopa não uiiztla mdiametcenos praa o tatreanmto dos pciantees, aapnes são udsaos os rcusreos fsioirteápicos. É funcionou, legal!
PEDIDO DE SOCORRO Um policial do 190 atendeu ao telefone vindo de uma clínica de fisioterapia e foi anotando o pedido de socorro: - POR FAVOR, MANDEM ALGUÉM URGENTE, ENTROU UM GATO AQUI NA CLÍNICA!!!! - Mas como assim, um gato na clínica???... - UM GATO!!! ELE INVADIU A CLÍNICA E ESTÁ CAMINHANDO NA MINHA DIREÇÃO!! - Mas como assim? Você quer dizer um ladrão? - NÃO P...! ESTOU FALANDO DE UM GATO MESMO, DESSES QUE FAZEM MIAU, C...!!!! - Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção? - PQP!!! ELE VAI ME MATAR, E VOCÊS SERÃO OS CULPADOS!!! - Quem está falando???? - O PAPAGAIO, ORAS!!!!!!
Marido e Mulher não se falavam há uns três dias... Entretanto, o homem lembra-se que no dia seguinte terá um paciente pela manhã, (e como precisava levantar cedo) resolveu pedir a mulher para acordá-lo, mas para não dar o braço a torcer escreve num papel: “Acorde-me às 06 horas da manhã”. No outro dia, levanta-se e quando olha no relógio são 09:30h. O homem tem um ataque e pensa: Filha da mãe !!! Estúpida!!! Não me acordou. Nisto olha para a mesa de cabeceira e repara num papel no qual está escrito: “... São seis horas, levanta doutor!!!”
Saiu instaa ISTO É,! Rev 34 • ed.52 | set/out 2006 • F&T
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moda - economia - turismo - esporte - culinária - curiosidade - arte - mais...
O Ato Médico e o Ato Filosófico
O Ato Médico, projeto de lei que uma vez chegado ao Congresso, e se aprovado, tornaria privati vos da classe medica todos os “procedimentos diagnósticos” e “indicações terapêuticas”, é o assunto de hoje. Se aprovado, ameaçaria a sociedade com O Alienista, de Machado de Assis. A idéia acendeu os desejos de outros setores. O Ato Enfermeiro proibirá as mães de curativos e relegará os Band-aids às farmácias, mas nada poderá ser vendido em farmácia por causa do Ato Farmacêutico. De tanto não venderem nada, os farmacêuticos terão lesões na coluna, mas nem pensar em massagens porque O Ato Fisioterápico valerá em todo o território nacional. O problema é que de tanta vigilância, os fisioterapeutas ficarão doidos e não poderão ir a um médico psi quiatra porque estará vigente O Ato Psicológico, pelo qual nenhum paranóico ousará paranóias como procurar gente desabilitada a lidar com isso, como um médico. Nervosos, os médicos pas sarão a comer mal e pouco, mas não poderão fazer qualquer coisa, uma vez que estarão condenados a alimentação eterna que iniciaram devido ao Ato Nutricionista. Os próprios nutricionistas não poderão explicar nada aos médicos para não incorrerem em uma afronta ao Ato Pedagógico que restringe o ensino aos professores. Pena que nessa altura os professores já tenham morrido em conseqüência do Ato Político que, por sua vez, agonizará pelo embate entre O Ato Econômico e O Ato Circense. Ninguém mais estará a salvo. Os advogados serão impedidos de quase tudo pelo Ato de Direito, segundo o qual todo a juiz prescindirá de advogados. Mediante O Ato Teológico os juizes serão proibidos de julgar, já que isso a Deus pertence. Mas O Ato Filosófico será supremo e cerceará a todos, já que ninguém poderá fazer algo sem o uso da razão, o que impedirá na prática a própria Filosofia. Qualquer coisa que qualquer um fala será condenada pelo Ato dos Atos que é o projeto de lei que proíbe todas as coisas mediante a suspeita de alguma coisa que possa invadir remotamente outra. Ninguém mais sairá de casa, ninguém dará mais um piu, nem Bush, e juntos, em silêncio, todos aguardarão quietos, sem piu, O Ato do Juízo Final. Lúcio Packter Filósofo - PUC - FAFIMC - RS Olha que interessante. Modos de dizer
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Diz-se: Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão... Enquanto o correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão... No popular se diz: Cor de burro quando foge O correto é: Corro de burro quando foge! Outro que no popular todo mundo erra: Quem tem boca vai à Roma. O correto é: Quem tem boca vaia Roma Outro que todo mundo diz errado: Cuspido e escarrado Quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. O correto é: Esculpido e encarnado Mais um famoso Quem não tem cão, caça como gato...
Eu estava fazendo as malas para uma viagem ao ENAF de Poços de Caldas e minha filha de 3 anos estava se divertindo muito, brincando na cama. A certa altura ela disse: - Papai, olha aqui... e esticou a mãozinha mostrando 2 dedinhos. Tentando mantê-la distraída, eu me aproximei e coloquei os 2 dedinhos dela na minha boca dizendo: - Papai vai comer os seus dedinhos!... fingindo comê-los antes de sair correndo do quarto. Quando voltei, minha filha estava em pé na cama olhando para os dedos, com uma carinha muito desolada. Eu disse : - O que houve, docinho? E ela respondeu: - Cadê a minha meleca?
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ONDE VOCÊ COLOCARIA A VÍRGULA NA SEGUINTE FRASE?
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura”.
contando suas histórias e sugestões.
SOBE... O colega Nelson Rosemann participou do programa da Ana Maria Braga na Globo às 8h do dia 19/7/06, e deu esclarecimento à população sobre Acupuntura e a polêmica do SUS. SOBE... Com uma pesquisa que comprova os efeitos do trabalho na produção de refeições na ocorrência e agravamento de doenças venosas nas pernas, a fisioterapeuta Clarissa Medeiros da Luz, da Universidade Federal de Santa Catarina, venceu o Concurso Alimentos 2006, promovido pela ABERC. Ela recebeu como prêmio uma viagem à Paris para participar do Salão Internacional de Alimentação (SIAL) SOBE... Encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania do Senado Federal o Projeto de Lei 5499/05 que propõe a inclusão da Equoterapia nos Centros de Reabilitação e Readaptação ...DESCE dia 29/07, durante o programa ZORRA TOTAL nossa profissão foi mais uma vez exposta ao ridículo ao ser comparada com meras AULINHAS para melhorar a qualidade de vida na terceira idade. ...DESCE Guga ficou abalado por não ter conseguido cumprir a meta de voltar às quadras em julho depois de 4 meses de tratamento com o filé ...DESCE faleceu a fisioterapeuta Asael Formolo Pellini, em sua propriedade, na cidade de Viamão/RS, deixando um filho de 12 anos. www.novafisio.com.br • 52|2006 • 35
agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OUTUBRO 02 a 20 Avaliação e Tratamento do Paciente Hemiplégico Adulto - Bobath Porto Alegre RS (51) 3346-4336 / 3222-4198 Esp. 02 e 23 Tratamento de Linfedema em Pacientes Mastectomizados Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 Esp. 03 e 17 Cosmetodologia Básica Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 06 e 07 Curso Básico de Terapia Aquática (90% PRÁTICO) Niterói RJ (21) 2610-1629 / 2714-6533 Esp. 06 a 08 Estética Corporal pela Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 06 a 08 Reequilibrio Somato Emocional - 1º Módulo Porto Alegre RS (51) 3019-3373 06 a 08 Curso Internacional Iso Stretching - Turma A Piracicaba SP 0800 7242800 07 e 08 Bandagens Funcionais: Abordagem e Tratamento Fisioterapêutico (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 07 e 08 1º Workshop de Terapia HONNO da ABACO / Inst. Honno do Brasil Rio de Janeiro RJ (21) 2255-4845 07 e 08 Anatomia Palpatória Mogi das Cruzes SP (11) 6914-0121/(12)3674-2544 07 e 08 Massagens Orientais - Mód. II São J. dos Campos SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 07 e 08 1º Curso de Tratamento Fisioterapêutico da Marcha Patológica São Paulo SP (11) 5084-5009 / 3477-5139 07 e 08 Auriculoterapia - Noções Básicas Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 07 e 08 Movimento Combinado - Kim Robinson - Austrália São Paulo SP 0800 4007008 /(43) 3325-7656 07 e 28 Drenagem Linfática - Pré e Pós-Op. Corp. e Facial, prático e teórico Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 08 a 15 RPG / RNM - Mód. II São Paulo SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 09 a 13 3º CONEFISIO - Congresso Nacional de Estudantes de Fisioterapia Santa Maria RS (55) 3220-1219 09 a 17 RPG Australiano - Kim Robinson São Paulo SP 0800 4007008 /(43) 3325-7656 09 e 17 Curso de Formação em Zen Shiatsu - Mód. I Curitiba PR (41) 3019-2828 / 9173-7828 12 a 14 Inter COBRAF Santos SP (11) 3171-0921 5% 12 a 15 41º ENAF - Encontro Nacional de Atividade Física Poços de Caldas MG (35) 3712-7000 12 a 15 Curso Pilates para Fisioterapeutas e Educadores Físicos Paulínia SP (35) 3621-8128 12 a 15 Formação Método Pilates - 1ª Etapa Rio de Janeiro RJ (21) 2425-6464 / 7827-0895 12 a 15 Diagnóstico e Terapia Mecânica da Coluna Cervical e Torácica - Curso B Curitiba PR (31) 3222-5215 12 a 15 CONEAS - Congresso Nacional dos Estudantes da Área de Saúde Guarapari ES (27) 3215-4839 13 Eletrolipólise - Work Shop Teórico e Prático Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 14 Fisioterapia nas Disfunções ATM, Cabeça e Pescoço Porto Alegre RS (51) 3019-3373 15 e 16 Tens - Eletroanalgesia - Teórico e Prático (atualização) Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 16 a 22 Reeducação Postural Global - Mód. I Recife PE (11) 4436-6492 20 e 21 Curso Int. de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Vascular - Mód. III Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 20 e 21 Fisio Neuro-Funcional: Avaliação e Tratamento do Paciente Adulto Belo Horizonte MG (31) 3285-1133 / 3285-3676 20 e 21 Mobilização Neural - Kim Robinson - Austrália São Paulo SP 0800 4007008 /(43) 3325-7656 20 a 22 Fisioterapia Dermato-Funcional Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2273-4147 / 9765-8203 20 a 22 100 Exercícios para Escoliose - RM Cursos Recife PE (16) 3623-1944 20 a 22 Mobilização Neural Mogi das Cruzes SP (11) 6914-0121/(12)3674-2544 Esp. 20 e 22 Auriculoacupuntura Aplicada à Estética - Mod. II Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 20 a 22 Curso Internacional Iso Stretching - Turma B Porto Alegre RS 0800 7242800 21 Terapias Complementares São J. dos Campos SP 0800 7712666/ (12) 3943-3611 21 e 22 Drenagem Linfática Manual Corporal (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 21 e 22 Administração em Clínicas e Academias (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 21 e 22 Curso Preparatório para Trabalho de Grupo com Gestante Niterói RJ (21) 2610-1629 / 2714-6533 21 e 22 5º Curso de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. IV Belo Horizonte MG (31) 3284-2101 / 3286-9734 10% 21 e 22 Terapia Aquática na Saúde da Mulher - Gestantes, Pós Parto e 3ª Idade Belo Horizonte MG (31) 3287-7077 21 e 22 Reabilitação do Joelho - Mód. III Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 21 e 22 Drenagem Linfática Turbinada no Tratamento da Celulite Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 21 a 22 Estabilização Segmentar com Sérgio Marinzeck Rio de Janeiro RJ (21) 3087-4653 21 e 22 1º Curso de Dermato-Funcional - Facial - Teoria e Prática Belo Horizonte MG (31) 3286-3197 21 e 22 Auriculoterapia São J. dos Campos SP 0800 7712666 /(12) 3943-3611 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR
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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OUTUBRO 23 a 27 Reequilíbrio Postural - Conceito Zanin - Mód. II Curitiba PR (41) 3262-4545 23 a 27 Fisioterapia Respiratória em UTI Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 23 a 31 RPG Australiano - Kim Robinson Rio de Janeiro RJ 0800 4007008 /(43) 3325-7656 24 a 27 1º Congresso Int. de Reabilitação Neuromusculoesquelética e Esportiva Rio de Janeiro RJ (21) 2233-0506 / 2253-1507 27 a 29 Curso de Próteses Mogi das Cruzes SP (11)6914-0121/(12) 3674-2544 28 e 29 Acupuntura Estética Rio de Janeiro RJ (21) 2273-4147 / 9765-8203 28 a 01 Curso Internacional de Hidroterapia - Halliwick Integrado São Paulo SP (21) 3478-1700 28 a 03 Linfoterapia São J. dos Campos SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 29 a 01 Tape Funcional - Pós-Congresso (40 horas) Rio de Janeiro RJ (21) 2246-4516 / 9205-7694 29 a 01 Estabilização Vertebral Dinâmica - Pós-Congresso (40 horas) Rio de Janeiro RJ (21) 2246-4516 / 9205-7694 29 a 02 14º Congresso Brasileiro de Ergonomia Curitiba PR (81) 2126-8909 30 a 04 Formação Internacional em Osteopatia - Mód. II Goiânia GO (19)3241-2761/(62) 8447-4380 30 a 15 Curso Método Bobath São J. dos Campos SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 NOVEMBRO Em Nov Curso de Spiral Taping Básico I São Paulo SP (11) 5592-1444 Em Nov Formação do Método Pilates Completo Rio de Janeiro RJ (21) 2521-4002 Em Nov Conceito Maitland - Sérgio Marinzeck - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 3087-4653 / 2259-3347 01 e 02 Mobilização Neural - Kim Robinson Rio de Janeiro RJ 0800 4007008 /(43) 3325-7656 01 a 05 Kabat - Rebecca Butler - USA São Paulo SP 0800 4007008 /(43) 3325-7656 02 e 03 Curso Internacional de Hidroterapia - Bad Ragaz São Paulo SP (21) 3478-1700 02 a 05 Avaliação e Tratamento nas Disfunções Temporomandibulares Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 02 a 05 Curso Pilates para Fisioterapeutas e Educadores Físicos Belo Horizonte MG (35) 3621-8128 Esp. 03 a 05 Termoeletrofototerapia Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 03 a 05 Reequilibrio Somato Emocional - 2º Módulo Porto Alegre RS (51) 3019-3373 03 a 09 Reeducação Postural Global - Mód. II São Paulo SP (11) 4436-6492 4 Formação de Acupunturistas Porto Alegre RS (51) 3019-3373 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR
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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES NOVEMBRO 04 e 05 Curso de Pilates - Mód. IV Rio de Janeiro RJ (21) 2236-9999 04 e 05 Hidroterapia - Relaxamento Aquático e Gerenciamento da Dor São Paulo SP (21) 3478-1700 04 a 06 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Salvador BA 0800 7742070 06 a 10 Curso Internacional de Hidroterapia - Halliwick Integrado Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 06 a 10 Curso Avançado Bobath - Tratamento de Crianças com Lesão Cerebral Porto Alegre RS (51) 3346-4336 / 3222-4198 Esp. 07 e 28 Terapia com Pedras Quentes Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 Esp. 10 e 12 Aprimoramento em Estética Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 10 a 12 Curso Internacional Iso Stretching - Turma C Florianópolis SC 0800 7242800 11 Formação de Acupunturistas Poços de Caldas MG (51) 3019-3373 11 e 12 Acupuntura Aplicada a Obesidade (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 11 e 12 Pompagens: Abordagem e Tratamento Fisioterapêutico (20h) Ipatinga MG (31) 3823-5993 11 e 12 Bola Suiça Rio de Janeiro RJ (21) 2484-2568 / 3078-1011 11 e 12 Curso Internacional de Hidroterapia - Bad Ragaz Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 11 e 12 Atualização em Eletroterapia Mogi das Cruzes SP (11)6914-0121/(12) 3674-2544 11 e 12 Massagens Orientais - Mód. III São J. dos Campos SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 11 e 12 2º Curso de Dermato-Funcional - Corporal - Teoria e Prática Belo Horizonte MG (31) 3286-3197 11 e 12 2º Curso de Bolaterapia Aplicado em Ortopedia São Paulo SP (11) 5084-5009 / 3477-5139 13 e 21 Curso de Formação em Zen Shiatsu - Mód. II Curitiba PR (41) 3019-2828 / 9173-7828 15 a 18 Curso Pilates para Fisioterapeutas e Educadores Físicos Itajubá MG (35) 3621-8128 15 a 19 Formação Método Pilates - 2ª Etapa Rio de Janeiro RJ (21) 2425-6464 / 7827-0895 16 a 19 Diagnóstico e Terapia Mecânica da Coluna Cervical e Torácica Mecânica Brasília DF (31) 3222-5215 17 e 18 Fisio. Neuro-Funcional: Avaliação e Tratamento do Paciente Adulto Belo Horizonte MG (31) 3285-1133 / 3285-3676 5% 17 a 19 1ª Conferência Sul Americana Physio Pilates / Polestar Salvador BA (71) 3261-8000 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR
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40 • ed.52 | set/out 2006 • F&T