Edição 53

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ISSN 1678-0817

| editorial É pessoal a ano passou voando e já estamos em nossa última edição deste ano. Mas não se preocupe que já já chega 2007 e logo em janeiro estaremos de volta com a primeira edição do ano que vem. Desejamos a todos um feliz natal e uma festa de reveillon inesquecivel. Nesta edição, selecionamos alguns artigos pra fechar com chave de ouro. Também lançamos uma nova seção, o FisioPerfil, onde iremos a cada número entrevistar um fisioterapeuta com uma longa história pra nos dar uma curta entrevista, tá lá no final da revista, espero que gostem.

| equipe EQUIPE - VEJA QUEM FAZ A REVISTA QUE VOCÊ LÊ EDITOR - OSTON DE LACERDA MENDES ASSISTENTE - LUCIENE LOPES REDATOR - MARCOS ALVES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN - MARCIO AMARAL CORRESPONDENTE SP - ANTÔNIO CARLOS TRUBIANI CORRESPONDENTE MG - MARTA ALVES

10 Entrevista com a atriz

| protocolo

Joana Medeiros

05 Cartas 06 Clipping de notícias 07 Frases e Coluna social 08 Coluna do Prof. Luis Guilherme 24 Programa saúde da família do Bairro Imaculada 09 Apartamento funcional 12 Análise ergonômica do trabalho 26 Avaliação e evolução de uma de repórter cinamatográfico 16 Abordagem cinesioterapêutica em alongamento de tíbia com fixador externo

criança com paralisia cerebral 32 Contos da Tininha 34 Agenda de eventos 38 FisioPerfil

| agradecimentos desta edição Agradecemos aos novos amigos Alex Kimura da Silva, Carine Rodrigues Ferreira, Cid Roberto Araújo dos Santos, Claudia Alice, Cynthia Castro, Débora Calliari, Edelves Alves de Almeida, Emerson e Carole de Salvador, Fernanda Pasquini, Flávia Miquetichuc Nogueira, Isis Periolo, Juliana Roque, Juliana Scherrer Barbosa, Larissa Comparsi Wagner, Meriane Fernandes, Rejane Candida, Tatiane Mariano, Vanessa Kelly Moreira dos Santos Santos, e ao Prof. Henrique Baumgarth e Marcus Schaefer Pacheco.

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fisioterapia em sua casa. Ligue ou assine pelo site: RJ (21) 3521-6783 / 2294-9385 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T

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turbilhão | cartas - escreva também e leia outras cartas no site www.novafisio.com.br Quanto vale um fisioterapeuta. Quanto vale um fisioterapeuta na UTI do IJF? Pode valer nada ou uma vida! Quanto vale a vida de seu ente querido internado em uma unidade de terapia intensiva? Quais as diferenças entre ricos e pobres dentro de uma mesma unidade de internação? A diferença na UTI do IJF está exatamente no atendimento fisioterapêutico que é recebido por um e por outro, senão vejamos: Ambos têm médicos diariamente em plantões ininterruptos, isto é, por 24 horas. Ambos têm enfermeiras também em plantões de 24 horas. Ambos dispõem de auxiliares de enfermagem diuturnamente. Ambos se favorecem dos serviços de limpeza e zeladoria em caráter contínuo. Ambos recebem a atenção do alimento de uma equipe de nutrição a qualquer horário. Ambos são apoiados por assistentes sociais que, a qualquer hora, com elas e com suas famílias compartilham suas dores. E quanto à fisioterapia? Quantos são os que podem pagá-la para desfrutar de seus benefícios nos períodos não cobertos, tanto pelo número deficiente de profissionais quanto pela ausência de um plantão noturno? De certo são poucos os que freqüentam o IJF e dispõem de um mínimo que se cobre para este fim... E porque a fisioterapia não é de graça para todos e em todos os horários? Porque só os ricos a tem, paga, nos períodos noturnos ou em seus convênios e instituições particulares? Seria uma questão de priorizar a continuidade deste atendimento, torná-lo acessível aos de baixa renda como preconiza a nossa constituição federal? Pergunte a OUVIDORIA do hospital, ao Serviço Social, ao Diretor do hospital, ao Chefe do plantão! Pergunte ao seu Vereador, ao seu Prefeito, ao seu Deputado! PERGUNTE A DEUS! PERGUNTE: Doutor, o que EU posso fazer para que meu paciente, meu parente querido, meu pai, minha mãe, meu irmão, meu filho, enfim; que posso fazer para que todos tenham direito ao atendimento fisioterapêutico 24 horas quando

necessitam, assim como os seus entes queridos têm? Infelizmente, entre ricos e pobres; a fisioterapia d o I J F p o d e e s t a r f a ze n d o diferença entre nada e uma vida. Vamos mudar isso, vamos lutar pelo plantão de fisioterapia 24 horas. A nossa população merece Dr.Jefferson Lemos Catunda. Esp. FISIOTERAPEUTA. Site novo na rede. De: ABRAFIDEF Para: Revista Fisio&Terapia A/C do Dr. Oston Mendes Considerando a necessidade d e s o c i a l i z a r a i n fo r m a ç ã o para todos os fisioterapeutas e acadêmicos, quanto a existência da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL - ABRAFIDEF e do site que a referida associação dispõe, segue o presente documento para solicitar a divulgação, através dos meios disponíveis, do site da ABRAFIDEF. Com a certeza de poder contar com a valiosa colaboração. Atenciosmente. Drª Hélia Pinheiro Presidente da ABRAFIDEF ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL WWW.ABRAFIDEF.COM.BR Guia completo de Fisioterapia Respiratória chega ao mercado Livro inédito sobre o tratamento fisioterapêutico para crianças em terapia intensiva chega ao mercado. “Fisioterapia Respiratória em Pediatria e Neonatologia” foi lançado pela Editora Manole no 33º Congresso Brasileiro de Pediatria, em outubro. O autor destaca que a obra vai preencher uma lacuna na literatura acadêmica e profissional. “Hoje para conseguirmos informações sobre fisiopatologia, ventilação mecânica e fisioterapia respiratória precisamos pesquisar em diferentes livros. A idéia é justamente fornecer, em um só volume, informações concisas e atualizadas para o tratamento dos pacientes em terapia intensiva”, explica George Jerre Vieira Sarmento.

Além da linguagem simples, o leitor vai encontrar também ilustrações como gráficos, tabelas e figuras, para facilitar o estudo. O livro é indicado para todos os especialistas que busquem atualização em fisioterapia cardiorrespiratória e neonatal. Formato: 21 x 28 cm, 554 pp. Dr. George Jerre Vieira Sarmento Editora Manole, 2006. www. manole.com.br Dois anos? MPF recomenda Conselho a adequar regras de concurso. O Ministério Público Fe d e r a l , n a B a h i a , e n v i o u recomendação ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional para que o edital dos próximos concursos seja adequado à lei. A recomendação foi feita depois de constatadas irregularidades no último concurso de edital 001/2005, já realizado. O Conselho ofereceu quatro vagas para fisioterapeuta e duas para terapeuta ocupacional, dentre outras. As provas foram feitas em 13 de março de 2005 e a homologação do concurso, válido por dois anos, ocorreu em 29 de abril do mesmo ano. Segundo o procurador da República, Sidney Madruga, o processo seletivo ocorreu de forma irregular, porque exigiu dois anos de registro profissional definitivo e dois anos de posse da Carteira Nacional de Habilitação, categoria B. Para o procurador, “os requisitos propostos no edital não foram condizentes com a Constituição Federal que determina que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei”. Na recomendação, o procurador a f i r m a q u e a Le i 6 . 3 1 6 / 7 5 , que regula o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, exige a p e n a s a a p re s e n t a ç ã o d a carteira profissional e não prevê necessidade do transcurso de qualquer tempo para que os profissionais possam prestar concurso público. Além disso, não há norma que determine espera de dois anos, depois da retirada

da CNH, para que o cidadão preste concurso. Como as provas já foram aplicadas, o MPF recomendou q u e o Co n s e l h o a d a p te a s regras dos próximos concursos. Caso contrário, serão tomadas medidas judiciais cabíveis, como anulação do processo seletivo e responsabilização administrativa, civil e criminal da autoridade pública. Revista Consultor Jurídico, 17 de agosto de 2006 Professor não paga! Em razão das inúmeras investidas que alguns Conselhos Regionais de Fiscalização tem promovido contra docentes de Universidades Públicas com o fito de obrigá-los ao pagamento de anuidades destinadas a estes órgãos, informo que existe um Decreto Federal, que dispensa os docentes de universidades públicas de se inscrever nestes. Decreto Federal número 5.773 da Presidência da República, de 09/05/2006: Art. 69. O exercício de atividade docente na educação superior não se sujeita à inscrição do professor em órgão de regulamentação profissional. Parágrafo único. O regime de trabalho docente em tempo integral compreende a prestação de quarenta horas semanais de trabalho na mesma i n s t i t u i ç ã o, n e l e re s e r va d o o tempo de pelo menos vinte horas semanais para estudos, pesquisa, trabalhos de extensão, planejamento e avaliação. Dr. Jader Sebastião Raimundo O assunto é espinhoso. Se esse docente exercer sua docência como supervisor de estágio, o que implica em atendimento ao público, o conselho profissional não poderá exercer sua função legal de fiscalização da qualidade da assistência, na defesa de uma melhor qualidade para o usuário (função principal de um conselho profissional, garantida por lei federal)? Quem puder responder, por favor, que o faça. Obrigado, Dr. Rivaldo Novaes www.novafisio.com.br • ed. 53|2006 •


turbilhão | clipping - leia nosso clipping atualizado diariamente no site www.novafisio.com.br Atenção aos pés diabéticos Palmilhas e calçados adequados são fundamentais para evitar ulcerações. Existem inúmeros transtornos relacionados aos pés e todos requerem cuidados especiais. Mas quando eles são detectados em pessoas portadoras de diabetes, demandam atenção redobrada, pois podem se agravar e levar a estados mais graves, como ulcerações. De acordo com especialistas, a solução é a utilização de sapatos e palmilhas adequadas. Para o fisioterapeuta Fábio Rebelato, especialista no assunto, os pés do portador de diabetes, chamados“pés diabéticos”, requerem acompanhamento contínuo, já que a doença pode provocar alteração de sensibilidade.“A redução na percepção da dor pode trazer complicações sérias, já que o organismo não reconhece as agressões a que os pés estão sendo submetidos e a lesão pode ser detectada tardiamente”, explica o especialista. De acordo com Rebelato, os transtornos estão relacionados aos anos de sobrecarga e à falta de cuidados especiais, devido ao não conhecimento correto da estrutura responsável pelo caminhar e medidas preventivas. Além disso, as alterações também podem causar problemas no tornozelo, joelho, quadril, coluna e dores de cabeça, por exemplo. “O caminhar para uma pessoa diabética é de fundamental importância, pois a atividade física facilita o controle do açúcar no sangue (glicemia), além de proporcionar bem-estar”, ensina Rebelato. “Mas, para que a pessoa realize esta atividade com total segurança é necessário avaliar a forma como o exercício está sendo praticado”, completa. Segundo ele, com o emprego de exame de baropodometria, que identifica os pontos de maior sensibilidade e probabilidade de desenvolvimento de lesões nos pés. Para tanto, é utilizada uma plataforma computadorizada que grava as impressões dos pés quando estão parados, caminhando e saltando pequenos obstáculos. “Após o recolhimento das imagens é possível verificar os pontos que necessitam de cuidados mais intensos para evitar a formação de feridas e ulceras no pé diabético”, complementa. Palmilhas e calçados especiais O passo seguinte é a confecção de uma palmilha termomoldável personalizada para corrigir as alterações plantares, absorver impacto e proteger os pés. Moldadas a vácuo, elas conferem grande precisão das características individuais de cada indivíduo.“Desta forma são reduzidas as forças e cargas exercidas sobre os pés, evitando também a formação de feridas e ulcerações”, diz Rebelato. O fisioterapeuta também recomenda alguns cuidados básicos como a correta escolha do calçado. “Antes de tudo, deve-se observar o formato do pé e suas peculiaridades, as curvaturas e dimensões do comprimento, largura e altura. Assim, o sapato deve proporcionar a movimentação natural dos pés sem comprometer as articulações, com conforto e segurança”, esclarece. A dica é optar por modelos com contraforte (parte de traz do calçado) firme, porém não rígido, de modo a permitir o movimento do tornozelo durante

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o caminha. O cabedal também deve recobrir o dorso do pé (parte de cima), mantendo o calçado preso sem limitar a movimentação. Dr. Fábio Rebelato é graduado em Fisioterapia Aplicada em Neurologia.

Mão na cabeça! Muito quietinho aí. Exercício ilegal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional pode virar crime Relator de projeto é favorável à alteração do código penal para incluir referência ao exercício ilegal das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional prevendo, inclusive, detenção de 6 meses a 2 anos para quem infringir a lei. O Deputado Almir Moura, relator do projeto de lei nº. 4.293/2001 que altera o artigo 282 do decreto-lei nº. 2.848/1940, entregou ontem à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados seu parecer favorável à alteração do código penal. A lei atualmente atesta como crime o exercício ilegal das profissões de médico, dentista e farmacêutico. A nova redação proposta expressa que: Art. 1º - Esta lei inclui as profissões de enfermeiro, farmacêutico-bioquímico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, médico veterinário, psicólogo e terapeuta ocupacional dentre aquelas cujo exercício ilegal é crime. Art. 2º - O art. 282, caput, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 282. Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista, farmacêutico, farmacêutico-bioquímico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico veterinário, psicólogo e terapeuta ocupacional, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena – detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. (NR) No voto do relator, o deputado ressaltou que“psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, listados pela Proposição em apenso, necessitam de formação acadêmica exemplar e inscrição nos respectivos Conselhos para prestarem auxílio eficaz a seus pacientes”. O projeto ainda está em tramitação.

Parabéns Dra. Gorete Pereira Foi eleita no Ceará. No Ceará elegemos a deputada federal Gorete Pereira que possui uma luta contra o ato médico e que nos apoia enquanto categoria na câmara federal. PARABÉNS DEPUTADA GORETE PEREIRA!!!


turbilhão | frases, coluna social “Devemos excluir de nossa nomenclatura o termo “sessão” e incluirmos o “atendimento fisioterapêutico”. [Dra. Alini Ploszaj]

“Quem tem um, não tem nada” “Lavou tá novo” “Faz calado”

[Dr. Henrique Baumgarth - Frases espalhadas nas paredes de sua escola. Ele garante ter uma interpretação diferente destas frases e prometeu nos contar na próxima edição]

“apesar de estarem recheadas de professores doutores, estes professores doutores são completamente, absolutamente ignorantes em relação aos problemas da profissão.” [Dr. Marcelo Sidney Gonçalves, respondendo a pergunta de um colega sobre o porque da direção de uma pós-graduação não dispensou profissionais para discutir questões relevantes sobre nossas profisssões?”

coluna social | II FISIOFRASCE Simpósio de Fisioterapia

“Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro.” [D. Pedro II (1825-1891)”]

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turbilhão | Coluna Prof. Luis - luisguilherme@novafisio.com.br

A fisioterapia e o dia do fisioterapeuta por

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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa

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ARABÉNS, digo a todos os colegas e futuros colegas de trabalho, pois esse dia é um dia especial em nossas vidas. Abraçar uma profissão é coisa muito séria. São trinta e sete anos de caminhada onde muitas coisas foram mudadas e tantas outras o serão. Estou nesse barco há quatorze anos, aproximadamente a 38 % por cento do tempo de existência dessa profissão. Tenho visto muita coisa ao longo desses anos de trabalho e estudo e, ao contrário do que muitos pensam, estou cada vez mais otimista com nossa profissão e por isso entendo o porquê de Medalhões da Fisioterapia não terem abandonado o barco. Não que estes sejam apenas teimosos, até porque de teimosos todos temos um pouco; Não que estes sejam apenas chatos, até porque de chatos todos temos um pouco; Não que estes sejam só lutadores, até porque de lutadores todos temos um pouco; mas é porque são todos “racionalmente apaixonados” pelo que fazem. Parece um contra-senso diante de um paradoxo, entretanto é isso mesmo: uma paixão racional. Levante a mão àquele que não gosta de “enxugar um edema”, de ver um paciente tornar a caminhar, tornar a trabalhar, tornar a ter convívio com as pessoas! Quem de nós não se emociona com o brilho do olhar daquelas mães que carregam seus filhos especiais para cima e para baixo nas clínicas e ambulatórios de Fisioterapia?! Qual de nós não vibra com a festa que a vovozinha faz quando consegue sair do quarto para a varanda e encontrar o sol depois de uma cirurgia de reconstituição do colo do fêmur?! Eu poderia escrever umas duzentas laudas, em letra miúda, falando de Fisioterapia e de Fisioterapeutas. Ontem um aluno me questionou sobre um tal mercado saturado para os fisioterapeutas e deu início a mais • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T

uma daquelas reflexões que faz bem aos que gostam de pensar e concluí que isso é uma loucura, ou mesmo uma notícia plantada, ou mesmo um desejo enorme de determinados grupos em disseminar esse conceito para que os profissionais da área aceitem as condições vergonhosas a que estão sendo submetidos atualmente. Ora, ora, é fácil fazermos uma análise lógica: mercado = procura X oferta. Assim sendo, afirmo que quem não precisou de atendimento fisioterapêutico, está em tratamento ou irá

Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda.

grande desculpa que tenho ouvido é a de que os planos e seguros de saúde, etc, não pagam convenientemente. Então precisamos rever os conceitos e, ou paramos de atender esses parceiros, ou o fazemos de forma adequada, pois quem dita os procedimentos fisioterapêuticos não é o preço, mas a necessidade do paciente. É preciso haver a consciência de que nosso compromisso primário não é com o parceiro, mas com o resultado do nosso trabalho, com o sucesso da terapêutica e o bemestar do nosso cliente, ainda que

“...um desejo enorme de determinados grupos em disseminar esse conceito para que os profissionais da área aceitem as condições vergonhosas a que estão sendo submetidos atualmente.” precisar; logo procura é, simplesmente, total, 100%, considerando o passar do tempo. A oferta, dizem que é grande, mas esta grande é de pseudo-fisioterapeutas, esse grupo que aceita tudo, trabalha de cabeça baixa, não discute nada e pouco faz pelo paciente e muito faz contra nossa classe. A oferta, de bons profissionais, é pequena, logo não há como haver saturação do mercado. Então, o colega dirá, mas os pseudo-fisioterapeutas estão estragando tudo! Não, não estão porque o paciente não é bobo e sabe bem diferenciar as coisas, o próprio médico que encaminha sabe para quem mandar. O que pode mudar esse quadro, que não apresenta interesse nenhum da nossa parte, é ofertarmos o bom atendimento independente de estarmos ligados a planos de saúde, ou a seja lá o que for, Fisioterapia é uma só. A

o atendimento seja gratuito. Basta pensar um pouco e veremos que precisamos, antes de tudo, valorizar nosso trabalho! Pensem: não há valor em um profissional que tira a dor sem usar medicamento, reduzindo riscos de efeitos colaterais diversos que vão desde distúrbios gastrintestinais até alterações de sono e outras escabrosidades do gênero e sem emagrecer o bolso em balcão de farmácia? Como não há valor em um atendimento no qual o paciente é ouvido, acompanhado com proximidade e com toda a atenção necessária? Como não há valor em um atendimento que se insere na casa do paciente, envolve a família e gera orientações úteis para a vida toda? Como não valorizar uma profissão cada vez mais presente no dia a dia das pessoas seja nos consultórios, ambulatórios, empresas, hospi-

tais, escolas e residências? Como não valorizar o trabalho do fisioterapeuta se o Ser Humano é “escravo do movimento”? Tem alguém fora do passo, completamente perdido e sem compasso! Se alguém está jogando fora a oportunidade de valorização está redondamente enganado sobre o que escolheu para fazer na vida profissional, mas sempre haverá uma outra oportunidade de recomeçar, porém não deve ficar atrapalhando os que se respeitam e respeitam seus pares. Dizer que o mercado está saturado satura é a nossa paciência. Vivem tentando derrubar nossa estima para se aproveitarem do nosso espaço, que se fosse saturado não geraria tanto interesse até de outras áreas, pois muitos médicos oferecem o serviço de Fisioterapia em suas clínicas (aliás, isso deveria ser proibido) e os planos e seguros de saúde exigem a presença do médico como responsável pela nossa atividade (o que não reduz em nada nossa responsabilidade profissional), então talvez fique mais claro, agora, que o mercado é ótimo, do contrário não estaria sendo vítima dessa reserva toda, de todo esse controle. FISIOTERAPEUTAS do meu Brasil, PARABÉNS a todos outra vez e, para aqueles que estão em compasso de “abobalhamento”, abram os olhos, levantem a cabeça, estudem muito, pois as ações já estão sendo tomadas e o sucesso é conseqüência do tempo! Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa, Fisioterapeuta. Forte abraço ao pessoal da UNEC – Mestrado em Ciências da Reabilitação (Caratinga, MG), da UniFOA em Volta Redonda e da UNIFESO (mais novo Centro Universitário do Estado do Rio de Janeiro).


artigo | apartamento adptado, Unime, paraplegia, Bahia

Apartamento funcional por

|

Carlos Leal

F

ACULDADE BAIANA INAUGURA APARTAMENTO FUNCIONAL Unidade será primeira a funcionar integrada a uma clínica-escola de fisioterapia na Bahia Quarto, sala, cozinha e banheiro. O espaço pode parecer pequeno para quem não conhece a grandiosidade da proposta do apartamento funcional, que foi inaugurado na sexta feira, dia 13 de outubro. Na data em que se comemora o dia do Fisioterapeuta, a clínica-escola de fisioterapia da Unime, faculdade localizada no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, ganhou de presente um apartamento mobiliado, com todos os acessórios necessários ao funcionamento de uma casa. O espaço, agregado a uma área total de mil metros quadrados da unidade que concilia ensino e atendimento à população de baixa renda, tem o objetivo de aperfeiçoar a assistência e reabilitação fisioterápica que já é oferecida gratuitamente a 400 pacientes por mês. “A Unime inaugura este espaço pensando em oferecer o que há de excelência para aperfeiçoar a qualidade da assistência fisioterápica à comunidade carente e a formação dos futuros profissionais”, explica a coordenadora do curso de Fisioterapia da Unime, Giovana Figueroa. Potencializar a reabilitação de portadores de deficiência física é a meta dos alunos e professores da Unime que agora, com o apartamento funcional, vão poder capacitar, na prática, pacientes para atividades cotidianas, como levantar e sentar da cadeira de rodas, deitar na cama, tomar banho, segurar talheres. “Este treinamento monitorado vai ajudar para que a reabilitação garanta maior funcionabilidade e qualidade de vida no diaa-dia”, Genildes Santana, coordenadora da clínica-escola. Pacientes que sofrem de paraplegia, monoplegia, tetraplegia, os que tiveram um dos membros amputados, vítimas de paralisia cerebral e de outras disfunções neurológicas serão os principais beneficiados com a inauguração do apartamento funcional, que permitirá também um acompanhamento diferenciado para cardiopatas e pessoas que sofrem de sérias complicações respiratórias, causadas por Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC). “A partir de agora, poderemos avaliar melhor a funcionabilidade destes pacientes e

mensurar o gasto respiratório para atividades cotidianas, como tomar banho, lavar pratos e – o mais importante – treinar posturas e novos hábitos que favoreçam para que estas pessoas consigam se tornar novamente úteis em casa e na sociedade”. A iniciativa é inédita em instituições particulares. Na Bahia, apenas o Centro Estadual de Prevenção e Assistência à Deficiências (CEPRED) dispõe de um espaço como este para assistência e reabilitação de pacientes com deficiência física. “Montamos um apartamento modelo, mas o mais importante não são os móveis, eletrodomésticos e a elogiada decoração, mas sim a utilidade deste local”, esclarece Giovana Figueroa, lembrando que muito mais que exemplo de residência ideal para os poucos que podem investir em pisos antiderrapantes, portas com largura suficiente para o trânsito de cadeiras de rodas, barras de proteção em locais estratégicos, o apartamento funcional beneficiará a população de baixo nível sócio econômico. “O perfil dos pacientes que atendemos na clínica é de pessoas que moram em casas de um único vão, em condições que estão longe desta realidade. Com o apartamento, os estudantes, monitorados por professores, poderão encontrar soluções simples para cada tipo de lesão”, reitera Figueroa, explicando que uma pessoa que tenha comprometimento da funcionabilidade dos membros superiores, por exemplo, que não consegue abrir e fechar as mãos, poderá ser treinada a reconquistar o uso autônomo dos talheres com a adequação da pegada com materiais de baixo custo como isopor e massa de modelar. “Este apartamento vai nos permitir buscar soluções simples e eficazes para cada caso específico de lesão. O que pretendemos é minimizar traumas e potencializar a autonomia dos pacientes”. Atendimento gratuito. Comparada às melhores do Norte e Nordeste, a clínica-escola de Fisioterapia da Unime atende crianças e adultos gratuitamente. Numa área de aproximada-

mente 1000m2, a infra-estrutura da unidade inclui, além do apartamento funcional, quatro consultórios de avaliação, ginásio terapêutico, sala de pediatria, neurologia, postura, cárdiorespiratória, pé neuro-isquêmico, oficinas de órtese, prótese e piscina aquecida e coberta, exclusiva para realização de exercícios de reabilitação na água. “Dispomos do que existe de mais moderno na assistência fisioterapêutica”, garante Figueroa. Com dupla função de permitir aos estudantes do curso de Fisioterapia colocar em prática os conhecimentos técnicocientíficos adquiridos em sala de aula e garantir acesso a um acompanhamento diferenciado à população de baixa renda, a clínica-escola disponibiliza serviços de reabilitação de fratura, tratamento

de coluna, atendimento neurológico, problemas respiratórios e hidroginástica.

O telefone para agendamento de consultas é (71) 3288-8215. www.novafisio.com.br • ed. 53|2006 •


entrevista | Joana Medeiros

Leia também as entrevistas de Herbert Vianna, Lars Grael, Luciana Gimenez, Marcus Menna, Nalbert em nosso site.

F&T: Que outros trabalhos você já fez além de Saltimbancos, para o pessoal ir lembrando?

Joana Medeiros por

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Luciene Lopes Mendes

Esperando minha filha sair da aula, olhei para aquela mãe também esperando sua filha ao meu lado e logo reconheci, - oi, te vi ontem na novela, que legal, seu filho estuda aqui também? Ela é Joana Medeiros e na novela Páginas da Vida é a Raquel, mãe da Vitória, uma linda menina portadora da Sindrome de Down. Logo ali saiu o convite para que foi a minha primeira e espero que gostem. Revista Fisio&terapia: Oi Joana, fale um pouco de você. Joana Medeiros:

Bem, meu nome é Joana Pinto Mendeiros, eu sou brasileira, meus pais são brasileiros, meu pai foi exilado político e por isso passei minha infância até os 13 anos na França. Depois voltei ao Brasil e comecei a trabalhar como atriz, ainda menininha fiz o Saltimbancos lembra? “Au, au, au, mia, mi au...” Tenho 36 anos, dois filhos, sou de Áries, moro em Laranjeiras, Rio de Janeiro. F&T: Além de atriz, você tem mais alguma atividade? JM: Além de atriz sou diretora e faço um trabalho voluntário na Rocinha aqui no Rio de Janeiro. 10 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T

JM: Fiz novelas, teatro, minha formação foi em teatro, eu comecei estudando no Tablado, fiz alguns filmes também como o curta “Aventura, Amor e Transporte Público” onde eu ganhei o prêmio de melhor atriz em Gramado em 1991.

“A gente aprende a dar valor ao que tem valor”

Depois eu fiz “Vila Lobos” com o Fagundes (Antônio Fagundes) Marcos Palmeiras fazendo o Vila Lobos jovem. Também fiz “A Hora Marcada” um filme com Gracindo Junior, Osmar Prado, Cássia Kiss, Fábio Assunção e Tonico Pereira onde eu fazia a mulher da morte. (na foto) Fiz “Apolônio Brasil – O Campeão da Alegria” com Marco Nanini, Louise Cardoso, Antônio Pitanga, Marcos Paulo, Sílvia Bandeira e Jonas

Bloch. Ainda “Histórias do Olhar” e os mais recentes são “Harmada” e o último que ainda não estreou “Um Lobisomem na Amazônia” que é um Terrir (terror para rir ou terror comédia). Uma dica, todos estes filmes têm em DVD. Além dos filmes eu fiz algumas novelas, como “Rosa dos Rumos” na TV Manchete e eu era a Rosa. Na TV Globo eu fiz o seriado “A Justiceira” fiz a novela “Filhas da Mãe” e “Mulheres Apaixonadas” do Manoel Carlos onde eu era a mãe do Fred e agora novamente com o Manoel Carlos esta participação em “Páginas da Vida” onde eu sou a Raquel, mãe de uma menininha chamada Vitória que tem Síndrome de Down. F&T: Agora vamos falar um pouco da Fisioterapia,

como foi seu primeiro contato com a Fisio? JM: Meu primeiro contato com a fisioterapia foi por causa de uma distensão na virilha quando eu fazia uma aula de Jazz, eu era jovem e não levava o alongamento e aquecimento muito a sério e durante um movimento de elevar a perna, senti uma forte dor e foi diagnosticado a distensão. Eu então tive tratamento fisioterapêutico e fiz também acupuntura. Depois na França descendo a escada do Metro, eu cai e quebrei a perna. Fiquei uns três meses imobilizada e quando tirei o gesso, minha perna tinha atrofiado a musculatura. Desta vez na França eu fiz então a Kinesioterapia. F&T: O que achou da Fisioterapia, gostou? JM: Sim gostei, mas acho que deveria ter feito mais, ainda sinto um pouco. Nestas duas vezes uma coisa que aconteceu comigo e percebo que acontece com os outros nos outros, é que as vezes, do sofrimento, vem momentos bonitos de um novo aprendizado, novas conquistas e valores que as vezes eram coisas que não dávamos valor antes, e a fisioterapia nos acompanha exatamente nesta hora, nestas novas conquistas. A gente aprende a dar valor ao que tem valor.

F&T: Qual o recado você daria aos nossos leitores? JM: Uma dica que eu gostaria de passar é que eu percebo que no dia a dia nós fazemos muitos exercícios e que isso deve ser explorado pelo fisioterapeuta, como por exemplo pedir para um paciente que precisa de fortalecer os braços para não usar um carro com direção hidráulica, Pedir para subirem escadas ou descer com alguma forma de variação, ou seja, para cada caso recomendar ao paciente para fazer no dia a dia o exercício mais indicado à ele. Quando eu fiz a Kinesioterapia na França, me foi recomendado muitos exercícios adaptados


entrevista | Joana Medeiros as atividades diárias e achei muito bom, trabalhar o corpo fazendo as coisas. F&T: Você disse que queria fazer um comentário sobre o seu personagem atual, qual é? JM: É verdade, com este personagem eu estou fazendo eu tenho contato com a Luiza (Vitória) que é uma linda menina com Sindrome de Down, e queria falar que acho muito lindo o trabalho de vocês fisioterapeutas fazem com os pacientes com Síndrome de Down. Antes deste papel que fiz agora na novela, eu tive contanto com um aluno que estudava com meu filho, o Lucas, e ali eu vi esta coisa da inclusão, porque o Lucas era uma criança meio difícil, bem isolada e até agressiva, e eu, também era avessa, mas eu vi que dois anos depois, com a fisioterapia, o Lucas já me dava abraço, era muito mais comunicativo e leve, e eu também o aceitava muito bem e então houve ali tanto uma inclusão para o Lucas como para mim e as pessoas em volta. Gostei muito e digo que estão de parabéns. F&T: Joana, obrigado pela entrevista e verei os filmes! JM: Por nada, obrigado pelo convite e ainda em tempo, feliz Natal e ano novo a todos.

ESTIMULAÇÃO DO PACIENTE DOWN NO 1º ANO DE VIDA · Fazer a criança tocar o rosto do adulto juntando suas mãos ao tocá-lo enquanto este lhe fala carinhosamente; · Colocar as mãos da criança na boca do adulto que lhe fala, para que perceba seus movimentos e o sopro próprio do ato de falar; · Girar o rosto da criança com as duas mãos falando-lhe de um e outro lado para que se acostume a virar a face e não os ouvidos em direção à fonte sonora; · Mudar a criança periodicamente de posição, favorecendo a percepção do seu corpo no espaço; · Massagear o corpo da criança com as mãos e também com materiais de variadas texturas: esponjas, tecidos, escovas etc.; · Estimular que leve a mão à boca para ser sugada; · Fazer com que junte as mãos na linha média, oferecendo objetos atraentes à audição e ao tato, quando em supino; · Estimular a extensão e a sustentação da cabeça em prono utilizando objetos sonoros à sua frente elevando-os além do plano da cabeça; · Utilizar uma “bola suíça” de tamanho adequado, colocando a criança sentada sobre ela e movimentando-a continuamente de cima para baixo no eixo corporal vertical; · Posicionar a criança em prono na “bola suíça” e movimentá-la para frente até que possa apoiar as palmas das mãos no chão e para trás de maneira a tocar as plantas dos pés no solo; · Utilizar “bola suíça” de tamanho adequado colocando a criança sobre ela

variando suas posturas e posições — movimentá-la lentamente para favorecer o equilíbrio corporal e o sistema vestibular; · Estimular a rotação cefálica seguindo objeto sonoro em movimento para exercitar a musculatura cervical; · Favorecer busca tátil-auditiva dirigida utilizando a extensão do braço; · Fornecer objetos variados, atraentes ao tato, de tamanho próprio para suas mãos, com superfícies irregulares e texturas diversas; · Favorecer atividades de balanceio para estimulação vestibular dando “significado” a esta atividade, cantando e dançando ou utilizando o balanço. Tomar o devido cuidado para não estimular as estereotipias; · Reorganizar a postura da criança continuamente antes e durante qualquer atividade; · Colocar-se por trás da criança quando já puder se manter sentada para que acompanhe seus movimentos percebendo de que forma se deslocar. Quando for buscar algo à frente ou para explorar objetos com as mãos por exemplo; · Estimular seus deslocamentos corporais no espaço. Para engatinhar podem ser usados rolos; ofereça objetos colocados à frente dela para que tente alcançá-los; · Favorecer para que a própria criança sacuda objetos produzindo os diversos sons; · Carregar no colo na posição vertical quando já puder, tomando o devido cuidado com sua organização postural de forma a es-

timular a sustentação da cabeça e tronco. Varie esta posição colocando-a voltada para a frente, encostada na porção anterior do tronco do adulto de modo que possa perceber o espaço e o mundo à sua frente; · Favorecer o contato direto de objetos em seu corpo e incentivar a busca com as mãos; · Estimular a procura de objetos caídos de suas mãos. Inicialmente recolocando-os em contato com seu corpo; · Estimular a utilização dos seus membros superiores em extensão para proteção; · Favorecer mudanças de postura utilizando objeto sonoro ou falando com ela. Colocar-se a seu lado para estimular o rolar, e acima da criança para que fique de pé; · Estimular seus movimentos, movimentandose junto com ela; · Utilizar o “varal” – brinquedos diversos pendurados com elásticos possibilitando seu acesso ao puxá-los e permitindo a percepção do espaço e permanência dos objetos; · Falar e cantar com ela durante as atividades. Variar entonações da voz para que possa compreender o que se passa (exclamações, interrogações etc.); · Utilizar um objeto intermediário entre você e a criança, estimulando-a a dar alguns passos; · Estimular a criança a empurrar objetos grandes, suficientemente pesados a sua frente, para que possa dar os primeiros passos; www.novafisio.com.br • ed. 53|2006 • 11


artigo | ergonomia, LER/DORT, trabalho, reporte cinematográfico

Análise ergonômica do trabalho de repórter cinamatográfico por

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Dra. Iris Dutra

ste trabalho consiste na avaliação ergonômica do trabalho de um repórter cinematográfico. Serão apresentados resultados baseados em observações da atividade, registros fotográficos e conversas informais com a equipe de cinegrafistas da empresa. Seguiu-se o diagnostico e as sugestões de melhorias nas condições de trabalho. INTRODUÇÃO: Foi realizada análise ergonômica do trabalho do repórter cinematográfico de uma emissora de televisão em Brasília – DF. A demanda partiu das queixas relatadas pelos cinegrafistas. O objetivo do trabalho é ter subsídios para propor sugestões preliminares de melhorias para essa classe de trabalhadores. METODOLOGIA: Este estudo é baseado na metodologia própria da ergonomia, denominada Análise Ergonômica do Trabalho (AET). A finalidade da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é sempre melhorar as condições de trabalho, dentro de limites considerados aceitáveis para a produção (Abrahão & Pinho, 1999) Inicialmente foi realizada conversa informal com o cinegrafista através da qual obtiveramse dados relevantes a respeito da forma de execução da sua atividade e suas principais queixas. A seguir foram realizadas observações e registros fotográficos da atividade do cinegrafista. As informações foram então analisadas e os resultados foram validados com o chefe dos cinegrafistas e o repórter cinematográfico em questão. ESTUDO DE CASO - POPULAÇÃO Foi analisado o trabalho do repórter cinematográfico MBA, 45 anos de idade, há 20 anos nessa função com carga horária de 7 horas diárias de trabalho. O cinegrafista apresenta dores constantes nos

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ombros, região dorsal e lombar e com menor freqüência na região cervical, punhos /mãos /dedos e membros inferiores. Relata ainda problemas auditivos e apnéia do sono. Segundo o cinegrafista tais sintomas comprometem significativamente a execução de suas atividades laborais. - DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Repórter cinematográfico é aquele a quem cabe registrar cinematograficamente quaisquer fatos ou assuntos de interesse jornalístico (Decreto – Lei n.º 972, de 17 de outubro de 1969 – Publicado no DOU de 21/10/1969). A função do repórter cinematográfico consiste em captar a melhor imagem para as reportagens que estão sendo realizadas no momento, sejam elas ao vivo (link) ou gravadas. Os cinegrafistas trabalham numa equipe composta por 3 pessoas, são elas o auxiliar de câmera e o repórter. Sua carga horária é de 7h diárias e dois plantões mensais de 12h aos finais de semana. Ao iniciar o expediente todos os cinegrafistas permanecem numa sala destinada a eles à espera da chamada para o primeiro trabalho do dia. O seu chefe então o convoca para a reportagem indicando, naquele momento, a repórter e o auxiliar que formarão a equipe. A seguir, a equipe se dirige a garagem de onde saem num automóvel da empresa com destino ao local da reportagem. Durante a viagem o cinegrafista já procura obter informações com a repórter sobre o tema e local da reportagem, tais informações o ajudarão na escolha das imagens. Ao chegar ao local o cinegrafista e seu auxiliar fazem a regulagem do seu material que fica no porta mala do carro. O material consiste na câmera e no tripé. Em seguida, o cinegrafista inicia a filmagem do local enquanto a repórter procura obter mais informações sobre o assunto com a pessoa responsável pelo local e que previamente foi informada do horário da chegada da equipe. Após realizar imagens do local, ele realiza a fil-

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magem da repórter. Finalizada a reportagem a equipe retorna a sede da empresa e o cinegrafista permanece em sua sala à espera da próxima chamada. Esse período de descanso é variado, em dias de ritmo acelerado quase não há intervalo entre uma reportagem e outra. A carga de trabalho também é muito variada, e depende muito do tipo de reportagem a ser realizada. O cinegrafista considera uma sobrecarga maior em filmagens que devido as circunstancias devem ser disputadas com cinegrafistas de outras emissoras. Nessas ocasiões há uma tensão maior e o risco de empurrões, quedas, além do clima de competição que se instala. - DIAGNÓSTICO · PROBLEMATIZAÇÃO Durante sua atividade, o cinegrafista permanece exposto a posturas que comprometem o sistema músculo esquelético; ao peso da câmera que carregam; ao sol e a chuva; a pressão temporal e a outros fatores de diversas categorias expostos a seguir. · CLASSES DE PROBLEMAS POSTURAIS - permanece em postura ortostática a maior parte da carga horária - quando não esta filmando o cinegrafista carrega a câmera no ombro esquerdo e o tripé é apoiado no ombro direito (Figura 1) INSTRUMENTAL - excesso de peso do instrumento (câmera: 7,5kg e tripé: 6kg) OBS: importante ressaltar que já ocorreram melhorias com relação a ferramenta de trabalho dos cinegrafistas. Há 12 anos atrás a câmera pesava 15 kg, após a mudanças passou a pesar 7,5 Kg - a largura da câmera exige inclinação lateral esquerda de pescoço (Figura 2) ACIONAIS - dependendo da imagem que tem que captar realiza esforços dinâmicos em flexão de tronco (Figura 3)

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- algumas filmagens exigem que o cinegrafista permaneça na ponta dos pés - caminha enquanto capta as imagens - assume postura estática em flexão de ombro e cotovelo e dedos do membro superior direito durante o tempo que durar a filmagem (Figura 4 e 5) - para captar imagens muito próximas exigese flexão cervical excessiva e uma força maior para sustentar a câmera (Figura 6 e 7) - com a câmera apoiada no tripé realiza flexão lateral e rotação de tronco (Figura 8) - com a camera apoiada no tripé, realiza extensão cervical excessiva e ou inclinação e rotação cervical (Figura 9) - é obrigado a controlar a respiração para não comprometer a qualidade da imagem - muitas vezes há necessidade de caminhar de costas segurando a câmera, aumentando o risco de quedas - a adequação do posicionamento dos equipamentos previamente ao link (apresentação “ao vivo”) exige a posição agachada (Figura 10)

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- durante intervalos pequenos entre as filmagens, as vezes até mesmo enquanto escolhe o próximo ponto a ser filmado permanece com a câmera apoiada no ombro direito. (Figura 11) COMUNICACIONAIS - durante o link recebe informações pelo fone - eventuais problemas com a passagem da mensagem radiofônica - determinadas reportagens são realizadas em ambiente com ruídos ORGANIZACIONAIS - pressão temporal Segundo o cinegrafista, uma frase sempre dita na redação é a seguinte: “Matéria boa é a que vai para o ar”. - eventualmente trabalha sem auxiliar - realiza dupla jornada de trabalho, totalizando 12 horas diárias - exigência quanto a qualidade da imagem - falta de harmonia entre determinado repórter e o cinegrafista MOVIMENTACIONAIS

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- O peso da câmera é de 7,5Kg e o cinegrafista a sustenta no ombro direito - O tripé pesa 6kg e também é carregado pelo cinegrafista do automóvel ao local exato em que se realiza a filmagem. - Eventualmente retira a câmera do ombro e a segura com as duas mãos e em flexão de tronco DESLOCAMENTO - Determinadas reportagens exigem caminhadas por longo período, sempre com a câmera apoiada no ombro direito AMBIENTAIS - Dependendo da reportagem são obrigados a ficarem horas expostos a chuva, sol ou vento. - Presença de ruídos em determinados ambientes ACIDENTARIOS - Risco de quedas durante a disputa pela melhor imagem com cinegrafistas de outras emissoras - Não há utilização de EPI’s REFERENCIAL TEÓRICO

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artigo | ergonomia, LER/DORT, trabalho, reporte cinematográfico A Norma Regulamentadora n.º 17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicos dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.

“Matéria boa é a que vai para o ar” Atualmente o ritmo estressante, a repetição de tarefas, as longas jornadas e as condições precárias de trabalho têm produzido um aumento de casos de afastamento de jornalistas devido à doenças ocupacionais. Na maioria dos casos, o diagnóstico é de Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.) / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Os cinegrafistas e os fotógrafos têm sido os mais atacados nos últimos anos. Geralmente, os danos se concentram nos ombros e coluna, onde apóiam os equipamentos por jornadas de até 8 horas diárias (SJSC, 2003).

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Há concordância quanto à relação entre a organização do trabalho e as doenças ocupacionais. As exigências de maior produtividade, competição, concorrência e pressão sobre os trabalhadores, influenciam significativamente o aparecimento de lesionados. Dejours (1987) apud IIDA (1990) defende a teoria que uma rigidez excessiva na organização do trabalho, neutraliza a vida mental durante o trabalho, gerando uma sobrecarga que torna o trabalhador mais suscetível a doenças. A sobrecarga no trabalho ocorre quando as solicitações feitas sobre o indivíduo excedem a capacidade de resposta do mesmo, e isso depende do grau de liberdade que o trabalhador dispõe para resolver o problema, da estratégia adotada para solucionar o problema e também dos conhecimentos e habilidades da pessoa (IIDA, 1990; GUERIN, F. et al., 2001) Fatores ambientais também podem influenciar o aparecimento de doenças ocupacionais. Como a maior parte da atividade do cinegrafista é realizada nas ruas, ele está constantemente exposto à ruídos inesperados. Segundo PIRES (1999), o ruído quando inesperado leva a lesões do aparelho auditivo, fadiga auditiva e provavelmente, a efeitos psicofisiológicos negativos relacionados ao estresse psíquico, tais como perturbações da atenção e do sono, taquicardia e aumento da tensão muscular. Inúmeros estudos também relacionam o

aparecimento e a evolução de problemas osteomusculares em trabalhadores que adotam determinadas posturas e movimentações para a realização de suas atividades laborais (BARREIRA, 1989). A postura ortostatica por tempo prolongado causa uma fadiga da musculatura responsável pelo trabalho estático e um desconforto por condições relacionadas ao retorno sangüíneo, que são a origem de varias doenças dos membros inferiores em profissões que exijam trabalho imóvel por tempo prolongado. Além disso, a postura ortostatica representa mais consumo energético que a postura sentada, uma vez que para a manutenção da postura em pé existe uma grande atividade muscular dos membros inferiores (BARREIRA, 1989 apud GRANDJEAN,1980) Assim, o trabalho estático quando comparado ao dinâmico leva a um consumo maior de energia, freqüência cardíaca maiores e períodos de restabelecimento mais longos (GRANDJEAN, 1998). Vale ressaltar que são freqüentes as situações de trabalho em que posturas são mantidas por longa duração com atividade muscular constante, como é o caso dos cinegrafistas. Couto (2002) afirma que o ser humano é adaptado a fazer contrações musculares dinâmicas. Ao contrario, é mal adaptado a fazer contrações musculares estáticas, nas quais


artigo | ergonomia, LER/DORT, trabalho ocorre dor muscular intensa e fadiga precoce. Varias situações de esforço estático no trabalho dos cinegrafistas podem ser consideradas situações de sobrecarga biomecânica. São consideradas situações de esforço estático o corpo fora do eixo vertical natural, sustentação de cargas com os membros superiores evitando seu deslocamento, postura de pé, parado, durante grande parte da jornada de trabalho, trabalhos feitos com os braços acima do nível dos ombros, movimentação, manuseio e levantamento de cargas pesadas e braços e antebraços suspensos. (COUTO, 2002). Se forem repetidas as exigências estáticas diariamente durante um tempo mais longo, podem se estabelecer incômodos maiores ou menores, nos membros atingidos, sendo que as dores se localizam não só nos músculos, mas também nas articulações, extremidades dos tendões e outros tecidos envolvidos (GRANDJEAN, 1998). Este esforço estático excessivo está associado ao aumento do risco de inflamação nas articulações, bainhas e extremidades dos tendões; processos crônicos degenerativos, doenças dos discos intervertebrais e câimbras musculares (COUTO, 2002). Portanto, as queixas de sintomas do cinegrafista em questão, em parte, são conseqüência do trabalho estático da musculatura de membro superior direito e membros inferiores que sua atividade exige. É importante ressaltar que independente da pura fadiga muscular, há outras formas de fadiga, como a visual, presente em algumas atividades, onde há uma excessiva sobrecarga visual. Tal fadiga se manifesta por sensações doloridas de irritações (ardência), conjuntivite, visão dupla, dores de cabeça e diminuição da força de acomodação e da força de convergência, da acuidade visual, da sensibilidade aos contrastes e da velocidade de percepção (GRANDJEAN, 1998). Ocorre atualmente também entre diversas classes de trabalhadores a chamada Fadiga Generalizada, onde é nítida a influencia de fatores organizacionais. A Fadiga Generalizada é uma sensação difusa, ao contrário da fadiga muscular, e é acompanhada de indolência e falta de motivação para qualquer atividade, diminuição da atenção, perdas de produtividade em atividades físicas e mentais. Tal fadiga é conseqüência de uma soma dos fatores de exigência que não são devidamente compensados por processos de descanso (GRANDJEAN, 1998). A questão do manuseio assimétrico de cargas merece destaque em nosso estudo, visto que o cinegrafista tem que sustentar o equipamento no ombro direito, portanto assimetricamente. Segundo CHAFFIN & ANDERSON (2001) são poucos os estudos sobre o manuseio assimétrico de cargas. No entanto, é nítido que o manuseio assimétrico de cargas exige maior nível de co-contração muscular, acarretando maior carga sobre a coluna vertebral.

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Essa assimetria exige um esforço adicional da musculatura dorsal para manter o equilíbrio (IIDA, 1990). Essa influencia na aplicação da força pode resultar em pouca estabilidade postural. (CHAFFIN &ANDERSON, 2001). Há ainda um aumento do risco de dor lombar associado a esses tipos de esforços (CHAFFIN & ANDERSON, 2001 apud KELSEY et al., 1984) Dentre as situações de sobrecarga para a coluna vertebral no trabalho destaca-se o levantamento e manuseio de cargas em torção e flexão do tronco (com rotação da coluna lombar), trabalho com o tronco encurvado e trabalho com o pescoço excessivamente inclinado, excessivamente ereto, em postura estática ou torcido (GRANDJEAN, 1998). Situações que são observadas na atividade do cinegrafista. É importante ressaltar que as diversas posturas (em pé, deitado, sentado, inclinado a frente, agachado) podem, durante o repouso e o trabalho, ser realizadas em condições mais adequadas, nas quais os músculos podem desempenhar as suas funções mais eficientemente. (BARREIRA, 1989). Dessa forma há uma diminuição da sobrecarga e conseqüentemente previnem-se as lesões. CONCLUSÃO A realização desta pesquisa possibilitou identificar situações que podem comprometer a saúde dos cinegrafistas. O cinegrafista em questão está exposto a uma carga significativa de riscos biomecânicos, que são em parte responsáveis pelo aparecimento dos sintomas relatados pelo cinegrafista. Assim, sugere-se: - remanejamento do número de cinegrafistas por equipe. Dois cinegrafistas se revezando viabilizaria pausas durante as filmagens e conseqüentemente diminuição do número de horas seguidas segurando a câmera e na posição ortostatica; - desenvolvimento de equipamentos para o transporte da câmera e tripé até o local da filmagem, evitando que o cinegrafista carregue o equipamento nos ombros; - suporte onde possa ser colocada a câmera nos momentos em que não se está realizando filmagens; - atenção para a qualidade dos rádios e fones de comunicação - estabelecimento de tempo mínimo de repouso entre a chegada de uma reportagem e a saída para o inicio da próxima reportagem - analisar a eficiência da utilização de equipamentos de proteção individual, como tecido adequado para vestuário e protetor solar. - Melhora da organização do trabalho - Implementação de um programa de Ginástica Laboral e Orientação Postural Tais medidas possivelmente possibilitará a melhoria na realização da tarefa, acarretando redução dos riscos a saúde física e mental dos cinegrafistas e assim contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Turma E - RIO DE JANEIRO/RJ 08, 09 e 10 de Dezembro de 2006 Turma F - SALVADOR/BA 26, 27 e 28 de Janeiro de 2007 Turma G - GUARUJÁ/SP 02, 03 e 04 de Março de 2007 Turma H - CAMPO GRANDE/MS 16, 17 e 18 de Março de 2007 Turma I - BELO HORIZONTE/MG 30, 31 de Março e 01 de Abril de 2007 Turma J - SÃO PAULO/SP 13, 14 e 15 de Abril de 2007

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artigo | cinesioterapia, Ilizarov, fixador externo, fratura exposta

Abordagem cinesioterapêutica em alongamento de tíbia com fixador por

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Dra. Maria Flávia Fusetto

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evisão sobre a abordagem cinesioterapêutica em alongamento de tíbia com fixador externo Ilizarov pós fratura exposta

A utilização do fixador externo Ilizarov, para a correção de fraturas expostas, vêm se tornando cada vez mais freqüentes pelos ortopedistas. Até o presente momento, os estudos sobre o uso do fixador, tem se atribuído à possibilidade de estabilização da fratura e intervenção precoce da fisioterapia no processo de reabilitação. O presente estudo, foi fundamentado por meio de revisão bibliográfica, teve como proposta a abordagem cinesioterapêutica em alongamento de tíbia com fixador externo Ilizarov pós fratura exposta. Nesses casos a atuação cinesioterapêutica levantada para o tratamento desses pacientes, foram encontrados 9 (nove) artigos, dos 20 (vinte) levantados. Dessa forma, conclui-se que apesar da dificuldade e escassez, na procura de materiais, a maioria dos artigos pesquisados, consideram o uso do fixador externo Ilizarov, como a melhor forma de tratamento de determinadas fraturas e a necessidade de uma intervenção fisioterapêutica precoce, no processo de reabilitação no pósoperatório. Introdução Em 1951, durante a Guerra, um médico russo, Dr. Gavrill Abramovich Ilizarov, desenvolveu um fixador esquelético circular, na tentativa de estabilizar fragmentos ósseos resultantes de fraturas, através de fios de transfixação tensionados, conseguindo assim, amenizar o sofrimento dos soldados, diminuindo o número de amputações, que de outra maneira seriam inevitáveis15. No caso das fraturas expostas ou abertas, o fixador externo do tipo Ilizarov, permite se ter acesso as partes moles, nas quais são bastante atingidas, para o tratamento e redução das infecções, e permite também uma correta estabilização das partes ósseas, proporcionando a formação do calo ósseo necessário. Os pacientes usuários desse fixadores devem ser orientados e conscientizados, quanto ao tratamento a ser realizado no período pósoperatório, pois é essencial uma total colaboração por parte dos pacientes. O tratamento fisioterapêutico é demorado e requer muita atenção em relação as fraturas não consolidadas. A cinesioterapia tem como 16 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T

objetivo, amenizar o quadro álgico e suas limitações, como também previnir o aparecimento de possíveis complicações, entre elas, as contraturas e deformidades. O presente estudo teve por objetivo, elucidar por meio de revisão bibliográfica, a importância da cinesioterapia, em pacientes que sofreram fratura exposta de tíbia e foram submetidos a colocação do fixador externo Ilizartov, para correção e consolidação desta, que através de sua estabilidade e elasticidade, permite uma intervenção fisioterapêutica precoce no processo de reabilitação, previnindo assim, as possíveis complicações que este método possa oferecer. Material e métodos Foi ralizada uma revisão bibliográfica, no período de novembro de 2005 a outubro de 2006. Para a localização dos arigos, foi criada uma estratégia de busca, que correlacionava o uso do fixador exteno Ilizarov com o tratamento fisioterapêutico nesses pacientes. Essa estratégia foi pesquisada em Revistas de Ortopedia e Fisioterapia; livros da área de saúde, do Setorial Martins Fontes da Universidade Santa Cecília – Santos/SP; e nas seguintes bases de dados eletrônicas: Bireme, Scielo, Lilacs, Portal da Pesquisa, Medline. Para que o artigo fosse incluído no estudo, ele deveria analisar o uso do fixador externo Ilizarov em fraturas expostas de membro inferior (tíbia) e o tratamento fisioterapêutico desses pacientes submetidos ao alongamento. Resultados e discussão A tíbia é classificada como um osso longo, pois possui uma epífise em cada extremidade e uma diáfise (parte central do osso), que é formada por osso cortical, que envolve uma cavidade medular, podendo ou não ser preenchida por osso esponjoso. Possui também uma metáfise, que é quando a epífise se junta com a diáfise 5. O osso é suprido com fluxo sangüineo adequado e é formado pelos seguintes componentes ósseos: 1- matriz protéica, que tem consistência forte e impede que o osso se quebre quando gerada uma tensão; 2- sais ósseos, que se depositam sobre a matriz, deixando-a resistente e não deformável; 3- osteoblastos, são células que fazem a deposição do osso em duas fases. Numa 1º fase, essas células secretam a matriz, formando fibras colágenas resistentes, que é o principal componente de uma matriz recém

formada, e numa 2º fase, há o lançamento de sais de cálcio no interstício dessa matriz, resultando numa estrutura rígida. A deposição do osso é por parte regulada de acordo com a quantidade de carga aplicada sobre o osso (quanto maior a carga aplicada sobre o osso, os osteoblastos ficam mais ativos, tornando os ossos mais fortes e resistentes = efeito piezoelétrico). No caso das fraturas ocorre lesão dos osteoblastos locais, deixando-os mais ativos, multiplicando e secretando a matriz que promove deposição de osso novo, resultando na correção da fratura. 4- osteoclastos, fazem a reabsorção do osso, através da secreção de algumas enzimas11. Durante todo tempo, tem-se reabsorção osteoclástica do osso, sendo compensada pela deposição osteoblástica. A resistência do osso depende desses dois processos: se for maior a intensidade da atividade osteoblástica, o osso aumentará sua resistência11. “A ossificação ou osteogênese, é o processo pelo qual o esqueleto embrionério se transforma em osso” (ósteo =osso; gênese = criação) 29. A osteogênese de distração desenvolvida pelo Prof. Ilizarov, é produzida por uma corticotomia especial, onde há preservação do suprimento sangüineo intra-medular e o periósteo é elevado e preservado durante todo o procedimento. Ocorre indução mecânica do osso novo entre as superfícies que são separadas gradualmente ,8,12. Existe um período entra a operação e o início da distração, que é deniminado período de latência, que em média varia de 4 (quaro) a 7 (sete) dias1,8,12. A fratura exposta ou fratura aberta, são aquelas em que ocorre a quebra do osso com quebra da barreira da pele e dos tecidos moles, ocasionando contato direto com o meio externo17. As causas mais freqüentes são por trauma de alta energia, como os acidentes automobilísticos, motociclísticos, atropelamentos, e outros 3. As fraturas expostas são classificadas por um sistema padrão de classificação prognostica de Gustilo e Anderson. Esse sistema avalia a qualidade das lesões dos tecidos moles e ossos, com relação com o risco de infecção: Grau I- pequena lesão de tecidos moles, sem contusão muscular; Grau II- lesão moderada dos tecidos moles, com contusão muscular moderada; Grau III A- lesão grave dos tecidos


artigo | cinesioterapia, Ilizarov, fixador externo, fratura exposta moles, com esmagamento da pele e músculos; Grau III B- lesão grave dos tecidos moles com perda cutânea; Grau IV- grande perda cutânea e lesão vascular e/ou nervosa 3,27.

Figura 1. Classificação das fraturas expostas A utilização do método Ilizarov para as fraturas expostas de tíbia, são reservadas para as lesões graves com grande contaminação, pois permite estabilizar os fragmentos ósseos em qualquer sentido, permitindo dar continuidade a função de suportar carga corpórea, não prejudicando a nutrição16,20,27. Faz-se o desbridamento, retirando tecido desvitalizado para diminuir a infecção, e também se retira fragmento ósseo que esteja livre, sem conexão com as partes moles26. O fixador externo Ilizarov é formado por um anel e dois semi-arcos, mantendo distância de 2 a 3 cm da pele, onde são conectados entre si. Utilizam-se fios de Kischiner, de 1,5 ou 1,8 milímetros, com olivas de apoio, onde estas se apóiam na parede medial e lateral do osso, para que não ocorra deslizamento. Os fios transfixam o osso em cruz no seu centro axial, num plano perpendicular ao eixo das extremidades ósseas, e fixam-se aos anéis através de parafusos, nos quais são conectados as hastes rosqueadas. Após serem inseridos, são tensionados para aumentar a estabilidade ,22,28. Quanto a introdução dos fios, o membro deve permanecer estendido ao passar pela musculatura flexora e flexionado ao passar pelo lado oposto, para assim facilitar a movimentação articular, no pós-operatório28. O método cirúrgico Ilizarov tem como princípio, a regeneração e o crescimento do tecido ósseo, através de uma distração controlada, sendo o ideal de 1 mm/dia9,24. As vantagens que mais se destacam na utilização desse método são: presença mínima de metal dentro do ferimento, boa estabilização da fratura, permite ter controle do ferimento da área acometida, facilita manipulação do paciente, permite descarga de peso sobre o membro acometido, permite correção de deformidades angulares, comprimento ou de rotação durante o tratamento sem intervenção de anestesia14,16. Com relação as complicações, a mais freq6uente é a infecção no trajeto dos fios, que advém de uma inflamação da pele, podendo gerar soltura dos fios. As contraturas musculares são resultantes de uma tensão gerada nos grupos musculares, sendo as mais comuns o eqüinismo e o geno-flexo, pois os músculos do tríceps sural são biarticulares, e que no alongamento de tíbia geram grande

resistência tendendo a flexionar o joelho e fazer a flexão plantar do tornozelo. A rigidez articular pode ser provocada por um desrespeito as técnicas de colocação do fixador e também por um descuido no pós-operatório. Outro problema é a dor, e o retardo da ossificação no local do alongamento causado por fatores como a instabilidade, rápida distração, isquemia, infecção e outros 6,19,24. Alguns cuidados no pós-operatório devem ser tomados, como: iniciar a fisioterapia o mais precoce possível, higienização diária dos pontos de inserção e saída dos fios e inspeção mensal para ajustes do aparelho 6,10,13 CINESIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS FIXAÇÃO EXTERNA: Deve ser realizada, quando possível, uma avaliação pré-operatória, para que estes pacientes sejam orientados, quanto ao tratamento a ser instituído14. No caso das fraturas expostas, se faz avaliação após a colocação do fixador externo, avaliando as condições gerais do pacientes, dos grupos musculares envolvidos e a amplitude de movimento das articulações 4,7,25. Os objetivos da cinesioterapia no pós-operatório, se baseiam na recuperação muscular e articular, numa melhora da circulação, num aumento do trofismo muscular e amplitude articular, amenizar algias e edemas18,25,25. O início da fisioterapia é precoce, geralmente no segundo dia de pós-operatório, onde se faz orientações quanto ao posicionamento correto do membro no leito, para evitar o eqüinismo. Pode utilizar alguns acessórios, como por exemplo, as órteses dinâmicas, onde o pé é envolvido por um elático e este é preso ao fixador13,18.

Figura 3. Marcha com carga parcial. rolando uma bolinha de tênis. O início é gradual, de exercícios de fortalecimento para os grupos musculares flexores e extensores de quadril e joelho, adutores e abdutores de quadril, dorsiflexores e flexores plantares, inversores e eversores de tornozelo (isométrico, ativo-assistido, isotônico). Os exercícios contra a gravidade vão estar prejudicados numa fase inicial, caso não tenha força muscular suficiente para suspender o membro com o fixador. Deve-se estimular os exercícios, desde que não provoquem dor aguda, para assim, diminuir a rigidez articular14,18.

Figura 4. Exercício isométrico com bola

Figura 1. órtese dinâmica Ainda nos primeiros dias é realizada a marcha sem carga, com o auxílio de muletas. Deve-se estimular o apoio do membro no solo, para preservar a propriocepção, podendo ser facilitada com exercícios na sola dos pés, como rolar bolinha de tênis ou de gude14,18.

Figura 5. Exercício isométrico para quadríceps para adutores.

Figura 2. Propriocepção na sola do pé,

Figura 6. Exercício isométrico para abdutores. www.novafisio.com.br • ed. 53|2006 • 17


artigo | cinesioterapia, Ilizarov, fixador externo, fratura exposta

Figura 7. Exercício isométrico com elástico para Isquiotibiais.

Figura 8. Exercício ativo de eversão.

Figura 9. Exercício isométrico de flexão plantar com bola. Na fase de distração, o objetivo maior é a manutenção da mobilidade articular e a prevenção da atrofia muscular. Os exercícios de fortalecimento para o membro inferior acometido, são muito importantes durante todo o processo de reabilitação do paciente. Não se pode esquecer de abordar os déficits de amplitude de movimento das articulações

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com exercícios passivos, ativos e muito alongamento14,21. Com relação a marcha, inicia-se com apoio no membro são, progredindo sobre o membro operado, atingindo apoio completo de 3 (três) a 4 (quatro) semanas, seguindo o padrão correto. Pode ser treinada frente ao espelho, para uma melhor consciência corporal e pode usar também diferentes densidades na sola dos pés, treinando assim, o equilíbrio¹³. “A carga auxilia no alongamento dos músculos da panturrilha, mantém o tônus muscular e estimula a circulação nos membros inferiores”. A própria marcha ajuda a corrigir pequenos graus, no caso da ocorrência de pé eqüino, portanto, é necessário alongar o músculo tríceps sural, isquiotibiais, quadríceps e iliopsoas, para evitar a occorrência de deformidades. A mobilização patelar e o alongamento dos retináculos não devem ser esquecidos, pois auxiliam no ganho de amplitude articular do joelho, que deve se manter completa9,14,18.

Figura 10. Alongamento ativo de isquiotibiais. Alguns aparelhos da eletroterapia podem ser indicados, como por exemplo, a corrente russa para auxiliar no fortalecimento, principalmente da região de quadríceps9,23. Durante a fase de consolidação óssea (calo ósseo), o objetivo dera de aumentar a amplitude articular que ainda se apresentar limitada e também de aumentar a força muscular do membro afetado¹³,18. Após a retirada do fixador, deve-se continuar,

o trabalho de alongamento e fortalecimento muscular, maximização das amplitudes articulares, diminuição das aderências remanecentes, eliminar os desvios de marcha, proporcionando enfim, independência total do paciente25. De acordo com a maioria dos autores (LIANZA, 2001; SILVA,2000; PALEY, 1991) entre outros mencionados no presente trabalho, a utilização do fixador externo ILizarov, vêm sendo um método de escolha cada vez mais freqüentes pelos ortopedistas, para a estabilização e correção de algumas deformidades e fraturas, em especial, as fraturas expostas. Baseado nos artigos pesquisados, nota-se a importância e a necessidade de uma abordagem cinesioterpêutica precoce, que cada vez mais vêm se aprimorando em técnicas e métodos que possibilitam ao fisioterapeuta, promover a recuperação física e psico-social desses pacientes. Conclusão O tratamento de uma fratura exposta de tíbia com a utilização do fixador externo Ilizarov, requer muita compreensão e dedicação tanto do paciente, quanto do fisioterapeuta. A cinesioterapia surge como um recurso fundamental no processo de reabilitação e de prevenção das possíveis complicações que este método possa oferecer. A atuação cinesioteraêutica irá abordar exercícios passivos, ativo-assistidos e ativos livres para ganho da mobilidade articular, alongamento dos grupos musculares envolvidos, treino de marcha e equilíbrio, promovendo assim, a consolidação óssea, através do efeito piezielétrico e promovendo principalmente, independência funcional. Após a retirada do fixador, a atuação da cinesioterapia continua, rearranjando o esquema corporal e evitando possíveis intercorrências, como as refraturas, retardando assim, todo o processo de reabilitação.


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artigo | programa saúde da família, fisioterapia preventiva

Programa saúde da família do Bairro Imaculada - Poços de Caldas - MG por

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Drielen Moreira, Elisa Pinto, Marina Perez e Viviane Joaquim

A

Fisioterapia vem exercendo um papel exemplar junto à promoção de saúde, diante da Saúde Pública. A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar a atuação do fisioterapeuta na Unidade de Saúde da Família, visando demonstrar a importância de sua atuação no Programa Saúde da Família (PSF) e na área de atuação preventiva. Para isso foi realizado um levantamento das patologias, avaliações e condutas dos pacientes encaminhados ao PSF do bairro Maria Imaculada em Poços de Caldas/Minas Gerais. Com isso, foi possível descrever e justificar o papel do fisioterapeuta nesta nova área de atuação, tendo como base os atendimentos realizados pelos alunos do Estágio Supervisionado I __ Fisioterapia Preventiva da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus Poços de Caldas. Para a coleta dos dados foram realizadas contagens manuais de acordo com os prontuários fisioterapêuticos do Posto de Saúde desta localidade. Assim, foi possível verificar que não há fisioterapeutas suficiente para atender a demanda de pacientes, e por isso torna-se fundamental a inclusão efetiva deste profissional na equipe multidisciplinar do Programa Saúde da Família. 1 INTRODUÇÃO O programa Saúde da Família (PSF) representa tanto uma estratégia para reverter a forma atual de prestação de assistência a saúde, como uma proposta de reorganização da atenção básica como eixo de reorientação do modelo assistencial. Responde a uma nova concepção de saúde não mais centrada somente na assistência à doença, mas sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que colocam a vida em risco. A incorporação do PSF nas ações programáticas e no desenvolvimento de ações intersetoriais caracteriza-se a sintonia com os princípios da universalidade, eqüidade e integralidade das ações. Estrutura-se assim, na lógica básica de atenção à saúde primária gerando novas práticas entre os trabalhos clínicos e a promoção de saúde. Distinguem-se três níveis de aplicação de medidas preventivas: prevenção primária, secundária e terciária. O nível primário é aplicável durante o período de pré-patogênese, isto é, quando o indivíduo se encontra no estado de saúde ótima, ou no mínimo, subótima. Este nível engloba dois grupos de ações que 24 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T

o caracterizam: 1) Promoção da saúde que inclue educação sanitária, nutrição adequada, condições adequadas de trabalho, acesso a lazer e recreação e orientações sobre educação sexual; 2) Proteção específica que engloba aspectos da imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal e o aconselhamento genético. O nível secundário pode ser caracterizado quando o organismo já se encontra com alteração na forma e função, ou seja, está no período de patogênese e enfermidade real. Neste momento são realizadas ações com objetivo de diagnosticar precocemente o problema e estabelecer medidas terapêuticas adequadas. Já no nível terciário, o indivíduo portador da enfermidade passou pelos estágios anteriores, permanecendo com alguma seqüela ou incapacidade que necessitam ser minimizados, a fim de se evitar a invalidez total e recolocar o indivíduo afetado em uma posição útil na sociedade (BRASIL ACO et al. 2005).

“Assim, foi possível verificar que não há fisioterapeutas suficiente para atender a demanda de pacientes, e por isso torna-se fundamental a inclusão” Baseado no exposto, o fisioterapeuta pode desenvolver atividades efetivas em todos os níveis de atenção à saúde dentro da equipe interdisciplinar composta por médico, odontólogo, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente de saúde. Outros profissionais de saúde podem ser incorporados de acordo com a demanda local. Portanto, o PSF visa tanto prestar assistência em sua unidade quanto desenvolver tradicionalmente as ações de saúde em domicílio, numa perspectiva de ação integral em que todos os membros de uma família são acompanhados (FIGUEIREDO, 2005). 2 OBJETIVO 2.1 Objetivo Geral Realizar o levantamento do número de atendimentos fisioterapêuticos no bairro Maria Im-

aculada, junto ao Programa Saúde da Família no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2005. 2.2 Objetivo Específico Verificar se há demanda adequada de profissionais fisioterapeutas no PSF do bairro Maria Imaculada, através do levantamento de patologias, avaliações e condutas de pacientes encaminhados ao serviço de fisioterapia da unidade. 3 METODOLOGIA 3.1 Tipo de Estudo Este estudo refere-se ao levantamento de dados de prontuários da Fisioterapia quanto a avaliações, atendimentos e evoluções junto a unidade do PSF no bairro Maria Imaculada, através de um projeto de extensão promovido pelo Departamento de Fisioterapia da PUC Minas, campus Poços de Caldas, com o apoio e organização das alunas em Aperfeiçoamento Acadêmico da disciplina de Fisioterapia Preventiva. 3.2 Voluntários Pacientes encaminhados pelos médicos do Programa Saúde da Família ao atendimento fisioterapêutico realizado pelos alunos do Estágio Supervisionado I__ Fisioterapia Preventiva. 3.3 Material Arquivo da disciplina do Estágio Supervisionado I__ Fisioterapia Preventiva contendo as fichas de Avaliação dos pacientes. 3.4 Procedimentos Os atendimentos fisioterapêuticos foram realizados semanalmente em domicílio pelos alunos do Estágio Supervisionado I __ Fisioterapia Preventiva da PUC Minas, campus Poços de Caldas, sendo os pacientes encaminhados, de acordo com as necessidades, por um processo de triagem realizado pela equipe multidisciplinar do PSF. Após o encaminhamento é feita uma visita em domicílio onde é realizada a avaliação dos pacientes, pois os mesmos, em sua maioria, não possuem condições físicas para se locomover até as unidades. Semanalmente antes dos atendimentos é realizada uma verificação dos prontuários que ficam arquivados na unidade, onde são registradas as condutas e possíveis intercorrências, contribuindo assim, para prestar um maior auxílio ao paciente através de uma equipe multidisciplinar. Foi realizada a contagem do número de pa-


artigo | programa saúde da família tologias existentes no bairro, sendo estas prescritas nas fichas de avaliações, juntamente com o número de pacientes, atendimentos e avaliações pelo setor de fisioterapia. 4 RESULTADOS A estrutura do PSF do bairro Maria Imaculada, de Poços de Caldas, Minas Gerais, está dividido em micro e macroáreas, cada qual com um nível de abordagem mais direcionado, englobando os mais diversos tipos de patologias. A amostra estudada foi constituída de 22 pessoas de ambos os sexos, onde observou-se : 56% A.V.E., 11% traumatismo crânio-encefálico, 11% Alzheimer, 11% amiotrofia espinhal, 11% síndrome do impacto do ombro.

Quanto à relação patologias/avaliações deste bairro, observou-se: 50% dos pacientes com uma avaliação; 25% com duas avaliações; 12,5% com três avaliações e 12,5% com cinco avaliações.

comparados ao trabalho de FERREIRA et.al, 2005., verificou-se que a intervenção fisioterapêutica na comunidade visa contribuir para uma assistência integral, através de um conjunto de ações que possam diminuir riscos, prevenir e promover a saúde. Tais ações aplicadas aos pacientes deste PSF têm o intuito de prevenir complicações e promover a reabilitação de doenças como diabetes, hipertensão arterial, quedas e afecções neurológicas. Devido à grande demanda de pacientes que necessitam de atendimento fisioterapêutico no PSF abordado no projeto e o fato de não haver um profissional fisioterapeuta integrado à equipe multidisciplinar, além da quantidade de alunos do Estágio Supervisionado I da Fisioterapia Preventiva não ser suficiente para realizar os atendimentos, verificou-se a priorização de pacientes com patologias mais graves em função de seus acometimentos. Alguns pacientes não tiveram evolução devido à sua ausência no horário da visita domiciliar, ou por terem sido encaminhados para clínica de fisioterapia da PUC - Poços de Caldas. Baseado no exposto, o fisioterapeuta pode desenvolver atividades efetivas em todos os níveis de atendimento à saúde dentro da equipe multidisciplinar. Porém, devido a aspectos de ordem político-econômicos e organizacionais, sua função é pouco divulgada e subutilizada, contudo, gradativamente, experiências isoladas mostram que a inserção da fisioterapia no Programa Saúde da Família enriquece e desenvolve ainda mais os cuidados de saúde da população (CANDEIAS, 1997). 6 CONCLUSÃO

Quanto à relação patologias/condutas verificou-se: 25% dos pacientes com quatro condutas, 12,5 % com sete condutas, 25% com oito condutas, 12,5 % com dezesseis condutas, 12,5% com dezoito condutas, enquanto 12,5% não tiveram nenhuma conduta.

5 DISCUSSÃO Diante dos resultados obtidos na pesquisa e

A presença do fisioterapeuta na comunidade se torna essencial na medida em que contribui para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação obedecendo, assim, os princípios do atual modelo de saúde e conseqüentemente promovendo a melhoria da qualidade de vida da população. Portanto, mais do que recuperar e curar pessoas é preciso criar condições necessárias para que a saúde se desenvolva. Assim, com os resultados deste estudo, julga-se fundamental a inclusão do fisioterapeuta na equipe multidiscilplinar do PSF, pois trata-se de um profissional que se dedica ao estudo e à investigação do movimento humano, das funções corporais, do desenvolvimento das potencialidades, atividades laborativas e da vida diária, e tudo isso privilegiando a utilização de recursos da natureza e do próprio corpo humano. O fisioterapeuta tem potencialidade para trabalhar com tecnologia, principalmente humana, aliada a uma criatividade de desenvolver ações eficientes e efetivas. Espera-se que em um futuro bem próximo, nós, fisioterapeutas, possamos conquistar este espaço com dignidade e competência. www.novafisio.com.br • ed. 53|2006 • 25


artigo | paralisia cerebral, asfixia perinatal, fisioterapia

Avaliação e evolução de uma criança com paralisia cerebral por

|

Dra. Ana Paula Rocha de Siqueira Zaconeta

E

ste trabalho teve como objetivo ilustrar a possibilidade e a importância de se diagnosticar precocemente a Paralisia Cerebral (PC) e modificar sua evolução através do tratamento fisioterapêutico que melhor se adapte às possibilidades e limitações do paciente. Foi feito um estudo de caso de um paciente asfixiado que consultou aos dois meses de idade. Através de uma avaliação motora detalhada foi possível diagnosticar e classificar a criança como portadora de Paralisia Cerebral do tipo atetose, pois apresentava movimentos involuntários nos pés e nas mãos, espasmos tônicos intermitentes, além de tônus flutuante. O método terapêutico escolhido e aplicado foi o Tratamento Neuroevolutivo (conceito Bobath). Além disso, os pais foram orientados acerca da melhor maneira de lidar com o dia a dia do seu filho. Após três meses de tratamento, foi feita a reavaliação que mostrou melhoras significativas nas aquisições motoras e na aptidão para diversas funções. A conclusão foi que, neste caso, o bebê beneficiou-se com o diagnóstico e o tratamento oportunos. Durante o trabalho, discutiram-se também importantes aspectos relacionados com a asfixia perinatal, causa mais freqüente de paralisia cerebral. Introdução Sabemos que a Paralisia Cerebral (PC) ou encefalopatia crônica não evolutiva da infância é uma persistente, mas não imutável desordem do movimento e postura devido a uma lesão não progressiva do cérebro imaturo[7,15,16]. É difícil saber ao certo a incidência de Paralisia Cerebral no Brasil, pois não existem estatísticas oficiais, mas, segundo EDELMUTH apud ROTTA (2002) surgem 17.000 casos novos por ano.

A Paralisia Cerebral pode ter a sua origem em eventos pré-natais, perinatais e pós-natais[11]. Um estudo publicado por ROTTA em 1996, evidenciou fatores pré-natais em 35 casos, perinatais em 114 e pós-natais em 10 casos. A asfixia perinatal é sem dúvida a causa mais importante de Paralisia Cerebral. Pode acontecer antes, durante ou após o parto, devido a problemas da mãe, do feto ou do próprio parto (Anexo1) [11]. Considera-se asfixiado, todo recém nascido cuja nota do Apgar no 5º minuto for inferior a 4 pontos (Anexo 2), mas crianças que apresentaram sofrimento fetal crônico podem apresentar Paralisia Cerebral mesmo com Apgar maior do que 4 como será discutido posteriormente[1,8,11].

“uma vez realizado o diagnóstico, o passo seguinte é escolher qual será a melhor estratégia terapêutica,“ As crianças com PC apresentam padrões anormais tanto de postura e movimento quanto de tônus muscular[2,3,15]. Segundo BRANDÃO (1992) isto é conseqüência de uma deficiência ou perda de função de áreas do Sistema Nervoso responsáveis pela elaboração e programação das ações e posturas, e pelo controle do tônus. Por outro lado, o paciente com PC pode apresentar um ou mais problemas associados: epilepsia, deficiência visual, auditiva, transtornos cognitivos e comportamentais e, mais a longo

prazo, osteoporose e artrose[7,16,17]. A idade do paciente, a classificação (Anexo 3), o grau de comprometimento e os problemas associados, são aspectos cruciais do diagnóstico que servirão como subsídio para nortear o tratamento fisioterapêutico[1,12]. Estudos mostram que quanto mais precoces forem o diagnóstico e o tratamento, melhor será o prognóstico, pois maior é a chance de que qualquer potencial existente desenvolva habilidades normais e diminua os padrões de movimentos anormais e dificuldades posturais [3,13,14,17]. HASSANO citado por LOPES (1999), relata que é predominantemente no período pós-natal que ocorrem os processos de formação de redes de conexões sinápticas e mielinização, podendo então ser aproveitada a plasticidade neuronal. Isto é reforçado por SCHWARTZMAN (2000) quem postula que quanto mais precocemente forem oferecidos os estímulos ao bebê, este terá maior probabilidade de responder favoravelmente facilitando o padrão de desenvolvimento normal. O tratamento fisioterapêutico deverá ser individualizado dando ao paciente portador de Paralisado Cerebral a oportunidade de atingir um desenvolvimento o mais próximo possível do normal, minimizando seqüelas e permitindo uma melhor integração na sociedade Este trabalho busca através de um estudo de caso avaliar o bebê do ponto de vista motor, ilustrar a possibilidade de se fazer um diagnóstico precoce e descrever a evolução clínica da criança após o período de tratamento fisioterapêutico, com intuito de mostrar que o diagnóstico precoce de uma criança com Paralisia Cerebral é possível e que a fisioterapia pode modificar a evolução do bebê. Materiais e Métodos

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artigo | paralisia cerebral, asfixia perinatal, fisioterapia Caso Clínico O paciente G.R.S. nasceu no dia 18.01.02 de parto normal com 40 semanas de idade gestacional, 2900 gramas, estatura 50 cm, perímetro cefálico 34 cm. Durante o parto, a mãe apresentou período expulsivo prolongado devido à insuficiência na contração uterina o que levou a sofrimento fetal. Ao nascer a criança apresentou ausência de batimentos cardíacos, apnéia, cianose central, ausência de resposta a estímulos e apenas o braço esquerdo fletido, sendo o Apgar igual a 1 ponto. Precisou de massagem cardíaca externa e ventilação com pressão positiva, além de infusão de drogas de reanimação. Com cinco minutos de vida, ainda não respirava espontaneamente, e continuava com cianose central, a freqüência cardíaca era de 110 por minuto, respondia aos estímulos fazendo caretas e apenas os membros superiores estavam fletidos, com o qual o Apgar do 5º minuto foi de 4 pontos. Aos 10 minutos de vida, apresentou crise convulsiva generalizada e nova parada cardíaca, sendo reanimado e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Ficou internada durante 9 dias com diagnóstico de Síndrome Hipóxico – Isquêmica, conseguiu sair do aparelho de ventilação mecânica apenas no terceiro dia de vida. Durante a internação recebeu infusão venosa de soro e medicação anticonvulsivante (fenobarbital), o qual foi mantido até os três meses de idade.

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Após a alta no 12º dia de vida, o paciente consultou um pediatra neonatologista quem fez suspeita diagnóstica de Paralisia Cerebral solicitou exame de teste do pezinho, tomografia computadorizada de crânio e potencial evocado auditivo (todos estes exames foram normais), e encaminhou para fisioterapeuta. A criança chegou ao consultório de fisioterapia com dois meses de idade e foi submetida a avaliação seguindo o protocolo que consta no anexo 4. Inicialmente foi realizada a anamnese e leitura dos exames complementares. Na avaliação motora atentou-se para as habilidades e inabilidades funcionais, entendendo-se por habilidades as atividades funcionais que a criança realiza sem ajuda. Foram examinados o tônus muscular, os reflexos, a presença de encurtamentos e deformidades, assim como os padrões de postura e movimento nas diferentes posições, observando-se o aspecto da criança em cada posição e como ela realizava essas atividades . Embora chamasse a atenção a quietude do bebê, o mesmo apresentava movimentos espontâneos no plano sagital e possuía Reação Cervical de Retificação. Era assimétrico e esta assimetria mostrou-se presente apenas para o lado direito, sua boca permanecia frouxamente aberta. Apresentava movimentos involuntários nos pés e nas mãos. O Tônus de base era hipotônico, mas quando submetido a algum esforço este aumentava, apresentando espasmos tônicos intermitentes. Os reflexos

de sucção, pontos cardeais, Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA), preensão palmar e plantar, Galant, marcha e Moro estavam presentes, o que é esperado num bebê desta idade. Seus padrões posturais e de movimento nas diferentes posturas foram: - Em supino, apresentava retração de cabeça e da cintura escapular; movimentos não harmônicos, apresentando flutuação no tônus; cabeça lateralizada somente à direita, ele não girava a face para o lado oposto; tronco desalinhado transferia o peso do corpo somente para o lado direito; movimentos involuntários nos pés e nas mãos e a boca aberta a maior parte do tempo. - Em prono, apresentava fuga a asfixia, girava a cabeça somente para o lado direito, não conseguia elevar a cabeça, pois o seu peso estava na cintura escapular, com isso, os ombros permaneciam elevados e protraídos com cotovelos fletidos e mãos fechadas, não podia mover os braços para fora de seu peito ou para frente a fim de apoiar sobre o antebraço, além de apresentar uma assimetria de tronco. - De decúbito lateral, ele não conseguia manter-se nesta postura, tentando pela hiperextensão da cabeça e tronco (espasmo extensor) voltar para supino. - Puxado para sentar, a cabeça não acompanhava o movimento, pendendo totalmente para trás. Após esta avaliação, o bebê foi classificado


artigo | paralisia cerebral, asfixia perinatal, fisioterapia como atetóide, tendo como problemas principais os espasmos extensores intermitentes, a instabilidade proximal e a assimetria (apesar do bebê ter dois meses sua assimetria é patológica, pois estava presente apenas em um lado). Com três meses de idade o bebê apresentava incoordenação na sucção, tinha sialorréia abundante e tinha uma abertura excessiva da boca com hipermobilidade da articulação temporomandíbular. Como as dificuldades na alimentação e comunicação são os dois aspectos mais limitantes para o atetóide, este foi encaminhado para fonoaudióloga. Realizado o diagnóstico e a classificação foi dada seqüência ao processo terapêutico que utilizou como princípio o conceito Bobath (Tratamento Neuroevolutivo) o qual objetiva modificar os padrões de tônus postural anormal e facilitar padrões motores mais normais, preparando para uma maior variedade de habilidades funcionais. Para isto, utiliza técnicas de inibição de movimentação inadequada, facilitação dos movimentos funcionais, pontos chave de controle e estimulação tátil proprioceptiva. Sendo assim, foram efetuados 24 atendimentos, no período de 25.03.02 a 01.07.02, realizadas duas vezes por semana e que tinham duração de aproximadamente 30 minutos. Os objetivos do tratamento neste paciente visavam dar estabilidade com transferência de peso, diminuir os espasmos extensores, dar

simetria e controle de cabeça. Foram utilizados alguns manuseios baseados nos princípios de tratamento no paciente atetóide, que são: aumentar a estabilidade proximal do tronco para manter posições, permitir o alinhamento nas mesmas, facilitar atividades funcionais com os membros, otimizar o uso dos braços para transferência de peso móvel e melhorar a confiabilidade e graduação para reações de retificação e equilíbrio. A mãe esteve presente durante as sessões de tratamento, isso permitiu a participação e a compreensão das capacidades e limitações de seu bebê. Como o tempo que a criança permanece em tratamento é mínimo em relação ao tempo que passa com os pais, eles foram orientados quanto a melhor forma de lidar com seu filho em situações de atividades de vida diária (como carregar, alimentar, vestir e brincar) e ajudá-lo no seu desenvolvimento. A participação e dedicação dos pais foram de extrema importância para a evolução da criança. Mesmo mantendo-se o nome da criança no anonimato, os pais foram consultados e autorizaram a publicação deste caso clinico em revista científica. Resultados Após as 24 sessões de tratamento fisioterapêutico o bebê girou a cabeça para o lado esquerdo e manteve-a na linha média em supino, prono e sentada; o RTCA e os espasmos extensores diminuíram; transferiu o peso do tronco para o lado esquerdo, ficando com o tronco totalmente apoiado no tatame. Man-

teve-se na postura de decúbito lateral (ambos os lados) e prono. Fez a junção da mão tanto em decúbito lateral quanto supino e levou as mãos à boca. Aceitou a postura de prono, os quadris estavam mais estendidos favorecendo a transferência de peso da cintura escapular para o quadril, já levantava a cabeça e movimentava-a para os lados a fim de explorar o ambiente; apoiou o antebraço, mas os cotovelos ainda não ficavam estáveis. Quando puxado para sentar a cabeça acompanhou o movimento. Sentado estava mais alinhado. Seus movimentos ainda eram desorganizados e continuava com dificuldade em realizar movimentos contra a gravidade. O reflexo de Moro e Galant permaneciam presentes. As aberturas excessivas da boca ao esforço se intensificaram. A mãe relatou que o bebê estava mais ativo e respondeu aos estímulos oferecidos e ela então a mãe se sentiu mais confiante em relação ao filho e mais segura da sua capacidade de cuidá-lo. Discussão Embora o paciente tenha apresentado um Apgar do quinto minuto igual a 4 pontos, ele é considerado asfixiado, pois nesse momento se encontrava com medidas de suporte avançado de vida como a ventilação manual, a massagem cardíaca externa e o uso de drogas de reanimação. Isto por si só já da a idéia da gravidade extrema do recém nascido, pois sem estes recursos, o Apgar do quinto minuto

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artigo | paralisia cerebral, asfixia perinatal, fisioterapia teria sido ainda menor. A mãe não apresentava fatores de risco para asfixia perinatal, portanto esta provalvelmente tenha acontecido no período intraparto devido a deficiente contração uterina. Contudo estudos recentes de experimentação em animais, comprovam que o sofrimento apenas no período intraparto de forma isolada parece ser insuficiente para causar lesão cerebral grave, sendo mais provável que se trate de uma associação entre asfixia pré-natal crônica (às vezes não diagnosticada) e sofrimento fetal agudo durante o parto (ROTTA, 2002). Este conceito é de extrema importância para quem lida com follow-up de criança neurológica já que, quando o feto é submetido à asfixia crônica devido a insuficiência placentária, por exemplo em mulheres diabéticas ou hipertensas e não existe sofrimento intra-parto, o bebê pode nascer com Apgar normal e mesmo assim apresentar importante comprometimento neurológico que posteriormente se manifestará como Paralisia Cerebral. Daí a importância de não se considerar o Apgar como sendo 100% definitivo na exclusão do diagnóstico de Paralisia Cerebral[12]. Segundo BOBATH (1989) é difícil de se diagnosticar e classificar o comprometimento neurológico num bebê com menos de quatro meses de idade, sendo que o diagnóstico diferencial de um atetóide é especialmente mais difícil já que muitos deles apresentam hipotonia e atraso no desenvolvimento motor e às

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vezes os movimentos anormais virão aparecer só depois de 1 ano de idade. Por outro lado, para UMPHRED (1994), as crianças gravemente lesadas podem ser identificadas já ao nascimento. No presente estudo, a criança chegou para avaliação com aproximadamente 60 dias. Apesar das citadas dificuldades, neste caso foi possível diagnosticar Paralisia Cerebral e se classificar a criança como atetóide, pois a assimetria, a instabilidade postural, os espasmos extensores intermitentes e a hipermobilidade de mandíbula foram fatores decisivos. A literatura é praticamente unânime aconselhando o tratamento o mais precoce possível na criança com Paralisia Cerebral. BOBATH (1989) refere que as crianças que iniciarem tratamento precoce apresentarão melhor recuperação devido a plasticidade neuronal. Isto é reforçado por BRANDÃO (1984), que relata que o paciente com presença do RTCA deve ser tratado até no máximo seis meses de idade. Isto vem fortalecer a importância do diagnóstico precoce, já que o fato de se retardar a avaliação até a hora em que as anormalidades neuromotoras sejam conclusivas poderá sem dúvida, atrasar a intervenção com o bebê e conseqüente prejuízo para o mesmo. Agora bem, uma vez realizado o diagnóstico, o passo seguinte é escolher qual será a melhor estratégia terapêutica, aquela que melhor se adapte ao doente, às necessidades e limitações do mesmo. No caso em questão foi decidido utilizar o conceito Bobath já que pode

ser aplicado em crianças pequenas e dispensa ordens verbais que bebê não é capaz de compreender. Isto é validado pelo protocolo do Hospital de Niños La Paz, dependente da Universidade de Madrid-Espanha, onde se aconselha o método Bobath como primeira opção no tratamento de crianças menores com paralisia cerebral [9]. Mediante o resultado notamos que, ainda que BEHRMAN (2002) afirme que não existe nenhuma prova de que a fisioterapia evite o desenvolvimento de Paralisia Cerebral ou corrija o déficit neurológico em lactentes, o tratamento fisioterapêutico deste paciente possibilitou uma melhor evolução da criança claramente evidente. Observou-se que o tratamento fisioterapêutico precoce foi capaz de modificar a evolução da criança, tornandoa mais apta para suas funções. Apesar da criança ter melhorado suas aquisições motoras notou-se a permanência dos reflexos de Moro, que dificulta o controle de cabeça e Galant que causa um atraso no desenvolvimento da estabilidade simétrica do tronco e dos movimentos independentes da cabeça, necessários para sentar, ficar de pé e andar. Isto demonstra que, na maioria dos casos, o paciente com Paralisia Cerebral dependendo da sua gravidade necessita de tratamento fisioterapêutico ao longo de toda a sua vida e a abordagem e método a ser empregado deve ser revisado com freqüência, a fim de se adaptar as necessidades de cada fase.


artigo | paralisia cerebral, asfixia perinatal, fisioterapia ANEXOS Causas neonatais

Anexo 1: Condições que podem levar a asfixia perinatal Fonte: Margotto Assistência ao recém-nascido de risco.

Causas Maternas

Causas Intraparto

Causas Fetais

Primiparidade idosa (mais de 35 anos)

Drogas que causam depressão Malformações. Congênitas respiratória (anestesia, narcóticos, Sulf. de Mg)

Imaturidade pulmonar e outros distúrbios respiratórios

Primiparidade adolescente (menor de 16 anos)

Apresentação pélvica ou outras anormais

Gemelaridade

Tumores intratorácicos

Diabetes

Trabalho de parto prolongado

RCIU

Anemia

Hipertensão

Prolapso de cordão

Prematuridade

Hemorragia

Toxemia

DCP

Pósmaturidade

Distúrbios metabólicos

Doenças crônicas

Hipotensão materna

Hidropsia fetal

Anemia (Hb£10gr/dl)

Descolamento prematuro de placenta

Freqüência e ritmo anormais

Isoimunização

Ruptura de cordão

RN/GIG

Infecção atual ou antenatal

Circular e nó de cordão

Poli-hidrâmnio

Ruptura prematura ou prolongada de membranas

Cabeça derradeira

Líquido amniótico meconial

Placenta prévia

Anomalias da contração

Hemorragia anteparto História prévia de RN com anomalia congênita ou doença neonatal grave História de morte neonatal anterior Alcoolatra ou viciada em drogas

Anexo 2: Boletim de Virginia Apgar Fonte: Margotto Assistência ao recém-nascido de risco.

0

1

2

Freqüência cardiaca

Ausente

<100 por minuto

>100 por minuto

Esforço respiratório

Apnéia

Respiração irregular ou gaspings

Choro forte

Tônus

4 membros em extensão

Flexão de algum membro

4 membros fletidos

Irritabilidade

Sem resposta à aspiração de vias aéreas

Faz caretas.

Tosse, espirra ou chora.

Cor

Cianose ou palidez central.

Cianose periférica.

Rosa.

Anexo 3: Classificação da Paralisia cerebral e freqüência segundo Rotta: Fonte: Jornal de Pediatria v. 78, Supl.1 2002 Espásticas ou piramidais

55%

Coreoatetósicas ou extrapiramidais

11%

Atáxicas

09%

Mistas

26%

Anexo 4: Ficha de Avaliação (elaboração própria) IDENTIFICAÇÃO

ANAMNESE

Nome: Mãe: Pai: Telefone: Endereço: Data da Avaliação: Data de Nascimento: Encaminhamento: Diagnóstico:

História Gestacional: Parto: Período pós-natal: Peso: Estatura: Perímetro Cefálico: Apgar: 1ºmin 5ºmin Convulsões:

Medicamentos: Queixa Principal: História da Moléstia Atual: Exames Complementares: EXAME FÍSICO Habilidades: Inabilidades: Tônus: Encurtamentos/Deformi-

dades: Reflexo e Reações: Padrões de posturas e de Movimentos: - Supino - Prono - Tracionado Para Sentar - Sentado - Gatas - Ajoelhado - De Pé

- Marcha Tratamentos Anteriores: Diagnóstico Fisioterapêutico: Problemas Principais: Objetivos do tratamento: Plano de Tratamento: Orientações aos pais:

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tininha | humor - passa-tempo - novidades - tv - música - cinema - automóvel - compras - m Uhuu, fim de ano, férias, festas, viagens, vai pra onde? Boa viagem! Bom, eu vou pra Morro de São Paulo na Bahia. Estou abrindo uma pousada lá e espero quem quiser me visitar com preços para fisioterapeuta nenhum botar defeito. Mas podem ficar tranquilos que não vou abandonar nossa coluna não, de lá mesmo eu irei mandar as piadinhas, histórias, dicas etc... Vou até aproveitar que estou em novas terras e ver se arrumo novidades. Por enquanto é isso e quem quiser saber mais sobre minha pousada é só me escrever “tininha@novafisio.com.br” Beijos, Fui...

tininha

FISIOTERAPEUTA SINCERO O sujeito trabalhava há anos em uma fábrica de conservas dando consultoria em ergonomia. Um dia ele confessou à mulher que estava possuído por uma terrível compulsão: uma vontade incontrolável de colocar o pinto na cortadora de pepinos. Espantada, a esposa sugeriu que ele procurasse um psicólogo, mas o marido relutou, prometendo que iria pensar no assunto. O marido foi enrolando com a visita ao psicólogo e continuou chateando a esposa com aquele assunto, até que um dia ela falou: - Para de me azucrinar e coloca logo esse negócio na cortadora de pepinos; afinal, o problema é seu! No dia seguinte o marido chega em casa cabisbaixo, abatido: - O que aconteceu? - perguntou a mulher preparada para o pior. - Lembra a minha compulsão de enfiar o pinto na cortadora de pepinos? - Oh, não! Você não fez isso!!! - Sim, eu fiz... - Meu Deus, e o que aconteceu? - Fui despedido... - Mas, e... a cortadora de pepinos? Te machucou muito? - Não... ela também foi despedida!

Na África todas as manhãs, a mais lenta das gazelas acorda sabendo que deve conseguir correr mais depressa do que o mais rápido dos leões se quiser se manter viva. E todas as manhãs o mais lento dos leões acorda sabendo que deve correr mais depressa do que a mais rápida das gazelas, se ele não quiser morrer de fome. Moral da História: Não faz diferença se você é a gazela ou o leão, quando o sol nascer “comece a correr”!

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O que escrever em seu túmulo Se você é..... ESPÍRITA Volto já.

GARANHÃO Rígido, como sempre.

INTERNAUTA www.aquijaz.com.br

GAY Virei purpurina.

AGRÔNOMO Favor regar o solo com Neguvon. Evita Vermes.

HERÓI Corri para o lado errado.

ALCOÓLATRA Enfim, sóbrio. ARQUEÓLOGO Enfim, fóssil. ASSISTENTE SOCIAL Alguém aí, me ajude! BROTHER Fui. CARTUNISTA Partiu sem deixar traços. DELEGADO Tá olhando o quê? Circulando, circulando... ECOLOGISTA Entrei em extinção. ENÓLOGO Cadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma Formol e after tasting que denota presença de Micoorganismos diversos. FUNCIONÁRIO PÚBLICO É no túmulo ao lado.

HIPOCONDRÍACO Eu não disse que estava doente?!?! HUMORISTA Isto não tem a menor graça. JANGADEIRO DIABÉTICO Foi doce morrer no mar. FISIOTERAPEUTA O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta da clínica? Já não basta a concorrencia!? PESSIMISTA Aposto que está fazendo o maior frio no inferno. PSICANALISTA A eternidade não passa de um complexo de superioridade mal resolvido. SANITARISTA Sujou!!! SEX SYMBOL Agora, só a terra vai comer. VICIADO Enfim, pó!

tininha@novafisio.com.br Participe, escreva


moda - economia - turismo - esporte - culinária - curiosidade - arte - mais... A ARTE DA COMUNICAÇÃO MARCAS DE BATOM NO BANHEIRO... Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: Uma turma de meninas de 12 anos que usavam batom todos os dias removiam o excesso beijando o espelho do banheiro. O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom... Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora. No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram. O diretor juntou novamente o bando de meninas e o Zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no VASO SANITÁRIO e passou no espelho. Nunca mais apareceram marcas no espelho! Há professores e há educadores...

SOBE... Fisioterepeutas brasileiros na China. O Centro de Estudos e Qualidade de Vida e o Instituto Brasileiro de Acupuntura e Moxabustão de Porto Alegre levaram em outubro mais um grupo de alunos para aprimoramento na China. São alunos que concluiram o curso de formação de acupunturistas a agora tem a oportunidade de conhecerem rotinas de atendimento, terem aulas e conhecerem também um pouco da cultura chinesa.

ONDE JOGAR O ÓLEO DE FRITURAS FEITAS EM CASA. Mesmo que não façamos muitas frituras, quando o fazemos, jogamos o óleo na pia ou por outro ralo, certo? Este é um dos maiores erros que podemos cometer. Por que fazemos isto? Perguntam vocês. Porque infelizmente ninguém nos diz como fazer, ou não nos informamos. Sendo assim, o melhor que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo, as garrafas pet de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo normal (ou seja, o orgânico). SE A QUANTIDADE FOR PEQUENA, VC PODE CONGELAR EM QUALQUER POTE. NA HORA DE COLOCAR O LIXO NA RUA, VC DESENFORMA E COLOCA NO LIXO ORGÂNICO, PODENDO ENROLAR ESTA PEDRA DE GORDURA EM FORMA DE GELO EM UM JORNAL. UM LITRO DE ÓLEO CONTAMINA CERCA DE 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA (o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos) De nada adianta criticar os responsáveis pela poluição da Baía da Guanabara(RJ), Rio Paraíba(PB), etc... se não fizermos a nossa parte. VAMOS COLABORAR!

Ela fisioterapeuta, ele médico. Mais de meio século de harmonia total naquele casamento. Daí ela morre e não demora muito ele também vai para o céu. Lá ele encontra a esposa e corre para ela. - Queriiiidaaaaaa! Que bom te encontrar! - Não vem não, assombração! O trato foi: até que a morte nos separe... Vaza!!!!!

contando suas histórias e sugestões.

SOBE... No último dia 18 de setembro o município de Contagem recebeu o primeiro Núcleo Comunitário de Reabilitação – Igor Fannuel – assim nomeado, o qual prestará serviços de Fisioterapia. SOBE... O Projeto Café com Especialista, da AMF - Associação Mineira de Fisioterapia, presidida pelo Dr. Rodrigo Crenack é um sucesso e um exemplo a ser seguido por todas as entidades. ...DESCE O site do Crefito 4 ainda está fora do ar.

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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE DEZEMBRO 05 e 06 Pilates On The Ball™ - RM Cursos Salvador BA (16) 3623-1944 06 a 09 Pilates Clínico - Megan Steers - Austrália Porto Alegre RS 0800 4007008 / (43) 3325-7656 07 a 15 Curso Básico do Adulto com Disfunção Neuromotora - Conceito BOBATH Rio de Janeiro RJ (21) 2522-6291 / 2523-6187 08 a 10 Curso Internacional Iso Stretching - Turma E Rio de Janeiro RJ 0800 7242800 08 a 10 Manipulação Miofascial - Mód. II São Paulo SP (11) 3816-5816 08 a 11 Curso Pilates para Fisioterapeutas e Educadores Físicos Paulínia SP (35) 3621-8128 09 e 10 Osteopatia e Lib. Miofascial nas Disfunções Lombares, Cervicais e Torácicas Campinas SP (19) 3213-9835 09 e 10 Método MVS - Manipulações Vertebrais Segmentares - Mód. IV Campinas SP (19) 3269-2201 09 e 10 5º Curso de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. 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II Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 16 e 17 Manipulação Miofascial - Mód. III São Paulo SP (11) 3816-5816 17 Pilates On The OverBall™ - RM Cursos São Paulo SP (16) 3623-1944 JANEIRO/2007 Em Jan Formação do Método Pilates Completo Rio de Janeiro RJ (21) 2521-4002 Em Jan Anatomia Palpatória - Aplicada a Técnicas de Manipulação e Massoterapia Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 06 a 11 Pré Treinamento em Gyroknesis Salvador BA (71) 3248-1922 / 9979-4686 07 a 13 Curso de Extensão em Fisioterapia Dermato-Funcional Curitiba PR (41) 3019-5631 / 9104-8399 8 Shiatsuterapia - Terapia de Reequilíbrio Energético e Massagem Relaxante Rio de Janeiro RJ (21) 2558-3509 08 13º Curso Neuroevolutivo Bobath - Mód. II Porto Alegre RS (51) 3346-4336 / 3222-4198 09 Treinamento Método Rolf de Integração Estrutural São Paulo SP (11) 3816-5816 11 a 14 Formação Método Pilates - 3ª Etapa Rio de Janeiro RJ (21) 2425-6464 / 7827-0895 12 a 17 1º Curso Nacional de Fisioterapia Respiratória Avançado para São Paulo São Paulo SP (11) 5018-4730 15 a 21 Reeducação Postural Global - Mód. II Salvador BA (71) 247-9161 / 9973-6472 20 7º Ciclo de Fisioterapia Dermato-Funcional Belo Horizonte MG (31) 3241-2978 26 a 28 Curso Internacional Iso Stretching - Turma F Salvador BA 0800 7242800 26 a 28 Curso Internacional do Método Halliwick São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 28 a 30 Hidroterapia nas Algias São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 28 a 31 Curso Pilates para Fisioterapeutas e Educadores Físicos Belo Horizonte MG (35) 3621-8128 29 Treinamento em Gyroknesis Salvador BA (71) 3248-1922 / 9979-4686 31 Hidro - A Técnica de Watsu para Fisioterapeutas São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 FEVEREIRO 01 a 04 Conceito Maitland - Coluna Lombar e Membros Inferiores São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 08 a 10 1º Encontro Internacional de Fisioterapia Dermato-Funcional Belo Horizonte MG (31) 3291-9899 08 a 11 Pilates Clínico com Chloe Lorback (Austrália) Londrina PR 0800 4007008 / (43) 3325-7656 10 e 11 Curso de Crochetagem - Mód. I Juiz de Fora MG (21) 2530-8294 / 9984-2190 12 a 20 20º Curso Nacional de Fisioterapia Respiratória Rio de Janeiro RJ (21) 9873-8341 15 a 25 Curso Internacional Drenagem Linfática - Dr. Leduc - Bélgica Bruxelas / Bélgica (11) 3079-0925 / 8141-6719 27 e 28 Massoterapia - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 MARÇO Em mar Conceito Maitland - Sérgio Marinzeck - Mód. III Rio de Janeiro RJ (21) 3087-4653 / 2259-3347 02 a 04 Curso Internacional Iso Stretching - Turma G Guarujá SP 0800 7242800 03 e 04 Massoterapia - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 03 e 04 Curso de Crochetagem - Mód. II Juiz de Fora MG (21) 2530-2850 / 9984-2190 08 e 09 Mobilização Neural - Toby Hall (Austrália) Rio de Janeiro RJ 0800 4007008 / (43) 3325-7656 12 e 13 Mobilização Neural - Toby Hall (Austrália) São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 16 a 18 Curso Internacional Iso Stretching - Turma H Campo Grande MS 0800 7242800 16 a 24 RPG - Sistema Australiano São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 19 a 31 RPG Souchard - 1ª fase Brasília DF (27) 3349-0799 / (61) 3338-8695 23 a 30 Pilates Sob a Ótica das Cadeias Musculares Rio de Janeiro RJ (21) 2268-6997 / 2288-8131 25 RPG - Sistema Australiano Porto Alegre RS 0800 4007008 / (43) 3325-7656 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR 34 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T


agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE FEVEREIRO 28 Drenagem Linfática Manual Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 28 a 30 Terapia Manual nas Disfunções Mecânicas da Cintura Pélvica e Coluna L Recife PE (81) 3423-7803 30 Curso Internacional Iso Stretching - Turma I Belo Horizonte MG 0800 7242800 31 Anatomia Palpatória Curitiba PR (21) 2530-8294 / 9984-2190 ABRIL 06 e 07 Mobilização Neural Manaus AM (21) 2530-8294 / 9984-2190 07 e 08 Fricção Transversa Profunda - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 10 a 12 1º Congresso Internacional de Fisioterapia Fortaleza CE (85) 3094-0464 13 a 15 Curso Internacional Iso Stretching - Turma J São Paulo SP 0800 7242800 14 e 15 Curso de Crochetagem - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 18 a 20 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Recife PE 0800 7742070 21 e 22 Curso de Crochetagem - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 21 e 22 Fricção Transversa Profunda - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 22 a 24 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Porto Alegre RS 0800 7742070 28 Congresso Brasileiro de Hidroterapia e Terapias Aquáticas São Paulo SP (11) 3691-0859 30 Mobilização Neural Timóteo MG (21) 2530-8294 / 9984-2190 30 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma A - 1º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 MAIO 10 a 12 Curso Internacional (Chile) - Rocabado M1 - ATM Fortaleza CE 0800 7742070 14 a 16 Curso Internacional (Chile) - Rocabado M1 - ATM Brasília DF 0800 7742070 JUNHO 02 a 06 World Physical Therapy 2007 Vancouver / Canadá www.wcpt.org/congress/ 07 a 10 Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho - Mód. I São Paulo SP 0800 7742070 / (11) 5083-0590 07 a 10 Curso Inter. (França) - “Ergonomia - Aplicada aos Postos de Trabalho” São Paulo SP 0800 7742070 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR

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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE JUNHO 16 e 17 Curso de Crochetagem - Mód. I Vitória ES (21) 2530-8294 / 9984-2190 30 Curso de Crochetagem - Mód. II Vitória ES (21) 2530-8294 / 9984-2190 JULHO 9 Conferência Internacional (França) - Bricot - “Introdução à Posturologia” Curitiba PR 0800 7742070 10 Conferência Internacional (França) - Bricot - “Introdução à Posturologia” Goiânia GO 0800 7742070 12 Conferência Internacional (França) - Bricot - “Introdução à Posturologia” Brasília DF 0800 7742070 19 a 22 Fricção Transversa Profunda Curitiba PR (21) 2530-8294 / 9984-2190 AGOSTO 10 a 12 Curso Inter. (França) - Fournier - “Reeducação das Funções Orofaciais” São Paulo SP 0800 7742070 13 a 24 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma B - 1º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 20 a 31 RPG Souchard - 2ª fase Brasília DF (27) 3349-0799 / (61) 3338-8695 SETEMBRO 03 a 14 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma A - 2º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 OUTUBRO 12 e 13 Curso Internacional (USA) - Okeson - ATM e Dor Orofacial São Paulo SP 0800 7742070 20 e 21 Mobilização Neural Belo Horizonte MG (21) 2530-8294 / 9984-2190 NOVEMBRO 05 a 09 RPG Souchard - 3ª fase Brasília DF (27) 3349-0799 / (61) 3338-8695 15 a 18 Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho - Mód. II São Paulo SP 0800 7742070 / (11) 5083-0590 DEZEMBRO 17 a 21 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma A - 3º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR 21 eDIVULGUE 22 Curso SEU de Crochetagem - Mód. II Rio deNO Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 21 e 22 Fricção Transversa Profunda - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-2850 / 9984-2190 22 a 24 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Porto Alegre RS 0800 7742070 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR

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FisioPerfil | sempre uma breve entrevista de quem tem uma longa história

Prof. Henrique Baumgarth Qual ano e faculdade que se formou? UGF - 1979; IBMR - 1982; UNESA - 1987; FELUMA - 1999; UNESA - 2001 Cidade, estado? Rio de Janeiro - RJ Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Fazer parte da formação integral de novos fisioterapeutas e para alguns, servir de modelo. O que você mais gosta na profissão? Trabalhar devagar, obter resultados rápidos e dar alta. Depois receber como gratificação maior a indicação desse paciente para outras pessoas. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A capacidade de ouvir, a capacidade de avaliar. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? A capacidade que eles tem de inventar, de torcer e de fuxicar. Qual sua maior virtude? Não ser ambicioso e criar oportunidade para os outros. Qual seu pior defeito? Ter sido covarde ao ponto de não arrancar a língua de algumas pessoas. Se pudesse mudar algo, o que seria? Teria arrancado a língua de algumas pessoas. Qual foi a maior mentira que já contou? Ter perdoado uma pessoa. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Um dia, uma aluna trouxe uma série de exames complementares para que eu desse uma opinião e eu, com toda simplicimdade do mundo, emiti uma opinião. Quando soube, era à respeito do meu patrão. Graças à Deus que ajudou e o diabo que não atrapalhou, eu tinha razão! Qual foi o fato mais cômico? Uma supervisora de estágio implicou com o tênis colorido de um aluno meu. Desesperado porque ele não podia receber mais falta, me pediu socorro. Eu pintei o tênis dele com pasta de dentes Phillips que é 100% branca e o tênis tornou-se branco, de forma indiscutível! Qual seu maior arrependimento? Não ter arrancado a língua de alguns fisioterapeutas.

Quem é | Prof. Henrique Baungarth Presidente da Associação Brasileira de Crochetagem e Membro da Comisão de Ética do CREF. Staff do Hospital Central do IASERJ, prof. Titular da Universidade Estácio de Sá, Prof. Titular da graduação e pós graduação da Universidade Severino Sombra; prof. da Pós graduação da FELUMA em Belo Horizonte - MG. Qual seu maior sonho? Poder ajudar cada vez mais e ser incomodado cada vez menos. Qual seu maior pesadelo? Não ter tempo de fazer as coisas que tenho vontade de fazer. Que talanto mais gostaria de ter? Ter uma boa caligrafia. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Pastor de cabras porque uma vez eu fiz um teste vocacional e deu pastor de cabras. E qual profissão jamais queria ter? Trabalhar em mercado financeiro.

Qual dica daria aos colegas? Estudar o máximo que puder avaliação porque tratar é fácil!

Diga um desafio? Participar como fisioterapeuta da equipe brasileria que compete no Rally Paris Dakar.

Qual objeto de desejo? Ser proprietário de um avião tipo Teco Teco.

Um livro? Medicina Manual de Phillip Greeman.

Qual sua aquisição mais recente? Um carrinho de feira de 6 rodas marca Roller; aspirador de pó de 2HP marca Graftman.

Quer fazer alguma divulgação? Visite o site da Associação Brasileira de Crochetagem (www.crocetagem.com)

Indique um profissional com uma longa história para ser nosso próximo entrevistado 38 • ed.53 | nov/dez 2006 • F&T


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