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ISSN 1678-0817
| editorial Confirmando o que já enfatizamos nos editoriais anteriores, ou seja, seguir novos rumos e elaborar cada vez mais um produto de acordo com a expectativa de nossos assinantes, a partir da próxima edição, a Revista Fisio&terapia apresenta aos leitores mais uma novidade. Um caderno especial de fisioterapia estética que estará sob o comando da Dra. Wilma Natividade e o Dr. Antônio Carlos Trubiani. Nós da Revista Fisio&terapia não iremos parar por aí. Aguardem novas surpresas, pois acreditamos na nossa filosofia de trabalho, ter como meta a criação e a superação de novos desafios. Sempre com o foco em você, nosso leitor! Dr. Oston Mendes Fisioterapeuta e editor.
| Equipe
EQUIPE - VEJA QUEM FAZ A REVISTA QUE VOCÊ LÊ EDITOR - OSTON DE LACERDA MENDES ASSISTENTE - LUCIENE LOPES REDATOR - EDUARDO TAVARES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN - MARCIO AMARAL FOTÓGRAFO - RICARDO “RICK” RIBAS CONSULTOR - ANTÔNIO CARLOS TRUBIANI
| protocolo 05 Cartas 06 Clipping de notícias 07 Frases e Coluna Social 10 Entrevista com a atriz 08 Coluna do Prof. Luis Guilherme Rosamaria Murtinho 12 Fisioterapia Financeira! 28 A incidência de inconFaço parte desse Mundo? tinência urinária em um 14 Comissão Interministerial de Gestão grupo de mulheres 16 Avaliação da qualidade de vida em 31 Fisioterapia Oncológica indivíduos com hérnia de disco lombar 32 Tininha 20 O uso da crochetagem no tratamento das aderências cicatriciais pós-operatórias 34 Agenda de eventos 38 FisioPerfil com 24 Método de Avaliação Constitucional: Helder Montegro Um Novo Modelo
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Turbilhão | cartas - escreva também e leia outras cartas no site. Reconhecidos danos morais e estéticos a paciente que sofreu queimaduras em fisioterapia
Dores nas costas e nos ombros, diagnosticadas como tendinite, culminaram em queimaduras de 2° e 3° Graus. A necessidade de reparação foi reconhecida pela 5ª Câmara Cível do TJRS, que concedeu indenização a cliente de plano de saúde pelos danos estéticos sofridos e duplicou o valor por danos morais que havia sido fixado em 1° Grau. O autor da ação narrou ser filiado ao plano de Saúde e, após receber o diagnóstico de seu pro-blema, foi encaminhado à clínica de Fisioterapia. Ao iniciar o tratamento, começou a sentir ardência contínua nas costas e, após não suportar mais, chamou a atendente. Um médico constatou a queimadura e prescreveu um medicamento, liberando o paciente em seguida. Ao chegar no trabalho, uma grande bolha d´água formou-se na região afetada e estourou após algumas horas, provocando dor intensa e impedindo que trabalhasse por alguns dias. Laudo judicial constatou cicatrizes na região dorsal direita e esquerda, uma delas com quelóide. Relator do recurso no TJRS, o Desembargador Umberto Guaspari Sudbrack assinalou que “as fotografias demonstram com clareza as cicatrizes deixadas pela utilização errônea do aparelho de fisioterapia”. Considerou que por parte do plano não houve o atendimento devido para auxiliar no tratamento das queimaduras: “O demandante suportou sofrimento acima da média, em seu local de trabalho, quando a bolha, decorrente da queimadura da pele, estourou”. Por sua vez, a co-ré clínica de Fisioterapia cogitou que o autor teria se queimado propositalmente para obter favorecimento pecuniário. Indenização O magistrado entendeu que, no caso, ocorreram tanto danos morais (dor, aflição e angústia) quanto estéticos (alteração morfológica de formação corporal que agride a visão, causando desagrado e repulsa), condenando solidariamente o plano de saúde e a clínica de fisioterapia. O dano moral foi arbi-
trado em R$ 14 mil, a ser corrigido monetariamente pelo IGP-M desde a data da sessão de julgamento, acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês a contar da citação. Com relação ao dano estético sofrido – a perícia apontou que as cicatrizes são permanentes –, a quantia fixada é de R$ 5 mil. “A qual serve tanto para compensação da seqüela permanente deixada no autor, quanto para eventual possibilidade de reparação da mesma.” O voto foi acompanhado pelo Desembargador Leo Lima e pelo Juiz-Convocado ao TJ Ney Wiedemann Neto. O julgamento ocorreu na quartafeira (1°/8). Proc. 70017404781 Fonte: TJRS Acessibilidade para todos Melhorar a acessibilidade e promover a inclusão social de deficientes tem sido uma preocupação constante de diversos setores da sociedade. Não somente a acessibilidade, mas também sua a qualidade e segurança. Segundo o Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 24,5 milhões de deficientes, entre físicos, visuais, auditivos e mentais, o que corresponde a 14,6% da população. O número de idosos (a partir de 60 anos de idade) chega a 14,5 milhões e a expectativa de vida vem aumentando ano a ano. As deficiências variam muito, podendo ser parciais ou completas, dependendo da gravidade da doença que as originou ou das lesões deixadas por um acidente. Em geral, a doença causadora de uma deficiência não dura para a vida toda. Logo, deficiência não é doença, é conseqüência, ainda que tenha sido causada por uma enfermidade. As limitações podem ocorrer em maior ou menor grau, mas não incapacitam a pessoa para uma atuação ativa e produtiva. Mesmo as portadoras de deficiências mais graves têm direito de ir e vir e podem levar uma vida independente. Para isso, é necessário proporcionar segurança no acesso dessas pessoas a locais públicos ou coletivos.
E como fazer isso?
sejam independentes e possam ir e vir com segurança.
A rampa de acesso é uma das soluções de acessibilidade para pessoas portadoras de mobilidade reduzida, entretanto a maioria está longe de cumprir a norma nacional de acessibilidade para edificações NBR9050, estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a qual prevê que as estruturas devem obedecer a critérios específicos, como inclinação máxima, largura mínima, duplo corrimão, entre outros. Analisando várias cidades do país, verifiquei que mais de 90% das rampas não atendem completamente às normas. Se a inclinação está correta, a largura mínima não está, e assim por diante, e a principal razão para isso está no desconhecimento das normas da ABNT, que determinam, entre outras coisas, que todo o percurso deve possuir piso antiderrapante e largura mínima de 1,2 metro.
A plataforma elevatória é a solução ideal para garantir acessibilidade às pessoas com mobilidade reduzida, pois o usuário não precisa fazer nenhum esforço físico e além de ocupar uma pequena área, não modifica a arquitetura do local. Mas é importante verificar se o equipamento atende a norma de plataforma elevatória ISO9386-1, que é a norma vigente no Brasil. Esta norma especifica os requisitos de funcionalidade, ergonomia e segurança como as cancelas de proteção, piso antiderrapante, sensor de fechamento da porta, movimentação somente com as portas fechadas e travadas, abertura das portas somente com a plataforma no nível correspondente, acionamento por pressão constante, citando apenas os principais requisitos.
É inegável que as rampas de acesso são indispensáveis no dia a dia de pessoas com dificuldade de locomoção, principalmente em desníveis pequenos, como calçadas. Porém, numa inclinação maior, quem não tem habilidade com a cadeira da rodas, por exemplo, sente-se inseguro em subir uma rampa que não está adequada, muitas vezes necessitando de ajuda de terceiros. As ferramentas de acessibilidade devem justamente garantir que as pessoas com dificuldade de locomoção em qualquer grau
Todos nós, em algum momento da vida, teremos nossa mobilidade reduzida, de forma temporária ou permanente. Por isso, é importante que os locais públicos e coletivos estejam equipados adequadamente, sejam com rampas apropriadas, ou com Plataformas Elevatórias. Sérgio Yamawaki Engenheiro Mecânico Gerente de Acessibilidade Daiken Automação. sergio@daiken.com.br www.daiken.com.br (41) 3621 8082 www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 5
turbilhão | clipping - leia nosso clipping atualizado diariamente no site www.novafisio.com.br Proibido cobrar por diploma Justiça Federal proíbe instituições privadas de cobrar por diploma Treze universidades e faculdades particulares da Grande São Paulo estão proibidas, pela Justiça Federal, de cobrar dos alunos a taxa pela emissão do diploma. O pedido feito pelo Ministério Público Federal foi aceito. São alvo da ação a Uniban, Unicsul, PUC-SP, São Judas, Unicid, Universidade Ibirapuera, Centro Universitário Sant”Anna, Associação Educativa Campos Salles, FMU, UniFieo, São Marcos, Unisa e Unicastelo. Com a decisão, ficam isentos do pagamento da taxa os alunos que concluirão a graduação e aqueles que ainda não retiraram seus diplomas. Quem não cumprir receberá multa diária de R$ 1.000 por aluno cobrado. No pedido, os procuradores argumentavam que uma norma federal do Conselho Nacional de Educação proíbe as instituições privadas de cobrar porque o serviço não é extraordinário. Na decisão, a juíza Fernanda Souza Hutzler, da 20ª Vara Federal Cível de São Paulo, afirma que“o aluno se matricula no curso para, ao final, receber o diploma registrado e reconhecido pela instituição educacional, pagando por isso ao longo de toda a sua vida acadêmica”. Estudantes de outras instituições particulares de ensino superior que forem cobrados podem enviar uma denúncia ao Ministério Público Federal pela internet. Fonte: Folha de São Paulo 13/09/2007 14:36h
Unifesp não deve cobrar por cursos de especialização O Ministério Público Federal recomendou que a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) suspenda a cobrança em cursos de especialização e MBAs. A alegação é de que, segundo a Constituição, uma universidade pública não pode oferecer cursos pagos. A polêmica atinge outras instituições de ensino superior federais e estaduais, como a Universidade de São Paulo (USP). Sua regulamentação também estava prevista como parte da reforma universitária proposta pelo Ministério da Educação (MEC), mas que até hoje não saiu do papel. Segundo o MP, a Unifesp deve devolver o dinheiro dos alunos que participaram dos cursos. Há mensalidade de até R$ 1.350, como a cobrada pelo curso de especialização em Diagnósticos por Imagem.
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A instituição teve prazo de 15 dias para cumprir a determinação. O pró-reitor de Extensão da Unifesp, Walter Manna Albertoni, afirma que há cerca de 280 cursos de especialização ou pós-graduação lato sensu (que não dão título de mestre ou doutor) na universidade e que 50% deles são cobrados.“São cursos oferecidos à noite ou nos fins de semana, em horários em que o professor não se dedicaria à escola.” Além disso, diz, muitos docentes são de fora da Unifesp. Fonte: Agência Brasil 28/06/2007 11:31h
Unifesp diz que cobrança em pós-graduação é legal A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) alegou que as mensalidades cobradas por cursos de pós-graduação são realizadas legalmente. Segundo o pró-reitor de extensão universitária da Unifesp, professor Walter Albertoni, a cobrança é feita porque esses cursos são dados pelos professores dos cursos de graduação, mestrado e doutorado da universidade fora de seu horário normal de trabalho. Por isso, explicou Albertoni, a universidade precisa pagar horas extras a esses professores. Além disso, há professores que vêm de outras cidades para dar aula nos cursos de extensão da universidade. Com o dinheiro das mensalidades, além do salário dos professores, a universidade investe na infra-estrutura dos cursos. Albertoni disse que a cobrança de mensalidades nos cursos de extensão foi questionada por uma auditoria do Ministério Público Federal de São Paulo, segundo a qual uma universidade pública não poderia cobrar por cursos de extensão. O professor ressaltou, entretanto, que há divergências sobre o assunto entre os próprios procuradores. “Em princípio, alguns falam com base na constituição e dizem que é proibido cobrar por qualquer curso na instituição pública. Por outro lado, há um grande número deles que, ao contrário, dizem que a universidade, se está fazendo cursos para indivíduos já formados, profissionais, e que sejam fora do horário habitual da universidade ou do corpo docente, pode haver a cobrança”, explicou. Para o procurador Sérgio Gardenghi Siama, que assinou a recomendação, a cobrança fere o princípio constitucional da igualdade, pois impede o acesso de profissionais já com diploma universitário, mas pobres, a esse tipo de curso. O MP deu prazo de 15 dias à universidade para informar sobre o cumprimento da medida. Albertoni disse que a Unifesp ainda não recebeu o documento. Agência Brasil
turbilhão | frases, coluna social “Acredite que também és capaz, mas lute para tal com dedicação seriedade e perseverança”. [Dr. Clauton Machado]
“Nós fisioterapeutas precisamos deixar de pesquisar apenas o sarcómero do rato e temos que desenvolver ações que nos levem a importância social e ao reconhecimento profissional que tanto desejamos”. [Acad. Vinícius Mendonça Assunção]
“Existir é um privilégio, ser Fisioterapeuta é uma dádiva!!!” [Dra. Samira Jaciara]
“O desmembramento de conselhos é uma situação natural do crescimento profissional. Os conselhos de fisioterapia e terapia ocupacional deveriam ser estaduais. O anseio da maioria não pode ser sufocado por ações políticas de poucos.” [Dr. Renato Alves Sandoval]
coluna social |
Beauty Fair - São Paulo - SP
“A gente aprende a dar valor ao que tem valor.”
[Joana Medeiros em entrevista para Revista Fisio&terapia]
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Crônica | Coluna Prof. Luis - luisguilherme@novafisio.com.br
Nononon por
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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa
13 de outubro dia do fisioterapeuta, parabéns! E para comemorar,
LEIA A REVISTA INTEIRA DE GRAÇA VERSÃO ON LINE COMPLETA EM PDF, LIGUE O COMPUTADOR E BOA LEITURA.
INCLUSIVE AS EDIÇÕES ANTERIORES, AVISE AOS COLEGAS.
NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 9
Entrevista | Rosamaria Murtinho
“Muitas pessoas que se machucam tomam remédios e no primeiro sinal de melhora, em uma semana, já recomeçam suas atividades. O problema passa a ser crônico se não tratado com paciência.” 10 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
Entrevista
Rosamaria Murtinho por
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Eduardo Tavares fotos | Douglas Shineidr
Ela nasceu em Belém do Pará e veio para o Rio de Janeiro, ainda muito pequena. Queria se tornar advogada, mas com 18 anos estreou em um grupo de teatro amador. Com uma carreira na televisão que dispensa qualquer apresentação, Rosamaria Murtinho, ao contrário de sua personagem Otilia; da novela Sete Pecados, da Rede Globo, que busca enriquecer sem trabalhar, tem uma visão bem ampla e responsável sobre assuntos que englobam a cena cultural da cidade.
V
ocê acha que faltam teatros e sobram salas de cinema? Existe uma Lei Municipal aprovada pela câmara e criada pelo Sérgio Cabral pai, quando vereador. Ela foi sancionada pelo prefeito e não foi regulamentada. Até hoje, não sei por que alguém a travou. Não é possível um shopping ter quatro salas de cinema e não ter um teatro sequer. As pessoas não entendem que ser dono de teatro é mais fácil e lucrativo que ser proprietário de cinema. Como os proprietários de salas de cinema ganhariam menos que os de teatros? O exibidor, ou seja, o dono do cinema arrisca junto com o produtor, pois nem sempre estão em exibição filmes blockbusters. No teatro não. Você fica em cartaz uma semana, se não der bilheteria a peça é substituída por outra. O público também sai ganhando, com o trânsito ruim, as pessoas querem se divertir perto de casa. Poderia ser feito um rodízio de espetáculos teatrais nos shoppings abrindo mais espaço para todos. Agora, qual o vereador ator que se importa com isso. Se quiserem minha ajuda, eu topo. E o que deixou saudades no bairro onde mora? A praia de São Conrado tinha o melhor point do Rio, o Pepino. É uma pena que não seja mais. Um cartão postal? Sem dúvida a Pedra da Gávea. Hobby? Ler. Eu leio tudo, jornal, revista e livros. Fale um pouco sobre seu trabalho no rádio? Sou uma das debatedoras do programa Vox Populi, transmitido pela Rádio Catedral, FM 106,7. Discutimos todos os assuntos da atualidade. Nunca havia exercido esta função antes, mas já estou fazendo, há 15 anos. É tudo na hora não tem como decorar textos. Nele, é a própria Rosamaria que expõe sua opinião. Teatro ou televisão? Ambos. Os dois tem seu charme. Gosto é de representar. O que importa é um bom papel. Quais seus personagens preferidos? A Maria Aparecida, em A Moça que veio de longe, novela de 64; e a Romana, de a Próxima Vítima. Como está o meio televisivo hoje. Caiu a qualidade dos atores? Tudo está mais rápido. Quando comecei, tínhamos mais bagagem e conhecimento. A maioria fazia teatro oficina. Mas hoje, existem muitos atores jovens com talento.
Qual seu mais novo projeto? A peça “A história da Frida Kahlo”, que estará em cartaz a partir do mês de outubro, no Teatro Vila Lobos. Faço o papel da Frida um pouco mais velha. Foi uma grande artista que teve uma vida muito atribulada. Frida sofreu um grave acidente que a deixou na cama. Ela se submeteu a 28 cirurgias daí começou a desenvolver sua arte, a pintura, pois não podia sair da cama. Este ano ela completaria 100 anos. E sobre a sua contusão? Quando e como aconteceu? Eu estava no Projac. Participando do workshop para preparação da novela Sete Pecados. Fui descer um degrau que pensava ser mais baixo, quase caí e me apoiei na pessoa que estava ao meu lado. Mesmo assim, não evitei uma torção do tornozelo esquerdo. O local Inchou logo. E sua recuperação? Após a radiografia constatar a torção, tive que colocar uma bota removível que imobilizava totalmente o local da contusão. Fiquei um mês com ela. Você respeitou rigorosamente o tratamento de recuperação com a fisioterapia? Sou muito regrada. Após a imobilização do local e as sessões de recuperação nunca senti mais nada no local mesmo usando salto alto. Faço um trabalho preventivo com o Leandro Lima. Muitas pessoas que se machucam tomam remédios e no primeiro sinal de melhora, em uma semana, já recomeçam suas atividades. O problema passa a ser crônico se não tratado com paciência. Leandro Lima Estou trabalhando, há dois anos, com Rosamaria. Após a liberação médica, ela vem fazendo um trabalho de profilaxia, atividade preventiva que facilitou a recuperação da entorse grau dois do tornozelo esquerdo. Faço um trabalho aeróbico com caminhadas, esteira e, algumas vezes, natação. A musculação é o foco principal com exercícios funcionais para o tornozelo. O diferencial é a utilização do Bosu, plataforma instável que provoca o desequilíbrio do paciente fortalecendo sua musculatura. Ele provoca um movimento de defesa da articulação. www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 11
Artigo | Fisioterapia economia
Fisioterapia Financeira! Faço parte desse Mundo? por
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Zildo Damasio
P
ilates, RPG, Reeducação Postural, Fisioterapia Desportiva, Fisioterapia estética, Reumatologia, Osteopatia, são tantas especialidades que passa-se uma grande parte do tempo se atualizando, aprendendo, para oferecer aos clientes o que de mais moderno em técnicas e equipamentos. Essa é a realidade para a maioria dos profissionais, e quando se vê, todo o investimento na clínica, nos equipamentos e principalmente no tempo, não estão dando o retorno esperado. Ai vem à pergunta: Por que? Porque faltou aplicar uma especialidade que na maioria das vezes não se vê nos curso de graduação, a Fisioterapia Financeira. Todo negócio tem que dar lucro, certo? Sua clínica é um negócio, mesmo que você ache que não. Então sua clínica tem que ser lucrativa. Você estudou e não foi pouco, investindo tempo e dinheiro, então o que está faltando para o seu negócio deslanchar? Saber se ele é ou não lucrativo! Como? Vamos calcular qual é o seu maior custo dentro do seu negócio. Chega de achismos! A conta é bem simples e pode e deve ser realizada por todos. Imagine sua clínica parada sem atender pacientes. Quais as contas que teriam que continuar a ser pagas? Esses são os custos fixos. Custo fixo é: aluguel, condomínio, salário e benefícios dos funcionários, CRF, Internet e o principal que quase nunca é colocado, o prólabore do(s) dono(s) da clínica. Em todo negócio, o dono também tem salário que é chamado de pró-labore. Esse valor é calculado levando-se em consideração as contas pessoais, ou seja, o valor que o proprietário necessita para suas contas pessoais. “Mas se em meu consultório, após pagar todas as contas, inclusive meu pró-labore, sobrar 2 mil reais, o que faço com esse dinheiro?” Esse dinheiro é o lucro da clínica e deve ser depositado em uma conta separada da pessoal e ser retirado no final do ano como lucro 12 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
ou utilizado para ampliações ou compra de equipamentos para a clínica. Vimos acima o custo fixo com pró-labore, agora acrescentaremos os custos variáveis (outras contas, menos o material de consumo) e dividiremos pelo tempo de trabalho. Custos fixos + Pró-labore + Custos variáveis Tempo Exemplo:
2500 + 5000 + 1500 160 horas (= 8 horas x 20 dias x 1 (ponto de atendimento) =R$ 56,25/hora
Com essa simples conta acabamos de descobrir o maior custo de sua clínica: O Tempo, ou seja, o valor da hora do profissional que no caso acima é de R$56,00 O que isso quer dizer? Que todo atendimento que for realizado em uma hora e se cobrar (nesse exemplo) menos de R$ 56,00 dará prejuízo, pois ainda temos que considerar o valor dos materiais utilizados. Sendo o tempo o maior de seu custo, esse “tempo” deverá ser otimizado e muito bem utilizado. Como otimizar o seu tempo? Sua clínica tem infinitas informações de clientes, fornecedores, prestadores de serviço, funcionários, tudo isso se encontra na maioria das vezes espalhados em vários lugares. Veja se você tem condições de saber agora itens como: valor dos cheques pres que vão entrar nesse mês, conta a pagar do próximo mês, material em estoque, clientes que teriam um retorno para o mês que vem, balanço financeiro todos os dias e não no final do mês um acusando prejuízo. São muitas informações que se não estiverem armazenadas de maneira onde se tenha rápido acesso com precisão, muito tempo é perdido e ocorre muito retrabalho, levando-se em consideração o custo de seu tempo, isso poderá se traduzir em prejuízos Hoje quando entramos em uma padaria de bairro, bem simples, recebemos um cartão onde eletronicamente nosso consumo é registrado e ao chegar no caixa, com um toque
no visor do micro se tem o valor total. O fato .de muitas, digo muitas clínicas não terem um sistema informatizado parece impensável que isso ocorra, mas infelizmente é uma realidade. Hoje é impossível ter um negócio, seja ele o mais simples sem que se tenha um sistema de gerenciamento administrativo. Pense o tempo que você gasta por dia na organização de seu negócio. Com um sistema informatizado você economiza nas tarefas como agendamento, localização da ficha do cliente e tratamentos realizados, sem contar que no micro a letra é legível, relação de contas a pagar e a receber. Calcule uma economia com a informatização de 1 hora diária, no nosso exemplo com o custo de R$56,00 e 22 dias de trabalho, temos o considerável montante de R$ 1.232,00 em um único mês. Agora, por que as clínicas não utilizam os sistemas informatizados? Pelo preço dos softwares? Não, pois em menos de um mês ele se paga. O grande problema é mudar a tão acostumada rotina. O novo assusta, assusta a secretária que adora agenda de papel, assusta o profissional que gosta de anotar e desenhar na fichinha, mesmo que só ele entenda o que esta escrito, mas todo ano, lá pelo dia 31 de dezembro tem um monte de profissional prometendo, no próximo ano mudo minha clínica e vou iniciar pela informatização. Parece promessa de regime, não se concretiza. Tenho uma infeliz e feliz noticia. A infeliz é que é impossível ter um negocio altamente lucrativo, organizado que passe confiança aos clientes, sem a utilização de um sistema informatizado. Bom, a boa notícia é que existem programas que alem de oferecer todas as ferramentas administrativas, como o cálculo do custo fixo, oferecem também ferramentas de captação de novos clientes e fidelização dos atuais. Faça do seu negócio um negócio lucrativo, inicie pelo calculo dos custos e informatize sua clínica e colha rapidamente seus resultados. No nosso próximo encontro falaremos da importância de fidelização de clientes e de como captar novos clientes. Agora, mãos a obra que tem ótimas mudanças pela frente.
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Artigo | Fisioterapia, gestão, saúde.
Comissão Interministerial de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. |
Agência Saúde
C
omissão vai orientar graduação, pósgraduação e residência em saúde no país
Os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e da Educação, Fernando Haddad, instalaram a comissão que será responsável, nas áreas de saúde, por traçar as diretrizes dos cursos de graduação, pós-graduação e residência médica e por dar os fundamentos para o reconhecimento e a renovação de cursos superiores. Foi a primeira reunião da Comissão Interministerial de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. “A idéia é aproximar as necessidades dos gestores de saúde da formação de especialistas no país. Atualmente, estamos passando por uma transição epidemiológica, com mudanças como a diminuição da fertilidade e o envelhecimento da população. Isso traz impactos para os serviços da rede pública e precisamos traçar estratégias para que a população não fique desassistida. No curto prazo, espero propostas da comissão para a residência médica e critérios para a abertura e fechamento de novos cursos”, afirmou Temporão. Em pouco mais de cinco anos, o número de vagas em cursos superiores de saúde praticamente dobrou no Brasil, segundo um estudo realizado pelo Ministério da Educação. As universidades oferecem anualmente 420 mil lugares em seus processos seletivos. Separadamente, ressaltam-se números como o salto de 737% na quantidade de vagas oferecidas na graduação em biomedicina e de 244% em enfermagem, entre 2000 e 2004.
A Constituição Federal de 1988, estabeleceu que é competência do SUS (Sistema Único de Saúde) ordenar a formação de recursos humanos. Nesses últimos 20 anos, no entanto, não se estabeleceu uma relação direta entre o conjunto de diretrizes para a diplomação desses profissionais e a rede pública de saúde. Um passo importante nessa direção foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao assinar, em junho, o decreto que institui a Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde. Com ele, pela primeira vez, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais poderão, juntos, traçar, de forma estratégica, as reais necessidades do setor para hoje e para os próximos anos e décadas. A entidade recém-criada tem responsabilidade de definir as diretrizes de formação em saúde. Isso inclui a orientação sobre as modalidades de residência médica, especialização e pós-graduação, sobre os fundamentos para
o reconhecimento e a renovação de cursos superiores e sobre a expansão da educação profissional. Vale observar que não há sobreposição de atribuições de instâncias já existentes. O Conselho Nacional de Residência Médica, por exemplo, manterá o seu trabalho e segue responsável pelo acompanhamento das residências médicas desde a criação até a avaliação. O que se espera da comissão é um conjunto de orientações adequadas para responder às necessidades do país, sendo uma base para o trabalho dos demais órgãos. São inúmeros os exemplos que ilustram este desafio. Um deles é o que se refere ao envelhecimento da população. Os idosos atualmente representam mais de 18 milhões de brasileiros. E a cada ano, mais de 650 mil pessoas ultrapassam os 60 anos. Trata-se de um recorte de 10% da população brasileira que consome 26% dos recursos de internação hospitalar do SUS.
Dados do Estudo a Trajetórias dos Cursos de Graduação na Saúde 19912004, MEC/MS, 2006. Informações sobre vagas nos processos seletivos
por
EM 2008.
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www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 15
Artigo | Hérnia de disco lombar, qualidade de vida, SF-36
Avaliação da qualidade de vida em indivíduos com hérnia de disco lombar por
|
Tatiana Sannan Reis Faria
A
hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna. Com isso há o risco de pressionar as raízes nervosas no canal vertebral, podendo infeccionar ou inflamar. O objetivo deste estudo foi avaliar e quantificar a qualidade de vida de indivíduos com hérnia de disco lombar utilizando o questionário SF-36, que foi aplicado em 12 indivíduos, todos do sexo feminino e da mesma faixa etária compreendida entre 25 e 35 anos e distribuídos em 2 grupos distintos. Analisaremos os dados quantitativamente e qualitativamente sobre a realização de suas atividades de vida diária como também o grau de seu comprometimento físico e emocional. Observamos então que os indivíduos portadores de hérnia de disco têm uma diminuição quantitativa e qualitativa de vida comparada aos indivíduos saudáveis. A expressão hérnia de disco é usada como termo coletivo para descrever um processo em que ocorre ruptura do anel fibrose, com subseqüente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais, comuns ao aspecto dorsal ou dorso-lateral do disco. Esse processo ocorre mais frequentemente em indivíduos entre 25 e 45 anos, embora possa também ser encontrado em adolescentes e pessoas idosas e mais raramente em crianças. Geralmente a hérnia ocorre por um trauma, infecções, malformações congênitas, doenças inflamatórias e metabólicas, neoplasias, distúrbios circulatórios, fatores tóxicos, fatores mecânicos e psicossomáticos, esses fatores mostram efeitos modestos no aparecimento da herniação. A perda dos mecanismos de contenção sobre o núcleo pulposo, estrutura de consistência gelatinosa revestida pelo annulus fibroso, pode levar a uma compressão das raízes nervosas adjacentes. Na coluna lombar, esta compressão manifesta-se clinicamente como uma dor ciática. Devemos lembrar que nem a hérnia é completa. Ela pode ser de três formas: profusão, extrusão e seqüestro. Sua sintomatologia irá depender do tipo de hérnia e do nível acometido. As compressões mais comuns desse 16 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
tipo são as de L4-L5 (60% dos casos) e L3-L4 (30% dos casos). Em apenas 10% dos casos há comprometimento de L5-S1. O diagnóstico precisa ser bem rigoroso e estar associado a exames físicos e complementares, para que se possa chegar ao diagnostico de hérnia discal. Devemos sempre lembrar que no tratamento da hérnia de disco lombar, 95% serão de tratamento conservador e apenas 4% a 5 % serão cirúrgico. Em vista disso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar e quantificar a qualidade de vida do grupo onde os indivíduos possuem hérnia de disco lombar comparados com indivíduos saudáveis.
“Ela pode ser de três formas: profusão, extrusão e seqüestro”. Material e Métodos A coleta de dados foi realizada no período de Setembro de 2006 a Abril 2007 na qual incluiu 12 indivíduos do sexo feminino, entre a faixa etária compreendida de 25 a 35 anos, divididas em dois grupos. O grupo 1 foi selecionado 6 indivíduos com hérnia de disco lombar selecionado aleatoriamente, o 2 grupo de 6 indivíduos saudáveis que foram devidamente emparelhados com os indivíduos do primeiro grupo. Os indivíduos do grupo 2 foram incluídos como grupo placebo realizando apenas a analise do questionário SF-36 onde nenhum dos indivíduos poderia ter alguma patologia associado à coluna vertebral. Os indivíduos dos dois grupos foram submetidos à aplicação do questionário de qualidade de vida SF-36, sendo que este é composto de 36 perguntas divididas em 11 questões, avaliando dimensões genéricas sobre a saúde, dimensões essas que representam valores humanos básicos relevantes na avaliação da qualidade de vida da população geral. Para esta pesquisa, foram consideradas todas as dimensões que o instrumento avalia, pois o interesse desta foi mensurar a percepção da capacidade funcional, aspecto
físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspecto emocional e saúde mental. As pontuações das dimensões de qualidade de vida, classificadas neste instrumento, vão de 0 (zero), pior estado de saúde, a 100 (cem), melhor estado de saúde. A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum domínio, sendo utilizada somente para se avaliar o quanto o indivíduo está melhor ou pior comparado há um ano atrás. Todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido cientes do sigilo de seus nomes. Resultados e Discussão Os resultados obtidos pelo questionário SF-36 entre os indivíduos do grupo 1 e 2 foram assim considerados: Em relação à capacidade funcional os indivíduos do grupo 1 tiveram uma diferença na média final de 13,3 pontos a menos que os indivíduos do grupo 2. Ao avaliar a limitação por aspecto físico podese notar que tivemos uma grande diferença na média final a favor do grupo 1 tendo apenas um individuo deste grupo com a média bem inferior que os demais do seu grupo, já no grupo 2 o resultado foi variado entre os indivíduos. A dor é um dos itens avaliados que também apresentou uma diferença na média final mostrando que os indivíduos do grupo 1 sentem mais dores. Em relação ao estado geral de saúde observamos que os indivíduos do grupo 1 e do grupo 2 estão apresentando um emparelhamento nos resultados finais. No item vitalidade ocorre uma grande diferença entre os score obtidos do grupo 1 total de 58,3 e grupo 2 total de 81,6. No item do aspecto social a uma diferença entre os score obtidos como visto em media final de 17,5. Em aspecto emocional existe uma grande diferença observada nos gráficos entre os dois grupos. Em relação á saúde mental o grupo 1 teve um resultado bem abaixo do grupo 2. O gráfico e as tabelas aqui apresentados nos dão uma visão à parte das questões colocadas, sendo estas apresentadas sob uma ótica sistêmica para melhor visualização dos resultados.
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Artigo | Hérnia de disco lombar, qualidade de vida, SF-36 Gráfico I: Resultados obtidos pelos indivíduos herniados
Gráfico II: Resultados obtidos pelos indivíduos saudáveis
Gráfico III: Média obtida entre os grupos
Tabela I: Gráfico de algia dos indivíduos herniados
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As alterações motoras que são causadas pela hérnia discal, podem acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna. Com isso há o risco de pressionar as raízes nervosas no canal vertebral ou infeccionar ou inflamar. A sintomatologia irá depender do tipo de hérnia e do nível acometido. Geralmente a dor ciática, causa dor referida, hiperestesia ou parestesia. O paciente pode descrever desconforto como queimação dor, formigamento, amortecimento ou alteração da sensibilidade. A dor pode ser sentida na área das nádegas, na parte posterior da coxa, na altura do joelho ou abaixo, e podem alcançar o tornozelo e dedos, interferindo na qualidade de vida, como foi possível observar nesse estudo. Esta dor limita o paciente a se curvar ou levantar para uma posição completamente vertical sem certo grau de desconforto. A história do paciente sobre o inicio da herniação do disco nem sempre é um relato sobre causa e efeito. Um esforço violento pode ter precedido imediatamente o inicio da lombalgia ou da dor na perna, mas muitas vezes o esforço é fraco ou nem lembrado. Pode haver um relato de crises leves e curtas, porém recorrentes, de lombalgia com ou sem irradiação na perna. As crises anteriores põem ter sido violenta, demandando dias ou semanas de repouso ou hospitalização. O paciente pode lembrar que estas crises o faziam ficar curvado para frente, ou incapaz de ficar em pé corretamente. A dor piorava ao se curvar, tossir ou espirrar. Todos estes sintomas implicam numa prévia irritação da raiz nervosa, provavelmente devido a uma hérnia de disco. Além disto, quem possui a hérnia de disco, sente dores e parestesia. Fig. I: O Rompimento e a Herniação do Disco
Fonte: http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/785/ Em relação à avaliação desse questionário, foi possível observar nesse estudo que a capacidade funcional, dor, vitalidade, aspecto social e emocional e saúde mental são os itens que os indivíduos herniados apresentam uma diferença significativa entre os indivíduos saudáveis, não interferindo no aspecto físico e estado geral de saúde do mesmo. Podendo sim analisar de forma quantitativa e qualitativa o quanto estão comprometidos e o quanto interfere na qualidade de vida quando comparados aos indivíduos saudáveis. Conclusão Analisando os resultados obtidos no questionário percebemos que exatamente o profissional desta área tem a capacidade de comprovar se os indivíduos conseguem realizar atividades que normalmente faz no seu dia a dia e como se sentem quando estão realizando essas atividades. Com a aplicação do questionário SF-36, pode-se definir a progressão ou regressão do paciente patológico em vários aspectos, sendo estes físicos ou emocionais, tornando-se importante para avaliação de determinada intervenção. Ao relatar o acometimento da qualidade de vida do indivíduo com hérnia discal e ao compararmos com os indivíduos normais, podemos demonstrar a importância para o mesmo em nível social ou de saúde, dentro de uma comunidade. Destacamos dessa forma a necessidade de possuirmos parâmetros de avaliação de maneira quantitativa e qualitativa no tratamento, pois a qualidade de vida dos indivíduos com hérnia de disco ao serem tratados pelo método conservador torna-se significamente melhor, ajudando a retornarem para suas atividades tardando o processo cirúrgico.
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Artigo | Diafibrólise Percutânea; Aderência Cicatricial; Terapia Manual.
O uso da crochetagem no tratamento das aderências cicatriciais pós-operatórias por
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Rafael Santos Neves
ste estudo, em caráter experimental, demonstrou e mensurou o uso da diafibrólise percutânea, a crochetagem, no tratamento das aderências cicatriciais em seis indivíduos, todos de etnia branca, que foram submetidos a diferentes processos cirúrgicos. A aplicação do método foi realizada em seis ocasiões para cada um dos indivíduos, sendo avaliados antes e após a aplicação do método, onde estes indivíduos fizeram referências de suas percepções baseados na escala de RPE de Borg. A crochetagem confirmou ser um método eficaz no tratamento das aderências cicatriciais. O resultado relatado e mensurado pelos pacientes demonstrou uma importante melhora em suas percepções, já que 50% deles não mais relatavam desconforto sobre suas cicatrizes e 33,3% apenas um pequeno incômodo.
1. Introdução A diafibrólise percutânea, ou crochetagem, é um método de tratamento muito recente, principalmente no Brasil onde é pouco difundida. O desconhecimento desta por muitos, mesmo entre os fisioterapeutas, se deve a pouca bibliografia relativa ao assunto, ou mesmo outros tipos de referências científicas, na língua portuguesa. As poucas referências bibliográficas são escritas em francês e/ou alemão (PEIXOTO, 2003). O trabalho com uso da crochetagem no tratamento das aderências relativas as cicatrizes pós-operatórias teve como objetivo mensurar e questionar a eficácia do método em relação a tais necessidades. Houve também um objetivo de criar referência, na língua portuguesa, para que outros estudos sejam iniciados e relatados no intuito de se apresentar uma nova proposta onde se tenha uma melhora do quadro, mais rápida e satisfatória para o paciente, uma vez que essas aderências possam vir até mesmo a causar limitações de arco de movimento ou simplesmente um mal estar do indivíduo devido sua percepção cutânea sobre a cicatriz (PEIXOTO, 2003). 2. Revisão de Literatura 2.1 A Crochetagem Também conhecida como Diafibrólise Percutânea, a crochetagem é um método, que através de ganchos, visa a destruição das aderências e dos corpúsculos irritativos inter-aponeuróticos e mio-aponeuróticos em alterações do sistema músculo-esquelético (SARAIVA et al., 2003). Kurt Eckman, fisioterapeuta sueco, 20 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
criou uma série de ganchos e elaborou uma técnica de trabalho por sua “frustração” devido aos limites impostos pela palpação das técnicas convencionais. No início utilizavase de abordagens diretas e dolorosas, sendo substituídas por dois de seus colegas, P. Duby e J. Burnotte, que, inspirados nos conceitos da osteopatia e de cadeias musculares, desenvolveram uma abordagem mais suave. Enquanto desenvolvia a técnica, Eckman fez uso de alguns materiais como madeira e osso, até que criou uma série de ganchos de aço. Cada gancho tinha uma curvatura diferente para se ter um no tamanho ideal para tratar diferentes estruturas de diferentes tamanhos (BAUMGARTH, 2003). No Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, a crochetagem é difundida pelo professor Henrique Baumgarth, que criou um gancho próprio onde uni todos os ganchos em um único equipamento com dois lados ganchosos e uma empunhadura que facilitaram o transporte e o manuseio do mesmo (PEIXOTO, 2003). Conforme Baumgarth (2003), a crochetagem é indicada em aderências consecutivas a traumatismo com derrame tecidual, aderências consecutivas a fibrose cicatricial iatrogenica cirúrgica, em algias inflamatórias, ou não, do aparelho músculo-esquelético, em nevralgias por irritação mecânica dos nervos periféricos e síndromes tróficas dos membros. Um fisioterapeuta agressivo ou que não possua familiaridade com método já se faz uma contra indicação. Maus estados cutâneos, como úlceras ou dermatoses, determinados estados circulatórios como fragilidade capilar, pacientes como uso de anticoagulantes, contra-indicação psicológica por estresse ou emoções, idade (crianças ou idosos) e solicitação do paciente por “medo” da técnica e/ou do equipamento, são as principais contra-indicações. O método de tratamento consiste em promover liberação tecidual das aderências das cicatrizes através de fibrólise utilizando o gancho (BAUMGARTH, 2003). 2.2 Morfologia da Pele A pele é tida por Gardner et al.(1967) como o maior órgão do corpo humano, se apresentando num adulto com uma área de aproximadamente dois metros quadrados e recebe 1/3 do volume de sangue circulante. Mantém a homeostase ao mesmo tempo que serve de proteção para todo o or-
ganismo contra o meio externo. O tecido conjuntivo, que compõe a derme, se une ao tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado da epiderme e sofrem modificações biomecânicas em processos cicatriciais (PEIXOTO, 2003). As estruturas do sistema locomotor são unidas mecanicamente através da fáscia, assim se compreende que por menor que seja a alteração no esqueleto ou na articulação, terá uma repercussão na circulação dos fluídos (BIENFAIT, 2000). O tecido conjuntivo pode se reorganizar perante a uma determinada necessidade, por atividade individual ou por uma lesão, dentro de suas características e limitações, respondendo assim às exigências a que é submetido e alterando seus elementos extracelulares (PEIXOTO, 2003). 2.3 Cicatrização A cicatrização, que varia de acordo com o local de lesão e sua extensão, se apresenta de três maneiras distintas, por 1º intenção, 2º intenção e por uma cicatriz anormal (ROBBINS & COTAN, 2000). A cicatriz de primeira intenção é a cicatriz cirúrgica onde a lesão celular é mínima, obtendo ausência de infecção. Robbins & Cotrtan (2000) cita que com aproximadamente dez dias a cicatriz sobre a ferida já apresenta uma resistência significativa e com trinta dias sua resistência à tensão se aproxime dos 50% do normal. Após três meses, cita que esta resistência chegue a 180%, o que demonstraria a chamada aderência. Em relação à cicatriz de primeira intenção, a de segunda intenção tem uma lesão mais extensa e uma perda maior de tecido. Também há uma remoção importante de tecido necrosado e de exsudação. Sua cicatriz será maior e de evolução lenta (ROBBINS & COTRAN, 2000). No caso da cicatrização anormal, a cicatriz se apresenta grande e tumeiforme. Essa anormalidade pode se dar por formação deficiente da cicatriz, hérnias incisionais, formação excessiva de cicatriz (quelóide coberta por epitélio) e contração excessiva to tecido cicatricial, que são encontradas em queimaduras de terceiro grau (PEIXOTO, 2003). A cicatrização pode ter manifestações maléficas onde a continuidade anatômica se perde como uma interferência mecânica direta ou indireta (ROBBINS & COTRAN, 2000).
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Artigo | Diafibrólise Percutânea; Aderência Cicatricial; Terapia Manual. 2.3.1 Tipos de Cicatriz Quando a pele adquire uma textura e consistência semelhante à anterior ao trauma, sua denominação será dada como Normotrófica. Será atrófica quando não atingir sua maturação normal por perda de tecido ou por uma sutura cutânea inadequada, e hipertrófica quando existir uma organização inadequada do colágeno, dando um aspecto irregular. Brida Cicatricial são cicatrizes indesejadas em áreas articulares que podem promover limitações funcionais (PEIXOTO, 2003). Quando a produção de colágeno no processo cicatricial é excessiva, devido a ausência de fatores inibitórios, essa cicatriz é denominada quelóidiana, e que também pode vir a causar limitações funcionais quando encontradas em regiões articulares(PEIXOTO, 2003). 3. Materiais e Métodos O estudo foi realizado de agosto de 2004 a fevereiro de 2005 com seis pacientes de etnia branca, entre 17 e 74 anos, que haviam sido submetidos a algum procedimento cirúrgico, não havendo semelhanças entre as cirurgias realizadas com cada indivíduo. A única semelhança existente nos casos, para suas eleições nesta pesquisa, é de desconforto e um relato de sensação de que a cicatriz estivesse “rasgando”, uma elevada tensão quando se realizava um movimento qualquer, este certamente devido ao alto grau de aderência nos tecidos cicatriciais e peri-cicatriciais. Foi utilizada uma escala adaptada da escala RPE, de Borg para mensurar e coletar dados referentes à sensação dos pacientes antes e após a aplicação do método de crochetagem em todas as sessões de tratamento realizadas. Porém, não foi realizado nenhum procedimento terapêutico antes da aplicação do método em todas as sessões realizadas, sendo estas realizadas, para todos os pacientes, três sessões por semana durante duas semanas, num total de seis sessões. Peixoto(2003), cita Baumgarth(2003), sobre a avaliação das aderências cicatriciais onde se utiliza a estrela em seis pontas de Maigne (Fig. 1). Conforme a forma da estrela, foi avaliada a mobilidade do tecido cicatricial em movimentos de flexão, de extensão, de latero-flexão di-
Figura 1 – Estrela de Seis Pontas de Maigne 22 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
reita e esquerda, de rotação direita e esquerda e de compressão, que avaliou o grau de maciez do tecido. Respeitando os parâmetros observados pela avaliação manual foi eleita a crochetagem para o tratamento, objetivandose recuperação da mobilidade do tecido. Abaixo está a relação dos sete pacientes e suas enfermidades: > Paciente 1: 32 anos, gênero masculino; foi submetido a uma apendicectomia, quatorze meses antes das intervenções desta pesquisa, relata dificuldades para elevação do membro superior homolateral por sensações de “rasgar” da cicatriz. > Paciente 2: 28 anos, gênero masculino; foi submetido a uma reconstrução do ligamento cruzado anterior, utilizando como enxerto o tendão do músculo semitendinoso, dois meses antes destas intervenções. Relatou incomodo à flexão de joelho devido a uma “sensação estranha sobre a cicatriz” e falta de sensibilidade na área. > Paciente 3: 54 anos, gênero feminino; sofreu uma entorse de tornozelo em 1998, sofrendo fratura maleolar de fíbula e ruptura do ligamento calcâneo fibular, e foi submetida a uma fixação do maléolo através de parafuso, não sendo feita à reconstrução do ligamento. Relatou pequeno incomodo sobre a cicatriz, que tinha uma extensão crânio-caudal de 4 centímetros. > Paciente 4: 74 anos, gênero masculino; devido à artrose avançada do joelho esquerdo foi submetido a uma artroplastia tricompartimental em dezembro de 2003. Em março de 2004 foi levado a uma intervenção cirúrgica por um quadro infeccioso sobre a prótese, onde não se obteve sucesso, sendo submetido a um terceiro ato cirúrgico, duas semanas após o segundo, para revisão e troca dos componentes da prótese. As três cirurgias utilizaram o mesmo acesso anterior, sendo a segunda e a terceira utilizando abertura sobre a cicatriz inicial. A cicatriz apresentou um deslocamento de seu centro lateralmente, apresentando não mais uma linha vertical uniforme, mas uma curva parabólica convexa à esquerda. O paciente relatava um desconforto muito grande sobre a cicatriz ao realizar movimentos tanto para flexão como para extensão.
> Paciente 5: 21 anos, gênero feminino; Em 2002 sofreu um acidente automobilístico com uma moto. Apresentou fartura exposta anterior da diáfise femoral e uma fratura bicondiliana da tíbia, ambas no membro inferior direito. Em uma primeira intervenção, foram utilizados um fixador externo para fratura do fêmur, com redução da mesma, e uma placa de compressão rígida para a fratura da tíbia. Nove dias após, sofreu nova intervenção cirúrgica para retirada do fixador externo e colocação de uma haste intramedular no fêmur. Cerca de seis meses após o acidente foi necessária à retirada da placa de compressão devido a uma folga da mesma que vinha impossibilitando o ganho de arco de movimento do joelho e levando a um quadro álgico importante. Realizou fisioterapia após liberação médica, porém a partir de quando obteve relativo ganho de força e, aproximadamente, 1100 de flexão do joelho, passou a realizar a fisioterapia e maneira irregular, havendo intervalos de até um mês. Em outubro de 2004 retornou a fisioterapia ainda com pequeno déficit de força e de arco de movimento para flexão, relatando grande incomodo sobre a cicatriz em lateral de joelho, que tinha 13 centímetros de comprimento crânio-caudal. > Paciente 6: 17 anos, gênero masculino; após três luxações de ombro em um único mês em 2003, foi diagnosticada uma frouxidão da musculatura estabilizadora do ombro, o manguito rotador. Submetido a um ato cirúrgico, foi feito um acesso vertical ântero-inferior, na região axilar para encurtamento do tendão muscular dos componentes do manguito rotador, porém mantendo seu ponto de fixação, para não haver alteração no braço de alavanca. Três meses após a alta fisioterápica ainda relatava incômodos sobre a cicatriz, principalmente nos movimentos de elevação e de abdução do braço. 4. Resultados Após um total de trinta e seis aplicações do método em seis diferentes pacientes, os resultados obtidos, relativos a cada sessão, estão descritos na tabela 1. Na tabela 2 estão demonstradas as evoluções de cada paciente, comparando o relato de percepção antes da primeira sessão com o relato logo após a última aplicação do método.
Tabela 1 - Resultados da Pesquisa OBS: os pacientes aqui enumerados na tabela nº 1, condizem em numeração com suas descrições no capítulo de materiais e métodos. As legendas de Pré e Pós se relacionam com as avaliações das cicatrizes antes e após o uso do método de tratamento, respectivamente.
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Tabela 2 – Demonstrativo de evolução dos pacientes O método se mostrou eficaz no tratamento destes indivíduos em particular, tendo em vista que a maioria relatou uma importante melhora em suas percepções e até mesmo a ausência do desconforto anteriormente citado. Dos seis pacientes, 50% já não possuía qualquer desconforto na avaliação anterior ao início do 5º procedimento e 33,3% relatava pequeno incômodo. No início da pesquisa, a média aritmética simples de sensações, baseadas na escala RPE de Borg, foi de 13,16 e após o término das aplicações programadas o relato dos pacientes era de sensações com média de 7,16 , o que sugere um ganho positivo sendo o grau de sensação mais baixo relacionado a 6. Na tabela nº 2 pode se ver nitidamente a evolução de cada indivíduo e o progresso dos mesmos, onde se nota a queda
das intensidades no comparativo gráfico da primeira sessão com a sexta, e última, sessão. O paciente de número 4 é o de idade mais avançada, talvez sendo este um motivo para a lenta recuperação de seus tecidos e quebra das aderências cicatriciais. Já os de idade mais precoce tiveram uma recuperação acelerada. A paciente de número 3 obteve um ganho muito rápido, onde na avaliação após a primeira intervenção já não relatava mais qualquer incomodo. Aparentemente isto se deve ao longo período já percorrido após sua intervenção cirúrgica e de sua cicatriz possuir uma extensão pequena. O paciente número 1, que submetido a uma apendicectomia, nos demonstra que uma irregularidade em nosso sistema corpóreo, como uma cicatriz pós-cirúrgica, pode vir a alterar o funcionamento de nosso corpo ainda que esta não se relacione com o local da alteração. 5. Discussão São escassos os estudos que tratam da utilização da crochetagem e os estudos em relação às conseqüências trazidas por uma cicatriz, sendo esta por vezes não tratada ou negligenciada. Isto talvez possa ser justificado pela não compreensão ou desconhecimento da existência do método.
Levando-se em conta a diversidade dos tipos de cirurgias, acessos cirúrgicos e espessura do tecido conjuntivo no local da intervenção, um posicionamento definitivo é dificultado, mesmo sendo estatisticamente comprovada a eficácia. Não existem evidências quantitativas suficientes neste trabalho para se afirmar de fato de a crochetagem ser o método de excelência para o tratamento da aderência cicatricial. Ainda sim, o método se mostra interessante para novos estudos e aplicabilidade do mesmo, visando sua compreensão e possível afirmação. 6. Conclusão Diante das constatações relatadas dos seis pacientes, pode se dizer que a crochetagem se mostrou eficaz no tratamento das aderências cicatriciais. Porém, o número pequeno de amostras e a diversidade de locais e tipos de cicatrização impede a confirmação exata da eficácia. Um estudo mais detalhado, amplo e segmentar é indicado para a comprovação e afirmação do método, assim como uma separação dos tipos de cicatrizes e tratamento desta por grupos, mas a indicação do uso do método para o uso dos fisioterapeutas se mostra, a primeira vista, positiva.
A.G.I.R. • É uma ginástica individual ou em grupo, corretiva e preventiva, que visa uma reeducação postural através da consciência corporal, respeitando e trabalhando as curvas fisiológicas da coluna vertebral, e fortalecendo os músculos nesta posição correta do corpo. • Respeita as possibilidades e os limites corporais de cada indivíduo, por isso é uma ginástica indicada para qualquer pessoa, em diferentes faixas etárias. Não apresenta contra- indicação, porque a contração isométrica não agride as articulações, cada um emprega no exercício sua capacidade de força. • É uma ginástica indicada para quem não faz qualquer atividade física, com vida sedentária, mas também para quem faz exercícios e pratica esportes, que podem ser prejudiciais se feitos em excesso ou mal orientados. Tem seus princípios básicos referidos às técnicas corporais de R.P.G. (Reeducação Postural Global), Iso Stretching e Cadeias Musculares. Objetivos: . Força e alongamento. . Flexibilidade muscular e mobilidade articular. . Concentração mental. . Ganho de consciência corporal. . Controle respiratório. Esforço feito na expiração. . Trabalho isométrico da cinta abdominal (transversos, oblíquos e reto do abdômen). Conteúdo Programático Trabalho Muscular: - Nível Cervical
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- Nível Cérvico Dorsal e Dorsal - Nível Dorso Lombar e Lombar Ombro: - Músculos do Ombro - Objetivos do A.G.I.R. sobre o ombro Bacia: - Posicionamento da Bacia - Componente Miofascial - Objetivos do A.G.I.R. sobre a bacia Fotos comparativas de resultados do A.G.I.R.
Curso: Dias: Sábado e domingo Horário: Sab das 09:00 às 18:00 e Dom das 09:00 às 17:00. (20% de teoria e 80% de prática) Valor do curso: R$ 500,00 que pode ser dividido em 2 x 1ª parcela no ato da inscrição e 2ª para o dia 22/10 .
ELIZABETH DANTAS Fisioterapeuta formada pela Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro Associação Brasileira Beneficiente de Reabilitação (A.B.B.R.) em 1975
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Artigo | Cinco elementos, constituição, diagnóstico, equilíbrio.
Método de Avaliação Constitucional: Um Novo Modelo por
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Caroline Nonato da Silva, Fabrício Borges de Faria, Stela Cristina Wilson, Thayara Peres
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entre os vários métodos de avaliação na Medicina Tradicional Chinesa, esse trabalho destaca a avaliação constitucional. Um método que correlaciona as características físicas de um indivíduo com os cinco elementos e a tendência a determinadas patologias. Será sugerida uma tabela de avaliação constitucional simplificada, criada visando facilitar o trabalho do terapeuta ao avaliar e tratar seu paciente. Objetivo Traçar um modelo de avaliação constitucional simplificado. Justificativa Este trabalho tem como finalidade avaliar a constitucional física, elegendo critérios a serem avaliados através de uma tabela de cada elemento. Serão observados mãos, rosto, cor de pele, membros, tórax e abdome, altura. Serão 100 pontos, divididos em: 30 pontos para as mãos; 20 pontos para o rosto; 10 pontos para a cor de pele; 15 pontos para os membros; 15 pontos para tórax e abdome; 10 pontos para altura; A mão possui a maior pontuação devido à facilidade de ser avaliada, nela se observa todo o temperamento e constitucional do indivíduo, existindo muitos aspectos a serem avaliados. A pontuação do rosto é menor, porque o mesmo pode possuir características distintas, porém também é de fácil avaliação clínica. A altura, os membros, o tórax e abdome, possuem menor pontuação, pois neles não se observa mais de duas constituições, não possui muita mistura, suas definições são mais exatas. Na mão, observaremos palma, dedos, estrias, forma, tamanho, cor, textura e unhas. Já no rosto destacamos olhos, testa, nariz, boca, maxilar, pele, cor, tamanho, forma e textura. Em membros, tórax e abdome, observaremos musculatura, proporção, tamanho e cor. Introdução O termo Acupuntura tem origem no latim, acus = agulha e pungere = espetar. Este método reúne duas técnicas: estimulação de áreas definidas na pele e transferência de calor para fins terapêuticos. A natureza do tratamento restabelece o equilíbrio entre estado de função contraditória e com isso homeos24 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
tase. Esta forma de terapia normaliza funções orgânicas alteradas de forma reflexa ou regulatória. (DRAEHMPAEHL 1997) Existem dados sobre o surgimento da Acupuntura entre 3.000 a 10.000 anos a.C. A prática de Acupuntura em tempos bem longínquos, a ponto de dizer que se chegou a usar lascas de pedras, pedaços de bambu e pedaços de madeira como agulhas de acupuntura. (LUZ 1997) O sistema de meridianos é também conhecido como canis de energia. Os órgãos geram e produzem energia, ela precisa chega a todas as estruturas que eles cuidam e assim sendo, os meridianos tem a função de comunicar os órgãos com estruturas por eles energizadas. Os canais energéticos fazem a comunicação entre o interior e o exterior. Qualquer alteração deste sistema de meridianos leva a doenças mais graves do ponto de vista energético para o ser humano. Os pontos de Acupuntura estão situados nestes canais. A partir desses pontos, podemos acessar os órgãos, através desses canais. (LUZ 1997) Os pontos de Acupuntura são depressões ao longo do trajeto dos meridianos, com menor impedância elétrica, que os tecidos adjacentes. Ao inserirmos uma agulha nesses pontos, criamos uma diferença de potencial (DDP) local, que irá alterar todo o trajeto energético do meridiano em questão, a partir daí obtendo uma resposta no órgão correspondente. Consiste no recurso terapêutico mais conhecido da medicina tradicional chinesa no ocidente, é o meio que mediante a inserção de agulhas, é feita a introdução, a mobilização, a circulação e o desbloqueio da energia, além de retirar as energias perversas, o que promove fortalecimento e harmonização dos órgãos e vísceras. (YAMAMURA 2003). A teoria dos cinco elementos ocupa um lugar importante na medicina chinesa, porque todos os fenômenos dos tecidos e órgãos, da fisiologia e da patologia do corpo humano, estão classificados e são interpretados pelas inter-relações desses elementos. (WEN 1985) A teoria dos cinco movimentos, baseia – se na evolução dos fenômenos naturais, e em vários aspectos que compõe a natureza, geram e dominam uns aos outros. Costuma–se representar estes cinco elementos por uma cruz embaixo, figura a água, que desce. No alto está o fogo, cujas chamas se dirigem para o alto. A madeira curva–se e torna a se erguer, sendo colocada no braço esquerdo desta cruz. À direita, o metal, cuja forma pode ser alterada e
no centro a terra, o que é perfeitamente lógico em vista dos quatro outros elementos. O movimento água representa os fenômenos naturais caracterizados por retração, profundidade, frio, declínio, queda, eliminação; ponto de partida chegada da transmutação dos movimentos. O movimento madeira representa o aspecto de crescimento, florescimento, movimento e síntese. O fogo, todos os fenômenos naturais que caracterizam a ascensão, desenvolvimento, expansão, atividade. O movimento terra, os fenômenos naturais, transformações e mudanças. E finalmente o movimento metal, que caracteriza processos naturais de purificação, de seleção, análise e limpeza. (YAMAMURA 2003) Um dos métodos diagnóstico da medicina tradicional chinesa é a acupuntura constitucional, porém muitos foram descritos e discutidos, bem como a pulsologia, a inspeção da língua, observação da orelha, palpação de pontos de meridianos, além de outras formas que são utilizadas na concepção da MTC, para diagnosticar os padrões patológicos e/ou desarmonias. Portanto, o diagnóstico constitucional, consiste na observação de padrões físicos e psíquicos de um indivíduo, e relacioná-los com as características dos cinco movimentos. Verifica-se que existe uma vulnerabilidade e suas conseqüências sobre as doenças possíveis podem ser relacionadas com a morfologia geral, a morfologia do rosto e aspecto morfológico típico da mão, com os traços específicos do comportamento físico, intelectual e psicológico. Segundo Yves Requena, 1990, a constituição primária manifesta – se na infância. Sendo importante assim para o terapeuta um interrogatório sobre as patologias mais recorrentes na infância e sobre o comportamento desta criança, tais informações acrescentam muito no diagnóstico e tratamento deste paciente. Objetivos Fornecer ao profissional e/ou estudante de Medicina Tradicional Chinesa, uma forma de avaliação constitucional mais simplificada. Desenvolvimento As concepções da Medicina Tradicional Chinesa são derivadas de um conhecimento amplo, a filosofia chinesa, baseia – se nas leis que regem o universo, assim abrange as concepções da física e das ciências biológi-
Artigo | Cinco elementos, constituição, diagnóstico, equilíbrio. cas. Assim temos o Tão, que rege o dualismo dinâmico do Yin e do Yang, do principio dos cinco movimentos. A medicina chinesa ressalta a integração do homem com o meio ambiente, com a fisiologia do corpo humano, para mantê–lo em harmonia. Esta ciência surgiu em plena idade da pedra, há aproximadamente 4.500 anos a.C, mesmo assim continua evoluindo. Com o avanço tecnológico, instrumentos e técnicas como ultrassom, laser, raios infravermelhos, e outros equipamentos, enriquecem seus recursos. (WEN 1997) Quanto ao aparecimento das doenças, a MTC não procura só a origem+ destas como, no ambiente da natureza, ela vai procurar as origens em reações internas do organismo humano. Assim aplica alterações mórbidas que esses organismos sofrem com conceitos materialistas, os relacionam a vida as doenças e à saúde, considerando que as agressões dos fatores patógenos externos, desequilibram primeiramente o yin e o yang, depois desencadeiam as doenças, seguindo a ordem dos cinco elementos. (He, 1999) Segundo Hopwood, 2001, a MTC centra–se na observação dos fenômenos da natureza e no estudo dos princípios que regem a harmonia nela existente. O universo e o ser humano estão submetidos às mesmas influencias sendo parte integrante como um todo.
A teoria dos cinco elementos é a teoria que reduz que existe no universo, a cinco elementos principais: - fogo; - terra; - metal; - água; - madeira; Entre esses elementos, existe uma inter dependência e uma inter restrição que determina seus estados de constante movimento e mutação. Essa teoria é importante na MTC, pois todos os fenômenos do corpo humano, da fisiologia e patologia, são interpretados pelas relações desses elementos, assim, essa teoria é usada como guia médico. (WEN 1997) A Acupuntura constitucional foi desenvolvida entre as décadas de 60 e 70, pelo inglês J. R. Worsley, baseada em passagens do Nei Jing e Nan Jing. Esse estilo de tratamento se empenha em diagnosticar e tratar cada desequilíbrio constitucional fundamental dos cinco elementos do indivíduo. A acupuntura constitucional é uma parte do processo total de adaptação e transformação da medicina chinesa, a fim de torna – la mais adequada aos pacientes e acupunturistas ocidentais. (HICKS et al., 2007). Como terapeutas ocidentais, devemos ter acesso a informações vindas de fontes originais, precisamos nos tornar, ciente de
como a cultura e a história nos exigem respostas diferentes daquelas fixas na tradição conforme ela é compreendida de diferentes maneiras em diferentes países asiáticos. (WISEMAN et al., 1985) A constituição nos mostra o que herdamos dos pais pela genética, traduz uma vulnerabilidade transmitida pelo pai ou pela mãe ou ambos, ao indivíduo. Mas não transmite somente o que é ruim, mas também o que é bom. Serão descritas as constituições pelo aspecto de vulnerabilidade para dar ênfase naquilo que existe de patológico ou de risco mórbido. Essa vulnerabilidade e suas conseqüências possíveis podem ser relacionadas com a morfologia geral, morfologia do rosto, da mão, com sintomas reveladores da constituição surgidos na infância, com traços específicos do comportamento físico, intelectual e psicológico. A constituição se manifesta desde a infância. É sobre este período de vida, que poderá se conhecer o paciente. Acontece de alguns pacientes apresentarem uma vulnerabilidade ou duas ou até três sistemas psicológicos, essa vulnerabilidade múltipla não é sinônimo de gravidade, mas é preciso fazer distinção entre a fraqueza de um órgão e a quantidade de órgãos vulneráveis. (REQUENA 1990)
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Artigo | Cinco elementos, constituição, diagnóstico, equilíbrio. A acupuntura constitucional baseia–se na avaliação física, psicológica e patológica usando como parâmetro os cinco elementos, seguem -se suas descrições: Elemento Madeira A mão madeira é dura, com pouca carne, unhas sólidas ou friáveis, com pontos brancos, às vezes ruídas, numerosas e profundas estrias. (REQUENA 1990) MACIOCIA relata que o rosto geralmente é esverdeado, cabeça relativamente pequena e face alongada, olhos grandes, cílios longos e curvados, quadrado, maxilar largo. Cor esverdeada, membros de musculatura forte, ombros largos, dorso ereto, corpo alto e musculoso. Em relação a personalidade, desenvolveram inteligência, mas a força física é pequena, os que desenvolveram trabalhos árduos, ponderam muito as coisas e tendem a se preocupar. As pessoas do tipo madeira, muitas vezes sofrem de doenças causadas pelo outono e inverno, ficam com a saúde boa na primavera e no verão. (MACIOCIA 2003) Elemento Metal Mão longa, palma estreita e os dedos contraídos formam uma mão oval e alongada, dedos compridos. Não são flexíveis ao se abrirem. Os dedos são lisos nas articulações, a pele pode ser seca ou rugosa. ( REQUENA 1990) Porém MACIOCIA, diz que a mão metal é pequena. A pele do rosto é muito branca, leitosa ou ao contrário, queimada ou fosca, chegando até ser pálida, o nariz é em geral forte e longo. Ombros e dorso pouco desenvolvidos. Os membros são de porte alongado, cifose dorsal, magreza mais ou menos visível. Costas moderadamente estreitas, magreza característica, indivíduos longilíneos. São honestas e geralmente calmas e quietas, mas também capazes de ação decisivas se necessário, boa aptidão para liderança e administração. Ficam saudáveis no outono e no inverno, mas adoecem na primavera e no verão. (MACIOCIA 2003) Elemento Fogo Têm cor de face avermelhada, corada, dentes largos, cabeça pequena pontiaguda. (MACIOCIA 2003). Possuem mãos compridas, os dedos são mais longos que a palma, muito finos, ágeis e flexíveis. A mão tem aspecto de sol, elegante, delicada, unhas harmoniosas, que crescem pontuadas a abauladas, pode ser pequena ou miúda. (REQUENA 1990) São pensadores ávidos, o tipo fogo é rápido, energético e ativo, são irascíveis, caminham firmemente, sacudindo o corpo enquanto anda, pensam muito e ficam com freqüência preocupados, possuem bom espírito de observação e analisam as coisas profundamente. Ficam saudáveis na primavera e no verão, porém adoecem no outono e no inverno, comparando com outros elementos, 26 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
possui tendência a sofrer morte súbita. (MACIOCIA 2003) Elemento Água A mão é achatada e curta, a palma e dedos são achatados de consistência mole, é escura, principalmente na face dorsal, dando aspecto de cor morena. Unhas chatas, curvada para baixo em direção à polpa dos dedos.(REQUENA 1990) Os traços do rosto são recortados, feitos de aresta salientes, o nariz é como bico de uma águia, os olhos apresentam olheiras ou edema das pálpebras, testa alta. A pele é normal ou vermelha, quando se associa ao fogo, mas a pele característica é escura como a os orientais. Habitualmente são longilíneos. O indivíduo com característica água mantém o corpo em movimento quando caminham e tem dificuldade para ficar paradas. Possuem coluna longa. O tipo água é solidário, ligeiramente desenvolto, é bom negociante e leal com seus colegas de trabalho, são atentos e sensíveis. O indivíduo água fica geralmente bem se saúde no outono e inverno, mas não toleram primavera ou verão. (MACIOCIA 2003) Elemento Terra Mão grande, larga, rechonchuda. É o tipo de mão gorda, porém não mole. A palma tem forma quadrada, com os quatro lados iguais. Os dedos são curtos e grossos ou afunilados. As unhas são quadradas e crescem pouco. Face arredondada, cabeça relativamente grande, mandíbulas largas, ombros e dorso bem desenvolvidos, olhos, narinas e boca abertos, os lábios e as bochechas são espessas, pode haver um queixo duplo. A pele pode ser pálida e amarelada, os membros geralmente são curtos e com muita carne, tórax e abdome globoso e são brevilíneos. (REQUENA 1990) Andam com passos firmes, sem levantar muito os pés. O terra é calmo e generoso, tem caráter estável, gosta de ajudar as pessoas e não é muito ambicioso, é de fácil convivência. São saudáveis no outono e no inverno, são vitimas fácies da primavera e do verão. Discussão Baseado no diagnóstico constitucional analisa-se a forma física do indivíduo, dando ênfase aos membros, mãos, abdome, tórax, altura, tom de pele e rosto. Serão 100 pontos, divididos em: 30 pontos para as mãos; 20 pontos para o rosto; 10 pontos para o tom de pele; 15 pontos para os membros; 15 pontos para tórax e abdome; 10 pontos para altura; A mão possui a maior pontuação devido à facilidade de ser avaliada, e nela observa-se forte traço do temperamento, desequilíbrios fisiológicos e a constitucional do indivíduo,
existindo muitos aspectos a serem avaliados. A pontuação do rosto se da num total de 20 pontos, pois o mesmo possui características constitucionais marcantes mais ao mesmo pode possuir algumas características distintas a constituição do individuo. A altura, os membros, o tórax e abdome, possuem menor pontuação, pois neles não se observa mais de duas constituições, não se observa uma miscigenação constitucional como no rosto e na mão. Todo esse modelo sugerido de avaliação foi retirado dos padrões físicos propostos por Yves Requena, 1990. Na mão, observaremos palma, dedos, estrias, forma, tamanho, cor, textura e unhas. Já no rosto destacamos olhos, testa, nariz, boca, maxilar, pele, cor, tamanho, forma e textura. Membros, tórax e abdome, observa-se musculatura, forma, tônus, tamanho e cor. Na altura se observa se o indivíduo é alto ou baixo, ou seja, normolíneo, brevilíneo ou longilíneo. Sendo assim, esse novo modelo de avaliação possui um valor significativo em contribuição para os padrões de avaliação, visto que facilita o trabalho do terapeuta, identificando com facilidade os aspectos físicos do paciente relacionando com os cinco elementos. Bibliografia Hicks, Angela; Hicks, John; Mole, Peter. Acupuntura Constitucional dos 5 Elementos. São Paulo, Rocca. 2007. Maciocia, Giovanni. Diagnóstico na Medicina Chinesa - Um Guia Geral. São Paulo, Rocca. 2003. Yamamura, Yssao. Acupuntura tradicional: A Arte de inserir. São Paulo, Rocca. 2003. Hopwood, V. , Loveley. M., Mokone, S. Acupuntura e técnicas relacionadas a fisioterapia.São Paulo, Manole. 2001. He, Y. H., NE, Z. B. Teoria básica da medicina tradicional chinesa. São Paulo, Atheneu. 1999. Draehnpaehl, Dirk. Acupuntura no cão e no gato.São Paulo, Rocca.1997. Luz, M. M. R., O que o paciente precisa saber sobre acupuntura. São Paulo, Escola Paulista de Medicina. 1997. Wen, Tom Sintan. Acupuntura Clássica Chinesa. São Paulo, Cultrix. 1997. Requena, Yves. Acupuntura e psicologia. São Paulo, Andrei. 1990.
Tabela e avaliação Constitucional Avaliação em Constitucional Grupo de Estudos em Constituição Chinesa Mão Palma ( ) Pequena com estrias profundas e pouca carne; ( ) Pequena e rosácea ( ) Quadrada e amarelada ( ) Estreita e fina ( ) Edemaciada e pequena Dedos ( ) Grandes e fortes com nós entre as interfalangeanas ( ) Ágeis, pequenos em forma de sol quando abertos ( ) Curtos e quadrados ( ) Finos e grandes ( ) Pequenos e edemaciados Unhas ( ) Curtas e roídas ( ) Pontiagudas e abauladas ( ) Curtas e quadradas ( ) Alongada e fina ( ) Chatas e afuniladas se curvando para baixo Rosto Forma ( ) Alongada e forte ( ) Pontiaguda e vermelho ( ) Arredondada com bochechas espessas ( ) Fino com mandíbula alargada e queixo fino ( ) Quadrado e traços fortes e cabeça grande Cor ( ) Esverdeado ( ) Avermelhado ( ) Amarelado ( ) Pálido ( ) Escuro Características Gerais ( ) olhos grandes, cílios grandes e curvados ( ) queixo pontiagudo e dentes largos ( ) lábios carnudos ( ) nariz longo e fino ( ) olheiras escuras Forma Física Membros Superiores e Inferiores Forma Geral ( ) Longos, fortes e tonificados ( ) Curtos, arredondados e consistentes ( ) Longos, finos e retraídos ( ) Curtos, edemaciados e sem consistência Tórax e Abdome ( ) Largo, grande e com musculatura forte ( ) Largo, e abdome globoso ( ) Fino, grande e magro ( ) Quadrado, abdome grande e edemaciado Cor ( ) Esverdeado ( ) Avermelhado ( ) Amarelado ( ) Pálido ( ) Escuro Altura ( ) Longilíneo ( ) Brevilíneo ( ) Normolíneo www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 27
Artigo | Fisioterapia, incontonência Urinária.
A incidência de incontinência urinária em um grupo de mulheres por
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Tavares, D.I.; Rozzo, L.L.; Vendrusculo, A.P.; Braz, M.M.
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onforme Polden e Mantle (2002), a Incontinência Urinária é definida como a saída involuntária da urina em horas e locais inadequados e anti-sociais. Aplica-se somente após a primeira infância e está ligada a uma causa específica. Grosse e Sengler (2002) citam que a qualidade da continência e da micção decorre de um equilíbrio entre as forças de expulsão e forças de retenção. As perdas urinárias ocorrem quando as forças de expulsão superam as forças de retenção. Na mulher, as forças de retenção são vulneráveis, frágeis. Uretra curta, assoalho pélvico submetido aos traumatismos obstétricos, idade, a menopausa com suas modificações hormonais, são fatores que contribuem para a diminuição progressiva dessas forças de retenção. Existem duas forças de expulsão: a primeira é a hiperpressão abdominal que ocorre em ocasiões como a tosse, o riso, o espirro, o transporte de cargas, a marcha, o esporte e qualquer esforço que aumente a pressão abdominal. A segunda força de expulsão é a contração vesical, que é sempre acompanhada de um relaxamento esfincteriano. Conforme Thomson, Skinner e Piercy (2002) as causas para a IU são: superestiramento ou dano nos músculos do assoalho pélvico e fáscia durante o parto, levando à inibição do tono muscular, que diminui a função; perda da elasticidade da musculatura devido a alterações hormonais após a menopausa; atrofia dos músculos do assoalho pélvico nos idosos de vida sedentária. Baracho (2002) define Incontinência Urinária de esforços como uma perda involuntária de urina via uretral que ocorre durante esforços físicos quando o aumento da pressão intravesical supera a pressão, na ausência de contração do detrusor. Instabilidade vesical, conforme Baracho
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(2002) é uma disfunção do motor vesical que apresenta contrações não inibidas, prematuras, durante a fase de enchimento. Trata-se de uma alteração dos mecanismos inibidores reflexos e voluntários. Justifica-se este trabalho a fim de esclarecer o que é Incontinência Urinária, já que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os problemas urinários chegam a atingir 10% da população de um país. Conforme Polden e Mantle (2002), a Incontinência Urinária é humilhante, aflitiva, degradante e cara. O odor e o dano que ela causa vai de encontro a uma integração social adequada e, especialmente nos idosos, pode mesmo resultar no afastamento das pessoas e no recebimento de cuidado insuficiente por parte de atendentes mal informados ou antipáticos. Ela leva ao isolamento, a perda da auto-estima e má-saúde. Grosse e Sengler (2002) citam que, no campo do reforço muscular, a Fisioterapia possui recursos para desenvolver a força, a contratilidade, a resistência de um músculo. Para a força, o treinamento precisa utilizar as resistências que sejam as mais próximas possíveis da força máxima voluntária do músculo. Os tempos de contração são, então, curtos, e os de recuperações, longos; as séries são breves e pouco numerosas. A contratilidade, capacidade de reproduzir uma contração de força satisfatória, é trabalhada com contrações submáximas. O tempo de trabalho é, então, igual ao de repouso. As séries são numerosas e repetidas. A resistência é a capacidade de manter a contração de força satisfatória por um tempo prolongado. Ela é trabalhada por tempos de contrações longos e com uma resistência correspondente a três quartos da força máxima. Desta forma, este trabalho visa analisar a incidência de Incontinência Urinária no Grupo de Fisioterapia com Mulheres da Igreja Santa
Maria Goretti no Bairro Prado em Santa Maria, RS. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizada uma pesquisa quantitativa do tipo descritiva com objetivo de analisar a incidência de Incontinência Urinária no Grupo de Fisioterapia com mulheres da Igreja Santa Maria Goretti no Bairro Prado em Santa Maria, RS. A População foi constituída por mulheres do Grupo de Fisioterapia da Igreja Santa Maria Goretti. Esse grupo é formado por mulheres e homens entre 52 e 75 anos, onde os acadêmicos do 5º semestre participam aferindo pressão, fazendo alongamentos, dinâmicas e relaxamentos. A Amostra foi constituída por 12 mulheres do Grupo de Fisioterapia da Igreja Santa Maria Goretti com faixa etária de 52 a 73 anos, todas elas menopausadas. A Coleta de dados foi realizada no período de 31/05/2007 a 04/06/2007 através de uma Ficha de Avaliação (adaptada de PIVETTA, 2005) aplicada pelos pesquisadores, constituída por dados pessoais, antecedentes familiares, patologias, investigação ginecológica, obstétricas e anorretais, cirurgias, hábitos urinários e exame da incontinência. ANÁLISE DOS DADOS Nesta pesquisa foram investigadas 12 mulheres no período da menopausa. Destas, 3 (25%) referiam apresentar perda urinária. Borges et al (1999) citam que a prevalência da IU no idoso varia de 8 a 34%. O tempo de menopausa variou de 28 anos a 1 mês. Dessas mulheres menopausadas, 33,3% fizeram tratamento com Hormônios. Rubinstein (2000) cita que é bem conhecida a correlação entre a diminuição dos níveis séricos de estrógenos com os sinais de atrofia urogenital, que por sua vez parece influenciar o aparecimento de incontinência urinária. Mas como existe uma clara relação entre o aumen-
Artigo | Fisioterapia, incontonência Urinária, Maria Goretti, Santa Maria-RS to da prevalência da incontinência urinária com a idade, fica difícil estabelecer se a maior prevalência é decorrente da diminuição estrogênica da menopausa ou apenas parte do processo de envelhecimento. A influência da menopausa foi analisada por Milson et al apud Rubinstein (1993), entre mulheres de 46 a 56 anos que não faziam reposição hormonal. Quando comparadas no geral, apresentavam a mesma prevalência de incontinência urinária (12,1%). Entre as 1.142 mulheres com 56 anos, apenas 54 eram prémenopáusicas, comparadas com 1.257 de 1.416 mulheres com 46 anos. Na avaliação desses autores não houve diferença significativa entre o aumento da prevalência de incontinência urinária e a menopausa. Em relação aos Antecedentes, têm-se 8,3% com prolapsos genitais, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) essa taxa pode atingir até 10% da população de um país. Rubinstein (2000) relata que a associação entre IU e prolapso vaginal tem sido reconhecida há muitos anos. Recentemente, ficou bem estabelecida a relevância da correção dos defeitos de parede vaginal, tais como: cistocele, retocele e enterocele, no momento da cirurgia da incontinência urinária. Por exemplo, uma falha de diagnóstico e tratamento de cistocele, no momento da realização de suspensão do colo vesical, pode levar à ocorrência de obstrução ao fluxo, enquanto a correção isolada da cistocele pode exacerbar a incontinência urinária. No critério Patologias sistêmicas, têm-se 25% dos entrevistados com Diabetes. Conforme o DataSUS (2006), em Indicadores e Dados Básicos, 2006, a incidência é de 7,6% de Diabetes na população com faixa etária entre 30 e 69 anos. Baracho (2002) cita que a Diabetes junto com traumas e esclerose múltipla podem ser responsáveis por bexiga paralítica motora neurogênica, o que pode resultar em IU. Marinho et al (2006), descreve que o diabetes mellitus provoca uma neuropatia periférica e também uma vasculopatia periférica que vão contribuir para o aparecimento de sintomas urinários na população geral, sendo que os principais sintomas associados ao diabetes são sintomas irritativos, principalmente a polaciúria, urgência miccional e enurese noturna. Com Obesidade, têm-se 8,3% das mulheres pesquisadas. Conforme Fernandes et al (2005), no Brasil, 35% da população apresenta índice
de massa corpórea (IMC) maior que 25 (kg/ m2) e 12,5% são mulheres com IMC maior de 30 (kg/m2). Marinho et al (2006), citam que as mulheres obesas são 4,2 vezes mais afetadas por IU do que mulheres com índice de massa corporal (IMC) normal. Rubinstein (2000) descreve também a obesidade como um possível fator de risco para a perda urinária. Com Bronquite, 8,3% das mulheres pesquisadas relataram ter. Conforme Rubinstein (2000), a presença de doença respiratória crônica tem sido implicada por favorecer o aparecimento de incontinência urinária, já que mulheres incontinentes relatam tosse e espirro mais freqüentemente que as continentes. Isso pode significar apenas uma maior atenção a esses sinais, já que trazem, quase sempre, um desagradável desconforto social. A Hérnia acomete 8,3% da população estudada. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2005), aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sofrem de hérnia no Brasil, o que corresponde a 3%. A Depressão é uma das que mais acomete as mulheres entrevistadas (50%). Borges et al (1999), relatam que a depressão e a ansiedade podem levar à disfunção miccional e à incontinência urinária. Os estados de delírio, ao contrário da demência, levam o paciente à confusão mental por períodos que variam de horas a dias. O delírio pode ser causado por medicações ou injúrias agudas ao organismo. Muitas doenças podem se apresentar de maneira atípica nos idosos. Se o paciente entrar em estado de confusão mental, muitas vezes a incontinência urinária é a primeira alteração a ser notada. Com Hepatite teve 8,3% sendo do tipo C. Foram notificados, conforme Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN no período de 2001 a 2005 no DataSUS (2005), 13261 casos sendo 2155 casos só no Rio Grande do Sul. Com AIDS, tivemos 0% das mulheres entrevistadas. Conforme o DataSUS (2006), em Indicadores e Dados Básicos, 2006, a incidência é de 15,05% com 24,72% no Rio Grande do Sul. As mulheres com Problemas Cardíacos representaram 8,3%. Conforme o DataSUS, em Indicadores e Dados Básicos (2006), a taxa de incidência é de 62,34%. Das 12 mulheres entrevistadas, 1 mulher relatou ter enurese noturna (8,3%). A Hipertensão é a patologia sistêmica que mais acomete a população estudada com 66%.
Conforme o DataSUS, em Pacto de Atenção Básica (2006), têm-se 23,92% de hipertensos cadastrados. Não houve casos de Doença Neurológica no Grupo. Conforme o DataSUS (2006), a incidência é de 31,83%. No critério Ginecologia, têm-se 33,3% que já tiveram Infecção Urinária. Conforme o Setor de Urologia Feminina da UNIFESP, até 30% de mulheres podem ter Infecção Urinária durante toda vida sendo mais comum entre os 30 e 40 anos. Baracho (2002) relata que em alguns pacientes têm IU em decorrência da Incontinência Detrusora e da diminuição da pressão de fechamento uretral, provocada pela infecção do trato urinário. O tratamento hormonal com o uso de estrógenos foi verificado em 33, 3% da população estudada. Rubinstein (2000), cita que na menopausa os ovários deixam de secretar a progesterona e 17 beta-estradiol, reduzindo a capacidade de coaptação da uretra por alterações atróficas na mucosa, no plexo vascular submucoso e no tecido conectivo que se torna esclerótico. A terapia de reposição hormonal é útil para grande número de mulheres com atrofia genital. Atua também prevenindo a osteoporose e tem efeitos cardiovasculares benéficos ao influenciar alguns lipídios circulantes. No critério Anorretais, 33,3% apresentam Constipação. Borges et al (1999) relatam que a presença de fezes impactadas na ampola retal pode ser responsável por até 10% dos quadros de incontinência urinária atendidos em clínicas geriátricas. A presença de incontinência urinária e fecal, associadas com o achado de fezes impactadas no reto, é comum nos pacientes portadores de incontinência urinária desencadeada por constipação intestinal. A normalização do hábito intestinal e o esvaziamento do fecaloma muitas vezes melhoram os sintomas de incontinência urinária nos pacientes idosos. No critério Cirurgia, 16,6% fizeram histerectomia. Conforme Santos (2004) estima-se que perto de 150 mil mulheres por ano recebem no país a indicação de que precisam se submeter a histerectomia e acabam na sala de cirurgia. Os últimos levantamentos no país datam de 1999, quando foram realizadas 93 mil cirurgias de retirada do útero, mas apenas 5% dos casos provenientes de tumores malignos. Segundo Ortiz et al apud Rubinstein (2004), a associação entre IU e histerectomia é
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Artigo | Fisioterapia, incontonência Urinária, Maria Goretti, Santa Maria-RS muito controversa. Marinho et al (2006) citam que estudos demonstraram um aumento significativo na taxa de incidência de IU nas mulheres que já haviam realizado histerectomia pois esta associação está relacionada aos danos à inervação pélvica e as estruturas de suporte pélvico que podem ser ocasionados pela cirurgia. Guarisi et al (2001) relatam que nos estudos que tiveram curta duração, esta correlação não foi demonstrada. Em relação a partos, 9 mulheres (75%) tiveram filhos. Foram 50 partos normais e nenhum por cesárea com média de 5,5 partos por cada mulher. Marinho et al (2006), citam que a prevalência da IU em mulheres multíparas em relação as nulíparas é alta. Gravidez e parto podem constituir um fator de risco para IU. Alguns estudos epidemiológicos demonstraram que com o aumento da paridade os riscos de desenvolver IU aumentam. Faúndes et al apud Rubinstein (2001) não observaram nenhuma associação entre incontinência e paridade. Wilson et al apud Rubinstein (1996) refere que a presença de IU durante a primeira gravidez ou primeiro puerpério implica em um significante risco para o desenvolvimento dos sintomas após 5 anos, sendo o risco da IU a longo prazo relacionado ao tempo e duração da IU na gravidez e pós parto. Marinho et al (2006) citam que os tipos de parto são fatores relevantes para IU, independente das técnicas utilizadas. Marinho et al (2006) relata que o parto vaginal é considerado um fator de risco relevante para IU. Segundo um estudo realizado por Goldberg et al apud Rubinstein (2003), mulheres com história de parto vaginal apresentaram uma taxa de 60,4% de IU, enquanto mulheres que realizaram cesárea tiveram 39,6% de IU. Rubinstein (2000), relata que o número de nascidos vivos parece estar relacionado com uma maior prevalência de incontinência urinária. Milson et al apud Rubinstein (1993) avaliaram 3.168 mulheres entre 36 e 46 anos de idade e perceberam uma prevalência de 7,7% e 5,5% de perda urinária entre nulíparas de 36 e 46 anos. Quando observaram as mulheres com 3 ou mais partos, essas taxas aumentaram para 14% e 16,4% respectivamente. O aumento de prevalência ocorreu após o terceiro parto. No critério Hábitos Urinários, a freqüência foi de 3 a 10 vezes de idas ao banheiro. A população tem como hábito de 2 a 8 vezes no banheiro ao dia e de 0 a 3 vezes a noite. Diokno et al apud Rubinstein (1986) avaliaram a
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freqüência miccional de 560 mulheres assintomáticas, em que se excluíram aquelas com perda urinária, irritabilidade vesical ou com dificuldade miccional. Perceberam que 34,8% urinavam quatro ou cinco vezes por dia; 47,3% urinavam seis a oito vezes por dia; 12,3% urinavam mais de oito vezes por dia e 5,5% menos que quatro vezes por dia. Com relação à freqüência noturna, Diokno et al apud Rubinstein (1986), fez um estudo entre 479 mulheres, dessas 37,2% não urinava à noite; 38,8% urinava uma vez; 16,7% urinava duas vezes e 7,3% urinava três ou mais vezes durante a noite. Os pesquisadores verificaram que 16,6% das mulheres pesquisadas apresentavam Disúria, 16,6% com sensação de queimação ou ardência, 16,6% com dificuldade de segurar urina e 8,3% com dor ao urinar. No critério Exame da Incontinência, 66% tem caráter gota a gota, 33% noturna, 33% diurna e 33% por esforço. Guarisi et al (2001) e Moller et al apud Rubinstein (2000) estudando a prevalência de sintomas urinários em mulheres de 40 a 60 anos, observaram 16% de incontinência urinária de esforço, tendo um aumento dessa prevalência dos 40 aos 55 anos e um declínio após essa idade. Rubinstein (2000) cita que a incontinência de esforço é freqüentemente encontrada na prática clínica, sendo responsável por 27% dos casos de incontinência feminina. Também é umas das causas de incontinência mais facilmente tratáveis. Rubinstein (2000), descreve a IUE como aquela secundária à patologia uretral, que leva a uma incapacidade de enchimento apropriado. Sobre Proteção, 33% das mulheres pesquisadas usavam uma proteção permanente. Uma mulher (33%) usava protetores permanentes do tipo absorventes, enquanto nenhuma delas relatou usar fraldas ou outros tipos. Herzog et al apud Rubinstein (1989), em um estudo do MESA (Medical Epidemiologic and Social Aspects of Aging) relataram que muitas mulheres com incontinência urinária tentam solucionar, ou pelo menos amenizar, os problemas de perda urinária. Cerca de 55% delas utilizavam absorventes e 42% procuravam certificar-se da existência de banheiros nos locais a freqüentar. No item Esforços, 33% relataram ter perda urinária ao tossir, 33% ao saltar, 33% ao correr, 66,6% ao espirrar, 0% ao andar e 33% ao trocar de posição.
Rubinstein (2000) refere que o termo incontinência de esforço é uma perda da urina através da uretra intacta, sob certas condições que causam aumento da pressão intra-abdominal, associada a qualquer atividade como tosse, espirro ou a realização de esforços. CONCLUSÃO Analisando a incidência de mulheres incontinentes no Grupo de Fisioterapia, os pesquisadores tiveram como resultado 3 mulheres com incontinência, sendo todas elas por esforços. Verificou-se que as 12 mulheres entrevistadas estavam na menopausa e tinham uma incidência muito grande de partos. Por esses dados reforça-se a importância dos exercícios perineais que servem primeiramente para uma conscientização satisfatória do assoalho pélvico. Além disso, com os exercícios evitam-se os prolapsos genitais, facilita na hora do parto e na melhora das relações sexuais. Os exercícios têm como objetivo básico o reforço da resistência uretral e a melhora dos elementos de sustentação dos órgãos pélvicos. É essencial na realização dos exercícios solicitar contrações lentas e submáximas que têm como finalidade a percepção e a integração dos músculos elevadores do ânus. Isso é feito avaliando-se a capacidade de alterar e/ou interromper o jato urinário durante uma micção. A paciente deve ser alertada que interromper a micção é um teste e não um exercício que deva ser repetido com freqüência, uma vez que envolve risco de infecção. As contrações dos músculos glúteos, adutores ou abdominais, a retenção do fôlego e até o abaixamento do abdome têm sido confundido com contrações dos músculos do assoalho pélvico. Para os próximos grupos sugerimos a realização de exercícios de contração perineal pois as mulheres deste grupo são todas menopausadas e como foi citado anteriormente têm uma grande chance de desenvolver uma Incontinência Urinária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada á Obstetrícia – Aspectos de Ginecologia e Obstetrícia. 3. ed. Rio de Janeiro. Medsi, 2002. [2] BORGES, R.; COLOGNA, J.; MARTINS, A.C.P; PASCHOALIN, E.L.; TUCCI, S.J.; SUAID, H.J. Incontinência Urinária no Idoso. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.21 n.2 Rio de Janeiro mar/1999. [3] FERNANDES, A.; LEME, L.; MITIKO, E.; SOLLERO, C.. Avaliação do índice de massa corpórea
Artigo | Fisioterapia, oncologia, Fisioterapia Oncológica
Fisioterapia Oncológica por
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Dr. Ricardo T. Fernandes - www.oncohemato.com.br
A
s especialidades médicas, Oncologia Clínica e Onco-Hematologia, estão em franco crescimento e hoje são, mundialmente reconhecidas e nacionalmente já são registrada junto ao Conselho Federal de Medicina e com título de Especialidade.
Ainda nesta área de atuação clínica, temos a sub-especialidade, Medicina Paliativa Oncológica que tem o escopo de tratar os pacientes portadores de tumores sólidos e hemopatias malignas, em situação clínica fora de possibilidades terapêuticas por cirurgia, quimio e/ou radioterapia e que necessitarão de cuidados médicos e paramédicos de forma contínua. Urge a criação da disciplina Fisioterapia Oncológica em cursos de graduação em Fisioterapia, bem como, a respectiva Pós-Graduação, com Especialização, Mestrado e Doutorado. É necessário e indispensável a presença do Fisioterapeuta treinado em Fisioterapia Oncológica, na equipe multidisciplinar de Saúde que atende esta modalidade de patologia crônico degenerativa. Hoje com o advento de novas cirurgias conservadoras e de terapia, a resposta comsão alcançadas, nestes paterminais com maior duqualidade de vida, quando de fisioterapia motora e plo. Há complicação fatal, no paciente geral, durante t rat a m e nto, eventos bóticos pode veniminic o m mas de A paciente mastecmama, também, fisioterapia para preveMembro Superior pós-masmento axilar.
drogas anticâncer, modalidades de técnicas conformacionais de radiopleta, cura e/ou sobrevidas largas cientes. Mesmo os pacientes ração de sobrevida e maior são submetidos a programas respiratória, por exemgrave e, muitas vezes, oncológico, em ou após o seu que são os trome que ser predo ou mizado prografisioterapia. tomizada necessita de nir a ocorrência tectomia ou qua-
por Carcinoma de programa especial de grave do Linfoedema de drantectomia, com esvazia-
O portador de melanomas de pele que faz esvaziamento glanglionar linfático também necessita de ingresso imediato em programa de Fisioterapia. O paciente de Sarcoma de Kaposi, associado ou não a SIDA-AIDS, de membro inferior, após biópsia, radioterapia e/ou bioquimioterapia, também necessita tratamento fisioterápico com drenagem linfática e outros métodos terapêuticos para prevenção e tratamento do linfoedema conseqüente. Estes são apenas alguns tópicos desta nova especialidade da Fisioterapia que se reveste de grande avanço e crescimento, sendo urgente o ingresso do Fisioterapeuta, treinado em Fisioterapia Oncológica, dentro da equipe de Saúde que trata o paciente com Câncer, Leucoses e Linfomas. O mercado de trabalho compreende as Clínicas Oncológicas/hematológicas privadas, Hospital Oncológico (público), Clínicas de Radioterapia, CACONs, Hospitais Universitários, que tenham Centro Compreensivo de Câncer. Trata-se de mercado promissor e carente de profissionais preparados em cursos de pós-graduação.
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tininha | humor - passa-tempo - tv - novidades - música - cinema - automóvel - compras -
tininha
Olá, sou eu de novo. Com tantas notícias tristes: acidentes, corrupção, etc, publicadas diariamente em nossos jornais, não custa nada reservar um espaço dedicado para diversão e uma dose de bom humor. Continuem enviando suas sugestões, piadas e curiosidades para nossa seção! E vamos descontrair um pouco. Beijos Tininha
O Gêni o Dois funcionários e o gerente de uma clínica de fisioterapia saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada à óleo. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio. O gênio diz: “Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês”. “Eu primeiro, eu primeiro !”- grita um dos funcionários. “Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!” Puf ! e ele se foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:” Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!” Puf ! e ele se foi. “Agora você” diz o gênio para o Gerente. -” Eu quero aqueles dois de volta ao trabalho logo depois do almoço! “ Moral da História: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.
O Asno Durante a aula, o professor se dirige ao aluno e pergunta: - Quantos rins nós temos? - Quatro! Responde o aluno. - Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que se comprazem em tripudiar sobre os erros dos alunos. - Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala - ordena o professor a seu auxiliar. - E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre. O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre: - O senhor me perguntou quantos rins “nós temos”. Nós temos quatro: dois meus e dois teus. “Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.”
Você emprega bem, os pontos e vírgulas? Façamos um teste. Coloque dois pontos finais e duas vírgulas na frase abaixo para que ela faça sentido!
“Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha por favor” Complicado né?! Bom, é que tem uma pegadinha na frase. Veja a piadinha que vou contar agora e volte a ler a frase. Talvez você mate a charada. A moça se preparou para ir ao ensaio da Mangueira. Chegando lá, um sujeito sudorento pede pra dançar com ela. Para não arrumar confusão, ela aceita. Mas o cara suava tanto que ela já não estava suportando mais! A moça foi se afastando, e disse: - Você sua, hein! Ele puxou-a, lascou um beijo e respondeu: - Também vou ser seu minha princesa! 32 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
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S EM MARROCOS SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBU Agora leia de traz para frente! E já que estamos falando em pontuação... O que muda com a reforma da língua portuguesa As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema. Veja abaixo quais são as mudanças. HÍFEN Não se usará mais: 1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em “antirreligioso”, “antissemita”, “contrarregra”, “ultrassom”. Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, “hiper-”, “inter-” e “super-”- como em “hiper-requintado”, “interresistente” e “super-revista” 2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: “extraescolar”, “aeroespacial”, “autoestrada” TREMA Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados ACENTO DIFERENCIAL Não se usará mais para diferenciar: 1. “pára” (flexão do verbo parar) de “para” (preposição) 2. “péla” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo) 3. “pólo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”) 4. “pélo” (flexão do verbo pelar), “pêlo” (substantivo) e “pelo” (combinação da preposição com o artigo) 5. “pêra” (substantivo - fruta), “péra” (substantivo arcaico - pedra) e “pera” (preposição arcaica) ALFABETO Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k”, “w” e “y” ACENTO CIRCUNFLEXO Não se usará mais: 1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus derivados. A grafia correta será “creem”, “deem”, “leem” e “veem” 2. em palavras terminados em hiato “oo”, como “enjôo” ou “vôo” -que se tornam “enjoo” e “voo” ACENTO AGUDO Não se usará mais: 1. nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”, “idéia”, “heróica” e “jibóia” 2. nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca” 3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem GRAFIA No português lusitano: 1. desaparecerão o “c” e o “p” de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como “acção”, “acto”, “adopção”, “óptimo” -que se tornam “ação”, “ato”, “adoção” e “ótimo” 2. será eliminado o “h” de palavras como “herva” e “húmido”, que serão grafadas como no Brasil -”erva” e “úmido” A frase depois de acentuada fica: Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha por favor.
contando suas histórias e sugestões.
SOBE... A equipe da Revista Fisio&terapia lançou sua segunda revista. Esta trata do Bairro onde a redação fica instalada. Qualquer pessoa pode ler a nova edição que fica disponível no site www.revistaleblon.com.br. SOBE... Ginástica Laboral com Fisioterapeutas. De acordo com prerrogativas legais o CREFITO-2 baixou atos complementares a Resolução COFFITO 259/2003; criando a Resolução CREFITO-2 N° 22/2007 que trata o uso da Ginástica Laboral e outros procedimentos. SOBE... A tese da fisioterapeuta Dra. Marisa Pereira Gonçalves, da Universidade Federal de Santa Maria-RS, foi destaque na edição 1971 da Revista ISTO É. SOBE... Em Porto Alegre, foi detida uma estudante de 23 anos, apontada como “laranja” de uma quadrilha que desviava dinheiro pela Internet. Ela foi presa quando participava da cerimônia de conclusão do curso de Fisioterapia. DESCE... A aluna MICHELE LEITE da UNICASTELO apaixonada pela fisioterapia foi uma das vitimas do vôo 3054 da TAM. A Revista, presta suas condolências aos familiares e colegas da Michele. DESCE... Em pouco mais de cinco anos, o número de vagas em cursos superiores de saúde praticamente dobrou no Brasil, segundo um estudo realizado pelo Ministério da Educação. Só na fisioterapia foi 122,52% www.novafisio.com.br • ed. 58|2007 • 33
agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE OUTUBRO 10% 19 a 21 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 2567-8561 19 a 21 Enfoque da Fototerapia na Dermatofuncional Rio de Janeiro RJ (21) 3970-3715 10% 20 Prática em Pompages - Liberação Mio-fascial Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 20 e 21 II Seminário de Fisioterapia Dermato-Funcional da U.G.F Rio de Janeiro RJ (21) 9999-1255 10% 20 e 21 Curso de Fisioterapia Respiratória em UTI Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 20 e 21 Mobilização Neural Belo Horizonte MG (21) 2530-8294 / 2530-2850 10% 20 e 21 Curso de Formação em Yoga-Massagem Ayurvédica São Paulo SP (11) 3034-4645 / 9961-0055 10% 20 e 21 Estabilização Dinâmica da Unidade Funcional Inferior - Mód. 3 e 4 Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 20 e 21 Abordagem Terapêutica e Preventiva de Fibroses e Aderências Vitória ES (27) 9231-5243 23 e 24 II Simpósio de Fisioterapia Hospitalar do Hospital Geral de Goiânia Goiânia GO (62) 3221-6043 24 a 28 ISO-RDM-STRETCHING Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 24 a 28 IBO - Osteopatia Técnicas Músculo-Esqueléticas e Técnicas Cranianas Florianópolis SC (48) 3024-6313 25 a 29 RPG / RDM Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 26 a 28 Dermato Funcional Corporal - Teoria e Prática (Completo) Patrocínio MG (34) 3831-5699 26 a 28 XVI Curso de Formação de Consultor em Ergonomia e Método CNROSSI São Paulo SP (11) 3645-0223 27 Curso Avaliação & Intervenção em Bebês Niterói RJ (21) 2705-0517 27 Programa Intensivo de Certificação do Método Joseph Pilates São Paulo SP (11) 9613-0014 10% 27 e 28 Curso de Formação em Yoga-Massagem Ayurvédica São Paulo SP (11) 3034-4645 / 9961-0055 27 e 28 Mobilização Neural Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 27 e 28 RPG Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 10% 27 e 28 Reabilitação Cardíaca - Fisiologia e Fisiopatologia Cardíaca - Mód. 2 Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 27 e 28 RPGS Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 27 a 29 XII Congresso Nacional de Acupuntura e Moxabustão Niterói RJ (21) 2719-4808 / 8879-3641 27 a 11 Programa Intensivo de Certificação no Método Joseph Pilates - Aparelhos São Paulo SP (11) 9613-0014 31 a 04 Formação em Osteopatia - Mód. IV São Paulo SP (11) 6886-4504 / 9341-0923 20% 31 a 04 IBO - Osteopatia - Tècnicas Músculo-Esqueléticas e Técnicas Cranianas Porto Alegre RS (51) 7813-3204 NOVEMBRO 10% Em Nov Curso de Pilates Completo + Pilates on the Ball Rio de Janeiro RJ (21) 2486-9800 01 a 05 Kabat Vallejo no Brasil São Paulo SP 0800 400 7008 01 a 11 RPG / RDM Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 02 a 04 Pilates Avançado: Solo, Bola e Acessórios com o Exclusivo Mat Wall Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 02 a 06 Halliwick Integrado (Básico + Avançado) São Paulo SP (21) 3478-1700 02 a 11 Hidroterapia Internacional (J. Lambeck) São Paulo SP (21) 3478-1700 03 e 04 Curso de Reabilitação do Joelho - Mód. III e IV Maringá PR (41) 3019-2828 / 9973-0610 05 a 09 RPG Souchard - 3ª fase Brasília DF (27) 3349-0799 / (61) 3338-8695 06 a 09 CIRMA - I Congresso Internacional de Reabilitação Músculo Esquelética da Amazônia Belém PA (91) 3228-2050 06 a 11 Pilates RDM® Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 07 Ciclo de Capacitação CREFITO/5 em Fisioterapia Desportiva Porto Alegre RS www.crefito5.com.br 07 e 08 Bad Ragaz São Paulo SP (21) 3478-1700 08 e 09 Pilates Internacional - Saúde da Mulher Ribeirão Preto SP 0800 400 7008 10% 09 a 11 Curso Avançado de Pilates na Dor Lombar e Disfunções Lombo-Sacra Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 09 a 11 Encontro Universitário Caldas Novas GO (64) 8412-6267 10 e 11 Curso de Pilates na Água Porto Alegre RS (48) 3228-9898 10 e 11 Curso de Reabilitação do Joelho - Mód. III e IV Florianópolis SC (41) 3019-2828 / 9973-0610 10 e 11 Relaxamento Aquático e Gerenciamento de Dor Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 10% 10 e 11 Reabilitação Cardíaca - Fisiologia e Fisiopatologia Cardíaca - Mód. 3 Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 10 a 13 Pilates Clínico Internacional Ribeirão Preto SP 0800 400 7008 10 a 24 Curso Formação no Método Pilates Rio de Janeiro RJ (21) 2572-1862 10% 11 e 12 Identificação de Arritimias Cardíacas ao Monitor Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 12 a 16 Halliwick Integrado (Básico + Avançado) Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 10% 09 a 11 Curso Avançado de Pilates na Dor Lombar e Disfunções Lombo-Sacra Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 09 a 11 Encontro Universitário Caldas Novas GO (64) 8412-6267 10 e 11 Curso de Pilates na Água Porto Alegre RS (48) 3228-9898 10 e 11 Curso de Reabilitação do Joelho - Mód. III e IV Florianópolis SC (41) 3019-2828 / 9973-0610 10 e 11 Relaxamento Aquático e Gerenciamento de Dor Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 10% 10 e 11 Reabilitação Cardíaca - Fisiologia e Fisiopatologia Cardíaca - Mód. 3 Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 10 a 13 Pilates Clínico Internacional Ribeirão Preto SP 0800 400 7008 10 a 24 Curso Formação no Método Pilates Rio de Janeiro RJ (21) 2572-1862 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR 34 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE NOVEMBRO 10% 11 e 12 Identificação de Arritimias Cardíacas ao Monitor Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 12 a 16 Halliwick Integrado (Básico + Avançado) Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 12 a 18 Hidroterapia Internacional (J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 14 a 17 I Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva Ouro Preto MG www.sonafe2007.com.br 10% 15 a 18 Curso de Formação em Yoga-Massagem Ayurvédica São Paulo SP (11) 3034-4645 / 9961-0055 15 a 18 Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho - Mód. II São Paulo SP (11) 5083-0590 / 5549-3207 16 e 17 Curso de Reabilitação do Joelho - Mód. III e IV Porto Alegre RS (41) 3019-2828 / 9973-0610 17 e 18 Bad Ragaz Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 21 a 24 Curso de Drenagem Linfática Método Vodder - Mód. II São Paulo SP (11) 6672-3205 22 a 27 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 24 Curso de Ventilação Mecânica em UTI Rio de Janeiro RJ (21) 2705-0517 10% 24 e 25 Reabilitação do Joelho Rio de Janeiro RJ (21) 3970-3715 24 e 25 I Congresso Internacional de Postura Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 10% 24 e 25 Atividade Física e Saúde Funcional para Seniors Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 10% 24 e 25 Curso de Fisioterapia Respiratória em UTI Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 DEZEMBRO 01 XI Jornada do CREFITO 2 Rio de Janeiro RJ www.crefito2.org.br 10% 01 e 02 Theraband Academy “Balance, Bolas e Bandas” Rio de Janeiro RJ (21) 3970-3715 03 a 14 Curso Básico Neuroevolutivo - Conceito Bobath - 4ª Etapa Rio de Janeiro RJ (21) 2522-6291 05 a 09 Pilates RDM® Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 06 a 09 II Conferência Sul-Americana Physiopilates / Polestar Salvador BA (71) 3261-8000 10% 08 e 09 Curso de Fisioterapia Respiratória Em Uti Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2224-7744 17 a 21 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma A - 3º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 JANEIRO/2008 10% 18 a 20 Pilates Avançado na Obstetricia Pré e Pos-Parto Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 22 a 27 V Curso Internacional de Linfologia e Drenagem Linfática Manual Medical Fortaleza CE (11) 3079-0925 / 3168-2592 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR
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FisioPerfil | sempre uma breve entrevista de quem tem uma longa história.
Helder Montenegro Em que ano e em qual faculdade se formou? 1985 Universidade de Fortaleza-UNIFOR. Cidade, estado? Fortaleza - CE Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Ter ido para o Instituto Fazzi Amatuzzi em São Paulo após a conclusão do curso de Fisioterapia em Fortaleza (1985) e iniciado os estudos de fisioterapia manual 1988.
Qual foi a pior coisa que fez na vida? Acredito que fiz e continuo fazendo muitas coisas boas para fisioterapia e as poucas decisões e escolhas ruins que fiz, vejo sempre como aprendizado e lições de vida, portanto faria tudo outra vez. O que você mais gosta na profissão? Quando os pacientes e seus familiares reconhecem a importância da fisioterapia na resolução dos seus problemas de saúde. O que você odeia na profissão? Os picaretas que surgem diariamente na fisioterapia com técnicas milagrosas para enganar os estudantes e os novos colegas, como, também, a falta de critérios mais rigorosos para implantação de cursos de graduação e pós-graduação no nosso país. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? Ética e honestidade. Que qualidade detesta nos profissionais que te cercam? Quando eles têm tempo e não o aproveitam para estudar e quando falta iniciativa e dedicação. Qual sua maior virtude? Ajudar e orientar os colegas que estão iniciando em sua profissão, continuar estudando e empreendendo na Fisioterapia. Qual seu pior defeito? Não ser organizado. Se pudesse mudar algo, o que seria? Diminuir o número de faculdades de fisioterapia no nosso país e melhorar a oferta de trabalho para fisioterapeutas. Qual maior mentira já contou? Existem pacientes que querem retornar precocemente as suas atividades esportivas ou até mesmo ao trabalho, para eles uma mentira tipo: vai botar a perder a cirurgia, pode fraturar novamente, vai romper etc. sempre cai bem. Qual foi o fato mais inusitado em sua profissão? A minha mudança da Fisioterapia Convencional para Fisioterapia Manual, não só me ajudou muito com a independência profissional, como pude contribuir para divulgação destas novas técnicas em todo o Brasil. Qual foi o fato mais cômico? O ITC Vertebral recebe diariamente inúmeros e-mails através dos quais pessoas de diversas partes do mundo buscam ajuda e esclarecimento para seus problemas clínicos. Daí vem esta pérola: “Tomei uma queda a 01 mês e quebrei o cotovela, mas a coluna ficou doando e a gorra estou com muitas dores e fica irradiando para a barriga e fico com vontade de fazer coco. O que será isto?Já tem 03 dias.” 38 • ed.58 | set/out 2007 • F&T
Quem é | Dr. Helder Montenegro
Contribuiu para divulgar a Fisioterapia Manual em todo o Brasil, organizando e ministrando cursos, palestras e congressos. Esta formatando a primeira franquia de Fisioterapia no Brasil.
Qual seu maior arrependimento? Só agora aos quarenta e poucos anos resolvi aprender Inglês, deveria ter estudado antes. Qual dica daria aos colegas? Estudar, ver e atender muitos pacientes é melhor que muitas pós-graduações, fazer um curso especifico na sua futura área de atuação, vendo se o mercado nesta área não está saturado e, por fim, procure mostrar o seu trabalho (marketing) com ética. Qual objeto de desejo? A nova mesa de “drop” e Flexion Distracion Ergostyle Hylo do Chattanooga Group Inc. Diga um desafio? Contribuir para que a fisioterapia brasileira seja reconhecida e conhecida por todas as classes sociais do nosso país, pois sabemos que menos de 20% da nossa população conhece e tem acesso a esta profissão, e desta forma ampliaríamos o mercado de trabalho. Quer fazer alguma divulgação? III Congresso Internacional de Fisioterapia Manual. www.fisioterapiamanual.com.br
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