Edição 60

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ISSN 1678-0817

Caro leitor, renovação é a palavra chave. Após doze meses existe o cansaço natural, mas o início de um novo ano nos da forças para novos desafios. Mais doze meses pela frente e começamos com o pé direito. Queremos agradecer a parceria que existiu durante o ano que passou e deixar claro o desejo que possamos continuar cúmplices em mais uma jornada, ou seja, o decorrer do ano de 2008. Sempre cumprindo a promessa de aperfeiçoar a publicação com o objetivo de oferecer um produto cada vez melhor para você leitor, estaremos apresentando novidades a partir deste número da NovaFísio. Você poderá conferir o novo caderno de fisioterapia estética na página 17, mas além disso, agora teremos também reportagens sobre beleza, sexo, comportamento, alimentação e outras que farão parte da publicação. Aguardem e confiem neste novo desafio proposto pela revista. Dr. Oston Mendes Fisioterapeuta e editor.

| editorial

| Equipe

| protocolo 05 Cartas 26 Crochetagem 06 Clipping de notícias 28 O Papel da Família no 07 Frases e Coluna Social Cuidado do Paciente AVC 08 Coluna do Prof. Luis Guilherme 32 Contos da Tininha 12 Ecstasy uma droga em expansão 34 Agenda de eventos 14 Cinesioterapia Clássica Versus 38 FisioPerfil com Hidrocinesioterapia Vilma Natividade. 17 Caderno de Estética - NOVO 19 Pós Peeling de ATA: Como eu trato 20 Atuação Fisioterapêutica em Paciente Queimado 23 Efeitos do Método Pilates no Alongamento da Cadeia Posterior 10 Entrevista com a cantora Beth Carvalho

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Turbilhão | cartas - escreva também e leia outras cartas no site. Pilates Physio Pilates apresenta a novidade que promete movimentar estúdios em todo o país. A pioneira no método de Pilates na América do Sul lança o Gyrotonic® Exótica.

nas articulações, melhora a amplitude dos movimentos e ajuda na reabilitação de lesões. Mais sobre a Physio Pilates Pioneira no Pilates no Brasil – e trazida por Alice Becker –, a Physio Pilates atua nas áreas de fabricação de equipamento, treinamento e certificação de profissionais no método e também na criação e confecção de roupas para a prática do Pilates. Desde 1991 no Brasil, a Physio Pilates é a principal responsável pela difusão e expansão dessa metodologia em toda a América do Sul.

Quem preza por saúde, qualidade de vida e gosta de manter a forma, já conhece a eficiência da prática do Pilates. Com um sistema de exercícios que visam melhorar a flexibilidade, condicionamento físico, consciência corporal, equilíbrio e força muscular, por meio do controle da respiração, o método conquistou milhões de pessoas e virou febre em todo o mundo. Atenta às novidades do mercado, a Physio Pilates acaba de lançar o aparelho Gyrotonic® Exótica. Baseado na técnica internacional do especialista Juliu Horvarth, o aparelho foi desenvolvido especialmente para a empresa pelo próprio fundador do método, em conjunto com Cláudio Soares, presidente da Physio Pilates. O mais conhecido dentre os equipamentos do sistema Gyrotonic ganhou um novo design e hoje a empresa possui a licença exclusiva para comercializar o aparelho em toda a América do Sul. Outra novidade apresentada pela Physio Pilates é o EXOTICA BENCH ®, um banco que permite o uso do aparelho por mais de um usuário. Além dos benefícios tradicionais das atividades físicas, o equipamento funciona como uma terapia holística que atende pessoas dos mais diversos estilos de vida. Desenvolve força, flexibilidade, eficiência e fortalece a região abdominal. Além disso, alivia dores

Fonte: Rafaela Prieto e Natalie Hornos Tel: (11) 3026-9209 / 3026-9225 E-mails: rafaela@d-aonline.com.br / natalie@d-aonline.com.br Congresso X CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA CRANIOMAXILOFACIAL Especialistas nacionais e internacionais debatem trauma de face em São Paulo Importante problema de saúde pública no Brasil, as deformidades craniofaciais, assim como o trauma de face, estarão em pauta no X Congresso Brasileiro de Cirurgia Craniomaxilofacial, de 12 a 14 de junho de 2008, em São Paulo. Promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial (SBCC), sob o mote Trauma no Século XXI, reunirá fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neurocirurgiões, ortodontistas, otorrinolaringologistas, cirurgiões plásticos e de cabeça e pescoço do mundo todo. “Nesta edição, o trauma de face será o tema central, pois, além de sua relevância em termos de saúde pública, é um assunto desafiador em nossos dias, pois a violência e os acidentes automobilísticos são responsáveis por grande parte desses problemas e por seus desdobramentos socioeconômicos. Teremos discussões

técnicas e, sobretudo, apresentações de propostas de medidas preventivas mais efetivas”, adianta o presidente da SBCC, Dr. Nivaldo Alonso. Convidados internacionais da Itália, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, Equador e Colômbia já estão confirmados. Do cenário nacional, importantes especialistas em cirurgia craniomaxilofacial também participarão por meio de aulas, mesas-redondas, simpósios e conferências. Além disso, uma exposição científica mostrará as mais atuais linhas tecnológicas de equipamentos e fármacos. No X Congresso Brasileiro de Cirurgia Craniomaxilofacial médicos e outros profissionais de saúde debaterão a fratura da face em criança, o traumatismo da face (prevenção e tratamento atual), o tratamento das fissuras lábios palatinas, as osteotomias da face (inovações em diagnóstico e terapêutica), as fissuras faciais raras e encefaloceles, tumores de base de crânio, vias de acesso e endoscopia, reconstrução póstumores e pós-trauma, uso de células-tronco em cirurgia craniofacial (andamento das pesquisas), anomalias vasculares da face, entre outros temas. No dia anterior ao início do Congresso, está prevista ainda a realização do III Concurso para Obtenção de Certificado de Área de Atuação em Cirurgia Craniomaxilofacial do Conselho Federal de Medicina. “Trata-se de um grande destaque do evento, com relevância incontestável para a consolidação da área em nosso país”, pondera o Dr. Nivaldo Alonso. O X Congresso de Cirurgia Craniomaxilofacial acontece no Maksoud Plaza, em São Paulo, Capital. Mais informações em www.sbcc.org.br ou (11) 33412980 e 3207-8241.

das 8h às 19h Local: Maksoud Plaza Endereço: Alameda Campinas, 150 São Paulo. Informações: (11) 3341-2980 ou 3207-8241 Fonte: Assessoria de Imprensa Acontece Comunicação e Notícias (11) 3873.6083 / 3871.2331

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X Congresso de Cirurgia Craniomaxilofacial Data: de 12 a 14 de junho de 2008 Horário: www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 5


turbilhão | clipping de notícias NASF O fisioterapeuta no Programa Saúde da Família e suas novas perspectivas Considerando que o Programa Saúde da Família é um recurso estratégico de atenção à saúde, que prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde da população de forma integral e contínua, incorporando os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) - Universalização, Descentralização, Integralidade e Participação através do controle social - torna-se notória a importância da presença do profissional fisioterapeuta nesse contexto, como forma de reafirmação desses princípios estabelecidos pelo SUS. Muito mais que uma reivindicação da categoria, a inclusão do fisioterapeuta no Saúde da Família, inicialmente, através da portaria 1065 do Ministério da Saúde, que criou os Núcleos de Atenção Integral ao Saúde da Família, e, recentemente, com a concepção do NASF - Núcleos de Apoio ao Saúde da Família - vem representar um grande avanço na qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS, tendo em vista a possibilidade de ampliação da resolutividade e reafirmação do direito a assistência integral à população, dados confirmados pela equipe do PROESF – Projeto de Expansão e Consolidação do Saúde da Família do Ministério da Saúde. Nesse sentido, entende-se saúde não como avessa à doença, mas como a busca do equilíbrio do ser humano, devendo, portanto, romper os estreitos limites da assistência curativa e avançar para modelos de assistência multiprofissional que viabilizem ações, sobretudo, no âmbito da promoção da saúde, gerando qualidade de vida, efetividade dos indicadores de SAÚDE e não de doenças, como convivemos na atualidade e, como conseqüência, economia de recursos para os cofres públicos. O Fisioterapeuta, até pouco tempo, apresentava pouco destaque na atenção primária / básica da saúde. Muitos currículos dos cursos de Fisioterapia existentes no Brasil priorizam a formação centrada na assistência curativa, valorizando pouco o modelo assistencial vigente. Com o avanço dos debates no tocante à reforma curricular, a nova LDB e as parcerias de cooperação técnica firmadas entre os Ministérios da Educação e Saúde, ABENFISIO – Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia – Sistema COFFITO / CREFITOS – Conselho Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e, mais recentemente, com a realização do CONAFISC – Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde Coletiva – uma nova proposta curricular vem sendo implementada, sinalizando para a formação de profissionais generalistas, com visão crítica e reflexiva, contemplando, sobretudo, os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde, o que, a médio e longo prazo, nos dará a certeza de poder contar com um número expressivo de profissionais “moldados” para a realidade da assistência à saúde no Brasil. Entendemos que essa dicotomia e certa falta de “identidade” do profissional fisioterapeuta, no tocante ao seu verdadeiro papel na atenção primária / básica, tem sido um grande obstáculo para a sua efetivação no Saúde da Família. Devemos destacar, principalmente, nosso papel como “agentes” multiplicadores de saúde, suprimindo o foco “as-

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sistencialista” que culturalmente se tem da atuação do fisioterapeuta na saúde. Além disso, destacar sua atuação em constante interação com a equipe multiprofissional e interdisciplinar nas Unidades de Saúde da Família, e os benefícios gerados à população assistida. Agora, mais do que nunca, é o momento de reivindicarmos nosso espaço nesse contexto. Na XIII Conferência Nacional de Saúde ocorrida de 11 a 18 de novembro de 2007, em Brasília/DF, os delegados aprovaram como diretriz da conferência a implantação da Política Nacional de Saúde Funcional, que tem como objetivo a prevenção funcional dos usuários do SUS e a inserção dos serviços de fisioterapia junto às equipes do Programa Saúde da Família. No dia 25 de janeiro de 2008, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autorizou, através da portaria ministerial 154, publicada no Diário Oficial da União, a implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf ), que reunirão profissionais de diversas áreas no atendimento à população. A partir de agora, os municípios podem dar início ao projeto de criação do Nasf para atender a população local. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família são um reflexo de uma iniciativa que vai ampliar o número de profissionais vinculados às equipes de Saúde da Família (SF). Os núcleos reunirão profissionais das mais variadas áreas de saúde, como médicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educação Física, nutricionistas, acupunturistas, homeopatas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Esses profissionais atuarão em parceria com as equipes de Saúde da Família. O objetivo dos núcleos é ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, complementando o trabalho das equipes do SF. Agora, cabe a cada um cumprir o papel de agentes DE CONTROLE SOCIAL, cobrando e fiscalizando, para que nossos municípios solicitem credenciamento ao NASF, possibilitando, a milhões de brasileiros, o acesso a serviços até pouco tempo restritos, e com benefícios ao Sistema Único de Saúde, a partir da inserção dessas categorias previstas no NASF, além de favorecer o profissional fisioterapeuta. ALGUNS BENEFÍCIOS DIRETOS PARA O SISTEMA DE SÁUDE: 1– Redução do número de encaminhamentos a diversas especialidades 2– Redução dos custos e das listas de espera para o nível secundário do sistema de saúde, onde está alocada, em grande parte dos municípios brasileiros, a assistência fisioterapêutica, em virtude do citado no primeiro item; 3– Ampliação da humanização da assistência à saúde; 4– Intensificação de atividades de promoção da saúde e prevenção de agravos, em parceria com os demais membros da equipe de Saúde da Família, na realização de grupos operativos de assistência ao pré-natal, à terceira idade, a crianças / adolescentes, a atividades preventivas escolares, à saúde do trabalhador, além de outras atividades. Por: Fabiano Moreira da Silva, e Vinícius Lana Ferreira


turbilhão | frases, coluna social “Nós temos uma lei. A fisioterapia não é terra de ninguém, ela possui donos, e tanto por direito quanto por lei esses donos somos nós, fisioterapeutas.” [Vitor Vasconcelos, Acadêmico de Fisioterapia, em resposta ao Capitulo III, Seção II da Resolução Nº 167 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)]

“O fisioterapeuta é o profissional capacitado para avaliar as alterações cinético funcionais, prescrever e adaptar as órteses e próteses.” [Dr. Antonio Vital Sampol]

coluna social | 2ª Conferência Sul-Americana Physio Pilates 06 à 09 dez 2007.

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Crônica | Coluna Prof. Luis - luisguilherme@novafisio.com.br

Feliz 2008 por

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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa

ntão, Começou tudo de novo. Sai ano, entra ano e tudo continua quase igual ao que era. Sim, digo quase igual porque as coisas nunca se repetem, sabe aquela coisa de que um raio nunca cairá no mesmo lugar? Tipo Lulu – “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...” Entretanto, algumas coisas se repetem, como aquela promessa de emagrecer, começando a dieta primeira na segunda-feira depois do feriado e coisas parecidas, ou mesmo a adoção de posturas mais profissionais de nossa parte. Essas coisas não mudarão nunca, porque precisamos manter firme o leme. Tem coisas que precisamos repetir todos os dias, reafirma-las a cada segundo. Tá certo, que tem coisa que já encheu o saco, tipo encaminhamento médico com prescrição, não tem coisa mais ridícula, mas se você já não se agüenta mais diz para o paciente assim: - o (a) Sr(a). me desculpe, mas eu não seguirei essa prescrição porque seu médico entende de medicina, de fisioterapia entendo eu! Ou então, se estás afim de esquentar a cabeça e dar umas chacoalhadas naquele colega médico que anda passando dos limites, liga para ele e pergunta assim (diante daquela prescrição de LASER 10 sessões) – quem está falando aqui é o Dr. Fulano de Tal, sou fisioterapeuta do Sr. Sicrano, e como o colega prescreveu o LASER para nosso paciente eu preciso de alguns esclarecimentos: “estamos falando do ArGa ou do HeNe?”, “Quantos Joules/Cm2 o colega sugere?”, “Sua sugestão é para aplicação em varredura ou pontual?”. Muito provavelmente você ouvirá do outro lado da linha aquela colocação: - ah isso é com vocês, eu só prescrevi porque achei interessante! Responda, então: - caro colega, você não me verá prescrevendo medicamento, ou indicando cirurgias, logo não prescreva um recurso que você não conhece. Pois é, mas lembrem-se que o médico não é inimigo, apenas falta sincronismo, pois quando eles conhecem nosso trabalho, e este é bem feito, claro, as coisas fluem de forma bem natural com parcerias maravilhosas onde o paciente é o maior beneficiado. E o ano segue com agenda nova, novos cursos, novos eventos e tudo o mais. Para alguns novos(as) namorados(as), novos casamentos para outros, outros tantos com novos filhos, ainda há os que têm novas matérias na faculdade, ou mesmo novos pacientes, mas atenção aos compromissos. Compromisso com resultados, com pacientes, com os colegas de outras áreas, com os colegas da mesma área, com alunos, com professores, com tudo. É muito comum ouvirmos dizer que o grande inimigo do fisioterapeuta é o próprio fisioterapeuta, mas devemos reverter isso. É claro que tem aqueles que falam pelas costas, agindo de forma bem falsa, mas há também aqueles que são amigos e sinceros. Há aqueles que dão rasteiras, mas há os que te procuram e te oferecem atividades, te chamam prá trabalhar junto. Há os que escondem o jogo, mas há os que te ensinam tudo que sabem. Cabe ressaltar que essas características são inerentes aos seres humanos, logo encontraremos esses tipos em todos os lugares, em todas as profissões e por aí vai, mas você pode escolher o grupo de atuação. Quanto mais limpo você se colocar diante da vida, melhor será seu relacionamento com ela, quanto mais positivo você se mantiver, melhor serão seu resultados, independentemente de quem estiver a sua volta. Esse papo de energia positiva é realidade, é a física do terceiro milênio que está chegando inexoravelmente. Começaremos a valorizar o pensamento como fonte geradora de larvas benignas ou malignas, como elemento plasmador de formas pensamento e... (viajei, viajei, mas é bem por aí, porém discutiremos esse assunto em alguma disciplina de biofísica lá no futuro). Desejo que todos vocês construam um 2008 de sucesso, pois as coisas não mudam, mudamos nós, logo, mais que desejar é preciso construir. Sorte, na minha concepção, é a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, mas preparado, senão vira azar. Quero deixar um beijo especial para o Dr. Vinicius Rangel Teixeira, para a Dra. Gabriela Avolio e para Dra. Maura Cobra, que defenderam dissertação no mestrado do PSF da UNESA e para o bom amigo Dr. Jadson Madeira (cujo apelido muito carinhoso me reservo o direito de não revelar, mas que é inseparável) e para o Dr. Cláudio Queiroz lá de São Pedro da Aldeia (viu pessoal, sair do grande centro é sempre muito bom), premiados no COBRAF pelo melhor artigo publicado.

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo! Peter Drucker

Prof. Luís Guilherme Barbosa Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda.

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Entrevista | A sambista Beth Carvalho

Beth Carvalho por | Eduardo Tavares fotos | Guto Costa

“Muitas pessoas que se machucam tomam remédios e no primeiro sinal de melhora, em uma semana, já recomeçam suas atividades. O problema passa a ser crônico se não tratado com paciência”. 10 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, em 5 pela família, ainda na infância. Aos oito anos, ouvia emocionada as grandes amigos de seu pai. Sua avó Ressú, tocava bandolim e vio cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa No todos. No início dos anos 70, passou a lançar um disco por ano e s “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Coisinha do Pai”, e “Vou Festejar”. compositores do samba. Ela passou a ser chamada de Madrinha do S do Samba. O mais recente trabalho da cantora é o DVD “Beth Carvalho canta Teatro Castro Alves, em Salvador, onde faz um apanhado da músi Aqui ela conta para NovaFisio qual o panorama atual do samba e so no carnaval de 2007.


de maio de 1946. Seu contato com a música foi incentivado canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, olão. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, surgia a ova também. Vieram os festivais e Beth participou de quase se tornou sucesso de vendas, emplacando vários deles como Beth também é reconhecida por resgatar e revelar músicos e Samba. É aclamada também como Diva dos Terreiros e Rainha

o Samba da Bahia”, um projeto ao vivo, gravado em 2006 no ica brasileira feita e interpretada por compositores baianos. obre o seu problema na coluna lombar que gerou o incidente

C

asas especializadas em samba estão sendo abertas na cidade. Como você vê o crescimento e a aceitação do estilo musical entre as classes média e alta atualmente? É muito positivo. Vejo cada vez mais gente abraçando o samba. Muitas cantoras novas estão incluindo o samba no repertório, como é o caso de Maria Rita. Mas acredito que o preconceito ainda exista contra ele no Brasil e no exterior. Contra o carnaval em si não, pois é exuberante e gira em uma esfera de espetáculo, mas na hora das pessoas freqüentarem uma roda de samba ou pagode, a conversa é outra. E a sua relação com a Mangueira? Ficou abalada depois do acontecimento de 2007? Não. Eu sou verde e rosa de coração. Este ano, desfilei na Viradouro em um quadro da Mangueira em homenagem a seu fundador, Cartola. Parte da diretoria ainda me deve desculpas. Durante o episódio do carnaval de 2007, muitas alas me reverenciaram, algumas pessoas chegaram a chorar. A causa de todo o incidente foi o seu problema na Coluna lombar? Tenho estenose na lombar e artrose no fêmur. Fico muito tempo em pé cantando. Hoje nos shows, eu simulo um momento em que estou num botequim sentada para que possa agüentar. Como você convive com as dores? Dói andar ou ficar de pé muito tempo. Se estiver sentada não tenho problema. E como vem tratando do problema? Com a Antiginástica. É extremamente revolucionária. Faço religiosamente. Eu trabalho músculos que não utilizava, como o do dedo mindinho do pé, por exemplo. Coloco meu corpo no eixo. Faço sessões uma vez por semana, uma hora e meia. Tentei todos os tratamentos mas nenhum surtia efeito ou aliviava meu problema. Me adaptei a Antiginástica. Ela trabalha os músculos anteriores do corpo. Como foi participar pela primeira vez do Festival de Verão de Salvador? A recepção foi maravilhosa. Cantei músicas do meu novo DVD Beth Canta o samba da Bahia. Eu recebi o título de cidadã baiana pelo deputado estadual Javier Alfaya, do PC do B. Haverá uma cerimônia para entrega oficial, ainda sem data prevista E os planos para 2008? Vou fazer uma temporada de shows no primeiro semestre por toda a Bahia. Contarei com a participação de cantores locais famosos. Irei me concentrar em outras cidades baianas, não somente em Salvador. Beth Carvalho vem fazendo o trabalho corporal de Antiginástica com a Dra. Isabel Cristina Pinto. Ela explica que a técnica não é um tratamento, mas previne futuras lesões. - A Antiginástica permite reencontrar a mobilidade e a vitalidade dos músculos que os acontecimentos da vida levaram-no a retrair, a encurtar e atrofiar. - A Antiginástica Surgiu a cerca de 30 anos, tendo seu primeiro livro lançado em 1976, pela fisioterapeuta francesa Thérèse Bertherat. É um trabalho corporal que coloca o corpo no eixo – esclarece Isabel. Ela revela que a Antiginástica é um poderoso meio para o indivíduo entrar em contato com seu corpo. - Se existe um desequilíbrio em um ponto qualquer, outro músculo deverá compensar isso. No caso da artrose de Beth, ela sofre uma hipercontração contínua na perna – diz a Dra. Isabel. Ela acrescenta que, uma vez por semana, é o tempo suficiente para que os movimentos precisos e profundos do corpo possam ser registrados pelo cérebro. Todo o trabalho desde o dedão do pé até a cabeça é uma cadeia, qualquer alteração em um local tem reflexo direto em outro. - A Antiginástica exige concentração e auto conhecimento corporal afirma Isabel. Contatos: Tels.: (21) 8855-9288 / (21) 2487-1328 e-mail: bel.antigin@gmail.com www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 11


Artigo | Ecstasy

Ecstasy uma droga em expansão por | Eduardo Tavares

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fotos | divulgação

droga sintética que burla o flagrante e faz novas vítimas a cada ano

Após a prisão do maior traficante de ecstasy da Barra da Tijuca, Carlos Domingos Moreira Passo Junior, 36 anos, conhecido como Carlão, o aumento no consumo da droga sintética, que levou à morte o adolescente Lucas Francesco Amêndola Maiorano, 17 anos, intoxicado após participar de uma festa rave em Itaboraí, litoral do Rio, preocupa as famílias de classe média e alta. A utilização desenfreada da droga não para. Novos fornecedores continuam surgindo para suprir esta demanda. Alguns dias após a prisão de Carlão, policias da 16ª DP (Barra da Tijuca), prenderam seu provável substituto. M a r cel Fernandez, 26 anos, foi preso em Copacabana, Zona Sul do Rio, onde estava abrigado na casa de um amigo, desde a prisão de Carlão. Segundo a polícia, ele vendia cerca de 400 comprimidos por semana e cobrava de R$ 25 a R$ 50, por cada um deles.

e mortes pelo consumo de ecstasy, segundo alguns moradores da Zona Oeste, as raves não são os únicos eventos em que os convidados consomem a droga sintética. O ecstasy chegou com força ao Recreio. Coberturas e casas fechadas, com seus proprietários morando fora, também são utilizadas para as festas. Usuários estão extrapolando nos finais de semana. Usam abusivamente a droga sintética. Em algumas delas, relações sexuais são praticadas na varanda. Estamos preocupados com o verão, período de férias quando os jovens promovem mais eventos – denuncia um morador do Recreio dos Bandeirantes, que não quis se identificar.

O ecstasy é uma droga de difícil combate até pela característica de seus usuários, jovens bem educados e com alto poder aquisitivo, acima de qualquer suspeita. Como não circula tanto no morro, mas sim nos asfalto, dentro de condomínios de luxo, o combate ao ecstasy torna-se ainda mais complexo. A polícia precisa adentrar apartamentos de famílias de classe média alta para prender o traficante, que muitas vezes se considera poderoso e imune perante a lei.

- A droga é nova e da moda. Os jovens da região buscam o modismo e acham que o ecstay não lhes fará nenhum malefício – diz um comandante da Polícia Militar

Há uma lacuna deixada pelo Carlão na região. O tráfico de ecstasy na Barra está desorganizado e sofrendo um baque. Outros traficantes que comercializam a droga na Barra e Recreio devem ser presos. Logo surgirá um novo Carlão – alertou o delegado da 16ª DP (Barra), Carlos Augusto Nogueira Pinto. Segundo o delegado, o intenso consumo da droga por jovens da classe média e alta, cria novos fornecedores. Ele acrescenta que existem traficantes que querem ser o número um no fornecimento e irão se organizar de alguma forma para atuar na região.

- Precisamos das denúncias. A prisão do traficante Carlão foi um excelente trabalho de inteligência do delegado da 16ªDP (Barra). Durante uma simples revista pessoal o policial pode encontrar o comprimido. Mas até comprovar através de exame que é ecstasy, pode expor a pessoa ao constrangimento se comprovado que era medicamento - completa. A droga entre os jovens

Apesar de algumas festas raves estarem relacionadas a casos de prisões de traficantes 12 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

Para ele, como a polícia militar trabalha preventivamente, no caso da droga sintética, passa a ter um trabalho ainda mais difícil de identificação da droga. O comandante da PM revela a única saída para superar o problema crescente.

Em recente pesquisa, a Revista NovaFisio ouviu estudantes de fisioterapia de universidades do Rio de Janeiro. Dentre eles, muitos revelaram já ter consumido ou mesmo continuar utilizando a droga sintética. Dos cerca de 200 futuros fisioterapeutas:

• 21% já consumiram ecstasy em algum evento social. • 12% garantiram que não voltariam a experimentar a droga. • 9% disseram que continuariam a utilizar o ecstasy esporadicamente em festas. • 79% afirmaram que jamais utilizaram a droga. • 15% talvez experimentariam o ecstasy algum dia. Psicóloga diz que tratamento deve ser aceito. Na questão do combate ao ecstasy e às drogas em geral, a prevenção é fundamental. Esta é a opinião da psicóloga Maria Cristina Ihssen, diretora do Instituto Brasileiro de Estudos Avançados sobre Drogas e Estresse (Ibeade). – As nossas polícias, federal, civil e militar, têm desempenhado um bom trabalho na questão da repressão. Porém, quando se fala em tratamento, a questão se torna mais difícil – alerta a psicóloga, que também é criadora do site Museu Virtual da Droga. Ela explica que o usuário de ecstasy – tipo de anfetamina – assim como os das demais drogas dificultam a recuperação deles, pois agem com resistência. Não aceitam que a dependência de substâncias psicoativas seja uma doença. Maria Cristina diz que o usuário precisa se conscientizar da necessidade e aceitar o tratamento. – A questão financeira, tanto para a família quanto para o Estado, devido à grande incidência de internações, é outro ponto de dificuldade no tratamento ao dependente de drogas. É um tratamento caro, pois depende de uma equipe multidisciplinar, não só para o paciente como para seus familiares – afirma a psicóloga. Na opinião dela, a grande utilização de ecstasy por jovens de classe média e alta da Barra reflete um descaso dos pais, que não impõem limites a seus filhos. Pela característica de medicamento, é difícil para eles flagrarem a droga em casa. Maria Cristina alerta que os jovens em geral não têm idéia das conseqüências que a droga traz. – Além de doenças oportunistas, acidentes fatais e casos de invalidez podem ser provocados pelo uso excessivo de ecstasy com bebidas alcoólicas – lembra Maria Cristina.


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Artigo | lombalgia,

cinesioterapia, hidrocinesioterapia, incapacidade funcional.

Cinesioterapia Clássica Versus Hidrocinesioterapia por | Sthefanie Rampini , Fernanda Salvanha Santos, Fabio Marcon Alfieri

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esumo A lombalgia crônica traz incapacidade aos seus portadores. O estudo avaliou e comparou a incapacidade em pacientes com lombalgia submetidos a dois tipos de tratamentos fisioterapêuticos (cinesioterapia/hidrocinesioterapia). Participaram deste estudo 15 indivíduos, divididos aleatoriamente nos dois grupos de intervenção e avaliados através do questionário de incapacidade de Oswestry. A avaliação foi feita antes e após o programa de intervenção fisioterapêutica que durou 10 sessões. Os dados foram analisados pelo teste t de Student e MannWhitney Test com nível de significância de 5%. Ao analisar a incapacidade dos grupos, observou-se que ambos apresentaram melhora significativa após o programa de tratamento, porém quando comparados entre si, os grupos não apresentaram diferença significativa, ou seja, as duas técnicas foram semelhantes quanto aos seus benefícios para os pacientes com lombalgia crônica. Introdução A lombalgia é definida como todas as condições de dor, com ou sem rigidez, localizadas na região inferior do dorso, em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea. É caracterizada também por aumento da temperatura e espasmo muscular, dege-neração discal especialmente nos dois últimos discos intervertebrais (L4-L5 e L5 e S1) e dor irradiada para membros inferiores (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2000). A lombalgia crônica (LC) é reconhecida como uma síndrome incapacitante e caracteriza-se por dor que perdura após o terceiro mês a contar do primeiro episódio de dor aguda e pela gradativa instalação da incapacidade. Muitas vezes tem início impreciso com períodos de melhora e piora (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2000). A dor lombar é muito comum na sociedade moderna, afetando aproximadamente 80 a 85% da população em algum momento da sua vida. É a desordem músculo-esquelética de maior prevalência associada com aflição significante e perda da produtividade entre trabalhadores, além de representar grandes parcelas de gastos na área de saúde pública (TOSCANO e EGYPTO, 2001; SILVA e PEREIRA, 2002; KOLINIAK et al., 2004; BRÉDER et al. Muitos são os fatores que desencadeiam a dor na coluna lombar, entre eles: estresse postural prolongado, carga excessiva ou repetida durante o trabalho, aplicação de forças anormais sobre o corpo estático ou dinâmico, por movi14 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

mentos súbitos e inesperados que impõem estresse mecânico sobre o corpo, além de fatores psicológicos como depressão, ansiedade e outros distúrbios emocionais. A grande mobilidade lombar e o fato de suportar maior peso corporal também contribuem para o aparecimento das dores levando à alterações funcionais e incapacidade (MIDDLETON e POLLARD, 2005; BRÉDER et al., 2006; LOPES et al., 2006). A ausência de função ou incapacidade é descrita na literatura como uma limitação ou restrição para realizar as atividades da vida diária e do trabalho (KUIJER, 2006). Sendo assim ela é uma das determinantes mais importantes para a procura de assistência médica pelos indivíduos com lombalgia crônica, além de ser um tópico importante da avaliação na reabilitação do mesmo. Como a lombalgia é a doença músculo-esquelética mais freqüente, que traz consigo conseqüências como: absentismo, limitação das atividades de vida diária, aumento dos gastos públicos e privados trazendo incapacidades para a vida do portador deste agravo (TEODORI et al, 2005), há necessidade de amenizar tal situação. A reabilitação do paciente com lombalgia depende dos objetivos e da proposta de intervenção. Vários recursos terapêuticos podem ser utilizados: termoterapia, manipulações, reeducação postural, e técnicas convencionais como a cinesioterapia clássica e a hidrocinesioterapia. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a eficácia dos métodos cinesioterapia e hidrocinesioterapia sobre a incapacidade de indivíduos portadores de lombalgia crônica. Metodologia Participaram deste estudo 15 indivíduos de ambos os sexos portadores de lombalgia crônica (dor há mais de três meses). Os voluntários foram recrutados da fila de espera de atendimento para o setor de Ortopedia da Policlínica do Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP, e deram por escrito o consentimento na participação do estudo que foi aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do UNASP. Os indivíduos deveriam apresentar encaminhamento clínico de lombalgia e não deveriam realizar tratamento concomitante, exceto o medicamentoso. Não foram incluídos neste estudo aqueles que tivessem sofrido cirurgias. Os indivíduos responderam o questionário de índice de incapacitação de Oswestry para dor lombar, que quantifica o grau de incapacidade

de indivíduos com lombalgia, através da soma dos pontos das questões (0-5) sendo que quanto maior o score, maior a incapacidade. Tal avaliação, que foi realizada por examinador cegado, foi feita antes e após o programa de intervenção fisioterapêutica que teve duração de 10 sessões com uma hora cada, duas vezes por semana. Os voluntários recrutados foram divididos em dois grupos através de sorteio, um grupo que realizou hidrocinesioterapia e outro, que realizou cinesioterapia. Nos dois grupos, houve inicialmente uma palestra sobre orientação postural, e em todo o tratamento houve o cuidado de transmitir aos participantes informações sobre os cuidados com a postura, tais como: levantar-se, agachar-se, pegar objetos, entre outras. O grupo hidrocinesioterapia realizou a terapia numa piscina terapêutica com temperatura média de 33º C. Previamente aos exercícios, os voluntários foram adaptados ao meio líquido através do método Halliwick. Cada sessão foi dividida em 3 momentos: 5 minutos de aquecimento, nos quais os pacientes eram orientados a caminhar lentamente e em várias direções aumentando a velocidade gradativamente; mover membros em várias direções e ritmos embaixo d’água e correr em círculos; 40 minutos de exercícios de alongamentos e fortalecimentos dos seguintes grupos musculares: flexores e extensores de tronco, quadril e joelho e adutores do quadril, assim como exercícios de estabilização nos quais os voluntários eram orientados a permanecerem sentados e em seguida em pé se equilibrando sobre flutuadores além de andar contra um fluxo turbulento gerado pelos próprios voluntários na piscina ao se movimentarem em círculo; nos 15 minutos finais, para promover relaxamento, os voluntários realizavam flutuação em decúbito dorsal com apoio de flutuadores na região cervical, lombar e poplítea. Os terapeutas movimentavam cada voluntário lentamente gerando um fluxo de água laminar intensificando o relaxamento. O grupo cinesioterapia realizou a terapia em uma sala ampla e arejada. Cada sessão foi dividida em 3 momentos: 5 minutos de aquecimento nos quais os pacientes eram orientados a caminhar movimentando os membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) em diferentes direções; 40 minutos de exercícios de alongamentos e fortalecimentos dos seguintes grupos musculares: flexores e extensores de tronco, quadril e joelho e adutores do quadril; os exercício eram feitos nos colchonetes e em pé utilizando bastões e bolas terapêuticas; os exercícios de estabilização


eram realizados na bola terapêutica, os pacientes eram orientados a buscar equilíbrio ao se posicionarem na bola nas posturas indicadas (sentado e decúbito ventral com e sem apoio bipodal) estas eram modificadas de acordo com o grau de dificuldade do paciente em realizar o exercício; nos 15 minutos finais, para promover relaxamento, os pacientes eram posicionados em decúbito dorsal com joelhos flexionados e coluna apoiada e alinhada no colchonete, movimentando os MMII para um lado e para o outro e/ou abraçando-os realizando movimentos circulares massageando assim a coluna lombar, finalizando com repouso numa posição confortável ao paciente. Os dados foram analisados com a utilização do programa computacional Graph Pad InStat (DATASET1.ISD). Para comparação das médias pré e pós intervenção de cada grupo foi utilizado o teste t de Student e a comparação dos resultados após a intervenção entre os grupos foi realizada pelo resultado entre pós e pré intervenção que foi chamado de delta de melhora (∆) sendo para isto, utilizado o teste de Mann-Whitney-Test. Ambos os testes foram realizados levando em consideração significância de 5%. Resultados O grupo que realizou tratamento por meio da cinesioterapia foi composto por 5 mulheres e 3 homens, com média de idade de 45,25 (±10,05) anos e apresentou Índice de massa corpórea (IMC) de 28,28 (± 4,4). Já o grupo que realizou hidrocinesioterapia foi composto por 3 homens e 4 mulheres com média de idade de 49 (±7,1) anos e IMC de 28,02 (± 5,1). Ao analisar a incapacidade dos grupos, observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa após o programa de tratamento (figura 1) porém quando comparados entre si, os grupos não apresentaram diferença significativa como ilustrado na figura 2.

Figura 1 - Valores médios do Índice de incapacidade de Oswestry pré e pós intervenção dos grupos cinesioterapia e hidrocinesioterapia. (* p<0,05), utilizando o teste t de Student.

Figura 2- Comparação dos valores médios do Escore do Índice de Incapacidade de Oswestry entre os grupos pelo teste de Mann-Whitney não apresentando diferença significativa ( p= 0,14)

Ao verificar os 10 itens separadamente que compõem o questionário de incapacidade de Oswestry, foi verificado que os dois grupos melhoraram significativamente no item intensidade da dor e no item levantar pesos, o grupo que realizou cinesioterapia melhorou de forma significativa em mais 3 itens e o grupo que realizou hidrocinesioterapia melhorou em mais 2 itens conforme é demonstrado na tabela 1. Discussão A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), utilizada para definir e medir incapacidades define incapacidade como toda limitação ou ausência de habilidade para executar uma atividade de maneira considerada normal às funções do corpo (BUCHALLA, 2003; WHO, 2007). Para Villanueva et al., (2003) ela é resultante dos danos causados pela patologia que geram limitações funcionais. www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 15


Artigo | lombalgia,

cinesioterapia, hidrocinesioterapia, incapacidade funcional.

Tabela 1 - Valores médios, desvio padrão e nível de significância (*p<0,05) dos itens de incapacidade do Índice de incapacidade de Oswestry, após os programas de intervenção.

Desta forma, há necessidade de soluções que busquem amenizar ou extinguir esta situação desagradável. Uma das formas existentes é a fisioterapia, que possui muitas técnicas a fim de aliviar ou amenizar as incapacidades. São técnicas que quando aplicadas juntamente com as orientações sobre modificações dos hábitos posturais agressores da coluna e manutenção de uma boa postura em benefício à coluna lombar, mostram bons resultados (SILVA et al., 2001). Especificamente para o tratamento da dor lombar, diversas modalidades são citadas na literatura: termoterapia, massoterapia, manipulação, eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS), acupuntura, reeducação postural global (RPG), exercícios físicos, escola da coluna, ultra-som e outros (SILVA et al., 2001; TOSCANO e EGYPTO, 2001; CARAVIELLO et al., 2005; TEODORI et al., 2005). Porém, como descrito por Rainville et al.,(2003), dentro de um programa de reabilitação para tratamento ou prevenção da lombalgia os exercícios são os principais componentes. Sendo assim eles foram utilizados neste estudo de duas formas diferentes: na água, hidrocinesioterapia, e no solo, cinesioterapia. A hidrocinesioterapia é uma forma de tratamento que utiliza o meio líquido como recurso auxiliar na reabilitação ou prevenção de alterações funcionais. Devido a seus efeitos físicos como, por exemplo, o empuxo, a água pode permitir redução do espasmo e diminuição da compressão sobre as articulações, o que leva a melhora da amplitude articular e redução da tensão muscular, além disso, a viscosidade combinada à flutuação conseguida pelo empuxo permite o uso da água como agente facilitador, resistência ou suporte para o movimento corporal, sem falar na sensação proporcionada pela temperatura e pelo meio aquático tornando mais agradável a prática dos exercícios (CAMPION, 2000; CANDELORO e CAROMANO, 2006). Isto, provavelmente explica o fato de que indivíduos submetidos a tal tratamento possam ser beneficiados com uma melhora da funcionalidade que proporciona a eles maior facilidade para realizar as tarefas da vida diária e do trabalho. Esses efeitos fisiológicos causados pela hidrocinesioterapia também foram encontrados em indivíduos com pós-operatório de hérnia discal como os de Wajchemberg et al., (2002) que obtiveram melhora da funcionalidade na intervenção fi16 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

sioterapêutica diária, porém, durante 13 semanas de tratamento. Segundo Toscano e Egypto, (2001) a lombalgia pode estar relacionada também com a vida sedentária, já que pode ser um subproduto da combinação da aptidão músculo-esquelética deficiente somada a uma ocupação que sobrecarregue a região. Sendo assim um dos grupos deste estudo foi submetido somente a cinesioterapia, com o objetivo de eliminar ou diminuir a incapacidade funcional, e pelos resultados, pode se afirmar os efeitos benéficos deste tipo de terapia. Os exercícios de fortalecimento associados aos alongamentos específicos são fatores importantes de proteção à coluna lombar. Toscano e Egypto, (2001) observaram a diminuição das queixas de indivíduos sedentários com dores nesta região após 90 dias de treinamento. O fortalecimento tem seu efeito sobre a ação dos músculos na estabilização da coluna sendo de grande importância, pois músculos fortes diminuem a probabilidade de lesões e aperfeiçoam a manutenção da coluna em seu alinhamento adequado. Por outro lado, a fraqueza muscular leva a instabilidade segmentar, que é considerada uma das principais causas da dor lombar pelo fato da estabilidade mecânica (tanto dinâmica quanto estática) ser fundamental para a realização de atividades funcionais tornando os exercícios de fortalecimento e estabilização fundamentais no tratamento da dor lombar (O’SULLIVAN, 2000; RASMUSSEN-BARR et al., 2003; SALMELA et al., 2004). Já o alongamento é usado como parte dos programas de atividade física e reabilitação em razão de sua influência positiva na prevenção de lesões e pelo seu efeito de restauração do fluxo sangüíneo, interrupção do ciclo dor - espasmo - dor e relaxamento (GRANDI, 1998; BONVICINE et al., 2005). Ao avaliar separadamente os itens da escala de Oswestry foi possível observar melhora significante de ambos os grupos nos quesitos intensidade da dor e levantar peso. Sendo assim, os dois métodos de tratamento, hidrocinesioterapia e cinesioterapia, já que se utilizam de exercícios ativos mostraram benefícios quanto a este item (dor) que é o principal sintoma de incapacidade. Caraviello et al., (2005), também verificou melhora da dor em 56,7% dos pacientes submetidos a um programa semanal de atividade física com duração de 10 semanas, confirmando os achados de

Silva e Silva, (2005) que demonstraram que a prática ou não de atividade física teve grande relevância quanto à presença ou ausência de dor lombar. Kankaanpää et al., (1999), num estudo comparativo, concluiu que o programa de tratamento fisioterapêutico ativo obteve mais êxito, reduzindo a dor e melhorando a resistência lombar, em relação ao passivo. Teodori et al., (2005) citam ainda um estudo onde indivíduos com lombalgia crônica que foram submetidos à fisioterapia ativa durante 3 meses com 2 sessões semanais, apresentaram melhora tanto na freqüência quanto na intensidade da dor, confirmando os resultados deste estudo sobre o tipo de intervenção, ou seja, aquela que se utiliza de exercícios terapêuticos para tratar a lombalgia. A melhora total da incapacidade em ambos os grupos também se deve ao fato de que determinadas atividades foram melhoradas. No grupo que realizou cinesioterapia, ainda houve melhora significante nos itens viajar, dormir e higiene pessoal. Já no grupo que realizou hidrocinesioterapia houve melhora nos itens: andar e ficar em pé. Diante dos resultados obtidos é possível afirmar que ambos os tratamentos propostos foram eficazes para a redução da incapacidade em indivíduos com lombalgia crônica e que provavelmente seriam ainda mais eficazes se aplicados numa maior freqüência durante um período de tempo mais prolongado. Conclusão Concluiu-se neste estudo que tanto a cinesioterapia quanto a hidrocinesioterapia foram capazes de atenuar a incapacidade de indivíduos portadores de lombalgia crônica não havendo diferença significante entre a eficácia das técnicas. Referências bibliográficas

BONVICINE, C; GONÇALVES, C; BATIGÁLIA, F. Comparação do ganho de flexibilidade isquiotibial em diferentes técnicas de alongamento passivo. Acta Fisiátrica., v.12, n 2, p.43-47,2005. BRÉDER, V.F.; DANTAS E. H. M.; SILVA, M. A. G. Prevalência de lombalgia em motoristas de ônibus urbano. Revista Fisioterapia., v.7, n.4, p.290294,2006. BUCHALLA, C. M. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Acta Fisiátrica., v.10, n.1, p. 29-31, 2003. CAMPION, M. R. Hidroterapia: Princípios e Prática . São Paulo: Manole,2000. CANDELORO, J. M; BAROMANO, F. A. Discussão crítica sobre o uso da água como facilitação, resistência ou suporte na hidrocinesioterapia. Acta Fisiátrica., v.13, n.1, p. 7-11, 2006. CARAVIELLO, E. Z; WASSERSTEIN, S; CHAMLIAN, T. R; MASIERO D. Avaliaçãoda dor e função de pacientes com lombalgia tratados com um programa de Escola de Coluna. Acta Fisiátrica., v.12, n.1, p.11-14, 2005. GRANDI, L. Comparação de duas “doses ideais” de alongamento. Acta Fisiátrica., v.5, n.3, p.154-158, 1998. JERMYN, R. T. A Nonsurgical approach to low back pain. JAOA., v.101, n. 4, Supplement to April , Part 2. 2001. KANKAANPÄÄ, M; TAIMELA, S; AIRAKSINEN, O; HÄNNINEN, O. The efficacy of active rehabilitation in chronic low back pain: effect on pain intensity, self-experienced disability, and lumbar fatigability. Spine., v. 24, n.10, p. 1034-1042. 1999. KOLYNIAK, I. E. G. C; CAVALCANTI, S. M. B.; AOKI, M. S. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão extensão do tronco: Efeito do método pilates. Revista Brasileira de Medicina do Esporte., v.10, KUIJER, W. Measuring disability in patients with chronic low back pain. 2006.177 p. Thesis University of Groningen, the Netherlands. LOPES, P. M.; MACKERT, T. C.; YAU, M.C. H.; FACCI, L. M. Isostretching no tratamento da lombalgia crônica. Revista Fisioterapia., v. 7, n. 4, p.99MIDDLETON, P.; POLLARD, H. Are chronic low back pain outcomes improved with co-management of concurrent depression? Chiropractic e Osteopathy., v. 13, n. 8, 2005. O’SULLIVAN, P. B. Lumbar segmental ‘instability”: Clinical presentation and specific stabilizing exercise management. Manual Therapy., v. 5, n. 1, p.2-12, 2005.


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Estética

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Vilma Natividade

Participe! Escreva para: vilma@novafisio.com.br e visite www.vnative.com.br

BEM VINDOS

A grande conquista: O caderno científico de publicações sobre Dermato Funcional.

A denominação DERMATO FUNCIONAL veio ampliar a área de atuação do fisioterapeuta e resgatar praticas e atividades do passado. Pois os tratamentos como o da acne grave, psoríase entre e outros já eram conhecidos e realizados na fisioterapia da antiguidade. Em síntese a DERMATO FUNCIONAL é a área em que o fisioterapeuta atua na reabilitação do tegumento, tanto nas afecções da pele: estrias, fibroedemas, discromias, rugas, hipotonia muscular como nas patologias: ulceras, psoríase, vitiligo, acne grave. Sua atuação pouco ainda difundida entre as atividades relacionadas às cirurgias, pós operatório, cirurgia geral, bariátrica, plástica reparadora e não só plástica estética como vista de forma ainda limitada por muitos ou pior ainda, como simplesmente estética. Mas para que esta área seja reconhecida e seja vista como recurso de ampla atividade, precisamos passar por um período de gestação e maturação ou seja mais pesquisa, e profissionais que entendam verdadeiramente o poder de fogo desta especialização e dispostos a se dedicar, publicando e atuando nos campos citados. Infelizmente na Dermato Funcional são muito escassos instrumentos para mensurar com objetividade os resultados encontrados e com isso muitos profissionais acreditam e propagam que esta especialidade tem uma conotação empírica e pouco cientifica. Através deste caderno cientifico teremos a oportunidade de trocar experiências, fornecer orientações de plano piloto ou estudo de caso, mas é de grande valia realizarmos estudos consistentes e fidedignos para que possamos passar pelo o período de maturação e assim ter o reconhecimento de fato da nossa área.

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Sejam bem vindos!


Artigo | Peeling

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por Vilma Natividade*

Estética

Pós Peeling de ATA: Como eu trato

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ácido tricloroacético (ATA) tem sido usado em peelings químicos (dermabrasão química), há vários anos, com o objetivo de tratar as irregularidades e alterações da pigmentação na superfície cutânea das dermatoses inestéticas, como melanoses solares múltiplas, rugas finas, cicatrizes atróficas de acne, tumores da pele, entre outras HORIBE (2000). O ATA tornou-se muito popular na década de 60, como demonstram os trabalhos de AYRES (1962); WOLFORT, DALTON, HOOPES (1972); HORIBE (1985); RUBIN (1992) e HORIBE (1993). Sua popularidade é baseada nos seguintes fatos: O ATA não tem toxicidade sistêmica ou relatos de reação alérgica, as soluções são estáveis por longos períodos e muitos estudos têm mostrado os efeitos histológicos das diferentes concentrações, entre os quais a pesquisa de BRODLAND (1989). Os peelings químicos são classificados de acordo com a profundidade de penetração, podendo ser superficiais, médios e profundos. O ATA é mais comumente utilizado em solução aquosa de 30% a 50%. Trata-se de um ácido exclusivo para uso médico. A atuação do fisioterapeuta especialista em dermato-funcional junto à dermatologia, cirurgia plástica e a medicina estética, vêm crescendo a cada dia mais, pois o objetivo do fisioterapeuta é reabilitar o paciente submetido a procedimentos (invasivos ou não invasivos) evitando as complicações, diminuindo o período convalescença. Com o auxilio da tecnologia e novos equipamentos o fisioterapeuta especialista pode realizar tal procedimentos, porem sem a cosmetologia não vamos obter resultados significantes. Assim a cosmetologia vem complementando os protocolos nas fases mais importantes dos procedimentos estéticos como o peeling. Uma única linha de cosmético Vital Basic Pró Vitae com seu ativo de Portulaca, favorece a recuperação do manto hidrolipíco, substituindo a vaselina ou outros ativos. Sabemos que no pós peeling profundo, a pele apresenta-se cruenta e com sinais flogisticos acentuado (dor,calor,rubor,edema), que se assemelha a uma queimadura de primeiro ou segundo grau dependendo da profundidade. Com a associação da eletroterapia e cosméticos específicos, aplicado pelo fisioterapeuta especialista em dermato-funcional, obtém-se a diminuição do período de convalescença favorecendo a recuperação. Procedimento semelhante é usado em queimaduras de primeiro e segundo grau. A máscara de Portulaca possui efeitos: antiinflamatório, anti-irritante e antialérgico, fortalecem também o sistema imunológico pois em sua composição encontramos as vitaminas C,B1,B2,PP, minerais e ácidos graxos. Como eu trato: Após a aplicação do peeling realizada pelo médico, aguardamos 30 min, borrifando água de Potulaca logo em seguida aplicamos com pincel descartável a máscara de Portulaca em camada fina, ocluimos com uma gaze aberta e umedecemos com água de Portulaca. Sobre a gaze coloca-se a máscara de microcorrentes na normalização por 20min, freq. 0,3 HZ e 500µA. A microcorrente possui ação regeneradora dos tecidos segundo Santos 2002 e Cheng 1982. É uma corrente elétrica de baixa intensidade, alternada e subsensorial, com isso o paciente refere um bem estar e alivio, diminuindo o período de recuperação. Os profissionais médicos conhecedores da técnica sentem-se mais tranqüilos em realizar o procedimento (peeling), pois com esta integração evita-se a hipercromia, cicatrização por segunda intenção e outras complicações já evidenciadas e relatadas por autores. *Vilma Natividade, fisioterapeuta UniABC, Pós Graduação em Fisiologia Medicina ABC, Mestrado em Ciências Programa de Pós Graduação Setor de Cirurgia Plástica Unifesp-EPM, Coordenadora e docente da Universidade Gama Filho Pós graduação dermato-funcional, docente convidada FMU,Unicid, Idealizadora do Projeto Doutoras da Beleza e diretora da Santos & Natividade Consultoria.

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Artigo | Queimadura, amputação.

Estética

Atuação Fisioterapêutica em Paciente Queimado |

por Danielle Medeiros Singh1,Vilma Natividade Silva Santos2, Fabio dos Santos Borges3 1Fisioterapeuta, especialista em fisioterapia Ortopédica-Traumatológica UNIABC, docente do Centro Universitário Monte Serrat-Santos; 2Fisioterapeuta, mestre em ciências Unifesp - EPM; ³Fisioterapeuta, mestre em Ciências Pedagógicas, docente da Universidade Estácio de Sá e Universidade Iguaçu - RJ.

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ESUMO O objetivo deste trabalho foi demonstrar os benefícios da fisioterapia na reabilitação do paciente queimado. O paciente da pesquisa, 25 anos de idade, sexo masculino, sofreu queimadura elétrica e teve como seqüela amputação do membro superior esquerdo, membro inferior direito e o quinto dedo do pé esquerdo, além de apresentar queimadura de terceiro grau em cabeça, região axilar do coto superior esquerdo, região supra patelar bilateral e região dorsal do pé esquerdo. O paciente foi fotografado no primeiro dia de atendimento na enfermaria, na sexta semana, na décima segunda e décima sexta semana. Os resultados foram obtidos pela análise qualitativa das fotos e dos relatos do paciente. Pela análise das fotos observamos que houve uma melhora significativa não somente das realizações independentes das atividades de vida diária, mas principalmente da alta estima do paciente. Pelos resultados obtidos nesse estudo de caso, pudemos concluir que quanto mais rápido houver a atuação da fisioterapia melhor os resultados e o prognóstico do paciente que sofreu queimadura, principalmente a elétrica. INTRODUÇÃO A queimadura pode ser considerada um dos traumatismos mais graves que o organismo é capaz de sobreviver e um dos mais dolorosos que ele é capaz de suportar. Hoje é uma das principais causas de acidente que causam lesões dos tecidos orgânicos que pode ser produzido por um trauma causado por agentes químicos, elétricos, térmicos ou radioativos. (Menezes e Silva, 1988) A injúria determinada por este trauma assume variadas proporções, dependendo do tempo de exposição, da extensão da área lesada e do agente causal. Em especial, as queimaduras elétricas que são produzidas pela passagem de corrente elétrica pelo organismo sendo provocadas pelo contato com fios elétricos de alta tensão, tomadas desprotegidas e fios soltos. (Correia et al, 1980) Elas são graves, não pela extensão, mas por atingirem camadas mais profundas do revestimento corpóreo, comprometendo grandes vasos sangüíneos, muitas vezes com exposição de tecidos musculares e ósseos, com comprometimento das extremidades, sendo comum amputações de dedos e membros, sobretudo com um alto índice de óbito. (Menezes e Silva, 1988) O tratamento atual das queimaduras demanda de uma atuação multiprofissional em todas as fases, desde a internação até o acompanhamento ambulatorial e este

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tratamento está dividido em sistêmico, local, cirúrgico e reabilitação. Na reabilitação a fisioterapia vai atuar de forma enérgica através da cinesioterapia, posicionamento adequado, dessensibilização do coto, enfaixamento do coto, orientação ao paciente e seus familiares. (Knobel, 1998 e Carvalho,1999) No entanto a fisioterapia atua como tratamento auxiliar na recuperação dos tecidos orgânicos lesados utilizando-se de vários métodos e técnicas que visam de um modo geral melhora do bem estar físico e psíquico do indivíduo. (Kisner, 1998) O objetivo deste trabalho é demonstrar a atuação e os benefícios da fisioterapia na reabilitação do paciente que sofreu amputação por queimadura elétrica. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo foi desenvolvido na enfermaria da Santa Casa de Misericórdia de Santos, onde foi realizado o estudo de um caso. O paciente J, vinte e cinco anos, sexo masculino, com história de queimadura elétrica em abril de 2003, realizou cirurgia para amputação de 1/3 médio úmero esquerdo, 1/3 médio da tíbia direita e do quinto dedo do pé esquerdo. Apresenta queimadura de 3º grau em cabeça, região supra patelar bilateralmente, região dorsal do pé esquerdo e região axilar do coto membro superior. O curativo foi realizado com desbridamento da área cruenta com água e sabão séptico, depois utilizado Bepantol e realizado curativo oclusivo e compressivo trocado todos os dias para que não houvesse o risco de infecção. Foram utilizados neste estudo luvas de látex para procedimento, câmera fotográfica, termo de consentimento do paciente, termo de consentimento da instituição, onde o paciente obteve atendimento fisioterapêutico três vezes por semana por uma hora durante quatro meses. Inicialmente foi realizado uma avaliação na qual se constava os seguintes itens: Identificação, causas do acidente, história da moléstia atual, superfície corporal queimada (Tabela de Berkaw), níveis da amputação, exame físico do membro superior são, coto membro superior, membro inferior são e coto membro inferior que se subdividiu em aspecto do membro, coloração, temperatura, pele, níveis da amputação, cicatrização, cicatriz, consistência, espícula óssea, pontos dolorosos, dor fantasma, neuroma, edemas, goniometria, perimetria e sensibilidade. Da primeira a quarta semana foi realizado para o membro superior direito alongamento bíceps e tríceps braquial, flexores e extensores de punho, mobilização passiva para manter amplitude de movimento. No coto não foi realizado nenhuma manobra terapêutica porque o membro apresentava curativo oclu-

sivo impedindo qualquer mobilização. Para os membros inferiores, mobilização passiva de todas as articulações, alongamento passivo de isquiostibiais (excêntrico), tríceps sural, psoas, quadríceps, exercícios de isometria sem carga para quadríceps. No coto foi realizado massagem cicatricial, desensibilização com várias texturas e o paciente ficou posicionado em decúbito dorsal com os membros inferiores em extensão para se evitar contratura em flexão. Na quinta semana não foi realizado atendimento, porque o paciente realizou enxertia em região supra patelar bilateralmente, tornozelo esquerdo e região axilar coto membro superior esquerdo. Da sexta a oitava semana para o membro superior direito iniciou-se os exercícios isotônicos com 1 kg para bíceps e tríceps, alongamento da musculatura acima citada incluindo peitoral maior e menor. Nos membros inferiores mantiveram-se os alongamentos passivos dos músculos citados acima, iniciou exercícios resistidos manualmente pára flexão, extensão, adução, abdução coxofemoral. Foi realizado transferência de peso (latero-lateral) com o paciente apoiado na maca e enfaixamento do coto. Da nona a décima segunda semana, os exercícios isotônicos com carga foi aumentado progressivamente onde o paciente chegou a realizar com 3 kg. Manteve-se o alongamento dos membros superiores, propriocepção com bola na parede para o membro superior direito, desensibilização com várias texturas para o coto do membro superior esquerdo. Nos membros inferiores continuou-se com os alongamentos passivos, iniciaram-se os exercícios isotônicos com 1,5Kg para quadríceps. Realizou propriocepção com o membro inferior esquerdo, onde o paciente pisava em tijolo de espuma, rolava bolinha de tênis e treino ortostático com auxilio do terapeuta. Da décima terceira a décima sexta semana para o membro superior exercícios isotônicos com 5 kg para bíceps e tríceps braquial, prono-supinação, alongamento flexores e extensores de punho, bíceps e tríceps braquial. Iniciou-se o enfaixamento do coto membro superior, mas não foi possível protetizar por questões de âmbito financeiro. Nos membros inferiores mesa romana com 1,5Kg, alongamento isquiostibiais, tríceps sural, quadríceps, psoas, logo se iniciou transferência de peso sem apoio (latero-lateral e antero-posterior), com o paciente protetizado do membro inferior direito, treino de marcha, exercícios em cadeia cinética fechada (ex. agachamento), apoio unipodal e subir e descer escadas. Os exercícios isométricos e os alongamentos foram administrados por vinte segundos com dez repetições cada membro, os exercícios isotônicos foram feitos com quinze repetições e três séries.


Artigo | Queimadura, amputação.

Fig. 1 Paciente após 30 dias na UTI, primeiro dia de atendimento na enfermaria. Na primeira foto, podemos observar que o paciente apresenta-se acamado após ter ficado trinta dias na unidade de terapia intensiva (UTI), dentre esses dias sete em coma. Apresentava curativo oclusivo em região supra patelar bilateral, tornozelo esquerdo, coto membro superior esquerdo e cabeça. A partir da terceira semana foi possível observar um aumento de força do quadríceps de grau três para quatro. Fig.2 - Paciente muito mais otimista, muito colaborativo durante as sessões. Na sexta semana, o paciente já sentado em cadeira de rodas, se transfere sozinho da maca para cadeira, apresenta curativo oclusivo na cabeça, coto membro superior esquerdo, coxa direita e esquerda e tornozelo esquerdo. Fig.3 - Paciente em deambulação após realizar 36 sessões de fisioterapia. Na décima segunda semana (Fig.3), paciente deambulando, com pequena compensação do membro superior direito (abduzido), sem queixas algicas, apresenta curativo oclusivo na cabeça onde será realizado uma cirurgia para colocação de um expansor para crescimento do coro cabeludo. O paciente apresenta-se com bom equilíbrio estático e dinâmico de forma bipodal e unipodal, deambula sem auxilio de órteses. Na 16ª semana (Fig. 4), o paciente obteve alta do tratamento fisioterapêutico na enfermaria e foi encaminhado para acompanhamento fisioterapêutico ambulatorial, mas permaneceu internado para a realização da enxertia do couro cabeludo. Fig.4 Paciente com alta da enfermaria, encaminhado para acompanhamento ambulatorial.

DISCUSSÃO Segundo Gomes et al, 1997 e O’Sullivan, 1993, a deambulação deve ser incentivada o mais precocemente possível, com o intuito de diminuir progressivas e cumulativas modificações que ocorre na homeostase pela perda do estímulo da ação da gravidade, diminuição da pressão hidrostática, do fluxo circulatório e das contrações reflexas, retenção de secreções, enrijecimento articulares e alterações proprioceptivas que afetam o equilíbrio e a coordenação. Segundo Kottke e Lehmann, 1994, com o paciente mais confiante, a realização de movimentação ativa ao longo das extremidades de amplitude, evita a perda da função articular e nutre melhor a cartilagem e os tecidos moles adjacentes. No entanto o exercício objetiva acelerar a recuperação através da melhora da circulação, diminuição do edema e diminuição da resposta inflamatória. Exercícios de alongamento, com cuidado, com o estiramento dos tecidos moles administrados pelo terapeuta, ajudam o paciente a entender que a articulação lentamente se movimentará. Enquanto o paciente mantém um alongamento prolongado e leve, os tecidos moles são alongados e o desconforto diminui. A massoterapia utiliza manobras de pressão, deslizamento, rolamento e amassamento com a finalidade de liberar aderências, melhorar a mobilidade do tecido cicatricial, melhorar a aparência da cicatriz, tornando-a mais elástica e uniforme, conforme Simon e Dossa, 1986. Após a alta hospitalar, o paciente necessita de acompanhamento ambulatorial por um período de até dois anos dependendo da necessidade do paciente. Segundo Gomes et al, 1997, sendo a queimadura uma lesão cuja evolução cicatricial se faz de forma rápida, anárquica e com grande potencial de seqüela, o principal objetivo da fisioterapia é tratar e/ou prevenir essas seqüelas antes de sua instalação, fixação e transformações em retrações. Conforme Thomson et al, 1994, a fisioterapia compreende na manutenção e/ou a recuperação da amplitude de movimento de cada sistema osteomioarticular, manutenção e/ou recuperação do trofismo muscular, manutenção dos movimentos funcionais, redução do edema, prevenção de complicações circulatórias, treino de marcha, e auxiliar o paciente no retorno a uma vida ativa dentro da sociedade. Contudo podemos afirmar que a fisioterapia atua como terapêutica paralela às terapêuticas da clínica de Terapia Intensiva, de Cirurgia Plástica, do Serviço de Enfermagem, Nutrição, psicologia e serviço Social, de forma precoce, enérgica, constante e dinâmica. A fisioterapia aplicada deste o primeiro dia de internação, após o primeiro banho e curativo, passa a ser procedimento de rotina na permanência do paciente, integrado a alta como prescrição fisioterapêutica e em regime de acompanhamento ambulatorial. Segundo Lianza, 1985, em uma fase inicial a realização dos exercícios passivamente, irá familiarizando o paciente com o programa de exercícios a serem realizados. No entanto auxiliará o retorno venoso e linfático pela estimulação dos vasos de pequenos calibres da articulação mobilizada, preserva e/ou recupera a integridade articular dos sistemas osteomioarticulares, impedindo a rigidez articular e o encurtamento de tecidos moles.

No posicionamento do segmento, deve-se o quadril estar em extensão e ligeira abdução, joelhos em extensão e tornozelos em 90º de dorsiflexão. Passada a fase de adaptação, deve-se dar preferência aos exercícios ativos de amplitude de movimento que orientam o paciente em direção à recuperação da mobilidade e lhes proporcionam uma maior independência, refere Thomson, 1994.

Estética

RESULTADOS Os resultados obtidos foram analisados de forma qualitativa por meio de fotos tiradas antes de se iniciar o tratamento, na sexta semana, na décima segunda semana e décima sexta semana.

CONCLUSÃO Pela análise qualitativa dos resultados obtidos, concluímos que quanto mais rápido a fisioterapia começar a atuar, melhores serão os resultados com o intuito de prevenir e/ ou diminuir contraturas e deformidades que venham a gerar seqüelas e incapacidades funcionais importantes. O paciente obteve resultados rápidos de cicatrização das queimaduras, com o início da desensibilização houve diminuição significativa da dor fantasma, com o enfaixamento foi possível protetizalo do coto membro inferior direito com três meses e o mais importante voltou à independência para a realização de suas atividades de vida diária. Assim, sugiro que este trabalho continue a ser pesquisado com maior números de casos para que se possam demonstrar os benefícios da fisioterapia com a reabilitação do paciente queimado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. GOMES, D.R., SERRA, M.C. PELLON, M.A. Tratamento de Queimaduras - um guia prático. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. 287p. p.180-191. 2. KNOBEL, E. Condutas do Paciente Grave. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998. 1751p. 2.v. p.939-944. 3. KOTTKE, F.J., LEHMANN, J.F. Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. 4. ed. São Paulo: Manole, 1994. 1303p. 2.v. p.1068-1075. 4. LIANZA, S. Medicina de Reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985. 471p. p.147-149. 5. MENEZES, E.M., SILVA, M.J. A Enfermagem no tratamento dos Queimados. São Paulo: E.P.U., 1988. 125p. p.01-09, 31-36, 42 e 43. 6. O’ SULLIVAN, S.B., SCHMITZ, T.J. Fisioterapia - Avaliação e Tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993. 775p. p.610-613. 7. CARVALHO, A. Amputações de Membros Inferiores. São Paulo: Manole, 1999. 8. KISNER, C. COLBY,L.A . Exercícios Terapêuticos - Fundamentos e Técnicas. 3. ed. São Paulo: Manole, 1998 746p. 9. CORREIA, P.C., BRANCO, P.D., AMARY, A. Queimaduras-Fisiopatologia-DiagnósticoAvaliação e seu Tratamento Clínico e Cirúrgico. Rio de Janeiro: Atheneu, 1980. 287p. 10. SIMON, L., DOSSA, J. Reabilitação no Tratamento das Queimaduras. São Paulo: Roca, 1986. 109p. 11. THOMSON,A. SKINNER,A. PIERCY,J. Fisioterapia de Tidy. São Paulo: Santos, 1994 500p. www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 21


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Artigo | Pilates, Avaliação Postural Computadorizada, Alongamento

Efeitos do Método Pilates no Alongamento da Cadeia Posterior por

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Sarah Pontes

R

ESUMO O presente estudo de caso analisa o efeito da técnica de Pilates no alongamento da cadeia posterior e reeducação postural, em curto período. Este trabalho foi realizado no Estúdio de Pilates – na academia Rhanc Fitness Center, localizado no clube Costa Verde, Salvador – Bahia, com um aluno de 25 anos de idade. Submeteu-se a goniometria, análise de fotografias e Avaliação Postural Computadorizada, através do sistema Fisiometer de Avaliação – Posturograma versão: 28. Em seguida, foi demonstrado os princípios do método Pilates. Depois da apresentação da técnica de Pilates colocou em prática as aulas. Após cada aula de Pilates, foram realizadas a goniometria e fotografias. No final do estudo o aluno foi submetido novamente a uma Avaliação Postural Computadorizada, obtendo assim uma resposta bastante favorável. INTRODUÇÃO O Pilates foi um método criado por Joseph Hubertus Pilates, alemão, que desde a infância tinha sua saúde comprometida. Ele apresentava asma, raquitismo e febre reumática, sua debilidade fez despertar-se para o estudo da saúde física e mental. O método é uma modalidade de reabilitação motora e condicionamento físico desenvolvido em 1920. O Pilates mescla princípios de técnicas orientais, cujo resultado da junção dos objetivos deu origem a este método que visa à melhoria ou manutenção da flexibilidade, harmonia dos movimentos e da respiração, consciência corporal, equilíbrio, reeducação postural e fortalecimento muscular global sem hipertrofia muscular. O método se popularizou por volta de 1990, quando houve uma procura maior por um condicionamento físico e mental diferenciado, preocupações estéticas, melhoria da postura, do desempenho corporal e prevenção de lesões. O Pilates promove a harmonia e um condicionamento físico equilibrado, direcionado para todas as idades. O método preconiza a associação da respiração com os movimentos realizados, bem como a contração dos músculos que constituem o períneo e os abdominais, chamado de centro de força (Power House). Os movimentos realizados têm como diferencial a ativação do centro de força, pilar fundamental da modalidade, o controle e a concentração se baseia na consciência do movimento

realizado, tem como principal objetivo combater os maus hábitos adquiridos no cotidiano e a ação da gravidade. A precisão dos movimentos é um fator imprescindível durante a execução do tratamento, visando à estrutura do exercício, recrutamento dos grupos musculares corretos e a dinâmica adequada. A postura adotada, o ritmo e a sincronia são fatores de destaque com o intuito de oferecer fluidez aos movimentos. A respiração deve ser sincronizada com o movimento e é geralmente recomendado que a expiração seja realizada durante o exercício que requer maior esforço e a inspiração no instante que o corpo se encontra relaxado. É importante ressaltar que podem ocorrer modificações a depender do exercício e do objetivo almejado. O perfil dos exercícios realizados durante um programa de Pilates tem como sua principal característica preconizar a qualidade do movimento desempenhado e um número menor de repetições. O método Pilates dispõe de aparelhos com o princípio de um sistema de polias e molas que pode assistir ou resistir os movimentos executados que oferecem uma gama de exercícios iniciais, intermediários e avançados (Cadeira, Reformer, Trapézio e Wall). Além dos aparelhos o método utiliza acessórios como a bola suíça, molas na parede, thera-band, entre outros recursos empregados comumente no Pilates de solo (The Mat). (BORGES, 2007). A vivência do Pilates possibilita os praticantes sentir melhora na postura. Os resultados são detectáveis rapidamente pelo fato de ser um método no qual os movimentos são realizados com precisão e em angulações corretas, conciliando a harmonia corporal com a fluidez do movimento. A postura adequada corresponde ao alinhamento das estruturas que compõem o eixo do corpo, que utiliza o menor gasto energético possível, conseqüência da redução de esforço muscular, simultaneamente protege estruturas e articulações contra traumas e sustentação de sobrecarga por tempo prolongado. (MAGEE, 2002). O desequilíbrio muscular é uma desordem do sistema músculo-esquelético. Os movimentos corporais são gerados a partir da ação de cadeias musculares, quando ocorrem compensações que se reorganizam e recorrem a uma resposta adaptativa a desarmonia presente. (MACHADO, 2003).

Este estudo tem como objetivo analisar os efeitos imediatos do método Pilates no alongamento da cadeia posterior e na reeducação postural. A avaliação postural é fundamental para mensurar os desequilíbrios existentes e rastrear a causa dos ajustes posturais. Uma vez detectado, a alteração pode evitadar maiores transtornos devido à postura inadequada. O corpo humano desempenha suas funções de maneira interligada, desta forma o ajuste ocasionado na cabeça pode repercutir no tronco e em todo esqueleto apendicular e o encurtamento da cadeia posterior pode acarretar prejuízos no desempenho das atividades de vida diária. CASUÍSTICA E MÉTODOS Esta pesquisa se baseia em um estudo de caso, no qual, o aluno A.L.P.N., 25 anos, sexo masculino, 1,74m de altura, pesando 70 quilos, foi submetido à Avaliação Postural Computadorizada, goniometria, análise de fotos e filmagens. Foi utilizada a plataforma (denominada Fisiometer de Avaliação – Posturograma, versão 2.8) para análise da postura, um goniômetro onde a mensuração foi realizada por apenas um examinador. Após a avaliação o aluno foi encaminhado para o estúdio de Pilates para iniciar a apresentação do método eleito, nunca praticado pelo mesmo. A instrução do método Pilates, feita pela graduanda de fisioterapia e concluinte do curso de formação do método Pilates Sarah Souza Pontes, ocorreu na academia Rhanc Fitness Center e teve como duração um mês, três vezes por semana com uma hora e vinte minutos, somando o total de doze sessões. RESULTADOS E DISCUSSÃO A primeira avaliação de postura www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 23


Artigo | Pilates, Avaliação Postural Computadorizada, Alongamento e de alongamento da cadeia posterior foi realizada dia 04 de junho de 2007, segunda- feira. O exame foi realizado através de seis imagens: face ventral, face posterior, perfil esquerdo, perfil direito, flexão anterior na postura em perfil e anterior. O laudo fornecido pelo software de avaliação postural foi possível observar, anteriorização da cabeça, cifose torácica, ombros retraídos, hiperlordose lombar, retroversão pélvica e escoliose á esquerda (Fotografia 1). A goniometria ativa foi realizada em decúbito dorsal com flexão de quadril, com extensão de joelho, o membro inferior contra-lateral encontrando-se em flexão para melhor estabilização pélvica, esta mensuração foi realizada três vezes para obter fidedignidade nos dados coletados. Na aula inicial foi demonstrado para o aluno os princípios e fundamentos básicos para a prática do método Pilates, o mesmo encontrava-se trajando roupa confortável e que permitia a fluidez dos movimentos, o alongamento e a observação da respiração por parte do instrutor. A partir de uma avaliação criteriosa foi possível traçar os objetivos a serem priorizados. De acordo com o quadro clínico apresentado foi realizado alongamento global, enfatizando a cadeia posterior e peitoral, movimentos para estabilizar a cintura escapular e pélvica, mobilidade da coluna vertebral, enfatizando a coluna torácica, fortalecimento global enfatizando o Centro de Força, extensores da coluna e membros inferiores e correções posturais necessárias. Foram traçadas metas e conforme a progressão era ajustado o programa de exercício para alcançar os objetivos almejados. Ao final das aulas foi realizada a goniometria que retratou uma melhora progressiva e significativa do alongamento da cadeia posterior (Gráfico 1). Foi observado que durante as primeiras aulas o ganho foi predominantemente do alongamento, já nas ultimas aulas foi apresentado uma melhoria mais evidente da mobilização de coluna. (Fotografia 2). Na análise da flexão de tronco na vista lateral

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foi possível constatar uma melhora importante na amplitude de movimento, onde o aluno conseguiu uma melhor flexão de tronco devido a um maior alongamento da cadeia posterior e mobilidade de coluna vertebral.

Na reavaliação postural foi possível observar redução da anteriorização da cabeça, cifose torácica e da retração de ombros, mantendo a hiperlordose lombar, retroversão pélvica e escoliose á esquerda (Fotografia 3). De acordo com outros autores sabe-se que a reeducação postural pode obter maiores ganhos a partir de vinte a trinta sessões. (MATTOS; SAMANO, 2005). Logo fica claro que durante o período de doze aulas do método Pilates os ganhos foram mais significativos para o alongamento, não deixando de retratar melhoria na postura. CONCLUSÃO Através desse estudo, foram observados os efeitos do método Pilates no aluno A.L.P.N. em curto prazo, analisando uma melhoria tanto no

alongamento da cadeia posterior, quanto na postura. Para comprovar a eficácia do método é necessário que novos estudos sejam realizados. É notável a necessidade de novas pesquisas mais conclusivas em relação ao efeito do Pilates na postura e alongamento de cadeia posterior. REFERÊNCIAS BANKOFF, A.D.P. et al. Análise postural computadorizada: estudo das assimetrias, desvios e desníveis do sistema locomotor. Artigo (Biomecânica da Postura) – Universidade de Campinas, São Paulo, 2000. BORGES, Jaqueline. Princípios básicos do método Pilates. Módulo, 2006. BORGES, Jaqueline. Exercícios intermediários do método Pilates. Módulo, 2006. DIAS, Francinett. Software dedicado: nova ferramenta para Avaliação Postural. Revista COFFITO, São Paulo, n. 22, p. 22-27, agosto, 2004. HERDMAN, Alan; SELBY, Anna. Pilates: Como criar o corpo que você deseja. 1. ed. São Paulo: Manole, 2000. MACHADO, Renato Brufatto. Avaliação postural. Classic Life, São Leopoldo, ed. 7, 2003. MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. Tradução Marcos Ikeda. São Paulo: Manole, 2005. MENEGATTI, Fabiana. Pilates: força e flexibilidade. Revista Muscle in form, Santos, ano 6, p. 42, abril / maio, 2004. NOGUEIRA, Júlia. Método Pilates ganha espaço. Jornal do Commercio, Recife, 17 fev. 2002. Coluna Família, p.20.


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Artigo | Associação Brasileira de Crochetagem

Morfometria Arteriolar Comparativa de Tendão Calcâneo de Ratos Normais e de Tendão Calcâneo de Ratos Após o Uso da Crochetagem | por

I

NTRODUÇÃO Crochetagem mioaponeurótica é uma técnica manipulativa, desenvolvida pelo fisioterapeuta A sueco Kurt Eckman, colaborador do Dr. James Cyriax,à partir da limitação palpatória das técnicas convencionais (ECKMAN,1968; BAUMGARTH, 2005). Esta técnica baseia-se na utilização de ganchos ou “crochets”, que são princípios utilizados na quebra das aderências do sistema mio-esquelético (BAUMGARTH, 2005). O tema foi escolhido devido à boa resposta ao tratamento de humanos com a utilização desta técnica, a qual é facilitada pelo transporte e manuseio do instrumental, bem como pela simplicidade de sua execução e necessidade de pouco tempo de aplicação. Palavras-chaves: Diafibrólise percutânea, Hiperemia reativa, Inflamação induzida. OBJETIVO O objetivo da pesquisa foi realizar uma análise comparativa das possíveis alterações no diâmetro arteriolar após o uso da Crochetagem em tendões calcâneos de ratos, verificando se ocorre aumento vascular local. MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados 10 (dez) ratos machos adultos Wistar (Rattus norvegicus), com aproximadamente 300 g de peso corporal, provenientes do Biotério do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Experimento I - Foram utilizados 5 (cinco ) animais que não foram tratados pelo método da Crochetagem e suas patas posteriores direitas serviram de controle para análise histológica e morfométrica. Experimento II - Foram utilizados 5 (cinco ) animais que foram tratados pelo método da Crochetagem durante 20 segundos, na pata posterior direita com intervalo de 24 horas durante sete dias. Todos os animais foram anestesiados todos os dias com injeção intraperitoneal de ketamina (35mg/kg) e xilazina (4mg/ kg) e, em seguida, as patas posteriores direitas do grupo experimental foram tracionadas levemente e os tendões do calcâneo posicionados para aplicação do método Crochetagem 26 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

Baumgarth,H; Nascimento,R; Lauria,L; Nascimento,V.R; Paoli,S

realizando fricções no ponto de inserção desse tendão no osso calcâneo com a utilização de uma gancho de aço inoxidável com 13,3 cm de comprimento, 0,3 cm de espessura e 14,550 g de peso, com duração de vinte segundos de aplicação . No sétimo dia os animais componentes de ambos os grupos foram anestesiados e foram sacrificados através do deslocamento cervical. As patas posteriores direitas dos animais dos grupos experimental e controle foram coletadas através de cortes na altura do joelho e dissecadas com o objetivo da obtenção do tendão calcâneo na junção osteotendínea. Os tendões do calcâneo foram separados em 2 recipientes (A - Experimental pata direita; B -Controle pata direita). Na figura um temos uma fotografia do gancho utilizado nas pesquisa, na figura 2 a pata posterio direita do rato sendo submetida a raspagem pelo método crochatagem, na figura 3 uma hiperemia superficial após 20 segundo de raspagem ena figura 4 a dissecção para obtenção do tendão calcâneo.

núcleos fusiformes, são observados entre as fibras dos feixes colágenos As imagens do grupo experimental mostraram uma disposição diferente nos tendões calcâneos, com tecido conjuntivo denso próximo ao osso mais irregular em relação ao grupo controle e mais denso nas proximidades dos vasos sangüíneos, os quais apresentam paredes mais espessadas. Numerosos fibroblastos com núcleos fusiformes são observados entre as fibras dos feixes colágenos. Para a obtenção dos dados morfométricos a análise baseou-se nas imagens coradas, capturadas pelo sistema de videomicroscopia composto de microscópio Olympus BX40 (Olympus, Japão) e câmera digital Optronics (Optronics, USA), do departamento de fisiologia, do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, UERJ. Três campos da cada espécime, contendo artérias de diversos calibres, foram digitalizados com aumento aproximado de 400x. Foram medidas a área da luz e a área da luz acrescida

O material coletado foi submetidos a banhos de desidratação e descalcificação. Realizou-se cortes de 7 micrômetros e posteriormentes, coloração das lâminas. Para a obtenção dos dados morfométricos a análise baseou-se nas imagens coradas, capturadas pelo sistema de videomicroscopia composto de microscópio Olympus BX40 (Olympus, Japão) e câmera digital Optronics (Optronics, USA), do departamento de fisiologia, do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, UERJ. RESULTADOS As imagens do grupo controle mostraram tendões calcâneos de aspecto regular, com tecido conjuntivo denso próximo ao osso e mais frouxo nas proximidades dos vasos sangüíneos. Feixes de fibras colágenas se inserem no osso de um lado e sustentam uma rede de vasos sangüíneos. Numerosos fibroblastos, com

da túnica média, de cada vaso, com o auxílio do software Image Pro Plus (Media Cybernetics, USA). A área da parede dos vasos foi deduzida pela subtração da área da luz do vaso, da área contendo a luz do vaso e sua túnica média. Para relativizar as medidas, tornando possível a comparação entre vasos de diferentes tamanhos, incluídos e cortados em diferentes ângulos, foram usadas as medidas resultantes da razão entre a área da parede do vaso pela área da sua luz. Este procedimento se justifica por relativizar as medidas, tornando possível a comparação entre vasos de diferentes tamanhos, incluídos e cortados em diferentes ângulos, usando a medida resultante da razão entre a área da parede do vaso pela área da sua luz. Para testar a significância das diferenças entre o grupo controle e experimental, foi usado o teste de Mann-Whitney, disponível no soft-


ware Prism (GraphPad Inc., USA , p<0,05). A marcação circular nos vasos sanguineos de diâmetros diferentes nos possibilitou a avaliar o diâmetro arteriolar após o uso da crochetagem como é visto na figura 1.

O meio pelo qual um órgão regula seu fluxo sanguíneo local não é de todo conhecido, havendo muitas discussões à respeito. Fato é que existe uma conexão entre a necessidade de oxigênio e este fluxo (GUYTON, 1998). Em todos os tipos de hiperemia a micro circulação tem um papel importante e a vaso regulação está vinculada às túnicas íntima, média, adventícia, sangue e estroma circundante aos vasos (CONTRAN, 2004; RUBIM, 2006). Henk (1986), afirma que, o fluxo sanguíneo na microcirculação aumenta quando submetido aos movimentos de fricções locais. Outra consideração é a de que a pouca vascularização nos tendões e a alta sensibilidade reflexa adaptativa da musculatura lisa, leva ao aumento do calibre dos vasos (MONTENEGRO, 1999; GARTNER, 2003;JUNQUEIRA E CARNEIRO,2004). Assim, a pressão contínua da Crochetagem sobre tendões e ligamentos poderá levar a efeitos semelhantes a os descritos anteriormente. Os dados obtidos e a análise estatística apresentam conclusões cabíveis à hipótese substantiva gerada inicialmente; ou seja, há uma relação direta entre o uso da Crochetagem e a hiperemia dos tecidos. CONCLUSÃO Os resultados apresentados nesta pesquisa experimental quali-quantitativa confirmam a hipótese substantiva de que a Crochetagem é uma técnica capaz de produzir melhor aporte sanguíneo à região tratada, permitindo uma reabilitação mais adequada e mais rápida do que a fisiologia natural do indivíduo. Referências: www.crochetagem.com

Como podemos observa nas figuras abaixo (1,2,3) ratos controle , foram feitas análises morfométricas e histológiacas dos tendões sem a aplicação da crochetagem , já na figura 1,2,3, do grupo tratado podemos observar alteração da espessura das paredes dos vasos e da organização das fibras colágenas após o uso da crochatagem. DISCUSSÃO Analisando os resultados encontrados, chama-se a atenção para o espessamento da parede vascular do grupo experimental em relação aos controles, com valores matematicamente satisfatórios, confirmando a hipótese de hiperemia profunda. Importante destacar a organização das fibras colágenas dos tendões tratados em relação aos do controle. Esses aspectos permitem a possibilidade de efeitos simultâneos entre sistema circulatório e ações mecânicas da Crochetagem (ECKMAN, 1968; GUISSARD, 2000; BAUMGARTH, 2005). www.novafisio.com.br • ed. 60|2008 • 27


Artigo | Acidente Vascular Cerebral, cuidadores, qualidade de vida

O Papel da Família no Cuidado do Paciente AVC por

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Monalisa Erthal, Simone Dalmolin, Daniela Marchiori Flores, Antônio Alberto Fernandes

A

s doenças cerebrovasculares estão se tornando, nos dias de hoje, as doenças que mais freqüentemente levam a internações e óbito. Ocorrendo principalmente na população idosa, tornando-a cada vez mais dependente de cuidados e atenção. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão da bibliografia do papel do cuidador frente aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral. O trabalho foi feito a partir da revisão de 10 artigos originais, publicados entre os anos de 2003 a 2007, e, no decorrer do trabalho enfatizamos a importância da família para o cuidado com o paciente. As atitudes tomadas relação a recuperação da pessoa acometida pela doença e como essa recuperação pode ser influenciada positiva ou negativamente na qualidade de vida do doente de acordo com os cuidados mantidos pelos cuidadores do mesmo

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) vem se constituindo desde 1996, no Brasil, como causa de internações, deficiências e óbito já a partir dos 20 anos. Assumindo maior índice de primeira causa de óbito na faixa etária dos 40 anos e predominando nas faixas etárias acima desta, passando a frente de doenças cardíacas e o câncer(1,2,4). Existem diversos fatores de risco que levam ao AVC, os principais e mais freqüentes são a hipertensão arterial, ocorrendo em 70% dos casos, doenças cardíacas, diabetes, tabagismo e hiperlipidemia(2). Como a população idosa mundial vem aumentando, por diversos fatores na sociedade nos últimos anos e tornando-se cada vez mais expressiva. O idoso torna-se o mais acometido por doenças cerebrovasculares devido ao processo de envelhecimento, que acarreta modificações biológicas, fisiológicas, cognitivas, patológicas e socioeconômicas(1,9). Cerca de 20% das pessoas acometidas pelo AVC vão a óbito dentro de um mês, após o ocorrido, cerca de 50% dos sobreviventes apresentam incapacidades permanentes e requerem cuidados, e, 30% apresentam déficits neurológicos, mas vivem independentemente. Os pacientes que sobrevivem ao AVC normalmente apresentam comprometimento motor e sensitivo de um hemicorpo levando à uma diminuição de suas atividades de vida diária, tornando-os dependentes de cuidadores(4,6). No Brasil, um quadro de sobrevivência de idosos na dependência de uma ou mais pessoas que suprem as suas incapacidades para realização das atividades de vida diária está cada vez maior. Pois uma deficiência é uma condição que requer períodos longos de supervisão, observação e cuidado, enquanto que dependência liga-se a um conceito fundamental: fragilidade. Devido as necessidades a longo prazo, o paciente torna-se dependente e, geralmente é 28 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

a família que se envolve com os aspectos de assistência, para o cuidado físico, contatos sociais, apoio emocional e ajuda financeira.(1,3,5,6). Todo auxílio nas atividades diárias é considerado “dependência”, não é apenas a incapacidade que leva a dependência, e sim a incapacidade juntamente com a necessidade. A dependência nem sempre pode ser considerada permanente, esta pode modificarse, prevenida ou até mesmo reduzida desde que haja um ambiente e assistência adequados. É necessário que quando for proposto os cuidados familiares, seja examinada a estrutura familiar na sociedade e na cultura em que esses cuidados serão desenvolvidos(1,3). O envolvimento da família no processo de evolução do paciente favorece a integração do doente e promove a sua qualidade de vida(4). Como procedimento essencial tanto para os profissionais como para a família, sobressai a realização de ações para a reabilitação de déficits neurológicos surgidos. Existem várias formas de reabilitação que podem ser usadas pela família, esse processo desencadeará mudanças no âmbito familiar, inclusive nos papéis dentro de casa, pois o portador de AVC pode passar de uma postura mantenedora para uma outra na qual precisará do apoio familiar constantemente(2). Neste artigo, está sendo apresentado a postura dos familiares diante do portador de AVC, pois com o doente no contexto domiciliar as responsabilidades e a demanda da família assumem uma importância mais significativa na função de cuidar. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da bibliografia do papel do cuidador frente aos pacientes com AVC. Metodologia: Este estudo se constitui de uma pesquisa incluindo 10 artigos originais, localizados nas bases de dados: Scielo, Lilacs e CAPES. Os artigos incluídos no estudo foram publicados durante os anos de 2003 a 2007, e, somente foram usados os artigos nos quais foram encontrados as palavras chave: Acidente Vascular Cerebral, cuidadores e/ou qualidade de vida. Discussão: Os membros da família considerados como familiares cuidadores, são aqueles que assumem a responsabilidade principal e não remunerada do cuidado domiciliar. Estes ao assumirem os cuidados de uma pessoa com AVC, procuram oferecer o melhor de suas possibilidades e crenças, pois chamam o problema para sua responsabilidade. Isso faz com que ele passe a lidar com situações sobre as quais não tem domínio, o que, conseqüentemente, o faz conviver com incertezas e perigos ao cuidar do doente (1,4). Além das conseqüências físicas, as funções psicológicas e sociais também se alteram após o paciente ter tido AVC, comprometendo a es-

trutura, o desenvolvimento e o funcionamento familiar. Desta forma, durante o processo de reabilitação a família terá papel essencial em todo cuidado prestado à pessoa, pois esta estará impossibilitada de executar suas atividades e necessidades humanas básicas(2,6). É importante que ocorram diálogos entre a família, que visem estimular a recuperação funcional do doente, principalmente sobre os eventos cotidianos, na tentativa de situá-lo no tempo e no espaço já que há um declínio nas atividades intelectuais e perceptivas após a doença. A manutenção da capacidade funcional do paciente pode ter importantes implicações para a qualidade de vida dos idosos, por estar relacionada com a capacidade de ocupar-se até idades mais avançadas(1,8). Como os membros da família tornam-se os cuidadores da pessoa nesse momento de sua vida, é possível que ocorram transformações relevantes do sistema familiar como um todo, que podem trazer conotações positivas ou negativas sob a ótica das pessoas que participam do processo de recuperação. Para que não haja conflitos dentro da família é importante que seja proporcionada a esta uma educação especializada na busca de garantir a tranqüilidade e o melhor cuidado do doente, assim como receber em casa periódicas visitas de profissionais, médico, pessoal de enfermagem, de fisioterapia e outras modalidades de supervisão e capacitação. A atuação desses profissionais pode favorecer as relações e adaptação da família as demandas (2,5,6). Nos artigos analisados pôde-se notar como os familiares do sexo feminino participam mais ativamente dos cuidados às pessoas com AVC, pois de acordo com KARSCH (2003), 98% dos casos pesquisados, o cuidador era alguém da família, predominantemente do sexo feminino (92,9%). A maior parte era formada por esposas (44,1%), seguidas pelas filhas (31,3%)(5). Em outro artigo analisado as pessoas que assumiram a responsabilidade do cuidado direto do idoso foram as esposas, filhas e netos, sendo que a maioria mencionou que recebia ajuda para as atividades e os cuidados com o doente. Este dado revela que a tarefa de cuidar segue normas culturais que dá ao homem o papel de sustentador, responsável pela sobrevivência da família e a autoridade moral, e da mulher esperar-se a organização da vida familiar, o cuidado com os filhos, o idoso e tudo que se relaciona a casa (3,4,6,9). As principais dificuldades apresentadas pelos cuidadores e que foram encontradas nos artigos foi em relação às AVD’s, por estas exigirem maior tempo de dedicação ao paciente. Esse acúmulo de tarefas pode levar a um desgaste físico dificultando a realização das AVD’s do paciente e do próprio cuidador, não podendo assim cuidar de sua própria saúde (4,9,3). É de suma importância que os cuidadores saibam dos benefícios da reabilitação (aliviar,


Artigo | Acidente Vascular Cerebral, cuidadores, qualidade de vida confortar, favorecer, promover, restabelecer entre outros aspectos). Esses fatores ajudam os pacientes a se tornarem menos dependentes diminuindo a sobrecarga sobre o cuidador(4). Após ocorrido o AVC, a família pode ter atitudes que distanciem ainda mais o paciente de seus cuidados. Essas atitudes ocorrem nos casos de alcoolismo, no qual os familiares podem isolar o paciente alcoólatra, mantendo contato limitado com este e, distorcendo e até mesmo destruindo a autoconfiança e a auto-estima da família, pelo fato da família não estar unida. Outros casos em que o isolamento do idoso pode ocorrer é quando este já mantinha relacionamento conflituoso com a família, brigas e desentendimentos, antes mesmo do aparecimento da doença(6). A sobrecarga física, emocional e sócio-econômica do cuidado de um familiar é imensa podendo ocorrer conflitos familiares por problema de relacionamento do idoso com a família. Há as famílias que assumem tudo para o paciente, não permitindo que este possa ajudar no processo de sua recuperação. Essa característica é a superproteção, que pode até aumentar a dependência que o paciente tinha antes e, muitas vezes, fazendo com que o próprio cuidador chegue à conclusão que sua superproteção compromete a evolução do paciente. Pois percebe que o processo de retomada de autonomia, tanto a da pessoa vitimada pela doença quanto a sua, está relacionado ao nível de reabilitação alcançado pelo paciente(1,3).

A depressão é outro fator que afeta gradativamente a qualidade de vida do idoso vítima de AVC, pois esta é capaz não somente de apresentar uma diminuição da qualidade de vida como também interagir com outros sistemas corporais, agravando-a e reduzindo-a ainda mais, por ocasionar outras doenças somáticas. A intensidade de depressão do idoso exerce forte influência tanto na sua própria percepção de qualidade de vida quando na percepção que o cuidador tem da qualidade de vida do idoso(10). Pode-se compreender que o viver e conviver com idosos no processo de cuidado contínuo é permeado por sensação de cansaço, estresse, esgotamento, porém, podem ocorrer o acolhimento, afeto e ternura. Com o passar do tempo o cuidar do doente pode trazer pouca satisfação ao familiar e, por mais que ocorra carinho e afeto os cuidadores, muitas vezes, terão a saúde física e mental expostas aos efeitos de assumir o papel de cuidador familiar, pois o tempo de recuperação pode ser longo, podendo assim comprometer o processo de reabilitação / readaptação do paciente(1,6). As condições físicas desses cuidadores levam a concluir que os cuidadores são doentes em potencial e que sua capacidade funcional está constantemente em risco(5). Observando todos esses dados permite-se constatar que há um grande desafio para os profissionais da área da saúde: investir na educação em saúde para a promoção de uma assistência qualificada aos idosos dependentes e aos seus

cuidadores domiciliares, podendo melhorar assim a qualidade de vida de ambos. Referência Bibliográfica

1. BOCCHI, S.C.M.; ANGELO, M. Interação cuidador familiar - pessoa com AVC: autonomia compartilhada. Ciência & Saúde Coletiva 10(3):729-738, 2005. 2. CAETANO, J.A.; DAMASCENO, M.M.C.; SOARES, E.; FIALHO, A.V.M. A vivência do processo de reabilitação após acidente vascular cerebral: um estudo qualitativo. Online Brazilian Journal of Nursing, vol. 6 nº 2, 2007. 3. CALDAS, C.P. Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas da família. Cad. Saúde Pública vol.19, nº3, Rio de Janeiro, junho 2003. 4. JIMENEZ R.N., FERRARI M.B.,CANTALINO J.L.R., DIAS R.S.S., CARVALHO R.A. A percepção do cuidador do paciente acometido por AVE acerca de algumas variáveis envolvidas na função de cuidar. Universidade do Vale do Paraíba, 2006 5. KARSCH, U.M. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(3); 861-866, mai-jun, 2003. 6. MARQUES, S.; RODRIGUES, R.A.P.; KUSUMOTA, L. O idoso após acidente vascular cerebral: alterações no relacionamento familiar. Rev. Latino-am Enfermagem, 14(3), mai-jun, 2006. 7. RICCI, N.A., KUBOTA, M.,T, CORDEIRO, R.C. Concordâncias de observações sobre a capacidade funcional de idosos em assistência domiciliar. Rev. Saúde Pública vol 39, nº4, São Paulo, agosto 2006 8. ROSA, T.E.C.; BENÍCIO, M.H.D.; LATORRE, M.R.D.O.; RAMOS, L.R. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev. Saúde Pública 37(1); 40-8, 2003. 9. SOUZA, W.G.A; PACHECO W.N.S; MARTINS, J.J; BARRA, D.C.C; NASCIMENTO, E.R.P Educação em saúde para leigos no cuidado ao idoso no contexto domiciliar. Arquivos Catarinenses de Medicina, vol 35, n°4, 2006. 10. TRENTINI, M.C., CHACHAMOVICH, E., FIGUEIREDO, M., HIRAKATA V.N., FLECK, M.P.A. a percepção de qualidade de vida do idoso avaliada por si próprio e pelo cuidador. Estud. Psicol. v.11, nº2, Natal maio/agosto, 2006.

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tininha

Oi pessoal, eu estou muito feliz porque agora com este papo de caderno de estética, todo dia vem aqui na redação profissionais da área para bolar como serão os próximos números e eu já aproveito para fazer minhas perguntinhas básicas de como me cuidar. Não que eu tenha celulite, estrias e estas coisas todas, porque eu não tenho, mas como um dia poderei ter, então já quero ir me cuidando. Bem, mesmo com tanta agitação eu não deixei de ler e responder os e-mails que vocês me enviaram e separei os melhores para vocês. Espero que gostem, beijos e até a próxima. Tininha

Certo dia eu estava viajando pela rodovia Rio x São Paulo para participar de um congresso de fisioterapia desportiva e parei em um posto de serviços para abastecer o carro e tomar um café. Então aproveitei para ir ao banheiro e no sanitário ao lado havia outra pessoa. Foi então que eu ouvi: - Oi, como vai?

Não costumo conversar com desconhecidos, principalmente em banheiros públicos, mas na condição de viajante anônimo e por educação respondi a ele: - Eu vou bem obrigado! - Por onde você tem andado? A pergunta me pareceu estúpida, mas mesmo assim respondi: - Acredito que igual a você, estou viajando! - Posso saber pra onde vai? Embora me sentindo incomodado com a pergunta, novamente respondi: - Sim claro, estou indo para São Paulo! - Suponho que vais atrás de um bom negócio! Totalmente arrependido de ter dado seqüência à conversa, ainda respondi: - Sim vou a um congresso e espero que seja bom! - Olha, logo eu volto a te ligar, é que a bateria do meu celular está no fim e, além disso, tem um idiota aqui ao lado que responde tudo que eu te pergunto! - ?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?! 32 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio

Vocês sabem o que é tautologia? É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso “subir para cima” ou o “descer para baixo”. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir: - elo de ligação - acabamento final - certeza absoluta - quantia exata - nos dias 8, 9 e 10, inclusive - juntamente com - expressamente proibido - em duas metades iguais - sintomas indicativos - há anos atrás - vereador da cidade - outra alternativa - detalhes minuciosos - a razão é porque - anexo junto à carta - de sua livre escolha - superávit positivo - todos foram unânimes - conviver junto - fato real - encarar de frente - multidão de pessoas - amanhecer o dia - criação nova - retornar de novo - empréstimo temporário - surpresa inesperada - escolha opcional - planejar antecipadamente - abertura inaugural - continua a permanecer - a última versão definitiva - possivelmente poderá ocorrer - comparecer em pessoa - gritar bem alto - propriedade característica - demasiadamente excessivo - a seu critério pessoal - exceder em muito

!

Note que todas essas repetições são dispensáveis. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha.

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moda - economia - turismo - esporte - culinária - curiosidade - arte...

Parecido né? Toshiro era fisioterapeuta e ocupava uma posição estratégica numa clínica de fisioterapia que só atendia clientes VIP’s na cidade de Taubaté - SP e aproveitando um feriado de fim de ano foi dar uma esticada nas boates da Liberdade, bairro japonês da Capital. Por volta da meia noite, agarrado com duas gueixas e com a cabeça cheia de saquê, recebeu uma chamada no celular. Era o dono da clínica. - Toshiro, um paciente nosso está mal e estamos precisando de você para dar um jeito nisso! - Mas chefe, o senhor me autorizou o feriado prolongado. Estou no meio de uma recepção e meio “alterado”. - A autorização está cancelada e trate de curar o porre durante a viagem. Se não chegar ASAP (as soon as possible), pode esquecer o emprego. E desligou... Bêbado e desesperado, Toshiro foi para a rodoviária comprar passagem para Taubaté. O guichê estava fechado e só abriria às 5 da manhã. Desgraça!!! No meio do desespero, alguém sugeriu que comprasse uma passagem para o Rio de Janeiro e que pedisse ao motorista para deixá-lo na entrada de Taubaté, na via Dutra. Seria a salvação! Um ônibus sairia para o Rio em dez minutos, Toshiro comprou a passagem e falou para o motorista: - Eu preciso descer na entrada para Taubaté. Estou num fogo danado, mas queria que você me acordasse de qualquer jeito. Eu vou gritar, xingar, mas é o porre. Jogue-me fora do ônibus de qualquer maneira: não posso perder meu emprego. Tome vinte reais pelo favor. Feito Isso, Toshiro se afundou numa poltrona e desligou. Acordou com o sol batendo na sua cara e o ônibus na avenida Brasil em pleno Rio de Janeiro. Ficou fulo da vida, xingou o motorista, desceu do veículo ali mesmo e continuou o escarcéu na calçada, enquanto procurava uma solução. Uma senhora que passava comentou com o motorista do ônibus: - Nossa! Como é sem educação esse japonês... E o motorista: - Esse não é nada. A senhora tinha que ver um que eu deixei em Taubaté...

Dedada Falso médico preso durante exame de próstata. Paulo de Carvalho Filho, 44 anos, foi preso na última segunda-feira em Caldas Novas (a 170 km de Goiânia) por exercício ilegal da medicina. O falso médico fazia um exame de próstata em um paciente quando foi flagrado por policiais militares, segundo informou o sargento Raithe, que deu a voz de prisão. “Ele estava atuando na cidade havia um ano e levantou suspeitas por não pagar dívidas no comércio”, disse. Na clínica de Paulo, a polícia encontrou diplomas falsificados, aparelhos de fisioterapia, equipamentos hospitalares e boletos bancários de atendimento a pacientes. *** Sabe o que isso significa? Que você, homem de Caldas Novas com mais de 40 anos que foi atendido pelo “Dr.” Paulo, terá de levar outra dedada. Conforme-se ou morra. Simples assim. Fonte: Kibe loco 16/01/2008

contando suas histórias e sugestões.

SOBE... É fundada a Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil - AFA Brasil A Comissão Provisória, eleita entre os participantes, tem a missão de organizar um Congresso Nacional que deverá acontecer no primeiro semestre de 2008, e ainda unir os profissionais fisioterapeutas com atuação em Acupuntura no Brasil. SOBE... Ficaram ótimas as fotos da fisioterapeuta Dra. Priscila Cardoso na 1ª edição de 2008 da Revista Sexy. Parabéns Priscila. SOBE... O m i n i s t ro d a S a ú d e, J o s é Gomes Temporão autorizou a implementação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf ). Os núcleos reunirão profissionais das mais variadas áreas de saúde, como médicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educação Física, nutricionistas, acupunturistas, homeopatas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. SOBE... Dia 7 de março, às 19h, Será inaugurada a sede CARIOCA do INSTITUTO PHILIPPE SOUCHARD. A sede carioca ficará localizada á Rua Getúlio das Neves, 19 - Jardim Botânico. SOBE... A partir desta edição e por todo ano de 2008 a Revista NovaFisio, terá o caderno especial sobre fisioterapia estética para o deleite dos profissionais da áera. OBS: Participe do elevador você também. Envie para nosso e-mail os fatos que você achou que subiu ou desceu sobre nossa profissão e publicaremos aqui!

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agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE MARÇO 10% 18 a 20 Pilates Avançado na Obstetricia Pré e Pos-Parto Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 10% 18 a 20 Pilates Avançado na Obstetricia Pré e Pos-Parto Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 10% Março Auriculoterapia à Distância Todas as cidades (51) 3019-3373 01 e 02 Técnicas de Fisioterapia Manual da Coluna Vertebral na Visão Osteopática Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 01 e 02 Pilates Smart - Reab/Flex/Roll São Carlos SP (16) 3307-3622 01 e 02 Alongamento em Cadeias Musculares São Carlos SP (16) 3307-3622 01 e 02 Massoterapia Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 02 e 03 Mobilização Neural Londrina PR 0800 4007008 02 a 14 RPG - Souchard - 1ª Fase Brasíla DF (27) 3349-0799 / 8823-3390 10% 03 a 10 RPG/RPM (barreiros&Victoni) Rio de Janeiro RJ (51) 3019-3373 10% 04 Especialização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Campinas SP (19) 3794-9100 04 a 06 Mobilização Neural Porto Alegre RS 0800 4007008 05 a 09 Curso de ISO-RDM® Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 10% 05 a 26 Bandagem Funcional Fisioterapeutica Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 06 a 08 Técnicas Osteopáticas Porto Alegre RS 0800 4007008 08 e 09 Cromoterapia e Cromopuntura - Módulo 1 São Paulo SP (11) 3854-9700 10% 08 a 16 Crochetagem Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 10% 08 a 16 Auriculoterapia Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 08 a 16 Técnicas e Práticas de Alongamento Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 08 a 16 Curso de Ergonomia / Instituto Flor de Lótus Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 11 Shiatsu e Moxabustão Niterói RJ (21) 8141-6637 / 3023-0965 10% 14 Manipulação Articular Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 10% 14 a 16 Pilates Avançado na Obstetrícia/Pré e Pós Parto Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 10% 14 a 16 Ginástica Laboral: Conhecimento e Prática São Paulo SP (11) 4997-6916 15 Especialização em Acupuntura (Reconhecido pelo COFFITO e MEC/UNIP) Niterói RJ (21) 8141-6637 / 3023-0965 15 e 16 Traumato ortopedia no pré e pós-operatório de membros inferiores Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 10% 15 e 16 Anatomia Palpatória Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 10% 15 e 16 Ergonomia Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 10% 20 a 25 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica - Exclusivo p/ Fisioterapeutas!! Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 10% 22 e 23 Mobilização Neural Brasília DF (61) 8127-8628 22 a 30. Drenagem Linfática Manual / Linfoterapia Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 22 Curso de Carboxterapia Gov. Valadares MG (33) 8806-8741 10% 24 Formação em Musculação Terapêutica Curitiba PR (41) 9984-5700 25 a 28 Pilates Clínico Internacional Porto Alegre RS 0800 4007008 ABRIL 10% Em Abril Auriculoterapia à Distância Todas as cidades (51) 3019-3373 10% 02 a 23 Bandagem Funcional Fisioterapeutica Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 04 a 06 Cosmetologia para Fisioterapia Dermato Funcional Curitiba PR (41) 3072-0663 05 Aspectos Atuais da Avaliação e Intervenção Neonatal Niterói RJ (21) 2705-0517 10% 05 e 06 Ponto Gatilho Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 05 e 06 Primeiros Socorros Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 05 a 13 Ventilação Mecânica Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 05 a 20 Shiatsuterapia Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 05 a 20 Atualização em Avaliação Fisioterapêutica do Aparelho Locomotor Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 05 e 06 Pilates Saúde da Mulher São Paulo SP 0800 4007008 10% 12/04 a 15/06 Neuropediatria Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 10% 18 a 20 Congresso Metropolitano de Fisioterapia - COMFISIO Campinas SP (19) 3579-1511 10% 19 a 26 Avaliação Respiratória Rio de Janeiro RJ (21) 9984-2190 19 a 27 Drenagem Linfática / Instituto Flor de Lótus Nova Friburgo RJ (22) 2523-8863 / 2523-9372 10% 24 a 29 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica - Exclusivo p/ Fisioterapeutas!! Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 26 a 28 GUY POSTIAUX Fisioterapia Respiratória Guiada pela Ausculta Pulmonar Recife PE (81) 3244-4100 / 3427-2815 30 a 03 Pilates Clínico Internacional Campinas SP 0800 4007008 MAIO 10% Em Maio Auriculoterapia à Distância Todas as cidades (51) 3019-3373 10% 01 a 04 Crochetagem Manaus AM (92) 8182-5364 07 a 10 III Congresso Internacional de Fisioterapia Manual Fortaleza CE www.fisioterapiamanual.com.br 09 a 12 Pilates Clínico Internacional Londrina PR 0800 4007008 10 a 18 Prescrição, Treinamento e Adapt. de Órtese e Próteses do Ap. Locomotor Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 10 a 18 Vivência no Tratamento do Lesado Medular Rio de Janeiro RJ (21) 9688-1168 / 8830-8067 18 a 21 Mulligan São Paulo SP 0800 4007008 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR 34 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio


agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO MAIO 22 a 25 Atuação da Fisioterapia nas Desordens Temporomandibulares 22 a 30 Formação de RPG - Sistema Australiano 10% 29 a 03 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica - Exclusivo p/ Fisioterapeutas!! 10% 31 Crochetagem JUNHO 10% Em Junho Auriculoterapia à Distância 01 a 04 Conceito Mulligan 05 a 08 Curso de Ergonomia / Instituto Flor de Lótus 10% 24 a 29 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica - Exclusivo p/ Fisioterapeutas!! 27 a 29 Congresso Internacional de RPG JULHO 10% Em Julho Auriculoterapia à Distância 04 a 07 Pilates Clínico Internacional 10 a 22 V Encontro Internacional de Esporte e Atividade Física 26 e 27 Movimento Combinado - Algias da Coluna 28 a 08 RPG - Souchard - 2ª Fase AGOSTO 10% Em Agosto Auriculoterapia à Distância 28 a 31 Pilates Clínico Internacional 10% 28 a 09 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica - Exclusivo p/ Fisioterapeutas!! SETEMBRO 10% Em Setembro Auriculoterapia à Distância 01 a 04 Conceito Mc Connell - Bandagem Funcional 02 a 05 IV Congresso Brasileiro de Equoterapia e I Congresso Latino-Americano 05 a 08 Conceito Mc Connell - Bandagem Funcional 09 a 12 Conceito Mc Connell - Bandagem Funcional

CIDADE

UF TELEFONES OU SITE

Curitiba São Paulo Rio de Janeiro Natal

PR (41) 3072-0663 SP 0800 4007008 RJ (21) 2565-7690 RN (84) 9928-0518

Todas as cidades Porto Alegre RS Nova Friburgo RJ Rio de Janeiro RJ Portugal

(51) 3019-3373 0800 4007008 (22) 2523-8863 / 2523-9372 (21) 2565-7690 (11) 5044-0940 / 5542-6374

Todas as cidades São J. do Rio Preto SP São Paulo SP São Paulo SP Brasíla DF

(51) 3019-3373 0800 4007008 (11) 6014-5678 0800 4007008 (27) 3349-0799 / 8823-3390

Todas as cidades (51) 3019-3373 Curitiba PR 0800 4007008 Rio de Janeiro RJ (21) 2565-7690 Todas as cidades Ribeirão Preto SP Curitiba PR São Paulo SP Porto Alegre RS

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SÃO PAULO

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Mobilização Neural

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21/fev.

Técnicas Osteopáticas

22/fev.

23/fev.

Pilates Clínico Internacional

29/mar.

01/abr.

Maitland Lombar

10/abr.

13/abr.

Maitland Cervical

14/abr.

17/abr.

Conceito Mulligan

18/mai.

21/mai.

RPG - Módulo I e II

22/mai.

30/mai.

Movimento Combinado

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26/jul.

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INÍCIO

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Mobilização Neural

24/fev.

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Pilates Clínico Internacional

03/abr.

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SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP

INÍCIO

TÉRMINO

Pilates Clínico Internacional

29/jun.

02/jul

RIBEIRÃO PRETO - SP

INÍCIO

TÉRMINO

Mobilização Neural

26/fev.

27/fev.

Técnicas Ostepáticas

28/fev.

29/fev.

CURITIBA

INÍCIO

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08/jul.

11/jul.

LONDRINA

Pilates Clínico Internacional

INÍCIO

TÉRMINO

Mobilização Neural

02/mar.

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PORTO ALEGRE

INÍCIO

TÉRMINO

Mobilização Neural

04/mar. 18:00* h

06/mar. - 13:00 h

Técnicas Osteopáticas

06/mar. 18:00* h

08/mar. - 13:00 h

Pilates Clínico Internacional

25/mar.

28/mar.

Conceito Mulligan

01/jun.

04/jun.

RPG - Módulo I e II

12/jul.

20/jul.

*Nossa programação é seqüencial. Permite que você realize vários cursos no mesmo período.

CURSOS INTERNACIONAIS SEM PRECISAR SAIR DO BRASIL

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36 • ed.60 | jan/fev 2008 • NovaFisio


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FisioPerfil | sempre uma breve entrevista de quem tem uma longa história.

Vilma Natividade Silva Santos Em que ano e em qual faculdade se formou? UniABC 1999 - Santo André - SP Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Mestrado na Cirurgia Plástica Unifesp fui a 1ª fisioterapeuta a ter o título de mestre no setor da cirurgia plástica da América Latina. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Não ter estudado mais e ter dado oportunidade para colegas que não mereciam. O que você mais gosta na profissão? Pesquisa e atendimento para comunidade carente. O que você odeia na profissão? Vulgarização da dermato-funcional (frú-frú) Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? Conhecimento, respeito e ética . Que qualidade detesta nos profissionais que te cercam? Quando tentam puxar meu tapete por inveja. Qual sua maior virtude? Temer a Deus. Qual seu pior defeito? Acreditar no ser humano. Se pudesse mudar algo, o que seria? Tiraria a falta de fé da humanidade.

Quem é | Dra. Vilma Natividade Silva Santos Vnative@terra.com.br

Qual maior mentira já contou? Que sou tímida. Qual foi o fato mais inusitado em sua profissão? Projeto Drs. Da Beleza no hospital municipal em São Paulo Setor de queimados.

Mestre, Pós Graduada em Cirurgia Plástica, Docente Unimonte Santos, coordenadora Universidade Gama Filho e docente.

Qual fato foi o mais cômico? Na palestra da Beautyfair o púbito era mais alto do que eu, assim não enxergava o publico e tive que solicitar um banquinho. Qual seu maior arrependimento? Não ter feito o doutorado. Qual dica daria aos colegas? Trabalhar sempre sobre os 3 pilares da fisioterapia os 3 C’s Ciência, Conhecimento e Coração. Qual objeto de desejo? Estudar em Havard EUA com Dr. Morgan. Qual sua aquisição mais recente? Minha Pitt Bull. Qual seu maior sonho? Realizar várias pesquisas e ver meus filhos formados. Qual seu maior pesadelo? Não ter paz. Qual talento gostaria de ter? Ser cantora.

Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Médica. E qual profissão jamais queria ter? Política. Diga uma frase para colocarmos em nossa seção de frases. Deus não joga dados. Albert Eisten. Um desafio? Trabalhar na obra do senhor. Um livro? Bíblica Sagrada. Quer fazer alguma divulgação? Meu Site

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